UTILIZAÇÃO DE EXTRATO DE PLANTAS EM FRANGOS DE...

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ESCOLA DE VETERINÁRIA E ZOOTECNIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL DISCIPLINA: SEMINÁRIOS APLICADOS UTILIZAÇÃO DE EXTRATO DE PLANTAS EM FRANGOS DE CORTE Aluna: Bárbara de Paiva Mota Orientadora: Maria Auxiliadora Andrade GOIÂNIA 2013

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

ESCOLA DE VETERINÁRIA E ZOOTECNIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL

DISCIPLINA: SEMINÁRIOS APLICADOS

UTILIZAÇÃO DE EXTRATO DE PLANTAS EM FRANGOS DE CORTE

Aluna: Bárbara de Paiva Mota

Orientadora: Maria Auxiliadora Andrade

GOIÂNIA

2013

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BÁRBARA DE PAIVA MOTA

UTILIZAÇÃO DE EXTRATO DE PLANTAS EM FRANGOS DE CORTE

Seminário apresentado junto à Disciplina Seminários Aplicados do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal da Escola de Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Goiás. Nível: Mestrado

Área de concentração:

Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos

Linha de pesquisa:

Etiopatogenia, epidemiologia, diagnóstico e controle

das doenças infecciosas dos animais.

Orientador:

Proaf. Dra. Maria Auxiliadora Andrade

Comitê de orientação:

Profa. Dra. Nadja Susana Mogyca Leandro

Prof. Dr. Marcos Barcellos Café

GOIÂNIA

2013

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 1

2 REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................... 3

2.1 Microbiota intestinal do frango de corte ............................................................ 3

2.2 Antibióticos como promotores de crescimento ................................................. 4

2.3 Extratos vegetais .............................................................................................. 6

2.3.1 Princípios ativos e metabolismo secundário .................................................. 7

2.3.2 Atividade antimicrobiana dos extratos vegetais ........................................... 11

2.3.3 Atividade antioxidante ................................................................................. 16

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 18

REFERENCIAS .................................................................................................... 19

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1 INTRODUÇÃO

A avicultura industrial é uma das atividades agropecuárias mais

desenvolvidas no mundo.Segundo o RELATÓRIO ANUAL DA UNIÃO BRASILEIRA

DE AVICULTURA (2013), o Brasil manteve a posição de maior exportador mundial e

de terceiro maior produtor de carne de frango, atrás dos Estados Unidos e da China.

A produção de carne de frango atingiu cifras de 12,645 milhões de toneladas em

2012, e 69% desta produção foi destinado ao consumo interno, e 31% para

exportações.

Um dos recursos utilizados para atingir estes índices de produção de

frango de corte se deve a utilização de aditivos na ração, dentre eles os antibióticos,

os quais são rotineiramente utilizados para controlar agentes patogênicos do trato

gastrintestinal, promovendo melhora nos índices zootécnicos e maximizando a

produção (TOLEDO et al., 2007). Porém, de acordo com McMULLIN (2004), o uso

de antibióticos pode acarretar problemas potenciais à saúde do homem, como

toxicicidade, alergia e desenvolvimento de resistência da bactéria, trazendo

preocupações relacionadas à saúde pública.

A proibição da utilização destas substâncias, pela União Européia, desde

janeiro de 2006, pode acarretar prejuízos, restringindo o comércio de produtos

originados de animais criados com rações contendo antimicrobianos. Por isso, nos

últimos anos a avicultura industrial tem buscado produtos alternativos para

substituição dos antibióticos modulares de crescimento, com objetivo de manter a

mesma eficiência produtiva proporcionada por eles, que seja seguro e sem a

possibilidade de induzir resistência microbiana.

O conhecimento do poder medicinal das plantas faz parte destes estudos.

De acordo com SARTORI et al. (2009) os aditivos fitogênicos são utilizados na

nutrição animal e consistem em produtos compostos por óleos essenciais e extratos

vegetais, que são utilizados nas rações com o objetivo de melhorar o desempenho

animal e substituir os antimicrobianos como promotores de crescimento.

Pesquisas com extratos vegetais revelam que os mesmos, quando são

adicionados nas rações de frangos, podem ser eficientes em melhorar a utilização

dos nutrientes. HERNANDEZ et al. (2004) mostraram que os extratos de sálvia

(Salvia officinalis), tomilho (Thymus vulgaris) e alecrim (Rosemary inusofficinalis), e a

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mistura dos princípios ativos carvacrol, cinamaldeído e capsaicina na alimentação,

melhoraram a digestibilidade em frangos de corte.

