Virado à Paulista - Revista Eletrônica Cultural de São Paulo

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O projeto Virado à Paulista - Revista Eletrônica Cultural de São Paulo - TCC do curso de jornalismo, SP, 2009.

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Virado Paulista Revista Eletrnica Cultural de So PauloComunicao Social Habilitao: Jornalismo

UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL SO PAULO 2009

Aldrey Mre da Silva Amanda Maria Gelumbauskas de Oliveira Bruna Santos Toledo Fernando Machado do Nascimento

Virado Paulista Revista Eletrnica Cultural de So Paulo

Projeto de Trabalho de Concluso de Curso Comunicao Social Habilitao em Jornalismo, apresentado Banca de Qualificao da Universidade Cruzeiro do Sul, sob orientao da Professora Mestre Regina Tavares de Menezes.

Universidade Cruzeiro do Sul So Paulo 2009

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Aos nossos pais, por fazerem parte de nossas vidas e tornarem esse momento possvel; aos familiares e amigos pelo carinho, apoio, companheirismo e compreenso nos momentos em que estivemos ausentes; aos mentores que nos orientam; professores pela pacincia e dedicao ao trabalho acadmico desenvolvido ao longo dos ltimos quatro anos, em especial a nossa orientadora Regina Tavares; aos demais que, durante este perodo, estiveram conosco contribuindo para a realizao deste trabalho.

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Criar meu web site, Fazer minha home-page Com quantos gigabytes Se faz uma jangada Um barco que veleje Que veleje nesse informar Que aproveite a vazante da infomar Que leve um oriki do meu velho orix Ao porto de um disquete de um micro em Taip Um barco que veleje nesse infomar Que aproveite a vazante da infomar Que leve meu e-mail at Calcut Depois de um hot-link Num site de Helsinque Para abastecer Eu quero entrar na rede Promover um debate Juntar via Internet Um grupo de tietes de Connecticut De Connecticut acessar O chefe da milcia de Milo Um hacker mafioso acaba de soltar Um vrus pra atacar programas no Japo Eu quero entrar na rede pra contactar Os lares do Nepal, os bares do Gabo Que o chefe da polcia carioca avisa pelo celular Que l na praa Onze tem um videopquer para se jogar Gilberto Gil

iii Agradecimentos Aldrey Mre minha av Cinira Gaspar, por ter me ajudado chegar at aqui. Aos meus pais, pelo empenho em minha educao. amiga de infncia Aldrey (tambm), pelo apoio, pacincia em me ouvir e fazer companhia nos poucos momentos em que eu tive tempo para espairecer durante esse processo. Aos meus, professores, a orientadora Regina Tavares; os amigos e companheiros de grupo. Em especial aos meus mentores que sempre me protegeram e inturam e meus inseparveis gatos Tiago, Ninho e Dali, pela pureza, amor e alegria em estar conosco nas reunies do grupo e nas madrugadas frias. Amanda Gelumbauskas - Meus agradecimentos, primeiramente, aos grandes mestres da minha vida, Luiz e Vera, pela dedicao e empenho para o meu desenvolvimento e esforo dedicado s realizaes dos meus sonhos; ao meu irmo Artur, um companheiro para todos os momentos; ao meu noivo Fernando pelo seu amor, pacincia e compreenso de minha ausncia, alm de sua contribuio para o desenvolvimento desse trabalho com ideias e caronas; orientadora do grupo e grande profissional Regina Tavares pelo incentivo, simpatia e presteza no auxlio s atividades e discusses sobre o andamento e normatizao desse trabalho de concluso de curso; aos meus professores pelo carinho, dedicao e entusiasmo demonstrado ao longo das aulas; aos demais idealizadores, coordenadores e funcionrios da Universidade Cruzeiro do Sul; e em especial, aos meus colegas de grupo pela espontaneidade e alegria na troca de informaes e materiais em uma rara demonstrao de amizade e solidariedade. Bruna Toledo Agradeo em memria o meu pai que no teve a oportunidade de viver esse momento. Por meio de suas sbias palavras me ensinou que o conhecimento umas das nicas coisas que no podem ser tiradas de ns; minha me, que doou-se inteira durante toda a minha caminhada. No hesitou em renunciar aos seus prprios sonhos para que, muitas vezes, eu pudesse realizar os meus. Fernando Machado Agradeo aos meus pais que sempre me apoiaram nos estudos e sempre tiveram como prioridade o meu aprendizado e minha formao, este projeto como um smbolo de agradecimento e prova

iv que meu aprendizado valeu a pena; dedico tambm minha namorada Juliana por entender minha ausncia, por muitos finais de semana e por sempre me apoiar; aos meus amigos e companheiras de grupo, que sempre trabalharam corretamente e com muita alegria durante todo este processo, sempre com muita pacincia e profissionalismo. Aos meus professores, por alm de ensinar, me mostrar um outro lado do aprendizado. Dedico em especial s professoras Wildney, com suas tcnicas e habilidades, Ceclia e Maria Jos que sempre pegaram no meu p com o objetivo de me ensinar o mximo. Luciana Rosa que sempre torceu por mim; Magda Cocioni que me ensinou da forma divertida e alegre, tornando o curso mais interessante; Flvia Serralvo por me ampliar a viso jornalstica; Dirceu Roque com seu profissionalismo, dedicado e exemplar; Carlos Monteiro com seu amplo conhecimento jornalstico e habilidades em lidar com os alunos, Regina Tavares, com seu jeito jovem de ensinar, com vontade e dedicao, e aos colegas e funcionrios do laboratrio de Radio e TV que sempre nos ajudaram quando mais precisamos. Agradecimentos Especiais Aos profissionais que colaboraram nesse projeto: Tomires Ribeiro, Eder Maximiano, Kleber Maximiano, Gnther de Werk, Cadu Medeiros, Tintin (Jefferson Barbosa), Jssica Mendonza, Dilma Watanabe, Maria Regina Nogueira, Luthero Maynard, Marco Liberatti, Luciano Martinez, Dra. Antonia Nazareth Machado; aos amigos: do Abass de Xang, dos Falces Moto Clube Raa Liberta, Camilo, Fernando Fonseca, Mariana Gasparetti, Danilo Macedo, Kelly Pereira, Tchaca (Edgar) e Rodrigo Borges do Laboratrio de Rdio e TV; aos assessores de imprensa e entrevistados; aos colaboradores Viviane Mendes, Bruno Souto, Pedro Duarte, Marcos Sousa, Glauber Luciano, Aldrey Borsi, Falco, Wagner Alvarenga; aos professores do curso de jornalismo e, em especial, orientadora Prof. Ms. Regina Tavares de Menezes.

v Resumo O projeto Virado Paulista - Revista Eletrnica Cultural de So Paulo - tem o objetivo de mostrar ao pblico jovem o que a capital paulista oferece de melhor em cultura, com enfoque em novidades, alternativas e um servio de agenda. Sua equipe apresentar estreias de filmes e espetculos, lanamentos de livros, CDs e DVDs, exposies, eventos gastronmicos, museus, teatros, bares, restaurantes, casas noturnas e feiras, alm de um mix de reportagens e ferramentas interativas, tais como: vdeos e podcasts. Palavras chave: cultura; universitrios; jornalismo on-line; webjornalismo; revista eletrnica; So Paulo.

vi Rsum Le projet Virado Paulista - revue lectronique culturelle de So Paulo a lobjectif de montrer au public jeune ce que la capitale de So Paulo offre de meilleur dans la culture, en focalisant les nouveuats, les alternatives et un service dagenda . Son quipe prsentera premires de films et de spectacles, lancement de livres, des CD et des DVD, des expositions, des vnements gastronomiques, des muses, des thtres, des brasseries, des restaurants, des botes de nuit , des foires, et aussi un mlange de reportages et des outils interactifs comme vidos et podcasts. Mot cl: culture, universitaire, journalisme en ligne, web journalisme, revue lctronique, So Paulo.

Lista de Tabelas Tabela 1: Cronograma Tabela 2: Clculo do Custo 45 47

Sumrio Parte I 1. Ttulo do Projeto 2. Modalidade 3. Equipe 4. Suporte do Projeto 5. Sumrio 6. Custos Parte II 1 Introduo a) Histrico do Tema b) Histrico da Escolha do Tema c) Referncias do Tema d) Pressupostos Tericos 2 Descrio do Projeto a) Fontes b) Fontes Testemunhais c) Tamanho/Atualizao d) Formato da Apresentao 1 Caracterizao do Produto 1.1 Home 1.2 Editorias 1.3 Onde Fica 1.4 Expediente e) Projeto Editorial 1 Regras 1.1 Objetivos 1.2 Metas 1.3 Pblico-alvo 1.4 Caractersticas da Publicao 1.5 Ncleo de Redao 1.6 Linha Editorial 1.7 Frmula Editorial 28 32 32 33 33 33 33 34 34 34 34 34 34 34 34 35 35 35 15 20 23 24 14 14 14 14 14 14

1.8 Expediente 1.9 Procedimentos 1.9.1 Tema e Pauta 1.9.2 Redao 1.10 Manual de Redao f) Projeto Grfico 1 Referncia Esttica 1.1 Abstracionismo 1.2 Relao entre Tcnica e Arte 1.3 Sites de Referncia g) Escolha do Nome h) Identidade Visual i) Pr-pautas 1 J.C. Serroni e o Espao Cenogrfico 1.1 Assunto 1.2 Enfoque 1.3 Histrico 1.4 Fontes 1.5 Entrevistas 2 Feira da Kantuta 2.1 Assunto 2.2 Enfoque 2.3 Histrico 2.4 Fontes 2.5 Entrevistas 3 Cronograma 4 Recursos a) Fases b) Clculo do Custo 5 Finalidades a) Aprendizagem Pessoal b) Uso Social e Cientfico c) Possibilidade de Publicao ou Veiculao

37 37 37 38 38 39 39 39 40 40 41 41 41 41 41 42 42 42 43 43 43 43 43 43 44 45 46 47 47 50 51

6 Referncias 7 Glossrio APNDICE 1 MAPA DO SITE APNDICE 2 LOGOMARCA APNDICE 3 MARCA DGUA APNDICE 4 PAPEL TIMBRADO APNDICE 5 CARTES DE VISITA APNDICE 6 TEMPLATE ANEXO 1 IMAGEM DA PGINA WWW.LEMONDE.FR ANEXO 2 OBRA DE PIET MONDRIAN SRIE COMPOSIESANEXO 3 IMAGEM DA PGINA WWW.BBC.COM.UK/PORTUGUESE

51 53 55 57 59 61 63 65 68 70 72 74

ANEXO 4 OBRA DE PIET MONDRIAN SRIE COMPOSIES

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Parte I: Ttulo do Projeto Virado Paulista Revista Eletrnica Cultural de So Paulo Modalidade Prtica Jornalstica Equipe Aldrey Mre da Silva Amanda Maria Gelumbauskas de Oliveira Bruna Santos Toledo Fernando Machado do Nascimento Suporte do Projeto Internet; jornalismo on-line. Sumrio Virado Paulista - Revista Eletrnica Cultural de So Paulo, com reportagens, novidades, alternativas, convergncia de mdias e um servio de agenda dos eventos culturais, com qualidade e preos acessveis para um pblico jovem e universitrio. Custos: A estimativa de custos de R$ 5.789,60.

