Viagem de Vaso da Gama

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25-01-2013 1 A viagem de Vasco da Gama A viagem de Vasco da Gama Adaptado de http://nonio.eses.pt/gama/ Por Nuno Palma Pereira e Rute Cruz (Pais da Joana Pereira – 1.º D) A viagem de Vasco da Gama Esta apresentação sobre a viagem do Vasco da Gama foi adaptada pelos pais da Joana Pereira (1.ºD) que foram à nossa sala contar esta fantástica história. É esta história que inspira o nosso blog e o trabalho que estamos a fazer ao longo deste ano – uma “viagem fantástica”.

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Apresentação feita pelos pais da Joana Pereira, a partir de http://nonio.eses.pt/gama/

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A viagem de Vasco da GamaA viagem de Vasco da GamaAdaptado de http://nonio.eses.pt/gama/

Por Nuno Palma Pereira e Rute Cruz(Pais da Joana Pereira – 1.º D)

A viagem de Vasco da Gama

Esta apresentação sobre a viagem do Vasco da Gama foi adaptada pelos pais da Joana Pereira (1.ºD) que foram à nossa sala contar

esta fantástica história. É esta história que inspira o nosso blog e o trabalho que estamos a fazer ao longo deste ano – uma

“viagem fantástica”.

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Esta é a armada de Vasco da Gama que partiu de Lisboa a 8 de Julho de 1498. Tinha como objectivo chegar à Índia por via marítima. Foi uma viagem atribulada que terminou com sucesso cerca de 10 meses depois.

Vamos embarcar nesta grande aventura com um pequeno grumete chamado Pedro que nos vai contar o que aconteceu…

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A armada é comandada por Vasco da Gama que viaja na nau São Gabriel onde vai o nosso amigo Pedro.

Quando saímos de Lisboa havia muitas pessoas na praia a despedir-se de nós! Até o rei D. Manuel I estava presente com a sua comitiva.

Se formos bem sucedidos, as riquezas do Oriente ficarão ao alcance dos portugueses. Conheceremos outros povos e outras culturas.

Nada em Portugal ficará como dantes!

Vamos a caminho…

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Durante a noite passada não se consegui ver um palmo à frente do nariz, tal era o nevoeiro. O pior é que nos perdemos das outras naus! Mas o capitão-mor não está preocupado porque, prevendo que isto podia acontecer, combinou que nos encontrássemos todos na ilha de Santiago, em Cabo Verde.

Trabalho não me falta! O Mestre não me dá lá muito descanso: já lavei sem conta as tábuas do convés…

Às vezes mandam-me ajudar os marinheiros a recolher as velas.

Disso é que eu gosto, trabalho que vale a pena fazer para aprender a profissão

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Já estamos todos juntos novamente. Só queria que vissem a alegria que sentimos quando a armada se reuniu. Houve tiros de canhão, toques de trompeta e muita risota. Desta já escapámos!

Vamos ficar ancorados nesta ilha por alguns dias para recolhermos alimentos, água fresca e repararmos as velas.

Que lindos são estes animais! Os marinheiros chamam-lhe baleias. São tão grandes! Assustei-me há bocado quando uma delas atirou um grande jacto de água.

Os mais velhos riram-se de mim, mas o que é que querem? Já tinha ouvido falar delas, mas nunca tinha visto nenhuma.

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Terra à vista! Terra à vista! – gritei o mais alto que pude.

Em frente de nós estendia-se a linda Baía de Santa Helena. O capitão-mor já mandou um batel a sondar para ver se podemos ancorar aqui durante alguns dias.

É preciso água fresca, lenha e reparar as velas.

Já contactámos com os homens desta terra. Um deles veio à nau do capitão-mor e comeu com ele.

Hoje fomos mais uma vez a terra e trocámos moedas por conchas que eles trazem nas orelhas e por rabos de raposas que usam como abanos.

Regressámos às naus, mas Fernão Veloso ficou em terra porque queria ver a aldeia desta gente.

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Quando ouviram a gritaria de Fernão Veloso, os capitães apressaram-se a ir buscá-lo. Nisto, os homens que vinham a correr atrás dele, começaram a atirar as suas zagaias. Foi a confusão geral.

O capitão-mor e mais 3 ou 4 dos nossos ficaram feridos, mas sem gravidade. Que susto!

Lá está o Cabo da Boa Esperança. É um rochedo enorme, que mete respeito. Felizmente, não tivemos que enfrentar as tempestades que Bartolomeu Dias enfrentou, na sua viagem de regresso a Portugal.

