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    SUMRIO

    1. INTRODUO.........................................................................................................02

    2. REVISO DE LITERATURA.................................................................................02

    2.1. A Videira.....................................................................................................02

    2.2. Vinho............................................................................................................03

    2.2.1. Composio Vinho.......................................................................03

    2.2.2. Classificao do Vinho.................................................................052.2.2.1. Quanto ao tipo...........................................................................052.2.2.2. Quanto classe..........................................................................05

    2.3. Regies Vincolas E Qualidade Dos Vinhos............................................062.3.1. Regies de Grandes Vinhos.........................................................07

    2.4. A Uva Como Matria Prima.....................................................................08

    2.4.1. Esmagamento ou Pisa e Desengace.............................................092.4.2. Vinificao dos Vinhos Tintos.....................................................102.4.2.1. Encubao..................................................................................112.4.2.2. Correes...................................................................................112.4.2.3. Sulfitao....................................................................................112.4.2.4. Fermentao alcolica..............................................................12

    2.4.2.5. Desbalsa e prensagem...............................................................132.4.2.6. Fermentao complementar.....................................................132.4.3. Vinificao de Vinhos Brancos...................................................142.4.3.1. Estabilizao..............................................................................162.4.4. Vinhos Rosados............................................................................162.4.5. Vinhos Licorosos..........................................................................162.4.6. Vinhos Espumantes ou Frisantes................................................17

    2.5. Pasteurizao..............................................................................................17

    3. FERMENTAO DE FRUTAS..............................................................................17

    3.1. VINHOS DE FRUTAS...............................................................................17

    4. OBJETIVO.................................................................................................................19

    5. CONCLUSO...........................................................................................................20

    6. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS....................................................................21

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    1. INTRODUO

    impossvel apontar com preciso o local e a data em que o vinho foi feito pela

    primeira vez. Estudiosos supem que a bebida seja conhecida h milhares de anos,

    desde a era primitiva do homem nmade. Em escavaes realizadas por arquelogos na

    Turquia, na Sria, Lbano e na Jordnia foram encontradas sementes de uvas da Idade da

    Pedra (Perodo Neoltico), que datam cerca de 8000 anos a.C.. H inmeras lendas e

    consta em vrias mitologias como teria comeado a produo de vinhos.

    O vinho o resultado da fermentao do suco ou mosto da uva, tornando-se um

    produto vivo que sofre alteraes, respira e se modifica. A bebida tem um tempo de

    vida, durante o qual a sua qualidade tambm depender dos cuidados de conservao

    que forem adotados.

    Geralmente os vinhos so comercializados com 11 graus de lcool. Como no

    Brasil dificilmente as condies climticas permitem a formao de tanto acar na uva,

    permitida a adio de acar de cana para completar a quantidade necessria, sem

    prejuzo na qualidade da bebida.

    Com isso, este trabalho tem como objetivo mostrar o processamento de vinhos.

    2. REVISO DE LITERATURA

    2.1. A Videira

    Espcies e variedades de uva, assim como o vinho so largamente encontradas

    por todo o mundo. O fruto da maioria das espcies imprprio para a produo de

    vinho devido a certas deficincias na composio, na produo e, em muitos casos, pelo

    aroma desagradvel.

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    As castas mais importantes esto entre as Vitis vinfera, sendo a Europa a

    "regio" mais importante como produtora de vinho, a partir dessa uva. As nicas regies

    onde so utilizadas, em larga escala, espcies diferentes da Vitis vinfera, para

    elaborao de vinho so: Canad, EUA e o Brasil, onde h castas de Vitis labrusca, de

    origem americana.

    Hbridos de Vitis vinfera e Vitis labrusca, so obtidos, e intensamente

    cultivados por serem resistentes s enfermidades e pragas, embora dem vinho de

    inferior qualidade.

    2.2. Vinho

    Vinho o liquido proveniente da uva ou do suco da uva fermentado (por

    leveduras alcolicas) tendo os acares transformados total ou parcialmente em lcool

    (etanol).