Diante do exposto, esta revisão de literatura foi elaborada com o objetivo

de discorrer acerca das propriedades dos extratos vegetais sobre a saúde intestinal

do frango de corte.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Microbiota intestinal do frango de corte

A microbiota intestinal tem efeitos significativos sobre a nutrição, saúde e

desempenho, pela interação da utilização de nutrientes e o desenvolvimento do trato

intestinal do hospedeiro. Esta interação é muito complexa e, dependendo da

composição e da atividade da microbiota intestinal, pode ter efeitos positivos ou

negativos para a saúde e o crescimento das aves (YANG et al., 2009).

Para ocorrer um desenvolvimento corporal adequado do frango de corte,

deve haver um equilíbrio dinâmico entre a mucosa intestinal e o conteúdo luminal,

para que as características estruturais e funcionais da mucosa sejam preservadas

ou mantidas dentro do padrão esperado (ITO et al., 2007). Assim, a manutenção da

integridade intestinal é essencial para que os processos de digestão e absorção

sejam eficientes, e devem ser estabelecidos critérios de manejo que mantenham o

controle de entero patógenos que podem reduzir a eficácia do processo digestivo

(BOLELI et al., 2002; OLIVEIRA & MORAES, 2007).

Uma série de fatores pode interferir na integridade e no desempenho do

trato gastrointestinal (TGI) das aves: a) qualidade dos nutrientes da ração; b) meio

ambiente, incluindo instalações e práticas de manejo; c) estresse; d) uso de aditivos;

e) qualidade da água; f) secreções endógenas; g) equilíbrio da microbiota; h)

turnover celular, i) concentração de oxigênio, e j) pH (GAUTHIER, 2002;

FLEMMING, 2010).

A partir deste enfoque, BARRETO (2007) afirmou que o bom

desempenho e expressão do potencial genético estão diretamente relacionados com

o perfeito equilíbrio e integridade do trato gastrointestinal das aves, que deve ser

mantido livre de alterações desde o nascimento até o abate.

Até o momento da eclosão, o TGI esta praticamente isento de bactérias.

Imediatamente após a eclosão inicia-se o processo de colonização, assim o

pintainho recém eclodido adquire parcialmente sua microbiota através do ambiente

do incubatório (LODDI, 2001).

O número e composição dos microrganismos da microbiota intestinal das

aves variam consideravelmente ao longo do TGI, podendo ser encontradas cerca de

200 a 400 espécies diferentes de bactérias distribuídas de maneira heterogênea,

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que podem estar associadas intimamente com o epitélio, ou livres no lúmen devido à

incapacidade de se fixar no mesmo. Sabe-se que esta microbiota é composta

principalmente por lactobacilos, estreptococos e estafilococos. No inglúvio existe a

predominância de Lactobacillus e Streptococcus, que formam uma camada com

duas ou três fileiras de células aderidas à superfície epitelial e produzem ácido lático

e acético, reduzindo o pH abaixo de 5,0, controlando a população de Escherichia coli

no papo, podendo ainda afetar a sua população do intestino delgado. No intestino

delgado, onde o pH ácido é neutralizado, encontram-se diversos microrganismos,

tais como: E. coli e espécies de Streptococcus, Enterococcus, Staphylococcus,

Lactobacillus, dentre outros. Já nos cecos há o predomínio de Lactobacillus,

Enterococcus e Clostridium (MAIORKA, 2004; ALBUQUERQUE, 2005; SANTANA et

al., 2011).

Microrganismos patogênicos como a Salmonella sp., alguns sorogrupos

de Escherichia coli, Clostridium perfringens, Clostridium colinum e Campylobacter

spp., produzem enterotoxinas, que se aderem ao epitélio intestinal ocasionando

mudanças do fluxo de água e eletrólitos no intestino delgado, levando a lise e morte

celular, causando perda de água e diarreia (HOERR).

Sendo assim, a manutenção da saúde intestinal é fundamental para a

otimização da expressão genética das aves e, consequentemente, o melhor

desempenho das mesmas, pois possibilita uma adequada obtenção de energia e

nutrientes pelo organismo. É importante que se estabeleçam critérios de manejo que

mantenham a integridade funcional dos diferentes tipos celulares que compõem e

caracterizam os órgãos do aparelho digestório e suas glândulas anexas e o controle

de doenças entéricas que reduzam a eficácia do processo digestivo (BOLELI et al.,

2002).

2.2 Antibióticos como promotores de crescimento

A utilização dos antimicrobianos melhoradores de desempenho, no Brasil,

é regulamentada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e

também segue as normas do Codex Alimentarius e da Organização Internacional

das Epizootias (OIE) (PALERMO- NETO, 2006; NUNES, 2008).

Um aditivo zootécnico é qualquer substância que não seja material de

alimentação ou ração, e pré-misturas, utilizado para influenciar favoravelmente o

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desempenho dos animais em boas condições de saúde. De acordo com

HUYGHEBAERT et al. (2011), a categoria "aditivo zootécnico” pode ser dividida em

quatro grupos funcionais: (1) melhoradores de digestibilidade, (2) estabilizadores da

microflora intestinal, (3) substâncias que afete favoravelmente o ambiente, e (4)

outros.

