VESTIBULAR 2013/1 e GABARITO

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FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2013/1º PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA BRASILEIRA - DIREITO Instrução: Leia, com atenção, o texto a seguir, pois as questões de 1 a 14 referem-se a ele. A primeira morte Eliane Brum A notícia veio em um exame de rotina, aberto na página do laboratório na internet enquanto tomava um chocolate quente. Na verdade, leite com um chocolate em pó cheio de porcarias que ele toma desde a infância e, por isso, aos 43 anos, é uma fonte de alegria permanente na prateleira da cozinha. Quando bateu na minha porta, os olhos escancarados, avisando que tinha uma má notícia, eu pensei logo em câncer. No nosso tempo, é o que a gente sempre pensa, mesmo que não diga. “Meu colesterol está alto”, ele disse. “Muito acima do péssimo.” Amoleci inteira e até esbocei um sorriso. “Ah, mas isso não é tão grave.” Mas era. Eu não fui capaz de perceber logo, mas era a primeira morte de meu melhor amigo. Não era uma doença incurável, não era um drama humanitário, não era nada que alterasse a ordem do mundo. Era só a pequena tragédia dele. Comezinha e cotidiana. A tragédia de um homem comum, com uma vida comum, que sentia a primeira fisgada do fim. No percurso de uma vida, quando temos a sorte de ter uma existência longa, passamos por várias pequenas mortes e renascimentos. É importante que partes de nós morram para que outras possam nascer – ou apenas para que esses pedaços mofados de nossas crenças sobre nós ou da crença de outros sobre nós saiam do caminho. É triste quando alguém é uma coisa só a vida toda – perdendo a chance de acolher todos os outros de si. Quando alguém anda pela vida apertado em uma roupa que nunca lhe serviu direito, mas que foi vestida nele ou nela por seus pais ainda na infância, como se fosse o único modelo que lhe coubesse. É importante que, em algum momento, de preferência mais cedo do que tarde, a gente descubra que essa roupa não serve – ou que apenas algumas partes servem e outras precisam ser jogadas fora, para que novas possam ser inventadas. É essencial que nos libertemos dos dogmas impingidos sobre nós para podermos criar uma vida que faça mais sentido – e para nos sentirmos livres para recriá-la o tempo todo. O olhar do outro sobre nós, a começar pelo dos nossos pais, às vezes é redenção, em outras é prisão, em geral é ambos. Por isso me parece que uma vida é mais rica quando morremos e renascemos muitas vezes. Mas esta é a existência psíquica, é o que se passa em nossas porções invisíveis, naquela parte da nossa geografia que não se pode tocar com as mãos. Poucas coisas ou nenhuma são mais assustadoras do que ousar se libertar de um jeito de ser cujo funcionamento conhecemos. Porque ainda que esse jeito nos sequestre o desejo, nos parece mais seguro do que enfrentar o vazio de descobrir formas de viver mais próximas de nossos anseios. Mas, se tivermos essa coragem que anda de mãos agarradas com o medo, nós nos responsabilizamos pelas nossas escolhas, seguimos e criamos e morremos e renascemos. Muitas vezes. Em algum momento, porém, o corpo anuncia uma morte da qual não é possível renascer. A rigor, começamos a morrer desde o nascimento. De fato, nosso declínio físico começa aos 20 e poucos anos, mas esses sinais podem ser ignorados. E são. Por volta dos 40 – um pouco depois, para quem tem mais sorte, um pouco antes, para quem tem mais azar –, recebemos a notícia da primeira morte que não podemos ignorar. A primeira morte do corpo. Foi o que aconteceu com meu melhor amigo. Para não morrer nos próximos anos de enfarte ou AVC por causa das artérias entupidas de gordura, ele matou com um só golpe um mundo inteiro dentro de si. Não é uma mera mudança de hábitos, como médicos e nutricionistas tentam nos convencer em consultas, reportagens e sites da internet. É um mundo inteiro que se extingue como se o Sol explodisse de repente, muito antes dos bilhões de anos

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PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA BRASILEIRA - DIREITO

Instrução: Leia, com atenção, o texto a seguir, pois as questões de 1 a 14 referem-se a ele.

A primeira morte Eliane Brum

A notícia veio em um exame de rotina, aberto na página do laboratório na internet enquanto tomava um chocolate quente. Na verdade, leite com um chocolate em pó cheio de porcarias que ele toma desde a infância e, por isso, aos 43 anos, é uma fonte de alegria permanente na prateleira da cozinha. Quando bateu na minha porta, os olhos escancarados, avisando que tinha uma má notícia, eu pensei logo em câncer. No nosso tempo, é o que a gente sempre pensa, mesmo que não diga. “Meu colesterol está alto”, ele disse. “Muito acima do péssimo.” Amoleci inteira e até esbocei um sorriso. “Ah, mas isso não é tão grave.” Mas era. Eu não fui capaz de perceber logo, mas era a primeira morte de meu melhor amigo. Não era uma doença incurável, não era um drama humanitário, não era nada que alterasse a ordem do mundo. Era só a pequena tragédia dele. Comezinha e cotidiana. A tragédia de um homem comum, com uma vida comum, que sentia a primeira fisgada do fim. No percurso de uma vida, quando temos a sorte de ter uma existência longa, passamos por várias pequenas mortes e renascimentos. É importante que partes de nós morram para que outras possam nascer – ou apenas para que esses pedaços mofados de nossas crenças sobre nós ou da crença de outros sobre nós saiam do caminho. É triste quando alguém é uma coisa só a vida toda – perdendo a chance de acolher todos os outros de si. Quando alguém anda pela vida apertado em uma roupa que nunca lhe serviu direito, mas que foi vestida nele ou nela por seus pais ainda na infância, como se fosse o único modelo que lhe coubesse.

É importante que, em algum momento, de preferência mais cedo do que tarde, a gente descubra que essa roupa não serve – ou que apenas algumas partes servem e outras precisam ser jogadas fora, para que novas possam ser inventadas. É essencial que nos libertemos dos dogmas impingidos sobre nós para podermos criar uma vida que faça mais sentido – e para nos sentirmos livres para recriá-la o tempo todo. O olhar do outro sobre nós, a começar pelo dos nossos pais, às vezes é redenção, em outras é prisão, em geral é ambos. Por isso me parece que uma vida é mais rica quando morremos e renascemos muitas vezes. Mas esta é a existência psíquica, é o que se passa em nossas porções invisíveis, naquela parte da nossa geografia que não se pode tocar com as mãos. Poucas coisas ou nenhuma são mais assustadoras do que ousar se libertar de um jeito de ser cujo funcionamento conhecemos. Porque ainda que esse jeito nos sequestre o desejo, nos parece mais seguro do que enfrentar o vazio de descobrir formas de viver mais próximas de nossos anseios. Mas, se tivermos essa coragem que anda de mãos agarradas com o medo, nós nos responsabilizamos pelas nossas escolhas, seguimos e criamos e morremos e renascemos. Muitas vezes. Em algum momento, porém, o corpo anuncia uma morte da qual não é possível renascer. A rigor, começamos a morrer desde o nascimento. De fato, nosso declínio físico começa aos 20 e poucos anos, mas esses sinais podem ser ignorados. E são. Por volta dos 40 – um pouco depois, para quem tem mais sorte, um pouco antes, para quem tem mais azar –, recebemos a notícia da primeira morte que não podemos ignorar. A primeira morte do corpo. Foi o que aconteceu com meu melhor amigo. Para não morrer nos próximos anos de enfarte ou AVC por causa das artérias entupidas de gordura, ele matou com um só golpe um mundo inteiro dentro de si. Não é uma mera mudança de hábitos, como médicos e nutricionistas tentam nos convencer em consultas, reportagens e sites da internet. É um mundo inteiro que se extingue como se o Sol explodisse de repente, muito antes dos bilhões de anos

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calculados pelos astrônomos. Para quem vive nesse planeta, é uma hecatombe. Para a imensidão do universo, é um nada, estrelas morrem o tempo todo sem que a ordem da vida dos outros se altere. Para o planeta humano que é meu melhor amigo, foi uma hecatombe. Acabaram-se as feijoadas, o churrasco, a pizza, o hambúrguer, a batata frita, os pastéis, os bolos, os bolinhos, as tortas, os chocolates. Mas não só. Encerrou-se a possibilidade de renovar a qualquer momento a memória de uma vida de afetos: a receita de bacalhau da mãe que morreu, a torta de morangos que só a sogra sabe fazer, o feijão gordo que a mulher prepara toda quinta-feira e havia se tornado um acontecimento, a noite com o amigo de infância recheada de cumplicidade, chope e frituras. Acabou-se a possibilidade de degustar territórios ainda não desbravados. As experiências gastronômicas com um amigo chefe de cozinha. O acesso às dores de alma e as alegrias de outros povos e terras através da comida, dos ingredientes e dos temperos, que o instigavam a jamais perder nenhuma chance de viajar. Suas próprias invenções com as panelas que reuniam os mais próximos em alegres descobertas na mesa da cozinha. Agora, ele terá de recusar pratos em almoços e jantares – e será um problema na cozinha alheia. Um mundo dentro do mundo morreu em um segundo. E a notícia dessa morte o lembra o tempo todo de que é só a primeira das muitas que virão. “Tenho medo de morrer de repente”, ele diz. Porque sente que uma parte dele teve morte súbita tendo ele mesmo por testemunha. “Eu não fumo, não uso drogas, só bebo em ocasiões especiais”, ele diz, traído. Eu quase digo: “A vida não dá garantias”, mas me contenho a tempo. Sei que dentro dele toca o réquiem de Verdi, dramático e grandiloquente, mas só ele escuta. Porque sua tragédia é prosaica, acontece com muitos, não é notícia nem na família. Ele é só mais um homem diante do parapeito da ponte – sem vontade de atirar-se dali, mas apavorado porque um dia vai estar lá embaixo.

