Utilização de modelos de insolvência na avaliação de call centers

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC - SP Alex Moura Magalhães Aplicação de modelos de insolvência nas principais empresas de call center no Brasil MESTRADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS SÃO PAULO 2013

Transcript of Utilização de modelos de insolvência na avaliação de call centers

  • PONTIFCIA UNIVERSIDADE CATLICA DE SO PAULO

    PUC - SP

    Alex Moura Magalhes

    Aplicao de modelos de insolvncia nas principais empresas de call center no Brasil

    MESTRADO EM CINCIAS CONTBEIS

    SO PAULO

    2013

  • PONTIFCIA UNIVERSIDADE CATLICA DE SO PAULO

    PUC - SP

    Alex Moura Magalhes

    Aplicao de modelos de insolvncia nas principais empresas de call center no Brasil

    Dissertao apresentada Banca Examinadora da

    Pontifcia Universidade Catlica de So Paulo,

    como exigncia parcial para obteno do ttulo de

    MESTRE em Cincias Contbeis, sob a

    orientao do Professor Doutor Napoleo Verardi

    Galegale.

    SO PAULO

    2013

  • Banca Examinadora

    __________________________________________________

    __________________________________________________

    __________________________________________________

  • Autorizo, exclusivamente para fins acadmicos e cientficos, a reproduo total ou parcial

    desta dissertao por processos fotocopiadores ou eletrnicos, desde que citada a fonte.

    So Paulo, ____ de _____________ de ______.

    _______________________________________

  • AGRADECIMENTOS

    As primeiras pessoas a quem agradeo so os meus pais, que sempre me incentivaram

    a seguir em frente por mais doloroso que fosse o caminho escolhido. Agradeo, tambm,

    minha esposa, que nunca me deixou desistir dos meus sonhos, e aos meus filhos, que so a

    minha maior fonte de energia para buscar romper meus limites e alcanar meus objetivos.

    Agradeo a toda minha famlia e amigos por terem acreditado em mim.

    Agradeo aos mestres que me guiaram nos ensinamentos e me orientaram para este

    novo desafio de reproduzir o conhecimento adquirido e multiplic-lo ao prximo. Agradeo

    aos meus colegas de sala pela oportunidade de t-los conhecido e com eles compartilhado esta

    jornada que percorremos juntos.

    Agradeo aos meus gestores, pela confiana, pacincia e compreenso depositada para

    que este sonho pudesse ser realizado.

    Agradeo, especialmente, ao meu mestre orientador, Professor Doutor Napoleo

    Verardi Galegale, que, com sua generosidade, me conduziu at aqui para mais esta conquista,

    como tambm aos membros do Exame de Qualificao, Professores Doutores Jos Carlos

    Marion e Joo Luiz de Souza Lima, que contriburam para esta pesquisa com suas generosas

    consideraes.

    E, por fim, agradeo a Deus, por ter colocado todas essas pessoas no meu caminho

    para que eu pudesse me tornar um ser humano melhor.

  • MAGALHES, Alex Moura. Aplicao de modelos de insolvncia nas principais

    empresas de call center no Brasil.

    RESUMO

    Este estudo resultado de uma avaliao financeira por meio de modelos de insolvncia

    aplicados nas demonstraes financeiras das principais empresas de call center atuantes no

    Brasil. Essas empresas possuem grande representatividade financeira para esse setor, como

    tambm grande potencial empregatcio. O objetivo a ser alcanado com este estudo

    identificar se h riscos de insolvncia nessas empresas, j que uma pesquisa realizada por uma

    consultoria que acompanha o mercado de call center levantou o risco financeiro que ocorre na

    continuidade desse negcio em organizaes de pequeno e mdio portes, devido ao alto custo

    de investimentos para manter as suas respectivas operaes e o no repasse desse custo no

    preo final do servio para as empresas contratantes, que no reconhecem tal investimento

    como valor agregado ao servio.

    Palavras-chave: Solvncia. Insolvncia. Modelo. Risco. Call center.

  • MAGALHES, Alex Moura. Application of insolvency models in main call center

    companies in Brazil.

    ABSTRACT

    This study is the result of a financial evaluation using insolvency models applied in the

    financial statements of the leading call center companies operating in Brazil. These companies

    have great representation for the financial sector as well as great potential employment. The

    goal to be achieved with this study is to identify if there is risk of insolvency in these call

    center companies, since a research by a consultancy that accompanies the call center market

    raised the financial risk that occurs in the continuity of business enterprises small and

    medium-sized due to the high cost of investment to maintain their respective operations and

    not pass this cost in the final price of the service to the contractors, who do not recognize such

    investment as value added service.

    Keywords: Solvency. Insolvency. Model. Risk. Call center.

  • LISTA DE FIGURAS

    Figura 1 Termmetro de insolvncia Modelo de Kanitz .......................................... 36

    Figura 2 Termmetro de insolvncia Modelo de Elizabestky .................................. 37

    Figura 3 Termmetro de insolvncia Modelo de Altman ......................................... 38

    Figura 4 Termmetro de insolvncia Modelo de Matias .......................................... 39

    Figura 5 Termmetro de insolvncia Modelo de Pereira .......................................... 40

  • LISTA DE GRFICOS

    Grfico 1 Faturamento Contax ...................................................................................... 24

    Grfico 2 Nmero de funcionrios Contax .................................................................... 24

    Grfico 3 Faturamento Atento ....................................................................................... 26

    Grfico 4 Nmero de funcionrios Atento .................................................................... 26

    Grfico 5 Faturamento Tivit .......................................................................................... 27

    Grfico 6 Nmero de funcionrios Tivit........................................................................ 28

    Grfico 7 Faturamento Scopus ...................................................................................... 29

    Grfico 8 Faturamento Vidax ........................................................................................ 31

    Grfico 9 Nmero de funcionrios Vidax...................................................................... 31

    Grfico 10 Faturamento Algar Tecnologia ...................................................................... 32

    Grfico 11 Nmero de funcionrios Algar Tecnologia ................................................... 33

    Grfico 12 Faturamento AeC ........................................................................................... 34

    Grfico 13 Nmero de funcionrios AeC ........................................................................ 34

    Grfico 14 Demonstrao do resultado dos modelos aplicados nos trs exerccios

    avaliados da empresa Contax ........................................................................ 44

    Grfico 15 Demonstrao do resultado dos modelos aplicados nos trs exerccios

    avaliados da empresa Atento ......................................................................... 46

    Grfico 16 Demonstrao do resultado dos modelos aplicados nos trs exerccios

    avaliados da empresa Scopus ........................................................................ 49

    Grfico 17 Demonstrao do resultado dos modelos aplicados nos trs exerccios

    avaliados da empresa Vidax .......................................................................... 51

    Grfico 18 Demonstrao do resultado dos modelos aplicados nos trs exerccios

    avaliados da empresa Algar Tecnologia ........................................................ 54

    Grfico 19 Demonstrao do resultado dos modelos aplicados nos trs exerccios

    avaliados da empresa AeC ............................................................................. 57

  • LISTA DE QUADROS

    Quadro 1 Evoluo do mercado de contact center nos anos de 2008 a 2010 ............... 15

    Quadro 2 Lista das 20 maiores empresas de call center por faturamento no ano de

    2011 e a respectiva participao no ranking ................................................. 18

    Quadro 3 Lista das 20 maiores empresas de call center por faturamento no ano de

    2011 e a respectiva participao no setor ...................................................... 19

    Quadro 4 Lista das 20 maiores empresas de call center por faturamento no ano de

    2011 e o nmero de funcionrios .................................................................. 20

    Quadro 5 Demonstraes financeiras Contax ............................................................... 42

    Quadro 6 Demonstrativo de resultado do exerccio Contax .......................................... 43

    Quadro 7 Resultado dos modelos aplicados nas demonstraes financeiras da

    empresa Contax ............................................................................................. 43

    Quadro 8 Demonstraes financeiras Atento ................................................................ 45

    Quadro 9 Demonstrativo de resultado do exerccio Atento .......................................... 45

    Quadro 10 Resultado dos modelos aplicados nas demonstraes financeiras da

    empresa Atento .............................................................................................. 46

    Quadro 11 Demonstraes financeiras Scopus ............................................................... 47

    Quadro 12 Demonstrativo de resultado do exerccio Scopus .......................................... 48

    Quadro 13 Resultado dos modelos aplicados nas demonstraes financeiras da

    empresa Scopus ............................................................................................. 48

    Quadro 14 Demonstraes financeiras Vidax ................................................................. 50

    Quadro 15 Demonstrativo de resultado do exerccio Vidax............................................ 50

    Quadro 16 Resultado dos modelos aplicados nas demonstraes financeiras da

    empresa Vidax ............................................................................................... 51

    Quadro 17 Demonstraes financeiras Algar Tecnologia ............................................... 53

    Quadro 18 Demonstrativo de resultado do exerccio Algar Tecnologia ......................... 53

  • Quadro 19 Resultado dos modelos aplicados nas demonstraes financeiras da

    empresa Algar Tecnologia ............................................................................. 54

    Quadro 20 Demonstraes financeiras AeC .................................................................... 56

    Quadro 21 Demonstrativo de resultado do exerccio AeC .............................................. 56

    Quadro 22 Resultado dos modelos aplicados nas demonstraes financeiras da

    empresa AeC.................................................................................................. 57

    Quadro 23 Resumo dos modelos aplicados nas demonstraes financeiras das

    empresas avaliadas ........................................................................................ 58

  • LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

    SAC Servio de Atendimento ao Cliente

    ABRAREC Associao Brasileira das Relaes Empresa Cliente

    LMS Learning Management System

    COL Cursos On-Line

    EPS Empresa Prestadora de Servios

    B2B Business to Business

    B2C Business to Consumer

    BPO Business Process Outsourcing

    TI Tecnologia da Informao

    Sintelmark Sindicato Paulista das Empresas de Telemarketing, Marketing Direto e

    Conexes

    PIB Produto Interno Bruto

    VNN Votorantim Novos Negcios

    IPO Initial Public Offering

  • SUMRIO

    1 INTRODUO ................................................................................................................... 13

    1.1 Caracterizao do problema de pesquisa .................................................................... 13

    1.2 Questo da pesquisa e hiptese do trabalho ................................................................ 16

    1.3 Objetivo do trabalho ...................................................................................................... 16

    1.4 Metodologia .................................................................................................................... 17

    1.5 Limitaes da pesquisa .................................................................................................. 20

    1.6 Estrutura do trabalho .................................................................................................... 21

    2 O MERCADO DE CALL CENTER E AS PRINCIPAIS EMPRESAS DO SETOR ..... 22

    2.1 Contax ............................................................................................................................. 23

    2.2 Atento .............................................................................................................................. 25

    2.3 Tivit .................................................................................................................................. 26

    2.4 Scopus .............................................................................................................................. 28

    2.5 Vidax ................................................................................................................................ 30

    2.6 Algar Tecnologia ............................................................................................................ 31

    3 MODELOS DE INSOLVNCIA MAIS CONHECIDOS ............................................... 35

    3.1 Modelo de Kanitz ........................................................................................................... 35

    3.2 Modelo de Elizabestky ................................................................................................... 36

    3.3 Modelo de Altman .......................................................................................................... 38

    3.4 Modelo de Matias ........................................................................................................... 39

    3.5 Modelo de Pereira .......................................................................................................... 39

    3.6 Consideraes sobre os modelos a serem aplicados .................................................... 41

    4 DEMONSTRAES FINANCEIRAS DAS EMPRESAS DE CALL CENTER ........... 42

    4.1 Contax ............................................................................................................................. 42

    4.2 Atento .............................................................................................................................. 44

    4.3 Tivit .................................................................................................................................. 47

    4.4 Scopus .............................................................................................................................. 47

    4.5 Vidax ................................................................................................................................ 49

    4.6 Algar Tecnologia ............................................................................................................ 52

    4.7 AeC .................................................................................................................................. 55

  • 4.8 Resumo dos modelos aplicados ..................................................................................... 58

    5 CONCLUSO E CONSIDERAES FINAIS ............................................................... 59

    REFERNCIAS ..................................................................................................................... 61

    ANEXO A - Demonstrativos financeiros Contax ................................................................ 64

    ANEXO B - Demonstrativos financeiros Atento ................................................................. 67

    ANEXO C - Demonstrativos financeiros Scopus ................................................................. 69

    ANEXO D - Demonstrativos financeiros Vidax .................................................................. 73

    ANEXO E - Demonstrativos financeiros Algar Tecnologia ............................................... 77

    ANEXO F - Demonstrativos financeiros AeC ...................................................................... 80

  • 13

    1 INTRODUO

    A introduo deste estudo consistir de seis subsees, comeando pela caracterizao

    do problema de pesquisa, seguida pela questo geral e a hiptese do respectivo trabalho.

    Apresentar-se-, na sequncia, o objetivo esperado do estudo, em linha com a metodologia

    utilizada. E, completando a introduo, sero ressaltadas as limitaes da pesquisa,

    encerando-se com um breve descritivo sobre a estrutura dos captulos que compem este

    trabalho.

    1.1 Caracterizao do problema de pesquisa

    Conforme publicado no site de uma das maiores empresas de contact center do

    mercado brasileiro, a Atento, o call center surgiu nos anos de 1960, nos Estados Unidos, no

    havendo uma data exata para a origem desse tipo de servio (ATENTO, 2012a).

    O referido site menciona que alguns anos aps a inveno do telefone, em 1880, um

    padeiro norte-americano notou uma enorme e potencial oportunidade de negcios para

    oferecer os seus produtos sua clientela, que girava em torno de 180 clientes. Antigamente, o

    atendimento por telefone era oferecido por bombeiros, para casos de emergncia e

    policiamento. As pessoas utilizavam o telefone apenas quando era necessrio em caso de

    emergncias, ligando para uma central, que encaminhava a ocorrncia para uma soluo,

    conforme o problema apresentado (ATENTO, 2012a).

    Nessa mesma poca, a Ford se arriscou e investiu na primeira campanha massiva de

    marketing por telefone, capacitando 15 mil donas de casa, que, de suas respectivas

    residncias, efetuaram 20 milhes de ligaes para definir e mapear o mercado potencial de

    compradores de automveis. Rapidamente, essa estratgia disseminou-se para outras

    empresas (ATENTO, 2012a).

    Estudos realizados nos Estados Unidos da dcada de 1970 comprovaram que

    praticamente 50% dos americanos que receberam contato por telefone (seja para vendas ou

    para pesquisa) ouviram as propostas ofertadas. Em 1980, surgiu, ento, oficialmente, o termo

    telemarketing, que aportou no Brasil junto com a chegada das multinacionais americanas

    (ATENTO, 2012a).

    Percebendo que esse tipo de sistema poderia ser expandido, e com a regulamentao

    do Cdigo de Defesa do Consumidor, as empresas passaram a disponibilizar esse tipo de

    atendimento para os seus clientes por meio de um Servio de Atendimento ao Cliente (SAC),

  • 14

    um canal de comunicao pelo qual os consumidores podiam registrar as suas reclamaes.

    Com o passar do tempo, essas centrais de atendimento comearam a ser vistas como uma

    ferramenta de integrao e relacionamento com o cliente, tornando-se, assim, call centers.

    Em 2007, a Associao Brasileira das Relaes Empresa Cliente (ABRAREC) e a E-

    Consulting empresa especializada em consultoria estratgica nos setores de Tecnologia da

    Informao (TI), Internet, Mdia e Telecom , realizaram um estudo revelando que o setor de

    contact center continuou crescendo e assumindo um importante papel socioeconmico no

    pas. Esse estudo constatou que o setor cresceu 8,5% em 2007 e alcanou um faturamento

    aproximado de R$ 17 bilhes, atingindo uma maturidade e uma estabilidade do setor,

    englobando centrais de atendimento prprias e terceirizadas, atuando no somente com

    Servios de Atendimento ao Cliente, mas tambm com Televendas, Recuperao de Crdito,

    entre outros (ADMINISTRADORES.COM, 2008).

    Desse referido estudo, destacam-se as seguintes informaes: do faturamento total,

    entre 60% e 65% so oriundos das operaes de servio de atendimento ao consumidor; as

    operaes terceirizadas representam 35% do setor; o aumento do volume de crdito ao

    consumidor fez com que a rea de Recuperao de Crdito crescesse, alm de contribuir para

    aumentar o nvel de terceirizao de operaes de call center no Brasil em relao a outros

    pases; as operaes terceirizadas representam 35% do setor, com faturamento de R$ 6

    bilhes; os setores de Convergncia (Mdia, Internet e Contedo) e Financeiro so os que

    mais contrataram os servios de call center no Brasil, com 43,4% e 36,2% da demanda,

    respectivamente, e, em seguida, esto os segmentos de Utilities/Varejo, com 5%. Outra

    informao que se destaca pela sua importncia que o setor responsvel por cerca de 1

    milho de trabalhadores e que, diferentemente da percepo do mercado, oferece a

    oportunidade de desenvolvimento e crescimento na carreira. Esses trabalhadores ocupam

    cargos de operadores, monitores, supervisores, coordenadores e gerentes

    (ADMINISTRADORES.COM, 2008).

    Mas existe, ainda, outro dado de grande relevncia que chama a ateno nesse

    mencionado estudo: apesar de todo esse crescimento e da absoro de mo de obra e

    empregabilidade para se ter uma ideia, o setor emprega mais do que a indstria

    automobilstica , a pesquisa revela uma forte queda na rentabilidade mdia do setor

    terceirizado (mdia de 3,5%), e, por isso, motivo de preocupao

    (ADMINISTRADORES.COM, 2008). As empresas de call center investem pesado no

    treinamento e na capacitao de mo de obra, em certificaes de qualidade e na aquisio de

  • 15

    novas tecnologias, mas os contratantes exigem tudo isso como condio bsica do servio,

    pois o consideram, de maneira geral, um servio commodity.

    Vale notar que, muitas vezes, o contratante em formato de leilo reverso estimula a

    guerra de preos predatria, uma vez que no paga por servios de valor agregado, apesar de

    exigi-los. Essa inequao consome de forma agressiva a saudabilidade dos contratos e

    machuca o equilbrio operacional-financeiro das empresas, principalmente das mdias e

    pequenas que possuem faturamento entre R$ 50 milhes e R$ 300 milhes, afirmou

    Domeneghetti scio-fundador da E-Consulting, consultoria responsvel pelo estudo

    (ADMINISTRADORES.COM, 2008, sem paginao).

    J em outro estudo realizado pela E-Consunting, agora no ano de 2009, foi constatado

    que o setor faturou mais de R$ 23 bilhes, sendo que R$ 8,798 bilhes so provenientes de

    operaes terceirizadas (PORTAL CALL CENTER, 2010). Esse ponto de ateno sobre a

    sustentabilidade dessas empresas se torna relevante, pois, de acordo com a projeo da

    ABRAREC para 2012, o setor de contact center atingir o patamar de 2 milhes de postos de

    trabalho, j que o histrico nessas empresas apresenta um total de 1,16 milho de funcionrios

    em 2008 e 1,33 milhes em 2009, alm de contribuir para os fomentos direto e indireto dos

    setores de sua cadeia de valor como a indstria de Tecnologia da Informao (PORTAL

    CALL CENTER, 2010).