Já vencemos mais esta etapa, graças a Deus!

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Chegámos a Angra de S. Brás. Vamos ficar aqui durante 13 dias.

Como já se acabaram os mantimentos que a naveta transportava, o capitão-mor decidiu queimá-la. Os homens que viajavam nela vão ser distribuídos pelas outras embarcações.

Hoje, falei com um tripulante que se chama Álvaro Velho. Está a escrever tudo o que se tem passado nesta viagem. Espero que fale de mim…

Que grande festa! Os naturais desta terra vieram à praia, tocaram flauta e dançaram. E nós também, pois não. Até o capitão-mor entrou no bailarico!

No outro dia trocámos guizos e barretes por pulseiras de marfim. Parece que nesta terra há muitos elefantes. Mas eu não vi nenhum…

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Há 4 dias que estamos a navegar. Agora rebentou uma tempestade horrorosa. Estão a ouvir os trovões?

Parece que há naus perdidas…

Vamos entrar num mar totalmente desconhecido de todos os europeus. A partir daí não teremos cartas náuticas que nos indiquem o bom caminho a seguir.

Lembram-se da tempestade que tivemos de enfrentar há dias? Bom, já passou e estamos todos juntos novamente, num terra maravilhosa. As pessoas aqui são tão amigáveis…

Boa gente, sem dúvida. Até fiz novos amigos.

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Finalmente, TERRA À VISTA!

Só estamos a navegar há 12 dias, mas muitos homens estão doentes… Têm as mãos, os pés e as gengivas inchadas. Não conseguem comer e têm muitas dores. Precisam de se alimentar bem, é o que é.

Assim, talvez melhorem…

Os homens estão a melhorar a pouco e pouco. Eu ajudo no que posso, dou-lhes de comer e de beber, animo-os com as minhas graçolas…

O capitão está muito contente. Tem falado com a gente desta terra e, pelo que dizem, já não falta muito para chegarmos ao nosso destino.

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Adeus, adeus! Talvez nos voltemos a encontrar na viagem de regresso. O capitão mandou colocar um padrão nesta terra, para assinalar a nossa passagem.

Estamos a contornar a costa oriental de África. É uma terra muito bonita, cheia de arvoredos.

Chegámos à ilha de Moçambique! Foi com grande surpresa que vimos navios mouros carregados de ouro, cravo, pimenta, pérolas, rubis e outras riquezas. A Índia está próxima!

O pior é que os mouros não estão dispostos a ceder-nos este comércio. Hoje Vasco da Gama e Nicolau Coelho foram atacados por eles quando seguiam nos seus batéis. Valeu-lhes Paulo da Gama que, da nau Bérrio, mandou disparar canhões…

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Há alguns dias, o capitão-mor pediu ao sultão que nos arranjasse dois pilotos para podermos continuar a nossa viagem em segurança. O sultão aceitou e agora viajamos com eles.

Eu não confio em nenhum deles. Hummm… parece que nos vão trair.

A ilha de Moçambique não nos deixa saudades! Houve enredos, conspirações, traições e escaramuças. Não se pode confiar nestes Mouros, isso é certo.

Eu faço o que posso: tenho os pilotos debaixo de olho, a todo o momento.

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Eh! Eh! Eh! Eu não disse que aqueles pilotos eram traidores? Pois bem, hoje confirmei as minhas suspeitas. Em frente de Mombaça, é terra de Mouros, estava uma embarcação à espera que o capitão entrasse no porto. Como ele não o fez, os pilotos que trouxemos da ilha de Moçambique, lançaram-se à água e os outros recolheram-nos.

Está tudo esclarecido! o capitão-mor arrancou a verdade a um dos mouros que trouxemos da ilha de Moçambique, juntamente com os pilotos. O plano deles era atacarem-nos, mal entrássemos na cidade.

Graças a Deus que não o fizemos! A nossa viagem podia ter acabado aqui…

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Partimos ontem de Mombaça. Ainda há pouco avistámos dois barcos com mouros. Como precisamos de um piloto experiente neste mar, o capitão resolveu tomar um dos barcos. Só não contávamos que os homens se atirassem ao mar para nos fugirem… Agora andamos a recolhê-los. Que grande confusão…

Desde ontem à noite que estamos aqui, em frente a Melinde. Os mouros que aprisionámos dizem que, se os levarmos à cidade, nos darão bons pilotos, mantimentos, água e tudo o que precisarmos. Seria uma armadilha como a que nos fizeram em Mombaça? O que decidirá o capitão?

