Viver Conviver - graiche.com.br · Turma da Mônica internacional, em Angola, a atual tiragem de...

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condomínios - locações - vendas Ano IV - Número 12 Viver Conviver & O pai da “turma” que hoje é lida em mais de 20 idiomas Mauricio de Sousa

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condomínios - locações - vendas

Ano IV - Número 12

Viver Conviver&

O pai da “turma” que hoje é lida em mais de 20 idiomasMauricio de Sousa

A revista “Viver & Conviver” está de cara nova. Após três anos do seu lançamento, chegou a hora de mudar a roupagem deste impor-tante canal de comunicação. Aumentamos o número de páginas, aprimoramos o projeto gráfico e decidimos trazer ainda mais infor-mação, entretenimento e cultura.

Com quase 40 anos de história, a Graiche busca a constante me-lhoria dos seus serviços e valoriza a qualidade do relacionamento com seu público. Por isso, a partir desta edição, você passará a re-ceber outro presente: “A Turma do Jotinha”, que traz passatempos, jogos didáticos e as divertidas histórias protagonizadas por Jotinha e seus amigos JuJu, Seu Toninho e o cachorrinho Picolé. A revista infantil foi elaborada com um roteiro e uma linguagem específicas para atingir diretamente as crianças, abrangendo uma faixa etária que pode variar entre os 5 e os 12 anos de idade. Assim, de forma lúdica, “A Turma do Jotinha” traz mensagens e ensinamentos sobre respeito ao próximo, cuidado com o meio ambiente e valorização da família e da amizade.

Voltando à “Viver & Conviver”, nesta edição a capa é Mauricio de Sousa. A entrevista nos mostra a vida real (pai, empresário e sonha-dor) do homem que criou a “turma” mais conhecida e amada por tantas gerações no Brasil – e fora dele.

Dentro da proposta de oferecer uma leitura mais agradável, dinâ-mica e informativa, as outras reportagens aproveitam o verão para abordar temas correlatos, como os cuidados com a pele, cabelos e unhas que, durante o verão, devem tornar-se ainda mais intensos e freqüentes. Já na página 12 você encontra uma proposta tentadora para curtir as férias sobre as águas e, na sequência, refresque-se na nova seção “Gastronomia” com a receita do Sorvetone.

Essas e outras matérias, como a de decoração – que ensina a tornar sua casa mais aconchegante por meio de uma iluminação adequada – ou a de serviços – que relata o inusitado mercado dos maridos de aluguel – completam a “Viver & Conviver”, que agora está ainda mais próxima do leitor, tocando e tratando de assuntos tão íntimos e fundamentais no seu dia a dia.

Toda a equipe da Graiche deseja aos amigos, clientes e parceiros um ótimo Natal e um feliz 2011! Boa leitura, e até a próxima edição!

Uma publicação da

Graiche Construtora e Imobiliária Ltda.

Presidente: José Roberto Graiche

Conselho Editorial:

José Roberto Graiche Júnior

Luciana Martins Graiche

José Rodrigo Martins Graiche

Editores:

Adriano De Luca (Mtb 49.539)

Juliano Guarany De Luca

Projeto Gráfico/Diagramação:

Julliane Bellato

Reportagem: Verônica Petrelli

Comentários e sugestões:

[email protected]

Tiragem: 25 mil exemplares

Capa: Lailson dos Santos - divulgação MSP

GRUPO GRAICHERua Treze de Maio, 19541o, 2o, 3o e 4o andares01327-002 São Paulo SPTel.: 55 11 [email protected]

Esta publicação é produzida por:

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Os artigos e matérias assinadas não refletem necessariamente a opinião da revista.

José Roberto GraichePresidente

Nesta Edição

Mauricio de Sousa / 04Cuidados de Verão / 08Decoração / 10Cruzeiros Marítimos / 12Sorvetone / 14Maridos de Aluguel / 16Choro de bebê / 18

04 14

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4 ENTREVISTA

Chegando à sala de reunião da Mauricio de Sousa Produções, a reportagem deparou-se com pãezinhos de queijo sobre a mesa – mero detalhe ou gentileza, o fato é que estava criada uma atmosfera de “casa da vovó” com quitutes da infância. Ao lado, vários lápis de cor estampados com os personagens da Turma da Mônica recheavam dois potes. Nas paredes, quadros dos personagens que acompanharam a infância e a juventude de muitas gerações. Foi em meio a esse cenário que Mauricio de Sousa surgiu para o bate-papo com sua camisa xadrez, o largo e constante sorriso e um jeito calmo, quase manso, para contar suas histórias.O maior cartunista do Brasil completou 75 anos de idade no mês de outubro e recentemente foi homenageado por seu

meio século de trabalho com um livro comemorativo, no qual 50 cartunistas redesenharam à sua maneira a Turma da Mônica. O gosto pelo que faz já lhe rendeu o prêmio “Es-critor UNICEF para Crianças”, a tradução dos quadrinhos da Mônica para 20 idiomas, o lançamento do primeiro Parque Turma da Mônica internacional, em Angola, a atual tiragem de 400 mil exemplares mensais da Turma Jovem e o carinho de 300 funcionários diretos (fora os mais de 30 mil emprega-dos indiretos). E, mesmo tendo que abrir mão de desenhar para focar a administração de seus negócios, Mauricio nun-ca perdeu a paixão pelos traços: enquanto está ao telefone, costuma rascunhar personagens novos, os quais foram mostrados durante a entrevista.