    Produtos semelhantes obtidos de outras frutas so designados de vinho

    acompanhados dos nomes das mesmas: vinhos de laranja, vinho de abacaxi etc,

    obrigatoriamente.

    O vinho tem sido consumido pelo homem desde os tempos mais remotos e, em

    muitas regies, tem feito parte integrante da mesa de inmeros povos. A histria registra

    que a existncia da cultura da uva para a obteno do vinho j era conhecida e praticada

    pelos Assrios e Egpcios h 3.500 anos a.C.

    2.2.1. Composio Vinho

    A composio do vinho muito complexa, sendo as principais substncias que o

    constituem acares, alcois, cidos orgnicos, sais de cidos minerais e orgnicos,

    compostos fenlicos, substncias nitrogenadas, pectinas, gomas e mucilagens,

    compostos volteis e aromticos, vitaminas e anidrido sulfuroso (HASHIZUME, 2001).

    Isso se d as diversas transformaes biolgicas, qumicas, fsicas e enzimticasque ocorrem no seu processamento. (Zoecklein et al., 1994). Fatores como condies

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    climticas influem de maneira diferente para o mesmo cultivar de uva e podem

    influenciar na poca de colheita, influenciando assim nas quantidades de acares e

    compostos volteis. (Champagnol, 1984 e citado por RIZZON & MIELE, 2006)

    Os compostos fenlicos so os constituintes que melhor diferenciam qualitativamente

    os vinhos tintos, pois interferem na cor, no extrato seco e, conseqentemente, na

    qualidade desses vinhos (Ribreau-Gayon & Glories, 1986 citado por RIZZON &

    MIELE,1999).

    Acares O teor de acar poder variar de 15-30% em funo do estdio de

    maturao, condies climticas e variedades de uvas, sendo que os principais acares

    encontrados na uva madura so a glicose e a frutose, em propores praticamente

    iguais, sendo que a frutose tem um teor ligeiramente elevado.

    Alguns outros acares no fermentescveis tambm esto presentes na uva, como a

    xilose e arabinose principalmente (HASHIZUME, 2001)

    cidos Orgnicos - Os principais encontrados no vinho so os provenientes da prpria

    uva, sendo estes o cido tartrico, mlico e ctrico e os que se formam aps o inicio da

    fermentao como o lctico, actico e succnico.

    A acidez fixa do vinho formada basicamente pelos cidos ctricos, tartrico,

    succnico e mlico e a acidez voltil tem como principal cido o actico e um baixo teor

    dessa acidez indica um vinho de boa sanidade, sendo que a quantidade encontrada ideal

    de 0,48g/L, sendo que se houver quantidades maiores que essa, o vinho pode estar com

    presena de bactrias que transformam o lcool em cido actico. (HASHIZUME,

    2001)

    Alcois - O principal lcool encontrado no vinho o lcool etlico. O grau alcolicodos vinhos varia de 9-15 GL, sendo que o lcool etlico representa de 72 a

    120g/L(HASHIZUME,2001).

    Segundo a legislao brasileira, estipulou-se que o mnimo de lcool no vinho deve

    ser de 7GL, sendo assim, se tem 55,6g/L mnimos de lcool etlico. (BRASIL, 2005)

    O glicerol o segundo lcool mais importante aps o etlico, presente em quantidades

    que variam de 5-10g/L, que tem papel importante na maciez do vinho

    (HASHIZUME,2001).Outros alcois encontrados no vinho so: inositol que tem propriedades vitamnicas,

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    o manitol que produto de transformao da frutose pelas bactrias lcticas, sorbitol e

    metanol.

    Sais, Extrato E Vitaminas - O vinho contem cerca de 2-4g/L de sais orgnicos e

    minerais, em um litro se tem aproximadamente 1g de potssio, 100mg Mg e Ca.

    A quantidade de extrato (slidos solveis sem ser os acares) determinar o corpo

    do vinho. Em quantidades de 2% considerado um vinho leve ou magro

    (HASHIZUME,2001).

    Algumas vitaminas encontradas no vinho so: tiamina, riboflavina, cobalamina,

    inositol, piridoxina, mesoinositol entre outras (Peynaud, 1971 e citado por

    HASHIZUME,2001).