Quimioterápicos são produtos quimicamente sintetizados para inibir o

crescimento de certos microrganismos. Esses produtos, dentro de uma classificação

maior de antimicrobianos, podem ser antibacterianos, antiprotozoários e

anticoccidianos, levando a morte do agente ou a interrupção do seu crescimento e

reprodução. Os antibióticos são substâncias químicas produzidas por

microrganismos, que tem a capacidade de, em pequenas doses, inibir o crescimento

ou destruir microrganismos causadores de doenças (BELLAVER, 2005).

Os efeitos bacteriostático e bactericida são determinados por mecanismos

de ação, sendo eles exercidos essencialmente por inibição da síntese da parede

celular, alterações na permeabilidade da membrana citoplasmática, interferência na

replicação dos cromossomos e interferência na síntese proteica (TAVARES, 1996).

Os produtos proibidos como aditivos de ração incluem: tetraciclinas,

penicilinas, cloranfenicol, sulfonamidas sistêmicas, furazolidona, nitrofurazona e

avorpacina (PALERMO- NETO, 2006; NUNES, 2008).

Os aditivos autorizados como promotores de crescimento de frangos de

corte são: avilamicina, colistina, clorexidina, flavomicina, lincomicina, tilosina,

virginiamicina, bacitracina e enramicina (PALERMO- NETO, 2006; BRASIL, 2008).

Os estudos sobre o mecanismo de promoção do crescimento têm incidido

sobre as interações entre o antibiótico e a microbiota intestinal (DIBNER &

RICHARD, 2005).

NIEWOLD (2007) sugeriu quatro hipóteses para o mecanismo de ação

dos antibióticos promotores de crescimento (APC), sendo eles: 1) antimicrobianos

promotores de crescimentos inibem a infecção subclínica endêmica, reduzindo

assim os gastos metabólicos do sistema imunitário (inato); 2) reduzem os

metabólitos de crescimento produzidos pelos microrganismos; 3) reduzem o uso de

nutrientes pelos microrganismos e 4) melhoram a absorção e utilização de

nutrientes, pois a parede intestinal dos animais alimentados com APC é mais fina.

Deste modo, os efeitos diretos do APC na redução da microbiota, e suas

consequências, podem ser a base do mecanismo para os efeitos benéficos dos

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antibióticos. No entanto, o papel do APC no surgimento da resistência aos

antibióticos em seres humanos tem sido questionado (MILLET & MAERTENS,

2011).

Em trabalhos desenvolvidos por KAESBOHRER et al. (2012) em

Escherichia coli isoladas de amostras de fezes de frangos de corte, carne de frango

e carne de peru, foram resistentes a pelo menos um antibiótico de diferentes

classes, sendo as maiores taxa de resistência nas fezes e carne de frango, para à

ciprofloxacina, ácido nalidíxico e cefalosporinas, bem como para quinolonas.

SILVA et al. (2009) realizaram o primeiro estudo de susceptibilidade à

antibióticos e anticoccidianos de Clostridium perfringens isolados de frango de corte

no Brasil. Realizado “in vitro”, foram testadas 55 estirpes de C. perfringens isolados

de intestino, e 41,8% e 47,3% das amostras, foram consideradas resistentes à

tetraciclina e bacitracina, respectivamente. Os autores sugerem que uma das causas

da resistência pode ser o uso de antibiótico como aditivo, e ressaltam que mais

pesquisas com substancias alternativas aos antibióticos devem ser realizadas.

Outro estudo realizado por RIBEIRO et al. (2008) utilizando 79 amostras

de Salmonella Enteritidis isoladas de espécimes clínicas e amostras ambientais de

frangos de corte e matrizes pesadas, demonstrou que 81% das amostras eram

resistentes a pelo menos um dos agentes antimicrobianos testados. A tetraciclina

mostrou o maior percentual (64,5%) de resistência entre os agentes antimicrobianos

utilizados.

2.3 Extratos vegetais

A utilização de plantas com fins medicinais, para tratamento, cura e

prevenção de doenças, é uma das mais antigas formas de prática medicinal da

humanidade (VEIGA Jr. & PINTO, 2005). Durante séculos as pessoas têm usado

plantas para a cura de diversas doenças. Produtos de origem vegetal, como poções

e pós de plantas, têm sido utilizados com sucesso variável para curar e prevenir

doenças ao longo da história (RASKIN et al., 2002). Porém, o uso de extratos

vegetais como promotores de crescimento em animais ainda é um assunto recente,

com o número de pesquisas aumentando gradativamente devido a diversos fatores,

como a resistência bacteriana a alguns antibióticos ou, ainda, a demanda ao

tratamento alternativo para algumas enfermidades (FASCINA, 2011).

