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1 ISSN 2317-661X Vol. 07 Num. 01 Março 2015 www.revistascire.com.br UTILIZAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS PELOS GRUPOS DE IDOSOS E DE JOVENS NO MUNICIPIO DE PARARI - PB Inácio Romão dos Santos Neto¹, Maria da Guia Lucena Alves¹, Marcela Tarciana Cunha Silva Martins² 1. Alunos do Curso de Biologia UVA/[email protected] 2. Orientador. Bióloga Professora de Biologia da UVA/UNAVIDA. [email protected] RESUMO: Com a evolução do conhecimento científico, a utilização de métodos alternativos pelo uso das plantas, é de baixa frequência, fato que ocorre principalmente devido à distribuição de medicamentos alopáticos pelo governo federal. Mediante exposto o objetivo da pesquisa foi verificar a utilização de plantas medicinais em grupos de idosos e jovens do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) do município de Parari-PB. Para a realização da pesquisa foi utilizada uma amostra contendo 20 idosas e 15 jovens no período de abril a maio de 2014, tendo como instrumento um questionário com perguntas objetivas e subjetivas, enfocando o grau de conhecimento dos respondentes acerca das plantas e das orientações quanto à fonte de obtenção. De acordo com os resultados, as plantas medicinais mais utilizadas, pelas idosas e jovens, foram: Lippia alba Cham (erva cidreira), Punica granatum L. (romã), Peumus boldus Molina (Boldo), Cymbopogon citratus (DC) Stapf. (Capim santo), Plectranthus amboinicus (Lour.) Spr. (hortelã graúda) e Mentha spicata L. (hortelã miúda. Conclui-se que o chá ainda é a forma de uso das plantas mais comum entre os grupos, que por muitas vezes é coletada diretamente de horta cultivada em residência própria, sendo as partes das plantas mais utilizadas para fins terapêuticos à folha com 76,20%, seguida pela casca com 14,28% e a semente com 9,52%, sendo a sua utilização adequada quando comparadas com a literatura. A indicação das plantas utilizadas pelos participantes da pesquisa foi unânime entre os dois grupos, no qual relataram que a família foi a grande responsável pelas indicações seguida pelos vizinhos. Faz-se necessário a implantação de medidas de informação e educação que contribuam para o uso consciente das plantas medicinais, sensibilizando a nova geração sobre o uso das mesmas, que tem se perdido ao longo das décadas, devido, em parte ao avanço da medicina. Palavras-chave: Ervas medicinais. Medicamentos alopáticos. Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos. ABSTRACT: With the evolution of scientific knowledge, the application of alternative methods for the use of plants presents a low rate frequency, a fact that is mainly due to the distribution of allopathic drugs by the federal government. Through the above, the research objective was to verify the use of medicinal plants in groups of elderly and young people from the Coexistence and Strengthening Linkages Service (SCFV) of the municipality of Parari-PB. It was used for the research a sample containing 20 female elderly and 15 young people in the period from April to May 2014 and a questionnaire, as a tool, with objective and subjective questions, focusing on the respondent’s degree of knowledge about the plants and guidelines regarding obtaining source. According to the results, most medicinal plants used by the female elderly and young people were: Lippia alba Cham (lemon balm), Punica granatum L. (pomegranate), Peumus boldus Molina (boldo), Cymbopogon citratus (DC) Stapf. (lemon grass), Plectranthus amboinicus (Lour.) Spr. (Mexican mint) e Mentha spicata L. (spear mint). Tea is still the most common use way of plants between groups, which is often collected directly from garden cultivated in their own residences and the leaf has been the most used therapeutically part of the plant with 76.20% followed by 14.28% of the bark and 9.52% of the seed, which use has been considered appropriate when compared with literature purposes. The indication of the plants used by the research participants was unanimous between the two groups, which reported that the family, followed by neighbors, was the largely responsible for the indications. However, it is necessary the deployment of information and education measures to contribute to the conscious use of medicinal plants, sensitizing the young generation on the use of them, which has been lost over the decades due partly to the advancement of medicine. Keywords: Medicinal herbs. Allopathic medicines. Coexistence and Strengthening Linkages Service.