    O Quadro 1, abaixo, mostra mais dados sobre a evoluo do mercado de contact

    center:

    Quadro 1 - Evoluo do mercado de contact center nos anos de 2008 a 2010.

    Fonte: Strategy Research Center da E-Consulting Corp. (PORTAL CALL CENTER, 2010).

  • 16

    1.2 Questo da pesquisa e hiptese do trabalho

    Considerando a importncia do setor de contact center brasileiro, de acordo com o

    Sindicato Paulista das Empresas de Telemarketing (Sintelmark), em publicao no site Portal

    Call Center (2012, sem paginao), o setor identificado pelo alto nvel de gerao de

    empregos, por oferecer suporte forte demanda de consumo nacional, alm de despertar o

    interesse de investidores estrangeiros.

    No ano de 2011, o crescimento do setor foi acima do Produto Interno Bruto (PIB)

    nacional, com 10% de expanso, e movimentou R$ 29 bilhes, consolidando-se cada vez mais

    como um dos segmentos que mais impactam positivamente na economia das cidades e do pas

    (PORTAL CALL CENTER, 2012). Mas, na pesquisa realizada em 2009 pela E-Consulting,

    foi levantado um ponto de ateno quanto relao de custo e investimento nas operaes e

    servios prestados e o valor pago por estes e o no reconhecimento pelo valor agregado

    (PORTAL CALL CENTER, 2010).

    Em decorrncia desse apontamento, levanta-se o seguinte questionamento: como est

    a sade financeira das principais empresas de call center terceirizadas no Brasil?

    1.3 Objetivo do trabalho

    O objetivo deste trabalho realizar uma avaliao financeira das principais empresas

    de call center terceirizadas que atuam no mercado brasileiro, por meio da aplicao dos

    modelos de insolvncia mais conhecidos no Brasil, para verificar se os pesados investimentos

    em qualificao e capacitao da mo de obra, certificaes em qualidade e aquisio de

    novas tecnologias, ou seja, os altos investimentos para estruturao dos servios prestados aos

    contratantes realmente impactam na sustentabilidade financeira da empresa devido ao baixo

    preo praticado no pagamentos desses servios, uma vez que os contratantes no pagam pelo

    valor agregado aos servios.

    Sendo assim, o presente estudo buscar analisar se essas empresas, nos seus ltimos

    exerccios, apresentam sinais de insolvncia ou no, aplicando, para isso, mais de um modelo

    de insolvncia.

  • 17

    1.4 Metodologia

    A insolvncia sempre foi muito complexa de ser detectada nas empresas que esto em

    dificuldades financeiras, sendo a anlise das demonstraes financeiras uma das formas de se

    obter informaes sobre o desempenho das organizaes.

    Seguindo nessa afirmativa, umas das ferramentas mais antigas na avaliao da

    situao financeira das empresas a aplicao de modelos de insolvncia, os quais, por meio

    de mtodos estatsticos estruturados, podem ser preditivos da situao de insolvncia

    (PINHEIRO et al., 2007). Nesse sentido, Kassai e Onusic (2004, p. 1) apontam que a anlise

    de indicadores extrados das demonstraes financeiras elemento importante para se tomar

    decises sobre investimentos e emprstimos, auxiliando na avaliao do grau de solvabilidade

    de uma empresa.

    Diante desse contexto, sero buscados, na literatura, os modelos de insolvncia mais

    conhecidos e apresentados no Brasil, quais sejam Elizabetsky 1976 , Kanitz 1978 ,

    Matias 1976 , Altman, Baidya e Dias 1979 e Pereira 1982 , os quais ajudam na

    avaliao da predisposio das empresas insolvncia, auxiliando na necessidade de

    resguardar os interesses dos gestores que atuam no mercado financeiro (PINHEIRO et al.,

    2007).

    Pinto (2008) destaca que a interpretao do passado das empresas por modelos de

    insolvncia favorece e evidencia as tendncias de futuro, possibilitando apresentar as suas

    predisposies de solvncia ou no. Dessa forma, alm de utilizar os modelos de insolvncia

    acima citados, buscar-se-, neste estudo, avaliar, de forma qualitativa e documental, os

    demonstrativos financeiros de trs exerccios seguidos, neste caso os anos de 2009, 2010 e

    2011, das principais empresas de call center que atuam no Brasil, para se ter condio de

    verificar se h uma tendncia ou no de insolvncia nessas companhias.

    Apresentados os modelos de insolvncia mais conhecidos no Brasil, seus autores e

    suas formulaes utilizadas, sero selecionadas para a anlise as principais empresas que se

    destacam no ranking apresentado pelo site Callcenter.inf.br (2012b), considerando as

    informaes do ano de 2011.

    No critrio para escolha das principais empresas, a representatividade apresentada e

    acumulada em termos de volume de faturamento e o nmero de funcionrios no ano de 2011

    sero utilizados para selecionar as companhias a serem avaliadas pela aplicao dos modelos

    de insolvncia. Considerando que o mercado de call center terceirizado representa em torno

    de 35% da movimentao do setor, chegando cifra de R$ 10,15 bilhes, as sete primeiras

  • 18

    empresas representam 84,04% da movimentao dos servios terceirizados no setor,

    percentual bastante representativo para a seleo e a anlise em questo

    (CALLCENTER.INF.BR, 2012b).

    Quadro 2 - Lista das 20 maiores empresas de call center por faturamento no ano de 2011 e a respectiva

    participao no ranking.

    Fonte: Callcenter.inf.br (2012b).

    Considerando ainda o critrio de representatividade do faturamento acumulado das

    empresas listadas no ranking apresentado no site Callcenter.inf.br (2012b), levando em conta

    que as 20 maiores companhias significam 96,63% do faturamento do setor, estar se tratando

    de um total de R$ 9,808 bilhes, j que as sete primeiras empresas listadas nesse ranking

    abrangem um faturamento acumulado e representativo de 86,97%.

  • 19

    Quadro 3 - Lista das 20 maiores empresas de call center por faturamento no ano de 2011 e a respectiva

    participao no setor.

    Fonte: Callcenter.inf.br (2012b).

    E, por critrio final, ser considerada a representatividade dessas empresas em relao

    ao nmero de funcionrios. Do total de funcionrios listados nas 20 maiores companhias, as

    sete maiores empregam, juntas, mais de 235 mil funcionrios, o que representa 81,83% do

    total das empresas listadas entre as 20 maiores.

  • 20

    Quadro 4 - Lista das 20 maiores empresas de call center por faturamento no ano de 2011 e o nmero de

    funcionrios.

    Fonte: Callcenter.inf.br (2012b).

    1.5 Limitaes da pesquisa

    As limitaes apresentadas para este estudo referem-se obteno dos demonstrativos

    financeiros dos exerccios a serem avaliados de todas as empresas listadas no processo de

    seleo para a anlise e a aplicao dos modelos de insolvncia.

    Isso porque, no sendo possvel localizar esses demonstrativos financeiros publicados,

    ser necessrio solicit-los junto s prprias empresas.

  • 21

    1.6 Estrutura do trabalho

    O presente trabalho encontra-se dividido em cinco captulos, estruturados de forma

    lgica, e ordenados de maneira que seja possvel estabelecer vnculos entre os mesmos, at

    chegar concluso do respectivo estudo.

    Este primeiro captulo introdutrio trouxe o problema de pesquisa, bem como

    estabeleceu a hiptese geral do trabalho, definindo qual a expectativa dos objetivos esperados,

    a metodologia utilizada e as limitaes do estudo.

    J no segundo captulo, haver um breve descritivo do mercado de call center na

    atualidade, bem como uma apresentao das empresas que sero submetidas aplicao dos

    modelos de insolvncia mais conhecidos nacionalmente.

    Em seguida, no terceiro captulo, sero analisados os modelos de insolvncia mais

    conhecidos no Brasil, seus histricos, conceitos, formulaes e seus autores.

    No quarto captulo, sero apresentadas as demonstraes financeiras dos trs ltimos

    exerccios contbeis de cada empresa selecionada. Os dados sero tabulados de forma

    padronizada, classificando e destacando as contas contbeis a serem utilizadas nas

    formulaes dos modelos de insolvncia aplicados em cada balano, realizando um

    comparativo de ndices obtidos em cada exerccio contbil avaliado.

    Por fim, no quinto captulo, sero apresentados os resultados obtidos na aplicao dos

    modelos de insolvncia, bem como os indicadores de cada modelo e seus respectivos

    significados, alm das consideraes individuais perante a anlise de cada perodo de

    demonstraes financeiras apresentadas por cada empresa, como tambm no geral da

    pesquisa.

  • 22

    2 O MERCADO DE CALL CENTER E AS PRINCIPAIS EMPRESAS DO SETOR

    O servio prestado por empresas de call center constitui uma parte importante do dia a

    dia dos negcios e gera emprego para milhares de pessoas no mundo, desde que a era das

    telecomunicaes passou a permitir o acesso entre as empresas e o pblico consumidor. E

    esse contato pode ser encaminhado de vrias formas, desde um servio de atendimento ao

    pblico ou cliente at a possibilidade de adquirir um servio ou produto.

    Com um crescimento registrado acima do PIB nacional, o setor de call center

    brasileiro encerrou o ano de 2011 com um incremento de 10%, movimentando R$ 29 bilhes

    e consolidando-se cada vez mais como um dos segmentos que mais impactam positivamente a

    economia das cidades e do pas (SINTELMARK, 2012). Segundo a Sintelmark (2012), o

    mercado j reconhecido por sua alta taxa de empregabilidade, pela efetivao de milhares de

    processos de venda e pelo relacionamento com clientes, dando suporte forte demanda de

    consumo do pas, por estar alinhado ao discurso econmico do governo, alm de contribuir

    com inovaes tecnolgicas que sustentam as operaes e de atrair o interesse de investidores

    estrangeiros.

