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ManualTécnico

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Ana I. de PradoCEVA SANTE ANIMALERuminants Corporate TECHNICAL MANAGER

Juan MuñozCEVA SANTE ANIMALERuminants Corporate MARKETING DIRECTOR

Pedro RodríguezCEVA SANTE ANIMALERuminants CorporatePRODUCT MANAGER

Caro colega,

É um prazer apresentar este manual técnico do Velactis® e seus benefícios no manejo de secagem de vacas leiteiras. A informação disponibilizada neste manual tem como objetivo fornecer uma nova perspectiva para esse período crítico para as vacas leiteiras integrando manejo, saúde do úbere e bem estar animal.

O modo de ação, propriedades farmacológicas, indicações, efi cácia e estudos de segurança também foram detalhados para um melhor entendimento dos benefícios de Velactis® como facilitador de secagem.

Nós desejamos a você uma ótima leitura,

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Conteúdo1. Introdução: A importância do período seco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

2. Os três eixos: Manejo, Saúde do úbere e Bem-estar na secagem . . . . . . . . . . . 7 O manejo na secagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 A saúde do úbere na secagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 O bem-estar na secagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

3. Velactis® : . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 O que é Velactis® . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 Modo de ação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 Visualização do efeito de Velactis® no ingurgitamento do úbere . . . . . . . . . . . . 15 Propriedades farmacocinéticas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 Indicações, dosagem e via de administração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 Período de retirada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

4. Estudos de efi cácia a campo com Velactis® . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 Efi cácia de Velactis® na redução da incidência de vazamento de leite . . . . . . . 18 Teste 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 Teste 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 Efi cácia de Velactis® na redução do risco de novas infecções intramamárias (IIM) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 Efi cácia de Velactis® na diminuição da dor e do desconforto pós- secagem e na redução do ingurgitamento do úbere e da pressão intramamária. 24 Teste 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 Teste 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28

5. Estudos de segurança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

6. Conclusões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34

7. Referências bibliográfi cas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36

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O período seco é um intervalo de descanso importante para as vacas leiteiras, com duração média de 45 a 60 dias. Esse tempo é crucial para a maximização da produtividade na lactação seguinte (Dingwell et al., 2001), pois a preparação dessa fase começa aí.

Durante o período seco, principalmente no início – fase de involução ativa - e no intervalo imediatamente antes e após a parição – fase de colostrogênese - ocorrem alterações imunológicas, fi siológicas e anatômicas na glândula mamária (Oliver and Sordillo 1989).

No começo do período seco, a glândula mamária precisa involuir rápido para manter a saúde do úbere e otimizar a produção de leite na lactação seguinte. Em geral, é alto o risco de novas infecções intramamárias (IIM) nessa fase (de involução do úbere) que deve levar entre 3 e 4 semanas para concluir. No estado de involução completa - entre a involução ativa e a colostrogênese - a glândula mamária é considerada bastante resistente a novas infecções e a duração desse estado dependerá do tempo total do período seco, possibilitando os processos de involução e colostrogênese (Bradley et al 2002). Uma ou duas semanas pré-parição, volta a ser alto o risco de novas IIM.

Gráfi co 1: Esquema ilustrativo do risco de novas infecções intramamárias durante o ciclo de lactação. (Smith et al. 1985)

Secagem Parição

Expansãodo Úbere

Involução Completado Úbere

Involuçãodo Úbere

Núm

ero

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cçõe

s

1. Introdução: A importância do período seco

Há anos vem sendo pesquisada a importância do período seco na epidemiologia da mastite na parição. Alguns estudos da década de 1980 apresentaram taxas de novas infecções por microrganismos ambientais 10 vezes mais altas no período de lactação (Smith et al., 1985 (2)).

Involução Ativa Colostrogênese

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Infecções decorrentesdo período seco

Gráfi co 2: Os dados mostram a origem da infecção (período seco ou fase de lactação) nos casos de mastite clínica. (Fonte: Green et al., 2002)

É também importante relembrar que infecções adquiridas no fi nal do período seco são mais prováveis de terem maior infl uência nas mastites clínicas na lactação subsequente do que aquelas adquiridas logo após a secagem (Green et all 2002).

Técnica de identifi cação do DNA demonstrando a persistência de infecção do período seco. Os números indicam os dias pré-parição e pós-parição em que isolados foram coletados. Todos os isolados pós-parição foram de casos de mastite clínica (Bradley and Green 2000, 2001, 2004).

Foi também demonstrado que as infecções de quartos contaminados durante o período seco apresentavam probabilidade signifi cativamente maior de se transformarem em mastite clínica com o mesmo patógeno na lactação seguinte do que quartos não infectados.

A aquisição de novas IIM no período seco pode afetar drasticamente a incidência e a distribuição de mastite clínica na lactação seguinte. De fato, grande parte do pico de mastite clínica observado no início da lactação pode ser atribuída a infecções no período seco (Green et al 2002).

Pesquisas realizadas no Reino Unido também analisaram o papel do período seco na epidemiologia da mastite. Foi demonstrado que rebanhos com contagens baixas de células somáticas no tanque (< 250.000 células/mL), recebendo antimastíticos na secagem, apresentavam aumento considerável da prevalência de IIM entre a secagem e o período pós-parição. (Bradley and Green 2000, 2001, 2004).

Experimentos realizados pelos mesmos autores, com o uso das técnicas moleculares mais modernas, confi rmaram que mais de 50% dos casos de mastite ambiental no início da fase de lactação (os primeiros 100 dias da produção de leite) eram decorrentes de infecções adquiridas durante o período seco.

Cas

os/1

00 va

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Mês de Lactação

16

14

12

10

8

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01 2 3 4 5 6 7 8 9

Infecções decorrentesdo período de lactação

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Um objetivo importante da secagem é minimizar o risco de infecções intramamárias. Porém, há outros dois aspectos igualmente importantes e muito mais ligados à saúde do úbere. Esses aspectos ou eixos são o manejo e o bem-estar animal.

