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A volta das bolachas Fuck For Forest Fazer sexo na floresta é uma nova maneira de salvá-la Silent Disco No silêncio das pistas de dança o que reinam são os fones Andy Warhol A maior exposição pop chegou ao Brasil R$ 9,90 1 a edição Junho 2010 1 Junho/2010

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Revista apresentada como PI no 6º semestre de jornalismo. Minhas matérias estão nas páginas 12 e 13 da revista.

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A voltadas bolachasFuck For ForestFazer sexo na floresta éuma nova maneira desalvá-la

Silent DiscoNo silêncio das pistas de dançao que reinam são os fones

Andy WarholA maior exposição popchegou ao Brasil

R$ 9,901a ediçãoJunho 2010

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C arta do editor

Vintage.Para os conhecedores do mundo da moda, esse termo é utilizado para as tendências dos anos 1920 até 1960 que estão de volta. Para os apaix-onados pela bebida preferida de Baco, Vintage denomina os especiais vinhos do porto, que naturalmente envelhecem na garrafa sem perder o sabor. Pois é. Esse título resume a proposta da nossa revista, mas vai muito além. As principais tendências que motivam as pes-soas a fazer determinado tipo de coisa, frequen-tar algum lugar ou agir de alguma maneira, curiosa ou não, merecem destaque. Para esta edição, nossa equipe teve um enorme cuidado em debater, pesquisar e ir atrás desses assuntos que fazem parte da vida de nossos leitores. Neste número zero, trouxemos movimentos cul-turais que já passaram, mas estão voltando com cara nova - como é o caso do disco de vinil - ou que são atuais e presentes no nosso cotidiano - como a tecnologia 3D, a ração humana e sexo para a floresta. Também arriscamos algumas práticas que podem virar tendências no futuro e outras que ainda estão sendo descobertas pelas pessoas.

Trabalhamos muito durante pouco mais de cinco meses para chegarmos ao projeto final que você confere nesta edição (escrevo no plural por que esta é uma produção coletiva em que ninguém mediu esforços). Cada as-sunto, imagem, frase e desenhos foram pen-sados com carinho e são resultado de longas reuniões, noites mal dormidas, debates e discussões mal compreendidas, porém muito gratificantes e estimulantes para o aprendi-zado de toda a equipe. O resultado está nas próximas páginas. Para arrematar escolhe-mos uma linguagem leve e descontraída, envolvida em um projeto gráfico que tam-bém segue as principais tendências de cores e formas. Assim como o vintage dos vinhos do porto, que transcendem o tempo sem perder a qualidade, a nossa Vintage espera também alcançar a tradução do conceito: perecer e se renovar a cada edição, sem perder sua quali-dade e, além disso, seu espaço e importância na vida das pessoas.

Desejo a você uma ótima leitura.

Talyson Rodrigues, editor-chefe e equipe.

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nte Editor-Chefe: Talyson Rodrigues

Chefe de Reportagem: Thiago SouzaEditora de Arte: Yumi Novais

Diretora de Planejamento e Controle: Thais NapoliDiretora de Assinaturas: Liliane Gallio

Diretoral Geral de Publicidade: Daniela Sant’anaOrientadora de Planejamento Editorial: Lilian Crepaldi

Orientador de Técnicas de Edição em Revista: Wagner BelmonteOrientador de Arte: Maurício Gasparotto

Editores Executivos: Marina Vecchione, Alisson Mattos, João Guilherme Cantarella Editores: João Gabriel Botto, Karina Soares Peron, Natália Brandão Editor Especial: Mário de Oliveira Filho Subeditores: Josilene Rodrigues, Igor Rodrigues Editores Assistentes: Kaio César de Deus, Luis Eduardo Mendes

Repórteres:Ana Carolina Lima, Thácia Luisa Rabêlo, Raphael Cortezi, Bethânia Brito, Julian Cássio Ribeiro, Italo Gapsar, Eden Robson, Murillo Chaves, Marco Antônio Mendes, Valéria Salgado, Mayara Luz, Tadeu Pacífico, Mirian Pimentel, Emília Reis, Camila Guazzelli, Nathan Morais, Josiane Rodrigues, Mayne Luz, Breno Rodrigues, Lucas Balbino, Jussara Reis, Clayton Ferreira, Kássio Ribeiro, Ricardo Alves, Taynara Incert, Nayara Peloso, Karina Silveira, Wilma Oliveira, Deise Miarelli, Norton Juarez, Raquel Teixeira, Maria Luisa Sorshtuman, Diogo Carniato. Preparadores Digitais: Giovanni Pattela, Odair José da Silva, Joaquim

José Xavier, Madeinusa Louisanna, Rita Jones, Arnaldo Pereira Antunes, Antonio Nunes, Silvio dos Santos, Vanusa Brasil, Paula Tejan do Carmo, Fausta Silvo, Maria das Graças Meneghelli, Zacarias Renato Santana, Melis Mansurs, Tales Aquiles, Lady Gaspar, Michel Jaques, Jaqueline Pereira. Colaboradores:

Angélica Pietra, Samuel Vimer, Maria Terra, Chico Bento, Mônica Casca, Carlos Marx, Quico Flor, Francisca Madruga, Clotilde Setembrina, Luciano Verde, Ney Matoso, Maria Camões, Lázaro Ramosi, Edson Nascimento, Ronaldo Fentomen, Fabricia Cristina, Lais Rosário, Julia Capraar, Alice Trincheira, Roberto

Trabucco, Kaite Perla, Jasmin Rosa, Jposé Maria, Alberto dos Caieira, Álvaro dos Campos, Juliana Pretto, Karla Vazques, José Silva, Lenine Guarani, Karolina Oliveira, Breno Luz, Alfredo Ruiz, Tabata Ronero, Jabel Maria, Karise Maltez, Francisco Tantra, Emilio Lezman, Alfredo Augusta, Leonardo Oliveira, Maria José

Oliveira, Tereza Matos, Jack Philip, Adriana Canhotto, Marisa Montes, John Lenny, Marta Scorceze, Luana Juris,

Para o expediente fizemos uma clássica brincadeira que era feita com os vinis: a “cara de vinil”. É só pegar uma capa de disco que tenha o rosto do artista estampada nela, encaixar no lugar do seu rosto e pronto, só fotogra-far! Nós então resolvemos testar essa possibilidade que as ca-pas de Lps proporcionam, mas trocando as nossas faces.

Da esquerda para a direita: Liliane, nossa repórter, Yumi, editora de arte, eu, Talyson, editor-chefe, Dani e Thaís, repórteres e Thiago chefe de reportagem.

