Vigília Pascal Baptismo-Várias Crianças · e concedei-nos que a celebração das festas pascais...

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VIGÍLIA PASCAL Todos os cantos da terra ecoarão, com flamejantes e ternos sorrisos: a pedra do sepulcro é ventre, jardim de nova humanidade… porque o sal e o fermento de Cristo são o solo do coração, onde a vida pulsa eternamente. [Ressurreição, Mathias Grunewald - 1515]

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VIGÍLIA PASCAL

Todos os cantos da terra ecoarão, com flamejantes e ternos sorrisos: a pedra do sepulcro é ventre, jardim de nova humanidade… porque o sal e o fermento de Cristo são o solo do coração, onde a vida pulsa eternamente.

[Ressurreição, Mathias Grunewald - 1515]

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Elementos a preparar

- Na Sacristia / Dentro da igreja

- Livros

- Leccionário Dominical C (III)

- Livro da Oração Universal

- Missal Romano

- Paramentos (cor branca)

- Pão, vinho e água (de modo a poderem ser levados até ao altar, no momento da

apresentação dos dons)

- Cálice (com sanguíneo, pala e corporal)

- Píxides e patenas

- Ânfora, recipiente e manustérgio

- Campainhas para o Glória

- Cruz da visita pascal (devidamente ornamentada)

- Preparação do baptistério

- Recipiente (digno) com água (colocar dentro da pia baptismal)

- Concha

- Recipientes (pequenos e dignos) vazios (para levar água do recipiente da pia

baptismal para as pias que se encontram nas saídas da igreja)

- Santos óleos

- Algodão (para passar levemente sobre os baptizados, após a unção)

- Rodelas de limão e fatias de pão, recipiente com água e bacia, e toalha (para a

purificação das mãos do sacerdote)

- Caldeira e hissope

- Fora da igreja

- Micro sem fio

- Foco

- Fogareiro

- Pinhas, lenha e acendalhas

- Pinça

- Círio Pascal

- Turíbulo e naveta (não esquecer o incenso)

- Velas (para os ministros e para toda a assembleia)

- Pavio

- Girândola de foguetes

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- Lucernário -

Bênção do Fogo

As luzes da igreja devem estar apagadas.

Reunido o povo fora da igreja, o sacerdote dirige-se para a porta da igreja, com o círio pascal;

acompanhado dos outros ministros da celebração.

O povo, na medida do possível, volta-se para o sacerdote; todos se benzem, enquanto o

sacerdote, voltado para o povo, diz:

Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

O povo responde:

Amen.

Em seguida, o sacerdote, abrindo os braços, saúda o povo, dizendo:

A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo

estejam convosco.

O povo responde:

Bendito seja Deus, que nos reuniu no amor de Cristo.

Depois, o sacerdote, faz uma breve admonição sobre o significado desta vigília nocturna:

Caríssimos irmãos:

Nesta noite santíssima, em que Nosso Senhor Jesus Cristo passou da morte à vida, a

Igreja convida os seus filhos, dispersos pelo mundo, a reunirem-se em vigília e oração.

Vamos comemorar a Páscoa do Senhor, ouvindo a sua palavra e celebrando os seus

mistérios, na esperança de participar no seu triunfo sobre a morte e de viver com Ele

para sempre junto de Deus.

Em seguida, benze-se o fogo:

Oremos.

Senhor, que por meio do vosso Filho

destes aos homens a claridade da vossa luz,

santificai + este lume novo

e concedei-nos que a celebração das festas pascais

acenda em nós o desejo do céu,

para merecermos chegar com a alma purificada

às festas da luz eterna.

Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,

que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

R. Amen.

Incensa-se o lume novo, e a partir deste acende-se o círio pascal.

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A

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0 7

Ω

Preparação do Círio

Depois da bênção do lume novo, um acólito ou um dos ministros apresenta o círio pascal ao

sacerdote, o qual, com um estilete, grava no círio uma cruz; depois grava a letra grega Alfa por

cima da cruz e a letra Ómega por baixo e, entre os braços da cruz, grava os quatro algarismos

do ano corrente. Enquanto grava estes símbolos diz:

1. Cristo, ontem e hoje

Grava a haste vertical da cruz.

2. Princípio e fim

Grava a haste horizontal da cruz.

3. Alfa

Grava o Alfa por cima da haste vertical.

4. e Ómega.

Grava o Ómega por debaixo da haste vertical.

5. A Ele pertence o tempo

Grava no ângulo superior esquerdo o primeiro algarismo do ano corrente.

6. e a eternidade.

Grava no ângulo superior direito o segundo algarismo do ano corrente.

7. A Ele a glória e o poder

Grava no ângulo inferior esquerdo o terceiro algarismo do ano corrente.

8. para sempre. Amen.

Grava no ângulo inferior direito o quarto algarismo do ano corrente.

Depois de ter gravado a cruz e os outros símbolos, o sacerdote coloca no círio cinco grãos de

incenso em forma de cruz, dizendo:

1. Pelas suas chagas 1

2. santas e gloriosas,

3. nos proteja 4 2 5

4. e nos guarde

5. Cristo Senhor. Amen. 3

O sacerdote acende do lume novo o círio pascal, dizendo:

A luz de Cristo gloriosamente ressuscitado

nos dissipe as trevas do coração e do espírito.

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Procissão com o Círio

Forma-se a procissão: primeiro os turiferário e naveteiro, depois o sacerdote com o círio pascal,

seguido de todos os outros ministros da celebração, e estes dos pais e padrinhos assim como

dos baptizandos, que têm lugar previamente reservado perto do altar.

Depois de todos os intervenientes da procissão estarem preparados, um leitor, o responsável

pelas várias admonições, faz a seguinte:

O círio pascal é símbolo luminoso de Jesus Cristo. Acompanhando-o, evocamos a

marcha dos hebreus, seguindo no deserto a coluna de fogo, e representamos a

marcha da humanidade, que caminha «à luz de Cristo» para entrar com Ele no

esplendor da luz divina.

O sacerdote, que pega no círio pascal, levanta-o e diz à entrada da igreja:

A luz de Cristo.

R. Graças a Deus.

Depois de um breve espaço percorrido, até ao centro da igreja, repete:

A luz de Cristo.

R. Graças a Deus.

No fim de cantar, o sacerdote pára, permitindo que se acendam as velas (de todos os presentes

na celebração) a partir do círio pascal. Posteriormente a procissão continua; e ao chegar junto

do altar, o sacerdote voltado para o povo, canta pela terceira vez:

A luz de Cristo.

R. Graças a Deus.

Acendem-se as luzes da igreja (mas não as velas do altar); o sacerdote coloca o círio pascal no

candelabro, junto do ambão, já ornamentado de acordo com a solenidade litúrgica, incensa o livro

e o círio, e dirige-se para a sua cadeira.

Precónio Pascal

Admonição

O cantor vai entoar o Precónio Pascal, o louvor do círio. Hino triunfal em que Igreja

canta as infinitas maravilhas de Deus. Rejubilando de alegria no esplendor desta noite,

a Igreja convida toda a criação a exultar com ela pela nova luz que a Ressurreição de

Cristo acendeu no mundo. Cantemos vitória: a vida triunfou sobre a morte, a luz

triunfou sobre as trevas, a graça triunfou sobre o pecado.

Breve momento de silêncio

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Canta-se o precónio pascal. Se for cantado por um cantor, que não sacerdote ou diácono,

omite-se o que está entre parêntesis rectos.

Exulte de alegria a multidão dos Anjos,

exultem as assembleias celestes,

ressoem hinos de glória,

para anunciar o triunfo de tão grande Rei.

Rejubile também a terra,

inundada por tão grande claridade,

porque a luz de Cristo, o Rei eterno,

dissipa as trevas de todo o mundo.

Alegre-se a Igreja, nossa mãe,

adornada com os fulgores de tão grande luz,

e ressoem neste templo as aclamações do povo de Deus.

[E vós, irmãos caríssimos,

aqui reunidos para celebrar o esplendor admirável desta luz,

invocai comigo a misericórdia de Deus omnipotente,

para que, tendo-Se Ele dignado, sem mérito algum da minha parte,

admitir-me no número dos seus ministros,

infunda em mim a claridade da sua luz,

para que possa celebrar dignamente os louvores deste círio].

[V. O Senhor esteja convosco.

R. Ele está no meio de nós].

V. Corações ao alto.

R. O nosso coração está em Deus.

V. Demos graças ao Senhor nosso Deus.

R. É nosso dever, é nossa salvação.

É verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação

proclamar com todo o fervor da alma e toda a nossa voz

os louvores de Deus invisível, Pai omnipotente,

e do seu Filho Unigénito, Jesus Cristo, nosso Senhor.

Ele pagou por nós ao eterno Pai

a dívida por Adão contraída

e com seu Sangue precioso

apagou a condenação do antigo pecado.

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Celebramos hoje as festas da Páscoa,

em que é imolado o verdadeiro Cordeiro,

cujo Sangue consagra as portas dos fiéis.

Esta é a noite,

em que libertastes do cativeiro do Egipto

os filhos de Israel, nossos pais,

e os fizestes atravessar a pé enxuto o Mar Vermelho.

Esta é a noite,

em que a coluna de fogo dissipou as trevas do pecado.

Esta é a noite,

que liberta das trevas do pecado e da corrupção do mundo

aqueles que hoje por toda a terra crêem em Cristo,

noite que os restitui à graça

e os reúne na comunhão dos Santos.