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UTILIZAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS PELOS GRUPOS DE IDOSOS E DE

JOVENS NO MUNICIPIO DE PARARI - PB

Inácio Romão dos Santos Neto¹, Maria da Guia Lucena Alves¹, Marcela Tarciana Cunha

Silva Martins²

1. Alunos do Curso de Biologia UVA/[email protected]

2. Orientador. Bióloga Professora de Biologia da UVA/UNAVIDA. [email protected]

RESUMO: Com a evolução do conhecimento científico, a utilização de métodos alternativos pelo uso das

plantas, é de baixa frequência, fato que ocorre principalmente devido à distribuição de medicamentos alopáticos

pelo governo federal. Mediante exposto o objetivo da pesquisa foi verificar a utilização de plantas medicinais

em grupos de idosos e jovens do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) do município de

Parari-PB. Para a realização da pesquisa foi utilizada uma amostra contendo 20 idosas e 15 jovens no período de

abril a maio de 2014, tendo como instrumento um questionário com perguntas objetivas e subjetivas, enfocando

o grau de conhecimento dos respondentes acerca das plantas e das orientações quanto à fonte de obtenção. De

acordo com os resultados, as plantas medicinais mais utilizadas, pelas idosas e jovens, foram: Lippia alba Cham

(erva cidreira), Punica granatum L. (romã), Peumus boldus Molina (Boldo), Cymbopogon citratus (DC) Stapf.

(Capim santo), Plectranthus amboinicus (Lour.) Spr. (hortelã graúda) e Mentha spicata L. (hortelã miúda.

Conclui-se que o chá ainda é a forma de uso das plantas mais comum entre os grupos, que por muitas vezes é

coletada diretamente de horta cultivada em residência própria, sendo as partes das plantas mais utilizadas para

fins terapêuticos à folha com 76,20%, seguida pela casca com 14,28% e a semente com 9,52%, sendo a sua

utilização adequada quando comparadas com a literatura. A indicação das plantas utilizadas pelos participantes

da pesquisa foi unânime entre os dois grupos, no qual relataram que a família foi a grande responsável pelas

indicações seguida pelos vizinhos. Faz-se necessário a implantação de medidas de informação e educação que

contribuam para o uso consciente das plantas medicinais, sensibilizando a nova geração sobre o uso das mesmas,

que tem se perdido ao longo das décadas, devido, em parte ao avanço da medicina.

Palavras-chave: Ervas medicinais. Medicamentos alopáticos. Serviço de Convivência e Fortalecimento de

Vínculos.

ABSTRACT: With the evolution of scientific knowledge, the application of alternative methods for the use of

plants presents a low rate frequency, a fact that is mainly due to the distribution of allopathic drugs by the federal

government. Through the above, the research objective was to verify the use of medicinal plants in groups of

elderly and young people from the Coexistence and Strengthening Linkages Service (SCFV) of the municipality

of Parari-PB. It was used for the research a sample containing 20 female elderly and 15 young people in the

period from April to May 2014 and a questionnaire, as a tool, with objective and subjective questions, focusing

on the respondent’s degree of knowledge about the plants and guidelines regarding obtaining source. According

to the results, most medicinal plants used by the female elderly and young people were: Lippia alba Cham

(lemon balm), Punica granatum L. (pomegranate), Peumus boldus Molina (boldo), Cymbopogon citratus (DC)

Stapf. (lemon grass), Plectranthus amboinicus (Lour.) Spr. (Mexican mint) e Mentha spicata L. (spear mint). Tea

is still the most common use way of plants between groups, which is often collected directly from garden

cultivated in their own residences and the leaf has been the most used therapeutically part of the plant with

76.20% followed by 14.28% of the bark and 9.52% of the seed, which use has been considered appropriate when

compared with literature purposes. The indication of the plants used by the research participants was unanimous

between the two groups, which reported that the family, followed by neighbors, was the largely responsible for

the indications. However, it is necessary the deployment of information and education measures to contribute to

the conscious use of medicinal plants, sensitizing the young generation on the use of them, which has been lost

over the decades due partly to the advancement of medicine.

