Vigilancia

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imagem de vigilância Análise da Imagem 04/04

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imagem de vigilância

Análise da Imagem

04/04

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Os circuitos fechados de vídeo (CFTV) são uma presença cada vez mais comum e naturalizada nosespaços públicos e privados de grandes cidades. Sua implantação e disseminação baseia-se em umaretórica de combate ao crime e à insegurança, que produz, a um só tempo, controle e normatizacãodos espaços vigiados. Este fenômeno, guardadas as devidas proporções, é global, e pode serobservado em diversos países ao redor do mundo.

Introdução

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Contexto

• As imagens produzidas por circuitos de vigilância estão irremediavelmente contaminadas por um discurso midiático de flagrante, medo e inseguranca. Este campo de estudos é dominado por perspectivas da sociologia, da psicologia e da criminologia.

• Que tipo de análise do movimento é possível em um espaço vigiado? Quais imaginarios podem ser ativados? Como é que a arte pode contribuir para este campo do pensamento?

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http://www.williambetts.com/#!cctv/c1odg

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Referências• Michel Foucault – O modelo panóptico

• George Orwell – 1984 e o Grande Irmão

• Guy Debord - Sociedade do Espetáculo: relações entre pessoas mediadas por imagens

• Gilles Deleuze – Sociedade de Controle: o controle exerce-se entre todos, não mais de um único polo irradiador

• Paul Virilio – o continuum audiovisual da vigilância – câmeras como máquinas de guerra

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Modelo Panopticum

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Contexto

• Proliferação de câmeras de vigilância cresce na mesma proporção em que aumentam as restrições ao uso de câmeras por parte de turistas, artistas, cineastas, jornalistas.

• Ao mesmo tempo, a vigilância é apresentada como uma ferramenta de utilidade pública.

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Jornalistas x policiais

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[…] prática contemporânea do controle espraiada pelo campo

social, onde a questão não é mais, ou apenas, “quem vigia o

vigia?”, mas “como diferenciar vigias e vigiados?” A emergência desse

“estágio clássico” se dá, no campo das artes plásticas, já no final dos

anos 60 com as instalações de Michael Snow e Bruce Nauman; os

traços estéticos e políticos mais marcantes dos trabalhos das décadas

de 70 e 80 são, por um lado, a reorganização e modificação dos

parâmetros dos dispositivos de vigilância e, por outro, a retomada e

subversão das suas características plásticas (fixidez da

câmera, automatismo da gravação, imagem de baixa qualidade em

preto e branco). É a multiplicidade de obras nesses moldes que permite

ao critico francês Philippe Dubois fazer, em um artigo de 1987, o

seguinte diagnóstico: a “lógica da videovigilância” é “a única via

ontologicamente possível para o vídeo (...): nada a filmar, ninguém para

filmar, a filmagem se fazendo sozinha e sem traço”

Trecho do texto “Estéticas da Vigilância” -

http://www.pos.eco.ufrj.br/docentes/publicacoes/fbruno3.pdf

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Bruce Nauman

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Bruce Nauman, com sua obra "Video Surveillance Piece (Public

Room, Private Room)" de 1969-1970, problematiza exatamente a

questão do corpo no espaço representacional, do sujeito

observador, do objeto observado, da cena apreendida, das

possibilidades de ausência, presença e intercambialidades destes

papéis, em espaços distintos e tempos simultâneos. A obra consiste

em dois quartos, um fechado ao público e outro aberto. Cada um dos

quartos equipado com uma câmera de vigilância posicionada em

ângulo oposto ao da parede sobre a qual está encostado um monitor

que exibe as imagens da câmera posicionada na outra sala. A sala

“pública” oferece a imagem da sala privada e a sala “privada” a

imagem da sala “pública”. Desta forma, o autor coloca em causa o

entrecruzamento destas duas esferas. Quando o espectador se

aproxima da câmera ele não se vê no monitor, mas vê a sua imagem

no monitor da sala “privada”. Desta forma o espaço privado invade o

público e vice-versa.

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Nam June Paik

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exposição de si

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Roubo de Quadros no MASP

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Columbine

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“O dispositivo câmera dá a qualquer cena que se constitua na sua

presença o status de filme, um valor documentário e um valor

ficcional. O tratamento automático da realidade de fatos visuais pela

vídeo-vigilância, sem estar combinado a uma mineração de dados e à

aplicação de filtros, produz esta equivalência entre real e simbólico

em todas as coisas filmadas.”

