VIGIARBO: estratégias integradas para vigilância, prevenção e … · 2020. 3. 19. · VIGIARBO:...
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VIGIARBO: estratégias integradas para vigilância, prevenção e controle das arboviroses no Brasil
Rodrigo Fabiano do Carmo SaidCoordenação Geral de Vigilância de Arboviroses – SVS/MS
Painel 7 – Vigilância, prevenção e controle das arboviroses: um desafio globalBrasília, 05 de dezembro de 2019
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http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-o-ministerio/197-secretaria-svs/11955-boletins-epidemiologicos-arquivos
Objetivo: avaliar novas tecnologias para o controle do Aedes aegypti com base em evidências deseus resultados e potencial utilização em escala ampliada.
Reunião internacional para implementação de alternativas para o controle do Aedes aegypti no Brasil
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http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-o-ministerio/197-secretaria-svs/11955-boletins-epidemiologicos-arquivos
Reunião internacional para implementação de alternativas para o controle do Aedes aegypti no Brasil
Tecnologias recomendadaspara inclusão nas diretrizesdo Programa Nacional deControle da Dengue
Tecnologias recomendadaspara inclusão nas diretrizespara a situação específicadas gestantes
Tecnologias recomendadaspara estudos e pesquisasprioritárias
Abordagem eco-bio-social
Mapeamento de risco
Mosquitos dispersores de inseticidas
Nebulização espacial intradomiciliar
Telas e cortinas
Pulverização de inseticida residual intradomiciliar
Proteção individual com repelentes
Wolbachia
Mosquitos irradiados
Mosquitos transgênicos
Repelentes espaciais domiciliares
Larvicidas biológicos
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Alternativas para o controle do Aedes aegypti
Resposta Global para Controle de Vetores:Fundamentos: • pesquisa básica e aplicada;• desenvolvimento de capacidades e habilidades.Pilares: • Vigilância, monitoramento vetorial e avaliação;• Aplicação integrada de ferramentas e abordagens de
controle;• Engajamento e mobilização de comunidades;• Colaboração inter e intra-setorial.
PLOS Neglected Tropical Diseases | https://doi.org/10.1371/journal.pntd.0006845 December 6, 2018
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Epidemiol. Serv. Saude, Brasília, 25(2):391-404, abr-jun 2016
Alternativas para o controle do Aedes aegypti no Brasil
Objetivo: Descrever as principais estratégias de controledo Aedes aegypti, com ênfase nas inovações tecnológicaspromissoras para utilização no Brasil.
Conclusão: A integração de diferentes estratégias decontrole vetorial compatíveis e eficazes, considerando astecnologias disponíveis e as características regionais,parece ser um método viável para tentar reduzir ainfestação dos mosquitos e a incidência das arbovirosestransmitidas por eles.
Consensus – Revista do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, Brasília, 34-37, abr-jun 2019.
Conclusão: Diante dos grandes desafios observados no controle dedoenças transmitidas por vetores e considerando queo Aedes aegypti está bastante adaptado ao meio urbano, necessita-se pensar e implantar novas formas de abordagens que levem emconsideração os hábitos dos mosquitos, dos seres humanos e oambiente em que estão inseridos. Desta forma, o Manejo Integradode Vetores (MIV) busca qualificar as ações de controle vetorialagregando os meios disponíveis para impactar na dinâmica detransmissão das doenças transmitidas por vetores.
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Comparação de armadilhas para vigilância de Aedes aegypti
Objetivos
Realizar testes comparativos em campo com diferentes tipos de armadilha para vigilância entomológica de Aedes aegypti.
Utilização em situações diversas (levantamento, monitoramento, avaliação, confirmação LPI etc).
Monitoramento Entomológico
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Monitoramento Entomológico
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Gentilmente cedido pela Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte.
Monitoramento Entomológico
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Monitoramento Entomológico
Série Histórica da Incidência de Casos Prováveis de Dengue por Município, Brasil, 2012 a 2018.
Série Histórica dos Resultados do LIRAa / Outubro por Município, Brasil, 2011 a 2017.
