V*™^memoria.bn.br/pdf/101575/per101575_1896_00027.pdfafanosa do moderno jornalismo. Sua redacção...

4
Vi i :• ¦¦;í 4: T .';' 'A ir*'*' V*™^¦.<¦ RED1CÇ10, ADMINISTRAÇÃO .E OFFICINAS 16—Praça da Independência—17 LADO DA AVENIDA l6 DE NOVEMBRO, EM BELÉM TELEPHONE433 . ESTADO tO PAR/!—ESTADOS UNIDOS DO BHAZIL ASSIGHATÜRAS PARA A AMAZÔNIA Semestre i6$ooo Anno 308000 Pagamento, assim de assignaturas como de quaesquer publicações, adiantado. Absolutamente imparcial, a FOLHA DO NORTE recebe e publica todos e quaesquer artigos, noticias e informações, comtanto que lançados em termos convenientes. .ASSIGHATÜRAS PARA FORA DA AMAZÔNIA Semestre 20S000 Anno.• . 38S000 NUMERO AVULSO DO DIA NUMERO ATRAZADO . . . I20 RS. 500 » SEGUNDA-FEIRA, 27 de Janeiro de 1896 Restauração do Pernambuco, do domínio hollandcz (1054) Anno ,Num. 27 Recebem-se publicações até ás 8 horas da noite. No escriptorio d'éste jornal pagam-se generosamente os ns. das.suas edicções de 2,3,4, s, 6,7 "e 8 do mez corrente. A Folhado Norte, propriedade de unia sociedade anonyma e impressa, em officinas próprias, em aperfeiçoa- do prelo «Mariiioni», será publicada todos os dias, excepto um durante o anno e do qual terão prévio conheci- inento os srs. assignantes e leitores. * * * Para bem servir aos fins a que 'se destina e aos reclamos do moderno jornalismo dispõe de todos os elemen- tos necessários, não poupando exforços para satisfazer em absoluto a expec- tativa publica. * * VAEIAS No intuito de melhor trazer infor- mado o publico dos suecessos do paiz e do estrangeiro, tem conseguido abun- dante serviço de expedição de despa- ciíos telegraphicos. * * A. Folha do Norte não insere em suas columnas inedictoriaes publica- ções incompatíveis com o decoro pu- blico e que não tenham esarada a res- ponsabihdade lega}. * A redacção acolhe'de .-bom grado composições litter.irias e scientificas e mais produetos de investigação em qualquer campo da intellectualidade humana. Keserva-se, todavia, o direito de exame. * As publicações a pedido serão p- gas previamente. * # Constituindo o movimento do cam- bio um assumpto .de alto interesse para a praça, a Folha do Norte es- força-se por dar sobre esse mercado uma bem elaborada chronica. Além d'essa interessante parte, as edições diárias da Folha do Norte conterão desenvolvida noticia sobre o commercio de Belém, para o que tra- ta-se de organisar um largo e criterioso serviço de reportagem diária. * * * Armada da melhor vontade, a Fo- lha do Norte, que se reserva, nas lu- tas políticas e partidárias, a mais com- pleta imparcialidade, não regateia ex- for;os para. bem corresponder á missão afanosa do moderno jornalismo. Sua redacção trabalha até as 8 ho- ras da noite, podendo, até então, ser- lhe enviados quaesquer informes, es- criptos, annuncios e mais publicações. Cclfé ITIOidO, doeces, sorve- te, caldo de canná; todes os ;dias no JEstaminet. O assentamento da pedra fundamental do theatro d'esta capital teve logar no dia 3 de Março de 1869. Estava na presidência da èritüó província o Conselheiro José Bento da Cunha Fi- gueiredo, que tomara posse em 19 de Ou- tubro do anno anterior. O § 8o do-artigo 18 da lei 545, de 23 de Outubro de 1867, consignou 70:000^000 para desapropriação do terreno que fosse escolhido para um theatro publico; e o §. 5o do artigo 17 da lei 593, de 31 de igual mez do anno seguinte,- auetorizou a conces- sSo da quantia de 20 contos de reis a Vi- cente Pontes de Oliveira, empresário do theatro Providencia, afim de melhorar o es- tado em que o mesmo se achava. Entretanto aquelle honesto funecionario, que aqui deixou numerosas sympathias, poupou ao Thesouro essas despezas; e, des- prezando empenhos e difficuldades, mandou levantar o theatro no logar em que nós o vemos. Em vez de tirar a vista da va9ta praça onde está, conforme alguns lhe diziao, o edifício tornou-a mais agradável. O plano é do Engenheiro José Tiburcio de Magalhães, havendo a Repartição de Obras Publicas feito algumas correcções. A sua construcçao principiou administra- tivamenté, e depois foi arrematada por João Francisco Fernandes em 30 de Abril de 1869. O Conselheiro José Bento escolheu para o novo edifício o nome de Nossa Senhora da Paz. Dizem que este foi lembrado pelo falle- cido e illustrado Bispo D. Antônio de Ma- cedo Costa; nao obstante foi elle escolhido pelo ex-presidente em commemoração dos riumphos alcançados pelas armas da Na- çao contra as do Paraguay, conforme elle próprio disse n'uma roda onde, ainda na meninice, nos achávamos, e consta do rela- torio que ao Coronel Miguel Antônio Pin- to Guimarães, 2o Vice-Presidente. O referido nome foi alterado annos de- pois, sendo supprimidas as duas primeiras palavras. O theatro Providencia existin no largo das Mercês, hoje praça do Visconde de- Mauá, no lado fronteiro, á igreja d'esse nome e es- paço actualmente oecupado por diversos so- brados, situados entre aquelle onde se acha estabelecida a colchoaria do sr. Manoel Pa- checo da Silva, ex-ministro da Veneravel Ordem 3a. de S. Francisco e a loja de fa- zendas denominada—Casa Africana. Depois da proclamaçao da Republica o Estado do Pará tem adquirido por compra, diversos prédios para a Repartição e pelos preços que também vao mencionados: * Bibliothecai55:ooo$ooo Museu .:I20;ooo$ooo Segurança Publica. . . 115:0005000 Quartel do Corpo de In- fantaria ......55.0008000 Dito do Coqio de Cavallaria55.0005000 Hospedaria de immigrantes50.0008000 Enfermaria do Regimento45.0008000 Foi despendido mais comas seguintes construcções: Do asylo de alienados . 282:6478739 Do 2o Corpo do Lyceu . 140:2688464 Da Escola Normal , . 118:8808920 Da ImprensaOfficial . . 80.9528904 Em 27 de Janeiro de 1638 tomou posse do cargo de Governador e Capitao-Ge- neral do Estado do Maranhão e Pará, Ben- to Maciel Parente, fidalgo da casa-real e cavallero da ordem de Christo, é no mesmo dia do anno de 1654 João Fernan- des Vieira, um dos chefes dos pernanbuca- nos que se insurgirão contra os Hollandezes e que por aquelles fora acclamado Gover- nador, entra no Recife, como commandan- te da vanguarda do exercito independente e antes dos seus companheiros. Também a 27 de Janeiro de 1864 assu- miu a administração do Pará o Vice-Presi- dente Dr. João Maria de Moraes, cidadão muito popular e chefe do extineto partido liberal. PELO EXTRANGEIRO PORTUGAL: Continuação da ultima resenha; datas de Janeiro. —Inaugurou-se officialmente no dia 29 de Dezembro a escola de Azoia, erigida com o saldo da subscripçao nacional aberta para um monumento a Alexandre Hercula- no. Comprehendendo as expropriações, ira- portou em cerca de quatro contos. O edifício mede 26 metros de frente, e é dividido em três corpos. No central estão os gabinetes do professor e da professora e um terrasso. A cada lado acham-se as aulas, largamente illuminadas. Posteriormente ao edifício ha um espaço onde se fizeram as retretes e para cada aula ha um jardim in- dependente, a fim das creanças iritervalla- rem hygienicamente o estudo e' o recreio. Começou a edificação a fazer-se em agos- to de 1893 e concluiu-se em setembro de 1894. Foi o projecto do distineto engenheiro sr. Manoel Raymundo Valladas e os traba- lhos foram pessoalmente dirigidos pelo sr. José Filippe de Sá, coadjuvado por seu so- brinho Fernando Augusto Mesquita, que zelosamente se desempenhavam d'esse en- cargo. Na fachada do corpo central, uma lapide rememora a intenção com que foi fundada a escola. Lê-se ali: «A çpnimissâo executiva do monumento a Alexandre Hercülano, nos Jeronymos, mandou edificar esta escola com o saldo da subscripçao nacional para o re- ferido monumento, em memória dos últimos 20 annos de vida passados pelo historiador, primeiro na Azoia e depois na visinhá pro- priedade de Valle de Lobos.» —Foi instituída uma medalha commemo- rativa da expedição a Lourenço Marques. E' do theor seguinte o Dec. que a erêa: E' instituida uma medalha commemora- tiva da expedição a Moçambique, que se denominará Medalha da rainha D. Amélia. A referida medalha será de cobre, prata e ouro, tendo de um lado a effige de sua magestade a rainha e do outro a legenda Expedição a Moçambique 1894-1895." A medalha será distribuída a todos os militares que tomaram parte na expedi- çao, sendo a de ouro concedida aos offi- ciaes chefes de forças; a de prata aos de- mais ofrkiaes e a de cobre ás praças de pret da armada e do exercito do reino. A medalha será usada do lado direito ao peito pendente de fita de seda preta orlada de encarnado. —Em todos os pontos de Portugal foi muitíssimo festejada a victoria alcançada so- bre o regulo Gungunhana. —A 2 de Janeiro realisou-se na sala da Bi- bliotheca da Academia Real de Sciencias, a sessão solcmne de abertura do Parlamento. A concorrência de espectadores foi este anno muito grande, tornando-se bastante dif- ficil á 1 hora da tarde.o ingresso no recinto da câmara. A estreita galeria da sala das sessões esta- va completamente oecupada por uma filei- ra de senhoras. Num dos topos da sala foi armado o thro- no, e, defrontando-o, estavam alinhadas as cadeiras para os representantes nação. Ao fundo da sala, separado por uma gra- de de ferro, foi improvisado um recinto paia accommodar os restantes' espectadores. Este recinto foi preparado.para servir unicamente na sessão de hontem. Assistiram á sessão uns 50 deputados evin- te e taritos pares do reino. A's 2 horas e meia em ponto chegou sua magestade el-rei, acompanhado por sua ma- gestade a rainha e seguidos pelas damas e altos dignitarios da corte, observando-se no cortejo o cerimonial do estylo. A rainha trajava uma rica toilette branca com um magnífico manto de velludo. Os membros do corpo diplomático e as se- nhoras de sua família tinham logar reserva- do na sala á esquerda do throno. Compareceu todo o ministério, estando o sr. ministro da guerra fardado com o unifor- me de coronel de cavallaria e os outros mem- bros do gabinete com as fardas de minis- tros. O sr. presidente do concelho entregou a el-rei o discurso da coroa, que sua magesta- de leu com voz pausada e clara. —Foi enthusiastica a festa celebrada em honra dos estudantes portuguezes em Ma- drid, no café de Fornos. Ao banquete presidiu o sr. conselheiro Sil- va Amado, tendo á sua direita o notável me- dico hespanhol, dr. Espina e Capo e á es- querda o presidente da Tuna.- Entre hespanhoes e portuguezes trocaram- se calorosos brindes. O sr. Calixto Ballcsteras brindou eloquen- temente em nome da imprensa de Madrid, congratulando-se de que a visita dos estu- dantes portuguezes seja mais um laço que augmente o afiecto que une as duas nações. Os estudantes que não puderam assistir ao banquete, enviaram saudações aos seus col- legas. Os estudantes da Escola de S. Fernando enviaram por uma commissão uma tela re- presentando costumes portuguezes e hespa- nhoes. Esta fineza foi acolhida com grandes applaüsòs. Também foi muiip applaudíüa a resolução da Associação Escolar Hospanho- ia, de mandar a Lisboa, em fevereiro, lima commissão de estudantes, a qu;il virá odeie- cer uma fita para a bandeira da Tuna portu- gueza. O banquete terminou com calorosos vivas a Portugal e a Hespanha. As ílôres que or- navam a mesa foram enviadas pelos estüdan- tes ao Hotel da Rússia, em oflertà; á esposa do sr. conselheiro Silva Amado. —Dos ofiiciaes nomeados para serviço na índia consta que vao exercei as funcçòcs do chefe de concelho os seguintes: capitão Oli- veira Mascarenhas, em Salsete; tenente Ni- coláu dos Reys, em Bicholim; alferes de ca- vallaria Maximiano Costa, em Bardez e em Satary o sr. alferes Ferreira. —Notou-se em Chaves, um ligeiro abalo de terra na noite do dia 25 do passado. Hou- ve muito susto, mas, felizmente, nao suece-- deram desgraças pessoaes nem desastres ma- teriaes. > INGLATERRA : Segundo annuricià um telegramma de Con- Stanlinopla para o Times, <* conselheiro Ne- lidoff, embaixador da Rússia, participou aos demais embaixadores, que recebeu uma meu- sagem Tzar para o Grão Sultão a respeito dos segundosnavios estacionarios; e os Em- bàixadores decidiram aguardar o resultado da- entrevista do conselheiro Nelidoff com o Giao-Sultao, a qual screalisou a 8. De Con- stantinopla telegrapharam também ao Dayli Chivnicle, dizendo presumir-se alli que a mensagem do Tzar fará dar prompta solução a todas as difficuldades. —Os jornaes inglezes accentuam o .bom êxito da diplomacia eurqpéa, mormente da russa, jun.to da Sublime Porta. —Em 'Leith manifestou-se violento incen- dio a bordo do vaper Principia, que ia de Shields para Nova-York. O vapor sossobrou quando tentava refugiar-se em Fanoe. Mor- rerarn^affogados 28 homens; salvou-se ape- nas um marinheiro. —Discursando em Cro.ydon, o sr. Ritchie declarou queiKstá próxima uma solução sa- tisfactoria da questão do Oriente. O Neiu-Yorh Herald publica um telegram- ma, reproduzido nos jornaes inglezes, proce* dente de S. Petersburgo, cm que se affirma que 110 dia 28 de Novembro rebentaram no- vos motins em Seul, e que a guarda imperial tentou apoderar-se do palácio. —O Tribunal de Bowstreet concedeu, a extradicção do celebre corretor parisiense Arton, o qual tem 15 dias para recorrer de tal decisão. —Um telegramma de Athenas para o .SVrtw- dard annuncia serem alarmantes as noticias de Creta, esforçando-se o Governo por acal- mar a agitação. —Na Mancha continuam a reinar violentos temporãos. Na Escossia também tem havido grandes temporaes. —As grandes e importantes officinas typo- graphicas de Santa Martha, pertencentes á firma de Unwin Brothers, de Chilworth, fo- ram destruídas totalmente por um pavoroso incêndio, na noite de 30 de Novembro. Eram das mais notáveis da Inglaterra, em- pregando 140 pessoas. O sr.Fishpr Unwin, um dos proprietários, é dos principaes editores de Londies. No incêndio queimaram-se manuscriptos de grande importância e valor, como, por exemplo, o do 3.0 volume da Historia da In- glaterra, pelo sr. Aubry. As perdas materiaes sao avaliadas em um milhão de libras! —Embarcaram a 7 para a África 300 sol- dados da expedição contra os Achantis; acompanha-os o Príncipe Henrique de Bat- tenberg. Como annunciou o serviço telegraphico da Folha do Norte, ante-hontem, esse princi- pe falleceu na expedição. —A attitude do Presidente Cleveland, a propósito de Venezuela, fazia echo e sueces- so em toda a Inglaterra. ' ¦—Lord Salisbuiy, presidente do conselho de ministros, em discurso elevado e muito appláudicl.o, fez o elogio da sabedoria e pre- visão de Monroe no estabelecimento da dou- tri.na energicamente confirmada pelamcnsa- gem Cleveland e que na sua opinião é muito respeitável. Feita esta critica em these geral, o mar- quez de Salisbury estudou o caso de Vene- zuela com a •Inglaterra; procurando demons- trar que. a doutrina americana ahi nao é appliçayel. A imprensa louvou muito este discurso e ajipláüdiii eguahüéiUe a opinião de lord Ro- sebery, manifestada em mteryiew com um dos jornalistas da City. O iÚüstré chefe liberal foi discreto e habi- lissirriò no modo de encarar a situação e ter- minou por declarar que seria verdadeiro cri- me a guerra entre os Estados-Unidos e a Inglaterra por causa da Republica de Vene- zuela. —O Daily-Ncws de 26 de Dezembro pu- blicou o resumo de um artigo do sr. Sant'An- na Nery no Soir, de Paris, sobre a doutrina de Monroe, concluindo que a America latina nao deve fiar-se na protecçao dos Estados- Unidos, pois tudo deve á Europa,—capitães e idéas. De facto foi a Inglaterra quem ver- dadeiramente contribuiu para a liberdade da America do Sul é não os Estados-Unidos. ¦—Em fins de Dezembro continuavam a correr noticias alarmantes de New-York. Isso augmentou' o pânico, que havia na Bolsa, tendo-se liquidado, por preços Ínfimos, gran- de numero de títulos americanos. —Rotschild, que,em 22, retirara 5 milhões, que tinha depositado em New-York, a 29 re- cusou concorrer á subscripçao do annuncia- do empréstimo norte-americano. —O clero da America telcgrapahra aode Londres que se conserve calmo, pois todo o perigo passará, notando-se enorme rea- cç3o'contra os demagogos. —O importante advogado americano Sherman telegraphou aos jornaes, neste mesmo sentido. Passadas as primeiras impressões, em Londres, tudo ficou em soçego; os inglezes estão, porém, resolvidos asaccar dos Esta- dos-Unidos quanto alli possuem assim que tiverem oceasião. —Para o Rio da Prata seguiram 116.000 libras esterlinas. O ministro dos Estados-Unidos em Lon- p'at)c.-. ? com»:- cidade imeritòs dres, sr. Thomaz F. Bayard, que ultim mente, porque se receiava um rompini... de relações entre a Inglatera e a Uiíiíi Norte-Americana, havia interrompido suas visitas á repartição dos negócios estnn geiros, recomeçou-as de novo emeomeços^1 janeiro. Tudo leva acrer que terminará pae ficamente a divergência entre os doispaizes, que se estreitarão cada vez mais os laços - amisade e sympalhia das duas podero;.: nações, unidas pela língua e por tantas lações Cümiiíêíci&tsà 8. políticas,-.....- . —I Foi expedida' de BiiiQÍngliaTft; quantidade dé^aroi>.v Bmío branca de fogo,• consta íqué* com --destino, á' do Gabo;; 'na previsão tlcaomiee possiyeis^np Transwanl ¦ O governador da Colômbia no Cabo sir Hercules Robinson negava terem bandos armados penetrado na Republica do Tran- swaal. —Segundo o «Times», a Allemanha e a França se opporião á mudança do statu- quo na Republica do Transwaal. Essas duas nações nao poderiao ver com indiffe- rença da Ingl aterra ingerência nos negócios da Republica sul-africana e ainda menos qualquer tentativa contra a e integridade do seu território. —Assegurou-se que os governos da In- glaterra, França, HollandaeHespanha nego- ciam um tratado de alliança offensiva e de- fensiva contra os Estados-Unidos. . —Sabia-se tamhem que a Rússia ofjere- ceu a Cleveland o seu apoio diplomático e financeiro na questão anglo-venezuelana. —Reinava no fim de 95 grande crise industrial em Blackburn; mais de 6000 te- ares achavão-se parados por faltarem en- commendas de chitas e dos tecidos de ai- godão, que se fabricavão com especialidade naqüèllà cidade. —Os operários tecelões que, em conse- quencia deste estado de cousas, achavão-se sem meios de ganhar a vida, quando tives- sem esgotado as suas economias, se esta situação se prolongasse, deveriao abando- nar a cidade paia procurar trabalho onde o encontrassem. :í'- l Thcreza, para Monte-Ale- Serviço postal MALAS O Correio deste Estado expedirá as se- guintes malas. Hoje—pelo Correio Terrestre, páráBcney'- des, S. Izabel, Apehú e Castanhal, recebeu- do correspondência avulsa para os ponto intermediários, ás 5 horas da tarde. Expede lambem mala para Bemfica em transito por Benevides. —Pelo vapor Tuciinaré, para o Pinheiro, ás 4 horas da tarde. —Pelo vapor Jmuty, para o Mosqueiro ás 3 i[2 da tarde. —Pelo vapor Impe) atriz Breves, Gurupá, Prainha; gre, Alemquer, Boim, Aveiros, Brazilia Legal, Santarém e Itaituba, ás 8 \\z horas da manha. —Pelo vapor Flamingo, para Breves, Gu- rupá, Porto de Moz, Veiros, Pombal, Sou- zel, Almeirim, Arrayollos, Vilarinho do Monte e Tapará, ás 5 horas da tarde. —Amanhã Pela lancha Tucunaré, pára o Pinheiro, ás 4 horas da tarde. —Pelo vapor Juruty, para o Mosqueir . ás 3 i|2 da tarde. * * As correspondências destinadas ás mal acima annunciadas cerão recebidas do do seguinte:' Cartas, cartas-bilhetes e bilhetes posta< com portes simples, até meia hora antes da entrega das malas; depois d'este praso p porte será duplo, c, se taes objectos forem apresentados a ultima hota, ficarão sujeitos ao triplo da taxa ordinária que lhes. é esta- belecida. Os jornaes, impressos, manuscriptos e amostras serão recebidos até uma hora an- tes da entrega das malas. O porte duplo das cartas-bilhetes e dos bilhetes postaes pode ser completado por meio de sellos adhesivos (ordinários.) Folhetim da Folha do Norte-27-1-96 6) HECTOR MÃLOT o.a.:fl-a. rRIMEIRA PARTE (Continuação) Ás duas horas e dezoito minutos, o trem entrava na gare; ás duas e vinte Leão subia para o carro que o esperava. —Vamos a Saint-Aubin, disse o cocheiro. —Sim, a toda a pressa. O cocheiro tocou os cavallos. —Quanto tempo leva ? perguntou Leão. —São vinte kilometros . . . —Faça a conta. —Temos de atravessar a cidade . . . Este modo normando de desviar a pe?- gunta exasperou Leão.. /-•' —Quanto tempo leva ? repetio. ,' —Se disséssemos hora e meia,,?' —Se chegar em uma hora'ganha vinte francos.. ' O cocheiro nao respondeu, mas no seu modo de empunhar o chicote se percebia o desejo de ganhar os vinte francos. A. Sntrada de Saint-Aubin, o cocheiro u K. parou para perguntar a uma mulher qual era a casa de Exupère Herault; depois de obtida a indicação partio a trote largo; o carro rodou uns dois minutos e parou deanle d'uma casa de fraca apparencia, em cujas paredes estavam penduradas redes de pes- car. No mesmo instante chegou á porta uma senhora. —Meu primo! exclamou ella. Antes de descer Leão olhou-a com atten- çao: nem um traço de desgosto se notava no seu rosto risonho. Saltou do carro, e apertando as mãos de Magdalena perguntou:—Mentio ? —Foi para a pesca.;_, —1-_-~- Leão ficou sem poder .dizer uma palavra. —Nao recebeste q.meu telegramma ? per- guntou por fim puta disfarçar. —Sim; iiiiis o papá tinha saido, levei-o até á porta do sr. Soullier, foi á volta que encontrai o homem do semaphoro que ms entregou o teu telegramma, ..estive para vol- t;.ir,"mas como elle ia acompanhado fiquei socegada. —Ah ! foi com esse senhor ? —Como dizes isso! —È que não conheço esse senhor Soullier. —E' um magistrado do tribunal de Caen que habita aqui como nós, durante as ferias; papá e elle vão sempre junteis á pesca. Mas, entra, dá-me a tua bagagem para mandal-a ao hotel onde tomei um quarto para ti, poi não termos aqui um quarto para te offerecer. EmquantQ Magdalena dava as suas or- ; / dens, Leão compunha o rosto para parecet indiffcrente. A verdade estava evidente: as disposi- ções de seu tio tinham se realisadó, até essa visita feita ao sr. Soullier, devia ser uma in- venção para enganar a pobre filha. Agora lhe restava esperar, para cum- prir os desejos de seu tio. Se chegava tarde para salval-o,.estava a tempo de consolar e amparar a prima. E tal era a sua situação, que nem ao me- nos podia preparal-o para o choque que ia receber. . —Estás fatigado ? perguntou Magdalena. ..—Não. nao estou. —Então podemos"'ir-.esperar o papá na nossa barraca da praia. —Como quizeres. —Então vamos, assim vemol-o chegar mais cedo. E pondo um chapéu e uma capinha, es- tendeu a mão para o primo. —-Dás-me o braço ? Antes de sair bateu na vidraça de uma janella. —Senhora Exupère, disse cila á mulher que abrio a janella, se o papá vier pela es- trada diga-lhe que estou na barraca da praia com meu primo Leão, nao se esqueça . . . meu primo Leão. Pobre menina, mal sabia as noticias que teria de seu pae d'ahi a alguns minutos! Leão desesperava-se por não lhe poder dizer uma palavra que a prevenisse. Magdalena disse-lhe; r\ —Sabes que o teu telegramma apezar de me assustar alegrou-me muito ? —Ha quanto tempo não nos viamos ? —Ha perto de dois annos. —Ha dois annos três mezes e onze dias. —Era em attenção a meu pae que nao vinha. —Que pretexto inventaremos para o papá não suspeitar o verdadeiro motivo da.tua visita? Sc souber o que te disse o dr. La-Roê fica assustadissimo; que lhe diremos então ? Leão contava com isto c respondeu : —Diremos que ando em excursão pelo littoral, e como meu tio não deixará de falar na sua doença offereço-lhe os meus serviços. Chegaram á praia. ^~" -.. ¦ VI O mar calmo subia pela praia quasi plana ameaçador como uma inundação; as pontas esverdeadas dos rochedos cobertos de algas que se avistavam ao longe, mergulhavam nas ondas marulhosas como barcos S§ufra- gando, e onde se via um monte pèoías escuras ou de areia aniarella, minutos do"- pois .havia uma lista branca de espuma que subiVa.pouco e pouco. As pessoas, que tinham aproveitado a baixa mar para pescar mariscos e plantas nos rochedos, voltavam apressadas para a margem, fugindo da enchente. A' entrada dos caminhos da villa havia uma fila de carroças, carregadas de estreitas do mar, de mexilhões de sargaço e algas que os cultivadores dos arredores levavam para adubar as suas terras; um bando de pescadores e pescadoras, ensopados até ao pescoço, com as redes de pescar camarões atiradas ao hombro, caminhava alegre- mente. ²Todos voltam, o papá e o sr. Soullier não devem tardar. Levou Leão para a barraca cujas portas de vidraça abrio, offereceu-lhe uma cadeira e sçntou-se voltada para o lado de Berniè- res, dizendo:—Assim verei o papá chegar mais depressa. Via-se que estava preoecupada com essa idéia. Leão quiz distrail-a, mas para que ? Nao era melhor que estivesse assim so- bresaltada para receber o rude golpe que ia feril-a ? —Que tens ? perguntou ella a Leão depois d'um grande silencio. —Penso em meu tio. ²Estás inquieto, não? também eu. —Inquieta porque ? Estou pensando, na sua triste enfermidade. —Não imaginas o que elle sóffrê: não tanto pela doença, mas pelos cuid.idos e ¦desgostos que nos reserva o futuro, porque a posiçã' > cVelío está seriamente còmprotaetti- tia/ percebes ? Elle bem quer disfarçar o seu estado, coitado, que turmentos se elle des- confia;que alguém de Rouen te falou na sua doençii- —EBtá combinado que se diga que ando em passeio. —Sim, Caz o possível por tranquillizal-o, A minha única preoccupaçao, ê vêr. que elle não se inquiete por ter-me sempre a seu lado, quando o deixo parece-me que elle vae perceber o seu verdadeiro estado. Elle precisava tanto de um pouco de so- cego! Emquanto ella falava, Leão notava uma animação entre as' banhistas que nao existia ,, quando chegaram.. / Formaram-se grupos, uns falavam e ges- * * ticulavam, outros ouviam com modos cons- ternados. Em frente da barracas, mas bastante lon- ge d'elles, havia um grupo de meninas jo- gando o croquet; apezar da distancia nao permittir que se ouvisse o que diziam, per- cebia-se pela animação com que atiravam 3 bola que estavam muito interessadas nojog' ¦- N'isto, uma pessoa chega-se a uma d'cli.i e diz-lhe qualquer cousa, as outras fizeram roda para ouvir, e Leão notava a mesma consternação nos ouvintes até que uma d', i- Ia? se voltou para a barraca segurando a ca- beca com as mãos. Era impossível nao reconhecer en isto indícios significativos de que sede.. 1 acontecimento extraordinário. Magdalena levantou-se impressídnad —Vens commigo? Estou com roedõ animação nao é natural, Porque nos ¦>. tanto? Vam >s peiguntar a alguém nqu Deu alguns passos para se dirigir á- 1 doras de croquet, quando avistou Um mem que caminhava apressado. {A ugmVJ -9U,-: MANCHADA f MUTILADA

