Visualização Científica UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Elétrica...

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Elétrica “Visualização Científica” “Visualização Científica” Marcelo Andrade da Costa Vieira

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULODepartamento de Engenharia Elétrica

“Visualização Científica”“Visualização Científica”

Marcelo Andrade da Costa Vieira

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INTRODUÇÃO

A Computação GráficaComputação Gráfica é a área da ciência que estuda a geração, manipulação e interpretação de modelos e imagens de objetos utilizando o computador.

Pode ser dividida em 4 sub-áreas:

. Síntese de Imagens

. Processamento de imagens

. Análise de Imagens

. Visualização de Dados

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SINTESE DE IMAGENS

Produção de representações visuais a partir das especificações geométrica e visual de seus componentes.

É onde aparecem os sistemas CAD

É freqüentemente confundida com a própria Computação Gráfica.

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PROCESSAMENTO DE IMAGENS

Envolve as técnicas de transformação de Imagens onde tanto a imagem original quanto a imagem resultado apresentam-se sob uma representação visual (geralmente matricial).

Essas transformações visam melhorar as características visuais da imagem, como aumentar o contraste, foco, ou mesmo diminuir ruídos e/ou distorções.

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ANÁLISE DE IMAGENS

Procura obter a especificação dos componentes de uma imagem a partir de sua representação visual.

Através da informação pictórica da imagem se produz uma informação não pictórica da imagem.

Por exemplo, as primitivas geométricas elementares que a compõem.

n = 5

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VISUALIZAÇÃO DE DADOS

Usa técnicas de Computação Gráfica para representar informação numérica em imagem gráfica, de forma a facilitar o entendimento de conjuntos de dados numéricos de alta complexidade.

Exemplos de áreas de aplicação são: visualização de imagens médicas, meteorologia, dados financeiros, simulação, dinâmica dos fluidos, e muitas outras.

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VISUALIZAÇÃO DE DADOS

Surgiu da necessidade entre os cientistas, engenheiros, médicos, economistas, entre outros, em analisar e interpretar dados numéricos ou estudar o comportamento de certos processos envolvendo números.

Pode ser dividida em duas sub-áreas: traçado de gráficos e visualização científica:

. O traçado de gráficos consiste em gerar gráficos computacionais capazes de representar conjuntos de dados numéricos de forma clara e concisa a fim de ajudar na tomada de decisões ou esclarecer fenômenos complexos.

. A visualização científica surgiu para que fosse possível a visualização e a interpretação de grande quantidade de dados em tempo real, pois as simulações computacionais começaram a gerar arquivos que continham milhões de dados numéricos, os quais precisavam ser interpretados de forma rápida e precisa. Percebeu-se que não seria possível essa análise sem resumir os dados e identificar tendências e fenômenos através de representações gráficas em tempo real.

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Animações computadorizadas do comportamento variante no tempo de objetos reais ou simulados.

Podem ser utilizadas para estudar fenômenos como fluxo de fluidos, relatividade, reações químicas e nucleares, deformação de estruturas mecânicas sob diferentes tipos de pressão, controle de processos complexos como tráfego aéreo, usinas de energia, satélites de análise climática etc.

A visualização científica permite mostrar graficamente os dados coletados por sensores conectados a componentes críticos dos sistemas, de forma que os operadores possam responder rapidamente e adequadamente sempre que surgirem condições críticas.

Altamente interativa: o usuário controla o conteúdo, a estrutura e a aparência dos objetos e suas imagens visualizadas na tela. Ao usuário cabe definir parâmetros e atributos da imagem para melhor 'navegar' seu conjunto de dados. Dessa maneira, a visualização de dados partilha de características da síntese, do processamento e da análise de dados.

VISUALIZAÇÃO CIENTÍFICA

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VISUALIZAÇÃO CIENTÍFICA

•O uso do termo “Visualização Científica” ou “Scientific Visualization” como ciência foi utilizado pela primeira vez em 1987 por Bruce McCormick1.

•McCormick a definiu como: “uso da computação gráfica como ferramenta aos cientistas para extrair informações e conhecimentos de dados obtidos em simulações ou cálculos experimentais, permitindo que os dados fossem analisados em tempo real.

•Aplicações: engenharia, automação eletrônica, reconstrução de imagens médicas, simulação, hidrologia, meteorologia, movimentação financeira, exploração de gás e óleo, e muitas outras.

1. McCormick B.,DeFanti T. A., Brown M. D., “Visualization in Scientific Computing”, ACM SIGGRAPH Computer Graphics, Vol 21 (6), 1987.