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Monitoramento Entomológico
- Proposta operacional para vigilância entomológica de mosquitos Aedes emcidades endêmicas para arboviroses no Brasil;
- Instituições: Fiocruz, OPAS e MS e Secretarias Municipais de Saúde;
- Objetivo: Elaborar guia operacional para vigilância entomológica;
- Atividades:- Estratégia de monitoramento com armadilhas de oviposição;- Estratégia de captura de mosquitos adultos e detecção viral;- Análise de padrões espaciais e temporais de persistência da oviposição;- Estratégias de intervenção: detecção, destruição e eliminação.
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Modelagem e Mapas de Risco
Conclusões:
• Aproximadamente 50% dos casos de dengue seconcentram em 30% das áreas (GeosestadisticaBasica - AGEBs)
• Os pontos quentes de transmissão de Zikacorrespondem geograficamente com ospontos de dengue e chikungunya;
• As intervenções de controle focalizadas nasáreas de alta transmissão podem ser maisefetivas.
Bisanzio D, Dzul-Manzanilla F, GomezDante´s H, Pavia-Ruz N, Hladish TJ, Lenhart A, et al. (2018) Spatio-temporal coherence of dengue, chikungunya and Zika outbreaks in Merida, Mexico. PLoS Negl Trop Dis12(3): e0006298.
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Modelagem e Mapas de Risco
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Indicadores Operacionais
Ciclos de visitas para o controle vetorial, Brasil, 2016 a 2019
Atualizado até SE47. Fonte: Sinan online, banco atualizado em 25.11.2019
Porte populacional < 100 mil habitantes Porte populacional ≥ 100 mil habitantes
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Inovações - VIGIARBO
PESQUISA SOBRE VETORES
- Projeto Wolbachia (RJ, MS, PR, PE, CE, AM e MG)
- Mosquito Dispersores (Recife, BH, Manaus, Fortaleza e Marília)
- Inseto Estéril por irradiação (Recife)
PESQUISA SOBRE DOENÇA
Replik (Rede de Pesquisa Clínica Aplicada em Chikungunya abordando os desafios
de uma endemia complexa)
VIGILÂNCIA BASEADA EM EVENTOS
InfoDengue
CONTROLE DE VETORES e PARTICIPAÇÃO SOCIAL
- Ecobio social
MODELAGEM
- Vigilância Participativa – SISSGEO
- Controle de Vetores - ARBOALVO
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Mapas de risco - ARBOALVO
Proposta metodológica de estratificação de áreas de risco para o dengue, chikungunya e zika em cidades endêmicas brasileiras
Belo Horizonte/MGCampo Grande/MSNatal/RNRecife/PE
Avaliar e identificar áreas de risco aumentado para transmissão da dengue em determinados territórios utilizando estatísticasespaciais locais.
Dados epidemiológicos georreferenciados, entomológicos, socioeconômicos, demográficos, territoriais e ambientais; diferentesmetodologias para estratificação das áreas de risco de transmissão.
Objetivos
Áreas de estudo
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Implantar proposta metodológica nos municípios acima de100.000 habitantes
Nova proposta: Gestão Operacional
Objetivo:
Mapas de risco - ARBOALVO
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Rio de JaneiroNiterói
Áreas de estudo:
Objetivos
Liberar em larga escala mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia em áreas urbanas, para avaliar seu impacto na incidência de dengue e outras doenças transmitidas pelo vetor.
Redução da população em campo e bloqueio da transmissão.
Pesquisa sobre Vetores - Wolbachia
Resultados preliminares
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Expansão do Projeto Wolbachia
- Nova etapa com execução das atividadesrealizada pelos municípios.
- 1ª etapa: Campo Grande/MT, BeloHorizonte/MG e Petrolina/PE: diferentesrealidades;
- 2ª etapa: Fortaleza/CE, Foz do Iguaçu/PR eManaus/AM.