    Anidrido Sulfuroso - O anidrido sulfuroso (SO2) um produto indispensvel na

    elaborao do vinho, sendo que no Brasil permitido at 350mg/L de SO2 total.

    Ele tem carter redutor, agindo sobre microrganismos nocivos presentes no vinho,

    agindo assim como elemento de seleo dos microrganismos. No se conhece ainda um

    produto que possa substitu-lo. (HASHIZUME, 2001)

    2.2.2. Classificao dos vinhos

    2.2.2.1. Quanto ao tipo:

    Vinhos tintos: obtidos de uvas tintas, vinificadas em vermelho;

    Vinhos rosados: obtidos de uvas rosadas ou tintas, ou da mistura de

    brancas e tintas, vinificadas de forma a obter ligeira colorao tinta ou

    rsea;

    Vinhos brancos: obtidos de uvas brancas ou tintas vinificadas em branco.

    2.2.2.2. Quanto classe:

    Vinho de mesa: com mnimo de 9 e no mximo 12 GL. Os vinhos de mesa que

    tiverem at 300 mg por porcentagem de acares redutores avaliados em glicose sero

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    designados como vinhos secos; os que tiverem mais de 300 mg e menos de 500 mg por

    cento de aucares redutores, avaliados em glicose, sero considerados como vinhos

    suaves; os que tiverem mais de 500mg de aucares redutores, por cento, avaliados em

    glicose sero designados vinhos doces.

    Vinhos licorosos: so os que apresentam sabor suave ou seco e elevado teor

    alcolico, com o mnimo de 13 e o mximo de 18 GL.

    Vinhos espumantes: os vinhos espumantes de qualquer tipo e classe dividem-se

    em vinhos espumantes naturais e vinhos espumantes gaseificados. Vinho espumante

    natural o vinho resultante de uma primeira ou segunda fermentao em garrafas ou

    outros recipientes fechados, obtidos pelo processo clssico, com acar natural de uva

    ou adio de acar de cana, invertido; vinho espumante gaseificado o vinho que

    sofreu a introduo de dixido de carbono puro. Os vinhos espumantes naturais devero

    trazer na rotulagem, o mtodo obedecido na sua elaborao; os vinhos espumantes

    gaseificados devero trazer a declarao expressa "Espumante gaseificado".

    Vinhos frisantes: so vinhos levemente gasosos, no excedendo em CO2 de 1,5

    atm.

    Vinhos compostos (vermutes, quinados e ferro-quinados): so vinhos elaborados

    com 70% no mnimo de vinhos genunos, misturas de vegetais aromticos ou amargos,

    com mais de 15 e menos de 18 de lcool em volume, podendo ser secos ou doces.

    2.3. Regies Vincolas E Qualidade Dos Vinhos

    A qualidade do vinho depende principalmente da casta da uva, pois com uva de

    m qualidade no se pode obter vinho realmente fino.

    As vinferas (Vitis vinfera) so as castas que do vinhos finos. As labruscas

    (Vitis labrusca) de origem americana so consideradas de qualidade inferior por

    transmitirem ao vinho seu gosto peculiar, no apreciado pelos consumidores de paladar

    apurado.

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    O gosto peculiar devido principalmente ao Antranilato de Metila,

    predominante nos steres das uvas labruscas. As regies devem ser privilegiadas pelo

    clima e pelo solo para darem bons vinhos. O solo deve ser calcreo, de pH quase neutro,

    sem deficincia de enxofre. Quanto temperatura provvel que um inverno com

    temperaturas abaixo de 0 C, favorea as vinferas, pois estas necessitam de repouso

    hibernal para produzirem em quantidade e qualidade razovel.

    2.3.1. Regies de Grandes Vinhos

    Frana: A perfeita adaptao das variedades vinferas ao clima e as

    condies do solo constitui o fato de maior influncia na qualidade dos vinhos

    franceses. A Frana apresenta trs regies vincolas principais: Bordeaux, onde so

    produzidos grandes vinhos tintos e brancos de alta qualidade organolpticas; Borgonha

    que produz vinhos famosos h sculos; Champanhe que produz o vinho espumante mais

    conhecido e celebrado no mundo.

