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Xingamentos e palavrões são tóxicos , contaminam ambientes e pessoas, trazendo prejuízos físicos e psíquicos. ADDE - ASSOCIAÇÃO DE DIVULGAÇÃO DA DOUTRINA ESPÍRITA | www.adde.com.br | ANO 09 | NÚMERO 48 | AGOSTO E SETEMBRO DE 2019 VERDADES SOBRE O ESPIRITISMO Visão Espírita O tempo ainda hoje é uma incógnita. Vilão ou mocinho, qual será o seu papel para a humanidade? Bem Coletivo É tempo de trabalhar na Seara do Cristo, com humildade e resignação. Palavra Espírita A depressão na contem- poraneidade e suas principais causas. Atualidade Página 03 Página 07 Página 08 Página 06 O Espiritismo tem princípios estruturais que norteiam os passos de todo Cristão que segue a Doutrina. Entre eles estão: a imortalidade da alma, reencarnação, comunicação com os espíritos, a Lei da Causalidade, pluralidade dos mundos e a Lei da Evolução. Na Bíblia, existem diversas passagens que reforçam os caminhos que devem ser seguidos, porém, por conveniência ou desinformação, alguns credos DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Verdade e Vida Jornal ainda tentam mascarar esses trechos, se utilizando da ideia de que existem muitas interpretações. A verdade é clara! Basta olhar com atenção e estudar os ensinamentos deixados pelo Cristo, pois só com instrução, será possível alcançar o conhecimento e a tão sonhada evolução espiritual. Página 04 e 05 Confira a nossa dica de filme do bem, na página 02.

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Xingamentos e palavrões são tóxicos , contaminam ambientes e pessoas, trazendo prejuízos físicos e psíquicos.

ADDE - ASSOCIAÇÃO DE DIVULGAÇÃO DA DOUTRINA ESPÍRITA | www.adde.com.br | ANO 09 | NÚMERO 48 | AGOSTO E SETEMBRO DE 2019

VERDADES SOBRE O ESPIRITISMO

Visão Espírita

O tempo ainda hoje é uma incógnita. Vilão ou mocinho, qual será o seu papel para a humanidade?

Bem Coletivo

É tempo de trabalhar na Seara do Cristo, com humildade e resignação.

Palavra Espírita

A depressão na contem-poraneidade e suas principais causas.

Atualidade

Página 03 Página 07 Página 08Página 06

O Espiritismo tem princípios estruturais que norteiam os passos de todo Cristão que segue a Doutrina. Entre eles estão: a imortalidade da alma, reencarnação, comunicação com os espíritos, a Lei da Causalidade, pluralidade dos mundos e a Lei da Evolução.

Na Bíblia, existem diversas passagens que reforçam os caminhos que devem ser seguidos, porém, por conveniência ou desinformação, alguns credos

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Verdade e VidaJornal

ainda tentam mascarar esses trechos, se utilizando da ideia de que existem muitas interpretações.

A verdade é clara! Basta olhar com atenção e estudar os ensinamentos deixados pelo Cristo, pois só com instrução, será possível alcançar o conhecimento e a tão sonhada evolução espiritual.

Página 04 e 05

Confira a nossa dica de filme do bem, na página 02.

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C O L A B O R E

A áRVORE DA VIDA Dirigido por Terrence Malick,

um drama, estrelado por Brad Pitt, Jessica Chastain, Sean Penn. Palma de Ouro 2011.

O filme fala de questões filosóficas e religiosas, reflete o sentido da vida quando é difícil abandonar as mesquinharias cotidianas para observar o próprio ato de estar vivo com distância, compreendê-lo e tentar tomar as rédeas.

A distinção de natureza e graça é um tema que está nas raízes bíblicas. O símbolo da árvore aparece em todos os seus momentos cruciais; ora como uma pequena planta, ora como árvore frondosa. Há dois caminhos

Dica de Fime Por Cristina Pascutti

possíveis para responder à árvore: o caminho da natureza, que rejeita desapegar-se de si e alimentar-se da árvore, que insiste em sua

rigidez e por isso se quebra, e o outro é o caminho da graça, que aceita a dor com esperança e que vê na árvore tanto a fonte última da natureza como a única capaz de levá-la à vida espiritual.