“A distinção entre objetivo e subjetivo tende a perder importância, se

diante da imagem, a situação ótica ou a descrição visual substituem a

ação motora. Esta interdependência entre ótico e cenográfico é um

ponto chave para nossa investigação. A cena constitui-se assim pela

visão, não pela ação. O lugar passa a valer por si mesmo, o que cria

tempos mortos e introduz uma visualidade da banalidade cotidiana”

Trechos texto Paola Barreto -

http://www2.pucpr.br/ssscla/papers/SessaoH_A20_pp466-486.pdf

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Dan Graham

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Ricardo Basbaum

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Ricardo Basbaum

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Os circuitos de vigilância

• Legitimam-se por tres grandes eixos: 1.respeito à ordem – combate a perturbacão da ordem publica

• 2.combate ao crime e a insegurança; proteção a propriedade privada e a vida;

• 3. promoção do comércio e circulação de mercadorias

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Transportes publicos

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Sophie Calle

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Vias Públicas

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Questões

• Os indivíduos tornaram-se amostras, dados, mercados ou "bancos".

• As imagens servem para vender produtos? As imagens servem para proteger pessoas? Que pessoas?

• Que tipo de imagens estamos engajados em produzir quando a realidade é consumida como show? (reality shows)

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Discussão no plano técnico

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Context Aware Vision using Image-based Active Recognition

• Track antisocial behaviour: running people, converging people, or stationary people, and then alert human security staff

• Marketers are interested in the behaviour of potential customers in a commercial setting, such as what sequence of locations do they visit, how long they stop at particular locations, what behavioural options do typical customers take, etc.

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An example of a marked up frame with heads, gaze, hands, feet and shoulders is:

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• Modelar atenção e Controle

• Reconhecimento de atividade – robotização do olhar.

• Quais os efeitos/ fundamentos – sociais e simbolicos.

• Medo de direita e medo de esquerda

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Painel de Controle

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Ponto de vista sem sujeito o que asseguraria a “objetividade”

- Imagem des subjetivada

Gestão de riscos – imagem antecipatoria; preventiva.

Gosto do público por imagens da realidade

Reality Show – espetacularização da realidade

Ideia de um espaço herziano – espaço atravessado por imagens

Sousveillance Equiveillance – Steve Mann

Pontos de reflexão

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Surveillance Camera Players

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Cases

• SCP + Souriez vous êtes filmés.

• MANU LUKSCH

• MICHELLE TERAN

• PARCOURS

• Sophie Calle

• Michel Klier (Expo Thomas Levin ZKM)

• Ricardo Basbaum

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Surveillance Camera Players

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Souriez Vous êtes Filmés

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ZEMOS 98

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Michelle Teran

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Michelle Teran

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surveillance screensaver

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Humor, Ironia, Poesia

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Coreografia para prédios pedestres e pombos: coreografia de “composição em tempo

real”, na qual os participantes seguem uma série de regras e diagramas de

movimentação previamente ensaiados, mas compõem somente no instante da

apresentação uma partitura coletiva, em interação com os pedestres, com a arquitetura

e com as situações imprevisíveis do momento. Os movimentos ensaiados resgatam

ações ordinárias, o gestual urbano cotidiano e os fluxos de tempo dos pedestres, de

forma que os bailarinos misturam-se aos “ocupantes” da praça, ficando difícil de

distinguir quem está “atuando”, quem está “vivendo”. http://coreogthere.blogspot.com

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• Uma estética da vigilância, dissociada de práticas publicitárias, disciplinares ou policiais é possível?

• Colocar em cena e colocar em dúvida

• INTERVENÇOES NO ESPACO PUBLICO

• Uma imagem que tende a…

• Dúvida.

• Pode ser dança, pode ser luta.

• Mudanças abruptas de trajetória.

• Semiótica dos sinais do corpo.

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• Hesitação.

• Engano.

• Pressa.

• Permanência.

• Repetição.

• Indecisão.

• Violência.

• Ingenuidade

• Flagrante

• Segredo

• colocação espacial-plastica

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• Segurança.

• Aglomerações.

• Revolucionario, malandro, vagabundo, artista, criancas

• Gesto social; simbolico

• Defeito físico.

• Marcações rítmicas coletivas.