Uruquê Semanal

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A bovinocultura leiteira no Brasil sempre se caracterizou como atividade de subsistência do homem do campo. Isso se perpetuou ao longo de muitos anos devido ao amadorismo do agricultor tradicional que, apesar de muito experiente, nunca aten- tou para o empreendedorismo, deliberando desta forma, sobre a atividade de maneira única e ex- clusiva para atender às suas pró- prias necessidades, ou seja, a demanda do lar. Até certo ponto esta fase arcaica da agropecuária como um todo é admissível uma vez que, outrora, a maioria da população distribuía-se de manei- ra relativamente ordenada, onde famílias viviam diretamente no campo e do campo, isto é, cada qual produzia o seu próprio ali- mento e produtos de que precisa- vam. Atualmente, contudo, os sistemas de produção de leite são responsáveis por R$ 34,3 bilhões do PIB do país, e vem cada vez mais crescendo o seu percentual médio, que se encon- tra em torno de 5%, garantindo a quinta posição do Brasil no ran- king mundial. Para tanto são to- madas várias providências ao longo de toda cadeia produtiva; uma delas é a avaliação dos fato- res ambientais sobre os animais lactantes. No Nordeste, em especial, fato- res climáticos apre- sentam caráter defi- nitivo na produção leiteira, uma vez que a regi- ão é caracteristicamente quente e a irradiação solar acomete com incidência muito alta, interferindo dire- tamente na produção e na qualidade do produto. Ainda assim, o Nordeste destaca-se no cenário leiteiro como produtor significativo dentro da pe- cuária nacional. Segundo especialistas, dois es- tados da região Nordeste, que encontram -se em condições privilegiadas para a atividade leiteira, pela localização e tradi- ção no ramo, são: Pernambuco e Ceará. Este último coloca-se como terceiro maior produtor da Região Nordeste, com ex- pressividade cada vez mais aguçada, com 416.456 mil litros, representando 12,5% da produção regional, e respon- dendo por 271,6 milhões de reais em 2006. A atividade leiteira no se- miárido representa um papel impor- tantíssimo não só para a produção de leite em grande escala, mas, principalmente, para as famílias que vivem no campo, isto é, o pe- queno produtor. Embora existam outras alternativas de exploração, o camponês nordestino traz consigo uma bagagem histórica dentro des- sa atividade e é esta que lhe garan- te o acréscimo financeiro ao final de cada período produtivo. Para garantir uma boa produtividade leiteira no semiárido nordestino é necessário que o pro- dutor concilie as técnicas de produ- ção às raças mais adaptadas ao clima da região, diminuindo assim os impactos climáticos sobre os animais. É importante que haja essa preocupação, pois quanto mais adaptada for a raça, melhor serão as chances de expressar seu potencial produtivo, visto que a rusticidade da raça proporcionará aos animais maior resistência aos fatores de estresse térmico. Para suportar bem o clima nor- destino raças zebuínas como Gir, Guzerá e Sindi são uma ótima opção. Porém, para obter uma maior produtividade pode- se fazer o cruzamento dessas raças com animais da raça Holandesa, que é reco- nhecida como ótima produtora de leite. Desta forma o pecuarista estará garantin- do tanto a produtividade quanto a rustici- dade do animal, que por sua vez não sofrerá com tanta intensidade os efeitos estressantes do ambiente, que são um fator limitante dentro da produção leiteira. P R O D U Ç Ã O X A M B I E N T E Meio Ambiente uruquesemanal.blogspot.com Edição 14 Sexta-feira, 16 de janeiro de 2015 R$ 2,00 Por Félix Almeida

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Edição XIV 16 de janeiro de 15

Transcript of Uruquê Semanal

A bovinocultura leiteira

no Brasil sempre se caracterizou

como atividade de subsistência

do homem do campo. Isso se

perpetuou ao longo de muitos

anos devido ao amadorismo do

agricultor tradicional que, apesar

de muito experiente, nunca aten-

tou para o empreendedorismo,

deliberando desta forma, sobre a

atividade de maneira única e ex-

clusiva para atender às suas pró-

prias necessidades, ou seja, a

demanda do lar. Até certo ponto

esta fase arcaica da agropecuária

como um todo é admissível uma

vez que, outrora, a maioria da

população distribuía-se de manei-

ra relativamente ordenada, onde

famílias viviam diretamente no

campo e do campo, isto é, cada

qual produzia o seu próprio ali-

mento e produtos de que precisa-

vam.