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Parte II: 1 - Introduo a) Histrico do Tema De acordo com MOHERDAUI (2000), o jornalismo digital no Brasil comeou a se expandir a partir de 1995, aps algumas revistas e jornais norte-americanos lanarem na rede verses similares de suas publicaes. Dentre os jornais brasileiros, o Jornal do Brasil foi o primeiro a disponibilizar seu contedo no espao virtual em 28 de maio de 1995. No mesmo ano, logo em seguida, vieram os veculos O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, O Globo, Estado de Minas, Zero Hora, Dirio de Pernambuco e Dirio do Nordeste. J em 1996, foi a vez do Universo On-line lanar o Brasil On-line, o primeiro jornal brasileiro em tempo real, com informaes de agncias de notcia, como Agncia Folha, Reuters, Associated Press, entre outras, e material produzido em sua redao. Por sua vez, a Folha Online, em 1999, inovou na cobertura do noticirio da web ao cobrir os conflitos em Kosovo, no sul da Iugoslvia. O dirio foi o primeiro veculo a publicar informaes enviadas por e-mail de pessoas prximas s reas de maior conflito, enriquecendo o noticirio. Antes de o Brasil lanar seus jornais na rede mundial de computadores, j existiam outros veculos impressos que o fizeram. Em 1999, o portugus Dirio Digital www.diariodigital.com.pt - foi o primeiro jornal a desenvolver contedo especfico para internet. Na sequncia, todos os grandes veculos de mdia impressa no Brasil passaram a disponibilizar seu contedo na rede, oferecendo alm de textos, fotos e grficos, vdeo e udio como material complementar, criando uma convergncia de mdias. Surgem novas ferramentas no espao interativo da internet. Primeiro vieram os Blogs espcie de dirio, onde os internautas podem criar pginas e publicar suas opinies. Recentemente, a exploso de um novo fenmeno tomou conta dos internautas: o Twitter, um servio de troca de mensagens pela Internet. Em 140 toques milhares de mensagens respondem a pergunta bsica o que voc est fazendo?, e so trocadas por pessoas de todos os lugares do mundo. A novidade o ritmo com que tudo acontece. A comunicao instantnea pelo fato de que todos os integrantes da rede pessoal de um nico indivduo recebe ao mesmo tempo o twit enviado.

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Criado em 2006, o fenmeno Twitter explodiu no ano de 2008 aps ser utilizado pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, como uma ferramenta de comunicao com os jovens eleitores norte-americanos durante a campanha poltica que o elegeu. De acordo com matria publicada em seis de agosto no portal Terra, com dados da empresa de pesquisa em internet dos Estados Unidos, ComScore, o Twitter conquistou, apenas no ms de junho, sete milhes de usurios, totalizando 44,5 milhes de adeptos. Outras redes sociais tambm so lanadas na internet, como Orkut, Facebook, Fotolog, Flicker, entre outras. Deste modo, est criado o meio multimiditico. A velocidade de atualizao do noticirio on-line constante. O internauta realiza vrias consultas diariamente em busca de todo tipo de informaes ou servios. Por outro lado, os nmeros relacionados circulao de mdia impressa caram consideravelmente, mas ainda no h ameaas de extino no mercado. Segundo pesquisa do Instituto Verificador de Circulao IVC, a Folha de S. Paulo registrou tiragem de 429.476 mil exemplares no primeiro trimestre de 2000. Em 2009, 298.351 mil. No mesmo perodo, o jornal O Estado de S. Paulo apresentou 391.023 mil exemplares e, em 2009, 217.414 mil. Em consequncia da crise econmica mundial, os jornais impressos tm suas fontes de receita encolhidas porque so financiados pelos anncios publicitrios. Surge, a partir da, a necessidade desses veculos se reinventarem na internet, lembrando que o jornal on-line uma nova mdia e no o jornal impresso na verso web. Uma das alternativas para isso disponibilizar e produzir seu contedo na web, porque alm de reduzir custos com impresso, atinge tambm um nmero maior de leitores. O nmero de internautas, segundo pesquisa do Ibope/NetRatings realizada em junho de 2008, atingiu a marca de 41,5 milhes de usurios. Outro estudo realizado em agosto do mesmo ano pelo DataFolha revelou que o nmero de usurios brasileiros de 64,5 milhes. A divergncia entre os resultados se deu pela diferena de metodologia, mas ambos os institutos consideram apenas os internautas maiores de 16 anos. Nas reas urbanas, 44% da populao esto conectadas internet; nas empresas, 97% tm acesso rede mundial de computadores. Desde que foi criada a mensurao do tempo de navegao dos usurios na internet, o Brasil sempre obteve excelentes marcas, ficando constantemente na

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liderana mundial. O pas quebrou seu prprio recorde em julho de 2008, com 24 horas e 54 minutos de tempo de navegao por pessoa. O ltimo tempo medido foi o de 24 horas e 49 minutos em janeiro de 2009. Em relao publicidade, a internet se tornou o terceiro veculo de maior alcance no Brasil, atrs apenas de rdio e TV, porm, apenas 3,36% do total das verbas publicitrias brasileiras so destinadas web. J o nmero de conexes na internet, o Brasil atingiu 10,04 milhes de conexes em junho de 2008. Quanto ao volume de dados, o incremento foi de 56 vezes de 2002 at 2007. A projeo de um aumento de oito vezes at 2012. Por sua vez, o nmero de conexes mveis cresceu de 233 mil para 1,31 milhes em um ano. medida que muitas redaes precisam reduzir custos e, ao mesmo tempo, se manter com uma demanda alta de informaes, fotos e vdeos, o valor do contedo deixa de estar concentrado de onde vem a receita das empresas de mdia, na produo e na distribuio. Para que uma pessoa tenha acesso a um contedo, ela precisa chegar at ele. Esse alcance no ocorre somente pelo sistema tradicional, por anncios, assinaturas e vendas no varejo. Atualmente, consideramse os softwares e hardwares dos grupos de comunicao, o que mostra que novos integrantes entraram nessa cadeia da informao e, como consequncia, geraram uma redisposio de valores. Houve tambm uma exploso de contedo, a qual o consumidor no d conta de absorver todas as informaes. Assim, ele comea a ver valor em quem organiza esses dados de uma maneira lgica. Segundo Marcelo Coutinho, professor de ps-graduao da Faculdade Csper Lbero e pesquisador sobre o impacto da tecnologia na economia e na comunicao, em entrevista para a Gazeta Mercantil, neste cenrio da era digital, ainda incerto a forma como sero geradas as receitas, pois o mercado se transforma na medida em que o consumidor filtra o contedo de seu interesse.[...] A indstria no sabe muito bem como fazer isso. O mercado busca no momento mtricas para mostrar para quem sustenta o processo os anunciantes que a filtragem d retorno. As empresas de mdia ainda no conseguiram isso. Mas a transformao vir, porque vem de presso do consumidor. [...] Esse processo no como um tsunami, mas sim uma mar 1 que vai subindo. No h como faz-la recuar.

A interatividade, que as empresas pensam ser uma ameaa, na verdade, pode ser uma oportunidade para entender o interesse do internauta em termos de1

MELO, Clayton. Nova cultura da mdia muda valor do contedo. Gazeta Mercantil. So Paulo, 27/04/2009, P. C-8.

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contedo, que desempenha um papel central e leva a sociedade a se mobilizar em torno disso. A importncia vai alm do fator econmico, tambm social, pois as pessoas conversam sobre o que leem. Isso j ocorre antes da web, mas a digitalizao possibilita aos veculos de comunicao rastrear essas informaes para facilitar o caminho da notcia para o leitor, ou seja, a circulao do contedo nas redes sociais. Nos prximos anos, com uma maior e constante interatividade do usurio, a possibilidade das empresas rastrearem assuntos de interesse do internauta ser maior. Hoje, o jornalista procura incluir em sua pauta itens sugeridos pelos leitores, alm de mediar reas de comentrios, publicar e filtrar materiais para que os internautas possam aprender a lidar com o universo digital, por meio de micro ferramentas, como SMS, mensagens instantneas pelo celular, e com ambientes como Orkut, Twitter, entre outros. Talvez, o que veremos o rastreamento e o dimensionamento desse marketing viral e a possibilidade de analisar o impacto que isso poder causar no comportamento das pessoas. Outra questo que jornais norte-americanos, como o The Los Angeles Times e a agncia de notcias The Associated Press analisam a possibilidade de restringir o acesso grtis aos seus sites, uma contrariedade na cultura da internet, mas que j acontece com alguns veculos brasileiros, como Jornal do Comrcio, DCI, O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, Revista Isto Dinheiro, Revista Exame, entre outros. Por outro lado, restringir o acesso ao contedo talvez no seja a melhor sada, pois novos formatos como revistas eletrnicas, blogs e o papel eletrnico, os e-books, ampliam as possibilidades para as empresas de comunicao, que precisam diversificar suas fontes de receita, atualmente ligadas aos anncios publicitrios. Dessa forma, a internet poder ser o futuro dos jornais, como foi publicado no jornal O Estado de S. Paulo o artigo de Pedro Doria O futuro do jornal de papel:[...] Aps anos se falando em crise na imprensa, a foice est comeando a descer nos mais tradicionais jornais do pas. [...] O problema dos jornais nos EUA tem a ver com as peculiaridades do pas. A primeira atende pelo nome de Craigs List. Trata-se de um dos sites mais primitivos que h na internet. Serve para classificados. Qualquer um pode ir l e postar um anncio. A maioria deles sai de graa. [...] Acontece que 40% da renda publicitria dos jornais americanos vinha justamente de anncios classificados. Os outros 60% da renda publicitria est sendo desviada para a internet. [...] Entender que a tecnologia est mudando e que, portanto, negcios antigos esto deixando de operar como faziam a parte fcil. A parte complicada que

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jornais so importantes. [...] Se o futuro a web, importante continuar sendo a principal fonte de notcias do pblico. [...] A crise de imprensa nos EUA chegou em seu pior momento. E neste exato momento, editores em todo o pas comeam a buscar sadas, novos modelos. [...] A imprensa pode 2 estar chegando no momento de se reinventar [...].

A matria O poder da internet, de Marina de Lima e Paula Spinola, publicada na Gazeta Mercantil tambm afirma o poder da internet na mdia:A rede mundial de computadores um dos meios que cresceu de forma mais rpida na histria das mdias no mundo inteiro. Dados apresentados pelo IBOPE Mdia e IBOPE Nielsen On-line mostraram que 2/3 da populao mundial acessa a rede todos os meses. No Brasil, so mais de 15 milhes de internautas. Ainda, o estudo afirma que os usurios de internet usam em mdia 10% do tempo conectado navegando em sites 3 como Orkut, Facebook.