Transcript of V*™^memoria.bn.br/pdf/101575/per101575_1896_00027.pdfafanosa do moderno jornalismo. Sua redacção...

Page 1: V*™^memoria.bn.br/pdf/101575/per101575_1896_00027.pdfafanosa do moderno jornalismo. Sua redacção trabalha até as 8 ho-ras da noite, podendo, até então, ser- ... O referido nome

Vi

i :•

¦¦;í

4:

T

.';' 'A

ir*'*'

V*™^ •

¦.<¦

RED1CÇ10, ADMINISTRAÇÃO .E OFFICINAS16—Praça da Independência—17

LADO DA AVENIDA l6 DE NOVEMBRO, EM BELÉM

TELEPHONE433 .

ESTADO tO PAR/!—ESTADOS UNIDOS DO BHAZIL

ASSIGHATÜRASPARA A AMAZÔNIA

Semestre i6$oooAnno 308000

Pagamento, assim de assignaturas comode quaesquer publicações, adiantado.

Absolutamente imparcial, a FOLHA DONORTE recebe e publica todos e quaesquerartigos, noticias e informações, comtanto

que lançados em termos convenientes.

.ASSIGHATÜRASPARA FORA DA AMAZÔNIA

Semestre 20S000Anno .• . 38S000

NUMERO AVULSO DO DIANUMERO ATRAZADO . . .

I20 RS.500 »

SEGUNDA-FEIRA, 27 de Janeiro de 1896Restauração do Pernambuco, do domínio hollandcz (1054)

Anno Num. 27Recebem-se publicações até ás 8 horas da noite.

No escriptorio d'éste jornal pagam-segenerosamente os ns. das.suas edicções de

2,3,4, s, 6,7 "e

8 do mez corrente.

A Folhado Norte, propriedade deunia sociedade anonyma e impressa,em officinas próprias, em aperfeiçoa-do prelo «Mariiioni», será publicadatodos os dias, excepto um durante oanno e do qual terão prévio conheci-inento os srs. assignantes e leitores.

** *Para bem servir aos fins a que 'se

destina e aos reclamos do modernojornalismo dispõe de todos os elemen-tos necessários, não poupando exforçospara satisfazer em absoluto a expec-tativa publica.

* *

VAEIAS

No intuito de melhor trazer infor-mado o publico dos suecessos do paize do estrangeiro, tem conseguido abun-dante serviço de expedição de despa-ciíos telegraphicos.

* *A. Folha do Norte não insere em

suas columnas inedictoriaes publica-ções incompatíveis com o decoro pu-blico e que não tenham esarada a res-ponsabihdade lega}.

*A redacção acolhe'de .-bom grado

composições litter.irias e scientificas emais produetos de investigação emqualquer campo da intellectualidadehumana.

Keserva-se, todavia, o direito deexame.

*As publicações a pedido serão p-

gas previamente. * #Constituindo o movimento do cam-

bio um assumpto .de alto interessepara a praça, a Folha do Norte es-força-se por dar sobre esse mercadouma bem elaborada chronica.

Além d'essa interessante parte, asedições diárias da Folha do Norteconterão desenvolvida noticia sobre ocommercio de Belém, para o que tra-ta-se de organisar um largo e criteriososerviço de reportagem diária.

** *

Armada da melhor vontade, a Fo-lha do Norte, que se reserva, nas lu-tas políticas e partidárias, a mais com-pleta imparcialidade, não regateia ex-for;os para. bem corresponder á missãoafanosa do moderno jornalismo.

Sua redacção trabalha até as 8 ho-ras da noite, podendo, até então, ser-lhe enviados quaesquer informes, es-criptos, annuncios e mais publicações.

Cclfé ITIOidO, doeces, sorve-

te, caldo de canná; todes os ;dias no

JEstaminet.

O assentamento da pedra fundamentaldo theatro d'esta capital teve logar no dia

3 de Março de 1869.Estava na presidência da èritüó província

o Conselheiro José Bento da Cunha Fi-

gueiredo, que tomara posse em 19 de Ou-tubro do anno anterior.

O § 8o do-artigo 18 da lei n° 545, de 23de Outubro de 1867, consignou 70:000^000para desapropriação do terreno que fosseescolhido para um theatro publico; e o §.5o do artigo 17 da lei n° 593, de 31 de igualmez do anno seguinte,- auetorizou a conces-sSo da quantia de 20 contos de reis a Vi-cente Pontes de Oliveira, empresário dotheatro Providencia, afim de melhorar o es-tado em que o mesmo se achava.

Entretanto aquelle honesto funecionario,

que aqui deixou numerosas sympathias,

poupou ao Thesouro essas despezas; e, des-

prezando empenhos e difficuldades, mandoulevantar o theatro no logar em que nós ovemos.

Em vez de tirar a vista da va9ta praçaonde está, conforme alguns lhe diziao, oedifício tornou-a mais agradável.

O plano é do Engenheiro José Tiburciode Magalhães, havendo a Repartição deObras Publicas feito algumas correcções.

A sua construcçao principiou administra-tivamenté, e depois foi arrematada por JoãoFrancisco Fernandes em 30 de Abril de1869.

O Conselheiro José Bento escolheu parao novo edifício o nome de Nossa Senhora daPaz.

Dizem que este foi lembrado pelo falle-cido e illustrado Bispo D. Antônio de Ma-cedo Costa; nao obstante foi elle escolhido

pelo ex-presidente em commemoração dosriumphos alcançados pelas armas da Na-

çao contra as do Paraguay, conforme elle

próprio disse n'uma roda onde, ainda nameninice, nos achávamos, e consta do rela-torio que ao Coronel Miguel Antônio Pin-to Guimarães, 2o Vice-Presidente.

O referido nome foi alterado annos de-

pois, sendo supprimidas as duas primeiraspalavras.

O theatro Providencia existin no largo dasMercês, hoje praça do Visconde de- Mauá,no lado fronteiro, á igreja d'esse nome e es-

paço actualmente oecupado por diversos so-brados, situados entre aquelle onde se achaestabelecida a colchoaria do sr. Manoel Pa-checo da Silva, ex-ministro da VeneravelOrdem 3a. de S. Francisco e a loja de fa-zendas denominada—Casa Africana.

Depois da proclamaçao da Republica oEstado do Pará tem adquirido por compra,diversos prédios para a Repartição e pelospreços que também vao mencionados:

*Bibliotheca i55:ooo$oooMuseu .: I20;ooo$oooSegurança Publica. . . 115:0005000Quartel do 2° Corpo de In-

fantaria ...... 55.0008000Dito do Coqio de Cavallaria 55.0005000Hospedaria de immigrantes 50.0008000Enfermaria do Regimento 45.0008000

Foi despendido mais com as seguintesconstrucções:Do asylo de alienados . 282:6478739Do 2o Corpo do Lyceu . 140:2688464Da Escola Normal , . 118:8808920Da ImprensaOfficial . . 80.9528904

Em 27 de Janeiro de 1638 tomou possedo cargo de 2° Governador e Capitao-Ge-neral do Estado do Maranhão e Pará, Ben-to Maciel Parente, fidalgo da casa-real ecavallero da ordem de Christo, é nomesmo dia do anno de 1654 João Fernan-des Vieira, um dos chefes dos pernanbuca-nos que se insurgirão contra os Hollandezese que por aquelles fora acclamado Gover-nador, entra no Recife, como commandan-te da vanguarda do exercito independentee antes dos seus companheiros.

Também a 27 de Janeiro de 1864 assu-miu a administração do Pará o i° Vice-Presi-dente Dr. João Maria de Moraes, cidadãomuito popular e chefe do extineto partidoliberal.

PELO EXTRANGEIRO

PORTUGAL:

Continuação da ultima resenha; datas deJaneiro.—Inaugurou-se officialmente no dia 29de Dezembro a escola de Azoia, erigidacom o saldo da subscripçao nacional abertapara um monumento a Alexandre Hercula-no. Comprehendendo as expropriações, ira-portou em cerca de quatro contos.

O edifício mede 26 metros de frente, e édividido em três corpos. No central estão osgabinetes do professor e da professora e umterrasso. A cada lado acham-se as aulas,largamente illuminadas. Posteriormente aoedifício ha um espaço onde se fizeram asretretes e para cada aula ha um jardim in-dependente, a fim das creanças iritervalla-rem hygienicamente o estudo e' o recreio.

Começou a edificação a fazer-se em agos-to de 1893 e concluiu-se em setembro de1894. Foi o projecto do distineto engenheirosr. Manoel Raymundo Valladas e os traba-lhos foram pessoalmente dirigidos pelo sr.José Filippe de Sá, coadjuvado por seu so-brinho Fernando Augusto Mesquita, quezelosamente se desempenhavam d'esse en-cargo.

Na fachada do corpo central, uma lapiderememora a intenção com que foi fundadaa escola. Lê-se ali: «A çpnimissâo executivado monumento a Alexandre Hercülano, nosJeronymos, mandou edificar esta escola como saldo da subscripçao nacional para o re-ferido monumento, em memória dos últimos20 annos de vida passados pelo historiador,primeiro na Azoia e depois na visinhá pro-priedade de Valle de Lobos.»

—Foi instituída uma medalha commemo-rativa da expedição a Lourenço Marques.

E' do theor seguinte o Dec. que a erêa:E' instituida uma medalha commemora-

tiva da expedição a Moçambique, que sedenominará Medalha da rainha D. Amélia.

A referida medalha será de cobre, pratae ouro, tendo de um lado a effige de suamagestade a rainha e do outro a legendaExpedição a Moçambique 1894-1895."