Atualmente, contudo, os

sistemas de produção de leite

são responsáveis por R$ 34,3

bilhões do PIB do país, e vem

cada vez mais crescendo o seu

percentual médio, que se encon-

tra em torno de 5%, garantindo a

quinta posição do Brasil no ran-

king mundial. Para tanto são to-

madas várias providências ao

longo de toda cadeia produtiva;

uma delas é a avaliação dos fato-

res ambientais sobre os animais

lactantes.

No Nordeste, em especial, fato-

res climáticos apre-

sentam caráter defi-

nitivo na produção

leiteira, uma vez que a regi-

ão é caracteristicamente

quente e a irradiação solar

acomete com incidência

muito alta, interferindo dire-

tamente na produção e na

qualidade do produto. Ainda assim, o

Nordeste destaca-se no cenário leiteiro

como produtor significativo dentro da pe-

cuária nacional.

Segundo especialistas, dois es-

tados da região Nordeste, que encontram

-se em condições privilegiadas para a

atividade leiteira, pela localização e tradi-

ção no ramo, são: Pernambuco e Ceará.

Este último coloca-se como terceiro maior

produtor da Região Nordeste, com ex-

pressividade cada vez mais aguçada,

com 416.456 mil litros, representando

12,5% da produção regional, e respon-

dendo por 271,6 milhões de reais em

2006.

A atividade leiteira no se-

miárido representa um papel impor-

tantíssimo não só para a produção

de leite em grande escala, mas,

principalmente, para as famílias

que vivem no campo, isto é, o pe-

queno produtor. Embora existam

outras alternativas de exploração, o

camponês nordestino traz consigo

uma bagagem histórica dentro des-

sa atividade e é esta que lhe garan-

te o acréscimo financeiro ao final

de cada período produtivo.

Para garantir uma boa

produtividade leiteira no semiárido

nordestino é necessário que o pro-

dutor concilie as técnicas de produ-

ção às raças mais adaptadas ao

clima da região, diminuindo assim

os impactos climáticos sobre os

animais. É importante que haja

essa preocupação, pois quanto

mais adaptada for a raça, melhor

serão as chances de expressar seu

potencial produtivo, visto que a

rusticidade da raça proporcionará

aos animais maior resistência aos

fatores de estresse térmico.

Para suportar bem o clima nor-destino raças zebuínas como Gir, Guzerá e Sindi são uma ótima opção. Porém, para obter uma maior produtividade pode-se fazer o cruzamento dessas raças com animais da raça Holandesa, que é reco-nhecida como ótima produtora de leite. Desta forma o pecuarista estará garantin-do tanto a produtividade quanto a rustici-dade do animal, que por sua vez não sofrerá com tanta intensidade os efeitos estressantes do ambiente, que são um fator limitante dentro da produção leiteira.

PRODUÇÃO

X

AMB I ENTE

Meio Ambiente

uruquesemanal.blogspot.com Edição 14

Sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

R$ 2,00

Por Félix Almeida

Os ataques terroristas

na França aconteceram às vés-peras do dia da Religião (21 de

Janeiro). E faço essa oportuni-

dade para debater a importância

desse dia. Tanto para crentes

(numa fé) ou não? Vamos refle-

tir. Religião é uma palavra de

origem latina, religare. Tradu-

zindo para o português: religi-

ão, significa religar, restaurar,

ou seja, é a ligação material

com o sobrenatural. No mundo existem no mínimo nove religi-

ões, as mais conhecidas são:

Jainismo, Fé Bahá’i, Espiri-

tísmo, Judaísmo, Sikhismo,

Budismo, Hinduísmo, Isla-

mismo e Cristianismo. Muitas

delas têm muitas coisas em

comum, mas claro, existem as

discordâncias, cada uma tem

seus dogmas, rituais e crenças.

Assim como você conhece al-

guém (ou você mesmo) que já foi a Canindé, para ver a ima-

gem de Padre Cícero, milhões

de muçulmanos peregrinam até

Jerusalém, para também cum-

prir suas promessas.

Não vamos discutir aqui qual a

melhor, qual a pior, pois religi-

ão é como a vida, cada um tem

a sua e seriamos mais felizes se

não julgássemos a dos outros. Como dizia minha avó, quando

você aponta o dedo pra al-

guém, três dedos estão aponta-

dos pra você. Então nada de

criticar os mulçumanos, ou

encontrar uma justificativa para

aqueles atentados. O panorama

geral é o reflexo do que aconte-

ce em todo o mundo, a intole-

rância, apenas em escala maior

e com a cobertura da mídia global. Mas uma coisa é de nos

indignar: a falta de humanidade

e amor. Não adianta problema-

tizar a religião, se os verdadei-

ros culpados são os seres huma-

nos, pelas maiores tragédias do

planeta.