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Aditivos fitogênicos são definidos como compostos derivados de plantas

incorporados às dietas animais com o intuito de promover melhor desempenho e

melhor qualidade dos produtos obtidos destes animais. Os extratos são preparações

concentradas obtidas a partir de matérias-primas vegetais e compreendem, portanto,

uma grande variedade de substâncias com respeito à origem biológica, formulação,

caracterização química e pureza. Estes podem ser divididos em quatro subgrupos:

ervas, condimentos, óleos essenciais (compostos lipofílicos extraídos por

vaporização ou destilação a álcool) e oleorresinas (compostos extraídos por

solventes não aquosos) (WINDISCH & KROISMAYR, 2006). De acordo com os

mesmos autores, os efeitos benéficos das plantas estão associados com a

constituição de seus princípios ativos e seus compostos secundários.

Os extratos podem ser obtidos por meio de diferentes processos, sendo

que os mais utilizados são a maceração, infusão, percolação, digestão (planta e

solvente), destilação e secagem (MARTINS et al., 2000). Segundo OETTING

(2005), a principal diferença entre os extratos vegetais e os óleos essenciais é o

método de extração. Os óleos essenciais, apesar de não deixarem de ser

considerados extratos vegetais, são obtidos somente pelo método de extração a

vapor.

Os óleos essenciais são compostos aromáticos obtidos a partir de

material vegetal (flores, brotos, sementes, folhas, galhos, cascas, ervas, madeira,

frutos e raízes), compreendendo a maior parte dos compostos ativos das plantas.

Eles são particularmente associados com características essências de plantas e

perfumes, definidos como "ervas e especiarias". Além de seu uso tradicional, uma

série de efeitos benéficos tem sido relatada, entre estes estão a sua influência

benéfica sobre o metabolismo de lipídeos, a capacidade de estimular a digestão,

propriedades antimicrobianas e antioxidantes, e potencial anti-inflamatório (BRENES

& ROURA, 2010).

2.3.1 Princípios ativos e metabolismo secundário

O metabolismo é definido como o conjunto total das transformações das

moléculas orgânicas, catalisadas por enzimas, que ocorre nas células vivas,

suprindo o organismo de energia e renovando suas moléculas (PEREIRA &

CARDOSO, 2012).

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Durante seu ciclo de vida, os vegetais produzem compostos químicos

essenciais para o seu desenvolvimento, utilizando a água, luz solar e nutrientes

disponíveis. Esses produtos podem ser divididos em dois grandes grupos, de acordo

com POSER e MENTZ (2007), metabólitos primários ou macromoléculas e os

metabólitos secundários ou micromoléculas. No primeiro grupo, estão incluídos os

lipídeos, proteínas e glicídeos, com funções vitais bem definidas, tais como

fotossíntese, função estrutural e de armazenamento de energia. O segundo grupo

origina compostos fundamentais para a sobrevivência da espécie da planta, o que

lhe confere vantagens adaptativas. Esses compostos não possuem uma distribuição

igual na planta, e são encontrados em concentrações baixas, geralmente com

estrutura complexa, baixo peso molecular, variando de acordo com os grupos de

plantas (POSER e MENTZ, 2007; PEREIRA & CARDOSO, 2012).

Devido às suas diferentes atividades biológicas, os estudos dos

metabólitos secundários de plantas se desenvolveram nos últimos 50 anos. Estes

compostos são conhecidos por desempenharem um papel importante na adaptação

das plantas aos seus ambientes e também representam uma fonte importante de

substâncias farmacologicamente ativas. Eles correspondem a compostos valiosos,

sendo utilizados em produtos farmacêuticos, cosméticos, química fina e mais

recentemente como nutracêuticos, além de serem utilizados como alternativos à

antibióticos, como promotores de crescimento (BOURGAUD et al. 2001; FUMAGALI

et al., 2008).

De acordo com os mesmos autores, os compostos secundários de

plantas são usualmente classificados de acordo com a sua rota biossintética. As três

famílias de moléculas principais são geralmente consideradas: os compostos

fenólicos, terpênicos e esteróides, e os alcaloides.

PEREIRA & CARDOSO (2012), afirmaram que a origem de todos os

metabólitos secundários pode ser resumida a partir do metabolismo da glicose, via

dois intermediários principais: o ácido chiquímico e o acetato. O ácido chiquímico é

precursor de taninos hidrolisáveis, cumarinas, alcalóides derivados dos aminoácidos

e fenilpropanóides, compostos que tem em comum a presença de um anel

aromático na sua constituição. Os derivados do acetato são os aminoácidos

alifáticos e os alcalóides derivados deles; terpenóides, esteróides, ácidos graxos e

triglicerídeos.

