UTILIZAÇÃO DE ESPAÇO DE ENSINO NÃO FORMAL NO...

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UTILIZAÇÃO DE ESPAÇO DE ENSINO NÃO FORMAL NO PROCESSO DE APRENIDIZAGEM E ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA Josélia Domingos Pereira¹; Adriana de Souza Santos¹; Marques Francisco da Silva² ; Ivaneide Alves Soares da Costa³ Graduandos em Ciências Biológica, Bolsista em Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID/Biologia. Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN – josé[email protected] ; [email protected] Supervisores do PIBID/Biologia e professores de Ciências e Biologia da Rede Estadual - [email protected]. Coordenadora do PIBID/Biologia. Departamento de Microbiologia e Parasitologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN - [email protected]. INTRODUÇÃO Os museus como centros de ciências, enquanto espaços de educação não formal podem, por meio da participação ativa do público, promover a compreensão da ciência ao aguçar a curiosidade do individuo e estimular o prazer pela descoberta (PEREIRA; SILVA, 2008). Entretanto, espaços não formais de educação podem ser utilizados para implementação de propostas de educação formal, como ambientes de extensão da escola (OLIVEIRA; GASTAL, 2009), contribuindo na divulgação cientifica principalmente na área de difusão e popularização da ciência e tecnologia. O presente trabalho tem como objetivo avaliar o uso de espaço de ensino não formal, na aprendizagem de conceitos, promovendo a alfabetização cientifica através de uma exposição em um museu de ciências e morfológicas. METODOLOGIA A visitação ao Museu de Ciências e Morfologia, da UFRN, ocorreu em junho de 2012, com 38 alunos dos 1º anos do ensino médio, turmas “A” e “B”, do turno vespertino, da Escola Estadual Lourdes Guilherme. A atividade foi mediada por quatro etapas distintas: 1. Divulgação do projeto na escola; 2. Aplicação de questionário pré-visita análise de conhecimentos prévios sobre os vertebrados; 3. Visita guiada no museu – sala dos vertebrados, e registro por meio de fotografias e filmagem (Figuras 1 a, b, c, d) 4. Aplicação de questionário pós-visita – avaliar a aprendizagem sobre grupos, características e adaptações evolutivas dos vertebrados. CONCLUSÃO Relacionando a porcentagem de acertos no questionário pré- visita (8 a 68%) em relação ao conhecimento geral dos alunos quanto à evolução dos vertebrados, com a porcentagem de acertos pós-visita (16 a 90%), demonstra que o uso de espaços não formais contribui para a aprendizagem significativa, além de promover a alfabetização cientifica destes alunos. REFERÊNCIAS OLIVEIRA, R. I. R.; GASTAL, M. L. A. - Educação formal fora da sala de aula olhares sobre o ensino de ciências utilizando espaços não-formais. Anais do VII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências, Florianópolis, 2009. PEREIRA, G. R.; SILVA, R. C. - Avaliação da metodologia científica itinerante por meio da metodologia da lembrança estimulada. Anais do XI Encontro de Pesquisa em Ensino de Física. Curitiba: Espaço Ciência Viva, 2008. Questões Alternativas Pré-visita Pós-visita Classificação das cobras Vertebrados 8% 42% Invertebrados 23,6% 32% Répteis 68,4% 57% Mamíferos 8% 10% Classificação dos morcegos Vertebrados 13% 16% Invertebrados 11% 10% Répteis 11% 0% Mamíferos 61% 90% Aves 21% 10% Classificação do tatu Mamíferos 39% 26% Répteis 13% 21% Vertebrados 37% 52% Invertebrados 13% 16% Classificação das tartarugas Vertebrados 26% 37% Invertebrados 13% 21% Répteis 39% 31% Anfíbios 45% 47% Tabela 2 Analise comparativa das questões comuns aos questionários pré e pós-visita sobre a classificação dos vertebrados (subfilo e classe) Figura 1 - Visita orientada ao museu. A) Momento livre de interação com o espaço. B e C) Apresentação do monitor durante a visita. D) Momento de descontração ao término da visita. RESULTADOS E DISCUSSÃO 1. Análise pré–visita: 55% dos alunos responderam que “o museu é um lugar de coisas antigas”, dentre outras respostas. 45% acertaram a questão quando referiram que o sapo era a exceção ao grupo dos répteis (Figura 2). >20 % erraram excluindo a tartaruga como grupo dos répteis. 2. Análise comparativa dos questionários pré e pós-visita em relação aos conhecimento dos alunos sobre evolução e classificação quanto ao subfilo (invertebrado ou vertebrado) e a classe pertencente dos vertebrados (Tabela 2): Antes da visita: 8 a 37% dos alunos conheciam a classificação de subfilo e 39 a 67% conheciam a classe desses animais. Após a visita: 16 a 52% conheciam a classificação, e 26 a 90%, respectivamente conheciam a classe 26% reconheceram que a diferença morfológica entre tartaruga, cágado e jabuti está nas patas desses animais. 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% 50% Tartaruga Jacaré Sapo Cobra Lagarto Figura 2 Porcentagem das alternativas marcadas referentes à espécie excluída da classe dos repteis. A B C D

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UTILIZAÇÃO DE ESPAÇO DE ENSINO NÃO FORMAL NO PROCESSO DE APRENIDIZAGEM E ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA

Josélia Domingos Pereira¹; Adriana de Souza Santos¹; Marques Francisco da Silva² ; Ivaneide Alves Soares da Costa³ Graduandos em Ciências Biológica, Bolsista em Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID/Biologia. Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN – josé[email protected] ; [email protected]

Supervisores do PIBID/Biologia e professores de Ciências e Biologia da Rede Estadual - [email protected]. Coordenadora do PIBID/Biologia. Departamento de Microbiologia e Parasitologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN - [email protected].