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INDICE

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FUCK FOR FORESTFazer sexo na floresta é uma nova maneira de salvá-la

SLOW FOODComer devagar é uma tendência que faz bem e ajuda a preservar a diversidade no Planeta

VITRINE TECH Os pincipais lançamentos tecnológicos

APLICATIVOS INUTEISAs inutilidades que apenas ocupam espaço no seu Iphone

FLASH MOBTirando as calças no metrô oumilhares de pessoas fazendo passinhos ensaiados. Isso é FlashMob

RAÇÃO HUMANA Um novo modismo alimentar. Qualidade de vida ou tendência arriscada?

3DA invasão tridimensional nas salas de cinema e, agora, na sua casa

MOCHILÃOViajar pelo Brasil também é uma opção para quem quer gastar pouco e se divertir muito

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INDICE

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CAPA

A volta das bolachasNa era do mp3, o disco de vinil,

que embalou festas e romances há

alguns anos volta com força total e,

ao que tudo indica, para ficar

EDITORIAL DE MODAGraffite e moda. Anexo especial

mostra fotos doensaio que mistura duas tendências

COUCH SURFINGViajar e conhecer outras culturas

dormindo no sofá

ANDY WARHOLA maior exposição pop

chegou ao Brasil

CULTURA DE QUINTAA grande mistura de sons

e movimentos artísticos

MY PODO que você anda ouvindo?

SILENT DISCONo silêncio das pistas de dança

os que reinam são os fones

DE HAPPY HOUR A FIM DE NOITE

Três bares para animar seu final de semana

MENUDicas de livro, filme, DVD, CD

teatro

Foto: Divulgação

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PING - PONG Fuck

Foto: Divulgação

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Na página de abertura do site, o tradicional aviso sobre conteúdo para adultos vira frase de campanha, com bom hu-mor e uma dose de provocação: “Aviso: É hora de darmos at-enção a como os humanos destroem diariamente a natureza. Esta página contém naturismo puro, incluindo grafismo sexual, imagens eróticas e linguagem sexual explícita. Tam-bém contém informação de como os humanos exploram o planeta. Você deve ter 18 anos e em alguns lugares, 21, para entrar nesta página e ver o material. Se for menor ou simplesmente se ofender com o amor e a verdade, é melhor fechar a janela.”A ONG, conhecida como FFF, não é nenhuma grande organização, mas já arrecadou mais de 300 mil euros desde sua criação, em 2005. Fundada por um grupo de ativistas noruegueses, tem como missão o “ativismo erótico e o por-noidealismo” para quem quer ter “uma experiência ecológica excitante, viva”. Durante os primeiros meses de existência, o grupo chegou a receber fundos do governo da Noruega. A organização promete preservar as florestas tropicais, se você topar o corpo-a-corpo militante.Basta postar no site oficial a filmagem ou fotos de momentos de intimidade e autorizar a exibição. Existem também vídeos produzidos escpecialmente para a entidade, com a participação de atores e atrizes profissionais que doam seu cachê para a causa defendida pelo grupo. Mas se você é apenas um consumidor consciente, paga-se 15 dólares por mês e assiste a produções nem sempre negati-vamente amadoras e todas ecologicamente corretas. Em 2009, o grupo esteve em terras tupiniquins. A organização montou seu estande no Universo Paralello, festival de arte e cultura alternativa que acontece na Bahia todos os anos. Fuck For Forest deu o que falar com a bandeira de sexo livre a favor da natureza. A soteropolitana Aline Soares, conhecida como Bob, par-ticipou. “ Prazer e ativismo ambiental, por que não juntar? Acho que qualquer forma de ajudar nosso planeta é válida”, acredita.Segundo Bob, não há regras. Não precisa estar acom-panhado e pode transar com quem quiser: homens, mulheres ou até mesmo um menage. “Você entra e rola, com quem quiser e como quiser”, explica.Se a luxúria queima a chama do pecado, em Fuck For Forest o pecado é verde.

meio ambiente

Por Yumi Novais

Fuck Traduzido para o português, algo como sexo pela floresta. O Fuck For Forest se funde entre ambientalismo e pornografia. O novo Eco-Porn encontrou uma forma inusitada de lutar pela natureza

Foto: Divulgação

forForest

9Junho/2010

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Comer devagar e comidas gostosas é, agora, uma alternativa para salvar

o planeta. Parece não fazer muito sentido, mas em 1969, o Slow Food

surgiu com esse objetivo e hoje ganha mais espaço nas mesas das casas e de

refinados restaurantes

S

Por Talyson Rodrigues

“O conceito não é apenas comer devagar, mas também prezar pelo alimento bom, ou seja, de boa qualidade e procedência, limpo, sem qualquer tipo de agrotóxi-cos ou produtos químicos e justo, que preserva e recom-pensa com justiça o produ-tor.”, afirma Petrini, que já foi considerado um dos cin-quenta homens que podem salvar o planeta.Além da rapidez de no pre-paro, a indústria do alimento desencadeia muitos fatores que a torna inimiga número um do movimento “slow”. Ela abocanha as pequenas produções e contribui para a extinção da biodiversidade no planeta. Segundo eles os produtos e as receitas da vovó preparadas com “amor” (não aquele que vem em pó dentro de saquinhos) estão perdendo espaço para a pa-dronização da comida. Para que isso não ocorra, ou seus efeitos sejam amenizados, a filosofia criada por Petrini ajuda na preservação dessa diversidade de cada lugar.

Mesmo com o surgimento há mais de quarenta anos, essa filosofia ecogastronomica começa a engordar somente agora. Restaurantes já estão adaptando seu menu e co-locando na mesa o assunto comida sustentável. ”Somen-te agora se trata do assunto com a seriedade merecida, antes éramos considerados os ecochatos, agora voltaram os olhos para essa tendên-cia”, diz Anayde Lima, dona do restaurante Julia que prepara pratos baseados na filosofia Slow Food, mas encontra ainda dificuldades para trazer até a metró-pole os produtos de pequenos agri-cultores.

Brasil SlowEm terras tupini-quins esse conceito ecogastronomico encontrou uma rica diversidade alimentar. Umbu, cupuaçu, arroz ver-melho, castanha do

Pará, cambuci, araçá e açaí são alguns entre os muitos sabores aqui encontrados e explorados pelos chefes de cozinha Slow Food. comer-ciais e financeiros para que não parassem sua produção orgânica com a expansão da indústria do alimento.

Devagar e sempre

Éda comida que vêm os nutrientes necessários para a sobrevivência. A falta de tempo faz da alimentação uma coadjuvante no dia--a-dia corrido e isso pode contribuir com a degradação do Planeta. O que parece mais uma lorota apocalíptica pode ser verdade, pelo me-nos para um grupo conside-rável de pessoas que militam em prol do alimento e da natureza: os Slow Food.Fabiana Sanchez é uma paulistana que conheceu o Slow Food há dois anos. Filha de empresários do ramo do fast food – principal inimigo do movimeno slow – ela procurou então mudar seus hábitos alimentares, e conse-guiu.Tornou-se militante do gosto e abraçou a causa.O Slow Food surgiu na Itália em 1969. Fundado pelo jor-nalista italiano Carlo Petrini, o movimento veio como um conceito de ecogastronomia e uma possibilidade de dimi-nuir os efeitos do fast food.