Pesquisamos juntos na internet, tentamos inventar receitas, descobrir novos ingredientes, criar um mundo novo dentro do universo restrito ao qual ele foi confinado. Cheiramos desconfiados uma linguiça de soja, passamos retos pela manteiga, enchemos o carrinho de coisas verdes. Depois vamos ao cinema para esquecer seu pequeno drama diante da grandeza do drama maior de um outro, mas, quando estaqueamos diante da pipoca, o luto desce sobre ele, inexorável. Sabemos que é preciso aceitar essa morte, assim como todas que virão, com o excesso de perdas que ela contém. Em geral não se morre de uma vez só, mas aos poucos. E é o corpo que nos ensina a brutalidade dessa verdade. O colesterol não encolheu apenas a largura das artérias de meu melhor amigo, mas também a largura da sua vida. Ele sabe que não pode escapar dos limites impostos pelo corpo. Pode, como todos nós, no máximo adiá-los. No exame do laboratório o tal do LDL avisa que a juventude, aquele tempo no qual era possível fingir que não havia limites, acabou. Mas a gordura que entulha as artérias de meu melhor amigo não lhe obstrui o espírito. Porque morreu e nasceu muitas vezes ao longo de seus 43 anos, há nele uma vida dentro da vida que se amplia também nesse choque com os limites. Enquanto o corpo falha, sua mente recolhe suas lágrimas, sua surpresa e sua dor e os transforma em uma experiência a mais. Sempre foi assim, afinal. É no confronto com a miséria da condição humana que produzimos o melhor do humano. Condenados eternamente ao fracasso de nosso embate com a morte, inventamos essa vida dentro da vida. Que, se tivermos a ousadia de morrer e nascer várias vezes no espaço de uma existência, será uma vida maior que a vida. Não tenho dúvidas de que meu melhor amigo seguirá suspirando de saudades de uma picanha gorda ou de um feijão com costelinha de porco. Mas, nesse último final de semana, ele já havia colado um cartaz patético na cozinha, com imagens suas de a.C. e d.C. – “C” não de Cristo, mas de colesterol. Estava entrouxado de roupas porque acreditava que os 100 gramas que tinha perdido desde que

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abriu o exame tornaram-no “mais friorento”. E tentava inventar uma maionese caseira sem ovos nem óleo. Soube então que estava salvo. Não do colesterol, mas de algo muito pior: uma vida pequena.

(Fonte: revistaepoca.globo.com) 1) FMC – 2013/1° Ao tecer suas considerações sobre a condição de saúde do amigo, a autora a) evidencia que as pequenas mortes ao longo da vida favorecem o

enfrentamento com o desconhecido.

b) descarta a possibilidade de que o amigo possa modificar velhos padrões.

c) enfatiza um panorama de condições propícias ao resgate da juventude.

d) reconhece sua dificuldade em aceitar as doenças como algo inerente a todo ser humano.

2) FMC – 2013/1° Sobre o desenvolvimento do texto, só se pode afirmar: a) Diante da doença do amigo, a autora manifesta um sentimento

de inconformismo e revolta.

b) O perfil do protagonista tem como eixo principal a falta de aceitação diante do desafio imposto pela doença.

c) As experiências gastronômicas do amigo são descritas pela autora com o objetivo de tripudiar sobre suas preferências.

d) Utilizando-se da história do amigo como elemento estruturador

do texto, a autora discorre sobre a existência humana.

3) FMC – 2013/1° Acerca da “pequena tragédia” do amigo, a autora se mostra

a) perplexa.

b) intolerante.

c) compassiva.

d) aturdida.

4) FMC – 2013/1°

Todas as passagens a seguir expressam um posicionamento da autora do texto frente à quebra de padrões estabelecidos, EXCETO a) Enquanto o corpo falha, sua mente recolhe suas lágrimas, sua

surpresa e sua dor e os transforma em uma experiência a mais.

b) É essencial que nos libertemos dos dogmas impingidos sobre

nós para podermos criar uma vida que faça mais sentido – e para nos sentirmos livres para recriá-la o tempo todo.

c) Poucas coisas ou nenhuma são mais assustadoras do que

ousar se libertar de um jeito de ser cujo funcionamento conhecemos.

d) É importante que partes de nós morram para que outras

possam nascer – ou apenas para que esses pedaços mofados de nossas crenças sobre nós ou da crença de outros sobre nós saiam do caminho.

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5) FMC – 2013/1°

Leia o fragmento. Sei que dentro dele toca o réquiem de Verdi, dramático e

grandiloquente...

Assinale a opção que melhor expressa o estado em que o protagonista se encontra na passagem acima:

a) surpreso.

b) eufórico.

c) inconformado.

d) abalado.

6) FMC – 2013/1° A última frase do texto – de caráter reflexivo – acena, metaforicamente, para a possibilidade de uma compreensão mais ampla da existência. A afirmação acima

a) extrapola as ideias do texto.

b) corrobora as ideias do texto.

c) restringe as ideias do texto.

d) nega as ideias do texto

7) FMC – 2013/1°

Em todos os trechos a seguir, a autora se utilizou de palavras e/ou expressões que possuem um efeito de sentido figurado, EXCETO em a) Mas, se tivermos essa coragem que anda de mãos agarradas

com o medo, nós nos responsabilizamos pelas nossas escolhas, seguimos e criamos e morremos e renascemos.

b) A tragédia de um homem comum, com uma vida comum, que sentia a primeira fisgada do fim.

c) De fato, nosso declínio físico começa aos 20 e poucos anos, mas esses sinais podem ser ignorados.

d) Condenados eternamente ao fracasso de nosso embate com a

morte, inventamos essa vida dentro da vida.

8) FMC – 2013/1° Considere os fragmentos abaixo e assinale aquele em que a autora tenha feito uso de construção característica da linguagem coloquial: a) Não é uma mera mudança de hábitos, como médicos e

nutricionistas tentam nos convencer...

b) Eu não fui capaz de perceber logo, mas era a primeira morte de meu melhor amigo.

c) No percurso de uma vida, quando temos a sorte de ter uma existência longa, passamos por várias pequenas mortes e renascimentos.

d) No nosso tempo, é o que a gente sempre pensa, mesmo que não diga.

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9) FMC – 2013/1° Leia o fragmento a seguir. Depois vamos ao cinema para esquecer seu pequeno drama diante da grandeza do drama maior de um outro, mas, quando estaqueamos diante da pipoca, o luto desce sobre ele, inexorável. Mantendo-se o sentido original do texto, o termo destacado pode ser substituído por a) memorável.

b) relutante.

c) moroso.

d) implacável.

10) FMC – 2013/1° Leia, com atenção, o seguinte trecho.

...ainda que esse jeito nos sequestre o desejo, nos parece

mais seguro do que enfrentar o vazio de descobrir formas de viver mais próximas de nossos anseios.

Entre as orações que compõem o trecho acima, estabeleceram-se relações de a) concessão e comparação.

b) condição e consequência.

c) concessão e condição.

d) consequência e comparação.

11) FMC – 2013/1° Observe o fragmento. Para a imensidão do universo, é um nada, estrelas morrem o

tempo todo sem que a ordem da vida dos outros se altere.

Tendo em vista o uso da modalidade escrita da língua, assinale a opção em que a frase acima foi reescrita preservando-se o sentido original do texto: a) Para a imensidão do universo, é um nada, posto que estrelas

morram o tempo todo sem que a ordem da vida dos outros se altere.

b) Para a imensidão do universo, é um nada, no entanto estrelas

morrem o tempo todo sem que a ordem da vida dos outros se altere.

c) Para a imensidão do universo, é um nada, uma vez que

estrelas morrem o tempo todo sem que a ordem da vida dos outros se altere.

d) Para a imensidão do universo, é um nada, conquanto estrelas

morram o tempo todo sem que a ordem da vida dos outros se altere.

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12) FMC – 2013/1° Assinale a opção em que o fragmento reescrito entre parênteses foi pontuado em consonância com os padrões da língua escrita padrão: a) No exame do laboratório o tal do LDL avisa que a juventude,

aquele tempo no qual era possível fingir que não havia limites, acabou. (No exame do laboratório, o tal do LDL avisa que a juventude, aquele tempo no qual era possível fingir que não havia limites, acabou.)

b) Para não morrer nos próximos anos de enfarte ou AVC por causa

das artérias entupidas de gordura, ele matou com um só golpe um mundo inteiro dentro de si. (Para não morrer, nos próximos anos de enfarte ou AVC por causa das artérias entupidas de gordura, ele matou com um só golpe, um mundo inteiro dentro de si.)

c) Estava entrouxado de roupas porque acreditava que os 100

gramas que tinha perdido desde que abriu o exame tornaram-no “mais friorento”. (Estava entrouxado de roupas, porque acreditava que os 100 gramas que tinha perdido, desde que abriu o exame tornaram-no “mais friorento”.)

d) Poucas coisas ou nenhuma são mais assustadoras do que ousar

se libertar de um jeito de ser cujo funcionamento conhecemos. (Poucas coisas ou nenhuma, são mais assustadoras do que ousar se libertar de um jeito de ser, cujo funcionamento conhecemos.)

13) FMC – 2013/1° Em todas as opções, o vocábulo destacado remete a outro termo anteriormente citado no fragmento, EXCETO em a) ...naquela parte da nossa geografia que não se pode tocar com

as mãos.

b) No nosso tempo, é o que a gente sempre pensa...

c) ...com um chocolate em pó cheio de porcarias que ele toma desde a infância...

d) E a notícia dessa morte o lembra o tempo todo de que é só a primeira das muitas que virão.

14) FMC – 2013/1° Em todas as alternativas, foram destacados termos que funcionam como núcleo do predicado, EXCETO em a) “Eu não fui capaz de perceber logo...”

b) “Soube então que estava salvo.”

c) “É importante que partes de nós morram...”

d) “Um mundo dentro do mundo morreu em um segundo.”

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Instrução: As questões de 15 a 20 têm por base a leitura das obras literárias indicadas para este concurso: Recordações do escrivão Isaías Caminha, de Lima Barreto, e Eu e outras poesias, de Augusto dos Anjos. 15) FMC – 2013/1º Leia a seguir trecho extraído do romance de Lima Barreto. Um escaler aproximou-se da barca, bem perto; a tripulação rubicunda entoava uma canção, um hino. O escaler afastou-se logo, desdenhoso e superior.

(BARRETO, L. Recordações do escrivão Isaías Caminha. São Paulo: Ática, 1984.

p.27)

Depreende-se do texto que o narrador

a) aborda, de forma panfletária, os problemas de uma sociedade

assinalada por injustiças.

b) estabelece analogia entre coisas e pessoas, no intento de abordar criticamente a sociedade.

c) critica ostensivamente o comportamento das pessoas arrivistas, que não têm compaixão pelos desvalidos da sociedade.

d) retoma a técnica descritiva dos autores naturalistas e propõe uma visão zoomórfica da humanidade.