- Histórico de casos - Dengue,Chikungunya e Zika;
- Representatividade de diferentesregiões do Brasil;
- Características demográficas eambientais diversas;
Pesquisa sobre Vetores - Wolbachia
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Pesquisa sobre Vetores – Técnica do inseto estéril
Área de estudo: Recife/PE
Objetivos
Liberar em larga escala mosquitos machos Aedes aegypti irradiados e esterilizadospor raios X e Gama, para avaliar seu impacto na redução da população de Aedesaegypti em campo.
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Pesquisa sobre Vetores – Técnica do inseto estéril
Liberação em larga escala de mosquitos Aedes aegypti machos esterilizados por irradiação em uma área preestabelecida.
Objetivos
Promover a cópula destesmachos estéreis com asfêmeas selvagens, parainviabilizar suas progênies
Controlar o crescimentopopulacional domosquito, através docontrole da natalidade.
Produtos esperados
• Sistema de criação massal,transporte e liberação demosquitos estéreis
• Sistema de monitoramentoimplantado
• Supressão do vetor suprimidaem duas áreas urbanas deRecife/PE
• Registro de patente deprotótipo desenvolvido para aliberação de mosquitos estéreis
Moscamed Brasil reconhecida comoCentro Colaborador da AgênciaInternacional de Energia Atômica
EngajamentoComunitário
Pesquisa sobre Vetores – Técnica do inseto estéril
Apresentação do Projeto Aedes Estéril (PAE) em Recife
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Pesquisa sobre Vetores - Controle de Aedes spp. com estações disseminadoras de larvicida
Belo Horizonte/MGFortaleza/CEMarília/SPNatal/RNPorto Nacional/TORecife/PEGoiânia/GO
Áreas de estudo
Objetivos:
Avaliar a eficácia da disseminação do larvicidapyriproxyfen (PPF) por mosquitos e redução dapopulação dos insetos em campo nas áreas onde aestratégia for utilizada.
Localização pelas fêmeas de criadouros de difícilacesso.
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Pesquisa Clínica - REPLICKEstudo Multicêntrico da História Natural e Resposta Terapêutica de Chikungunya com foco nas Manifestações Muscoesqueléticas Agudas e Crônicas.
Comitê GestorCoordenação do
estudo
Comitê de gestão de dados e estudos complementares
Comitê de gestão e compartilhamento
de biorecursosEixos
Grupos de Trabalho
Comitê Consultivo
Atualização:
Centros visitados: RJ, BA, PE, SP, RO, PR e CE;dezembro MS e AM;
Janeiro de 2020 encontro da rede
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Seguimento Clínico
•Recrutamento Fase aguda
•Pós-aguda e crônica
Componente translacional
• Genética
• Imunologia
• Marcadores
Resposta Terapêutica
•Registro sistemático
•Inferência causal
•Ensaio Clínico
Epidemiologia
•Fatores associados e impacto no SUS
•Estimativas de impacto
Operacional/QualidadeGestão de Dados
Gestão de Amostra- Biorepositório
Pesquisa Clínica - REPLICK
• Coorte prospectiva longitudinal.
D0 D21 D90 D120 D180 D360 D720 D1080
SCREENINGUnid. Saúde →Demanda espontânea → indivíduos com suspeita de arbovirose (DENV, ZIKA, CHIKV)
TCLE Critérios de
elegibilidade Av. Clínica Av. Laboratorial Testes sorológicos
e Moleculares
DEFINIÇÃO DE SEGUIMENTO!!!
IgM – teste rápido DPP® CHIKV IgG/igM
Dor/Edema NAD E NAE – 44 articulações Atividade da Doença – DAS, SDAI e CDAI Escala numérica de dor/Fadiga At. Doença pelo paciente At. Doença pelo Médico DN4 At. Funcional - HAQ- DI – 20 perguntas RADAI Depressão/ansiedade- HAD Qualidade de Vida – SF-12 e EQ-5D Capacidade Laboral – WPAI
Av Farmacoterapicadetalhada
Visitas Não programadas - Demanda espontânea ou solicitação médica
N= 2000 participantes
CAAE CENTRO INI: 07936919.8.1001.5262
Pesquisa Clínica - REPLICK
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• Observatório em tempo real para acompanhamento dos reflexos dasepidemias de dengue, Zika e chikungunya nas redes sociais
• Utilização do sistema de alertas baseado em rumores como indício paraa definição de ações de controle.