Esta é a noite,

em que Cristo, quebrando as cadeias da morte,

Se levanta glorioso do túmulo.

Para a fórmula breve omite-se esta parte entre aspas.

“De nada nos serviria ter nascido,

se não tivéssemos sido resgatados.”

Oh admirável condescendência da vossa graça!

Oh incomparável predilecção do vosso amor!

Para resgatar o escravo entregastes o Filho.

Oh necessário pecado de Adão,

que foi destruído pela morte de Cristo!

Oh ditosa culpa,

que nos mereceu tão grande Redentor!

Para a fórmula breve omite-se esta parte entre aspas.

“Oh noite bendita,

única a ter conhecimento do tempo e da hora

em que Cristo ressuscitou do sepulcro!”

Para a fórmula breve omite-se esta parte entre aspas.

“Esta é a noite, da qual está escrito:

A noite brilha como o dia

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e a escuridão é clara como a luz.”

Esta noite santa afugenta os crimes, lava as culpas;

restitui a inocência aos pecadores, dá alegria aos tristes;

Para a fórmula breve omite-se esta parte entre aspas.

“derruba os poderosos, dissipa os ódios,

estabelece a concórdia e a paz.”

Para a fórmula breve omite-se esta parte entre aspas.

“Nesta noite de graça,

aceitai, Pai santo, este sacrifício vespertino de louvor,

que, na solene oblação deste círio,

pelas mãos dos seus ministros Vós apresenta a santa Igreja.”

Para a fórmula breve omite-se esta parte entre aspas.

“Agora conhecemos o sinal glorioso desta coluna de cera,

que uma chama de fogo acende em honra de Deus:

esta chama que, ao repartir o seu esplendor,

não diminui a sua luz;

esta chama que se alimenta de cera,

produzida pelo trabalho das abelhas,

para formar este precioso luzeiro.”

Oh noite ditosa,

em que o céu se une à terra,

em que o homem se encontra com Deus!

Para a fórmula longa omite-se esta parte entre áspas.

“Nesta noite de graça,

aceitai, Pai santo, este sacrifício vespertino de louvor,

que, na oblação deste círio,

pelas mãos dos seus ministros Vos apresenta a santa Igreja.”

Nós Vos pedimos, Senhor,

que este círio, consagrado ao vosso nome,

arda incessantemente para dissipar as trevas da noite;

e, subindo para Vós como suave perfume,

junte a sua claridade à das estrelas do céu.

Que ele brilhe ainda quando se levantar o astro da manhã,

aquele astro que não tem ocaso,

Jesus Cristo vosso Filho,

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que, ressuscitando de entre os mortos,

iluminou o género humano com a sua luz e a sua paz

e vive glorioso pelos séculos dos séculos.

R. Amen.

- Liturgia da Palavra -

Todos os presentes apagam as suas velas e sentam-se.

Antes de se iniciarem as leituras, o sacerdote faz a seguinte admonição:

Irmãos caríssimos:

Depois de iniciarmos solenemente esta Vigília,

ouçamos agora, de coração tranquilo, a palavra de Deus.

Meditemos como Deus outrora salvou o seu povo e como,

na plenitude dos tempos, enviou Jesus Cristo, nosso Salvador.

Oremos para que Deus realize esta obra pascal de salvação

e seja consumada a redenção do mundo.

O leitor vai ao ambão para ler a leitura, que todos escutam sentados. No fim da leitura, o leitor

diz: Palavra do Senhor. Ao qual todos respondem com a aclamação: Graças a Deus.

No final de cada leitura e respectivo Salmo, todos se levantam, o sacerdote diz Oremos e todos

oram em silêncio durante alguns momentos; depois o sacerdote, de braços abertos, diz a

Oração colecta correspondente.

Leitura I Gn 1,1.26-31a

«Deus viu tudo o que tinha feito: era tudo muito bom»

Leitura do Livro do Génesis

No princípio, Deus criou o céu e a terra.

Disse Deus: «Façamos o homem à nossa imagem e semelhança.

Domine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu,

sobre os animais domésticos, sobre os animais selvagens

e sobre todos os répteis que rastejam pela terra».

Deus criou o ser humano à sua imagem,

criou-o à imagem de Deus.

Ele o criou homem e mulher.

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Deus abençoou-os, dizendo:

«Crescei e multiplicai-vos,

enchei e dominai a terra.

Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu

e sobre todos os animais que se movem na terra».

Disse Deus: «Dou-vos todas as plantas com semente

que existem em toda a superfície da terra,

assim como todas as árvores de fruto com semente,

para que vos sirvam de alimento.

E a todos os animais da terra, a todas as aves do céu

e a todos os seres vivos que se movem na terra

dou as plantas verdes como alimento».

E assim sucedeu.

Deus viu tudo o que tinha feito: era tudo muito bom.

Veio a tarde e, em seguida, a manhã: foi o sexto dia.

Assim se completaram o céu e a terra

e tudo o que eles contêm.

Deus concluiu, no sétimo dia, a obra que fizera

e, no sétimo dia, descansou do trabalho que tinha realizado.

Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial Sl 103 (104),1-2a.5-6.10.12.13-14.24.35c

Refrão: Mandai Senhor o vosso Espírito e

e renovai a terra.

Bendiz, ó minha alma, o Senhor.

Senhor, meu Deus, como sois grande!

Revestido de esplendor e majestade,

envolvido em luz como num manto!

Fundastes a terra sobre alicerces firmes:

não oscilará por toda a eternidade.

Vós a cobristes com o manto do oceano,

por sobre os montes pousavam as águas.

Transformais as fontes em rios

que correm entre as montanhas.

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Nas suas margens habitam as aves do céu;

por entre a folhagem fazem ouvir o seu canto.

Com a chuva regais os montes,

encheis a terra com o fruto das vossas obras.

Fazeis germinar a erva para o gado

e as plantas para o homem, que tira o pão da terra.

Como são grandes as vossas obras!

Tudo fizestes com sabedoria:

a terra está cheia das vossas criaturas.

Glória a Deus para sempre.

Oremos.

Senhor nosso Deus,

que de modo admirável criastes o homem

e de modo mais admirável o redimistes,

dai-nos a graça de resistir às seduções do pecado

com a sabedoria do espírito,

para merecermos chegar às alegrias eternas.

Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,

que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

R. Amen.

Leitura II Ex 14,15-15,1

«Os filhos de Israel penetraram no mar a pé enxuto»

Leitura do Livro do Êxodo

Naqueles dias,

disse o Senhor a Moisés:

«Porque estás a bradar por Mim?

Diz aos filhos de Israel que se ponham em marcha.

E tu ergue a tua vara, estende a mão sobre o mar e divide-o,

para que os filhos de Israel entrem nele a pé enxuto.

Entretanto, vou permitir que se endureça o coração dos egípcios,

que hão-de perseguir os filhos de Israel.

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Manifestarei então a minha glória,

triunfando do Faraó,

de todo o seu exército, dos seus carros e dos seus cavaleiros.

Os egípcios reconhecerão que Eu sou o Senhor,

quando Eu manifestar a minha glória,

vencendo o Faraó, os seus carros e os seus cavaleiros».

O Anjo de Deus, que seguia à frente do acampamento de Israel,

deslocou-se para a retaguarda.

A coluna de nuvem que os precedia

veio colocar-se atrás do acampamento

e postou-se entre o campo dos egípcios e o de Israel.

A nuvem era tenebrosa de um lado

e do outro iluminava a noite,

de modo que, durante a noite,

não se aproximaram uns dos outros.

Moisés estendeu a mão sobre o mar

e o Senhor fustigou o mar, durante a noite,

com um forte vento de leste.

O mar secou e as águas dividiram-se.

Os filhos de Israel penetraram no mar a pé enxuto,

enquanto as águas formavam muralha à direita e à esquerda.

Os egípcios foram atrás deles:

todos os cavalos do Faraó, os seus carros e cavaleiros

os seguiram pelo mar dentro.

Na vigília da manhã,

o Senhor olhou da coluna de fogo e da nuvem

para o acampamento dos egípcios

e lançou nele a confusão.

Bloqueou as rodas dos carros,

que dificilmente se podiam mover.

Então os egípcios disseram:

«Fujamos dos israelitas,

que o Senhor combate por eles contra os egípcios».

O Senhor disse a Moisés:

«Estende a mão sobre o mar

e as águas precipitar-se-ão sobre os egípcios,

sobre os seus carros e os seus cavaleiros».

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Moisés estendeu a mão sobre o mar

e, ao romper da manhã, o mar retomou o seu nível normal,

quando os egípcios fugiam na sua direcção.

E o Senhor precipitou-os no meio do mar.

As águas refluíram

e submergiram os carros, os cavaleiros e todo o exército do Faraó,

que tinham entrado no mar, atrás dos filhos de Israel.

Nem um só escapou.

Mas os filhos de Israel tinham andado pelo mar a pé enxuto,

enquanto as águas formavam muralha à direita e à esquerda.

Nesse dia, o Senhor salvou Israel das mãos dos egípcios

e Israel viu os egípcios mortos nas praias do mar.

Viu também o grande poder

que o Senhor exercera contra os egípcios,

e o povo temeu o Senhor,

acreditou n’Ele e em seu servo Moisés.

Então Moisés e os filhos de Israel

cantaram este hino em honra do Senhor:

«Cantemos ao Senhor, que fez brilhar a sua glória,

precipitou no mar o cavalo e o cavaleiro».

Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial Ex 15,1-2.3-4.5-6.17-18

Refrão: Deus fez maravilhas: o seu nome é Senhor.

Cantarei ao Senhor, que fez brilhar a sua glória:

precipitou no mar o cavalo e o cavaleiro.

O Senhor é a minha força e a minha protecção:

a Ele devo a minha liberdade.

Ele é o meu Deus: eu O exalto;

Ele é o Deus de meu pai: eu O glorifico.

O Senhor é um guerreiro, Omnipotente é o seu nome;

precipitou no mar os carros do Faraó e o seu exército.

Os seus melhores combatentes afogaram-se

no Mar Vermelho,

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foram engolidos pelas ondas,

caíram como pedra no abismo.

A vossa mão direita, Senhor, revelou a sua força,

a vossa mão direita, Senhor, destroçou o inimigo.

Levareis o vosso povo e o plantareis na vossa montanha,

na morada segura que fizestes, Senhor,

no santuário que vossas mãos construíram.

O Senhor reinará pelos séculos dos séculos.

Oremos.

Também em nossos dias, Senhor,

vemos brilhar as vossas antigas maravilhas:

se outrora manifestastes o vosso poder

libertando um só povo da perseguição do Faraó,

hoje assegurais a salvação de todas as nações

fazendo-as renascer pela água do Baptismo:

fazei que todos os povos da terra

se tornem filhos de Abraão e membros do vosso povo eleito.

Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,

que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

R. Amen.

Leitura III Ez 36,16-17a.18-28

«Derramarei sobre vós água pura e dar-vos-ei um coração novo»

Leitura da Profecia de Ezequiel

A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos:

«Filho do homem,

quando os da casa de Israel habitavam na sua terra,

mancharam-na com o seu proceder e as suas obras.

Fiz-lhes então sentir a minha indignação,

por causa do sangue que haviam derramado no país

e dos ídolos com que o tinham profanado.

Dispersei-os entre as nações,

espalhei-os entre os outros povos;

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julguei-os segundo o seu proceder e as suas obras.

Em todas as nações para onde foram,

profanaram o meu santo nome; e por isso se dizia deles:

‘São o povo do Senhor: tiveram de deixar a sua terra’.

Quis então salvar a honra do meu santo nome,

que a casa de Israel profanara entre as nações para onde tinha ido.

Por isso, diz à casa de Israel: Assim fala o Senhor Deus:

Não faço isto por causa de vós, israelitas,

mas por causa do meu santo nome,

que profanastes entre as nações para onde fostes.

Manifestarei a santidade do meu grande nome,

profanado por vós entre as nações para onde fostes.

E as nações reconhecerão que Eu sou o Senhor

__ oráculo do Senhor Deus __

quando a seus olhos Eu manifestar a minha santidade,

a vosso respeito.

Então retirar-vos-ei de entre as nações,

reunir-vos-ei de todos os países,

para vos restabelecer na vossa terra.

Derramarei sobre vós água pura

e ficareis limpos de todas as imundícies;

e purificar-vos-ei de todos os falsos deuses.

Dar-vos-ei um coração novo

e infundirei em vós um espírito novo.

Arrancarei do vosso peito o coração de pedra

e dar-vos-ei um coração de carne.

Infundirei em vós o meu espírito

e farei que vivais segundo os meus preceitos,

que observeis e ponhais em prática as minhas leis.

Habitareis na terra que dei a vossos pais;

sereis o meu povo e Eu serei o vosso Deus».

Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial Sl 41 (42),2-5.5;42 (43),3-4

Refrão: Como suspira o veado pelas correntes das águas,

assim minha alma suspira por Vós, Senhor.

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Como suspira o veado pelas correntes das águas,

assim minha alma suspira por Vós, Senhor.

Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo:

Quando irei contemplar a face de Deus?

A minha alma estremece ao recordar

quando passava em cortejo para o templo do Senhor,

entre as vozes de louvor e de alegria

da multidão em festa.

Enviai a vossa luz e verdade,

sejam elas o meu guia e me conduzam

à vossa montanha santa

e ao vosso santuário.

E eu irei ao altar de Deus,

a Deus que é a minha alegria.

Ao som da cítara Vos louvarei,

Senhor, meu Deus.

Oremos.

Senhor nosso Deus,

que nos instruís com as páginas do Antigo e do Novo Testamento

para celebrarmos o mistério pascal,

abri os nossos corações para compreendermos a vossa misericórdia,

a fim de que, ao recebermos os dons presentes,

se confirme em nós a esperança dos bens eternos.

Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,

que é Deus na unidade do Espírito Santo.

R. Amen.

Depois da última leitura do Antigo Testamento com o Salmo responsorial e a Oração

correspondente, acendem-se as velas do altar. O sacerdote entoa o hino Glória a Deus nas

alturas (Az. Oliveira - NRMS 50-51), que é cantado por todos. Tocam-se os sinos e as

campainhas.

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Terminado o hino, o sacerdote, diz a Oração colecta, na forma habitual:

Oremos.

Deus de infinita bondade,

que fazeis resplandecer esta sacratíssima noite

com a glória da ressurreição do Senhor,

renovai na vossa Igreja o Espírito da adopção filial,

para que, renovados no corpo e na alma,

nos entreguemos plenamente ao vosso serviço.

Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,

que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

R. Amen.

Leitura Apóstolo (Epístola).

Epístola Rm 6,3-11

«Cristo, ressuscitado dos mortos, já não pode morrer»

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos

Irmãos:

Todos nós que fomos baptizados em Jesus Cristo

fomos baptizados na sua morte.

Fomos sepultados com Ele pelo Baptismo na sua morte,

para que, assim como Cristo ressuscitou dos mortos,

para glória do Pai,

também nós vivamos uma vida nova.

Se, na verdade, estamos totalmente unidos a Cristo

por morte semelhante à sua,

também o estaremos para uma ressurreição semelhante à sua.

Bem sabemos que o nosso homem velho

foi crucificado com Cristo,

para que fosse destruído o corpo do pecado

e não mais fôssemos escravos dele.

Quem morreu, está livre do pecado.

Se morremos com Cristo,

acreditamos que também com Ele viveremos,

sabendo que, uma vez ressuscitado dos mortos,

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[Vigília Pascal] P á g i n a | 18

Cristo já não pode morrer;

a morte já não tem domínio sobre Ele.

Porque na morte que sofreu,

Cristo morreu para o pecado de uma vez para sempre;

mas a sua vida é uma vida para Deus.

Assim vós também,

considerai-vos mortos para o pecado

e vivos para Deus, em Cristo Jesus.

Palavra do Senhor.

Terminada a leitura da Epístola, todos se levantam.

O salmista entoa o Aleluia, que todos repetem, e depois canta o Salmo e o povo responde

cantando Aleluia.

Para a proclamação do Evangelho não se levam círios, apenas o incenso.

Aclamação ao Evangelho Sl 117 (118),1-2.16ab-17.22-23

Refrão: Aleluia. Aleluia. Aleluia.

Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom,

porque é eterna a sua misericórdia.

Diga a casa de Israel:

é eterna a sua misericórdia.

A mão do Senhor fez prodígios,

a mão do Senhor foi magnífica.

Não morrerei, mas hei-de viver

para anunciar as obras do Senhor.

A pedra que os construtores rejeitaram

tornou-se pedra angular.

Tudo isto veio do Senhor:

é admirável aos vossos olhos.

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Evangelho Lc 24,1-12

«Porque buscais entre os mortos Aquele que está vivo?»

O sacerdote, já no ambão diz:

O Senhor esteja convosco.

O povo responde:

Ele está no meio de nós.

O sacerdote diz:

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo São Lucas

E, ao mesmo tempo, faz o sinal da cruz sobre o livro e depois sobre si mesmo na fronte, na boca

e no peito; e o mesmo fazem todos os demais.

O povo aclama:

Glória a Vós, Senhor.

A seguir, o sacerdote, incensa o livro, e proclama o Evangelho.

No primeiro dia da semana, ao romper da manhã,

as mulheres que tinham vindo com Jesus da Galileia

foram ao sepulcro, levando os perfumes que tinham preparado.

Encontraram a pedra do sepulcro removida

e ao entrarem não acharam o corpo do Senhor Jesus.

Estando elas perplexas com o sucedido,

apareceram-lhes dois homens com vestes resplandecentes.

Ficaram amedrontadas e inclinaram o rosto para o chão,

enquanto eles lhes diziam:

«Porque buscais entre os mortos Aquele que está vivo?

Não está aqui: ressuscitou.

Lembrai-vos como Ele vos falou,

quando ainda estava na Galileia:

‘O Filho do homem tem de ser entregue às mãos dos pecadores,

tem de ser crucificado e ressuscitar ao terceiro dia’».

Elas lembraram-se então das palavras de Jesus.

Voltando do sepulcro,

foram contar tudo isto aos Onze, bem como a todos os outros.

Eram Maria Madalena, Joana e Maria mãe de Tiago.

Também as outras mulheres que estavam com elas

diziam isto aos Apóstolos.

Mas tais palavras pareciam-lhes um desvario

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e não acreditaram nelas.

Entretanto, Pedro pôs-se a caminho e correu ao sepulcro.

Debruçando-se, viu apenas as ligaduras

e voltou para casa admirado com o que tinha sucedido.

Terminado o Evangelho, o sacerdote, diz:

Palavra da salvação.