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aúde

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O personal trainer André Altarejo Cara-vieri, 30, conta que conheceu pessoas na academia onde trabalha que deixaram de comer o trivial arroz com feijão e utilizam uma nova receita como alimento principal. “A ração humana nunca deve ser usada para substituir as re-feições. Ela deve ser um complemento no café da manhã ou no lanche da tarde. O emagrecimento não é restrição e diminuição brusca de alimento. É um controle e um equilíbrio alimentar ao longo do dia”, afirma. Desenvolvida pela terapeuta natural Lica Taka-gui com o nutricionista Daniel Boarim, este novo suple-mento é composto por 10 ingredientes ricos em fibras, que trazem benefícios importantes para o bom funcio-namento do corpo e ainda, se usado corretamente e com o auxílio de exercícios físicos, inibe o apetite e reduz medidas. Mas é preciso ir com calma. Profissionais reco-mendam cautela e afirmam ser necessário visitar um nu-tricionista para esclarecer possíveis dúvidas. Segundo es-pecialistas, a mistura deve ser feita em casa e beber muito líquido passa ser obrigação. Ana Cristina Magalhães, 44, utilizou a ração de forma inadequada e ganhou peso. “Ingeria grande quan-tidade e não bebia água. Meu intestino passou a funcio-nar mal e acabei engordando”, lembra. Segundo a nutri-cionista Fabiana Cusin, a ausência de líquidos quando se decide aderir ao composto causa inchaço abdominal e um grande desconforto, que pode ser refletido também no mau regulamento do intestino e aumento de peso, dando efeito contrário ao esperado. Sobre a perda de peso após o consumo, a profis-sional afirma: “A ração humana auxilia no emagrecimento, pois tem a função de estabilização do sistema digestivo e diminui a absorção da gordura, porém são necessárias a prática de exercícios físicos e o acompanhamento de um especialista”. Esta nova receita “mágica” está bastante pre-sente no mundo fitness. Professores de academias, atle-tas e até lutadores incluíram a mistura destes cereais integrais nas dietas, pois eles aceleram o metabolismo e proporcionam mais energia. Aline Fontes, instrutora de Pilates, conta: “Há dois meses ouvi falar bem da ração e resolvi experimentar. Senti que houve um aumento na minha disposição, minha flora intestinal está mais regu-lada, meus cabelos e unhas fortificados. Considero este produto ricamente nutritivo, e tomo todos os dias no café-da-manhã, batido com uma fruta”. O importante é respeitar os conselhos dos es-pecialistas e comprar ingredientes de boa qualidade. Seguir corretamente as instruções ajuda a evitar que o sonho do corpo perfeito e saudável não se torne um grande pesadelo.

Qualidade de vida

ou modismo arriscado?Quem não deseja um corpo perfeito, à la Gisele? Ou disposição de sobra, para aguentar a correria do dia-a-dia? É possível conseguir tudo isso de maneira saudável? Um novo composto, a ração humana, pro-mete que sim

Por Thaís Napoli

Foto: Divulgação

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Modo de preparo Ingredientes: - 250 ml de leite de soja;- 50 gramas de cada fibra (linhaça, colágeno, fibra de trigo, aveia, açú-car mascavo, castanha, amêndoa, gergelim e gérmen de trigo);- 01 fruta de sua preferência.Como fazer:- Bata no liquidificador os ingredientes que não sejam em pó, e depois os misture. Quando o composto estiver pronto, adicione 02 colheres (sopa) ao leite de soja e a fruta escolhida, e bata tudo no liquidificador. Se preferir, adoce com mel ou melado de cana.- Guarde o composto em recipiente escuro. Conservar na geladeira, por no máximo 10 dias.

11Junho/2010

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A mais nova cri-ação da Aplle, o Ipad, é uma versão Apple, o Ipad, é uma versão melhorada do Iphone e, em breve, estará disponível no mer-cado brasileiro. O aparelho fino e com design inovador é um pouco menor que uma revista e dis-ponibil iza acesso à internet e muito mais com alta velocidade e memória, tudo isso com tecnologia mul-ti-touch, que possibil-ita percorrer um mun-do de novidades com os dedos. O produto custa em média R$3 Mil, valor que varia de acordo com a capaci-dade de armazena-mento.

Tecnologia em Tablete

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A Câmera Digital Samsung ST1000 tira fotos de quali-dade e é capaz de enviá-las automaticamente para a in-ternet utilizando a rede Wi-Fi que estiver disponível, basta informar a chave e a máquina já está on-line. Com alguns toques, é possível mandar imagens para o Picasa ou Fa-cebook e vídeos para o You-Tube. A conexão também pode ser usada para enviar as informações diretamente para TVs e outros aparelhos. A câmera pode ser adquiri-da por R$1999 no mercado.

Aparentemente, mais parece um copo térmico para café, mas é um alto-fa-lante para tocador de MP3 adaptável ao porta-copo dos automóveis. Lançado pela Sony, o aparelho RDP-NWv500 será vendido nas cores laranja e preto. O val-or é de aproximadamente R$250.

A tecnologia 3D não está mais disponível apenas nos cinemas. A TV em terceira dimensão começa a chegar ao Brasil. Fabricantes como Toshiba e Pa-nasonic já anunciam linhas de produtos. Algumas empresas já trabalham no desenvolvi-mento de aparelhos que dis-pensem óculos. Os televisores não devem se popularizar rapi-damente em função do alto preço, que varia entre R$7 Mil e R$15 Mil.