A vida é permeada pela beleza e pelos afetos construtivos como o amor – a vida sem amor é “flashes by”, como diz a mãe. O livro de Jó percorre todo o filme, seja pela boca da mãe, seja por um narrador do futuro, com o tema da natureza da relação entre o homem e Deus, em oposição à teologia da retribuição.

“Eu te conhecia só de ouvir. Agora, porém, meus olhos te veem” (42,5) - é o ponto de

chegada de todo o livro de Jó e um paralelo do filme, pois sugere que a vida é lugar da manifestação e experiência de Deus. É um filme-poesia, que mostra consciência do mundo, uma forma de relacionamento com a realidade, terminamos com uma visão da organização poética da existência.

O filme vale às 2h18min de projeção, (NETFLIX) e mais do que isso para meditá-lo.

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TEMPO E ENVELHECIMENTO

Grandes pensadores se desdobraram sobre esse tema que envolve alguns aspectos mais fundamentais e instigantes para a vida humana. O tempo é um conceito, uma força que foi, ao longo do tempo, motivo de indagações da filosofia, da ciência e das religiões.

Muitos poetas e literatos destacaram a inexorabilidade do tempo e seus efeitos destruidores sobre a beleza física de nosso corpo material. Agostinho confessou a sua dificuldade em definir o tempo. Na mitologia grega, Cronos, significava tanto tempo como impossível, era filho do Céu e da Terra. Seus pais o advertiram de que os seus próprios filhos o destruiriam e, por isso, ele os devorava quando nasciam. Imagem que oferece dois aspectos: o tempo destrói tudo, inclusive o que cria; os filhos do tempo poderão um dia destroná-lo.

Um trabalho de Sísifo é fixarmo-nos nas construções que o tempo destrói, pois tudo que criamos está sujeito ao tempo: bens materiais, diplomas, fama. O tempo leva as coisas pelas quais trabalhamos e lutamos. Muitas representações artísticas de Cronos mostram como ele nos aterroriza. Isso não mudou com o passar dos séculos. Hoje, nossa relação não é das mais harmônicas: algumas expressões

Visão Espírita Por Cristina Pascutti

têm muito a nos dizer nesse sentido: “correr contra o tempo”, “matar o tempo”.

Então como entender o tempo de outra forma? Por que os pais de Cronos disseram-lhe que os filhos o destruiriam? Como entender essa

parte do mito? Os gregos tinham duas palavras para tempo: Cronos e Kairós. Cronos é o tempo dos homens e Kairós era o tempo de Deus, que é eterno; pois Deus não cabe em nosso tempo, em nosso intelecto, como diz Agostinho. Se nós, filhos do tempo, criados no tempo, podemos transcender o tempo, atingir Kairós, quer dizer estarmos além deste tempo,

pois somos eternos, estaríamos destronando Cronos.

Cristo disse que destruiria o templo e o reconstruiria em três dias. De que templo e tempo ele falava? A nossa vida é regida segundo metas e valores centrais, segundo

aquilo que elegemos como tesouro da nossa existência; em torno disso gravita a nossa vida:”onde estiver o teu tesouro aí estará o teu coração”. Aquilo que elegemos como meta central da nossa existência ou aquilo a que vinculamos o nosso coração e o nosso sentimento isso regerá a nossa vida.

Aprendemos com o espiritismo e

com o Evangelho, que o sentimento é o fundamento da nossa existência. Tudo mais decorre dos nossos sentimentos ou dos laços que criamos com os nossos sentimentos, que permanecem com a morte do corpo físico. Kardec coloca que, como seres de natureza espiritual, mesmo na metamorfose da morte, ainda, assim, vemos que a vida é movimento. A concepção estática das coisas é uma ilusão sensorial. A física atual abandonou a concepção material do Universo. Vivemos em espírito e pelo espírito, desde a pedra até o anjo.

Numa leitura em paralelo, o sentido seria escapar da roda reencarnatória, da roda do Samsāra, como dizem as tradições orientais. Segundo ela, isso ocorre ao se cumprir todo o karma. Nesse caso, não seria mais necessário encarnar no mundo temporal, seria como destruir o tempo; ou seria como nos harmonizar com Kairós. Nascimento, velhice, decrepitude e morte é o transcorrer do tempo, do qual só se escapa ao se atingir a iluminação, o nirvana, ou a condição de espíritos perfeitos, a modelo do Cristo.