O pai da turmaPor Verônica Petrelli / Fotos GRAPPA

Quando você começou a desenhar?Todo mundo começou a desenhar. Você de-senhou, eu desenhei, todo mundo desenha antes de escrever, antes de fazer alguma coisa. Rabisca, finge que está escrevendo, desenha também... Então eu, como toda criança, também ficava desenhando. A dife-rença é que a maioria das crianças, depois de algum tempo, faz outra coisa na vida; e eu estou fazendo a mesma coisa até agora. Cresci em um ambiente propício para as ar-tes. Minha mãe era poetisa. Meu pai era bar-beiro nas horas vagas para ganhar dinheiro, mas fazia um monte de outras coisas que não davam dinheiro, mas davam prazer. Ele pintava, compunha, fazia desenhos, poesias, era repentista, fazia discurso para políticos... fazia de tudo. E eu cresci nesse ambiente. E, no tempo em que o gibi era proibido, ele me dava gibis. E ali eu aprendi a ler. Com quatro, cinco anos, eu já estava lendo por minha conta, porque minha mãe cansou de ler para mim. Como eu estava lendo, e gostava de desenhar, logicamente começou a brotar aí a minha vontade de escrever e fazer as minhas histórias. É natural. Então lá ia eu, quando estava na escola, fazer os meus gibizinhos, com as histórias baseadas nos meus amiguinhos.

Bem mais tarde você viria a trabalhar em rádio e jornal. Como foram essas experi-ências?Quando eu não conseguia ser desenhis-ta e precisava de um emprego, eu entrei na reportagem em uma época da vida em que a reportagem policial é uma aventura, uma gostosura. Com uns 20 anos, em um

grande jornal, com jipe à disposição, com fotógrafo acompanhando, escrevendo e milhares de pessoas lendo, faz bem para o ego, não é? Então eu me sentia Dick Tracy, o personagem da história em quadrinhos. Era minha grande aventura. E eu era o per-sonagem. Porque naquele tempo eu ainda tinha ranços de timidez, então eu punha o chapéu, a capa de detetive e mudava minha personalidade. Aí eu era o superrepórter. Eu falava com quem quer que fosse de igual para igual, sem problema nenhum. Eu tinha coragem de perguntar. Mas em todo esse tempo trabalhando como repórter policial, eu dei a sorte de nunca ter pegado uma tragédia. Eu tinha vertigem e desmaiava se visse sangue.

E como você começou a desenhar no jornal?Quando o fotógrafo não conseguia tirar foto de algum lugar, de alguém, de algum “ban-didão”, eu desenhava. Assim, comecei a ser reconhecido como desenhista pela chefia da redação. Depois de cinco anos, fiz a minha tirinha do Bidu e o pessoal resolveu publi-car. E daí em diante larguei a reportagem policial.

Você encontrou muitas dificuldades para transportar suas criações dos quadrinhos para os desenhos animados?

A dificuldade do desenho animado é o custo. Exige um trabalho em equipe e é caro. Eu era sozinho e não tinha dinheiro. Então, du-rante muitos anos, eu fiquei fazendo só as ti-rinhas de jornal e sonhando com o desenho animado. Aí eu dei uma sorte... Eu fiz uma tirinha com a Mônica puxando um elefante, fazendo uma gozação com o extrato de to-mate “Cica”. Essa tira foi vista pela agência de publicidade que fazia a propaganda da “Cica”, e eles me ligaram perguntando se podiam utilizar aquele tema para abrir uma campanha para a empresa.

Quais foram os maiores desafios ao longo de sua carreira?Dar conta de atender a demanda crescente. Tudo o que nós fazemos, modéstia à parte, as pessoas gostam muito. A minha maior dificuldade é atender essa demanda sem ter sócios ricos, sem ter investidores, sem perder a independência, sem me curvar a algumas exigências legais, governamentais e econômicas. A gente tem que defender a nossa filosofia, a arte da gente, a nossa história, o que nós fazemos. Eu tive alguns confrontos sérios para defender a indepen-dência de tudo o que construí. Em diversos momentos fui ameaçado, inclusive para proibirem o Chico Bento, que fala errado, com seu sotaque caipira. Então, há esses

Da esq. para a dir., o primeiro gibi da Turma, o atual Turma Jovem e duas versões: em espanhol e inglês

“A gente tem que defender a nossa filosofia, a arte da gente, a nossa história, o que nós fazemos.

Eu tive alguns confrontos sérios para defender a independência de tudo o que construí.”

obscurantismos que a gente enfrenta de vez em quando, mas isso vai existir sempre. Só que você não pode se curvar diante disso: se dobrou a coluna, não levanta mais.

