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f Ciência... da Terra (UNL) Lisboa N." 13pp. 157- 16 7 1999 J3 figs. + 3 pl.
Veiga Ferreira e a Paleontologia em Portugal
Miguel Telles Antunes
Academia das Cirncw de Lisboa .
Centro de Estudos Geológicos, Faculdade de Ciênc ias c Tecno logia da Universidade Nova de Lisboa , Quintll da Torre. p. 2R25· 114 Caparica.rnta@mai l.fct.unl.p1
RESUMO
Pa lavras-..: haVf : Veiga Ferreira; Paleonto logia; Jurássico a Quaternário; Portugal (Con tinente, Açores, Madeira ); Angola.
Nesta comunicação é evoc ada II (menos conhecida) activida de de pesquisa cm Paleon tologia de Octávio da Veiga Ferreira,desde o inicio, após ingresso nos Serviços Geológicos de Portugal, e durante aproximadamente 2S anos (19 51·1975, espo rad icamente atê 1987). A par de muito trabalho de campo e laboratório, é autor (ou co-auton de 38 publicações de índole paleontológica. com lemas dispersos por vertebrados . equinídeos, pectinideos e outros moluscos, malacosrráceos e outras de caracter maisgeral ou de divulgação. Dizem respeito a materia l paleontológico do Jurâssico ao Quaternário de Portuga l [Continente, Açores,Madeira) e Angola.
Realizou obra muito valida e deu, igualmente, excelente comribu ro através da colaboração prestada a outrem.Apresenta-se uma lista bibliográfica referente a obras paleontológicas de Vei~a Ferreira.
A RSTRACT
Key word ! : Veiga Ferre ira; Paleontolog y; Jurassic lOQualcmary; Portugal (Continent, Açore s, Madeira ): Angola.
This communication deals with Ihc less known research activ mes on Palconlology by Oc távio da veiga Ferre ira, sioce j ustaftcr he becamc a member of the stafT of lhe Serviços Geológicos de Portugal. These acnvities lasted for about 25 years (195 11975, evenrually up to 1987). Besides much ficld and laboralory work. Veiga Ferreira produced (alone or in collaboration} 38papers. These concem verrebrares. eehinoids, pectens and olher molluscs , and malacoslraca, as well as some papers of a moregeneral or divulgation character. Srudied fossils range fmm Jurassic to Quatemary. and (mm contine ntal Portugal to Santa MariaIsland (Azores), lhe Madeira Archipel and Angola.
Veiga Ferreira is author of much valid won. He genero usly helped ethcrs as well.A bibliography for his paleomological papcrs is providcd .
PREÂMB ULO
OCTÁVIO DA VEIGA FERREIRA (. Lisboa, 28 de Março de 1917 - t Lisboa, 14 de Abril de1997), nome por que ficou conhecido OctávioReinaldo dos Santos Ferreira. grangeou merecidareputaç ão como arqueó logo . Seria redundantecompor hosana s a este propósito, mormente porqueArqueologia não é nosso oficio e porque outros(Cardoso, 1997) o fizeram.
Porém, a Obra de Veiga Ferreira não se ficoupela Arq ueologia. Há que ter em conta o seu contributo para o conhec imento geológico do País, sobretudo pela exce lente colaboração que, longamente,prestou a Geo rges Zbyszewski nos Serviços Geológicos de Portugal, onde labutou desde 1950 até àjubilação, em 1987.
Há. ainda. que evoca r a sua actividade emPaleontologia com mais algum desenvolvimento doque antes (Antunes, 199 1). O J Congresso sobre a
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CiinciO.f do Terra (UNL), 13
Evoluç ão do Homem e das Mentalidades. realizadona Universidade Lusófona de Humanidades eTecnologias (Lisboa , 15-18 de Dezembro de 1995)em homenagem a O. da Veiga Ferreira, proporcionou um ensejo de abordar esta vertente, porventuramenos conhecida ou mais esquecida, do labor doHomenageado. Actividade que tem lugar no âmbitoda História das Ciências Geo lógicas em Portugal,num contexto em que a anal ise critica da Históriados conhecimentos científicos adquire relevânciacrescente.
Para mais, quando a situação se configura comum olvido mesquinho por parte de quem teriarazões mais do que suficientes para o homenagear- com justificações vãs e arbitrárias.
