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1.4.2. Tecnologia de pré fabricação e montagem A montagem duma obra pré-fabricada tem que fazer-se sobre a base de um projecto de Organização da montagem previamente elaborada. Na organização da montagem se determina: 1. Método e ordem em que deve efectuá-la erecção da construção. 2. Selecção das equipes de içasse e transporte que se usarão. 3. Forma de emprego das equipes de içasse, seu percurso durante a montagem. 4. Método de fixação provisória dos elementos. 5. Equipes auxiliares de içasse para cada elemento. 6. Áreas de armazenamento para cada elemento. Forma de conexão entre as equipes auxiliares de içasse e os elementos pré-fabricados 1. Por agarre mecânico: É-a forma de conexão mas simples que consiste em deixar nos elementos pré-fabricados uns ganchos ou GAZAS de içasse. 2.Por meio de uma articulação ou passos deixados no elemento pré- fabricado. 3.Por pressão: Não necessita nem ganchos de içasse, nem perfurações. Exemplo: A laje Spiroll (laje onde é difícil de deixar gancho ou ocos de içasse durante seu processo de produção). 4. Por apoio: Tampouco necessita nem ganchos de içasse nem orifícios. Exemplo: A laje Spiroll. 5. Por atarraxado: Por parafusos embebidos no concreto ou pernos que saem fora do betão. 6

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1.4.2. Tecnologia de pré fabricação e montagem

A montagem duma obra pré-fabricada tem que fazer-se sobre a base de um projecto de Organização da montagem previamente elaborada. Na organização da montagem se determina:

1. Método e ordem em que deve efectuá-la erecção da construção. 2. Selecção das equipes de içasse e transporte que se usarão. 3. Forma de emprego das equipes de içasse, seu percurso durante a montagem. 4. Método de fixação provisória dos elementos. 5. Equipes auxiliares de içasse para cada elemento. 6. Áreas de armazenamento para cada elemento.

Forma de conexão entre as equipes auxiliares de içasse e os elementos pré-fabricados

1. Por agarre mecânico: É-a forma de conexão mas simples que consiste em deixar nos elementos pré-fabricados uns ganchos ou GAZAS de içasse.

2. Por meio de uma articulação ou passos deixados no elemento pré-fabricado.

3. Por pressão: Não necessita nem ganchos de içasse, nem perfurações. Exemplo: A laje Spiroll (laje onde é difícil de deixar gancho ou ocos de içasse durante seu processo de produção).

4. Por apoio: Tampouco necessita nem ganchos de içasse nem orifícios. Exemplo: A laje Spiroll.

5. Por atarraxado: Por parafusos embebidos no concreto ou pernos que saem fora do betão.

Os pontos de içasse

A localização dos pontos de içasse por alguns destes dois princípios persegue o seguinte objectivo:• Obter os menores valores possíveis nas solicitações produto do içasse.• Obter esquemas de solicitações similares aos definitivos do elemento já montado na obra.

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Exemplo: Içasse de colunas.

Exemplo: Vigas. 2 Pontos de içasse

3 Pontos de içasse

4 Pontos de içasse

Equipes auxiliares de içasse. Existe uma grande variedade de equipas auxiliares de içasse, que podem classificar-se de maneira seguinte:

As espigues (eslingas) ou cabos. As vigas ou madrinhas. As jaulas. Os quadros de içasse.

As espigues: é o mais simples e de uso mais geral, podem ser cabos de aço, cordas ou cadeias, rematadas em seus extremos por gazes, argolas ou ganchos.

As madrinhas: São vigas de perfis laminados em I que seu fim é diminuir a grande altura que teria o meio de içasse se se usassem espigues.

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Os quadros de içasse: São as variantes das madrinhas para o içasse de lajes, geralmente constituídos por um marco ou bastidor de perfis laminados.

As jaulas: Quando se usam articulações ou passes deixados nos elementos. Exemplo: colunas.

1.4.2.1. Indicações para a montagem de elementos pré-fabricados

Passos iniciais.Deve-se dispor de seguintes dados mínimos:

1. Plano de Situação geral da obra2. Planos estruturais3. Planos de planta, secções e elevações.4. Relação e especificações dos elementos pré-fabricados.5. Em caso de produção “in situ” (A pé de obra) de elementos pré-fabricados, deve dispor-se dos planos

detalhados dos elementos.