16) FMC – 2013/1º

Referindo-se a Recordações do escrivão Isaías Caminha, o crítico Alfredo Bosi afirma que “é admirável como teia de imagens a simbolização desse instante de perplexidade, em que a esperança e a desesperança não só alternam como parecem engendrar-se uma da outra”.

(BOSI, A. Literatura e resistência. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. p.190)

Assinale a passagem do romance de Lima Barreto que melhor comprove a opinião do ensaísta:

a) Hoje, agora, depois não sei de quantos pontapés destes e outros mais brutais, sou outro, insensível e cínico, mais forte talvez; aos meus olhos, porém, muito diminuído de mim próprio, do meu primitivo ideal, caído dos meus sonhos, sujo, imperfeito, deformado, mutilado e lodoso.

b) Quando acabei o curso do Liceu, tinha uma boa reputação de estudante, quatro aprovações plenas, uma distinção e muitas sabatinas ótimas. Demorei-me na minha cidade natal ainda dois anos, dois anos que passei fora de mim, excitado pelas notas ótimas e pelos prognósticos da minha professora, a quem sempre visitava e ouvia. Todas as manhãs, ao acordar, ainda com o espírito acariciado pelos nevoentos sonhos de bom agouro, a sibila me dizia ao ouvido: vai, Isaías! vai!... Isto aqui não te basta. Vai para o Rio.

c) Que faria lá, só, a contar com as minhas forças? Nada... Havia de ser como uma palha no rodamoinho da vida – levado d’aqui, tocado para ali, animal engolido no sorvedouro... ladrão... bêbedo... tísico e quem sabe mais?

d) Pardas nuvens cinzentas galopavam, e, ao longe, uma pequena mancha mais escura parecia correr engastada nelas. A mancha aproximava-se e, pouco a pouco, via-a subdividir-se, multiplicar-se; por fim, um bando de patos negros passou por sobre a minha cabeça, bifurcado em dois ramos, divergentes de um pato que voara na frente, a formar um V. Era a inicial de "Vai". Tomei isso como sinal animador, como bom augúrio do meu propósito audacioso.

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17) FMC – 2013/1º Nos diálogos presentes em Recordações do escrivão Isaías Caminha, transparecem críticas à sociedade brasileira. Isso NÃO se verifica em:

a) – Ah, bom! Diga isso! Pela polícia, não; ela vive com os

bicheiros... Não serve pra nada, fique certo.

b) – Você tem direito, seu Valentim... É... Você trabalhou pelo Castro... Aqui para nós: se ele está eleito, deve-o a mim e aos defuntos, e você que desenterrou alguns.

c) – Nada há tão parecido como o pirata antigo e o jornalista moderno: a mesma fraqueza de meios, servida por uma coragem de salteador.

d) – Sou muito moço, tenho vinte e dois anos, faço versos desde os dezoito; agora, fiz uma escolha e publiquei este volume...

18) FMC – 2013/1º Leia abaixo trecho do romance de Lima Barreto em que se focaliza o jornalista Floc em sua angústia para escrever.

Voltou a ler o que tinha escrito... Leu duas vezes, não gostou, rasgou... Recomeçou... A sua fisionomia estava transtornada. Não tinha mais a impressão de satisfação, de deslumbramento interior. A testa contraíra-se, enrugando-se; os olhos estavam fixos e a boca, cerrada nervosamente, custava a abrir-se para aspirar rapidamente o cigarro. Toda a sua fisionomia revelava uma contensão extraordinária, fora mesmo do poder habitual da sua vontade.

(BARRETO, L. Recordações do escrivão Isaías Caminha. S.P.: Ática, 1984, p.131) O poeta Augusto dos Anjos, em seu livro Eu e outras poesias, também aborda esse tema da angustiante luta pela expressão escrita, como se verifica em:

a) Tarda-lhe a Ideia! A inspiração lhe tarda! E ei-lo a tremer, rasga o papel, violento, Como o soldado que rasgou a farda No desespero do último momento!

b) Súbito, arrebentando a horrenda calma, Grito, e se grito é para que meu grito Seja a revelação deste Infinito Que eu trago encarcerado em minh’alma!

c) Ao terminar este sentido poema Onde vazei a minha dor suprema Tenho os olhos em lágrimas imersos... Rola-me na cabeça o cérebro oco. Por ventura, meu Deus, estarei louco?! Daqui por diante não farei mais versos.

d) Mas de tal arte e espécie tal fazê-lo Ambiciono, que o idioma em que te eu falo Possam todas as línguas decliná-lo Possam todos os homens compreendê-lo!

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19) FMC – 2013/1º Para Ferreira Gullar, “um dos fatores que constituem a marca e o fascínio do mundo verbal de Augusto dos Anjos é essa mescla de palavras eruditas com palavras vulgares, de construções pernósticas com composições coloquiais”. (GULLAR, F. Toda a poesia de Augusto dos Anjos. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976.

p.55) Assinale a opção em que melhor se exemplifica o tom coloquial na poesia de Augusto dos Anjos:

a) Tentava compreender com as conceptivas Funções do encéfalo as substâncias vivas Que nem Spencer, nem Haeckel compreenderam...

b) E no estrume fresquíssimo da gleba Formigavam, com a símplice sarcode, O vibrião, o ancilóstomo, o colpode E outros irmãos legítimos da ameba!

c) Toma um fósforo. Acende teu cigarro! O beijo, amigo, é a véspera do escarro, A mão que afaga é a mesma que apedreja.

d) Os defuntos então me ofereciam Com as articulações das mãos inermes, Num prato de hospital, cheio de vermes, Todos os animais que apodreciam!

20) FMC – 2013/1º

Leia o soneto seguinte, de Augusto dos Anjos.

A ideia De onde ela vem?! De que matéria bruta Vem essa luz que sobre as nebulosas Cai de incógnitas criptas misteriosas Como as estalactites duma gruta?! Vem da psicogenética e alta luta Do feixe de moléculas nervosas, Que, em desintegrações maravilhosas, Delibera, e depois, quer e executa! Vem do encéfalo absconso que a constringe, Chega em seguida às cordas do laringe, Tísica, tênue, mínima, raquítica... Quebra a força centrípeta que a amarra, Mas, de repente, e quase morta, esbarra No mulambo da língua paralítica!

(ANJOS, A. Eu e outras poesias. São Paulo: Martins Fontes, 1994. p.13)

Com base nesse soneto, pode-se afirmar sobre a poesia de Augusto dos Anjos: a) Utilizando recursos precários de expressão, valoriza o poder da

linguagem.

b) Fazendo uso da alegoria, aborda a decadência da sociedade escravocrata.

c) Por meio da força verbal, expressa aspectos agônicos do homem.

d) De posse de um léxico trivial, recupera as fontes clássicas do lirismo.

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PROVA DE ESTUDOS SOCIAIS 21) FMC – 2013/1º Leia o texto abaixo, que retrata o tráfico de escravos. "O espaço fechado e o calor do clima, a juntar ao número de pessoas que iam no barco, tão cheio que cada um de nós mal tinha espaço para se virar, quase nos sufocavam. Essa situação fazia-nos transpirar muito, e pouco depois o ar ficava impróprio para respirar, com uma série de cheiros repugnantes, e atingia os escravos como uma doença, da qual muitos morriam."

(Relato do escravo Olaudah Equiano. Apud ILIFFE, J. Os africanos. História dum

continente. Lisboa: Terramar, 1999. p.179.)

Pode-se afirmar que, durante a Idade Moderna, o tráfico de escravos a) foi praticado apenas pelos países ibéricos, que, após a obtenção

do direito de asiento, passaram a fornecer mão de obra às plantações tropicais e às minas das Américas espanhola e anglo-saxã.

b) se tornou uma atividade extraordinariamente lucrativa, o que possibilitou o processo de acumulação primitiva de capitais em países europeus.

c) ficou enfraquecido pela ação dos holandeses à época de sua instalação em Pernambuco, o que provocou a revolta da população luso-brasileira, em meados do século XVII.

d) se tornou alvo de disputas entre as várias congregações religiosas, que ora aceitavam o tráfico, ora proibiam a escravidão de africanos na América.

22) FMC – 2013/1º A atividade industrial está desigualmente distribuída pelas regiões do país. Construídas predominantemente no século XX, as indústrias são componentes da modernização urbana, que reinventa nossa sociedade e dinâmica espacial. Sobre a industrialização brasileira, é CORRETO afirmar:

a) A concentração industrial cada vez mais alta no Sul e no

Sudeste reduz os níveis de integração econômica do território brasileiro, que vai se tornando, paulatinamente, mais desigual, com uma nítida desvalorização dos produtos advindos do Norte e Nordeste.

b) O processo de industrialização teve início, no Brasil, a partir de 1930, ocasionando grandes transformações na organização do território nacional, uma vez que constituiu uma economia cujo crescimento depende, principalmente, do dinamismo do mercado interno.

c) A industrialização tem suas raízes fincadas na economia da cana-de-açúcar, do ouro e do café, atividades produtivas que possibilitaram a acumulação do capital necessário para a diversificação em investimentos no setor industrial.

d) No período inicial do desenvolvimento da industrialização no Brasil, a produção industrial concentrou-se na cidade do Rio de Janeiro, que era Distrito Federal do Brasil, posteriormente se espalhando pela região de São Paulo, em direção a Campinas, Sorocaba e São José dos Campos.

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23) FMC – 2013/1º Observe, atentamente, a gravura.

(Fonte: Nilse W. Ostermann e Iole C. Kunze. Às armas cidadãos! A França

revolucionária (1789-1799). São Paulo: Atual, 1995. p. 68.)

A imagem reproduzida acima circulou na França, durante a fase de maior radicalidade revolucionária (1792-1794), acompanhada pela seguinte legenda: "Matéria de reflexão para os charlatães coroados: que um sangue impuro regue os nossos campos". Os valores e ideias expressos nesse cartaz podem ser associados

a) à defesa do princípio da soberania popular.

b) ao reconhecimento do princípio da igualdade entre os cidadãos.

c) à negação da sociedade estamental.

d) à perseguição empreendida aos contrarrevolucionários.