No caso da França, moram cerca

de cinco milhões de muçulmanos, a mai-

oria em periferias, em condições precá-

rias, e são altamente discriminados. E depois dos atentados de 11 de setembro,

eles foram muito mais visados e julgados,

principalmente nos Estados Unidos

(vítimas do atentados contra as Tor-

res Gêmeas). Imagine você ter traços

árabes num país que acabou de sofrer

terrorismo, enquanto a mídia acusa os árabes. Sua vida não será mais a

mesma. As pessoas te olharão com

medo, preconceito e desprezo, mes-

mo você não tendo nenhuma ligação

com a morte de ninguém.

Logo após o atentado ao

chargista Georges Wolinski e outros

funcionários do escritório Charlie

Hebdo, semana passada, uma mes-

quita foi atacada com tiros, um res-taurante muçulmano foi incendiado e

uma casa de oração islâmica foi atin-

gida também por tiros. Desforra! O

mesmo espírito que provocou a tragé-

dia contra os chargistas, esteve pre-

sente em franceses que cometeram

atos violentos às instituições islâmi-

cas. Por um lado, “Maomé foi vinga-

do”, segundo os terroristas mulçuma-

nos, pelo outro, a liberdade de ex-

pressão foi vingada, segundo os ter-

roristas franceses. Será que a vingan-ça tornará uns melhores do que os

outros? Como superar e cicatrizar

uma ferida que se abre a cada dia?

Violência gera violência – isso é fato

– seja na França ou na África, Rio de

Janeiro ou Quixeramobim, Fortaleza

ou Uruquê. A maioria das pessoas

que sofrem por causa de atentados,

sejam vinganças ou não, são milhares

de vítimas inocentes.

Os dicionários definem o

terrorismo como toda forma de per-

turbar ou violência, praticada com o

propósito de ocupar as mentes com medo

e pavor. Então, defender uma ideia, não

teria sentido, atacando as outras. Qual-

quer privação de manifestar uma fé, é

terrorismo.

Moramos em um distrito com

cerca de dez ministérios, incluindo as capelas católicas, os templos evangélicos,

centros de cultos afrodescendentes, en-

fim. Tirando as discordâncias que logica-

mente elas têm, há algo muito bonito em

todas, ao menos, na minha observação e

experiência em cada uma delas: elas fa-

zem o seu papel social, promovem a soli-

dariedade, saem pelas ruas arrecadando

alimento, promovem festinhas para as

crianças, cultos públicos, para que todos

possam ver, às vezes no conforto de sua

calçada. E mesmo que você não goste, deve respeitar e fazer seu papel de cida-

dão. Sabemos que há um limite de deci-

béis e horário permitido, para som alto e

que, extrapolar esse limite é crime, po-

rém, enquanto os cultos religiosos estive-

rem respeitando as leis humanas, não

podemos proibi-los, pois esses cultos são

liberdade de expressão. E privar alguém

de manifestar a sua fé é crime.

Lembrar-nos que existe a diver-sidade e que todos merecem respeito, é

ser religioso. Vivemos em outra época, e

vemos muitas coisas mudarem dentro de

igrejas, desde estilos musicais novos, e

membros que nunca seriam aceitos (em

outros tempos), convivendo como verda-

deiros irmãos. É preciso tolerar. Mesmo

que não aceite, mesmo que não goste.

Jamais desfaça aquilo que muitos leva-

ram tempos pra realizar. Ninguém, sabe o

trabalho e a razão que cada um teve, pra

instituir a sua fé.

Página 2 URUQU Ê S EM AN AL

Visão panorâmica

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Por Leandro Casimiro

Esta semana navegando na inter-

net li um artigo no “The Times” que rela-

tava a postura do presidente americano,

Barack Obama, que em um encontro de

despedida com um grupo de estagiários,

disse a seguinte frase: Quando vocês to-

dos tiverem filhos, é importante deixá-los

vencer”, mas apenas até terem um ano,

então aí você pode começar a vencer de

novo”.

No mesmo instante me dei conta

do quão sábio foi o argumento do presi-

dente: mesmo brincando, sua colocação

foi extremamente plausível; é muito me-

lhor aprender a emoção da vitória quando

já se provou a agonia da derrota, pois esta

se torna mais doce.