Objetivos
Vigilância Complementar de Rumores - INFODENGUE
• Forte correlação da atividade do Twitter com o número decasos notificados localmente
• Melhores resultados em cidades com maior urbanizaçãoou concentração populacional
• Recurso de vigilância passivo, gratuito, e a baixo custo• Potencial de alerta antecipado
Resultados
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Modelagem e Vigilância Participativa - SISSGEO
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SISS-Geo foi criado em 2014 pela Plataforma Institucional Biodiversidade e SaúdeSilvestre (PIBSS) da Fiocruz para auxiliar o monitoramento de animais silvestres no Brasil.
Objetivos: Monitorar a saúde de
animais silvestres com acolaboração da sociedade,profissionais da saúde, dosetor ambiental, extensãorural, segurança e depesquisadores por meio dedispositivos móveis eplataforma Web;
Disponibilizar registros deanimais em tempo real paraa sociedade e, de formaqualificada, à vigilância emsaúde e gestores deunidades de conservação;
Modelagem e Vigilância Participativa - SISSGEO
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Zoom”Norte”
PR
Divisa PR SP
PYBR
Previsão~24/abril/2019
Após a investigação de campo (CGARB e SES/PR)Corredores Ecológicos
Modelagem e Vigilância Participativa - SISSGEO
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Polígonos vermelhos Áreas afetadas, onde a circulação viral já foi evidenciada em PNH ou humanos ou, ainda que não detectada,
onde o vírus provavelmente já circula, ainda que em baixos níveis, desde o primeiro semestre de 2019. Vacinação prioritária e imediata. Vigilância de epizootias em PNH e de casos humanos intensificada (elevado risco de ocorrência de surtos e
óbitos). A busca ativa de primatas em áreas ainda sem evidência de circulação do vírus contribuirá para identificar os
corredores viáveis de dispersão e para estratificar o risco e/ou avaliar alteração do padrão de transmissão, importante para ajuste dos modelos de análise de risco e previsão.
[Prioridade ALTA]
Polígonos laranjas Áreas onde a circulação do vírus ainda não foi detectada, mas que estão na rota de dispersão
do vírus, prevista na modelagem de dados (corredores prováveis, ainda que a transmissão não tenha sido registrada).
Em decorrência da probabilidade de o vírus já ocorrer e do risco de transmissão, devem ser priorizadas a vigilância ativa de epizootias e de populações de primatas em vida livre, no sentido de identificar as rotas pelas quais o vírus está se dispersando, motivo que eleva a prioridade da vacinação.
[Prioridade ALTA]
Polígonos verdes Áreas ainda não afetadas, onde a circulação do vírus é esperada, conforme previsão do
modelo de dispersão. A vacinação deve ser realizada num prazo anterior à previsão de chegada do vírus, e a
vigilância deve estar sensibilizada para a detecção precoce da circulação viral, a partir da busca ativa de epizootias em primatas não humanos.
[Prioridade MÉDIA]
Modelagem e Vigilância Participativa - SISSGEO
Controle de Vetores e Participação Social - Estratégia Ecobio Social
Implementar intervenções Ecobio sociais em cidadesbrasileiras, com ações participativas voltadas para avigilância, prevenção e controle de doenças transmitidaspelo Aedes aegypti.
Realizar uma intervenção baseada em evidências eanalisar sua efetividade na redução da densidadevetorial do Aedes aegypti.
Engajamento comunitário
Vedação de tanques e caixas-d´água Natal/RNRecife/PEFortaleza/CEBelo Horizonte/MGGoiânia/Go
Áreas de estudo:
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Perpectivas
Nova abordagem na gestão das arboviroses
Implementação das estratégias em larga escala
Utilização dos resultados para direcionamento das ações e tomada de decisão
OBRIGADO!
Rodrigo SaidCoordenação Geral de Vigilância de Arboviroses – SVS/MS
www.saude.gov.br/svs