Valor Presente e Valor Futuro Taxa de Desconto e Fator
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FGV
Finanças Corporativas/2010
Prof. DSc. Claudio Barbedo
Tópicos Iniciais
• Revisão de conceitos de Valor
Presente, Valor Futuro e Taxa de
Desconto.
Valor Presente e Valor Futuro
Present Value
Valor hoje de
um fluxo de
caixa futuro
Future Value
Valor no qual um
fluxo de caixa irá
atingir após a
capitalização pela
taxa de juros.
Taxa de Desconto e Fator
Discount Rate
Taxa usada para
trazer a valor
presente os
fluxos futuros. Discount
Factor
Valor presente
de uma
unidade
monetária
futura.
2
Valor Futuro
FV r t$100 ( )1
Exemplo - FV
Qual o valor futuro de $400.000 em um ano a taxa
de juros de 5%?
420000$)05,01(400000$ 1FV
Valor Presente
1desconto defator =PV C
DFr t
1
1( )
Valor de um prédio
Passo 1: previsão de fluxos de caixa
Custo do prédio = C0 = 370
Venda das salas comerciais ano 1 = C1 = 420
Passo 2: Estimativa do custo de capital
Investmentos de mesmo risco
No mercado de capitais oferecem
retorno de 5%, r = 5%
Valor de um prédio
Passo 3: Desconto
Passo 4: Construir se o payoff excede o
investimento
400)05.1(
420)1(
1
r
CPV
30370400NPV
3
Risco e Valor Presente• Projetos arriscados demandam taxas
de retorno maiores
• Taxas de retornos maiores causam
VPs menores.
400.051
420PV
5%at $420 C of PV 1
Risco e Valor Presente
400.051
420PV
5%at $420 C of PV 1
375.121
420PV
12%at $420 C of PV 1
Risco e Valor Presente
$5,000
370,000-75,0003=NPV
investment required-PV=NPV
Regra 1: Taxa de Retorno• Aceitar investmentos cujas taxas de
retorno são maiores que o custo de
capital
Exemplo
No projeto anterior, o custo de capital é 12%.
Devemos executar o projeto?
13.5%or .135370,000
370,000420,000
investment
profitReturn
4
Regra 2: VPL• Aceitar investmentos com VPL
positivo
30370400VPL
Finanças Corporativas
• Estudo das decisões financeiras da firma;
• Decisões financeiras:
1. Quais investimentos de longo prazo uma firma deve
realizar? (Orçamentação de Capital)
2. Como a firma deve adquirir recursos para realizar
seus investimentos? (Estrutura de Capital)
3. Qual é o fluxo de caixa de curto prazo necessário
para que a empresa pague suas contas?
• Qual seria a definição de firma?
Corporações (Firmas)
Corporações (sociedade por ações, firmas)
Vantagens: 1) facilita a solução do problema de obtenção de grandes quantidades de recursos externos. 2) separação entre propriedade e controle (permanência).
Desvantagens: 1) conflito de interesses; 2) custos extras.
AbertoCapitalde
FechadoCapitalde
es)(CorporaçõAçõespor
Limitadas
Sociedades
sIndividuai
Empresas
Em geral, podemos classificar as empresas como segue:
O Balanço Patrimonial da Firma
Ativo
Circulante
Ativo
Permanente
1 Tangível
2 Intangível
Passivo
Circulante
Dívidas de LP
Patrimônio
Líquido
Valor dos Ativos Valor para Investidores
5
O Balanço Patrimonial da Firma
Quais investimentos de longo prazo uma firma deve realizar?
A Decisão de Orçamentação de Capital
Ativo
Circulante
Ativo
Permanente
1 Tangível
2 Intangível
Passivo
Circulante
Dívidas de LP
Patrimônio
Líquido
O Balanço Patrimonial da Firma
Como a firma
pode adquirir
recursos para
realizar seus
investimentos?