As derrotas fazem parte da nossa

vida e do nosso

amadurecimento.

Dizem que a diferença entre os vitoriosos

e os perdedores nas questões da vida, é

que os vitoriosos adquirem a dignidade

de saber perder, ao mesmo tempo em que

adquire a capacidade de indignar-se com

a derrota, pois ela funciona como uma

alavanca poderosa, que aciona todos os

seus nervos, neurônios e a vontade de

seguir em frente e continuar tentando. A

partir disso, a pessoa treina muito mais,

estuda muito mais, analisa muito mais e

faz da derrota o ponto motivador e vital

na busca da sua superação.

No entanto, também é notório que

alguns um pouco maisintolerantes, se

assim posso dizer, acabam mostrando

essa indignação

essencial des-

compensadamente através de

violência e força física. Isso

aconteceria de acordo com

Freud porque nosso psiquismo

funciona basicamente através de

um sistema de compensação,

quando perdemos e não temos

experiências posteriores de der-

rota ou quando essas experiên-

cias tiveram alguns componente

traumático, nosso inconsciente

na tentativa de reduzir sofrimen-

to tenta compensar essa perda,

através de alguns mecanismo

em que temos mais potencial

para vencer, no caso a força. É a

mesma coisa de acordo com

outros autores de quem grita

quando não tem argumentos

suficientes na tentativa de calar

o adversário ou quem exibe um

som grande e potente na tentati-

va de encobrir o órgão fálico

pequeno ou pouco potente.

O fato é que o espirito

competitivo é necessário sim;

para nos movermos para desen-

volvermos estratégias que nos

levem ao alcance de nossos ob-

jetivos É sempre bom darmos o

melhor de si, no entanto, saber

controlar vai depender muito de

cada sujeito; da suas necessida-

des inconscientes, mas, acima

de tudo, da educação que rece-

beu. Passar por cima do outro,

burlar as regras ou mesmo não

conseguir admitir a própria per-

da é resultado tanto quanto da

forma como durante toda sua

vida conseguiu ganhar. Pode-

mos compensar nossas falhas de

maneiras bem mais produtivas e

eficientes, afinal, perder ou ga-

nhar é uma consequência de

uma jornada, no entanto, o dese-

jo de vencer ou a dor de perder

nos leva a não enxergar para ao

longo do percurso.

A vereadora Fátima Liduina Pinheiro Leite apresentou no ano de 2011, ainda no seu primeiro mandato, dois projetos de lei que trazem

benefícios para a população de Quixeramobim.

O primeiro Projeto de Lei, sob numeração 003/2011, institui a gratuidade temporária de transporte no município de Quixeramobim para

mulheres gestantes com gravidez de alto risco. O presente projeto visa

garantir a frequência nas consultas pré-natal de mulheres gestantes em

situação de risco fetal ou materno, em ambulatórios especializados da rede pública de saúde. O mesmo, na época, foi aprovado pela Câmara

Municipal de Quixeramobim e foi sancionado pelo então prefeito Edmil-

son Júnior, sendo a Lei 2.455/2011, de 08 de Julho de 2011.

O segundo Projeto de Lei (004/2011) apresentado determina a

gratuidade nos transportes municipais das linhas autorizadas pelo Poder

Público às pessoas que fazem tratamento no CAPS e CAIQ. Este projeto trata de uma reinvindicação antiga e justa das pessoas que fazem trata-

mento nas instituições supra indicadas. O mesmo também foi aprovado

pela Câmara Municipal de Quixeramobim e sancionado pelo prefeito

Edmilson Júnior, sendo a Lei 2.456/2011, de 08 de Julho de 2011.

É preciso que os cidadãos tenham conhecimento sobre estas leis

e exijam seus direitos.

EDIÇ ÃO 14 Página 3

Argumento bio·psico·social

Gratuidade em transportes no município de Quixeramobim

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Por Herleny Rios

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Coisa Nossa

URUQU Ê S EM AN AL

Na incansável guerra dos antônimos descobrimos que os opostos são, apesar de

contrários, essenciais a existência um do outro. Tanto é que já disseram: “...não existiria som se não houvesse o silêncio...”. Seguindo essa linha de raciocínio temos que não

existiria dia sem que houvesse, contudo, a noite; mal sem bem; preto sem branco; alto

sem baixo; bonito sem feio; honesto sem corrupto. Assim sendo, entendemos que um inicia-se ao findar do outro, isto é, não é possível ser bem e mal simultaneamente, pois a dominância deste anula a ação daquele. Todavia, quando se trata da questão vida po-demos encontrar outras possibilidades de entendimento. O termo vida denota a nossa