24) FMC – 2013/1º Leia o texto. De acordo com um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), nos últimos 15 anos aumentou o transporte individual motorizado no Brasil, enquanto houve uma redução no uso do transporte coletivo, o que, do ponto de vista da eficiência energética e ambiental, é uma tendência bastante preocupante.

(Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/comunicado/110922_comunic

adoipea113.pdf>. Acesso em: 13 set. 2012. Adaptado.) Pode-se citar como impactos provocados pelo aumento do transporte individual motorizado no Brasil, EXCETO

a) a priorização de políticas governamentais voltadas à circulação

por meio do transporte motorizado particular em detrimento de incentivos ao transporte coletivo.

b) a poluição do ar, que, juntamente com a poluição sonora,

causa irritabilidade aos indivíduos que precisam trafegar pelos centros urbanos.

c) a impermeabilização do solo e a alteração do perfil geológico

para a construção de vias de rolamento, provocando enchentes na época das chuvas.

d) o aumento da mobilidade urbana entre as pessoas dos grandes

centros, que passaram a chegar mais rapidamente ao seu destino.

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25) FMC – 2013/1º Leia o trecho a seguir, que trata da administração da região das Minas Gerais, durante o século XVIII. “... ponderando-se o acharem-se hoje as Vilas dessa Capitania tão numerosas como se acham, e que sendo uma grande parte das famílias dos seus moradores de limpo nascimento, era justo que somente as pessoas que tiverem esta qualidade andassem na governança delas, porque se a falta de pessoas capazes fez a princípio necessária a tolerância de admitir os mulatos aos exercícios daqueles ofícios, hoje, que tem cessado esta razão, se faz indecoroso que eles sejam ocupados por pessoas em que haja semelhante defeito...”.

(Carta de D. João - Lisboa, 27 de janeiro de 1726.)

No trecho dessa carta, o rei de Portugal refere-se à impropriedade de mestiços continuarem a participar da administração

a) municipal, nos cargos de vereadores.

b) das sesmarias, como proprietários de terras.

c) das lavras e datas, exclusivamente doadas a portugueses.

d) provincial, como burocratas.

26) FMC – 2013/1º

Existe no Brasil, próximo ao Trópico de Capricórnio, uma espécie de “trópico da exclusão social”, a partir do qual se podem distinguir claramente as regiões que concentram e abrigam os municípios com maior problema de exclusão social, ou seja, onde a “selva” da exclusão se mostra intensa e generalizada. Atualmente, existem 2.290 municípios com Índice de Exclusão Social na faixa de 0,0 a 0,4, portanto, em situação de maior exclusão. Veja abaixo mapa que ilustra essa situação.

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A partir dos dados do texto e do mapa e com base em seus conhecimentos sobre o tema, analise as afirmativas a seguir:

I- Apesar de ter avançado muito nos campos econômico,

financeiro e social, o Brasil é um país capitalista incompleto, suscetível principalmente a problemas de ordem social, com demandas reprimidas em áreas como saúde e educação.

II- Entre as regiões brasileiras, identifica-se uma grande

desigualdade: o Norte e o Nordeste caracterizam-se como “selva de exclusão“, enquanto o Centro-Sul abriga os “acampamentos de inclusão“ e “novas formas de exclusão social“.

III- É possível verificar que o Norte tem vivido, ao contrário do

restante do país, um período de crescimento econômico como consequência do aumento de investimentos no setor industrial com base na moderna tecnologia de ecossegurança.

IV- A região Sudeste apresenta elevada renda per capita graças à

diversidade de suas atividades econômicas e elevada produção industrial. Todavia, microrregiões de pobreza são evidentes, como, por exemplo, o Vale do Ribeira, no Estado de São Paulo, e o Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais.

V- Embora a renda per capita do Distrito Federal seja elevada,

devido às atividades industriais ali concentradas, as cidades-satélites abrigam população extremamente carente de renda.

Estão CORRETAS as proposições

a) II, III e IV. b) II, III e V. c) I, III e V. d) I, II e IV.

27) FMC – 2013/1º

Ao se fazer uma comparação entre os processos de formação dos Estados Nacionais no Brasil e na América hispânica, no século XIX, identifica-se que

a) a unidade brasileira se relacionou aos interesses de uma elite

eurocêntrica proveniente da Casa de Bragança, enquanto, na América hispânica, não surgiu nenhuma liderança nobiliárquica capaz de aglutinar os diversos interesses em disputa.

b) as diferenças regionais no Brasil permitiram a obra centralizadora em torno da Coroa, ao passo que, na América hispânica, as diferenças econômicas regionais contribuíram para a sua fragmentação.

c) não existiu, na América hispânica, uma facção oligárquica hegemônica, que conseguisse levar adiante a obra da unidade, enquanto no Brasil os interesses escravistas aglutinaram as elites em torno de um projeto centralista.

d) os interesses ingleses, mais presentes na América hispânica, foram determinantes para a sua fragmentação, ao passo que no Brasil tais interesses se voltavam para a continuidade de uma monarquia europeia confiável, que mantivesse a unidade territorial.

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28) FMC – 2013/1º O Brasil possui atualmente três Regiões Integradas de Desenvolvimento (RIDEs), um tipo especial de região metropolitana que só pode ser instituída por legislação federal. Nos termos do artigo 25, §3º, da Constituição Federal: “Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum”. Sobre essas Regiões Integradas de Desenvolvimento, é CORRETO afirmar: a) A primeira RIDE estabelecida no Brasil foi a Região Integrada

de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE-DF), criada pela Lei Complementar nº 94, de 19 de fevereiro de 1998.

b) No ano de 2002, foram instituídas no país duas novas RIDEs: a Região Administrativa Integrada de Desenvolvimento da Grande São Paulo e a Mesorregião Metropolitana do Rio de Janeiro.

c) Mesmo fazendo parte da RIDE-DF, Brasília, que só tem PIB menor que as cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro, se mantém totalmente independente dos demais municípios, possuindo, por isso, pouca expressão política nas decisões da RIDE.

d) O modelo de regiões integradas reintroduz a coordenação das ações de desenvolvimento local/regional pelo governo federal, o que, paradoxalmente, parece significar o enfraquecimento do federalismo, na medida em que se retiram do Estado-Membro as competências no âmbito da ordem jurídica.

29) FMC – 2013/1º Leia o texto a seguir, sobre o liberalismo.

"[O indivíduo], orientando sua atividade de tal maneira que sua produção possa ser de maior valor, visa apenas ao seu próprio ganho e, neste, como em muitos outros casos, é levado como que por uma mão invisível a promover um objetivo que não fazia parte de suas intenções. (...) Ao perseguir seus próprios interesses, o indivíduo muitas vezes promove o interesse da sociedade muito mais eficazmente do que quando tenciona realmente promovê-lo."

(SMITH, Adam. A riqueza das nações. São Paulo: Abril Cultural, 1983. p.379-80.)

Considere as seguintes afirmações:

I- O liberalismo, cujos princípios, como o livre comércio, a propriedade privada e a lei de mercado, favoreceram o desenvolvimento do capitalismo, teve em Adam Smith um de seus principais teóricos.

II- A sistematização realizada por Adam Smith no livro História da

riqueza das nações contribuiu para a definição da economia como ciência.

III- Em seus escritos, Adam Smith defende o sistema capitalista

como realizador das intenções igualitárias de Rousseau.

IV- A "mão invisível" citada por Adam Smith é uma metáfora para sua crença de que o capitalismo se desenvolve naturalmente, sem necessidade da atuação humana.

São VERDADEIRAS as opções a) III e IV.

b) I e III.

c) II e IV.

d) I e II.

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30) FMC – 2013/1º O Censo de 2010 revelou aspectos importantes da moradia da população de baixa renda no Brasil. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aglomerados subnormais são aqueles conhecidos popularmente como “favelas, invasões, grotas, baixadas, comunidades, vilas, ressacas, mocambos, palafitas, entre outros”. Com base nessas informações e em seus conhecimentos sobre a segregação espacial, assinale a alternativa CORRETA:

a) A maioria dos aglomerados subnormais não possui rede elétrica

e de água.

b) Na região Sudeste, podem ser encontrados muitos aglomerados subnormais.

c) As favelas que se formam nas grandes cidades demonstram um crescimento ordenado.

d) Nos últimos tempos, as favelas têm recebido, por parte do poder público, o investimento necessário para o melhoramento de sua infraestrutura de transporte e saneamento.

31) FMC – 2013/1º

Observe a charge abaixo.

NOVAES, Carlos Eduardo & LOBO, César. História do Brasil para principiantes. São

Paulo: Ática, 2003.

A charge apresenta a visão histórica tradicional para a queda do sistema monárquico, na qual os atritos do imperador Pedro II com setores escravistas, com o clero e com militares levaram à sua ruína. No entanto, versões mais atuais apresentam uma nova interpretação, que – acrescida ao problema das “questões” –enfatiza

a) os grandes gastos com a Guerra do Paraguai, que exauriram o

Tesouro Nacional e, ao mesmo tempo, não permitiram ao Brasil ampliar sua influência sobre a região do Prata.

b) a crescente pressão externa sobre os rumos da monarquia brasileira, que se tornava mais protecionista a partir da edição das Tarifas Alves Branco.

c) o longo processo de degenerescência do sistema imperial criticado pela “burguesia cafeeira”, pelos abolicionistas e por um setor médio urbano sedento pela modernidade.

d) o surgimento de movimentos populares contra a inflação e contra os métodos modernizantes do imperador, como foi o caso da Revolta dos Quebra-Quilos, em Fortaleza.

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32) FMC – 2013/1º

Com o desenvolvimento econômico e social, aumentaram as demandas por energia, mas os seus processos de obtenção e transporte tornaram-se complexos e dispendiosos. Uma alternativa viável para o transporte de combustíveis estratégicos são as dutovias, que, na realidade, constituem uma adaptação dos milenares aquedutos. Entre os produtos que podem ser transportados nesse sistema, encontram-se a) o carvão e o petróleo.

b) o petróleo e o gás natural.

c) o urânio e o níquel.

d) o níquel e o minério de ferro.