Um trabalho a menos

Para dividir as favoritas

Caindo na real

Por Daniela Sant’ana

Foto: Divulgação

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Aplicativos

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É cada vez maior a variedade de aplicati-vos para celulares. Pagos ou gratuitos, eles vi-raram mania, divertem, e às vezes até ajudam as pessoas. O que espanta é a quantidade de funções inúteis, com necessidades duvidosas, ou aqueles que até servem para alguma coisa, mas não para o usuário que o baixou. Os maiores exemplos são os próprios para o Iphone. Há programas para quem tem medo de avião; outro “traduz” o choro dos bebês e até um que “finge” tirar a roupa das pessoas. Os preços variam de alguns centavos de dólar até mais de U$ 1.000.Rodrigo Toledo, um aficionado por tecnologia e internet que hoje trabalha como editor e consultor em mobilidade e mídias sociais, faz uma lista em seu blog das inutilidades que tem em seu celular, e não são poucos os que ele baixou e nem sequer usou. Segundo ele, “Um programa inútil não é necessariamente um software ruim, e certamente pode ser de grande utilidade para outro usuário, entre-tanto, para você ele pode não ser uma boa solução”. Alguns são tão inúteis que chegam a ser bizarros, como o YouDo VooDoo, que permite que você dê um nome para o boneco e o espete com agulhas digitais à vontade. O sofrimento do boneco, batizado carinhosa-mente com o nome daquele “amigo”, pode ser escutado por meio das caixas de som do seu celular. Existem até aqueles que fazem seu organis-mo funcionar melhor, como o Shybladder, que reproduz sons de água que, segundo seus desenvolvedores, mesmo que não haja comprovação cientifica, estimulam as pessoas a fazerem xixi. Eles até ajudam a encontrar companhia. É o caso da Amamiya Momo, uma namorada vir-tual que interage com o usuário e fica irritada quando não lhe dão atenção. Para quem não se controla depois de beber um pouco a mais, existe o Drunk Dialer, que dificulta que você realize aquela ligação proibida e irresistível para o ex, com um dispositivo que só aceita a discagem se ela for feita rapidamente, o que é difícil depois da balada.

Um repelente em forma de aplicativo, o AntiGnat, pro-duz um som quase imper-ceptível ao ouvido humano, mas que teoricamente poderia ajudar a espantar mosquitos e outros insetos. Os usuários simplesmente baixam os programas e não usam, ficam só ocupando o espaço na memória do celular. Mesmo que um dia eles foram utilizados, com o passar do tempo, as pessoas percebem que não eram tão úteis quanto pensavam.

Jogos, curiosidades, utilidades e inutilidades: tudo na palma da mão

Por Daniela Sant’ana

13Junho/2010

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Carolina diz que as coisas acontecem naturalmente, pois não há mordomias e nem datas marcadas, o que se encontra no percurso é que cria as ocasiões. “O que nunca pode deixar de levar é o espírito aventurei-ro, o otimismo e a entrega, de corpo, mente e alma”,viajar é uma forma de en-tender que as pessoas e lugares são diferentes erespeitar estas diferenças. “Viajar é tudo isso e mais um pouco... E o que real-mente me motiva é saber que irei conhecer novos cheiros, sentidos, sabores, cores e amores. Viajar é preciso”, diz Carolina.

Viajar com pouco dinheiro, conhecer lugares e pessoas

P é na estrada

Por Liliane Gallio

Um destino, pou-co dinheiro e uma mochila nas costas impulsionam o sonho de estudantes, turis-tas e tribos no mundo in-teiro, que saem por aí afins de descobrir costumes, situ-ações e histórias diferentes.Carolina Campos, 23 anos, jornalista e fotógrafa, sabe bem como é a vida de um mochileiro. Sua primeira viagem para fora do país ocorreu aos 16 anos, quando fez um intercâmbio na Aus-trália. Depois da experiência, a vontade de conhecer out-ros lugares não parou mais: já percorreu todos os esta-dos brasileiros e mais de 10 países, entre eles Alemanha, Portugal e Estados Unidos. Para muitos, essa é a única maneira de con-hecer o mundo e ter a pos-sibilidade de vivenciar ex-periências, diferenciadas e aprender com as surpresas que aparecem no camin-ho. Ao decidir os lugares que irá percorrer, o mochile-iro carrega “nas costas” tudo o que precisa para enfren-tar aventuras e descobertas.

Foto: Divulgação

Viagem, mochila e descobertas

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Por Liliane Gallio

O Brasil, por ser um país rico em belezas naturais e que possui um povo acolhedor, é uma das principais rotas dos adeptos do mochilão. De acordo com São Paulo Tu-rismo, a responsável pelo turismo e even-tos na cidade de São Paulo, os estrangeiros representam 75% do público dos albergues paulistanos.

15Junho/2010

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VINIL

A Volta das

BolachasPor Talyson Rodrigues

Foto: Divulgação

17Junho/2010

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Revista Vintage

O charme do barulho ruido-so da agulha da vitrola, em contato com os sulcos da superfície preta do vinil, há muito tempo, estava apenas na memória saudosista de muitos trintões e quaren-tões. A maioria das pessoas entre 18 e 25 anos tem apenas uma vaga lembrança dele. Mas, depois de seu quase desapare-cimento, por causa do surgimento do CD e depois do mp3, o velho LP voltou para as prateleiras, não as de sebos, mas de gran-des lojas, com figuras novas para as cole-ções dos apaixonados por música que já o conheciam e dos que nem sequer viveram o período de reinado das bolachas.

O estudante de engenharia da com-putação Tony Aiex, 26, é um desses jovens apaixonados. Comprou seu primeiro LP aos 19 anos de idade, o “London Calling” do Clash. “Na época nem vitrola eu tinha, mas achei a capa de mais, De uns dois anos pra cá a coisa foi ficando mais séria” diz Tony. Há pouco menos de um ano ele criou o site tenhomaisdiscosqueamigos.

com, que fala de música e principalmen-te sobre os vinis. Hoje sua coleção soma mais de 200 títulos e ele mesmo afirma que são em maior número do que ele tem de amigos. 95% desses álbuns ele também tem em seu mp3, “Mais pela portabilidade. Não dá pra levar meus vinis para uma viagem ou escutá-los no carro por exemplo”.

O jornalista Marino Maradei é tam-bém um homem fascinado pela magia dos vinis, mas com um diferencial: ele acompanhou o momento em que as bo-lachas embalavam as festas e os namo-ros das pessoas da época, viu o seu qua-se desaparecimento e presencia hoje a sua volta.

“Sessentão” e colecionador por con-seqüência, Marino começou a juntar seus discos quando trabalhava como produtor de rádio. “Cheguei a ter mais de vinte mil LPs, doei a maioria e fiquei só com as raridades” afirma.

Seus ruídos já embalolaram romances e festinhas dos anos

1950 até o final da década 1980. Agora ele reaparece com regrava-

ções e bandas novas para agradar os mais jovens. Na era do mp3

quem está de volta é o vinil.

C apa

Sua estante abriga hoje mais de cinco mil exemplares bem con-servados e, alguns raríssimos. Pra-teleiras bem freqüentadas, lá estão os principais nomes da Mpb, toda a coleção de Frank Sinatra, muitos discos de Elvis e vinis raríssimos que contém musicais e programas de rádio. “Alguns discos não saem da minha casa por nada, até o dia em que alguém herdá-los” diz Ma-rino.

Com tantos discos é necessá-rio cuidado dobrado para que não estraguem. Zelo que se repete na hora ouvir as musicas contidas no LP.

Foto: Divulgação

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Junho 2010

78 Rotações - Goma-lacaAntes do surgimento do LP, em

1890, eram os discos de 78 rpm que tocavam nos gramofones. Eles eram feitos de goma-laca, material duro e fácil de quebrar.