Outra comprovao foi publicada a seguir, pelo mesmo veculo com a colaborao da agncia Reuters: a matria diz que o brasileiro passa trs vezes mais tempo na web que vendo TV. Essa afirmao resultado da terceira edio do estudo realizado pela Deloitte chamado O Futuro da Mdia, sendo a primeira vez que o Brasil foi inserido entre os outros pases pesquisados: Japo, Estados Unidos, Alemanha e Gr Bretanha. Dos nove mil entrevistados, 1.022 eram brasileiros, pouco mais de 10% do total consultado. De acordo com a notcia, os consumidores brasileiros gastam, atualmente, 82 horas por semana utilizando diversos tipos de mdia e de entretenimentos tecnolgicos, como o celular. Para a maioria dos consumidores, o computador superou a televiso em termos de entretenimento (REUTERS. Brasileiro passa trs vezes mais tempo na web que vendo TV. Gazeta Mercantil, 30/03/09, p. C8). Partindo deste inovador conceito e dessas novas tendncias no mundo virtual, e na busca de resgatar a origem de nossas culturas e o desenvolvimento do homem em sociedade, para que no haja um elo perdido entre o ciberntico e o humano em sua origem e filosofia, que propomos transmitir a cultura por meio dos conceitos bsicos da arte, bero e referncia da histria da humanidade. Este Trabalho de Concluso de Curso TCC tem o propsito de criar uma revista cultural eletrnica de So Paulo, intitulada Virado Paulista, direcionada aos jovens, estudantes e universitrios. Ela permitir mostrar que existe cultura de qualidade bem mais prxima do que podemos imaginar e poder ser uma forma de2

DORIA, Pedro. O futuro do jornal de papel. O Estado de S. Paulo, So Paulo, 02/02/2009., P. L-17. LIMA, Marina de; SPINOLA, Paula. O poder da internet. Gazeta Mercantil. So Paulo, 17/03/2009, P. D-6.

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contribuio contnua, educativa e criativa, para enriquecer o conhecimento na construo de uma sociedade melhor. Durante quatro anos de estudos no curso de comunicao social, observamos que o jornalismo on-line est mudando os meios de comunicao e apresenta crescente audincia. Baseando-se no contexto de reinventar na Internet, temos a inteno de mostrar que h fcil acesso cultura com qualidade. Praticamente uma dcada depois do incio do jornalismo on-line no Brasil, estamos na era digital que avana rapidamente com o desenvolvimento da tecnologia. Atualmente, h uma infinidade de contedo disponvel na Internet, caracterizado por rpido acesso e diversificao de contedo, intensificando a procura por este meio de comunicao. b) Histrico da Escolha do Tema Aldrey Mre Concluir o curso de jornalismo, alm de uma satisfao, uma conquista e realizao de um sonho antigo. Passei parte de minha vida viajando e percorrendo os palcos no exerccio de minha primeira profisso, como iluminadora cnica. Na medida em que o tempo passava, parecia mais difcil e distante a possibilidade de parar para retomar os estudos. Um dia, decidi que este momento havia chegado e ingressei no curso de jornalismo. Esses quatro anos foram intensos e de dedicao integral. Praticamente parei todas as minhas atividades para me dedicar exclusivamente ao curso. Foram dois estgios na rea, um no laboratrio de Rdio e TV da Universidade Cruzeiro do Sul e outro na assessoria de imprensa da Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras SIURB - da Prefeitura de So Paulo, pouco dinheiro no bolso, muitos questionamentos aos meus queridos mestres e professores que tanto me ensinaram, ausncias em minha famlia e com amigos, pouca vida social, noites mal dormidas, estresse, mas nenhum arrependimento. Se tivesse que recomear, faria tudo de novo. A cultura est presente na minha vida desde a infncia. Aos seis anos, comecei a tocar piano e logo depois fui estudar desenho e pintura no Liceu de Artes, alm dos 16 anos de carreira artstica profissional que trago nessa trajetria. Por esta razo, sempre soube que meu trabalho de concluso de curso seria nesta rea. Confesso que at tentei mudar, mas no foi possvel. Sempre voltava ideia inicial. Ento, resolvi unir a cultura a algo atual e moderno. Observando as

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novas tendncias, a era digital, o mercado de trabalho e, depois de algumas conversas com a minha amiga Amanda, conclu que webjornalismo seria o veculo mais apropriado neste momento. Decidi em acordo com Amanda a criar uma revista eletrnica cultural, que trouxesse algum diferencial em relao s que conheci por meio de pesquisas, oferecendo acesso cultura de qualidade a custo acessvel, como forma de instruir. A partir da surgiu o projeto. Amanda Gelumbauskas - Desde meus sete anos de idade queria ser jornalista. No primeiro ano de faculdade passei a focar meus trabalhos acadmicos em diversas reas do jornalismo, como um vestibulando que no sabe que curso prestar, mas de maneira diferente, sabendo o curso, mas no sabendo bem a rea dentro dele. Durante a execuo dos trabalhos, senti afinidade com o jornalismo on-line e passei a explor-lo de maneira mais intensa. Tive a oportunidade de trabalhar na rea jornalstica desde meus 15 anos, e com webjornalismo tambm. Passei pela Revista Imprensa e agncias como a DeBrito Propaganda, onde atuei no departamento de webjornalismo, produzindo contedo para os portais dos clientes; MBraga Comunicao, a qual fao jobs constantes na rea esportiva, como a Stock Car e o Salonpas Cup Torneio Internacional de Vlei Feminino; e a Communica Brasil, onde, atualmente, atuo nas reas de seguros, turismo, alimentao, gs, TI e educao, trabalhando diretamente na redao e, tambm, com assessoria de imprensa. Basicamente, me divido entre as publicaes impressa e on-line dos clientes e o relacionamento deles com a imprensa. Trabalhar na rea jornalstica de web foi um dos motivos que me atraram na escolha do tema do TCC, porm, minha ideia inicial era trabalhar sozinha a questo da velocidade versus a veracidade da informao, j que a tendncia dos veculos se recriar nesse universo ciberntico, onde todos tm fcil acesso e contedo em tempo real, mas que envolve questes, algumas polmicas, sobre a apurao e qualidade da informao, dos fatos abordados. No final de 2008, comecei a conversar sobre possveis temas com minha amiga Aldrey e notamos afinidades sobre o jornalismo on-line e um qu a mais quando o tema cultura. Tive oportunidade de acompanhar muitos eventos culturais e tenho paixo pela fotografia. A Aldrey, por sua vez, trabalhou muitos anos com cultura. Decidimos unir nossos ideais e elaborar para o TCC uma revista eletrnica cultural voltada para o pblico universitrio, a fim de mostrar que existe cultura com

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qualidade e preo acessvel, alm de prestar um servio como uma espcie de guia cultural. Outro fator determinante para a escolha do tema a possibilidade de convergncias de mdias em um nico lugar. A ideia chamou a ateno dos demais integrantes do grupo e uma oportunidade de trabalharmos recursos de texto, fotos, vdeo reportagens, podcasts, entre outros, em um ambiente cultural e interativo. Bruna Toledo - A elaborao de uma revista eletrnica sobre cultura para o meu trabalho de concluso de curso um grande desafio, pois alm de fazer uso da ousadia de um jornalista, existe tambm a preocupao de adaptao essa nova linguagem ciberntica, bem como dos contedos produzidos e transmitidos sem qualquer limitao de tempo e espao. As atuais tecnologias alteraram todo o modelo comunicacional existente. Estamos saindo do jornalismo tradicional e passando a buscar uma nova forma de produzi-lo. Nesse contexto, muitas companhias jornalsticas, que at ento produziam jornais e revistas impressos, migraram para o meio digital e possuem, atualmente, verses digitais por meio de websites. O papel vai cedendo lugar para os impulsos eletrnicos, que so atualizados instantaneamente em forma de textos, grficos, animaes, udio, vdeo, entre outros formatos, o que muito instigante. A partir desses recursos podemos atingir, falar com diversos pblicos e interagir com eles. Agora, quem decide o qu, quando, como e porque o leitor. O jornalismo digital, contudo, serve como mais uma ferramenta para ns, jornalistas, cujo objetivo fornecer aos nossos leitores e internautas, fcil acesso e informao de qualidade. Fernando Machado - A ideia de trabalhar com jornalismo on-line no trabalho de concluso de curso me interessou porque uma rea que tem crescido muito no mercado das comunicaes. A internet uma forma de fcil e rpido acesso para se obter informao. Alm disso, gosto de cultura e acredito que ela est presente na formao de qualquer cidado. A possibilidade de casar os dois temas agradou a todos do grupo e espero que minha contribuio para este trabalho, como internauta e estudante de jornalismo, ajude a construir um contedo de qualidade. Fazer parte desse grupo uma satisfao, pois procuramos sempre desenvolver nossos trabalhos de modo bem organizado e prtico, em que a habilidade de cada integrante aproveitada com objetividade. Tenho, no entanto, como planejamento de vida, o objetivo de ingressar na Polcia Federal e, quem sabe, poder exercer o jornalismo no departamento de

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comunicao. Acredito que o desenvolvimento deste projeto ir contribuir para meu aprendizado. c) Referncias do Tema Constatamos que as notcias na internet esto em constante movimento e inovaes nesta rea ocorrem com grande rapidez. Fizemos um levantamento em alguns veculos da grande imprensa, impressos e on-lines, como Gazeta Mercantil, Valor Econmico, O Estado de S. Paulo, Jornal do Commercio do Rio de Janeiro, entre outros, que tivessem abordagens de novas tecnologias aplicadas ao webjornalismo. Buscamos ttulos mais recentes sobre o tema, por se tratar de um assunto inovador e destacamos as seguintes obras: Webjornalismo - Uma reportagem sobre a prtica do jornalismo online, que foi escrito, na poca, por trs estudantes de jornalismo da PUC-Campinas: Reinaldo Marangoni, Luciano Pereira e Rafael Silva. A partir de entrevistas com editores de sites como os da Agncia Estado, Veja e Prima Pgina, eles construram uma reportagem sobre o jornalismo na era digital, traando sua trajetria a partir de 1995, quando os principais veculos de imprensa comearam a lanar seus sites. O livro nos atraiu, porque as entrevistas com jornalistas do meio revelaram as principais caractersticas dessa nova linguagem de reportagem, como textos enxutos; noticirio dinmico, atualizado e corrigido constantemente; alm da maior participao dos leitores. Como tendncias do webjornalismo, o livro aponta tambm, entre outros fatores, o noticirio personalizado (Daily Me), o desenvolvimento de novas tecnologias e o reprter que concentra vrias atividades, como texto, foto, webdesign, entre outras. Hipertexto Hipermdia as novas ferramentas da comunicao digital, de Pollyana Ferrari, se prope a mostrar o novo e o que est sendo pensado pelos pesquisadores e jornalistas que vivenciam a hipermdia, alm de desvendar as representaes, os processos e os modos de disseminao do conhecimento, a partir do computador. O livro mostra que, ao cidado, na busca de informao bem apurada, o suporte importa muito menos do que ter a notcia ao alcance das mos, onde e quando precisar. Tambm retrata o texto na web, o que muda na postura e no dia-a-dia do profissional da informao na era digital. Guia de Estilo Web produo e edio de notcias online, de Luciana Moherdaui, uma obra que adotamos para o desenvolvimento do produto por

