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Faculdade JK – Ediene Ramos Amadeu de Macedo 1
Farmacologia
Vitaminas Lipossolúveis
Faculdade JK – Taguatinga DF Curso: Enfermagem 3º Período - 2001 Disciplina: Farmacologia Grupo:
• Ediene Ramos Amadeu de Macedo
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ÍNDICE: INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 5
VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS ...................................................................................... 6 VITAMINA A .................................................................................................................... 7
TIPOS DE VITAMINA A.............................................................................................. 8 ABSORÇÃO E TRANSPORTE .................................................................................... 9 ARMAZENAMENTO E DISPONIBILIZAÇÃO........................................................ 10 VITAMINA A - AÇÕES OU FUNÇÕES EM NOSSO ORGANISMO ..................... 10 FONTES DE VITAMINA A........................................................................................ 11 NECESSIDADE DIÁRIA ............................................................................................ 12 DEFICIÊNCIA ............................................................................................................. 12 PATOLOGIA ............................................................................................................... 13 ADVERTÊNCIA.......................................................................................................... 14 HIPERVITAMINOSE/ TOXICIDADE....................................................................... 14 DETALHES DAS PRINCIPAIS DOENÇAS CAUSADAS POR DEFICIÊNCIA DE VITAMINA A .............................................................................................................. 15
Cegueira Noturna ou Nictalopia ............................................................................... 15 Xeroftalmia ou Xerose de Conjuntiva ...................................................................... 16 Infecções ................................................................................................................... 16 Alterações cutâneas .................................................................................................. 16
PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE AVITAMINOSE A ....................................... 16 VITAMINA D (CALCIFEROL) ...................................................................................... 17
Absorção transporte e armazenamento......................................................................... 18 METABOLISMO ......................................................................................................... 18 FUNÇÕES .................................................................................................................... 19 MEDIDAS .................................................................................................................... 19 RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS ..................................................................... 19 FONTES ....................................................................................................................... 20 DEFICIÊNCIA ............................................................................................................. 20 PRINCIPAIS DOENÇAS CAUSADAS POR DEFICIENCIA DE VITAMINA D.... 20
Raquitismo................................................................................................................ 20 Sintomas ............................................................................................................... 21 Prevenção E Tratamento Dietético....................................................................... 22
Osteomalácia ............................................................................................................. 22 Prevenção e Tratamento ....................................................................................... 22
TOXICIDADE.............................................................................................................. 22 Vitamina E........................................................................................................................ 23
Introdução ..................................................................................................................... 23 Histórico....................................................................................................................... 23 Química......................................................................................................................... 24 Zonas de Atuação ......................................................................................................... 24
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Ação terapêutica ........................................................................................................... 24 Carência de vitamina "E".............................................................................................. 24 Importância da vitamina "E"......................................................................................... 25 Absorção, destino e excreção....................................................................................... 25 Fontes de Vitamina "E" ................................................................................................ 26
VITAMINA K .................................................................................................................. 26 PROPRIEDADES FÍSICAS E QUIMICAS ................................................................ 26 A FORMULA ESTRUTURAL GERAL DAS VITAMINAS K................................. 27 ABSORÇÃO................................................................................................................. 28 FUNÇÕES .................................................................................................................... 28 FONTES ....................................................................................................................... 29
CONCLUSÃO......................................................................................................................30 BIBLIOGRAFIA.............................................................................................................. 31
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INTRODUÇÃO
Casimir Funk, um bioquímico polonês, foi quem cunhou o termo vitamina, em
1912, a um grupo de compostos orgânicos essenciais à vida do organismo. Ele achava que
este nutriente era uma "amina da vida". As aminas são compostos formados pela
substituição de um ou mais átomos de hidrogênio na molécula da amônia (NH3) por
radicais orgânicos. A palavra inglesa original "vitamine" foi posteriormente modificada
para "vitamin", quando se reconheceu que nem todas as vitaminas eram aminas. Em
português não houve modificação semelhante.
Já bem antes, porém, sabia-se ser necessário incluir certos alimentos na dieta, para
evitar algumas doenças. Nos séculos XVIII e XIX, várias observações empíricas
demonstraram que existiam nos alimentos algumas substâncias que evitavam doenças como
o beribéri e o escorbuto. Até o início do século XX, no entanto, não havia sido comprovada
a importância efetiva desses compostos.
As vitaminas atuam em reações metabólicas específicas, podendo atuar como
coenzimas ou ainda como componente de enzimas de funções essenciais.
Fundamentais para a manutenção dos processos biológicos vitais, as vitaminas só
começaram a ser estudadas no início do século XX. Já bem antes, porém, sabia-se ser
necessário incluir certos alimentos na dieta, para evitar algumas doenças.
A utilização de letras para as vitaminas surgiu antes do nome "vitamina" e foi
inventada pelo cientista americano Elmer McCollum, que classificou duas vitaminas, a A -
solúvel em gordura e a B - solúvel em água. Naquele tempo (McCollum relatou a extração
da vitamina A da manteiga no início do século XX) ele só conhecia estas duas vitaminas,
mas hoje se-sabe que as chamadas vitaminas D, E e K também são solúveis em gorduras e
que existem muitas outras solúveis em água. Até hoje é empregada esta designação por
letras do alfabeto às vitaminas, mas estas também receberam nomes científicos.
Vitamina é um composto orgânico biologicamente ativo, necessário ao organismo
em quantidades muito reduzidas para manter os processos vitais. Como as enzimas,
representam um autêntico biocatalizador, que intervém em funções básicas dos seres vivos,
como o metabolismo, o equilíbrio mineral do organismo é a conservação de certas
estruturas e tecidos.
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As vitaminas diferem entre si consideravelmente quanto à estrutura, propriedades
químicas e biológicas e atuação no organismo.
A carência de vitaminas na dieta produz doenças graves, as avitaminoses, como o
raquitismo, a nictalopia (cegueira noturna), a pelagra, diversas alterações no processo de
coagulação do sangue e a esterilidade. Também a ingestão excessiva de vitaminas pode
causar perturbações orgânicas, as hipervitaminoses.
