Viajar é preciso - Unimed Londrina · rede de lanchonetes Conde de Sanduíche, ... mos para o...

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EDIÇÃO OUT/NOV/DEZ NÚMERO 46 Viajar é preciso Conhecer novos lugares resulta em aprendizagens importantes também para o trabalho Administração participativa Na Brasilata, os colaboradores sugerem as inovações Sustentabilidade Um caminho viável também para os pequenos

Transcript of Viajar é preciso - Unimed Londrina · rede de lanchonetes Conde de Sanduíche, ... mos para o...

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Viajar é precisoConhecer novos lugares resulta em aprendizagens importantes também para o trabalho

Administração participativaNa Brasilata, os colaboradores sugerem as inovações

SustentabilidadeUm caminho viável também para os pequenos

Memorando

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Assessoria

PequenoSque quereM Ser grAndeS

Heverson Feliciano, gerente Sebrae norte Paraná

A maioria dos empreendedo-res, quando pensa em abrir um negócio, sonha tornar-se grande. Mas para isso é pre-

ciso vencer etapas, começar pequeno, vencer o desafio de conquistar seu es-paço sob o sol, consolidar a pequena empresa. A fundação precisa ser sóli-da para sustentar uma estrutura que vá se ampliando. isso exige algumas medidas e atenções antes mesmo da abertura do negócio. Pensando sem-pre que o primeiro grande desafio da futura grande empresa é se manter no mercado nos primeiros dois anos. o gerente da Unidade Regional Nor-te/PR do Sebrae, Heverson Feliciano, orienta os pequenos que querem ser grandes.Ele afirma que normalmente todo empreendedor que procura o Sebrae para abrir uma nova empresa tem o desejo de crescer, se tornar “grande”, o que implica em: ter vários funcioná-rios, uma grande estrutura, uma rede de franquias, vender para todo Brasil ou mesmo exportar, ter um grande faturamento. “este desejo, sonho ou ousadia é o que o torna realmente um empreendedor e o faz sempre procu-rar melhorar.” No entanto, de acordo com Feliciano, não há um comportamento padrão a ser seguido para uma empresa pe-quena adotar pensando em se tornar maior. “dependendo da atividade, do modelo de negócio e das expectativas de crescimento deverá ser montada uma estratégia para estruturação da empresa. obviamente alguns temas deverão, obrigatoriamente, ser pensa-dos, como a profissionalização da ges-tão, o desenho dos processos, sistema de informações, entre outros. Porque isto facilitará a gestão da empresa por parte do empreendedor e contribuirá

enquanto muitos no mercado pregam a necessidade de oxigenação constante para a obtenção de resultados, a Brasilata, fabri-cante de latas de aço fundada em 1955, é uma prova de que é possível fazer diferente e dar certo. Ali, emprego é para a vida toda. E graças a um eficiente sistema de adminis-tração participativa adotado há 25 anos, seus colaboradores são responsáveis diretos pelas ideias que dão origem às inovações. Conhe-ça um pouco mais sobre esta empresa, con-siderada uma das melhores para se trabalhar no País, na coluna Benchmarking.

e por falar em boas empresas para se tra-balhar, você vai saber por que a Unimed Londrina também foi selecionada pelo Guia Você S/A exame como um dos 150 melhores lugares para seguir uma carreira profissional no Brasil. A coluna Via Unimed traz ainda três importantes prêmios conquistados recente-mente pela Cooperativa: o Prêmio Nacional Aberje de Comunicação, o Top de Marketing da Associação dos dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil – Seção Paraná (AdVB--PR) e o Prêmio GRPCom de Criação.

esta edição mostra que viagens de férias para outros países e mesmo para conhe-cer melhor nossa terra natal podem render muito mais do que descanso e relaxamento. Nestas experiências, dependendo de como são vivenciadas, podemos voltar enriqueci-dos culturalmente, o que re letirá na nossa postura profissional. Este é o tema da coluna Vida executiva.