O povo responde com a aclamação:

Glória a vós, Senhor.

Homilia

A vigília pascal é, segundo Santo Agostinho, a «mãe de todas as vigílias», é a

celebração mais longa do ano, mas também a mais rica em simbolismo. Primeiro o

Lucernário, depois a Liturgia Baptismal, seguida da escuta da Palavra, e para culminar,

a Liturgia Eucarística. A vigília pascal, por isso, arqueia hic et nunc (aqui e agora) toda

a história da salvação, cantada no Precónio. Todavia, a vida terrena de cada um de nós

só desabrocha em vida eterna, só é espelho da história da salvação, se vivermos

enxertados na Luz que ofusca o pecado do mundo. Luz que nós sustentamos fazendo

das mãos baluarte seguro… trazendo assim à memória os servos, que ansiosamente,

esperavam a vinda do seu Senhor...

E nós, quem esperamos? Quem é o nosso Senhor?

Jesus Cristo é o nosso Senhor! Aquele que desceu dos Céus, tornando-se «homem em

tudo semelhante a nós excepto no pecado», dissipa as trevas da mente e do coração,

através da Sua ressurreição gloriosa; converte-se em «Caminho, Verdade e Vida»...

ainda hodiernamente vem, vem e impele-nos a partir, vem e empurra-nos para a

frente. Fica entre a humanidade como farol. Ensina-nos com a Sua palavra; alimenta-

nos com o Seu corpo e com o Seu sangue; convida-nos a ancorar desde sempre a

existência no amor, de modo a que um dia sejamos contados entre os seus eleitos,

entre os que entram pela porta da eternidade… E… quem não quer trilhar o caminho

de Jesus?

O ser humano criado à imagem e semelhança de Deus, outrora convidado a nomear,

dominar e trabalhar a obra divina; foi abençoado e implicado na renovação criacional:

«crescei e multiplicai-vos, enchei e dominai a terra», ouvia-mos do Génesis. Enfim, o

ser humano foi solicitado para respeitar e proteger, do modo mais absoluto, a vida:

maior dom oferecido por Deus, que nos coloca no mundo e face ao mundo. Assim

sendo, caríssimos: é necessário visar o horizonte próximo, que não se extingue onde o

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nosso umbigo consegue tocar. Não façamos do nosso semelhante meio, mas fim para

a mútua realização.

Abramos o nosso coração de par em par, porque «chegou a hora de nos levantarmos

do sono. A noite vai adiantada, aproxima-se o dia. Abandonemos as obras das trevas e

revistamo-nos das armas da luz. Andemos dignamente, como convém em pleno dia»

(Rm 13,11b.12-13a).

Mas… se queremos ser filhos da Luz, devemos no meio desta geração perversa e

depravada, fazer as coisas, gratuita e livremente, sem murmurar nem discutir,

brilhando como estrelas no firmamento dos Céus e sendo chamas flamejantes, que

consomem: fé, esperança e caridade. Imitemos os filhos de Israel, que segundo o livro

do Êxodo, não queriam mais a opressão física e espiritual, por isso oraram a Deus Pai,

que os ouviu; puseram-se a caminho, seguindo Moisés, o Seu enviado; e «penetraram

no mar a pé enxuto, enquanto as águas formavam muralha à direita e à esquerda».

Nós, já alguma vez pensamos em deixar o conforto amorfo e azedo do nosso coração

para ir ao encontro dos necessitados? Daqueles que espelham, no rosto esfarrapado e

humilhado, Jesus Cristo…

Somos pecadores, somos frágeis, mas não inconvertíveis! Por onde anda a minha, a

tua, a nossa mortificação interior? Alguém a viu? Já alguma vez nos deparamos

perante a conversão? Diz-nos Deus, servindo-se do profeta Ezequiel: «dar-vos-ei um

coração novo e infundirei em vós um espírito novo. Arrancarei do vosso peito um

coração de pedra e dar-vos-ei um coração de carne». Enfim, a conversão está e

desenvolve-se a partir do nosso interior, do coração, mas começa no voltar contrito e

humilde para Deus, e sequencialmente para todos os irmãos.

O Altíssimo está sempre disponível para acolher todos os peregrinos, todas as ovelhas

que se deixaram tresmalhar. E nós, estamos sempre disponíveis para acolher aqueles

que procuram a conversão?

Contudo, para os baptizados na morte de Cristo, ungidos com o Sangue do Cordeiro

pascal, e vivificados com uma nova vida pela Ressurreição, a conversão desenhada

jamais acaba sobre a orla terrestre! Ela nasce neste mundo, mas só morre, só

culmina no regaço paternal. Com este sentido, podem ser abarcadas as palavras de

São Paulo, que nos diz que a mácula de Adão, a marca do Pecado Original, selada em

cada um de nós é radicalmente eliminada; o homem velho morre, crucificado com

Cristo para dar vida ao homem novo. A cada um resta escolher entre o «horror

eterno» e a vida eterna! Vida que se abre em flor, usando como solo o túmulo de Jesus

Cristo.

Ora, a parte nevrálgica de toda a Liturgia da Palavra, o Evangelho, fala-nos hoje

precisamente da vida eterna, do colmatar de toda a história da salvação…

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Duas mulheres, discípulas de Jesus, não nomeadas, vão de manhã ao sepulcro,

carregadas de perfumes, e não encontram nada… não encontram O que esperavam.

Procuravam o imaginável, quebram-se os esquemas, observam o inimaginável. «Porque

buscais entre os mortos Aquele que está vivo?», perguntam-lhes os dois enviados de

Deus. As mulheres de perplexas passam a amedrontadas, e depois colocam-se em

posição de humildade, a exemplo de Maria: «inclinam o rosto para o chão». Haverá

modo mais humilde para acolher a revelação divina?

Prontas, transbordando ânimo e esperança, partem para anunciar, aos onze e a todos

os outros, o sucedido. No entanto, aquelas que agora já têm nome, porque são

testemunhas personalizadas, não têm credibilidade tal como todas as outras

mulheres, na cultura de então.

Elas foram convencidas ao sepulcro, nada do que queriam ver viram, acreditaram no

impossível até então, converteram-se e partiram a anunciar… esta é a pedagogia

divina! E Pedro, aquele que se apresenta sempre pronto para seguir Jesus, O nega

três vezes e d’Ele recebe as chaves da Igreja, como se comporta? E os outros

homens? Pedro faz caminho até à fonte originária da Ressurreição, volta admirado, e…

e que mais? Não nos é dito que foi anunciar. As mulheres do medo partem para o

anúncio; Pedro ao invés do anúncio parte para a confirmação e desta… para casa! E

nós? A nossa fé permite-nos gritar às quatro esquinas da terra, que Jesus

ressuscitou?! Seremos portadores de uma Fé ambígua ou solidificada na Ressurreição

do nosso Redentor e Salvador?

A fé que implica confiança e adesão vive à sombra da Páscoa de Cristo. Jonas esteve

três dias no seio de uma baleia, Cristo esteve três dias no seio da terra, durante os

quais desce às profundezas dos abismos, para se sentar na cadeira presidencial,

quebrando as cadeias e resgatando todos os presentes, e regressa para junto da

Origem, Ressuscitou! Assim, o sepulcro é ventre pascal!

Cristo com a sua Ressurreição esvazia todos os sepulcros! Os discípulos duvidaram…

a sua história é a nossa história, o caminho de Fé que percorreram é o nosso caminho.

Breve silêncio.

- Liturgia Baptismal -

Admonição

Esta noite é aquela em que Cristo se levanta vitorioso do túmulo, para nos fazer

participantes da Sua santidade, restituindo-nos a Graça perdida em Adão. Morremos

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com Cristo para o pecado e ressuscitamos com Ele para a vida nova da graça. Por

isso, nesta mesma noite devemos tomar consciência do nosso compromisso de

cristãos, renovando as promessas baptismais.

Breve silêncio.

Entretanto, o sacerdote invocará o Espírito de Deus sobre a água que será derramada

sobre os baptizandos, e depois aspergida sobre nós, para memória do nosso

Baptismo.

O sacerdote com o círio pascal, seguido dos ministros necessários, dirige-se para a pia

baptismal. Note-se: se a pia baptismal não for visível, deve-se colocar um digno e ornamentado

recipiente em frente do altar, onde se desenvolverá tudo o que aparece assinalado junto da pia

baptismal.

Os baptizandos são levados pelos pais e padrinhos à presença da assembleia eclesial.

Saudação e admonição inicial

Caríssimos irmãos sede bem-vindos, confiai e rejubilai de alegria, pois Deus derramou

sobre vós, pais, o dom da vida, que frutificou nestas belas crianças, que vós quereis

apresentar à comunidade. Elas vão receber o sacramento do Baptismo, pelo qual se

inicia a vida cristã. A partir de hoje passam a ter uma nova vida, revestidas de luz e

configuradas com Cristo, passam a viver uma vida sem fim, pois vai além da morte.

Passam a fazer parte de uma grande família, a Igreja, amparo nas tribulações e motivo

de salvação.

Diálogo com os pais e padrinhos

O sacerdote pergunta conjuntamente a todos os pais o nome das crianças:

Que nome escolhestes para os vossos filhos?

e cada família responde sucessivamente.

Depois, o sacerdote, pergunta:

Que pedis à Igreja de Deus para eles?

E todas as famílias respondem em uníssono:

O Baptismo.