As necessidades vitamínicas de um indivíduo variam de acordo com fatores como
idade, clima, atividade que desenvolve e estresse a que é submetido. A quantidade de
vitaminas presente nos alimentos também não é constante. Varia de acordo com a estação
do ano em que a planta foi cultivada, o tipo de solo ou a forma de cozimento do alimento (a
maior parte das vitaminas se altera quando submetida ao calor, à luz, ao passar pela água ou
quando na presença de certas substâncias conservantes ou saporíferas).
As vitaminas podem ser divididas em dois grandes grupos, sendo classificadas de
acordo com sua característica de solubilidade, divididas em vitaminas lipossolúveis ou
hidrossolúveis. O grau de solubilidade varia de acordo com cada vitamina e com as
condições do organismo.
Em termos de reposição ou administração de vitaminas através de medicamentos, as
vitaminas lipossolúveis devem ser administradas antes das refeições enquanto as vitaminas
hidrossolúveis entre ou após as refeições.
VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS
As vitaminas lipossolúveis compreendem as vitaminas A, D, E e K. Solúveis em
gorduras, estas são absorvidas no intestino humano com a ajuda de sais biliares segregados
pelo fígado. O sistema linfático as transporta a diferentes partes do organismo. O corpo
pode armazenar uma quantidade maior de vitaminas lipossolúveis do que de hidrossolúveis,
fazendo com que o efeito da carência delas na alimentação seja imperceptível durante um
período longo de tempo. As vitaminas A e D são armazenadas, sobretudo no fígado e a E
nos tecidos gordurosos e, em menor escala, nos órgãos reprodutores. O organismo
consegue armazenar pouca quantidade de vitamina K.
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Outra característica marcante é que as vitaminas lipossolúveis são formadas de
unidades isoprênicas.
VITAMINA A
A vitamina A, conhecida também pelo seu nome científico retinol, ou ainda pelo
nome de antixeroftálmica, este último sendo ligado à doença que a deficiência desta
vitamina pode causar, foi a primeira vitamina lipossolúvel a ser reconhecida, fato este
ocorrido em 1913, através da divulgação dos trabalhos de pesquisa de dois grupos
independentes de pesquisadores, Osborne e Mendel por um lado e Davis e McCollum de
outro, quando constataram o sintoma de sua deficiência, que é a xeroftalmia, ou seja,
dificuldade para enxergar em ambientes com pouca luz.
A partir de então, ela tem ocupado parte importante do cenário da nutrição pelas
suas funções no organismo.
A vitamina A é um álcool amarelo claro cristalino, que foi chamada retinol em
referencia a sua função especifica na retina do olho. A vitamina A natural ocorre na forma
de ésteres de retinil de cadeia longa (Figura). As formas metabolicamente ativas da
vitamina incluem o correspondente aldeído (retinol) e ácido (ácido retinóico).
Os carotenóides (tipos α , β ou γ) são pigmentos hidrocarbonados pró-vitaminicos,
de cores amarelo-alaranjados-vermelhos, os quais o organismo converte em vitamina A,
com graus variáveis de eficiência, onde o betacaroteno é o tipo mais ativo. De várias
centenas de caroteinóides que ocorrem naturalmente, apenas 50 tem atividade
biologicamente ativa.
A vitamina A pré-formada é somente encontrada em alimentos de origem animal,
como carnes, leite, ovos, fígado, peixes, entre outros, enquanto a fonte de pró-vitamina A se
encontra nos vegetais.
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Figura. Formula estrutural da vitamina A
TIPOS DE VITAMINA A
Há duas formas de vitamina A: o retinol, encontrado em alimentos de origem
animal, como o fígado, leite integral, creme de leite, queijo, peixes e gema de ovos. A outra
forma são a provitamina A, que são convertida em vitamina ativa dentro do corpo, cujas
melhores fontes são os vegetais com cor amarela, verde-escuro e alaranjado. Ela pode ser
sintetizada no organismo, desde que os precursores desta estejam presentes.
O caroteno, pigmento vegetal que dá cor à abóbora e à cenoura, por exemplo, é uma
provitamina que se transforma em nosso fígado, em vitamina A.
A vitamina A apresenta-se em duas formas principais que são denominadas
vitamina A1 (retinol), encontrada nos animais de forma geral e A2 (deidrorretinol),
encontrada exclusivamente em peixes de água doce, e também em certas aves, cuja dieta
contém estes peixes.
A vitamina A1 é a principal forma em que a vitamina A se apresenta, sendo que esta
é aproximadamente três vezes mais ativa que a A2. O transretinol e o transretinal
apresentam a mesma atividade biológica. O ácido retinóico, com exceção da visão e da
reprodução desempenha todas as outras funções da vitamina A. Com relação à visão,
observa-se que a suplementação de ácido retinóico, como fonte única de vitamina A, com o
passar do tempo conduz as aves à cegueira. Com relação à reprodução, sem um nível
adequado desta vitamina conduz à má formação dos embriões.
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ABSORÇÃO E TRANSPORTE
A absorção da vitamina A ocorre no intestino delgado, tanto da forma pré-formada
como da provitamina. A presença de alimentos gordurosos alem de sais biliares, lipases
pancreática e proteínas ajudam na absorção desta vitamina. É a bile que serve como veículo
de transposição desta vitamina através da parede do intestino.
A biodisponibilidade dos caroteinóides é incerta, devido à variabilidade de absorção
e conversão em retinol. A conversão do betacaroteno em vitamina A é regulada para que
quantidades excessivas de vitamina A não sejam absorvidas das fontes de caroteno.
Cerca de 80 a 90% dos ésteres retinil, mas apenas 40 a 60% de carotenóides são
absorvidos. O restante atravessa intacto o trato digestivo e são eliminados junto com o bolo
fecal. Mesmo parte da vitamina absorvida ainda é perdida. Estima-se que de 10 a 20% da
vitamina absorvida pelo intestino sofre oxidação e acaba sendo eliminada através da urina.