Por conseguinte, é com prazer que aproveitamos a ocasião para tratar da Obra paleontológicadeste pesquisador incansável c, além disso, excelente e sempre leal Amigo.
PESQUISA PALEO"'TOLÓGICA
Veiga Ferre ira cedo se revelou, nos ServiçosGeológicos de Portuga l, elemento valioso - aoagir junto de Zbyszewski . seu Mestre. colaborandocom outros, e estudando por si. Pôs nisso todo oempenho, esforço e capac idade que foram seusapan ágios e lhe foram permiti ndo, também comajudas, superar carências de preparação. Superou.também, dificuldades inerentes a uma Ciênciaque, para ser eficazmente cultivada, carece demeios as mais das vezes insuficientes em Portugal.Como salientámos (Antunes, 199 1, p. 10 12),"Zbyszewski e Veiga Ferreira foram. durante décadas, o princi pal sustentáculo dos Serviços Geológicos no domínio da Paleontologia, e noutros".
Os temas paleontológicos abordados são variados. mais do que o aconse lhável, mesmo na época.Qualquer justifica ria espec ialização em instituiçãoapropriada no estrangeiro. Veiga Ferreira jamaisteve essa possibilidade, o que realça o valor e acapac idade , senão a coragem. do autor em apreço,ao arriscar-se cm trilhos dificcis naquelas cond içõcs. Para mais, compet iam-lhe funções meramentetécn icas e não era suposto (e ainda menos exigível)que produzisse trabalho de Investigação.
Nos seus primeiros tempos de actividade,apenas trabalhava m em Paleontologia com certaconslància Georges Zbyszewski e Carlos Teixeira, aque podería mos ju ntar contribuições esporádicas depoucos mais. Havia muito que fazer em Paleontologia e pouco quem fizesse. Dai a tendência para
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Fig. I. Octávio da Veiga Ferreira numa aula prática, noAlentejo(anos 80) (Foto gentilmente cedida porScomara da Vciga Ferreira).
dispersão temática que, hoje, em tempos de espec ialização crescente, estaria deslocada .
A dispersão constitui limitação e representarisco de superficialidade. Contudo, não tem sópecados: a especialização tcm levado, não raro, acomportamentos autistas, á falta de visão de sintese, ao saber muitíssimo de quase nada. A dispersão, no caso, não obsto u à obtenção de resultadosainda utilizáveis.
Os temas abordados não o foram por acaso.Uns surgem complementa rmente aos que Zbyszewsk i ia dese nvolvendo; outros, não tanto.
Entre os serviços prestados à Paleontologiacontam-se a descoberta de jazidas; escavações, comdestaque. entre muitas, para a exumação do esqueleto do grande dinossauro de Alenquer, para aexploração das grutas da Columbeira e do Correio-Mor, do conc heiro da Moita do Sebast ião, etc. eoutros traba lhos de campo; trabalho de laboratório,incluindo fotografia. desenho e preparação; e trabalho de natureza museológica.
Foi autor de publicações. As 38 obras recenseadas com conteudo paleontológico, produzidasessencialmente entre 1951 e 1975 (vide Bibliografia) podem ser repartidas pelas seguintes categoria stemáticas:
• peçtin ídeos, 7 ( 18.4 % do total};
- crustáceos, 6 (15 .8 %);
· eQuinídeos, 2 (5.3 %);
- vertebrados (incluindo o homem), 13(34.2 %);
- faunas e moluscos (não pecti nfdeos), 6( 15.8 %);
· divu l ~mcão, 4 (10 .5 %); LN= 38; L%= 100.
A repartição ao longo do tempo pode ser apreciada (grá fico, fig 3).
Quanto à temática por idade geológica , encontramos:
- Jurássico. 3 (7.9 %);
- Cretác ico. 3 (7.9 %) ;
- Miocénico (inclu indo jazidas da ilha deSanta Maria, antes consideradas rniocénicasmas do Pliocénico), 18 (47 .4 %);
· Quaternário, 10 (26.3 %);
• não inseridas nas cate~orias precedentes, 4(10.5 %); LN- 38; L%- 100.
