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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros) 1 VAA Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA (Sociedade Aberta) Lugar da Vista Alegre, 3830-292 Ílhavo Contribuinte 500 978 654 Capital Social 92.507.861,92 Euros C. R. Comercial Lisboa 466 Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras Consolidadas 30 de junho de 2014

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

1

VAA – Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA (Sociedade Aberta)

Lugar da Vista Alegre, 3830-292 Ílhavo Contribuinte 500 978 654 Capital Social 92.507.861,92 Euros C. R. Comercial Lisboa 466

Relatório de Gestão e

Demonstrações Financeiras Consolidadas 30 de junho de 2014

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ÍNDICE ÍNDICE.................................................................................................................................................................................. 2 RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO............................................................................................................................................ 3 DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DA POSIÇÃO FINANCEIRA ................................................................................................................... 9 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS .................................................................................................................. 15 1. INFORMAÇÃO GERAL ...................................................................................................................................................... 15 2. RESUMO DAS PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS ............................................................................................................... 17 3. ESTIMATIVAS CONTABILÍSTICAS IMPORTANTES E JULGAMENTOS ................................................................................................... 36 4. ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS .......................................................................................................................... 38 5. CONVERSÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DAS ENTIDADES ESTRANGEIRAS .............................................................................. 41 6. SAZONALIDADE DAS OPERAÇÕES ......................................................................................................................................... 41 7. INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS .......................................................................................................................................... 41 8. OUTROS ATIVOS FINANCEIROS E PASSIVOS FINANCEIROS ........................................................................................................... 47 9. ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS .................................................................................................................................................. 48 10. ATIVOS INTANGÍVEIS ....................................................................................................................................................... 50 11. IMPARIDADES ............................................................................................................................................................... 52 12. LOCAÇÃO OPERACIONAL E FINANCEIRA ................................................................................................................................. 53 13. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO ...................................................................................................................................... 54 14. INVESTIMENTOS FINANCEIROS............................................................................................................................................ 56 15. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO ........................................................................................................................................ 57 16. INVENTÁRIOS ................................................................................................................................................................ 59 17. CONTAS A RECEBER E OUTRAS ............................................................................................................................................ 60 18. CAPITAL SOCIAL E AÇÕES PRÓPRIAS...................................................................................................................................... 61 19. RESERVAS E RESULTADOS TRANSITADOS ................................................................................................................................ 62 20. INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO E EMPRÉSTIMOS DE ACIONISTAS ......................................................................................................... 62 21. CONTAS A PAGAR E OUTRAS .............................................................................................................................................. 70 22. PROVISÕES .................................................................................................................................................................. 71 23. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS ..................................................................................................................................... 77 24. PROVEITOS DIFERIDOS ..................................................................................................................................................... 77 25. RÉDITO ....................................................................................................................................................................... 77 26. CUSTOS COM O PESSOAL .................................................................................................................................................. 77 27. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS ............................................................................................................................... 79 28. OUTROS CUSTOS E PERDAS E OUTROS PROVEITOS E GANHOS OPERACIONAIS .................................................................................... 80 29. RESULTADOS FINANCEIROS ............................................................................................................................................... 80 30. RESULTADOS POR AÇÃO ................................................................................................................................................... 81 31. CONTINGÊNCIAS ............................................................................................................................................................ 81 32. COMPROMISSOS............................................................................................................................................................ 83 33. GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO.......................................................................................................................................... 83 34. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS ............................................................................................................................ 87 35. CUSTOS SUPORTADOS COM SERVIÇOS PRESTADOS PELOS AUDITORES/REVISORES ............................................................................... 89 36. EVENTOS SUBSEQUENTES ................................................................................................................................................. 89 37. EMPRESAS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO ............................................................................................................................. 90

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Relatório Consolidado de Gestão

Srs Acionistas, Nos termos da legislação em vigor, o Conselho de Administração da VAA – Vista Alegre Atlantis SGPS, SA, elaborou o Relatório e Contas Consolidadas do grupo relativas ao 1º semestre de 2014, incluindo as correspondentes demonstrações financeiras e os seus anexos. 1. Universo da Consolidação Apresenta-se abaixo a estrutura do Grupo Vista Alegre Atlantis em 30 de junho de 2014:

Estrutura do Grupo Vista Alegre Atlantis Ref % participação

Direta % participação

indireta

Vista Alegre Atlantis, SA VAA 100%

VA Grupo- Vista Alegre Participações, SA VAG 99%

VA - Vista Alegre España, SA VAE 100%

Cerexport - Cerâmica de exportação SA CXP 100%

Faianças da Capôa - Indústria Cerâmica, SA CP 100%

VA Renting LDA VAR 70% 30%

VAA Brasil – Comércio, Importação e Exportação SA VAB 90%

Vista Alegre Atlantis UK LTD VAUK 100%

Ria Stone Fábrica de Louça de Mesa em Grés, SA RS 100%

Vista Alegre Atlantis Moçambique, Lda VAM 99%

Vista Alegre USA Corporation VAUSA 100%

VAA I.I. – Sociedade Imobiliária S.A. VAA II 100%

2. Envolvente Macro Económica De acordo com a Síntese Económica de Conjuntura do INE, o PIB Português desacelerou em termos homólogos no 2º trimestre, passando de uma variação em volume de 1,3% no 1º trimestre para 0,8%. A procura interna apresentou um contributo positivo menos acentuado para a variação homóloga do PIB no 2º trimestre, refletindo principalmente o comportamento do Investimento. Por sua vez, a procura externa líquida apresentou um contributo negativo menos expressivo, devido ao abrandamento das Importações de Bens e Serviços, tendo as Exportações de Bens e Serviços desacelerado.

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De acordo com os resultados preliminares do comércio internacional de bens, em termos nominais, as exportações apresentaram, em junho, uma redução homóloga de 0,4% (variação de -3,3% no mês anterior), interrompendo a trajetória decrescente iniciada em janeiro. As importações nominais de bens passaram de uma variação homóloga de -1,1% em maio, para 1,3% em junho, suspendendo o movimento descendente observado desde março. Na Zona Euro, o PIB em termos reais registou uma variação homóloga de 0,7% no 2º trimestre de 2014 tendo sido de 0,9% no trimestre anterior. Entre as principais economias da UE, o PIB da Alemanha e da França desacelerou em termos homólogos, passando de 2,2% e 0,8% no 1º trimestre para 1,3% e 0,1%, respetivamente. O PIB da do Reino Unido e Espanha cresceu, passando de uma variação homóloga de 3,0% e 0,5% no 1º trimestre para 3,1% e 1,2%, respetivamente. 3. Evolução da Atividade No 1º semestre de 2014, o Grupo Vista Alegre Atlantis aumentou o seu volume de negócios consolidado em 10% face ao 1º semestre de 2013, atingindo os 27 milhões de euros, impulsionado pelo bom desempenho de todos os segmentos da área cerâmica. No que respeita às exportações, continua a registar-se um bom crescimento que nos primeiros seis meses atingiu os 14% face a período homólogo. A forte aposta na apresentação de produtos nos mercados internacionais, por via da presença nas principais feiras do setor, quer na área do retalho quer na área da hotelaria, de onde se destacam a Maison&Objet em Paris, a Ambiente em Frankfurt, a ABUP em São Paulo, a Tabletop em Nova Iorque e muitas outras feiras em várias cidades dos Estados Unidos (Atlanta, Chicago, San Francisco, Los Angeles bem como na Argélia e Emirados Árabes Unidos. Esta mostra foi acompanhada de uma presença nos Media de vários países com a colaboração de empresas especializadas em assessoria de comunicação com quem a empresa trabalha em Portugal, Espanha, França, Brasil e EUA. Em 2014, o lançamento de novos produtos continuou a sua linha inovadora, tendo-se lançado uma nova coleção com a casa francesa Christian Lacroix, o lançamento de peças das coleções EVOQ com escultores contemporâneos, o lançamento de 12 peças numa galeria de Paris e a continuidade das coleções anteriores (PAC, 1+1=1, 2i, SEL, Aves de Portugal, entre outras). A ligação a artistas, designers e estilistas intensificou-se, tendo dado origem a uma presença assídua em meios relacionados com design, decoração e lifestyle. Foi ainda neste semestre que se intensificou a presença da Vista Alegre na internet através do lançamento da nova loja online em Espanha e do reforço da comunicação com o mercado através das redes sociais (atingiu-se no final do primeiro semestre de 2014, cerca de 115.000 fãs da marca) e de newsletters quinzenais. Também na hotelaria se verificaram novos lançamentos importantes com Chefs portugueses e estrangeiros. Esta área tem vindo a ser intensificada na vertente comercial e de marketing, em Portugal e nos outros países, sendo de referir o crescimento expressivo, neste 1º semestre, de 24% face ao mesmo período do ano transato.

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Em Portugal, e após a estagnação registada no 1º trimestre, foi possível recuperar as vendas, tendo o Grupo VAA crescido 3% face ao 1º semestre de 2013. O crescimento do negócio nas lojas próprias tem

sido determinante para esta evolução, o que é muito positivo, já que o investimento neste canal tem sido estratégico. O segmento do cristal e vidro continua a apresentar uma quebra na faturação, que neste semestre se

cifrou nos 39%, principalmente devido à diminuição das vendas de cristal fruto da intervenção e remodelação do forno de cristal que se efetua de 7 em 7 anos. A Ria Stone iniciou a comercialização dos seus produtos em maio de 2014, tendo sido criado um novo segmento denominado “Louça de Grés Mesa”, que registou vendas de 242 mil euros destinadas na sua totalidade ao mercado externo. 4. Resultados O Grupo VAA, no primeiro semestre do ano, apresentou um aumento no volume de negócios, acompanhado de uma diminuição dos resultados líquidos consolidados, que fecharam nos 4,3 milhões de euros negativos. O abrandamento da produção teve efeitos ao nível da evolução dos stocks, permitindo adequá-los o mais possível à procura e minimizando o investimento em fundo de maneio. Assim, a rubrica da variação de produção baixou 1,5 milhões de euros, ou seja, menos 40% que o valor evidenciado no primeiro semestre de 2013, afetando a rentabilidade operacional, mas contribuindo para a poupança dos custos variáveis. A rentabilidade dos segmentos da área cerâmica continua a melhorar, fruto do aumento das vendas nos canais Retalho Próprio, Hotelaria e Promocional e também do contínuo crescimento das subsidiárias no Brasil, EUA e Moçambique. Por outro lado registou-se um prejuízo elevado no segmento do Cristal e Vidro, devido à diminuição das vendas e à redução do nível de produção por força do investimento realizado no forno do cristal.

MI ME Total MI ME Total MI ME Total

Porcelana e Complementares 7.012 7.804 14.816 6.759 5.901 12.660 4% 32% 17%

Louça de Grês Forno 546 4.183 4.729 571 3.096 3.667 -4% 35% 29%

Cristal e Vidro 1.873 2.122 3.995 1.672 4.884 6.556 12% -57% -39%

Louça de Grês Mesa 0 242 242 0 0 0

Faiança 143 3.201 3.343 302 1.537 1.839 -53% 108% 82%

Total 9.574 17.551 27.125 9.303 15.419 24.722 3% 14% 10%

Vendas Consolidadas por Segmentos e Mercados

mil €

Segmentos

jan a jun 2014 jan a jun 2013 Diferença (%)

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Os encargos financeiros cresceram 47% face ao 1º semestre de 2013, devido ao aumento dos financiamentos necessários para realizar os investimentos previstos e para apoiar a atividade operacional de curto prazo.

5. Investimentos Os investimentos do Grupo VAA mantêm-se num nível bastante elevado, atendendo essencialmente ao facto da Ria Stone ter estado a finalizar a construção e a iniciar os testes de produção. Efetivamente, nos primeiros 6 meses do ano, registaram-se aumentos de 10,5 milhões de euros nos ativos fixos, sendo 72% deste valor referente à nova unidade de produção de loiça de mesa em grés. No segmento do Cristal e Vidro, a realização de investimentos atingiu um milhão de euros, ou seja, 10% do valor global, destacando-se a remodelação do forno do cristal. O Grupo VAA continua a apostar em projetos de Investigação e Desenvolvimento. Atualmente estão em curso três projetos: o Nobledec, que tem como principal objetivo o desenvolvimento de uma nova linha de produtos de cristal de elevado valor acrescentado, decorados com metais nobres (com destaque para o ouro); o M2 Grés, cujo objetivo é desenvolver uma nova linha de peças em grés segundo o processo de monocozedura, com elevado desempenho ao nível do metal-marking e a um custo reduzido, e, finalmente, o PrecisiousMet que prevê a aquisição de um equipamento

destinado ao desenvolvimento de uma técnica de produção de decalques para peças em

porcelana, decoradas com metais preciosos e com propriedades de superfície de elevado desempenho para o mercado de hotelaria. 6. Perspectivas Durante este ano, o Grupo Vista Alegre Atlantis manterá a aposta nos canais de exportação, enfatizando as operações próprias no exterior, com ações comerciais e de marketing que permitirão

mil €

Volume de Negócios 27,125 24,722

E B I T D A -693 -459

Margem EBITDA -2.6% -1.9%

Resultado Operacional -2,532 -2,263

Margem Operacional -9.3% -9.2%

Resultado Antes Impostos -4,007 -3,254

I R C -315 120

Resultados Líquidos -4,323 -3,134

Rúbricas 2014-06-30 2013-06-30

Resultados Consolidados

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alcançar melhores níveis de rentabilidade. Espera-se que 2014 apresente níveis de faturação bastante acima dos realizados em períodos anteriores, o que facilitará a melhoria dos resultados do Grupo. A Ria Stone continuará a sua curva de produção crescente durante o segundo semestre de 2014, contribuindo positivamente para o volume de negócios do Grupo. Esta empresa irá conduzir a sua atuação no sentido de produzir a melhor qualidade ao mais baixo custo, de forma a atingir uma boa rentabilidade já a partir de 2015. Continuar-se-á a fazer a aposta no lançamento de novos produtos com grandes nomes do Design e da Arte, bem como algumas peças desenvolvidas com os criativos de vários países que participaram no IDPool (este já representa cerca de 11% da faturação dos novos produtos de porcelana). O 2º semestre será ainda um período marcado pela tentativa de entrada em novos canais de distribuição mais especializados e upscale, bem como no lançamento da loja online no mercado brasileiro. Será ainda efetuada a campanha de Natal que uma vez mais se destacará pela elevada qualidade da realização e produção gráfica, com impacto direto nas vendas deste período. Também está previsto o lançamento de uma nova coleção decorativa com a Christian Lacroix que será uma proposta mais acessível e mais jovem. 7. Declaração nos termos do Artº 246, nº 1, alínea c) do CVM

Nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 246º, nº1, alínea c) do Código dos Valores Mobiliários, os signatários, individualmente, declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento, o Relatório de Gestão, as Demonstrações Financeiras Consolidadas e demais documentos de prestação de contas exigidos por lei ou regulamento foram elaborados em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada, em todos os aspetos materialmente relevantes, do ativo e do passivo, da situação financeira e do resultado consolidado do emitente e que o Relatório de Gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição do emitente e das empresas incluídas no perímetro da consolidação e contém uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defrontam. Ílhavo, 26 de agosto de 2014,

O Conselho de Administração

________________________________________________ Eng.º Lázaro Ferreira de Sousa Presidente do Conselho de Administração _________________________________________________ Dr. Paulo José Lopes Varela Vice-Presidente

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_________________________________________________ Dr. Pedro Manuel Nogueira Reis Vice-Presidente _________________________________________________ Dr. João Manuel Pisco de Castro Vice -Presidente _________________________________________________ Eng.º Álvaro Manuel Carvalhas da Silva Tavares Vogal _________________________________________________ Dra. Alda Alexandra Abrantes Costa Vogal _________________________________________________ Dra. Alexandra da Conceição Lopes Vogal __________________________________________________ Dr. Abel Cubal Tavares de Almeida Vogal __________________________________________________ Eng.º. Paulo Jorge Lourenço Pires Vogal

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Demonstrações Financeiras Consolidadas Demonstração Consolidada da Posição Financeira em 30 de junho de 2014 e 31 de dezembro de 2013

mil €

Notas 30-06-2014 31-12-2013

ATIVO

Ativo não corrente

Ativos f ixos tangíveis 9 71.498 62.945

Propriedades de investimento 13 22.035 22.035

Ativos intangíveis 10 7.032 6.889

Investimentos f inanceiros 14 217 200

Contas a receber e outras 17 50 50

Impostos diferidos 15 9.754 10.198

Total do ativo não corrente 110.586 102.317

Ativo corrente

Inventários 16 32.600 29.868

Contas a receber e outras 17 12.085 9.248

Estado e outros entes públicos 23 1.359 610

Caixa e equivalentes de caixa 1.055 4.055

Total do ativo corrente 47.099 43.781

TOTAL DO ATIVO 157.685 146.098

CAPITAL PRÓPRIO

Capital social 18 92.508 92.508

Ações próprias 18 -2 -2

Prestações suplementares 38.182 38.182

Reservas e resultados transitados 19 -102.982 -99.030

Resultado líquido do exercício -4.347 -3.941

Capital próprio excluindo interesses que não controlam 23.358 27.717

Interesses que não controlam 160 73

Total do capital próprio 23.518 27.790

PASSIVO

Passivo não corrente

Instituições de crédito 20 31.149 25.079

Empréstimos de acionistas 20 54.453 53.767

Contas a pagar e outras 21 0 4

Provisões 22 538 664

Provisões para pensões de reforma 22 1.681 1.614

Impostos diferidos 15 10.910 11.003

Total do passivo não corrente 98.730 92.130

Passivo corrente:

Instituições de crédito 20 2.453 1.815

Empréstimos de acionistas 20 750 750

Contas a pagar e outras 21 29.065 20.668

Estado e outros entes publicos 23 1.049 1.844

Proveitos diferidos 24 2.121 1.101

Total do passivo corrente 35.438 26.178

Total do passivo 134.168 118.308

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO 157.685 146.098

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Demonstração Consolidada dos Resultados por Naturezas

Rubricas Notas 30-06-2014 30-06-2013

Trimestre

de 2014

Trimestre

de 2013

31-12-2013

Vendas e prestações de serviços 7,25 27.125 24.722 14.784 12.851 54.172

Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas 16 -9.111 -8.349 -5.010 -4.039 -16.572

Variação da produção 16 2.224 3.680 861 1.469 3.750

Margem bruta 20.237 20.054 10.634 10.282 41.350

Fornecimentos e serviços externos 27 -7.444 -7.313 -3.917 -3.680 -15.506

Custos com o pessoal 26 -13.882 -13.420 -7.041 -6.673 -24.570

Amortizações/Imparidades/Provisões do período 7 -1.839 -1.771 -869 -923 -3.454

Outros custos e perdas operacionais 28 -597 -560 -325 -317 -1.264

Imparidade de activos não amortizáveis 7 -33 0 -33 -33

Aumentos/(reduções) de justo valor 0 0 0 0 35

Outros proveitos e ganhos operacionais 28 993 779 612 524 1.630

Resultado operacional -2.532 -2.263 -906 -819 -1.813

Juros e gastos similares suportados 29 -1.485 -1.010 -881 -488 -2.300

Juros e rendimentos similares obtidos 29 9 19 7 9 27

Resultado financeiro -1.476 -991 -874 -479 -2.273

Resultado antes de impostos -4.007 -3.254 -1.780 -1.298 -4.086

Imposto sobre o rendimento 15 -315 120 -341 135 71

Resultado consolidado do período -4.323 -3.134 -2.121 -1.163 -4.015

Atribuível:

Acionistas -4.347 -3.145 -2.112 -1.164 -3.941

Interesses que não controlam 25 11 -9 1 -74

Resultado por ação básico (€) 30 -0,004 -0,003 -0,002 -0,001 -0,003

Resultado por ação diluído (€) 30 -0,004 -0,003 -0,002 -0,001 -0,003

não auditado

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Demonstração Consolidada do Rendimento Integral

30-06-2014 30-06-20132º trimestre

2014

2º trimestre

201331-12-2013

Resultado líquido consolidado do período (a) -4.323 -3.134 -2.121 -1.163 -4.015

Outro rendimento integral:

Quantias que não irão ser posteriormente reclassificadas nos resultados

Benefícios de reforma

-61 -269 -61 -187 140

15 65 15 65 -41

Reavaliação de ativos 1.606

-426

549

-46 -204 -46 -122 1.828

Quantias que irão ser posteriormente reclassificadas nos resultados

Contabilidade de cobertura de instrumentos financeiros

29 101 11 63 125

-7 -27 -7 -27 -39

Ajustamentos de conversão cambial 0

-1 -25 -49 -48 -562

21 49 -45 -12 -476

Outro rendimento integral do período (b): -25 -156 -91 -134 1.352

Rendimento integral total do período (a) + (b) -4.347 -3.289 -2.212 -1.297 -2.664

Rendimento integral total atribuível a:

Acionistas -4.359 -3.301 -2.190 -1.303 -2.597

Interesses que não controlam 11 11 -22 6 -67

-4.347 -3.289 -2.212 -1.297 -2.664

não auditado

Ganhos e perdas atuariais

Variação no valor de mercado

Impacto fiscal do efeito acima referido e correção de taxa

Conversão de operações em moeda estrangeira

Impacto fiscal do efeito acima referido

Efeito fiscal

Correção de taxa

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

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Demonstração Consolidada de Alterações no Capital Próprio para os períodos findos em 30 de junho de 2014 e 30 de junho de 2013

Rubricas CapitalAções

próprias

Prestações

Suplementares

Reservas e

resultados

acumulados

(nota 19)

Total

Interesses

que não

controlam

Total do

capital

próprio

Saldo em 01 de janeiro de 2013 92.508 -2 38.182 -100.374 30.314 141 30.455

Rendimento integral total

Resultado líquido do período -3.145 -3.145 11 -3.134

Outro rendimento integral do período -156 -156 0 -156

Total 0 0 0 -3.301 -3.301 11 -3.289

Saldo em 30 de junho de 2013 92.508 -2 38.182 -103.675 27.012 151 27.164

Rubricas CapitalAções

próprias

Prestações

Suplementares

Reservas e

resultados

acumulados

(nota 19)

Total

Interesses

que não

controlam

Total do

capital

próprio

Saldo em 01 de janeiro de 2014 92.508 -2 38.182 -102.971 27.717 73 27.790

Rendimento integral total

Aumento dos interesses em subsidiárias 0 77 77

Resultado líquido do período -4.347 -4.347 25 -4.323

Outro rendimento integral do período -11 -11 -14 -25

Total -4.359 -4.359 87 -4.272

Saldo em 30 de junho de 2014 92.508 -2 38.182 -107.330 23.358 160 23.518

Capital próprio atribuível aos acionistas da empresa mãe

Capital próprio atribuível aos acionistas da empresa mãe

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

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Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa para os períodos findos em 30 de junho de 2014 e 2013 e 31 de dezembro de 2013

1. ATIVIDADES OPERACIONAIS:

Recebimentos de clientes 30.502 26.745 61.257

Pagamentos a fornecedores -18.974 -18.885 -36.968

Pagamentos ao pessoal -12.212 -10.995 -24.628

Fluxos gerados pelas operações -685 -3.135 -339

Pagamentos/recebimentos de IRC -59 -38 -75

Outros pagamentos/recebimentos operacionais 62 -399 -1.009

Fluxos gerados pelas atividades operacionais -682 -3.571 -1.423

2. ATIVIDADES DE INVESTIMENTO:

Recebimentos provenientes de:

Investimentos f inanceiros

Ativos intangíveis

Propriedades de Investimento

Ativos f ixos tangíveis 2.300

Juros e proveitos similares 12

Subsídios ao investimento 3.851 3.864 4.076 4.076 4.757 7.057

Pagamentos respeitantes a:

Investimentos f inanceiros -17

Ativos intangíveis

Ativos f ixos tangíveis -8.214 -4.607 -15.309

Aquisições de subsidiárias -100

Outros -8.331 -4.607 -15.309

Fluxos gerados pelas atividades de investimento -4.468 -531 -8.252

3. ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO:

Recebimentos provenientes de:

Empréstimos obtidos 3.054 3.240 10.856

Juros 10 20

Aumentos de capital, prest.supl. 33

3.088 3.250 10.876

Pagamentos respeitantes a:

Empréstimos obtidos -241 -80 -2.452

Amortização de contratos de locação financeira -12 -9 -16

Juros e similares -1.251 -1.504 -1.467 -1.557 -1.672 -4.140

Fluxos gerados pelas atividades de f inanciamento 1.584 1.694 6.736

4. VARIAÇÃO DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES -3.565 -2.408 -2.938

5. EFEITO DAS DIFERENÇAS CAMBIAIS

6. CAIXA E SEUS EQUIVALENTES INICIAIS 4.055 6.993 6.993

7. ALTERAÇÃO DO UNIVERSO DA CONSOLIDAÇÃO

8. CAIXA E SEUS EQUIVALENTES FINAIS 489 4.585 4.055

Rubricas 30-06-2014 30-06-2013 31-12-2013

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

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Os outros depósitos bancários referem-se a aplicações (depósitos a prazo) com diversas maturidades de acordo com o plano de investimento definido, mas mobilizáveis no imediato caso venham a ocorrer necessidades não antecipadas.