A presença de vitamina A na corrente sangüínea atinge seu pico de 4 a 5 horas após
a ingestão dela, sendo então gradativamente armazenada, fazendo com que sua
concentração no sangue diminua. O mesmo fenômeno ocorre para o caroteno, só que o
tempo de pico leva neste caso de 7 a 8 horas.
Nota-se que quando os suplementos vitamínicos estão ligados à proteína, estes são
absorvidos, utilizados e retidos nos tecidos mais eficientemente do que os suplementos que
não estão ligados à proteína. Nos alimentos, as vitaminas e minerais são combinados a
proteínas, lipídios, carbohidratos e bioflavonóides.
Os fatores dietéticos que afetam a absorção de caroteinóides incluem o nível e a
origem da gordura na dieta, a quantidade de carotenóide e a digestibilidade dos alimentos.
A biodisponibilidade da vitamina A é acentuada pela presença de vitamina E e de
outros antioxidantes, já que ajudam na manutenção da integridade da vitamina A e dos
carotenóides contra a ação da oxidação.
Os ésteres de retinil são transportados na linfa para o sangue e, então para o fígado,
como parte dos quilomícrons e lipoproteínas. No momento da mobilização do fígado, o
retinol é acoplado à proteína fixadora do retinol (RBP) e viaja para tecidos determinados
num complexo com as pré-albuminas séricas. As RBPs transportam a vitamina A na
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circulação e, então, podem ser removidas da circulação pelos rins. A RBP também é
utilizada como indicadora do estado protéico global.
ARMAZENAMENTO E DISPONIBILIZAÇÃO
As vitaminas A, juntamente com a vitamina D, são armazenadas principalmente no
fígado (90%), sendo o restante armazenado nos depósitos de gordura, pulmões e rins. No
adulto, devido ao acumulo de reserva desta vitamina, permite com que mesmo com uma
dieta diária insuficiente desta vitamina, o organismo não sinta sua deficiência, já que ela
pode ser disponibilizada das reservas.
A vitamina A reage facilmente com o oxigênio, perdendo assim parte de suas
atividades. Devido ao seu sistema conjugado de duplas ligações, os carotenóides são
estruturas altamente instáveis. O calor, a luz, os ácidos, o oxigênio e enzimas levam a
alterações ou parcial destruição dos pigmentos. A exposição destes a tais agentes resulta na
formação de isômeros cis, epóxidos, diminuição da cor, perda da atividade pró-vitamínica
A e formação de compostos voláteis responsáveis pela alteração de aromas em alguns
alimentos. A isomerização cis-trans pode ocorrer durante o processamento e estocagem do
alimento.
A vitamina A pré-formada e os carotenóides são liberados por proteínas do
estômago. Os ésteres são hidrolisados no intestino delgado em retinol, o qual é mais
eficientemente absorvido que os ésteres. O betacaroteno é fracionado, no citoplasma das
células da mucosa intestinal, em duas moléculas de retinaldeído que são reduzidas e
esterificadas para formar ésteres retinil.
VITAMINA A - AÇÕES OU FUNÇÕES EM NOSSO ORGANISMO
• Evita a cegueira noturna, já que esta vitamina é um componente dos pigmentos
visuais, sendo essencial na manutenção da integridade da fotorecepção dos cones e
bastonestes da retina.
• Melhora a acne
• Aumenta a imunidade
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• Pode curar úlceras gástricas
• Protege contra a poluição e a formação do câncer
• Importante à manutenção e regeneração do tecido epitelial
• Importante na formação dos ossos e dentes, através do seu efeito sobre a síntese
protéica e a diferenciação das células ósseas.
• Ajuda o armazenamento de gorduras
• Protege contra resfriados , gripes e infecções.
• Retarda o processo de envelhecimento
• Essencial na diferenciação das células basais em células mucosas epiteliais.
• Ainda, existe uma inter-relação entre os níveis de vitamina A no organismo e a
absorção do ferro pelo organismo, onde ba ixos níveis daquela provocam uma baixa
absorção de ferro, causando anemia.
FONTES DE VITAMINA A
A vitamina A é encontrada na gema do ovo, na manteiga e nas carnes de fígado e de
peixes. Não está presente nas plantas, mas muitas verduras e frutas contêm alguns tipos de
pigmentos (como o betacaroteno), que o organismo pode converter em vitamina A. A
cenoura, por exemplo, é excelente fonte de betacaroteno.
Um pequeno resumo de algumas das fontes de vitamina A pré-formada são: Óleo de
fígado de peixe, fígado de outros animais, rim, leite integral, creme de leite, queijos,
manteiga, peixes e gema de ovo.
Em relação à pró-vitamina A, carotenóides: cenouras, mamão, abóbora, folhoso
escuro, damascos e laranja.
Óleos de fígado de bacalhau e linguado gigante possuem níveis de vitamina A
muito alto, o que faz com que sejam usados normalmente para fins terapêuticos quando
constatada deficiência desta vitamina.
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NECESSIDADE DIÁRIA
O nível de vitamina A é calculada pela soma da atividade de vitamina A do retinol e
de carotenóides.
A unidade de medida usada para exprimir o teor da vitamina A em algum alimento
ou no organismo de um indivíduo pode ser expressa em termos de Unidades Internacionais
(UI), a primeira utilizada para esta vitamina ou também pela mensuração da expressão da
atividade bioquímica desta vitamina, expressa em microgramas (µg) de álcool de vitamina
A (retinol), betacaroteno ou outros carotenóides mistos. Uma terceira unidade de medida é
o expresso em equivalentes retinol (ER), sendo estes últimos muito úteis para cálculos dos
valores da vitamina A na dieta, já que permitem que se some a vitamina A pré-formada e de
carotenóides que ocorrem em diferentes proporções nos alimentos e possuem também
diferentes níveis de atividade biológica.