Enfim, por localização geográfica (contandocom 1+ 1 entradas uma obra [19 da Bibliografiapaleon tológica] concernente simultaneame nte aoContinente e Açores; e com 1+2, outra (22, idem]referente ao Continente, Açores e Madeira):
· Portugal (Continente), 27 (65.9 %);
· Portugal (Acores), 7 (1 7.1 %) ;
• Portu~al {Madeira}, I (2.4 %)
- Angola. 1 (2.4 %);
- não incluídas nas categorias precedentes, QY.
de índo le geral. 5 ( 12.2 %); LN = 41; L%= 100.
Como verificação gera l e pelo interesse para aavaliação da produção, em quantidade, tem interesse avaliar os índices numéricos por quinquénios,
Fig. 2. Veiga Ferreira no Cabeço da Amoreíra (Muge), Inverno de 1986. Da esquerda para a direita: O. da VeigaFerreira, J. L. Cardoso, M. T. Antunes e G. Zbyszewski (Foro J. Pais).
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Ciências da Terra (UNL). 13
5
4
~••~es••:c=..
3
2
o
II Geral, Divulgação
C Equinídeos
rn Outros molusco s,faunas, miscelânea
81 Malacostráceos
~ Vertebrados
E:3 Pectinidcos
_ N ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~= _ N ~ ~~ ~ ~ ~ ~= _ N ~ ~~
~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~~ ~ ~ ~~ ~ ~ ~ ~~ ~ ~ ~ ~~ ~ ~ ~ ~~ ~ ~ ~ ~ ~- - - - -
•9
•,L ~ 36
• e9 4
(+1 em 1985; +1 em 1987)
•6
Fig. 3. O. da Veiga Ferreira. Bibliografia paleontológica 1951-75
não co ntando dua s publicações de divu lgaçã o( J985, 1987) com a mesma temática:
195 1-55, correspondendo a J.8 artigos por ano
56-60, <> 1.6 ido
61-65, -c» 1.8 ido
º"-'lQ, <> 0.8 ido
~. -c» 1.2 ido
o exposto ev idencia interesse pela Paleontologia ao longo de um quarto de século (195 1-1975).A desactivação foi quase tota l a partir de 1975. Estáporventura relacionada com o aparecimento demais quem trabalhasse em temas paleontológ icose/ou com menor solicitação a nível dos ServiçosGeológicos; mas, sobretudo, por ter emergido empleno o interesse primacial pela Arqueo logia nasvertentes de Investigação e de Ensino, nomeadamente na Universidade Nova de Lisboa.
No decu rso dos tempos, a atenção recaiu constantemente em vertebrados. De modo mais limitadono tem po, tratou, grosso-modo sucessivamente, depectin tdcos, crustáceos e cquinideos. Contam-se,
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também. contribuições de carác ter geral e de divulgação (cf. fig. 3). São nítidas as preferências peloMiocénico e por Portugal con tinental. muito relacionadas com actividades do dia-a-dia da equipados Serviços Geo lógicos onde se inseria, dirigidapor Zbyszewski.
Não obstante a sobrecarga de outras tarefas,chegou a ter (mesmo descon tadas algumas sobreposições ) uma muito apreciável produção em Paleontologia. Fê-lo com rendimento próximo dos níveisexigíveis para Investigadores em Países avançados... prouvera pudéssemos verificar o mesmo na generalidade dos casos similares, neste País de brandoscostumes.
Não é despiciendo abordar aspectos qualitativos. Há que registar trabalhos muito válidos e originais a par de outros mais modestos. No queconcerne a vertebra dos, há limitações a que não sãoalheias a complexidade anatómica e a dispersão dostemas, pois tratou de peixes , répte is e mamíferos.Alguns trabalhos, embora carecendo de revisão,tiveram o mérito de chamar a atenção para materialinédito e de suscitar novas pesquisas.
o contributo paleonto lógico mais notono é,talvez. o estudo de grupo s pouco tratados em Portuga l.