33) FMC – 2013/1º Um dos períodos mais controversos de nossa história é a Era Vargas (1930-1945). Sobre ela, historiadores, memorialistas e repórteres deram as mais diversas versões. Ainda assim, pode-se caracterizá-la, em seus aspectos gerais, como

a) uma resposta ao anseios dos setores industriais em ascensão e

das classes trabalhadoras, que tiveram em Vargas a ressonância de suas reivindicações.

b) uma fase de desenvolvimento de um projeto estatizante que, seguindo a tendência internacional do Entreguerras, quebrou com a tendência liberal dos períodos anteriores.

c) a introdução da modernidade capitalista no Brasil, com o surgimento de novos setores sociais, como a burguesia industrial e o operariado, impulsionados pela industrialização.

d) um período de arrancada em termos de projetos educacionais, o que favoreceu o surgimento de grande número de escolas públicas orientadas por projetos pedagogicamente modernos.

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34) FMC – 2013/1º

Sobre o movimento migratório brasileiro nos últimos 100 anos, pode-se afirmar:

a) Entre as novas rotas de fluxo populacional no Brasil, inclui-se o

processo de migração de retorno dos centros urbanos e volta ao campo feito por milhares de pessoas nos últimos anos.

b) O fluxo de sulistas em direção à região Norte, em consonância com o avanço da fronteira agrícola, contribuiu para o crescimento da população no campo e, ao mesmo tempo, retardou o processo de urbanização da região.

c) A partir de 1930, a ocupação das fronteiras agrícolas (na Amazônia, no Centro-Oeste e no Paraná) foi um fator gerador de deslocamentos de população no Brasil.

d) Até 1970, a região metropolitana de São Paulo foi a “Pasárgada“ brasileira, uma vez que ali se instalaram as principais indústrias, com os melhores empregos.

35) FMC – 2013/1º

Observe o gráfico.

Aponte a melhor interpretação histórica para as informações contidas nele contidas:

a) A difusão do regime democrático como alternativa mais aceita pelas elites políticas nacionais fez com que o uso da violência como meio de fazer política diminuísse.

b) As intervenções americanas em países considerados autoritários conseguiram construir regimes mais abertos às ideias ocidentais, mais democráticas.

c) As rupturas democráticas tiveram seu apogeu durante a Guerra Fria e decresceram com a queda da URSS, a maior potência interventora a assegurar os golpes de Estado.

d) O processo conhecido como globalização incentivou a queda de regimes autoritários a partir da influência das redes sociais e do vigor dos movimentos juvenis.

1946 1951 1956 1961 1966 1971 1976 1981 1986 1991 1996 2001 2006

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36) FMC – 2013/1º

Atualmente, um novo ciclo de expansão econômica avizinha-se da região Norte do Brasil. É esperada a intensificação dos impactos ambientais e sociais negativos nessa região, que tem sido alvo de profundas interferências em seus ecossistemas. Em relação à região Norte do Brasil, pode-se afirmar:

a) A industrialização foi um processo que possibilitou

transformações estruturais na Amazônia. A região, onde predominavam as atividades extrativistas, passou a ocupar um lugar de destaque no país, no que concerne à produção mineral e à produção de bens de consumo duráveis.

b) Os solos da Amazônia, que atraem fortemente o agronegócio, são muito ricos em nutrientes, pois inexistem, em grande parte da região, processos de lixiviação, que empobrecem os horizontes do solo.

c) Dada a grande distância entre a região Norte e os principais portos exportadores, os custos de transporte são elevados e, consequentemente, torna-se inviável, nessa região, a atividade agrícola voltada para o mercado externo.

d) Com a criação da Zona Franca de Manaus e a instalação de grandes projetos de extração mineral por parte do governo federal, o extrativismo vegetal do açaí, da madeira e do látex deixou de ser importante na economia dessa região.

37) FMC – 2013/1º Leia a seguir denúncia da urbanista Raquel Rolnik sobre a violenta desocupação na Vila Pinheirinho (SP), ocorrida em janeiro de 2012.

“Milhares de homens, mulheres, crianças e idosos moradores da ocupação Pinheirinho são surpreendidos por um cerco formado por helicópteros, carros blindados e mais de 1.800 homens armados da Polícia Militar. Além de terem sido interditadas as saídas da ocupação, foram cortados água, luz e telefone, e a ordem era que famílias se recolhessem para dar início ao processo de retirada. Determinados a resistir – já que a reintegração de posse havia sido suspensa na sexta-feira –, os moradores não aceitaram o comando, dando início a uma situação dramaticamente violenta que se prolongou durante todo o dia e que teve como resultado famílias desabrigadas, pessoas feridas, detenções e rumores, inclusive, sobre a existência de mortos.”

(Disponível em http://pt.globalvoicesonline.org/2012/01/24/brasil-pinheirinho-massacre/ Acesso em 18/09/2012)

A partir das informações acima e da ressonância do problema na grande mídia, marque a opção CORRETA:

a) A violência das forças policiais utilizada na desocupação demonstra a fragilidade das áreas periféricas quanto ao problema da criminalidade.

b) A valorização de terrenos periféricos nos grandes centros atraiu especuladores, que, utilizando-se da “grilagem”, expulsam moradores de baixa renda.

c) A arrancada desenvolvimentista da última década acarretou o maior êxodo rural da nossa história, inflando a população dos bairros periféricos e gerando violentos contrastes, que, muitas vezes, desembocam em conflitos.

d) A questão fundiária brasileira e a violência decorrente das políticas de tratamento dos conflitos transferiram-se, nas últimas décadas, para as áreas urbanas e continuam desconhecidas do grande público.

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38) FMC – 2013/1º

Entre as consequências resultantes do processo de urbanização verificado nos últimos tempos, nas grandes cidades brasileiras, encontra-se

a) a integração urbana, caracterizada pela ligação entre todas as

zonas, bairros e demais áreas das cidades, independentemente do padrão de renda do conjunto de sua população, potencializando, assim, uma paisagem socialmente harmônica e dinâmica.

b) a ocupação de áreas de risco suscetíveis a enchentes ou desmoronamentos com consequentes perdas materiais e humanas.

c) a ocupação de morros e regiões periféricas pelo tráfico, que impõe sua maneira de ocupação do território e de locomoção dentro dele, mas garante a todos os moradores o mínimo para a sobrevivência no local.

d) a implantação de equipamentos urbanos de atividades físicas em quantidade suficiente para todas as pessoas, bem como a adoção de um projeto verde de arborização da paisagem urbana.

39) FMC – 2013/1º

Observe a charge e a citação a seguir.

(Disponível em http://redecastorphoto.blogspot.com.br/ acesso em 14/09/2012.)

Escolha, entre as opções oferecidas, a melhor interpretação para as mensagens: a) Tanto a charge quanto a declaração de Hillary Clinton

infantilizam as áreas citadas para legitimar a violência utilizada.

b) O contraste entre a ironia da charge e a arrogância da frase denuncia as contradições da política externa americana.

c) Ambas as mensagens demonstram a violência da política externa americana em relação às regiões sob seu interesse.

d) Ao citar uma clássica frase imperialista que remete ao antigo Império Romano, Hillary Clinton justifica o armamento cedido a rebeldes apoiados pelos EUA nas nações citadas.

“Viemos, vimos e ele morreu”

(Declaração da secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, na Líbia, logo após a morte de Gadhafi.)

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40) FMC – 2013/1º

Importantes transformações produtivas e na forma de organização do trabalho têm ocorrido nas últimas décadas, em todo o mundo e também no Brasil. Assinale a alternativa INCORRETA sobre esse tema:

a) O desemprego gerado pela globalização, pela mecanização e

pelo uso da tecnologia rebaixa os salários dos empregados, piorando também as condições de trabalho.

b) Não são raras as denúncias de casos de uso de trabalho semiescravo e escravo no Brasil, inclusive nos grandes centros.

c) O Brasil segue a tendência mundial de terceirização, principalmente no setor terciário, enquanto o setor primário e o secundário são marcados pela mecanização e pelo uso de tecnologia.

d) Uma característica marcante das relações de trabalho na etapa atual do modo de produção é a maior organização sindical dos trabalhadores verificada em todo o mundo.

PROVA DE LÍNGUA ESPANHOLA Instrucciones: Lea atentamente el texto siguiente y después conteste a las preguntas.

Venezuela: Chávez y Capriles siguen en dimes y diretes por el uso de una gorra

El presidente candidato llama “malcriado” a su contendor por negarse a dejar de usar la gorra con los colores de la bandera venezolana

Caracas (dpa). El presidente de Venezuela, Hugo Chávez, llamó hoy “malcriado” al candidato opositor Henrique Capriles Radonski por desconocer los llamados de advertencia del Consejo Nacional Electoral (CNE) por el uso de una gorra de béisbol con los colores de la bandera venezolana. “La burguesía es la burguesía, ellos nunca respetaron las leyes, no respetaron nada. Esa actitud malcriada del candidato opositor lo que hace es retar a las leyes, al país. Desnuda el perfil peligroso, no de candidato, sino de los que están detrás de él, de la burguesía, del imperio (estadounidense)”, señaló. Antes de iniciar un recorrido en caravana por el estado central de Carabobo, Chávez se refirió nuevamente a las advertencias que le hizo el CNE a Capriles para que deje de usar la gorra, alertando que viola las normas electorales por el uso de los símbolos nacionales. EL OBJETO DE LA DISCORDIA Capriles ha estado usando en sus mítines políticos la gorra con los tres colores de la bandera nacional, dentro de su campaña para las elecciones del 7 de octubre, lo que provocó los llamados de atención y una advertencia de sanción.

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El CNE alega que la gorra viola las normas electorales, pero Capriles sostiene que no está irrespetando las reglas para las elecciones de octubre, en las que Chávez buscará una segunda reelección. “Hay que respetar al árbitro, yo estoy extrañando a los anteriores candidatos, este candidato no da pie con bola, mientras nosotros estamos creciendo en las calles, en la organización popular y este mes vamos a trabajar duro, pero hay que respetar al CNE”, dijo Chávez a los periodistas. El mandatario aseguró que si el CNE le dijera que no puede usar una chaqueta azul porque el azul es un color de la bandera, él dejaría de usarla por su respeto a las normas. “Yo pudiera protestar, pero me quito la chaqueta. Es el árbitro el que habla. Yo me echo para atrás si quiero seguir jugando, pero la burguesía no respeta nada”, señaló. CHÁVEZ ESTÁ CONFIADO Chávez reiteró que ganará las elecciones de forma contundente y que su gobierno es garantía de paz para los venezolanos. “Pido salud para el 7 de octubre sellar la paz y el desarrollo de Venezuela”, aseveró. La gorra de Capriles ha provocado una polémica en el segundo mes de campaña proselitista, luego de que el CNE lo exhortara dos veces a dejar de usarla, por supuestamente violar las normas electorales. Capriles respondió que continuará usando la gorra en los mítines políticos con los que está recorriendo el país. El candidato dijo que ahora “todos los días el gobierno habla de la gorra, ahora su única preocupación es la gorra”.