A relação entre estas medidas é descrita a seguir: um UI = 0,3 de retinol = 0,55 µg
de Beta-caroteno = 1,2 µg dos demais carotenóides.
Considera-se que um teor diário na ordem de 1500 UI seja necessário para crianças
até 12 meses; de 2.500 UI para crianças até quatro anos; de 5000 UI para as demais idades
de pessoas, sendo ainda que para mulheres em fase de gestação e amamentação, este nível
sobe para 8000 UI.
A concentração normal de vitamina A no plasma sangüíneo é de 20 a 50 µg/ 100ml.
Níveis de retinol menor que 100µg/L indicam deficiência severa, ésteres de retinol maior
que 5% dos retinóis totais indicam hipervitaminose A
DEFICIÊNCIA
Calcula-se que entre 1 a 5 milhões de pessoas no mundo apresenta carência desta
vitamina, principalmente mulheres gestantes e crianças. Esta é a maior causa de
mortalidade infantil em países em desenvolvimento. Esta vitamina ainda é importante no
tratamento de doenças como sarampo e rubéola.
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A deficiência desta vitamina é acompanhada por ceratinização das membranas
mucosas do trato respiratório, digestivo e urinário, além da pele e do epitélio dos olhos, o
que faz com que ocorra uma diminuição de eficiência que todas estas barreiras possuem na
proteção do organismo contra infecções.
Pode haver ainda perda de apetite, inibição do cresc imento, anormalidades ósseas e
perda do paladar devido a ceratinização das papilas gustativas.
PATOLOGIA
A deficiência de vitamina A no homem pode ser devida a um baixo nível dietético,
à interferência que ocorre na absorção e armazenamento de vitamina A, e a problemas na
conversão do caroteno em vitamina A.
Interferência na absorção e armazenamento da vitamina A têm sido observados em
estados patológicos como o "spru", fibrose cística do pâncreas, colites ulcerativas,
obstrução do ducto biliar e na cirrose hepática, etc. Os indivíduos com "diabete mellitus" e
com hipotireoidismo apresentam problemas de conversão do caroteno em vitamina A. O
uso de óleos mineral na alimentação também prejudica a absorção desta vitamina. Perdas
de vitamina A do sangue em crianças ocorrem durante certas infecções, principalmente nos
casos de pneumonia, febre escarlate e infecções respiratórias.
A manifestação clínica da deficiência de vitamina A no homem caracteriza-se por
um retardamento no crescimento, e um abaixamento na resistência a infecções,
principalmente a resfriados e infecções dos sinus (sinusites), sendo neste particular muito
mais eficiente que a vitamina C. Outros problemas carenciais, devido à falta de vitamina A,
são: falta de adaptação ao escuro que progride até a cegueira noturna total (hemoralopia),
xeroftalmia que se caracteriza pela instalação de uma infecção secundária na mucosa visual
queratinizada e por lesões típicas da pele. A deterioração da retina na cegueira noturna pode
também levar a mudanças da sensibilidade da retina à luz colorida, e a visão do azul e do
amarelo pode ser diminuída ou invertida.
A vitamina A é fundamental para a visão e sua carência produz, entre outras
doenças, o ressecamento da córnea e da conjuntiva do olho (xeroftalmia) e a ceratomalácia
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(amolecimento da córnea, com infiltração e ulceração), além de sérios problemas
gastrintestinais.
ADVERTÊNCIA
Pessoas que sofrem de problemas de fígado não devem consumir grandes
quantidades de vitamina A na forma de comprimidos ou óleo de fígado de bacalhau.
Antibióticos, laxantes e alguns remédios para reduzir colesterol interferem na
absorção de vitamina A. Os diabéticos assim como as pessoas com hipotireoidismo devem
evitar o beta-caroteno, pois não são capazes de convertê-lo em vitamina A.
Ainda, deve-se evitar a administração de vitamina A a pacientes que estão fazendo
uso de corticosteróide.
HIPERVITAMINOSE/ TOXICIDADE
Esta vitamina normalmente não apresenta um nível de toxidade, entretanto, é
observado o efeito tóxico desta vitamina em pessoas cuja função hepática esteja
comprometida, seja pelo uso de drogas, hepatite ou mesmo por desnutrição protéico-
energética.
O excesso desta vitamina causa perturbações nas membranas biológicas. Doses
aplicadas de retinol maiores que 200mg (600.000 UI) em adultos ou 100 mg (330.000 UI)
em crianças podem causar náuseas, vômitos, fadigam fraqueza, cefaléia, anorexia,
alterações do cabelo (que ficam ásperos e caem facilmente), ressecamento e escamação da
pele, dor nos ossos, fadiga e sonolência. Também são comuns problemas de visão, dores de
cabeça, distúrbios de crescimento e aumento do fígado.
Relatos históricos de pescadores e exploradores das regiões árticas, onde estes
consumiam alimentos muito ricos em vitamina A, como fígado de urso polar (10 milhões
de UI/lb) ou mesmo de fígado de linguado gigante, fizeram com estas pessoas
apresentassem vermelhidão e esfoliação da pele.
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Atualmente a hipervitaminose ocorre principalmente pelo mau uso de suplementos
vitamínicos, em excesso. A suspensão destes suplementos faz com que os sintomas
desapareçam em poucas semanas.
Uma droga intimamente ligada à vitamina A, a acutane, recomendada para
tratamento de acne cística grave, tem efeito teratogênico em fetos de mulheres grávidas,
fazendo com que as crianças apresentem graves defeitos congênitos.
Em termos de betacaroteno, estudos de toxidade em animais mostrou que este não é
carcinogênico, nem mutagênico ou teratogênico. Alimentos ricos em betacaroneto podem
ser consumidos a vontade, pois ele não provoca hipervitaminose, tendo como único efeito
colateral possível é que a pessoa apresente a pele com uma coloração amarelada, como se
estivesse com icterícia, mas diferente do sintoma desta doença, o paciente não apresenta
amarelamento da parte branca dos olhos.