Um. o dos equinldcos. tinha sido objecto deexcelentes memórias, primo rosamente ilustradas.de Pcrceval de Loriol. Este notável especialistahavia es tudado os eq uinodermes fóssei s de Portugalcom base nas colecções dos Serviços Geo lógicos,reunidas essenc ialmente po r Pa ul Choffat e JorgeBerkeley Cotter. Tinham tra nscorrido décadas apósa publicac âo da última das suas memórias, datadade IR9ó e ded icada a equinoder mes terciários,quando Veiga Ferre ira veio a desenvolver es te terna.da ndo a conhecer interessant es novidades c novasocorrências. Pena é que não tenha sido rea lizadauma síntese act ua lizada. infor mando com clarezaacerca das faunas, repa rt ições geográ fica. estra tigrá fica c q uant itat iva do s táxoncs, ca racterísticaseco lógicas e seu sig nificado.
Os pcctinídeos, as vieiras. ocupam lugar derelevo. Dizem-lhes respeito algumas das mais er iginais intervenções de Veiga Ferreira . Aos pcctinideos foi. até certa altura. conferido enorme va lor:houve quem os con siderasse "as amo nites do Terci ário". tal a importância cronostratigrá fica que lhesatribu iam . Mesmo descontado o exagero, os pcctinfdcos têm interesse. E, por isso. re levante o contributo qua nto à Taxonom ia. pelo que identifico u co ma preocupação dc situar as ocorrências no tempo cno es paço. c pela descrição de táxonc s que considerou novos para a Ciência. A falta de dados eco lógicos. só poss íveis de obter por comparação comespéc ies act uais (para o que, q uase certamente, não
d ispunha do necessário). para lel iza o que foi dito apropósito dos cquinídcos: muito foi feito e muitoficou por fazer. Forneceu uma boa base .
Enfim. são de refe rir trabalhos acerca de crust áccos. grupo pouco trabalhado desde o estudo deF.Fontannes . publicado cru 18R4. sobre um dosfósseis t ípicos do Miocénico infe rior de Lisboa : ocaranguejo que aquele autor descreveu como novaespécie. Achclous delgadoi. No caso dos crustáceos. Veiga Ferre ira teve o mérito de reactivar umprocesso adormecido.
R EF ERÊNCI AS BIBLI O GRÁF ICAS
Epilogo
Gali leu foi genia l, mas as suas descobertas.mesmo as teó ricas. não teriam sido passiveis sem asó lida base dos dados rigorosos fomccidos pe laobservação. pela expe riência e pela técnica . Mesmotendo cm conta o uso abusivo e desvirtuado dotermo. seria de esperar. no caso e no contexto. umgenia l nec plus ultra de qualidade e profundidade?
Não há caterva de soit disant "génios". O tempo irá reduzi-los às reais pro porções ou ao o lvido.Serão inexoravel men te despojados de a lardes vãos .bem como da notoriedade e publ icidade que terãocobiçado ~ porventura enganosas, amiude assentesem informação incor recta, presunção e compadrio.
Só não há lugar para críticas a trabalho cicmifico q uando haja pior: a au sência de d ifusãoadequada dos resultados, se os houver. já quepermanecem desconhec idos e inúteis: e. ac ima detudo, a ausência de trabalho e de producão válidos.Pccha velha. Interrogava o célebre botânico Felixde Avc llar Brc tero. Lente da Universidade deCoimbra. em carta (4 de Julho de 1791) a Luiz deSaldanha e Oliveira: "Porven tura os lnglczcs. Francczcs, Italianos, Allemaes. Hespanhois &c. saõtodos ignorantes no seu methodo de es tudos. e sonós somos sabios? Que provas lhes damos nos de qo nosso rncthodo he o melhor? Que produçça õ te msahido de seis Facu ldades. q cnsina õ ju ha tantosunnos? Qual he o motivo porq se diz na nova Encyclopcdia e ern toJo o Norte da Europ a q os Hespanhois sabem mais em Gcogrufla. Historia Na tural&c. do q os Port uguezcs? Eu penso li naõ ha outramaior ruzaõ do q 1'01' [;,í chegare m os seus bonsescritos, e ua õ os nossos".
Esc ritos de Pa leontologia de Oc távio da VeigaFerreira tivera m di fusão. mesmo fora do Pais.Mantém interesse. Melhor homenagem não há doq ue reconhecer terem resistido ao tempo.
A Obra paleontológi ca de Ve iga Ferreira.como qualquer. epassível de crítica. Sem embargo.permanece válida. por trabalh os que empenhada mente realí zou e publi cou : e pelo muit o que ajudouou tros. com exemplar generosidade.