    Um estudo, realizado em parceria com a E-Consulting, o Sintelmark e a ABRAREC,

    considerou a presena de uma empresa de call center com 5 mil funcionrios em localidades

    com cerca de 100 mil habitantes. Essa companhia pode gerar uma massa salarial e de

    benefcios de R$ 65 milhes por ano, gastos em alimentao, transporte, medicamentos e em

    servios em geral, totalizando uma movimentao revertida para a economia da cidade em

    torno de R$ 131 milhes, tudo isso devido a novos empreendimentos que sero estruturados

    para atender demanda desse pblico (SINTELMARK, 2012).

    Somado a isso, uma empresa de call center deve gastar, em mdia, R$ 30 milhes por

    ano com produtos e servios locais (como aluguel de edifcios, transporte executivo, motoboy,

    txi etc.) e arrecadar cerca de R$ 4,5 milhes anuais em impostos locais, com base em uma

    rentabilidade da companhia em torno de R$ 126 milhes ao ano, em funo de uma base

    tributria de 37% (SINTELMARK, 2012).

    Segundo a anlise do diretor-presidente executivo do Sintelmark, publicada no site do

    sindicato, a atividade de call center proporciona benefcios ao governo local, populao e

    para a prpria empresa. Este crculo econmico virtuoso materializa o amadurecimento do

    setor e o forte potencial de evoluo que possui para os prximos anos (SINTELMARK,

    2012, sem paginao).

  • 23

    As subsees a seguir trazem uma breve apresentao das principais empresas do setor

    no pas.

    2.1 Contax1

    A Contax surgiu no final de 2000 e no parou mais de inovar em um setor da

    economia que pouco investia em tecnologia e qualificao de atendimento.

    Em to pouco tempo, tornou-se expoente desse mercado, oferecendo diferenciais que

    possibilitaram atrair clientes que buscavam alavancar a venda de seus produtos e agregar

    valor no relacionamento com seus consumidores. A sua fora est consolidada em uma

    estratgia de negcio bem definida, que faz a Contax ir alm e atuar como consultora no

    relacionamento com o cliente final, sempre em busca da sua satisfao.

    Para alcanar esse nvel de excelncia operacional, a Contax direcionou o seu trabalho

    na produtividade e nos servios personalizados que projeta, implementa e opera. Com esses

    conceitos, a empresa ganhou respeito no segmento e, apenas em oito anos, alcanou o posto

    de uma das maiores geradoras de emprego do pas.

    Mas esse sucesso no seria sustentvel caso a Contax deixasse de lado a capacitao

    pessoal de seus funcionrios e a evoluo tecnolgica. Mais de R$ 250 milhes foram

    aportados para essas reas e assim foi possvel equipar a empresa com modernos sites,

    munidos com as melhores e mais adequadas ferramentas tecnolgicas e estruturas de contact

    center. A empresa pde tambm preparar profissionais altamente capacitados para garantir

    um atendimento satisfatrio aos pblicos envolvidos no negcio.

    Assim, mais do que uma prestadora de servios de contact center, a Contax atua

    como consultora de seus clientes, para identificar a melhor soluo de relacionamento com os

    consumidores. Essa cogesto permite Contax desenvolver e implementar servios completos

    de atendimento, ativos ou receptivos, como Atendimento ao Cliente, Telemarketing, Help

    Desk, Centrais de Cobrana, Reteno e Internet Call Center.

    Hoje, conta com mais de 115 mil funcionrios distribudos em seus 34 sites, em nove

    Estados e no Distrito Federal, e ultrapassou as fronteiras com a sua presena na Argentina, na

    Colmbia, na Espanha e no Peru.

    Seguem alguns dos fatores que levaram a Contax a crescer:

    1 Esta subseo foi elaborada de acordo com os dados obtidos diretamente no site da empresa. Disponvel em:

    . Acesso em: 10 nov. 2012.

  • 24

    Foco em operaes de grande volume de transaes e alta complexidade;

    Foco em qualidade, com o objetivo na satisfao do cliente final (investimento

    massivo em treinamento e processos);

    Capacidade de investimento.

    O Grfico 1, abaixo, apresenta, nos ltimos trs exerccios da empresa Contax, como o

    seu faturamento evoluiu entre os anos de 2009 a 2011. O Grfico 2, por sua vez, revela um

    expressivo aumento nos nmeros de funcionrios no mesmo perodo.

    Grfico 1 - Faturamento Contax.

    Fonte: Callcenter.inf.br (2012b).

    Grfico 2 - Nmero de funcionrios Contax.

    Fonte: Callcenter.inf.br (2012b).

  • 25

    2.2 Atento2

    A Atento atua em 17 pases, no atendimento de centenas de milhes de pessoas, todos

    os anos, representando clientes de grande porte nas mais diversas reas de atuao Finanas,

    Telecomunicaes, Seguros, Tecnologia e Indstrias.

    Atendendo em mercados diversos, a empresa informa possuir uma estrutura de

    primeira linha, com pessoas competentes, qualificadas e inteligentes, o que a torna uma

    especialista no assunto, formando, com esses elementos, a confiana que a faz atingir o seu

    sucesso no mercado.

    A Atento tambm realiza iniciativas de responsabilidade social e ambiental que

    considera importantes nos locais em que atua.

    Com uma abordagem inovadora, os resultados falam por si s. No por acaso que a

    empresa lder nos pases de lngua espanhola e portuguesa, e tem uma slida presena em

    trs diferentes continentes. O seu objetivo continuar crescendo para ser lder mundial em

    atendimento ao cliente.

    Alguns dados que merecem destaque:

    Est presente em 17 pases, com mais de 165 centrais de atendimento;

    Possui, aproximadamente, 150.000 funcionrios;

    Conta com mais de 550 clientes no mundo;

    Sua receita, em 2010, foi de 1.66 bilhes.

    Nos Grficos 3 e 4, a seguir, encontra-se a evoluo do faturamento da empresa

    Atento entre os anos de 2009 a 2011, bem como o nmero de funcionrios.

    2 Esta subseo foi elaborada de acordo com os dados obtidos diretamente no site da empresa. Disponvel em:

    . Acesso em: 10 nov. 2012.

  • 26

    Grfico 3 - Faturamento Atento.

    Fonte: Callcenter.inf.br (2012b).

    Grfico 4 - Nmero de funcionrios Atento.

    Fonte: Callcenter.inf.br (2012b).

    2.3 Tivit3

    Em 1998, nasceu a empresa Telefutura, uma companhia voltada para terceirizao de

    processos de negcios, com foco em operaes crticas e complexas. Em 2001, a Votorantim

    Novos Negcios (VNN) tornou-se acionista da Telefutura e apoiou a empresa na sua

    estratgia de crescimento e prticas de gesto corporativa, inaugurando a unidade em

    Presidente Vargas, com 160 colaboradores em uma rea de 330 m.

    3 Esta subseo foi elaborada de acordo com os dados obtidos diretamente no site da empresa. Disponvel em:

    . Acesso em: 10 nov. 2012.

  • 27

    Em 2002, a VNN adquiriu 100% das aes da Optiglobe e iniciou uma transformao,

    que ampliou o escopo de servios da empresa de TI, e, em 2004, adquiriu a Proceda, que

    possua amplas competncias em processamento de mainframe e expertise no mercado

    financeiro.

    No ano de 2005, a Optiglobe tornou-se Tivit e a empresa passou a competir com os

    maiores fornecedores de servios de TI do pas. Em 2008, A Tivit expandiu as suas operaes

    internacionais e inaugurou um escritrio nos Estados Unidos, com o intuito de conquistar

    contratos de terceirizao de sistemas e infraestrutura de TI.

    Em 28 de setembro de 2009, a Tivit abriu o seu capital Initial Public Offering (IPO)

    na BM&FBOVESPA (Bolsa de Valores). Com isso, a empresa passou a fazer parte da

    carteira do Novo Mercado, do qual fazem parte as empresas mais maduras em governana

    corporativa do mercado de capitais. Inaugurou, ainda, um escritrio na Frana, reforando a

    sua atuao internacional, para atender aos clientes multinacionais e identificar novas

    oportunidades de negcios.

    Em 2010, o Apax Partner, um dos maiores fundos de investimentos do mundo,

    adquiriu 54,25% da Tivit, passando a deter o controle acionrio e a contribuir para a estratgia

    da empresa de crescimento do negcio no Brasil e no mundo.

    Os Grficos 5 e 6, abaixo, trazem o faturamento e o nmero de funcionrios da Tivit

    nos anos de 2009 a 2011.

    Grfico 5 - Faturamento Tivit.

    Fonte: Callcenter.inf.br (2012b).

  • 28

    Grfico 6 - Nmero de funcionrios Tivit.

    Fonte: Callcenter.inf.br (2012b).

    2.4 Scopus4

    A Scopus atua no mercado h mais de 36 anos no desenvolvimento de solues e

    servios, fornecendo servios customizados de TI ao mercado corporativo, orientados s

    necessidades dos clientes, e desenvolvendo aplicaes seguras e integradas para negcios on-

    line.

    Empreendedorismo e nfase na capacitao tecnolgica so traos marcantes da

    Scopus, que conta com mais de 3 mil colaboradores distribudos em todo o territrio

    brasileiro.

    O ano de 1996 foi um marco na histria da empresa. Ao desenvolver um sistema

    seguro de transaes financeiras via internet para o Bradesco, a Scopus possibilitou a esse

    banco ser o quinto no mundo e o primeiro na Amrica Latina a disponibilizar aos seus clientes

    o servio de Internet Banking seguindo os mais rigorosos padres mundiais de segurana de

    dados. Mais tarde, em 1998, a Scopus encarou mais um desafio e tornou-se pioneira tambm

    no desenvolvimento de sistemas de pagamentos seguros via internet.