    Alemanha: tem sido uma regio produtora de vinho desde os tempos

    romanos. Existem neste pas duas regies que precisam ser citadas: Rheno e Moselle.

    So clebres os vinhos brancos de mesa dessas regies.

    Itlia: Esta vasta regio vincola produz diferentes tipos de vinhos, desde

    os mais fracos de mesa at os licorosos, em terrenos que se estendem dos Alpes

    Pantelleria ao sul da Siclia. As suas principais regies so: Piemonte onde so

    produzidos os melhores vinhos italianos; Toscana de onde provm o vinho Chianti que

    provavelmente o vinho italiano mais conhecido.

    Espanha: A Espanha se classifica entre os maiores produtores de vinho

    do mundo, porm, poucos de seus vinhos so classificados e legalmente padronizados.

    Merece citao os vinhos Sherry - de jerez de La Frontera, conhecidos mundialmente.

    Portugal: A despeito do tamanho, Portugal uma das mais importantes

    regies vincolas da Europa. O consumo per capita elevado (mais ou menos 130

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    litros/ano) e a porcentagem de rea destinada ao cultivo da uva elevada. Setubal,

    Minho, Porto, so regies portuguesas que devem ser mencionadas.

    Brasil: Dentre sua vasta rea geogrfica apenas algumas regies esto

    em condies de atender, razoavelmente, as exigncias viticulturais, encontrando-se

    ento as zonas vincolas principalmente nos estados do Rio Grande do Sul, So Paulo,

    Minas Gerais e Santa Catarina.

    2.4. A Uva Como Matria-Prima

    Mosto: o caldo da uva extrado dos bagos. De uma maneira geral, sua

    quantidade varia de 75 a 80%, isto , 100 kg de uva em cachos podem produzir de 75 a

    80 litros de mosto.

    Engao: so as ramificaes do cacho da uva que sustentam os bagos e servem

    de condutos dos alimentos que vm de outras partes da planta. rico em tanino e, por

    essa razo, se deixado em fermentao, conferir gosto desagradvel ao vinho.

    Bago: so constitudos de pelcula ou casca, polpa e sementes. A casca exerce

    importante papel na vinificao, uma vez que em sua composio se encontram

    matrias corantes, substncias aromticas, tanino, cidos, etc. A polpa que constitui de

    80 a 90% do bago a parte mais importante da uva, pois esta, quando esmagada ou

    prensada, produz o caldo que o mosto, que pela fermentao se transforma em vinho.

    Sementes: variam de 1 a 4, de acordo com a variedade, havendo tambm uvassem sementes. As sementes contm de 10 a 12% de leo e 3 a 8% de tanino. Durante o

    processo de extrao do caldo, deve-se ter o mximo cuidado para que as sementes no

    sejam esmagadas, pois resultaria num excesso de tanino prejudicial qualidade do

    vinho.

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    Existem duas tcnicas bsicas de vinificao:

    vinhos tintos vinhos brancos:

    vindima vindima

    esmagamento ou pisa esmagamento ou pisa

    desengace (eventual) esgotamento

    encubao sulfitao

    sulfitao prensagem

    adio de levedo, correes clarificao

    fermentao tulmutuosa encubao

    desbalsa e prensagem adio de levedo, correes

    fermentao complementar fermentao tulmutuosa

    desencubao

    fermentao complementar

    2.4.1. Esmagamento ou Pisa e Desengace

    O objetivo do esmagamento liberar o suco que constituir o mosto. A primeira

    operao que sofre a uva ao chegar cantina a pisa, porm, muitas vezes (comum em

    nossas condies), torna-se necessrio o desengace (Figura 1). Entende-se por

    desengace a separao do engao dos bagos.

    Figura 1: Vista exterior do tambor de desengace

    Existem diversos tipos de aparelhos destinados ao esmagamento da uva. Outros

    para esmagar e, ao mesmo tempo, separar o engao (esmagadeiras); uns manuais, outros

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    mecnicos. Na indstria vincola, as esmagadeiras-desengaadeiras centrfugas so de

    uso generalizado, sendo que, no Brasil, as mais comuns so do tipo Garolla.