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mostrar que no jornalismo on-line a informao se produz e divulgada em tempo real, o que exige novas maneiras de se fazer a notcia, por meio de uma nova linguagem. A Genealogia do Virtual Comunicao, cultura e tecnologias do imaginrio, dos organizadores Francisco Menezes Martins e Juremir Machado da Silva, rene uma seleo internacional de ideias de autores diversos e resgata os valores humanos frente aos valores da tcnica, em uma interpretao do tempo e espao sob o foco da filosofia e o ciberespao. Essa publicao nos despertou interesse por trazer trs geraes de pesquisadores de continentes diferentes e fontes variadas, como Nietzsche, em sua crtica cultura de massa, Edgar Morin, Pierre Lvy e Armand Mattelart. Ela apresenta um estudo que parte da sensibilidade razo, trilhando o imaginrio com a tecnologia e as mitologias da comunicao com o homem no mundo contemporneo. d) Pressupostos Tericos O projeto do Virado Paulista Revista Eletrnica Cultural de So Paulo tem como embasamento terico a teoria crtica da Escola de Frankfurt. Para seu desenvolvimento, buscamos referncias nas obras que citaremos a seguir. No livro Teorias da Comunicao O pensamento e a prtica da comunicao social, de Ilana Polistchuk e Aluizio Ramos Trinta, buscamos solidificar nossos conhecimentos sobre a teoria crtica, a indstria cultural e a Escola de Frankfurt. J em Teoria da Cultura de Massa, de Luiz Costa Lima, pesquisamos o captulo referente indstria cultural, O iluminismo como mistificao de massa, de Max Horkheiner e Theodor W. Adorno, e A obra de arte na poca de sua reprodutibilidade tcnica, de Walter Benjamin, que nos serviram de embasamento terico e histrico para a compreenso de um processo revolucionrio nos meios de comunicao na sociedade e as mudanas pelas quais o mundo passou, na medida em que a industrializao foi acontecendo. Discute-se que a indstria cultural faz parte de um sistema complexo, onde os interesses econmicos e polticos esto relacionados e at que ponto as massmedia influenciaram os povos ocidentais. O livro Histria das teorias da comunicao, de Armand e Michelle Mattelart, aborda que, quando Adorno e Horkheimer criaram o conceito de indstria cultural, eles analisaram a produo dos bens culturais como um produto industrializado, que

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produzido em srie e tratado como mercadoria. Na viso deles, programas de rdio, revistas, filmes, entre outros, possuem em comum a mesma racionalidade tcnica, que se rende sociedade alienada. Seus modos de produo assemelhamse, por exemplo, fabricao de automveis em srie, pois possvel prever algo para cada indivduo, fazendo com que todos consumam o mesmo produto. O que contemporneo passa a ser semelhante e homogeneizado. Criam-se tendncias para serem consumidas. Nas anlises de Adorno e Horkeimer sobre os fenmenos culturais, por mais que eles tenham se atentado para a unir a arte e a tecnologia, houve uma valorizao apenas para o conceito da arte, o que impediu que eles percebessem o desenvolvimento industrial e estrutural da poca. A partir desse conceito, a nova forma de se produzir cultura foi ameaada de cair em uma padronizao, com fins econmicos rentveis, controlados socialmente. Na viso de outro membro da escola de Frankfurt, Walter Benjamim, a produo artstica consiste na reproduo cada vez maior das obras de arte, aliadas s novas tcnicas de reproduo, fazendo com que as obras percam sua aura para se tornar um produto da indstria cultural. Benjamin mostra em que medida uma obra, como o cinema, s tem razo para existir no estgio da reproduo e no como nica. Cibercultura, de Pierre Lvy, foi uma importante referncia pelo autor ser um estudioso da rea. No livro, ele aborda a questo do crescimento do ciberespao, resultado de um movimento internacional de jovens que experimenta novas formas de comunicao diferentes das mdias clssicas. Lvy aconselha que ao viver a abertura de um novo espao, devem-se explorar suas potencialidades mais positivas nos planos econmico, poltico, cultural e humano, porque a cibercultura difundida por um movimento social amplo, que resulta na evoluo da sociedade, onde o pensamento crtico tem o papel de estar presente em sua orientao e nas modalidades de desenvolvimento. A crtica progressista esfora-se para trazer tona os aspectos mais positivos e originais das evolues em andamento (LVY, 1999, p. 229). Porm, muitos discursos que se apresentam como crticos se mostram limitados e conservadores. Em Dialtica da Colonizao, de Alfredo Bosi, encontramos no captulo Cultura brasileira e culturas brasileiras os conceitos sobre cultura, os elementos da formao cultural do povo brasileiro e a classificao pluralista de cultura, que pode

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ser dividida como popular, universitria e de elite. Bosi revela que a aproximao da cultura erudita com a indstria cultural, no conceito de Adorno, so formaes institucionalizadas pelo Estado e pela empresa, com a finalidade de transmitir conhecimento e entretenimento; e mostra tambm que o crescimento dessa indstria de entretenimento proporcional ao desenvolvimento econmico do pas. Cultura tudo que o homem produz ao construir sua existncia, seja na prtica, nas teorias ou em suas crenas. Pode ser definida como sistema de signos e significados criados por grupos sociais. No existe sociedade sem cultura. Ela uma ao coletiva que proporciona o sentido de identidade, dignidade e continuidade dos valores humanos, alm de tudo que formado pela nossa inteligncia.Estamos acostumados a falar em cultura brasileira, assim, no singular, como se existisse uma unidade prvia que aglutinasse todas as manifestaes culturais e espirituais do povo brasileiro. Mas claro que uma tal unidade ou uniformidade parece no existir em sociedade moderna alguma e, menos ainda em uma sociedade de classes (BOSI, 2001, p. 308).

Falar de cultura brasileira muito amplo, at porque a herana cultural que o Brasil possui imensa. Negros, ndios, brancos e mestios dividem o mesmo espao e trazem consigo costumes e crenas de suas origens, sejam ricos, pobres, burgueses ou operrios. Portanto, reconhecer a pluralidade da cultura essencial. Se cultura uma herana de valores dos grupos sociais, no Brasil, ela pode ser dividida em uma cultura popular, que resgata o folclore do povo brasileiro; em uma cultura de elite, voltada para uma minoria; e em uma cultura universitria centralizada no sistema educacional, privilegiada por uma pequena parcela da sociedade, concentrada nas classes alta e mdia. As universidades no param de habilitar seus jovens para as carreiras burocrticas, assim como as grandes empresas de comunicao de massa continuam a reproduzir seus objetos culturais. Essa relao mostra que a indstria cultural pode se aproximar da cultura universitria nesse processo de formao e reproduo em srie.A cultura de massas, que, pela sua ntima imbricao com os sistemas de produo e mercado de bens de consumo, acabou sendo chamada pelos intrpretes da Escola de Frankfurt, indstria cultural, cultura de consumo. [...] Do ponto de vista do sistema capitalista tecnoburocrtico, um arranjo possvel colocar do lado das instituies a universidade e os meios de comunicao de massa; e situar fora das instituies a cultura criadora e a cultura popular (BOSI, 2001, p. 309).

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O interesse que alguns universitrios tm pelo produto da indstria cultural gera um ciclo contnuo, pois na universidade, tornam-se capacitados a desenvolver a cultura para as massas, de modo que eles mesmos sero consumidores de suas produes. Afinal, o Brasil um pas capitalista e, nesse sistema, est inserido o contexto da indstria cultural. No h como fugir disso, mas possvel selecionar contedo de qualidade, saindo do padro enlatado, como as produes hollywoodianas e as novelas brasileiras que ditam moda e comportamentos, por exemplo. Desta forma, d se a importncia de seu papel na democratizao das novas mdias, que, na era das novas tecnologias, uma mercadoria em expanso e sem fronteiras. Para o bom desempenho do jornalista preciso ter um compromisso tico e crtico mediante suas produes, afinal:[...] o jornalismo um processo obter informao, analisar a veracidade e importncia para buscar informao complementar e divulg-la a fim de torn-la til ao leitor telespectador ouvinte (MOHERDAUI, 2000, p. 240).

As novas tecnologias e a comunicao na mdia digital exigiram alguns ajustes em certos elementos do jornalismo, que fazem parte da rotina dos reprteres. Enquanto tecnologia, a internet afetou desde a rotina de trabalho do jornalista como a apurao e a publicao da notcia, fases marcadas pela busca de instantaneidade no jornalismo on-line; a receptividade dessa notcia pelo web leitor, etapa caracterizada pela possibilidade dele interagir com o noticirio e do reprter obter um retorno do que foi publicado; at a utilizao do ciberespao, que no deriva automaticamente da presena de equipamentos materiais, mas que exige igualmente uma profunda reforma das mentalidades, dos modos de organizao e dos hbitos polticos (LVY, 1999, p. 186). Segundo Lvy (1999), o desenvolvimento do ciberespao gera o efeito de aumentar as capacidades do controle estratgico dos centros tradicionais sobre as redes tecnolgicas, econmicas e humanas, cada vez mais amplas e dispersas. As mudanas pelas quais a sociedade e os sistemas poltico e econmico podero enfrentar so inmeras, como a descentralizao dos centros urbanos; novas formas das atividades econmicas, como por exemplo, criar oportunidades com a abertura de novos campos de trabalho distantes dos grandes centros, afinal, o ciberespao no se limita a um espao fsico; e uma poltica voluntarista partindo dos poderes pblicos, de comunidades locais e dos grupos empresariais, que

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permitem com que o ciberespao e seu desenvolvimento atinjam regies menos favorecidas para explorar sua capacidade intelectual e fazendo com que a populao participe mais ativamente de decises polticas. Portanto, no presente trabalho, pretende-se explorar as possibilidades de implantao de formatos de mdias j existentes em uma nica, ou seja, o desenvolvimento de uma mdia que comporte as potencialidades caractersticas de outras em um nico ambiente, a internet. A mdia o jornalismo on-line. 2 Descrio do Projeto a) Fontes

1- Museu da Lngua Portuguesa Praa da Luz, s/n, Centro - So Paulo/SP T. (11) 3326-0775 Site: www.estacaodaluz.org.br/ E-mail: [email protected] 2 - Centro Cultural So Paulo Rua Vergueiro, 1000 - So Paulo/SP T. (11) 3383-3402 Site: www.centrocultural.sp.gov.br 3 - Pinacoteca do Estado Largo General Osrio, 66 - So Paulo/SP T. (11) 3324.1000 Site: www.pinacoteca.org.br 4 - MAM - Museu de Arte Moderna de So Paulo Parque do Ibirapuera, porto 3 - s/n - So Paulo/SP T. (11) 5085-1300 Site: www.mam.org.br 5 - MASP - Museu de Arte de So Paulo Av. Paulista, 1578 - So Paulo/SP T. (11) 3251.5644 Site: www.masp.uol.com.br 6 - Museu de Arte Contempornea da Universidade de So Paulo Rua da Reitoria, 160 - Cidade Universitria - So Paulo/SP T. (11) 3091.3039