Keywords: Medicinal herbs. Allopathic medicines. Coexistence and Strengthening Linkages Service.

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INTRODUÇÃO

O consumo de plantas medicinais é um dos mais antigos costumes utilizados para o

tratamento de doenças em alguns países. Muito do que se sabe hoje a respeito de tratamentos

com plantas provém do conhecimento popular. Embora haja uma evolução do conhecimento

científico, a utilização de métodos alternativos pelo uso das plantas ainda é muito frequente,

fato que ocorre principalmente devido ao alto custo dos medicamentos alopáticos e a

facilidade de obtenção das mesmas.

O despertar do interesse acadêmico pelos conhecimentos populares sobre plantas

medicinais provêm do fato de que a base de conhecimento popular pode ser testada e

verificada cientificamente. Nos últimos anos a indústria farmacêutica utiliza plantas

medicinais para o desenvolvimento de novas drogas. Estima-se que 25% das drogas prescritas

contenham princípios ativos derivados de plantas (TIWARI; JOSHI, 1990). Fato este

comprovado pelas estimativas de que 134.000 plantas vasculares são utilizadas com

propósitos medicinais (RAVEN; EVERT; EICHHORN, 2007).

O acúmulo de conhecimentos empíricos sobre a ação dos vegetais vem sendo

transmitido desde as antigas civilizações até os dias atuais, e a utilização de plantas

medicinais tornou-se uma prática generalizada na medicina popular (DORIGONI et al., 2001;

MELO et al., 2007). De acordo com Tresvenzol et al. (2006), o conhecimento sobre plantas

medicinais representa muitas vezes o único recurso terapêutico de muitas comunidades e

grupos étnicos.

Em relação à medicina caseira verifica-se que o uso de plantas em forma de chás,

xaropes, infusões, lambedor e garrafada é bastante difundido em nosso meio. Por outro lado é

limitado o conhecimento acerca dos princípios ativos contidos nas mesmas. A evolução das

indústrias químicas e farmacêuticas fez com que a medicina passasse a preferir substância

puras sintéticas, com isso parte da cultura popular foi depreciada, havendo descrédito sobre a

terapêutica caseira com plantas e desestimulando a pesquisa necessária nessa linha

(ANNICHINO et al., 1986).

Trabalhos com plantas medicinais proporcionam informar e sensibilizar a população

geral (jovens, adultos e idosos) sobre o uso medicinal das plantas e suas propriedades. Tendo

em vista que essa medicina é peculiar, mas de grande valor nutritivo e fisioterapêutico, é

fundamental que cada um receptor destas plantas utilize de maneira cuidadosa, buscando

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sempre orientação de como e quando usá-las. Mediante exposto o objetivo da pesquisa foi

verificar a utilização de plantas medicinais em grupos de idosos e jovens do Serviço de

Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) do município de Parari-PB.

METODOLOGIA

O presente estudo trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem quali-

quantitativa. De acordo com Santos (2009) as técnicas quantitativas buscam analisar o

comportamento das variáveis individualmente ou na sua relação de associação ou de

dependência com outras variáveis (quando há casualidades).