Adicionalmente, deve-se: • Analisar as características e particularidades do sítio da obra.• Conhecer todos os espaços e instalações disponíveis e susceptíveis de usar como facilidades

temporárias• Verificação dos acessos, ladeiras e áreas de manobras• Investigação das possibilidades de recursos locais

O Projecto de Organização de Obras (POO) deve considerar todos os aspectos relacionados com a montagem. Das diferentes posicione das gruas até as áreas de armazenamento dos elementos e as diferentes partes da montagem.

1.4.2.2. Sequência Lógica do Processo para a elaboração do Projecto de Montagem

A. Etapa de montagem (informação que se precisa)

1.Quadro de elementos pré-fabricados1.1. Quantidade e codificação dos elementos pré-fabricados1.2. Peso dos elementos

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1.3. Tecnologia de produção1.4. Observações

2.Determinação do tipo de grua e equipes auxiliares2.1. Gruas sobre pneumáticos

2.2. Grua sobre cadeias 2.3. Gruas especiais (Pórtico, mastros, etc.)

3. Meios de armazenamento e ré armazenamento3.1. Transporte3.2. Acessos3.3. Armazenamento3.4. Ré armazenamento3.5. Elaboração a pé do obra (in situ)

B. Modo de içasse - Corrente

- De elementos pesados- Içasse especial

C. Elaboração dos Esquema e planos. (cartas) - Sucessão de montagem (taças, pedestais, colunas, vigas, lajes, etc.)- Divisão do edifício em partes- Posições e percursos de gruas

- Cronogramas e ciclo gramas de montagem- Facilidades Temporárias- Avaliação de necessidades de energia eléctrica.

A. Etapa de montagem

O quadro de elementos pré-fabricados nos permite prever ou ter uma ideia mais exacta do tipo de montagem necessária dos elementos.

QUADRO DE ELEMENTOS PRÉ-FABRICADOS

NºDesenho do

elemento(Croquis)

Cod.Peso em

ton

QuantidadeTotal Área precisa para

Armazenamento Produção Observ.I II III IV V

Recordemos que o peso (P) dos elementos é o produto do volume (V)) por seu peso específico (J), quer dizer:

P = V x J

Para elementos de betão armado podemos usar como peso específico (J) 2,400 ou 2,500 kg/m3.

Para estimar a área de armazenamento necessária se podem utilizar os seguintes índices:

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Nº Elemento Unidade Área/UnidÁrea

+ Circul.Modo de

armazenamentoAltura de

armazenamento Observ.

1 Copos Peça. 0,75 0,80 Separadamente Uma só peça.

2 Pedestais Ton 0,25 0,35 Em pilhas 1,5-1,8 m

3 Colunas Ton 0,30 0,35 Em pilhas 1,5-1,8 m

4 Vigas Ton 0,50 0,65 Em pilhas 1,5-1,8 m

5 Lajes Ton 0,20 0,30Em pilhas intercalando travessas de madeira 2,30 m

1.4.2.3 Modo de produção dos elementos

Para a decisão da produção em planta ou a pé de obra dos elementos se devem ter em conta os seguintes critérios

a. Produzir preferentemente, sempre que for possível, em Planta (Central) os elementos pré-fabricados, mas em especial os elementos típicos repetitivos que tenham um peso não major de 5 ton.

b. Sempre que os elementos pré-fabricados requeiram do uso de tecnologias especiais, como, pré esforçado, betões especiais, ou formas especiais, é recomendável sua produção industrializada em planta.

c. Quando os elementos são muitos pesados, não repetitivos (típicos) com o fim de evitar problemas de seu traslado à obra, é recomendável estudar a possibilidade de sua produção a pé da obra (in situ).

A produção pré-fabricada “in situ” deve valorar-se e analisar-se do ponto de vista técnico e económico (viabilidade) antes de optar por uma solução a pé da obra.

1.4.2.4. Selecção da grua e as equipes auxiliares.

A selecção da grua e as equipes auxiliares da montagem é uma etapa importante e decisiva por sua influência no resto das etapas e nos resultados finais da qualidade do trabalho.

Devem analisá-los seguintes factores:

1. Possibilidade de utilizar gruas Torre (GT) já que é de grande eficácia na montagem de elementos pré-fabricados na construção de edificações de grande altura.