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Para que o Espiritismo se mantenha “vivo” em nossas vidas e se justifique a cada dia, ele tem como base alguns princípios que são as estruturas que o mantém erguido. Semelhante a um grande edifício que se apoia na sua parte estrutural, sustentando toda sua grandeza e magnitude. O Espiritismo se apoia nos seguintes princípios: imortalidade da alma, reencarnação, comunicação com os espíritos, a Lei da Causalidade, pluralidade dos mundos e a Lei da Evolução.

Imortalidade da alma – Quase todas as religiões creem na imortalidade da alma, e que a morte não é o fim, tendo continuidade de acordo com cada crença e religião. Nós, espíritas, sabemos que “somos seres espirituais passando por uma experiência material”, portanto, nossa verdadeira pátria é o mundo espiritual, somos peregrinos e estamos de passagem por esta existência. O mundo espiritual é a causa de tudo, é lá que tudo inicia-se, desenvolve-se e converge a Deus”.

Na carta aos Filipenses (1:23-24), Paulo diz: “Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor; todavia, por causa de vós, julgo mais

necessário permanecer na carne”. Deixando clara a separação do corpo e espírito no momento da morte, e a vivificação da alma (espírito).

Outra prova Bíblica da imortalidade da alma, temos em Mateus (17:1-3), quando é narrado: “Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro, e a Tiago, e a João, seu irmão, e os conduziu em particular a um alto monte.

E transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a luz.

E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele”.

Sem a imortalidade da alma, como poderia Jesus estar falando com dois indivíduos que já haviam morrido há séculos?

Reencarnação – Somos seres imortais, temos uma única vida, porém, várias existências. A reencarnação é a pedagogia Divina que nos dá a oportunidade de percorrer novamente os caminhos que nós mesmos trilhamos, colhendo os frutos que nós plantamos. Por vezes, saboroso e nutritivo, outras vezes amargo e indigesto.

A reencarnação era aceita pela Igreja Católica primitiva, até o ano de 553, quando o imperador Justiniano a pedido de sua esposa Teodora, no Concílio de Constantinopla, torna a reencarnação uma heresia. (fonte: ICP – Instituto Cristão de Pesquisa).

Quando Jesus é interrogado por Nicodemos: “Como alguém pode nascer, sendo velho? É claro que não pode entrar pela segunda vez no ventre de sua mãe e renascer”. (João 3:4). Disse Jesus: “Você é mestre em Israel e não entende essas coisas?” (João 3:10)

Jesus esclarece que a reencarnação era aceita pelo Judaísmo, e é até hoje. A Doutrina Espirita que é o Cristianismo redivivo e puro, também traz a reencarnação como um dos seus princípios.

Temos ainda outra passa-gem na Bíblia que justifica a reencarnação. É quando os apóstolos interrogam Jesus: “Por que dizem os escribas que é necessário que Elias venha primeiro?” (Marcos 9:11). E Jesus responde: “Digo-vos, porém, que Elias já veio, e fizeram-lhe tudo o que quiseram, como dele está escrito.” (Marcos 9:13). Esclarecendo aos discípulos, que João Batista era a reencarnação de

Elias.

Comunicação com os espíritos – Se a morte não existe, onde estão àqueles que amamos e que já desencarnaram antes de nós? Se estão em algum lugar, estão com outras pessoas, se estão com outras pessoas estão fazendo algo? É natural que exista contato entre nós (encarnados) e àqueles que amamos (desencarnados). O fenômeno se dá pela mediunidade, que nada mais é do que o meio do caminho entre o plano físico e o espiritual. Segundo Alan Kardec, “médium é todo aquele indivíduo que sente em algum grau a influência dos espíritos. Essa influência pode ser sutil, como por exemplo, uma vontade, ideia ou intuição. Até fenômenos mais intensos como a cura, psicofonia, materializações, etc”.

No Livro de Deuteronômio (18:9-12), Moisés proíbe a comunicação com os mortos. “Quando entrares na terra que o Senhor, teu Deus te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos. Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem

PRINCÍPIOS DO ESPCapa

(Resposta a

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Pontos de Luz

Por M Bertolini

prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor”.