E quando começou o seu sucesso no exte-rior, efetivamente?Houve diversas ondas. Em meados dos anos 80, por exemplo, catorze países da Europa já estavam com revistas nossas. Só estava faltando o desenho animado; eu não tinha isso. No desenho animado eu perdi. A onda japonesa de desenhos, tipo “mangá”, aliada a outros concorrentes, fizeram com que eu refluísse. Depois, peguei a década de 90, que foi difícil para o Brasil economicamente. E

agora nessa década que passou nós recons-tituímos o processo de desenho animado, que está dando nessas maravilhas que você está vendo por aí. Como a Turma do Pena-dinho, por exemplo, que no final de semana do Halloween foi exibida em formato 3D no Cartoon Network.

Como você vê o surgimento das novas tec-nologias? Você acha que elas vão influen-ciar na criação de quadrinhos?Sim. Onde se abrirem plataformas novas, nós temos que estar lá. Nos sites, nos ga-mes... Nós temos que entrar em tudo. Sem medo e com ousadia. Nossa dificuldade não é plataforma: quanto mais plataformas hou-ver, melhor. Nosso trabalho maior é manter

a produção de conteúdo. Hoje, nós somos uma fábrica de conteúdo, e não uma fábrica de desenho. Os roteiristas antigamente es-tavam todos aqui em São Paulo. Hoje, eles estão espalhados pelo país inteiro. Tenho ro-teiristas de Belém do Pará até Porto Alegre. Quando eles trabalhavam juntos, eu notava que havia uma repetição, uma mesmice nas histórias, pois todo mundo estava recebendo as mesmas influências externas. E isso era natural. Assim, eu pedi para o pessoal sair desse trânsito e buscar novos caminhos. Hoje, cada um deles tem um estilo vivo e di-ferente, crescendo sozinhos, e muitas vezes com influências regionais que enriquecem mais ainda a história.

E a questão da linguagem, que vai mu-dando de acordo com as gerações?Os personagens não falam igual a vinte anos atrás. E, como eu tenho que ver tudo e já sou vetusto, tenho uma certa idade, eu co-loquei a minha filha Marina para me ajudar nas avaliações das histórias. Mas isso ela já faz desde os sete anos de idade (hoje ela está com 24). Eu sempre comparava a mi-nha avaliação com a dela, sem ela saber. Aí ela cresceu, ficou linda e maravilhosa, quer trabalhar, desenha igual a mim e, principal-mente, é muito boa no roteiro. E de algum tempo para cá começou a ocorrer um fenô-meno: as minhas opiniões com as dela não estavam mais batendo. Aí eu pensei: “o que está acontecendo? A Marina sempre me acompanhou, sempre pensou como eu”. E fui ver que, na verdade, é ela quem está cer-ta. Eu estou com três camadas culturais e ela está com a atual. Eu tento me reciclar, mas a expressão e o jeito de encarar tam-bém pesam.

E a Turma da Mônica Jovem? Foi uma es-tratégia de marketing para conquistar outros públicos?Sim. Eu estava perdendo público. Havia um hiato entre o pessoal que parava de ler aos dez anos e que voltava depois dos vinte anos, quando casava e comprava as revistinhas para os filhos. As pessoas ficavam cerca de doze anos longe da Turma da Mônica. Re-solvi apressar o processo. Agora temos que

fazer o Chico Bento jovem. Esse tem que ser um personagem espetacular, para não decepcionar o público. E vai dar trabalho... A Turma da Mônica Jovem é a nossa revis-ta mais vendida, uma das mais vendidas do mundo.

Sente falta em deixar de desenhar para administrar o seu negócio? Lógico que eu sinto! Por outro lado, o que eu faço também é muito curioso e fascinante. Então compensa um pouco. Mas enquan-to eu estou telefonando, fico desenhando um pouquinho para não perder a mão. O Horácio é o único que continuo fazendo as histórias quando tenho tempo, mas tive que parar um pouco por enquanto. Terei que retornar ao Horácio novamente, porque a partir do ano que vem ele começa a sair no Japão outra vez, e quero elaborar um ma-terial bom.

E como surgem os personagens? Quando eu preciso mesmo, a necessidade de um personagem nasce antes do próprio personagem em si. Por exemplo: atual-mente, no meio das minhas histórias, sinto a falta de um personagem que seja líder em alguns aspectos e que fale de economia. E eu tenho um filho que é o próprio. Chama-se Marcelinho. Está com onze anos e é o me-nino econômico: é cuidadoso, pergunta os preços, aplica a mesada... Então eu negociei com ele nos últimos anos e ele topou virar um personagem. Ele vai ser o chato da his-tória. Vai falar para a Magali parar de gastar muito dinheiro com frutas, vai falar para a Mônica parar de bater nos outros com o co-elho para não estragar e sujar a pelúcia... O Marcelinho e o Cascão vão se dar bem, por-que o Cascão pratica a reciclagem, aprovei-tando sucata para fazer brinquedos. Assim, em todas essas historinhas há um tipo de

6 ENTREVISTA

“(...) em todas essas histórias há um tipo de

mensagem que é passada para as crianças (...)”

mensagem que é passada para as crianças, com conselhos e orientações, trazendo a moral da história.