A Decisão de Estrutura de Capital
Ativo
Circulante
Ativo
Permanente
1 Tangível
2 Intangível
Passivo
Circulante
Dívidas de LP
Patrimônio
Líquido
O Balanço Patrimonial da Firma
Qual é o fluxo de
caixa de curto prazo
necessário para que a
empresa pague suas
contas?
A Decisão de Investimento em Capital de Giro Líquido
Capital de
Giro
Líquido
Ativo
Circulante
Ativo
Permanente
1 Tangível
2 Intangível
Passivo
Circulante
Dívidas de LP
Patrimônio
Líquido
A DIFERENÇA ENTRE O VALOR TOTAL DOS ATIVOS
(CIRCULANTE E PERMANENTE) E O VALOR TOTAL DO
EXIGÍVEL (CIRCULANTE E LONGO PRAZO) É O
PATRIMÔNIO LIQUIDO OU CAPITAL DOS ACIONISTAS OU
CAPITAL PRÓPRIO.
EQUAÇÃO DO BALANÇO (ou identidade do balanço)
ATIVOS = EXIGIBILIDADES + PATRIMÔNIO LÍQUIDO
PATRIMÔNIO LÍQUIDO = ATIVOS - EXIGIBILIDADES
BALANÇO PATRIMONIAL
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BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Circulante
Permanente
Realiz. L.P.
Patrim. Líquido
Exig. L.P.
Disponível (Caixa e Bancos) 600
Duplicatas a Receber (Clientes) 1.700
Estoques 700
Total 3.000
Circulante
Fornecedores 600
Empréstimos a pagar 1200
Contas a Pagar 800
Total 2.600
Títulos a Receber 1.000
Total 1.000
Investimentos 600
Imobilizado 1.000
Diferido 400
Total 2.000
Empréstimos a Pagar 1.000
Total 1.000
Capital Social 2.000
Reservas 100
Lucro do Exercício 300
Total 2.400
TOTAL DO ATIVO 6.000 TOTAL DO PASSIVO 6.000
Valor de Mercado x Valor
Contábil• Ativo Permanente
– Valor contábil: $700
– Valor estimado: $1.000
• Capital de Giro Líquido
– Valor contábil: $400
– Se fosse realizado: $600
• Dívida de Longo Prazo
– Valor contábil: $500
– Valor de mercado: $500
Quanto vale o
Patrimônio Líquido?
Contábil Mercado
ATIVO
Capital de Giro Líquido
400 600
Ativo Permanente Líquido
700 1.000
TOTAL DO ATIVO 1.100 1.600
PASSIVO
Dívida de Longo Prazo 500 500
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
600 1.100
TOTAL DO PASSIVO 1.100 1.600
Mede o desempenho da empresa em certo período de tempo
(mês,trimestre, ano).
Equação básica: Receitas – Despesas = Lucro
DREReceita Operacional- Custos OperacionaisLucro Operacional- Despesas Financeiras- Depreciação e Amortização
Lucro Tributável- Imposto de renda
Lucro Líquido
DEMONSTRAÇÃO DO
RESULTADOINTERLIGAÇÃO
BALANÇO e DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
PASSIVO
DÍVIDAS
E
PATR.LÍQUIDO
(Capital +
Lucros)
FONTES
RESULTADOS
RECEITAS
(-) DESPESAS
(=) LUCRO (Prejuízo)
ATIVO
BENS
E
DIREITOS
APLICAÇÕES
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Detentores de Direitos na Firma
DRE
VENDAS TOTAIS
(IMPOSTOS S/ VENDAS)
CUSTO DOS PRODUTOS
LUCRO BRUTO
FOLHA DE PAGAMENTO
DESPESAS ADM/VENDAS
LUCRO OPERACIONAL
DESPESAS FINANCEIRAS
LUCRO ANTES IMPOSTOS
IR / CS
LUCRO LÍQUIDO
Governo/ Sociedade
Fornecedores
Funcionários
Credores
Governo
Acionistas
Fluxo de caixa da firma(C)
Decisões Financeiras
Imp
osto
s(D
)
Firma
Governo
Firma emite títulos (A)
($$)
Fluxo de caixaretido (F)
Investe
em ativos
(B)
Dividendos epagamentos de dívidas (E)
Ativo Circulante
Ativo Permanente
Mercado
Financeiro
Dívida de Curto
Prazo
Dívida de Longo
Prazo
Equity (Ações
ordinárias e
preferênciais)
Em última instância, a
firma deve ter uma
atividade geradora caixa.