INTRODUÇÃO

Os museus como centros de ciências, enquanto espaços de educação não formal podem, por meio da participação ativa do público,

promover a compreensão da ciência ao aguçar a curiosidade do individuo e estimular o prazer pela descoberta (PEREIRA; SILVA, 2008). Entretanto, espaços não formais de educação podem ser utilizados para implementação de propostas de educação formal, como

ambientes de extensão da escola (OLIVEIRA; GASTAL, 2009), contribuindo na divulgação cientifica principalmente na área de difusão e

popularização da ciência e tecnologia. O presente trabalho tem como objetivo avaliar o uso de espaço de ensino não formal, na

aprendizagem de conceitos, promovendo a alfabetização cientifica através de uma exposição em um museu de ciências e morfológicas.

METODOLOGIA

A visitação ao Museu de Ciências e Morfologia, da UFRN,

ocorreu em junho de 2012, com 38 alunos dos 1º anos do ensino

médio, turmas “A” e “B”, do turno vespertino, da Escola Estadual

Lourdes Guilherme.

A atividade foi mediada por quatro etapas distintas:

1. Divulgação do projeto na escola;

2. Aplicação de questionário pré-visita – análise de

conhecimentos prévios sobre os vertebrados;

3. Visita guiada no museu – sala dos vertebrados, e registro por

meio de fotografias e filmagem (Figuras 1 a, b, c, d)

4. Aplicação de questionário pós-visita – avaliar a aprendizagem

sobre grupos, características e adaptações evolutivas dos

vertebrados.

CONCLUSÃO Relacionando a porcentagem de acertos no questionário pré-

visita (8 a 68%) em relação ao conhecimento geral dos alunos

quanto à evolução dos vertebrados, com a porcentagem de acertos

pós-visita (16 a 90%), demonstra que o uso de espaços não

formais contribui para a aprendizagem significativa, além de

promover a alfabetização cientifica destes alunos.

REFERÊNCIAS

OLIVEIRA, R. I. R.; GASTAL, M. L. A. - Educação formal fora da sala de aula – olhares

sobre o ensino de ciências utilizando espaços não-formais. Anais do VII Encontro Nacional

de Pesquisa em Educação em Ciências, Florianópolis, 2009.

PEREIRA, G. R.; SILVA, R. C. - Avaliação da metodologia científica itinerante por meio da

metodologia da lembrança estimulada. Anais do XI Encontro de Pesquisa em Ensino de

Física. Curitiba: Espaço Ciência Viva, 2008.

Questões Alternativas Pré-visita Pós-visita

Classificação das cobras Vertebrados 8% 42%

Invertebrados 23,6% 32%

Répteis 68,4% 57%

Mamíferos 8% 10%

Classificação dos morcegos Vertebrados 13% 16%

Invertebrados 11% 10%

Répteis 11% 0%

Mamíferos 61% 90%

Aves 21% 10%

Classificação do tatu Mamíferos 39% 26%

Répteis 13% 21%

Vertebrados 37% 52%

Invertebrados 13% 16%

Classificação das tartarugas Vertebrados 26% 37%

Invertebrados 13% 21%

Répteis 39% 31%

Anfíbios 45% 47%

Tabela 2 – Analise comparativa das questões comuns aos questionários

pré e pós-visita sobre a classificação dos vertebrados (subfilo e classe)

Figura 1 - Visita orientada ao museu. A) Momento livre de interação com o espaço. B e C)

Apresentação do monitor durante a visita. D) Momento de descontração ao término da visita.

RESULTADOS E DISCUSSÃO 1. Análise pré–visita:

55% dos alunos responderam que “o museu é um lugar de coisas antigas”, dentre outras respostas.

45% acertaram a questão quando referiram que o sapo era a

exceção ao grupo dos répteis (Figura 2).

>20 % erraram excluindo a tartaruga como grupo dos répteis.

2. Análise comparativa dos questionários pré e pós-visita em

relação aos conhecimento dos alunos sobre evolução e

classificação quanto ao subfilo (invertebrado ou vertebrado) e a

classe pertencente dos vertebrados (Tabela 2):

Antes da visita: 8 a 37% dos alunos conheciam a classificação

de subfilo e 39 a 67% conheciam a classe desses animais.

Após a visita: 16 a 52% conheciam a classificação, e 26 a 90%,

respectivamente conheciam a classe

26% reconheceram que a diferença morfológica entre tartaruga,

cágado e jabuti está nas patas desses animais.

0%

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50%

Tartaruga Jacaré Sapo Cobra Lagarto

Figura 2 – Porcentagem das alternativas marcadas referentes à espécie excluída da

classe dos repteis.

A B

C D