As gerações que te acompanham são mui-to variadas. Como é lidar com um público tão diversificado?Todo mundo é igual. A criança é tão inteli-gente quanto o adulto. O adulto, se você der uma lapidada, volta para a ter uma cabeça sem preconceitos. Então, eu acredito que o espírito não tem idade. E eu falo com o es-pírito das pessoas, usando a sensibilidade. Nunca criei um personagem pensando na divisão de faixa etária. No começo, quando escrevia tiras de jornal, eu nem imaginava que iria me tornar um escritor infantil. As pessoas simplesmente me rotularam com esse título. E eu fui surpreendido com rela-ção a isso.

O Horácio é uma personificação sua?O Horácio fala mais de mim, mas não chega a ser uma personificação minha. É que ele não é um cachorro, nem um menino, nem uma menina; é um animal (talvez seja um dinossauro), e com o animal você pode fa-bular. Como os grandes escritores do pas-

sado, que criticavam a sociedade por meio de fábulas. Então, o Horácio permite que eu fabule, e quando eu fabulo, emito minha opi-nião. O Horácio é o meu arauto.

Qual é o seu personagem favorito?Não existe isso... Não tenho um preferido. O gostoso é ter a liberdade de criar e cuidar de cada um como se fosse um filho. E, na ver-dade, eles são filhos mesmo.

E quais são as novidades referentes ao novo Parque da Turma da Mônica?Nós estamos estudando uma área perto de Santo Amaro, e tudo indica que lá será o novo Parque da Mônica. Mas também esta-mos vendo outras coisas. Em breve, estare-mos inaugurando nosso primeiro parque na África, em Luanda. Além disso, temos par-ques em hoteis e resorts. Estão pipocando coisas boas nessa área. E, se tudo der certo, em três anos teremos três áreas de lazer aqui em São Paulo: uma da Mônica, outra do Cebolinha e outra do Chico Bento.

E como foi a mudança da Editora Globo para a Panini? Qual o objetivo?Foi já em busca do mercado internacional.

A Panini é uma multinacional e fez algumas propostas interessantes para nos espalhar-mos pelo mundo. No começo não vingou, mas agora está dando certo. No ano que vem nós devemos estar em mais 5 países grandes: Itália (lá já estamos na televisão, mas na revista ainda não) e Alemanha são alguns exemplos. Atualmente, o país em que os quadrinhos e desenhos da Mauricio de Sousa Produções estão mais fortes é a Indonésia. Já as tiras de jornal saem em 60 países. E o principal personagem exportado é o Ronaldinho Gaúcho. A Mônica vem em segundo lugar.

O que é sonho para você?Há pessoas que acham que o sonho é aque-la coisa que você imagina e é impossível. Outros acham que é aquela coisa etérea, a nuvenzinha. Esse tal de “sonho” que a maio-ria das pessoas entende como um objetivo, uma meta, é talvez o meu céu. Porque o meu céu está cheio de nuvenzinhas e ideias, que estão ali prontas para eu dar uma pu-xadinha e executar, realizar. Eu acho que você tem que ter o sonho adequado ao seu momento, sem ficar imaginando coisas im-possíveis. Se existe alguma coisa difícil e distante, você vai se pendurando no meio do caminho até chegar ao último sonho que você deseja mais. Mas eu sou meio realista nesse ponto. Eu acho que a pessoa tem que ter metas. E, é claro, estar sempre satisfeita consigo mesma.

“Todo mundo é igual. A criança é tão inteligente quanto o adulto. O adulto, se você der uma lapidada, volta a ter

uma cabeça sem preconceitos.”

Na foto da esquerda, Mauricio mostra os “rabiscos” que faz para não perder o “jeito”

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8 CuIdE-SE

Com a chegada do verão, uma das estações mais esperadas do ano, muitos aproveitam o clima de sol para pegar um

bronzeado e fazer passeios com a família em praias, parques e piscinas. Contudo, acabam esquecendo-se de

que o cuidado com a pele, os cabelos, as unhas e os pés é essencial, não só nesses momentos, mas cotidianamente.

Atentar-se à higiene pessoal e à alimentação é primordial. Além disso, a utilização de cremes e pomadas também é relevante, dependendo do

biotipo de cada um.

A PELE

Segundo estatísticas do Instituto Nacional do Câncer, o câncer de pele é o de maior incidência no Brasil e está diretamente re-lacionado ao contato direto com o sol. São muitas as pessoas que se expõem aos raios ultravioletas sem a devida proteção.

No entanto, esse não é o caso de Priscila Nishimori, estudante de jornalismo de 24 anos. “Não gosto de passar protetor no ros-to por causa da oleosidade natural da minha pele, mas nem por causa disso deixo de me cuidar. Uso maquiagem com filtro. Depois tiro tudo com muita água e sabão. Só uso protetor com FPS 30 ou mais quando fico mais exposta ao sol”, conta.

Já Clélia Apparecida Minervini, de 71 anos, afirma que nunca deixa de passar filtro solar nas mãos. Assim, ela evita as manchas indesejadas nessa área tão exposta. “O se-gredo é o protetor solar. Também gosto de passar hidratante no corpo todo, e particu-larmente uso dois tipos de creme no rosto: um durante o dia e outro à noite”. Porém, segundo Clélia, mais importante do que passar cremes aleatoriamente é a procura de um dermatologista apropriado. “Vou à dermatologista esporadicamente. Acredito que todos precisam da orientação de um profissional, que vai indicar o tipo de creme mais apropriado para cada tipo de pele”.