Os fluxos de caixa da
firma devem ser maiores
do que os fluxos de caixa
oferecidos pelo mercado
financeiro.
Decisões Financeiras na Prática
Um Exemplo no Brasil: Lojas Arapuã
Investimentos em Capital de Giro :
• Arapuã, a maior varejista do
país, financiou expansão de
vendas sem o devido controle
de risco de crédito: resultando
na falência.
FINANÇAS CORPORATIVAS
8
FINANÇAS CORPORATIVAS
Com o advento do plano real e o aumento da renda real da
população resultante da estabilização da inflação, as vendas
explodiram.
• 265 lojas em 1996
• 2,2 bilhões de dólares em vendas em 1996
• Aumento de 250% do lucro líquido
• Valorização de 140% das ações em bolsa
• Eleita Empresa do ano em revistas especializadas
• Superou seus concorrentes ampliando significativamente o market-share.
Retorno excessivo : função de quebra de paradigmas, genialidade
administrativa, fórmulas secretas, ou apenas tomada de riscos acima da
média do setor ?
Expansão de vendas agressiva obtida via crédito aos
clientes, em setor sensível as condições de mercado.
Vendas
Explodem
Contas a
Receber
Explode
Resultado
Balanço
Faltou atenção ao Risco de Crédito ?
Investimentos na Prática:
Mini Case-Study SADIA
FINANÇAS CORPORATIVAS FINANÇAS CORPORATIVAS
Em 1999 havia uma expectativa de forte
crescimento econômico partir do ano 2000.
A decisão a ser tomada pelos executivos da Sadia
com relação a investimentos em estoques:
1- Manter os níveis de produção estáveis,
esperando que não haja grande salto na
demanda. Caso haja, a empresa poderá
gradativamente ampliar a produção, embora perca
oportunidades de curto-prazo. (aposta
conservadora)
9
2 - Ampliar a produção gradativamente, visando
capturar uma parte do possível aumento da
demanda a partir de 2.000. (aposta moderada)
3 - Expandir agressivamente a produção para
aproveitar todo possível aumento de demanda
em 2.000 (aposta arriscada)
Decisão Tomada pelos executivos : 3
FINANÇAS CORPORATIVAS
O que ocorreu em 2.000 :
FINANÇAS CORPORATIVAS
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
A Sadia registrou forte redução de suas margens o que ocasionou
resultados abaixo das expectativas no 1o trimestre de 2.000. O
incremento de receita previsto para o mercado interno não se
concretizou, apesar de a Empresa ter realizado um grande esforço
comercial. Essa mobilização se refletiu em um aumento de 17,4% no
volume de vendas, mas também surtiu efeitos negativos sobre as
despesas de comercialização.
FINANÇAS CORPORATIVAS
INDUSTRIALIZADOS 2,9 2,8 (2,0%)
AVES 60,7 66,1 8,9%
SUÍNOS 1,5 3,2 117,1%
TOTAL 242,9 281,0 15,7%
MERCADO INTERNO 177,8 208,9 17,4%
INDUSTRIALIZADOS 87,0 117,3 34,8%
AVES 73,7 76,3 3,5%
SUÍNOS 17,1 15,3 (10,8%)
MERCADO EXTERNO 65,1 72,1 10,8%
VENDA FÍSICA (mil toneladas)
Var.