A pesquisa foi desenvolvida com um grupo de idosas e jovens (Figura 1) do Serviço

de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (Figura 2), localizado no centro do município

de Parari-PB. O Município conta com uma população de 1.437 habitantes e está localizado na

microrregião do Cariri Ocidental e mesorregião da Borborema, uma das quatro que compõem

o Estado da Paraíba. Ocupa uma área de 151 Km², com as seguintes coordenadas geográficas:

07º18’58’’ de Latitude Sul e 36º39’14’’ de Longitude Oeste. Limita-se com os municípios de

Santo André, Gurjão, São João do Cariri, Serra Branca, São José dos Cordeiros e Taperoá. O

município possui um clima quente e seco, com máximas de 32º C e mínimas de 26º C (IBGE,

2010).

Figura 1: Grupo de Idosas (A) e Jovens (B) do município de Parari-PB, 2014.

A B B

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Figura 2: Mapa do estado da Paraíba, em destaque o município de Parari- PB, 2014.

Para a realização da pesquisa foi utilizada uma amostra de 20 idosas, o que perfaz 40%

do total e em relação aos jovens a amostra foi de 50%. O trabalho foi realizado no período de

abril a maio de 2014, tendo como instrumento de pesquisa um questionário com perguntas

objetivas e subjetivas, enfocando o grau de conhecimento dos respondentes acerca das

plantas, das orientações quanto à fonte de obtenção, de quem foi à recomendação e o nível de

conhecimento dos mesmos sobre riscos e benefícios destas plantas. Para análise dos dados foi

realizada a estatística descritiva, utilizando para esta finalidade o Programa Computacional

Microsoft Office Excel 2010, sendo estes expressos através de gráficos e/ou tabelas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) é ofertado pelo MDS

(Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome) em nível de Governo Federal

com parceria com a Prefeitura Municipal de Parari-Pb, através das Secretarias de Assistência

Social e Saúde, que vem propiciar uma melhor qualidade de vida para os munícipes, onde os

mesmos participam de palestras educativas, aulas de música e artesanato, como também de

atividades esportivas, tendo as idosas um maior interesse.

O grupo de idosas foi representado por 20 mulheres com idade variando entre 56 a 80

anos, em sua maioria sem escolaridade, tendo o conhecimento popular obtido através das

gerações, em relação às plantas medicinais. Já o grupo de jovens, com idades entre 13 a 20

anos, cursando o ensino fundamental ou médio, apresentou poucas informações acerca das

plantas medicinais, de acordo com as respostas no instrumento de coleta de dados, visto que

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os mesmos não tem o hábito de usá-las. Nesta pesquisa foi observado que não houve uma

padronização quanto à posologia das ervas (quantidade, número de vezes ao dia e duração do

tratamento), visto que só usam quando estão doentes. Segundo Tomazzoni; Negrelle; Centa

(2006) a transmissão dos referidos conhecimentos segue o mesmo padrão verificado em

comunidades tradicionais do interior, onde parentes e amigos indicam determinadas plantas

de forma oral e sem a verificação científica da sua eficácia, fato esse verificado em outros

trabalhos do gênero.

De acordo com dados levantados entre as idosas e jovens, 21 plantas foram citadas, 06

tendo posição de destaque entre as idosas: Lippia alba Cham (50%), Peumus boldus Molina

(35%), Cymbopogon citratus (DC) Stapf (30%), Punica granatum L. (25%), Plectranthus

amboinicus (Lour.) Spreng e Mentha spicata L., em função do maior grau de utilidade como

método alternativo no tratamento das enfermidades e 04 das mesmas foram as mais citadas

pelos jovens: Punica granatum L. (53,3%), Lippia alba Cham (46,7%), Cymbopogon citratus

(DC) Stapf (26,7%), e Peumus boldus Molina (20%), conforme Quadro 1. Através dos nomes

populares, identificaram-se os nomes científicos dessas plantas e suas indicações terapêuticas

para ver se o conhecimento popular coincidia com o conhecimento científico e se existe

alguma contra indicação das mesmas.