As próximas páginas trazem ainda o exemplo de uma empresa que nasceu de um investi-mento de R$ 1 mil e tornou-se referência em práticas sustentáveis e socialmente responsá-veis, provando que este tipo de gestão pode alavancar o sucesso também dos pequenos negócios. Leia a entrevista com o criador da rede de lanchonetes Conde de Sanduíche, de Vitória (eS), Alberto Campos Fernandes, na coluna Gestão de ideias. em Assessoria, o gerente da Unidade Regional Norte/PR do Sebrae, Heverson Feliciano, dá importantes orientações a pequenos empresários que querem ser grandes. Veja por que planeja-mento é a palavra de ordem.

Boa leitura!

AssessoriaPARA CReSCeR é PReCiSo eSTAR ATeNTo A ALGUNS PASSoS qUe deVeM SeR SeGUidoS ANTeS MeSMo de ABRiR o NeGóCio”

para os planos de expansão.”A primeira preocupação, antes mesmo de alçar voos mais ambiciosos, é se manter no mercado durante os dois primeiros anos. o alto índice de falên-cias neste período sempre assustou. No entanto, esse quadro tem se re-vertido. “os índices melhoraram muito nos últimos 20 anos, no passado este percentual era de 80%, atualmente está em torno de 25%”, afirma Felicia-no. “ou seja, a relação mudou muito, praticamente invertemos o gráfico. Po-demos dizer que a taxa de sucesso era de 20% e agora está em 75%.”este indicador mudou pela in luência de inúmeras variáveis, algumas delas de mercado, outras ligadas à melho-ria no nível educacional da população. “Mas, podemos também dizer que o que vem crescendo no País é o em-preendedorismo de oportunidade, ou seja, a pessoa decide investir em uma nova empresa porque identificou uma oportunidade de negócio – um novo produto, uma inovação, uma necessi-dade não atendida, um hobby”, explica. “diferente do empreendedorismo de Necessidade, onde a pessoa é forçada a montar uma nova empresa por não ter outra opção.”A diferença entre as duas, segundo o gerente do Sebrae, está no tempo in-

vestido para planejar, desenhar, pensar e construir a nova empresa, sem a ne-cessidade de retorno imediato. “Nor-malmente, o empreendedor pensa nas questões legais, licenças, alvarás. o que é muito importante também, mas an-tes disto é importante o planejamento, aqui não somente o processo de mon-tar um bom plano de negócios, mas sim de identificar uma oportunidade.”Feliciano explica que procuram o Se-brae empreendedores que não têm ideia do que querem montar e outros que sabem o que querem. No primei-ro caso, a pessoa é estimulada a iden-tificar uma oportunidade. Seja pelo conhecimento que já tem, por ativida-des desenvolvidas, hobby, experiência familiar, necessidade não atendida na sua cidade/bairro. Aqueles que já sabem o que querem são orientados a buscar informações sobre esta oportunidade. Para isso são colocadas em contato com revistas, fei-ras do setor, para levantar informações do mercado consumidor, dos futuros concorrentes, também se possível até experimentar a atividade. “Às vezes a pessoa possui um amigo/parente que tem uma empresa no mesmo setor, então dizemos para fazer um estágio. ou seja, precisa saber se realmente esta é uma atividade que ela deseja

trabalhar, se envolver.”Este processo é a definição do Mode-lo de Negócio. “Como vou estruturar a empresa, quais canais, como será o relacionamento com este cliente, quais recursos vou precisar. depois sim va-mos para o Plano de Negócios.” este nada mais é do que imaginar a empre-sa funcionando e colocar tudo isto no papel: o cliente, mercado concorrente, fornecedor, custo, preço de venda, for-ma de venda. depois de tudo isto é preciso simular lucratividade, rentabili-dade, luxo de caixa, necessidade de capital de giro, retorno do investimen-to. “São informações que possibilitam ao futuro empreendedor repensar o negócio, avaliar antes de começar a atividade. isto não garante o sucesso, mas evita muitos problemas.”