Uma boa forma de avaliar a relação entre esses eixos é por meio de três indicadores-chave na secagem: a incidência de vazamento de leite, a incidência de novas infecções intramamárias e a dor no úbere.

Manejo

Saúde do Úbere

Bem-estar

Vazamentode leite

Dor noúbere

Infecçõesintramamárias

A secagem pode ser feita de forma abrupta ou gradual. O tipo de manejo afeta a saúde do úbere, o bem-estar e a produtividade das vacas leiteiras.

A glândula mamária precisa regenerar-se para preparar-se para a lactação seguinte. O tratamento das infecções existentes e a prevenção de novas garantem uma lactação posterior sadia.

Nas vacas leiteiras o ingurgitamento excessivo do úbere e o aumento da pressão intramamária logo após a secagem provocam dor e desconforto.

2. Os três eixos na secagem:Manejo, Saúde do úbere e Bem-estar.

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As duas formas mais comuns de interromper a produção de leite ao fi nal da lactação são a secagem abrupta e a gradual. A primeira supõe a cessação brusca da ordenha sem ter em vista qualquer variação na produção de leite das vacas antes desse momento, ou seja, nenhuma alteração na quantidade e na qualidade do alimento, na disponibilidade de água ou no intervalo de ordenha.

Qualquer outra estratégia que se propõe reduzir o nível da produção leiteira das vacas nos dias anteriores à realização da secagem, é considerada um método gradual.

A secagem abrupta é o método preferido dos pecuaristas pela maior facilidade do manejo. Porém, com o aumento do potencial genético para a produção de leite, a secagem tornou-se um período problemático para a vaca leiteira. Vacas de alta produção são difíceis de serem submetidas à secagem abrupta, pois produzem mais leite e também são mais propensas a apresentarem vazamento com maior risco de novas IIM. Assim sendo, o Conselho Nacional sobre Mastite (NMC) recomenda parar de fornecer alimento concentrado a vacas de alta produtividade duas semanas antes da secagem prevista, a fi m de reduzir a produção diária (meta inferior a 15 kg por dia).

Foi demonstrado que a cessação intermitente da ordenha reduz a produção de leite em 22% a 47% na última semana de lactação (Oliver et al., 1990). Entretanto, essa prática de manejo reduz a produção de leite, o que leva à diminuição da receita.

Em um experimento, vacas que receberam 8 kg de matéria seca/dia nos 7 dias pré-secagem produziram 34% menos leite do que as que receberam 16 kg de matéria seca/dia. Embora esse método seja efi caz para diminuir rápido a produção leiteira, tal redução de nutrientes na secagem pode causar problemas metabólicos, especialmente entre vacas de alta produtividade, e fome (Tucker et al., 2009). A restrição de nutrientes no fi nal da lactação e durante a secagem representa um desafi o metabólico para os bovinos, provocando aumento das concentrações sanguíneas de NEFA (ácidos graxos não esterifi cados) e cortisol (Odensten et al., 2007a,b)

Foi observado que a diminuição da produção de leite antes da secagem é benéfica do ponto de vista da saúde do úbere. Contudo, isso levanta preocupações sobre os efeitos tanto da restrição alimentar como da redução dos intervalos de ordenha no bem-estar do gado leiteiro (Tucker et al., 2009). Além disso, esses métodos acarretam custo mais elevado de mão-de-obra do que a secagem abrupta.

O manejo na secagem

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Sabe-se que o nível de produção leiteira pré-secagem e o vazamento de leite (VL) durante a semana após a última ordenha são fatores de risco para novas IIM no início do período seco. Ao cessar a ordenha, ocorrem algumas mudanças de grande importância: a entrada de bactérias pelo canal do teto diminui, o manejo de higienização dos tetos (dipping) é interrompido e o canal do teto torna-se relativamente comprometido com o aumento da pressão intramamária. O processo lento de transição para o estado de involução retarda os efeitos de proteção da lactoferrina e das imunoglobulinas, mantendo-se elevados os níveis de gordura e caseína, o que inibe a função dos leucócitos (Sordillo and Nickerson 1988).

O motivo pelo qual se recomenda a diminuição da produção leiteira na secagem baseia-se no fato de que quanto maior ela for no momento da secagem, maior o risco de novas IIM. Por conseguinte, na secagem, para cada aumento de 5 kg na produção de leite acima de 12,5 kg, as chances de a vaca apresentar IIM na parição aumentam 77% (Rajala-Shultz et al., 2005). Outros dados revelaram que para cada litro produzido a mais durante a secagem, a probabilidade de contaminação do quarto por microrganismo enterobacteriano pós-parição aumentou 1,06 vezes (Huxley et al. 2002). Isso equivale ao dobro do risco de novas IIM no período seco para cada aumento de 12 litros na secagem.

O tampão de queratina no canal do teto é formado após a secagem. Trata-se de um mecanismo natural de defesa do úbere, pois evita a penetração de bactérias no canal do teto durante o período seco. Em estudo realizado na América do Norte, os autores observaram que decorridas 6 semanas, 23,4% dos tetos ainda estavam abertos (ou seja, não fora formado um tampão de queratina funcional) e foi então descoberta a associação entre produção de leite e fechamento do canal do teto. Ao fi nal das primeiras 6 semanas do período seco, 47% dos quartos de vacas produzindo 21 kg ou mais foram classifi cados como abertos em comparação a apenas 19% dos quartos de vacas produzindo menos de 21 kg de leite. (Dingwell et al. 2003). A dinâmica do fechamento do canal do teto em um grupo de 756 vacas leiteiras após secagem também foi relatada em estudo conduzido na Nova Zelândia (Williamson et al. 1995). Os pesquisadores demonstraram que 50% dos tetos ainda estavam abertos no dia 7 pós-secagem.