(Periódico el comercio.pe - 06/08/2012)

41) FMC – 2013/1º Según el texto, los dimes y diretes de Chávez y Capriles estarían relacionados a a) la falta de consideración de las normas electorales.

b) las ideas políticas distintas entre ambos candidatos.

c) la prenda peculiar utilizada por uno de los candidatos.

d) las gorras de Capriles no muy aprobadas por Chávez.

42) FMC – 2013/1º Hay que respetar al árbitro, yo estoy extrañando a los anteriores candidatos... (párrafo 6) ¿De las siguientes alternativas, cuál expresa el sinónimo de la palabra subrayada? a) Añorando.

b) Exhortando.

c) Exigiendo.

d) Sintiendo.

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43) FMC – 2013/1º

...este candidato no da pie con bola... (párrafo 6)

La expresión subrayada significa según el texto que el candidato no

a) echa con el árbitro.

b) juega con la bola.

c) tiene mala suerte.

d) respeta las normas.

44) FMC – 2013/1º

“Yo pudiera protestar, pero me quito la chaqueta. Es el árbitro el que habla. Yo me echo para atrás si quiero seguir jugando, pero la burguesía no respeta nada”, señaló. (párrafo 8)

Los verbos subrayados podrían ser sustituidos sin cambiar el sentido de la frase respectivamente por

a) me limpio y me dirijo.

b) me pongo y me voy.

c) me saco y me inclino.

d) me pinto y me quedo.

45) FMC – 2013/1º

Marca la alternativa que expresa la idea central del texto:

a) Los enfrentamientos de ideologías políticas.

b) La prenda usada en la campaña.

c) Los dimes y diretes del CNE.

d) Las peleas entre los dos proselitistas. 46) FMC – 2013/1º Se le advierte al candidato Capriles para no usar la gorra porque

a) pinta los símbolos nacionales.

b) posee los símbolos nacionales.

c) difama los símbolos nacionales.

d) daña los símbolos nacionales. 47) FMC – 2013/1º

El candidato dijo que ahora “todos los días el gobierno habla de la gorra, ahora su única preocupación es la gorra”. (último párrafo)

De acuerdo con el contexto, el tono de ese fragmento es de

a) reproche.

b) enojo.

c) ironía.

d) compasión.

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48) FMC – 2013/1º

Desnuda el perfil peligroso, no de candidato, sino de los que están detrás de él... (párrafo 2)

La palabra subrayada puede ser sustituida sin cambiar el sentido de la frase por

a) más.

b) aunque.

c) también.

d) pero.

49) FMC – 2013/1º Sobre el texto NO se puede afirmar:

a) Chávez esté sorprendiendo a los candidatos anteriores.

b) Capriles rechaza el pedido hecho por el CNE.

c) Chávez hizo una marcha en multitud por Calabobo.

d) Capriles y la gorra suya hayan hecho mítines. 50) FMC – 2013/1º Seleccione la alternativa que contiene la correspondencia CORRECTA entre la palabra a la izquierda y el significado a la derecha:

a) señaló (párrafo 2) = dijo.

b) retar (párrafo 2) = desechar.

c) calles (párrafo 6) = campañas.

d) supuestamente (párrafo 11) = ciertamente

PROVA DE LÍNGUA INGLESA Guideline: Read the following text. Next check the correct alternative about it.

Non-governmental organizations Non-governmental organizations (NGOs) have become increasingly influential in world affairs. They often impact the social economic and political activities of communities and the country as a whole. Around 25,000 organizations now qualify as NGOs and some of them impact a small region of the world, while others have spread across multiple continents. Scholars now speak of NGOs as “non state actors” (a category that can also include transnational corporations). This term suggests NGOs’ emerging accomplishments in the international policy arena where previously only states played a significant role. Though they still have few powers over international decision-making, they have many funds to their credit: they have successfully promoted environmental agreements, strengthened women’s rights, won important arms control and disarmament measures, improved the rights and well-being of children, the disabled, the poor and indigenous people. They also fight to improve the conditions of animals used for testing. They need healthy relationships with the public to meet their goals as they use sophisticated campaigns to raise influence and employ standard lobbying techniques with governments. Major sources of NGO funding include membership dues, sale of goods and services, grants from international institutions or national governments and private donations. Even if the term “non-governmental organization’’ implies independence from governments, some NGOs depend on governments for funding. Monitoring of their expenses is done as funders require reporting and assesment. There are also associations and organizations that research and publish details on their actions.

(From Business Express 2, Richmond Publishing)

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41) FMC – 2013/1º People who work for NGOs don’t mean to make a(n) a) scene.

b) fortune.

c) mistake.

d) impression. 42) FMC – 2013/1º NGOs haven’t ___________ across the world. a) grown

b) risen

c) increased

d) diminished

43) FMC – 2013/1º Some NGOs impact their own countries. Others have extended their policies _____________. a) inside

b) around

c) abroad

d) not far away

44) FMC – 2013/1º Where previously only states used to play a significant role, nowadays NGOs ____________ play theirs. a) also

b) both

c) either

d) as well 45) FMC – 2013/1º Even if the term “non-governmental organizations” implies independence from governments, some NGOs depend on governments for funding. In the first sentence one can identify an idea of a) addition.

b) time.

c) conclusion.

d) concession.

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46) FMC – 2013/1º There are also associations and organizations that research and publish details on THEIR actions. The word in capital letters refers back to a) funds.

b) NGOs.

c) details.

d) governments.

47) FMC – 2013/1º The conditions of animals used for testing is also ___________ by NGOs. a) disregarded

b) taken into account

c) vaguely considered

d) not taken seriously

48) FMC – 2013/1º If there weren’t any NGOs, there would be ________________ across the world. a) more state organizations

b) no private solutions

c) no trouble

d) more social problems 49) FMC – 2013/1º One can state that NGOs are all of these, EXCEPT a) useless.

b) helpful.

c) comprehensive.

d) unselfish. 50) FMC – 2013/1º One of the sayings below can suit NGOs. Check it. a) A sparrow in hand is better than two flying.

b) One who wants all loses all.

c) Where there is a will there is a way.

d) Confusing is the beginning of wisdom.

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REDAÇÃO Analise, atentamente, a seguinte afirmação da autora. É no confronto com a miséria da condição humana que produzimos o melhor do humano. Em seguida, elabore um texto em que você defenda a ideia apresentada nessa frase. Na elaboração de seu texto, apresente argumentos consistentes e bem fundamentados, capazes de dar sustentação ao seu ponto de vista. Observações:

• Produza um texto de, no mínimo, 15 linhas. • Dê um título a ele. • Faça a redação a tinta.

RASCUNHO

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PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA BRASILEIRA – ADMINISTRAÇÃO E CONTÁBEIS

Instrução: Leia, com atenção, o texto a seguir, pois as questões de 1 a 14 referem-se a ele.

A primeira morte Eliane Brum

A notícia veio em um exame de rotina, aberto na página do laboratório na internet enquanto tomava um chocolate quente. Na verdade, leite com um chocolate em pó cheio de porcarias que ele toma desde a infância e, por isso, aos 43 anos, é uma fonte de alegria permanente na prateleira da cozinha. Quando bateu na minha porta, os olhos escancarados, avisando que tinha uma má notícia, eu pensei logo em câncer. No nosso tempo, é o que a gente sempre pensa, mesmo que não diga. “Meu colesterol está alto”, ele disse. “Muito acima do péssimo.” Amoleci inteira e até esbocei um sorriso. “Ah, mas isso não é tão grave.” Mas era. Eu não fui capaz de perceber logo, mas era a primeira morte de meu melhor amigo. Não era uma doença incurável, não era um drama humanitário, não era nada que alterasse a ordem do mundo. Era só a pequena tragédia dele. Comezinha e cotidiana. A tragédia de um homem comum, com uma vida comum, que sentia a primeira fisgada do fim. No percurso de uma vida, quando temos a sorte de ter uma existência longa, passamos por várias pequenas mortes e renascimentos. É importante que partes de nós morram para que outras possam nascer – ou apenas para que esses pedaços mofados de nossas crenças sobre nós ou da crença de outros sobre nós saiam do caminho. É triste quando alguém é uma coisa só a vida toda – perdendo a chance de acolher todos os outros de si. Quando alguém anda pela vida apertado em uma roupa que nunca lhe serviu direito, mas que foi vestida nele ou nela por seus pais ainda na infância, como se fosse o único modelo que lhe coubesse.

É importante que, em algum momento, de preferência mais cedo do que tarde, a gente descubra que essa roupa não serve – ou que apenas algumas partes servem e outras precisam ser jogadas fora, para que novas possam ser inventadas. É essencial que nos libertemos dos dogmas impingidos sobre nós para podermos criar uma vida que faça mais sentido – e para nos sentirmos livres para recriá-la o tempo todo. O olhar do outro sobre nós, a começar pelo dos nossos pais, às vezes é redenção, em outras é prisão, em geral é ambos. Por isso me parece que uma vida é mais rica quando morremos e renascemos muitas vezes. Mas esta é a existência psíquica, é o que se passa em nossas porções invisíveis, naquela parte da nossa geografia que não se pode tocar com as mãos. Poucas coisas ou nenhuma são mais assustadoras do que ousar se libertar de um jeito de ser cujo funcionamento conhecemos. Porque ainda que esse jeito nos sequestre o desejo, nos parece mais seguro do que enfrentar o vazio de descobrir formas de viver mais próximas de nossos anseios. Mas, se tivermos essa coragem que anda de mãos agarradas com o medo, nós nos responsabilizamos pelas nossas escolhas, seguimos e criamos e morremos e renascemos. Muitas vezes. Em algum momento, porém, o corpo anuncia uma morte da qual não é possível renascer. A rigor, começamos a morrer desde o nascimento. De fato, nosso declínio físico começa aos 20 e poucos anos, mas esses sinais podem ser ignorados. E são. Por volta dos 40 – um pouco depois, para quem tem mais sorte, um pouco antes, para quem tem mais azar –, recebemos a notícia da primeira morte que não podemos ignorar. A primeira morte do corpo. Foi o que aconteceu com meu melhor amigo. Para não morrer nos próximos anos de enfarte ou AVC por causa das artérias entupidas de gordura, ele matou com um só golpe um mundo inteiro dentro de si. Não é uma mera mudança de hábitos, como médicos e nutricionistas tentam nos convencer em consultas, reportagens e sites da internet. É um mundo inteiro que se extingue como se o Sol explodisse de repente, muito antes dos bilhões de anos