Há um princípio básico no direito, de que só se pode proibir aquilo que é possível que aconteça. A proibição de Moisés em consultar os mortos, justifica-se por si, de que isso era uma prática comum entre o povo hebreu.

A Doutrina Espírita tem a comunicabilidade com os espíritos, como uma das suas principais fortalezas, por meio das obras mediúnicas psicografadas, temos uma pequena e pálida noção de como é o Mundo Espiritual e seus mistérios.

Lei da Causalidade – O Espiritismo é uma ciência que tem o mundo espiritual como laboratório, assim com a farmacologia estuda as drogas, a biologia estuda a vida, o espiritismo estuda os espíritos, - provando que eles voltam após a morte e estão entre nós.

“Portanto, também nós, uma vez que estamos rodeados por tão grande nuvem de testemunhas, livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do

pecado que nos envolve, e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta.” (Hebreus 12:1)

Sendo uma ciência, o Espiritismo está em total consonância com as demais leis da natureza, entre elas a Terceira Lei de Newton, que é a Lei da Causa e Efeito, ou Lei da Causalidade, onde toda causa tem um efeito. Sendo assim, somos nós os responsáveis pela nossa existência, estamos colhendo hoje tudo aquilo que nós mesmos plantamos no pretérito. E pelas nossas atitudes de hoje, já estamos planejando como será o nosso futuro. O Espiritismo nos traz uma proposta renovadora de que mesmo não podendo mudar nosso passado, podemos reescrever nosso futuro.

“Pedro embainha a tua espada; pois todos os que lançam mão da espada pela espada morrerão!” (Pedro 2:21-23). A passagem que se dá no Monte das Oliveiras, logo após a prisão de Jesus, mostra o Mestre assumindo a postura de educador, recomendando a Pedro que guarde sua espada e evite mais problemas (resgates) pela Lei da Causalidade. Lembrando, que Pedro havia cortado a orelha do Soldado Malco, para defender Jesus.

Pluralidade dos mundos – A meu ver, esse princípio espírita é o mais

ousado frente às demais religiões, projetando o Espiritismo “anos luz” à frente do pensamento religioso comum. Mostra um Deus cósmico, que ultrapassa o pensamento tribal das religiões comuns, vendo a Deus como um Deus desta ou daquela igreja. Na questão número 1, de O Livros dos Espíritos, Kardec pergunta ‘o que’ é Deus, e não ‘quem’ é Deus, quebrando as limitações do antropomorfismo cultural de que Deus seria um velhinho de cabelos brancos, sentado em um trono. Os espíritos respondem: “Deus é inteligência suprema, causa primária de todas as coisas. Também gosta da definição simplória de João Evangelista quando nos disse: “Quem não ama, não conhece a Deus, porque Deus é amor.” (João 4:8)

“Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.

Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar.” (João 14:1,2). Essas palavras de Jesus que foram anotadas por João, abre os horizontes de que não estamos sozinhos neste grande Universo. Kardec nos mostra em O Evangelho Segundo o Espiritismo, no item “Diversas Categorias dos Mundos Habitados”, trazendo-nos a proposta dos diversos mundos e com categorias diferentes. Exemplificando

cada um deles, de acordo com seu nível evolutivo e dos seus habitantes.

Lei da evolução – Tudo evolui, essa é a lei. Desde o átomo ao arcanjo, passando pelas experiências dos reinos (mineral, vegetal, animal, hominal, angelical e outros). “Replicou-lhes Jesus: Não está escrito na vossa lei: Eu disse: Vós sois deuses.” (João 10:34). Neste versículo, Jesus faz referência ao Velho Testamento, em (Salmos 82:6). Mais à frente, Ele insiste em nos dizer que somos filhos de Deus e que somos capazes de muito mais, fadados ao aperfeiçoamento. “Em verdade, em verdade vos digo: aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas, porque vou para junto do Pai.” (João 14:12)

IRITISMO E A BÍBLIAum amigo...)

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Atualidade

PREJUÍZOS DO PALAVRÃOO pequeno garoto sofria

há dias de uma difícil dor de cabeça que não lhe dava tréguas. Prostrado, preocupava os pais, pois se apresentava também febril e os medicamentos não surtiam efeito.