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Site: www.mac.usp.br/mac 7- Museu Brasileiro de Escultura Av. Europa, 218 Jd. Europa - So Paulo/SP T. (11) 2594-2601 Site: www.mube.art.br E-mail: [email protected] 8 - Museu da Casa Brasileira Av. Brigadeiro Faria Lima, 2705 - So Paulo/SP T. (11) 3032-3727 Site: www.mcb.org.br [email protected] 9 - Museu da Imagem e do Som de So Paulo MIS Avenida Europa, 158, Jardim Europa - So Paulo/SP T. (11) 2117 4777 Site: www.mis-sp.org.br E-mail: [email protected] 10 - Teatro Municipal Praa Ramos de Azevedo, s/n T. (11) 3397-0300 Site: www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/teatromunicipal 11 - Oficina Cultura Oswald de Andrade Rua Trs Rios, 363 - Bom Retiro - So Paulo/SP T. (11) 3221-5558 / 3222-2662 Site: www.assaoc.org.br E-mail: [email protected] 12 - Pao das Artes Av. da Universidade, n. 1 - Cidade Universitria - So Paulo/SP T. (11) 3814 4832 Site: www.pacodasartes.org.br 13 - Centro Cultural Banco do Brasil Rua lvares Penteado, 112 - So Paulo/SP T. (11) 3113-3651 Site: www.bb.com.br 14 Sesc Servio Social do Comrcio

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Av. Paulista, 119 - Paraso - So Paulo/SP T. (11) 3179-3700 Site: www.sescsp.org.br E-mail: [email protected] 15 Sesi Servio Social da Indstria Sesi Vila Leopoldina Rua Carlos Weber, 835 - Vila Leopoldina - So Paulo/SP T. (11) 3834-5523 Site: www.sesisp.org.br E-mail: [email protected] 16 - Cinemateca de So Paulo Largo Senador Raul Cardoso, 207 - Vila Clementino - So Paulo/SP T. (11) 3512-6111 Site: www.cinemateca.org.br E-mail: [email protected] 17 - Livraria Da Vila Rua Fradique Coutinho, 915 - So Paulo/SP T. (11) 3062-1063 Site: www.livrariadavila.com.br E-mail: [email protected] 18 - Oficina da Palavra Casa Mrio de Andrade Rua Lopes Chaves, 546 - Barra Funda - So Paulo/SP T. (11) 3666-5803 Site: www.assaoc.org.br E-mail: [email protected] 19 - Livraria Saraiva Praa da S, 423 Centro - So Paulo/SP T. (11) 3104-5313 Site: www.livrariasaraiva.com.br 20 - Livraria Arjuna Rua Simo Alvares, n 15 Vila Madalena - So Paulo/SP T. (11) 38158026 Site: www.livrariaarjuna.com.br 21 - Fundao Bienal

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Parque do Ibirapuera, Porto 3 - So Paulo/SP T. (11) 5576-7600 Site: www.bienalsaopaulo.globo.com 22 - Museu do Futebol Praa Charles Miller, s/n Estdio do Pacaembu - So Paulo/SP T. (11) 3663-3848 Site: www.museudofutebol.org.br 23 - Teatro Srgio Cardoso Rua Rui Barbosa, 153 Bela Vista - So Paulo/SP T. (11) 3288-0136 Site: www.teatrosergiocardoso.org.br 24 - Teatro Tuca Rua Monte Alegre 1024 Perdizes - So Paulo/SP T. (11)3670-8468 Site: www.teatrotuca.com.br E-mail: [email protected] 25 - Secretaria Estadual de Cultura Rua Mau, 51 So Paulo T. (11) 26278000 Site: www.cultura.sp.gov.br 26 - Secretaria Municipal de Cultura Av. So Joo, 473 - 6 ao 17 - So Paulo/SP T. (11) 3397-0000 Site: www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura 27 - Associao Cultural da Dana Paulista Rua Tabocas, 55 - So Paulo/SP T. (11) 3814-5073 28 - Mercado Municipal de So Paulo Rua da Cantareira, 306 - So Paulo/SP T. (11) 3313-1326 Site: www.mercadomunicipal.com.br E-mail: [email protected] 29 - Associao Brasileira da Alta Gastronomia Rua Jorge Rizzo, 51 - Pinheiros - So Paulo/SP

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T. (11) 3032-9947 Site: www.abaga.com.br E-mail: [email protected] 30 - Museu Catavento Parque D. Pedro II So Paulo/SP Site: www.cataventocultural.org.br 31 - Parque do Ibirapuera Avenida Pedro lvares Cabral, s/n - So Paulo/SP T. (11) 5574-5505 Site: www.parquedoibirapuera.com b) Fontes Testemunhais

1 Eduardo Kobra E-mail: [email protected] T. (11)9713-2950 2 Eder Maximiano ilustrador E-mail: [email protected] T. (11)2865.0234 3 Jos Carlos Serroni cengrafo E-mail: [email protected] T. (11)3256.4619 4 Inim Simes jornalista e escritor E-mail: [email protected] T. (61)9986.5447 5 Juvenil Flora advogado e motociclista E-mail: [email protected] T. (11) 24757101 c) Tamanho / Atualizao Para esse projeto a atualizao ser quinzenal. A primeira edio corresponder ao perodo de 1 a 15 de novembro de 2009.

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d)

Formato da Apresentao

1 Caracterizao do Produto O produto final ser uma revista eletrnica cultural por meio de um site, composta pela pgina principal, editorias, servios, expediente e pgina multimdia. 1.1 Home Na home do site, ou pgina principal, constaro os destaques da semana e chamada para entrevista principal da edio; informaes da agenda cultural; o canal Virado TV; apresentando a programao da semana; editorial; colunas e crnicas; alm de notcias de ltima hora e outros servios como previso do tempo, por exemplo. 1.2 Editorias So sete editorias: Cinema, Livros/Revistas, Teatro/Dana, Passeios/Noite, Msica, Exposies e Gastronomia, subdivididas em diversos ramos. Estaro dispostas no menu da pgina inicial, identificadas por cores, e podero ter submenus. Na pgina de cada editoria estar em destaque a chamada para a matria principal, alm de notas, galeria de fotos, infogrficos, multimdia e ferramenta de interatividade, onde o web leitor poder acessar vdeos e udios. As editorias estaro dispostas da seguinte forma: Cinema: lanamentos e estreias de filmes, traillers, sinopses, crticas, vdeos, documentrios; Exposies: fotografias, pinturas, esculturas, artes plsticas e exposies em geral; Gastronomia: eventos que envolvam cultura gastronmica; Livros/Revistas: histria em quadrinhos, lanamentos de livros, crnicas, e saraus; Msica: shows, cantores, intrpretes, lanamentos de CDs e DVDs, concertos e clipes; Passeios/Noite: sugestes de lugares como parques, feiras e eventos, festas, esportes, museus, planetrios, bares, casas noturnas e circuitos alternativos que oferecem apresentaes culturais;

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Teatro/Dana: apresentaes, espetculos festivais, oficinas, escolas e cursos. 1.3 Onde Fica A seo Onde Fica informar a localizao de teatros, salas de espetculos, museus, parques, pinacotecas, galerias, bibliotecas, centros culturais e casas de cultura, alm dos servios/infraestrutura que cada espao oferece ao pblico e informaes relacionadas s matrias publicadas na edio. 1.4 Expediente Na pgina de expediente, poder ser encontrada a linha editorial, bem como apresentao do site, informaes, contatos da equipe, espao dedicado aos leitores para dvidas, indicaes de erros, envio de sugestes de pautas e eventos para possvel publicao. e) Projeto Editorial

1 Regras A construo de cada edio da revista seguir as regras do projeto editorial descrito abaixo. 1.1 Objetivos Apresentar a produo cultural da quinzena por intermdio de uma revista dinmica e agradvel. 1.2 Metas Despertar o interesse pelo conhecimento tecnolgico com ferramentas de interatividade. Estimular a participao dos jovens por meio da arte. Estimular a viso crtica e a criatividade do pblico alvo. Facilitar o acesso cultura. Promover a cultura de forma criativa. Promover o artista e sua produo cultural. 1.3 Pblico-alvo Jovens, universitrios, artistas, produtores culturais, comunicadores,

docentes, assessorias de imprensa e interessados em cultura.

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1.4 Caracterstica da Publicao Formato: site. Mdia: revista eletrnica publicada em www.viradoapaulista.com. Peridiocidade: quinzenal. Estrutura: homepage, editorias, pgina multimdia, seo Onde Fica e Expediente. Nmero de editorias: Sete. Esto dividas em: Cinema, Exposies, Gastronomia, Livros/Revistas, Msica, Passeios/Noite e Teatro/Dana. Tecnologia: plataforma .net (ASP.NET 3.5/C#), flash 10, contedo HTML + CSS e banco de dados SQL Server 2005. 1.5 Ncleo de Redao A equipe responsvel pela produo de contedo do Virado Paulista composta por cinco integrantes: Aldrey Mre: editora, diretora de arte e fotogrfica, administrao. Amanda Gelumbauskas: editora, redatora, apresentadora e fotgrafa. Bruna Toledo: assessora de imprensa, reprter e pauteira. Fernando Machado: produtor e reprter. 1.6 Linha Editorial Nosso objetivo produzir jornalismo cultural crtico, moderno e pluralista, cujas modalidades de comunicao se traduzem em uma mesma linguagem tecnolgica. Oferecemos ferramentas de interatividade para o pblico/leitor como meio de criar possibilidades que incentivem e gerem cultura. 1.7 Frmula Editorial Uma vez aprovada a pauta em nossas reunies semanais, ela ser adequada ao formato previsto nesse projeto: texto, vdeo ou podcast. Assim, o contedo poder ser na forma de perfis, reportagens, entrevistas, artigos, crnicas, notcias, charges, quadrinhos e notas. Tudo depender do carter da pauta sugerida e de sua melhor adequao. Cabe ressaltar que nem todos os formatos e ferramentas de interatividade sero contemplados em uma mesma editoria ou matria. Todas edies traro em suas editorias uma grande reportagem e notas com sugestes culturais diversas. importante que cada edio traga a mxima variedade possvel, tanto de assuntos quanto de formataes, alm de

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complementos, como infogrficos, ensaios fotogrficos e anncios publicitrios que sero intercalados entre as matrias. O contedo do Virado Paulista seguir as seguintes especificaes: Reportagem: matria sobre um assunto, fato, evento, pesquisa ou tendncias, com diversidade de fontes e pontos de vista. Perfil: matria na qual o foco est em um personagem (pessoa, objeto, animal, empresa, instituio, entidade). Entrevista: matria editada no formato pingue-pongue. Fotolegenda: matria que equilibra texto e imagens (retratos, paisagens, cenas), cada foto acompanhada de um texto curto (depoimento, nota ou servio). Notas: conjunto de textos curtos, contendo informao e/ou servio agrupados de acordo com a editoria correspondente. Sees variadas: espaos reservados para artigos de colaboradores, crnicas, charges, quadrinhos, Publicidade: anncios de patrocinadores, empresas ou produtos. Espetculos, publicados no espao da editoria correspondente. Seo Onde Fica: guia de endereos de empresas citadas nas matrias e das principais instituies, museus e centros culturais da capital paulista. Interatividade: construo de enquetes, fruns de discusso, infogrficos, testes relacionados s matrias, entre outros. Quanto organizao interna, a fim de proporcionar um fluxo agradvel ao leitor, vamos procurar o equilbrio entre os diversos tipos de formatos nas edies: Grandes reportagens: contedo com at 3.500 toques, que podem ser divididos em mais de uma pgina. Reportagens: com at 2.500 toques. Notas: contedo com at 850 toques. Sees variadas: contedos de at 2.550 toques. Vdeos: produo mxima de at sete minutos. Procuraremos trabalhar com uma mdia de quatro minutos. Podcasts: produo de at quatro minutos. Infogrficos: podem ser estticos ou animados, sem limites de imagens ou textos. Galeria de fotos: sem limites de fotos.

