VIGILÂNCIA DA SAÚDE - ghc.com.br · Ø Território-área de abrangência - d e um a un id ad e d...

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V IG ILÂ N CIA DA SAÚDE: V IG ILÂ N CIA DA SAÚDE: A lguns conceitos que sustentam A lguns conceitos que sustentam um novo pensar/fazer em S aúde um novo pensar/fazer em S aúde Bárbara Raupp O dontóloga Especialista em S aúde Pública M estre em Educação

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VIGILÂN CIA DA SAÚDE:VIGILÂN CIA DA SAÚDE:

Alguns conceitos que sustentamAlguns conceitos que sustentam

um novo pensar/fazer em Saúdeum novo pensar/fazer em Saúde

Bárbara Raupp O dontóloga Especialista em Saúde Pública

M estre em Educação

VIGILÂN CIA DA SAÚDEVIGILÂN CIA DA SAÚDE(Teixeira, 2002, p. 41)

(Re) organiza os processos de trabalho em saúde sob aforma de O PERAÇÕ ESO PERAÇÕ ES para trabalhar comPRO BLEM ASPRO BLEM AS de enfrentamento contínuo,

nos diferentes momentos do processo saúde-doença,

num TERRITÓ RIOTERRITÓ RIO delim itado

.¬ Supera a dicotomia entre práticas coletivaspráticas coletivas (vigilância

epidem iológica e sanitária) e práticas individuaispráticas individuais (assistênciaambulatorial e hospitalar)

¬ Tem como suporte político-institucional o processo dedescentralização e reorganização dos serviços e práticas desaúde no nível local.nível local.

O SEN TIDO DA M UDAN ÇAO SEN TIDO DA M UDAN ÇA(M endes, 1999, p.234)

Concepção de

saúde-doença è

N egativa è Positiva

Paradigm a sanitário è

Flexneriano è Produção social

da saúde

Prática sanitária è

Atenção m édica è Vigilância da

Saúde

O rdem governativa

da cidade è

Gestão médica è Gestão social

M O DELO S ASSISTEN CIAISM O DELO S ASSISTEN CIAIS(Teixeira, 2002, p. 40)

Campanhassanitárias eprogramasespeciais

Vigilânciaepidemiológica esanitária

Tecnologiasanitária

atenção àpopulação

M odos detransm issão

e fatores derisco

Sanitarista

e auxiliares

Sanitarista

Rede de serviçosde saúde

Hospital

Tecnologiam édica

assistênciaindividual

Doença e

doentes

(clínica ecirurgia)

M édicocomplementadoporparamédicos

M édico-assistencial

Privatista

Formas deorganização

M eios detrabalho

O bjetoSujeitoM odelo

VIGILÂN CIA DA SAÚDEVIGILÂN CIA DA SAÚDE(Teixeira, 2002, p. 40)

Políticas públicassaudáveis

Ações intersetoriais

Intervençõesespecíficas(prom oção,prevenção, erecuperação dasaúde)

O perações sobreproblemas e grupospopulacionais

Comunicaçãosocial eeducação emsaúde

Planejamentoe program açãolocal

Tecnologiasm édico-sanitárias

Danos, riscos,necessidades,problemas edeterm inantes

da situação desaúde

(condições devida etrabalho)

Gestorespúblicos

Equipe desaúde

População

(cidadãos)

Vigilânciada Saúde

Formas deorganização

M eios detrabalho

O bjetoSujeitoM odelo

A VIGILÂN CIA DA SAÚDE A VIGILÂN CIA DA SAÚDE

Constitui uma RESPO STARESPO STA socialmente

organizada às necessidades, demandas e

problemas de saúde da população, apoiada

numa concepção de SAÚDE/DO EN ÇASAÚDE/DO EN ÇA

como “fenômeno clínico e sociológico,fenômeno clínico e sociológico,

vivido cultural e subjetivamentevivido cultural e subjetivamente”

SAÚDE/DO EN ÇA SAÚDE/DO EN ÇA (M inayo, 1996, p. 15-16) “A saúde enquanto questão hum ana e existencial é uma

problemática com partilhada indistintamente por todos ossegm entos sociais. Porém, as condições de vida e detrabalho qualificam de form a diferenciada a m aneira pelaqual as classes sociais e seus segm entos pensam , sentem eagem a respeito dela. (...) a saúde e a doença envolvem umacomplexa interação entre aspectos físicos, psicológicos,sociais e am bientais da condição humana e de atribuição designificados. (...) im portam tanto por seus efeitos no corpocomo pelas suas repercussões no im aginário: am bas são reaisem suas conseqüências. (...) É preciso entender que, aoampliar suas bases conceituais, as ciências sociais da saúdenão se tornam m enos ‘científicas’; pelo contrário, elas seaproxim am com m aior lum inosidade dos contornos dosfenôm enos que abarcam .”

VIGILÂN CIA DA SAÚDEVIGILÂN CIA DA SAÚDE

¬¬ Contexto - SUSContexto - SUS - rederede de pontos de atenção, de pontos de atenção, nos níveisprimário, secundário e terciário, articulados entre si,que visa responder às necessidades sociais de saúde.

¬¬ VigilânciaVigilância da Saúdeda Saúde - modelo de atenção com base emAPS - APS - sistemas de saúde mais eficazes, eficientes eeqüitativos são estruturados com base territorialbase territorial

¬ Integra novas concepções sobre saúde/doença/atençãosaúde/doença/atenção

¬ Redefine o processo de trabalho e sua gestãoprocesso de trabalho e sua gestão (meios detrabalho, atividades, relações técnicas e sociais,organizações de saúde e a cultura sanitária.