Segundo os participantes da pesquisa, a Punica granatum L. (Figura 3A) é indicada

como benéfica para a garganta por ser anti-inflamatória. De acordo com Matos (1998), a romã

além de ser indicada como anti-séptica, anti-inflamatória, expectorante, possui também ação

antibiótica. Os brotos das flores, secos e pulverizados, são usados para a bronquite

(LANGLEY, 2000). No México é usada para diarréia, aftas, parasitismo, abscessos, tosse,

angina, inflamação urinária e injúrias da pele (Navarro et al., 1996). Uma avaliação da

capacidade antioxidante desta planta foi testada por Pande; Akoh (2009), no qual os

resultados demonstraram que a casca teve o maior teor de taninos hidrolisáveis. Em geral, a

capacidade antioxidante foi encontrada em folhas, seguido da casca, polpa e sementes.

As folhas frescas da Lippia alba Cham (Figura 3B), na forma de infuso, segundo os

grupos, serve como calmante, tendo como única contra indicação a redução da pressão

arterial. Segundo Torres (2005) a erva cidreira tem ações comprovadas de calmante e

antiespasmódica suave, apresentando também atividade analgésica. Com referência a ação

hipotensora nada foi encontrada na literatura, mas podemos supor que a redução da pressão

arterial pode ocorrer em virtude da ação calmante que a erva apresenta.

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Plantas

Citadas

Nome Cientifico

Familia

Indicação

Contra

Indicação

Preparo

Parte

Utilizada

Adulto

%

Jovens

%

Alecrim Rosmarinus officinalis L. Lamiaceae Calculo renal - Chá Folha 5,0 -

Ameixa Ximenia americana L. Rosaceae Cicatrizante - Infusão Casca - 6,7

Amora Morus nigra L. Moraceae Colesterol alto - Chá Folha 5,0 -

Arruda Ruta graveolens L. Rutaceae Dor de Ouvido - Sumo Folha 5,0 6,7

Boldo Peumus boldus Molina Lamiaceae Problema fígado

e Intestino

- Chá Folha 35,0 20,0

Cajueiro Anacardium occidentale L. Anacardiaceae Cicatrizante - Infusão Casca - 6,7

Camomila Matricaria recutita L. Asteraceae Calmante Baixa a

pressão

Chá Folha 10,0 6,7

Capim Santo Cymbopogon citratus (DC) Stapf. Poaceae Calmante - Chá Folha 30,0 26,7

Chá-Preto Cammelia sinensis L. Thaceae Intoxicação - Chá Semente 10,0 -

Erva Cidreira Lippia alba Mill. Apiaceae Calmante Baixa a

pressão

Chá Folha 50,0 46,7

Erva Doce Pimpinella anisum L. Apiaceae Calmante - Chá Folha 5,0 -

Espinheira Santa Maytemus ilicifolia Mart. Ex

Reissek

Celastraceae Gastrite - Chá Folha 5,0 -

Eucalipto Eucaliptus gobulus Labill Myrtaceae Gripe - Chá Folha - 6,7

Goiabeira Psidium Guajava L. Myrtaceae Cólicas - Chá Folha 5,0 -

Hortelã Graúda Plectranthus amboinicus (Lour.)

Spreng.

Lamiaceae Tosse - Lambedor Folha 20,0 13,3

Hortelã Miúda Mentha spicata L. Lamiaceae Inflamação nos

olhos e Verme

- Chá Folha 15,0 -

Jatobá Hymenaea courbaril L. Lamiaceae Problema renal - Infusão Casca - 6,7

Laranjeira Citrus sinensis Osbeck Rutaceae Calmante - Chá Folha 10,0 6,7

Macela Egletes viscose (L.) Less.; Asteraceae Cólicas - Chá Folha - 6,7

Mastruz Chenopodium ambrosioides L. Amaranthaceae Cicatrizantes /

Gripe

- Sumo Folha 5,0 6,7

Romã Punica granatum L. Lythraceae Inflamação da

garganta

Aumenta a

pressão

Semente 25,0 53,3

Quadro 1: Plantas medicinais mais citadas pelas idosas e jovens do município de Parari-PB.