Então o sacerdote dirige-se em primeiro lugar aos pais:

Caríssimos pais:

Pedistes o Baptismo para os vossos filhos.

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Deveis educá-los na fé,

para que, observando os mandamentos,

amem a Deus e ao próximo, como Cristo nos ensinou.

Estais conscientes do compromisso que assumis?

Todos os pais, ao mesmo tempo:

Sim, estamos.

Dirigindo-se depois aos padrinhos, o sacerdote interroga-os:

E vós, padrinhos,

estais decididos a ajudar os pais destas crianças

nesta sua missão?

Todos os padrinhos, ao mesmo tempo:

Sim, estamos.

O sacerdote continua, dizendo:

Filhinhos:

É com muita alegria que a comunidade cristã vos recebe.

Em seu nome, eu vos assinalo com o sinal da cruz.

Traça o sinal da cruz sobre todas as crianças, ao mesmo tempo.

Depois diz:

E vós, pais e padrinhos assinalai também as crianças na fronte, como sinal da cruz de

Cristo Salvador.

Então os pais e padrinhos assinalam as crianças na fronte com o sinal da cruz.

O Sacerdote, no fim de todos terem traçado o sinal da cruz, na cadeira presidencial, faz a

seguinte admonição:

Ajudemos com as nossas preces estes nossos irmãos,

preparados para receberem a vida nova do Baptismo.

Oremos a Deus nosso Pai, para que, na sua grande misericórdia,

os guie e acompanhe até à fonte baptismal.

Ladainha dos Santos

Dois cantores entoam as Ladainhas e todos de pé (em virtude do Tempo Pascal), respondem.

Senhor, tende piedade de nós. Senhor, tende piedade de nós.

Cristo, tende piedade de nós. Cristo, tende piedade de nós.

Senhor, tende piedade de nós. Senhor, tende piedade de nós.

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[Vigília Pascal] P á g i n a | 25

Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós.

São Miguel, rogai por nós.

Santos Anjos de Deus, rogai por nós.

São João Baptista, rogai por nós.

São José, rogai por nós.

São Pedro e São Paulo, rogai por nós.

Santo André, rogai por nós.

São João, rogai por nós.

Santa Maria Madalena, rogai por nós.

Santo Estêvão, rogai por nós.

Santo Inácio de Antioquia, rogai por nós.

São Lourenço, rogai por nós.

São João de Brito, rogai por nós.

Santa Perpétua e Santa Felicidade, rogai por nós.

Santa Inês, rogai por nós.

São Gregório, rogai por nós.

Santo Agostinho, rogai por nós.

Santo Atanásio, rogai por nós.

São Basílio, rogai por nós.

São Martinho, rogai por nós.

São Bento, rogai por nós.

São Martinho de Dume, São Frutuoso

e São Geraldo, rogai por nós.

São Teotónio, rogai por nós.

São Francisco e São Domingos, rogai por nós.

Santo António de Lisboa, rogai por nós.

São João de Deus, rogai por nós.

São Francisco Xavier, rogai por nós.

São João Maria Vianney, rogai por nós.

Santa Isabel de Portugal, rogai por nós.

Santa Catarina de Sena, rogai por nós.

Santa Teresa de Jesus, rogai por nós.

Santa Beatriz da Silva, rogai por nós.

Podem acrescentar-se alguns nomes de Santos, sobretudo o titular da igreja, dos padroeiros do

lugar e dos baptizandos.

Todos os Santos e Santas de Deus, rogai por nós.

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[Vigília Pascal] P á g i n a | 26

Sede-nos propício, livrai-nos, Senhor.

De todo o mal livrai-nos, Senhor.

De todo o pecado livrai-nos, Senhor.

Da morte eterna livrai-nos, Senhor.

Pela vossa encarnação, livrai-nos, Senhor.

Pela Vossa morte e ressurreição, livrai-nos, Senhor.

Pela efusão do Espírito Santo, livrai-nos, Senhor.

A nós, pecadores, ouvi-nos, Senhor.

Dignai-Vos dar uma vida nova a estes eleitos

pela graça do Baptismo, ouvi-nos, Senhor.

Jesus, Filho de Deus, ouvi-nos, Senhor.

Cristo, ouvi-nos. Cristo, ouvi-nos.

Cristo, atendei-nos. Cristo, atendei-nos.

Bênção da água baptismal

O sacerdote procede à bênção da água baptismal, dizendo, de mãos juntas, a seguinte oração:

Senhor nosso Deus:

Pelo vosso poder invisível,

realizais maravilhas nos vossos sacramentos.

Ao longo dos tempos preparastes a água

para manifestar a graça do Baptismo.

Logo no princípio do mundo,

o vosso Espírito pairava sobre as águas,

prefigurando o seu poder de santificar.

Nas águas do dilúvio

destes-nos uma imagem do Baptismo,

sacramento da vida nova,

porque as águas significam ao mesmo tempo

o fim do pecado e o princípio da santidade.

Aos filhos de Abraão

fizestes atravessar a pé enxuto o Mar Vermelho,

para que esse povo, liberto da escravidão,

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[Vigília Pascal] P á g i n a | 27

fosse a imagem do povo santo dos baptizados.

O vosso Filho, Jesus Cristo,

ao ser baptizado por João Baptista nas águas do Jordão,

recebeu a unção do Espírito Santo;

suspenso na cruz,

do seu lado aberto fez brotar sangue e água

e, depois de ressuscitado, ordenou aos seus discípulos:

«Ide e ensinai todos os povos

e baptizai-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo».

Olhai agora, Senhor, para a vossa Igreja

e dignai-Vos abrir para ela a fonte do Baptismo.

Receba esta água, pelo Espírito Santo,

a graça do vosso Filho Unigénito,

para que o homem, criado à vossa imagem,

no sacramento do Baptismo seja purificado das velhas impurezas

e ressuscite homem novo pela água e pelo Espírito Santo.

Introduzindo, o círio pascal, uma ou três vezes na água, continua:

Desça sobre esta água, Senhor,

por vosso Filho,

a virtude do Espírito Santo,

com o círio na água, prossegue:

para que todos,

sepultados com Cristo na sua morte pelo Baptismo,

com Ele ressuscitem para a vida.

Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,

que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

R. Amen.

Retira o círio da água e coloca-o no suporte; entretanto, o povo canta Águas das fontes, louvai

o Senhor (A. Cartageno - NRMS 80).

Águas das fontes, dos rios e dos mares, louvai o Senhor.

Louvai, bendizei o Senhor. Louvai o Senhor.

Nas águas do Jordão,

entrou Jesus, a fonte da água viva.

Por graça da Santíssima Trindade,

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nas águas se formava a nova humanidade.

Baptismo

O sacerdote convida a primeira família a aproximar-se da pia baptismal. Depois de conhecer o

nome das crianças a baptizar, pergunta aos pais e padrinhos:

Quereis, portanto, que N. receba o Baptismo na fé da Igreja, que todos, convosco,

acabámos de professar?

Pais e padrinhos: Sim, queremos.

E imediatamente o ministro baptiza a criança, dizendo:

N., eu te baptizo em nome do Pai,

infunde água a primeira vez

e do Filho,

infunde água segunda vez

e do Espírito Santo.

infunde água terceira vez.

Do mesmo modo interroga e faz com cada um dos baptizandos.

Cada baptizando é sustentado pela mãe.

Depois do Baptismo de cada criança o povo faz a seguinte aclamação:

Deus é luz

e n’Ele não há trevas (1 Jo 1,5).

Ritos Explicativos

Unção depois do Baptismo

Depois o sacerdote diz, uma só vez, a fórmula da unção para todos:

Deus todo-poderoso,

Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo,

que vos libertou do pecado

e vos deu uma vida nova pela água e pelo Espírito Santo,

unge-vos com o crisma da salvação,

para que, reunidos ao seu povo,

permaneçais, eternamente,

membros de Cristo sacerdote, profeta e rei.

Todos:

Amen.

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Em seguida, sem dizer nada, o sacerdote unge cada um dos baptizados, no alto da cabeça, com

o santo crisma.

Imposição da veste branca

O sacerdote diz:

Filhinhos: Agora sois nova criatura

e estais revestidos de Cristo.

Esta veste branca

seja para vós símbolo da dignidade cristã.

Ajudados pela palavra

e pelo exemplo das vossas famílias,

conservai-a imaculada até à vida eterna.

Todos:

Amen.

E reveste-se cada criança com a veste branca. Não se admite outra cor, a não ser que os

costumes locais o exijam. É para desejar que as próprias famílias levem essa veste.

Entrega da vela acesa

Depois o sacerdote toma o círio pascal e diz:

Recebei a luz de Cristo.

O pai, de cada criança, um de cada vez, acende a vela no círio pascal.

Depois o sacerdote diz:

A vós, pais e padrinhos, se confia o encargo de velar por esta luz, para que os vossos

pequeninos, iluminados por Cristo, vivam sempre como filhos da luz, perseverem na fé

e, quando o Senhor vier, possam ir ao seu encontro com todos os Santos, no reino

dos céus.

Às famílias distribuem-se velas, que serão acesas na chama do círio pascal, cuja luz, recebida

pelos pais, é depois comunicada a todos. Entretanto, a comunidade canta: Vós que fostes

baptizados [F. Santos – NCT nº 371].

Vós que fostes baptizados em Cristo, estais revestidos da luz. Aleluia. Aleluia.

A toda a hora bendirei o Senhor,

o seu louvor estará sempre na minha boca.