"
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9, SUf I, prio<>>« du ""nre .11"'''''.''''.' don' 1< C";'r",. purttJ!I";s. Com"" .'0. GeoI. P''''''lI''/' r. XXXVI, pp. 117-121.Li,bo;"
lO. L. f.u"<""'I...·. l<>g,q... <...be> ., PU''''''''' do: Mui.. d•.' Scll...iio lMu~<I , Crooi'" Jd IrC""~.,,,u /n"""",',,,,, ,,/ d. {";",.d," Prdtl"ór/m,- y Pro"~hi,w,ü...,- lMadnd. 1914). pp. 3.W-35J, Publ. om 7.. ,_ to.19$6,
1957
II I'<crin"k,,. 00 M"",énOofi da l>a<i. 00 Tojo, XXIII COOS""'" Lu...fsp."l»1 para o P"""",,,o da, Cio""i., ICO'"'"",.1 9j~J. Vill. V, 4-' S-ocçik> _{"io'n<i", N, '",' i.. fIP. 2J1_1J~. C"""O,,
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Z.· .rne.PI' lS·JI~IO~~M. TeU.,. O. do \"f IG'" f1-RlU.lRA I
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J~. C-.ibuliOOl ;, lo <OIl";.",""o de>Il,>en...... ro.';l if<rn; onioctnc:,MINonl do Cop d'E>pi<h<l C_o•. Srrv. Gro/, p",-",.
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FERNANDO LUis CARDOSO D'OREY
( ~ . U.bus, U9 Jan~iro 193&, t [ugarla I Co la...... 1& SeTemb ro 1999)
Fernando d 'Drey falece u tranquilamenTe , a ler, qUllndo havia pers!X'CI;va. de recupe"",à" da seriacrise de ,."de que (> linha afeclado. Ainda na vé<p"""-. em C(lnversa lelefónica, """,!ram opl imi<mo. ESla".determinado a voltar à F~culdadc , Pretendia acertar pormor""", =r<.:a d••uootilui,ào Icmrorária, que lheprescreviam. nas sua, actividades docentes. Só que a reunião não se realizou ai. O no!;so encontro te\'elugar em li . t>oa. na Rs.llies da Eslrela . É com cmnçAo que ",'oco tai, dreuo'lânci., e a perda queafeelou a Faculdade . a Família e se"" C.,leg,.. e Amigo"
Foram seu. apan:igios zelo. ",ri.><lade. distinção. sobriedade. eq uilibrio. «periencia e va'la cuhura.lea ldade e firme7,a, a par de ele".da competência cicnlifíca e técnica - alie""",,,,,, em ,olida preparação,adquirida na Universidade de Li,boa e na Royal Soh",,1 or Mine. (lm!"'rial C",lIege (>f Science andTech nology d. Universidadc de lornln.'s ),
Parte import.nte da sua carreira decorreu em Átrica, nomeadamente em Moçambique, onde ensi nouna Univer.;idade, e no Tran,,'aal, África do Sul, ao serviço de grande emJ'Tesa mineira. Foi um d", melhores especialistas portugueses em ""ologio de Minas, Exploração M ineral e Minerografia, Apó. o regre,,,,de África, ensinou na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, onde se Doutorou (1979) , Depois.iniciou frutuosa colaboração com a faculdade de Clêndas e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa,em que ingre","ria Como Profe..""" As."", iado (l9S9) e onde reali7J:>u Provas de Agregação (l99l).Part icipou na, actividades do Departamento de C icncias da Terra, indusive na Docêneia e emIn,-cstigaçào. em grarnle parte enquadrada no Centro ai criado pelu extinto INIC e nu Ce ntro de EstudosGeológic", que lhe sucedeu,
Justif",.m-.e, em lCmpO, a hIStoria mais pormenorizada da "'" earreira e uma melhor av.liação du,seus multiplo, contribulOS. Entendo. não obstante, de, ... induir esla breve n01. desde já, no "n t.-.etantnimpresso volume 13 de Ciência, da Te'7<1. cm que f. d'Orcy colaborou. Nota dcsprctensirn;a, mas justir,·c.da comu Homenagem ditada. lambém, pda Amizade.
Que descanse em Paz.
LISTA DE I'UBLlCAçOES
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