Descriminação dos componentes de caixa e seus equivalentes:

30-06-2014

Depósitos à ordem 1.021

Descobertos bancários -565

Caixa 26

Caixa e equivalentes de caixa no fim do período 489

Descobertos bancários 574

Caixa e equivalentes de caixa constantes do balanço 1.055

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

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Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Os valores encontram-se expressos em milhares de euros, excepto nos casos indicados

1. Informação Geral O Grupo Vista Alegre Atlantis (Grupo) é constituído pela VAA – Vista Alegre Atlantis, S.G.P.S., S.A. (VAA - SGPS, SA) e empresas subsidiárias. A VAA - SGPS, SA, foi constituída em 1980, sob a forma de sociedade por quotas, com a firma Fábrica de Porcelana da Vista Alegre, Lda. A Sociedade tinha por objeto o exercício da indústria de porcelanas e outros produtos cerâmicos. Esta atividade era já exercida desde 1824 por outra empresa do Grupo, a qual, naquela data e por razões de reestruturação, decidiu autonomizar determinadas áreas de negócio. A partir de finais de 1987, a Empresa passou a estar cotada nas Bolsas de Valores de Lisboa e Porto. Atualmente denominada VAA - SGPS, SA, tem como objeto social a gestão de participações sociais noutras sociedades como forma indireta de exercício de atividades económicas, as quais consistem na produção, distribuição venda de artigos de porcelana, faiança, louça de forno, cristal e vidro manual, através de uma rede própria de retalho, de retalhistas e distribuidores independentes. A VAA - SGPS, SA, tem a sua sede no Lugar da Vista Alegre,3830-292, Ílhavo. A Empresa tem as suas ações cotadas na Bolsa de Valores do mercado oficial da Euronext Lisbon. Em 2001, em conformidade com as deliberações tomadas em Assembleia Geral de acionistas de 9 de Janeiro de 2001, foram concretizadas as operações de cisão-fusão que haviam sido projetadas:

o destaque das participações sociais detidas pela VA GRUPO – Participações, SA e pela Empresa Electro Cerâmica, SA, para a VISTA ALEGRE - Sociedade de Controlo, SGPS, S.A.;

o destaque das participações sociais detidas pela Cerexport - Cerâmica de Exportação, SA, para a Fábrica de Porcelana da Vista Alegre, SA, hoje VAA - Vista Alegre Atlantis, SGPS, S.A;

a transformação da Fábrica de Porcelana da Vista Alegre, SA, em sociedade gestora de participações sociais e a alteração da sua designação social para VAA - Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA;

o aumento do capital social da Porcelanas da Quinta Nova, S.A, subscrito pela VAA - Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA e realizado com a entrega dos bens ativos e passivos desta afetos à sua atividade industrial e comercial, e a alteração da sua designação social para Fábrica de Porcelana da Vista Alegre, S.A;

a fusão da VAA - Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA, da Cristais Atlantis, SGPS, S.A e da Vista Alegre - Sociedade de Controlo, SGPS, S.A, absorvendo a VAA - Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA, as duas segundas.

Em janeiro de 2009, a Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA foi informada, nos termos e para os efeitos do artigo 175º do CVM, pela Caixa-Banco de Investimento, SA e pelo Banco Millennium BCP Investimento, SA, em nome e representação da Cerútil-Cerâmicas Utilitárias, SA, que esta havia decidido lançar uma Oferta Pública de Aquisição Geral das ações representativas do capital social da VAA, nos termos e condições do anúncio preliminar que juntava e que se encontrava disponível no sitio da Internet da

CMVM em www.cmvm.pt.

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

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No final de todas as negociações e cedências de créditos a Cerútil-Cerâmicas Utilitárias, SA (Grupo Visabeira), ficou com 92.042.696 ações, o que representava 63,46% do Capital Social da Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA. Posteriormente, em Julho de 2010, a Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA viu o seu capital social aumentado de 11.603.199,20 euros para 92.507.861,92 euros, compreendendo a emissão de 1.011.308.284 ações ordinárias, escriturais e ao portador, com o valor nominal de 0,08 Euros cada, das quais: 125.000.000 ações foram subscritas através de oferta particular pelo Fundo de Capital de Risco AICEP Capital Global Grandes Projetos de Investimento; 562.500.000 ações foram subscritas pela Cerutil – Cerâmicas Utilitárias, S.A; e as demais 323.808.284 ações foram subscritas através de oferta pública de subscrição reservada a acionistas, no exercício dos respetivos direitos preferência. No final do processo a Cerutil, reforçou a sua posição passando a deter 76,47%. O Conselho de Administração da VAA entende que, na situação do Grupo Vista Alegre Atlantis, a operação de aumento de capital foi um fator chave para o sucesso da reestruturação empresarial que se lhe seguiu. A entrada de fundos visou repor o equilíbrio financeiro da empresa, dotando a sua estrutura com capacidade de solver os seus compromissos e permitindo o necessário investimento de expansão e substituição. Em 16 de outubro de 2013, por contrato de compra e venda de ações celebrado com o Banco Comercial Português, S.A., a GRUPO VISABEIRA, SGPS, S.A. adquiriu, nessa data, ao referido Banco, um total de 51.761.957 ações representativas de 4,48% do capital social e dos direitos de voto da VAA – VISTA ALEGRE ATLANTIS, SGPS, S.A. (“VAA”), passando, em consequência dessa aquisição, a GRUPO VISABEIRA, SGPS, S.A. a ser diretamente titular desse número de ações representativas de 4,48% do capital social e dos direitos de voto da VAA. O GRUPO VISABEIRA, SGPS, S.A. detém a totalidade (100%) do capital social da sociedade VISABEIRA INDUSTRIA, SGPS, S.A., com sede em Repeses, Viseu, com o capital social de 13.357.690,00 de Euros, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Viseu sob o número único de matrícula e de identificação de pessoa coletiva 505 234 793, a qual detém, também, diretamente 1.450.400 ações representativas de 0,125% do capital social e dos direitos de voto da VAA, pelo que estes direitos de voto são também imputáveis ao GRUPO VISABEIRA, SGPS, S.A. Por sua vez, a sociedade VISABEIRA INDUSTRIA, SGPS, S.A. detém a totalidade (100%) do capital social da sociedade CERUTIL – CERÂMICAS UTILITÁRIAS, S.A. com sede no Alto da Ucha, 3560-195 Sátão, com o capital social de 1.650.000,00 Euros, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Sátão sob o número único de matrícula e de identificação de pessoa coletiva 502.325.569, a qual detém diretamente 887.989.601 ações representativas de 76,793% do capital social e dos direitos de voto da VAA, pelo que, em face do exposto, estes direitos de voto são também imputáveis à VISABEIRA INDUSTRIA, SGPS, S.A. e à GRUPO VISABEIRA, SGPS, S.A. Importa, ainda, referir, que 78,2642% do capital social e dos direitos de voto do GRUPO VISABEIRA, SGPS, S.A. é detido diretamente pela sociedade NCFGEST, SGPS, S.A., com sede em Repeses, Distrito e Concelho de Viseu, com o capital social de 192.759.300,00 Euros, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Viseu sob o número único de matrícula e de identificação de pessoa coletiva 508.959.756, pelo que os direitos de voto representativos do capital social da VAA referidos nos parágrafos anteriores são também imputáveis à NCFGEST, SGPS, S.A..

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

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O Grupo possui unidades produtivas em Portugal e vende maioritariamente em países da zona Euro, em especial em Portugal, França e Espanha. Estas demonstrações financeiras consolidadas foram aprovadas e autorizadas para emissão na reunião do Conselho de Administração realizada em 26 de agosto de 2014.

2. Resumo das principais políticas contabilísticas As políticas contabilísticas mais relevantes utilizadas na determinação dos resultados do exercício e na apresentação da posição financeira são as seguintes:

2.1 Base de preparação De acordo com o Dec Lei nº35/2005, de 17 de fevereiro, posteriormente alterado pelo Dec. Lei nº 158/2009 de 3 de julho, o qual transpôs para a legislação portuguesa as disposições do Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de julho de 2002, estas demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiros (IAS/IFRS) emitidas pelo “International Accounting Standards Board” (“IASB”) e Interpretações emitidas pelo “International Financial Reporting Interpretations Committee” (“IFRIC”) ou pelo anterior “Standing Interpretations Committee” (“SIC”), adotadas pela UE, em vigor em 1 de janeiro de 2014. As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas no pressuposto de continuidade das operações a partir dos livros e registo contabilístico das empresas incluídas na consolidação, mantidas de acordo com as políticas contabilísticas de cada jurisdição, ajustadas no processo de consolidação para as IFRS. Foi respeitado o princípio do custo histórico, exceto no caso das propriedades de investimentos, terrenos e edifícios, os quais foram mensurados ao justo valor. Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, o Conselho de Administração do Grupo VAA – VISTA ALEGRE ATLANTIS utiliza estimativas e pressupostos que afetam a aplicação de políticas e os valores dos ativos e passivos. Os resultados reais podem diferir das estimativas. As estimativas e julgamentos utilizados na elaboração das demonstrações financeiros estão apresentados na Nota 3.

2.2 Bases de Consolidação a) Datas de referência

As demonstrações financeiras consolidadas incluem, com referência a 30 de junho de 2014, os ativos, os passivos e os resultados das empresas do Grupo, entendido como o conjunto do Grupo VAA e das suas filiais, as quais são apresentadas no relatório de gestão e na Nota 37.

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

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b) Participações financeiras em empresas do grupo

Empresas do Grupo são as empresas controladas pelo Grupo VAA. Existe controlo quando o Grupo detém comutativamente (i) a capacidade de gerir as atividades relevantes (atividades que afetam significativamente os resultados da investida); (ii) a exposição ou direitos a resultados variáveis da investida; e (iii) a capacidade de afetar esses resultados através do poder que exerce, a que normalmente está associado o controlo, direto ou indireto, de mais de metade dos direitos de voto. Potenciais direitos de voto exercíveis são tidos em consideração na determinação da existência, ou não, de controlo. Presume-se que existe controlo quando a percentagem de participação é superior a 50%. As empresas do Grupo são incluídas na consolidação pelo método da consolidação integral, desde a data em que o controlo é adquirido e até à data em que o mesmo efetivamente termina. O método de aquisição é o método utilizado para reconhecer a entrada das subsidiárias do Grupo aquando da respetiva aquisição. Aquisições posteriores a 2010: No método de aquisição a diferença entre: (i) a retribuição transferida juntamente com os interesses que não controlam (anteriormente designados “interesses minoritários”) e com o justo valor dos interesses de capital próprio anteriormente detidos e (ii) a quantia líquida dos ativos identificáveis adquiridos e dos passivos assumidos, é reconhecida, à data da aquisição como Goodwill, se positiva ou como ganho, se for negativa. A retribuição transferida é mensurada pelo justo valor calculado como sendo o valor agregado dos justos valores, à data de aquisição, dos ativos transferidos, passivos incorridos e instrumentos de capital próprio emitidos pelo Grupo. Para efeitos da determinação do Goodwill/ganhos da concentração, a retribuição transferida é expurgada de qualquer parte da retribuição que respeite a outra transação (ex: remuneração para prestação de serviços futuros ou para liquidação de relações pré-existentes) cuja margem é reconhecida separadamente em resultados. A retribuição transferida inclui o justo valor, à data de aquisição, de qualquer retribuição contingente. Alterações subsequentes neste valor são reconhecidas: (i) como capital próprio se a retribuição contingente estiver classificada como capital próprio, (ii) como gastos ou rendimentos nos resultados ou como outro rendimento integral se a retribuição contingente estiver classificada como ativo ou passivo financeiro no âmbito da IAS 39 e (iii) como gastos nos termos da IAS 37 ou outras normas aplicáveis, nos restantes casos. Os custos relacionados com a aquisição não fazem parte da retribuição transferida pelo que não afetam a determinação do Goodwill/ganho da aquisição, sendo reconhecidos como gastos no exercício em que ocorrem. Na data de aquisição são reavaliadas a classificação e designação de todos os ativos adquiridos e passivos transferidos, de acordo com as IFRS, com exceção das locações e contratos de seguro que são classificados e designados tendo por base os termos contratuais e condições à data do início do contrato.

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

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Os ativos que resultem de indemnizações contratuais por parte do vendedor relativas ao desfecho de contingências relacionadas, no todo ou em parte, com um passivo específico da entidade concentrada, passam a ter que ser reconhecidos e mensurados usando os mesmos princípios e pressupostos dos passivos relacionados; A determinação do justo valor dos ativos adquiridos e passivos adquiridos tem em conta o justo valor dos passivos contingentes que resultem duma obrigação presente originada por um evento passado (se o justo valor puder ser medido de modo fiável), independentemente de ser expectável uma provável saída de fluxos. Para cada aquisição, o Grupo pode optar por mensurar os “interesses que não controlam” ao respetivo justo valor ou pela respetiva quota-parte nos ativos e passivos transferidos da adquirida. A opção por um ou outro método influencia a determinação da quantia de Goodwill a reconhecer. Quando a concentração de atividades empresariais é efetuada em fases, o justo valor na data de aquisição anterior dos interesses detidos é remensurados para o justo valor na data em que o controlo é obtido, por contrapartida de resultados do período em que o controlo é atingido, afetando a determinação do Goodwill. Considera-se que o Goodwill tem vida útil indefinida pelo que não é amortizável sendo sujeito a testes de imparidade anualmente independentemente de haver ou não indicações de estar em imparidade. Sempre que uma concentração não está concluída na data de relato, serão ajustadas retrospetivamente, durante o período limite de um ano a contar da data de aquisição, as quantias provisórias reconhecidas à data de aquisição e/ou reconhecidos ativos e passivos adicionais se novas informações forem obtidas sobre factos e circunstâncias que existiam à data da aquisição e que se tivessem sido conhecidos teriam resultado no reconhecimento desses ativos e passivos nessa data. Aquisições anteriores a 2010: Comparativamente ao tratamento acima descrito aplicável a partir de 1 de Janeiro de 2010, existem as seguintes diferenças principais: - O custo de uma aquisição incluía os custos diretamente atribuíveis à aquisição pelo que afetavam a determinação do Goodwill; -Os “interesses que não controlam” a adquirida (anteriormente designados “interesses minoritários”) eram mensurados apenas na sua quota-parte nos ativos líquidos identificáveis da adquirida mas não entravam para a determinação do Goodwill/ganho da concentração; - Quando a concentração de atividades empresariais era efetuada em várias fases, o justo valor na data de aquisição anterior dos interesses detidos não era remensurado na data da obtenção de controlo pelo que o Goodwill anteriormente reconhecido permanecia inalterado; - Qualquer valor de aquisição contingente era reconhecido apenas se o Grupo tivesse uma obrigação presente, o exfluxo fosse provável e a estimativa fosse fiavelmente determinável; alterações subsequentes neste valor eram reconhecidas como contrapartida de Goodwill; Os Saldos e transações inter-grupo, e os ganhos não realizados em transações entre empresas do Grupo são eliminados. Perdas não realizadas são também eliminadas exceto se a transação revelar evidência de imparidade de um bem transferido.

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

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As políticas contabilísticas das subsidiárias são alteradas sempre que necessário de forma a garantir consistência com as políticas adotadas pelo Grupo. Nas situações em que o Grupo detém, em substância, o controlo de entidades criadas com um fim específico, ainda que não possua participações de capital diretamente nessas entidades, as mesmas são consolidadas pelo método de consolidação integral. c) Outras participações

As participações relativamente às quais o Grupo não assegura uma influência significativa sobre a sua atividade, nem o seu justo valor pode ser medido fiavelmente, são registadas ao mais baixo valor entre o seu custo de aquisição e o seu valor de realização. d) Interesses que não controlam

Os montantes de capitais próprios das empresas filiais consolidadas pelo método integral, atribuíveis às ações ou partes detidas por pessoas alheias às empresas incluídas na consolidação, são inscritos no balanço consolidado na rubrica interesses que não controlam. Os interesses que não controlam sobre o resultado líquido das filiais consolidadas são identificados e ajustados por dedução ao resultado do Grupo e inscritos na demonstração consolida dos resultados na rubrica de interesses que não controlam. e) Perímetro de consolidação

Durante o exercício de 2012 a Vista Alegre Atlantis UK LTD, a Ria Stone Fábrica de Louça de Mesa em Grés, SA e a Vista Alegre Atlantis Moçambique, Lda foram consolidadas pelo método integral pela primeira vez. No exercício de 2013, foram consolidadas pelo método integral, pela primeira vez, a VAA I.I. – Sociedade Imobiliária S.A e a Vista Alegre USA Corporation. No primeiro semestre de 2014 não houve alterações no perímetro de consolidação.

2.3 Relato por segmentos Um segmento de negócio é um grupo de ativos e operações envolvidos na criação e no fornecimento de produtos ou serviços sujeitos a riscos e benefícios que são diferentes de outros segmentos de negócio. Um segmento geográfico está envolvido em fornecer produtos ou serviços num ambiente económico particular que está sujeito a riscos e benefícios diferentes daqueles dos segmentos que operam em outros ambientes económicos.

2.4 Conversão cambial a) Moeda funcional e de apresentação Os elementos incluídos nas demonstrações financeiras de cada uma das entidades do Grupo são mensurados utilizando a moeda do ambiente económico em que a entidade opera (“A moeda funcional”). As demonstrações financeiras consolidadas são apresentadas em Euros, sendo esta a moeda funcional e de relato do Grupo.

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b) Transações e saldos As transações em moedas diferentes do euro são convertidas em moeda funcional utilizando as taxas de câmbio à data das transações. Os ganhos ou perdas cambiais resultantes da liquidação das transações e da conversão pela taxa à data do balanço dos ativos e dos passivos monetários denominados em moeda diferente do euro, são reconhecidos na Demonstração consolidada dos resultados, exceto quando diferidos em Capital próprio, se qualificarem como coberturas de fluxos de caixa ou como cobertura de investimento líquido.

2.5 Ativos intangíveis Os ativos intangíveis encontram-se registados pelo custo de aquisição, deduzido das depreciações acumuladas e perdas de imparidade. As depreciações são calculadas sobre os valores de aquisição, pelo método das quotas constantes, com imputação duodecimal, pelo seu período de vida útil (geralmente 3 anos). Custos com ativos intangíveis gerados internamente e marcas próprias são registados na conta de resultados na medida em que são incorridos. As despesas de investigação, efetuadas na procura de novos conhecimentos técnicos ou científicos ou na busca de soluções alternativas, são reconhecidos em resultados quando incorridos. As despesas de desenvolvimento são capitalizadas quando for demonstrável a exequibilidade técnica do produto ou processo em desenvolvimento e o Grupo tiver intenção e capacidade de completar o seu desenvolvimento e iniciar a sua comercialização ou o seu uso. a) Goodwill As diferenças de consolidação positivas (goodwill) representam o excesso do custo de aquisição sobre o justo valor dos ativos e passivos identificáveis à data da aquisição ou da primeira consolidação e encontram-se registadas no Ativo (o goodwill associado à aquisição de subsidiárias é registado em Investimentos financeiros) não corrente. As diferenças de consolidação negativas (badwill) representam o excesso do justo valor dos ativos e passivos identificáveis à data da aquisição, sobre o valor de aquisição, sendo registadas em resultados. O goodwill é alocado às unidades geradoras de caixa para realização dos testes de imparidade. Cada uma dessas unidades geradoras de fluxos de caixa representa um segmento de negócio. O goodwill não é amortizado, sendo abatidas ao valor do goodwill as respetivas perdas de imparidade determinadas anualmente à data do balanço ou sempre que ocorram indícios de uma eventual perda de valor. Qualquer perda de valor, imparidade, é registada no resultado do período e não pode ser revertida subsequentemente. Ganhos ou perdas decorrentes da venda de uma entidade/unidade geradora de caixa incluem o valor do goodwill referente à mesma.

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b) Direitos de ingresso Os direitos de ingresso das lojas em centros comerciais são apresentados ao seu custo de aquisição e são amortizados pelo período de duração dos respetivos contratos. c) Trespasses de lojas Os trespasses de lojas, com vida útil indefinida, não são amortizados, sendo que o valor dos trespasses foi alocado à unidade geradora de fluxos de caixa (do segmento de negócio da porcelana) para realização dos testes de imparidade.

2.6 Ativos fixos tangíveis Os terrenos e edifícios compreendem essencialmente fábricas, lojas de retalho e escritórios. São apresentados ao justo valor, com base em avaliações periódicas anuais, efetuadas por avaliadores externos independentes, menos depreciação subsequente, para os edifícios. A depreciação acumulada à data da reavaliação é deduzida do valor bruto do ativo e o valor líquido passa a refletir o valor reavaliado. Os aumentos na quantia escriturada de um ativo em resultado da reavaliação de terrenos e edifícios são creditados em rubrica específica no capital próprio. As diminuições que compensem aumentos anteriores do mesmo ativo são levadas à mesma rubrica em que foram registados os aumentos; as restantes diminuições são reconhecidas como gasto do período. Anualmente, a diferença entre a depreciação baseada na quantia escriturada reavaliada do ativo levada a gastos do período e a depreciação baseada no custo original do ativo, é transferida da reserva de justo valor para resultados retidos. Os demais ativos fixos tangíveis são apresentados ao custo de aquisição, menos depreciação, ou ao custo de aquisição com as reavaliações legais anteriores à data de transição para IFRS, menos depreciação. O custo de aquisição inclui todos os dispêndios diretamente atribuíveis à aquisição dos bens. Os custos subsequentes são incluídos na quantia escriturada do bem ou reconhecidos como ativos separados, conforme apropriado, somente quando é provável que benefícios económicos fluirão para a empresa e o custo possa ser mensurado com fiabilidade. Todos os outros dispêndios subsequentes são reconhecidos como um gasto no período em que sejam incorridos. Depreciações Os terrenos não são depreciados, sendo as depreciações dos restantes bens calculadas sobre os valores de aquisição ou de reavaliação, pelo método das quotas constantes, com imputação duodecimal. As taxas anuais aplicadas refletem satisfatoriamente a vida útil económica dos bens, a qual é determinada em função da utilidade esperada. As taxas de depreciação praticadas correspondem, em média, às seguintes vidas úteis estimadas:

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

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2014 2013

Edifícios e Outras Construções 3-50 3-50

Equipamento Básico 3-14 3-14

Equipamento de Transporte 4-8 4-8

Ferramentas e Utensílios 3-7 3-7

Equipamento Administrativo 4-10 4-10

O processo de depreciação inicia-se no mês em que o bem está disponível para entrar em funcionamento. Os valores residuais dos ativos, as vidas úteis e os métodos de amortização são revistos e ajustados, se necessário, na data das demonstrações financeira. Se a quantia escriturada é superior ao valor recuperável do ativo, procede-se imediatamente ao seu reajustamento para o valor recuperável estimado. Os ganhos ou perdas provenientes do abate ou alienação são determinados pela diferença entre os recebimentos das alienações e a quantia escriturada do ativo, e são reconhecidos como rendimentos ou gastos na Demonstração consolidada dos resultados. Quando são vendidos bens reavaliados, o montante incluído em outras reservas é transferido para lucros retidos.