A minha alma gloria-se no Senhor:

ouçam e alegrem-se os humildes.

Entretanto, vai-se em procissão até ao altar, levando acesas as velas.

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Renovação das Promessas do Baptismo

Depois da bênção da água, todos os presentes, de pé, com as velas na mão, acesas a partir do

círio pascal, renovam as promessas do Baptismo.

O sacerdote dirige-se aos fiéis com estas palavras:

Irmãos caríssimos:

Pelo mistério pascal, fomos sepultados com Cristo no Baptismo, para vivermos com

Ele uma vida nova. Por isso, tendo terminado os exercícios da observância quaresmal,

renovemos as promessas do santo Baptismo, pelas quais renunciamos outrora a

Satanás e às suas obras e prometemos servir fielmente a Deus na santa Igreja

católica.

Sacerdote:

Renunciais a Satanás?

Todos:

Sim, renuncio.

Sacerdote:

E a todas as suas obras?

Todos:

Sim, renuncio.

Sacerdote:

E a todas as suas seduções?

Todos:

Sim, renuncio.

O Sacerdote continua:

Credes em Deus, Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra?

Todos:

Sim, creio.

Sacerdote:

Credes em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor,

que nasceu da Virgem Maria, padeceu e foi sepultado,

ressuscitou dos mortos e está sentado à direita do Pai?

Todos:

Sim, creio.

Sacerdote:

Credes no Espírito Santo, na santa Igreja católica,

na comunhão dos santos, na remissão dos pecados,

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na ressurreição da carne e na vida eterna?

Todos:

Sim, creio.

O sacerdote conclui:

Deus todo-poderoso, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo,

que nos fez renascer pela água e pelo Espírito Santo

e nos perdoou todos os pecados,

nos guarde com a sua graça,

em Jesus Cristo Nosso Senhor,

para a vida eterna.

Todos:

Amen.

Apagam-se as velas.

Enche-se a caldeira com água benzida e, depois o sacerdote, acompanhado de um ministro que

segura na caldeira, asperge o povo. Entretanto, canta-se o cântico Vi a fonte de água viva (Az.

Oliveira - NRMS 65).

Vi a fonte de água viva

do coração do Senhor. Aleluia.

Ass. - Aleluia.

Quem se lavar nessa fonte

será salvo e cantará.

Ass. - Aleluia. Aleluia.

Vi a fonte transformar-se

nas águas dum grande rio. Aleluia.

Ass. - Aleluia.

E os filhos de Deus cantando,

Aleluia. porque foram resgatados. Aleluia.

Ass. - Aleluia. Aleluia.

Os baptizados são conduzidos para os seus lugares no meio da assembleia dos fiéis.

Feita a aspersão, o sacerdote volta para a sua sede e, omitindo o Credo, dirige a Oração

universal.

O sacerdote, de pé junto da cadeira, de mãos juntas, convida os fiéis à oração, dizendo:

Irmãs e irmãos:

A Cristo, que Se levantou vitorioso do túmulo,

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elevemos as nossas orações

para que o Céu se una à terra e o Homem se encontre com Deus,

cantando, com a alma em festa:

Cristo ressuscitado, ouvi-nos.

Depois um leitor, na estante, voltado para o povo, propõe as intenções, a que o povo responde

suplicante com a sua parte.

1. A Cristo, nosso Senhor,

que ressuscitou do sepulcro,

para que dê a vida eterna aos que n’Ele crêem,

oremos, irmãos.

2. A Cristo, nosso Senhor,

que ressuscitou do sepulcro,

para que inunde da sua paz a terra inteira,

oremos, irmãos.

3. A Cristo, nosso Senhor,

que ressuscitou do sepulcro,

para que dissipe as trevas do pecado,

oremos, irmãos.

4. A Cristo, nosso Senhor,

que ressuscitou do sepulcro,

para que encha de alegria os que estão tristes,

oremos, irmãos.

5. A Cristo, nosso Senhor,

que ressuscitou do sepulcro,

para que faça renascer estas crianças nas águas do Baptismo

e as agregue à santa Igreja,

oremos, irmãos.

6. A Cristo, nosso Senhor,

que ressuscitou do sepulcro,

para que guarde para sempre no seu amor as famílias destas crianças,

oremos, irmãos.

7. A Cristo, nosso Senhor,

que ressuscitou do sepulcro,

para que renove em todos nós a graça do Baptismo

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e nos santifique,

oremos, irmãos.

O sacerdote, de braços abertos, conclui as preces, dizendo:

Senhor Jesus Cristo,

que sois glorificado pelos Anjos do Céu

e, na terra, pelas aclamações dos fiéis,

salvai e inundai de misericórdia

a santa Igreja, vossa Esposa e nossa Mãe.

Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo.

O povo responde:

Amen.

- Liturgia Eucarística -

O pão, o vinho e a água são levados ao altar por três pessoas, familiares dos baptizados, em

procissão desde a porta do fundo; acompanhadas do cântico Sorriem no campo as flores (Az.

Oliveira - NRMS 73-74).

Sorriem no campo as flores

e as estrelas lá nos céus.

Porque não hás-de sorrir se tu és filho de Deus?

Porque não hás-de sorrir se tu és filho de Deus?

O sorriso só é belo

se for simples e sincero.

À sua luz não há noite,

tristeza nem desespero.

Depois de colocados sobre o altar, o pão e o vinho e as suas respectivas alfaias litúrgicas, o

sacerdote, toma a patena com o pão e, elevando-a um pouco acima do altar, diz:

Bendito sejais, Senhor, Deus do universo,

pelo pão que recebemos da vossa bondade,

fruto da terra e do trabalho do homem,

que hoje Vos apresentamos

e que para nós se vai tornar Pão da vida.

Em seguida, depõe a patena com o pão sobre o corporal.

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No fim o povo aclama:

Bendito seja Deus para sempre.

O sacerdote deita vinho e um pouco de água no cálice, dizendo:

Pelo mistério desta água e deste vinho

sejamos participantes da divindade

d’Aquele que assumiu a nossa humanidade.

Em seguida, o sacerdote, toma o cálice e, elevando-o um pouco acima do altar, diz:

Bendito sejas, Senhor, Deus do universo,

pelo vinho que recebemos da vossa bondade,

fruto da videira e do trabalho do homem,

que hoje Vos apresentamos

e que para nós se vai tornar Vinho da salvação.

Em seguida, depõe o cálice sobre o corporal.

No fim o povo aclama:

Bendito seja Deus para sempre.

A seguir, o sacerdote inclina-se e diz em silêncio:

De coração humilhado e contrito

sejamos recebidos por Vós, Senhor.

Assim o nosso sacrifício

seja agradável a vossos olhos.

Retoma-se o cântico Sorriem no campo as flores (Az. Oliveira - NRMS 73-74). Enquanto se

incensam as oblatas e o altar, a cruz, o sacerdote, incensado por um ministro, e o povo.

Sorriem no campo as flores

e as estrelas lá nos céus.

Porque não hás-de sorrir se tu és filho de Deus?

Porque não hás-de sorrir se tu és filho de Deus?

Teu sorriso seja aberto

e claro como cristal,

para quem te fizer bem,

para quem te fizer mal.

Depois, o sacerdote, estando ao lado do altar, lava as mãos, dizendo em silêncio:

Lavai-me, Senhor, da minha iniquidade

e purificai-me do meu pecado.

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Em seguida, estando ao meio do altar e, voltado para o povo, abrindo e juntando as mãos, diz:

Orai, irmãos,

para que o meu e o vosso sacrifício

seja aceite por Deus Pai todo-poderoso.

O povo responde:

Receba o Senhor por tuas mãos este sacrifício,

para glória do seu nome,

para nosso bem

e de toda a santa Igreja.

Depois, de braços abertos, o sacerdote diz a Oração sobre as oblatas:

Aceitai, Senhor, com estas oferendas,

as orações dos vossos fiéis

e fazei que o sacrifício inaugurado no mistério pascal

por vossa graça nos sirva de remédio para a vida eterna.

Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,

que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

No fim, o povo aclama:

Amen.

Prefácio pascal I

O mistério pascal

O sacerdote, abrindo os braços, diz, cantando:

O Senhor esteja convosco.

O povo responde:

Ele está no meio de nós.

Elevando as mãos, o sacerdote continua:

Corações ao alto.

O povo responde:

O nosso coração está em Deus.

De braços abertos, o sacerdote acrescenta:

Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.

O povo responde:

É nosso dever, é nossa salvação.

O sacerdote, de braços abertos, contínua:

Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente,

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é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação

que sempre Vos louvemos, mas com maior solenidade nesta noite

em que Cristo, nossa Páscoa, foi imolado.

Ele é o Cordeiro de Deus que tirou o pecado do mundo:

morrendo destruiu a morte

e ressuscitando restaurou a vida.

Por isso, na plenitude da alegria pascal,

exultam os homens por toda a terra

e com os Anjos e os Santos proclamam a vossa glória,

cantando numa só voz:

No fim do prefácio o sacerdote, junta as mãos e canta com os ministros e o povo o Sanctus (A.

Cartageno - NRMS 99-100).

Oração Eucarística I ou Cânone Romano

O sacerdote, de braços abertos, diz:

Pai de infinita misericórdia,

humildemente Vos suplicamos

por Jesus Cristo, vosso, nosso Senhor,

Junta as mãos e diz:

que vos digneis aceitar

Traça o sinal da cruz, uma so vez, simultaneamente sobre o pão e o cálice, dizendo:

E abençoar + estes dons,

esta oblação pura e santa.