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Afinal parece que este rei de Melinde é de confiança. Já trocou presentes com o capitão e está disposto a dar-nos um piloto para nos levar até à Índia.

Agora, está a conversar com o capitão. Nós estamos a aguardar o resultado com grande impaciência…

Saímos de Melinde no dia 24 de Abril. O piloto é de confiança e tem-nos servido bem. Já estamos muito perto da cidade de Calcute, a terra das especiarias.

Hummm… há um cheirinho a canela no ar. Ou será a minha imaginação a trabalhar?

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CHAGÁMOS! Finalmente, a Índia.

Vasco da Gama vai enviar João Nunes à cidade para ver se não há perigo.

Nem queiram saber como me sinto feliz…

M it i d d i h á ! J ã N tMuitas coisas se passaram desde que aqui chegámos! João Nunes esteve com dois mouros de Tunes que sabem falar castelhano.

- O que vos traz aqui? – perguntou-lhe um deles

-Vimos buscar cristãos e especiaria. – respondeu-lhe João Nunes

Já na nau, um dos mouros confirmou a Vasco da Gama:

-Muitas graças deveis dar a Deus por vos trazer a terra onde há tanta riqueza!

Estamos todos muito felizes.

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Vasco da Gama enviou dois homens junto do Samorim de Calcute com a missão de o informar que tinham chegado embaixadores de um reino distante. O Samorim dispôs-se a recebê-lo e mandou-o buscar.

O capitão-mor vai ser transportado num palanquim, que é o meio de transporte das pessoas ilustres desta terra.

Este Samorim de Calecute é riquíssimo! Recebeu o capitão-mor numa sala deslumbrante, decorada com objectos de ouro e prata. Vasco da Gama falou de D. Manuel I, um rei muito poderoso que desejava estabelecer relações de amizade com os senhores da Índia. Esta conversa agradou ao Samorim.

Nessa noite, os nossos dormiram em terra.

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O feitor do Samorim viu hoje os presentes que Vasco da Gama trouxe. Achou-os insignificantes e riu-se deles. Sugeriu que fossem substituídos por ouro. O capitão-mor, que não traz ouro consigo, lá se desculpou o melhor que pode, dizendo que aqueles eram apenas presentes simbólicos. Prometeu que nas próximas viagens traríamos coisas bem mais ricas. Mas estas desculpas não convenceram o feitor nem o Samorim…

Sabem lá o que tem acontecido! Os mouros têm feito muitas intrigas junto do Samorim, dizendo que não representamos nenhum rei e apenas queremos roubar.

Resultado: estamos a ser vigiados e só podemos ir a bordo se ficarem alguns dos nossos em terra. Isto tudo é para não nos deixarem partir!

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Vamos regressar! g

Vasco da Gama usou o mesmo estratagema do Samorim: quando alguns senhores honrados desta terra vieram às nossas naus, não os deixou voltar e fingiu que íamos partir para Portugal. É claro que o Samorim nos enviou logo os nossos homens, a troco dos seus que aqui tínhamos.

Mandou também uma carta para D. Manuel I dizendo que quer comerciar especiarias a troco de ouro, prata, coral e escarlate.

MISSÃO CUMPRIDA!

Há já alguns dias que chegámos a Lisboa. Fomos recebidos com muita alegria e os festejos continuam: touradas, procissões e espectáculos de saltimbancos.

Hoje é um dia especial. O rei D. Manuel I chamou Vasco da Gama para junto de si, dando-lhe a honra de o deixar caminhar ao seu lado. Não há dúvida que D. Manuel atribui uma grande importância ao sucesso da nossa viagem.

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Depois da Viagem de Vasco da Gama, ficou aberto o caminho marítimo para a Índia. O Oriente ficou mais próximo da Europa. Os portugueses primeiro e, mais tarde, outros povos europeus, passaram a efectuar o comércio com o Oriente através do Oceano Atlântico, seguindo a Rota do Cabo.

No século XVI partiram todos os anos de Lisboa muitas embarcações construídas na Ribeira das Naus com destino ao Oriente. Chegavam carregadas de ricos produtos que eram armazenados na Casa da Índia e da Mina. Depois, eram distribuídos por toda a Europa.

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A rua Nova dos Mercadores era a mais bela e a mais movimentada da cidade. Era a rua preferida dos burgueses que, enriquecidos com o comércio, aí viviam luxuosamente. Era aí também que viviam muitos estrangeiros que se tinham fixado em Lisboa.

O Império Português do século XVI abrangia territórios da América, da África e da Ásia.

Lisboa, a capital deste império, era nessa época uma das cidades mais importantes do mundo.

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FIM