2.7 Propriedades de Investimento

Compreendem imóveis e terrenos detidos para auferir rendimento ou valorização de capital, ou ambos, não sendo utilizados na prossecução da atividade normal dos negócios. Inicialmente as propriedades de investimento são mensuradas ao custo de aquisição, incluindo os custos da transação. Subsequentemente ao reconhecimento inicial, as propriedades de investimento são mensuradas ao justo valor. Ganhos ou perdas resultantes de alterações do justo valor das propriedades de investimento são relevadas na Demonstração consolidada dos resultados no ano em que são geradas, na linha de Aumento/(Redução) de justo valor. As propriedades de investimento são desreconhecidas quando as mesmas forem alienadas ou quando forem retiradas de uso não sendo expectável que benefícios económicos futuros resultem da sua retirada. Quaisquer ganhos ou perdas resultantes do desreconhecimento de propriedades de investimento são reconhecidos na Demonstração consolidada de resultados nesse ano. Os custos incorridos com propriedades de investimento em utilização, nomeadamente manutenções, reparações, seguros e impostos sobre propriedades, são reconhecidos nos resultados consolidados do período a que respeitam.

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

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2.8 Imparidade de ativos fixos tangíveis e intangíveis (exceto goodwill)

Os ativos que não têm uma vida útil definida não estão sujeitos a depreciação, mas estão sujeitos a testes de imparidade anuais. Para aqueles que, tendo uma vida útil definida, estão sujeitos a depreciações, realizam-se também testes de imparidade sempre que as circunstâncias se alteram de forma a indicar que o valor pelo qual se encontra escriturado possa não ser recuperável.

Uma perda por imparidade é a quantia pela qual a quantia escriturada de um ativo excede a sua quantia recuperável. A quantia recuperável é a mais alta de entre o preço de venda líquido de um ativo (justo valor – custos de venda) e o seu valor de uso, o qual decorre dos fluxos de caixa futuros atualizados com base em taxas de desconto antes de imposto que reflitam o valor atual do capital e o risco específico do ativo(s) em causa.

Para a determinação do valor recuperável, os ativos são analisados individualmente ou agrupados aos mais baixos níveis para os quais são identificados separadamente como unidades geradoras de fluxos de caixa. Uma unidade geradora de caixa é o grupo mais pequeno de ativos que inclui o ativo e que gera influxos de caixa provenientes do uso continuado, que sejam em larga medida independentes dos influxos de caixa de outros ativos ou grupos de ativos. Sempre que o valor contabilístico do ativo é superior ao seu valor recuperável é reconhecida uma perda por imparidade na Demonstração consolidada de resultados do período a que se refere. Se esta perda for subsequentemente revertida, o valor contabilístico do ativo é atualizado em conformidade mas nunca poder-se-á tornar superior ao valor que estaria reconhecido caso a perda por imparidade não tivesse sido registada. A reversão da imparidade é também reconhecida na Demonstração consolidada de resultados do período a que se refere.

As situações de perda por imparidade estão identificadas na Nota 11.

2.9 Ativos detidos para venda e operações em descontinuidade Incluem-se nesta categoria os ativos ou grupo de ativos cujo respetivo valor seja realizável através de uma transação de venda ou, conjuntamente, como um grupo numa transação única, e os passivos diretamente associados a estes ativos que sejam transferidos na mesma transação. Para que esta situação se verifique é necessário que a venda seja muito provável (sendo expectável que se concretize num prazo inferior a 12 meses), e que o ativo esteja disponível para venda imediata nas atuais condições, para além de que o Grupo se tenha comprometido na sua venda.

A depreciação dos ativos nestas condições cessa a partir do momento em que são classificados como detidos para venda. Em junho de 2014 e dezembro de 2013 não existiam ativos nestas condições.

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2.10 Inventários Os inventários, encontram-se valorizadas de acordo com os seguintes critérios: a) Mercadorias e matérias-primas As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao mais baixo entre o custo de aquisição e o valor realizável líquido. O custo de aquisição inclui as despesas incorridas até ao armazenamento, utilizando-se o custo médio ponderado como método de custeio. b) Produtos acabados e produtos e trabalhos em curso Os produtos acabados e intermédios e os produtos em curso foram valorizados a “custo standard”, ajustado para o seu valor realizável líquido, quando este é inferior ao standard. A estrutura de cálculo do custeio está suportada pelo sistema informático - SAP tendo por base “listas técnicas” (sumário estruturado dos componentes que formam um produto) e “roteiros” (descrição das operações que devem ser executadas e em que ordem para produzir um produto) de cada produto, que contêm os dados mestre essenciais para o planeamento, controlo de produção e custo industrial do produto, acrescentando valor à medida que o produto passe pelas diversas etapas até à sua conclusão. O cálculo do custo standard tem por base a estrutura de custos necessária para a utilização normal da capacidade de produção instalada nas diversas unidades fabris, sendo excluídos os custos de inatividade e de reestruturação. Pontualmente são efetuadas revisões mensais no caso de existirem alterações significativas na estrutura do produto. Para efeitos de ajustamento dos inventários, calcula-se a rotação dos stocks por material, tendo por base as saídas dos últimos 24 meses e aplicando taxas de desvalorização diferenciadas consoante a sua maior ou menor rotação. Não se calculou ajustamentos para todos os materiais de venda pertencentes à gama atual disponível em catálogo para venda, pois considera-se que estes materiais não são “monos”. Quando a classificação atribuída pelo marketing é alterada para “ material fora de linha,” o ajustamento é automaticamente calculado com base nas regras previamente estabelecidas.

2.11 Ativos e passivos financeiros

Todas as compras e vendas destes instrumentos são reconhecidas à data da negociação ou da assinatura dos respetivos contratos de compra e venda, independentemente da data de liquidação financeira. No momento inicial, os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço pago, incluindo despesas de transação, exceto para os ativos valorizados ao justo valor através de resultados, em que os custos de transação são imediatamente reconhecidos nos resultados. Estes ativos são desreconhecidos quando: (i) expiram os direitos contratuais do Grupo quanto ao recebimento dos seus fluxos de caixa; ou (ii) o Grupo tenha transferido substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua posse, ou o controlo sobre os ativos.

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2.11.1 Ativos financeiros

Os ativos financeiros classificam-se como segue, dependendo da intenção do Conselho de Administração na sua aquisição: a) Empréstimos e contas a receber; b) Investimentos detidos até à maturidade; c) Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados (detido para negociação); d) Ativos financeiros disponíveis para venda.

a) Empréstimos e contas a receber

Correspondem a ativos financeiros não derivados, com recebimentos fixos ou determináveis para os quais não existe um mercado de cotação ativo. Os empréstimos e contas a receber são registados inicialmente ao justo valor e subsequentemente pelo custo amortizado com base na taxa de juro efetiva (sempre que o efeito temporal seja significativo), deduzidos de eventuais perdas de imparidade. As perdas de imparidade são registadas com base na estimativa e avaliação das perdas associadas aos créditos de cobrança duvidosa, na data do balanço, para que reflitam o seu valor realizável líquido. Quando os valores a receber de clientes ou outros devedores se encontrem vencidos, e sejam objeto de renegociação dos seus termos, deixam de ser considerados vencidos e passam a ser tratados como novos créditos.

b) Investimentos detidos até à maturidade

Os investimentos detidos até à maturidade são classificados como investimentos não correntes, exceto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data do balanço, sendo registados nesta rubrica os investimentos com maturidade definida para os quais o Grupo tem intenção e capacidade de os manter até essa data. Os investimentos detidos até à maturidade são registados ao custo amortizado, deduzido de eventuais perdas por imparidade.

c) Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados

Incluem-se nesta categoria os ativos financeiros detidos para negociação e os ativos designados ao justo valor através de resultados no momento do seu reconhecimento inicial, e são apresentados como ativos correntes. Um ativo financeiro está classificado como detido para negociação se for: - adquirido ou incorrido principalmente para a finalidade de venda ou de recompra num prazo muito próximo; - parte de uma carteira de instrumentos financeiros identificados que são geridos em conjunto e para os quais existe evidência de um modelo real recente de tomada de lucros a curto prazo; - um derivado (exceto no caso de um derivado que seja um instrumento de cobertura designado e eficaz).

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Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos mensurados ao justo valor através de resultados são registados na Demonstração consolidada dos resultados do período.

d) Ativos financeiros, disponíveis para venda

Os investimentos disponíveis para venda são ativos financeiros, não derivados, que o Grupo tem intenção de manter por tempo indeterminado, ou são assim designados no momento da aquisição, ou não se enquadram nas restantes categorias de classificação dos ativos financeiros. São apresentados como ativos não correntes, exceto se houver a intenção de os alienar nos 12 meses seguintes ao da data das demonstrações financeiras. Após o reconhecimento inicial, os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data das demonstrações financeiras, sem qualquer dedução relativa a custos da transação que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos que não sejam cotados e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade. Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis para venda são registados no Capital próprio, na rubrica de Reservas e resultados transitados, até o investimento ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade, momento em que o ganho ou perda acumulada é registado na Demonstração consolidada dos resultados. Esta decisão requer julgamento.

2.11.2 Passivos financeiros

Os passivos financeiros são classificados de acordo com a substância contratual, independentemente da forma legal que assumem, e classificam-se como se segue: a) Passivos financeiros mensurados ao justo valor através de resultados; b) Empréstimos bancários (Financiamentos obtidos); c) Contas a pagar

a) Passivos financeiros mensurados ao justo valor através de resultados

Incluem-se nesta categoria os passivos financeiros detidos para negociação, e os derivados que não qualifiquem para efeitos de contabilidade de cobertura, e sejam classificados desta forma no seu reconhecimento inicial. Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos passivos financeiros mensurados ao justo valor através de resultados são registados na Demonstração consolidada de resultados do período.

b) Empréstimos bancários (Financiamentos obtidos)

Os empréstimos são reconhecidos inicialmente ao justo valor deduzidos de custos de transação incorridos e subsequentemente são mensurados ao custo amortizado. Qualquer diferença entre o

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valor de emissão (líquido de custos de transação incorridos) e o valor nominal é reconhecida em resultados durante o prazo dos empréstimos de acordo com o método do juro efetivo. Os empréstimos obtidos são classificados no passivo corrente e não corrente (neste último caso quando a sua maturidade ultrapassa os 12 meses após a data do balanço).

c) Contas a pagar

Os saldos de fornecedores e outras contas a pagar são inicialmente registados pelo seu valor nominal, o qual se entende ser o seu justo valor, e subsequentemente são registados ao custo amortizado de acordo com o método da taxa de juro efetiva (sempre que o efeito temporal seja significativo).

2.11.3 Instrumentos de capital próprio

Os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual, independentemente da forma legal que assumem. Os instrumentos de capital próprio emitidos pelas empresas do Grupo são registados pelo valor recebido, líquido dos custos suportados com a sua emissão. As ações próprias são contabilizadas pelo seu valor de aquisição como uma redução ao capital próprio. Os ganhos ou perdas ocorridas na alienação das ações próprias são registados em “Reservas e resultados transitados”, não sendo considerado nos resultados do período em que ocorrem.

2.11.4 Derivados e contabilidade de cobertura

Em 30 de junho de 2014 encontrava-se contratado um conjunto de instrumentos financeiros essencialmente com o objetivo de minimizar os riscos de exposição a variação de taxas de juro. Este instrumento financeiro/Swap decorre da renegociação da dívida junto do Millennium BCP e da Caixa Geral de Depósitos. A contratação deste tipo de instrumentos financeiros é efetuada após análise cuidada dos riscos e benefícios inerentes a este tipo de operações e consulta a diversas instituições intervenientes no mercado. Estas operações estão sujeitas a autorização prévia da Comissão Executiva e implicam o acompanhamento permanente da evolução dos mercados financeiros e das posições detidas pelo Grupo. O valor do mercado (fair value) destes instrumentos é apurado regularmente e periodicamente ao longo do ano, no sentido de permitir uma avaliação contínua destes instrumentos e das respetivas aplicações financeiras. Os instrumentos financeiros derivados são inicialmente mensurados ao justo valor na data de contratação, sendo reavaliados subsequentemente pelo respetivo justo valor à data das demonstrações financeiras, estando apresentados na rubrica de Contas a receber/pagar e outras. A designação de um instrumento financeiro derivado como sendo um instrumento de cobertura obedece às exigências da IAS 39. Uma relação de cobertura existe quando: • À data da contratação existe uma documentação formal da cobertura; • Existe a expectativa de que a cobertura seja altamente eficaz;

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• A eficácia da cobertura possa ser medida com fiabilidade; • A cobertura é avaliada continuadamente e mostra-se altamente efetiva ao longo do período de relato financeiro; • Em relação a uma transação prevista esta tem que ser altamente provável. As variações no justo valor dos instrumentos derivados designados como de cobertura de justo valor são reconhecidas como resultado financeiro do período. As variações no justo valor de instrumentos derivados, designados como de cobertura de fluxos de caixa, são reconhecidas no capital próprio, na sua componente efetiva, e em resultados financeiros na sua componente não efetiva. Os valores registados no capital próprio são transferidos para resultados no momento em que o item coberto tiver também efeitos no resultado. Quando os instrumentos financeiros derivados, embora contratados para efetuar cobertura económica de acordo com as políticas de gestão de risco do Grupo, não respeitam todas as condições estipuladas na IAS 39 para a sua qualificação como contabilidade de cobertura, são classificados como derivados detidos para negociação, sendo as respetivas variações de justo valor registadas nos resultados do período. Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou em outros contratos, os mesmos são tratados como derivados separados nas situações em que os riscos e características não estejam intimamente relacionados com os contratos e nas situações em que os contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas registadas nas Demonstrações consolidada dos resultados.

2.11.5 Caixa e equivalentes de caixa

A rubrica “Caixa e equivalentes de caixa” incluiu numerário, depósitos à ordem e aplicações de tesouraria, com prazos de vencimento curtos e que são mobilizáveis rapidamente sem risco significativo de alteração de valor.

Para efeitos de Demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica “Caixa e equivalentes de caixa”, inclui também os descobertos bancários incluídos na demonstração consolidada da posição financeira na rubrica de Instituições de crédito.

2.12 Capital próprio a) Capital social:

Todo o capital social é representado por ações ao portador, que são classificadas no Capital próprio. b) Reserva legal:

De acordo com o artigo 295º do Código das Sociedades Comerciais pelo menos 5% do resultado tem que ser destinando à constituição ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do Capital Social. A reserva legal não é distribuível a não ser em caso de liquidação, e só pode ser

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utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas ou para incorporação no Capital Social (artigo 296º C.S.C). c) Reserva de reavaliação:

Os terrenos e edifícios encontram-se ajustados através de reavaliações livres que teve por base uma avaliação técnica. As reavaliações livres são efetuadas anualmente com o fim de ajustar o valor dos ativos ao valor de mercado, as quais só estão disponíveis para distribuição depois de realizadas (pelo uso ou pela venda).

2.13 Benefícios a empregados

2.13.1 Provisões para pensões de reforma – plano de benefícios definidos Algumas empresas do Grupo possuem esquemas de pensões atribuídos a antigos funcionários, na forma de um plano de benefício definido, sendo este um plano de pensões que define o montante de benefício de pensão que um empregado irá receber na reforma, normalmente dependente de um ou mais fatores, como a idade, anos de serviço e remuneração. O grupo tem em vigor vários planos de benefícios de reforma, uns a cargo do grupo e outros a cargo do Futuro Grupo Montepio. O passivo reconhecido na demonstração da posição consolidada relativamente a plano de benefícios definidos é o valor presente da obrigação do benefício definido à data das demonstrações financeiras consolidadas. A obrigação do plano de benefícios definidos é calculada anualmente por atuários independentes, utilizando o método do crédito da unidade projetada. O valor presente da obrigação do benefício definido é determinado pelo desconto das saídas de caixa futuras, utilizando a taxa de juro de obrigações de elevada qualidade denominadas na mesma moeda em que os benefícios serão pagos e com termos de maturidade que se aproximam dos da responsabilidade assumida. Todos os ganhos e perdas atuariais resultantes de ajustamentos em função da experiência e alterações nas premissas atuariais são reconhecidos diretamente no capital próprio e apresentados em outros rendimentos integrais. Os custos de serviços passados são imediatamente reconhecidos em resultados, exceto se as alterações no plano de pensões são condicionadas pela permanência dos empregados em serviço por um determinado período de tempo (o período que qualifica para o benefício). Neste caso, os custos de serviços passados são amortizados numa base de linha reta ao longo do período em causa. Os ganhos e perdas gerados por um corte ou uma liquidação de um plano de pensões de benefícios definidos são reconhecidos nos resultados do exercício em que o corte ou a liquidação ocorre. Um corte ocorre quando se verifica uma redução material no número de empregados ou o plano é alterado para que os benefícios definidos sejam reduzidos, com efeito material, originando assim uma redução nas responsabilidades com o plano.

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2.13.2 Cessação de emprego Os benefícios de cessação de emprego são devidos para pagamento quando há cessação de emprego antes da data normal de reforma ou quando um empregado aceita sair voluntariamente em troca destes benefícios. O Grupo reconhece estes benefícios quando se pode demonstrar estar comprometido a uma cessação de emprego de funcionários atuais, de acordo com um plano formal detalhado para a cessação e não exista possibilidade realista de retirada ou estes benefícios sejam concedidos para encorajar a saída voluntária. Sempre que os benefícios de cessação de emprego se vençam a mais de 12 meses após a data do balanço, eles são descontados para o seu valor atual.

2.13.3 Férias, subsídio de férias e prémios O código do trabalho aprovado pela lei 7/2009 de 12 de Fevereiro, alterado pelas Leis 105/2009, de 14 de Setembro e 53/2011, de 14 de Outubro, estabeleceu no nº 3 do artigo 238º, as condições em que o direito a férias, a vencer no início de cada ano, deveria ser majorado até 25 dias. A Lei n.º 23/2012, de 25 de Junho revogou esta norma, passando o direito a férias a ter a duração máxima de 22 dias. O tribunal constitucional veio a declarar, mais tarde, a inconstitucionalidade de algumas normas desta lei, designadamente a majoração do direito a férias, quando esta majoração já tivesse sido acolhida em sede de contratação coletiva. A contratação coletiva aplicável á indústria cerâmica, negociada entre a APICER e os sindicatos, havia acolhido as regras da majoração e aplica-se direta ou indiretamente, a cerca de 2/3 dos trabalhadores da VAA. A Administração da VAA SA decidiu, por razões de equidade, alargar o direito á majoração das férias vencidas no dia 01/01/2013 a todos os trabalhadores. Entende-se que os critérios subjacentes aos cálculos das provisões para férias e subsídio de férias, registados nas contas de 2013, e vencidas em 01/01/2014 devem seguir o mesmo princípio.

2.13.4 Fundo de Compensação do Trabalho (FCT) e o Fundo de Garantia de Compensação do Trabalho (FGCT)

Com a publicação da Lei n.º 70/2013 e subsequente regulamentação através da Portaria n.º 294-A/2013, entrou em vigor no dia 1 de outubro os regimes do Fundo de Compensação do Trabalho (FCT) e do Fundo de Garantia de Compensação do Trabalho (FGCT). Neste contexto, as empresas que contratem um novo trabalhador são obrigadas a descontar uma percentagem do respetivo salário para estes dois novos fundos (0,925% para o FCT e 0,075% para o FGCT), com o objetivo de assegurar, no futuro, o pagamento parcial da indemnização em caso de despedimento.

Tendo em conta as características de cada Fundo foi considerado o seguinte: - As entregas mensais para o FGCT, efetuadas pela entidade empregadora, são reconhecidas como gasto do período a que respeitam. - As entregas mensais para o FCT, efetuadas pela entidade empregadora, são reconhecidas como um ativo financeiro dessa entidade, mensurado pelo justo valor, com as respetivas variações reconhecidas em resultados

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2.14 Provisões

São constituídas provisões na demonstração da posição consolidada, sempre que o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um acontecimento passado e sempre que é provável que uma diminuição, razoavelmente estimável de recursos, incorporando benefícios económicos, será exigido para liquidar a obrigação. - Contratos onerosos: Uma provisão para contratos onerosos é reconhecida quando os benefícios expectáveis da consecução do contrato são inferiores aos custos decorrentes da obrigação imposta por este. As provisões para os custos de desmantelamento, remoção de ativos e restauração do local são reconhecidas quando os bens começam a ser utilizados e se for possível estimar a respetiva obrigação com fiabilidade. O montante da provisão reconhecida corresponde ao valor presente da obrigação, sendo a atualização financeira registada em resultados como custo financeiro na rubrica de “juros líquidos”. As provisões são revistas e atualizadas na data das demonstrações financeiras consolidadas, de modo a refletir a melhor estimativa, nesse momento, da obrigação em causa.

2.15 A mensuração ao justo valor

O Grupo mensura parte dos seus ativos financeiros, como ativos financeiros disponíveis para venda e para negociação, e parte dos seus ativos não financeiros, como propriedades de investimento, ao justo valor à data de referência das demonstrações financeiras. A mensuração do justo valor presume que o ativo ou passivo é trocado numa transação ordenada entre participantes do mercado para vender o ativo ou transferir o passivo, na data de mensuração, sob as condições atuais de mercado. A mensuração do justo valor é baseada no pressuposto de que a transação de vender o ativo ou transferir o passivo pode ocorrer: - No mercado principal do ativo e do passivo, ou - Na ausência de um mercado principal, presume-se que a transação aconteça no mercado mais vantajoso. Este é o que maximiza o valor que seria recebido na venda do ativo ou minimiza o valor que seria pago para transferir o passivo, depois de considerar os custos de transação e os custos de transporte. Devido ao facto de diferentes entidades e os diferentes negócios dentro de uma única entidade poderem ter acesso a diferentes mercados, o mercado principal ou o mais vantajoso para o mesmo ativo ou passivo pode variar de uma entidade para outra, ou até mesmo entre negócios dentro de uma mesma entidade, mas pressupõe-se que estão acessíveis ao Grupo.

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A mensuração do justo valor utiliza premissas que participantes do mercado utilizariam na definição do preço do ativo ou passivo, assumindo que os participantes de mercado utilizariam o ativo de modo a maximizar o seu valor e utilização. O Grupo utiliza as técnicas de avaliação apropriadas às circunstâncias e para as quais existam dados suficientes para mensurar o justo valor, maximizando a utilização de dados relevantes observáveis e minimizando a utilização de dados não observáveis. Todos os ativos e passivos mensurados ao justo valor ou para os quais a sua divulgação é obrigatória são classificados segundo uma hierarquia de justo valor, que classifica em três níveis os dados a utilizar na mensuração pelo justo valor, detalhados abaixo: Nível 1 – Preços de mercado cotados, não ajustados, em mercados ativos para ativos ou passivos idênticos, que a entidade pode aceder na data de mensuração; Nível 2 – Técnicas de valorização que utilizam inputs que não sendo cotados, são direta ou indiretamente observáveis; Nível 3 – Técnicas de valorização que utilizam inputs não baseados em dados de mercado observáveis, ou seja, baseados em dados não-observáveis. A mensuração do justo valor é classificada integralmente no mesmo nível da hierarquia do justo valor no nível mais baixo do input que é mais significativo para a mensuração como um todo.