Tal fala de Clélia é endossada pela médica dermatologista Marta Moreno Viwian, que atende em consultório próprio e trabalha no CAISM (Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher), em São Bernardo do Campo. De acordo com a médica, alguns produtos de perfumaria são inadequados, não surtin-do o efeito desejado. Quanto à proteção da pele, a recomendação é categórica: “o filtro solar deve ser aplicado a cada duas horas no decorrer do dia inteiro. Mesmo que seja à prova d’água, é interessante retocá-lo de-pois de sair da água. E piscina somente an-tes das 10h00 ou depois das 16h00”, diz.

Para quem deseja, além de ter a pele protegida, priorizar também o bronzeado, a dica da médica é ingerir tipos específicos de alimentos. “O tomate, mamão, cenoura e manga, por exemplo, são ricos em beta-caroteno, substância que auxilia na forma-ção de melanina e ajuda na pigmentação da

pele”, afirma Marta.Já a médica Isabel Martinez, integrante

da Sociedade Brasileira de Dermatologia, lembra que o filtro solar deve ser aplicado em todas as áreas, como orelhas, boca e couro cabeludo, e dá outra dica interessante para quem vai se expor ao sol: “É importan-te usar roupas, bonés e chapéus com fator de proteção solar. Essa linha de produto já é comercializada em lojas específicas”, conta Isabel.

A estudante Priscila Nishimori opina que estar atenta à saúde da pele é essencial para o bem-estar diário. “A pele é nossa roupa natural. Assim como não gostamos de ves-timentas rasgadas ou manchadas, também não posso deixar esse órgão humano, que fica tão exposto, descuidado. A pele é nosso primeiro protetor contra agentes externos e abrange a maior área de sensibilidade do nosso corpo”.

OS CABELOS, AS UNHAS E AS MICOSES

Além da pele, os cabelos acabam sen-do mais danificados nos períodos quentes. Queda, fios ressecados e opacidade são al-guns dos sintomas manifestados durante o verão. Não diferente, as micoses – infecções causadas por fungos – também são comu-mente encontradas nos pés e nas unhas, principalmente nessa nova estação. Fruto do tempo quente e úmido, essas lesões po-dem ser evitadas com procedimentos bási-cos.

“A maioria dos pacientes que eu atendo nessa época do ano busca um tratamento para as micoses. É algo muito procurado. Há também o interesse em tratamentos es-pecíficos para a hidratação dos cabelos, a fim de não deixar os fios ressecados”, ressalta a médica Marta Moreno Viwian. Segundo a dermatologista, é importante evitar o uso do secador de cabelo nesse período e passar um creme nos fios após o banho. Com rela-ção às unhas, deixá-las sempre bem limpas

e aplicar cremes hidratantes específicos é primordial para evitar os fungos. “Manter os pés bem secos depois das piscinas e banhos de mar é uma importante medida. Não se deve tirar as cutículas, para que não haja machucados na área. Além disso, o pé tem que estar arejado sempre. Usar sandálias e calçados abertos”, explica.

A dermatologista Isabel Martinez, por sua vez, aponta que beber bastante água é algo essencial para a saúde dos cabelos, dos pés e do corpo todo. E mais do que isso: o fator emocional é um elemento que influi extre-mamente. “Já está comprovado. O estres-se causa diversas alterações hormonais,

levando a sérios problemas. Por isso, o eli-xir da beleza é ser feliz e relaxar o máximo possível”.

É isso que Clélia Apparecida Minervini procura fazer em seu dia-a-dia, além de cuidar de seu corpo de um modo geral. Tudo isso, de acordo com ela, proporciona a autoestima do indivíduo. “É uma demons-tração de carinho conosco mesmas, para que possamos olhar no espelho e nos sen-tirmos maravilhosas. Isso gera um fortale-cimento interior muito grande. E é a nossa força interior o que mais importa, acima de qualquer coisa”.

“O filtro solar deve ser aplicado a cada duas horas no decorrer do dia inteiro. Mesmo que seja à prova d’água, é interessante retocá-lo depois de sair da água.”

Iluminacao: ~´

A Torre Eiffel de Paris, o Castelo da Cinderela da Disney, o Monumento às Bandeiras de Victor Brecheret, o Coliseu em Roma. Todos esses ícones têm em comum um aspecto crucial: levam uma esplendorosa iluminação à noite, chamando a atenção dos que passam e dando um ar pomposo ao monumento. A luz acaba servindo até como elemento escultural, ao destacar o ponto turístico à distância.

10 dECORACAO

o detalhe que traz elegância e bem estar ao ambiente

Na foto da esq., na sala de estar e também de jantar ocorre a utiliza-ção de diferentes tipos de lustres e luminárias de maneira separada, além do aproveitamento da luz natural com a grande janela da sala de jantar. Na foto da dir., exemplo de integração entre a luz natural e a luz artificial numa área de convivência.