DETALHES DAS PRINCIPAIS DOENÇAS CAUSADAS POR DEFICIÊNCIA DE VITAMINA A
Cegueira Noturna ou Nictalopia
O principal sintoma ou característica desta doença é a dificuldade do indivíduo
adaptar a sua visão quando passa de ambiente muito luminoso para outro com pouca luz.
Este fato é atribuído a uma falha funcional da retina, mais especificamente ao nível das
células bastonetes e cones nela encontradas. Enquanto os cones são responsáveis pela visão
diurna e de cores, os bastonetes estão adaptados à visão noturna. A falta da vitamina A
impede uma adequada regeneração da enzima rodopsina, o que faz com que os indivíduos
tenham muita dificuldade em se adaptarem a enxergar em ambientes com pouca luz ou no
crepúsculo.
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Xeroftalmia ou Xerose de Conjuntiva
Esta doença é um dos casos oculares graves que ocorrem devido à deficiência de
vitamina A. Ela se instala mais rapidamente e é mais severa em crianças de pouca idade.
Normalmente ela é associada com a atrofia de glândulas perioculares.
Infecções
Como mencionado anteriormente, a deficiência de vitamina A afeta a integridade
das membranas mucosas, tornando a barreira protetora do organismo mais suscetível contra
a entrada de agentes infecciosos, como bactérias, vírus ou parasitas. Alem disto, os
linfócitos T do sistema de defesa imunológico aparecem em menor quantidade e não são
tão eficientes durante esta carência de vitamina.
Alterações cutâneas
Quando há deficiência de vitamina A, pode ocorrer doenças de pele, como a
frinoderma, também conhecida como hiperceratose folicular. Esta doença se caracteriza
pelo entupimento dos folículos pilosos com ceratina. O fenótipo característico desta doença
é caracterizado por pele seca, escamosa, áspera, sendo conhecida como "pele de ganso ou
sapo". Normalmente tratada por aplicações tópicas de ácido retinóico.
PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE AVITAMINOSE A
Dietas ricas em alimentos com altos teores de vitamina A ajudam a prevenir
manifestações de efeitos e doenças de teores baixos desta vitamina em nosso organismo.
Quando o quadro de avitaminose já está instalado, esta pode ser tratada por doses orais
concentradas desta vitamina, seguida de uma correção da dieta alimentar do paciente. A
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vitamina pode ainda ser administrada via intramuscular ou tópica, dependendo do quadro e
nível de gravidade apresentado pelo endivido.
Teor médio de vitamina A em alguns alimentos: ALIMENTO NÍVEL DE VITAMINA A (em equivalente retinol - RE) Fígado, carne bovina 9.011 RE batata-doce cozida (1 pequena) 2.488 RE 1 cenoura crua 2.025 RE abóbora (1/2 xícara) 857 RE leite 2% (1 xícara) 140 RE gema de ovo 110 RE 1 laranja 27 RE 1 maçã 7 RE
VITAMINA D (CALCIFEROL)
A vitamina D foi reconhecida por Mc Collum como o componente do óleo do
fígado de bacalhau que curava raquitismo; e quase 50 anos depois, de Luca descobriu que
sua forma metabolicamente ativa requeria a síntese nos rins.
Os precursores da Vit D estão presente nas frações esterol dos tecidos animais – na
forma 7-deidrocolesterol, e plantas – esgosterol. Essas substâncias requerem a radiação
ultravioleta (ação da luz solar) para se converterem na forma de pró-vitamina:
colecalciferol (Vit D3) e ergocalciferol (Vit D2).
A forma vegetal da Vit D é interessante como aditivo alimentar, e a forma animal
do precursor é encontrada na camada epidérmica da pele, onde é convertida em pró Vit D3,
colecalciferol, por irradiação ultravioleta. Neste caso a Vit D pode ser chamada de pró-
hormônio, ao invés de Vitamina, isso porque ela não precisa ser suprida por uma fonte
extracorpórea. (De Luca, 1993).
As formas metabólicas ativas, calcitriol e ercalcitriol são produzidas pelos rins e
funcionam como hormônios, tendo como órgão-alvo, o intestino e os ossos.
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Absorção transporte e armazenamento
A Vit. D quando ingerida é absorvida do intestino junto com lipídeos, com a ajuda
da bile. A Vit D da pele ou do intestino está ligada à proteína plasmática ligante de Vit D,
para ser transportada para os locais de armazenamento no fígado, pele, cérebro ossos e
outros tecidos.
As pessoas idosas saudáveis absorvem vit D na mesma proporção que adultos
jovens. Mas os adultos mais velhos possuem menos capacidade de aumentar a eficiência de
absorção de cálcio com uma dieta pobre em cálcio, devido provavelmente à um resultado
de defeito renal no metabolismo de Vit D. O estado de vitamina D pode ser avaliado
indiretamente através de medidas da fosfatase alcalina sérica e de níveis de cálcio sérico.
METABOLISMO
A vitamina D é formada na pele por ação dos raios ultravioletas da luz solar no 7-
deidrocolesterol. A luz solar também converte a pró vit D3 em compostos inertes. A
quantidade relativa de pró vit D3 e compostos inertes produzidos dependem da intensidade
da radiação ultravioleta, que diminui com o aumento da latitude. Outros fatores que afetam
a quantidade de pró vitamina D3 sintetizada pela pele são a pigmentação, uso do protetor
solar e tempo de exposição à luz (Webb e Holick, 1988).
A vit D é convertida no fígado ao seu metabólito biologicamente ativo, 25-
hidroxicolecalciferol (25 OHD,), que é cinco vezes tão potente quanto a vitamina D3. O
nível sanguíneo de 25 OHD3,o esterol de vitamina D predominante no sangue depende
tanto da ingestão quanto da exposição à luz solar.