A saúde do úbere na secagem

Dias pós-secagem

80%70%60%50%40%30%20%10%0%

0 20 40 60 80 100

Grá�co 3: Proporção de tetos abertos observados durante o período seco sob condições naturais de campo em estudos realizados na Nova Zelândia e na América do Norte (Bradley and Green 2004)

Vacas na Nova Zelândia

Vacas nos EUA (Produtividade < 21 kg)

Vacas nos EUA (Produtividade > 21 kg)

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Com a redução da produção de leite pré-secagem também seria possível diminuir a incidência de novas IIM devido ao aumento do risco de mastite associado ao vazamento de leite (VL) (Schukken et al., 1993).

O vazamento de leite é um sintoma de comprometimento da função do esfi ncter do teto, representando um fator de risco para o aumento de IIM (Klass et al., 2005). A relevância do VL foi demonstrada, quando se observou que vacas com esse problema pós-secagem tinham 4 vezes mais probabilidade de desenvolver mastite clínica e 6,1 vezes mais risco de desenvolver IIM causadas por patógeno de importância durante o período seco do que vacas que não apresentavam vazamento (Schukken et al., 1993). O VL possibilita a penetração de bactérias no canal dos tetos e a colonização da glândula mamária (Cousin et al., 1980). O percentual de vacas com vazamento de leite foi associado a aumento da taxa de incidência de mastite por E. coli e S. aureus em rebanhos com baixas contagens de células somáticas (CCS) (Schukken et al., 1990, 1991).

Foi também observado VL em vacas de baixa produção. Trinta por cento das vacas submetidas a secagem com menos de 5 kg de leite por dia apresentaram esse problema durante a semana pós-secagem (Schukken et al., 1993).

Vaca com vazamento de leite (leite na extremidade da teta e no chão)

O vazamento de leite também pode melhorar as condições de nutrientes para microrganismos na cama, aumentando assim a exposição ambiental. O risco de infecções no úbere associadas ao VL aumenta, quando são ruins as condições de higiene no ambiente das vacas, sobretudo na cama.

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Vaca seca após a última ordenha

O método de secagem abrupta em vacas que ainda estão produzindo grandes quantidades provoca acúmulo de leite, o que por sua vez causa ingurgitamento do úbere (aumento do volume e pressão) e vazamento (Isaka al., 2011; Leitner et al., 2007; Wadner et al., 2007)

O bem-estar na secagem

O ingurgitamento do úbere provoca desconforto e dor, levando à redução do tempo total na posição deitada e da duração média desses períodos de descanso, que é um parâmetro indicativo de incômodo (Isaka et al., 2011a,b; Leitner et al. 2007; Painter et al., 2007). Esse desconforto devido ao aumento do ingurgitamento do úbere pode representar um impedimento para movimentos das patas traseiras (Boelling et al., 1998; Gleeson et al., 2007). Problemas com o bem-estar animal causados pela secagem são mais acentuados em vacas leiteiras de alta produção e, portanto, com maior probabilidade de tornarem-se cada vez mais relevantes (Dingwell et al., 2004; Leitner et al. 2007)

O Manejo, a Saúde do úbere e o Bem-estar estão intimamente ligados na secagem, sendo possível resumir essas interações na ilustração abaixo.

Fonte: Farm Animal Welfare Education Centre. www.fawec.org. (Ficha de dados no. 13)

Saúde do Úbere

Manejo

Bem-estar

Secagem Abrupta

Aumento do risco de novas infecções

intramamárias

Dor no úbere e desconforto

Ingurgitamento do úbere

Pressão do úbere

Risco de vazamento de leite

Formação do tampão de queratina

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Na secagem, deve-se considerar outros aspectos além da saúde do úbere, tais como o manejo e o bem-estar, pois estão interligados.

A redução da produção de leite com o uso de método de secagem gradual é benéfi ca do ponto de vista da saúde do úbere, mas tem efeito negativo na produtividade, no manejo e no bem-estar.

A secagem abrupta é a melhor opção do ponto de vista do manejo, mas tem efeito negativo no bem-estar e na saúde do úbere.

Portanto, é necessário um método mais simples de redução brusca da produção de leite que não exija restrições alimentares nem a diminuição dos intervalos de ordenha. Isso é essencial para melhorar o manejo, a saúde do úbere e o bem-estar animal e ainda teria efeito positivo na lucratividade das fazendas de gado leiteiro.

Resumo

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3. Velactis®

Velactis® é um facilitador da secagem. Contém um derivado do ergot, a cabergolina, que é um potente agonista da dopamina nos receptores D2. Ele facilita o processo de secagem, quando utilizado junto com a interrupção brusca da ordenha. Isso tem efeito positivo no manejo, na saúde do úbere e no bem-estar animal.

O que é Velactis®

Durante a ordenha, a lactação é estimulada pela prolactina, que é secretada pelas células lactotrófi cas da glândula pituitária no cérebro.

Modo de ação

Diagrama dasecreção deprolactina

A prolactina estimula a produção de leite pelas células da glândula mamária, causando acúmulo no úbere. No momento da secagem, a prolactina ainda está sendo temporariamente secretada, de forma que o leite se acumula, o que provoca ingurgitamento do úbere. Por sua vez, isso aumenta a pressão intramamária e a dor no úbere, assim como o risco de vazamento de leite. Ou seja, cria-se uma oportunidade para bactérias induzirem novas infecções intramamárias.

Síntese de leite em um dos alvéolos revestidos de células epiteliais.

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Velactis® contém cabergolina, um facilitador da secagem que inibe os receptores D2 na superfície das células lactotrófi cas, atua no hipotálamo e suprime a produção de prolactina na glândula pituitária.

A cabergolina atua nos receptores D2, inibindo-os.

Com esse modo de ação, Velactis® reduz a produção em vacas leiteiras, diminuindo-se assim o risco de ocorrência de vazamento de leite, de novas infecções intramamárias e de dor e desconforto na secagem.