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1.8 Expediente A pgina de expediente ser dividida nas sees: Quem somos, com um pequeno histrico, linha editorial, objetivo e metas do Virado Paulista; Expediente, com o cargo, perfil e e-mail de cada jornalista que compe a equipe da redao, alm dos colaboradores e parceiros; Contato, na qual ser disponibilizado um formulrio para contato; Erramos, para notificao de possveis erros de informao; Mapa do site (ver apndice 1), que indica a estruturao e organizao do Virado Paulista. 1.9 Procedimentos 1.9.1 Tema e Pauta O leitor pode encaminhar sugestes de temas ao Virado Paulista. Elas sero avaliadas pelos editores e podem ser acatadas ou no. Todas as reunies de pauta acontecero semanalmente, s quartas-feiras, das 19h30 s 21h. necessrio respeitar rigorosamente os prazos estabelecidos durante as reunies de pauta, porque representa um compromisso com toda a cadeia de produo da revista. Reportagens e outras tarefas que no cumprirem o cronograma de fechamento das trs datas limites estipuladas pelos editores sero descartadas. A cada reunio de pauta das edies do Virado Paulista, o pauteiro elabora uma planilha contendo as sugestes de pautas abordadas, o jornalistaresponsvel, os formatos e gneros a serem trabalhados, os mecanismos de interatividade, as datas limites e os contatos de fontes. Cada jornalista receber do pauteiro um documento com o deadline, enfoque/gancho da matria e contatos para a pauta que lhe couber. Demais enfoques podero ser inclusos na matria, mas depender da apurao do prprio reprter.

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1.9.2 Redao Os textos devero ser elaborados seguindo as normas do Manual de Redao da Folha de S. Paulo. 1.9.3 Edio A pauta finalizada dever ser entregue editora de arte no formato do template (ver apndice 6) adotado pelo Virado Paulista, na qual constam as informaes necessrias para edio da matria. Eventualmente, os editores podero alterar ou acrescentar informaes nas matrias, com o conhecimento do autor. 1.10 Manual da Redao o sistema de padronizao da redao do Virado Paulista. Para eventuais dvidas que no estejam contempladas neste projeto editorial, devem ser seguidas as instrues do Manual da Redao da Folha de S. Paulo. Nome do veculo: quando citado o nome Virado Paulista, este deve ser escrito em negrito e itlico, sem excees. Referncia ao entrevistado: utilizar o cargo e o nome completo da fonte entrevistada, sem mencionar a idade. A partir da segunda referncia mesma fonte, pode ser usado apenas o seu sobrenome ou o nome pelo qual mais conhecido. O lead de todas as matrias deve ser grafado em negrito. Aspas: ao abrir uma frase, so seguidas de vrgula e identificao de quem fala. Quando usadas ao se formar uma frase completa, o ponto deve ser colocado antes de fech-las. Ao formar uma citao dentro do perodo, so seguidas de ponto, ou se comearem depois de dois pontos. Bairros/Regies: quando houver diferenas quanto grafia, adotar a empregada pela Prefeitura de So Paulo. Todo local deve ser situado em uma regio da cidade. Datas: devem ser usadas sempre em numerais para dia e ano, sem ponto para separao do milhar, com o ms por extenso. Dinheiro: de um a dez, escrever por extenso. A partir de 11, deve ser escrito em numeral. Ao se tratar de servios, os preos podem vir com sinais e cifres.

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Entrevistas: ao editar uma entrevista em formato pingue e pongue, a pergunta deve ser grafada em itlico, precedida do nome Virado Paulista e hfen. J a primeira resposta deve ser precedida do nome completo do entrevistado, grafada em negrito e hfen. As demais respostas so grafadas com a abreviatura. Horrio e textos de servio, usar a forma universal (18h/22h30); ao narrar cenas, podem vir por extenso. Itlico: deve ser usado em ttulos de obras e nomes de publicaes. Palavras estrangeiras: devem ser grafadas em itlico, com exceo de jarges e termos tcnicos absorvidos pela lngua portuguesa. Siglas: quando formadas por at trs letras, so grafadas em caixa alta. Com quatro ou mais letras, so escritas em caixa alta e baixa. A primeira citao da sigla no texto deve vir depois do nome completo da entidade e entre parnteses. A partir da segunda citao no mesmo texto, pode vir s como sigla. f) Projeto Grfico

1 Referncia Esttica Tomaremos como referncia na construo grfica do site a arte abstrata de Piet Mondrian. 1.1 Abstracionismo A arte abstrata nasceu no sculo XX, suas caractersticas esto nas formas que no contm a imagem do mundo exterior e, nela, o artista exprime suas emoes. Kandinsky foi o primeiro pintor em que a abstrao notada em profundidade, porm, foi Mondrian a revelao da pintura abstracionista. Na arte abstrata, busca-se uma estruturao esttica da vida. No mais a arte que deve ser colocada a servio da sociedade, mas a sociedade que deve ser modelada de acordo com as produes artsticas. O abstracionismo deve ser compreendido como um fenmeno e no como uma tendncia. Ele recusa o objeto em si como um retrato e deixa de estar a servio da religio e do estado, para no ilustrar a histria dos costumes. A obra de Mondrian caracteriza-se pela singularidade das formas, que implica em uma reao imediata do espectador. Ao serem analisados, seus quadros tendem

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a criar um desconforto ou criam um fascnio, no havendo uma reao intermediria, e representam a mais pura expresso da plstica, ou seja, a quinta essncia revelada. Em sua concepo, Mondrian usa simetrias de expresso esttica peculiar, criando uma personalidade parte na pintura contempornea, como uma espcie de alma, uma ordem superior, pois a transmutao de valores era um desejo do artista.A arte abstrata tenta se inserir na vida prtica, promover uma aclimatao esttica total, e abolir qualquer distino em relao de valor negativo entre o objeto de uso corrente e o objeto de arte. dessa forma que conferido ao fator esttico um papel unificador, com o objetivo de permitir o advento de um ambiente harmonioso, isento de conflitos, no qual o indivduo no se sente oprimido e pode colocar sua liberdade a servio do prximo. Essa mesma simbiose entre a arte e a vida se manifesta de maneira evidente no comportamento daqueles que pretendem promov-la. (PIZZO, 1997, p.4)

Baseado no estilo de Mondrian, nosso produto dever apresentar uma esttica simples, harmoniosa e ao mesmo tempo contempornea, com linhas simplificadas, limpas e inspiradas em geometrismos, focadas na funcionalidade e na harmonia dos planos, caractersticas explcitas do artista. A distribuio e disposio do contedo tambm ter forma geomtrica, na qual adotaremos como modelo e inspirao a srie de quadros Composies (ver anexos 2 e 4) do pintor holands Piet Mondrian. Mondrian tornou-se referncia de criao ao utilizar as cores primrias (azul, amarelo e vermelho), neutralizadas pelo branco e preto na construo de desenhos geomtricos. Pretendemos utilizar dessas cores na identidade visual do produto final, mas em tonalidades diludas, suaves. J as editorias sero tratadas por cores secundrias, para facilitar a visualizao do internauta. 1.2 Relao entre Tcnica e Arte Ao observarmos os portais jornalsticos, notamos que a diagramao das pginas est disposta em blocos simtricos. Na construo desses portais, os programas utilizados s permitem que se trabalhe com tabelas, e em formas quadradas. Isso estabelece simetria dentro do espao da pgina, o que nos remete obra abstrata do pintor Piet Mondrian por suas formas geomtricas, que com simplicidade, revela alm de tcnica, modernidade. 1.3 Sites de Referncia Para a apresentao grfica do nosso produto visitamos os seguintes sites:

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Guia da Folha Online: www.guia.folha.com.br; Guia do O Estado de S. Paulo: www.guiadasemana.com.br; Viva Msica: www.vivamusica.com.br; Projeto Musical: www.projetomusical.com.br; Le Monde: www.lemonde.fr (ver anexo 1); BBC: www.bbc.co.uk/portuguese (ver anexo 3); New York Times: www.nytimes.com;; Portal M de Mulher: www.mdemulher.com.br. g) Escolha do Nome A escolha do nome Virado Paulista para nossa revista eletrnica cultural de So Paulo se deu inicialmente pela busca de um nome simples, fcil de memorizar e tradicional no cotidiano paulistano. A palavra virado cria um trocadilho intencional, no sentido de satirizar a falta de estabilidade econmica da juventude em busca de cultura, vida social, entre outras conquistas. Remete idia de que o jovem se vira para ter algo ou ir a algum lugar, e uma forma de fazer com que a cultura popular dialogue com a erudita. h) Identidade Visual Construmos a logomarca (ver apndice 2) do projeto utilizando as cores da bandeira da cidade de So Paulo: preto, branco e vermelho. Procuramos desenvolver uma identidade jovem e atrativa, com caractersticas que remetem capital paulista, como o edifcio Banespa e os prdios que caracterizam a metrpole. A letra R virada ao contrrio identifica a marca com humor, criando uma caracterstica marcante e prpria do logo. i) Pr-pautas

1 J.C. Serroni e a Cenografia no Brasil 1.1 Assunto A concepo da cenografia sob o olhar de J.C. Serroni e seu laboratrio de cenografia em So Paulo.