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O Peumus boldus Molina (Figura 3C), é popularmente indicada para o tratamento da

má digestão e problemas hepáticos. Segundo Sigrist (2003), o boldo serve para afecções do

fígado e do estômago, litíase biliar, cólicas hepáticas, hepatites, dispepsia, tontura, insônia,

prisão de ventre, reumatismo e gonorréia. Quanto à contra indicação, apesar de possuir várias

finalidades terapêuticas, também apresenta um potencial abortivo e irritação renal

(ALMEIDA et al., 2000).

Cymbopogon citratus (DC) Stapf. (Figura 3D), cujas folhas e raízes após decocção ou

infuso, é indicada como calmante. De acordo com Carriconde et al. (1995), a referida planta

medicinal também é utilizada para o tratamento de diarréia, hipertensão, dor de barriga, além

de apresentar ação antibacteriana, antifúngica, anticarcinogênica. Já Matos (2002) ressalta que

o chá pode ser consumido a vontade, pois o capim santo é totalmente desprovido de toxidez,

confirmando o que diz o conhecimento popular.

As folhas frescas de Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng. (Figura E), após

decocção, servem para fazer lambedor, segundo os respondentes, no tratamento de gripe. De

acordo com Diniz et al., (1998), a hortelã apresenta propriedades expectorantes, atuando na

região peitoral. Segundo Matos (2002), as balas de hortelã são preparadas com 30 a 40 folhas

e 150 a 200g de açúcar até formar um xarope apurado, e posteriormente polvilha-se com

maisena ou goma de mandioca. Carriconde et al. (1995), diz que essa planta não apresenta

indicações relativas a toxidade. Porém por seu forte odor, espanta ratos. Apesar da escassez de

estudos sobre a sua eficácia e segurança a hortelã da folha graúda é amplamente utilizada no

Brasil (LORENZI et al., 2002; COSTA, 2006).

As folhas de Mentha spicata L. (Figura 3F) são utilizadas pelas idosas para

verminoses e inflamação nos olhos. Segundo Matos (2002) essa erva medicinal serve para

verminoses, dor de barriga e cólica menstrual. Já Lorenzi e Matos (2002), diz que a hortelã da

folha miúda tem ação tônica e estimulante sobre o aparelho digestivo, além de propriedades

antisépticas e ligeiramente anestésicas, sendo fortificante de glândulas, nervos e coração,

possuindo efeitos antiespasmódicos e calmante. É importante conhecer a espécie utilizada

devido ao alto teor de mentol em alguns tipos que pode ser letal por induzir parada

cardiorrespiratória. De acordo com Diniz et al. (1997) o óleo extraído das folhas produz

hipotensão e bradicardia, devido a presença de rotundifolona. Já a presença de pulegona nos

óleos extraídos da hortelã da folha miúda é indicativo de atividades microbióticas, inseticidas

e repelentes (LORENZI et al., 2002).

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Figuras 3: Plantas medicinais mais citadas pelas idosas e jovens do município de Parari-PB. A -

Lippia alba Cham, B - Punica granatum L., C - Peumus boldus Molina, D - Cymbopogon citratus

(DC) Stapf., E- Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng., F - Mentha spicata L.

As plantas menos citadas pelas idosas, que os jovens não falaram, foram: Rosmarinus

officinalis L.(alecrim), Morus nigra L. (amora), Cammelia sinensis L.(chá preto), Pimpinella

anisum L.(erva-doce), Maytemus ilicifolia Mart. Ex Reissek (espinheira santa) e Psidium

Guajava L. (goiabeira). Já as mencionadas pelos jovens e não citadas pelos adultos foram:

Ximenia americana L. (Ameixa), Anacardium occidentale L. (cajueiro), Eucaliptus gobulus

Labill (eucalipto), Hymenaea courbaril L. (jatobá) e Egletes viscose (L.) Less (macela). Esses

AA

BA

CA

F

DA

E

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resultados surpreenderam, pois as plantas que as idosas não mencionaram são as mais

conhecidas e antigas no meio da medicina popular.