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Benchmarking

uMA eMPreSA que fAZ diferenTe

Em 2012 a Brasilata, fabricante de la-tas de aço que mantém unidades de produção em São Paulo, estrela (RS), Rio Verde (Go) e Recife (Pe),

foi premiada mais uma vez por publicações especializadas como uma das melhores empresas para se trabalhar no País. Chama a atenção o fato de tratar-se de uma indús-tria do ramo da metalurgia, onde não é tão simples manter funcionários motivados e ambientes de trabalho estimulantes. A fórmula da Brasilata está na administra-ção participativa, adotada há 25 anos, que é também a sua fonte de inovação. este modelo de gestão foi implantado por meio do Projeto Simplificação (Sistema Brasilata de Sugestões), com o objetivo de tornar seus colaboradores responsáveis diretos pelas ideias que dão origem às inovações. quando uma nova pessoa é contratada para trabalhar na empresa, ela assina um contrato com função inventiva e torna-se, portanto, um ‘inventor’. é a capacidade cria-tiva destes inventores, que não raro traba-lham a vida toda ali, que garante o sucesso e o crescimento da Brasilata. o Ceo da empresa, Antonio Carlos Teixeira Álvares, explica que este modelo de gestão foi adotado na década de 1980, diante da forte crise que atingiu o Brasil, e é baseado nos princípios do Sistema Toyota de Produ-ção. Hoje, porém, o número de ideias suge-ridas já supera os índices da montadora de carros. de acordo com Teixeira, a intenção, no início, era simplesmente inspirar-se nas técnicas de produção japonesas para au-mentar a eficiência, mas logo ficou claro que o melhor era adotar o sistema como um todo.“os japoneses são muito inovadores. é pre-ciso derrubar o mito de que inovação está ligada apenas a tecnologia. inovação são novas ideias que, implantadas, resultam em sucesso, em resultado. inovação é uma cul-tura dentro da empresa, é fruto de um am-biente complexo. A Starbucks, por exemplo,

uma das empresas mais inovadoras e de maior sucesso no mundo, não depende de alta tecnologia”, argumenta o Ceo. As mudanças que redefiniram os rumos da empresa fundada em 1955 para produ-zir tampinhas de embalagens de cosméti-cos, porém, não aconteceram do dia para a noite. da mesma forma, o sucesso não chegou num piscar de olhos. “demorou muitos anos para nos aproximarmos do sistema japonês, porque há também ques-tões culturais envolvidas”, revela Teixeira. Hoje a Brasilata é a prova de que inovar tem muito a ver com investir nas pessoas, pois são elas as responsáveis pelas grandes ideias. “Não há pílula mágica, não há bala de prata que promova a inovação.”o sistema de sugestões implantado na empresa, também baseado no modelo da Toyota, foi o responsável pelo grande envolvimento dos funcionários com a or-ganização. desde 1988, ele oferece garan-tia de emprego após dois anos de casa e segurança de que a empresa absorverá as sobras temporárias de pessoal sem lançar mão de demissões. “Não se trata de estabi-lidade de emprego como em uma estatal, mas aqui não demitimos porque o merca-do caiu, não demitimos por questões con-junturais. Administramos a situação. Temos, por exemplo, um sistema de banco de fé-rias bem interessante que foi desenvolvido por nós durante a época de crise”, explica Antonio Carlos Teixeira. essa política, que inclui ainda a distribuição de 15% do lucro líquido da empresa com os colaboradores, despertou confiança entre todos para que gerassem ideias. o Ceo admite que a Brasilata “é um ani-mal diferente” por prezar a manutenção de funcionários enquanto tantos no mercado pregam a necessidade de oxigenação para a obtenção de resultados. “Aqui emprego é para a vida toda. empresas malsucedidas é que têm que contratar gente de fora para tentar resolver os problemas, porque as

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Antonio Carlos Teixeira Álvares,

Ceo da Brasilata

NA BRASiLATA, UMA dAS MAiS iNoVAdoRAS iNdÚSTRiAS do PAíS, AS ideiAS doS CoLABoRAdoReS São PReMiAdAS CoM eSTABiLidAde No eMPReGo e PARTiCiPAção NoS LUCRoS ”

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pessoas não dão ideias se estão em um lugar ruim. é preciso trocar (fun-cionários) quando as coisas vão mal, mas isso não quer dizer que é preciso trocar quando as coisas vão bem. é uma confusão de causa e efeito. Se as coisas vão bem, não há por que me-

xer”, defende Teixeira. ele lembra que, mesmo indo na dire-ção contrária de muitas outras empre-sas, a Brasilata não é a única a adotar a gestão focada na valorização das pes-soas. outras grandes e bem-sucedidas corporações, como Apple, Google e

3M também adotam esta filosofia, que é a base do modelo Toyota. “Pessoas são o maior patrimônio da empresa”, reforça o Ceo, que falou à Mundo Cor-porativo horas antes de receber mais um prêmio concedido à fabricante de latas, desta vez pela revista época.