2.16 Reconhecimento do rédito O rédito compreende o justo valor da venda de bens e prestação de serviços, líquido de impostos e descontos e após eliminação das vendas internas. O rédito é reconhecido como segue: a) Venda de bens – grosso Os proveitos decorrentes das vendas são reconhecidos na Demonstração consolidada dos resultados quando os riscos e vantagens inerentes à posse dos ativos vendidos são transferidos para o comprador. A empresa tem acordado com alguns clientes uma percentagem de rappel que depende do volume de compras anual e do prazo de pagamento das mesmas. Com base nas taxas acordadas, a empresa estima no momento da venda, o valor de rappel. b) Venda de bens – retalho Os proveitos decorrentes das vendas são reconhecidos na Demonstração consolidada dos resultados quando os riscos e vantagens inerentes à posse dos ativos vendidos são transferidos para o comprador. As vendas a retalho são normalmente efetuadas a dinheiro ou com cartão de crédito. O rédito a reconhecer é o valor bruto da venda e as despesas de utilização de cartões de crédito a pagar pela transação.

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c) Resultados financeiros líquidos Os resultados financeiros líquidos representam essencialmente juros de empréstimos obtidos deduzidos de juros de aplicações financeiras e ganhos e perdas cambiais. Os custos e proveitos financeiros são reconhecidos em resultados numa base de acréscimo durante o período a que dizem respeito. Os custos de empréstimos obtidos que sejam diretamente atribuíveis à aquisição, construção ou produção de um ativo que se qualifica (ou seja, um ativo que leva necessariamente um período substancial de tempo para ficar pronto para o seu uso pretendido ou para a sua venda, como por exemplo, inventários que exijam um período substancial de tempo para os pôr numa condição vendável, instalações industriais, instalações de geração de energia e propriedades de investimento) são capitalizados como parte do custo desse ativo, se recuperáveis. Em 31-12-2013 e 31-12-2012 não existem custos com empréstimos capitalizados. d) Dividendos Estes proveitos são reconhecidos quando o direito de recebimento do acionista é estabelecido.

e) Trabalhos para a própria empresa Os custos internos (por exemplo: mão de obra, materiais, transportes) incorridos na produção de ativos fixos tangíveis e inventários são objeto de capitalização, apenas quando preenchidas as seguintes condições: (i) os ativos são identificáveis e mensuráveis de forma fiável; e (ii) existe forte probabilidade de que venham a gerar benefícios económicos futuros. Não são reconhecidas quaisquer margens geradas internamente. São contabilizados a crédito da conta de custos originalmente utilizada.

2.17 Especialização de exercícios

Genericamente, os proveitos e os custos são registados de acordo com o princípio da especialização de exercícios, pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas na medida em que são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas, são registadas no balanço consolidado nas rubricas de “Outros ativos correntes” e “Outros passivos correntes”, respetivamente.

2.18 Contratos de locações Os contratos de locação relativamente aos quais o Grupo assume substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse do ativo locado são classificados como locações financeiras. Os contratos de locação financeira são registados na data do seu início como ativo e passivo pelo menor do justo valor da propriedade locada ou do valor atual das rendas de locação vincendas.

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

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Os ativos adquiridos em locação financeira são depreciados de acordo com a política estabelecida pela empresa para os ativos fixos tangíveis. As rendas são constituídas pelo custo financeiro e pela amortização do capital. Os custos financeiros são imputados aos respetivos períodos durante o prazo de locação segundo uma taxa de juro periódica constante sobre o investimento líquido remanescente do locador. As rendas classificadas como locações operacionais, nomeadamente pela inexistência de intenção de compra do bem, são contabilizadas como custo do exercício.

2.19 Subsídios do Governo ou de outras entidade publicas Os subsídios do Governo são reconhecidos pelo seu justo valor quando existe uma segurança razoável que o subsídio será recebido e o Grupo cumprirá as obrigações inerentes. Os subsídios do Governo relativos a gastos são diferidos e reconhecidos na Demonstração consolidada dos resultados pelo período necessário para os balancear com os gastos que eles se destinam a compensar. Os subsídios do Governo relativos à compra de ativos fixos tangíveis são incluídos nos passivos correntes (proveitos diferidos) como subsídios ao investimento diferidos e são creditados na Demonstração consolidada dos resultados numa base linear pelo período esperado de vida dos ativos correspondentes.

2.20 Ativos e passivos contingentes Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo os mesmos divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de um exfluxo de fundos seja remota, caso em que não são objeto de divulgação.

Os ativos contingentes não são reconhecidos, e apenas são divulgados quando é provável a existência de um benefício económico futuro.

2.21 Imposto sobre o rendimento O imposto sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação e considera a tributação diferida. O imposto diferido é calculado, com base no método da responsabilidade do balanço, sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos ativos e dos passivos e a respetiva base de tributação. Não é calculado imposto diferido sobre as diferenças de consolidação e as diferenças de reconhecimento inicial de um ativo e um passivo quando a mesma não afeta nem o resultado contabilístico nem o fiscal. A base tributável dos ativos e passivos é determinada por forma a refletir as consequências de tributação decorrentes da forma como o Grupo espera, a data das demonstrações financeiras, recuperar ou liquidar a quantia escriturada dos seus ativos e passivos, tendo por base decisões do ponto de vista fiscal substancialmente implementadas na data do balanço.

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O montante do imposto a incluir quer no imposto corrente quer no imposto diferido, que resulte das transações ou eventos reconhecidos nas reservas, é registado diretamente nessas mesmas rúbricas, não afetando o resultado do exercício. São reconhecidos imposto diferidos ativos sempre que existe razoável segurança de que são gerados lucros futuros contra os quais os ativos poderão ser utilizados. Os impostos diferidos ativos são revistos anualmente e reduzidos sempre que deixe de ser provável que os mesmos possam ser utilizados. Os impostos diferidos são determinados pelas taxas fiscais (e leis) decretadas ou substancialmente decretadas na data do balanço e que se espera que sejam aplicáveis no período de realização do imposto diferido ativo ou de liquidação do imposto diferido passivo. De acordo com a legislação em vigor, consideramos a taxa de IRC de 23% e, nas situações de não ligadas a prejuízos fiscais, uma derrama de 1,5% sobre o valor das diferenças temporárias que originam ativos ou passivos por impostos diferidos.

2.22 Eventos subsequentes

Os eventos após a data das demonstrações financeiras que proporcionem informação adicional sobre as condições que existiam nessa data são refletidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a data das demonstrações financeiras que proporcionem informação sobre condições que ocorram após essa data, se materiais, são divulgados nas notas às demonstrações financeiras consolidadas.

3. Estimativas contabilísticas importantes e julgamentos Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas de acordo com o IFRS, o Conselho de Administração do Grupo VAA SGPS utiliza estimativas e pressupostos que afetam a aplicação de políticas e montantes reportados. As estimativas e julgamentos são continuamente avaliados e baseiam-se na experiência de eventos passados e outros fatores, incluindo expectativas relativas a eventos futuros considerados prováveis face às circunstâncias em que as estimativas são baseadas ou resultado de uma informação ou experiência adquirida. As estimativas contabilísticas mais significativas refletidas nas demonstrações financeiras consolidadas são como segue: a) Análise de imparidade O Grupo testa anualmente o goodwill como objetivo de verificar se o mesmo está em imparidade. Os valores recuperáveis das unidades geradoras de caixa foram determinados com base na metodologia do valor de uso. A utilização deste método requer a estimativa de fluxos de caixa futuros provenientes das operações de cada unidade geradora de caixa e a escolha de uma taxa de desconto apropriada. b) Valorização e vida útil de ativos intangíveis

O Grupo utilizou diversos pressupostos na estimativa dos fluxos de caixa futuros, provenientes dos ativos intangíveis adquiridos como parte de processos de aquisição de empresas e o trespasse da loja, entre os quais a estimativa de receitas futuras, taxas de desconto e vida útil dos referidos ativos.

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c) Reconhecimento de provisões e ajustamentos O Grupo é parte em diversos processos judiciais em curso para os quais, com base na opinião dos seus advogados, efetua um julgamento para determinar se deve ser registada uma provisão para essas contingências (nota 21). Os ajustamentos para contas a receber são calculados essencialmente com base na antiguidade das contas a receber, o perfil de risco dos clientes e a situação financeira dos mesmos. As estimativas relacionadas com os ajustamentos para contas a receber diferem de negócio para negócio. A política do Grupo relativamente à atribuição de plafonds à concessão de crédito, quer em termos nacionais quer em termos internacionais, é feita através de recurso a empresas especializadas em cobertura de risco de crédito. d) Justo valor das propriedades de investimento

O Grupo recorre a entidade externa para proceder ao cálculo do justo valor das propriedades de investimento, sendo utilizado o método do rendimento (fluxos de caixa descontados) ou método de reposição. Uma avaliação é uma previsão do valor de mercado mas não é uma garantia do valor que seria obtido numa transação. Adicionalmente, outros avaliadores podem legitimamente calcular um valor de mercado diferente. e) Benefícios de pensões O valor presente da obrigação de pensões depende de vários fatores, determinados numa base atuarial, usando várias premissas. As premissas usadas na determinação do custo líquido de pensões incluem a taxa de retorno esperada de longo prazo sobre os ativos relevantes do plano e a taxa de desconto. As alterações nestas premissas terão impacto no valor contabilístico das obrigações de pensões. A taxa esperada de retorno sobre os ativos do plano foi determinada numa base uniforme, levando em consideração os retornos históricos de longo prazo, alocação de ativos e estimativas futuras de retornos de investimentos a longo prazo. O Grupo determina a taxa de desconto apropriada no fim de cada exercício, a qual corresponde à taxa de juro que deveria ser usada para determinar o valor presente dos pagamentos estimados para liquidar as obrigações de pensões. Na determinação da taxa apropriada de desconto, o Grupo considera as taxas de juro das obrigações de elevada qualidade denominadas na moeda na qual os benefícios serão pagos e com prazos de vencimento que se aproximem dos prazos da correspondente obrigação de pensões. Outras premissas chave para as obrigações de pensões são baseadas parcialmente em condições correntes de mercado.

f) Impostos diferidos ativos

São reconhecidos impostos diferidos ativos para todos os prejuízos recuperáveis na medida em que seja provável que venha a existir lucro tributável contra o qual as perdas possam ser utilizadas.

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Tendo em conta o contexto de crise e o impacto que pode ter nos resultados futuros, torna-se necessário julgamento por parte do Conselho de Administração para determinar a quantia de impostos diferidos ativos que podem ser reconhecidos tendo em conta:

A data e quantia prováveis de lucros tributáveis futuros, superiores aos lucros provenientes da reversão de diferenças temporárias tributáveis existentes, e

As estratégias de otimização fiscal futuras.

O cálculo de impostos diferidos foi efetuado de acordo com as alterações de taxa, decorrentes da Lei nº 2/2014, publicada em Diário da República de 16 de janeiro de 2014.

4. Alterações de políticas contabilísticas Com exceção das alterações decorrentes das emendas às normas que o Grupo já adotava, durante o período findo em 30 de junho 2014 não ocorreram alterações de políticas contabilísticas, face às consideradas na preparação da informação financeira relativa ao exercício de 2013, apresentada para efeitos comparativos, nem foram identificados erros materiais de exercícios anteriores.

Relativamente a novas normas e interpretações, ocorreram as seguintes emissões, revisões, alterações e melhorias nas normas e interpretações:

(1) Revisões, alterações e melhorias nas normas e interpretações endossadas pela UE com efeitos nas políticas contabilísticas e divulgações adotadas pela empresa/grupo a partir de 01 de Janeiro de 2014

IFRS 10 Demonstrações financeiras consolidadas

O IASB emitiu a IFRS 10 Demonstrações financeiras consolidadas que substitui os requisitos de consolidação previstos na SIC 12 Consolidação - entidades com finalidade especial e na IAS 27 Demonstrações financeiras consolidadas e separadas.

A IFRS estabelece um novo conceito de controlo que deverá ser aplicado para todas as entidades e veículos com finalidade especial. As mudanças introduzidas pela IFRS 10 requererem que a Gestão faça um julgamento significativo de forma a determinar que entidades são controladas e consequentemente ser incluídas nas Demonstrações financeiras consolidadas da empresa-mãe.

IFRS 11 Acordos conjuntos. A IFRS 11:

- substitui a IAS 31 Interesses em empreendimentos Conjuntos e a SIC 13 Entidades conjuntamente controladas — contribuições não monetárias por empreendedores.

- altera o conceito de controlo conjunto e remove a opção de contabilizar uma entidade conjuntamente controlada através da método da consolidação proporcional, passando uma entidade a contabilizar o seu interesse nestas entidades através do método da equivalência patrimonial.

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- define ainda o conceito de operações conjuntas (combinando os conceitos existentes de ativos controlados e operações controlados conjuntamente) e redefine o conceito de consolidação proporcional para estas operações, devendo cada entidade registar nas suas demonstrações financeiras os interesses absolutos ou relativos que possuem nos ativos, passivos, rendimentos e custos.

IFRS 12 Divulgação de participações em outras entidades.

A IFRS 12 Divulgação de participações em outras entidades estabelece o nível mínimo de divulgações relativamente a empresas subsidiárias, empreendimentos conjuntos, empresas associadas e outras entidades não consolidadas.

Esta norma inclui, por isso, todas as divulgações que eram obrigatórias nas IAS 27 Demonstrações financeiras consolidadas e separadas referentes às contas consolidadas, bem como as divulgações obrigatórias incluídas na IAS 31 Interesses em empreendimentos conjuntos e na IAS 28 Investimentos em associadas, para além de novas informações adicionais.

IAS 27 Demonstrações financeiras consolidadas e separadas (Revista em 2011)

Com a introdução da IFRS 10 e IFRS 12, a IAS 27 limita-se a estabelecer o tratamento contabilístico relativamente a subsidiárias, empreendimentos conjuntos e associadas nas contas separadas.

IAS 28 Investimentos em associadas e joint ventures

Com as alterações à IFRS 11 e IFRS 12, a IAS 28 foi renomeada e passa a descrever a aplicação do método de equivalência patrimonial também às joint ventures à semelhança do que já acontecia com as associadas.

IFRS 10, IFRS 12 e IAS 27 (Emendas) – Entidades de Investimento

IAS 32 Instrumentos financeiros (Compensação de ativos financeiros e passivos financeiros)

IAS 36 – Imparidade de ativos (Emenda): Divulgações da quantia recuperável para ativos não financeiros

IAS 39 – Instrumentos financeiros (Emenda): Novação de Derivados e continuação de contabilidade de cobertura

IFRIC 21 – Taxas do governo (Emissão):

Esta norma consiste numa interpretação à IAS 37 – Provisões, passivos contingentes e ativos. Tipifica as taxas do governo, e os eventos que dão origem à responsabilidade de pagamento clarificando o momento em que estas devem ser reconhecidas.

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

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Decorrente destas adoções, não ocorreram impactos significativos nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo em 30 de junho de 2014. Não obstante, a descrição das políticas contabilísticas elencadas na nota 2 foi alterada em conformidade.

(2) As normas e interpretações emitidas pelo IASB mas ainda não endossadas pela União Europeia

IFRS 9 Instrumentos financeiros - Introduz novos requisitos de classificação e mensuração de ativos e passivos financeiros (a aplicar em data a designar)

A primeira fase da IFRS 9 Instrumentos financeiros aborda a classificação e mensuração dos ativos e passivos financeiros. O IASB continua a trabalhar e a discutir os temas de imparidade e contabilidade de cobertura com vista à revisão e substituição integral da IAS 39. A IFRS 9 aplica-se a todos os instrumentos financeiros que estão no âmbito de aplicação da IAS 39.

IAS 19 R – Benefícios de Empregados (Emenda): Contribuições de empregados (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de julho de 2014) Melhoramentos das normas internacionais de relato financeiro (ciclo 2010-2012 e ciclo 2011 a 2013) (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de julho de 2014). Estas melhorias envolvem a revisão de diversas normas. IFRS 14 Ativos e passivos regulatórios (Emissão) (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de julho de 2016) IFRS 15 Rédito de contratos com clientes (Emissão) (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de julho de 2017)

Esta norma pretende substituir as atuais normas do rédito (IAS 11 e IAS 18) e vem clarificar os princípios de reconhecimento do rédito, tornando consistente a sua aplicação às diversas transações e atividades económicas.

IAS 16 e IAS 38 (Emendas) Esclarecimentos dos métodos de depreciação e amortização aceites (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de julho de 2016) IAS 16 e IAS 41 (Emendas) (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de julho de 2016) IFRS 11 (Emenda) Contabilização de aquisições em operações conjuntas (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de julho de 2016)

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5. Conversão das demonstrações financeiras das entidades estrangeiras As cotações utlizadas na conversão para euros das contas das empresas associadas estrangeiras foram as seguintes:

6. Sazonalidade das operações Importa referir que a atividade do Grupo VAA está sujeita a alguma sazonalidade, a qual tem lugar ao nível das vendas realizadas nas lojas próprias, já que estas em dezembro correspondem a cerca de 3 vezes as vendas médias efetuadas pelo mesmo canal nos restantes meses do ano. As vendas deste canal totalizaram 4.347 m€ nos primeiros seis meses de 2014 e habitualmente no mês de dezembro atingem valores iguais ou superiores à soma do primeiro trimestre completo (mês de dezembro de 2013 vendas de 2.840 m€).

7. Informação por segmentos A informação por segmentos é apresentada em relação aos segmentos geográficos e de negócio do Grupo e construída com base nas diferentes tipologias de materiais que são produzidas em unidades industriais com localizações distintas. Os resultados, ativos e passivos de cada segmento correspondem aqueles que lhes são diretamente atribuíveis assim como os que numa base razoável lhes podem ser atribuídos. A 30 de junho de 2014, o Grupo está organizado em seis segmentos de negócio principais: (1) Porcelana, (2) Faiança, (3) Louça de Grés Forno, (4) Louça de Grés Mesa (5) Cristal e Vidro Manual e (6) Imobiliário e é de acordo com esta segmentação que os sistemas de relato financeiro e operacional internos estão desenhados.

Divisa 30-06-2014 31-12-2013 30-06-2014 30-06-2013

Dólar Americano 0,7325 € 0,7297 € 0,7294 € 0,7616 €

Libra Inglesa 1,2171 € 1,1962 € 1,2480 € 1,1760 €

Metical Moçambicano 0,0233 € 0,0242 € 0,0232 € 0,0252 €

Real Brasileiro 0,3323 € 0,3085 € 0,3174 € 0,3745 €

Câmbio de fecho Câmbio de médio

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

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Na sequência da criação da Ria Stone, foi apresentado em dezembro de 2013, um novo segmento denominado “Louças de Grés Mesa” destinado a identificar um negócio que apresenta características diferenciadas dos restantes negócios existentes, por se tratar de uma unidade industrial com um elevado grau de automação e com um processo de produção inovador que assenta numa única cozedura (monocozedura), contrariamente aos processos atuais de bicozedura.

7.1-Volume de negócios

7.1.1- Informação por segmento de negócio

A repartição do volume de negócios por segmento de negócio e zonas geográficas a 30 de junho de 2014 e 2013 é a seguinte:

Os resultados por segmento de negócio são os seguintes:

junho de 2014

Porcelana

ComplementaresFaiança

Louça de

Grés

Forno

Louça

de

Grés

Cristal/vidro

manualImobiliário Total

Vendas brutas

por segmento 14.816 3.343 4.729 242 3.995 0 27.125

% Vendas 55% 12% 17% 1% 15% 0% 100%

junho de 2013

Porcelana +

ComplementaresFaiança

Louça de

Grés

Forno

Louça

de

Grés

Cristal/vidro

manualImobiliário Total

Vendas brutas

por segmento 12.660 1.839 3.667 0 6.556 0 24.722

% Vendas 51% 7% 15% 0% 27% 0% 100%

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

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Outros elementos por segmento de negócio (gastos não caixa) são os seguintes:

Porcelana e

ComplementaresFaiança

Louça de

Grés

Forno

Louça de

Grés

Mesa

Cristal/vidro

manualImobiliário

Outros não

imputados Total

Lucro operacional 168 -279 98 34 -2.558 5 0 -2.532

Gastos financeiros líquidos -839 -122 -165 -32 -407 89 0 -1.476

Lucro antes de imposto sobre o

rendimento -671 -401 -67 3 -2.965 93 0 -4.007

Imposto sobre o rendimento -315 -315

Resultado líquido do exercício -671 -401 -67 3 -2.965 93 -315 -4.323

Interesses que não controlam 25 25

Resultado líquido do exercício

atribuível a acionistas -671 -401 -67 3 -2.965 93 -340 -4.347

Interesses que não controlam 0 0

Resultado líquido do exercício

atribuível a acionistas -671 -401 -67 3 -2.965 93 -340 -4.347

30 de junho de 2014

Porcelana e

ComplementaresFaiança

Louça

de Grés

Forno

Louça de

Grés

Mesa

Cristal/vidro

manualImobiliário

Outros não

imputados Total

Lucro operacional 154 -661 -151 -29 -1.645 67 0 -2.263

Gastos financeiros líquidos -542 -81 -94 -6 -268 0 0 -991

Lucro antes de imposto sobre o

rendimento -387 -741 -245 -35 -1.913 67 0 -3.254

Imposto sobre o rendimento 120 120

Resultado líquido do exercício -387 -741 -245 -35 -1.913 67 120 -3.134

Interesses que não controlam 11 11

Resultado líquido do exercício

atribuível a acionistas -387 -741 -245 -35 -1.913 67 109 -3.145

30 de junho de 2013

Porcelana e

ComplementaresFaiança

Louça de

Grés

Forno

Louça de

Grés

Mesa

Cristal/vidro

manualImobiliário

Outros

não

imputados

Total

Depreciações 884 125 172 71 498 3 1.754

Amortizações 20 20

Imparidade(perdas/reversões) 37 5 7 18 67

Provisões (aumentos/reduções) -1 0 0 -1 -2

Total 940 130 179 71 515 3 0 1.839

30 de junho de 2014

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As transferências ou transações entre segmentos são realizadas nos termos comerciais normais e nas condições aplicáveis a terceiros independentes. Os ativos, passivos e investimentos dos segmentos nos exercícios findos em 30 de junho de 2014 e31 de dezembro de 2013 são:

Porcelana e

ComplementaresFaiança

Louça de

Grés

Forno

Louça de

Grés

Mesa

Cristal/vidro

manualImobiliário

Outros

não

imputados

Total

Depreciações 959 126 164 397 5 1.650

Amortizações 12 4 16

Imparidade(perdas/reversões) 55 8 9 26 96

Provisões (aumentos/reduções) 41 41

Total 1.066 133 173 0 426 5 0 1.804

30 de junho de 2013

Porcelana e

ComplementaresFaiança

Louça de

Grés

Forno

Louça de

Grés

Mesa

Cristal/vidro

manualImobiliário

Outros não

imputadosTotal

Ativos fixos tangíveis 23.188 3.928 5.546 23.728 15.108 71.498

Propried. de investimento 22.035 22.035

Ativos intangíveis 3.089 1 2.693 1.000 249 7.032

Investimentos financeiros 217 217

Impostos diferidos 9.754 9.754

Outros ativos não correntes 50 50

Ativo não corrente 26.327 3.929 8.239 24.728 15.357 22.035 9.971 110.586

Ativos correntes 29.803 3.510 2.910 1.809 9.066 47.099

Total dos Ativos 56.130 7.439 11.149 26.537 24.422 22.035 9.971 157.685

Passivos operacionais 12.394 2.326 3.805 7.825 5.885 32.235

Outros passivos 46.692 5.205 8.756 13.162 21.768 4.130 2.220 101.933

Total passivos 59.086 7.531 12.561 20.987 27.653 4.130 2.220 134.168

Investimentos 1.486 69 153 7.737 1.131 10.576

30-06-2014

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Os ativos dos segmentos incluem, principalmente, ativos fixos tangíveis, ativos intangíveis, existências, contas a receber e disponibilidades. São excluídos impostos diferidos e investimentos financeiros. Os passivos dos segmentos correspondem a passivos operacionais e excluem provisões e impostos diferidos que não sejam facilmente alocados aos negócios. Os impostos diferidos passivos relativos às reavaliações das fábricas e dos imóveis, foram alocados por negócio, assim como os empréstimos.