condição de existência, que é traçada sobre os estágios de nascimento, desenvolvimen-to, reprodução, envelhecimento e morte. O seu contrário, ou seja, o antônimo de vida é morte. Desta forma a morte nos é tida como o fim da vida, o que não é necessariamente

verdade, uma vez que nos reconhecemos elementos celestes; divinos; criaturas de Deus. Admitindo esse elo com o Criador, passamos a entender a morte não mais co-mo o fim, mas como o momento de transição de estados; passagem para outro plano;

nova vida. Essa passagem, como sabemos, não se determina, podendo portanto, inter-

romper qualquer dos estágios pelos quais traçamos a existência material, nos liberando ou recrutando para execução de outras missões em diferentes existências. Mediante isto, é que sabemos que Evando Por-

deus Lopes Júnior, carinhosamente chamado por todos de Juninho, não chegou ao fim. Pelo contrário, vive. É com a morte que nos entregamos a vida em sua essência maior. Mas é natural que nós não queiramos ter longe nossos entes queri-dos. Nossa mania humana de nos apossarmos de tudo, coloca-nos em condi-

ção de sofrimento perante a partida de nossos familiares e amigos, indepen-dente da forma como aconteça. A esse respeito devemos nos ater, ainda, a conti-

nuidade da vida após a morte. Saber que Deus é o regente de tudo e por isso acei-tarmos a realidade que se nos apresenta,

segundo a Sua vontade, é o que precisa-mos aprender. Por outro lado devemos entender

que nossas ações aqui na terra sempre serão lembradas. Isso faz com que per-maneçamos vivos na memória e servindo de exemplo aos que ficam. E o que pode-

mos lembrar de Juninho? O que lhe fará permanecer vivo dentro de nós? Os ami-gos dirão ter sido ele um parceiro honra-

do e presente; companheiro fiel e presta-tivo em todas as horas. Seus professores o reconhecerão como aluno aplicado, respeitador e cumpridor das obrigações estudan-

tis. Os parentes jamais o esquecerão por sua ligação afetiva. E seu pai e sua mãe? A esses é impossível determinar quão importante Juninho foi, pois o filho é a razão de existir dos pais.

Assim, Evando Júnior ficará para sempre presente em nossas lembranças. Seus acertos e erros nos ficarão como álbum de recordações. Sua energia positiva e sua determinação marcaram sua trajetória pelo tempo em que se fez conosco. A busca

incessante pela alegria de viver o presente intensamente foi, sem dúvida, objetivo constante em sua vida. E isso é bom,

porque nos fará lembrar de uma pessoa saudável, não apenas de corpo e mente, mas de espírito. Uma pessoa do bem, que Deus, na Sua infinita grandeza, achou certo tê-lo, agora, em outro propósito. E nós, do Jornal Uruquê Semanal, dedicamos esta página a Evando Pordeus Lopes Júnior, como saudação e agra-

decimento por ter feito parte de nossas vidas também. À família e amigos nossos sinceros sentimentos. Aproveitamos e prestamos nossa solidariedade também à família de D. Mazé, que partiu, tam-bém, recentemente.

E não esqueçamos: é na morte que tudo começa. Que Deus nos aben-çoe. Amém.

Nargério Coelho apóia essa ideia!

EDIÇ ÃO 1 4

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JOÃO 1.1

1:1 O VERBO.

JOÃO COMEÇA SEU EVANGELHO DENOMINANDO JESUS DE “O

VERBO” (GR. LOGOS). MEDIANTE ESTE TÍTULO DE CRIS-TO,

JOÃO O APRESENTA COMO A PALAVRA DE DEUS PERSONI-

FICADA E DECLARA QUE NESTES ÚLTIMOS DIAS DEUS NOS FA-

LOU ATRAVÉS DO SEU FILHO (CF. HB 1.1). AS ESCRITURAS DE-

CLARAM QUE JESUS CRISTO É A SABEDORIA MULTIFORME DE

DEUS (1 CO 1.30; EF 3.10,11; CL 2.2,3)E A PERFEITA REVELAÇÃO

DA NATUREZA E DA PESSOA DE DEUS(JO 1.3-5, 14,18; CL 2.9). AS-

SIM COMO AS PALAVRAS DE UM HOMEM REVELAM O SEU CO-

RAÇÃO E MENTE, ASSIM TAMBÉM CRISTO, COMO “O VERBO”,

REVELA O CORAÇÃO E A MENTE DE DEUS (14.9; VER O ESTUDO

A PALAVRA DE DEUS, P. 1060). JOÃO NOS APRESENTA TRÊS CA-

RACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DE JESUS CRISTO COMO “O VER-

BO”.