De braços abertos continua:

Nós Vo-la oferecemos

pela vossa Igreja santa e católica:

dai-lhe a paz e congregai-a na unidade,

defendei-a e governai-a em toda a terra

em comunhão como o vosso servo o Papa N.,

o nosso Bispo N.

e todos os Bispos que são fiéis à verdade

e professam a fé católica e apostólica.

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Comemoração dos Vivos

Lembrai-vos, Senhor,

dos vossos servos e servas N. e N.

Junta as mãos e ora alguns momentos por aqueles que quer recordar.

Depois, de braços abertos, continua:

e de todos os que aqui estão presentes,

cuja fé e dedicação ao vosso serviço bem conheceis.

Por eles nós Vos oferecemos

e também eles Vos oferecem este sacrifício de louvor

por si e por todos os seus,

pela redenção das suas almas,

para a salvação e segurança que esperam,

ó Deus eterno, vivo e verdadeiro.

Comemoração dos Santos

Em comunhão com toda a Igreja

veneramos a memória da gloriosa sempre Virgem Maia,

Mãe do nosso Deus e Senhor, Jesus Cristo,

* e também a de São José, seu esposo,

e a dos bem-aventurados Apóstolos e Mártires:

Pedro e Paulo, André,

[Tiago, João,

Tomé, Tiago, Filipe,

Bartolomeu, Mateus,

Simão e Tadeu;

Lino,Cleto, Clemente, Sixto,

Cornélio, Cipriano,

Lourenço, Crisógno,

João e Paulo,

Cosme e Damião]

Podem-se retirar, e acrescentar-se alguns nomes de Santos, sobretudo o titular da igreja e os

padroeiros do lugar.

E de todos os Santos.

Por seus méritos e orações,

concedei-nos, em tudo e sempre,

auxílio e protecção.

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[Por Jesus Cristo, nosso Senhor. Amen.]

Em comunhão com toda a Igreja, ao celebrarmos a noite Santíssima da ressurreição

de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo a carne, veneramos a memória da gloriosa

sempre Virgem Maria, Mãe do nosso Deus e Senhor, Jesus Cristo, *

De braços abertos, continua:

Aceitai benignamente, Senhor,

a oblação que nós, vossos servos,

com toda a vossa família, Vos apresentamos.

Nós Vo-la oferecemos

também por aqueles que fizestes renascer da água e do Espírito Santo,

concedendo-lhes o perdão de todos os pecados.

Dai a paz aos nossos dias,

livrai-nos da condenação eterna

e contai-nos entre os vossos eleitos.

Junta as mãos.

[Por Jesus Cristo, nosso Senhor. Amen.]

O turiferário dirige-se para a frente do altar, ajoelha-se e incensa as oblatas, quando são

elevadas.

Estendendo as mãos sobre as oblatas, o sacerdote, diz:

Santificai, Senhor, esta oblação

com o poder da vossa bênção

e recebei-a como sacrifício espiritual perfeito,

de modo que se converta para nós

no Corpo e Sangue de vosso amado Filho,

Nosso Senhor Jesus Cristo.

Junta as mãos.

Nas fórmulas que se seguem, as palavras do Senhor devem pronunciar-se clara e distintamente,

como o requer a natureza das mesmas palavras.

Na véspera da sua paixão,

Toma o pão e, sustentando-o um pouco elevado sobre o altar, continua:

Ele tomou o pão em suas santas e adoráveis mãos

Eleva os olhos.

e, levantado os olhos ao céu,

para Vós, Deus, seu Pai todo-poderoso,

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dando graças, abençoou-o,

partiu-o e deu-o aos seus discípulos, dizendo:

Inclina-se um pouco.

Tomai, todos, e comei:

isto é o meu Corpo

que será entregue por vós.

Mostra ao povo a hóstia consagrada, coloca-a sobre a patena e genuflecte em adoração.

Depois continua:

De igual modo, no fim da Ceia,

Toma o cálice e, sustentando-o um pouco elevado sobre o altar, continua:

tomou este sagrado cálice em suas santas e adoráveis mãos

e, dando graças, abençoou-o e deu-o aos seus discípulos, dizendo:

Inclina-se um pouco.

Tomai, todos, e bebei:

este é o cálice do meu Sangue,

o Sangue da nova e eterna aliança,

que será derramado por vós e por todos,

para remissão dos pecados.

Fazei isto em memória de Mim.

Mostra ao povo o cálice, coloca-o sobre o corporal e genuflecte em adoração.

Em seguida, diz:

Mistério da fé!

O povo aclama, dizendo:

Anunciamos, Senhor a vossa morte,

proclamamos a vossa ressurreição.

Vinde, Senhor Jesus!

Depois, o sacerdote, de braços abertos, diz:

Celebrando agora, Senhor,

o memorial da bem-aventurada paixão de Jesus Cristo,

vosso Filho, nosso Senhor,

da sua ressurreição de entre os mortos

e da sua gloriosa ascensão aos Céus,

nós, vossos servos, com o povo santo,

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dos próprios bens que nos destes,

oferecemos à vossa divina majestade

o sacrifício perfeito, santo e imaculado,

o pão santo da vida eterna

e o cálice da eterna salvação.

Olhai com benevolência e agrado para esta oferenda

e dignai-Vos aceitá-la

como aceitastes dos dons do justo Abel, vosso servo,

o sacrifício de Abraão, nosso pai na fé,

e a oblação pura e santa do sumo sacerdote Melquisedec.

Inclinado e de mãos juntas, continua:

Humildemente Vos suplicamos, Deus todo-poderosos,

que esta nossa oferenda

seja apresentada pelo vosso santo Anjo no altar celeste,

diante da vossa divina majestade,

para que todos nós, participando deste altar

pela comunhão do santíssimo Corpo e Sangue do vosso Filho,

Ergue-se e, benzendo-se, continua:

alcancemos a plenitude das bênções e graças do Céu.

Junta as mãos.

[Por Jesus Cristo, nosso Senhor. Amen.]

Comemoração dos Defuntos

De braços abertos, diz:

Lembrai-vos, Senhor, dos vosso servos e servas N. e N.

que participaram antes de nós marcados com o sinal da fé,

e agora dormem o sono da paz.

Junta as mãos e ora uns momentos pelos defuntos que quer recordar.

Depois, de braços abertos, continua:

Concedei-lhes, Senhor,

a eles e a todos os que descansam em Cristo,

o lugar da consolação, da luz e da paz.

Junta as mãos.

[Por Jesus Cristo, nosso Senhor. Amen.]

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Bate com a mão direita no peito dizendo:

E a nós, pecadores,

que esperamos na vossa infinita misericórdia,

De braços abertos, continua:

Admiti-nos também na assembleia

dos bem-aventurados Apóstolos e Mártires:

João, Baptista, Estêvão,

Matias, Barnabé

[Inácio, Alexandre;

Marcelino, Pedro,

Felicidade, Perpétua,

Águeda, Luzia,

Inês, Cecília, Anastácia]

Podem-se retirar, e acrescentar-se alguns nomes de Santos, sobretudo o titular da igreja e os

padroeiros do lugar.

e de todos os Santos.

Recebei-nos em sua companhia,

não pelo valor dos nossos méritos,

mas segundo a grandeza do vosso perdão.

Junta as mãos.

[Por Jesus Cristo, nosso Senhor. Amen.]

E continua:

Por Cristo, nosso Senhor,

criais todos os bens e lhes dais vida,

os santificais, abençoais e distribuís por nós.

Toma o cálice e a patena com a hóstia e, elevando-os, diz:

Por Cristo, com Cristo,

em Cristo, a Vós, Deus Pai todo-poderoso

na unidade do Espírito Santo,

toda a honra e toda a glória

agora e para sempre.

O povo aclama:

Amen.

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Ritos da Comunhão

Tendo o cálice e a patena sobre o altar, o sacerdote, de mãos juntas, diz:

Porque nos chama-mos e somos filhos de Deus,

ousamos dizer com toda a confiança:

Abre os braços e, juntamente com o povo, continua:

A Oração do Pai nosso é cantada, com a melodia do Pai nosso gregoriano.

Pai nosso, que estais nos céus,

santificado seja o vosso nome;

venha a nós o vosso reino;

seja feita a vossa vontade

assim na terra como no céu.

O pão nosso de cada dia nos dai hoje;

perdoai-nos as nossa ofensas,

assim como nós perdoamos

a quem nos tem ofendido;

e não nos deixeis cair em tentação;

mas livrai-nos do mal.

De braços abertos, o sacerdote diz sozinho:

Livrai-nos de todo o mal, Senhor,

e dai ao mundo a paz em nossos dias,

para que, ajudados pela vossa misericórdia,

sejamos sempre livres do pecado e de toda a perturbação,

enquanto esperamos a vinda gloriosa

de Jesus Cristo nosso Salvador.

Junta as mãos.

O povo conclui a oração, aclamando:

Vosso é o reino e o poder

e a glória para sempre.

Em seguida, o sacerdote, de braços abertos, diz em voz alta:

Senhor Jesus Cristo, que dissestes aos vossos Apóstolos:

Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz:

não olheis aos nossos pecados mas à fé da vossa Igreja

e dai-lhe a união e a paz, segundo a vossa vontade,

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Junta as mãos.

Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo.