Apesar da efetiva elegância que uma iluminação bem planejada traz aos ambientes, ainda não são todos que pensam no assunto ao decorar ou re-formar seu apartamento. A “Viver & Convi-ver” procurou a opinião de alguns arquite-tos, especialistas em design de interiores, para entender como a iluminação de um ambiente deve ser estruturada.

Segundo a arquiteta Suely Marchesi, o morador tem que levar em consideração a disposição dos móveis e dos cômodos de sua casa. “Há muita criatividade no ramo, e encontramos facilmente luminárias de formatos e materiais inusitados, que fun-cionam por si só como peças decorativas. Se a peça for bem confeccionada, dura por muito tempo e, o mais importante, funcio-na com segurança: é preciso lembrar que a eletricidade deve ser bem manipulada, evitando acidentes, curto-circuitos e até in-cêndios”, diz.

Gerson Fernandes Brancalião, também arquiteto designer de interiores, afirma que a luz natural deve ser utilizada em abundân-cia nas residências, complementada pela iluminação artificial. De acordo com ele, a luz natural está constantemente associada à qualidade de vida. “O contato com a variação do tempo ao longo do dia é o que as pessoas sempre buscam, procurando informações sobre o clima externo”, alega. Porém, depen-dendo do ambiente, esse tipo de iluminação não é o mais adequado: “Galerias e museus são as grandes exceções. As peças, a menos que sejam projetadas para isso, não podem receber luz solar, sob pena de deteriorarem

irreversivelmente”,complementa Suely.Já com relação às casas e apartamentos,

especificamente, Suely afirma que a luz fria costuma ser utilizada para ambientes de trabalho (escritórios, ateliers, cozinhas) e a luz quente para ambientes de convivência. “Nos dormitórios, o ideal é a luz indireta ou difusa, com luzes pontuais para locais de leitura, estudo, brinquedo e em frente a es-pelhos. Estas últimas são direcionadas, mas podem ser fixas no teto, na parede, ou podem ser uma luminária móvel. Em banheiros, o usual é a iluminação geral clara, com luz especial ao redor de espelhos e banheiras, quando houver, permitindo cromoterapia, por exemplo. Cozinha e áreas de serviço, ateliers e oficinas, sempre com o máximo de iluminação, e o mais próximo da luz do dia, com luzes auxiliares sobre bancadas”.

Em se tratando de salas de jantar, a re-comendação da arquiteta é outra: uma ilu-minação pendurada, com foco inferior para não acertar os olhos dos residentes, torna o ambiente bastante aconchegante. “Em home theaters, é conveniente ter luminárias verticais em cantos fora da visão de quem está voltado para a televisão, de modo que não gerem reflexos na tela do aparelho”.

Uma pitada de charme e criatividade pode ser colocada em halls de entrada ou de ele-vadores. Nesse caso, de acordo com Suely, pode-se recorrer a um recurso diferencia-do: não utilizar mobiliário e escolher uma luminária vazada que esculpa a luz, criando

formas e sombras nas paredes.Gerson Brancalião opta por estratégias

um pouco diferentes quando o assunto é iluminação de cômodos. De acordo com ele, na sala de estar, por exemplo, a luz fica ace-sa durante muito tempo do dia, já que várias atividades são realizadas ali por longos perí-odos. “É aconselhável usar lâmpadas com-pactas ou tubulares nesse caso, por serem mais econômicas”, comenta. O contrário também é válido em ambientes onde as lu-zes são ligadas e desligadas com constância. “No banheiro, as lâmpadas normalmente fi-cam acesas por períodos curtos e são acio-nadas frequentemente. Por isso, o melhor seria usar as lâmpadas incandescentes. As luzes fluorescentes teriam o seu tempo de vida diminuído”.

Já na cozinha, Gerson aconselha o uso de lâmpadas fluorescentes tubulares grandes. “É recomendável também usar luzes foca-das em locais como pia, bancada ou mesa, onde são feitas atividades que requerem muita atenção, como, por exemplo, o pre-paro da comida”, observa. Em contraparti-da, luzes mais fracas em outros ambientes trazem calma e suavidade, sendo quase ce-nográficas.

Qualquer que seja o projeto, clássico ou moderno, vale lembrar que o seu conforto não deve ignorar o desperdício de energia elétrica; em tempos de sustentabilidade, mantenha em pauta o respeito ao meio ambiente.

“Nos dormitórios o ideal é a luz indireta ou difusa com luzes

pontuais para locais de leitura, estudo,

brinquedo e em frente a espelhos”

12 dIVIRTA-SE

Muitos dos viajantes que desejam desfrutar de paisagens naturais, aliadas ao conforto e ao bem estar durante a estadia, escolhem cruzeiros marítimos como opção ideal para o turismo. Afinal, além dos destinos paradisíacos e das paradas estratégicas em pontos específicos (como conhecidas praias e centros históricos), os navios possuem uma infraestrutura que oferece várias alternativas para passar o tempo: piscinas, cassinos, salões de dança, centros de convenção, restaurantes rebuscados, lojas etc. E mais: muitas das empresas de cruzeiros marítimos já proporcionam aos seus clientes cruzeiros temáticos, com o intuito de promover uma interação maior entre os cruzeiristas.