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Os seguintes princípios ativos podem ser destacados: a) alcaloides são

compostos derivados principalmente de aminoácidos, mas também de terpenos e

esteróis, atuando como sedativo, anestésico, analgésico e antimicrobiano; b)

compostos fenólicos, que são considerados um dos mais importantes constituintes

vegetais, com ação antisséptica, analgésica e anti-inflamatória; c) flavonoides, são

heterosídios de 15 carbonos, concentram-se mais na parte aérea da planta,

possuem atividade antiedematosas, espasmolíticas, anti-hepatotóxicas, diuréticas,

antimicrobianas e anti-inflamatórias; d) saponinas, também são heterosídios e atuam

no intestino, facilitando a absorção de algumas substâncias, medicamentos e

alimentos. Além disso, têm propriedades laxativas, diuréticas e expectorantes; e)

taninos são compostos de natureza fenólica, que contribuem para formar uma

camada protetora sobre a pele e as mucosas, também provocam a contração de

vasos capilares e são usados no tratamento de diarreias; f) óleos essências são de

origem terpênica, possuem atividades variadas, tais como: antibacteriana,

antifúngica, anti-helmíntica, analgésico, cicatrizante, relaxante, dentre outros; g)

cumarinas são compostos derivados do ácido cinâmico, e possuem propriedades

fotossensibilizante e anticoagulante (MARTINS et al., 2000; GOBBO-NETO E

LOPES, 2007; SANTOS, 2007; FUMAGALI et al., 2008; PEREIRA e CARDOSO,

2012).

A seguir segue um quadro com as principais plantas usadas, seus

principais componentes ativos e atividades biológicas (QUADRO 1).

QUADRO 1- Principais componentes de plantas (princípio ativo) e suas

propriedades medicinais

Nome

popular

Gênero e/ou

Espécie

Princípio Ativo (principal)

Propriedade medicinal

Canela Cinnamomum

spp.

Cinaladeído;

Eugenol; Linalol

Antibacteriano; estimulante

da digestão;antioxidante

Orégano Origanum spp. Carvacrol; timol;

carvone; γ-terpine

Antibacteriano; antifúngica

Cravo Syzygium spp. Eugenol Antibacteriano; antifúngica

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Tomilho

Thymus spp

Timol; carvacrol;

p-cimene; geraniol

Antibacteriano;

antioxidante;

antifúngica

Açafrão da

Índia

Curcuma longa

curcumina

Antioxidante;

antiinflamatório;

redução de colesterol;

aumento secreção biliar;

indutor de apoptose de

células defeituosas

Uva

(semente)

Vitis vinifera

Antocianinas;

flavanas; catequina;

epicatequina;

procianidinas;

antocianinas;

Antioxidante; aumenta

HDL;

antibacteriano; antiviral;

intiinflamatória

Alho Allium sativum Alicina Anti-séptico; estimulante

da digestão: antibacteriano

Hortelã-

Pimenta

Mentha piperita Mentol Estimula o apetite e a

digestão, antiséptico

Alecrim Rosmarinus

officinalis

Cineol; rosmarinol;

rosmaricina,timol

Estimulante da digestão;

antibacteriano; antioxidante

Fonte: Adaptado de KAMEL (2001); BURT (2004) e FASCINA (2011)

Um aspecto importante a ser ressaltado, se refere à quantidade total de

metabólitos produzidos e as proporções relativas dos componentes da mistura. Eles

podem variar de acordo com a espécie e com as diferentes partes da planta (folhas,

caule e raízes). Também, vários outros fatores influenciam no conteúdo de

metabólitos secundários, sendo eles, a sazonalidade, o ritmo circadiano, a idade e o

desenvolvimento da planta, temperatura, disponibilidade hídrica, nutrientes do solo,

radiação ultravioleta, poluição atmosférica, altitude e o ataque de patógenos (GOOB-

NETO & LOPES, 2007), como demonstrado na Figura 1.

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FIGURA 1- Fatores que influenciam o acúmulo de metabólitos

secundários das plantas.

Fonte: GOBBO-NETO & LOPES, 2007.

2.3.2 Atividade antimicrobiana dos extratos vegetais

Diversas propriedades antimicrobianas dos extratos vegetais e óleos

essenciais têm sido amplamente divulgados. Entretanto, o modo de ação dos

mesmos ainda não está completamente esclarecido, sendo algumas hipóteses

sugeridas: 1) controle de patógenos pela atividade antimicrobiana, e modulação da

microbiota intestinal; 2) atividade antioxidante; 3) atividade imunomodulatória, e 4)

atividade sobre o TGI resultando em melhoria do desempenho animal (OETTING,

2005; WINDISCH et al., 2008).