O povo responde:

Amen.

O sacerdote, voltado para o povo, estendendo e juntando as mãos, diz:

A paz do Senhor esteja sempre convosco.

O povo responde:

O amor de Cristo nos uniu.

Em seguida, o sacerdote, acrescenta:

Saudai-vos na paz de Cristo.

E todos se saúdam em sinal de mútua paz e caridade.

Em seguida toma a hóstia, parte-a sobre a patena e deita um fragmento no cálice, dizendo em

silêncio:

Esta união do Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo,

que vamos receber, nos sirva para a vida eterna.

Entretanto, canta-se o Cordeiro de Deus (M. Simões - NRMS 50-51).

Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo,

tende piedade de nós.

Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo,

tende piedade de nós.

Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo,

dai-nos a paz.

Em seguida, o sacerdote, de mãos juntas, diz em silêncio:

A comunhão do vosso Corpo e Sangue,

Senhor Jesus Cristo,

não seja para meu julgamento e condenação,

mas, pela vossa misericórdia,

me sirva de protecção e remédio para a alma e para o corpo.

O sacerdote genuflecte, toma a hóstia, levanta-a um pouco sobre a patena e, voltado para o

povo, diz em voz alta:

Felizes os convidados para a Ceia do Senhor.

Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.

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E, juntamente como o povo, acrescenta uma só vez:

Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada,

mas dizei uma palavra e sereia salvo.

Voltado para o altar, o sacerdote diz em silêncio:

O Corpo de Cristo me guarde para a vida eterna.

E comunga com reverência o Corpo de Cristo.

Em seguida toma o cálice e diz em silêncio:

O Sangue de Cristo me guarde para a vida eterna.

E comunga com reverência o Sangue de Cristo.

Admonição

Jesus, o Verbo de Deus feito carne, após ter instituído o memorial do seu amor,

despediu-se e partiu, pelos caminhos dolorosos da Paixão e Morte… mas antes

prometera que ficaria sempre connosco. «Eu sou o pão vivo, o que desceu do Céu: se

alguém comer deste pão, viverá eternamente. (…). Quem realmente come a minha

Carne e bebe o meu Sangue tem a vida eterna e eu hei-de ressuscitá-lo no último dia»

(Jo, 6,51-55), disse o Senhor.

A Eucaristia é Jesus Ressuscitado, que se oferece como novo Cordeiro pascal,

sacramento dos ressuscitados e fermento da ressurreição.

Breve silêncio.

Reconciliados entre nós e decididos a viver em comunhão de amor com todos os

irmãos, encaminhemo-nos para o altar.

Depois, toma a patena ou píxide, aproxima-se dos comungantes e, elevando um pouco a hóstia,

mostra-a a cada em deles dizendo:

O corpo de Cristo.

O comungante responde:

Amen.

E comunga.

Enquanto o sacerdote comunga o Corpo de Cristo, começa-se o Cântico da Comunhão Os

discípulos conheceram (C. Silva CEC I, p. 135).

Os discípulos conheceram o Senhor Jesus na fracção do pão. Aleluia!

O Senhor ressuscitou, o Senhor ressuscitou e apareceu a Pedro. Aleluia! Aleluia!

Dai graças ao Senhor porque ele é bom,

porque é eterna a sua misericórdia.

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Diga a casa de Israel

é eterna a sua misericórdia.

Na tribulação invoquei o Senhor:

Ele ouviu-me e pôs-me a salvo.

Mais vale refugiar-se no Senhor

Do que fiar-se nos homens.

A mão do Senhor fez prodígios,

a mão do Senhor foi magnífica.

Não morrerei, mas hei-de viver

para anunciar as obras do Senhor.

Eu Vos darei graças porque me ouvistes

e fostes o meu Salvador.

A pedra que os construtores rejeitaram

tornou-se pedra angular.

Tudo isto veio do Senhor;

é admirável aos nossos olhos.

Este é o dia que o Senhor fez:

exultemos e cantemos de alegria.

Terminada a distribuição da Comunhão, o sacerdote purifica a patena sobre o cálice e o próprio

cálice.

Durante a purificação, o sacerdote diz em silêncio:

O que em nossa boca recebemos, Senhor,

seja por nós acolhido em coração puro,

e estes dons da vida temporal

se tornem remédio de vida eterna.

Então, o sacerdote juntamente com os ministros, podem voltar para os seus lugares.

Entretanto canta-se o Cântico de Pós-Comunhão Cantai comigo (H. Faria – NRMS 2 -II).

Cantai comigo povos da terra e anjos do Céu.

Glória ao Senhor. Aleluia. Glória ao Senhor. Aleluia.

Povos da terra, louvai ao Senhor;

anjos e santos, cantai seu louvor.

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Em seguida, de pé, junto da sua cadeira, o sacerdote, de braços abertos, diz a Oração depois da

comunhão:

Infundi em nós, Senhor, o vosso espírito de caridade,

para que vivam unidos no vosso amor

aqueles que saciastes com os sacramentos pascais.

Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,

que e Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

R. Amen.

Ritos de Conclusão

O sacerdote, voltado para o povo, abrindo os braços, diz:

O senhor esteja convosco.

O povo respode:

Ele está no meio de nós.

Bênção Solene

Nesta noite solene da Páscoa,

Deus todo-poderoso vos dê a sua bênção

e em sua misericórdia vos guarde de todo o pecado.

R. Amen.

Deus, que pela ressurreição do Seu Filho Unigénito

vos renovou para a vida eterna,

vos conceda a glória da imortalidade.

R. Amen.

A vós que, terminados os dias da paixão do Senhor,

celebrais com alegria a festa da Páscoa,

Deus vos conceda a graça de chegar um dia

às alegrias da Páscoa eterna.

R. Amen.

O sacerdote abeçoa o povo, dizendo:

Abençoe-vos Deus todo-poderoso,

Pai, Filho e + Espírito Santo.

O povo reponde:

Amen.

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O mordomo encarregue de dar a cruz a beijar, durante a visita pascal, devidamente trajado,

apresenta a mesma à comunidade celebrante, que começa a cantar o cântico Ressuscitou,

Aleluia! (NCT nº 200). Entretanto, ordenadamente, a cruz é dada a beijar a todos os presentes.

Ressuscitou, ressuscitou, ressuscitou, aleluia!

Ressuscitou, ressuscitou, ressuscitou, aleluia!

Na sua dor os homens encontraram

uma pura semente de alegria,

o segredo da vida e da esperança:

ressuscitou o Senhor Jesus!

Os que choravam cessarão o pranto

brilhará novo Sol nos corações,

pode o homem cantar o seu triunfo:

ressuscitou o Senhor Jesus!

Os que nos duros campos trabalharam

voltarão entre vozes de alegria

erguendo ao alto os frutos da colheita:

ressuscitou o Senhor Jesus!

Já ninguém viverá sem luz da fé,

já ninguém morrerá sem esperança,

o que crê em Jesus venceu a morte:

ressuscitou o Senhor Jesus!

Louvemos a Deus Pai eternamente

e cantemos a glória e seu Filho

com o Espírito Santo que nos ama:

ressuscitou o Senhor Jesus!

Entretanto, perto do final do cântico, pode-se estourar uma girândola de foguetes.

Depois de dada a cruz a beijar o sacerdote interpela a comunidade com as palavras de

compromisso e envio:

Após termos empreendido uma total revisão de vida, reencontrados verdadeiramente

com a pessoa de Cristo e mergulhados na história da salvação, partamos, radiantes

como as mulheres de que nos fala o Evangelho. Entreguemo-nos quotidianamente aos

pormenores da vida e ao próximo, vivamos e sintamos a alegria pascal. Cristo não está

morto, mas vivo e como vencedor da morte!

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A cor e o perfume da cruz de Cristo ressuscitado devem entrar nas nossas casas,

mas para ficar no coração de cada um…

Breve silêncio.

O sacerdote, de mãos juntas e voltado para o povo, diz:

Ide em paz e o Senhor vos acompanhe. Aleluia. Aleluia.

R. Graças a Deus. Aleluia. Aleluia.

Cântico Final: Vencida foi a morte (J. S. Bach - NRMS 57).

Vencida foi a morte, Jesus ressuscitou.

mudou-se a antiga sorte, a vida triunfou.

O sol pelas alturas abriu em flor de luz;

da terra as almas puras aclamam a Jesus.

Hossana ao Rei da glória, hossana a Cristo Rei,

que o prémio da vitória nos dá com sua lei.

É belo o seu reinado de paz, justiça, amor.

E o seu pendão sagrado seguir p’ra onde for.

Enquanto se executa o cântico, o sacerdote beija o altar em sinal de veneração, como no início,

e feita a devida reverência com os ministros retira-se.

Depois os pais e padrinhos dirigem-se à sacristia para assinarem o assento de Baptismo.

Posteriormente coloca-se água benta nas pias que estão às portas da igreja, para que as

pessoas possam não só recordar a vigília pascal, mas também a infusão da água derramada no

dia do Baptismo.

Note-se: se a água foi benzida em frente ao altar, deve primeiro ser levada, em grande

quantidade, no mesmo recipiente, para a pia baptismal e só depois se faz o assinalado antes.

Trabalho realizado por Jorge Miguel Gonçalves Esteves (Nº 33),

para o módulo de Pastoral Litúrgica,

orientado pelo padre Joaquim Augusto Félix de Carvalho.

Seminário Conciliar de Braga

29-Novembro-2007