• Uma vez conhecidas as dimensões dos elementos (comprido, largo, espessura, peso, etc.) mas pesados se escolhe a grua em função dos parâmetros de rádio e alcance da pluma (boom), carga que pode elevar e possibilidade de giros e alcance aos pontos de armazenamento.

• Nas Tabelas se mostram exemplos dos parâmetros das principais de Gruas Torre (GT) e Gruas sobre Caminhão (GSC) que podem seleccionar-se, embora nos Manuais de Gruas, as Revistas Especializadas e nos manuais dos fabricantes se podem encontrar dados actualizados das mesmas.

TABELA DE GRUA TORRE (GT)

Nº Tipo de GruaLongitude da pluma (Giro)

Carga Alcance daPluma Dist.

e/ trilhos

Dist. e/ eixo da via e a fachada

Observac.min. máx. min. máx. min. máx.

1 X 1331 5.00 40.00 3.00 12.00 13.00 73.00 6.00 5.00

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TABLA DE GRUAS SOBRE CAMIǍO (GSC)

NºTipo de

Grua

Longitude da pluma

Raio doGiro Carga Altura

Máx.Boleia

ou Pescante

Carga que pode elevar Long.

Pluma

ÁreaCadeias Peso

Pressão s/ chão

min. máx. min. máx. min. máx.

3m 6m 9m 12m m2 ton kg/cm2

• Seleccionamos todas as gruas que reúnam as condições requeridas e mas tarde se selecciona entre elas, aquela que melhor se ajuste às exigências e possibilidades reais.

• Precisam-se os parâmetros de operação requeridos (longitude de pluma, altura e capacidade máxima de carga, rádios máximos e mínimos de alcance, etc.).

• Fazer um esquema (esboço) para valorar o comportamento do esquema e dados de trabalho da grua frente ao esquema modular da estrutura do edifício.

• Devem valorar-se especialmente os pontos críticos ou condição especial da obra, tais como linhas aéreas de energia eléctrica, construções existentes, árvores ou obstáculos verticais, etc.

• Do ponto de vista da rapidez na montagem, o mais conveniente é que a grua pudesse trabalhar sem o emprego dos apoios hidráulicos e com uma longitude de pluma constante. Mas isso não sempre é possível por a necessária estabilidade da grua e a máxima segurança em seu uso e operação.

1.4.2.5. Esquemas de montagem

Armazenamento e ré armazenamento. Modo de transporte

O armazenamento e ré armazenamento dos elementos são operações que incrementam os custos da obra, e dificultam o processo construtivo, por isso devem evitar-se. Não sempre se pode realizar o sistema de montagem directa, quer dizer, a montagem directa do elemento do meio de transporte ao sítio ou posição do elemento na obra

Pelo general os elementos pré-fabricados correntes, pequenos e pouco pesados, transladam-se em meios de transporte convencionais: Caminhões plataforma, reboques, plataforma, etc., enquanto os de grande peso ou longitude, ou aqueles de formas especiais se devem transportar nos meios especiais de transporte, tais como, caminhão porta paneis ou arrastos telescópicos, etc.

Acessos

O fornecimento dos elementos pré-fabricados deve ser contínuo, segundo o ritmo e planificação da montagem e seguro. Por este motivo, os caminhos ou vias de acessos devem estar situadas paralelas à área de armazenamento dos elementos.

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E s q ou e m a A. Esquema de montagem contínua com fornecimento independente

E s q ou e m a B. Esquema de montagem com fornecimento dependente

EDIFICIO

Vía da Grua Torre

ACCESSOS E s q ou e m a C

1.4.2.6. Modo da içasse

Os meios auxiliares mais usados de içasse para a montagem de elementos pré-fabricados (já vistos), são:

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Mediante ganchos de içasse

Mediante passadores

Mediante estribos especiais

Mediante cadeias e cabos

Para os elementos de grande tamanho e peso deve escolher-se com esmero o modo de içasse apropriado. Aqueles elementos que não podem içar-se de acordo a sua função estática devem ser voltados a calcular estruturalmente, a fim de que possam resistir os esforços a que vão estar submetidos durante a operação de montagem.

Meios auxiliares mais usados de içasse para a montagem

Calculo das tensões dos cabos de içasse.

TENSÕES EM CABOS W = 1800 kg.