De acordo com KOHLERT et al., (2000) os princípios ativos dos extratos

vegetais são absorvidos no intestino pelos enterócitos e metabolizados rapidamente

no organismo animal. A maior parte dos compostos e seus metabólitos são

eliminados pelos rins e pelos pulmões. A rápida metabolização e a curta meia vida

dos compostos ativos levam a crer que existe um risco mínimo de acúmulo nos

tecidos.

O mecanismo de ação da atividade antimicrobiana de extratos vegetais

não é totalmente compreendido, no entanto, sugere-se a ruptura da membrana por

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terpenóides e compostos fenólicos, bem como a quelação de metais por fenóis e

flavonóides, e efeito sobre o material genético por cumarina e alcaloides são

pensados para inibir o crescimento de microrganismos. O alvo exato dos agentes

antimicrobianos naturais, muitas vezes não é conhecido ou bem definido,

dificultando o conhecimento do local específico de ação onde ocorrem as reações

(NEGI, 2012).

Acredita-se que esta atividade seja resultante do efeito sinérgico de

complexas moléculas ativas e que em conjunto, afetam a permeabilidade da

membrana citoplasmática, transporte de íons e etapas da fosforilação, desnaturando

e coagulando proteínas (Figura 2), que são vitais para manutenção das células

bacterianas (DORMAN & DEANS, 2000). Segundo estes autores, o rompimento da

parede celular ocorre devido ao caráter lipofílico dos óleos essenciais que se

acumulam nas membranas.

FIGURA 2 – Mecanismos de ação e localização dos sítios de

ação doscomponentes dos óleos essenciais

Fonte: Adaptado de BURT (2004).

Normalmente, os óleos que possuem a maior propriedade antibacteriana,

contêm uma elevada percentagem de compostos fenólicos tais como o carvacrol,

eugenol, e timol (BURT, 2004).

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Vários estudos “in vitro” vêm demonstrando a eficiência dos extratos

vegetais sobre bactérias. Diversos métodos para medição da concentração mínima

inibitória (CMI) de um extrato de planta estão disponíveis, mas não existe um

processo padrão como existe para antibióticos. KLANCNIK et al. (2010) testaram 10

extratos vegetais, dois ácidos fenólicos puros, e cinco misturas de extratos, pelos

métodos de difusão em disco, diluição em ágar e microdiluição em caldo. Esses

métodos foram testados em bactérias Gram-positivas (Staphylococcus

aureus , Bacillus cereus e Listeria monocytogenes) e Gram-negativas (Escherichia

coli O157:H7, Salmonelas Infantis, Campylobacter jejuni , Campylobacter coli ).

Dentre os extratos testados, a sálvia, que tem na composição o ácido carnósico,

carnosol, rosmanol e ferruginol, além do ácido rosmarínico e fenólicos, se mostrou

muito eficaz. No entanto, uva, oliva e extrato de chá verde foram muito menos

eficientes contra todas as bactérias testadas. Nesse estudo, os extratos de plantas

inibiram eficientemente o crescimento de bactérias Gram-positivas e Campylobacter.

O fato dos extratos terem sido mais eficientes contra as bactérias Gram-

positivas é explicado por BURT (2004), que confirma que extratos vegetais e óleos

essenciais são ligeiramente mais ativos contra bactérias Gram-positivas do que as

bactérias Gram-negativas, pois os organismos Gram-negativos possuem uma

membrana externa que envolve a parede celular, o que limita a difusão dos

compostos hidrófobicos através da sua camada de lipopolissacarídeos.

Apesar disso, um estudo com o composto geraniol (Helichrysum italicum)

demonstrou ser um potente inibidor em várias espécies de bactérias Gram-negativas

(Enterobacter aerogenes , E. coli , P. aeruginosa ) (LORENZI et al., 2009).

Com o potencial antimicrobiano comprovado “in vitro”, vários estudos têm

sido realizados “in vivo”. ERTAS et al. (2005) utilizando uma mistura de óleos

essenciais de orégano, cravo da índia (Syzygium aromaticum) e erva doce

(Pimpinella anisum L) observaram maior ganho de peso e melhor conversão

alimentar, comprovando que os óleos essenciais podem substituir os promotores de

crescimento.

BONA et al., (2012) observaram que óleo essencial de orégano, alecrim,

canela e extrato de pimenta vermelha na dose de 100 ppm reduziu a contagem de

unidades formadoras de colônias (UFC) de Clostridium perfringens no conteúdo do

ceco de aves em relação ao grupo controle. Eles também observaram que a

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utilização de composto vegetal e avilamicina diminuíram a excreção de Salmonella

em aves 72 horas após a inoculação de 10-5UFC de Salmonella Enteritidis.