Os entrevistados citaram um total de 21 espécies de plantas medicinais utilizadas em

forma de chá, infuso, sumo e lambedor. Estas espécies pertencem a 12 famílias botânicas,

sendo a mais representativa, em número de espécies citadas, a família Lamiaceae (23,80%),

seguida pelas famílias Apiaceae, Asteraceae, Myrtaceae, Rutaceae e Theaceae (Gráfico 1).

Gráfico 1: Distribuição das plantas medicinais, em famílias, citadas pelas idosas e jovens do

município de Parari-PB.

No que se refere à frequência de uso das plantas medicinais todos afirmaram que só

fazem uso de alguma erva, quando estão doentes. Os referentes não possuem o hábito de

consumir por prazer ou como forma de prevenção, utilizando-se dos chás, apenas, no caso de

doenças mais simples como inflamação, cólicas, gripe e quando adoecem costumam procurar

o posto de saúde, fazendo uso de remédios alopáticos. Segundo Matos (2002), é recomendada

uma frequência de uso até quatro vezes ao dia dos chás, no máximo, em intervalos bem

separados, tomando uma xícara de cada vez. Resende 2003 afirma que, o mesmo preparado

não deve ser utilizado continuamente por mais de trinta dias, já que o organismo humano

tende a responder ao tratamento cada vez menos, ou então com doses cada vez mais elevadas,

o que pode trazer um risco de toxicidade para determinadas plantas.

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O chá ainda é a forma de uso das plantas mais comum entre os grupos, que por muitas

vezes é coletado diretamente de uma horta bem cultivada nas residências, sendo as mais

encontradas erva cidreira, hortelã da folha miúda, hortelã da folha graúda, o capim santo e a

romã. Tais resultados refletem a necessidade da população para o tratamento das doenças

relacionadas ao sistema nervoso e digestório cuja incidência não reflete nas condições sócio-

econômicas da população, por se tratar de uma comunidade bem assistida. A agricultura ainda

é o meio de subsistência mais utilizado por essas pessoas. Com isso o número de plantas

relatadas foi menor que o esperado, visto que o município de Parari-PB é uma cidade bem

arborizada e que está inserida no interior do cariri.

Com relação às partes das plantas utilizadas para fins terapêuticos foram: a folha

(76,20%), a casca (14,28%) e a semente (9,52%) (Gráfico 2). Neste ponto, os dados deste

trabalho estão de acordo com muitos outros como em Viçosa, MG (ALMEIDA et al., 2009).

O que chama a atenção é que todos os entrevistados preparam o chá de forma correta, na

forma de infuso, fervendo a água, colocando sobre a folha e flores para uso imediato,

confirmando o que diz Pinto (2006).

Gráfico 2: Partes das plantas utilizadas para fins terapêuticos, citadas pelas idosas e jovens do

município de Parari-PB.

Verifica-se que 80% das idosas aprenderam a utilizar as plantas medicinas com a

família e 20% com os vizinhos. Já entre os jovens 93% mencionaram a família e 7 % os

vizinhos (Gráfico 3), chamando a atenção para o fato de que ninguém relatou utilizar as

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plantas por meio de orientação médica. Com isso, vemos a necessidade de se resgatar de

maneira mais efetiva e segura o conhecimento popular das plantas medicinais, com cartilhas

distribuídas nos postos de saúde e nas escolas para que se perpetue esse conhecimento tão

importante e benéfico, uma padronização quanto à dosagem, forma de preparo, contra

indicações e a sua serventia.

Gráfico 3: Indicação das plantas medicinais citadas pelas idosas e jovens do

município de Parari-PB. 2014.