LP - Long PlayMais leves e maleáveis os dis-

cos de vinil substituem os de 78 rpm em 1948. Suas capas marca-ram época.

FIta casseteEssa mídia se destacou por

difundir a capacidade de gravar e emitir som. Surgiu em 1963, lan-çada pela empresa Philips.

Compact Disc - CDPrometendo maior durabilida-

de, capacidade e clareza sonora o CD apareceu no final da década de 80 e foi, aos poucos, substituindo os LPs.

Para Marino, Tony e todos os apaixonados pelo vinil, é um acontecimento ritualístico colo-car o LP pra tocar. “É uma nostalgia que não tem preço” diz Marino. Para Tony é muito mais praze-roso esperar para ver o disco que chegou do cor-reio, abrir o pacote, ver sua capa, sua cor e ouvir cada música.

Uma das perdas que trouxeram os arquivos em mp3 foi visual. Não tem a imagem que resu-me toda a ópera. Em um tamanho avantajado, as capas de vinil traziam verdadeiras obras de arte estampadas, além da possibilidade de brincar com os rostos dos artistas e fazer a foto cara de vinil. Os Cds já diminuíram significativamente esse recurso visual em seu encarte e o mp3 en-tão, nem se fala.

Fato é que o vinil voltou. Com gravações de novas bandas e como uma alternativa que pode até solucionar um sério problema criado por seus sucessores: a pirataria. Nos Estados Unidos e na Europa, no ano passado, foram vendidos mais de 2,8 milhões de vinis, o melhor desempenho em onze anos. As gravadoras se atentaram para esse novo mercado e estão lançando e relançando discos, e isso conquista fãs mais jovens.

MP3Uma imensa capacidade de ar-

mazenamento de músicas foi resul-tado de anos de pesquisa. Em 1998 surgiram os primeiros players de mp3

LP - O RetornoNo final de 2008 a gravado-

ra Deckdisc comprou e reabriu a última gravadora da América Latina. Um ano depois Europa e EUA registraram 2,8 milhões de LPs vendidos

19Junho/2010

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Arte na capaAlém dos recursos visuais perdidos, alguns entusiastas insistem na teoria de que o CD perde em qualidade sonora para o vinil, e os arquivos em mp3 para os Cds. Uma velha discussão que, para muitos não passa de conversa fiada. Para o engenheiro de áudio José Augusto Soares o CD tem um som mais metálico e perde alguns agudos e graves. “Quanto mais compacto mais a qualidade so-nora piora, seria também o caso dos arquivos em mp3”. Essa é uma discussão sem fim entre especialistas e amantes. O que não se discute é que os Lps são, com grande vantagem,mais difíceis de piratear do qualquer um de seus concorrentes. As grava-doras apostam nisso e agora estão olhando para esse mercado que antes estava jogado às traças. Há quem diga que o futuro são os vinis. O cantor Lenine aposta nessa teoria. Em 2006 ele lançou seu álbum “Labiata” em três formatos: em CD, um mp3 estilizado com seu nome e um vinil. E ainda afirmou que isso simboliza o passado o presente e o futuro, respectivamente.Seu material é mais caro e sua forma de produção torna inviável qualquer tipo de reprodução clandestina. Por esse motivo não tem na barraquinha do camelô um legítimo “piratão” de um disco do Nirvana, Green Day ou Radiohead, por exemplo.Esse alto custo não implica somente na impossibilidade de lucro dos camelôs, mas também no bolso dos consumidores. A maio-ria das bandas que lança vinis atualmente é do cenário internacional. Nas grandes livrarias do Brasil já existem esses mesmos álbuns mas por preços assustadores acima de três digitos. Fica mais fácil pedir pelo correio das próprias gravadoras lá fora, o que encarece é o frete que sai por dez dólares por unidade.Mas por aqui o mercado está começando a caminhar novamente. A gravadora Deckdisc comprou a última fábrica da América Latina - que agora se tornou a única desse formato - e está relançando alguns álbuns: “Chiaroescuro” da cantora Pitty, “Fome de tudo” do Nação Zumbi, “Cinema” do Cachorro Grande e “Onde Brilhem os Olhos Seus” de Fernanda Takai .

Diamond Dogs - David Bowie

A fantástica ilustração é de Guy Pe-ellaert, que é responsável por outros desenhos de personalidades do mun-do da música.

Legal - Gal Costa

O artista brasileiro e tropicalista Hélio Oiticica assina uma oba no disco da cantora Gal Costa.

Love You Live - The Rolling Stones

Andy Warhol assina a capa do disco dos Rolling Stones. Andy é responsá-vel por outras obras em estampadas em capas de vinil, como a famosa ba-nana do Velvet Underground & Nico.

Revolver - Beatles

O artista plástico Klaus Voorman fez história ao realizar a fabulosa capa do Revolver (1966). Os Beatles têm várias capas históricas, como Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band e Abbey Road.

As capas de disco que fizeram história assinadas por renomados artistas plásticos e ilustradores

Foto: Divulgação

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Um, dois, três e...

Flash Mob

As manifestações organizadas pelos adep-tos do Flash Mob percorrem o mundo com algu-mas mensagens de cunho político e ideias pelas quais o inusitado é a principal razão do encontro. Os Flash Mobs são reunião rápidas que ocorrem em lugares públicos. Os participantes se organizam através de blogs e email, e as informações são divulga-das em outros meios de comunicação como o Orkut. O maior Flash Mob do mundo, com mais de 21mil participantes, ocorreu no dia 10 de setem-bro de 2009, durante um show do Black Eyed Peas na abertura da nova temporada da Op-rah Winfrey, um programa norte-americano. A popularização dos encontros ocorreu devido à fa-cilidade de interação de um grande número de pes-soas, que nem sequer se conhecem e a proposta de fazer algo novo em lugares diferentes, como o “No

Pants” (sem calças), que aconteceu na últi-ma quinta-feira (13) nas estações do metrô de São Paulo. Cerca de 500 jovens se reunirame partiram em direção á estação Paraíso, embarcaram com roupas e no percurso até a estação Consolação, os participantes tiravam suas calças. É a segundavez que este tipo de evento ocorre no metrô. Um dos organizadores de Flash Mob no Bras-il é Caio Komatsu, 20 anos, que mobilizou os adeptos da ideia no último dia 13 e definiu ao portal G1 que “tem gente de todas as tribos”.Os encontros do Flash Mob causam curiosidade e mudam a rotina dos lugares onde ocorrem, pois da mesma forma que rapidamente uma multi-dão aparece, ela se dispersa, deixando as pessoas sem entender o que realmente está acontecendo.