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Práticas sustentáveis e social-mente responsáveis não fun-cionam apenas em grandes corporações. elas podem ala-

vancar o sucesso também dos peque-nos negócios. é o que garante Alber-to Campos Fernandes, dono da rede de lanchonetes Conde de Sanduíche, de Vitória (eS), empreendimento que nasceu em 2008 e que já coleciona premiações, entre elas o Prêmio de Competitividade para Micro e Peque-nas empresas – MPe Brasil, concedido pelo Sebrae. Fernandes participou, em outubro, do 3º encontro com Fornece-dores da Unimed Londrina.o empresário se tornou referência nacional em gestão ao adotar o pla-nejamento e a sustentabilidade como base de seu trabalho. Ao abrir sua pri-meira loja, há pouco mais de quatro anos, Fernandes tinha apenas R$ 1 mil no bolso, mas acumulava a experiên-cia de uma tentativa frustrada de um negócio na área gastronômica. Pouco antes, ele havia investido as economias de 10 anos de trabalho na europa para abrir dois restaurantes na capital capi-xaba. Não deu certo. “Perdi tudo o que tinha porque montei os restaurantes sem planejamento.”Sem muitas alternativas, ele começou a sustentar a família vendendo chur-rasquinho na porta de uma faculdade. “o meu faturamento era de R$ 1 mil por mês. Complementava a renda com um emprego de maitre em um hotel. Aí percebi que era preciso mudar essa situação, dar a volta por cima, e passei a planejar a empresa que tenho hoje. Pensei comigo: tenho que começar uma empresa organizada, fazer como as grandes fazem, em pé de igualda-de. Adotei, então, o caminho inverso ao da primeira tentativa, quando tinha recursos, mas não tinha planejamen-

Alberto Campos, proprietário da Conde

de Sanduíche

to. e foi assim que deu certo”, conta o empresário, que desde cedo trabalha-va de dia e estudava à noite. Para ele, lavar pratos e limpar banheiros foram a base do seu aprendizado e fortale-ceram seu conhecimento sobre capital e trabalho. quando a casa de lanches começou a fazer sucesso e Fernandes percebeu que havia potencial para crescer e lu-crar ainda mais, a gestão sustentável entrou em cena. Com uma conta de luz de R$ 1,8 mil, pesada demais para o porte da empresa, ele instalou lâm-padas luorescentes, eliminou mais da metade dos freezers, passou a separar e comercializar os resíduos recicláveis e descobriu que as práticas sustentá-veis nunca se esgotam. o empresário costuma dizer que se dedicarmos 10 minutos por dia para pensar em sus-tentabilidade, as soluções práticas apa-recem. Hoje a Conde de Sanduíche mescla os cuidados com o meio ambiente com ações de promoção social. o óleo de cozinha usado, por exemplo, é enca-minhado para uma empresa produtora de biodiesel, cujo valor é trocado por bonificações doadas a entidades que tratam de câncer infantil. Já os forne-cedores são vistos como parceiros e escolhidos a partir das práticas sus-tentáveis que adotam. “Com a susten-tabilidade vem o crescimento e o re-conhecimento da sociedade, além da garantia de continuidade da empresa, com redução significativa do desper-dício e o aumento do lucro”, enfatiza Alberto Fernandes.Paralelamente, há um esforço para reinserir na sociedade as pessoas que se encontram excluídas, como o apoio a toxicodependentes, para compor o quadro de colaboradores. “decidimos nos transformar em uma célula capaz