Procuraram ajuda. A vinda daquela bondosa senhora, sempre disposta a atender e socorrer os dramas humanos decifrou o enigma. Ao adentrar a casa, com a ampliação de sua conhecida percepção visual, além das aparências, pôde perceber pelas paredes da casa, focos de lama, como verdadeiras gosmas que escorriam pelas paredes, pingavam do teto, causando grandes prejuízos ao ambiente doméstico.

Ao entrar no quarto percebeu o garoto fluidicamente atolado no líquido lamacento, causa da forte dor de cabeça e do estado febril.

A causa desses focos fluídicos de lama? O palavreado do pai. Habituado a palavrões, xingamentos, projetava no ambiente da casa o resultado de suas emanações mentais. A cada palavreado de revolta, a cada agressão verbal, a cada palavrão, a vibração de seus sentimentos, por meio da voz agressiva, projetava no ambiente do lar o resultado de seus desequilíbrios.

A prece no ambiente dava a

Por Orson Peter Carrara

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sensação de uma pá que juntava o lixo para jogá-lo pela janela, limpando aquelas vibrações pesadas espalhadas pelo pai descuidado. E como isso impressionava vivamente o garoto, que absorvia a agressividade do lugar.

O cuidado com o que pensamos e falamos é vital para a paz interior e para a harmonia da família. O

pensamento é capaz de construir o edifício grandioso de nossa felicidade ou o abismo de nossas perturbações. E o que pensamos acaba se transformando em ações...

Cuidar da voz, da seleção de palavras que não firam a dignidade e que sintonizem com o bem geral que deve nortear nosso

comportamento é mais importante do que imaginamos. Ocorre que o que pensamos, o que falamos, atrai e sintoniza vibrações que se assemelham.

O que fazemos, o que falamos, atrai para o ambiente onde vivemos vibrações que podem ser de harmonia ou de desarmonia, de paz ou de profundas perturbações.

Trata-se apenas de selecionar o que é bom para que tenhamos conosco o mesmo bem que desejamos. O bem é sempre o bem, não tenhamos dúvida. O palavrão não tem espaço em nenhum lugar ou circunstância. Ele é sempre incabível, inoportuno, agressivo e dispensável.

A propósito, é oportuno ler um trecho específico do livro

Despedindo-se da Terra: “(...) Cada palavrão desferido por uma boca frouxa, acostumada aos xingamentos como forma de desafogo, é comparável a um caminhão de lixo que verte sua caçamba no interior do ambiente, repercutindo, não apenas nas vibrações escuras que ficam reverberando pela atmosfera do lar, como atingem a cada um dos seus integrantes, na medida de suas sensibilidades, produzindo mal-estar, revolta, depressão, sofrimento, lágrima, raiva, ou desencadeando nova onda de palavras chulas que os outros possam atirar-lhe em forma de revide verbal ou mental. Não bastando isso, a degeneração fluídica que uma única expressão é capaz de iniciar, pode abrir as portas da estrutura familiar para o ingresso de um sem número de Espíritos inferiores que, posicionados nos arredores (...) se veem atraídos por aquele choque magnético que eles identificam (...) Desse jeito, a casa vai sendo ocupada por todo tipo de entidades sofridas ou maldosas que, por sua vez, saem em busca de seus amigos e os trazem para a nova moradia, piorando o estado geral da vibração coletiva (...)”.

Nada mais tenho a acrescentar diante de tão claros e lúcidos argumentos.

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Bem coletivo Por Livia C. Poli

SERVINDO AO MESTRE“E também será como um homem

que, ao sair de viagem, chamou seus servos e confiou-lhes os seus bens”. (Mt 25:14)

Muito se tem falado sobre o período de transição que nosso Planeta está passando. Momento esse em que estamos convivendo com situações assustadoras, mas também com manifestações de bondade e de solidariedade.

Nenhum de nós deseja ficar ao lado das barbáries. Buscamos cada vez mais orientação e entendimento, para que possamos estar conectados com as forças do bem, e passar por esses momentos de forma serena e com a proteção almejada.

