vida que segue

15
Vida que segue

description

Vida que Segue foi remédio. A confecção do livro serviu como terapía, pois a luta contra a depressão é árdua. A vitória só é obtida com paciência e aos poucos.

Transcript of vida que segue

Page 1: vida que segue

Vida que segue

Page 2: vida que segue
Page 3: vida que segue

Ricardo Nascimento

São Paulo 2009

Vida que segue

Page 4: vida que segue

Copyright © 2009 by Editora Baraúna SE Ltda

Projeto Gráfico e Diagramação - Aline BenitezRevisão - Vanise MacedoCapa, Apoio Logístico e grande incentivador - Giovani MiguezFotógrafo - Paulo DimasIlustrações - Clóvis Lima

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTESINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

-------------------------------------------------------------------------------------------------------N193v Nascimento, Ricardo Vida que segue / Ricardo Nascimento. - São Paulo : Baraúna, 2009. ISBN 978-85-7923-023-3 1. Conto brasileiro. I. Título.

09-2705. CDD: 869.93 CDU: 821.134.3(81)-3

05.06.09 10.06.09 013087

-------------------------------------------------------------------------------------------------------

Impresso no BrasilPrinted in Brazil

DIREITOS CEDIDOS PARA ESTA EDIÇÃO À EDITORA BARAÚNA www.EditoraBarauna.com.br

Rua João Cachoeira, 632, cj.11CEP 04535-002 Itaim Bibi São Paulo SPTel.: 11 3167.4261

www.editorabarauna.com.br

Page 5: vida que segue

Agradecimentos

A minha mãe Hilda Nascimento e a minha irmã Rita de Cássia Nascimento de Almeida.

* * *

Ao meu irmãoLuiz Omar de Oliveira Almeidae a Fátima Xavier, a Fatinha, esposa dele.

* * *

Aos primos próximos, principalmente,à Fátima Regina P. Teixeira.

* * *

Aos meus sobrinhos queridos:Lila (que é a minha cara), Vítor, Artur, Pedro,

Lukas e Larissa.* * *

A Luciana Porto de Matos Almeida, grande incen-tivadora.

* * *

A Giovani Miguez, pois sem ele Vida que Segue es-taria até agora guardado na memória do meu humilde computador.

* * *

Page 6: vida que segue

A psicóloga Laila Vianna e aos psiquiatras Érika Campos e

Didermando Lessa, importantíssimos para que a minha vida melhorasse, pois estiveram presentes na pior fase dela.

* * *Aos meus alunos queridos e amigos docentes. Em

especial a jornalista Luciana Ribeiro.

* * *

E aos bons amigos que fiz pela vida... (seria impos-sível citar todos), mas dois devo mencioná-los com certo destaque: Antonio Flávio Pereira, o Toninho; e Rhanica Toledo, que tanto me cobraram a conclusão deste sonho.

* * *

A Vívia Barbosa, sinônimo de inspiração.

Page 7: vida que segue

Sumário

Prefácio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

Humilde homenagem a Mário Quintana, se me permitem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11

Sobre Mário Quintana: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

Era Eva mesmo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

A lâmpada mágica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

Duque de Caxias é logo ali . . . . . . . . . . . . . . . . 27

Éramos quatro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

Erótico, mas engraçado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39

Invejem-me, pois amei! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43

O fax está com fome . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49

Longe é logo ali . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55

O pão sorriu para mim . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57

Pequeno, médio ou grande? . . . . . . . . . . . . . . . . 63

Isso coça? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67

Uai!!! Que mineirinho sabe torcer, isso ele sabe! . . 71

Vida que Segue . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77

As histórias de Marília, em capítulos . . . . . . . . . 81

Capítulo I - E viva a culinária francesa . . . . . . . 83

Capítulo II - Meu Deus, animei o enterro! . . . . 89

Capítulo III - Canções infantis que nada! . . . . . . 93

Page 8: vida que segue

Sobre o autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101

Vida que Segue - (Crônicas) . . . . . . . . . . . . . . 105

Page 9: vida que segue

9

Prefácio

Prefaciar este livro proporcionou-me dupla emoção. Primeiramente, porque considero Ricardo Nascimento um guerreiro dos tempos modernos, forte o suficiente para lutar pelas causas nas quais acredita, sem perder o olhar sensível sobre as pessoas. Em segundo lugar, porque Ricardo é meu amigo.