gestaodeideias

SuSTenTABilidAde é PArA TodoS

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eMPReSA qUe NASCeU de UM iNVeSTiMeNTo de R$ 1 MiL ToRNoU-Se ModeLo de GeSTão, PRoVANdo qUe PLANeJAMeNTo e CoNSCiêNCiA AMBieNTAL FAZeM A diFeReNçA”

de transformar pessoas e resgatar sua cidadania.” o empresário comemora os resultados obtidos com um toxico-dependente de crack. “Não é um tra-balho fácil. demanda tempo, cuidado, trabalho de equipe, conscientização dos colaboradores, que dão ao cole-ga apoio emocional, gerando grande satisfação, produtividade e espírito de equipe. A empresa passa a ser parte do tripé da cidadania e uma extensão da família e da sociedade.”dar novas oportunidades a pessoas que já estavam fora do mercado em função da idade é outra iniciativa que tem dado bons resultados. “Temos o caso de uma colaboradora, uma cozi-nheira renomada da cidade que, aos 73 anos, estava esquecida por todos, apesar do seu enorme potencial. Ao trazê-la para trabalhar conosco, pu-demos usufruir de uma bagagem de conhecimentos e valores que é difícil encontrar nos colaboradores hoje em dia, e ela acabou se tornando nossa chefe de cozinha durante o dia. Atu-almente esta funcionária está come-çando, com nossa ajuda, a conhecer o mundo digital”, relata Fernandes.Com o mesmo objetivo, a empresa realiza um trabalho com ex-presidi-ários. Não se trata, porém, da criação de um vínculo de dependência, mas de resgate da cidadania e reinserção. “depois de passar um ano conosco, se qualificando, a pessoa está apta a procurar seu rumo na sociedade, com nossa recomendação. é um trabalho minucioso, exige que estejamos muito atentos e que trabalhemos junto aos demais funcionários, para que aceitem o outro e acabem com seus precon-ceitos internos”, explica o proprietário da Conde de Sanduíche. ele também implantou na empresa a constante qualificação de todos e a metodologia

da meritocracia. “Conforme o colabo-rador vai se desenvolvendo, vamos dando novos desafios a ele.” o empresário alerta que a sustenta-bilidade e a preocupação com ques-tões sociais aparentam ser processos caros e dependentes de consultores, mas que quando se percebe que a competitividade, a sustentabilidade e a busca pela excelência são para todos, se consegue mudanças impor-tantes por meio de pequenas atitu-des. Fernandes recomenda: “é preciso utilizar os meios disponíveis no mer-cado. o Compete, por exemplo, pro-grama criado pelo empresário Jorge Gerdau e implantado pelo Movimento Brasil Competitivo, é uma ferramenta que dá a todos os meios para dar o primeiro passo, que é fazer uma análi-se da empresa – saber como ela atua no mercado, como está situada e suas reais dimensões.” ele lembra que o

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processo é feito com consultoria gra-tuita, a partir do preenchimento de um formulário.A Conde de Sanduíche, que começou a funcionar com um freezer usado, hoje tem duas lojas em Vitória, cerca de 5 mil clientes e uma média de 1,2 mil vendas em 24 horas de campanha em mídias eletrônicas. o atual faturamento é de R$ 70 mil/mês, mas deve crescer. o ex--vendedor de churrasquinho, que hoje leva sua experiência a outros empreen-dedores, já se prepara para implantar o sistema de franquias. “estruturamos a empresa de tal forma que ela está com todos os seus processos, como produ-ção e logística, formatados tal qual ao de uma franquia. Portanto, este deve ser o caminho natural, estamos buscando parcerias e investidores.” Fernandes de-talha que a meta é abrir mais sete lojas no espírito Santo e depois começar a expandir a rede pelo Brasil.