No entanto, percebemos também a imensa necessidade de servidores na Seara do Cristo, para que o mundo renovado esteja entre nós, em nosso dia a dia e no das pessoas que amamos. Ao encontrar esse manancial maravilhoso que é o Espiritismo, sentimos a necessidade e a vontade imensa de ajudarmos de alguma forma nessa obra grandiosa que o Mestre Jesus tão amorosamente nos apresentou há 2000 mil anos.

Passamos então a pedir ao Mestre que nos envie trabalho na sua Seara e ficamos aguardando que o trabalho chegue, para que então possamos começar a trabalhar no benefício dos que estão necessitados.

No livro Contos Desta e Doutra Vida, psicografia de Chico Xavier pelo Espírito Humberto de Campos, encontramos no capítulo entitulado “Na Vinha do Senhor”, Simão Pedro, o apóstolo, pedindo orientação a Jesus para iniciar seu trabalho após

a crucificação do Mestre querido, ao que Jesus, em espírito, lhe responde: “Pedro, quando quiseres ouvir-me, lembra-te de que o Evangelho tem a minha palavra...” E hoje, buscando auxílio do Mestre Jesus para encontrarmos qual trabalho devemos abraçar para poder auxiliar nesse momento tão importante que a humanidade passa, encontramos a “Parábola dos Talentos”, em que

Jesus descreve “...um homem que, ao sair de viagem, chamou seus servos e confiou-lhes os seus bens. A um deu cinco talentos, a outro dois e a outro um; a cada um de acordo com a sua capacidade” (Mt 25:14-15).

Os homens que receberam cinco e dois talentos, trabalharam e multiplicaram seus bens. O que recebeu um talento, o escondeu com medo de perder o pouco que tinha. E qual não foi a sua surpresa, ao sentir a fúria do seu senhor, depois de verificar que ele não fez bom uso do talento que lhe foi confiado, exigindo que lhe tirassem o talento e o entregassem àquele que

multiplicou o que havia recebido. “Pois a quem tem, mais será dado, e terá em grande quantidade. Mas a quem não tem, até o que tem lhe será tirado”. (Mt 25:29)

Assim, também, acontece em nossa vida, cada vez que deixamos de fazer aquilo que está ao nosso alcance. Enquanto ficamos aguardando trabalhos grandiosos que nos tragam posição de destaque, esquecemos de oferecer o ombro ao nosso amigo que sofre, deixamos de usar de gentileza no trato com nossos irmãos que muitas vezes passam por tormentos terríveis, sem que tenhamos conhecimento. Deixamos de estender a mão àqueles que estão ao nosso redor necessitando de consolo, seja por meio de uma boa palavra, seja pelo sorriso acolhedor ou pelo olhar de incentivo... E nos comportamos como o homem que escondeu o talento.

Sejamos trabalhadores ativos na Seara do Mestre fazendo aquilo que está ao nosso alcance. As transformações expressivas se iniciam nos pequenos gestos. Deixemos de lado a busca por evidência pessoal e busquemos servir dignamente ao nosso Senhor, oferecendo o melhor que temos dentro de nós, elevando nossos sentimentos para que possamos ser aquele servo, que fazendo o que estava em suas possibilidades, multiplicou os talentos que lhe foram oferecidos ganhando a confiança e a alegria do seu Senhor.

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Palavra Espírita Por Francisco Ortolan

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DORES DA ALMAUma pergunta que não quer calar: - De onde vem tantas dores que

temos sentido? - Por que os médicos não

encontram a causa e os remédios não fazem o efeito desejado?

São perguntas de milhões de pessoas na atualidade que ficam sem respostas, porque a origem dessas dores é da alma.

Para que compreendamos isso é necessário buscar a gênese dos males. Sentir dor é diferente de identificar a dor, por isso sofremos. Por exemplo: se estou magoado, isso é o sentir, ou seja, eu descobri o que sinto. Mas identificar a dor é descobrir porque estou sentindo aquilo, quer dizer, porque aquelas palavras despertaram esse sentimento em mim.

Se formos esperar que ninguém nos magoe para sermos felizes, estaremos fadados a desencarnar infelizes. Precisamos ser felizes apesar da opinião do outro sobre nós, e isso é uma conquista. Vamos tentar compreender isso:

Os sentimentos são produtos psíquicos armazenados no peris-pírito. São experiências guardadas há milênios das vivências boas ou ruins, porque estagiamos em praticamente todos os países e continentes do Planeta adquirindo experiência para chegarmos até aqui.