    J nos anos 2000, a Scopus se expandiu, estando presente em todos os Estados

    brasileiros, e com capilaridade para atender a qualquer um dos mais de 5.500 Municpios do

    pas. Em 2005, com Learning Management System (LMS) prprio, foram lanados os Cursos

    4 Esta subseo foi elaborada de acordo com os dados obtidos diretamente no site da empresa. Disponvel em:

    . Acesso em: 10 nov. 2012.

  • 29

    On-Line (COL), com o objetivo de treinar e disseminar o conhecimento para um grande

    nmero de colaboradores em curto espao de tempo. Os treinamentos podem ser realizados a

    qualquer horrio e de qualquer local, remotamente. E, para complemento do treinamento on-

    line, existe tambm o treinamento presencial, em que os colaboradores colocam em prtica

    tudo o que foi ministrado nos cursos on-line.

    No ano de 2010, a empresa aplicou 35 mil horas de treinamentos presenciais e 46 mil

    horas de treinamentos on-line, fazendo com que toda a equipe estivesse totalmente treinada e

    capacitada para oferecer um padro de atendimento com a qualidade.

    Com uma poltica de investimentos expressivos em pesquisas e novas tecnologias, a

    Scopus integra um seleto grupo dedicado a garantir segurana de dados e recursos financeiros

    pela internet, por meio de solues business to consumer (B2C) e business to business (B2B),

    alm de aplicaes para o mercado financeiro e de segurana de sistemas.

    No Grfico 7, a seguir, tem-se a evoluo de faturamento da empresa nos anos de

    2009 a 2011. Sobre o quadro de funcionrios, os dados no foram divulgados pela companhia,

    exceto para o ano de 2011, quando o total era de 4.227 funcionrios.

    Grfico 7 - Faturamento Scopus.

    Fonte: Callcenter.inf.br (2012b).

  • 30

    2.5 Vidax5

    A Vidax um contact center especializado em solues e servios de relacionamento.

    Possui mais de 15 anos de expertise em fidelizao de clientes e figura no mercado de call

    center como a campe de vendas por telefone. Oferece solues para o mercado em seus

    diversos setores, como servios de SAC, Help Desk, Televendas, Telemarketing Ativo e

    Receptivo, Gesto de Dados e Pesquisa de Mercado, Fidelizao, Solues em TI e Back

    Office.

    A Vidax foi uma das primeiras empresas de telesservios a obter a certificao o

    Selo de tica e a Norma de Maturidade PROBARE (Norma de Autorregulamentao para o

    Setor de Telesservios) , reafirmando o compromisso de trabalhar dentro de rigorosos

    princpios ticos e em benefcio dos clientes e de toda a populao.

    Por unir produtividade e timo desempenho em qualidade, vrias foram as vezes em

    que a Vidax foi reconhecida como melhor empresa prestadora de servios (EPS) dos

    segmentos Bancrio e Financeiro. Ainda no segmento Financeiro, a Vidax foi agraciada com

    os prmios de primeiro e segundo lugares do Top de Vendas nos produtos Aquisio e

    Preditivo da lder de mercado de cartes de crdito.

    A responsabilidade social outro fator que tem gerado menes Vidax.

    Recentemente, a Prefeitura de So Paulo, em solenidade presidida pelo Prefeito, dedicou

    meno honrosa Vidax pela participao em projetos sociais de oferecimento de empregos a

    jovens carentes.

    Nos Grficos 8 e 9, a seguir, encontram-se a evoluo de faturamento da empresa e o

    seu quadro de funcionrios entre os anos de 2009 a 2011.

    5 Esta subseo foi elaborada de acordo com os dados obtidos diretamente no site da empresa. Disponvel em:

    . Acesso em: 10 nov. 2012.

  • 31

    Grfico 8 - Faturamento Vidax.

    Fonte: Callcenter.inf.br (2012b).

    Grfico 9 - Nmero de funcionrios Vidax.

    Fonte: Callcenter.inf.br (2012b).

    2.6 Algar Tecnologia6

    A Algar Tecnologia, empresa do grupo brasileiro Algar, atua no mercado h 13 anos,

    oferecendo solues em tecnologia para processos de negcio, por meio de Infraestrutura de

    TI, Servios Gerenciados, Aplicaes de Negcios e Relacionamento com Cliente.

    A expertise em grandes projetos e a experincia em design de solues sob medida

    6 Esta subseo foi elaborada de acordo com os dados obtidos diretamente no site da empresa. Disponvel em:

    . Acesso em: 10 nov. 2012.

  • 32

    possibilitam entender com profundidade o dia a dia de cada negcio e criar solues

    exclusivas de acordo com as necessidades de cada cliente.

    Trata-se de uma empresa especializada em solues end to end para o mercado

    corporativo, com expertise em grandes projetos, que possui em sua carteira de clientes

    grandes corporaes de expresso nacional e internacional.

    Em 1999, o Grupo Algar apresentava ao mercado a ACS, empresa pioneira ao trazer

    um novo conceito de ambiente e infraestrutura de operaes de contact center e Business

    Process Outsourcing (BPO). Um conceito inovador, integrado com o ambiente, com

    tecnologia avanada e com total contingncia. Foi tambm pioneira no Brasil na prestao de

    servios offshore para clientes no exterior.

    Paralelamente histria da ACS, o Grupo Algar, por meio da CTBC Telecom,

    implantou seu negcio de Data Center e Servios de TI. Com trs unidades nas cidades de

    Uberlndia e Campinas, equipadas com tecnologia de ponta, a empresa prestava servios de

    alto valor para companhias em vrias partes do Brasil. Avaliando as suas competncias

    internas, com a convico das altas capacitaes tcnicas e de relacionamento comerciais

    diferenciados, construdos ao longo desses anos, a Algar, mais uma vez frente de seu tempo,

    uniu a fora dessas empresas para a criao de um novo empreendimento, a Algar Tecnologia.

    A Algar Tecnologia est presente em todo pas, com operaes nas principais regies

    brasileiras e uma extensa infraestrutura que permite atender s necessidades de cada cliente,

    independentemente da sua localizao, no Brasil ou no mundo.

    Nos Grficos 10 e 11, a seguir, possvel ver a evoluo de faturamento da empresa e

    o seu quadro de funcionrios entre os anos de 2009 a 2011.

    Grfico 10 - Faturamento Algar Tecnologia.

    Fonte: Callcenter.inf.br (2012b).

  • 33

    Grfico 11 - Nmero de funcionrios Algar Tecnologia.

    Fonte: Callcenter.inf.br (2012b).

    2.7 AeC7

    A AeC uma das maiores e mais respeitadas empresas do Brasil em outsourcing nas

    reas de Contact Center, Consultoria, Software e Gesto em Sade. Assim, ela oferece a mais

    completa srie de servios para empresas de todos os tamanhos alcanarem melhores

    resultados em suas respectivas reas de atuao. Para que isso acontea, a AeC investe pesado

    em infraestrutura, em tecnologia e, principalmente, em capital humano.

    Com mais de 22 mil empregados, a AeC tem conscincia do papel que cumpre na

    sociedade. Para comear, ela a porta de entrada de muitas pessoas no mercado de trabalho,

    oferecendo o primeiro emprego, a primeira oportunidade corporativa.

    E a AeC faz questo de que essa experincia seja de fato enriquecedora, oferecendo

    um tratamento especial a todos aqueles que do os seus primeiros passos na vida profissional.

    Alm disso, ela contribui e participa de inmeros projetos que tenham por objetivo

    transformar o mundo em um lugar mais justo e humanitrio.

    Os Grficos 12 e 13, a seguir, ilustram a evoluo de faturamento da empresa e o seu

    quadro de funcionrios entre os anos de 2009 a 2011.

    7 Esta subseo foi elaborada de acordo com os dados obtidos diretamente no site da empresa. Disponvel em:

    . Acesso em: 10 nov. 2012.

  • 34

    Grfico 12 - Faturamento AeC.

    Fonte: Callcenter.inf.br (2012b).

    Grfico 13 - Nmero de funcionrios AeC.

    Fonte: Callcenter.inf.br (2012b).

  • 35

    3 MODELOS DE INSOLVNCIA MAIS CONHECIDOS

    A insolvncia caracteriza-se como uma das dificuldades a que as empresas esto mais

    suscetveis no processo de gesto.

    A anlise das demonstraes financeiras possibilita obter informaes sobre o

    desempenho da organizao em determinado perodo. Embora o prenncio da insolvncia seja

    um instrumento antigo para a avaliao financeira das empresas, ele pode ser enriquecido pela

    introduo de modelos preditivos estruturados a partir de padres estatsticos, representados

    pelos Modelos de Previso de Insolvncia.

    O surgimento dos modelos de previso de insolvncia se deu por uma necessidade de

    preservar e proteger os interesses de agentes que transacionam no mercado. A possibilidade

    de avaliar a predisposio insolvncia atende s necessidades de informaes para gestores,

    stakeholders, credores e investidores potenciais. Nesse contexto, os modelos de previso de

    insolvncia so considerados instrumentos de suporte para avaliar o desempenho econmico-

    financeiro das empresas.

    No Brasil, alguns estudiosos efetuaram testes estatsticos sobre a previso de

    insolvncia com base na anlise discriminante (MATARAZZO, 2007). Os diversos trabalhos

    e suas respectivas frmulas sero analisados nas subsees a seguir.

    3.1 Modelo de Kanitz

    O primeiro estudo abordando modelos de previso de insolvncia iniciando o mtodo

    de anlise discriminante no Brasil foi apresentado por Sthefen Charles Kanitz, no ano de

    1975, pelo artigo Como prever falncias de empresas e tambm em sua tese de livre-

    docncia Indicadores contbeis e financeiros de previso de insolvncia: a experincia da

    pequena e mdia empresa brasileira, defendida em 1976.