Uma nova forma de manifestação ou uma “Mariavaicomasoutras.com”?

omportamentoC

Por Liliane Gallio

Foto: Divulgação

Pillow Fight é um flash mob que acon-tece em vários países do mundo, inclusive em São Paulo. Uma guerra de travessei-ros instantânea.

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P é na estrada

Invasão 3DA técnica 3D é responsável por um crescimento promissor no mercado de entretenimento. Seu uso, principalmente no cinema, é uma alternativa para combater a pirataria, os downloads de filmes e para trazer de volta o publico às bilheterias, que vende cada vez menos entradas. Segundo pes-quisas do portal Terra, as maiores bilheterias do ano de 2009 vieram de filmes em três dimensões, caso de Up – Altas Aventuras e Monstros vs. Alienígenas. O cinema, inventado em 1895 pelos irmãos franceses August e Louis Lumière, causou furor ao ser apresentado à sociedade da época. O filme “L’Arrivé du Train”, de 1900, foi a primeira experiência com as três dimensões para o público. As imagens de um trem que saía de um túnel e chegava a uma estação provocaram estardalhaço na platéia que, eufórica, pensou que o trem sairia do projetor e invadiria a sala onde o filme estava sendo exibido. A técnica utilizada para captar o fenômeno tridimensional é deno-minada estereoscopia, que procura uma simulação de duas imagens da mesma cena que são projetadas nos olhos, de pontos distintos, o que faz o cérebro processar as ima-gens, causando o efeito.Segundo oftalmologistas, as três dimensões podem ser vistas natu-ralmente, a partir do deslocamen-

to da retina ao olhar objetos do cotidiano, mas também gerada por programas de computador, como é o caso de Avatar e Alice no País das Maravilhas, dois grandes sucessos recentes do cinema. Outras mídias, como a televisão, também apostam em um futuro de sucesso com a tecnologia. Empre-sas como a sul-coreana Samsung lançaram, no início deste ano, televisores que permitem a imersão do espectador nas três dimensões. Como no cinema, o espectador precisa utilizar óculos especiais, que podem trazer desconforto. Segun-do Karen Grapea, estilista, o filme assistido em três dimensões provo-ca mal-estar e desconforto visual: “Depois de assistir Alice no País das Maravilhas, fiquei com os olhos ar-dendo e com náusea. Provavelmen-te não assistirei mais filmes assim”.No exterior, as empresas que uti-lizam esta tecnologia para a venda de seus produtos advertem sobre possíveis pro-blemas ao espectador, como dores de cabeça, náuseas e cansaço visu-al. Alguns espectadores ressaltam que uma sensação de flutuação é nitidamente perce-bida ao término de cada sessão, conforme Fernando Ganança, otorrinolaringologista

da Unifesp: “Para quem possui labi-rintite, as reações são mais fortes”, explica. No futuro, empresas estudam projetos para lançar a tecnologia em mídias moveis, como celulares, players e iPods. O sucesso da téc-nica pode aumentar o seu fatura-mento, e é possível afirmar que a técnica mudará o modo como são vistos os programas.

Investimentos em tecnologia crescem para atrair o consumidorPor Thiago Souza

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

23Junho/2010

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Na

ond

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o

Surfing CouchÉ só ter um sofá e disposição. O Couch surfing abre

portas para o relacionamento e a troca de culturas entre todo o mundo.

A internet facilita e muito a aproximação de culturas completamente distintas e distantes. E é através dessa fer-ramenta que um grupo de mil-hões de pessoas encontrou a oportunidade de potencializar essa troca de costumes, abrindo a oportunidade de conhecer pessoalmente uns aos outros e ainda uma brecha no sofá de casa para hospedar o mundo todo. O couch surfing é uma rede so-cial que liga pessoas de Tóquio ao Rio de Janeiro, do Oiapoque ao Chuí, do Irã aos EUA, os sete mares e os cinco continentes, enfim, conecta todo o globo terrestre. Carol Mesquita é jornalista e já utilizou de alguns sofás de pes-soas até então desconhecidas. “Já viajei muito e sempre tive boas experiências no Couch Surfing, acho que é um resgate da confiança nas pessoas.”

Entre as experiências, há que pas-sou pelas positivas mas alguns apontam situações inesperadas nas viagens. O alemão Mika Straka ficou sem dormir uma noite sem dormir em Barcelona a espera de seu anfitrião que foi para a balada e se esqueceu do hóspede.Os usuários garantem que há segu-rança e que são poucos os proble-mas ocorridos. Existe uma grau de recomendação de cada usuário do site, que é dado por pessoas que já se conheceram. Para os descon-fiados, não é obrigatório hospedar ninguém, e nem dormir na casa de desconhecidos. O intuito do site é a troca de culturas, portanto um cafezinho ou uma cerveja podem ser de bom tamanho.

Para participar, basta ter um sofá e dis-posição para trocar cultura. O CS surgiu em 1999, na cabeça de Casey Fenton, que faria então uma viagem à Islândia. Ele não queria ficar em albergue ou hotel, sem ninguém para conversar ou alguém que apresentasse o país, então mandou uma mensagem para uma lista de estudantes “ Estou indo para a Islândia, posso dormir na sua casa?” A surpresa foi que muitos responderam que sim. Dessa brilhante idéia nasceu o couch surfing, que hoje hospeda – não em um sofá, mas em uma página na inter-net – mais de 60 milhões de usuários de todos os cantos do mundo.Philip Carthy, irladês de 26 anos veio para o Brasil pela primeira vez pelo CS. Hoje ele mora e trabalha aqui. “Vim pela primeira vez ao Brasil para ficar na casa de uma amiga que conheci no couch, um tempo depois eu me mudei para cá. Hoje não namoramos mais, mas eu não quero deixar o Brasil” diz Philip.

Por Talyson Rodrigues

P é na estrada

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Andy Warhol, nascido em Pittsburgh nos Estados Unidos, é referência quando se fala em artes plásticas e artes em geral e seu currículo é invejável. Trabal-hou em revistas como Vogue e The New Yorker, fazendo também anúncios publicitários e displays para vitrines de lojas, além de ser nada mais do que o pai de um movimento artístico que revolu-cionou o mundo visual.

Andy é o inventor do fenômeno chamado pop art que se caracter-iza pelas cores fortes, vibrantes, além de utilizar materiais diversos como gesso, tinta acrílica, látex e poliéster Mas esta arte veio, sobr-etudo, para criticar os hábitos de consumo da sociedade capitalista da época e seu intuito era de transformar o real em hiper-real.

A pop art surgiu durante a década de 1950, mas sua ascensão veio dez anos depois. Andy, nome mais forte do movimento, fugiu dos padrões de arte de seu tempo. Prova disso é o isso é o uso de serigrafias para representar a forma de consumo impessoal dos objetos destinados à massa, como as gar-rafas de Coca-Cola e as latas de sopa Campbell.