De acordo com a Abremar (Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos), nos últimos anos, o segmento teve um crescimento ex-ponencial de 623% e uma expansão média de 33% ao ano, sendo uma das áreas que mais cresce no turismo nacional. Dos viajantes que já passaram por essa experiência, 72,9% afirmam que não tro-cam o passeio de cruzeiro por uma viagem ao exterior do país.

Aproveitando a fama desse tipo de viagem, as empresas ofere-cem pacotes vantajosos e criativos. A MSC Cruzeiros, por exemplo, possui vários passeios temáticos, e dentre eles se destaca o Cruzeiro Mundo Fantástico. Com data marcada para o final de janeiro, passa por Santos, Ilhéus, Maceió, Salvador e Búzios, durando o equivalen-te a sete noites. O diferencial desse cruzeiro é a integração entre a família. Há programações dedicadas especificamente às crianças – festa à fantasia, gincanas, jogos, caricaturistas, oficinas e desfile de moda infantil – e também aos adultos, com palestras sobre conflitos entre pais e filhos e aulas de esculturas em papel e decoração. O navio fica todo ornamentado para a ocasião.

A empresa Ibero Cruzeiros, por sua vez, realizará o passeio temá-tico Anos Dourados, a fim de relembrar aos cruzeiristas o glamour das músicas dos anos 50. Com a programação composta até por baile de máscaras e marchinhas de carnaval, o cruzeiro ocorrerá em fevereiro e terá a duração de oito noites, passando por Santos, Buenos Aires, Punta del Este e Porto Belo.

A empresa Cruzeiros Temáticos Costa também oferece inú-meras opções para quem deseja fugir da viagem tradicional. Uma delas é o Cruzeiro Bem-Estar, que proporciona palestras com es-pecialistas em nutrição e saúde, vivências de Yogaterapia, aulas de alongamento, pilates, dança de salão, ginástica e acompanhamento pessoal na academia do navio. Para aqueles que desejam manter o físico mesmo nas férias. Ele ocorre no final de janeiro, e passa por Santos, Rio de Janeiro, Salvador, Ilhéus e Ilhabela, com duração de sete noites.

Além dos cruzeiros temáticos, uma boa opção são os transatlân-ticos. Por se tratarem de navios que saem da Europa e chegam ao

Brasil para a alta temporada (que vai até o final do verão no Hemis-fério Sul), o retorno dos navios à Europa acaba sendo uma ótima alternativa, com preços bem convidativos. Deste modo, o cliente pode fazer uma viagem marítima a vários destinos da Europa e retornar ao Brasil de avião, economizando no preço. A empresa Royal Caribbean já tem duas viagens nesse perfil marcadas para março de 2011.

Uma delas é a bordo do navio Splendour of The Seas. A embar-cação sairá do porto de Santos no dia 21 de março e o passeio terá duração de 14 noites. De acordo com o itinerário, o primeiro destino é a praia de Búzios. Depois, o navio passa por Salvador, Recife e fica navegando por seis dias. Em 02 de abril, atraca em Tenerife (Ilhas Canárias) e chega ao seu destino final, em Lisboa, no dia 04 de abril. Assim, o viajante retorna ao Brasil posteriormente, de avião. Nesse pacote, todas as taxas estão inclusas, exceto passagem de avião e estadia em Lisboa, sendo que uma cabine dupla custa, em média, de R$2.900 a R$3.200. Outra alternativa da Royal Caribbean é o Ma-riner of The Seas, o maior navio que atracará em costa brasileira na temporada 2010-2011. Ele partirá do porto de Santos no dia 13 de março e tem como destino final a cidade de Roma, na Itália. Essa viagem dura 14 noites.

A empresa MSC Cruzeiros também possui esses pacotes transa-tlânticos com preços vantajosos. Há promoções como “O 2º Hóspe-de é Grátis”, inclusive com o bônus aéreo da volta, dependendo das datas de saída dos navios. Nesse caso, basta consultar as agências de viagem que vendem os pacotes da MSC Cruzeiros para obter informações mais precisas. Dentre os destinos, estão Kiel (na Ale-manha), Veneza (Itália), Amsterdam (Holanda) e Gênova (Itália). Opções não faltam para quem quer se divertir sobre as águas. Con-sulte um agente de viagens e fique atento sobre as taxas cobradas, as documentações necessárias e os itinerários das empresas.

Os preços citados nesta matéria podem ser alterados sem aviso prévio e a disponibilidade das

datas deve ser consultada nas agências de viagem, empresas marítimas e operadoras de viagem.

14 GASTRONOmIA

“O Sorvetone é uma ótima alternativa para aproveitar o panetone que pode acabar sobrando na noite de Natal. Uma sobremesa fácil e que muda a forma de servi-lo.”