%
Jan-Mar
1999
Jan-Mar
2000
MERCADO INTERNO 522,8 581,0 11,1%
INDUSTRIALIZADOS 314,1 397,4 26,5%
AVES 113,2 109,5 (3,2%)
SUÍNOS 21,9 20,0 (8,6%)
MERCADO EXTERNO 235,2 170,1 (27,7%)
INDUSTRIALIZADOS 12,2 15,0 24,0%
AVES 156,7 134,8 (14,0%)
SUÍNOS 4,8 7,5 56,6%
TOTAL 758,0 751,1 (0,9%)
OUTROS 61,5 12,8 (79,3%)
OUTROS 73,6 54,1 (26,7%)
Var.
%
Jan-Mar
1999
Jan-Mar
2000
VENDA VALOR (R$ milhões)
Na comparação com igual período de 1.999, a Sadia registrou um incremento de
10,8% no volume físico comercializado junto ao mercado externo. Em receita,
houve retração de 27,7%. Esse resultado negativo se explica pela queda de
preços em dólar no mercado internacional (o preço médio das exportações, em
dólar recuou 18%), e pela variação cambial, que valorizou a moeda brasileira em
7,8% na média da cotação dos finais de cada mês.
FINANÇAS CORPORATIVAS
As despesas com vendas aumentaram em 2,4 pontos percentuais
na comparação com o 1o trimestre de 1.999. O aumento é efeito
não só da queda de preços, mas também do incremento da
produção, para um aquecimento de vendas que acabou ficando
aquém das expectativas, como já se mencionou. Destaca-se, aqui,
que a Sadia encerrou o 1o trimestre com um nível de estoques de
produtos acabados 97,3% maior que o de igual período do ano
passado.
PRODUTOS ACABADOS E EM ELABORACÃO 128,9 254,2 97,3%
ANIMAIS PARA ABATE E COMERCIALIZAÇÃO 104,7 164,2 56,8
MATÉRIA PRIMA 131,2 131,2 -
ALMOXARIFADO 54,2 43,9 (19,0%)
TOTAL 419,0 593,5 41,7%
ESTOQUESR$ Milhões
Março1999
Março2000
Var.
%
10
FINANÇAS CORPORATIVAS
CENÁRIO
REALIZADO
• Os efeitos da decisão errada refletiram-se ao longo de todo o ano de 2.000, no Fluxo de Caixa e nos Lucros.
• Foi feito um esforço a um custo muito grande para reverter a situação.
• Os executivos responsáveis foram demitidos da Sadia.
FINANÇAS CORPORATIVAS
Objetivo da Administração Financeira
Maximização do valor (riqueza) para os acionistas:
(bem estar econômico) dos proprietários de capital.
Em outras palavras, investimento em projetos com
VPL positivo.
Para criar valor, o administrador busca:
1. realizar decisões inteligentes de investimento
em ativos reais.
2. realizar decisões inteligentes de financiamento
(estrutura de capital). Por quê?
Fluxo de Caixa da Firma (FCF)
Fluxos de caixa gerados para todos os
detentores de direitos na firma
(investidores em dívidas e em ações).
FINANÇAS CORPORATIVAS – Entendendo a Contabilidade
11
Estimando os Fluxos de Caixa entre 2 períodos -
FCF
EBIT x (1 – t)
- Nec. Capital de Giro
+ Depreciação / Amortização
- Novos Investimentos de Capital
Fluxo Caixa da Firma após Impostos
FINANÇAS CORPORATIVAS – Entendendo a Contabilidade FINANÇAS CORPORATIVAS – Entendendo a Contabilidade
Exercício :
A empresa ABC teve uma receita líquida de R$ 5 milhões
em 2004. O custo dos produtos foi de 2 milhões, e as
despesas administrativas e com vendas de R$ 1 milhão. A
empresa possui uma dívida total de R$ 3 milhões a uma
taxa de 20% ao ano. A taxa de impostos é de 34%. Os
ativos imobilizados no início de período valiam R$ 8
milhões, e a taxa de depreciação é de 10%. A firma
comprou uma máquina no valor de R$ 500 mil (no início do
período), depreciada a mesma taxa. A variação na NCG
foi de R$ 400 mil no período. Calcule o FCF.
Estrutura de Capital
O valor da firma pode ser
pensado como uma pizza.
O objetivo do manager é
aumentar o tamanho da
pizza.