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calculados pelos astrônomos. Para quem vive nesse planeta, é uma hecatombe. Para a imensidão do universo, é um nada, estrelas morrem o tempo todo sem que a ordem da vida dos outros se altere. Para o planeta humano que é meu melhor amigo, foi uma hecatombe. Acabaram-se as feijoadas, o churrasco, a pizza, o hambúrguer, a batata frita, os pastéis, os bolos, os bolinhos, as tortas, os chocolates. Mas não só. Encerrou-se a possibilidade de renovar a qualquer momento a memória de uma vida de afetos: a receita de bacalhau da mãe que morreu, a torta de morangos que só a sogra sabe fazer, o feijão gordo que a mulher prepara toda quinta-feira e havia se tornado um acontecimento, a noite com o amigo de infância recheada de cumplicidade, chope e frituras. Acabou-se a possibilidade de degustar territórios ainda não desbravados. As experiências gastronômicas com um amigo chefe de cozinha. O acesso às dores de alma e as alegrias de outros povos e terras através da comida, dos ingredientes e dos temperos, que o instigavam a jamais perder nenhuma chance de viajar. Suas próprias invenções com as panelas que reuniam os mais próximos em alegres descobertas na mesa da cozinha. Agora, ele terá de recusar pratos em almoços e jantares – e será um problema na cozinha alheia. Um mundo dentro do mundo morreu em um segundo. E a notícia dessa morte o lembra o tempo todo de que é só a primeira das muitas que virão. “Tenho medo de morrer de repente”, ele diz. Porque sente que uma parte dele teve morte súbita tendo ele mesmo por testemunha. “Eu não fumo, não uso drogas, só bebo em ocasiões especiais”, ele diz, traído. Eu quase digo: “A vida não dá garantias”, mas me contenho a tempo. Sei que dentro dele toca o réquiem de Verdi, dramático e grandiloquente, mas só ele escuta. Porque sua tragédia é prosaica, acontece com muitos, não é notícia nem na família. Ele é só mais um homem diante do parapeito da ponte – sem vontade de atirar-se dali, mas apavorado porque um dia vai estar lá embaixo.

Pesquisamos juntos na internet, tentamos inventar receitas, descobrir novos ingredientes, criar um mundo novo dentro do universo restrito ao qual ele foi confinado. Cheiramos desconfiados uma linguiça de soja, passamos retos pela manteiga, enchemos o carrinho de coisas verdes. Depois vamos ao cinema para esquecer seu pequeno drama diante da grandeza do drama maior de um outro, mas, quando estaqueamos diante da pipoca, o luto desce sobre ele, inexorável. Sabemos que é preciso aceitar essa morte, assim como todas que virão, com o excesso de perdas que ela contém. Em geral não se morre de uma vez só, mas aos poucos. E é o corpo que nos ensina a brutalidade dessa verdade. O colesterol não encolheu apenas a largura das artérias de meu melhor amigo, mas também a largura da sua vida. Ele sabe que não pode escapar dos limites impostos pelo corpo. Pode, como todos nós, no máximo adiá-los. No exame do laboratório o tal do LDL avisa que a juventude, aquele tempo no qual era possível fingir que não havia limites, acabou. Mas a gordura que entulha as artérias de meu melhor amigo não lhe obstrui o espírito. Porque morreu e nasceu muitas vezes ao longo de seus 43 anos, há nele uma vida dentro da vida que se amplia também nesse choque com os limites. Enquanto o corpo falha, sua mente recolhe suas lágrimas, sua surpresa e sua dor e os transforma em uma experiência a mais. Sempre foi assim, afinal. É no confronto com a miséria da condição humana que produzimos o melhor do humano. Condenados eternamente ao fracasso de nosso embate com a morte, inventamos essa vida dentro da vida. Que, se tivermos a ousadia de morrer e nascer várias vezes no espaço de uma existência, será uma vida maior que a vida. Não tenho dúvidas de que meu melhor amigo seguirá suspirando de saudades de uma picanha gorda ou de um feijão com costelinha de porco. Mas, nesse último final de semana, ele já havia colado um cartaz patético na cozinha, com imagens suas de a.C. e d.C. – “C” não de Cristo, mas de colesterol. Estava entrouxado de roupas porque acreditava que os 100 gramas que tinha perdido desde que

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abriu o exame tornaram-no “mais friorento”. E tentava inventar uma maionese caseira sem ovos nem óleo. Soube então que estava salvo. Não do colesterol, mas de algo muito pior: uma vida pequena.

(Fonte: revistaepoca.globo.com) 1) FMC – 2013/1° Ao tecer suas considerações sobre a condição de saúde do amigo, a autora a) evidencia que as pequenas mortes ao longo da vida favorecem o

enfrentamento com o desconhecido.

b) descarta a possibilidade de que o amigo possa modificar velhos padrões.

c) enfatiza um panorama de condições propícias ao resgate da juventude.

d) reconhece sua dificuldade em aceitar as doenças como algo inerente a todo ser humano.

2) FMC – 2013/1° Sobre o desenvolvimento do texto, só se pode afirmar: a) Diante da doença do amigo, a autora manifesta um sentimento

de inconformismo e revolta.

b) O perfil do protagonista tem como eixo principal a falta de aceitação diante do desafio imposto pela doença.

c) As experiências gastronômicas do amigo são descritas pela autora com o objetivo de tripudiar sobre suas preferências.

d) Utilizando-se da história do amigo como elemento estruturador

do texto, a autora discorre sobre a existência humana.

3) FMC – 2013/1° Acerca da “pequena tragédia” do amigo, a autora se mostra

a) perplexa.

b) intolerante.

c) compassiva.

d) aturdida.

4) FMC – 2013/1°

Todas as passagens a seguir expressam um posicionamento da autora do texto frente à quebra de padrões estabelecidos, EXCETO a) Enquanto o corpo falha, sua mente recolhe suas lágrimas, sua

surpresa e sua dor e os transforma em uma experiência a mais.

b) É essencial que nos libertemos dos dogmas impingidos sobre

nós para podermos criar uma vida que faça mais sentido – e para nos sentirmos livres para recriá-la o tempo todo.

c) Poucas coisas ou nenhuma são mais assustadoras do que

ousar se libertar de um jeito de ser cujo funcionamento conhecemos.

d) É importante que partes de nós morram para que outras

possam nascer – ou apenas para que esses pedaços mofados de nossas crenças sobre nós ou da crença de outros sobre nós saiam do caminho.

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5) FMC – 2013/1°

Leia o fragmento. Sei que dentro dele toca o réquiem de Verdi, dramático e

grandiloquente...

Assinale a opção que melhor expressa o estado em que o protagonista se encontra na passagem acima:

a) surpreso.

b) eufórico.

c) inconformado.

d) abalado.

6) FMC – 2013/1° A última frase do texto – de caráter reflexivo – acena, metaforicamente, para a possibilidade de uma compreensão mais ampla da existência. A afirmação acima

a) extrapola as ideias do texto.

b) corrobora as ideias do texto.

c) restringe as ideias do texto.

d) nega as ideias do texto

7) FMC – 2013/1°

Em todos os trechos a seguir, a autora se utilizou de palavras e/ou expressões que possuem um efeito de sentido figurado, EXCETO em a) Mas, se tivermos essa coragem que anda de mãos agarradas

com o medo, nós nos responsabilizamos pelas nossas escolhas, seguimos e criamos e morremos e renascemos.

b) A tragédia de um homem comum, com uma vida comum, que sentia a primeira fisgada do fim.

c) De fato, nosso declínio físico começa aos 20 e poucos anos, mas esses sinais podem ser ignorados.

d) Condenados eternamente ao fracasso de nosso embate com a

morte, inventamos essa vida dentro da vida.

8) FMC – 2013/1° Considere os fragmentos abaixo e assinale aquele em que a autora tenha feito uso de construção característica da linguagem coloquial: a) Não é uma mera mudança de hábitos, como médicos e

nutricionistas tentam nos convencer...

b) Eu não fui capaz de perceber logo, mas era a primeira morte de meu melhor amigo.

c) No percurso de uma vida, quando temos a sorte de ter uma existência longa, passamos por várias pequenas mortes e renascimentos.

d) No nosso tempo, é o que a gente sempre pensa, mesmo que não diga.

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9) FMC – 2013/1° Leia o fragmento a seguir. Depois vamos ao cinema para esquecer seu pequeno drama diante da grandeza do drama maior de um outro, mas, quando estaqueamos diante da pipoca, o luto desce sobre ele, inexorável. Mantendo-se o sentido original do texto, o termo destacado pode ser substituído por a) memorável.

b) relutante.

c) moroso.

d) implacável.

10) FMC – 2013/1° Leia, com atenção, o seguinte trecho.

...ainda que esse jeito nos sequestre o desejo, nos parece

mais seguro do que enfrentar o vazio de descobrir formas de viver mais próximas de nossos anseios.

Entre as orações que compõem o trecho acima, estabeleceram-se relações de a) concessão e comparação.

b) condição e consequência.

c) concessão e condição.

d) consequência e comparação.

11) FMC – 2013/1° Observe o fragmento. Para a imensidão do universo, é um nada, estrelas morrem o

tempo todo sem que a ordem da vida dos outros se altere.

Tendo em vista o uso da modalidade escrita da língua, assinale a opção em que a frase acima foi reescrita preservando-se o sentido original do texto: a) Para a imensidão do universo, é um nada, posto que estrelas

morram o tempo todo sem que a ordem da vida dos outros se altere.

b) Para a imensidão do universo, é um nada, no entanto estrelas

morrem o tempo todo sem que a ordem da vida dos outros se altere.

c) Para a imensidão do universo, é um nada, uma vez que

estrelas morrem o tempo todo sem que a ordem da vida dos outros se altere.

d) Para a imensidão do universo, é um nada, conquanto estrelas

morram o tempo todo sem que a ordem da vida dos outros se altere.