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ViaUnimed

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enTre AS 150 MelhoreS

Lúcia Baum,gestora de desenvolvimento

Humano da Unimed Londrina

efeito positivo no clima organizacional da empresa; valorização profissional da equipe de RH; aumento de visibilidade e credibilidade da empresa no mercado; orgulho e valorização dos funcionários pela empresa em que trabalham.Lúcia destaca ainda que esta conquista se deve especialmente aos colaborado-res que se prontificaram a participar da pesquisa realizada sem qualquer interfe-rência da Cooperativa. “Não podíamos nem mesmo fazer campanha interna para estimular os colaboradores a parti-cipar. A participação tinha que ser total-mente espontânea”, afirma a gestora. Na primeira etapa, dos 300 colaboradores selecionados, 279 responderam o ques-tionário, número extremamente alto. “estamos realmente felizes com a notí-cia e quem nos colocou nesse ranking foram os colaboradores, o que nos deixa orgulhosos do trabalho desenvolvido ao longo dos anos, sempre em busca de melhorias”, diz Lúcia Baum. “essa conquis-ta mostra o reconhecimento de todos diante das ações da Unimed Londrina, investindo no crescimento e qualidade de vida dos colaboradores, resultando no orgulho e satisfação que nos trouxe a classificação entre as 150 melhores em-presas para se trabalhar no Brasil.”Afinal, o que a Unimed Londrina tem que a coloca nesta posição? Lúcia destaca o plano de benefícios diferenciados, com destaque para os implantados mais re-centemente: Programa de Gratificação Variável, por meio do qual o colaborador recebe uma gratificação salarial confor-me o resultado da empresa; e o novo Plano de Cargos, Carreiras e Salários, que corrige os valores salariais que estavam fora do praticado no mercado. Há tam-bém os benefícios mais simples, que mostram a valorização e cuidado com o colaborador, como a folga no dia do aniversário.

A Unimed Londrina está entre os 150 melhores lugares para se trabalhar no Brasil, ao lado de empresas como Nivea, Google, Volvo, entre

outras. é a primeira vez que a Cooperativa entra para o ranking da pesquisa do Guia Você S/A da revista exame, a maior do mun-do sobre clima organizacional. A pesquisa é fonte e referência em políticas e práticas de gestão de pessoas há mais de 15 anos. Para alcançar este lugar, a Unimed Londrina passou por rígida avaliação composta por duas etapas: pesquisa quantitativa e pes-quisa qualitativa. Na primeira, mais de 300 colaboradores receberam um envelope do Guia Você S/A com as instruções para res-ponder um amplo questionário sobre am-biente de trabalho, atuação de lideranças, a forma como são tratados. o envelope conti-nha também uma carta explicativa do presi-dente da Unimed Londrina, dr. issao Yassuda Udihara. eles foram selecionados pela equi-pe da revista sem nenhuma intervenção da Cooperativa. Com o resultado positivo adquirido, a Uni-med Londrina foi classificada para a segunda fase: a pesquisa qualitativa. Nesta, os colabo-radores, também selecionados de modo aleatório pela revista, participaram de uma dinâmica de grupo efetuada por um jornalis-ta da Exame. A Cooperativa ficou totalmente alheia a todo processo.Com estes dados, a equipe da Você S/A exa-me checou as instalações da Unimed Lon-drina, entrevistou profissionais de RH e se reuniu com representantes dos níveis ope-racional e gerencial. Finalmente, a equipe da revista e da Fundação instituto de Adminis-tração (FiA) comparou os dados da pesquisa com a percepção das visitas e definiu as 150 melhores empresas de 2012.A gestora de desenvolvimento Humano da Unimed Londrina, Lúcia Baum, destaca a importância de ser uma das 150 selecio-nadas: valorização da imagem da empresa no mercado; atração e retenção de talentos;

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PrêMioS uniMed londrinA

Dayane Gonçalves Santana,

analista de ComunicaçãoUnimed Londrina

A campanha promocional Pessoa Física “Com des-conto de 20% você apro-veita a vida 100%”, desen-