A decisão da estrutura de
capital pode ser vista como a
melhor forma de fatiar a
pizza.
Se a forma de fatiar a pizza afeta o tamanho da
pizza, então decisões sobre a estrutura de capital
são relevantes para a firma.
50%
Debt
50%
Equity
25%
Debt
75%
Equity
70%
Passivo30%
PL
Títulos Patrimoniais e Obrigações
como Direitos Contingentes
• A característica básica de uma obrigação é apromessa feita pela firma captadora em pagarquantias fixas, em datas futuras.
• O direito do acionista da firma é o valorresidual da firma, após os pagamentos aoscredores.
• Se o valor da firma é menor do que aobrigação com os credores, os acionistas nãolevam nada (limited liability).
• Esta opção vem acompanhada pelos efeitosde substituição de ativos (asset substitution) edo subinvestimento (underinvestiment).
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Títulos Patrimoniais e Obrigações como
Direitos Contingentes
$F
$F
Retorno dosCredores
Valor da firma (X)
Obrigação com os credores: $F.
Se o valor da firma é menor do que $F, os credores
só recebem o valor da firma.
Se o valor da firma é maior
do que $F, os credores
recebem $F.
$F
Retorno dos
Acionistas
Value of the firm (X)
Se o valor da firma é
menor do que $F, os
acionistas não levam
nada.
Se o valor da firma é maior
do que $F, os acionistas
recebem $X – $F.
Algebricamente, os credores recebem:
Min[$F,$X]
Algebricamente, os acionistas recebem:Max[0,$X – $F]
$F
$F
Resultado combinado para os credores e acionistas
Valor da firma (X)
Obrigação com os credores:
$F.
Resultado para os
credores
Resultado para os
acionistas
Se o valor da firma é menor do que
$F, o direito dos acionistas é:
Max[0,$X – $F] = $0 e o direito dos
credores é = $X.
A soma é = $X
Se o valor da firma é maior do que
$F, o direito dos acionistas é
Max[0,$X – $F] = $X – $F e o
direito dos credores é :
Min[$F,$X] = $F.
A soma é = $X
Resultado Combinado
Separação entre Propriedade e Controle
Board of Directors
Management
AtivosDívida
PL
Acio
nis
tas
Cre
dore
s
Conflitos de Interesse – Problema do
Principal-Agente
• Os acionistas desejam que o valor de sua riqueza seja maximizado;
• Os administradores maximizam a riqueza dos acionistas? conflito de interesses.
• Os objetivos do manager podem ser diferentes dos objetivos dos acionistas– Privilégios caros;
– Sobrevivência;
– Independência e auto-sufiência.
• Existem outros detentores de direitos sobre o valor da firma (stakeholders);
• Custos de agência na relação controle x propriedade. Também entre acionistas e credores.
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Quem detém o direito sobre a firma?
24
29
78
83
97
76
71
22
17
3
0 20 40 60 80 100 120
Estados Unidos
Reino Unido
França
Alemanha
Japão
% de respostasAcionistas
Todos os Stakeholders
** Pesquisa com 378 administradores de 5 países
O que é mais importante: segurança no emprego ou
pagamento de dividendos?
11
11
59
60
97
89
89
41
40
3
0 20 40 60 80 100 120
Estados Unidos
Reino Unido
França
Alemanha
Japão
% de respostasDividendos
Segurança
** Pesquisa com 399 administradores de 5 países
Solução dos Conflitos?
Diferença de Informação
• Preços das ações e
retornos
• Emissão de títulos
• Dividendos
• Financiamento
Necessidade de Sinalização
Diferença de Objetivos
• Managers x acionistas
• Cúpula x operacional
• Acionistas x credores
Mecanismos de Governança Corporativa
• Os acionistas votam no conselho de administração, que por sua vez contrata os managers.
• Proxy-Fights;
• Os contratos podem ser cuidadosamente escritos de forma a serem compatíveis com os incentivos.
• Existe um mercado para talento gerencial—pode ser um disciplinador para os managers.