(1) O RELACIONAMENTO ENTRE O VERBO E O PAI. (A) CRISTO

PREEXISTIA “COM DEUS” ANTES DA CRIAÇÃO DO MUNDO (CF.

CL 1.15,19). ELE ERA UMA PESSOA EXISTENTE DESDE A ETERNI-

DADE, ORAÇÃO, DISTINTO DE DEUS PAI, MAS EM ETERNA CO-

MUNHÃO COM ELE.

(B) CRISTO ERA DIVINO (“O VERBO ERA DEUS”), E TINHA A

MESMA NATUREZA DO PAI (CL 2.9; VER MC 1.11 NOTA).

(2) O RELACIONAMENTO ENTRE O VERBO E O MUNDO. FOI POR

INTERMÉDIO DE CRISTO QUE DEUS PAI CRIOU O MUNDO E O

SUSTENTA (V. 3; CL 1.17; HB 1.2; 1 CO 8.6).

(3) O RELACIONAMENTO ENTRE O VERBO E A HUMANIDADE.

“E O VERBO SE FEZ CARNE” (V. 14). EM JESUS, DEUS TORNOU-

SE UM SER HUMANO COM A MESMA NATUREZA DO HOMEM,

MAS SEM PECADO. ESTE É O POSTULADO BÁSICO DA ENCAR-

NAÇÃO: CRISTO DEIXOU O CÉU E EXPERIMENTOU A CONDI-

ÇÃO DA VIDA E DO AMBIENTE HUMANOS AO ENTRAR NO MUN-

DO PELA PORTA DO NASCIMENTO HUMANO(VER MT 1.23 NO-

TA) .

ASSEMBLEIA DE DEUS TEMPLO CENTRAL DE URUQUÊ

O futebol é um dos esportes mais populares no mundo. Praticado em

centenas de países. Este esporte des-

perta, hoje, tanto interesse em função de sua forma de disputa atraente,

quanto em razão da popularidade

circundada pela mídia.

Embora não se tenha muita certeza

sobre os primórdios do fute-bol, historiadores descobriram vestí-gios dos jogos de bola em várias cul-turas antigas. Estes jogos de bola

ainda não eram o futebol, pois não havia a definição de regras como há

hoje.

Surgiu na China por volta de 3000 A.C, quando os militares chineses praticavam um jogo que na verdade

era mais como um treino militar. Era realizado da seguinte maneira: Após as guerras, eram formadas equipes para que se vangloriassem no ato de

chutar a cabeça dos próprios solda-dos inimigos. Com o tempo, foi-se tomando mais o caráter esportivo e

descontraído, a partir daí, as cabeças foram sendo substituídas por bolas

de couro revestidas com cabelo.

No Japão Antigo, foi criado um es-porte muito parecido com o futebol atual, porém se chamava Kemari. E era praticado apenas por integrantes

da corte do imperador japonês. O kemari acontecia num campo de a-proximadamente 200 metros quadra-

dos. Os gregos criaram um jogo por volta do século I A.C que se chama-va Episkiros. Neste jogo, soldados

gregos dividiam-se em duas equipes de nove jogadores cada e jo-gavam num terreno de forma-

to retangular.

Na Inglaterra, por volta do séc. XVII, o jogo ganhou

regras e foi organizado e sis-

tematizado. O campo deveria medir 120 por 180 metros e nas duas pontas seriam insta-

lados dois arcos retangulares chamados de gol. A bola era de couro e enchida com ar.

Com regras claras e objetivas, o futebol começou a ser prati-cado por estudantes e filhos da nobreza inglesa. E aos

poucos foi se popularizando. Na Ida-de Média era permitido usar socos,

pontapés, rasteiras e outros golpes

violentos. Inclusive, há relatos que mostram a morte de alguns jogadores

durante a partida.

Podemos considerar Charles Miller como sendo o precursor do futebol

no Brasil. O primeiro jogo de futebol foi realizado em 15 de abril de 1895 entre funcionários de empresas in-glesas que atuavam em São Paulo. O

primeiro time a se formar no Brasil foi o SÃO PAULO ATHLETIC CLUB (SPAC), fundado em 13 de

maio de 1888. No entanto era algo privativo, permitindo que apenas a elite participasse, e outra vez, o ne-

gro fora excluído.