A forma mais ativa de vitamina D, calcitriol, ou 1,25-diidroxctolecalciferol, com
dez vezes a potência da vitamina D3, é produzida pelos rins. Ela aumenta a captura de
cálcio e fosfato agindo no intestino para aumentar sua absorção e nos ossos para aumentar
sua mobilização.
A síntese de calcitriol é regulada pelos níveis séricos de cálcio e de fósforo. O
paratormônio, que é liberado em resposta a um nível sérico baixo de cálcio parece ser o
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mediador que estimula a produção de 1,25(OH)2D3 pelos rins.
Portanto, é proposto que a ingestão de uma dieta pobre em cálcio reflete um baixo
níveis de cálcio sérico que, acaba afetando a secreção de PTH e consequente o aumento da
secreção renal de calcitriol. O fosfato da dieta tem um efeito semelhante, mas não requer a
ação intermediária do paratormônio.
FUNÇÕES
A vitamina D tem papéis na imunidade, reprodução, secreção de insulinas e
diferenciação dos ceratócitos (De Luca, 1993).
A vitamina D também estimula o sistema de transporte ativo de fosfato no
intestino.E em conjunto com op paratormônio, mobiliza cálcio dos ossos e aumenta a
reabsorção tubular renal de cálcio e de fosfato.
MEDIDAS
A terminologia preferida é a de microgramas. de vitamina D3.
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
Diariamente 2,5 microgramas de vit D é o suficiente para prevenir o raquitismo.
Mas para lactantes e durante todo o período de desenvolvimento do esqueleto, são
prescritos níveis mais altos de vitamina D.
As crianças nascem com vitamina D suficiente para durar nove meses, após este
período deve-se dar suplementos para prevenir o raquitismo.
Níveis mais baixos usados na idade adulta provém o remodelamento contínuo dos ossos, e
a adequada homeostase de cálcio e fósforo.
As necessidades aumentadas na gravidez e lactação refletem à necessidade do
crescimento fetal e o conteúdo de cálcio no leite materno.
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O adulto normal obtém vitamina D suficiente pela exposição aa luz solar e pela
ingestão acidental de pequenas quantidades nos alimentos. O pigmento resistentes das
pessoas com pele escura pode impedir até 95% da radiação ultravioleta de atingir as
camadas mais profundas da pele, onde a vit D é sintetizada (epiderme).
A suplementação com vitamina D é desnecessária, exceto para as pessoas
cronicamente protegidas da luz solar, nestes casos, um suplemento diário de vit D é
desejável.
FONTES
A vitamina D ocorre naturalmente em alimentos animais na forma de calciferol. É
encontrada em quantidade s pequenas e altamente variáveis na manteiga, nata, gema de
ovo, e fígado. As melhores fontes alimentares são os óleos de fígado de bacalhau, ou de
peixe.
A vit D é muito estável e não deteriora quando os alimentos são aquecidos ou
armazenados por muito tempo.
DEFICIÊNCIA
A deficiência de vit D se manifesta como raquitismo em crianças e como
osteomalácia em adultos.A falta de vitaminas em adultos pode contribuir também para o
desenvolvimento da osteoporose.
PRINCIPAIS DOENÇAS CAUSADAS POR DEFICIENCIA DE VITAMINA D Raquitismo
A vitamina D é especial para a prevenção e cura do raquitismo, uma doença
associada com a má formação dos ossos, devido a uma mineralização deficiente da matriz
orgânica.
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Os ossos raquíticos não são capazes de suportar estresses e esforços ordinários,
resultando no aparecimento de pernas em arcos, joelho valgo, peito de pombo, bossa
frontais cranianas. Raramente o raquitismo é completamente curado, e a estatura permanece
baixa nesses indivíduos.
As anormalidades esqueléticas e bioquímicas observadas nesta doença podem, ser
resultados da atividade do paratormônio. A falha na absorção de cálcio devido á deficiência
de vit D provoca diminuição no nível de absorção renal do fosfato, resultando na excreção
de maiores quantidades de fosfato para a manutenção de um balanço adequado entre cálcio
e fósforo no sangue.
As vítimas tradicionais do raquitismo são crianças pobres de cidades
industrializadas, onde a exposição á luz solar é limitada.
As crianças negras tem maiores riscos de deficiência de vit D que as crianças brancas,
porque o pigmento cutâneo aumentado (melanina) protege o 7-deidrocolesterol da
irradiação.
Uma amamentação muito prolongada sem exposição á luz solar ou suplementação
de vit D ou omissão de fórmulas enriquecidas podem levar ao raquitismo.
O raquitismo pode ocorrer também em crianças com malabsorção ou, naquelas receptoras
de terapia anticonvulsivante para epilepsias, por longo tempo.
Sintomas
Os primeiros sintomas visíveis de raquitismo são sudorese abundante e inquietação.
A criança não se torna magra e geralmente os pais só percebem que a criança possui
raquitismo quando a criança começa a andar, isto porque a perna arqueia devida à falta de
força nos ossos para sustentarem o peso corporal da criança.
Se a doença aparecer no terceiro ou quarto mês de vida, quando o crânio está
crescendo rapidamente, a estrutura da cabeça será maior que o normal, com uma forma
quadrada e bossas nos lados e fronte.
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Prevenção E Tratamento Dietético
Para prevenir o raquitismo do bebê recém nascido é recomendado uma adequada
administração de vit D bem cedo, e que continue o tratamento durante sue crescimento. Os
concentrados de vit D de óleo de fígado de bacalhau são prescritos com freqüência para
prevenir a deficiência de vit D. O ergosterol irradiado também é uma boa fonte. Mas as
mães devem estar em constante alerta contra o uso simultâneo de diversos preparados, já
que os excessos são tóxicos.
Osteomalácia
A deficiência de vit D na idade adulta resulta em osteomalácia, uma condição
caracterizada por acentuado amolecimento dos ossos, que leva a deformidades dos
membros, espinhas tórax e pelve. A osteomalácia é sempre confundida com a osteoporose,
pois tem sintomas semelhantes.
Os sintomas possui uma dor tipo reumática e fraqueza generalizada.