A medalha será distribuída a todosos militares que tomaram parte na expedi-çao, sendo a de ouro concedida aos offi-ciaes chefes de forças; a de prata aos de-mais ofrkiaes e a de cobre ás praças de pretda armada e do exercito do reino.

A medalha será usada do lado direito aopeito pendente de fita de seda preta orladade encarnado.

—Em todos os pontos de Portugal foimuitíssimo festejada a victoria alcançada so-bre o regulo Gungunhana.

—A 2 de Janeiro realisou-se na sala da Bi-bliotheca da Academia Real de Sciencias, asessão solcmne de abertura do Parlamento.

A concorrência de espectadores foi esteanno muito grande, tornando-se bastante dif-ficil á 1 hora da tarde.o ingresso no recintoda câmara.

A estreita galeria da sala das sessões esta-va completamente oecupada por uma só filei-ra de senhoras.

Num dos topos da sala foi armado o thro-

no, e, defrontando-o, estavam alinhadas ascadeiras para os representantes dá nação.

Ao fundo da sala, separado por uma gra-de de ferro, foi improvisado um recinto paiaaccommodar os restantes' espectadores. Esterecinto foi preparado.para servir unicamentena sessão de hontem.

Assistiram á sessão uns 50 deputados evin-te e taritos pares do reino.

A's 2 horas e meia em ponto chegou suamagestade el-rei, acompanhado por sua ma-gestade a rainha e seguidos pelas damas ealtos dignitarios da corte, observando-se nocortejo o cerimonial do estylo.

A rainha trajava uma rica toilette brancacom um magnífico manto de velludo.

Os membros do corpo diplomático e as se-nhoras de sua família tinham logar reserva-do na sala á esquerda do throno.

Compareceu todo o ministério, estando osr. ministro da guerra fardado com o unifor-me de coronel de cavallaria e os outros mem-bros do gabinete com as fardas de minis-tros.

O sr. presidente do concelho entregou ael-rei o discurso da coroa, que sua magesta-de leu com voz pausada e clara.

—Foi enthusiastica a festa celebrada emhonra dos estudantes portuguezes em Ma-drid, no café de Fornos.

Ao banquete presidiu o sr. conselheiro Sil-va Amado, tendo á sua direita o notável me-dico hespanhol, dr. Espina e Capo e á es-querda o presidente da Tuna.-

Entre hespanhoes e portuguezes trocaram-se calorosos brindes.

O sr. Calixto Ballcsteras brindou eloquen-temente em nome da imprensa de Madrid,congratulando-se de que a visita dos estu-dantes portuguezes seja mais um laço queaugmente o afiecto que une as duas nações.

Os estudantes que não puderam assistir aobanquete, enviaram saudações aos seus col-legas.

Os estudantes da Escola de S. Fernandoenviaram por uma commissão uma tela re-presentando costumes portuguezes e hespa-nhoes. Esta fineza foi acolhida com grandesapplaüsòs. Também foi muiip applaudíüa aresolução da Associação Escolar Hospanho-ia, de mandar a Lisboa, em fevereiro, limacommissão de estudantes, a qu;il virá odeie-cer uma fita para a bandeira da Tuna portu-gueza.

O banquete terminou com calorosos vivasa Portugal e a Hespanha. As ílôres que or-navam a mesa foram enviadas pelos estüdan-tes ao Hotel da Rússia, em oflertà; á esposado sr. conselheiro Silva Amado.

—Dos ofiiciaes nomeados para serviço naíndia consta que vao exercei as funcçòcs dochefe de concelho os seguintes: capitão Oli-veira Mascarenhas, em Salsete; tenente Ni-coláu dos Reys, em Bicholim; alferes de ca-vallaria Maximiano Costa, em Bardez e emSatary o sr. alferes Sá Ferreira.

—Notou-se em Chaves, um ligeiro abalode terra na noite do dia 25 do passado. Hou-ve muito susto, mas, felizmente, nao suece--deram desgraças pessoaes nem desastres ma-teriaes. >

INGLATERRA :

Segundo annuricià um telegramma de Con-Stanlinopla para o Times, <* conselheiro Ne-lidoff, embaixador da Rússia, participou aosdemais embaixadores, que recebeu uma meu-sagem dó Tzar para o Grão Sultão a respeitodos segundosnavios estacionarios; e os Em-bàixadores decidiram aguardar o resultadoda- entrevista do conselheiro Nelidoff com oGiao-Sultao, a qual screalisou a 8. De Con-stantinopla telegrapharam também ao DayliChivnicle, dizendo presumir-se alli que amensagem do Tzar fará dar prompta soluçãoa todas as difficuldades.

—Os jornaes inglezes accentuam o .bomêxito da diplomacia eurqpéa, mormente darussa, jun.to da Sublime Porta.

—Em 'Leith manifestou-se violento incen-dio a bordo do vaper Principia, que ia deShields para Nova-York. O vapor sossobrouquando tentava refugiar-se em Fanoe. Mor-rerarn^affogados 28 homens; salvou-se ape-nas um marinheiro.

—Discursando em Cro.ydon, o sr. Ritchiedeclarou queiKstá próxima uma solução sa-tisfactoria da questão do Oriente.

O Neiu-Yorh Herald publica um telegram-ma, reproduzido nos jornaes inglezes, proce*dente de S. Petersburgo, cm que se affirmaque 110 dia 28 de Novembro rebentaram no-vos motins em Seul, e que a guarda imperialtentou apoderar-se do palácio.—O Tribunal de Bowstreet concedeu, aextradicção do celebre corretor parisienseArton, o qual tem 15 dias para recorrer detal decisão.

—Um telegramma de Athenas para o .SVrtw-dard annuncia serem alarmantes as noticiasde Creta, esforçando-se o Governo por acal-mar a agitação.

—Na Mancha continuam a reinar violentostemporãos.

Na Escossia também tem havido grandestemporaes.

—As grandes e importantes officinas typo-graphicas de Santa Martha, pertencentes áfirma de Unwin Brothers, de Chilworth, fo-ram destruídas totalmente por um pavorosoincêndio, na noite de 30 de Novembro.

Eram das mais notáveis da Inglaterra, em-pregando 140 pessoas. O sr.Fishpr Unwin, umdos proprietários, é dos principaes editoresde Londies.

No incêndio queimaram-se manuscriptosde grande importância e valor, como, porexemplo, o do 3.0 volume da Historia da In-glaterra, pelo sr. Aubry.

As perdas materiaes sao avaliadas em ummilhão de libras!

—Embarcaram a 7 para a África 300 sol-dados da expedição contra os Achantis;acompanha-os o Príncipe Henrique de Bat-tenberg.

Como já annunciou o serviço telegraphicoda Folha do Norte, ante-hontem, esse princi-pe falleceu na expedição.

—A attitude do Presidente Cleveland, apropósito de Venezuela, fazia echo e sueces-so em toda a Inglaterra. '

¦—Lord Salisbuiy, presidente do conselhode ministros, em discurso elevado e muitoappláudicl.o, fez o elogio da sabedoria e pre-visão de Monroe no estabelecimento da dou-tri.na energicamente confirmada pelamcnsa-gem Cleveland e que na sua opinião é muitorespeitável.

Feita esta critica em these geral, o mar-quez de Salisbury estudou o caso de Vene-zuela com a •Inglaterra; procurando demons-trar que. a doutrina americana ahi nao éappliçayel.

A imprensa louvou muito este discurso eajipláüdiii eguahüéiUe a opinião de lord Ro-sebery, manifestada em mteryiew com umdos jornalistas da City.

O iÚüstré chefe liberal foi discreto e habi-lissirriò no modo de encarar a situação e ter-minou por declarar que seria verdadeiro cri-me a guerra entre os Estados-Unidos e aInglaterra por causa da Republica de Vene-zuela.

—O Daily-Ncws de 26 de Dezembro pu-blicou o resumo de um artigo do sr. Sant'An-na Nery no Soir, de Paris, sobre a doutrinade Monroe, concluindo que a America latinanao deve fiar-se na protecçao dos Estados-Unidos, pois tudo deve á Europa,—capitãese idéas. De facto foi a Inglaterra quem ver-dadeiramente contribuiu para a liberdade daAmerica do Sul é não os Estados-Unidos.

¦—Em fins de Dezembro continuavam acorrer noticias alarmantes de New-York. Issoaugmentou' o pânico, que já havia na Bolsa,tendo-se liquidado, por preços Ínfimos, gran-de numero de títulos americanos.

—Rotschild, que,em 22, retirara 5 milhões,que tinha depositado em New-York, a 29 re-cusou concorrer á subscripçao do annuncia-do empréstimo norte-americano.

—O clero da America telcgrapahra aodeLondres que se conserve calmo, pois todoo perigo passará, já notando-se enorme rea-cç3o'contra os demagogos.

—O importante advogado americanoSherman telegraphou aos jornaes, nestemesmo sentido.

Passadas as primeiras impressões, emLondres, tudo ficou em soçego; os inglezesestão, porém, resolvidos asaccar dos Esta-dos-Unidos quanto alli possuem assim quetiverem oceasião.

—Para o Rio da Prata seguiram 116.000libras esterlinas.

O ministro dos Estados-Unidos em Lon-

p'at)c.-.? com»:-cidade

imeritòs

dres, sr. Thomaz F. Bayard, que ultimmente, porque se receiava um rompini...de relações entre a Inglatera e a UiíiíiNorte-Americana, havia interrompido .¦suas visitas á repartição dos negócios estnngeiros, recomeçou-as de novo emeomeços^1janeiro. Tudo leva acrer que terminará paeficamente a divergência entre os doispaizes,que se estreitarão cada vez mais os laços -amisade e sympalhia das duas podero;.:nações, unidas pela língua e por tantas rílações Cümiiíêíci&tsà 8. políticas,-.....- .

—I Foi expedida' de BiiiQÍngliaTft;quantidade dé^aroi>.v Bmío brancade fogo,• consta íqué* com --destino, á'do Gabo;; 'na

previsão tlcaomieepossiyeis^np Transwanl ¦

O governador da Colômbia no Cabo sirHercules Robinson negava terem bandosarmados penetrado na Republica do Tran-swaal.

—Segundo o «Times», a Allemanha e aFrança se opporião á mudança do statu-quo na Republica do Transwaal. Essasduas nações nao poderiao ver com indiffe-rença da Ingl aterra ingerência nos negóciosda Republica sul-africana e ainda menosqualquer tentativa contra a e integridadedo seu território.

—Assegurou-se que os governos da In-glaterra, França, HollandaeHespanha nego-ciam um tratado de alliança offensiva e de-fensiva contra os Estados-Unidos. .

—Sabia-se tamhem que a Rússia ofjere-ceu a Cleveland o seu apoio diplomático efinanceiro na questão anglo-venezuelana.

—Reinava no fim de 95 grande criseindustrial em Blackburn; mais de 6000 te-ares achavão-se parados por faltarem en-commendas de chitas e dos tecidos de ai-godão, que se fabricavão com especialidadenaqüèllà cidade.

—Os operários tecelões que, em conse-quencia deste estado de cousas, achavão-sesem meios de ganhar a vida, quando tives-sem esgotado as suas economias, se estasituação se prolongasse, deveriao abando-nar a cidade paia procurar trabalho onde oencontrassem.

:í'-

l

Thcreza, paraMonte-Ale-

Serviço postalMALAS

O Correio deste Estado expedirá as se-guintes malas.

Hoje—pelo Correio Terrestre, páráBcney'-des, S. Izabel, Apehú e Castanhal, recebeu-do correspondência avulsa para os pontointermediários, ás 5 horas da tarde.

Expede lambem mala para Bemfica emtransito por Benevides.

—Pelo vapor Tuciinaré, para o Pinheiro,ás 4 horas da tarde.

—Pelo vapor Jmuty, para o Mosqueiroás 3 i[2 da tarde.

—Pelo vapor Impe) atrizBreves, Gurupá, Prainha;gre, Alemquer, Boim, Aveiros, Brazilia Legal,Santarém e Itaituba, ás 8 \\z horas da manha.

—Pelo vapor Flamingo, para Breves, Gu-rupá, Porto de Moz, Veiros, Pombal, Sou-zel, Almeirim, Arrayollos, Vilarinho doMonte e Tapará, ás 5 horas da tarde.

—Amanhã Pela lancha Tucunaré, pára oPinheiro, ás 4 horas da tarde.

—Pelo vapor Juruty, para o Mosqueir .ás 3 i|2 da tarde.

¦

** *As correspondências destinadas ás mal

acima annunciadas cerão recebidas do rçdo seguinte: '

Cartas, cartas-bilhetes e bilhetes posta<com portes simples, até meia hora antes daentrega das malas; depois d'este praso pporte será duplo, c, se taes objectos foremapresentados a ultima hota, ficarão sujeitosao triplo da taxa ordinária que lhes. é esta-belecida.

Os jornaes, impressos, manuscriptos eamostras serão recebidos até uma hora an-tes da entrega das malas.

O porte duplo das cartas-bilhetes e dosbilhetes postaes pode ser completado pormeio de sellos adhesivos (ordinários.)

Folhetim da Folha do Norte-27-1-966)

HECTOR MÃLOT

o.a.:fl-a.rRIMEIRA PARTE

(Continuação)

Ás duas horas e dezoito minutos, o trementrava na gare; ás duas e vinte Leão subiapara o carro que o esperava.

—Vamos a Saint-Aubin, disse o cocheiro.—Sim, a toda a pressa.O cocheiro tocou os cavallos.—Quanto tempo leva ? perguntou Leão.—São vinte kilometros . . .—Faça a conta.—Temos de atravessar a cidade . . .Este modo normando de desviar a pe?-

gunta exasperou Leão. . /-•'—Quanto tempo leva ? repetio. ,'—Se disséssemos hora e meia,,?'—Se chegar lá em uma hora'ganha vinte

francos. . 'O cocheiro nao respondeu, mas no seu

modo de empunhar o chicote se percebia odesejo de ganhar os vinte francos.

A. Sntrada de Saint-Aubin, o cocheiro

uK.

parou para perguntar a uma mulher qualera a casa de Exupère Herault; depois deobtida a indicação partio a trote largo; ocarro rodou uns dois minutos e parou deanled'uma casa de fraca apparencia, em cujasparedes estavam penduradas redes de pes-car. No mesmo instante chegou á porta umasenhora.

—Meu primo! exclamou ella.Antes de descer Leão olhou-a com atten-

çao: nem um traço de desgosto se notavano seu rosto risonho.

Saltou do carro, e apertando as mãos deMagdalena perguntou:—Mentio ?

—Foi para a pesca. ;_, —1-_-~-Leão ficou sem poder .dizer uma palavra.—Nao recebeste q.meu telegramma ? per-

guntou por fim puta disfarçar.—Sim; iiiiis o papá já tinha saido, levei-o

até á porta do sr. Soullier, foi á volta queencontrai o homem do semaphoro que msentregou o teu telegramma, ..estive para vol-t;.ir,"mas como elle ia acompanhado fiqueisocegada.

—Ah ! foi com esse senhor ?—Como dizes isso!—È que não conheço esse senhor Soullier.—E' um magistrado do tribunal de Caen

que habita aqui como nós, durante as ferias;papá e elle vão sempre junteis á pesca. Mas,entra, dá-me a tua bagagem para mandal-aao hotel onde tomei um quarto para ti, poinão termos aqui um quarto para te offerecer.

EmquantQ Magdalena dava as suas or-

; /

dens, Leão compunha o rosto para parecetindiffcrente.

A verdade estava evidente: as disposi-ções de seu tio tinham se realisadó, até essavisita feita ao sr. Soullier, devia ser uma in-venção para enganar a pobre filha.

Agora só lhe restava esperar, para cum-prir os desejos de seu tio. Se chegava tardepara salval-o,.estava a tempo de consolar eamparar a prima.

E tal era a sua situação, que nem ao me-nos podia preparal-o para o choque que iareceber. .

—Estás fatigado ? perguntou Magdalena...—Não. nao estou.

—Então podemos"'ir-.esperar o papá nanossa barraca da praia.

—Como quizeres.—Então vamos, assim vemol-o chegar

mais cedo.E pondo um chapéu e uma capinha, es-

tendeu a mão para o primo.—-Dás-me o braço ?Antes de sair bateu na vidraça de uma

janella.—Senhora Exupère, disse cila á mulherque abrio a janella, se o papá vier pela es-trada diga-lhe que estou na barraca da praiacom meu primo Leão, nao se esqueça . . .meu primo Leão.

Pobre menina, mal sabia as noticias queteria de seu pae d'ahi a alguns minutos!Leão desesperava-se por não lhe poderdizer uma palavra que a prevenisse.

Magdalena disse-lhe;

r\

—Sabes que o teu telegramma apezar deme assustar alegrou-me muito ?

—Ha quanto tempo não nos viamos ?—Ha perto de dois annos.—Ha dois annos três mezes e onze dias.—Era em attenção a meu pae que nao

vinha.—Que pretexto inventaremos para o papá

não suspeitar o verdadeiro motivo da.tuavisita? Sc souber o que te disse o dr. La-Roêfica assustadissimo; que lhe diremos então ?

Leão contava com isto c respondeu :—Diremos que ando em excursão pelo

littoral, e como meu tio não deixará de falarna sua doença offereço-lhe os meus serviços.

Chegaram á praia.^~"

-.. ¦ VI

O mar calmo subia pela praia quasi planaameaçador como uma inundação; as pontasesverdeadas dos rochedos cobertos de algasque se avistavam ao longe, mergulhavamnas ondas marulhosas como barcos S§ufra-gando, e onde se via um monte dò pèoíasescuras ou de areia aniarella, minutos do"-pois só .havia uma lista branca de espumaque subiVa.pouco e pouco.

As pessoas, que tinham aproveitado abaixa mar para pescar mariscos e plantasnos rochedos, voltavam apressadas para amargem, fugindo da enchente.

A' entrada dos caminhos da villa haviauma fila de carroças, carregadas de estreitasdo mar, de mexilhões de sargaço e algasque os cultivadores dos arredores levavam

para adubar as suas terras; um bando depescadores e pescadoras, ensopados até aopescoço, com as redes de pescar camarõesatiradas ao hombro, caminhava alegre-mente.

Todos voltam, o papá e o sr. Soulliernão devem tardar.

Levou Leão para a barraca cujas portasde vidraça abrio, offereceu-lhe uma cadeirae sçntou-se voltada para o lado de Berniè-res, dizendo:—Assim verei o papá chegarmais depressa.

Via-se que estava preoecupada com essaidéia. Leão quiz distrail-a, mas para que ?

Nao era melhor que estivesse assim so-bresaltada para receber o rude golpe que iaferil-a ?

—Que tens ? perguntou ella a Leão depoisd'um grande silencio.

—Penso em meu tio.Estás inquieto, não? também eu.

—Inquieta porque ?Estou pensando, na sua triste enfermidade.—Não imaginas o que elle sóffrê: não

tanto pela doença, mas pelos cuid.idos e¦desgostos que nos reserva o futuro, porquea posiçã' > cVelío está seriamente còmprotaetti-tia/ percebes ? Elle bem quer disfarçar o seuestado, coitado, que turmentos se elle des-confia;que alguém de Rouen te falou na suadoençii-

—EBtá combinado que se diga que andoem passeio.—Sim, Caz o possível por tranquillizal-o,

A minha única preoccupaçao, ê vêr. que

elle não se inquiete por ter-me sempre aseu lado, quando o deixo só parece-me queelle vae perceber o seu verdadeiro estado.Elle precisava tanto de um pouco de so-cego!