volvida pela Unimed Londrina em 2012, conquistou os prêmios Top de Marketing da Associação dos di-rigentes de Vendas e Marketing do Brasil – Seção Paraná (AdVB-PR) e GRPCom de Criação. Focada na im-portância de ter um bom plano de saúde para poder aproveitar plena-mente os momentos especiais da vida, a campanha foi vencedora na categoria Saúde. Ao todo, a AdVB contempla nove categorias de em-presas. A Unimed Londrina parti-cipou deste prêmio pela primeira vez. “Alguns prêmios avaliam ape-nas aspectos criativos e estéticos da campanha, mas no caso do Top de Marketing, são avaliados também os resultados, as estratégias, a ação como um todo. Além disso, o prê-mio é concedido a partir da análi-se técnica de jurados isentos. Tudo isto mostra que estamos no cami-nho certo”, comemora o gerente de Marketing da Unimed Londrina, edgar Almeida. A campanha trouxe 2.030 novos clientes durante o período de realização. A conquista, dias depois, da fase Londrina do Prêmio GRPCom de Criação, concedido pelo Grupo Para-naense de Comunicação, foi mais uma prova da qualidade da campanha da Cooperativa, que venceu na categoria Varejo. A Unimed Londrina também foi vencedora deste prêmio na categoria Serviço, com a campanha Pessoa Ju-rídica “A melhor maneira de valorizar quem trabalha com você”, e ainda le-vou o Prêmio da Noite (Grand Prix), ga-nhando o direito de participar da fase estadual.

O case “Campanha Água, Sabão e Consciência – Unidos Contra a infecção Hospitalar” rendeu à Unimed Londrina o Prêmio

Nacional de Comunicação da Associação Brasileira de Comunicação empresarial (Aberje), entregue em 31 de outubro. ela concorreu com empresas como Petrobras e Algar Telecom. em 2010, a Unimed já tinha vencido este Prêmio. Mais uma vez, o trabalho vencedor foi produzido pela Comunicação Corporativa. de acordo com a analista de Comunicação dayane Gon-çalves Santana, o problema da infecção hospitalar tem motivado a realização de uma série de ações educativas, de cons-cientização e de controle por parte da Unimed, entre elas a produção de um Ma-nual de Antibioticoterapia, em 2005. “des-de o início, a ideia foi envolver não só os cooperados e prestadores, mas todos os profissionais de saúde, pacientes e popu-lação em geral. Para isso, desenvolvemos materiais específicos para cada público”, afirma Dayane. A campanha, segundo a analista de comunicação, foi resultado de uma união de forças com os hospitais da cidade, redes de saúde pública estadual e municipal, Universidade estadual de Lon-drina (UeL) e instituições de classe.

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Vidaexecutiva

Viagens de férias para outros países e mesmo para conhe-cer melhor sua terra natal po-dem render muito mais do

que descanso e relaxamento. Nestas experiências, dependendo de como são vivenciadas, a pessoa pode voltar muito mais enriquecida culturalmente. e isso vai re letir na sua postura profissional. São aprendizagens adquiridas como ser humano que, fatalmente, trarão ganhos no âmbito profissional. Principalmente quando as viagens são para o exterior, a pessoa acaba se colocando em situ-ações desafiantes, que podem exigir que ela desenvolva ou aprimore alguns atributos ao se colocar diante do des-conhecido. Alice diniz trabalhou a vida inteira lidan-do diretamente com o ser humano e em cargos de liderança, sempre na área da educação. e o hábito de viajar para o Exterior a passeio foi lapidando a profis-sional que voltava de cada viagem mais aprimorada. Vencer limites foi um dos principais aprendizados da profissional. “Se tem algo que sempre me deixou agoniada são os limites do ser humano. Sei que podemos tudo que desejarmos e sempre busquei transpor esses limi-tes”, conta. e, segundo ela, nas viagens para o ex-terior exercita muito essa capacidade. especialmente, fugindo dos roteiros co-merciais. ela quer ir além, ver mais, co-nhecer mais profundamente os lugares por onde passa. “Visito também os pon-tos turísticos. Mas não fico apenas neles. Sempre pego um carro e vou viajar pelo interior”, revela.de acordo com Alice, desta forma con-segue conhecer as pessoas e seus cos-tumes e hábitos; a cultura e a história do lugar. Atuando sempre na área de educação, ela diz que esta imersão na cultura e na história de outros países

Alice Diniz,gestora educacional

acrescentou muito ao seu lado pro-fissional. A educadora conseguiu am-pliar seu conhecimento por meio da experiência empírica, o que imprime outra consistência para o seu cresci-mento pessoal e profissional. “Vi muito também do sistema de educação de países da europa, o que para meu tra-balho é bem interessante.”ela destaca ainda que um ponto for-te de sua atuação profissional sempre foi o atendimento de pessoas, e seu interesse pelos seres humanos dos pa-íses por onde passou impactou dire-tamente na sua atuação. “Sem dúvida desenvolvi uma tolerância e compre-ensão do ser humano muito maiores.”