E Andy não parou por aí. Isso é visível porque suas exposições causam furor por onde passa. A maior mostra já realizada sobre o artista está disponível na Pina-coteca do Estado de São Paulo, que reúne 44 filmes, 26 pinturas, 58 gravuras, 39 fotos e duas ilus-trações.

A mostra Andy Warhol, Mr. Amer-ica, organizada pelo The Andy Estados Unidos atraiu milhares de pessoas, curiosas, para ver suas obras. Marilyn Monroe, Ronald Reagan, ator e 40º presidente dos EUA, Mao Tsé-Tung e o boxeador Muhammad Ali estão lá, não pes-soalmente, mas estampados em cores vibrantes e vivas pensadas pelo artista americano.

Andy WarholN ovidade

No Brasil

Pinacoteca do Estado reúne 170 obras do inventor da pop art, na mais completa

mostra realizada sobre o artista.

Por Thiago Souza

25Junho/2010

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Cultu

ra de QuintaPor Yumi Novais

A pluralidade da noite paulistana é indiscutível. De segunda a segunda, é possível encontrar na ci-dade um universo cultural para todos os estilos e gos-tos. De peças teatrais com inspiração nas obras de Ni-etzsche a shows fervorosos do Wando com calcinhas atiradas ao palco. A cultura pulsa em todo lugar! Com tanta diversi-dade, é difícil achar algum projeto que se destaque e chame a atenção dos paulistanos, acostumados a uma variedade extensa de opções. O Cultura de Quinta ganhou espaço e, mesmo com pouco tempo de existência, é assunto constante nas rodas de estudantes, blogs espalha-dos pela internet e redes sociais. A idéia nasceu a partir da parceria entre a produ-

tora Cibele Appes (Cole-tivo Literatura Subsolo) e Salvador Bocutto, dono do Espaço Cultural Kaverna na Vila Madalena, onde acontece o Cultura. A visão desta proposta é a imersão no universo artístico alter-nativo de diferentes locais da cidade, que mistura as vertentes e recria os ambi-entes. A miscelânea cultural é de tirar o fôlego. Há mani-festações artísticas diver-sas, como artes visuais e cênicas, literatura, grafite, circo, dança, apresentação de bandas independentes, projetos audiovisuais, entre outros.O pontapé inicial do Cultu-ra aconteceu em 11 de março. A escolha da pro-gramação musical foi de alto nível. Como destaques, Degusta Groove, Marco Vilane, Alex Antunes e participação especial de

Bangla e Bocato, este último, com forte presença na cena musical. Bocato já atuou ao lado de grandes músicos brasileiros como Rita Lee, Ney Matogrosso, Roberto Carlos, Elis Regina, Itamar Assumpção e Carlin-hos Brown. Nas artes visuais, o auge foi a Galeria Grafite, pro-duzida durante o evento. Enquanto os corpos sassaricavam na pista, o artista simultaneamente grafitava. Um dos convida-dos da Galeria foi o mineiro Gabriel Nast e suas latas de spray. Além do grafite, ele se apresenta em múltiplas vertentes, como a Collage, expressão que utiliza de vários recortes e colagens para formar uma obra. Ga-briel possui exposições em outras galerias de projetos conhecidos, como o Jazz nos Fundos.

Sem programa para uma quinta à noite? Que tal uma exposição, músi-

ca ou um curta? O projeto Cultura de Quinta não é isso, nem aquilo. É

tudo junto e misturado!

N ovidade

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Sem programa para uma quinta à noite? Que tal uma exposição, músi-

ca ou um curta? O projeto Cultura de Quinta não é isso, nem aquilo. É

tudo junto e misturado!

Aos que procuram relaxar, o Cine Kaverna é a pedida. Com exibição de curtas independentes e isolamento acústico, que permite aos que assistem o filme, tranquili-dade. No pós-balada, na calma do amor de uma noite só ou na in-quietude da curiosidade de boas produções artísticas. A escolha dos artistas ocorre, atualmente, de duas maneiras. “Uma é o programa de seleção, que é aberto no início de cada temporada do Coletivo. Também acontecem pesquisas de campo da equipe, que ‘garimpa’ novos artistas, através de indicações e informações em cen-tros culturais onde atuamos”, explica Didi Monteiro, coordenador do Coletivo Cultura Subsolo. Ele faz um balanço positivo da primeira etapa do Cultura. “Todos os participantes gostaram muito da proposta e da at-mosfera do evento. Sempre querem saber quando será a próxima data, e os artistas, se há espaço para uma nova apresentação”.

O Cultura de Quinta deu uma guinada e a próxima etapa será itinerante. A idéia é levar para out-ros bairros e cidades, como Santos (SP), Votuporanga (SP) e Uberlândia (MG). Novidade também é uma revista independente e gratuita, que será produzida pelo Coletivo. Uma espécie de Cultura de Quinta de bolsa.

O Coletivo surgiu do encontro entre Cibele Appes (irmã de Isis), Didi Monteiro e Fernando Dourado, no curso de audiovisual, na UNIP. ”O intercâmbio cul-tural teve início entre Uberlândia (MG) e São Paulo, com a vinda do mineiro Didi Monteiro para a Capital, afim de promover encontros e difundir diferentes vertentes de manifestações artísticas”, explica Isis.O Subsolo se propõe a trabalhar na produção lit-erária junto a outras expressões artísticas com mote no fomento da arte contemporânea no contexto das cenas alternativas/independentes, além do incentivo às artes contemporâneas e à projeção de novos artistas para a cena artística.

Cultura de SubsoloFoto: D

ivulgação

27Junho/2010

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MY PODCássio Ribeiro:

“Existe uma bagunça no meu mp3.

Tem de tudo, são músicas que eu gosto de ouvir também quan-do estou na balada ou em um

boteco.A que mais escuto ultimamente é Take me out, do Fraz Ferdinand”

Flávio Lima:

“Gosto de ouvir músicas boas. Não me prendo a um estilo musical. Agora por exemplo es-tou ouvindo bastante Lenine.”

Carla Brandão:

“Eu carreguei meu mp3 com músicas nacionais.Prefiro ouvir Chico Buarque quando estou indo para algum lugar.”

MyPodV ocê

O que você anda ouvindo?