Emquanto ella falava, Leão notava umaanimação entre as' banhistas que nao existia ,,quando chegaram. . /

Formaram-se grupos, uns falavam e ges- * *

ticulavam, outros ouviam com modos cons-ternados.

Em frente da barracas, mas bastante lon-ge d'elles, havia um grupo de meninas jo-gando o croquet; apezar da distancia naopermittir que se ouvisse o que diziam, per-cebia-se pela animação com que atiravam 3bola que estavam muito interessadas nojog' ¦-

N'isto, uma pessoa chega-se a uma d'cli.ie diz-lhe qualquer cousa, as outras fizeramroda para ouvir, e Leão notava a mesmaconsternação nos ouvintes até que uma d', i-Ia? se voltou para a barraca segurando a ca-beca com as mãos.

Era impossível nao reconhecer enisto indícios significativos de que sede.. 1acontecimento extraordinário.

Magdalena levantou-se impressídnad—Vens commigo? Estou com roedõ

animação nao é natural, Porque nos ¦>.tanto? Vam >s peiguntar a alguém nqu

Deu alguns passos para se dirigir á- 1doras de croquet, quando avistou Ummem que caminhava apressado.

{A ugmVJ-9U,-:

MANCHADA f MUTILADA

Page 2: V*™^memoria.bn.br/pdf/101575/per101575_1896_00027.pdfafanosa do moderno jornalismo. Sua redacção trabalha até as 8 ho-ras da noite, podendo, até então, ser- ... O referido nome

Folha do Norte —27 de Janeiro de 1896

M¦¦

Nossiis fiiiÉiDo paiz

Rio, 26.Foi promovido a tenente o alferes

Guilherme, que está servindo em umdos batalhões da guariiição federal do

APnrá.

Rio, 26.Tolegramma hoje aqui publicado

assegura que o sr. José da Costa Aze-vedo (Barão do Ladario)'e o dr. Cu-

,n lia Mello são candidatos ao governotio Amazonas.

Rio, 26.Promovem-se aqui imponentes fes-

tiis para o recebimento de Veiga Ca-bral, cuja vinda a esta capital já foiannunciada.

Do extrangeiroNew-York, 26.

Causou aqui muito má impressão otclegramma de Cuba annunciando queMáximo Gomez, ferido nos últimoscombates e atacado de seus soffrimen-tos pulmonares, foi forçado a retirar-se

para a provincia de Matanzas.

Roma, 26.O major Galliano, retirado em bôa

ordem com as forças de Makallé sobsco commando, é hoje esperado emMassauah.

Cadiz, 26.Embarcou hontem para Cuba o ge-

rieral "VVeyler, substituto de Martinez

Campos na luta contra os cubanos.'

Homa, 2S>

Foram hoje publicados algumas in-formações sobre o abandono de Ma-kallé.

Segundo ellás, o major Gallianodeixou a cidade cm virtude da promes-sa de seu chefe, o general Baratieri,nosentido de tratar de combinar a pazcom o negus Menelik.

PALESTRAS ÚTEIS

(DR. flENRI PERRUSSEL)

0 ESPARTILHO

Segundo nos ensina o Gênese, Deus, aocrear a mulher, disse que a sua ultima obraattinglra á perfeição.

A verdade é que a mulher é realmente aobra prima da creaçSo, e que ser algum nomundo pôde rivalizar com ella: a loura Ve-nus, esse typo de belleza incomparavcl.nun-ca poderá ser imitada!

Para conservar, porém, a pureza das fór-•nas com que a dotou o Creador, é indispen-

—I que nao se deixe levar pelas exigênciasàu. o do coqiiettismo, que, a maior parte

i vezes, se coadunam tao mal com as maissimples regras hygienicas.

Nas suas toilettes diárias, as mulheres—talvez nao ignorem—encontram inimigos pe-rigosos que devem evitar para irlo alterarema belleza e a saúde.

Esses perigos sao: o espartilho, as ligas eos tacões altos.

A origem do espartilho perde-se nas som-bras do passado : entretanto parece dever asua iniciativa ao coquetlismo francez.

A principio consistia cm uma tira de fazen-da mais ou menos dura, lendo adiante e atrazpalhetas de madeira de modo que a cinturaficava comprimida de diante para traz; maistarde a madeira foi substituída pelo aço, e>finalmente, pelas barbatanas que, sendo maisllexiveis, melhor se adaptavam aos contornosdo talhe, permittindo os movimentos, as on-dulações; por ultimo adoptaram uma modai-daçagem, chamada á indoknte, que fechavaat&z e. dava ao corpo mais liberdade.

Todo o mundo sabe que o peito tem afôrma tle um cone cuja base é em baixo.Ora o logar onde justamente deve apertar oespartilho para fazer o cintura, como dizemcertas pessoas, é onde se acham o coração,o estômago, o fígado, os pulmOes, orgaos quenecessitam de toda liberdade paia funecio-nar bem. Comprimindo esta parle, as costel-Ias inferiores montam umas sobre as outras,< emprimem os orgaos que acabamos de citar«¦ determinam pouco a pouco na saude des-ordens bastante graves: dyspepsia, palpi-i ações, oppressao, perturbações circulatórias,etc, que conduzem rapidamente a um estadoanêmico dos mais caracteristicos.

O espartilho destróe nao sóa saude comoaltera lambem as fôrmas naturaes, tirando aotalhe a sua graça, a sua expressão, seus de-licados contornos, dando-lhe a fôrma dis-

graciosa da cintura do macaco em nada se-tnelhahle á da Venus de Milo, consideradai-omo modelo de belleza e pureza deformas

Os pintores antigos encontraram em Ro-ma e Athenas esplendidos modelos que naose'encontram mais hoje, devido ao uso ouantes ao abuso do espartilho.

Bem sei que a moda é uma tyranna deque difncilmente nos livramos.

E emquanto ella se contenta em atacar afôrma, a graça, vae menos mal ; mas quan-do chega á saúde, é demais,

O talhe deve ser mantido direito e naocomprimido e magoado; é no período dapu-herdade que as mães devem oecupar-se commais cuidado do modo de vestir de suasfilhas.

Pretendem algumas pessoas que o volumedos seios foi o que obrigou as mulheres ausar o espartilho que, segundo dizem,—con-te'm os grandes, sustem osjiequenos e substitue osque não existem;—mas n'este caso, um sim-pies espartilho de Unho encorpado é suffi-ciente, e nao tem o inconveniente de obstaro funecionamento de orgaos essenciaes nemo seu desenvolvimento.

IPARN^SOASTRONOMIA

Deu a Phebo o bom Deus um brilho intenso,Mas, com a condição,

De, à branda lua dar e ao orbe immenso,Um pouco de clarão.

Zangou-se o sol debalde: que, uma vez,Vendo-o pouco contente,

Roubou-lhe Deus um naco e estrellas fezQue ao céu deu de presente. . .

D'esta vez foi que o sol, espoliado,Feroz com tal ellipse,

Descompoz o bom Deus que ao malcreadoFerio co'um eclipse.

FANECA.

Secção alegreQueixa-se o dr. Pedro de que se consti-

pou no comboio porque por traz delle iauma janella aberta.

—Você porque nao trocou o lugar?—Porque nao tive com quem; eu ia só.

Espirito infantil:—Papaé, quem é aquelle velho que vae

alli ?—E' o Leitão.— Uê ! tao velho e ainda nao é porco? 1 '

Testamento lacônico, feito, segundo re-zam as chronicas, no anno de 1492 :

«Em nome do Padre, do Filho e do Es-pirito Santo: Eu nada possuo, devo muito,e deixo o resto aos pobres.

Jornalzinlio da ModaTemos ensejo de saudar muito affectuo-

samente o operoso cotnmerciante de nossapraça, sr. Joaquim Nunes da Silva Matta,pela data de ,seu natalicio.

A Exm.a esposa do illustre guarda-livroso sr. Boaventura Godinho, D. FrancklinaTeixeira Pinto Godinho, receberá hoje asafirmações de sympathia e affecto de suasamigas, felicitando-a por seu anniversario.

D. Abelina Rocha, extremecida filha dosr. João Gomes da Rocha,zeloso funecionarioaduaneiro, festeja hoje seo anniversario na-talicio.

Mais que azado é o ensejo para felicita-rem-n'a suas innumeras amigas.

No dia 8 de Fevereiro próximo devemcasar-se o illm.0 sr. Antônio Ferreira dosSantos e a exm.1 sr." D. Virgínia de AraújoPereira, gentilissima paraense digna dasmaiores felicidades.

GAZETILHA DO INTERIOR

SANTARÉM.Foram muito concorridas as festas de S.

Raymundo Nonnato.O cyrio foi importante; o cortejo que trans-

portou a imagem á igreja matriz esteve cop-corridissimo.

A festa terminou cm 12, com o mesmo bri-lho dos primeiros dias, havendo procissão

MONTF.-ALRGRE.Alguns dias após o fallecimento do senador

Amorim chefe do partido republicano, hou-ve uma reunião em que foi eleita acommis-sao directora do partido, a qual ficou com-posta dos srs. : Antônio José Vieira da Cos-ta, João Francisco Caltete, Joaquim AntônioNunes, José Paschoal Onety, Antero C. Pin-to Guimarães, Manuel Raymundo da Costae Antônio Barbosa de Amorim.

ALEMQRER.O Alemquerense lembra a necessidade de a

Companhia do Amazonas dar começo ásobras de reparo do trapiche municipal, dam-nificado pelo vapor Maná.

E' o caso que, tendo aquelle vapor abai-roado com o dito trapiche em Junho do annopassado, em tempo do maior crescimentodas águas, soffreo elle avarias na ponte, queficou destruída, no gradil, soalho e vigamen-to do lado occidental.

Avaliado judiciahnento o damno, foi ar-bitrado em 2:ooo$ooo, tendo-se obrigado aCompanhia, para evitar a acçao judicial, arefazer a obra destruída, em tempo próprio,isto é, pela vasante do rio. Torna-se, portan-to, necessário dar começo aos trabalhos, por-que já começa a enchente.

Pereceo afogado quando banhava-se nolitoral da cidade, no dia 2 do corrente, emcompanhia de seu padrinho Thomaz dosSantos e outras pessoas, o menor Lionilio,de 4 annos de idade, filho de Iria da Con-ceiçao.

O sr. Joaquim Caetano Vianna Gentilperdeo sua filhinha Izabcl, de 47 dias denascida, e fallecida repentinamente na ma»nha do dia 5. ;

Realisou-se dos dias 28 e 29 a festividja-de de S. Benedicto, com grande solemnida-de. /

Devem servir na festividade do correnteanpo os srs.; /

Juiz.— Tenente Coronel Ramiro CaetanoDuarte.

Juíza.— Constança Maria da Conceição eSouza.

Procurador. —Manuel Gabriel Serrao deCastro.

Mordomos.—O srs. Sylvio Romerode Pin-to Gonçalves, Antônio de Siqueira Bentes,Raymundo Rodrigues d'01iveira, Oscar Sa-lustiano da Cruz Lima, Antônio Pedro Ser-rao de Castro, Luiz de Jesuz Maria, ManuelJoaquim do Nascimento, Raymundo da Ro-cha de Siqueira, Ovidio Guilherme BentesValente, João José Maciel e Caetano Rodri-gues da Silva.

Mordomas.—As exmM srM d d. CarolinaGuimarães de Souza. Eponina Coelho, Ma-ria Anna do Espirito Santo, Evarista Mariada Conceição, Henriqueta Romana da Con-ceiçao, Bibiana Gertrudes d'Azevedo, Mariade Nazareth da Silva, Thereza Monteirod'01iveira Martins, Thereza de Jesus-Pican-ço e Maria Cananêa da Conceição.

Mordomos de Promessas, os srs. ManuelRaymundo Maciel, Antônio Bicho dos San-tos, Martiniano Nunes Pereira e FirminoGomes da Moita.

Mordomas de promessas, as sr" AndrezaMaria do Espirito Santo, Maria BebianàLeite, Maria da Conceição. Maria Miqueli-na de Castro, Delfina Zebina de Castro eOthilia Dias Marinho.

GARGALHADAS

XXI

Foram eleitos mRmhros dVAcade-mia Francezn, em substituição doLeconte de L'islc e de Pasteur o in-Mgne ronumeista Anatole Franco e

1 Costa ... Zola foi mais unia ver der-rotado.

nA «FOLHA DO NORTE»

E' mentira, nao foi: qun o falso o tclegramma,NAo precisa talento e vasta erudição

P'ra que fique, provado,E' mais uma invençãoDo algum enamorado,

Doa que merendam sol o jantam nos jardinsPerfumes de jasmins.

De alguém que o peito em chammaLogo sente ao fitar um ser qualquer.

Que se chame mulher.• A torrente do verso abrindo logo,

Em grandes cachoeiras,Embora seja mor a força das asneiras.

Um romântico è certo .. .Dos que, cm noites estreitadas, .Exigem que as namoradas

Lhes falem no portão, que deve achar-se aberto.Pedido a que o burguez nao pode pôr embargo

Pois, por força do cargo,E' feito com rigor cm bons alexandrinos

A' Alfredo de Musset ;Ou em prosa também colhida pelos finos

Nos livros de Daudet.

A derrota de 2o!aNa grande Academia

E' sempre uma victoria e grande que esses taraDecretam sem querer aos novos idôaes.

Hào de suppor esmolaFeita ao grande escriptor, ao magno reformista

Sua entrada talvezNo rol dos Immortaes

Bem se explica, porem, do Mestre a trimoriaEm querer um fauieil em tal sociedade.

Amigo da verdade,E sincero amador da livre Natureza,

Quer levar a limpezaA'quellc casarão, velhusca rouparia,

Cheirando a antigüidade;Mas é só de economia

A questào da recusa, inglória, calculada;Porque p'ra ter entrada

AUi, no augusto templo, o autor do Germinal,E' preciso aíargar-so a porta principal.Por onde passa um novo

Nao pode perpassar quem representa um povo.

E Zola já pertence á grande íAcadcmiaDo gênio, que immortaes nào faz por fancaria.

JUVENAL,

«O ABAETEENSE» E O CAFÉ BEIRÀO

«Em uma zona febril, como a nossa, é deverdadeiro interesse publico a indicação deremédios poderosos, que combatam fácil-mente o resultado dos miasmas poderosos.

«Está neste caso—o Licor de Café' Beirão,excellente preparado do hábil pharmaceuticoda capital o sr. Marciano Beirao.

«Nao nos cançaremos de recommendareste medicamento, que nao tem falhado noscasos de sezões, por mais rebeldes que sejame em todas as febres de typo palustre.

«No nosso próximo numero, com o annun-cio do autor, publicaremos os honrosos tes-temunhos de diversos cavalheiros sobre aefficacia desse remédio poderoso, acerescen-tando alguns factos que conhecemos.

«Recommendamos.pois, ao povo abaetensee igarapé-miryense o poderoso remédio, quetao promptamente combate as febres, esseterrível morbus que victíma a nossa popula-çao.

(O Abaetánse, de 24 de Maio de 1890^3-1»

Memórias de um solteirão

AOS TINTE ANNOS

Sou um dos homens mais felizes do mun-do.

Acabo de completar quatro lustros: -ter-minei o curso de Direito, posso dizer-me ju-risconsulto e por essa razão e pela minhaseriedade, a pessoa que administrava o meupatrimônio, na qualidade de tutor, desdeque em tenra edade fiquei orphao, entre-gou-me tudo quanto me pertence.

—Es hoje um advogado, Joanito-^-medisse hontem, entrando no num quarto,

"car-

regado de papeis e de notas de banco;—tens juizo e sufficiente experiência do mun-do, de modo que," comquanto nao tenhasainda chegad.o á maioridade, faço empenhoem que administres desde já a tua fortuna.

—Porem, meu tio . . . exclamei m ara vi-lhado do que ouvira.

—Julgo-te digno da confiança, que cm tideposito, estou seguro de que corresponde-rás a ella. Ouve o que te vou dizer, põe-tea par do que te pertence e verás como du-rante a minha tutela consegui auginentarsonsideravelmente a herança que tiveste deteus pais.

0 senhor meu tioabancou-seao meu ladoí

e durante três longas horas, minuciosamen-te me relatou todas as transacções que havia,julgado conveniente fazer, dirigindo-me emseguida o segninte discurso: .

—Como vês, és rico; tens bons prédiosem Madrid, magníficos terrenos em Argah-da e Ciempozuelos, cincoenta e duas acçõesdo Banco de Hespanha e outros valores de-positados no mesmo: total, uns quatorze milduros de renda. — Conhecendo-te, como teconheço, estou certo de que nao esbanjaráso teu patrimônio. Nao te cases ainda; ésmuito novo e deves primeiro conhecer bem :o mundo . . . e as mulheres.

Dito isto, abraçou-me, apertou-me a maoe. com as lagrimas nos olhos, despedio-se demim o pobre homem, deixando-me deverassurprehendido do que acabava de ouvir.

—Com que então sou rico ?Tenho quatorze mil dnros de renda ?

Posso dispor d'elles como me approuver ?Que fazer ? Começarei por adquirir ca-

vallos e corruagens para dar os meus pas-seios pelo Prado: depois alugar um elegan-te palacete e mobilal-o convenientemente.

Os moveis que possuo s3o antiquados epobres: é forçoso collocar-me á altura daminha posição. Necessito de um bom valetde chambre em vez do simples creado queme está servindo; uma cosinheira de pri-meira ordem para poder offerecer aos col-legas e amigos, appetitosos almoços; emfim,guapa engommadeira, que tome conta daminha roupa branca.

Nao vae ser fácil a tarefa de encontrarquem me sirva bem e . . . com fidelidadequero dizer, que nao me roube, muito, por-que é certo que sempre me roubaram ai-guma cousa.

[A seguir]R. DE NAVARRETE.

ECHOS E NOTICIAS

Mephislo escreveo, hontem, no roda-péà'A Provincia, a propósito de uma contro-versia levantada entre esse chronista e o sr.Francisco Pacheco, que este cavalheiro,tendo batido a diversas portas que recusa-ram dar-lhe entrada, abalou para a Folhado Norte onde, por haver fácil accesso, con-seguio, então, falar.

E' visível a segunda intenção que essaspalavras envolvem e que toda gente palpa,mesmo sem ter o espirito afeito a esse modocauteloso de falar.

Ou Mephislo aborrecèo-se porque acceita-mos os artigos do estimavel sr. Pacheco e o«fácil accesso» neste caso é uma recrimina-çao, que nao nos toca; ou com essa circum-stancia que chamou—«uma nota curiosa*quiz fazer da Folha uma cousa qualquer quepYahi está a espera dos que, para appare-cer na imprensa, necessitam de «fácil accesso».

Absolutamente imparciaes no debate,cumpre-nos rebater esse duplice humorismode Mephislo, que sabe que aqui tao fácil ac-cesso tem o sr. Pacheco como o próprio il-lustre chronista, que está a fazer da Folha,a seo respeito, cousa que absolutamente ellanao é.

Realisou-se hontem, ás 9 i|2 horas da ma-nha, no Grêmio Litterario Portuguez, a ses-sao de posse da nova directoria. O sr. Gre-gorio Costa, depois de explicar os motivosda reunião, fez prestar juramento ao sr. Sou-sa Nova, recem-eleito presidente da assem-bléa geral, que por seu turno deu posse atodos os membros dos novos coipos gerentes.