P = 900 kg. P = 900 kg.

P1 P2

Qual é a força que solicita ao cabo P, quando levantamos uma coluna de betão pré-fabricada que mede 6.00 m x 0,40 m x 0,30 m se o ângulo que forma os cabos, é de 60o com a horizontal. Os pontos de içasse estão situados simetricamente. O peso específico do betão será de 2500 kg/m3

Calcula-se como primeiro passo, o peso total que deve levantar o gancho da grua (W)

W = 2500 x 0,30 x 0,40 x 6.00 = 1800 kg

P será igual a W/2 = ½ de 1,800 = 900 kg.

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0,80 6,00 0,80

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P = P1 x cos 60º; cos 60º = 0,5

P1 = P / 0,5 = 1800 kg

P1 = P2 = 1800 kg

Portanto a força que solicita ao cabo é de 1800 kg.

Para procurar o diâmetro do cabo que é capaz de resistir essa tensão, vamos a qualquer das pranchas de cabos do aço disponíveis no mercado e saberemos o diâmetro adequado.

Quando o elemento a içar ou armazenar deva fazer-se em posição distinta a sua posição normal, e não se tem à mão a informação do cálculo, deve-se revisar o elemento aos esforços a submeter-se, e se procede da seguinte forma:Revisão dos momentos flectores:

MOMENTOS FLECTORES PASADOR

0,8 12.00

A = 9.6 Ton. B = 9.6 Ton M= 14.4 Tona) Carrega por cada metro da peça:

W = 2500 x 0, 8 x 0, 40 x 1, 00 = 800 kg x m (W)

b) Analisamos que momento se produz ao levantar a peça:A fórmula para achar o momento flector máximo em elementos simplesmente apoiados, é a seguinte:

Momento Flector = 1/ 8 (WL2) (1)

MF = 1/8 x 800 x 122 = 14 400 kgm = 1440.000 kpm.

Investigamos o momento resistente da coluna, sendo conhecidas suas dimensões (secção), assim como o reforço de aço que tem (diâmetro, número e posição das barras de aço)

1”

0,4

0,80

A fórmula para o momento resistente de uma secção conhecida é a seguinte:

Mr = Ka x Aa x r (2)

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Dados:Ka = 1,200 – 1,400 K/cm2 (Resistência plausível do aço)

Aa = 7 x 5,06 cm2 = 35,4 cm2 (área total de aço)

r = 32 cm. (distancia entre as filas extremas das barras)

Substituindo em (2)

Mr = 1,400 x 35,4 x 32 = 1584,800 Kg-m

Comparando o valor do momento resistente com o que se produz durante o içasse temos:

Mr = 1584,800 Kg-m > MF = 1440.000 Kg-m.

Se o resultado tivesse sido diferente; quer dizer, Mr <MF seria necessário recalcular a coluna para as exigências do içasse ou armazenamento.

Exemplo

ESQUEMA DO ELEMENTO

No exemplo se coloco o ponto de içasse, numa terceira parte da longitude da coluna C = w x l D = w x l1

800 400

2/3 L = l 1/3 L = l1 L = 12.00 m

GRAFICO DE MOMENTO M2 = 640,000 kg-m

M1 = 360,000 kg-m

GRAFICO DE REAҪÕES 3,200

A = 2,400 kg

B = 7,200 kg F X = 3

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4,000

Se não conviesse aumentar o reforço do elemento, pode criar-se outra condição de trabalho trocando o ponto de içasse. Isto diminui o momento flector máximo positivo, criando um momento negativo no extremo da peça.

A e B às reacções que se produzem no ponto de apoio e no de içasse, quando se levanta a coluna. W é o peso por metro linear do elemento (800 kg x metro). C e D representam o peso de cada lance de coluna, compreendido entre A e B, e entre B e F respectivamente, considerando-o como uma carga concentrada como valor W x l e W x l1.