Oliveira; Gonçalves (2006) relataram que o surgimento do conceito de “natural” em

muito contribuiu para o aumento do uso das plantas medicinais nas últimas décadas, mas que

isto se torna de certa forma perigoso, visto que muitas pessoas imaginam que esses

medicamentos não apresentam nenhum efeito nocivo. Segundo Matos (1989) dentre os

principais riscos no uso de plantas medicinais estão: o uso descuidado de plantas tóxicas, a

utilização de plantas que contenham substâncias tóxicas de ação retardada, o uso de plantas

mofadas por terem sido mal preparadas e mantidas em recipientes e locais impróprios e o uso

de plantas indicadas ou adquiridas erradamente. Nestes casos tanto a conservação e preparo

do material, quanto à certeza de que realmente é a espécie correta, só podem ser garantidas

com base no conhecimento da literatura.

A maioria dos medicamentos alopáticos utilizada pelas idosas está relacionada ao

tratamento da hipertensão e diabetes. O uso das ervas medicinais ocorre geralmente sem o

conhecimento dos profissionais de saúde, já que eles não indicam, fazendo com que a

população se recinta de comunicar o fato. Fato esse de grande importância, pois o boldo, uma

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das seis ervas mais citadas, não deve ser usado em casos de hipertensão e gravidez

(ANDREATINI, 2000). A evolução da indústria química e farmacêutica fez com que a

medicina passasse a preferir substâncias puras e sintéticas, com isso parte da cultura popular

foi depreciada, havendo descrédito sobre a terapêutica caseira com plantas e desestimulando a

pesquisa necessária nessa linha (ANNICHINO et al., 1986). Andreatini (2000) relatou ainda,

que a resistência absoluta de profissionais quanto à prescrição de plantas medicinais com ação

comprovada, pode privar determinado paciente de uma medicação eficaz, enquanto, a

descrença destes profissionais pode gerar prescrições de plantas medicinais que podem

apresentar importantes efeitos adversos, assim como a possibilidade de interações

medicamentosas. Porém o risco de haver alguma contra indicação no uso das plantas

medicinais com medicamentos farmacológicos nessa comunidade não foi verificado, visto que

as plantas são comumente usadas em alguns casos mais simples como calmantes. Já os

jovens não tomam remédios alopáticos com frequência.

CONCLUSÕES

As espécies vegetais, de uso medicinal, mais utilizadas pelas idosas e jovens do

município de Parari-PB, foram principalmente as da família Lamiaceae, a exemplo de Peumus

boldus Molina (Boldo), Plectranthus amboinicus (Lour.) Spr. (hortelã graúda) e Mentha

spicata L. (hortelã miúda), seguidas por Apiaceae, representada por Lippia alba Cham (erva

cidreira), a Poaceae pela Cymbopogon citratus (DC) Stapf. (Capim santo) e Lythraceae com a

Punica granatum L. (romã).

O conhecimento dos participantes da pesquisa, para a forma de utilização e fins

terapêuticos, é coerente quando comparadas com a literatura, porém seu uso está sendo

perdido ao longo das gerações, pois os pararienses preferem uma assistência médica, fazendo,

assim, uso de medicamentos alopáticos.

A maior parte das ervas medicinais é utilizada por via oral, na forma de chá (infuso),

sendo a folha fresca a parte vegetal usada com maior frequência pelos participantes da

pesquisa, para enfermidades simples como gripe, insônia, nervosismo e cólica.

A indicação das plantas utilizadas pelos participantes da pesquisa do município de

Parari-PB, foi unânime entre os dois grupos, no qual relataram que a família foi a grande

responsável pelas indicações seguida pelos vizinhos.

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É importante manter o conhecimento popular sobre as plantas medicinais, através de

cartilhas com a implantação de medidas de informação e educação que contribuam para o uso

consciente dessas ervas tanto no que diz respeito a sua indicação como a sua contra indicação,

sensibilizando a nova geração sobre o uso das mesmas, que tem se perdido ao longo das

décadas, devido, em parte ao avanço da medicina.

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