29Junho/2010

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Agora outro aparelho também tem grande importân-cia nas pistas. Além das pickups dos DJs, fones de ouvido sem fio com um transmissor FM dão acesso às músicas. São várias freqüências de sons, os parti-cipantes escolhem o que ouvir conforme seu gosto e dançam de acordo com a música. Quem vê de fora demora a entender. Já pra quem entra nesse mun-do silencioso pode dançar o que quiser, na hora que bem entender e até mesmo tirar o fone um pouquinho se estiver a fim de bater um papo. Isto é Silent Disco, tendência importa-da da Inglaterra, direto dos pal-cos do festival de Glastonbury. Discotecas silenciosas surgem em todos os lugares do mundo. No Brasil, a onda apare-ceu pela primeira vez na Virada Cultural de São Paulo em 2008. Quem desembarcou no metrô São Bento pôde conferir cerca de 500 pessoas com fones de ouvido, curtindo uma música que ninguém, além deles, ouvia. Valeu a experiência e a aprova-ção foi imediata. O projeto se repete todo ano desde então, e começou a migrar para vários cantos do país.

a noiteN

silêncioPor Thaís Napoli

Patrícia Gilioli, 26 anos, estudante de moda, afirma que desde 2008 comparece a todos os “silent eventos” que acontecem na Virada Cultural. “Quem vai pela primeira vez estranha, mas só no começo. Quando percebe que pode escolher entre três sons de di-ferentes DJs, entende o por-quê do sucesso. Não precisa ser só em balada, seria legal para festas em apartamento também”, brinca Patrícia. Cada um com seu jeito de dançar, a todo o momento utilizam lin-guagens corporais e, involun-tariamente, cantam as músicas escolhidas. “É uma maneira di-ferente de curtir, e é isso que o público procura, sair da rotina”. Em Porto Alegre, duas casas noturnas aderiram à idéia. MyCool e Beco 203 abrem às portas uma vez por mês com festa silenciosas e o interesse é impressionante. Sempre com filas enormes e lotação máxima das casas, o público não quer

mais trocar o f o n e por nada.

Noda pista

Casas noturnas e festas tentam cada vez mais ofe-recer ao seu público novos e excitantes eventos. Ba-ladas temáticas, bebidas exóticas e ritmos alucinan-tes já são considerados atrações ultrapassadas.

Foto Divulgação

Foto: Divulgação

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De Happy Hour a fim de noiteVintage traz a você uma seleção de bares em São Paulo. Começando pelo Happy

Hour sagrado de todo o paulistano ao fim de noite embreagado da cidade

Wall StreetA partir da venda de bebidas, o bar simula a oscilação das ações em uma bolsa de valores. Um software ex-clusivo faz o preço das cervejas e caipirinhas subir ou descer conforme a demanda. Há 26 mesas equipadas com tela touch screen. Com um simples toque, pode-se consultar o cardápio, fazer o pedido ou acompanhar a cotação das bebidas.Wall Street. Rua Jerônimo da Veiga, 149, Itaim Bibi, Tel:3873-6922. 18h/1h (sex. e sáb. até 2h; fecha dom.).

Ó do BorogodóO bar pode ser considerado uma encarnação da Lapa cari-oca em São Paulo. Lembra em muitos aspectos certos bo-tequins daquele pedaço boêmio do Rio: do público jovem de jeitão desencanado, passando pela programação ao vivo do crème de la crème do samba e chorinho. A cerveja é de garrafa e o caldinho de feijão de lamber o beiço. Ó do Borogodó. Rua Horácio Lane, 21, Pinheiros, Tel 3814-4087. 21h/3h (sáb. 13h/20h e 21h/3h; dom. 19h/0h).

Charme da PaulistaQuem conhece esse boteco de esquina da Avenida Paulista sabe que ele não tem charme algum, porém, vive lotado e há dias que é praticamente impossível arranjar uma mesa. A cerveja é de gar-rafa e as porções generosas. A miscelânea de pessoas e tipos que encontramos na avenida, se apresenta também no bar. O que o difere, é que funciona 24 horas. Ótimo para os baladeiros que que-rem continuar a noite e nao sabem para onde correr.Charme da Paulista. Avenida Paulista, 1499 (ao lado do Parque Trianon). Funciona 24 horas.

Happ

y Hou

r

Noite

Fim de noite

Foto: Divulgação

Por Yumi Novais

31Junho/2010

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INDICAMOS

TeatroO Rei e eu

Anna Leonowens (26 de novembro de 1831–19

de janeiro de 1915) foi uma escritora de

viagens, educadora e ativista social britânica, conhecida por ter sido a professora das esposas

e dos filhos de Mongkut, rei do Sião, e por ter sido

co-fundadora do Nova Scotia College of Art and Design. As experiências de Leonowens no Sião

foram romanceadas no livro de Margaret

Landon, publicado em 1944, Anna e o Rei do

Sião, e em vários filmes e mini-séries de televisão

baseados no livro, e mais notavelmente no musical de sucesso de

Rodgers e Hammerstein, O Rei e Eu, de 1951.

Em cartaz no Teatro AlfaMúsica

Álbum: Volume TwoIntérprete: She and HimInvestida da atriz Zooey Deschanel, famosa por sucessos como 500 dias com ela, com o músico

de country-folk M. Ward, que alcançou o sucesso e o reconheci-mento do publico em

2009, durante o festival South by Southwest, em Austin, Texas. O hit Why do you let me stay there uma das musicas mais

baixadas e curtidas pelo publico alternativo.

men

uPor Thiago Souza

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INDICAMOSLivro

Juliet Nua e Crua, Editora Rocco, 272 páginas. Autor: Nick Honrby

Sinopse: Ultimo lançamen-to do autor de sucessos como Alta fidelidade e

Um grande garoto (ambos transpostos para o cin-

ema). Conta a história de Tucker Crowe, que há 20

anos abandonou a carreira de músico em plena turnê de Juliet, seu álbum mais

famoso, sem dar expli-cação. Especulações são dadas até hoje, por fãs e seguidores do astro, sem

sucesso. Ao mesmo tempo em que é contada ao lei-tor a história de Crowe, é apresentada também a

vida de Duncan, fã que ob-cecado pelo popstar, tem o casamento em ruínas. Tudo

muda quando o sumido Crowe entra em contato com a mulher de Dun-

can, através de um e-mail enviado por ela, dando

origem a um novo e estra-

nho triângulo amoroso.

Sherlock HolmesO filme

Sherlock Holmes é um investigador do

final do século XIX e início do século XX

que ficou famoso por utilizar, na resolução dos seus mistérios, o método científico e a

lógica dedutiva. Rachel McAdams (‘Diários

de uma Paixão’) será a intérprete de Irene

Adler, uma enigmática mulher que atrai o

detetive, interpretado por Robert Downey Jr. (‘Homem de Ferro’). Jude Law será Dr.

Watson.

Locação Em cartaz

A hora do pesadeloFicha Técnica:

A Nightmare on Elm Street, EUA, 2010

Direção: Samuel Bayer Elenco: Jackie Earle Ha-ley, Kyle Gallner, Rooney

Mara, Kellan Lutz. Enredo: Remake da obra original de 1984 de Wes

Craven, que conta a historia de jovens que

começam a sonhar com uma figura misteriosa

com o rosto deformado que são assassinadas enquanto dormem

33Junho/2010

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