Ocorre em homens, mas é mais observada em mulheres em idade reprodutiva que se
tornaram privadas de cálcio devido a várias gestações e dieta inadequada, ou em mulheres
que se expõem muito pouco à luz solar.
Prevenção e Tratamento
È prevenida através de um suprimento adequado de vit D, cálcio e fósforo na dieta. A vit D
pode ser obtida da luz solar, de lâmpadas UV, e de fonte alimentar natural.
TOXICIDADE
A hipervitaminose D causa alterações patológicas no organismo quando a vitamina
D é tomada em excesso. Essas alterações são conseqüências da hipercalcemia, excessiva
calcificação óssea, e calcificação dos tecidos moles, como o rim, pulmões e até a membrana
timpânica do ouvido, podendo ocasionar a surdes. Os lactantes com quantidade excessiva
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de vit D podem ter distúrbios gastrintestinais, fragilidade óssea, crescimento retardado e
retardo mental.
Vitamina E Introdução
A vitamina "E" pertence ao grupo das vitaminas lipossolúveis, sendo também
conhecida como tocoferol ou ainda vitamina antiesterilidade. É um potente antioxidante e
protege os glóbulos vermelho do sangue contra a hemólise. Tem papel importante na
reprodução de animais.
Esta vitamina é lipossolúvel, sendo portanto solúvel em gorduras, onde são
absorvidas no intestino humano, com a ajuda de sais biliares segregados pelo fígado. O
sistema linfático as transporta a diferentes partes do organismo.
O corpo pode armazenar uma quantidade maior de vitaminas lipossolúveis do que
de hidrossolúveis, fazendo com que os efeitos da carência delas na alimentação seja
imperceptível durante um período longo de tempo.
A vitamina "E" é armazenada nos tecidos gordurosos e, em menor escala, nos
órgãos reprodutores. Outra característica marcante é que as vitaminas lipossolúveis são
formadas de unidades isoprênicas.
Histórico Esta vitamina foi descrita pela primeira vez em 1922, por Evans e Bishop, neste
caso foi constatado que os animas com deficiência em vitamina “E” ovulavam e concebiam
normalmente, porém, durante a gestação, ocorriam morte e reabsorção dos fetos.
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Química
Na atualidade são conhecidos oito tipos de tocoferóis de ocorrência natural com a
atividade de vitamina “E”. O α-Tocoferol é considerado o mais importante entre eles, pois
representa cerca de 90% dos tocoferóis em tecidos animais e exerce uma maior atividade
biológica.
Zonas de Atuação
Atua no sistema nervoso involuntário, no sistema muscular e nos músculos
involuntários.
Ação terapêutica
A vitamina E, protege as membranas celulares da oxidação, neutralizando os
radicais livres. O dae (dispositivo automático de entrada) da FUNÇÃO é usado
para evitar a oxidação, produzida pelos radicais livres, mantendo a integridade
da membrana celular. Protege também contra à destruição da vitamina "A", o
selênio, aminoácidos e a vitamina C. Reduz a velocidade o envelhecimento do
organismo.
Carência de vitamina "E"
A deficiência de vitamina "E" no homem tem sido pouco estudada em relação aos
animais. Entretanto na espécie tem sido observado, uma associação a certas doenças, como
a fibrose cística, as atresias biliares congênitas, o "kwashiorkor", etc., um abaixamento do
nível de tocoferóis no sangue, que é acompanhado ou não de um aumento na hemólise dos
eritrócitos em água oxigenada, aumento da exceção de creatina na urina e de lesões
distróficas.
Retarda processos metabólicos dos lipídeos, compromete o aproveitamento de
vitamina A. E também, a deficiência de vitamina "E" a nível celular, produz um aumento
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na permeabilidade das células e um aumento no número de radicais livres e isto pode ser
uma das causas do envelhecimento humano.
A deficiência aparece naqueles povos com dificuldades absorver a gordura, que
possua uma quantidade excessiva das gorduras e nos bebês prematuros. Causa a destruição
dos glóbulos vermelhos, degeneração muscular, em alguns casos anemias, aumento do
baço, esterilidade, aborto etc.
Importância da vitamina "E"
Atua como profilaxia de tais doenças degenerativas como, Alzheimer, Párkinson,
arteriosclerose e outras patologias que se originaram pela ação oxidante dos radicais grátis.
Alivia a fatiga, impede e dissolve os trombos sangüíneos e, junto com a vitamina
"A", protege os pulmões da contaminação. Fornece o oxigênio ao organismo e retarda
abaixo o envelhecimento celular, razão pela qual o corpo mantém a pessoa nova. Também
acelera a cicatrização das queimaduras.
É vital para o metabolismo do fígado e do tecido muscular liso; protege da
deterioração à glândula do supra-renal e é essencial nos colágenos e na formação elástica da
fibra do tecido do conjuntivo.
Absorção, destino e excreção
A vitamina “E” é absorvida pelo trato gastro-intestinal, onde a bile, desempenha um
papel muito importante e essencial.
A vitamina “E” distribui-se por todo tecido, todavia, a concentração plasmática do
tocoferol em recém-nascidos corresponde a cerca de um quinto dos níveis de sua mãe ,
sugerindo uma transferência placentária fraca.
As concentrações plasmáticas variam muito de indivíduo para indivíduo. Por isso, a
medida da relação entre a vitamina “E” e os lipídeos totais do plasma tem sido usada para
estimular o estado da vitamina “E”.
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Fontes de Vitamina "E"
Germe de trigo, óleos (girassol, milho, soja), verduras, gema de ovo, leite,
amêndoas, avelãs, castanhas, azeite, Cereais, hortaliças com folhas verdes, legumes, óleos
vegetais, laticínios, amendoim, abacate, brócolis, ameixa, espinafre, espargos, maçã,
bananas, tomate e cenoura.