7.2- Informação por zona geográfica A repartição do volume de negócios por segmento geográfico a 30 de junho de 2014 e 2013 é a seguinte:

Porcelana e

ComplementaresFaiança

Louça de

Forno

Louça de

Grés

Mesa

Cristal/vidro

manualImobiliário

Outros não

imputadosTotal

Ativos fixos tangíveis 22.658 3.988 5.486 16.312 14.501 62.945

Propried. de investimento 22.035 22.035

Ativos intangíveis 3.113 1 2.693 837 246 6.889

Investimentos financeiros 200 200

Impostos diferidos 10.198 10.198

Outros ativos não correntes 50 50

Ativo não corrente 25.821 3.989 8.179 17.149 14.747 22.035 10.398 102.317

Ativos correntes 27.499 2.479 3.494 1.362 8.947 43.781

Total dos Ativos 53.320 6.468 11.673 18.510 23.694 22.035 10.398 146.098

Passivos operacionais 9.944 1.367 2.193 5.418 4.695 23.617

Outros passivos 45.331 5.100 8.497 8.458 20.898 4.130 2.278 94.691

Total passivos 55.275 6.467 10.690 13.876 25.593 4.130 2.278 118.308

Investimentos 1.860 73 190 16.681 3.396 22.200

31-12-2013

Portugal 7.012 143 546 1.873 9.574

Alemanha 50 1.685 1.932 79 50 3.796

Espanha 2.842 28 227 284 3.381

Países Baixos 817 581 100 48 1.546

Brasil 1.280 153 33 28 1.494

França 234 36 138 48 840 1.297

Inglaterra 194 210 608 190 1.203

USA 304 121 176 235 836

Itália 446 8 312 114 23 904

Rússia 68 14 313 35 429

Restantes Paises Europeus 412 295 191 86 983

Restantes Paises (OP) 1.157 70 152 302 1.681

Total Geral 14.816 3.343 4.729 242 3.995 27.125

janeiro a junho de 2014

Total

GeralZona Geografica

Porcelana e

complementaresFaiança

Louça de

Grês Forno

Cristal/vidro

manual

Louça de

Grês Mesa

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

46

7.3- Teste de imparidade

Ver nota 11.

Portugal 6.759 302 571 1.672 9.303

França 254 33 83 2.983 3.353

Espanha 2.608 46 23 548 3.225

Alemanha 78 141 1.226 34 1.480

USA 355 534 139 322 1.350

Brasil 1.010 99 9 39 1.158

Inglaterra 263 291 63 387 1.004

Itália 136 19 757 46 958

Honduras 0 0 301 0 301

China 185 0 81 16 282

Restantes Paises Europeus 292 343 334 268 1.237

Restantes Paises (OP) 720 30 81 241 1.072

Total Geral 12.660 1.839 3.667 0 6.556 24.722

Louça de

Grês Mesa

Total

Geral

janeiro a junho de 2013

Zona GeograficaPorcelana e

ComplementaresFaiança

Louça de

Grés Forno

Cristal/vidro

manual

30-06-2014 31-12-2013 30-06-2014 31-12-2013

Portugal 149.445 138.898 Portugal 125.539 109.977

Resto Europa 4.140 3.881 Resto Europa 4.833 4.534

Outros Países 4.100 3.319 Outros Países 3.796 3.798

157.685 146.098 134.168 118.308

0 0 0 0

30-06-2014 30-06-2013 30-06-2014 30-06-2013

Portugal 10.224 3.344 Portugal 1.774 1.743

Resto Europa 0 70 Resto Europa 44 57

Outros Países 352 7 Outros Países 21 4

10.576 3.421 1.839 1.804

Total dos ativos por zona geográfica: Total dos passivos por zona geográfica:

Total dos investimentos por zona geográfica: Amortizações imparidades e provisões

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

47

8. Outros Ativos Financeiros e Passivos Financeiros

30-06-2014 31-12-2013

Ativos financeiros

Ativos financeiros disponíveis para venda

Investimentos f inanceiros - disponíveis para venda 217 200

Empréstimos e contas a receber

Contas a receber de clientes e outros devedores (inclui E.O.E.P) 13.138 9.662

Ativos financeiros mensurados ao justo valor através de resultados

Caixa e equivalentes de caixa 1.055 4.055

Total 14.410 13.917

Passivos financeiros

Empréstimos obtidos

Empréstimos de bancos remunerados a taxa de juro variável 18.048 16.143

Empréstimos de acionistas remunerados a taxa de juro variável 55.203 54.517

Empréstimos não remunerados 12.348 9.486

Outros empréstimos ……………….. 3.205 1.264

Contas a pagar

Contas a pagar a fornecedores e outros credores (inclui E.O.E.P) 21.641 17.664

Justo valor do Sw ap 277 306

Total 110.722 99.381

Valor no Balanço

As contas a receber de clientes e outros devedores são diferentes das que constam na Demonstração consolidada da posição financeira porque são excluídos os pagamentos antecipados, (nota 17) e o excesso do fundo de pensões. Relativamente às contas a pagar, estas divergem da Demonstração consolidada da posição financeira, porque é retirada a rubrica de acréscimos de gastos, com a exceção do justo valor do swap, incluído nesta rubrica (nota 21). Nos períodos terminados em 30 de junho de 2014 e 31 de dezembro de 2013 não houve qualquer reclassificação entre classes de ativos financeiros. Os ativos financeiros disponíveis para venda foram mensurados ao custo por se tratar de investimentos em sociedades não cotadas, e cujo justo valor não pode ser mensurado fiavelmente. Destaca-se a participação da Duofil, Lda, cujos principais indicadores são:

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

48

Duofil m€ 31-12-2012

Volume de negócios 4.869

EBITDA 224

Resultado líquido -1.214

Total de Activos 14.680

Total de Passivos 12.879

Capital Próprio 1.801

% Detida 4,16%

30-06-2014

Valor de balanço Duofil - mensurado ao custo 75

(*últimas contas disponíveis)

O justo valor é definido em termos de um preço acordado por um comprador de boa-fé e um vendedor de boa-fé numa transação em que não existe relacionamento entre as partes, num contexto em que não ocorre uma transação forçada, uma liquidação involuntária ou numa venda desesperada. O justo valor de Caixa e equivalentes de caixa, Contas a receber de clientes e outras e Contas a pagar a e outras é próximo dos respetivos valores escriturados devido à sua maturidade de curto prazo. O justo valor dos empréstimos remunerados de bancos e acionistas é também considerado próximo do valor escriturado, atendendo às taxas de mercado praticadas. O justo valor do empréstimo não remunerado, mensurado ao custo amortizado, entende-se também como próximo do respetivo justo valor.

9. Ativos fixos tangíveis

Terrenos e

edifícios

Equip transp

e Equip.

Básico

Eq.

Administ

Outras

imobiliz.Ferra.

Utens.

Imob.curso Total

Exercício de 2014

Valor líquido inicial 38.370 6.783 241 1.139 16.411 62.945

Adições 999 5.579 30 472 3.333 10.412

Alienações e abates valor líquido -19 -19

Capitalizações de amortizações -8 -72 0 -6 -86

Reavaliações 0

Transferências( curso 2013) 4.035 7.963 1 558 -12.558 0

Depreciação do exercício -892 -552 -48 -262 -1.754

Valor líquido final junho de 2014 42.504 19.683 224 1.901 7.186 71.498

Terrenos e

edifícios

Equip transp

e Equip.

Básico

Eq.

Administ

Outras

imobiliz.Ferra.

Utens.

Imob.curso Total

Exercício de 2013

Valor líquido inicial 37.740 3.512 195 1.137 521 43.103

Adições 568 2.871 149 509 16.563 20.659

Alienações e abates valor líquido -1 -1

Adiantamento conta de investimentos 981 981

Reavaliações 1.606 1.606

Transferências( curso 2012) 197 393 2 71 -672 -10

Depreciação do exercício -1.740 -972 -105 -578 -3.394

Valor líquido final dezembro de 2013 38.370 6.783 241 1.139 16.411 62.945

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

49

No primeiro semestre de 2014, o valor dos aumentos de imobilizado, inclui um valor de 2.201 mil € relativo às capitalizações de gastos, destacando-se Pessoal (1.033 mil €), Consumos (704 mil €) e Gastos Financeiros (249 mil €), relativos aos projetos E-commerce, Criação de uma Reserva do Museu, e principalmente construção de uma nova unidade industrial, Ria Stone e a renovação dos fornos do Cristal e Vidro. Em 2013, o valor dos aumentos de imobilizado, inclui um valor de 1.896 mil € relativo às capitalizações de gastos, destacando-se Gastos com Pessoal (1.378 mil €), Outros ganhos e perdas (312 mil €), FSE (75 mil €), Consumos (75 mil €), e Financeiros (56 mil €), relativos aos projetos E-commerce, Criação de uma Reserva do Museu, e principalmente construção de uma nova unidade industrial, Ria Stone e a renovação dos fornos do Cristal e Vidro. -Métodos para avaliação dos ativos fixos tangíveis reavaliados Os terrenos e edifícios do Grupo são reavaliados desde 2004, com base em avaliações efetuadas por avaliadores independentes. As avaliações são efetuadas numa base do valor de mercado, no final de cada exercício económico. Os terrenos e edifícios compreendem essencialmente fábricas, lojas de retalho e escritórios. São apresentados ao justo valor, com base em avaliações periódicas anuais, efetuadas por avaliadores externos independentes, menos depreciação subsequente, para os edifícios. A depreciação acumulada à data da reavaliação é deduzida do valor bruto do ativo e o valor líquido passa a refletir o valor reavaliado. Os aumentos na quantia escriturada de um ativo em resultado da reavaliação de terrenos e edifícios são creditados em rubrica específica no capital próprio. As diminuições que compensem aumentos anteriores do mesmo ativo são levadas à mesma rubrica em que foram registados os aumentos; as restantes diminuições são reconhecidas como gasto do período. Anualmente, a diferença entre a depreciação baseada na quantia escriturada reavaliada do ativo levada a gastos do período e a depreciação baseada no custo original do ativo, é transferida da reserva de justo valor para resultados retidos. O cálculo do valor de reavaliação dos terrenos e edifícios é feito com base em avaliações efetuadas no final de cada exercício, por avaliadores independentes profissionalmente qualificados. Na determinação do justo valor das unidades fabris, foi utilizado o método comparativo de mercado. Os preços de mercado por m2 que tiveram na base da valorização ocorrida no exercício de 2013 são os seguintes:

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

50

Ano 2013 Ano 2012

Fábrica (VAA, SA) Ílhavo 227,02 € 220,26 €

Fábrica Atlantis Cós Alcobaça 63,22 € 63,18 €

Fabrica Capoa Aradas - Aveiro 115,74 € 115,55 €

Fabrica Cerexport Tabueira -Esgueira 136,76 € 136,76 €

Loja de Braga Praceta Stª Bárbara - Braga 1.826,67 € 1.813,33 €

Loja Massarelos/Edif Galiza R. Piedade - Massarelos 1.386,48 € 1.386,48 €

Imóveis Localização

Preço de

mercado

por m2

Ativos Fixos Tangíveis

Preço de

mercado

por m2

Ao abrigo do Decreto-Lei nº 185/2009 de 12 de agosto de 2009, as reservas que não forem realizadas não podem ser distribuídas aos acionistas. Atendendo à situação financeira da empresa e ao facto dos acionistas pretenderam a sua capitalização e não a sua descapitalização, considerámos não ser relevante a divulgação sobre as restrições à sua distribuição. Se os terrenos e edifícios fossem apresentados ao custo histórico, os valores de balanço seriam:

30-06-2014 31-12-2013

Custo Histórico 26.189 21.505

Depreciação Acumulada -11.602 -11.112

Valor Líquido 14.587 10.393

10. Ativos intangíveis

Goodwill TrespasseProjetos de

desenvolv.

Programas

computad.

Outros

ativos

intangíveis

Imob.

cursoTotal

Exercício de 2014

Valor líquido inicial 4.711 947 837 70 325 0 6.889

Aumentos 163 163

Transferências( curso 2013) 0

Amortização do exercício -20 -20

Valor líquido final junho de 2014 4.711 947 1.000 49 325 0 7.032

Goodwill TrespasseProjetos de

desenvolv.

Programas

computad.

Outros

ativos

intangíveis

Imob.

cursoTotal

Exercício de 2013

Valor líquido inicial 4.711 947 468 59 0 168 6.353

Aumentos 369 28 163 560

Transferências( curso 2012) 16 162 -168 10

Amortização do exercício -33 -33

Valor líquido final dezembro 2013 4.711 947 837 70 325 0 6.889

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

51

Em junho de 2014 e no exercício de 2013 os ativos intangíveis incluem o valor de 163m€ e 369m€, respetivamente, relativo ao projeto de construção da nova fábrica. Este valor refere-se a custos relacionados com a produção de uma pré-série de peças em regime de teste, à elaboração e negociação, pelo departamento de Compras, do dossier técnico e cadernos de encargos com os principais equipamentos (prensas, fornos, armazém automático, linhas automáticas de enforna/desenforna e linhas de vidração) e à negociação com os fornecedores de matérias-primas. Também se capitalizaram gastos relacionados com o acompanhamento de projeto de arquitetura e engenharia, projetos elétricos, planos de seleção e recrutamento de RH e estudos diversos.

Os ativos intangíveis que não são objeto de amortização são o goodwill e o trespasse da loja do Chiado (pois trata-se de um contrato de uma loja sem termo). O valor destes bens é alocado à unidade geradora de fluxos de caixa do segmento de negócio correspondente para a realização dos testes de imparidade. Testes de imparidade O Grupo testa anualmente a imparidade do Goodwill e do trespasse da loja do Chiado (bens que não estão a sofrer depreciações), de acordo com o referido nas Notas 2.5 e 2.8. São também testados outros ativos não correntes sempre que existirem indicadores de imparidade. Para cada uma das áreas de negócio, tendo por base as expectativas de resultados futuros num horizonte de cinco anos foi utilizado o método do desconto dos respetivos cash flows (resultados antes de depreciações, provisões, ajustamentos, resultados financeiros, e imposto sobre o rendimento) para testar se o valor recuperável de cada uma das áreas de negócio é superior ao valor contabilístico dos seus ativos. Foi utilizada uma taxa de desconto de 6,64% (2013: 6,64%). A taxa de crescimento anual composta para o período de cinco anos acima referido global (não considerando o segmento de Grés Mesa) é de 0,56%, sendo que alguns segmentos apresentam uma taxa de 5,832% (a mais alta, no Cristal e Vidro) e outros de 1,18% (a mais baixa, no forno). A taxa de crescimento média considerada de 2015 a 2018 foi de 2%, após esse período foi fixada em 1,8% e é consistente com as previsões incluídas nos relatórios da indústria. Considerando o segmento de Grés Mesa a taxa de crescimento anual é de 18,55% porque o início de laboração apenas aconteceu no segundo trimestre de 2014, sendo espectável o ano cruzeiro ser em 2015. No período de 2015 a 2018 a taxa de crescimento anual composta de todos os segmentos é 2,99%. O valor de uso dos ativos líquidos associados ao segmento da Faiança (segmento de negócio em que o valor recuperável - valor de uso- é mais próximo do valor contabilístico) seria inferior ao respetivo valor contabilístico se taxa de desconto utilizada fosse superior em 1,26 pp e o crescimento nas vendas na perpetuidade fosse inferior a 1,54%. O goodwill distribuído pelas unidades geradoras de caixa (UGCs) do Grupo identificadas de acordo com o segmento de negócio não registou alterações relativamente ao ano anterior.

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

52

30-06-2014 31-12-2013

VAA Espanha 252 252

VAA (ex. Cerexport) (b) 2.693 2.693

VAA (ex. FPVA/QN) (a) 1.766 1.766

4.711 4.711

(a) À data de 1 de janeiro de 2004, o Goodwill pertencente às sociedades Atlantis Roma, Lda, Atlantis-Cristais de Alcobaça, S.A. e Fábrica de Porcelana da Vista Alegre, S.A. foi incorporado na sociedade Vista Alegre Atlantis, S.A., por fusão das respetivas sociedades.

(b) Antes de 1 de janeiro de 2004, o Goodwill pertencente às sociedades Cerexport-Cerâmica de Exportação, S.A. e Faianças da Capôa – Indústria de Cerâmica, S.A. foi adquirido pela sociedade, atualmente denominada, Vista Alegre Atlantis, S.A. por aquisição dos respetivos negócios.

Verificou-se durante o exercício de 2008 a imparidade dos negócios abaixo discriminados. Nos exercícios de 2009 a 2013 não se registaram quaisquer imparidades.

GOODWIIL Porcelana FaiançaLouça do

Forno

Cristal/Vidro

manualTotal

01 de janeiro 2008 líquido de imparidade 2.018 1.610 2.693 175 6.496

Imparidades registadas no ano de 2008-1.610 -175 -1.785

Exercício de 2013 = 1º semestre 2014 2.018 0 2.693 0 4.711

Uma vez reconhecidas, as perdas por imparidade do goodwill são irreversíveis.

11. Imparidades Sempre que o montante pelo qual o ativo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade registada na Demonstração consolidada de resultados na rubrica de Imparidade de ativos não amortizáveis. Durante o primeiro semestre de 2014 e o exercício de 2013 as imparidades de ativos reconhecidos tiveram os seguintes movimentos:

Propriedades

de

investimento

Activos

Fixos

Tangíveis

Inventários

Clientes e

contas a

receber

Total

01 de Janeiro de 2013 1.838 139 8.263 2.832 13.071

Reforço 3 305 155 463

Reversões -4 -27 -151 -51 -234

Reversões por alienação -1.015 -1.015

Anulação directa/ ajustamentos cont. -7 -5 -12

Saldo em 31 de dezembro 2013 822 104 8.416 2.931 12.274

Reforço 185 138 323

Reversões -4 -154 -74 -232

Reversões por alienação 0

Anulação directa/ ajustamentos cont. 0

Saldo em 30 de junho de 2014 822 101 8.447 2.995 12.365

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

53

12. Locação operacional e financeira Os contratos de locação operacional celebrados pelo Grupo não têm expressão significativa e referem-se exclusivamente a viaturas. As locações são classificadas como locações operacionais se uma parcela significativa dos riscos e benefícios inerentes à posse for retida pelo locador. Os pagamentos efetuados em locações operacionais são refletidos na demonstração dos resultados pelo método linear, pelo período da locação. O grupo aluga diversas viaturas, através de contratos de locação não revogáveis. Os contratos possuem diversos prazos, cláusulas de reajustamento e direitos de renovação. O grupo mantém contratos de Aluguer de Longa Duração (“Renting”) considerados como locação operacional cujo valor das rendas se distribui como se segue:

30-06-2014 31-12-2013

Inferior a 1 ano 40 55

Entre 1 e 5 anos 14 31

55 86

Pagamentos reconhecidos como gastos do período:

30-06-2014 31-12-2013

Pagamentos de Locação 34 152

34 152 O Grupo explora diversas lojas em Centros Comerciais, cujos contratos de arrendamento, além de outras cláusulas, estipulam: - As lojas não são trespassáveis; - Caso o inquilino proceda ao encerramento da loja, terá que proceder ao pagamento da renda até ao final do prazo do contrato. Caso se procedesse ao encerramento destas lojas em 30 de junho de 2014 a responsabilidade por rendas vincendas era de 2.626 milhares de euros. As locações são classificadas como financeiras quando se transfere substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à propriedade de um ativo. Os valores dos ativos adquiridos por locação financeira são os abaixo discriminados:

RubricasValor do

contrato

Amortizações

acumuladas

Valor do

contrato

Amortizações

acumuladas

Equipamento básico 1.635 1.635 1.635 1.635

Equipamento de transporte 211 93 79 75

Totais 1.846 1.728 1.714 1.710

31-06-2014 31-12-2013

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

54

Maturidade dos contratos de locação financeira, em milhares de euros:

686 BIC 7 7 14

689 BIC 20 23 42

707 BIC 22 27 48

708 BIC 28 42 70

TOTAL 75 99 174

Contrato EntidadeNão mais de

1 ano

De 1 a 5

anosTotal

Valor presente dos contratos de locação financeira, em milhares de euros:

686 BIC 13,8 13,8

689 BIC 41,8 41,7

707 BIC 48,4 48,2

708 BIC 69,8 69,5

TOTAL 173,8 173,2

Contrato EntidadeValor em dívida

a 30-06-2014

Valor

Presente em

30-06-2014

13. Propriedades de Investimento Trata-se de imóveis (terrenos e edifícios) não utilizados no decurso ordinário dos negócios do grupo, estando, no seu estado atual ou após processo de valorização, destinados a venda. Alguns destes imóveis encontram-se arrendados. O modelo aplicado para a mensuração das propriedades de investimento é o justo valor. No final de cada exercício e para todos os imóveis do Grupo, são feitas avaliações por avaliadores externos independentes com qualificação profissional reconhecida. Na determinação do justo valor das propriedades de investimento foi utilizado o método comparativo de mercado. A determinação do justo valor das propriedades de investimento foi suportada por evidências do mercado, pois, segundo o avaliador “a lógica em que se fundamenta o espírito do avaliador, quando concebe a estrutura do seu relatório, alinha-se por isenção e independência, condicionando apenas o seu raciocínio, aos aspetos intimamente ligados ao objeto em análise; basicamente aqueles que se prendem com os aspetos de natureza técnica, nomeadamente, às características especificas dos bens em apreciação, á sua inserção na malha existente e aos elementos que influenciam a sua tendência no mercado imobiliário, representado pela procura e pela oferta, propondo valores venais equilibrados e ajustados, que possibilitam análises o mais aproximadamente possível da realidade”.