0 sr. Francisco Pacheco saudou, em ter-mos calorosos, os directores empossados, epropôz que se fizessem conferências sobrePinheiro Chagas, de quem está a chegar umbello retrato, c João de Deus, ha pouco fal-lecido. Muitos applausos.

A sala do Grêmio estava replecta.

Escrevem-nos alguns moradores do bou-levard da Republica, pedindo nossa inter-vençao perante o dr. chefe de segurança,para que dê providencias no sentido de fa-zer cessar infernaes assuadas, diabólicas bal-burdias, que os trazem em desasocego con-tinuo noites inteiras, feitas no encaixotamentode borracha, perturbações delictuosas que ás•eis policiaes cumpre reprimir e obstar.

Ahi fica o reclamo solicitado.Quanto á obstrucção dos passeios e das

portas, impedindo-lhes o transito e vedando-lhes a entrada e saída de suas casas, é ne-gocio que affectamos aos fiscaes do munici-pio, para que cumpram o seu dever, fazendorespeitar a respectiva postura.

Desde hontem temos sobre a banca umnovo escripto do sr. Francisco Pacheco, dapolemica levantada a propósito da Desço-berta do Brasil.

Está marcada para o próximo dia 5 de Fe-vereiro a distribuição dos diplomas ás nor-malistas que concluíram o curso em 95.

Sao ellas as sras. dd. Joaquina Salgado,Ambrosina Sarmanho. MaiiaSarmanho, Ma-ria José Rabello, Rosalina Alvares e Gemi-na Pinto.

Segundo A Provincia, de hontem, constaque pedio exoneração da Estrada de Ferrode Bragança, o sr. Frederico Martin, quealli faz as funeções de engenheiro.

Começaram hontem as diversões cama-valcscas.

Para o largo de Sant'Anna e para a Ave-rida da Paz convergiram muitos mascaras,desses a que, com toda a propriedade, opovo chama—bobos.

Hoje, na Praça do Commercio, haveráeleição para a directoria, que tem de servirno corrente anno. ,-'— -

Andam uns batuques e os celebres cor-does carnavalescos a fazer já, com seus en-saios, bem regular barulhada em toda a ei-dade.

Concebe-se que até uma certa hora danoite se os permitta, mas que se prolonguematé 11 horas e meia noite é que parece umpouco contra o socego e a tranquillidade dosque passam o dia a moirejar a vida honra-damente.

O Mauá, entrado hontem do Amazonas,deu noticia de haver srdo encontrado o Fa-radar procedendo ao 'ançamento do cabotelegraphico para Manáos já acima de Gu-rupá.

Vencidas as difficuldadcs da região cha-mada—o estreito—, aquelle Irabalho agorafacüita-sç em muito.

Missa hoje pela manha, ás 7 horas, emSant'Anna, em memória dosr. Francisco Ni-na Ribeiro.

Refere a Cidade de Óbidos que, a 15 docorrente mez, ali 'installoú-se o ExternatoLauro Sodré, estabelecimento de instrucçaosecundaria, dirigido pelo sr. Pedro do Rego.

O senador Manoel Machado, convidadopelo Director para presidir a sessão solemnede inauguração, congratulou-se em brilhan-tes palavras com a mocidade c a populaçãoobidense em geral por aquelle facto. ' .

Depois de usarem da palavra outros cava-lheiros, seguio-se uma matinée musical, dis-tribuindo-se por essa oceasiao o Hymno doExternato Lauro Sodré, poesia do dr. Paulinode Brito, offerecida ao sr. Pedro do Rego.

Foi grande a assistência.

PEITORAL DE CAMBARA'

«...tenho empregado com profícuos resultados em todas as affcções broncho-pulmonares.—Dr. GuilhermePereira da Costa. (Bahia.)

«.., ó um excellente jbalsamico, e como tal o tenhoempregado nos doentes de bronchites c affecções pul-monares com grande proveito, tanto mais por ser umexpectorante suave e efficaz.—Dr. Antônio da CruzCordeÍro.(Parah3*ba do Norte J

Processo MauésLII

Eis o 1.* considerando do despachode pronuncia de 10 de setembro:

—«Que dos autos consta, e clara-mente se infere que, na casa do de-rnunciado João Olympio Roberto MauésFilho, na noite de 19 de julho do cor-rente amio, uma terrível luta se tra-vòu entre sua fallecida esposa D. Vi-ctora Olinda dos Santos Maués e seoassassino, na qual recebeo esta 16 fa-cadas, não contando os muitos feri-mentos das mãos, resultando-lhe amorte immediata, alli mesmo no thea-tro de tão nefando crime (auto de fs.48 e 49, depoimentos de fs. 23, 26,56)».

O auto de fs. 48 e 49 d o do exa-me e corpo de delicto, que já publiquei(artigo VI).

Nesta exposição verdadeira do as-sassinato que, na phrase do relatóriodo illustrado Chefe do Ministério Pu-blico—«pelo seo desusado caracter deperversidade, surgindo em nosso meiosocial, reconhecidamente pacifico e ho-nesto,alarmou-o profundamente»—haa notar:

1." Que o honrado juiz somente ei-tasse o auto de corpo de delicto e nãotambém o de descripção do lugar docrime, que o completa, e faz sobresa-liir agrandesa da lueta entre avictimae o algoz, e portanto o tempo appro-ximado, que ella devia ter durado—cmeçando no fundo da taberna, der-ramando copioso sangue em toda esta,e vindo acabar na porta.

2." Que não determinasse a horada perpretação do crime, contentan-do-se de referir-se—d noite de 19 dejulho—a qual váe do anoitecer aoamanhecer. A

Ora, a determinação precisa dahora do crime é capital, quiçá a maisimportante de todas ventiladas no pro-cesso; porquanto, si o crime foi ás 11horas da noite, como declara a denun-cia, foi commettido pelo sr. João Mau-és, com a complicidade de ManoelLopes e Manoel Quintino—que a es-sa hora estavam com elle—; mas, si.foi das 2 para 3 horas da madrugada,como sustentei e sustento com as pro-vas dos autos (artigo XIV), foi somentecommettido por Manoel Lopes, que aessa hora andava pelo rio ou furoMahuba, em quanto que o sr. JoãoMaués e Manoel Quintino dormiamem casa de José Maués Sobrinho.

E' notável a omissão desta deter-minação da hora do crime desde queo illustrado Chefe do Ministério pu-blico affirmou, que ella foi determina-da precisamente pelo auto de des-cripção, que o honrado magistrado oi-vidou neste seo considerando.

A omissão seria proposital, porquereconhecesse, que não podia aceitar agratuita asseveração do sr. Desem-bargador Procurador Geral por con-traria á todas as provas dos autos f

E' licito acredital-o; mas neste casoimpunha-se a conseqüência juridica—de julgar improcedente a denuncia con-tra o sr. João Maués, e de mandar quefosse denunciado Manoel Lopes—re-petindo a histórica máxima de lordMansfield—fiat justitia, ruat cce-lum—.

2.° Çensiderando :"—«Que" ó cadáver da victima foi

encontrado, na manhã--de 20, deitadode bruços, sobre uma grande quanti-dade de sangue, junto á porta," esquer-da da taberna do denunciado, simples-mente vestido de saia e castiço, sem cã-misa (folhas 148 e 149).

Este considerando é unicamente ba-seado no depoimento da 0." testemü-nha díi formação da culpa, a costureiraJoanna de Jesus Cardoso, depoimentoque examinei (artigo XLV).

Approxima-se visivelmente' destaspalavras do sr. Desembargador Pro-curador Geral fali ando de D. Victo-ria;—«tão recatada em seo vestir,que

nem mesmo á uma creança (palavrastexluaes de uma das testemunhas doprocesso) .se apresentava em sua casasem estar vestida com toda decen-cia.»—

O illustrado Chefe do Ministériopublico enganou-se, referindo-se ás pa-lavras da costureira, porque não as re-produzio textualmente; nem que o fos-sem provariam que D. Victoria nãotivesse camisa, não só porque presen-tes tanta.s pessoas do sexo feminino oteriam verificado e declarado, comoporque tenho prova material e teste-munhal, de que estava vestida de pali-tôt ou casaco, saia e camisa.

Não tivesse a defesa esta prova, ain-da assim, vê o leitor, que a primeiracircumstancia não pôde ser aceita por-que a declaração de Joanna Cardosoé singular.

Nem o honrado magistrado, nem oillustrado Chefe do Ministério publi-co, deviam esquecer o preceito legal—unus testis,nullustestis—como aliássão todas as declarações accummulla- >das no processo—para aceusarem osr. João Maués—.

Decidio a Corte de Cassação,- emFrança, que o aphorismo— «uma tes-temunha, nenhuma testemunha-»—não é preceito na legislação francesa,como é na nossa desde o Direito Ro-mano(L. 12, Dig. de testib.) até osnossos dias (Lei 2033 de 1871, art.13, § 2.°).

Entretanto, eis a lição de um júris-consulto francez :

—«En admettant, que cet axiômene subsiste plus dans notre législationcomme rcgle écrite, il faut toutefois re-connaitre qu'il subsistem toujoúrscomme règle de conscience à l'égarddu juge.»—

Observo, ainda, que o honrado ma-gistrado attendesse somente a que ocorpo de D. Victoria—estava de bru-ços, sobre uma grande quantidade desangue, junto á porta esquerda da ta-berna— esquecendo, repito, onde co-meçára a luta, e o sangue espalhadopor toda taberna, circumstanciasmui-to mais importantes, que prendem-seá lemvel luta de que fallou, e á suaduração e que constam tanto do cor-po de delicto como do auto de descri-pção do lugar do crime, já conhecidosdo leitor (artigo VI).

Estas lacunas vão deixando incom-pleta a narração do facto no despachode pronuncia, e deixando na penum-bra a verdade inteira, lacunas para la-mentar em crime tão nefando, peloqual estavam presos tanto o sr. JoãoMaués como Manoel Lopes, sendo,porém, este solto e livre—antes deprocessado—para servir de testemu-nha accusadoradaquelle!

Facto virgem nos Annaes da júris-prudência brasileira.

3.° Considerando:—«Que a victima era uma senho-

ra de muitas virtudes, excessivamen-te recatada, de tal modo que nunca seapresentava, mesmo ás amigas maisintimas, sem estar decentemente ves-tida, tendo por isso causado geral es-tranhesa ter sido ella encontrada comtão leves roupas (fs. 149 v., 177,186 v.)»—

A única testemunha, que notou afalta de camisa foi Joanna Cardoso,a cujo depoimento volta o honradomagistrado, amplificando os seos dise-res; de modo que nos autos não appa-rece a geral estranhesa.

E quem se lembraria de estri.iharas vestes de D. Victoria, vendo-a es-tendida, morte, toda picada de faca-das, em um mar de sangue, com asroupas rotas ou cortadas ?

Ê' certo que o illustrado Chefe doMinistério publico declarou no seo re-latorio—«ter sido encontrada a victi-ma, na manhã do assassinato, emcompleto desalinho, quando assim áninguém estranho costumava se apre-sentar.»—

. Como queria que fosse encontradoo corpo de D. Victoria—na manhã do .assassinato—depois da terrível luetacom seo assassino— ?

Esperava que não fosse em com-plelo desalinho ?

Perdoe-me o sr. DesembargadorProcurador Geral a franquesa: sua as-severação é absurda, porque o com-pleto desalinho era conseqüência ine-vitavel da lueta horrível sustentadapela victima.

Embora o honrado magistrado dodespacho da pronuncia modificasse ocompleto desalinho pela locução de—tão leves roupas—ainda áfsim a asse-venição permanece absurda; porquemuito mais admira, que as roupas deD. Victoritt não estivassem redüsidasa verdadeiros farrapos sujos— depoisdó seo cruel sacrifício—na manhã dohorrível crime—.

' • .Continuarei. "'-.Belém, 26 de janeiro de 1896. - „_

xrro FRAKCQ.

ter"

r~v •'A.' t*»SSKÍ «KTB^JWS^p^lftWS^^ " * L

-\tP\ ± dtí.v

^««¦«aísnr 7. *E«Ktç

MANCHADA 1 MUTILADA¦i mW^iW'*'*»***'*'*"*-9

Page 3: V*™^memoria.bn.br/pdf/101575/per101575_1896_00027.pdfafanosa do moderno jornalismo. Sua redacção trabalha até as 8 ho-ras da noite, podendo, até então, ser- ... O referido nome

t.

Folha do Norte— 27 de Janeiro de 689G

)

PUBLICAÇÕES A PEDIDOAo eslimável amigo e digno commerciante

da praça, o sr. Joaquim Nuríes da Silva Mat-ta, felicita pela faustosa data de hoje o ver-dadciro amigo

A. Magalhães.2?—I—96.

¦— ii 11 ¦ —1

JLeião e admiremTREMAO OS SRS. DRS. LAURO SODRE

E TEIXEIRA

Vigia, 18 de Janeiro de 1896.Exm.° sr. Senador Francisco . de Moura

Palha.De ordem do Prefeito de Segurança inti-

mo-vos para compareçerdes hoje ás duashoras da tarde na casa da Intendencia' Mu-nicipal, a fim de responderdes o que sou-berdes acerca dos factos occorridos nestacidade no dia 22 de Dezembro ultimo.

%iude e fraternidade.O escrivão, Francisco Antônio de Cana-

Iho.

Vigia, 18 de Janeiro de 1896.Sr. escrivão Francisco Antônio de Carva-

lho.Acabo de receber o seu officio de hoje

em que me intima de ordem do Prefeito deSegurança em commissão tenente do i.° cor-po de infantaria Manoel de Lima Castro,para comparecer na Intendencia Municipal ás2 horas da tarde, afim de dizer sobre os factosoccorridos nesta cidade, no dia 22 de De-zembro findo.

Revestido das immunidades que a Consti-tuiçao Política do Estado confere aos mem-bros do Congresso, nao posso acceitar umaintimâçàò tao absoluta e despotica, que sópôde ter emanado de quem desconhece osprincípios da Urbanidade, e o direito que alei fundamental garantio aos Representantes.

Sirva-se declarar ao sr. Prefeito de Segu-rança, em commissão, que nao acceito a suaintimaçao e que perante os meus dignospares pedirei ao dr. Governador do Estadoe ao dr. Chefe de Segurança Publica as in-formaçõos de que necessito, para provar aopovo do Pará que os direitos conferidos aosseus eleitos começam a ser violados.

Peço-lhe sr. escrivão, que junte este offi-cio ao inquérito ou devassa que estão pro-cedendo.

Saúde e fraternidade.O coronel Francisco de Moura Palha, Se-

nador.

CURA DO PEITORAL DE CAMBARÁO infrascri'>to attesta, a héni cia humanidade, que,tondo sido alheado de uma çonstípucao', acompanhado

do tosses d.,scspcrailnras, e, depois do ter feito doseu estomagí uma. Completa phanuncia', sem obter alli-vio algum, 1 meou mão do Peitoral do Cambara do Sou-za Soares, * só este importante remédio conseguiu de-bellar os "soífrimcntos

quo tanto o atormentava.—Olímpio (du AssmnJ>ção Oliveira. (Firma reconhecida)

Os agentes Rodrigues Vidigal O* O. (3

Alimentação publicaConscios da responsabilidade que contra-

himos para com o Governo Municipal e apopulação de Belém em virtude do con-tracto que firmamos para completo abaste-cimento do mercado de carnes verdes, jul-gamos de nosso dever trazel-os sempre aocon ente de tudo que sobre o assumpto seder para que saibam, povo e governo, osmeios que empregamos, as contrariedadesque suportamos e a guerra que soffremospara bem servil-os.

Grande parte d'essas contrariedades edifficuldades sao já bem conhecidas da po-pulaçao e desnecessário é repizali-as ; outraslia, porem, e bem importantes, que devemospublicar para que se evidencie a quem cabea culpa da deficiência de gado neste mer-cado, se ha motivos para isso, c se sao jus-tas as aceusações e clamores que alguns or-gaos da imprensa belemense nos assacamtao freqüente e desabridamente.

_ A greve dos fazendeiros de Marajó, cons-tituidos em syndicato offensivo e defensi-vo, obrigou-nos a importação exclusiva degado de outros Estados e do extrangeiro, oque alem de dispendioso e arriscado, é diffí-cil e incerto, oceasionando periódicas faltascomo também periódicas abundancias degado no curro.

Quando a ultima se dá, todos se calam,tudo vai bem, ninguém louva nem applaudeo contracto de 5 de Abril, quando a falta semanifesta, ahi vêm os coligados, os anony-mos, os Mirandas, os jornaes (felizmente jáum só), o povo, todos em fim bradando con-tra a Émpreza, a Intendencia e todos quan-tos concorreram e concorrem para a susten-taçao da baixa do preço da carne.

Os fazendeiros grevistas dizem que naotrazem seu gado ao curro receiosos de queos prejudiquemos comprando-o por preçosinsignificantes por sermos únicos marchan-tes, e pretendem d'est'arte justificar-se at-trahindo sobre nós o odioso.

A principio fizemos publicar em todos- osjornaes d'esta capital que nao só recebia-mos, para talhar de sua conta, o gado quetivessem, de accordo com o mesmo contrac-to, como também lhes pagaríamos o gado apeso por preço fixo. Muito poucos nos pro-curaram e continuam a remetter-nos seusbois, pois alguns que tal pretenderam fazerforam coagidos ao contrario pelo syndicato.

Como, porem, eontinuem os grevistas namesma insistência de receio do abuso, fizemosno dia 24 uma proposta escripta por inter-;•médio do procurador e sócio de um dosmaiores fazendeiros, para compra de todasas boiadas existentes.

E' esse facto que vimos trazer á publici-dade porque o seu resultado bem caracte-risa a justiça de receios e o espirito ordciio.e conciliador dos suppostos prejudicados.

A proposta que abaixo transcrevemos,teve como resposta que absolutamente naonos vendem suas boiadas em quanto existiro contracto de 5 de Abril e que a tomavamcomo uma affronta á classe (I ?)

Leia o publico a proposta, veja os preçosinsignificantes que offerecemos e diga quemsao os algozes do povo e os especuladoresda mizeria publica, como nos chamaram já.

proposta :Propon?o-nos a comprar as boiadas dos

fazendeiros de Marajó, pagando-lh'as á vis-ta a proporção que. nos forem entreguesno curro de Belém, pelos preços abaixo es-tipulados, nao devendo a exportação exce-der a dois mil bois mensaes: -;

Do dr. Justo Chermont a . . . 130S000« sr. Francisco Chermont a 130S000« dr. Pedro Chermont a . 135S000« dr. Jonas Montenegro a . 1350000« dr. Virgílio Sampaio a.. 1358000

De d. Brites Assis 130S000De Penna & Filhos a . . . . 150S000Do Coronel Silva Santos a . . 1408000

« « Raymundo Miranda a 1208000<¦ sr. Taveira Lobato a . . . 1208000

De d. Maria Leopoldina a . 155S000Ahi ficam os preços por nós qfferecidos e

nao acceitos pelos grevistas.O povo seja o nosso juiz.Pará, 26 de janeiro de 1896.

Coelho, Bezerra &

Companhia deOperetas de

Souza BastosS. Paulo, ás 9 h. e 30 m. da manha.

Very-Wcll—Pará.Agentes.

Seguimos mez de Fevereiro, Companhiade grande pessoal, elenco magnífico. Aviseo publico.

FIGURASPALMYRA BASTOS, prima-dona, vinte

annos captivos de formosura e elegância.AURELIA GOMES, artista desenvolvida

e intelligente nos papeis de interpretaçãodifíicil.