    Na elaborao dos vinhos brancos, so mais indicadas as prensas do tipo

    gaiola hidrulica ou as acionadas manualmente.

    2.4.2. Vinificao dos Vinhos Tintos

    FLUXOGRAMA DO PROCESSAMENTO DO VINHO TINTO

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    VINDIMA

    ESMAGAMENTO

    DESENGACE

    ENCUBAO

    SULFITAO

    ADIO DE LEVEDO

    CORREES

    FERMENTAO TUMULTUOSA

    DESBALSA E PRENSAGEM

    FERMENTAOCOMPLEMENTAR

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    2.4.2.1. Encubao

    O suco nas cubas, pronto para fermentar, constitui o que chamado mosto. Para

    que a fermentao ocorra, preciso que haja a multiplicao das leveduras alcolicas

    provenientes da uva. Contudo, para maior segurana conveniente preparar um p de

    cuba para ser adicionado ao mosto, na proporo de 1 a 3%. Esse p de cuba ser de

    leveduras selecionadas para vinho.

    2.4.2.2. Correes

    Corrigir o mosto (Figura 2) significa condicion-lo s melhores condies, no

    s para atender s exigncias das leveduras alcolicas, como para dot-lo das

    possibilidades de produo do tipo de vinho que se pretende.

    Figura 2: Mosto pronto para ser corrigido

    As correes do mosto so feitas principalmente no que se refere a acar e

    acidez. Quanto acidez, pouco se tem a fazer, apenas deve-se adicionar carbonato de

    clcio, para diminu-la, ou cido tartrico, para elev-la.

    A correo de acar depende do vinho que se quer obter. Sabendo-se que cada

    quilograma de acar resulta em 0,57 litros de lcool, segundo nossas condiesclimticas, e conhecida concentrao de acar e mosto, calcula-se o acar

    necessrio a adicionar.

    2.4.2.3. Sulfitao

    A sulfitao, ou adio do andrico sulfuroso ao mosto, antes da fermentao,

    produz uma ao seletiva sobre as leveduras, impedindo a ao das bactrias. Tambm

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    c) Na fermentao complementar h diminuio do despreendimento de dixido

    de carbono pelo esgotamento de acar fermentveis, diminuio da temperatura e

    produo de produtos responsveis pelo aroma e sabor do vinho.

    2.4.2.5. Desbalsa e prensagem

    Quando quase terminada a fermentao tumultuosa, efetua-se a desbalsa, isto ,

    separa-se o mosto da balsa (ou bagao). Ela executada no 4, 5 ou 6 dia da

    fermentao principal. Uma desbalsa tardia poder resultar num vinho muito

    adstringente, por conter tanino em demasia.

    Uma separao por gravidade resulta no produto chamado vinho de sangria. Em

    seguida, o bagao prensado, resultando o vinho de 1 prensagem. Pode-se repetir mais

    uma ou duas prensagens, obtendo-se vinhos de segunda e terceira prensagem. A

    qualidade do vinho de sangria superior ao vinho de 1 prensagem, que por sua vez

    superior ao de 2, e assim por diante. Os vinhos de prensagens podem ser misturados,

    porm nunca devem ser misturados ao de sangria, para que se obtenham vinhos

    melhores.

    Aps a prensagem, o bagao enviado s destilarias, pois ele contm ainda

    cerca de 50% de vinho, e aps destilado resultar em graspa, grapa, bagaceira ou

    aguardente de bagao.

    2.4.2.6. Fermentao complementar

    Separado o vinho do bagao e efetuadas as diferentes misturas, as mesmas vopara barris, pipas ou tinas-pipa, fechados por batoques dotados de vlvulas hidrulicas.

    Nessa condio, ficam em fermentao complementar, que se extende por 20 ou mais

    dias, conforme o teor de acar, a temperatura e a espcie da levedura empregada.