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CLASSIFICAÇÃO

Classificados de acordo com a dimensão dos dados e a dimensão do domínio onde ele será visualizado, ou seja, leva-se em conta o número de variáveis independentes que precisam ser visualizadas e o tipo dessas variáveis (pontuais, escalares ou vetoriais).

Variáveis Pontuais (x,y,z):Domínio 1D, 2D e 3D.

Variáveis Escalares (f(x), f(y), f(z)):Domínio 1D: Gráficos Lineares e Histogramas.Domínio 2D: Contorno Linear e Visualização de superfície.

Variáveis Vetoriais (f(x1,x2, xn), f(y1, y2, yn), f(z1,z2, zn))Domínio 2D: Visualização de superfície com código de cores.Domínio 3D: Representação volumétrica (reconstrução 3D).

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TÉCNICAS

• Renderização de Superfície: gráfico é renderizado considerando a interação da luz com a superfície, não importa o interior da cena (pixel).

• Renderização Volumétrica: gráfico é renderizado considerando o interaçào da luz com a superfície e com o interior do objeto (voxel).

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VARIÁVEIS PONTUAIS

Cada dado numérico medido ou simulado comporta-se de maneira independente. Podem ser representados nos domínios de qualquer dimensão, de acordo com o número de informações utilizadas. Por exemplo:

 1D: valores que podem ser marcados em uma reta. Por exemplo, uma reta

representando a distância entre uma determinada cidade e algumas cidades vizinhas.

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VARIÁVEIS PONTUAIS

2D: pares de valores representam um ponto no plano. Por exemplo, um gráfico que represente a altura e o peso dos funcionários de uma empresa.

1,55 1,60 1,65 1,70 1,75 1,80 1,85 1,90 1,9550

60

70

80

90

100

Peso

Altura

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3D: três valores representam um ponto no espaço. Por exemplo, na mesma empresa citada acima, a variável “idade do funcionário” também é incluída.

VARIÁVEIS PONTUAIS

1,551,601,651,701,751,801,851,901,95

20

25

30

35

40

45

50

55

60

50

60

70

8090

100

Peso

Idade

Altura

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VARIÁVEIS ESCALARES

1D: Gráficos Lineares

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VARIÁVEIS ESCALARES

1D: Histograma

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VARIÁVEIS ESCALARES

2D: Contorno linear

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VARIÁVEIS ESCALARES

2D: Visualização de Superfície

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VARIÁVEIS VETORIAIS

2D: Visualização de Superfície com Código de Cores

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VARIÁVEIS VETORIAIS

3D: Representação Volumétrica

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APLICAÇÕES

Imagens médicas:

Tomografia Computadorizada

Ressonância magnética

Medicina Nuclear (SPECT)

Reconstrução de Imagens 3D

Meteorologia, Cartografia, Indicadores Estatísticos, Bioquímica

Reconstrução de imagens por sensores remotos (satelites, oceanografia)

Dinâmica de Sistemas (animação/simulação):

Dinâmica de Fluídos, Tráfego Aéreo, Distribuição de Tensão em peças mecânicas, Distribuição de Calor, Túnel de vento

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CONCLUSÕES

• Permite a construção de um modelo empírico baseado em dados numéricos complexos, criando uma representação gráfica (estática ou dinâmica) de um determinado fenômeno.

• Pode promover uma interpretação mais profunda dos dados investigados pois possibilita a visualização de correlações entre diversas variáveis de um mesmo sistema.

• Permite a análise e dados simulados ou experimentais de forma global e generica, em tempo real.

•Permite uma interação completa entre o usuário e os dados coletados.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Giloi, W. K. Interactive Computer Graphics. Prentice Hall Inc., New Jersey, USA, 1978. Brodlie, K. W.; et al. Scientific Visualization: Techniques and Applications. Springer-Verlag, N. Y., USA, 1992. Hearn, D.; Baker, M. P. Computer Graphics, C version. 2nd ed. Prentice Hall, N. J., USA, 1997. Nielson, G. M.; Hagen, H.; Müller, H. Scientific Visualization: Overviews, Methodologies and Techniques. IEEE Computer Society, CA, USA, 1997. Rosenblum, L.; et al. Scientific Visualization: Advances and Challenges. Academic Press, CA, USA, 1994. http://www.cc.gatech.edu/scivis/tutorial/tutorial.html http://www.cs.utah.edu/~crj/cs523/examples.html http://www.crs4.it/Animate/Animations.html http://mpire.sdsc.edu http://www-ugrad.cs.colorado.edu/~csci4576/SciVis/SciVisColor.html#SciVis