VITAMINA K
Em 1935, Dam em Copenhagen descobriu uma severa doença hemorrágica em
uma ninhada de frangos com proporção adequada em todas as vitaminas até então conhecidas
e as substâncias dietéticas . O fator anti-hemorrágico foi nomeado vitamina K ou
koagulationsvitamin (A letra k deriva da palavra alemã koagulation)
A vitamina foi isolada e sintetizada em 1939.
PROPRIEDADES FÍSICAS E QUIMICAS
A vitamina k existe em pelo menos três formas , todas pertencentes a um grupo
de compostos bioquímicos conhecidos como quinonas.
Vitamina k1 (filoquinona )-que ocorre em plantas verdes
Vitamina k2 ( menaquinona )-que é formada como resultado da ação bacteriana
no trato intestinal.
Vitamina k3 (Nenhuma das formas de vitamina k é armazenada em quantidades
apreciáveis .
A vitamina k é razoavelmente resistente ao calor .A vitamina não é destruída
com métodos comuns de cozimento e devido ao fato da vitamina k ser lipossolúvel ,é que não
há perda na água de cozimento.
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A FORMULA ESTRUTURAL GERAL DAS VITAMINAS K
Vitaminas K1:
CH3 CH3
R = CH2 – CH2 – CH = C - CH2 - CH2 - CH2 – CH - CH3
3
Vitamina K2:
CH3 CH3
R = CH2 – CH = C - CH2 – CH2 – CH = C - CH3
N= 1-12
Vitamina K3:
R = H
As formas sintéticas são muito pouco solúveis em água; existem as formas
hidrossolúveis de menadiona ,que são mais estáveis ,embora menos ativas , isso ocorre porque
as vitaminas k1 e k2 falta uma longa cadeia lateral da vitamina natural.
O organismo deve adicionar a cadeia lateral a menadiona antes que ela possa
funcionar como vitamina k.
As vitaminas k1 e k2 são óleos amarelados sensíveis á irradiação ultravioleta e
facilmente destruídas pôr oxidação. A menadiona é um pó cristalino , amarelo claro.
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ABSORÇÃO
A absorção da vitamina k requer bile e suco pancréatico , pôr ser lipossolúvel , é
dificultada pelos mesmos fatores que prejudicam a absorção das vitaminas A,D,e E .
Após a absorção na parte superior do intestino ela é incorporada aos
quilomicrons e lipoproteinas é carreada pelo fígado .
Quando ela atinge a circulação sangüínea pela via linfática mais de 80%
fixam–se em proteínas plasmáticas .
O uso contínuo de antibióticos e sulfamídicos pode ocasionar destruição da flora
intestinal (que é responsável pela síntese da vitamina k ).
A eliminação da vitamina k é feita pelas fezes.
FUNÇÕES
A vitamina k funciona no fígado como um cofator essencial para a carboxilase ,
favorecendo a produção de protombina (fator ll ) e fatores Vll, lX e X .
Na ausência da vitamina k , os de coagulação não funcionais são sintetizados ,
resultando em hemorrágias .
As drogas cumarinicas anticoagulantes varfarim e dicumarol agem impedindo a
coagulação , antagonizando a ação da vitamina k .
E devido a este fato que alimentos ricos em vitaminas k são omitidos da dieta
enquanto a pessoa esta tomando estas drogas .
E deve–se evitar a administração de dose altas da vitamina k em crianças
prematuras , podendo provocar hiperbilirrubinemia.
À carência pode provocar hipoprotrombinemia (redução de protrombina )que
leva á hemorragia ;
E isso pode estar associado á obstrução biliar , porque a vitamina é lipossoluvel
então não é bem absorvida sem a presença da bile.
-sindromes de má absorção .
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-doenças hepatocelular , as células lesadas ficam incapazes de produzir os fatores
da coagulação que dependem da vitamina k .
Medidas
Recomendações Nutricionais
O nível recomendado é de ug/kg de peso corpóreo ,cerca da metade é suprida
pela síntese intestinal e o restante pela dieta .
Especialidades farmacêuticas
Via oral
Knakion (Roche)- solução oral a 50 mg de vitamina k1 pôr ml.
Synkavit (Roche) –comprimidos a 10 mg de vitamina k , pôr ampola de /ml.
Solução injetável de vitamina k
Vitamina k (vital Brazil ) –solução injetável a 4 mg de vitamina k pôr ampola de
/ml.
FONTES
A vitamina k é encontrada em grandes quantidades em vegetais de folhas verdes,
especialmente brócolis, repolho, nabiça e alface. Outros vegetais, frutas, cereais, produtos
lácteos, ovos e carnes contêm quantidades menores .Uma dieta mista comum fornece cerca de
300 a500 ug/dia de vitamina k. Uma quantia significante é formada pela flora bacteriana do
trato intestinal
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CONCLUSÃO
A palavra “VITAMINA” faz com que venham à mente da maioria das pessoas o
significado de uma coisa ótima para a saúde, que só pode fazer bem, e que quanto mais se
obtém no organismo, mais saudável a pessoa se torna.
Infelizmente as informações nem sempre chegam completas às pessoas: As
vitaminas são sim de um modo geral importantíssimas para nosso organismo, mas com
uma grande observação, em dosagens corretas, de modo que as mesmas não sejam inferior
nem superior à dosagem recomendada.
Devemos lembrar que cada tipo de vitamina tem sua determinada importância em
nosso organismo, e que se as mesmas puderem ser obtidas através dos alimentos
naturais,tanto animal como vegetal, melhor ainda, isso evitará a necessidade do consumo de
suplementos vitamínicos vendidos em farmácias. E que as vitaminas ingeridas por nós
também precisam de um empurrãozinho para poderem agir, assim como exposições à luz
solar considerando isto uma necessidade corporal, independente da estética, cultura ou
religião.
É ressaltável que o público compreenda as necessidades das vitaminas, assim como
suas conseqüentes complicações tanto da sub, quanto da supra-administração de
Vitaminas.E essa compreensão fará com que a saúde humana avance rumo a uma vida sem
tantas complicações.
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