CONDIҪÕES PARA A MONTAGEM

Não deve começar-se a realizar uma montagem sem cumprir as seguintes condiciones:

a) O betão dos alicerces deve ter obtido a resistência especificada.b) Executar e revisar todas as instalações subterrâneas da obra.c) Preparar todas as áreas necessárias para facilidades da montagem (acessos, via de gruas, áreas de armazenamento, etc.)d) Garantir um fornecimento dos elementos, contínuo e completo para evitar paralisações do processo de montagem por falta de elementos pré-fabricados.e) Cumprir as exigências do Projecto de Organização de Obras quanto à convocação das áreas de armazenamento.f) Verificar as características e adequação dos meios auxiliares da montagem (dimensões, qualidade, estado técnico, etc.) e equipes complementares de forma que garantam a máxima segurança da montagem).g) Exigir o cumprimento das Normas de Segurança e Higiene da obra, e em especial as referidas à Segurança de Uso e Operação da Grua e os meios auxiliares de montagem.

O processo de montagem é de uma vez antecedente e conseguinte de outros processos (Cimentações, Terminações, Instalações, etc.)

1.4.2.6. Sequência de Montagem:

A ordem e sequência da montagem dependem da tecnologia construtiva, prazo de execução, volume da obra, condições climatológicas prevalecentes, etc.

Pelo general, a ordem e sequência que se segue na montagem de pré-fabricados, é o seguinte:

a. Montagem dos elementos pré-fabricados de alicerces (sapatas)

b. Montagem dos elementos pré-fabricados verticais: colunas, painéis, etc.

c. Montagem dos elementos pré-fabricados da coberta: cerchas, lajes de coberta, etc.

d. Montagem de elementos pré-fabricados complementares: traves de escadas, beirais, etc.

e. Montagem dos elementos pré-fabricados de cerramentos: lajes -paredes, painéis exteriores, etc.

A montagem deve fazer-se, sempre que for possível, por níveis ou andares, tratando de evitar ao máximo os movimentos das gruas.

Deve facilitá-la visibilidade direita dos operadores sobre a área de armazenamento (toma) e a área de localização (colocação) dos elementos. Quando a visibilidade direita não seja possível, é necessário que a

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sinalização seja simples, quer dizer, direita entre o operador da grua e o montador. O “dialogo” de sinais deve ser preciso e claro, e de perfeito domínio do código estabelecido por todos os participantes do processo de montagem.

O armazenamento dos elementos pré-fabricados deve estar rigorosamente estudado para evitar o dobro manipulações e as “correcções” durante o processo. É recomendável que se armazenem os elementos no interior das edificações duma planta, sempre que for possível, e no exterior da edificação no caso de edificações de várias plantas. Em qualquer caso, evitando interferir as diferentes fases do processo de montagem.

Algumas recomendações para a montagem.

De acordo às características técnicas e posição do elemento pré-fabricado serão as medidas especiais e cuidados de tomar nos trabalhos de montagem, da “descolagem do elemento”, seu transporte, armazenagem na obra e colocação no sítio.

a) Montagem de elementos pré-fabricados de alicerces.

Quando os alicerces são pré-fabricados, devido à incidência e repercussões nas demais fases da sequência de montagem e da precisão e qualidade da montagem e da obra em geral, requerem de cuidas especiais, tais como:

• Nivelamento – horizontalidade e regularidade superficial - do plano de apoio de alicerce.• Precisão da implantações topográficas dos eixos horizontais X e Y.• Precisão do alinhamento vertical – eixo Z.• Comprovação da não - rotação do elemento por diferentes meios.

b) Montagem dos elementos pré-fabricados verticais: colunas, painéis, etc.

Os elementos pré-fabricados verticais, devem possuir a devida qualidade de produção – qualidade de planta, assim como, devem ter a máxima exactidão de suas dimensões e em perfeito estado seus borde e arestas.

O correcto nivelamento do plano de apoio e total correspondência com a base do elemento vertical, favorecerá a uma máxima verticalidade e correcto alinhamento dos componentes. Quando isto de se por acaso não seja possível, será necessário recalcar os elementos e nivelar em seus três eixos, com a máxima precisão, os alinhamentos.

Terá que cuidar a correcta vinculação entre os elementos para seu trabalho estrutural e as mínimas separações que possam transmitir-se aos elementos que sirvam de base.

Algumas sugestões, são:

1. Garantir que a cara superior da taça do alicerce estejam devidamente marcados os eixos (X e Y) para fazê-los coincidir com os do elemento vertical a situar sobre o alicerce.2. Antes de colocar o elemento vertical (coluna) deve limpar a área de fundo e verter uma pequena capa de morteiro fino e fluido que sirva para garantir um assentamento correcto – contacto perfeito entre a coluna e o fundo da taça.