    Este modelo foi testado em empresas brasileiras e representado por meio de um

    termmetro de Kanitz, apresentando um percentual de acerto de 80% na correta classificao

    de empresas solventes e de 68% de empresas insolventes (MARION, 2009).

    Segue a frmula do modelo de Kanitz:

    F1 = 0,051 + 1,65 X2 + 3,55 X3 - 1,06 X4 - 0,33 X5

    Onde:

    F1 = Fator de Insolvncia = Total de Pontos Obtidos

    X1 = Lucro Lquido / Patrimnio Lquido

  • 36

    X2 = Ativo Circulante + Realizvel a Longo Prazo / Exigvel Total

    X3 = Ativo Circulante - Estoques / Passivo Circulante

    X4 = Ativo Circulante / Patrimnio Lquido

    X5 = Exigvel Total / Patrimnio Lquido

    Neste modelo, a empresa estar insolvente se F1 for inferior a -3 (trs negativo); a sua

    classificao estar indefinida (penumbra) entre -3 (trs negativo) e 0 (zero); e acima de 0

    (zero), a empresa estar na faixa de solvncia.

    Figura 1 - Termmetro de insolvncia Modelo de Kanitz.

    Fonte: KANITZ (1974, p. 102).

    3.2 Modelo de Elizabestky

    Desenvolvido em 1976, o Modelo de Elizabestky foi criado para o setor confeces,

    uma vez que este se enquadrava entre os segmentos que mais apresentavam problemas de

    insolvncia na poca.

    Foi utilizada uma amostra composta por 373 empresas, das quais 99 foram

    classificadas com insolventes e 274 como solventes. O autor iniciou o trabalho com 60

    ndices, por meio de processo de anlise de correlao linear entre os grupos, reduzindo para

  • 37

    uma amostra de 38 ndices. Neste estudo, foram propostos trs modelos de previso de

    insolvncia, sendo que cada um previa 5, 10 ou 15 variveis, chegando-se a um percentual de

    acerto de 88,9% na classificao dessas empresas insolventes por meio do modelo que

    envolveu 15 variveis (MATARAZZO, 2007).

    A concluso apresentada que o volume de variveis aumentou, e no surgiram

    ndices com peso suficiente para eliminar ndices constantes nos modelos de 5 ou 10

    variveis. No modelo de Elizabestky, o percentual de acerto de 74% para empresas

    solventes e 63% para empresas insolventes (MATARAZZO, 2007).

    Segue a frmula do modelo:

    Z = 1,93 X32 - 0,20 X33 + 1,02 X35 - 1,33 X36 + 1,12 X37

    Onde:

    Z = Total de Pontos Obtidos

    X32 = Lucro Lquido / Vendas

    X33 = Disponvel / Ativo Permanente

    X35 = Contas a Receber / Ativo Total

    X36 = Estoques / Ativo Total

    X37 = Passivo Circulante / Ativo Total

    Neste modelo, o ponto crtico 0,5 (zero vrgula cinco), ou seja, se o resultado for 0,5

    (zero vrgula cinco) ou aproximado, a empresa poder ficar insolvente.

    Figura 2 - Termmetro de insolvncia Modelo de Elizabestky.

    Fonte: Elaborada pelo autor.

  • 38

    3.3 Modelo de Altman

    Em 1979, Altman, Baidya e Dias analisaram 58 empresas, sendo 23 para compor uma

    amostra com problemas financeiros comprovados. Por meio da anlise discriminante, foi

    possvel classific-las em dois grupos, o primeiro com problemas financeiros potenciais e o

    segundo sem indicao de problemas financeiros.

    Este modelo apresentou uma preciso de 83% de classificao correta de empresas

    solventes e 77% de acerto na classificao de empresa insolventes. Como controle, foram

    utilizadas empresas saudveis dos mesmos setores da amostra com problemas financeiros.

    Testado em empresas brasileiras em 1979, o modelo de Altman apresenta-se em duas formas

    de clculo, que diferem apenas nos pesos (MATARAZZO, 2007).

    Seguem as frmulas dos modelos:

    Z1 = -1,44 + 4,03 X2 + 2,25 X3 - 0,14 X4 + 0,42 X5

    Z2 = -1,84 - 0,51 X1 + 6,32 X3 + 0,71 X4 + 0,53 X5

    Onde:

    Z1 ou Z2 = Total de Pontos Obtidos

    X1 = Ativo Circulante - Passivo Circulante / Ativo Total

    X2 = Reservas e Lucros Suspensos / Ativo Total

    X3 = Lucro Lquido + Despesas Financeiras + Imposto de Renda / Ativo Total

    X4 = Patrimnio Lquido / Exigvel Total

    X5 = Vendas / Ativo Total

    Nestes modelos, o ponto crtico 0 (zero), indicando que, se a empresa obtiver um

    resultado aproximado de 0 (zero), ela dever ter maior ateno, pois poder estar ficando

    insolvente.

    Figura 3 - Termmetro de insolvncia Modelo de Altman.

    Fonte: Elaborada pelo autor.

  • 39

    3.4 Modelo de Matias

    Em 1982, Alberto Borges Matias tambm aperfeioou o modelo de previso de

    insolvncia e teve um percentual de acerto de classificao das empresas solventes de 70%, e

    das insolventes de 77% (MATARAZZO, 2007).

    Segue a frmula do modelo de Matias:

    Z = 23,79 X1 - 8,26 X2 - 9,868 X3 - 0,764 X4 - 0,535 X5 + 9,912 X6

    Onde:

    Z = Total de Pontos Obtidos

    X1 = Patrimnio Lquido / Ativo Total

    X2 = Financiamentos e Emprstimos Bancrios / Ativo Circulante

    X3 = Fornecedores / Ativo Total

    X4 = Ativo Circulante / Passivo Circulante

    X5 = Lucro Operacional / Ativo Total

    X6 = Disponvel / Ativo Total

    Neste modelo, o ponto crtico 0 (zero), ou seja, se o resultado for 0 (zero), a empresa

    estar insolvente.

    Figura 4 - Termmetro de insolvncia Modelo de Matias.

    Fonte: Elaborada pelo autor.

    3.5 Modelo de Pereira

    Em 1982, Pereira apresentou os resultados de um modelo de previso de insolvncia

    baseado na anlise discriminante e aplicado em operaes de curto prazo em empresas de

    grande e mdio portes. Este modelo introduziu novos ndices financeiros e testou fatores

  • 40

    como a segmentao das empresas e o horizonte de tempo.

    Os ndices utilizados objetivavam mensurar aspectos dinmicos relacionados ao ciclo

    financeiro das empresas e capacidade de crescimento e de gerao de recursos, como

    tambm aspectos ligados s suas estruturas de capital. Para organizar este estudo, a amostra

    foi composta por 419 empresas, divididas entre solventes e insolventes, sendo 337 empresas

    industriais e 82 empresas comerciais (MATARAZZO, 2007).

    O modelo de Pereira obteve acerto de 90% na classificao de empresas solventes e de

    86% na classificao de empresas insolventes (MATARAZZO, 2007).

    Segue a frmula do modelo apresentado:

    Z = 0,722 - 5,124 E23 + 11,016 L19 - 0,342 L21 - 0,048 L26 + 8,605 R13 - 0,004

    R29

    Onde:

    Z = Total de Pontos Obtidos

    E23 = Duplicatas Descontadas / Duplicatas a Receber

    L19 = Estoque (Final) / Custo das Mercadorias Vendidas

    L21 = Fornecedores / Vendas

    L26 = Estoque Mdio / Custo das Mercadorias Vendidas

    R13 = (Lucro Operacional + Despesas Financeiras) / (Ativo Total - Investimento

    Mdio)

    R29 = Exigvel Total / (Lucro Lquido + 0,1 Imobilizado Mdio + Saldo Devedor da

    Correo Monetria)

    Neste modelo, o ponto de separao 0 (zero): abaixo de 0 (zero), a empresa estar

    insolvente; acima de 0 (zero), solvente.

    Figura 4 - Termmetro de insolvncia Modelo de Matias.

    Fonte: Elaborada pelo autor.

  • 41

    3.6 Consideraes sobre os modelos a serem aplicados

    Sobre os modelos a serem utilizados nesta pesquisa, importante efetuar algumas

    consideraes sobre caractersticas semelhantes entre as variveis utilizadas nas suas

    frmulas, alm de destacar que, em todos eles, encontra-se a conta contbil Estoque sendo

    empregada de forma direta ou indireta (fazendo parte de Ativo Circulante). Isso porque,

    quando esses modelos foram desenvolvidos, os mesmos foram aplicados e testados em

    empresas industriais e comerciais, as quais, na poca eram os tipos de negcios que

    predominavam na economia.

    Partindo dessa primeira caracterstica em comum entre os modelos, nota-se que o

    modelo de Kanitz utiliza em sua frmula Indicadores de Liquidez de Geral (Ativo Circulante

    + Realizvel a Longo Prazo / Exigvel Total), Liquidez Seca (Ativo Circulante - Estoques /

    Passivo Circulante) e Liquidez Corrente (Ativo Circulante / Passivo Circulante). O mesmo

    ndice de Liquidez encontrado nos modelos de Altman e Matias; j no modelo de Pereira, a

    conta contbil Estoques utilizada diretamente na varivel Estoque Final / Custos de

    Mercadoria Vendida e na varivel Estoque Mdio / Custo das Mercadorias Vendidas.