JOAQUIM SILVA, gracioso e esponta-neo, de chiste no seu papel enorme—Sal ePimenta.

ANTÔNIO PORTUGAL, um dos pri-meiros cantores do theatro portuguez, vozargentina, figura esbelta, sempre na alturado gênio que o cerca.

ALFREDO DE CARVALHO, notávelno alto cômico, sempre preferido das pia-téas, fazendo-as gargalhar suecessivamente,devido aos seus geniaes improvisos.

*Além d'estes artistas, seguem-se outros,

de que faremos menção na primeira mala.*

Operetas especiaes de que se compOe ogrande repertório d'esta Companhia, alli-ando ao seu grande scenario riquíssimoguarda-roupa, na maior parte ampliado enovo:

Sal e Pimenta, Tim-Tim Fim do Século,Solar dos Barrigas, mani'zclle Nitouche, Acigarra, A fada, Dragões d'El-Rei, Commis-satio de Policia, A noite e o dia, A volta domundo, Gran-Via, etc, etc, etc.

*PESSOAL TECHNICO

Machinistas, comparsas, bailarinas, musi-cos, scenographos, etc.

*Companhia escolhida por SOUZA BAS-

TOS para cumprimentar gentilmente o povoparaense.

Boletim do CommercioMercadorias importadas

CARGA do vapor Maiuf, de Manáos.B. A. Antunes & C." peixe 3360 kilos, manteiga

53 latas, Mello Sc C peixo 3450 ditos, taboas 24;S. Paiva & C." peixe 5010 kilos, Vieira & Irmãopeixe 2360 kilos,. caçou 750 ditos, Antônio dos SantasCardoso & C* peixe 226c kilos, Velhote Brito & C."peixo 2280 kilos, M; Castcllo & C." peixe 2130 kilosborracha 235 ditos, cacau 83, Guimarães MendonçaSc C." peixe 1350 kilos, bor.-icha 712 ditos, Santos SÓ-brinho & C." peixe 780 kilos, Agostinho Bentes & C."peixo 750 kilos, Barreto & Tombo peixe 400 kilosborracha 150 ditos, Luiz Figueiredo peixo 825 kilosA. Braga & Ç.* borracha 500 kilos, João Alegria daCosta & C." borracha 159 kilos, C. R. Romariz &C."peixe 450 kilos, Souza Torres Sc C." borracha 128kilos, M. J. Noronha, borracha 165 kilos,'S. Nahmias& Innilo horracha 67 kilos.

AoHíe moveisSALA DK VISITA.

De uma mobília do mogno, um cnndicirocellana, vasos dita o diversas teteiris.

por

cossimercioOs

Gtneeros entradosRESUMO DE CARGAS

vapor m.Entrou hontem de Manáos,seguinte carregamento:

Peixe 25.405 kilos, borracha 2116 ditos,.ditos, manteiga 53 latas o taboas 24.

uu com o

cacáo 833

Banco Norte do BrazilDIVIDENDO

Do dia 3 de Fevereiro vindouro cm diante, pngar-se-ha, n'cste banco, o dividendo do segundo semestredo anno findo, na r.-i2ão do 6$ooo por cada acçilo.

Os possuidores de acções ao portador, deverão apre-sentar os seus coupons, devidamonte numerados.

Pará, 2a de Janeiro do 1896.O director-gerente,

Purgações antigas ourecentes

Está provado por grande numero de experiênciasque o único remédio quo deve ser usado para estas.doenças ó o Blenol, a interna o externamenteO Blenol 6 um veidadeiro especifico das doenças dasmucosas, nos homens ou nas senhoras, e o único quotem merecido ser adoptado pelas summidadcs médicas,não só por ser completamente inoffensivo, como pelascuras maravilhosas que tem produzido.

A SYPHILISSabcis quanto são perigosas e incommodas as doen-

ças syphiliticas? Se quizordès evilal-as, ò facilimo, por-que nenhuma doença contagiosa so transmitte ou re-produz, se dentro de 6 ou 8 horas se molhar o logardo contacto com uma água que tem o nome de Sc-gtiro da Saúde.

Emílio A. de Castro Martins.

VAPORES A ENTRAR

São Salvador, do sul, Ilubert, de New-York, Gran/cnse, de Manáos, Brasil, do Manáos,

VAPORES A SAHIR

Cabral, para Maranhão a ..... .Brasil, para o sul, a . São Salvador, para Manáos Granjense, para a Europa,

(7

27272729

27293030

AVISOS MARÍTIMOS

*JJmffi\VIAGEM AOS RIOS XINGU E jARY

O vapor Flamingo sahirá para os rios Xingu e Jaryna noite do 28 do corrente, fechando o expediente natarde do mesmo dia.

LINHA DE ITAITUBAO vapor Imperatriz Theréza sahirá para Itaituba

no dia 28 do corrente, fechando o expediente nataide da véspera.

Um rápido resultado« Illm. sr. Beirao. \- Belém. — Cumprindo

um dever sagrado,) venho agradecer-lhe ogracioso obséquio que gentilmente me fezde um vidro do poderoso especifico de suainvenção e manipulação — Café Beiião —contra sezões, moléstias de que me achavaatacado ha muitas semanas, usando até en-tao de outros medicamentos sem proveito;certifico a v. s. que comecei a tomar do seúlicor no dia 15 do corrente, mesmo já comforte accesso da febre, porém no dia seguin-te, 16, nao me voltou, continuei nesse dia atomar o seu remédio e com grande satisfa-çao minha, nao mais repetiram os accessos,e hoje 18, acho-me restabelecido de tao in-commoda enfermidade. A' vista deste rapi-do resultado que obtive pelo emprego do seumaravilhoso preparado nao me resta duvidanenhuma em aconselhal-o aos que soffremde tao perniciosa enfermidade. E destapôde v, s. fazer o uso que lhe aproúver. Soucom subida estima e consideração. — Dev. s. attento creado venerador —JoaquimFrancisco de- Azevedo, — Escrivão do vaporXingu.

«Belém do Pará, 18 de Abril de 1890.(I2—p

CURA DO PEITORAL DE CAMBARÁ

Em casa-do abastado fazendeiro dr. Filcno Gonçal-ves de Medeiros, foi acommetida de uma aflccção pul-monar a cxm\ sra. d. Leonidia Vellas, cunhada d'aquel-le cavalheiro, a qual, depois de usar muitos medicamen-tos sem proveito, curou-se radicalmcnto com o uso do«Feiroral de Cambará» de Souza Soares.

Os agentes, Rodrigues Vidtgal Sc C, (8

Protectora da pobreza50s000$000

Hoje, segunda-feira, 27, corre a 4.»serie da loteria do plano A da afamadae opu-lenta Empresa «Protectora da Pobreza,» dopopular plano de 50:0008000 integraes, eus-tanrlo cada dezena de números seguidos408000, bilhetes inteiros 4S000, meios 28000e fracções.iSooo.

O portador-de uma dezena, tem a enor-me vantagem de jogar com dez números se-guidos e uma vez bafejado pela sorte, rece-

'be, além do prêmio, as approximações, de-:zenas, centenas e terminações tudo no total :de 52:594:000 por 408000 custo dadezenâ!!

Na popular Agencia de Múura Ferro &;C.a tem a maior collecçao de números paraescolher. Aproveitem.

Madeira no diaexpediente na

LINHA DO MADEIRAO vapor Maná sahirá pára o ric

4 do Fevereiro próximo, fechandotarde da véspera.Receberá a carga ern transito e a do trapiche nos dias31 o 1".

O vapor nao fará escala por Urucará e Silves,

LINHA DE MANÁOSO vapor Rio Branco, sahirá para Manáos, com cs-

calas por Urucará e Silves,no dia r do Fevereiro pro-ximo, fechando o expediente na tarde da véspera.

Um guarda roupa do cedro e cama com colchãode molla, um tòilot-còmmoda com pedra c espelho,um dito de nogueira, uma commoda do cedro, umtíibide austríaco, vasos, cte.

SALA DE JANTAR.Perfeita mobília do nogueira, constando das se-

gmritcs peças:Um giiarda.lõuça, aparador com pedra c espelho,um aparador, um trincllnhtu, uma mesa elástica com

5 taboas, doze cadeiras do espáldnr, ,| ditas do ba-lanço, uma banquinha para pliiltro, um par de vasos,uma carteira de cedro e dois licoreiros.1'KIMEIKO QUARTO

Uma commoda de codro com pedra, um lavatoriode cedro com espelho, uma Jardincira, um cabidoaustríaco e dois pares de vasos.SECUNDO QUARTO

Uma.cama com tpllà do arame, um berço austríacoc um lavatorio do cedro com espelho.CORREDOR

Um candieiro e dois capachos.

O AGENTE COSTA BEMFICA

Com escriptorio á travessa Campos Salles n. 20 au-ctonsado pe sr. José Rodrigues Martins mio rotirou-sccom sua familia para o Estado visinho, venderá em*leilão,

Tarça-faira 28, a I hora da tardano prédio n. 92 A a rua do dr. Assis, (Cidade velha)

Tamboih vender-se-á neste leilão diversos chies e osólidos moveis de consignação, fabricados em uma dasprimeiras fabricas de Lisboa, a sabet:

Um"rico guardo-casaca de castanheira com porta deespelho crystal bisautó, dois lavatorios com espelho docrystal bisautó, dous rctraitsdo mogno com pedrauma cama de castanheira, um n trait com pedra o oitocadeiras do castanheira.

A í horca da tarde92 A Rua dr, Assis 92 A

)CIDADE VELHA)

Leilões PermanentesTODAS AS SEGUNDAS li QUINTAS-FEIRAS

DIAS ÚTEISA 1 HORA DA TARDE '

Na Agencia FurtadoA RUA 13 DE MAIO N. 78

Esta antiga e conceitoada 'AGENCIA deleilões e corretagem, conhecida e recom-mendavel em todo o

HOBTE E SUL M BEPÜBUCl

laixo nssignados fazem sciente ao respeitávelcorpo commõrcial d'esta praça, quo dissolveram aini-gavelmente a sociedade que girava 11'csta praça sob arazão social do Alves & C", estabelecida á travessaDcmotrio Ribeiro n. 2, ficando o sócio Manoel JosóAlves responsável por todo o activo e passivo da lir-ma, e sahindo o sócio Ignnrio IVreira Godinho em-bolsado de seu capital e lucros e desonerado de todao qualquer responsabilidade, desde 31 do Dezembrop. passado.

Pará, 25 de Janeiro de 1S96.Iguacio Parira Godinho.Manoel Jau' Atvrs, (.2

Ao cíMBísaaeifcioNtis'abaixo nssignados conununicamos ao corpo com-

mcrcial d'esta praça que em 23 do andante dissol-vemos a sociedade que tínhamos no escriptorio decominissõcs sito á travessa Occidental do mercado ns.8010, sob a firma Silva & Franco, sahindo em-bolsado de seu capital e lucros o primeiro dos sig-

DU. I.U Cl ANO CASTRO,Iwpen.-.Ii,lado—l'art„ssultório — Ria dedas 2 lis 1 horas.

eómedico e operador

moléstias de seuhor.11Santo Antônio, n." 31, 1. ,

,, ,¦ , - -Residência — Rua i3 'de

Ma62.—Chamados' por escripto.

DU. O'Dr. Assis

WALMF.IDA,,,. ... ¦-¦ "culista. Residência— ma ,|„

TÍDVÕGADOS

horas ila manhã pode ser procurado dastarde.

PraçnXulScatV £ ^^«^

natarios.Pará, 23 do Janeiro do 1R56.

Antônio da Silva Carrilhas.Tilo J'raiico Gomes d'Oliveira.

Ê---1_áL c> commercio

Lov;inioíí ao conhecimento do corpo commcrcialquo desde ,-4 do:¦andànre..constituímos uma sociedademorcauii! para o cemmoVfiio ílc sercos e molhados e

, cm conunandita para o, primeiro dos sig-do solidariedade para ós dois últimos, fazen-lirraa íjilv;t/& Franco, :-di< Jãn-júyi de iBcjtí. (i

. Ai,:~-vü da Silva Carrilhas; "

':.Tif<fÍFraneo.C-tmcsS' Olheira.

Josí Gonçalves da Silva Roclià.

DR. ANDRADE FREITAS-rua Cons.° joão Alfredo, 53,'advogado. Escriptorio[>* andar.

o^^I^.Í^^SOCHAVI-ri,, ,i„ ,,i .-.. .,

~"'vl J-? ''•» installado seu escrint1 a rua 13 do Maiseu escripto-

35- r." andar.

_S^^og51pÍl;^ >ãoDR. TIIEOTONIO

laria). Telcphonu 262.

16,

coinnii-Kõeí:„vtaxi<.w:.o^vdo',nsò:'da

Pura, 23

O abaixo assignado-' far. publico que encontrandonomo cgual ao seu, de hoje em diimte ' assignar-se-a|osò Gonçalves da Silva Rocha..' >

Pará 23 do Janeiro de 1896.Josi Gonçalves de Unia.Rocha.'¦'-

Real Sociedade PortuguezaBeneficenteConvido os srs. Sócios que so acham cm atraso com

os corres Sociaes a satisfaserem seus débitos ató odia 31 do corrente, sob pena de serem eliminados.

Pará, 7 de Janeiro 1896.JOSÉ GOMES DA CRUZ E SILVA

i.° Secretario (4

em seu escriptorio á travesí/"fj T~ W ™cont™<io

das n ás 4 da tarde. ' -Setembro n.

ENGENHEIROSFrancisco BoIonJia

ENGENHEIRO CIVILEncarrega-se da execução de todo o qualques"'bolhorelatlvo íl sua profissão, com cspeeiaHdad!

proicctos-. completos de coastrucções civis, de ar,..com todiis. as exigências da Municipalidade.' '

Encontrado dlana.nènk, na Intendencia :.;„.,.v r J \,h"™ ,da VA''ltí'« orn .sua-residenci. .¦_uJa^d8 Nazarclh, n..,, das 4 da tíiirdeem ,;,-,- ,

*'¦¦¦ r>R

4~

i

~igs>..

A. O;DÔ-,

nm:h;stria— -80 '-'.1; •

armazéns, para serem

EL-ieSZJLiOjElgB

Recebe em seusvendidos em leilão:moveis, Míei'csMloi*isí,.N, iiiiu-dezas, jóias, brilhantes,mobílias «le famílias,que se retira para fora do ESTADO, eencarrega-se de fezer leilões em casas parti-ciliares, liquidar estabelecimentos commer-ciaes, vender, em leilão casas, terrenos pre-dios animaes e etc. etc.

Promptidilo em pagamentos serviçoexacto, prompto e descripçào absoluta.

te n çaoAgencia FURTADO é no prédion.° 73. do meio dcstingmdo-se-por

uma placa e uma bandeira no andarsuperior.

Declarações e avisos

Ao eoEJísasea'eio

Escola PJormalDe ordem do sr. Director, sao chamados

a comparecer neste estabelecimento, no dia27 do corrente, ás7il2 horas da manha,para os exames da 2.a epocha, os seguintesalumnos: •

francez, i.° annoDD. Alice cie Brito Bastos, Clara V.Lobo,

Joanna da C. Carvalho, Joanna M. dos San-tos e o sr. Alexandre Oliveira.

ARITIIM ÉTICADD. Edelvira P. de Vasconcellos, Elisia-

ria Silva e Maria Augusta V. do Couto.GEOGRAPHIA E CARTOGRAPHIA

DD. Balbina L. Pimenta Bueno, CesalpinaBelfort, Maria L. de Lima Villela, Sarah P.Rocha.

PORTUGUEZ, 2.° ANNOD. Balbina L. Pimenta Bueno.Secretaria da Escola Normal do Pará, 24

(le Janeiro de 1896.—O secretario, Raymun-do Monteiro Junicr. (2

Club dos MaehinistasASSKMBl.KA GERAL

De ordem do sr presidente Francisco d'Assis Carne-lier, previno aos srs associados que o Club esta fune-ciomindò em assomblon geral, em dias suecessivosaté terminar o processo do tomada de contas da di-rcctòria passada,

Pará, 24 de Janeiro de 1896.Christòvão Júanchco M, Cullogs.

' TítrA DAConsultas daa ; <k ,,„,,,; /,, 4 ^ ,.!r,Iodos os trabalhos feitos nV<r- Gabirvsao garantidos. '

DeiltlSta. Emilio Falcão. Ci-rurgião Dentista.—Eua de SantfAn-tomo n.° 12.— Consultas das 7 ás lihoras da manhã e das 2 ás 5 da tard-a

(3LEILOEIROS

O agente Costa Bemfica atravessamÔ^°LS?"CS

"; 2°' indica 9"™>vP"íi« comprar ummotor de força de ia a 15 cavallos próprio para ser!

AVISOS ESPECIAES

PHOTOGRAPHIAInforma-so quem vendo uma câmara plioto.-raphicainstantânea, muito portátil, com lente obturador, 3 è

"sis e tnpot toda montada era aluminiim, compídbiínch-e novai a venda é feita com todos os accessorios deSvS ^

na aKcncia Costa Bemfica .-,travessa Campos Salles n." ao.

HstA conformo.João Gualberlo da Cosia. Secretario geral.. (3

Escola Normal

5>e calçados para homense senhoras

Pelo agente Souza na agencia Furtado, por contae ordem de quem pertencer, será vendida ao maiorpreço, uma grando factura do calçados que acima no-ta-se.

A's 2 horas.

De cadeiras americanascom assento «le madeira,'ditas austríacas sem-

plese «le balançoO agente Souza venderá para liquidação, a quemmais der, 5 dúzias do cadeiras servidas para sala de

visita c varanda.Scrao vendido* no mesmo leilão diversos movais de

família, com pouco uso, como sejam:Um guarda-louça de pau amarcllo, 1 aparador de

cedro, 1 lavatorio com espelho, uma machina de cos-tura, uma estante para livros e 1 importanteda roupa com porta do espelho. -

A's 2 horas.

guar-

c.«.P. S. — Ao terminarmos este, eflectuamos

a compra de 300 bois dos fazendeiros Nu-nes Ferreira & C.a, dos quaes recebemoshoje 200—que já estão em nosso depositoçm Gurupatuba,

BLENOL EspccIMco <Ias Itillnimnnçocse corrimentos das mucosas, re-

centes ou chronicos, nos homens ou nas senhoras.

CURA DO PEITORAL DE CAMBARÁ

O distimeto cavalheiro sr. Joáo Custodio de Andra-de Juior havia mezes que soffria de uma

' furto o in-

coinmodativa rouquidão. Usou vários medicamento»sem proveito c finalmente, o Peitoral de Cambará,de Sousa Soares, realisou o seu restabelecimento com-plctn.

Os agentes, Rodrigues Vidigal ãr (5

São agentes e depositários do afa-mado PEITORAL 0ECAK1-B&Rift, neste Estado.

Rodrigues, Vidigal é C.TRAVESSA 00 MARQUEZ DE TOMBAI, (l

NA AGENCIA FURTADO A' RUA 13 DEMAIO N. 73. O agento Souza venderá cm leilão um grande sor-

ümento de gravatas, collarinhos, meias, flores artifi-ciaos e outras miudezas,

A's 2 horas.

l>e jóias de ouro de leie pedras preciosas

Na agencia Furtado serão vendidas pelo agenteSouza, por conta de quem pertencer, diversas jóiasde valor.