SANTURIO et al. (2012) avaliaram a atividade antimicrobiana dos óleos

essenciais de orégano, tomilho e canela frente a amostras de Salmonella entérica

distribuídas entre 20 sorovares, todos isolados de carcaças de aves. O óleo

essencial de orégano evidenciou forte atividade antibacteriana, seguido do tomilho

com atividade moderada, enquanto que a menor atividade foi observada com o óleo

essencial de canela. Os isolados mais sensíveis para o óleo de orégano foram os

representantes dos sorovares Senftenberg, Tennessee, Pullorum e Rissen, onde

ressaltaram elevada atividade bactericida deste óleo essencial. O óleo de tomilho

apresentou moderada atividade sobre os seguintes isolados Livingstone,

Worthington, Cerro, Derby, Mbandaka, Ohio, Orion, Panama, Saintpaul e

Tennessee. Apesar da menor atividade antibacteriana do óleo essencial de canela,

os sorovares Derby, Infantis e Typhimurium foram fortemente inibidos por esta

essência.

YIM et al (2010) realizaram estudos avaliando o efeito das ervas sobre a

coccidiose. Os autores valiaram os efeitos da Aloe vera em frangos de corte após a

infecção oral com Eimeria máxima. Foi verificado que excreção fecal de oocistos

diminuiu em todos os grupos de tratamento que foram suplementados com Aloe

vera, em comparação ao grupo não suplementado. Além disso, os grupos

suplementados com Aloe vera demonstraram menor escore de lesões intestinais.

Avaliando o desempenho de frangos de corte criados em galpões com

baixo desafio sanitário, TOLEDO et al. (2007) observaram melhor ganho de peso e

maior taxa de viabilidade nos tratamentos que receberam uma mistura de óleos

essenciais de orégano, canela, eucalipto (Eucaliptus spp), artemísia (Artemisia

vulgaris L.) e trevo (Trifolium spp.).

Em outro estudo de AKBARIAN et al. (2013) os quais testaram em

frangos sob estresse térmico, extratos de três diferentes plantas, extrato de casca de

limão, extrato de casca de laranja e óleo essencial de Curcuma xanthorrhiza, na

concentrações de 400 mg Kg -1. Os dois primeiros causaram uma diminuição na

contagem de coliformes no íleo, e o último causou uma diminuição da contagem de

coliformes em ceco em comparação com as aves controle, demonstrando que esses

extratos podem modificar algumas características microbianas, entretanto, não

obtiveram efeito benéfico sobre o desempenho dos frangos de corte.

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Os extratos vegetais também podem aliviar o estresse imunitário dos

animais (WINDISCH & KROISMAYR, 2006).

Em estudo realizado por DONG et al. (2007) verificaram o efeito da

polysavone, um extrato natural de alfafa (Medicago sativa L.) sobre os órgãos

linfóides. Observaram que os pesos de timo e de baço, assim como os níveis séricos

de anticorpos anti-virus de Newcastle aumentaram em frangos com seis semanas de

idade, em relação ao grupo controle. Estes resultados sugerem que ocorreu

proliferação de linfócitos T e B no grupo que recebeu polysavone.

HASHEMI & DAVOODI (2011) citam que o Acemannan (Aloe Vera), em

dose de 500 μ, via intramuscular, possui efeito imunoestimulante, e a Aloe

secundiflora nas doses de 200 mg/kg e 400 mg/kg, aumenta os títulos de anticorpos

e a concentração de IL-6.

LANDY et al. (2011) avaliaram o efeito do nim (Azadirachta indica), cujo

princípio ativo é a azadirachtina sobre a resposta imune humoral de frango de corte.

O tratamento com 7g de nim/kg de ração determinou maiores títulos de anticorpos

contra o vírus da influenza aviária em relação ao grupo que recebeu controle, que

recebeu somente hemácias de carneiro.

TOGHYANI et al. (2011) esperavam que com a canela e alho em pó, que

possuem potencial propriedades antimicrobianas, na nas dietas para frango de corte

apresentariam respostas imunes elevadas. Mas nenhum dos parâmetros medidos,

relacionados a imunidade incluindo, títulos de anticorpos, peso dos órgãos linfoides

e a razão heterofilo/linfócito e albumina/globulina foram positivamente estimulados.

Verificaram também que o peso de outros órgãos, o consumo de ração, a conversão

alimentar, peso dos órgãos internos e características de carcaça e de gordura

abdominal não foram influenciados. Entretanto, CARDOSO et al. (2012) observaram

a diminuição significativa dos monócitos quando adicionaram pimenta-do-reino à

alimentação das aves. Assim como, CHEN et al. (2008) que em um experimento

com suínos em terminação, observaram que a concentração de linfócitos aumentou

apenas em tratamentos com 1g de pó alho/kg de ração, enquanto que outros

parâmetros relacionados imunes testadas no sangue não foram afetados.

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2.3.3 Atividade antioxidante

A oxidação lipídica nos alimentos é um dos mais graves problemas para a

indústria de alimentos. A decomposição dos lipídios e a produção de compostos

voláteis causam alterações sensoriais que são rejeitadas pelos consumidores

(MILANI et al., 2010).