Eu sou o resultado da minha obra. Eu sou o que consegui fazer de mim até agora. Por isso, não posso me criticar. Foi o que dei conta

de construir em mim e tenho que respeitar meu limite.

A dor é uma convocação para a minha inteligência. Não viemos a este mundo para sentir dor. A dor é resultado das minhas escolhas. Quando a sinto, estou sendo convocado a rever meu comportamento e minhas atitudes para descobrir o que tem que ser mudado; o que devo desconstruir para reconstruir em bases mais sólidas. Então, aquilo que achamos ser uma coisa ruim, nada mais é do que uma convocação para minha inteligência, ou seja, rever o que minha ilusão construiu em desacordo com minha realidade.

Vamos dar um exemplo de como usar a Inteligência: quando eu peço à Deus paciência, eu preciso usar a inteligência para compreender o que é a paciência.

Paciência é uma virtude adquirida por meio do exercício dela, então quando eu peço paciência, surgem imprevistos na minha vida para que eu possa conquistar essa virtude, mas achamos que ela virá pela graça recebida, e não é assim. Ela é adquirida convivendo com pessoas “difíceis” para que eu possa exercitá-la até conquista-la.

Quando eu não consigo compreender essa questão, eu acho que estou sendo castigado ou que na minha vida está tudo errado, ou que erraram na minha programação reencarnatória, mas novamente estou sendo convocado pela vida ao uso da inteligência.

A não compreensão disso, deságua

na depressão. Uma definição dos espíritos sobre ela é: “Condição mental da alma que começa a resgatar o encontro com a verdade sobre si mesma depois de milênios nos labirintos da ilusão”. Mostrando-nos que é uma doença da alma enferma que teve seus caprichos atendidos no passado, vivendo uma ilusão, se iludindo e desiludindo muitas vezes até chegar ao seu limite e ser convocado ao uso da inteligência para fazer diferente a partir de agora. Só existe desilusão porque um dia houve uma ilusão.

Alguns sintomas que nos aproximam da depressão se não ficarmos atentos:

• O desânimo no cumprimento do dever;

• A ansiedade inexplicável;• A solidão em grupo;• A impotência perante o convite

das escolhas;• A aterrorizante sensação de

abandono;• Sentir-se inútil.Esses sintomas são alguns dos

muitos que direcionam a pessoa (se não fizer uso da inteligência) à depressão. Fiquemos atentos àquilo que sentimos e observemos nossas reações diante das circunstâncias que nos rodeiam. O Evangelho Segundo o Espiritismo traz no capítulo 5 “A Melancolia” (François de Genève– Bordeaux) “Sabeis por que uma certa tristeza se apodera, às vezes, de vossos corações e vos faz achar a vida tão amarga? É o vosso Espírito que anseia pela liberdade e

felicidade e, no corpo, que lhe serve de prisão, esgota-se em esforços inúteis para dele sair. Mas, ao ver que não consegue, cai em desânimo, e o corpo sofre uma influência como enfraquecimento, o abatimento e uma espécie de indiferença quese apoderam de vós, e julgai-vos infelizes”.

A não compreensão de tudo isso acaba despertando sintomas do tipo:

• Estado íntimo de desconforto quase permanente;

• Sensação de perda de controle sobre a vida;

• Preocupação inútil sem causas justificáveis;

• Tendências acentuadas para a culpa;

• Carências.Precisamos acreditar que não

estamos sozinhos, que existe uma programação reencarnatória para cada um de nós, que somos filhos de Deus; que somos o resultado de nossas próprias escolhas; que estamos no lugar certo, na hora certa, com as pessoas certas e na situação financeira certa e que Jesus disse que o fardo nunca é mais pesado do que suportamos. Fechemos com um trecho do Evangelho que diz:

“Quando vos atinge um motivo de dor ou de contrariedade, esforçai-vos para superar isso, e quando chegardes a dominar os ataques da impaciência, da raiva ou do desespero, podeis dizer com uma justa satisfação: “Fui o mais forte”.