3. Uma vez que o elemento vertical – coluna – na taça, este se ajusta por meio de cunhas de madeira, alinhando-o segundo os eixos marcados na taça e alinhando verticalmente.

4. O elemento vertical, coluna, deve calcar-se ao menos em dois sentidos para assegurar o correcto posicionamento. Para fixar a posição dada como correcta se deve preencher o espaço livre entre a taça do

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alicerce e o elemento vertical com betão, cuidando que em seu vertido não desloque o elemento.

5. Quando o betão forje devem retirá-las cunhas de madeira e se preenche completamente o espaço deixado pelas cunhas com betão.

c) Montagem dos elementos pré-fabricados da coberta: vigas, cerchas, lajes de coberta, etc.

• Os elementos de cobertas (lajes) devem montar-se por níveis e/ou módulos completos para garantir uma máxima estabilidade e rigidez do edifício durante sua montagem, além de facilitar os trabalhos de acabamento e proteger do intempéries à edificação durante sua construção. Pelo general os ganchos de içasse destes elementos se situam em sua cara superior, para ser talheres ou enlaçados com outros elementos da estrutura.

• Os elementos pré-fabricados da coberta, que integrem a trama estrutural do edifício ou formem parte dos elementos de coberta propriamente dito, devem cuidar de algumas medidas que facilitem sua montagem e a qualidade exigida a estes elementos.

• Antes da montagem dos elementos horizontais ou inclinados de a coberta devem verificá-la posição (X, Y, Z) e verticalidade dos elementos verticais (colunas, pilares).

• Garantir a limpeza das juntas e zonas de engaste entre elementos onde vai a betonar-se a junta ou soldá-los inseridos que lhe vinculam.

• Revisar os ganchos ou pontos de içasse, sua firmeza e adequada secção e forma. Determinar se for necessário o uso de elementos auxiliares de içasse (vigas de içasse - madrinhas).

• Preparar o lugar de colocação. (nivelamento dos assentos, plangeras, superfícies plainas e niveladas, etc.)• Elevar o elemento do ponto de armazenamento até uma posição por cima do lugar definitivo de

colocação. Utilizar as Normas de Sinalização para todas as ordens que devam repartir-se o ao operador da grua.

• Fixar o elemento no lugar prefixado. Cuidar a correcta manipulação e os pequenos deslocamentos mediante alavancas e tensores necessários para obter a posição definitiva.

• Quando for necessário arrostar provisoriamente o elemento, fazê-lo e verificá-lo. Não soltar o elemento do gancho de içasse até tanto seja arrostado e/ou soldado.

d) Montagem de elementos pré-fabricados complementares: traves de escadas, beirais, etc.

Toda edificação construída por elementos pré-fabricados tem elementos principais e elementos complementares dentro da trama estrutural e componentes do sistema de pré-fabricado eleito. Uns dos elementos complementares são os componentes das escadas, tais como traves, passos e pisas, corrimões, etc.

Pelo general estes elementos complementares por suas formas e características requerem dum estudo prévio para sua montagem, e na medida que se adquire experiência se vão optimizando os movimentos e os tempos de montagem.

e) Montagem dos elementos pré-fabricados de cerramentos: lajes parede, painéis exteriores, etc.

Pelo general a montagem dos elementos de cerramento do edifício se faz de fora, tantos os que formam parte da trama estrutural, que os que simplesmente são decorativos.Os elementos pré-fabricados de cerramento se tratam de montar com todos os processos de terminação executados. Pintura, colocação de elementos decorativos, etc., para evitar o trabalho posterior da montagem.

DIVISÃO DE UM EDIFÍCIO EM PARTES PARA A MONTAGEM

Os edifícios pré-fabricados em função de sua dimensão, características construtivas, (tecnologia), tipo de edificação, etc. Se dividem e subdividem para a montagem dos elementos pré-fabricados que lhe constituem.

A subdivisão do edifício para a montagem de faz:

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-Horizontalmente, por níveis ou novelo (andares).

-Verticalmente, por partes da edificação em função das juntas de expansão ou de ampliação.

9.00

9.00

6.00 6.00 Junta de expansão.

1ª Parte “x” Parte

Muitas vezes, em dependência das características da edificação e a tecnologia de prefabricação empregada, particularizam-se por etapas construtivas: cimentações, estrutura, etc. (ver figura).