Os antioxidantes têm sido amplamente utilizados como aditivos

alimentares a fim de proporcionar proteção contra a degradação oxidativa dos

alimentos pelos radicais livres. Desde os tempos antigos, especiarias utilizadas em

diferentes tipos de alimentos para melhorar sabores são conhecidas por terem

capacidades antioxidantes. A fim de prolongar a estabilidade de armazenamento dos

alimentos, antioxidantes sintéticos são utilizados para o processamento industrial.

Os antioxidantes sintéticos mais usados são o butil-hidroxitolueno (BHT) e

butilhidroxianisol (BHA), porém seus possíveis potenciais cancinogênicos têm sido

evidenciados, aumentando a rejeição dos consumidores em geral para aditivos

alimentares sintéticos (BRENES & ROURA, 2010).

A atividade antioxidante dos óleos essenciais está relacionada com a

presença de compostos fenólicos. Contudo, os flavonoides presentes no orégano e

no tomilho, e terpenóis (timol, eugenol e carvacrol), também apresentam atividade

antioxidante. Apesar disso, alguns óleos essenciais apresentam compostos com

aroma extremamente acentuado, e não podem ser adicionados em grandes

quantidades nos alimentos (MADSEN et al., 1997).

Por esta razão, existe um crescente interesse em estudos de aditivos

fitogênicos como potenciais antioxidantes naturais. As atividades antioxidantes

potenciais de extratos de especiarias foram investigadas por meio da peroxidação

lipídica enzimática. Extratos de especiarias comumente utilizados (alho, gengibre,

cebola, hortelã, cravo, canela e pimenta) em diferentes doses, inibiram a oxidação

dos ácidos graxos e ácido linoleico. Entre as especiarias testadas, o cravo

apresentou a maior atividade antioxidante, enquanto a cebola mostrou a menor

atividade. As atividades antioxidantes diminuíram na ordem de cravo, canela,

pimenta, gengibre, alho, hortelã e cebola (SHABONA & NAIDU, 2000).

YOUNG et al. (2003) fizeram um estudo visando melhorar os efeitos

negativos do estresse sobre as características de qualidade de carne. Frangos

foram alimentadoscom uma combinação de ácido ascórbico (1000 ppm) e α-

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tocoferol (200 ppm) ou de orégano (3%). Eles verificaram que as atividades das

enzimas antioxidantes (catalase, superóxido dismutase e glutationa peroxidase) na

musculatura do peito, do iliotibial e de fígado foram afetados pela suplementação,

reduzindo as atividades oxidantes gerados pelo estresse.

MILANI et al. (2010) fizeram um estudo para verificar a atividade

antioxidante dos extratos hidroetanólicos de Diospyros kaki, L. (caqui) das cultivares

Quioto e Rama Forte em carne de frango submetida à moagem, adicionada de NaCl

e tratada termicamente, comparando-os com a atividade do extrato hidroetanólico de

Ilex paraguariensis L. (erva-mate), para verificar o efeito dos extratos na cor e nas

características sensoriais das amostras. Foi constatado que os extratos

hidroetanólicos de caqui Rama Forte e Quioto (0,5 e 1%) e o de erva-mate (0,5%)

apresentaram atividade antioxidante, promovendo inibição da oxidação lipídica na

carne de frango. Os extratos de ambas as cultivares de caqui não promoveram

alterações sensoriais nas amostras, diferentemente do extrato de erva-mate (0,5%),

que alterou tanto a cor como o sabor.

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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com a proibição do uso de antibióticos promotores de crescimento, a

indústria avícola busca por substâncias alternativas, que atendam as determinações

oficiais e mantenham ou melhorem o padrão zootécnico alcançado atualmente.

A utilização de extratos vegetais na produção animal se mostra como uma

importante ferramenta para contribuir com o equilíbrio intestinal. Uma grande

variedade de plantas possuem compostos ativos com potencial para atuar como

suplementos alimentares com múltiplas funções para as aves.

Com os resultados demonstrados pela literatura consultada, pode-se

afirmar que os extratos vegetais e seus princípios ativos possuem diferentes

propriedades, mas a eficiência dos mesmos variam de acordo com o tipo de planta

escolhida, a época de colheita e a parte da planta utilizada, associados ao manejo,

nutrição e condições ambientais em que as aves são submetidas.

Assim, os próximos estudos devem se concentrar em obter informações

quanto aos princípios ativos dos extratos de ervas e óleos essenciais, que sejam

eficientes “in vivo”. Além disso, é preciso realizar mais experimentos utilizando vários

teores de extratos e óleos, até que seja encontrada a melhor resposta nos índices

zootécnicos, na atividade antimicrobiana, na saúde intestinal e prevenção da

oxidação lipídica.

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