    Outra caracterstica em comum nos modelos so as variveis utilizando ndices de

    Retorno, seja sobre o Patrimnio Lquido, como no modelo de Kanitz (Lucro Lquido /

    Patrimnio Lquido) ou o modelo de Elizabestky, sobre Vendas (Lucro Lquido / Vendas). J

    nos modelos de Altman, possvel encontrar variveis que utilizam ndices de Retorno sobre

    Ativos (Lucro Lquido + Despesas Financeiras + Impostos de Renda / Ativo Total), assim

    como no modelo de Pereira (Lucro Operacional + Despesas Financeiras / Ativo Total -

    Investimento Mdio).

    Por fim, uma ltima caracterstica em comum a ser citada sobre os modelos

    comparados a utilizao de variveis com indicao de endividamento ou participao de

    capital de terceiro, como nos modelos de Altman (Patrimnio Lquido / Exigvel Total) e no

    modelo de Matias (Financiamento e Emprstimos Bancrios / Ativo Circulante).

    Mas, necessrio ressaltar que um aspecto que deve ser destacado sobre as

    caractersticas que esses modelos possuem quanto sua aplicabilidade quando foram

    desenvolvidos, pois foram baseados em empresas industriais e comerciais, as quais possuem

    estoques, sejam de matria-prima ou de mercadorias, e que essa caracterstica no

    constatada em empresas de servio, que o foco para a aplicao desses modelos neste

    estudo. Portanto, devido a essa condio, pode-se no ter uma aderncia totalmente adequada

    dos modelos s empresas selecionadas para esta pesquisa.

  • 42

    4 DEMONSTRAES FINANCEIRAS DAS EMPRESAS DE CALL CENTER

    Neste captulo, sero apresentadas as demonstraes financeiras das empresas

    selecionadas, tabuladas de maneira padro, com a exposio das pontuaes obtidas na

    aplicao dos modelos de solvncia utilizados nesta pesquisa.

    4.1 Contax

    Nos Quadros 5 e 6, a seguir, encontram-se as informaes financeiras obtidas por

    meio dos demonstrativos contbeis da empresa Contax, nos exerccios de 2009, 2010 e 2011,

    aos quais foram aplicados os modelos de solvncia.

    Quadro 5 - Demonstraes financeiras Contax.

    Fonte: Elaborado pelo autor.

  • 43

    Quadro 6 - Demonstrativo de resultado do exerccio Contax.

    Fonte: Elaborado pelo autor.

    Com a aplicao dos modelos de solvncia, foram obtidos os seguintes resultados,

    expostos no Quadro 7 e no Grfico 14, a seguir:

    Quadro 7 - Resultado dos modelos aplicados nas demonstraes financeiras da empresa Contax.

    Fonte: Elaborado pelo autor.

  • 44

    Grfico 14 - Demonstrao do resultado dos modelos aplicados nos trs exerccios avaliados da empresa Contax.

    Fonte: Elaborado pelo autor.

    Nesta primeira anlise, em que foram aplicados modelos de solvncia nas

    demonstraes financeiras da principal empresa de call center no mercado brasileiro, a

    Contax, foi possvel verificar que os resultados obtidos nos anos de 2009 e 2010 apresentaram

    situao de solvncia, com exceo para o modelo de Elizabestky. J avaliando o ano de

    2011, apenas os modelos de Kanitz, Pereira e Elizabestky (que no ano anterior apontou

    insolvncia) apresentaram situao de solvncia.

    Porm, o ponto a ser destacado nesta avaliao que, apesar de apresentarem situao

    de solvncia nos anos de 2009 e 2010, os modelos de Altman e Matias apresentaram, em

    2011, uma situao de insolvncia. Nos modelos de Altman, isso resultou do aumento em

    Exigvel Total e do Passivo Circulante. J no modelo do Matias, o resultado ocorreu,

    principalmente, devido ao expoente aumento de Emprstimos e Financiamentos Bancrios em

    2011, bem como pela significativa queda em Lucros Operacionais, ambas as contas utilizadas

    no modelo. Contudo, como j citado anteriormente, para se ratificar essa posio de

    insolvncia, seria necessria uma anlise financeira mais detalhada, visto que esses modelos,

    quando criados, foram baseados em empresas industriais e de comrcio, e a Contax uma

    empresa prestadora de servios.

    4.2 Atento

    Os Quadros 8 e 9 trazem as informaes financeiras obtidas por meio dos

    demonstrativos contbeis da empresa Atento nos exerccios de 2009, 2010 e 2011, que foram

    aplicados os modelos de solvncia.

  • 45

    Quadro 8 - Demonstraes financeiras Atento.

    Fonte: Elaborado pelo autor.

    Quadro 9 - Demonstrativo de resultado do exerccio Atento.

    Fonte: Elaborado pelo autor.

    Na aplicao dos modelos nos demonstrativos financeiros da Atento, o resultado foi

    unnime sobre a sua situao de solvncia, como mostram o Quadro 10 e o Grfico 15, a

    seguir:

  • 46

    Quadro 10 - Resultado dos modelos aplicados nas demonstraes financeiras da empresa Atento.

    Fonte: Elaborado pelo autor.

    Grfico 15 - Demonstrao do resultado dos modelos aplicados nos trs exerccios avaliados da empresa Atento.

    Fonte: Elaborado pelo autor.

    Nesta avaliao, verificou-se que, em todos os anos, 2009 a 2011, o resultado obtido

    com a aplicao dos modelos de solvncia de todos os autores foi de situao de solvncia,

    havendo uma estabilidade nos trs exerccios. Contudo, no obstante os modelos terem sido

    unnimes na avaliao e na situao de solvncia, no se pode olvidar que eles foram criados

    com base em empresas industriais e comerciais, e a Atento uma empresa prestadora de

    servios, de modo que seria necessria uma anlise financeira mais aprofundada para ratificar

    a situao de solvncia.

  • 47

    4.3 Tivit

    Como j estava previsto nesta pesquisa e j foi informado na subseo 1.5 (Limitaes

    da pesquisa), no foi possvel obter as demonstraes financeiras da empresa Tivit. Foram

    efetuadas diversas pesquisas e buscas na rede (internet), como tambm foi contatada a

    empresa para solicitar as informaes, mas todas as tentativas foram infrutferas, ficando

    assim a companhia sem avaliao e aplicao dos modelos.

    4.4 Scopus

    Os Quadros 11 e 12 trazem as informaes financeiras obtidas por meio dos

    demonstrativos contbeis da empresa Scopus, nos exerccios de 2009, 2010 e 2011, para a

    aplicao dos modelos de solvncia.

    Quadro 11 - Demonstraes financeiras Scopus.

    Fonte: Elaborado pelo autor.

  • 48

    Quadro 12 - Demonstrativo de resultado do exerccio Scopus.

    Fonte: Elaborado pelo autor.

    Na aplicao dos modelos aos demonstrativos financeiros da Scopus, foram obtidos os

    seguintes resultados, apresentados no Quadro 13 e no Grfico 16:

    Quadro 13 - Resultado dos modelos aplicados nas demonstraes financeiras da empresa Scopus.

    Fonte: Elaborado pelo autor.

  • 49

    Grfico 16 - Demonstrao do resultado dos modelos aplicados nos trs exerccios avaliados da empresa Scopus.

    Fonte: Elaborado pelo autor.

    O resultado obtido na aplicao dos modelos de solvncia nas demonstraes

    financeiras da empresa Scopus nos exerccios de 2009, 2010 e 2011 foi de situao de

    solvncia em todos os anos, apresentando estabilidade nos modelos de Elizabestky, Altman,

    Matias e Pereira. J no modelo de Kanitz, apesar de apresentar situao de solvncia, chama a

    ateno o decrscimo da pontuao apresentada ao longo dos trs exerccios. No ltimo

    exerccio avaliado, a principal causa dessa situao foi a queda dos ndices de liquidez, que

    so as principais ncoras do modelo de Kanitz.

    Porm, mesmo com a unanimidade dos modelos aplicados na situao de solvncia,

    vale alertar, mais uma vez, que os modelos, quando criados, foram baseados em empresas

    industriais e comerciais, e a companhia Scopus prestadora de servios, sendo necessria

    uma anlise financeira mais aprofundada para se ratificar a situao de solvncia.

    4.5 Vidax

    Seguindo as anlises, so apresentadas, a seguir, nos Quadros 14 e 15, as informaes

    financeiras obtidas por meio dos demonstrativos contbeis da empresa Vidax, nos exerccios

    de 2009, 2010 e 2011, para a aplicao dos modelos de solvncia.

  • 50

    Quadro 14 - Demonstraes financeiras Vidax.

    Fonte: Elaborado pelo autor.

    Quadro 15 - Demonstrativo de resultado do exerccio Vidax.

    Fonte: Elaborado pelo autor.

  • 51

    Nos modelos aplicados s demonstraes da empresa Vidax, foram obtidos resultados

    de insolvncia nos trs exerccios nos modelos de Altman. No modelo de Elizabestky, houve

    situao de insolvncia nos anos de 2009 e 2010, e, nos modelos de Matias e Pereira, foi

    apontada situao de insolvncia no ano de 2010.

    Quadro 16 - Resultado dos modelos aplicados nas demonstraes financeiras da empresa Vidax.

    Fonte: Elaborado pelo autor.

    Grfico 17 - Demonstrao do resultado dos modelos aplicados nos trs exerccios avaliados da empresa Vidax.

    Fonte: Elaborado pelo autor.

  • 52

    Nesta avaliao, com a aplicao dos modelos de solvncia s informaes financeiras

    da empresa Vidax, foram obtidos resultados diversificados e inconstantes na situao de

    solvncia e nas pontuaes.

    O aspecto que mais chama a ateno no ano de 2010, com uma situao de

    insolvncia apontada pelo modelo de Matias, resultante, sobretudo, por apresentar, nesse ano,

    um resultado de prejuzo no exerccio. J o modelo de Elizabestky apontou situaes de

    insolvncia nos exerccios de 2009 e 2010. Os modelos de Altman (Z1 e Z2) foram unnimes

    em todos os anos avaliados. Por fim, os modelos de Matias e Pereira s apontaram

    insolvncia no exerccio de 2010.