Conheci-o no início da sua atividade jornalística, há aproximados 15 anos. Tinha a inquietação típica para o ofício, mas lutava contra a técnica, ainda incipiente na-quele momento. Vi seu espírito guerreiro manifestar-se pela primeira vez ali. Pegou seu pouco tempo livre e suas economias e matriculou-se em outra faculdade, dessa vez de Letras. Voltou aos bancos escolares como um repórter em início de carreira e saiu como um promissor escritor de crônicas. Um salto e tanto!

Mas nada foi fácil nessa trajetória. Ricardo tra-balhou em praticamente todos os veículos de comu-nicação da nossa região, deixando em cada um deles a sua marca de indignação contra injustiças e mazelas do poder. Sua coerência e convicção nem sempre foram compreendidas pelos que estavam ao seu lado. Era um divisor de águas, como devem ser aqueles que elegem uma causa e lutam por ela.

Nesses embates, testemunhei o destino de Ricardo a trazer-lhe grandes alegrias e profundas tristezas. Em to-das essas ocasiões, seu espírito guerreiro soube controlar o orgulho das vitórias e aplacar a dor das derrotas. As crônicas escritas para este livro são parte dessa trajetória. Uma história contada por quem viveu, lutou, venceu, soube recuar quando necessário, mas sempre esteve pron-

Page 10: vida que segue

10

to para renascer, como faz mais uma vez agora. Alguém que, mesmo nos momentos mais difíceis, não teve receio de mostrar seus sentimentos.

Assim são os guerreiros!

Paulo Rocha é jornalista.

Page 11: vida que segue

11

Humilde homenagem a Mário Quintana,

se me permitem

De Ricardo Nascimento

Caminhando pelo jardim, reparei:Hoje o dia parece-me mais chato, como tantos ou-

tros - pensei.Além do mais, garoava...E, na procura de minimizar minha agonia,corri, sorridente, em direção à estante de livros da

fazenda de meus avós.Buscava por algum de Quintana.Não me surpreendi quando reparei que, no móvel

de madeira, separado por prateleiras, nenhum deles des-cansava por lá.

Ah!!! Tristeza...Vive ela a nos fazer companhia.

Page 12: vida que segue

12

Page 13: vida que segue

13

Sobre Mário Quintana:

Amo o Mário (desculpe-me a intimidade, mas ele vive em minha casa, por meio de livros).

Ele é considerado um poeta das coisas simples. Di-zem, e achei inúmeras citações em arquivos, que escrevia pela simples necessidade de colocar palavras no papel. Sorte a minha. Sorte a nossa.

Engraçado é que nasceu em Alegrete (diminutivo de alegre, e todos sabemos que coincidências não exis-tem...), no Rio Grande do Sul, em 1906. Deixou esta vida em 1994.

Do que li desse autor, noto bom humor. E confesso: gostaria de ser como Quintana.

Tê-lo conhecido pessoalmente teria sido uma honra para mim. Imagino – levando em conta a modéstia – que seriam bons esses encontros entre mim e ele, caso nos des-cobríssemos, em algum lugar do passado, numa mesinha de casa de chá, aquelas cujas cadeiras são pequeninas (al-gumas preservam o formato até hoje). Bateríamos grandes papos. Eu, claro, só ouvindo, humildemente admirado.

Sairia dali sorridente, com o olhar e o sorriso de ga-roto que ganhou algo que tanto desejava, contando as horas para vê-lo mais uma vez.

Page 14: vida que segue

14

Page 15: vida que segue

15

Era Eva mesmo

Havia apenas uma vaga. Seu Gonçalves Durão deve-ria decidir quem contratar entre os dois únicos candida-tos que haviam lido o anúncio posto no único jornal da pequena cidade. Tratava-se de uma empresa de costura, e ele nutria orgulho por ela.

“Confeccionamos até para o exterior.”, essa era a fra-se mais ouvida pelos moradores do lugarejo, dita sempre pelo gerente.

Seu Gonçalves, enquanto lia as notícias, fora avisado por sua secretária de que ali, na antessala, estavam duas pessoas a esperá-lo para as entrevistas. Ele achou pequeno o número de candidatos, mas pediu à assistente que man-dasse entrar o primeiro.

O chefe da empresa era um homem de hábitos rudes; além de supersticioso, deveras exigente e conservador.

* * *

Era uma segunda-feira. Oito horas da manhã. Mal começara o dia e a dor de cabeça de Gonçalves Durão também.

Bastou olhar para o homem que adentrara a sala, e