A situação atualmente é diferente, hoje já é possível enxergar a misci-genação dentro do esporte. Mas não

é apenas isso o que vemos. É bem verdade que a realidade envolta do futebol de hoje é completamente

difusa da de quando era praticado

por diversão, por entretenimento.

Está claro que já não há o mesmo

sentimento de trabalho em equipe, é uma verdadeira corrida de mata-mata para saber quem é o melhor, quem está no melhor time, quem ganha

mais. Expondo assim as verdadeiras intenções da maioria que hoje o pra-tica: Dinheiro, Fama e Imagem. Ma-

nipulados e alimentados pela mídia, estes são levados á exercer o pior dos

papéis, o de “Jogadores”.

Resultado disso está na verdadeira

tragédia que foi esta Copa do Mun-

do. Pra que vexame maior do que o

de ver a nossa seleção, a seleção do

País do Futebol, tropeçar em seus

próprios pés? Já é certo dizer, e doa a

quem doer, mas o Brasil já não joga

tão bem como jogava antes. E não

basta trocar o técnico, o campo ou a

bola. É necessário que se faça algo

em razão do propósito esportivo que

se perdeu ao longo dos anos.

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Cultura

URUQU Ê S EM AN AL

Uruquê Semanal

Fábio Barbosa apóia essa idei-

a!

Por Thalia Oliveira

EDIÇ ÃO 14

Avisamos a todos que o 1º Embate de Fut-

sal Faz Di Conta, que teria início no domingo, 11,

não se realizou por motivo de força maior, pois nos

encontramos de luto, ficando o mesmo, tendo iní-

cio, domingo ,18, seguindo o mesmo cronograma.

Agradecemos a sua compreensão.

Duração da partida

Dois tempos de 00:15 (quinze minutos) com inter-

valos de 00:05 (cinco minutos) entre eles. Cada

equipe tem direito a (um) tempo técnico em cada

período da partida.

Substituições

De número indeterminado e volante, a qualquer

momento do jogo, sem precisar pará-lo para tal.

Tiro Livre

A partir da 5ª falta os tiros serão sem barreira, com

distância de 10 (dez) metros do gol do infrator,

sendo opcional a cobrança, desde que a falta come-

tida seja sofrida do lado da quadra do infrator, de-

pois da marcação dos 10 metros. NO momento da

cobrança do Tiro Livre, os demais jogadores, in-

clusive o goleiro adversário, devem estar distantes

05 (cinco) metros da bola.

Tiro de Canto e Lateral

Todas as cobranças de lateral e escan-

teio são cobradas com os pés, apoiando

as mãos sobre a bola, até o momento

da cobrança, permanecendo a bola em

cima da linha.

Goleiro

O Goleiro pode atuar em qualquer par-

te da quadra, mas apenas pode utilizar

as mãos dentro da sua área. Pode ser

substituído a qualquer momento do jo-

go. Também pode lançar a bola com a

mão ao campo adversário. O Goleiro

não pode marcar gol de baliza a baliza

com a mão. Apenas com o pé.

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Esporte Culinária

O abacate é o fruto do abacateiro (família da laureá-

ceas), uma planta nativa do México e de algumas regiões da

América do Sul, cultivada também nas Ilhas Canárias e Ilha da Madeira. A fruta já era cultivada antes mesmo da colonização

espanhola, sendo chamada pelos astecas de ahuacatl, palavra

que significa testículo, uma analogia ao formato do abacate.

O abacateiro pode atingir de 15 a 20 metros de altura,

sendo bastante comum na maior parte do Brasil. Seu período

de safra vai de fevereiro a agosto. O abacate é rico em proteí-

nas (possui um dos mais elevados teores entre todas as frutas),

gordura, fósforo, açúcares e vitaminas. Como sua gordura é

insaturada, pessoas que querem ganhar massa muscular optam

pelo consumo de abacate e usam sua gordura como forma de

substituição a outras fontes menos saudáveis. A semente do abacate moída também é eficiente em certos tipos de proble-

mas renais e disenterias. As folhas do abacateiro também são

altamente digestivas.

Na culinária, o abacate é empregado no preparo de

saladas e pratos, como no guacamole, prato da culinária mexi-

cana. No Brasil, é muito comum o consumo da fruta batida

com leite e açúcar como sobremesa. Além disso, o abacate

também é utilizado na fabricação de sorvetes, doces, molhos

ou consumido in natura.