Glândula mamária sadia após supressão temporária da produção de prolactina na secagem

Velactis® reduz a produção de leite, o que é benéfi co em todas as vacas em termos de manejo, saúde do úbere e bem-estar. Esse efeito pode ser facilmente visualizado em vacas de alta produção. Estudo de campo realizado em rebanho leiteiro demonstrou o efeito do tratamento no ingurgitamento do úbere no dia 1 e 2 pós-secagem. Foi também tirada foto do úbere antes da última ordenha para ser possível visualizar a evolução do volume inicial. O nível de produção de leite das vacas pré-secagem era semelhante.

Visualização do efeito de Velactis® no ingurgitamento do úbere

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Vacas tratadas com Velactis®

Antes da última ordenha

Após a última ordenha

+ 1 dia +2 dias

Antes da última ordenha

Após a última ordenha

+ 1 dia +2 dias

Vacas de controle

Antes da última ordenha

Após a última ordenha

+ 1 dia +2 dias

Antes da última ordenha

Após a última ordenha

+ 1 dia +2 dias

O leite acumula-se no úbere após a secagem.

As vacas tratadas com Velactis® não acumulam leite no úbere e a glândula mamária involui rápido.

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Após a administração intramuscular em bovinos, a absorção sistêmica da cabergolina é rápida e signifi cativa (biodisponibilidade acima de 90%), com

elevada nos tecidos. Mais de 74% da cabergolina ligam-se a proteínas plasmáticas.

Propriedades farmacocinéticas

Biodisponibilidade(%)

T max (h)

Meia-vida (h)

Distribuição (% ligado a proteínas)

Excreção(% fezes)

> 90 3 20 74 66

Gráfi co 4: Propriedades farmacocinéticas de Velactis®

A cabergolina é metabolizada rápido, principalmente no fígado, e eliminada com meia-vida média de cerca de 20 horas. Cerca de 66% da dose administrada são eliminados nas fezes, sendo a urina a segunda via de eliminação.

Estrutura tridimensional da cabergolina

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A dose recomendada é 5,6 mg de cabergolina (equivalente a 5 mL da solução) por vaca em um único tratamento no dia da secagem após a última ordenha. O produto deve ser administrado pela via intramuscular no intervalo de 4 horas após a última ordenha.

Velactis® atua como facilitador da secagem, Reduzindo o vazamento de leite na secagem. Prevenindo o risco de novas infecções intramamárias durante a secagem.Diminuindo a dor e o desconforto pós-secagem com a redução do ingurgitamento do úbere e da pressão intramamária.

Indicações, dosagem e via de administração

Velactis® deve ser utilizado apenas na secagem. Os períodos de carência para abate e leite são:

Abate: O abate dos animais tratados somente deve ser realizado 23 dias após a última aplicação.

Leite: carência zero.

A utilização do produto em condições diferentes das indicadas pode causar a presença de resíduos do produto acima dos limites aprovados, tornando o alimento de origem animal impróprio para o consumo humano.

Período de carência

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4. Estudos de efi cácia a campo com Velactis®

Efi cácia de Velactis® na redução da incidência de vazamento de leite

Foi realizado estudo multicêntrico, randomizado, cego e de grupo paralelo para avaliação da efi cácia de Velactis® na secagem na incidência de vazamento de leite nos primeiros 7 dias pós-secagem versus grupo de controle negativo.

Teste 1

Foi incluso no estudo um total de 263 vacas leiteiras sadias na fase fi nal de lactação, provenientes de 16 fazendas na França, Alemanha e Hungria.

As vacas foram incluídas no teste 7 dias antes da secagem e acompanhadas por mais 7 dias pós secagem. Os critérios para participação foram produção de leite média superior a 16 kg 7 dias pré-secagem e bom estado físico geral, com data de parição prevista para mais de 35 dias pós-secagem. Não foram incluídas no estudo vacas com mastite clínica, com doenças que interferissem na secagem ou na produção de leite, com lesão(ões) séria(s) no(s) teto(s) ou com um ou mais quartos não funcionais. Embora tenha sido permitida a terapia da vaca seca com antibióticos, não foi autorizado o uso de selantes internos ou externos dos tetos na secagem.

Após a secagem todas as vacas participantes foram isoladas das lactantes e alojadas em estábulos com baias abertas. Todos os animais receberam ração mista total (TMR) e tiveram acesso ad libitum a água doce.

Animais e desenho experimental

Úbere com vazamento de leite em duas tetas

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A diferença entre os grupos do D1 ao D7 foi signifi cativa (p = 0,0292) a favor do grupo tratado com VEL. O VL no grupo tratado com PLA foi 19,8%, enquanto que no grupo tratado com VEL foi 10,2%.

A maior diferença foi observada no Dia 1 pós-secagem, quando o grupo tratado com VEL apresentou 3,9% de incidência de VL em comparação a 17,6 % no grupo tratado com PLA (p = 0,0004). A diferença entre os grupos foi estatisticamente signifi cativa a favor do grupo tratado com VEL.

Resultados

20%

18%

16%

14%

12%

10%

8%

6%

4%

2%

0%D1 D2 D3 D7 ALL

17.6%

3.9%

VEL

PLA

Gráfi co 5: Percentual de vacas com vazamento de leite no Dia 1 (D1), Dia 2 (D2), Dia 3 (D3), Dia 7 (D7) e do D1 ao D7 (D1-D7) pós-secagem por grupo de tratamento

As vacas tratadas com Velactis® apresentaram redução de 78% do risco relativo de Vazamento de leite no primeiro dia pós-secagem em comparação ao grupo tratado com PLA com IC95% = [44%; 91%].

Conclusão:

Após a última ordenha as vacas receberam pela via IM um único tratamento de Velactis® (VEL) de 5 mL ou volume equivalente de placebo (PLA: mesmo excipiente utilizado no grupo tratado com Velactis®) como grupo de controle negativo.

A ocorrência de vazamento de leite (VL) foi verifi cada e registrada após a secagem no D1, D2, D3 e D7.

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Animais e desenho experimentalO teste foi realizado na França, Alemanha e Hungria, com a inclusão de 900 animais provenientes de 63 fazendas.

