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CAPÍTULO 5: OS JOVENS, O ENSINO MÉDIO E A EDUCAÇÃO

• EDUCOMUNICAÇÃO • Contribuições para a Reforma do Ensino Médio• Ismar de Oliveira Soares

• NCE – Núcleo de Comunicação e Educação• Escola de Comunicações e Artes• UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

• 2010• Aluna: Elisangela Rodrigues da Costa Disciplina: Educomunicação prof. Ismar Soares

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O ENSINO MÉDIO JOVENS E O SÉCULO XXI

Nas últimas décadas, com as diversas mudanças e transformações trazidas pela globalização e pela universalização das comunicações, o conceito de juventude ganhou novo posicionamento e passou a construir-se como categoria sociológica de estudo para a sociedade.

E quais seriam os desafios mais comuns, hoje postos para estas juventudes que, no Brasil, somam aproximadamente 50 milhões de indivíduos, representando 26,4% da população do país?

•Falar em Ensino Médio remete-nos a pensar na juventude. A categorização como etapa específica do ciclo de vida humano, foi sendo construída, ao longo dos séculos, principalmente nos finais do século XIX e XX, com o fortalecimento e a universalização da instituição escolar.

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JUVENTUDE DESEJA UMA ESCOLA QUE RESPONDA AOS SEUS ANSEIOS• São os próprios jovens que respondem. Segundo pesquisa PERFIL DA JUVENTUDE

BRASILEIRA, do INSTITUTO CIDADANIA (2004), este segmento, independentemente de sua

condição socioeconômica ou de sua atividade cultural, tem se preocupado, nos últimos anos,

com a mesma intensidade com dois temas cruciais: sua própria educação (38%) e a condição

de trabalho ou de ocupação profissional (37%).

• Torna-se, na verdade, cada vez mais evidente que os jovens têm demonstrado que estão em

busca de novas propostas para a sua formação e que, para apostarem no estudo, desejam

uma escola que responda a estes anseios e ofereça novos elementos frente a suas realidades

e vivências. É o que revela pesquisa da ONG AÇÃO EDUCATIVA, de São Paulo, denominada

“QUE ENSINO MÉDIO QUEREMOS”? A expectativa dos jovens é, significativamente, a de que

a escola os ajude a “aprender a aprender”. Quando perguntados se os alunos são

interessados no aprendizado, 59% responderam que “às vezes”, e 28% acreditam que

“raramente” há interesse por parte do aluno.

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PRIORIZAR OS CANAIS DE COMUNICAÇÃO

• Outra pesquisa, de 2009, especialmente sobre os “Motivos da Evasão Escolar”, produzida pelo

Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostra que 40,1% dos jovens de

15 a 17 anos abandonam a escola por desinteresse, contra 27,1% que saem por razões de

trabalho e renda e outros 10,9% que deixam de estudar por falta de acesso à escola.

• Segundo conclusão apresentada pela pesquisa, as políticas públicas que poderiam aumentar o

interesse pela escola seriam, justamente, além da ampliação do ensino técnico-profissionalizante,

a inclusão das tecnologias da comunicação e informação nas escolas.

• É o que corroboram documentos internacionais como a “Declaração de Lisboa” (1997) e o “Plano

de Ação sobre Juventude de Praga” (1998), da Comunidade Européia, quando afirmam que os

Estados membros devem “dar prioridade ao estabelecimento de canais de comunicação entre

jovens para que possam fazer ouvir sua voz nos planos nacional, regional e internacional” (...)

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GERAÇÃO INTERATIVA NA IBERO-AMÉRICA:CRIANÇAS E ADOLESCENTES DIANTE DA TELA

• * Pesquisa realizada pela Fundação Telefônica março / 2009, pela Universidade de Navarra,

Espanha.

*Amostragem de 25.467 estudantes entre 6 e 18 anos de escolas públicas e privadas.

• * países envolvidos ( Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru e Venezuela).

• * No Brasil, a amostragem foi feita no Estado de São Paulo, considerando 4.205 alunos de

escolas públicas e privadas: 790 com idade entre 6 e 9 anos e 3.415 entre 10 e 18 anos.

• * apontou o Brasil como país que os jovens buscam caminhos próprios de comunicação, com

destaque para o uso da Internet através da criação de páginas web ou de blogs.

• A pesquisa constatou explicitamente : a ausência de preocupação da escola com a cultura

digital: um em cada dois estudantes brasileiros, ou seja, 50% da amostragem – diz que nenhum

professor utiliza a internet para explicar a matéria ou estimula o uso da rede.

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OUTROS DADOS SIGNIFICATIVOS• * Um total de 60% dos estudantes brasileiros, afirma que acessa a internet em lan houses e

não na escola ou em casa, enquanto 46% deles encontram-se absolutamente sozinhos frente

ao computador, sem qualquer assistência dos adultos. Outros dados significativos são:

• * 6 em cada 10 estudantes brasileiros acessam a internet em lan house.

• * 72% dos alunos declararam gostar de utilizar programas de mensagens instantâneas (tipo

Messenger) porque podem conversar com seus amigos. De fato, 50% afirmam que “sempre

que posso me conecto ao messenger”.

• * 1 em cada dois adolescentes brasileiros são chamados “heavy users” de videogame, já que

gastam mais de duas horas diárias jogando.

• * Os estudantes do Brasil são os que gastam mais horas diárias com vídeo game em relação

aos jovens da Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru e Venezuela.