    Devido a essa alternncia de resultados, e como j foi citado nas avaliaes anteriores,

    para se ratificar essa posio de insolvncia, seria necessria uma anlise financeira mais

    detalhada, visto que esses modelos, quando criados, foram baseados em empresas industriais e

    de comrcio, e companhia Vidax prestadora de servios.

    4.6 Algar Tecnologia

    Continuando a pesquisa e a aplicao dos modelos, os Quadros 17 e 18 trazem as

    informaes financeiras obtidas por meio dos demonstrativos contbeis da empresa Algar

    Tecnologia nos exerccios de 2009, 2010 e 2011, para a aplicao dos modelos de solvncia.

  • 53

    Quadro 17 - Demonstraes financeiras Algar Tecnologia.

    Fonte: Elaborado pelo autor.

    Quadro 18 - Demonstrativo de resultado do exerccio Algar Tecnologia.

    Fonte: Elaborado pelo autor.

    Nas demonstraes financeiras de 2009, 2010 e 2011 da empresa Algar Tecnologia, os

    resultados obtidos com a aplicao dos modelos apresentaram situao de insolvncia apenas

  • 54

    no ano de 2009, no modelo de Elizabetsky e Altman (Z1). Nos demais modelos, o resultado

    foi de solvncia, porm, permanece o resultado de insolvncia nos anos de 2010 e 2011 no

    modelo de Altman (Z1).

    Quadro 19 - Resultado dos modelos aplicados nas demonstraes financeiras da empresa Algar Tecnologia.

    Fonte: Elaborado pelo autor.

    Grfico 18 - Demonstrao do resultado dos modelos aplicados nos trs exerccios avaliados da empresa Algar

    Tecnologia.

    Fonte: Elaborado pelo autor.

  • 55

    No resultado desta avaliao, apenas no modelo de Altman (Z1), a empresa apresentou

    situao de insolvncia em todos os anos; j modelo de Altman (Z2), apenas no exerccio

    2010. Mas um ponto a se destacar o resultado do modelo de Matias, que apresentou uma

    queda significativa da pontuao obtida no decorrer dos trs exerccios avaliados. Tal situao

    se explica devido reduo contnua e crescente do Resultado Operacional constatado nas

    demonstraes financeiras e o aumento crescente de Endividamento e Emprstimos

    Bancrios, ambos componentes da formulao do modelo aplicado.

    Mesmo com os resultados apresentados, deve-se lembrar, novamente, que os modelos,

    quando criados, foram baseados em empresas industriais e comerciais, e a companhia Algar

    Tecnologia, avaliada, nesta pesquisa, uma empresa prestadora de servios, de modo que

    seria necessria uma anlise financeira mais aprofundada para se ratificar a situao de

    insolvncia.

    4.7 AeC

    Finalizando a pesquisa, seguem os Quadros 20 e 21, com as informaes financeiras

    da empresa AeC nos anos de 2010 e 2011. No foi possvel obter os demonstrativos referentes

    ao ano de 2009, que foram solicitados por diversas vezes ao setor de contabilidade da

    empresa, mas sem sucesso na sua obteno.

  • 56

    Quadro 20 - Demonstraes financeiras AeC.

    Fonte: Elaborado pelo autor.

    Quadro 21 - Demonstrativo de resultado do exerccio AeC.

    Fonte: Elaborado pelo autor.

    Nos modelos aplicados nas demonstraes financeiras da empresa AeC, os resultados

    obtidos nos dois exerccios avaliados foram de solvncia.

  • 57

    Quadro 22 - Resultado dos modelos aplicados nas demonstraes financeiras da empresa AeC.

    Fonte: Elaborado pelo autor.

    Grfico 19 - Demonstrao do resultado dos modelos aplicados nos trs exerccios avaliados da empresa AeC.

    Fonte: Elaborado pelo autor.

    Esta avaliao ficou prejudicada no sentido de analisar se h uma tendncia ou no

    dirigida melhoria ou piora na situao de solvncia da empresa. O que pode se afirmar

    verificando esses dois exerccios que a empresa apresenta resultados acima do ponto crtico,

    com estabilidade, mas demonstra queda no modelo de Matias, porm, ainda com situao de

    solvncia. No contexto geral de 2010 e 2011, a companhia apresenta situao de solvncia em

    todos os modelos aplicados.

    Mas, importante ressaltar, mais uma vez, que, mesmo com a unanimidade dos

    modelos aplicados na situao de solvncia, no se pode olvidar que os modelos, quando

    criados, foram baseados em empresas industriais e comerciais, e a companhia AeC

  • 58

    prestadora de servios, de maneira que seria necessria uma anlise financeira mais

    aprofundada para ratificar a situao de solvncia.

    4.8 Resumo dos modelos aplicados

    Segue, no Quadro 23, abaixo, um resumo de todos os modelos aplicados nesta

    pesquisa nos demonstrativos financeiros de cada ano avaliado das empresas de call center

    selecionadas.

    Quadro 23 - Resumo dos modelos aplicados nas demonstraes financeiras das empresas avaliadas.

    Fonte: Elaborado pelo autor.

  • 59

    5 CONCLUSO E CONSIDERAES FINAIS

    Esta pesquisa teve como objetivo avaliar a situao econmico-financeira das

    principais empresas de call center que atuam no Brasil, por meio da aplicao dos modelos de

    insolvncia mais conhecidos no pas.

    O critrio utilizado para a escolha dessas empresas foi a representatividade financeira

    dentro desse mercado em 2011, ou seja, quanto do faturamento de cada uma delas em 2011

    teve de participao no faturamento total do setor, alm da quantidade de funcionrios que

    elas possuem em seu quadro. Com o resultado dessa seletiva, chegou-se s sete maiores

    empresas, que representam mais de 80% do faturamento do setor.

    Para aplicar os modelos escolhidos nas empresas de call center selecionadas, foram

    levantadas as demonstraes financeiras dessas companhias nos trs ltimos anos (2009, 2010

    e 2011), para avaliar a situao de insolvncia e se existe alguma tendncia de possvel

    insolvncia diante da pontuao apresentada. Tal avaliao visou no somente a verificar se a

    empresa apresenta uma situao financeira de risco, insolvncia, mas tambm se essa situao

    vem ocorrendo nos ltimos trs exerccios, apresentando o resultado como um alerta para a

    situao financeira dessas companhias e a sua continuidade no negcio.

    Nos resultados obtidos nas avaliaes dos demonstrativos financeiros de 2009, a

    empresa Algar Tecnologia apresentou situao de insolvncia no modelo de Altman (Z1),

    juntamente com a empresa Vidax, que repetiu a mesma situao no modelo de Elizabestky.

    J no exerccio de 2010, as empresas que apresentaram situao de insolvncia foram a

    Contax, no modelo de Elizabestky, o qual tambm apontou insolvncia novamente para a

    empresa Vidax, o que tambm se repetiu em outros modelos (Altman, Matias e Pereira). A

    empresa Algar Tecnologia apresentou situao de insolvncia no modelo de Altman.

    Por fim, em 2011, a principal empresa no setor, a Contax, voltou a apresentar situao

    de insolvncia nos modelos de Altman (Z1 e Z2) e Matias, e o mesmo ocorreu com as

    empresas Vidax e Algar Tecnologia, no modelo de Altman (Z1 e Z2).

    Alm de se verificar como resultado final desta pesquisa que a maioria das empresas

    avaliadas apresentou situao de insolvncia em algum ano ou modelo aplicado, e que a

    Vidax foi a empresa que mais ficou em evidncia nessa condio de insolvncia na maioria

    dos anos e modelos aplicados, cabe observar que houve situaes, no mesmo ano, em que as

    companhias avaliadas apresentavam situao de solvncia e insolvncia. o caso das

    empresas Contax, Vidax e Algar Tecnologia. Nesse caso, h uma questo a se ressaltar: a

    aderncia dos modelos aplicados, tendo em vista que eles foram desenvolvidos para serem

  • 60

    aplicados em empresas industriais e comerciais, e, aqui, as empresas avaliadas so prestadoras

    de servios.

    Devido s diferenas de operao entre os setores de indstria e comrcio, que

    apresentam uma caracterstica peculiar de possurem estoques, e as empresas prestadoras de

    servio, em especfico os call centers, que no trabalham com estoque, os modelos podem no

    ser totalmente adequados, aplicveis e aderentes. Desse modo, talvez haja a necessidade de se

    criar ou desenvolver um modelo mais apropriado a esse tipo de negcio, o qual possui grande

    relevncia econmica, tanto do ponto de vista financeiro como social, em relao

    empregabilidade.

    Diante do estudo realizado, cabe ainda destacar que no somente as empresas de

    pequeno e mdio portes podem estar com a sua sade financeira afetada pelo desequilbrio na

    equao financeira citada no incio desta pesquisa pelo scio-fundador da E-Consulting, mas

    tambm cumpre dar ateno s principais empresas do setor, como apresentado nesta

    pesquisa.

  • 61

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    ANEXO A - Demonstrativos financeiros Contax

  • 65

  • 66

  • 67

    ANEXO B - Demonstrativos financeiros Atento

  • 68

  • 69

    ANEXO C - Demonstrativos financeiros Scopus

  • 70

  • 71

  • 72

  • 73

    ANEXO D - Demonstrativos financeiros Vidax

  • 74

  • 75

  • 76

  • 77

    ANEXO E - Demonstrativos financeiros Algar Tecnologia

  • 78

  • 79

  • 80

    ANEXO F - Demonstrativos financeiros AeC