    Terminada toda a fermentao, convm levar a efeito um atesto, separando o

    vinho claro das borras depositadas. O atesto feita passando-se o vinho claro e limpo

    para outro recipiente de igual capacidade. Como no original foi deixada certa poro naforma de borra, o vinho limpo no suficiente para o enchimento completo. Para no

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    deixar espaos vazios no segundo recipiente, o que poderia provocar inconvenientes

    (acetificao), deve-se ench-lo com outro vinho, o quanto possvel igual ou melhor do

    que aquele contido no recipiente, porm do mesmo tipo.

    Em enologia, o artifcio de se completar o volume chama-se atestamento.

    Alguns meses depois, deve-se proceder a novo atestamento. No fim de 6 a 8 meses, o

    vinho estar em condies de ser consumido, se for do tipo corrente.

    2.4.3. Vinificao de Vinhos Brancos

    FLUXOGRAMA DO PROCESSAMENTO DO VINHO BRANCO

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    VINDIMA

    ESMAGAMENTO

    ESGOTAMENTO

    SULFITAO

    PRENSAGEM

    CLARIFICAO

    ENCUBAO

    ADIO DE LEVEDO

    CORREES

    FERMENTAO TUMULTUOSA

    DESENCUBAO

    FERMENTAO COMPLEMENTAR

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    A fermentao dos vinhos brancos pode ser feita em presena ou ausncia de

    cascas. Quando se extrai o caldo por prensagem para fermentar em presena de cascas,

    o desengace prvio necessrio; em ausncia de cascas, no convir separar os engaos,

    pois estes facilitam a prensagem.

    A prensagem feita uma ou duas vezes, para extrair o mximo de caldo,

    devendo a segunda prensagem ser destinada a vinhos de qualidade inferior. Quando se

    tratar de fermentao em presena das cascas (muito raramente os engaos tambm

    estaro presentes), o procedimento geral no difere do utilizado na produo de vinhos

    tintos.

    Quando se for fermentar em ausncia de cascas, como o caso da obteno de

    vinhos brancos comuns, impe-se uma depurao do caldo, ou clarificao. Esta pode

    ser feita de diversas maneiras: por simples repouso, colagem, ou ao mecnica.

    O simples repouso consiste em deixar o mosto em depsitos por 12 a 24 horas,

    quando ocorre um leve incio de fermentao que traz tona as impurezas leves, e no

    fundo fica depositada uma camada de borra pesada. A parte superior removida por

    escumadeiras. Decanta-se a parte lquida clara, que levada a fermentar.

    A depurao por colagem pode ser feita por adio de caulim e cremor de

    trtaro, que propicia rpida decantao. A depurao por filtrao consiste,

    evidentemente, no uso de filtros. A depurao pode ser feita com resultados muito bons,

    atravs do uso combinado dos processos citados.

    Obtido o mosto claro, este ser corrigido, se for o caso, atravs da adio de

    levedo apropriado e fermentado. No mais, adotado o mesmo procedimento utilizado

    na produo de vinho tinto.

    Os vinhos brancos de uvas tintas podem ser obtidos por esmagamento pouco

    intenso das mesmas, contanto que no sejam demasiadamente carregadas em cor. Um

    descoramento pode ser feito depois, por tratamento com carvo de ossos e filtrao.

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    2.4.3.1. Estabilizao

    Apesar de praticamente pronto, convm ainda que o vinho sofra um repouso de

    mais alguns meses, para estabilizar-se. A estabilizao obtida praticamente quando

    todo o cremor de trtaro existente, alm do correspondente ao ponto de saturao desse

    sal no vinho, se depositar.

    Novo atestamento feito e o vinho poder ser engarrafado e encaminhado ao

    mercado.

    2.4.4. Vinhos Rosados

    So obtidos:

    por vinificao de uvas rosadas ou misturas de tintas e brancas, em propores

    adequadas;

    por fermentao de uvas brancas sobre bagao recm descubado de uva tinta;

    por lotao ou mistura em quantidades adequadas de vinhos brancos e tintos.

    um meio termo entre os vinhos tintos e brancos, no s na cor, como nas

    qualidades organolpticas. Quando se aproximam mais dos vinhos tintos so chamados

    claretes.