• * 5 em cada 10 crianças brasileiras reconhecem que fazem o dever de casa assistindo televisão.

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PESQUISA: PROJETO ACESSA ESCOLA

• Pesquisa realizada pelo projeto “Acessa Escola”, parte integrante do Programa de Inclusão Digital Acessa SP, das Secretarias de Estado da Educação e de Gestão Pública, sob a coordenação da Fundação para o Desenvolvimento da Educação – FDE, em parceria com o Laboratório de Inclusão Digital da Escola do Futuro da USP, tendo como amostragem 1.742 estagiários do programa, constatou, em 2009, que 93% dos jovens paulistas já usam ORKUT e que 88% deles já publicaram vídeo, foto ou áudio na internet, sendo que 48% o fizeram pelo YOUTUBE.

• Diante dos dados, os pesquisadores acabaram concluindo ser importante compreender as convenções já criadas pelas novas gerações na formação de seu próprio conhecimento através dos novos meios de comunicação, antes mesmo de desenvolver programas educacionais específicos para este público.

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A ABERTURA PELA CULTURA DIGITAL

Pesquisa: Projeto Juventude Digital

• A pesquisa Projeto Juventude Digital realizada pela MacArthur Foundation divulgada no final de 2008, nos Estados Unidos apontou que:

• Nos EUA, as redes sociais, os jogos em comunidades online, os sites de compartilhamento de vídeos e fotos – como o Youtube e o Flickr – e os equipamentos iPods e telefones celulares se tornaram acessórios inseparáveis da cultura juvenil. Esta pesquisa identificou, por outro lado, que os jovens estão se voltando para as redes online não apenas para se divertir, mas também para participar de várias atividades públicas e desenvolver normas sociais.

• A própria pesquisa da MacArthur Foundation demostrou que, mesmo nos Estados Unidos, há pais que não dispõem de “um conhecimento nem mesmo rudimentar” sobre como alimentar uma comunicação online, identificando uma considerável distância entre as gerações no manejo das tecnologias digitais.

• Como informa a pesquisa da MacArthur Foundation, a tecnologia vem se transformando na grande aliada da juventude, por outro, o uso fluente e especializado dos recursos de comunicação vem modificando alguns conceitos de aprendizagem, dando destaque para uma dinâmica em que o estudante tem maior autonomia para experimentação, o improviso e auto-expressão.

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ESPAÇOS PARA A EDUCOMUNICAÇÃO

• Parte do que falta à educação formal, especialmente no Ensino Médio, de acordo com a pesquisa da Ação Educativa, tem sido oferecido, subsidiariamente, por numerosas organizações não governamentais, em várias cidades do Brasil, mediante práticas educomunicativas”

• Alguns exemplos:• ASSOCIAÇÃO IMAGEM COMUNITÁRIA• (BH- Minas Gerais) Essa associação vê a

comunicação como direito público e de cidadania. Uma de suas principais ações é a Rede Jovem de Cidadania, criada em 2002, e que propõe a participação de jovens provenientes de todas as regiões da cidade no debate midiático e no processo de produção de materiais simbólicos no campo da comunicação.

• A REDE CEP – Comunicação, Educação e Participação (São Paulo)

• Uma rede articulada de ONG´s, cujo objetivo é a busca de coerência de suas ações com o princípio da Educomunicação. A título de exemplo, a organização AUÇUBA – Comunicação e Educação, Recife (PE), desenvolve, entre seus projetos, a Escola de Vídeo, voltado a criar condições para ampliar as possibilidades apoderamento e autonomia da juventude pernambucana, baseado no acesso ao conhecimento tecnológico e na preparação do cidadão informado, crítico e criativo. No Rio de Janeiro, destaca-se a experiência do CECIP (Centro de Criação de Imagem Popular) que em 2005, lançou o subsídio “Botando a mão na Mídia”, distribuído pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD) do Ministério da Educação a 3500 escolas espalhadas por todo o Brasil.

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7 RAZÕES PARA O ENSINO DE MÍDIAS • Len Masterman, da Inglaterra (1993, apud Maria Luiza Belloni, 2001, p.10) aponta sete

razões principais para se ensinar mídia: • 1. O consumo elevado das mídias e a saturação a qual chegamos.• 2. A importância ideológica das mídias, notadamente através da publicidade.• 3. A aparição de uma gestão da informação nas empresas.• 4. Penetração crescente das mídias nos processos democráticos.• 5. A importância crescente da comunicação visual e da informação em todos os campos.• 6. A expectativa dos jovens a serem formados para compreender a sua época.• 7. O crescimento nacional e internacional das privatizações de todas as tecnologias da

informação. • Na 4ª. Cúpula Mundial de Mídia para Crianças e Adolescentes, realizada em abril de 2004,

sob a liderança da Multirio (empresa do município do Rio de Janeiro), e que contou com a participação de 2 mil pesquisadores e produtores de mídias dos cinco continentes, além de 150 adolescentes de 40 países, os jovens afirmaram em documento: “ Mídia de qualidade é a que nós, jovens, produzimos ou aquela que os adultos produzem conosco!”.

• Segundo o jornalista Fernando Rossetti, nos projetos educomunicativos, os jovens ampliam ainda seu vocabulário e repertório cultural, aumentam suas habilidades de comunicação, desenvolvem competências em trabalho em grupo, em negociações de conflitos e no planejamento de projetos.