A's 2 horas.

COSTA BEMFICAESCRIPTORIO

Travessa Campos Salles n. 20Tclcphoue n.° 22$j-

Competentemente anetorisatio pelo^r. MA-NUELPEDRO,que retirasse para a Europa.

Fai loilão dõ bons movais,- a'pparslha3 da porcellana paraalmoço a janfar, tíans da cosinha etc, etc,SECrJüírpÀ FEIRA 27

"

Ã1 hora da tardeA*' estrada do Conselheiro Furtado n.° 36,canto da travessa dos Tupinambás.

Constando este leilão de moveis, taes como: uma mo-hilia de mogno, um espelho de crystal, uma estante denogueira para livros, uma jardineii a. uma mesinha parafumantes, duas ai mofadas bordadas a matiz, um pardo escarradeiras, um relógio feitio chalet e lager, umacommoda de cedro, um toüctte, lavatorio docom pedra o espelho, um guarda roupa douma cama de nogueira, um retrete. de nôgueha, ummt.squiteiro, uma carteiia, um guarda-lniica aparadorcom pedra c espelho, um aparador, um reguladoramericano, uma banquinha para filtro, um filtro, 4cadeiras de balanço, 11 cadeiras de nogueira, um la-vatorio, uma pedra de lousa, e o mais quo estará pre-sente no acto do leilão.

Os abaixo nssignados declaram que a coutar de23 do corrente, contfaliiraní unia sociedade no esta-belècihiénto do seccos o molhados a travessa do S.Matheus n.° 10, de responsabilidade cm commanditapara o primeiro e solidaria para o segundo dos signa-tarios; ficando substituída a firma do Serafim Go-mes da Fonseca, pela de Annibal Simões Silva, de eu-ja firma só este fará uzo.

Fará, 27 de Janeiro dti 1896.Serajlm Gomes da Fonseca.Annibal Simões Silva.

Ao coaiBsaiereio9

Tendo-se retirado da firma Alves & C." o sócioIgnacio Pereira Gudinho, embolsado de seu capital elucros, declaro que assumo a responsabilidade de tudoo activo c passivo, continuando com o mesmo gênerodenejocio sob a mesma firma do Alves & C."

Fará, 1 de Janeiro 1896.Manoel José Alv

Na Secretaria dícsta F.siurgência com os srs. Bentaria Christirm do Rogo cCosta.

ola precisa-se fallar, comBcntea d'Oliveira, Igna-Romunldo Fernandes da

(2

[3

mognocodro'.

Sociedade Beneficente TypographicaDe ordem do sr. presidente, levo ao co-

nhecimento dos srs. sócios, que podem serprocurados para qualquer negocio social, osseguintes funecionarios:

Presidente:—Joaquim Carneiro, na typo-graphia da Folha do NorJe, largo de Palácio,n. 17.

,:."secretario:—Antônio Nunes, na typ. ú'AProvíncia do Pám, travessa doPassinho, n. 21.

. Thekoujciro:—-Jlaltosinho Júnior, typ. daFolha do Norte, Jargo de Palácio, n. 17.

Procurador :—JoZo.Navarro Porto, na typ.do Diário de Noticias, rua de S. Vicente, can-' to da travessa i.° de Março.

Belém, 22 de janeiro de 1896.

Antônio Nunes, i.° secretario.

Grêmio Luterano Portuguez* *?ASSIÍIIBLÉA GERAL ORDINÁRIA

Por ordem do sr. presidente, e em harmonia como quo dispõe o art.: 33 dos Estatutos, convido os di-gnos sócios a reunirem-se em sessão ordinária de as-semblea geral, no dia 26 do corrente, ás 9 horas damanhã, afim de seiein empossados os funecionario ciei-ros para o anno corrente c serem lidos o relatório da(litectoria actual o o parecer da commissão fiscal,

Pari, 21 de Janeiro do 1896.' . J. Hk Seabra

1,9 secrctirio, da^N^sembléa geral (2

GRÊMIO lÍVeRAMO PORTUGUEZ[ lulas.,

Em harmonia ,com o que dispõe o Art", 68 do Re»u-lamento interno./acham-se abertas no Grêmio LitheranoPortuguez, as matrículas para as aulas do portuguez,francez e escnpturacfio mercantil, as quaes devem prin-ciplar no mez de Fevereiro próximo.Pará 10 de Janeiro de 1896

' O Io Secretario-

Adolpho CunhaAgente de leilões, cora escripfc

RUA 13 DE MAION.0 67.AESPECIALIDADE

(6

ono.

MASCARASJ. Ferro |& C.\ á Travessa de :Campos

bailes n. 11, vendem uma importante collec-çao de mascaras, adereces e outros objet:U>spróprios para carnaval, por preço rásoavriVerv-VVell— n.° 43 telephone. 2

Vende-se duas casas novas, próprias parafamília de tratamento.Tiata-se no Boulevard da Reguclica n. -o

-A. SAMPAIO. (8

Companhia das Águas do Gran-ParáI EU LIQUIDAÇÃO

De novo s.ão convidados os srs. accionislas da Com-panhia dasí Águasàas oito ás''"cabe

asvjioz da|f/iidáçãô

> valor de

srs.a virem, em todos os dias uteis,manhã, rocober a parte quo lhes

. . inclusive o ultimo rateio de 10¦l2 "Io do vaior de suas acçflcs.São egualmento convidadas as pessoas qne tôm de-

ponto, parjl garantia de consumo, a rirem recobol-os.Todos oji pagamentos serão feitos ató 31 de Janeirocorrente, 1 fazendo-se, terminado esto praso, deposito

judicial do que não houver sido reclamado, conformeo dchbcrríu a ultima assemblea geral da Companhia.

Expediente A rua da Industria n. 56 (sobrado).Para, jii do Dezembro do 1895.—Os liquidantes,

íbis Aútonio Ferreira Bentes, Manuel Pereirr Dias.(1

S.GERMONT-RELOJ0EIR0

RELOGIJS SUISSOS K AMERICANOS DE TODAS ASQUALIDADES

Agencia dos Chronometros VictoriaVarejo o atacado a preços baratissimos

Concertos de relógios de algiboira perfeitos e ¦-.,-rantidos

I<argo das Mercês, jp°\£.y

Junto a casa A' Frênd Sc Comp, (21

CocheiraAluga-se uma para dois cavallos, lugar para um cá.ro de luxo e carroças á tratar com o agento Adolpld rua t3 do Maio n. 67 A. '

De loo.ooo a lo.ooo$oooO agente Adolpho, com escriptorio A rua n d.de Maio n. 67 —A indica quem empresta de .100.000 a io.ooo$ooo. * *

CoiBspj&.ííIiIís, Us-SsíUísí, de E.:. jp. _?a,i<ae».se

Convidamos os srs. acciom,tas a assistirem il mau-guração do serviço de illaininição publica, pelo syste-ma electricb, que terá lugar .10 dia r." de Fevereirovindouro, ás 6: s& horas da Urde, na respectiva Usi-na, d rua da j\hinidpalíd,if^ _t°f 305.

f^tüi'1 A. de Caxiro Aíár/m.Fífíicrii o Pusine!li.João B. Bec/íMari;J.w.fo Fretias do Amaral.Franz Nnttguebauer. (*

Efic»Isa Pío2'Kial

Venda sem reserva de preços.A' 1 hora da tarde,

I>e unia importante faeíii-ra de Charutos da

BBaüssaSEGUNDA-FEIRA

O agento Antônio Sousa cm seu escriptorio. á tra-vessa de S. Matheus, n. 8, fará leilão por conta dequem pertencer, de uma importante, factura de dtver-ias acreditadas marcas de charutos da Ilahia. I

Vend.» par» li(juJ4ajjo 4U 9 |wtM,

De ordem do sr. Diretor da Escola Normal, façopublico, que no dia 5 de Fevereiro, ter.i logar nó sa-lão de honra d.) Theatro da Paz, pelas 8 horas danoite, a sessão solemne, para entrega dos diplomas ásaluinnas que concluíram u curso normal : DD. Am-brosina Martins Sármanhò. Gemina Pinto, JdáqiiináSalgado, Maria Martins Sarinaiiho, Maria José Ra-bello e Rosnlina Mlncrvina de Souza Alvares.

E para que chegue ao conhecimento de todos, vaipublicado pela imprensai

Se'creWa da Escola Noinial do EsUado do Pará, 25dcjaneiiõ do 1890,., O Srcrctario

Rajtnundo .\.rou:ciro Júnior, (9

INFORMAÇÕES UTEIS

MÉDICOS

DÚ. FIRMO BRAGA, medico especialista em par-tos o moléstias da mulher. Residência —ma de SantoAntônio, (io. Telephone 270. Consultas das 910 ip na Pharmacia Minerva.i[? as

Bom emprego de capital' Vende-se uma bfta casa por pouco dinheiro do duas

jancllas o porta, sala, alcova, varanda, quarto e cosi-ilha na puchada, com poço e grandes fimdos, em. umdos melhores logares do ümarisal com linha do bonds.1 porta, quer de descida ou subida.Travessa TJ. Roraualdo do Soixas n." 90

,JL l^wi C,"m ° PreP°st0 d° agente Furtado naagencia Furtado ou no Boulevard da Republica n •

39. com o mesmo agente.

Vende-se 3 casas de porta e janella, no largo dochafanz n.° 52, 54 o 56, recentemente construídas opor módico prcçcwY tratar com o agente Costa liem-fica, A travessa Campos Sallcs n." (7

br; silvasiüencía — tr. dr

ROSADO, medico e opi-rador. Re-Sã» Matheus. n. 177. Telephone 1522.

DK. HENRIQUE MENDES, corh pratica nos hos-pitaes do' Paris, Vienna e Berlim;—Especialista emnjblestiaa dos olhos, da - garganta, nariz o ouvidos.Consultas das 2 ip ás 4 ip da tarde, A rua Trezede Maio n. 115, (altos da phanuacia Minerva). Cha--.nados por escripto. Telephone 15S2. Residência, Es-(rada do Níuarctli n. 37,

PR. UMA GUIMARÃES,GOnsuItaá todos os dias: dasngíl cm sua residene ; das 3 áímaria Sant'Anna, ao lárgb do

Ao commercioMnnnel I cdro & C". fazem publico que em

de 2 do co:rente admtlrjhun para su*:Ío da suaconimerci.il o sr. Wenceslau Pedro da Silva.

Tara, 23 de Janeiro de 1896.Manoel Pedi o cV C

datacasa

U-.-A;, ¦¦). J oi* W-k ^¦J

Eipedãlidadq'o que recebeufebres.

Rl-SIDKNCIA-n. 15S5.

OS

Partos,mais

operador e parteiro.—6 ás 8 horas da ma-4 da tarde, na Phar-mesmo nome.

AO COMMERCIO IMPORTJjV»)Tendo nós aberto escriptorio em «Bucnos-Avrcs, ealretado vapores para viagens regulares e direclás entreaquella praça e a do Pari, con, avisos antecipa.!.

",lsuas sabidas, prevenimos ao commercio importador „„.lecebcrenios cargas por fretes rasoaveis.

Pará, 18 do Janeiro do 1896.' ¦'- ':

Coelho, Bezerra &> C dCasa de Pensão

molrstías de senhoras.iporfeiçoados njipiin Ih

(par»a) j

¦Largo de Nazan th n. « Telephor.e

DR. MECENAS SALLES. lispeciaUdãdo: partos omoléstias d(* mulheres. Constil&)rÍos — Drò>aria Na/ar-lh, de 1 ás 3 horas da tatde. e Pliãrnaèia ("Jalénó-das S ás 9. horas da manha. JVlcphune, 1565: Resi-dencia—esündâ Generalíssimo pcçqoro. n.

'

Aluga-se quartos mobiliádos, acecitando-se pensionistas por preços rasoaveis.

Serviço esmerado.

114—Rua Sova de SanfAnna—m

¦34-

,;DR. PEREIRA DE BARROS, medico e operador.Especialidade :- partos c moléstias das vias genito-uri-narias. Dá eorWtaa na Pharmacia SanfAnna, das 7is 8 horas dr. |.iá c em sua ic-idcncirt, do meio diaá I hora da tifdo, onde recebo chamados «1 qualquerhnti TwráhoM n. in<

K.

LIYRARIA CONTEMPORÂNEADF.

K3013KA SALTOS S ^s-=V6V

^''"^^RIANO2o~h„a Conselhtro João Alfredo—20ESTADOS-UNIIjOS DO BRAZ1L—PARA'

«»—Fabrica de livros era branco, papelaria,typograplua e encadernação.

Miudezas t, objectos d« luxo, etc etcv

K''i^^^Sn

MANCHADA 1 MUTILADA ILEGÍVEL^¦n-'.w^-<s.ii,-,-.r-'~--^ --. I

Page 4: V*™^memoria.bn.br/pdf/101575/per101575_1896_00027.pdfafanosa do moderno jornalismo. Sua redacção trabalha até as 8 ho-ras da noite, podendo, até então, ser- ... O referido nome

' .''.'( ;í-:-r-'¦ > .'i>'v'-'i

I .

1

Folha do Norte—27 de Janeiro de 1896

v;..__/ LICOR PARAENSE(appròvado pela junta de hygiene DO TARA) \

Xovo e único especifico infallivel na cura das SEZÕES, febres Intermittentes, palustres, perniciosas e inflaminaçoes do fígado e do baço, sem dieta.

CTTRAS MARAVILHOSAS

TÔNICO I Mm

JJÍ; ¦

ÚNICO DEPOSITO

1>"i alivcl «PnPreservativo i n • i "h iilil

DO

I•aga

1

PE. SIQUEIEA CAVALCANTI——— ¦ m ¦ i—''

Poliümónte ift se acha rt venda esto antigo e acreditado remédio"PRÉSERVATIVÜDA ERYSIPELA" do dr. Siqueira Cavalcanti, na acreditada

"Pharmacia SanfAnna."ibnixo ritiMicámos alguns attostados dos mais antigos, nio só para provar a sua effíca-

cia, como principalmente, desde quando ollo é conhecido do publico.

-Moscados de cura com o "Preservativo da Erysipela"

i

;.vi

•v.

¦ v*> ¦'

V

?;V'

Attesto que tendo empregado o mcdicamonto dy-n imisado, que uos foi foraccido polo sr. dr. Manoelde Siqueira Cavalcanti para o tratamento da erysi-pela, colhi sempre resultados superiores aos de todosos medicamentos conhecidos, lím testemunho de verdade,c por mo.ser pedido, firmo o presente.

Rio de Janeiro, ij de Junho de 1874.—Dr. Sa/nr-nino Soares Meirellcs.

Concordo perfeitamente com o parecer supra.Dr. Joaquim José da Silva Pinto,

O ABAIXO ASSIGNADO, DOUTOR EM MEDICINA PELAFACULDADE DO RIO DE JANEIRO, ClRUROlAO-MOR DE BRIOADA HONORÁRIO DO CORPO DESAUDE, CAVALLEIRO DA IMPERIAL ORDEM DECHR1STO, ETC.

Attesla, sob o juramento de seu frfitu, que tendousado de um medicamento, que lho foi fornecido pelosr. dr. Manoel de Siqueira Cavalcanti, denominado—1'K.ÈSERVATIVO DA ERYSIPELA — tirou sem-pio o melhor resultado possível, de sorte que os do-entes até hoje n;to foram accometidos das erysipelas,quo soflViam freqüentemente.

Rio de Janeiro, 19 de Junho de 1873.Dr. José Lino Pereira Junior.

Declaro, por ser verdade, que, padecendo do erysi-pela, foi-me dado pelo sr. dr. Manoel de Siqueira Ca-valcanti um medicamento, do Iqual fazendo uso, poraipins dias nunca mais, até hoje, mo tornou accom-metter essa enfermidade. Por me ser pedido passei oprcséhtcj por mim feito e assignado.

Rio de Janeiro, 16 do Junho do 187.1.Duque de Caxias,

Attesto, que tendo sido applicado, cm 1869, polosr. dr. Manoel do Siqueira Cavalcanti a uma pessoade minha família, quo estava soffróndo de erysipela, oremédio de sim invenção; intitulado—PlvESERVATI-VO DA ERYSIPELA — desappareceu a moléstia; comopor encanto, c não tem reapparecidò até o presente;o que afüniio em fú do verdade.

Rio de Janeiro, 6 do Acosto do 1874.Dr, Joaquim José de Campos d<i Costa de Mcdei-

fãs C Albuquerque,

Eli abaixo assignado att-stn que, achando-nio has-tnnto incbiiimÒdadò com dor « porturbnyfio de cabeça,r outros syniptòmas inhi-rcnti.-s ao estado crysipelatoso,isinetn 1872, tornei o l'UESERVATIVO DA ERY-glPELÀ do sr. dr. -Manoel de Siqueira Cavalcanti, o|oi<ü A segunda dúso .senti-mo livro do maior incom-medo, finaÜsando pur achar-mo cm um estado satisfa-

•'í.torio o curado. K por me ser pedido, o conforme Averdade, passo o presente.

Rio do Janeiro, 4 de Ago:ito de 1874.José Baptista Martins de Souza Caslellões

Allesto, que em pessoa do minha familia, e por ai--umas vezes, tem sido applicado o medicamento —PRESERVATIVO DA ERYSIPELA—descoberta dodr. Manoel do Siqueira Cavalcanti, sempre com omais prompto e satisfactorio resultado. O Preservativoda Erysipela ó o quo tenho visto do mais enérgico, edf accão mais proinptã pára combater aquelle mal.

Recife, II do Dezembro do S873.Dr, Blyseu de Souza Martins

Tive em 1871 dez crypelas em uma perna : fui áKuropa, considerei-me curado: voltei, - pouco depoistivo novo ataque; tomei então o remédio — PRESÈR.*VATIVO DA ERYSIPELA—do sr. dr. Manoel doSiqueira Cavalcanti c cessou a moléstia, ha mais deum mino. Creio ser isto efleito d'aquelle remédio.

Rio do Janeiro 13, de Junho do 1874.Barão de Cabo Frio.

Attesto, que havendo soffrido fortes erysipelas em uma,i.rna o tomando o remédio fornecido pelo sr. dr. Ma-

noel do Siqueira Cavalcanti, denominado—PRESER-VA1Iv"0 DA ERYSIPELA—depois disto já temdecorrido Ires annos, sem quo tenha reapparecidò omesmo mal.

Recife, 29 do Setembro do 1873.O CONSELHEIRO Francisco de Paula Baptista.

Era abono da verdade declaro, que minha mulher,por mais de 10 annos, soffrcu de erysipelas, appare-cendo-lhe o mal todas as luas, e que tendo usado dosmedicamento—PRESERVATIVO DA ERYSIPELA—ha mais de três annos, deixou de ter os accessosdaquella moléstia, conseguindo ao mesmo tempo o de*-apparedmento da inchaçao, quo já tinha na perna.Declaro mais que a doente usou do medicamento diasantes do accesso, e, quo aquelle remédio mo foi for-necido pelo sr. dr. Manoel de Siqueira Cavalcanti.

Pernambuco, 2 de Setembro de 1873.Bento da Conceição Ferreira.

Attesto que soffri, por muitos tempos, repetidosataques de erysipela, o que, ha mais um anno, não ostenho. Creio, quo devo o meu restabelecimento aomedicamento—PRESERVATIVO DA ERYSIPELA— do dr. Siqueira,

Recife, 8 de Março do 1875.Condtssa da Boa-Vista.