• Se os managers falharem em maximizar a riqueza dos acionistas, eles podem ser substituídos através de takeovers hostis.
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Breve Histórico
• Até 1929/30: abordagem tradicional (intensiva
em ativos e verticalmente integrada);
• Pós-depressão: preocupação com a liquidez e
solvência;
• Anos 50: Modigliani e Miller: Moderna Teoria
das Finanças;
• Anos 90: gestão do risco corporativo;
• Atualmente, busca de um novo paradigma:
Zingales (2000).
Avaliação de Ativos
1. Avaliação de Obrigações e Ações
• Princípio Básico:
– Valor de ativos financeiros = VP dos fluxos de caixa futuros esperados
• Para precificar obrigações e ações precisamos:
– Estimar fluxos de caixa futuros: • Tamanho (quanto) e
• Timing (quando)
– Descontar os fluxos de caixa futuros a uma taxa apropriada:• A taxa deve ser compatível ao risco apresentado pelo
ativo em questão.
Definição e Exemplo de uma
Obrigação
• Uma obrigação é um acordo jurídico entre um
tomador e um emprestador que:
– Especifica a quantia principal do empréstimo.
– Especifica o tamanho e o timing dos fluxos de
caixa.
15
Como Avaliar Obrigações
• Identificar a quantia e o timing dos fluxos
de caixa.
• Descontar os fluxos usando uma taxa de
desconto apropriada.
– Se já sabemos o preço da obrigação e a
quantia e timing dos fluxos de caixa,
podemos encontrar a TIR da obrigação, a
qual chamamos de retorno até o vencimento
(yield to maturity - YTM).
Obrigações sem Cupom (Pure Discount Bonds)
Informação necessária para avaliar obrigações sem cupom:– Tempo até o vencimento (T) = Data de vencimento –
data atual
– Valor de Face (F)
– Taxa de desconto (r)
Tr
FVP
)1(
Valor presente de uma obrigação sem cupom na data 0:
0
0$
1
0$
2
0$
1T
F$
T
Obrigações sem Cupom: Exemplo
Ache o valor de um título sem cupom de 30
anos com valor de face de R$1.000 e YTM
de 6%.
11.174$)06.1(
000,1$
)1( 30Tr
FVP
0
0$
1
0$
2
0$
29
000,1$
30
Obrigações com CupomInformação necessária para avaliar obrigações com
cupom:– Datas de pagamento dos cupons e tempo até o
vencimento (T)
– Valor do cupom por período (C) e Valor de face (F)
– Taxa de desconto (r)
TT r
F
rr
CVP
)1()1(
11
Valor de uma obrigação com cupom
= VP dos pagamentos de cupom (anuidade) + VP do valor de face
0
C$
1
C$
2
C$
1T
FC $$
T
16
Obrigações com Cupom: Exemplo
Ache o valor presente para o dia 01/01/2004 de um título com cupom de 6,375% a.a, pagos semi-anualmente e maturidade em Dezembro de 2009. Considere o YTM de 5% a.a.
– Em 01/01/04, os fluxos de caixa eram:
04/1/1
875.31$
04/06/30
875.31$
04/12/31
875.31$
09/06/30
875.031,1$
09/12/31
52,070.1$)025.1(
000.1$
)025.1(
11
205.
875,31$1212
VP
Obrigações com Cupom: Exemplo
• Qual o preço (PU) de uma NTN-F emitida em 01/03/02, com vencimento em 2 anos e cupom de 6% a .a. Considere YTM=18,87% ao ano e pagamentos de cupons semestrais em 01/09/02 (127 du), 01/03/03 (254 du), 01/09/03 (379 du) e
01/03/04 (505 du).