gAnho PeSSoAle ProfiSSionAl

expediente

UNIMED DE LONDRINACooperativa de Trabalho Médico | Rua Senador Souza Naves, 1333 | Londrina Paraná | Fone (43) 3375 6161 | www.unimedlondrina.com.br

DIRETORIA EXECUTIVA

DIRETOR PRESIDENTE: Dr. Issao Yassuda Udihara | DIRETOR

ADMINISTRATIVO/ FINANCEIRO: Dr. Carlos Alberto de

Almeida Boer | DIRETOR DE MERCADO: Dr. Álvaro Luiz de

Oliveira

DIRETOR DE PROVIMENTO DE SAÚDE:

Dr. Edison Henrique Vannuchi

DIRETOR DE RELACIONAMENTO COM COOPERADOS:

Dr. Oziel Torresin de Oliveira

CONSELHO TÉCNICO: Dr. Antonio Carlos Valezi, Dr. Edson

Correia da Silva, Dra. Ides Miriko Sakassegawa, Dr. Rubens Martins

Junior e Dr. Sérgio Humberto B. Parreira

CONSELHO FISCAL: Dr. Celso Fernandes Junior, Dr. José

Antônio Rocco, Dr. Luis Ernani Caffaro Gois

SUPLENTES: Dr. Fabio Ferreira Lehmann, Dr. Omar Genha Taha,

Dr. Danilo Malucelli

SUPERINTENDENTES:

Administrativo Financeiro: Ricardo Pinelli |

Desenvolvimento e Mercado: Fábio Pozza |

Provimento de Saúde: Jorge Luiz Gonçalves |

Planejamento Estratégico: Weber Guimarães

CONSELHO EDITORIAL: Dr. Álvaro Luiz de Oliveira (Diretor

de Mercado)

Fabio Pozza (Superintendente de Desenvolvimento e Mercado)

Edgar Almeida (Gerente de Marketing)

Julio Clivati Roncaratti (Assistente de Marketing), Ricardo Haussler

(Gestor de Vendas), Lúcia Almeida Baum (Gerente de Desenvolvi-

mento Humano)

JORNALISTA RESPONSÁVEL:

Silvana Leão - MTB 2502/PR

TEXTOS:

Silvana Leão

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO:

Egg Comunicação Criativa

FOTOGRAFIAS: Josoé de Carvalho

TIRAGEM: 7.200 exemplares (Circulação dirigida)

IMPRESSÃO: MIDIOGRAF

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ou ligue (43) 3375-6216

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diante da diversidade humana, Alice eliminou seus próprios preconceitos.No seu roteiro já estiveram países como Alemanha, Áustria, Portugal, Bél-gica, estados Unidos e França, entre outros. Uma experiência marcante foi a visita à região dos Canyons, nos es-tados Unidos. ela conta que diante da dimensão da natureza daquela região percebeu o quanto as pessoas se apegam a coisas pequenas. “eliminei da minha vida as picuinhas.” Conhecer melhor os estados Unidos também fez com que Alice superasse o preconceito, o que foi transportado para sua vida pessoal e, consequen-temente, para o trabalho. descons-

truir conceitos prévios sobre lugares, situações, pessoas é um aprendizado essencial para qualquer profissional. ela admite que sempre teve precon-ceito em relação àquele país. “Mas conhecer melhor os americanos me fez mudar de ideia. é um povo muito caloroso, que nos recebe muito bem.”Alice afirma que grande parte das mudanças de valores e paradigmas em sua vida foi conquistada a partir de suas viagens, especialmente para outros países. “Não abro mão disso, tanto como pessoa, quanto como profissional.”

ViAJAR SeMPRe é ASSoCiAdo A deSCANSo. MAS AS APReNdiZAGeNS Vão iMPACTAR PoSiTiVAMeNTe o TRABALHo TAMBéM”