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

55

Relativamente às propriedades de investimento arrendadas, existem contratos de arrendamento de duração limitada, normalmente de 5 anos, renováveis automaticamente por períodos de um ano se não denunciados. Em 30 de junho de 2014, para além dos contratos acima indicados, não existem outras obrigações contratuais significativas de compra, construção ou desenvolvimento de propriedades de investimento ou para a sua reparação e conservação. Os preços de mercado por m2 que tiveram na base da valorização ocorrida no exercício de 2013 são os seguintes:

Ano 2013 Ano 2012

"Fábrica" Angolana Marinha Grande 23,83 € 23,83 €

Pinhais Alcobaça 26,98 € 26,98 €

"Fábrica" Quinta Nova Ílhavo 77,97 € 77,99 €

"Fábrica" Nova Ivima Marinha Grande 31,88 € 31,88 €

L. Barão Quintela Lisboa 997,71 € 996,65 €

Imóveis Diversos Ílhavo 98,27 € 98,68 €

R. Neves Ferreira Lisboa 516,67 € 527,78 €

Terrenos RAN Ílhavo 1,32 € 1,32 €

Urbanização I Ílhavo 202,48 € 201,78 €

Urbanização II:

Loteamento Bairro e Terr Anexos Ílhavo 57,67 € 56,83 €

Loteamento da Murteira Ílhavo 24,01 € 24,40 €

Loteamento da Rua Fáb.VA Ílhavo 63,13 € 63,36 €

Palácio e Ex-Mat-Primas (Pousada) Ílhavo alienado 541,30 €

Pousada Ílhavo alienado 15,32 €

Imóveis LocalizaçãoPreço de

mercado/m2

Propriedades de Investimento

Preço de

mercado/m2

As quantias reconhecidas nos resultados para junho de 2014 e 2013, referentes a rendimentos de propriedades de investimento e gastos operacionais, foram os seguintes, em milhares de euros:

30-06-2014 30-06-2013

Rendas dos imóveis 86 92

Manutenção/Conservação 1

Propriedades investimento em 01 de janeiro de 2013 24.303

Alienação de terreno -2.267

Variação de justo valor 35

Transf.para resultados -36

Propriedades investimento em 31 de dezembro 2013 = junho 2014 22.035

Reconciliação das quantias escrituradas em propriedades de investimento:

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

56

14. Investimentos financeiros

A rubrica de Investimentos financeiros é constituída por pequenos investimentos em empresas que não são consideradas empresas associadas, tendo sido classificadas como ativos financeiros disponíveis para venda. Os ativos financeiros disponíveis para venda foram mensurados ao custo por se tratar de investimentos em sociedades não cotadas, e cujo justo valor não pode ser mensurado fiavelmente (ver nota 7 outros ativos e passivos financeiros). A composição da rubrica de investimentos financeiros é a seguinte:

Investimentos financeiros 30-06-2014 31-12-2013

Duofil Lda 75 75

VAA-Empreendimentos Turísticos, SA 45 45

Imerys Ceramic 44 44

Lusitánia Gás SA 26 26

Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro 6 6

Outras participações 21 4

217 200

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

57

15. Imposto sobre o rendimento

Diferenças Temporárias Base Ativos Passivos Efeito LíquidoImpacto

P&L Dr/(Cr)

Impacto

Cap.Prop

Dr/(Cr)

Saldo em 31 de dezembro de 2013

Reavaliação de ativos f ixos tangíveis/ Justo valor prop. Investimento 44.765 10.967 -10.967

Custo amortizado 144 35 -35

Benefícios de reforma - Responsab. a cargo do Grupo 1.614 395 395

Ajustamentos e outras provisões não aceites f iscalmente 9.005 2.207 2.207

Prejuízos f iscais reportáveis - Espanha 5.453 1.636 1.636

Prejuízos f iscais reportáveis - Portugal 24.980 5.746 5.746

Instrumentos f inanceiros Sw ap 306 75 75

Anulação das transações intra-grupo 562 138 138

10.198 11.003 -805

Movimento do ano líquido

Reavaliação de ativos f ixos tangíveis/ Justo valor prop. Investimento -359 -89 -89 -89

Custo amortizado -12 -4 -4 -4

Benefícios de reforma - Responsab. a cargo do Grupo 56 14 -14 -14

Ajustamentos e outras provisões não aceites f iscalmente -307 -75 75 75

Prejuízos f iscais reportáveis - Moçambique 20 6 6 6

Prejuízos f iscais reportáveis - Espanha 31 8 -8 -8

Prejuízos f iscais reportáveis - Portugal -6.141 -1.412 1.412 1.412

Créditos f iscais 1.000 -1.000 -1.000

Instrumentos f inanceiros Sw ap -29 -7 7 7

Anulação das transações intra-grupo 96 23 -23 -23

0

-444 -92 364 350 14

Saldo em 30 de junho de 2014

Reavaliação de ativos f ixos tangíveis/ Justo valor prop. Investimento 44.406 10.878 -10.878

Custo amortizado 133 32 -32

Benefícios de reforma - Responsab. a cargo do Grupo 1.670 409 409

Ajustamentos e outras provisões não aceites f iscalmente 8.697 2.131 2.131

Prejuízos f iscais reportáveis - Moçambique 20 6 6

Prejuízos f iscais reportáveis - Espanha 5.484 1.645 1.645

Prejuízos f iscais reportáveis - Portugal 18.839 4.333 4.333

Créditos f iscais 1.000 1.000

Instrumentos f inanceiros Sw ap 277 68 68

Anulação das transações intra-grupo 657 161 161

9.754 10.910 -1.156

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

58

No quadro abaixo apresentamos a reconciliação entre a taxa teórica de imposto e o imposto reconhecido na demonstração de resultados.

No quadro abaixo apresentamos os prejuízos fiscais disponíveis em Portugal e Espanha e o respetivo prazo de expiração:

30-06-2014 30-06-2013

Imposto corrente -21 -25

Correcção estimativa imposto ano anterior 55 0

Imposto diferido -350 144

-315 120

Impacto na DR - Imposto sobre o rendimento

30-06-2014 30-06-2014

Resultados antes de impostos -4.007 -3.254

Taxa de imposto - 25% 922 813

Efeito taxa de imposto diferente 17 25

Prejuízos f iscais não reconhecidos -939 -837

Prejuízos f iscais utilizados

Diferenças permanentes

Diferenças temporárias

Mais valias f iscais tributadas

Correcção estimativa imposto ano anterior 55

Tributação Autónoma -21 -25

Derrama

Total imposto corrente 35 -25

Imposto diferido -350 144

Imposto do exercício -315 120

Taxa de imposto efectiva 8% -4%

Ano

Prejuízos

f iscais

Prazo

expiração Ano

Prejuízos

f iscais

Prazo

expiração

2002 768 2017

2003 1.464 2018

2004 479 2019

2005 1.349 2020

2006 12 2021

2008 13.082 2014 2008 102 2023

2009 19.101 2015 2009 689 2024

2010 3.776 2014 2010 590 2025

2011 2.543 2015 2011 1.423 2026

2012 - 2012 1.469 2027

2013 - 2013 989

38.502 8.345

Portugal Espanha

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

59

Em 2013 e 2012, o resultado fiscal consolidado em Portugal foi positivo em 169 m€ e 93 m€ respetivamente, tendo em conta o valor de amortizações e encargos financeiros não dedutíveis para efeitos fiscais. Em Junho 2014, existem prejuízos fiscais disponíveis em Portugal de 38.502 m€ e em Espanha de 8.345 m€. Apenas foram reconhecidos impostos diferidos ativos relativos a prejuízos fiscais, no valor de 18.839 m€ em Portugal e 5.484 m€ em Espanha. A utilização dos prejuízos fiscais está suportada pelo orçamento de resultados fiscais futuros (ver nota 9 acerca dos pressupostos das projeções de vendas até 2018) e pela existência de diferenças temporárias tributáveis que podem ser revertidas antes da data de expiração dos prejuízos fiscais. Os créditos fiscais dizem respeito ao CFEI e podem ser utilizados até 2018.

16. Inventários

O custo das existências vendidas e matérias consumidas reconhecido na demonstração consolidada dos resultados, em junho de 2014 e em dezembro de 2013, totalizou 9.111 e 16.572 milhares de euros, respetivamente.

Activo

BrutoAjustamentos

Activo

Liquido

Activo

BrutoAjustamentos

Activo

Liquido

Mercadorias 5.358 -517 4.842 3.428 -506 2.921

Matérias-Primas 1.358 -1.352 7 2.738 -1.341 1.397

Produtos em curso de fabrico 690 690 605 605

Produtos acabados e interm. 33.640 -6.579 27.062 31.518 -6.574 24.944

41.047 -8.447 32.600 38.289 -8.421 29.868

30-06-2014 31-12-2013

CMVMC

Mercadorias

Mat.Primas

Subsidiárias

e de

Consumo

Total

Existências em 01 de janeiro de 2013 3.515 2.653 6.169

Compras 1.550 14.951 16.501

Imparidades/reversões 9 5 14

Regularização inventários 66 63 130

Trabalhos para a propria empresa 0 -75 -75

Existências em 31 de dezembro de 2013 -3.428 -2.738 -6.166

CMVMC 2013 1.712 14.860 16.572

Existências em 01 de janeiro de 2014 3.428 2.738 6.166

Compras 2.998 7.218 10.216

Imparidades/reversões 16 11 27

Regularização inventários 35 88 123

Trabalhos para a propria empresa 0 -704 -704

Existências em 30 de junho de 2014 -5.358 -1.358 -6.717

CMVMC junho 2014 1.119 7.993 9.111

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

60

Os valores de reforço e reversão de imparidades (nota 11), estão reconhecidos na demonstração consolidada dos resultados, respetivamente, nas rubricas de “Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas” e ou de “Variação da produção “, consoante se trate de mercadorias/matérias-primas ou produtos. No primeiro semestre de 2014, procedeu-se à capitalização de gastos com CMVMC(2014: 704m€; 2013: 75m€) relacionados com o projeto nos fornos de fusão de matéria-prima dos negócios do Cristal e do Vidro no sentido de aumentaram a sua eficiência, e com os testes de matérias-primas efetuados na nova unidade industrial Ria Stone.

17. Contas a receber e outras Em 30 de junho de 2014 e 31 de dezembro de 2013 esta rubrica tinha a seguinte composição:

Variação da produção

Produtos

Acabados e

Intermédios

Produtos e

trabalhos em

curso

Total

Saldo em 01 de janeiro 2013 -27.700 -629 -28.329

Imparidades/reversões -125 -125

Regularização inventários 80 80

Saldo em 30 de junho de 2013 31.518 605 32.123

Variação da produção 2013 3.773 -24 3.750

Saldo em 01 de janeiro 2014 -31.518 -605 -32.123

Imparidades/reversões 4 4

Regularização inventários 13 13

Saldo em 30 de junho de 2014 33.640 690 34.330

Variação da produção junho 2014 2.139 85 2.224

30-06-2014 31-12-2013

Clientes e acréscimos de rendimentos 10.747 8.243

Devedores e depesas antecipadas 1.388 1.055

12.135 9.298

0 0

30-06-2014 31-12-2013

Contas a receber de clientes e outros devedores 14.774 11.986

Menos: ajustamentos de contas a receber -2.995 -2.931

Contas a receber de clientes e outros devedores-líquido 11.779 9.055

Pagamentos antecipados 355 243

12.135 9.298

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

61

O montante reconhecido nos resultados do período por perdas de imparidade em contas a receber,

64 m€ (ver nota 11), refere-se a contas a receber resultantes da atividade normal do Grupo.

18. Capital social e ações próprias O capital social autorizado é de 1.156.348.274 ações ordinárias e escriturais com valor nominal de € 0,08 por ação, e encontra-se totalmente realizado.

Nº de acções ordinárias ordinárias próprias próprias Total

(milhares) VN Prémio VN Prémio

Em 31 de dezembro de 2008/2009 145.040 29.008 0 -1 -1 29.006

Em 30 de junho de 2010 145.040 11.603 0 -1 -1 11.601

Em 31 de dezembro de 2013= junho de 2014 1.156.348 92.508 0 -1 -1 92.506

Em 30 de junho de 2014, a Sociedade mantinha em carteira 1.099 ações próprias, valorizadas ao preço de € 0,08 euros cada. O prémio pago foi de 1,687 euros por ação. O montante total pago para aquisição das ações, foi de 1.854 euros e foi deduzido ao capital próprio. O valor da capitalização bolsista em 30-06-2014 é de 80.944m€ e em 31-12-2013 era de 91.720m€.

Devedores e despesas antecipadas 30-06-2014 31-12-2013

Adiantamentos de fornecedores 140 10

Cauções diversas 40 40

Gastos a reconhecer 355 243

Fundo pensões 0 3

Outros devedores 852 759

1.388 1.055

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

62

19. Reservas e resultados transitados O movimento ocorrido nas rubricas de reservas e resultados transitados foi o seguinte:

A rubrica de “Resultados Anos Anteriores” contém quantias que irão ser posteriormente reclassificadas para resultados. Essas quantias são relativas a ganhos e perdas em instrumentos de capital, 277m€, e à conversão de operações em moeda estrangeira 246m€.

20. Instituições de crédito e empréstimos de acionistas As dívidas a instituições de crédito e empréstimos de acionistas tinham a seguinte expressão:

Resultados

Anos

Anteriores

Reavaliação

de terrenos

e edifícios

Outras

ReservasTotal

Saldo em 01 de janeiro de 2013 -148.242 32.708 18.720 -96.814

Resultado ano anterior -3.560 -3.560

Reavaliação de activos liquida de impacto fiscal e coreção de taxa 1.704 1.704

Ganhos e perdas actuariais líquidas 105 105

Quantias que irão ser posteriormente reclassificadas nos

resultados

Ganhos e perdas em instrumentos de capital/líquidos 95 95

Conversão de operações em moeda estrangeira -560 -560

Saldo em 31 de dezembro de 2013 -152.162 34.412 18.720 -99.030

Resultado ano anterior -3.941 -3.941

Reavaliação de activos liquida de impacto fiscal e coreção de taxa 0

Ganhos e perdas actuariais líquidas -46 -46Quantias que irão ser posteriormente reclassificadas nos

resultados 0

Ganhos e perdas em instrumentos de capital/líquidos 22 22

Conversão de operações em moeda estrangeira 13 13

Saldo em 30 de junho de 2014 -156.114 34.412 18.720 -102.982

30-06-2014 31-12-2013

Passivo não corrente

Empréstimos bancários 15.392 13.487

Outros empréstimos 15.657 11.592

Locações Financeiras 99

Empréstimos de acionistas 54.453 53.767

85.600 78.846

Passivo corrente

Descobertos bancários 574 11

Locações Financeiras 75

Outros empréstimos 1.148 1.148

Empréstimos bancários 656 656

Empréstimos de acionistas 750 750

3.203 2.565

88.804 81.411

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

63

O valor dos financiamentos aumentou, como consequência de empréstimos contraídos, relacionados com a construção da nova unidade industrial (projeto Ria Stone), nomeadamente: Caixa Geral de Depósitos, SA: Financiamento intercalar, no valor total de 5.700 m€ (utilizados 5.344 m€ em 30 de junho de 2014). Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, EPE: Financiamento no valor total de 7.393 m€ (utilizados 6.719 m€ em 30 de junho de 2014). A data para o primeiro reembolso corresponde à cláusula 11ª do contrato de investimento, segundo a qual: “o incentivo reembolsável é atribuído pelo prazo total de 7 anos, no qual se inclui um período de carência de 3 anos. Este prazo é contado: (i) deste a data em que o primeiro pagamento do Incentivo Reembolsável seja efetuado à Sociedade; ou (ii) desde o termo do segundo semestre subsequente à entrada em vigor do presente contrato; consoante o que ocorrer em primeiro lugar.” IKEA Supply AG: Empréstimo no valor de 3.350 m€ (utilizados 2.534 m€ em 30 de junho de 2014), destinado ao financiamento de equipamento para a Ria Stone disponibilizado faseadamente entre 22-03-2013 e 31-01-2015. A data do primeiro reembolso ocorrerá em 20-02-2015 e o último reembolso em 25-01-2020, incluindo os respetivos juros. IKEA Supply AG: Empréstimo no valor de 550 m€ (utilizados 168m€ em 30 de junho de 2014), destinado ao financiamento de equipamento para a Ria Stone disponibilizado faseadamente entre o exercício de 2014 e o exercício de 2015. A data do primeiro reembolso ocorrerá em 20-02-2015 e o último reembolso em 25-12-2019, incluindo os respetivos juros. Os subsídios reembolsáveis, incluídos na rubrica de “outros empréstimos”, resultam de contratos de projetos de investimento financiados por fundos comunitários e nacionais. O valor está repartido por várias empresas do Grupo tendo vários prazos de reembolso previstos. Abaixo estão descritas as principais garantias e condições do contrato com os bancos.

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

64

* Quanto ao Grupo Visabeira, o valor destinado a pagamento de juros da dívida contraída junto dos mutuantes / creditantes, não pode ultrapassar os 750 mil euros anual.

O valor total do quadro anterior é diferente do valor das dívidas a instituições de crédito e outros empréstimos que constam da Demonstração da posição financeira consolidada, pelo facto da empresa estar a utilizar o custo amortizado.

Inst. CréditoTaxa de juro em

30-06-2014

Valor

nominal2014 2015 2016 ≥ 2017

BCP Eur 3m+2,5% 4.593 328 656 656 2.953

CGD Eur 3m+2,5% 4.593 328 656 656 2.953

CGD Eur 3m+5% 5.344 5.344

CGD QREN 4,77% 2.000 125 1.875

AICEP QREN 0% 6.719 462 6.257

API IAPMEI 0% 3.832 766 766 766 1.533

API PRIME 0% 1.909 382 382 382 763

API FEDER 0% 2.037 2.037

CPE -IFDR 4,77% 2.000 125 1.875

Sub-total 33.026 1.805 2.460 3.172 25.589

Grupo Visabeira* Eur 3m+2,5% 55.203 750 750 750 52.953

Outros empréstimos IKEA 2,40% 2.534 332 810 1.392

Outros empréstimos IKEA 2,00% 168 50 118

Locações Financeiras Eur 3m+2,5% 174 45 62 62 5

Descobertos bancários Eur 3m+2,5% 574 574

Total Geral 91.678 3.173 3.654 4.913 79.938

Inst. CréditoTaxa de juro

efectivaTotal

BCP 4,90% 4.352

CGD 4,90% 4.352

CGD Eur 3m+5% 5.344

CGD QREN Eur 3m+5,375% 2.000

AICEP QREN 5,27% 5.360

API IAPMEI 2,64% 3.516

API PRIME 2,64% 1.752

API FEDER 0,00% 1.719

CPE -IFDR 4,77% 2.000

Sub-total 30.396

Grupo Visabeira Eur 3m+2,5% 55.203

Outros empréstimos IKEA 5,27% 2.458

Locações Financeiras Eur 3m+2,5% 174

Descobertos bancários Eur 3m+2,5% 574

Total Geral 88.804

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

65

(1) As garantias e outras condições para os empréstimos negociados com o BCP e com a CGD em períodos anteriores são as seguintes: Garantias:

I) Penhor financeiro das contas bancárias das Mutuárias/Creditadas junto das

Mutuantes/Creditantes;

II) Penhor de suprimentos e prestações suplementares da Vista Alegre Atlantis; III) Hipoteca de imóveis detidos pela Vista Alegre Atlantis, a favor dos bancos, em paridade e na

proporção de cinquenta por cento para cada um;

IV) Penhor sobre as marcas, a favor dos bancos, em paridade e na proporção de cinquenta por cento para cada um;

Outras condições:

I) Ownership, Pari Passu, Cross-Default e Negative pledge;

II) Constituem condições de denúncia do presente financiamento a verificação de situações que possam comprometer, de forma considerada significativa pelos Mutuantes/Creditantes, o reembolso da dívida ou a atividade das Mutuárias/Creditadas;

III) Endividamento adicional da Vista Alegre Atlantis superior a 250 m€/anual sujeito a aprovação dos Mutuantes/Creditantes;

IV) Impossibilidade de distribuição de dividendos, reembolso de suprimentos ou outras formas de

remuneração a acionistas; V) Abertura de conta de receitas domiciliada nos Mutuantes/Creditantes onde serão

movimentados créditos resultantes da atividade das Mutuárias/Creditadas; VI) Compromisso de apresentação de informação económico – financeira ou outra sobre a

atividade das Mutuárias/Creditadas considerada relevante para o Agente, incluindo contas certificadas/auditadas em base anual;

VII) As MUTUÁRIAS obrigam-se a celebrar com o Millennium BCP e a CAIXA um CONTRATO DE

COBERTURA de risco de Taxa de Juro, cobrindo 50% do capital mutuado, em condições de mercado a acordar entre os BANCOS e as MUTUÁRIAS, com observância das condições normalmente praticadas para operações semelhantes, no prazo de 30 dias a contar da data de celebração do CONTRATO, este contrato foi celebrado em 27-06-2011, como está referido na nota 2.11.4, deste relatório;

VIII) As facilidades serão obrigatoriamente reembolsadas antes da data de vencimento em caso de

verificação de um event-of-default.

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

66

IX) Não utilizar os fundos mutuados através do CONTRATO para fins diferentes dos que fundamentaram a sua concessão;

X) As MUTUÁRIAS obrigam-se ainda a não efetuar, sem o prévio consentimento escrito do

Millennium BCP e da CAIXA, e enquanto perdurarem as obrigações emergentes do CONTRATO, os seguintes atos:

a) Constituir, ampliar ou prorrogar direitos reais de garantia, bem como prometer realizar qualquer um destes atos;

b) Alienar, locar, trespassar, ceder a exploração ou por qualquer forma dispor do uso ou fruição, bem como prometer realizar qualquer um destes atos, sobre quaisquer bens imóveis ou outros bens e direitos do ativo imobilizado e cujo valor contabilístico exceda, conjunta ou separadamente, 10,0% (dez cento) do ativo fixo;

c) Alienar ou onerar, total ou parcialmente, por qualquer modo, ainda que sob a forma de promessa, as participações sociais que detenham no capital de outras sociedades com as quais tenham uma relação de domínio ou de grupo, bem como participações qualificadas, como tal legalmente definidas, que detenha em outras sociedades;

d) Segregar ou separar da sociedade a que pertencem, um ou vários estabelecimentos ou um conjunto de ativos, para os incorporar numa terceira sociedade ou para constituir uma nova sociedade ou entidade;

Incumprimento: (Mora)

1. Fica convencionado entre os BANCOS e a MUTUÁRIAS que, em caso de mora no pagamento de juros remuneratórios, poderão os BANCOS capitalizar os juros que corresponderem ao período mínimo de três meses.

2. Fica convencionado entre os BANCOS e a MUTUÁRIAS que, em caso de mora no reembolso do capital do financiamento, poderão os BANCOS aplicar, a título de cláusula penal, um acréscimo de 4% (quatro pontos percentuais) sobre a taxa de juros remuneratórios referida no número 1 da Cláusula 4ª.

3. A cláusula penal prevista no número anterior incidirá também sobre os juros capitalizados correspondentes ao período mínimo de um ano, ou a menor período, se tal vier a ser permitido por disposição legal ou administrativa.