As vacas foram selecionadas 7 dias pré-secagem e incluídas no teste se a produção de leite diária fosse igual ou superior a 13 kg no dia anterior à secagem; apresentassem estado geral bom com as últimas 3 Contagens de Células Somáticas (CCS) ≤ 200.000 células/mL e a data de parição estivesse prevista para mais de 5 semanas. Foram excluídas do teste as vacas com mastite clínica ou subclínica a partir da seleção, tratadas com antibiótico sistêmico ou intramamário (terapia da vaca seca com antibiótico) ou medicamento anti-infl amatório. Não foram permitidos tratamentos com selante interno ou externo dos tetos na secagem.

Em todas as fazendas o alimento foi ajustado para o período seco e água foi oferecida ad libitum.

Após a última ordenha as vacas receberam um único tratamento pela via IM de 5 mL de Velactis® (VEL), volume equivalente de placebo (PLA: mesmo excipiente utilizado no grupo tratado com Velactis®) ou foram tratadas com antibiótico intramamário de referência (REF)

A ocorrência de vazamento de leite (VL) foi verifi cada e registrada no primeiro dia (D1) pós-secagem.

Estudo de campo multicêntrico, duplo-cego e randomizado comparou a efi cácia de Velactis® na incidência de vazamento de leite no primeiro dia pós-secagem versus grupo controle negativo e antibiótico de referência de uso intramamário.

Teste 2

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A diferença entre os grupos foi estatisticamente signifi cativa (p < 0,0001) a favor do grupo tratado com VEL. O VL no grupo tratado com PLA foi 10,7% e no grupo tratado com REF, 14,8%, enquanto que no grupo tratado com VEL foi 2%.

O grupo do REF, tratado com antibiótico intramamário, apresentou a maior incidência de VL: 14,8%.

Resultados

Grafi co 6: Porcentagem de vacas com vazamento de leite no Dia 1 pós-secagem de acordo com o tratamento: Velactis® (VEL), Placebo (PLA) e Antibiótico de referência (REF)

16%

14%

12%

10%

8%

6%

4%

2%

0%VEL PLA REF

2.0%

10.7%

14.8%

As vacas tratadas com Velactis® apresentaram redução de 81,3% do risco relativo de vazamento de leite no primeiro dia pós-secagem em comparação ao grupo tratado com PLA e 86,4% em comparação ao grupo tratado com REF.

Conclusão:

Esses estudos demonstraram a efi cácia de Velactis® na redução da incidência de vazamento de leite. Um único tratamento com Velactis® reduziu entre 77% e 86% o percentual de vazamento de leite no primeiro dia pós-secagem.

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Efi cácia de Velactis® na redução do risco de novas infecções intramamárias (IIM)

Foi conduzido estudo de campo multicêntrico, duplo-cego e randomizado para avaliação da efi cácia de Velactis® na secagem na redução da incidência de novas infecções intramamárias (IIM) na parição versus grupo de controle negativo.

O estudo foi realizado na França, Alemanha e Hungria com um total de 900 vacas leiteiras sadias, na última fase de lactação, oriundas de 63 fazendas.

As vacas foram selecionadas 7 dias pré-secagem e incluídas no estudo se a produção de leite diária fosse igual ou superior a 13 kg no dia anterior à secagem; apresentassem estado geral bom com as últimas 3 CCS ≤ 200.000 células/mL e a data de parição estivesse prevista para mais de 5 semanas. As vacas incluídas no estudo não apresentavam patógenos nas amostras de leite do dia 7 e 6 pré-secagem e a CCS no sexto dia pré-secagem estava abaixo de 200.000 células/mL. Foram excluídas as vacas com mastite clínica ou subclínica a partir da seleção, tratadas com antibiótico sistêmico ou intramamário (terapia da vaca seca com antibiótico) ou medicamento anti-infl amatório. Não foram permitidos tratamentos com selante interno ou externo dos tetos na secagem. Foi defi nido como um novo quarto infectado quando identifi cada a presença de patógeno maior nas amostras pós-parto. As amostras foram retiradas dois dias ou sete dias após o parto.

Após a última ordenha antes da secagem as vacas receberam um único tratamento pela via IM de 5 mL de Velactis® (VEL) ou volume equivalente de placebo (PLA: mesmo excipiente utilizado no grupo tratado com Velactis®) como grupo de controle negativo.

Animais e desenho experimental

Infecções bacterianas podem ocorrer na secagem aumentando o risco de novas infecções intramamárias

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Manual Técnico | 23

Vinte e quatro ou setenta e duas horas pós-parição, foi realizado exame clínico do úbere, da vaca e do leite e coletadas amostras de leite de todos os quartos para bacteriologia. Sete dias após a primeira avaliação pós-parição, foi realizado novo exame clínico do úbere, da vaca e do leite. Foram coletadas amostras de leite de todos os quartos tanto para bacteriologia como para CCS. A unidade estatística foi o quarto (nesse caso atendiam os requisitos apenas quartos sadios sem crescimento bacteriano na secagem). A unidade experimental foi a vaca.

Foi registrada a porcentagem de novas infecções intramamárias (IIM) por quarto e por vaca na parição. Um novo quarto contaminado foi defi nido pela presença de patógeno de relevância em qualquer uma das duas amostras pós-parição.

Lista dos patógenos maiores:

Staphylococcus aureus

Staphylococcus hyicus

Streptococcus agalactiae

Streptococcus dysgalactiae

Streptococcus uberis

Enterococcus species

Pseudomonas

Arcanobacterium pyogenes

Mycoplasma bovis

Mycoplasma agalactiae

Prototheca spp

Candida spp

Escherichia coli

Klebsiella spp

Other enterobacteriaceae

Outras bactérias gram positivas

A porcentagem de novos quartos contaminados (por patógenos maiores) na parição foi signifi cativamente menor no grupo tratado com VEL: 20,5% em comparação ao grupo tratado com PLA: 25,9% (p = 0,0163).