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1.2 Enfoque A viso do artista JC Serroni sobre a cenografia no Brasil e os dez anos do Espao Cenogrfico, laboratrio permanente de estudos cenogrficos na capital paulista. Abordar tambm os servios que o espao oferece, como cursos de cenografia, biblioteca e pequena exposio permanente em maquetes cenogrficas. 1.3 Histrico O Espao Cenogrfico um laboratrio permanente de estudos de cenografia, outras linguagens e atividades relacionadas s artes. um dos nicos centros de estudos e pesquisa de cenografia no Brasil. Foi criado e coordenado pelo arquiteto e cengrafo J. C. Serroni, importante nome da cenografia brasileira. Serroni premiado e conhecido internacionalmente por suas criaes cenogrficas em diversos espetculos brasileiros e referncia internacional em cenografia. O Brasil faz parte da elite internacional de cenografia, recebeu o prmio mximo na Quatrienal de cenografia em Praga, na Repblica Tcheca, em 1995. No possui curso superior e escolas tcnicas que formem um profissional em cenografia e quase no tem publicaes para fontes de pesquisa nesta rea. Foi pensando nesse contexto que J. C. Serroni criou o Espao Cenogrfico que, atualmente, conta com sede, atelier, mostra permanente, cursos, encontros, palestras, biblioteca temtica e informativo bimestral cenogrfico. 1.4 Fontes Assessoria de Imprensa: ARTEPLURAL Comunicao Assessora de Imprensa: Fernanda Teixeira E-mail: [email protected] Site: www.artepluralweb.com.br T. (11) 3885-3671 / 9948-5355 Espao Cenogrfico Contato: Andr Serroni E-mail: [email protected] Site: www.espacocenografico.com.br T. (11) 3256-4619/3257-1115

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1.5 Entrevistas Entrevista em vdeo com J. C. Serroni, cengrafo brasileiro e fundador do Espao Cenogrfico. O vdeo ter durao media de sete minutos, abordando as seguintes questes: Como voc iniciou sua carreira em cenografia? De onde surgiu a ideia de fundar o Espao Cenogrfico? Em 2008 o Espao Cenogrfico completou 10 anos. O que foi desenvolvido nesse perodo? Alm do curso de cenografia e mostra permanente, quais outras atividades so oferecidas ao pblico? 2 Feira da Kantuta 2.1 Assunto Feira considerada um pedao da Bolvia em So Paulo, localizada no bairro do Pari, que rene mais de 4.000 bolivianos. 2.2 Enfoque Aps visita da equipe de reprteres do Virado Paulista Feira da Kantuta, que j virou referncia na capital paulista, mostrar e detalhar o que pode ser encontrado em servios, cultura e comida, entre outras curiosidades. 2.3 Histrico A Feira da Kantuta acontece na Praa da Kantuta, no Par. Recebe esse nome por causa da flor que cresce no altiplano andino com as mesmas cores da bandeira da Bolvia: verde, amarelo e vermelho. Possui 90 barracas, administrada pela Associao Gastronmica Cultural e Folclrica Boliviana Padre Bento e recebe, todos os domingos, quatro mil bolivianos. Em gastronomia apresenta variedades como a Saltea, comida tpica chilena, e a Inka Kola, um refrigerante de papaia com limo. Possui servio de cabeleireiro em barracas, logo no incio da feira e jogo de futebol na quadra localizada ao centro da praa. 2.4 Fontes Associao Gastronmica Cultural e Folclrica Boliviana Padre Bento Nome: Carlos Henrique Amaral Soto

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E-mail: [email protected] T. (11) 4220-1281 Departamento de Comunicao Social - Fundao Memorial da Amrica Latina Gerente de comunicao: Sircarlos Parra Cruz E-mail: [email protected] Site: www.memorial.sp.gov.br T. (11) 3823-4644 Visitantes Comerciantes 2.5 Entrevistas A entrevista com a Associao Gastronmica Cultural e Folclrica Boliviana Padre Bento ser para coletar dados sobre a feira, como nmero de visitantes, de barracas, entre outras informaes. Com a Fundao Memorial da Amrica Latina, checar a quantidade de bolivianos legalizados em So Paulo. J a entrevista com comerciantes e visitantes acontecero durante a visita dos reprteres do Virado Paulista na feira, em que sero abordadas questes como: H quanto tempo trabalha/frequenta a Feira da Kantuta? H quanto tempo vive no Brasil? Por que a feira recebe este nome? O que ela representa para voc e para bolivianos que vivem na capital paulista? Quais so os pratos tpicos encontrados na feira? Do que so feitos?

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3 CronogramaMS/ANO ATIVIDADES Fev Mar Abr Mai Jun Levantamento bibliogrfico e pesquisa Diviso das editorias do produto Desenvolvimento do projeto grfico Entrega da ltima verso do projeto Banca de qualificao Construo do site Diviso de pautas Entrevistas e gravaes Produes de contedo Reviso dos textos e reviso final Realizao de testes no produto Edio do produto Memorial Reviso e entrega do projeto escrito Apresentao X XTabela 1

Jul Ago Set Out Nov Dez

X

X

X X

X

X X

X

X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X

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4 Recursos a) Fases 1Levantamento embasamento terico; 2 Produo e redao do pressuposto terico e do histrico do projeto; 3 Desenvolvimento do projeto grfico; 4 Registro de domnio e contratao do servio de hospedagem do site. 5 Construo do site: desenvolvido por um programador e um web designer terceirizados; 6 Levantamento de pautas: desenvolvido pelo grupo, com consultas na internet, revistas e jornais; 7 Realizao de entrevistas: desenvolvido pelo grupo por meio de gravao de udio, vdeo, fotografia e textos; 8 Infogrficos e animaes: desenvolvido por um designer para construo dos infogrficos e as animaes terceirizado; 9 Composio da vinheta musical: desenvolvido por um msico compositor contratado. 10 Cameraman: profissional contratado; Redao e edio de textos: desenvolvido pelo grupo; 12 Revisor do projeto: profissional contratado; 13 Impresso do projeto escrito: impresso e encadernao feitos em grfica rpida; 14 Elaborao de slides e apresentao do projeto e do produto final. 15 Equipamentos: Variam de acordo com o processo e mecanismo do trabalho adotado. A princpio, o projeto bsico conta com: um notebook, um computador operando como ilha de edio de udio/vdeo no-linear, mquina digital fotogrfica, cmera mini-DV, microfone de mo e lapela, impressora, scanner, gravadores de udio e materiais de escritrio de uso geral. 16 Pessoal: A equipe ser responsvel pela produo do contedo da revista eletrnica cultural. As tarefas sero divididas para as cinco pessoas da equipe a fim de estruturar e constituir o produto, exceto nos servios da construo do site, cameraman, designer dos infogrficos e animaes e reviso do projeto. bibliogrfico, aquisio de livros e pesquisas para

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b)

Clculo do custoPLANILHA DE CUSTOS - TCC Portal

Portal/Site Domnio Provedor (julho a dezembro) Sub-Total

R$ 4.000,00 R$ 30,00 R$ 59,80 R$ 4.089,80

Materiais/Outras DespesasLivros Transporte/Alimentao/Estacionamento Encadernaes Xerox Mdias/Materiais Sub-Total R$ 149,80 R$ 300,00 R$ 300,00 R$ 100,00 R$ 250,00 R$ 1.099,80

ServiosCameraman Designer Infogrficos/Animao Criao Vinheta Musical Revisor de texto Sub-Total TOTAL: R$ 150,00 R$ 150,00 R$ 0,00 R$ 300,00 R$ 600,00 R$ 5.789,60Tabela 2

5 Finalidades a) Aprendizagem pessoal Aldrey Mre Meu grande aprendizado foi trabalhar em equipe. Quando compreendi essa dinmica e senti a integrao da equipe, pude perceber que os resultados eram melhores. Jornalismo um trabalho em equipe. Neste projeto pude colocar em prtica o que desenvolvi nas diversas modalidades que estudamos durante o curso, mas foi saindo a campo, levantando as pautas que realmente pude sentir como fazer jornalismo. Observei que fazer o entrevistado se sentir a vontade uma questo sutil e primordial, vi a importncia de ter bons relacionamentos e uma vasta agenda de contatos.

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O jornalista, alm de ser imparcial na maioria das vezes, deve ser desprovido de preconceitos, pois o desenvolvimento da reportagem pode nos levar a fontes de infinitas classes. Hoje entrevisto uma celebridade e amanh, um cidado humilde poder se tornar meu furo de reportagem. Ter muita ateno e ser um bom observador incrementa a pauta. Planejar antes de sair a campo evita desperdcios, assim como, estudar o entrevistado. Cada dia uma experincia, e cada experincia uma referncia de aprendizado. tica e responsabilidade fidelizam o leitor, alm de cativarem o entrevistado e contriburem para que o jornalista construa sua carreira com respeito e passe a ser um grande profissional. Este projeto, em especial, diferente e inovador. Tudo que sai do comum me atrai. Vejo nos desafios uma maneira de instigar o webleitor a descobrir o novo e no estagnar. Acredito que o movimento gera evoluo. Buscamos nas teorias a base de nossa construo, interrelacionamos com conceitos recentes e nos surpreendemos com descobertas de que todos os conceitos, as novas tecnologias, j eram previstos por alguns pensadores e desbravados pela ousadia de poucos homens atuais. Tudo pode ser possvel, est ao nosso alcance, desde que se queira alcanar e Fazer acontecer. De meus mestres recebi o start para desenvolver. Acredito que a mente humana deve buscar um aprimoramento constante, seja na tecnologia, na cincia e no deve ser diferente com os meios de comunicao, porque sempre haver um novo formato, uma nova mdia e isso o meu combustvel, que me mantm viva e na ativa. Superar limites e ousar, talvez sejam esses os meus maiores desafios, mas tambm meu maior prazer, porque me faz evoluir. Assim ser construdo o meu futuro. Amanda Gelumbauskas Como estudante de jornalismo, a realizao desse trabalho, em especial por ser o ltimo neste curso, foi importante para ampliar meu conhecimento na rea jornalstica, em especial, webjornalismo. Desenvolver pautas que valorizassem a nossa ideia, ir a campo, buscar fontes, realizar entrevistas aplicando tcnicas de reportagem, para tirar dos entrevistados o melhor contedo possvel, as melhores histrias, editar, fotografar, desenvolver infogrficos, cumprir prazos, pela falta de experincia com deadlines curtos, foi um crescimento profissional imenso. Desenvolver um projeto pioneiro na Universidade Cruzeiro do Sul envolvendo internet, teoria da comunicao e o jornalismo on-line para resultar no produto final,

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nossa revista eletrnica cultural, ao mesmo tempo foi empolgante e desafiador. No encontrar referncias que unissem esses temas e conseguir aproxim-los foi um desafio. So temas distintos: a web um assunto moderno e, a cultura e a teoria da comunicao, temas discutidos desde os tempos dos pensadores da antiguidade. Por mais difcil e complexo que pareceu no comeo, muitas leituras e momentos filosficos entre o grupo tornaram o caminho mais claro, nos indicando sadas para um melhor andamento do trabalho. Ver brotar as ideias, acompanhar o desenvolvimento do projeto e ver sair do papel o que tanto foi planejado foi uma satisfao. Mais ainda por ter a oportunidade de trabalhar com a convergncia de mdias que a internet nos oferece e por ter aplicado as disciplinas chaves que cursei desde o primeiro ano, como Lngua Portuguesa, Psicologia, Sociologia e Filosofia, bem como as especficas da habilitao: Radiojornalismo, Telejornalismo, Fotojornalismo, Produo Grfica, Teoria da Comunicao, Legislao e tica no Jornalismo, Edio, Tcnicas de Reportagem, entre outras. Desse trabalho tambm ficam outros grandes aprendizados: a persistncia, que me fez acreditar que quando se quer, tudo se d um jeito, basta alguns ajustes e recorrer s alternativas quando necessrio; e a convivncia e trabalho em grupo, essenciais para nossa profisso. Compartilhar ideias, dias bons, ruins, produtivos ou no, sacrifcios, que englobam dinheiro, tempo, sono e TPM, conversas fantsticas com os mestres e muitas risadas foi uma experincia nica, alm, claro, de levar um pouco de cada pessoa que contribuiu para que mais essa fase se conclusse para mim, alm da amizade e carinho dos integrantes do grupo. Bruna Toledo Algumas noites sem dormir, ausncia com amigos, namorados e familiares, briga contra o tempo: esse foi o rumo da vida desses cinco idealizadores do Virado Paulista, nos ltimos dez meses. Uma infinidade de renncias que, ao mesmo tempo, mesclavam-se com certas doses de inquietao, motivao e esperana. No incio, confesso que ficamos um pouco receosos, afinal no tnhamos referncias de nenhuma outra proposta semelhante ao nosso projeto na universidade. Por isso, foram inmeras pesquisas, consultas, dvidas e perguntas. Todos os feitos e descobertas foram muito instigantes, em que tivemos a oportunidade de compartilhar e discutir, um a um, entre os componentes do grupo. Percebemos, por exemplo, que disciplinas que pareciam isoladas e independentes