Lajes Cerchas

Pilares8.00

9.00 9.00

3ª PARTE

2ª PARTE

1ª PARTE

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Quando a montagem dos elementos pré-fabricados seja para um edifício de plantas muito compactas e complexas, é necessário analisar os cortes ou juntas que têm que dar-se o ao edifício para facilitar a penetração na montagem. Na figura vemos um exemplo disso.

7.50

7.50 6.00 6.00 6.00

Neste caso se dividiu o edifício horizontalmente em diferentes parte, segundo a extensão e as juntas de expansão. Enquanto verticalmente, dividiu-se por níveis:

-Nível do Terreno-Nível do 1er andar-Nível do 2do andar-Nível do 3er andar-Nível de coberta.

Pelo general, antes de passar de um nível a outro, ou dum módulo a outro, é necessário que todos os elementos que foram colocados tenham suas juntas já soldadas e preenchidas, para garantir a estabilidade e rigidez estrutural.

Posições da grua.

Os factores mais decisivos para determinar a posição da grua, são:

A. Tipo de Edifício

B. Alcance vertical e horizontal do equipamento pré seleccionado.

Os exemplos da figura nos mostram no primeiro caso, a equipe avançando pelo centro do edifício, e os elementos armazenados interiormente a cada lado da via da grua. No outro, trabalhando excêntrico, por um lado do interior da nave e as cerchas colocadas paralelas a uma fila de colunas.

Para outros casos podese utilizar uma grua capaz de mover-se com carga elevada e penetrar dentro dos módulos. Isto não é sempre conveniente, pois é indubitável que a equipamento trabalha com mais intensidade.

O mais corrente para lajes de cobertas em edifícios largos, é montar por ambos os lados, tendo então 2 áreas

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de armazenagem.

VIA DE MONTAGEM AO CENTROARMAZENAMENTO INTERNO (ASSEMBLÉIA COM DESLOCAMENTO)

VIA DA GRUA SENTIDO DA MONTAGEM

VIA DE MONTAGEM EXCÊNTRICAQuando se tratar de edifícios altos, a solução geralmente é, usar Gruas Torre. Recordando que para usar estas gruas é necessário conhecer perfeitamente os dados de separação de sulcos, rádios de giros, distância mínima para protecção dos trabalhadores entre giro de cabine e edifícios, etc.

L04 L05 L06 L07 L08

L09 L10 L11 L12

L13

ARMAZENAMENTO EXTERNO (ASSEMBLÉIA SEM DESLOCAMENTO)

ARMACEN DA LAJES

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6.00 6.00

9.00

9.00

B

A

MONTAGEM LATERAL COM GRUA TORRENº Tipo de Grua Torre Fabricante A B

Quando se utilizam gruas sobre pneumáticos (rodas) gruas caminhão ou sobre cadeias, a montagem de elementos se analisa em apoie às implantações das zonas de armazenagem e os pontos mas afastados e complexos da montagem no edifício. Se a pluma não for telescópica, então terá que analisar e considerar o aumento de lances intermédios ou o uso dos meios auxiliares, como, balancins ou boleias.

Em qualquer caso deve consultar o Manual de Uso, Montagem e Manutenção da Grua e analisar as condições e parâmetros reais no momento do içasse.

Utilização do balancim e da boleia.

MONTAGEM COM VIGA E BALANCIN

Terá que ter especial cuidado de situar a grua à distância requerida para que a pluma não tropece com os

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elementos de fachadas dos andares já montadas, e analisar o alcance em função dos rádios máximos e mínimos da grua.

Deve valorar-se, em caso de montagens com estas condições, a mas esmerada sinalização dos lugares; as manobras de movimento das cargas, quanto a alcance (rádio), altura, etc. Incluso deve controlar as entradas e saídas à área de trabalho.

Os Ciclo gramas de Montagem

Nos Projectos de Organização de Obras (P.O.O.) devem considerá-los ciclo gramas de montagem por sua importância e influência no desenvolvimento da obra e em a quantificação dos recursos necessários. Os ciclos gramas de montagem servem como ferramenta do controle técnico-económico da obra.

Com a confecção dos ciclos gramas de montagem pretendem organizar o trabalho mediante fluxo contínuo, que permita optimizar os recursos materiais e humanos, dum talho a outro da obra.

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