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12) FMC – 2013/1° Assinale a opção em que o fragmento reescrito entre parênteses foi pontuado em consonância com os padrões da língua escrita padrão: a) No exame do laboratório o tal do LDL avisa que a juventude,

aquele tempo no qual era possível fingir que não havia limites, acabou. (No exame do laboratório, o tal do LDL avisa que a juventude, aquele tempo no qual era possível fingir que não havia limites, acabou.)

b) Para não morrer nos próximos anos de enfarte ou AVC por causa

das artérias entupidas de gordura, ele matou com um só golpe um mundo inteiro dentro de si. (Para não morrer, nos próximos anos de enfarte ou AVC por causa das artérias entupidas de gordura, ele matou com um só golpe, um mundo inteiro dentro de si.)

c) Estava entrouxado de roupas porque acreditava que os 100

gramas que tinha perdido desde que abriu o exame tornaram-no “mais friorento”. (Estava entrouxado de roupas, porque acreditava que os 100 gramas que tinha perdido, desde que abriu o exame tornaram-no “mais friorento”.)

d) Poucas coisas ou nenhuma são mais assustadoras do que ousar

se libertar de um jeito de ser cujo funcionamento conhecemos. (Poucas coisas ou nenhuma, são mais assustadoras do que ousar se libertar de um jeito de ser, cujo funcionamento conhecemos.)

13) FMC – 2013/1° Em todas as opções, o vocábulo destacado remete a outro termo anteriormente citado no fragmento, EXCETO em a) ...naquela parte da nossa geografia que não se pode tocar com

as mãos.

b) No nosso tempo, é o que a gente sempre pensa...

c) ...com um chocolate em pó cheio de porcarias que ele toma desde a infância...

d) E a notícia dessa morte o lembra o tempo todo de que é só a primeira das muitas que virão.

14) FMC – 2013/1° Em todas as alternativas, foram destacados termos que funcionam como núcleo do predicado, EXCETO em a) “Eu não fui capaz de perceber logo...”

b) “Soube então que estava salvo.”

c) “É importante que partes de nós morram...”

d) “Um mundo dentro do mundo morreu em um segundo.”

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Instrução: As questões de 15 a 20 têm por base a leitura das obras literárias indicadas para este concurso: Recordações do escrivão Isaías Caminha, de Lima Barreto, e Eu e outras poesias, de Augusto dos Anjos. 15) FMC – 2013/1º Leia a seguir trecho extraído do romance de Lima Barreto. Um escaler aproximou-se da barca, bem perto; a tripulação rubicunda entoava uma canção, um hino. O escaler afastou-se logo, desdenhoso e superior.

(BARRETO, L. Recordações do escrivão Isaías Caminha. São Paulo: Ática, 1984.

p.27)

Depreende-se do texto que o narrador

a) aborda, de forma panfletária, os problemas de uma sociedade

assinalada por injustiças.

b) estabelece analogia entre coisas e pessoas, no intento de abordar criticamente a sociedade.

c) critica ostensivamente o comportamento das pessoas arrivistas, que não têm compaixão pelos desvalidos da sociedade.

d) retoma a técnica descritiva dos autores naturalistas e propõe uma visão zoomórfica da humanidade.

16) FMC – 2013/1º

Referindo-se a Recordações do escrivão Isaías Caminha, o crítico Alfredo Bosi afirma que “é admirável como teia de imagens a simbolização desse instante de perplexidade, em que a esperança e a desesperança não só alternam como parecem engendrar-se uma da outra”.

(BOSI, A. Literatura e resistência. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. p.190)

Assinale a passagem do romance de Lima Barreto que melhor comprove a opinião do ensaísta:

a) Hoje, agora, depois não sei de quantos pontapés destes e outros mais brutais, sou outro, insensível e cínico, mais forte talvez; aos meus olhos, porém, muito diminuído de mim próprio, do meu primitivo ideal, caído dos meus sonhos, sujo, imperfeito, deformado, mutilado e lodoso.

b) Quando acabei o curso do Liceu, tinha uma boa reputação de estudante, quatro aprovações plenas, uma distinção e muitas sabatinas ótimas. Demorei-me na minha cidade natal ainda dois anos, dois anos que passei fora de mim, excitado pelas notas ótimas e pelos prognósticos da minha professora, a quem sempre visitava e ouvia. Todas as manhãs, ao acordar, ainda com o espírito acariciado pelos nevoentos sonhos de bom agouro, a sibila me dizia ao ouvido: vai, Isaías! vai!... Isto aqui não te basta. Vai para o Rio.

c) Que faria lá, só, a contar com as minhas forças? Nada... Havia de ser como uma palha no rodamoinho da vida – levado d’aqui, tocado para ali, animal engolido no sorvedouro... ladrão... bêbedo... tísico e quem sabe mais?

d) Pardas nuvens cinzentas galopavam, e, ao longe, uma pequena mancha mais escura parecia correr engastada nelas. A mancha aproximava-se e, pouco a pouco, via-a subdividir-se, multiplicar-se; por fim, um bando de patos negros passou por sobre a minha cabeça, bifurcado em dois ramos, divergentes de um pato que voara na frente, a formar um V. Era a inicial de "Vai". Tomei isso como sinal animador, como bom augúrio do meu propósito audacioso.

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17) FMC – 2013/1º Nos diálogos presentes em Recordações do escrivão Isaías Caminha, transparecem críticas à sociedade brasileira. Isso NÃO se verifica em:

a) – Ah, bom! Diga isso! Pela polícia, não; ela vive com os

bicheiros... Não serve pra nada, fique certo.

b) – Você tem direito, seu Valentim... É... Você trabalhou pelo Castro... Aqui para nós: se ele está eleito, deve-o a mim e aos defuntos, e você que desenterrou alguns.

c) – Nada há tão parecido como o pirata antigo e o jornalista moderno: a mesma fraqueza de meios, servida por uma coragem de salteador.

d) – Sou muito moço, tenho vinte e dois anos, faço versos desde os dezoito; agora, fiz uma escolha e publiquei este volume...

18) FMC – 2013/1º Leia abaixo trecho do romance de Lima Barreto em que se focaliza o jornalista Floc em sua angústia para escrever.

Voltou a ler o que tinha escrito... Leu duas vezes, não gostou, rasgou... Recomeçou... A sua fisionomia estava transtornada. Não tinha mais a impressão de satisfação, de deslumbramento interior. A testa contraíra-se, enrugando-se; os olhos estavam fixos e a boca, cerrada nervosamente, custava a abrir-se para aspirar rapidamente o cigarro. Toda a sua fisionomia revelava uma contensão extraordinária, fora mesmo do poder habitual da sua vontade.

(BARRETO, L. Recordações do escrivão Isaías Caminha. S.P.: Ática, 1984, p.131) O poeta Augusto dos Anjos, em seu livro Eu e outras poesias, também aborda esse tema da angustiante luta pela expressão escrita, como se verifica em:

a) Tarda-lhe a Ideia! A inspiração lhe tarda! E ei-lo a tremer, rasga o papel, violento, Como o soldado que rasgou a farda No desespero do último momento!

b) Súbito, arrebentando a horrenda calma, Grito, e se grito é para que meu grito Seja a revelação deste Infinito Que eu trago encarcerado em minh’alma!

c) Ao terminar este sentido poema Onde vazei a minha dor suprema Tenho os olhos em lágrimas imersos... Rola-me na cabeça o cérebro oco. Por ventura, meu Deus, estarei louco?! Daqui por diante não farei mais versos.

d) Mas de tal arte e espécie tal fazê-lo Ambiciono, que o idioma em que te eu falo Possam todas as línguas decliná-lo Possam todos os homens compreendê-lo!

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19) FMC – 2013/1º Para Ferreira Gullar, “um dos fatores que constituem a marca e o fascínio do mundo verbal de Augusto dos Anjos é essa mescla de palavras eruditas com palavras vulgares, de construções pernósticas com composições coloquiais”. (GULLAR, F. Toda a poesia de Augusto dos Anjos. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976.

p.55) Assinale a opção em que melhor se exemplifica o tom coloquial na poesia de Augusto dos Anjos:

a) Tentava compreender com as conceptivas Funções do encéfalo as substâncias vivas Que nem Spencer, nem Haeckel compreenderam...

b) E no estrume fresquíssimo da gleba Formigavam, com a símplice sarcode, O vibrião, o ancilóstomo, o colpode E outros irmãos legítimos da ameba!

c) Toma um fósforo. Acende teu cigarro! O beijo, amigo, é a véspera do escarro, A mão que afaga é a mesma que apedreja.

d) Os defuntos então me ofereciam Com as articulações das mãos inermes, Num prato de hospital, cheio de vermes, Todos os animais que apodreciam!

20) FMC – 2013/1º

Leia o soneto seguinte, de Augusto dos Anjos.

A ideia De onde ela vem?! De que matéria bruta Vem essa luz que sobre as nebulosas Cai de incógnitas criptas misteriosas Como as estalactites duma gruta?! Vem da psicogenética e alta luta Do feixe de moléculas nervosas, Que, em desintegrações maravilhosas, Delibera, e depois, quer e executa! Vem do encéfalo absconso que a constringe, Chega em seguida às cordas do laringe, Tísica, tênue, mínima, raquítica... Quebra a força centrípeta que a amarra, Mas, de repente, e quase morta, esbarra No mulambo da língua paralítica!

(ANJOS, A. Eu e outras poesias. São Paulo: Martins Fontes, 1994. p.13)

Com base nesse soneto, pode-se afirmar sobre a poesia de Augusto dos Anjos: a) Utilizando recursos precários de expressão, valoriza o poder da

linguagem.

b) Fazendo uso da alegoria, aborda a decadência da sociedade escravocrata.

c) Por meio da força verbal, expressa aspectos agônicos do homem.

d) De posse de um léxico trivial, recupera as fontes clássicas do lirismo.

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REDAÇÃO

Analise, atentamente, a seguinte afirmação da autora. É no confronto com a miséria da condição humana que produzimos o melhor do humano. Em seguida, elabore um texto em que você defenda a ideia apresentada nessa frase. Na elaboração de seu texto, apresente argumentos consistentes e bem fundamentados, capazes de dar sustentação ao seu ponto de vista. Observações:

• Produza um texto de, no mínimo, 15 linhas. • Dê um título a ele. • Faça a redação a tinta.

RASCUNHO

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