(Antecipação do vencimento)

1. O Millennium BCP e a CAIXA poderão, cada um de per si, sem prejuízo da sua faculdade de exigir o reforço ou a substituição das GARANTIAS prestadas, considerar antecipadamente vencidas as dívidas das MUTUÁRIAS emergentes do CONTRATO e exigir o cumprimento imediato das correspondentes obrigações, sem prejuízo da efetivação de outras responsabilidades a que haja lugar, nomeadamente:

a) Quando não for cumprida por qualquer das MUTUÁRIAS ou pelas GARANTES qualquer obrigação emergente do CONTRATO ou de qualquer documento entregue ao abrigo do ou de

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

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qualquer documento entregue ao abrigo do mesmo ou com ele relacionado, ou de qualquer outro contrato celebrado ou a celebrar entre as MUTUÁRIAS e o Millennium BCP e/ou a CAIXA, ou com entidades que com os BANCOS estejam em relação de domínio ou grupo, ou qualquer outra instituição de crédito e sociedade financeira, designadamente quando não for efetuado o pagamento pontual de qualquer prestação de capital ou de juros e tal incumprimento não for sanado no prazo de 5 (cinco) ou 10 (dez) dias úteis a contar da data de receção de notificação enviada para o efeito, consoante se trate de obrigação pecuniária ou não pecuniária;

b) Quando não for cumprida pela MUTUÁRIA ou pelas GARANTES, qualquer obrigação emergente de qualquer outro contrato celebrado ou a celebrar entre estas sociedades e outra entidade que não seja uma instituição de crédito, designadamente quando não for efetuado qualquer pagamento que ao abrigo desse contrato seja devido e o Millennium BCP e a CAIXA entendam que esse incumprimento possa, de algum modo, afetar o bom cumprimento do CONTRATO e, tal incumprimento não for sanado no prazo de 5 (cinco) ou 10 (dez) dias úteis a contar da data de receção de notificação enviada para o efeito, consoante se trate de obrigação pecuniária ou não pecuniária.

c) Se o crédito concedido for utilizado para fim diferente daquele para que foi concedido;

d) Quando alguma declaração feita por qualquer das MUTUÁRIAS ou pelas GARANTES neste CONTRATO ou nalgum documento, certificado ou declaração entregues ao abrigo do mesmo ou com ele relacionados se provar materialmente incorreta ou não verdadeira;

e) Se qualquer das MUTUÁRIAS ou as GARANTES, suspenderem, interromperem ou ameaçarem ou comunicarem suspender ou interromper a sua atividade;

f) Se ocorrer uma alteração negativa nos negócios de qualquer das MUTUÁRIAS ou das GARANTES ou alterações materiais no seu passivo ou ativo determinadas por uma qualquer causa, incluindo, em geral, a realização de qualquer operação, ato ou negócio cujo objetivo ou efeito, direto ou indireto, seja diminuir o valor da situação patrimonial líquida de qualquer das MUTUÁRIAS ou das GARANTES e que possa, segundo um juízo razoável do Millennium BCP e da CAIXA, determinar o incumprimento de alguma das obrigações assumidas neste CONTRATO;

g) Se for proposta contra as MUTUÁRIAS e/ou as GARANTES aqui avalistas qualquer execução, penhora, arresto, arrolamento ou qualquer outra providência judicial e/ou administrativa que implique limitação da livre disponibilidade dos seus bens que, a juízo dos Bancos, possa afetar o bom cumprimento do contrato;

h) Se qualquer das MUTUÁRIAS e/ou as GARANTES, com exceção das sociedades Visabeira Industria, SGPS,SA e Grupo Visabeira SGPS,SA, constituir, ampliar ou prorrogar direitos reais de garantia, bem como prometer realizar qualquer um destes atos, sem o prévio acordo escrito dos BANCOS;

i) Se qualquer das MUTUÁRIAS e/ou as GARANTES com exceção das sociedades Visabeira Industria, SGPS,SA e Grupo Visabeira SGPS,SA aqui avalistas alienar, locar, trespassar, ceder a exploração ou por qualquer forma dispuser do uso ou fruição, bem como prometer realizar qualquer um destes atos, sobre os bens imóveis ou outros bens e direitos dados em garantia, sem o prévio acordo escrito dos BANCOS;

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

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j) Se qualquer das MUTUÁRIAS ou das GARANTES com exceção das sociedades Visabeira Industria, SGPS,SA e Grupo Visabeira SGPS,SA, sem o prévio acordo escrito dos BANCOS, alienar ou onerar, total ou parcialmente, por qualquer modo, ainda que sob a forma de promessa, as participações sociais que detenha no capital de outras sociedades com as quais tenha uma relação de domínio ou de grupo, bem como participações qualificadas, como tal legalmente definidas, que detenha em outras sociedades;

k) Se qualquer das MUTUÁRIAS ou das GARANTES aqui avalistas segregar ou separar da sociedade a que pertencem, um ou vários estabelecimentos ou um conjunto de ativos, para os incorporar numa terceira sociedade ou para constituir uma nova sociedade ou entidade salvo operações de reestruturação entre sociedades que se encontrem em relação de domínio ou de grupo com as MUTUÁRIAS ou das GARANTES, desde que devidamente autorizadas pelos Bancos;

l) Se for intentada, em qualquer tribunal, de qualquer natureza (incluindo arbitral), qualquer ação, de qualquer tipo, contra qualquer das MUTUÁRIAS ou contra as GARANTES que seja suscetível de, a juízo dos BANCOS, afetar negativamente o cumprimento das obrigações decorrentes deste CONTRATO;

m) Se as MUTUÁRIAS se encontrarem devedoras perante a Fazenda Nacional ou à Segurança Social e não regularizarem as suas dívidas num prazo de 15 dias;

n) Se as MUTUÁRIAS ou as GARANTES cessarem pagamentos, se se apresentarem a processo de insolvência ou de recuperação de empresa ou se terceiros requererem qualquer um destes procedimentos judiciais (e os mesmos não forem liminarmente indeferidos); sem que tenha havido dedução de oposição ou quando a oposição deduzida aos mesmos se mostre, de acordo com o critério exclusivo dos BANCOS, de manifesta inviabilidade ou viabilidade reduzida.

o) Se for aprovada ou decidida, pelos órgãos sociais competentes ou no decurso de um processo judicial, a transformação, fusão, cisão ou dissolução e liquidação de qualquer das MUTUÁRIAS ou de qualquer das GARANTES, salvo se a deliberação ou decisão em causa for tomada no âmbito de um processo de reestruturação, o qual tenha sido objeto de aprovação prévia pelo Millennium BCP e pela CAIXA;

p) Se ocorrer alguma alteração na titularidade das ACÇÕES EMPENHADAS, salvo aprovação prévia pelo Millennium BCP e pela CAIXA;

q) Se a MUTUÁRIA Cerutil deixar de ter como acionista único a sociedade Visabeira Industria, SGPS, SA, e/ou se a Cerutil deixar de ter uma relação de domínio direto na VAA – Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA, como definido nos termos do Código das Sociedades Comerciais, e/ou a VAA – Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA deixar de ser acionista único da VAA;

r) Se o pacto social das MUTUÁRIAS for alterado sem o acordo prévio do Millennium BCP e da CAIXA e na medida em que tal alteração seja suscetível de pôr em causa o cumprimento das obrigações que do presente CONTRATO emergem para as MUTUÁRIAS;

s) Se (i) qualquer uma das GARANTIAS perder o respetivo grau de prioridade, (ii) se verificar que qualquer uma das GARANTIAS é contrária à lei, nula ou anulável, (iii) qualquer uma das GARANTIAS deixar de constituir, no todo ou em parte, obrigação válida e eficaz perante os BANCOS, na qualidade de beneficiários, de acordo com os seus termos desde que não

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

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substituídas no prazo indicado pelos bancos para o efeito, nos termos e condições satisfatórios para os mesmos;

t) Se ocorrer, por iniciativa das MUTUÁRIAS, cessão ou alteração materialmente relevante, no exclusivo entendimento dos BANCOS, ou a revogação, rescisão ou a extinção por qualquer forma que não seja através do seu pontual cumprimento, do CONTRATO DE COBERTURA DE TAXA DE JURO;

u) Nos casos previstos nos artigos 670º-c), 701º e 780º do Código Civil.

2. O vencimento antecipado da dívida emergente do CONTRATO nos termos do número 1 opera automática e imediatamente no momento da receção pelas MUTUÁRIAS de comunicação que para o efeito lhes seja remetida por qualquer dos BANCOS.

3. Caso ocorra qualquer uma das situações indicadas no n.º 1 da presente cláusula, os BANCOS, cada um de per si, ficam com o direito de considerar imediatamente vencidas e exigíveis as obrigações emergentes de outros contratos com eles celebrados pelas MUTUÁRIAS, o que operará automaticamente mediante comunicação escrita remetida pelo AGENTE ou pela CAIXA.

4. O não exercício por qualquer dos BANCOS de qualquer direito ou faculdade, que pelo CONTRATO lhe sejam conferidos, em nenhum caso significará renúncia a tal direito ou faculdade, pelo que se manterão válidos e eficazes não obstante o seu não exercício.

5. A eventual concessão pelos BANCOS de um prazo adicional para cumprimento de determinada obrigação não constitui precedente suscetível de ser invocado no futuro.

(2) As garantias e outras condições para os empréstimos negociados no exercício de 2013 que se prendem com o novo segmento de negócio, Grés de Mesa, são as seguintes: Caixa Geral de Depósitos, SA: Garantias:

Aval do Grupo Visabeira, SGPS e da Vista Alegre Atlantis, SGPS. Outras Condições: O Ownership clause, direta ou indireta, do Grupo Visabeira, SGPS sobre a Vista Alegre Atlantis, SGPS, e desta sobre a mutuária; a obrigatoriedade de centralizar na CGD todos os pagamentos e recebimentos do projeto; o Cross Default, Pari Passu e Negative Pledge. AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, EPE: Garantias: A sociedade obriga-se a apresentar uma garantia bancária, nos termos e condições estipulados na Norma de Pagamentos aplicável aos Projetos aprovados ao abrigo dos Sistemas de Incentivos QREN.

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

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Incumprimento: O incumprimento das obrigações ou violação dos deveres previstos no contrato de investimento, será apreciado pelo Tribunal Arbitral. A responsabilidade dos acionistas, será proporcional às respetivas participações no capital social da Sociedade à data do incumprimento e manter-se-á durante a vigência do contrato mesmo no caso de falência, fusão ou dissolução da Sociedade. IKEA Supply AG: Garantias: A sociedade obriga-se a apresentar até 31-01-2015 hipoteca, a favor da IKEA, de equipamentos pertencentes à Ria Stone já definidos no contrato de empréstimo. Incumprimento:

O incumprimento das obrigações estipuladas no contrato implicam o vencimento imediato dos valores em dívida à data, acrescidos de juros e outras despesas, sem qualquer pré-aviso por parte da IKEA. Qualquer litígio decorrente deste contrato será tratado no tribunal arbitral de Estocolmo por três árbitros designados para o efeito.

21. Contas a pagar e outras Em 30 de junho de 2014 e 31 de dezembro de 2013 a rubrica de Contas a pagar e outras tinha a seguinte composição:

A decomposição da rubrica de “Fornecedores” é como segue:

30-06-2014 31-12-2013

Passivo não corrente

Credores e acréscimos de custos 0 4

Passivo corrente

Fornecedores 9.899 9.200

Credores e acréscimos de gastos 19.166 11.468

29.065 20.668

29.065 20.671

30-06-2014 31-12-2013

Fornecedores conta corrente 9.762 9.028

Fornecedores facturas em recepção e conferência 112 89

Fornecedores títulos a pagar 25 83

9.899 9.200

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

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A rubrica de “Credores e acréscimos de gastos – Passivo Corrente” decompõe-se como se segue:

A rubrica de “Acréscimos de gastos” em junho de 2014 e dezembro de 2013 decompõem-se da seguinte forma:

22. Provisões

22.1 Provisões

30-06-2014 31-12-2013

Saldo inicial 01 de janeiro 664 605

Provisão para outros riscos e encargos -126 59

Saldo final 538 664 Em junho de 2014 e dezembro de 2013, as provisões para outros riscos e encargos, de 538m€ e 664m€ respetivamente, dizem respeito a processos judiciais em curso.

22.2 Provisão para pensões de reforma Até setembro de 2013, o Grupo VAA tinha em vigor vários planos de benefício de reforma definidos, uns a cargo do Fundo de Pensões (BPI Pensões) e outros a cargo do próprio Grupo. Um dos fundos é denominado Fundo de Pensões Aberto BPI Valorização e tem duração indeterminada. São

30-06-2014 31-12-2013

Acréscimos de gastos 8.472 4.983

Desconto de remessas de exportação 2.452 671

Fornecedores de investimento 5.858 4.676

Outros credores 1.033 986

Subscrições não liberadas 970

Adiantamento de clientes 383 155

19.166 11.471

30-06-2014 31-12-2013

Encargos com pessoal 6.052 3.348

Juros a liquidar 947 52

Outros 628 595

Variações cambiais 259

Justo valor de instrumentos financeiros Sw ap 277 306

Rappel 94 82

Comissões 230 85

Royalties 141 166

Imposto municipal sobre imóveis 103 90

8.472 4.983

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participantes deste fundo todos os empregados do quadro de pessoal efetivo da Vista Alegre Atlantis, S.A, oriundos da Ex Atlantis – Cristais de Alcobaça, S.A, admitidos ao serviço da Associada até 31/12/2003, inclusive, e que reúnam as exigências de elegibilidade previstas no próprio Plano de Pensões, ou seja todos os participantes que completem 65 anos, e que tenham no mínimo dez anos de serviço na associada, têm direito a uma pensão complementar por velhice calculada nos termos do Plano de Pensões. Existe também o Fundo de Pensões Grupo Vista Alegre, igualmente de duração indeterminada, que integra os trabalhadores do quadro de pessoal efetivo da Vista Alegre Atlantis SA, oriundos da ex-Fábrica de Porcelana da Vista Alegre, S.A. que tenham estabelecido contrato individual de trabalho antes de 20 de dezembro de 1976 e que estejam abrangidos pelos CCT para a Indústria Cerâmica. Em 12.11.2011 realizou-se uma alteração ao contrato constitutivo do fundo de pensões da Vista Alegre (com autorização do Instituto de Seguros de Portugal) para permitir a entrada de cinco reformados, cujas pensões eram anteriormente suportadas pelas sociedades VA Grupo e Vista Alegre Atlantis SA. Para fazer face a este aumento de responsabilidade por parte do fundo, o grupo Vista Alegre Atlantis utilizou o excesso existente no próprio fundo e realizou uma entrada em numerário de 665 mil €. A partir de outubro de 2013, houve transferência do Fundo de Pensões para a FUTURO-Soc. Gestora de Fundos de Pensões, S.A. O relatório do atuário responsável em 2013, referente ao Fundo de Pensões Grupo Vista Alegre e à Adesão Coletiva Atlantis, consiste na determinação atuarial das responsabilidades de Pensões de benefício definido inerente ao contrato. O plano de pensões Grupo Vista Alegre é financiado pelo Fundo de Pensões Grupo Vista Alegre e a Adesão Coletiva Atlantis é financiada pelo Fundo de Pensões Viva.

As responsabilidades do Grupo são as seguintes:

30-06-2014 31-12-2013

Plano de benefícios definido-sem Fundo -1.603 -1.614

-1.603 -1.614

Plano de benefícios definido-com Fundo

Ex-Vista Alegre

Responsabilidades por serviços passados -1.734 -1.715

Valor de mercado do fundo 1.690 1.736

-44 21

Ex-Atlantis

Responsabilidades por serviços passados -495 -483

Valor de mercado do fundo 472 465

-23 -18

Vista Alegre Grupo

Responsabilidades por serviços passados -1.338 -1.375

Valor de mercado do fundo 1.326 1.375

-11 0

Excesso/(défice) -79 3

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

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Em junho de 2014, o défice do fundo responsabilidade de 79m€ está contabilizado em responsabilidades com reformas a pagar. Em 2013, o excesso do fundo 3m€ está contabilizado em contas a receber, conforme nota 17.

Em 30 de junho de 2014, o valor das responsabilidades relacionado com um ex- administrador do Grupo é de 1.040m€ (dezembro de 2013: 1.020m€). Foi intentada pelo ex- administrador, Sr. Eng.º Bernardo de Vasconcellos, uma ação contra a VAA-Vista Alegre Atlantis SGPS, SA e a VA Grupo-Vista Alegre Participações, SA, em que pedia a condenação destas no pagamento de uma pensão de reforma vitalícia, com efeito em 01/01/2010, no valore de 230.923,38€, por referência ao ano de 2010, a pagar em 12 prestações mensais no valor de 19.243,62€ cada. Julgada a ação em 1ª instância, foi tal pedido julgado improcedente e as empresas VAA-Vista Alegre Atlantis SGPS, SA e a VA Grupo-Vista Alegre Participações, SA, absolvidas do pedido. Da decisão foi interposto recurso para Tribunal da Relação de Lisboa, o qual, revogando a decisão proferida em 1ª instância, condenou as empresas VAA-Vista Alegre Atlantis SGPS, SA e a VA Grupo-Vista Alegre Participações, SA, nos valores acima referidos. O Conselho de Administração do Grupo VAA, não se conformando com tal decisão, considerando que houve um erro de interpretação e aplicação da lei, já interpôs recurso para o Supremo Tribunal de Justiça, estando decidido a defender o seu ponto de vista até à última instância. O estudo atuarial realizado pelo Futuro Pensões assenta nos seguintes pressupostos e bases teóricas:

30-06-2014 31-12-2013

Taxa de desconto 4,00% 4,00%

Taxa de crescimento salarial 2% 2%

Taxa de crescimento das pensões 1% 1%

Tabelas de mortalidade TV 88/90 TV 88/90

Tabelas de invalidez EKV 80 EKV 80

Idade da reforma(Homens e mulheres) 65 65 Em 2013, uma vez que a transferência do Fundo de Pensões foi feita quase no final do ano, o atuário considerou aconselhável manter a taxa de desconto em 4% e nas avaliações atuariais de 31/12/2013, a Futuro utilizou taxas de desconto entre 3,5% e 4,0%.

A evolução das responsabilidades com planos de complemento de reforma foi a seguinte:

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

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com com

sem Fundo Fundo Fundo

Fundo (VA) (Atlantis) (VG)

Responsab.por serviços passados- 1 de janeiro de 2013 1.622 1.813 592 1.555 5.582

Custo dos serviços correntes 11 13 24

Custo dos juros 26 73 24 62 184

Pensões pagas -67 -204 -41 -169 -482

Reforço 39 39

Perdas/ganhos actuariais -6 23 -104 -72 -159

Responsab.por serviços passados- 31 de dezembro de 2013 1.614 1.715 483 1.376 5.188

Total

com com

sem Fundo Fundo Fundo

Fundo (VA) (Atlantis) (VG)

Responsab.por serviços passados- 1 de janeiro de 2014 1.614 1.715 483 1.376 5.188

Custo dos serviços correntes 6 4 10

Custo dos juros 12 34 10 28 83

Pensões pagas -33 -102 -20 -85 -240

Reforço 20 20

Perdas/ganhos actuariais -10 81 18 19 108

Responsab.por serviços passados- 30 de junho de 2014 1.603 1.734 495 1.338 5.169

Total

O património dos fundos destinados a assegurar o financiamento das responsabilidades por pensões de reforma evoluiu da forma seguinte:

Os ganhos e perdas atuariais resultam essencialmente da alteração dos pressupostos atuariais e das diferenças entre esses mesmos pressupostos e os dados reais, sendo reconhecidos diretamente no Capital próprio, e apresentados na Demonstração consolidada de rendimento integral (60m€ em junho de 2014).

com com com

Fundo Fundo Fundo

(VA) (Atlantis) (VG)

Valor - 01 de janeiro de 2013 1.817 484 1.555 3.855

Dotações efectuadas 0

Rendimento esperado 73 19 62 154

Ganhos/Perdas actuariais 42 -2 -74 -34

Pensões pagas -195 -36 -167 -399

Valor - 01 de janeiro de 2014 1.736 465 1.376 3.576

Dotações efectuadas 0

Rendimento esperado 35 10 28 72

Ganhos/Perdas actuariais 9 15 7 30

Pensões pagas -89 -17 -84 -190

Valor -30 de junho de 2014 1.690 472 1.326 3.489

Total

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

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O quadro a seguir resume a composição do custo líquido com pensões nos exercícios findos em 30 de junho de 2014 e junho de 2013:

O nível de financiamento mínimo exigido pelo ISP nos últimos quatro anos foi o seguinte:

Os fundos e as estatísticas da população abrangida tinham a seguinte decomposição:

Fundo de Pensões VA e VG

30-06-2014 31-12-2013

Obrigações Taxa Fixa 25,3% 31,4%

Obrigações Taxa Variável 47,2% 32,8%

Acções 17,6% 14,4%

Liquidez 3,2% 14,9%

Imobiliário 6,8% 6,6%

2014 2013 2014 2013

Custo de serviço passado já adquirido 30 12

Custo dos juros 12 12 72 76

Rendimento esperado -72 -73

Custo Líquido 12 12 30 15

Sem Fundo Com fundo

Fundo de Pensões VA( não inclui VG)

2014 2013 2012 2011 2010

(1)     Responsabilidades por serviços passados 1.734 1.715 1.813 3.472 1.521

(2)     Valor do fundo 1.690 1.736 1.817 3.524 3.055

(3)     Excesso/(Défice) de financiamento (2)-(1)  -44 21 4 52 1.534

(4) Nível de Financiamento (2)/(1) 97% 101% 100% 101% 201%

Fundo de Pensões Ex-Atlantis

2014 2013 2012 2011 2010

(1)     Responsabilidades por serviços passados 495 483 592 688 652

(2)     Valor do fundo 472 465 484 488 542

(3)     Excesso/(Défice) de financiamento (2)-(1)  -23 -18 -108 -200 -110

(4) Nível de Financiamento (2)/(1) 95% 96% 82% 71% 83%

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

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Fundo de Pensões Ex-Atlantis

(Adesão colectiva ao Fundo de pensões Aberto BPI Valorização)

30-06-2014 31-12-2013

Obrigações Taxa Fixa 28,3% 27,4%

Obrigações Taxa Variável 31,1% 25,9%

Acções 26,4% 28,0%

Liquidez 9,5% 13,7%

Imobiliário 4,7% 5,0%

30-06-2014 31-12-2013

Fundo de Pensões VA e VG

Número de trabalhadores 42 42

Número de reformados 87 89

Fundo de Pensões Ex-Atlantis

Número de trabalhadores 301 303

Número de reformados 51 52

Pensões a cargo da Empresa

Número de trabalhadores 3 3

Número de reformados 0 0

Sensibilidade do valor das responsabilidades do fundo VA e VG às variações dos pressupostos atuariais e financeiros:

Análise de sensibilidade Aumento Diminuição

Taxa de desconto (0,25 pp) -57 59

Taxa de crescimento salarial (0,25 pp) 8 -8

Taxa de crescimento pensões (0,25 pp) 52 -51

Mortalidade (1%) -15 15

Sensibilidade do valor das responsabilidades do fundo Ex Atlantis às variações dos pressupostos atuariais e financeiros:

Análise de sensibilidade Aumento Diminuição

Taxa de desconto (0,25 pp) -16 16

Taxa de crescimento salarial (0,25 pp) 4 -4

Taxa de crescimento pensões (0,25 pp) 13 -12

Mortalidade (1%) -2 2

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

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23. Estado e outros entes públicos

Em junho de 2014 e dezembro de 2013 a decomposição da rubrica de “Estado e outros entes públicos” era a seguinte:

*IVA, ICMS, PIS, COFINS e IPI.

24. Proveitos diferidos A decomposição da rubrica de “Proveitos diferidos” é como segue:

31-12-2013 31-12-2013

Subsídios ao investimento 2.090 1.096

Outros 31 5

2.121 1.101

25. Rédito Durante os períodos findos em 30 de junho de 2014 e 2013 as categorias de rédito reconhecidas nos períodos incluem rédito proveniente de:

30-06-2014 30-06-2013

Venda de bens 26.990 24.682

Prestação de serviços 135 40

27.125 24.722

26. Custos com o pessoal

Activo Passivo Activo Passivo

Imposto sobre o rendimento 242 222 68

Retenções 14 253 1 595

Impostos sobre transações comerciais* 1.103 238 388 659

Contribuições para a Segurança Social 558 523

1.359 1.049 610 1.844

30-06-2014 31-12-2013

30-06-2014 30-06-2013

Remunerações e outros gastos com pessoal 11.757 10.841

Salários e outros benefícios de curto prazo da Administração 358 322

Pensões de reforma pagas a antigos administradores 55 46

Encargos com remunerações 2.744 2.485

Trabalhos para a própria empresa -1.033 -274

Total 13.882 13.420

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

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Em 30 de junho de 2014 e 2013, procedeu-se à capitalização de gastos com pessoal no valor de 1.033 mil € e 274 mil €, respetivamente, que se prendem com os seguintes projetos em curso: Ria Stone (ano 2014: 820 mil €, ano 2013: 185 mil €), projeto dos fornos do Cristal e do Vidro Manual (ano 2014: 102 mil €) E-commerce (ano 2014: 66 mil € ano 2013: 50 mil €), Museu (ano 2014: 45 mil € e ano 2013: 38 mil €).