Seu objeto são os PRO BLEM AS/N ECESSIDADESSeu objeto são os PRO BLEM AS/N ECESSIDADESde saúde do territóriode saúde do território

TERRITÓ RIOTERRITÓ RIO

¬¬ Espaço Espaço (geográfico, econôm ico, social, político,cultural e sanitário), em permanenteconstrução.

¬ Para ser com preendido, precisa sercontextualizado nos “territórios mais am plos”

¬ Produto de uma complexacomplexa interação entrediferentes dimensões da realidade

¬ Configura uma determinada realidade desaúde, sempre em movimentomovimento.

¬ O território apresenta heterogeneidadesheterogeneidades - osgrupos populacionais possuem necessidades,demandas, interesses e riscosriscos diferenciados.

TERRITO RIALIZAÇÃOTERRITO RIALIZAÇÃO(M endes, 1999, p.248-270)

¬¬ Coleta, sistem atização e interpretaçãoColeta, sistem atização e interpretação de dados einform ações dem ográficos, sócio-econômicos,epidem iológicos, sanitários, políticos e culturais paraidentificar problem as e grupos de risco.

¬¬ TerritTerritóório-distrito sanitrio-distrito sanitááriorio –– m icro-região program áticaque visa a m udança nas práticas sanitárias (relações denegociação entre serviços, gestores e população).

¬¬ TerritTerritóório-rio-áárea de abrangrea de abrangêênciancia - de uma unidade desaúde, definida com base em critérios adm inistrativos,assistenciais e de organização da população local; espaço deco-responsabilidade pela saúde entre população e serviçode saúde.

¬¬ TerritTerritóório-micro-rio-micro-áárearea – espaço onde se concentram grupospopulacionais m ais ou menos hom ogêneos de acordo comsuas condições de existência que se expressam em riscosdiferenciados.

M unicípioM unicípio

Distrito sanitárioDistrito sanitário

Área de abrangência das UnidadesÁrea de abrangência das Unidadesde Saúdede Saúde

M icro-áreas de riscoM icro-áreas de risco

FamíliasFamílias

VIGILÂN CIA DA SAÚDEVIGILÂN CIA DA SAÚDEno cotidiano de serviços deno cotidiano de serviços de

APS/SUS:APS/SUS:

¬ Identificar situações de risco/vulnerabilidaderisco/vulnerabilidadeà saúde (grupos, fam ílias, indivíduos) no

território

¬ Priorizar e desenvolver açõesações para resolver,melhorar ou controlar os problem asproblem as

¬¬ AcompanharAcompanhar a resolução dos problemas e asituação de saúde da população

RISCORISCOExposição de indivíduos/grupos a contextos em que

com portamentos, modos de vida, opção sexual,

aspectos culturais e sociais os tornam suscetíveis a

agravos à saúde

VULN ERABILIDADEVULN ERABILIDADE

Baixa capacidade de indivíduos/grupos de perceber e

decidir sobre sua situação de risco, o que está

relacionado com aspectos subjetivos, de gênero, etnia,

condição sócio-econômica, política e cultural

PRO BLEM AS DE SAÚDE SÃO SEM PRE CO M PLEXO SPRO BLEM AS DE SAÚDE SÃO SEM PRE CO M PLEXO S

Intrincados “N Ó SN Ó S” em uma rede rede de interações e retro-ações entre aspectos sociais, sanitários, biológicos,

culturais e subjetivos

Decidir “O Q UE FAZER” “O Q UE FAZER” exige compreender osproblemas em sua complexidade e em seu contextocontexto

Exige DIÁLO GOExige DIÁLO GO :

¬ Entre diferentes campos de conhecimentos/práticas

¬ N a equipe interdisciplinar

¬ Com outros setores

¬ Entre Gestores, Técnicos e População

IM PLEM EN TAR A VIGILÂN CIA DAIM PLEM EN TAR A VIGILÂN CIA DA

SAÚDESAÚDE

Depende de intenção e capacidade político-político-

gerencial, gerencial, mas está condicionada pela

“CULTURA O RGAN IZACIO N ALCULTURA O RGAN IZACIO N AL”

O m aior desafio será construir pontespontes entre as

clínicas, a epidemiologia, as ciências sociais, as

ciências humanas e o saber popular

CULTURA O RGAN IZACIO N ALCULTURA O RGAN IZACIO N AL

EM SERVIÇO S DE SAÚDE/SUSEM SERVIÇO S DE SAÚDE/SUS

Princípios, fundamentos, valores, crenças,norm as, proibições e tipos de saber -

compartilhados pelos sujeitos organizacionais(de forma explícita ou não) que modelam aspráticas de saúde e suas derivadas formasorganizativas, em cada organização de saúde(serviços, instituições). É permeada por

relações de poder e por “projetos em disputa”.

A VIGILÂN CIA DA SAÚDEA VIGILÂN CIA DA SAÚDE

Busca integrarintegrar crítica/criativamente todas as

ações/atividades desenvolvidas pela equipe

(programas para grupos prioritários, práticas

clínicas dos diferentes profissionais, atividades

comunitárias e educativas, atenção domiciliar,

campanhas...), contextualizadas em cada

território para responder às necessidades de

saúde específicas da população local..

A CO N STRUÇÃO DA VIGILÂN CIAA CO N STRUÇÃO DA VIGILÂN CIADA SAÚDE N O M UN ICÍPIODA SAÚDE N O M UN ICÍPIO

N ecessita apoiar-se na epidemiologia,epidemiologia,

num sistema de informações sistema de informações geogeo--

referenciado referenciado e em metodologias de

planejamento/gerência planejamento/gerência que contribuem

na produção de uma nova culturacultura

organizacional organizacional na rede de serviços de

saúde municipais