Por conter tantos benefícios para atletas, decidimos

dar uma mãozinha a você que vai jogar no 1º Embate de Futsal

de Uruquê, e indicar uma Vitamina Energética de Abacate, vamos lá!!!

Ingredientes

- ½ fatia de abacate

- 100 ml de leite desnatado

- 1 colher (chá) de aveia em

flocos/mel

- ½ fatia de melão

- 3 colheres (sopa) de açúcar

- gelo

Modo de Preparo

Bata todos os ingredientes no

liquidificador. Coe bem. Sirva

gelado. Se desejar, decore com

uma frutinha de sua preferência.

Na china, uma mulher se

vingou do marido arrancan-

dodele... Duas vezes! Feng

Lung, descobriu que o mari-do havia usado o celular

dela para enviar fotos do

membro dele para a amante.

Irada com a traição, Feng

pegou uma tesoura, foi até o

quarto do casal e decepou o pênis

do marido, que dormia. O capado

foi levada para um hospital próxi-

mo, onde os médicos conseguiram

reimplantar o órgão. Não satisfeita,

e ainda muito mais irada depois do re-implante, ela foi ao hospital

e decepou novamente o pênis do

homem. Desta vez, entretanto, e-

la jogou o membro cortado pela

janela do quarto. Funcionários vas-

culharam a área, mas não encontra-

ram o pênis. Acredita-se que e-

le tenha sido comido por um cão ou

gato de rua. Os dois tem 5 filhos.

Olha, só

quem encon-tramos no

centro de

Quixeramo-

bim essa

semana, seu

Elistênio e seu filho, passeando com um

carrinho pra lá de especial. O mesmo

transforma restos de lata e plástico em

arte, como essas que você pode conferir

nas fotos. Segundo ele, foi uma coisa que

aprendeu de seu pai e hoje está repassando par o filho: “ Tenho muito prazer em ver

meu filho fazendo essas casinhas comigo e

me pedindo pra me acompanhar nas ruas

vendendo nossas artes”. Parabéns a essa

família de artistas e muito sucesso para o

Juninho. Quem quiser conhecer um pouco

mais o trabalho dos dois, pode ir na Rua

Castelo Branco, Pompéia em Quixeramo-

bim.

CURI

S I D A D E S

Leandro Casimiro

Página 8 Próxima edição: 23 de janeiro

O Papa Francisco visitou nesta quarta-

feira (14) um templo budista no Sri Lan-

ka, o que não estava previsto em seu pro-

grama, informou seu porta-voz.No tem-plo BahaBohdy de Colombo, o Papa foi

recebido pelo presidente desta organiza-

ção budista internacional, BanagaleUpa-

thissa.O porta-voz do Papa, Federico

Lombardi, disse a jornalistas que Francis-

co desejava "expressar a sua amizade"

com o budismo neste encontro que durou

cerca de 20 minutos.O Sri Lanka tem 20

milhões de habitantes. A população é

predominantemente budista, enquanto os

católicos representam 7%..Pela manhã,

Francisco falou nesta quarta a meio mi-lhão de fiéis reunidos em Colombo, insis-

tindo na liberdade de crença em um país

assolado por tensões étnicas e religio-

sas.O Papa realizou missa de canoniza-

ção do novo santo cingalês Joseph

Vaz em frente ao mar da capital Colom-

bo. G1

Pe. Sérgio irá celebrar, hoje, dia 16/01/2015 às 19 horas, na capela de São José - em Uruquê. a Missa de 7°

dia de Evandro Pordeus Lopes Júnior,

o "Juninho" como era conhecido. A população de Quixadá foi pega de

surpresa, após a denúncia de um falso

médico atendendo na Unidade de

Pronto Atendimento de Quixadá- a

UPA. O homem estava atendendo em

espécie, até R$ 1.200 reais de plantão.

O homem se passava por Diego Lopes

e Silva, usava um carimbo com o nú-

mero do conselho Regional de medici-

na. O suporto médico, era na verdade

enfermeiro, e chamava Hildenes, e morava em Horizonte, que só foi des-

mascarado quando uma paciente que

morava em Horizonte o reconheceu eo

denunciou. O enfermeiro cometeu cri-

me de falsidade ideológica, esteliona-

to, exercício ilegal e exposição de vida

e saúde de outra pessoa em situação de

perigo. A POLICIA CICIL DE Quixa-

dá e a delegacia de Horizonte traba-

lham no caso. REVISTA CENTRAL

Semana Mundial