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conseguem atingir pices de interao. Buscamos e analisamos a proximidade entre os mais diversos conceitos aprendidos, como: cultura, cultura universitria, indstria cultural, semitica, arte abstrata e webjornalismo. Tratamos de complexidades aparentemente diferentes para tentar direcion-las ao foco de nosso tema. Desenvolvemos tambm as mais variadas prticas do jornalismo ao postar vdeos, usar recursos de udio, construir matrias numa linguagem ciberntica, sempre visando a informao de qualidade atrelada observncia de valores ticos. Como aprendizagem pessoal, atentei-me em reconhecer o verdadeiro papel de um jornalista e sua devida importncia na sociedade. Compreendi que, enquanto comunicadores sociais, somos responsveis pela transmisso e viabilizao de signos, que segundo estudos da semitica, so utilizados para retratar uma realidade fsica e ou psicolgica assim como facilitadores do entendimento de seus possveis significados. Ser jornalista, entretanto, requer habilidades: necessitamos criar e ousar em abordagens para interagir com os mais diversos pblicos, transcender paradigmas, abrir caminhos at mesmo sem pedir permisso, enfrentar papas, polticos, juzes, instituies e at mesmo outros jornalistas, navegar por mares nunca dante navegados. No basta forma-se jornalista, basta apenas ser. Fernando Machado O meu aprendizado mediante este TCC teve como importncia fundamental a vivncia dentro de um ambiente de trabalho do qual vivemos a rotina de um trabalho diferenciado de reportagem e divulgao de informaes importantes nosso pblico alvo. A rotina trata de mostrar todo dia-a-dia de um trabalho em equipe com minhas companheiras de grupo, nos reunindo e produzindo todo material para ser postado em nosso site, que tem como objetivo principal a divulgao de informaes sobre cultura de qualidade e preo acessvel. Com isso, adquirimos habilidades para estarmos preparados para o mercado de trabalho. Assim, teremos mais chances de vitria e qualidade de servios prestados num futuro prximo. b) Uso Social e Cientfico O objetivo social do nosso produto possibilitar ao jovem internauta o acesso a informao de qualidade, com carter criativo e cultural.

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c)

Possibilidade de Publicao ou Veiculao A veiculao e manuteno do nosso produto so viveis, desde que haja a

publicao de anncios publicitrios para a gerao de recursos, constituindo uma empresa privada, patrocnio por meio de leis de incentivo cultura ou parceria com outro veculo de comunicao. 6 Referncias AZEVEDO, Carlos Jos de. Escrevendo pela nova ortografia Instituto Antnio Houaiss. 2 ed. Rio de Janeiro: Publifolha, 2008. BARBOSA, Osmar. Grande dicionrio de sinnimos e antnimos. 19 ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004. BASTOS, Filho Teixeira Heliodoro et. al. Psicodinmica das cores em comunicao. 5 ed. So Paulo: Edgard Blucher, 2006. BOSI, Alfredo. Dialtica da colonizao. 4 ed. So Paulo: Cia das Letras, 2001. FERRARI, Pollyana. Hipertexto, hipermdia: as novas ferramentas da comunicao digital. So Paulo: Contexto, 2007. JORGE, Araujo Thais, Manual do foca. So Paulo, Contexto,2008. LVY, Pierre. Cibercultura.Traduo de Carlos Irineu da Costa. Rio de Janeiro, Editora 34,1999. LIMA, Costa Luiz (org.). Teoria da cultura de massa Introduo, comentrios e seleo de Luiz Costa Lima. 5 ed. So Paulo: Paz da Terra, 2000. Manual de Redao da Folha de S. Paulo. 12 ed. So Paulo: Publifolha, 2007. MATTELART, Michle, Armand. Histria das teorias da comunicao. 6 ed. Traduo de Luiz Paulo Rouanet. So Paulo: Edies Loyola, 2003. MARTINS, Menezes Francisco;SILVA, da Machado Francisco (org). A genealogia do virtual Comunicao, cultura e tecnologias do imaginrio. 2 ed. Porto Alegre: Sulina, 2008. MOHERDAUI, Luciana. Guia de estilo web produo e edio de notcias online. 3 ed. So Paulo: Senac, 2000. OYAMA, Tais. A arte de entrevistar bem. So Paulo: Contexto, 2008. PIZZO, Esnder. Mondrian e a pintura abstrata. Traduo de Sheila Mazzolenis. So Paulo: Globo, 1983.

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POLISTCHUK, Ilana; TRINTA, Aluzio Ramos. Teorias da Comunicao. Rio de Janeiro: Campos, 2003. ROSENSTIEL, Tom; KOVACH, Bil. Os elementos do jornalismo O que os jornalistas devem saber e o pblico exigir. 2 ed. So Paulo: Gerao editorial, 2004. Jornais Brasileiro passa trs vezes mais tempo na web de que vendo TV. Gazeta Mercantil. So Paulo, 30/03/09. Caderno Empresas e Negcios/Comunicao, p. C-8. DORIA, Pedro. O futuro do jornal de papel. O Estado de S. Paulo. So Paulo, 02/02/09. Caderno Link, p. L-17. Indstria de jornais no vai desaparecer. O Estado de S. Paulo. So Paulo, 13/02/09. Caderno de Economia e Negcios, p. B-16. LIMA, de Marina; SPNOLA, Paula. O poder da Internet. Gazeta Mercantil. So Paulo, 17/03/09. Caderno de Plano Pessoal, p. D -6. MADUREIRA, Daniele. Noticirio da TV empata em interesse com site de busca. Valor Econmico. So Paulo, 17/03/09. Caderno de Empresas/Tendncias e Consumo, p. B-4. Revistas MARTINS, Ivan; LEAL, Renata. Sob o olhar do twitter, Revista poca, So Paulo, n 565, p. 96 102, periodicidade semanal. Mdia de massa. Meio & Mensagem. So Paulo, 23/06/08. Caderno Especial Internet. PINTO, Lemos Solon. A governana participativa e a web 2.0. Valor Econmico. So Paulo, 11/02/09. Caderno Opinio, p. A-3. Sites Disponvel em: www.guia.folha.com.br Acesso em: 19/04/09 Disponvel em: www.guiadasemana.com.br Acesso em: 19/04/09 Disponvel em: www.vivamusica.com.br Acesso em: 19/04/09 Disponvel em: www.projetomusical.com.br

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Acesso em: 19/04/09 Disponvel em: www.bbc.co.uk/portuguese Acesso em: 19/04/09 Disponvel em: www.circulacao.org.br Acesso em: 16/05/09 Disponvel em: www.tecnologiaterra.com.br Acesso em: 03/10/09 7- Glossrio Blog. Dirio on-line para publicao de textos, fotos, udios e vdeos. Browser. Tambm chamado de navegador, o programa que permite ao usurio ver as pginas da internet. Deadline. Limite estabelecido para a concluso de uma atividade dentro de um cronograma. E-book. A palavra e-book uma abreviao de "eletronic book" ou "livro eletrnico". E-books so livros, com a nica diferena de estarem no formato digital e no em papel como no livro tradicional. Facebook. Rede social que rene pessoas a seus amigos e queles com quem trabalham, estudam e convivem. Flickr. Site de hospedagem e partilha de imagens fotogrficas filiado ao site Yahoo. Fotolog. Blog de fotos dedicado publicao de imagens. Hardware. Conjunto de unidades fsicas, componentes, circuitos integrados, discos e mecanismos que compem um computador ou seus perifricos. Home (Homepage). Primeira pgina que aparece em um site ou pgina inicial de um browser. Insight. um termo muito usado na Psicologia, quer dizer uma idia, uma "sacada", uma descoberta. Job. Contratar um trabalho, servio especfico. Massmedia. So sistemas organizados de produo, difuso e recepo de informao. On-line. Quer dizer "estar em linha" ou estar ligado rede ou a outro computador. Orkut. Rede social filiada ao Google. Podcast. Tambm chamados de podcastings, so arquivos de udio transmitidos via internet.

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Site. So conjuntos de pginas de internet vinculadas a determinado endereo. Slide. Dispositivo em preto e branco, ou a cores, para projeo de quadros inanimados em cinemas, televiso, salas de conferncias, de aulas, ou ao ar livre. Software. Qualquer programa ou grupo de programas que instrui o hardware sobre a maneira como ele deve executar uma tarefa, inclusive sistemas operacionais, processadores de texto e programas de aplicao. Template. Modelo de documento contendo a apresentao visual e instrues sobre onde e qual tipo de contedo deve entrar na matria correspondente. Twitter. Rede social e servidor para microblog que permite aos usurios enviar e ler atualizaes pessoais de outros contatos em textos de at 140 caracteres. Twitt. Mensagem de at 140 toques do Twitter. Web (World Wide Web - WWW). Significa, em ingls, teia de abrangncia mundial. Web designer. o profissional responsvel pela elaborao do projeto esttico e funcional de sites.

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APNDICE 1 MAPA DO SITE

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APNDICE 2 LOGOMARCA

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APNDICE 3 MARCA DGUA

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APNDICE 4 PAPEL TIMBRADO

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APNDICE 5 CARTES DE VISITA

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APNDICE 6 TEMPLATE

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Template Jornalista: 1 Formato Artigo [ ] Autor: Crnica [ ] Autor Matria: Nota [ ] Perfil [ ] Reportagem [ ] 2 Editoria: 3 Chamada / ttulo da matria: 4 Formato chamada: Com udio [...] Com foto [...] Com vdeo [...] 5 Linha fina para home: 6 Lead em negrito: 7 Corpo da matria: 8 Box: 9 Servio: Onde (endereo, bairro e telefone): Quando: data/dias da semana / horrio Quanto : Forma de pagamento: preo/ Cc /couvert Informaes complementares (quando houver e seguir a ordem alfabtica): acessibilidade/censura/estacionamento/estacionamento/site 10 Foto: 11 Vdeo Sim [ ] No [...] Quantidade: Legenda das fotos, de acordo com nome do arquivo: Edio: N

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A editar [...] Divulgao [ ]

12 Podcast: Sim [ ] No [...] Sim [ ] No [...] Esttico [ ] Animado[...] Legenda do infogrfico: Frum [ ] Enquete [...] Teste [ ] Contedo do mecanismo de interatividade:

13 Msica

14 Infogrfico:

15 Interatividade:

16 Mais informaes: Link:

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ANEXO 1 IMAGEM DA PGINA WWW.LEMONDE.FR

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ANEXO 2 OBRA DE PIET MONDRIAN SRIE COMPOSIES

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ANEXO 3 IMAGEM DA PGINA WWW.BBC.COM.UK/PORTUGUESE

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ANEXO 4 OBRA DE PIET MONDRIAN SRIE COMPOSIES

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