860325,802
)1887,01(
]1%)61[(000.1000.1
)1887,01(
]1%)61[(000.1
)1887,01(
]1%)61[(000.1
)1887,01(
]1%)61[(000.1
)1(
]1%)61[(000.1
252
505
5,0
252
379
5,0
252
254
5,0
252
127
5,0
252
5,0
PU
i
Ctdut
2. O Valor Presente de Ações
Ordinárias
• Dividendos x Ganhos de Capital
• Avaliação de diferentes tipos:
– Crescimento Zero
– Crescimento Constante
– Crescimento Variável
Caso 1: Crescimento Zero
• Assuma que os dividendos permanecerão constantes num mesmo nível para sempre
rP
rrrP
Div
)1(
Div
)1(
Div
)1(
Div
0
3
3
2
2
1
10
321 DivDivDiv
Como os fluxos de caixa futuros são constantes, o valor de uma ação com crescimento zero é o valor presente de uma perpetuidade:
17
Caso 2: Crescimento Constante
)1(DivDiv 01 g
Como os fluxos de caixa futuros crescem a uma taxa constante, o valor de uma ação com crescimento constante é o valor presente de uma perpetuidade crescente:
grP 1
0
Div
Assuma que os dividendos crescerão a uma taxa constante, g, para sempre. i.e.
2
012 )1(Div)1(DivDiv gg
..
3
023 )1(Div)1(DivDiv gg
.
Caso 3: Crescimento Variável
• Assuma que os dividendos crescerão a diferentes
taxas em datas futuras predeterminadas e, a partir
daí, crescerão a taxas constantes.
• Para avaliar uma ação com crescimento variável,
precisamos:
– Estimar dividendos futuros para as taxas variáveis.
– Estimar o preço da ação na data em que o crescimento
do dividendo se torna constante (caso 2).
– Computar o valor presente total dos dividendos futuros
estimados e o preço da ação no futuro, usando taxas de
desconto apropriadas.
Caso 3: Crescimento Variável
)(1DivDiv 101 g
Assuma que os dividendos crescerão a taxa g1 por Nanos e a taxa g2 posteriormente
2
10112 )(1Div)(1DivDiv gg
N
NN gg )(1Div)(1DivDiv 1011
)(1)(1Div)(1DivDiv 21021 gggN
NN
...
...
Caso 3: Crescimento Variável
)(1Div 10 g2
10 )(1Div g
…
0 1 2
Ng )(1Div 10 )(1)(1Div
)(1Div
210
2
gg
g
N
N
…
N N+1
…
18
Caso 3: Crescimento VariávelPodemos avaliar estes fluxos de caixa como a soma de uma
anuidade de N anos com crescimento g1
T
T
Ar
g
gr
CP
)1(
)1(1 1
1
… mais o valor descontado de uma perpetuidade com crescimento g2 que se inicia no ano N+1
NBr
grP
)1(
Div
2
1N
Caso 3: Crescimento Variável
Ou seja:
NT
T
r
gr
r
g
gr
CP
)1(
Div
)1(
)1(1
2
1N
1
1
Exemplo
Se o dividendo por ação esperado é de $
8, as ações são vendidas por $ 10 e a
taxa de crescimento de longo prazo é de
2%, calcule o custo do capital acionário.
Exemplo
Uma ação ordinária acabou de pagar um dividendo
de $2. O crescimento esperado do dividendo é de
8% a.a por 3 anos, e daí em diante, crescerá em
4% a.a como perpetuidade.
Quanto vale esta ação? A taxa de desconto é de
12% a.a.
19
Exemplo (cont.)
NT
T
r
gr
r
g
gr
CP
)1(
Div
)1(
)1(1
2
1N
1
1
3
3
3
3
)12.1(
04.12.
)04.1()08.1(2$
)12.1(
)08.1(1
08.12.
)08.1(2$P
3)12.1(
75.32$8966.154$P
31.23$58.5$P 89.28$P
Exemplo (cont.)
08).2(1$ 208).2(1$
…
0 1 2 3 4
308).2(1$ )04.1(08).2(1$
3
16.2$ 33.2$
0 1 2 3
08.
62.2$52.2$
89.28$)12.1(
75.32$52.2$
)12.1(
33.2$
12.1
16.2$320P
75.32$08.