    2.4.5. Vinhos Licorosos

    Apresentam alto teor alcolico (mais de 13G L.) e geralmente so de sabor

    regularmente ou mesmo doce. Para obt-los, pode-se efetuar a introduo de acar e

    lcool, ou mesmo atravs da concentrao do mosto por cozimento ou secagem das uvas

    (para maior concentrao do acar).

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    2.4.6. Vinhos Espumantes ou Frisantes

    So espumantes os vinhos que, contendo certa quantidade de gs carbnico,

    crepitam e formam bolhas abundantes e espuma ao ser aberta a garrafa. Quando a

    quantidade de gs pequena, so denominados frisantes.

    O champanhe um vinho espumante e sua elaborao requer uma tcnica

    especial. O processo clssico consiste em se efetuar uma segunda fermentao dentro da

    prpria garrafa. Existe tambm o mtodo de se executar uma segunda fermentao

    dentro de grandes recipientes fechados. A grande maioria dos champanhes nacionais

    obtida por este ltimo processo.

    2.5. Pasteurizao

    Vinhos de grande nome raramente so pasteurizados. Quando os vinhos so

    pasteurizados o processo executado em aparelhos ou na garrafa. O aquecimento deve

    ser rpido, progressivo e uniforme, seguido de resfriamento. A temperatura mxima

    dever ser de 55C quando o vinho for rico em lcool e acidez e, 65C, quando pouco

    cido e fraco.

    3. FERMENTAO DE FRUTAS

    3.1. Vinhos de frutas

    Os princpios gerais aplicados ao vinho de uva so com pequenas modificaes

    os mesmos aplicados elaborao dos demais. No comrcio todos os produtos que no

    tenham tido a uva como matria prima, no podero receber o nome de vinho

    simplesmente. No rtulo se exige a designao especfica da matria prima usada, usa-

    se o nome da fruta associada palavra vinho, vinho de laranja, vinho de maa, vinho de

    abacaxi, etc.

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    As frutas mais comumente usadas so a laranja e a ma. Os vinhos de laranja

    do boas bases para a elaborao de vermutes. O vinho de ma, ou cidra, bastante

    apreciado na Europa, mais harmonioso que o de laranja e no est sujeito a tanta

    variao quanto aos tipos obtidos.

    Outras frutas tambm podem ser usadas para a elaborao de vinhos, embora

    com menos freqncia do que as duas j citadas. Assim, podem-se obter, sem

    dificuldade, vinhos de mexerica, abacaxi, amora, jabuticaba, pra, caju, etc. Os

    processos bsicos so os vistos anteriormente.

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    4. OBJETIVO

    Este trabalho, atravs de uma reviso bibliogrfica, tem por objetivo relatar os

    processos de Fermentao Alcolica na Produo Industrial de Vinhos.

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    5. CONCLUSO

    O vinho a bebida alcolica proveniente exclusivamente da fermentao de uva

    madura e fresca ou de suco de uva fresca.

    O vinho foi um dos primeiros produtos de fermentao espontnea utilizados

    pelo homem na alimentao. Sua produo e consumo esto enraizados na cultura

    primeiro no Oriente Mdio e depois se espalhando por todo o Ocidente.

    A produo de vinhos em si mesmo uma arte, em que se aplicam na prtica os

    conhecimentos cientficos da fisiologia e da microbiologia na fermentao. Sobretudo,

    necessrio que se conhea os processos de sua fabricao, para garantir que se obtenha

    um produto de melhor qualidade e que possa satisfazer as caractersticas sensoriais

    exigidas pelos consumidores.

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    6. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    ALMEIDA, J. R. de lcool e Destilaria. Piracicaba, Nathanael dos, 1940, 333 p.

    DELGADO, A. et al Tecnologia dos produtos agropecurios I (tecnologia do

    acar e das fermentaes industriais). Piracicaba, ESALQ Dpto de tecnologia

    rural, 1975 100-121 p.

    NOVAES, F. V. et al Tecnologia das aguardentes. Piracicaba, ESALQ, 1971. 138

    p.

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