Resultados:

Gráfi co 7: Porcentagem de novas IIM nos quartos pós-parição nos grupos tratados com VEL e PLA (P < 0,02) .

27.5%25.0%22.5%20.0%17.5%15.0%12.5%10.0%7.5%5.0%2.5%0%

VEL PLA

20.5%

25.9%

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The percentage of new infected cows at calving was lower in VEL group: 26.5% compared to PLA group: 30.2%.

Graph7: Percentage of new IMI after calving in VEL and PLA group at cow level

32%30%28%26%24%22%20%

VEL PLA

26.5%

30.2%

Após a parição, as vacas tratadas com Velactis® apresentaram redução de 21,1 % de novas IIM nos quartos.

Conclusão:

O estudo demonstrou que um tratamento com Velactis® após a última ordenha na secagem foi efi caz na redução de novas infecções intramamárias durante o período seco.

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Estudo multicêntrico, randomizado, cego e de grupo paralelo comparou a efi cácia de Velactis® na secagem na redução do ingurgitamento do úbere nas primeiras duas semanas pós-secagem versus grupo de controle negativo.

Efi cácia de Velactis® na diminuição da dor e do desconforto pós-secagem e na redução do ingurgitamento do úbere e da pressão intramamária.

Teste 1

Nesse estudo realizado na França, Alemanha e Hungria participaram no total 263 vacas leiteiras sadias, na última fase de lactação, oriundas de 16 fazendas.

Foram selecionados para o estudo, 7 dias pré-secagem, os animais com boas condições gerais e data de parição prevista para no mínimo 5 semanas pós-secagem. Não foram selecionadas para o estudo vacas leiteiras com mastite clínica ou qualquer doença que interferisse na secagem ou na produção de leite, lesão(ões) séria(s) do(s) teto(s), com quarto não funcional ou com tetos cruzados pré-ordenha. Foi proibido o uso de selante nos tetos ou qualquer outro tratamento que interferisse na secagem (produtos diuréticos).

No dia da secagem, foram incluídas no estudo as vacas com produção de leite diária igual ou superior a 16 kg (litros)/dia (avaliada de acordo com a média dos 7 dias pré-secagem) e perímetro entre os tetos pré-ordenha superior ao da pós-ordenha.

Após a secagem as vacas incluídas no estudo receberam ração mista total (TMR) e tiveram acesso ad libitum a água

Animais e desenho experimental

Ingurgitamento do úbere causado pelo acúmulo de leite resultando em dor e desconforto

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Manual Técnico | 26

O tamanho do úbere foi avaliado pós-secagem. Foi medida a distância entre os tetos (dianteiro, traseiro, direito e esquerdo) e verifi cada a soma da distância entre eles (perímetro).

A primeira medição foi feita antes e após uma ordenha no dia 4 pré-secagem (D-4) como valor de referência. As avaliações seguintes foram realizadas pós-secagem nos D1, D2 e D3.

A eficácia contra ingurgitamento do úbere foi avaliada pela redução da porcentagem de vacas com úbere com “ingurgitamento excessivo” no dia seguinte à secagem (D1). O perímetro entre os tetos tinha de ser maior no dia seguinte à secagem do que no D-4 pré-ordenha (PD1 > PD-4).

A pressão no úbere foi avaliada com o uso de duas escalas diferentes:

O Escore de palpação (UE. Score), adaptado de Leitner et al. (2007) e de Gleeson et al. (2007), foi determinado, pressionando-se os dedos no tecido e avaliando a resistência à pressão na região da cisterna, ou seja, 10 cm acima dos tetos. Os escores variaram de 0 (ausência de pressão) a 3 (pressão elevada).

Avaliação do úbere pelo sistema DFT 15 que é um dinamômetro eletrônico que mede a força máxima (kg) obtida na penetração do úbere. Foi recentemente validado para medição da fi rmeza do úbere de vacas leiteiras (Bertulat et al., 2012). A medição podia ser feita no quarto dianteiro ou traseiro na região da cisterna, ou seja, 10 cm acima dos tetos.

Medição da distância entre os teto

1

2

3 4

Dianteiro

Direito Esquerdo

Traseiro

Após a última ordenha as vacas receberam um único tratamento pela via IM de 5 mL de Velactis® (VEL) ou volume equivalente de placebo (PLA: mesmo excipiente utilizado no grupo tratado com Velactis®).

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As primeiras avaliações foram realizadas antes e após uma ordenha na semana pré-secagem (no D-4) como valores de referência e durante o período seco no D1, D2 e D3.

Foi considerada pressão excessiva se o escore no D1 fosse maior do que antes da ordenha ou permanecesse igual a 3.

Durante o período seco, o pesquisador verifi cou a presença de qualquer dor identifi cada na palpação de todos os quartos das vacas na fase de ingurgitamento nos D1, D2 e no D3 pós-secagem.

A. Medição da pressão interna do úbere com escore de palpação

B. Medição da pressão interna do úbere com DFT 15 (dinamômetro eletrônico)

A. B.

Redução do ingurgitamento do úbere no D1 pós-secagem

O número de vacas com “ingurgitamento excessivo” no D1 foi signifi cativamente menor no grupo tratado com VEL: 37,2% em comparação ao grupo tratado com PLA: 73,3% (p < 0,0001).

Resultados

Gráfi co 8: Porcentagem de vacas com “ingurgitamento excessivo” nos grupos tratados com VEL e PLA no D1

37.2%

73.3%80%70%60%50%40%30%20%10%0%

VEL PLA

Cortesia de Sandra Bertulat.

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“Pressão excessiva” no úbere no D1 pós-secagem

A porcentagem de vacas com “pressão excessiva” no úbere (avaliada com base nos valores aferidos pelo DFT15) no D1 foi signifi cativamente menor no grupo tratado com VEL: 26,9% em comparação ao grupo tratado com PLA: 52,6% (p < 0,0001).

Gráfi co 9: Porcentagem de vacas com pressão excessiva (determinada por DFT15) por grupo de tratamento.