62.2$3P
A fase de
crescimento
constante começa
no ano 4 e pode ser
avaliada como uma
perpetuidade
crescente no ano 3
2.1. Estimadores dos Parâmetros no
Modelo de Dividendo Descontado
• O valor de uma firma depende da taxa de
crescimento, g, e de sua taxa de desconto, r.
– Como obtemos g ?
– Como obtemos r ?
Como obtemos g?
Partimos da seguinte relação:
Lucrost+1=Lucrost + (Lucros Retidos)t * Retorno s/ Lucros Retidos.
g = Índice de Retenção * Retorno sobre Lucros Retidos
(ROE)
20
Como obtemos r ?
• A taxa de desconto implícita é formada por
duas partes:
– Rendimento dos Dividendos;
– Taxa de crescimento (nos dividendos).
• Na prática, a estimação de r é sujeita a
muitos erros.
gr
DivP g
P
Divr
2.2. Oportunidades de Crescimento
• Oportunidades de crescimento são oportunidades
de investimento em projetos com VPL positivo.
• Vimos que com crescimento zero, o valor da
firma é dado por:
• Se a firma decide pagar dividendos menores e
reinvestir parte dos lucros, o valor da firma pode
aumentar porque os dividendos no futuro podem
ser maiores
r
LPA
r
DivP
Oportunidades de Crescimento
• Uma firma prevê um pagamento de dividendos para o próximo ano de R$ 8,33, o que representa 100% dos lucros. Este fato implica em uma previsão de retornos de 15%. Caso a firma decida reter 40% dos lucros, qual é o valor da firma antes e depois da decisão de retenção dos lucros, sabendo-se que o ROE da firma é de 25%?
Sem crescimento Com crescimento
56.55$15.
33.80P
00.100$10.15.
00.5
10.40.25.
0P
g
Oportunidades de Crescimento
• A diferença entre o valor da firma com
crescimento e o valor da firma sem
crescimento é chamada Valor Presente
Líquido das Oportunidades de
Crescimento (NPVGO).
• Em geral:
44.44$56.5500.100NPVGO
NPVGOr
EPSP
21
2.3. O Modelo de Crescimento de
Dividendos e o Modelo NPVGO
• Já sabemos que possuímos dois modos de
avaliar uma ação:
– O modelo de dividendos descontados.
– O preço de uma ação pode ser calculado como
seu preço quando não há retenção mais o
NPVGO.
O Modelo de Crescimento de Dividendos e
o Modelo NPVGO
Considere uma firma com LPA de $5 no fim do
ano, um índice de payout de 30%, uma taxa de
desconto de 16%, e ROE de 20%.
• O dividendo no ano 1 será $5 0,30 = $1.50 por ação.
• Índice de retenção é .70 ( = 1 –0,30) implicando em um g
de 14% = 0,70 20%
Pelo DD, o preço da ação é:
75$14.16.
50.1$Div1
0 grP
Modelo NPVGO
Primeiro, calcula-se o preço sem crescimento (cash cow).
25,31$16.
5$Div1
0 rP
Segundo, calculamos o valor das oportunidades de
crescimento.
75,43$140,160,
875$0, 16.
20.50.350.3
0 grVP
Daí, 75$75,4325,310
P
Aplicação
Considere uma firma com LPA de $5 no fim do
ano, o que implica em uma previsão de retornos de
16% ao investidor. Caso o índice de retenção seja
de 70%, qual o valor da firma antes e depois, dado
o ROE de 20%.
22
3. Razão Preço/Lucro
• Muitos analistas frequentemente associam lucros por ação com preços.
• A razão preço/lucro é também chamada de múltiplo– Calculada como o preço corrente da ação dividida pelo
LPA ou EPS anual.
EPS
açãopor PreçoP/L
Firmas cujas ações estão na moda, vendem com múltiplos altos.
Ações de crescimento, por exemplo.
Caso contrário, as ações têm múltiplos baixos. Ações de valor, por
exemplo.
Razão Preço/Lucro
LPEPS
NPVGO
rEPS
P
NPVGOr
EPSP
/1