Em abono da verdade attesto que, por mais dotrinta annos, soffri de erysipela, sendo que ul-timamento era accommettida pelos respectivos ata-quês, do quinze cm quinze dias; ha porém, uns seismezes, quo ellcs dcsappareceram, o que attrihuo aouso que fiz do medicamento —PRESERVATIVO DAERYSIPELA —do dr. Siqueira.

Rccifo. om 26 de Fevereiro de 1875.Viscondessa de Goyhnnà,

Illm.° sr. dr. Manoel de Siqueira Cavalcanti,—-Nioposso deixar de communicar-lhe qne tenho tiradomuito bom resultado da applicaçSo que hei feito deseu prodigioso remédio contra a erysipela. E' um es-pecifico admirável. Parece quo a Providencia o in-spírou para o sou descobrimento.

Deseja-lho saúde e outros bens o sou muito atten-cioso e obrigado creado.

Paço, 26 do.Março do 1865.Barão de Butque.

Eu abaixo assignado attesto que soffrendo minhamulher, ha mais de vinte annos, ataques continuadosdo erysipela, sem quo lhe aproveitassem os medica-mentos aconselhados por diversos médicos, usou, ha-verá dous annos, do Preservativo Confeccionado pelosr. dr. Manoel de Siqueira Cavalcanti, e até hoje niotevo mais ataques de erysipela

O referido e verdade, e jurarei, se necessário fôr.Recife, 10 do Março de 1875.

Affonso José de Oliveira.

Attesto quo soffri mensalmente, por uns vinte an-nos, pouco mais ou menos, accessos dô erysipela,que me apparecia ora nas pernas, ora em um braço,o que, tendo tomado o—PRESERTATIVO DA ERY-SIPELÀ — do sr. dr. Siqueira, deix.ú de padecer desemelhante moléstia, ha mais de um anno.

Recife, 8 de Março do 1875.Chrispiatta Francisca de Paula.

Attesto cm beneficio dos que soffrem do erysipela,que principiando a soffrer daquella medonha moléstiaera 1830, pouco mais ou menos, ultimamente já ten-do o accesso do quinze em quinze dias. Ha perto doquatro annos, esses accessos dcsapparecemm comple-tamonte, restando-mc somente enorme- inchaçao daperna, com a applicaçSo^o — PRESERVATIVO DAERYSIPELA —descobri pelo sr. dr. Manoel do Si-queira Cavalcanti quo so Jdignou enrfiri-mo gratuita-mente. /

Cidado do Olinda, 26 ,âi MarçoTor Thomaz do Lima IC.-intuaria.

¦ Trajam IFelifpe líery a~4 Barcettos,

envi'irj-mQ

de íy'74.

\

Untco deposito -10 Estado do ParáAjatonio P. H. de Menezes

Pharmacia SantAnna

I»&±toirsLL €±& Jataliy \DO ~

DR. LIMA. GUIMARÃES(MEDICO E PHARMACEUTICO PELA ACADEMIA DA BAHIA)

\

'&•

Este peitoral, preparado desde 1886, tem tido uma acceitaçâo tao assombrosa1» quecomeçaram a apparecer tantos outros peitoraes, com o fim de diminuir a acceitaçao ri^ie onosso tem tido; mas tudo tem sido inútil, pois que, aquelles que usam uma vez o peitoralfie jatahy do dr Lima Guimarães, nio querem dos outros, nem de graça, como se costumadizer. E' de um efleito estupendo nos casos de: Bronchites (recentes ou antigas); Escarrosde sangue (antigos ou recentes); Constipações; Rouquidão; Defluxos; Tosses nervosjas;Coqueluche ou tosse de guariba; Asthma ou cansaço; Influenza e todas as molestias;dede peito. E' o allivio dos tísicos. Por falta de espaço, deixamos de publicar os attestado-expontâneos e cartas particulares que provam a sua efficacia, como jâ temos feito em avul-SOS. , .

Aviso: Quando pedirem o Peitoral de Jatahy, expliquem sem-pre: Peitoral de Jatahy do Dr. Lima Guimarães,por causa das sub-stiluiçõc, '¦ um aviso de amigo.

Está appròvado pela exm". Junta de Hygiene do Rio de Janeiro e do Pará,e por am-'bas autorisada a venda. .

Temos agencias: no Maranhão, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro, S. Paulo e Mi-nas. "* ¦•-.,..

Na cidade de Campos: Tliarmacia Mayer.A' venda em todas as Pharmacias.

UnidÒ deposito.—PHARMACIA MINERVAANTIGA D0TICA DO ELPIDIO

Bna 18 de Maio n. 115—Pará—BolemPreço de cada vidro 28500

-v

ti

:e»!L.o3R.:E3S¦ Ura variado sortimento do 30 espécies do sementes

novas do flores, entre ell.-.s, cravos brancos o de o-rt, ros:is da China, violetas, gira-sol, mal;m«-querer,-.empre-vivas. ioda» dobradas, boninas, rimas çlegan-les, rainuncillos, primavera, balsamina, capuchinho, era-

9 viria» dou.ile, etc., etc.A' vendi na

CADEIRA DOC/RADA

TRAVESSA CAMfOS SALLES (PASSINHO) N. 22

Santa Helena MagnoHomenagem á memória do primeiro poeta

paraense.POE

VILHEÜA ALYESVende-se cm todas as livrarias.

Preço 500 réis/7

\ N RVLUmiHÍN 0 F F E NSIV0 - AGlWAym

AS PURGAÇÕESE 0 Seu Especifico SLJEWQI- Blennorrhicida ||

®

GUERRA ÁS INJECÇÕES E ÁS CÁPSULAS WOBIiKNOIí o um verdadeiro cspeelflco das doenças d.ti mucosas, nos homenB ou nos eis

sonhorns, e o unteo nesto gênero quo tem merecido ser udoplado pela» summldndes medlças, ^ -"nio s')|mrsorcompetamentoinoffenslvo como pelas curas maravilhoso iiu tem produz ao. ¦—Cura todas as Inliâminaçücs ou corrlraentos por mais antigos o ilç qume. t eaçeele;^E su-perlnra todos os preparailos do sandalo, do copahlba ou do cubclms, porque o InTalllvel, nãoaffeeta os rins nem n bexiga o nao exige dieta; 13 o único r-emodio cfllenznna Blcnnor.rhauinn, GonorrholnB, Estreitamento», Catan-hos da boxlgn, etc, etc.

DOENÇAS DAS SENHORASAI,o!irorrhnliiífloreshrnncn3),aMctrltoohronlea(inflpmmocaortouterol.nVnirInlte!o OiimVrliç <!•-• bexiwo.a Enrcrlto (cutarrlio intestinal), uu qualquer taflunmacto oucorrkuetttò iltia mncoww, por mnia antigos, curanirao com o uso Interno do HL.íi»mnj.HENRIQUE E. N. SANTOS, PHARMACEUTICO, COIMBRA (PORTUGAL)

VENDE-SS NAá PRINCIPAE8 PHARMACIAS.

I WSTRÜCeCESíÜ RORTUÜüHvFRANÍKlNGffiMlWípNO:

II mmDE

ES1^díc3.ío c3Leii Costa &s O.'Approvados pelas exms. Juntas de Hygiene Federal e

Estadual do Pará. Premiados com a medalha de ouro nas ExposiçSes Inter-nacionaes de Paris, 1893 e de Tunis, 1894.

/m

(SEM QUINA)

LICOR D'EUCALYPT0S ELPIDIOO «Licor d'Eucaly[itos» c o mais acceitavel rio todos os preparados anti-febris que tem apparecido, nao sô

por nio ser amargo, como por nSo entrar era sua composição sulfato do quininn, como pelo cffeito rápido quoprodui combatendo com efficacia as febres de qualquer caracter, principalmente as febres palustres.

A todos que so acharem accommettidos do febres rogamos de fazerem ncquisiçao do nosso Licor d Euca-lyptos e verificarão com o seu uso a verdade do que acima annuncinmos.

VINHO DE QUINA KOLA ELPIDIO

Poderoso tônico reconstituinte, alimentício estlmulan-te dos systemas nervoso o n.uicular—Regulador doapparclhò digestivo e da circulação — Debollador opreservativo do impaludismo

ELIXIR ELPIDIO

DE FERRO E VIDURNUM PRONIFOLIUJt

Rcparador do todas ás enfermidades do UTEROo das chloro-ancmias resultantes dos desarranjos d'cste.órgão.

LICOR DE MURURE'DEPURATIVO VEGETAL

O mais poderoso debellador do RHEU1IATIS.MO,do todas as affecçõcs gottosas, gonlmosas o syphili-ti cas.

CUPRO-CARBOLICODcsinfectantc e saneador dos aposentos.Composto de accorao com os preceitos do notável

hygienista dr. Kock.

XAROPE DE IODÜRETO DE CÁLCIOE EXTRACTO DE NOGUEIRA ELPIDIO

Empregado contra o engorgitamento, lynvphatisinoe affecçõcs pulmonares.

ÁGUA CALISAYAC O M BASE DE QUINA

Esta liygionica loçãií-tonifica o refrigera a caboça.lim-paa caspa, perfuma o cabello, estimula o bolbo pillosoe impede a calvicie.

INGECÇÃO VAGINAL ELPIDIO .Acetum Aromaticum Nalro-Boracicum

Cura prompta c infallivcí das LF.UCORRHF.AS (floresbrancas) quo tanto apoquentam as senhoras cm todasou idades c estados.

ri ELIXIR CARMINATIVO ELPIDIO'; Remédio cfficaz contra todos os incommodos do es-tomago e intestinos, como sejam—eólicas estomacaesou intestinaes, vômitos biliosos ou não, diarrlieas, dy-acntorias, dejncçues sanguinolentas ou alvirris, etc. etc.tendo applicaçao na cholerina e cholora morbus.

QUILLAYAtOCÇÃO PARA A CABEÇA

Lava o cabello, dettroe a caspa o actíva o bolbopilloso.

XAROPE CONTRA COQUELUCHECura coqueluche e tosses nervosas, 6 calmante e ae-

d ativo poderoso.

VINHO E ELIXIR DE QUINA COSTAAPF.RITIVO, TÔNICO E FEBRIFUGO

Composto dos princípios solúveis das QUINAS,amarclla. vermellui, cinzenta e

VIXHO DE MAL AG AO simplep, empieyado como fortíficante, á preservati-

vo do impaludismo.Forruginoso reconstituinte nas anemias e perdas san-

guincasIodado restaurador nas alterações escrofulosas, lym-

phaticas e de proveito na tuberculose pulmonarPhosphatádo apcrttiivo c auxiliador da formação os*

sea, debellador de debilidade c rachitismo.COM C/VLUMDO estoinachico amargo.

VERMIFUGO ELPIDIO

Remédio cfficaz para a expulsão dos vermes,Resultado do longas experiências

pílulas seguníxTà formula do•dr. mamoré

CONTRA AS SEZÕES E FEBRES INTERMITTENTES

Observações.—Os nnnunciantcs foram os primeirospreparadores o são ps unicos possuidores da verda-deir.i formula das pílulas do dr. Mamoré.

^CHOCOLATE DE KOLA ELTIDIO

ALIMENTO COMPLETO PARA OS |CONVALESCENTES EFRACOS

O chocolate do ICola, do accordo com os estudose experiências ja obtidas, vem prestar aos convalesceu-tes o fracos o importantissimo serviço de substituir ósalimentos quo geralmente sao recusados pela inappc-ten cia.

IXJECÇÃO ANTI-BLENORRHAGICA ELPIDIO

Cura infallivel, sem dôr nem recolhimento, dos cor-rimentos blenorrhagícos recentes ou chronicos.

PÍLULAS VERMIFUGAS ELPIDIO

Empregadas para a expulsão das lombrigas, ascari-das tuchinas c todos os vermes intestinaes.

Xarope do Jatahy e Angico ElpidioEmpregado contra tosse, constipações, catharro agu-

do ou chronico, rouquidão, bronchito, escarros sangui-nolentos e todas as moléstias das via» respiratórias,

Ti-eirfco,:i3ra.<©ra.'fco RadicalDAS

MOLÉSTIAS DE PELLE, EMPINGENS E DARTROS

caracterisadas por escoriações da peLle, escamas seccas ou serosas; bot3es pus-tulosos corrosivos com perda de pús fétido, dartros, erythraoide, produzindomanchas e elevações vermelhas e inchaçao do tecido cutâneo (o que o povo con-funde, quando affecta as orelhas, com a morphéa), diu-t^o vesicular formadode vesiculas maiores ou menores, cheias de pús ou de serosidade, e pústulascom aureola inflammada; se consegue definitivamente com o uso da

TINTURA DE SALSA, CAROBA E MANACÁ E POMADA ANTI-HERPETICAPreparadas sob fórmula única e especial do pharmaceutico

Eugênio Marques de Ilollamla

A syphilis primitiva secundaria e terciaria; a cachexia syphylitica, escrofu-Ias ou alporcas, boubas e feridas inveteradas, rheumatismo clu*onico ou agudo,por mais rebelde que se torne a outro tratamento, cedem emquanto a economiado doente fôr susceptível de uma reacção medicamentosa, aos effeitos e effi-cacia da mesma

Tintura de salsa, caroba e manacá e Pílulas purgativas depurativas de Yelaminapreparadas sob fórmula do mesmo autor, o pharmaceutico

EUGÊNIO MARQUES DE HOLLANDA

Observações—O tratamento de qualquer das moléstias aqui. mencio-nadas pela Tintura de Salsa, Caroba e Manacá, nílo reclama a menor dieta,quer em relação á. alimentação e costumes, quer em referencia, ás intempériesdas estações, sol, chuva e trabalhos de campo.

A' cada remédio acompanha uma guia esclarecendo o modo de uzal-o e tudomais quanto possa convir ao doente.

Os jornaes de maior circulação da Republica indicam os lugares em quese os vende

Xaboratorio «Ia Flora ISraxileira

Rio de Janeiro—12, rua Visconde do Rio Branco, 12E. HOLLANDA—única legitima suecessora do pharmaceutico

Eugênio Marques de Hòllanda

Cuidado com as imitações e falsificações.A venda em todas as drogarias e pharmacias e no único deposito geral

no Pará—Pharmacia Cezar Santos & Ce.31—Rua de Santo Antônio—31

Todos os preparado? acima encontram-se em todas as Pharmacias para asvendas a retalho. As vendas por atacado ,são effectuadas no

DEPOSITO &£SAf>

1 ELPIDIO DA COSTA & COÍVfP.r-ROVIStJRIAMENTE

35 —Rua 28 de Setembro, antiga dos RSariyres — 35

Miseellanea-Litteraria -por . .•

VILHF.NA ALVES

Um bonito *olume"de 183 paginas, niti-dtrrrreriTeinipresso nas «flicinas da ImprensaModerna, do Porto.

Esta obra recommenda-se pela grandevariedade dos assumptos, pois é uma collec-ç3o de artigos litterarios e scientificos doauetor, constituindo uma leitura agradável eao mesmo tempo instruetiva.

Preço 2:000 róisVende-se nas principaes livrarias desta

cidade, em maior quantidade na livrariaeditora—Bittencourt—á rua 1,5 de Novciu-bro n. 15.

TELEPHONE N°.,308

R. L Bittencourt &f O,(8

Vinho Velho do Porto 0(TONI-NUTRITIVO) . - -

CONSTANTINÓEsto vinKo, do pureza gar.inti.ida e d'umíi qualid.1-

do muito apreciável, foi preparado com uvas escolhida»d'nni;i das melhores propriedades vinícolas do Douro.

E' um bom auxiliar para o restabelecimento da sau-de e de grande utilidade para ser tomado depois da»refeições, facilitando a digestão e tonificando eicellcn-temente o organismo." Muito iccommendado no tratamento da debilidade,ar.emia, etc.

Vcnde-so em todas as mercearias.ÚNICOS AGENTES

Silva, Irmã© «& C.LOJA BANDEIRA BRANCA

I.argo do Falado (;6

Ao Povo cio interiorNa fabrica do perfumaria» sólidas do Serasim Fcr-

reira d'01ivcira & C*. compra-se constantemente fava»de baunilha, laiica de patctiouly, bem como todas ucasca», raizes e flores da florosU tmuonlcr (ío

GRANDE BAZAR DE J0IAS, RELÓGIOS E 0GULISTAFirmino Borges â Comp.

Praça Visconde Rio Branco n. 13 (árua de Santo Antônio)TELOPHONE 286—CAIXA POSTAL 43O—ENDEREÇO TELEGRAPHICO FIRBOS

GRANDE SORTIMENTO DE JÓIAS IMPORTADAS DIRECTAMENTE, E DEAPRIMORADOS GOSTOS, COM BRILHANTES E SIMPLES.

Relógios de todas as qualidades conhecidas, dos melhores fabricantes da Europa eAmerica do Norte.

Binóculos para theatro e marinha, o que ha de mais chie.Lunetas e Óculos para todas as vistas, grande sortimento.Completa variedade em artigos de coral da Itália e Japão'A bola d'ouro, tendo em vista a vigorosa pretençao de ser considerada pela sua amável

fregnezia como a primeira Joalheria do Norte do Brazil, tem por estylo vender barato, ga-rantindo sempre feus artigos.

Ji. 130L.A. D'OTJRO

Firmino Borges & Comp.Praça Visconde do Rio Branco n. 13 (á rna de S. Antônio)

PABAVBRÃSIL

A CASA QUE MAIS BARATO VENDE!Esta Liwraria,dewido á grandiosa e infinita novidade

de seu sortimento tem-se tornado por exceilencia

A flM 1 Pi!»Imprime-se em 5 minutos ao gosto do freguez

100 CARTÕES DE VIZITAEm livros para escripturaçíío e impressos para o Commercio as suas ma-

nufaoturas já chegaram ao ultimo gráo de perfeiçíto na arte typogràphica eçte/ericauernador.'

' ¦,,A Livraria Maranhense é inquestionavelmente no seu gênero

A casa sympathica de toda a Amazônia."""Grandes no\idades e grandes surprezas ao alcance de todos encontrSo-se na

LIVRARIA MARANHENSER. Facióla—PARA*

Arrenda-se um grande arm izém com tra-piche com embarque e dese iibárqúè querpor mar e terra no centro da • dirle.

Trata-se coro o correto r Furtado no Bou-levard da Republica n.^q.

Mezas ElásticasDe 4, 6, 8 e ío taboas: elasti.-.is inglczas,

feitas em ce,dro, a preços comm )dos.Vendem-se na

CADEIRA DOURADA

Tray, Campos Salles (Passinho) i 22

APOLIGESE ACÇOES.Ka agencia Costa Bemfica a travessa Campos Sal-

les n. 20 telephone n. 228, indica-se quem ven-de:apolxcs da divida Geral e do Estado juros de 5*|0 aoanno; acções dos bancos: Commercial, Pará, lidem.Norte do Brasil, Credito popular, e das CompanhiasAmazônia, Commercial Gram-Pará, Segurança, Leal-dade, Urbana, Luz elétrica P.u.-icn-so, Fabrica dopapel, Tnckcv Club e outro* titulo*. fto

MoLÍlias douradascompletas, ce lindos e variados g.istos, apreços mo 1 cos; despacharam GuilhermeGuimarães & O, à Travessa Campos Salles,u, 22.

» -*"-« . -J., , ^1 ^iJmA¦n&f^SS^: • >% ^•^^^^^KWB 2

MANCHADA 1 MUTILADA 1