A porcentagem de vacas com “pressão excessiva” no úbere (avaliada com base no escore de palpação) foi significativamente menor no grupo tratado com VEL: 28,7% em comparação ao grupo tratado com PLA: 70,2% (p < 0,0001).

Gráfi co 10: Porcentagem de vacas com pressão excessiva (de acordo com escore EU) por grupo de tratamento.

26.9%

52.6%60%

50%

40%

30%

20%

10%

0%VEL PLA

28.7%

70.2%80%70%60%50%40%30%20%10%0%

VEL PLA

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Sinal de dor no D1 pós-secagem

No D1, a porcentagem de vacas com sinal de dor foi signifi cativamente menor no grupo tratado com VEL: 1,6% em comparação ao grupo tratado com PLA: 11,5% (valor p = 0,0012)

Gráfi co 11: Porcentagem de vacas com sinal de dor nos grupos tratados com VEL e PLA

1.6%

11.5%12%

10%

8%

6%

4%

2%

0%VEL PLA

Velactis® reduziu significativamente a porcentagem de vacas com ingurgitamento excessivo do úbere no dia seguinte à secagem em comparação ao PLA. O tratamento com Velactis® foi associado a uma redução do risco relativo de “ingurgitamento excessivo” do úbere no dia seguinte à secagem de 49,2 % com IC95% = [35%; 60%]

Velactis® reduziu signifi cativamente a porcentagem de vacas com pressão excessiva no úbere no dia seguinte à secagem em comparação ao placebo. O tratamento com Velactis® foi associado a uma redução do risco relativo de “pressão excessiva” no úbere no dia seguinte à secagem de 48,8% com IC95% = [30%; 63%] de acordo com a avaliação com DFT15 e 59,1% com IC95% = [45%; 70%] de acordo com o escore de palpação, respectivamente.

Velactis® reduziu signifi cativamente a porcentagem de vacas com sinal de dor no úbere no dia seguinte à secagem em comparação ao placebo. O tratamento com Velactis® foi associado a uma redução do risco relativo de sinal de dor de 86% com IC95% = [42%; 97%].

Conclusões:

O estudo demonstrou que um tratamento com Velactis® após a última ordenha na secagem foi efi caz na redução do risco relativo de ingurgitamento e pressão excessivos do úbere, e de dor em 49,2, 59,1% e 86%, respectivamente.

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Foi conduzido estudo multicêntrico, randomizado, cego e de grupo paralelo para comparar a efi cácia de um tratamento com Velactis® após a última ordenha na melhora do bem-estar animal com a redução de dor e desconforto, avaliada pelo tempo na posição em pé/deitada versus grupo de controle negativo.

Teste 2

Foram incluídas no estudo 228 vacas leiteiras sadias na fase fi nal de lactação, provenientes de 5 fazendas na França, Alemanha e Hungria.

Os animais foram selecionados 7 dias antes da secagem. A efi cácia de Velactis® foi avaliada em vacas leiteiras com produção superior ou igual a 16 kg/dia, (média dos 4 dias [do D-4 ao D-1] pré-secagem) e com acelerômetro HOBO fi xado à pata traseira a partir do D-7.

Não foram incluídas no estudo vacas leiteiras com condições gerais debilitadas ou com doença que interferisse na secagem ou na produção de leite (por ex. mastite), com claudicação moderada ou escore superior (escore de claudicação ≥ 3), tratadas com produtos que interferissem na produção de leite entre o D-7 e o D0 (por ex. diuréticos). As vacas podiam ser tratadas com antibiótico intramamário após a última ordenha de acordo com a prática comum na fazenda. Foram também permitidos a vacinação contra mastite e o uso de selante interno dos tetos.

Neste estudo, o acompanhamento das vacas foi realizado durante a primeira semana do período seco. Após essa fase pode-se considerar terminada a fase de desconforto.

Todas as vacas participantes de igual origem tinham de receber o mesmo manejo (dieta e distribuição iguais) durante o período seco. Não foi permitido manejo individual da alimentação, inclusive restrição de água e ração pré-secagem.

Após a última ordenha as vacas receberam um único tratamento pela via IM de 5 mL de Velactis® (VEL) ou volume equivalente de placebo (PLA): mesmo excipiente utilizado no grupo tratado com Velactis®.

Para registrar o comportamento na posição em pé e deitada, foi utilizado o acelerômetro HOBO Pendant G, que foi fi xado 7 dias pré-secagem na pata direita traseira de todas as vacas selecionadas.

Para determinar a posição deitada do animal, foi utilizado o grau de inclinação vertical (eixo y). Sete dias pós-secagem o aparelho foi retirado das vacas.

Animais e desenho experimental

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A. Imagem do acelerômetro HOBO Pendant G

Foram registrados o tempo diário na posição em pé/deitada (min/d) e a frequência dos intervalos em pé/deitada (Nº./d) com base em 1.440 observações (1 por min) durante 24 horas. O tempo diário médio de descanso do D-4 ao D-1 foi considerado o valor de referência pré-secagem.

A dor foi avaliada por meio da resposta à palpação no úbere na forma de pisoteio/coice, movimento corporal, palpação e aceitação. Os escores de dor no úbere (DU) variaram de 0 (ausente) a 3 (elevada). O escore de DU foi avaliado no D-7 (considerado o valor de referência pré-secagem), D1, D2, D3 e no D4.

B. HOBO Pendant G fi xado à perna traseira da vaca

A. B.

Tempo médio diário de descanso nos primeiros 4 dias pós-secagem e duração média dos períodos na posição deitada

A diferença entre o tempo de descanso pós-secagem e o valor de referência (pré-secagem) foi maior no grupo tratado com VEL: 62,9 minutos do que no Placebo: 36,2 minutos em média (DP).