Nº Médio de empregados por empresa 30-06-2014 30-06-2013

VAA Vista Alegre Atlantis SGPS 8 8

Vista Alegre Atlantis, SA 1.479 1.425

VA Grupo- Vista Alegre Participações, SA 0 0

VA - Vista Alegre España, SA 50 52

VAA Brasil – Comércio, Importação e Exportação SA 4 5

Vista Alegre Atlantis UK LTD 1 5

Vista Alegre Atlantis Moçambique, Lda 4 4

Ria Stone Fábrica de Louça de Mesa em Grés, SA 128 0

1.674 1.499

Nº de empregados final do semestre 30-06-2014 30-06-2013

VAA Vista Alegre Atlantis SGPS 8 8

Vista Alegre Atlantis, SA 1.493 1.421

VA Grupo- Vista Alegre Participações, SA 0 0

VA - Vista Alegre España, SA 50 53

VAA Brasil – Comércio, Importação e Exportação SA 5 5

Vista Alegre Atlantis UK LTD 0 5

Vista Alegre Atlantis Moçambique, Lda 4 4

Ria Stone Fábrica de Louça de Mesa em Grés, SA 163 0

1.723 1.496

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

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27. Fornecimentos e serviços externos Em 30 de junho de 2014 e 2013, esta rubrica apresentava a seguinte composição:

No primeiro semestre de 2014, procedeu-se à capitalização de gastos com FSE no valor de 102 mil € que se prendem com os projetos em curso: Ria Stone (82 mil €), Museu (13 mil €) e projeto dos fornos do Cristal e do Vidro Manual (ano 2014-7 mil €)

30-06-2014 30-06-2013

Electricidade 1.344 1.397

Rendas e alugueres 1.115 1.118

Comissões 1.100 870

Publicidade e propaganda 745 760

Conservação e reparação 671 525

Transporte de mercadorias 598 537

Trabalhos especializados 354 460

Ferramentas e utensílios de desgaste rápido 285 84

Seguros 222 210

Deslocações e estadas 204 227

Outros 159 221

Comunicação 155 172

Limpeza higiene e conforto 150 145

Royalties 134 288

Combustíveis, água e outros f luídos 132 132

Vigilância e segurança 122 106

Honorários 40 53

Subcontratos 15 8

Trabalhos para a própria empresa -102

7.444 7.313

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28. Outros custos e perdas e outros proveitos e ganhos operacionais

29. Resultados financeiros Os prejuízos financeiros ocorridos tiveram a seguinte origem e expressão:

Durante o primeiro semestre de 2014, procedeu-se à capitalização de juros no valor de 249 m€, relacionados com o projeto da nova unidade industrial Ria Stone. Em junho de 2013, procedeu-se à capitalização de juros no valor de 7 m€, relacionados com o projeto de reconstrução de um forno, projeto esse ao abrigo do incentivo QREN.

Custos Proveitos Custos Proveitos

Custos e proveitos relativos a anos anteriores 6 8 17 109

Multas e penalidades/Beneficios contratuais 1 3

Perdas e ganhos c/ imobiliz- abates/alienação 20

Dívidas incobráveis 7

Garantias bancárias 59 25

Comissões s/as cobranças nas lojas ( cartões) 56 79

Ofertas/ amostras existências 57 80

Impostos 133 101

Diferenças de cambio 41 22 60 27

Descontos pronto pagamento 30 20 5

Direitos de propriedade industrial 11 6

Subsidios à exploração 122

Subsidios ao investimento e formação 198 74

Venda de aparas/resíduos, refugos, moldes e fretes 475 300

Juros e similares 95 27

Rendas 84 92

Trabalhos para a própria empresa -46 -17

Outros custos e proveitos operacionais 146 101 142 152

597 993 560 779

30-06-2014 30-06-2013

30-06-2014 30-06-2013

Juros com empréstimos e descobertos bancários e aplicações -1.547 -941

Outros encargos financeiros -99 -22

Renegociação das maturidades de dívidas -88 -53

Proveitos financeiros-juros obtidos 9 19

Capitalização de juros 249 7

-1.476 -991

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

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30. Resultados por ação Básico e Diluído O resultado diluído por ação é calculado ajustando o número médio ponderado de ações ordinárias em circulação para incorporar os efeitos da conversão de todas as ações ordinárias diluidoras potenciais. A empresa não possui ações ordinárias potencialmente diluidoras, pelo que o resultado por ação diluído é igual ao resultado por ação básico. O resultado básico por ação é calculado dividindo o lucro atribuível aos acionistas pelo número médio ponderado de ações ordinárias da empresa durante o ano, excluindo as ações ordinárias adquiridas pela empresa e detidas como ações próprias.

30-06-2014 30-06-2013

Prejuízo/Lucro atribuível aos detentores do capital -4.347 -3.145

Número de acções ordinárias emitidas deduzido das acções

próprias 1.156.347.175 1.156.347.175

Resultado básico por acção (euros por acção) -0,004 -0,003

Resultado diluído por acção (euros por acção) -0,004 -0,003

31. Contingências O Grupo possui passivos contingentes respeitantes a garantias bancárias e de outra natureza e outras contingências relacionadas com o seu negócio. Não se espera que existam perdas significativas decorrentes dos passivos contingentes. Existem diversos processos legais nomeadamente na área do trabalho os quais a serem considerados cem por cento procedentes, o que não se concede, totalizam 67m€ de euros. Foi intentada pelo ex- administrador, Sr. Eng.º Bernardo de Vasconcellos, uma ação contra a VAA-Vista Alegre Atlantis SGPS, SA e a VA Grupo-Vista Alegre Participações (ver nota 22.2). O montante das garantias e cauções prestadas para cobrir compromissos financeiros que não figuram na Demonstração consolidada da posição financeira é de 1.263 e 339 milhares de euros, em 30 de junho de 2014 e 31 de dezembro de 2013, respetivamente. O montante das garantias e cauções prestadas para cobrir compromissos financeiros que figuram na Demonstração consolidada da posição financeira é de 3.427 e 3.427 milhares de euros, em 30 de junho de 2014 e 31 de dezembro de 2013.

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

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Com a renegociação da dívida aos bancos, foi prestada hipoteca a favor das instituições bancárias, hipoteca essa voluntária, abrangendo todas as construções, benfeitorias e acessões, presentes e futuras, edificadas e a edificar pela VAA SGPS e suas subsidiárias:

Nova Ivima BCP+CGD 1.628

Urbanização BCP+CGD 1.283

Urbanização II

Pinhais do Casal da Areia

R. Neves Ferreira BCP+CGD 372

L.Barão Quintela BCP+CGD 3.764

Cerexport I BCP+CGD 4.992

Ex- Quinta Nova BCP+CGD 6.059

Fábrica de Porcelana da V.Alegre Ilhavo 16.184

Fábrica da Atlantis em Alcobaça 9.151

Fábrica Faianças da Capoa em Aveiro 3.670

BCP+CGD+SANTA CLARA

CERÂMICA, SA

BCP+CGD 6.586

Imóvel Entidade Valor Liquido

Contabilistico

* SANTA CLARA SÓ PARA A FABRICA CAPOA

Sobre a empresa Faianças da Capôa impende uma ação judicial que originou o registo legal de uma hipoteca sobre o seu imóvel no valor de €1.670.196,00, valor este, que é única e exclusivamente da responsabilidade do credor. -Equipamentos industriais, cujo valor líquido contabilístico a 30 de junho de 2014 ascende a 128 milhares de euros; -Os seguintes estabelecimentos comerciais: -Loja VA Chiado – Largo do Chiado, 20/23 Lisboa -Loja VA Cascais – Av.25 de Abril, 475, Cascais - Loja VA Porto – Rua Cândido dos Reis, 6, Porto - Loja Atlantis Braga – Praceta, Stª Bárbara, nº1-A, Braga - Loja Atlantis Porto – Rua Eugénio de Castro, 301 Porto - Loja Atlantis Cascais – AV. Valbom, 28-B, Cascais - E as marcas abaixo descritas: - Marca Vista Alegre; - Marca Atlantis;

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

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32. Compromissos Compromisso para investimentos Compromisso para investimentos contratados mas ainda não incorridos:

30-06-2014 30-06-2013

Ativos fixos tangíveis 598 1.337 No âmbito do projeto da nova fábrica, Ria Stone Fábrica de Louça de Mesa em Grés, SA, no exercício de 2013, foram formalizados contratos de fornecimento de equipamentos no montante de 16.971m€, cuja responsabilidade em 30 de junho de 2014 era de 2.511m€. Compromissos de locações operacionais – onde o Grupo é o locatário O Grupo arrenda diversas viaturas, através de contratos de locação não revogáveis. Os contratos possuem diversos prazos, cláusulas de reajustamento e direitos de renovação. À data de 30 de junho de 2014, o grupo mantinha contratos de Aluguer de Longa Duração (“Renting”) considerados como locação operacional cujo valor das rendas vincendas ascendia a 55 milhares de euros.

33. Gestão do Risco Financeiro

No Grupo VAA, os principais passivos financeiros são os empréstimos obtidos junto de instituições bancárias e acionistas, as contas a pagar comerciais e outras contas a pagar. Os passivos financeiros são incorridos com a finalidade de financiar as operações do Grupo, nomeadamente o seu fundo de maneio e os investimentos de expansão e manutenção da capacidade produtiva. Os ativos financeiros decorrem das operações e são constituídos por contas a receber de clientes e outros devedores e caixa e depósitos de curto prazo. O Grupo tem também investimentos disponíveis para venda, contabilizados ao custo de aquisição e de reduzido significado. O Grupo VAA está exposto basicamente ao (i) risco de mercado essencialmente com as alterações da taxa de juro e de câmbio, (ii) risco de crédito e (iii) risco de liquidez. O principal objetivo da VAA é o de reduzir estes riscos a um nível aceitável. Risco de mercado O risco de mercado é o risco do justo valor dos cash-flows futuros flutuar em função de alterações nos preços de mercado. O risco de mercado engloba três tipos de risco: risco de taxa de juro, risco cambial, e outros riscos de preços.

Risco de Taxa de Juro Tal como mencionado na nota 2.11.4, em 27 de Junho de 2011, uma das empresas do grupo, contratou um Swap de cobertura de taxa de juro, essencialmente com o objetivo de minimizar os

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

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riscos de exposição a variação de taxas de juro. Foi trocado, o indexante variável Euribor por uma taxa fixa, para um valor de 5,7 milhões de euros, tendo-se fixado a taxa de juro em 2,69% com maturidade a ocorrer em 25 de Maio de 2016. O Grupo paga uma taxa de 2,69% trimestralmente e recebe euribor a 90 dias.

Risco de Câmbio O Grupo não está exposto ao risco de câmbio, de forma significativa, na medida em que grande parte das suas receitas são expressas em Euros, bem como os passivos financeiros. Nas contas a receber e a pagar comerciais, existem saldos expressos em moeda diferente do Euro, mas sem expressão relevante. O impacto desse efeito cambial líquido, nos resultados consolidados, foi de 76 mil euros negativos. Nas contas a receber comerciais e contas a pagar comerciais, existem saldos expressos em moeda diferente do Euro, nomeadamente dólares americanos, mas sem expressão relevante, como discriminado de seguida: Contas a receber comerciais e outras:

Montante Moeda

2.441.279,80 BRL

324.049,64 USD

1.123.989,18 MZN

267.261,80 GBP Contas a pagar comerciais e outras:

Montante Moeda

14.298.883,17 MZN

7.840.774,75 BRL

757.101,25 USD

426.257,51 GBP

Risco de crédito O risco de crédito no Grupo VAA é o risco dos seus clientes não venham a cumprir com as suas obrigações. O controlo deste risco é exercido, basicamente, pela Direção Financeira, a quem compete, com base na informação externa recolhida, a aprovação do crédito a conceder e o controlo dos plafonds estabelecidos e/ou a estabelecer. O Grupo não tem concentrações de risco de crédito significativas. Tem políticas que asseguram que as vendas por grosso são efetuadas a clientes com um histórico de crédito apropriado. As vendas a retalho são efetuadas em dinheiro ou cartão de crédito. O acesso pelo Grupo a crédito é realizado com instituições financeiras credíveis. O Grupo tem políticas que limitam o montante de crédito a que têm acesso.

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

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Clientes e outras contas a receber 30-06-2014 31-12-2013

Não vencido 10.657 7.352

Vencido mas sem registo de imparidades

0-30 dias 871 1.017

30-90 dias 774 367

+ 90 dias 836 926

Total 2.481 2.310

Vencido com registo de imparidades

0-90 dias

90-180 dias

180-360 dias

+ 360 dias 2.995 2.931

Total 2.995 2.931

Total Geral 16.133 12.593

Total líquido de imparidades 13.138 9.662

Valor de créditos segurados 6.472 4.993

Apesar de existirem atrasos na liquidação de saldos, tal não significa, com base na informação existente e nos dados históricos de cada cliente, que seja de reconhecer imparidades para além das já registadas. A 30 de junho de 2014 não existem indicações de que não serão cumpridos os prazos normais de recebimento relativamente aos valores incluídos em clientes não vencidos e para os quais não existe imparidade registada. O Grupo considera que não tem concentrações de risco de crédito significativas, mantendo um controlo de crédito ativo para todos os seus clientes supervisionado pela Direção Financeira. O Grupo recorre à COSEC, companhia de seguros de crédito, estando os valores contratados mencionados no quadro anterior. Risco de liquidez

O risco de liquidez é o risco que uma entidade venha a encontrar dificuldades para satisfazer compromissos associados aos instrumentos financeiros, e face aos prejuízos significativos incorridos nos últimos anos, é o maior risco a que o Grupo VAA tem vindo a ser exposto. No início de 2009, com a entrada do novo acionista, que comprou também os créditos que se encontravam dispersos pelos anteriores e atuais acionistas, o risco de liquidez foi reduzido, e foi-o ainda mais com o aumento de capital concretizado em 26-07-2010. Para além dos empréstimos remunerados, cuja maturidade encontra-se evidenciada na Nota 20, realçar que as contas a pagar a Fornecedores (30-06-2014: 9.899€; 31.12.2013: 9.200€) vencem-se, na sua grande maioria, num prazo inferior a 90 dias, sendo que há dívidas de fornecedores tituladas com um vencimento superior (30-06-2014: 25 K€ e 30.12.2013: 83 K€), mas geralmente inferior a 180 dias.

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

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Mensuração ao justo valor No quadro seguinte, apresenta-se a hierarquia de justo valor dos ativos e passivos detidos pelo Grupo, com referência a 30 de junho de 2014 e 31 de dezembro de 2013:

Na construção dos quadros acima foram utilizados os seguintes pressupostos: - Valores de mercado (Nível 1): nesta coluna foram incluídos os instrumentos financeiros valorizados com base em cotações de mercado ativo; - Análise de mercado (Nível 2): Nesta coluna estão incluídos instrumentos financeiros que são valorizados com base em variáveis observáveis de mercado. Estão incluídos neste nível, derivados de cobertura valorizados através de informação da Reuters Calculator; - Outras (Nível 3): Nesta coluna estão incluídas propriedades de investimento que são valorizados com recurso a variáveis não observáveis em mercado.

As avaliações foram efetuadas à data de 31 de dezembro de 2013, considera-se que a 30 de junho de 2014 os imóveis pertencentes ao Grupo Vista Alegre mantêm os valores atribuídos em dezembro de 2013. Não foram efetuadas transferências entre os níveis 1 e 2 no primeiro semestre de 2014 e no exercício de 2013. O justo valor dos empréstimos remunerados de bancos é considerado próximo do valor escriturado, atendendo à renegociação recente dos empréstimos mais significativos e das taxas de mercado praticadas. Outros riscos operacionais

Procura de produtos VAA

A Vista Alegre Atlantis monitoriza e controla regularmente o mercado em que atua de forma a medir os impactos de eventuais variações no seu volume de negócios, implementando medidas de gestão que evitem a degradação da sua rentabilidade.

Total Nível 1 Nível 2 Nível 3 Total Nível 1 Nível 2 Nível 3

Ativos mensurados ao justo valor

Propriedades de investimento 22.035 22.035 22.035 22.035

Ativos fixos tangíveis 34.586 34.586 35.242 35.242

Passivos mensurados ao justo valor

Instumentos Financeiros Sw aps 277 277 306 306

dez-13jun-14

Ativos e passivos mensurados ao justo valor

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

87

Consideram-se como efeitos estimados sobre o EBITDA resultantes de variações nas vendas, os que abaixo se indicam para cada negócio, partindo do pressuposto que existe manutenção das margens brutas que se têm vindo a praticar.

vendas EBITDA

Negócio Porcelana 3% 318

Negócio Cristal/Vidro 3% 64

Negócio Forno 3% 68

Negócio Faiança 3% 32

Atendendo à natureza dos negócios da VAA que contêm uma grande componente de custos fixos, qualquer variação das margens de comercialização tem um efeito relevante no nível de rentabilidade dos negócios.

Sinistros É prática da empresa e das suas participadas a contratação de seguros em todas as áreas e pelos valores considerados suficientes.

34. Transações com partes relacionadas As entidades que, a 30 de junho detinham uma participação qualificada no grupo eram:

Estrutura do Capital Social

Quantid. %

% dos

direitos

de voto

Grupo Visabeira, SGPS, SA (1) através de:

Visabeira Indústria, SGPS, SA 1.450.400 0,13% 0,125%

Grupo Visabeira, SGPS. SA 52.164.078 4,51% 4,511%

Cerútil-Cerâmicas Utilitárias, SA 887.989.601 76,79% 76,793%

Total imputável ao Grupo Visabeira, SGPS, SA 941.604.079 81,43% 81,429%

Portugal Capital Venture - Soc. Capital de Risco, SA (2)

FCR Portugal Venture GPI 125.000.000 10,81% 10,810%

Total imputável Portugal Capital Ventures SCR 125.000.000 10,81% 10,810%

Caixa Geral de Depósitos, SA

Caixa Geral de Depósitos, SA 41.888.296 3,62% 3,622%

FCR Grupo CGD CAPITAL 9.873.639 0,85% 0,854%

Total imputável Caixa Geral Depósitos, SA 51.761.935 4,48% 4,476%

Free Float 37.981.161 3,28% 3,285%

Sub-totais 1.156.347.175 100,00% 100,000%

Ações Próprias 1.099

Total ações VAA 1.156.348.274 100,00% 100,000%

Ações

Accionista

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

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(1) A acionista maioritária da VISTA ALEGRE ATLANTIS SGPS, S.A., a CERUTIL – Cerâmicas Utilitárias, S.A., é

totalmente detida pela Visabeira Indústria SGPS, S.A., que por sua vez é totalmente detida pelo Grupo Visabeira

SGPS, S.A. em cujo capital social a acionista maioritária, a NCFGEST, SGPS, S.A., titula 78,26%, sendo esta última

sociedade integralmente detida por Fernando Campos Nunes.

(2) A Portugal Capital Ventures – Sociedade Capital de Risco, SA resulta da fusão das sociedades AICEP Capital

Global, SCR, S.A., Inovcapital, SCR, S.A. e Turismo Capital, SCR,S.A., operação realizada no âmbito da operação

de reestruturação e reorganização do sector de capital de risco público.

Foram efetuadas as seguintes transações com partes relacionadas:

30-06-2014 30-06-2013

Salários e outros benefícios de curto prazo da Administração 358 322

Pensões de reforma pagas a antigos administradores 55 46

413 368

Os saldos em aberto à data de 30 de junho de 2014 e 31 de dezembro de 2013, com as partes relacionadas são quase exclusivamente provenientes de financiamentos obtidos dos Grupos VISABEIRA, CGD e BCP.

30-06-2013

Compras a

partes

relacionadas

(CUSTOS)

Vendas a

partes

relacionadas

(PROVEITOS)

Compras a

partes

relacionadas

(CUSTOS)

Compras a

partes

relacionadas

(ATIVOS

TANGÍVEIS)

Vendas a

partes

relacionadas

(PROVEITOS)

Grupo CGD 107 3 82 4

Portugal Capital Ventures,SA 9 9

Grupo Visabeira 1.590 326 1.338 500 709

30-06-2014

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

89

Os saldos ativos e passivos de partes relacionadas são os seguintes:

35. Custos suportados com serviços prestados pelos auditores/revisores

30-06-2014 30-06-2013

Serviços de revisão legal de contas e auditorias 30 28

Serviços de consultadoria 7 7

37 35

36. Eventos subsequentes Não existem eventos subsequentes à data das demonstrações financeiras que influenciem a leitura e interpretação das presentes demonstrações financeiras consolidadas.

30-06-2014 31-12-2013

Saldos activos

Grupo CGD - Depósitos à ordem 284 1.350

Grupo CGD - Clientes 1 3

Grupo Visabeira - Clientes 154 217

438 1.570

Saldos passivos

Grupo CGD - Depósitos à ordem

Descobertos bancários

Empréstimos bancários 11.937 11.297

Fornecedores 8 3

11.945 11.300

Grupo Visabeira

Fornecedores 597 641

Empréstimos acionistas 55.203 54.517

55.800 55.158Portugal Capital Ventures,SA

Fornecedores 7 6

7 6

67.313 64.893

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

90

37. Empresas incluídas na consolidação À data de 30 de junho de 2014, as Empresas que constituem o Grupo VAA – Vista Alegre Atlantis e integraram o respetivo consolidado pelo método integral são os seguintes:

Percentagem de

participação

direta

Percentagem de

participação

indireta

Vista Alegre Atlantis, SA 100,00%

VA Grupo- Vista Alegre Participações, SA 99,30%

VA - Vista Alegre España, SA 100,00%

Cerexport - Cerâmica de exportação SA 100,00%

Faianças da Capôa - Indústria Cerâmica, SA 100,00%

VA Renting LDA 70,00% 30,00%

VAA Brasil – Comércio, Importação e Exportação SA 89,93%

Vista Alegre Atlantis UK LTD 100,00%

Ria Stone Fábrica de Louça de Mesa em Grés, SA 100,00%

Vista Alegre Atlantis Moçambique, Lda 99,00%

Vista Alegre USA Corporation 100,00%

VAA I.I. – Sociedade Imobiliária S.A. 100,00% Ílhavo, 26 de agosto de 2014

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Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 30 de junho de 2014 (valores em milhares de euros)

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Lista dos Titulares das Participações Qualificadas elaborada nos termos do disposto no Artigo 8º, n.1, e), do Regulamento n. 4/2004 da CMVM,

com indicação do número de ações detidas e percentagem de direitos de voto correspondentes, calculada nos termos do artigo 20. º do Código dos Valores Mobiliários.

Nos termos e para os efeitos do disposto nos artigos 16º e 20º do Código dos Valores Mobiliários informa-se que as sociedades e/ou pessoas singulares que têm uma participação social qualificada que ultrapasse os 2%, 10%, 20%, 33% e 50% dos direitos de voto, e de acordo com as notificações recebidas na sede da sociedade até à presente data, e com referencia a 30 de junho de 2013, são as seguintes:

(1) A acionista maioritária da VISTA ALEGRE ATLANTIS SGPS, S.A., a CERUTIL – Cerâmicas Utilitárias, S.A., é

totalmente detida pela Visabeira Indústria SGPS, S.A., que por sua vez é totalmente detida pelo Grupo Visabeira

SGPS, S.A. em cujo capital social a acionista maioritária, a NCFGEST, SGPS, S.A., titula 78,26%, sendo esta última

sociedade integralmente detida por Fernando Campos Nunes.

(2) A Portugal Capital Ventures – Sociedade Capital de Risco, SA resulta da fusão das sociedades AICEP Capital

Global, SCR, S.A., Inovcapital, SCR, S.A. e Turismo Capital, SCR,S.A., operação realizada no âmbito da operação

de reestruturação e reorganização do sector de capital de risco público.

Estrutura do Capital Social

Quantid. %

% dos

direitos

de voto

Grupo Visabeira, SGPS, SA (1) através de:

Visabeira Indústria, SGPS, SA 1.450.400 0,13% 0,125%

Grupo Visabeira, SGPS. SA 52.164.078 4,51% 4,511%

Cerútil-Cerâmicas Utilitárias, SA 887.989.601 76,79% 76,793%

Total imputável ao Grupo Visabeira, SGPS, SA 941.604.079 81,43% 81,429%

Portugal Capital Venture - Soc. Capital de Risco, SA (2)

FCR Portugal Venture GPI 125.000.000 10,81% 10,810%

Total imputável Portugal Capital Ventures SCR 125.000.000 10,81% 10,810%

Caixa Geral de Depósitos, SA

Caixa Geral de Depósitos, SA 41.888.296 3,62% 3,622%

FCR Grupo CGD CAPITAL 9.873.639 0,85% 0,854%

Total imputável Caixa Geral Depósitos, SA 51.761.935 4,48% 4,476%

Free Float 37.981.161 3,28% 3,285%

Sub-totais 1.156.347.175 100,00% 100,000%

Ações Próprias 1.099

Total ações VAA 1.156.348.274 100,00% 100,000%

Ações

Accionista

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