Resultados

Gráfi co 12: Diferença entre o tempo médio diário de descanso durante 4 dias após a última ordenha e o valor de referência antes da secagem (min) nos grupos tratados com VEL e PLA

A duração média dos períodos de descanso por dia foi signifi cativamente maior no grupo tratado com VEL no Dia 1 pós-secagem: 92,2 min do que no grupo tratado com PLA: 79,2 min valor p = 0,0020 no D1 e diferença estimada de 14,0 minutos (IC95%= [5,2;22,8]).

62.9min

36.2min

80706050403020100

VEL PLA

min

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Escore de dor no úbere

O escore de dor no úbere foi signifi cativamente menor nas vacas tratadas com VEL do que nas tratadas com PLA no D1 (p = 0,0249), D2 (p = 0,0277) e D4 (p = 0,0153).

No D1, apenas 11,5% no grupo tratado com VEL apresentaram sinal de dor, enquanto que no grupo tratado com PLA esse percentual foi de 20,9% das vacas.

Resultados

VEL

PLA25%

20%

15%

10%

5%

0%D1 D2 D3 D4

20.9%

11.5%

20.0%

10.6%8.0% 8.7% 10.4%

2.6%

Gráfi co 13: % das vacas com piora do escore de DU em comparação ao observado antes da secagem por grupo de tratamento

Durante o D1 pós-secagem, foi estimada uma diferença (DP) de 143,4 min. no tempo médio de descanso nas vacas tratadas com Velactis® em comparação ao PLA (< 0,001).

Se comparado ao placebo, Velactis® reduziu significativamente o percentual de vacas com escore de piora de DU no dia seguinte à secagem em comparação à pré-secagem. O tratamento com Velactis® foi associado a uma redução do risco relativo de sinal de dor de 45,0%.

Conclusões:

O estudo demonstrou que um tratamento com Velactis® após a última ordenha na secagem foi efi caz no aumento do tempo médio diário na posição deitada, tendo reduzido a dor no úbere nos primeiros 4 dias pós-secagem e aumentado a duração média dos intervalos de descanso 1 dia pós-secagem.

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5. Estudos de segurança

Os animais incluídos nos estudos de efi cácia anteriores foram acompanhados pelo período seco, parto e pela lactação seguinte para avaliação da segurança de Velactis®.

Os estudos foram conduzidos na França, Alemanha e Hungria. Alguns estudos com desenho experimental multicêntrico, randomizado, cego e de grupo paralelo avaliaram a segurança de Velactis® versus grupo de controle negativo (Placebo: PLA) durante o fi nal do período seco e a lactação seguinte.

Foram avaliados os seguintes parâmetros na atividade de produção leiteira até a secagem seguinte.

1. Dados de parição.2. Saúde dos animais: doenças reprodutivas e metabólicas mais frequentes em vacas leiteiras durante a fase de lactação.3. Saúde do úbere: mastite, CCS.4. Sistema reprodutor e atividade reprodutiva.5. Produção e qualidade do leite.6. Saúde dos bezerros.

Os estudos demonstraram que Velactis® foi seguro para as vacas e bezerras. Velactis® demonstrou resultado estatisticamente favorável no parâmetro febre do leite e incidência de mastites.

Conclusão:

VEL

PLAMastite clínica pós-parição

Acidose ruminal

Deslocamento/dilatação do abomaso

Cetose

Febre do leite

Retenção de placenta

Metrite aguda

Atraso na involução do útero

Complicações no parto

Parto prematuro

Aborto

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 (incidência em %)

Gráfi co 14: Resumo do % dos parâmetros avaliados nos grupos tratados com VEL e PLA

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O tratamento com Velactis® após a última ordenha na secagem é seguro para bezerras e vacas durante a secagem e na lactação seguinte uma vez que os estudos demonstraram resultados similares para ambos os grupos.

Conclusões:

Não foi observada diferença entre os grupos na produção de leite durante a lactação total e na média geométrica da contagem mensal das células somáticas.

PARÂMETRO VELACTIS® PLACEBO

Leite 305D (kg) 9728.39 ± 2007.01 9709.40 ± 2062.64

605550454035302520151050

Dia 7 Dia 14 Dia 21 Dia 28 Dia 42 Dia 49 Dia 56 Dia 63 Dia 70 Dia 77 Dia 84 Dia 91 Dia 98

Gráfi co da Média de Produção de Leite com Barras de Erro-Padrão

Prod

ução

de

Leite

(kg)

VELPLA

Dias de Lactação (DEL)

Gráfi co 15: A comparação da produção de leite de vacas tratadas com Velactis® e com placebo não demonstraram diferença estatística.

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6. Conclusões

Velactis® é um facilitador da secagem que contém cabergolina, que diminui a produção de leite na secagem, proporcionando os seguintes benefícios:

Redução da pressão da glândula mamária em 59,1%

Redução da incidência de vazamento de leite após a secagem em 81,3%

28.7%

70.2%80%70%60%50%40%30%20%10%0%

VEL PLA

Gráfi co 16: Porcentagem de vacas com pressão mais alta por grupo (escore de palpação).

Gráfi co 17: Porcentagem de vacas com vazamento de leite 1 dia após a secagem considerando o tratamento com: Velactis® (VEL), Placebo (PLA) e intramamário vaca seca referência (REF)

16%

14%

12%

10%

8%

6%

4%

2%

0%VEL PLA REF

2.0%

10.7%

14.8%

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Gráfco 18: Porcentagem de novas infecções intramamárias após o parto nos grupos de vacas tratadas com Velactis® (VEL) e Placebo (PLA) (P<0,02)

Redução do risco relativo a novas IMM ao nível de quarto em 21,1%

Redução da dor no úbere pós-secagem

VEL

PLA25%

20%

15%

10%

5%

0%D1 D2 D3 D7

20.9%

11.5%

20.0%

10.6%8.0% 8.7% 10.4%

2.6%

Gráfi co 19: Porcentagem de vacas com dor no úbere pós-secagem

27.5%25.0%22.5%20.0%17.5%15.0%12.5%10.0%7.5%5.0%2.5%0%

VEL PLA

20.5%

25.9%

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Anotações

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