Ingredientes

01 Panetone01 lata de leite condensado01 lata de creme de leite sem soro01 colher de sopa de canela em pó1/2 pote de sorvete de chocolate

Modo de Preparo

1- Leve em uma panela o leite condensado com a canela. Cozinhe até ponto de briga-deiro.2- Adicione o creme de leite, sem soro, e mexa bem até ficar homogêneo.3- Enquanto o creme esfria, corte o paneto-ne na parte de cima, tirando o topo como se fosse uma tampa.4- Remova o miolo com uma faca, deixando cerca de 1 cm de borda.5- Quando o creme esfriar adicione o sorve-te de chocolate e misture. Reserve cerca de duas colheres de sopa do creme para “co-lar” de volta o topo do panetone.6- Despeje a mistura do creme com o sor-vete no interior do panetone.7- “Cole” o topo do panetone com o creme restante e leve-o ao congelador por cerca de 2 horas. 8- Sirva o panetone imediatamente após re-tirar do congelador. Sirva com frutas à sua escolha.

Palavra do Chef

Esta receita aceita variações. Trocando o sorvete e o sabor do creme, é possível obter inúmeras combinações e paladares dessa sobremesa. Além disso foi mantido o forma-to original do bolo, mas é possivel realizar o sorvetone de outras formas, como cortar o panetone em fatias grossas e montar como se fosse um pavê.

Danilo Miyaoka é chefe e professor de Gastronomia no Senac

Detalhe do Sorvetoneaberto

maridos de aluguel

16 SERVICO

Quem passa na rua e se depara com uma van vermelha, com os dizeres “Marido de Aluguel” escritos em branco, estacionada em frente a um edifício ou condomínio, pode se assustar ou achar que alguma coisa ali está muito esquisita. Mas, na realidade, o serviço que está sendo oferecido não tem nada a ver com a cura afetiva de mulheres em busca de um par. Trata-se de um profissional que se desloca até a moradia de pessoas que não sabem ou não têm tempo para consertar um chuveiro queimado, desentupir um encanamento, trocar uma lâmpada ou desemperrar uma porta.

Valdir Peres, conhecido como Billy, fundou a empresa “Marido de Aluguel” e já trabalha nesse ramo há cinco anos. “Tudo começou em março de 2005. Eu estava vendo uma entrevista no programa do Jô Soares em que um norteamericano montou uma agência para cuidar de serviços domésticos. Porém, com o tempo, eu percebi que uma agência não funciona com a mesma eficiência. As pessoas que-rem um ‘marido de aluguel’ único, alguém em quem confiem e que conheçam bem. É esse o diferencial do meu trabalho”, conta Billy.

Desde que começou a prestar esses serviços, ele afirma que já enfrentou de tudo: fez churrasco em festas e trocou pneu furado de madrugada. Uma cantada ou outra, claro, ele também já levou. “Atendo de dois a três clientes por dia e cobro R$70,00 por hora. Graças a Deus minha agenda está sempre lotada e a demanda é grande”, diz.

Billy já participou de programas de televisão, deu entrevistas, pa-lestrou na Fundação Casa (antiga Febem) e integrou trabalhos de conclusão de curso em faculdades: “Além de fazer algo que gos-to, consigo muitas amizades por onde passo”. Ele garante que sua clientela é majoritariamente feminina, sendo que grande parte das pessoas solicitantes mora sozinha. Porém, apesar disso, o “Marido de Aluguel” também atende o público masculino, idosos e empre-sas. “A maioria dos meus clientes mora na Vila Mariana, em Mo-ema, no Itaim, no Morumbi e Jardins. Desses, 85% são mulheres, 10% homens, 10% da terceira idade e 10% da área corporativa”.

Em se tratando do perfil dos clientes, algo bem diferente ocorre com Christian Salgado, da empresa “Seu Marido de Aluguel”. Ele iniciou a prestação de serviços domésticos em agosto de 2007 e afirma que as solicitações femininas não são a maioria. “É bastante equilibrado entre homens e mulheres. Recebemos pedidos inclu-sive de escritórios e empresas”. Depois de haver passado por uma crise de síndrome do pânico, Christian recebeu orientações mé-dicas para trabalhar com coisas das quais gostasse e lhe dessem prazer. Assim, descobriu na arte de consertar e reparar objetos um hobby eterno.

Ao comentar dos serviços oferecidos, Christian reforça que o mais solicitado é o ajuste de vazamentos de pias, vasos sanitários, sifões etc. “No final do ano, é muito grande a procura por pintura e reformas; a agenda fica lotada”. Ele também afirma que sua empre-

sa tem um diferencial em comparação às outras do mesmo ramo: a relação pai e filho. Afinal, Christian trabalha com seu pai nos conser-tos domésticos, algo que, segundo ele, causa uma relação amistosa e de confiança. “Fazemos bem feito para fazer uma única vez. Ten-tamos, na medida do possível, atender todos os clientes no menor prazo”, garante.

Outra empresa que também oferece serviços de manutenção re-sidencial, mas de uma maneira bem divertida e original, é a “PQM: Pra Que Marido”, que já possui filiais espalhadas por várias cidades do país. Ideia do empresário Alexandre Ortega, a franquia PQM co-meçou timidamente em 2003 e ganhou visibilidade pelo boca-a-bo-ca. Hoje, já conta com uma equipe fixa de funcionários e uma vasta rota de carros. No site da agência de serviços domésticos, a dona de casa ou o esposo podem escolher por tipos específicos de marido que desejam, de acordo com a necessidade e ocasião. Há o “Marido Gramado”, que cuida do jardim, corta a grama e faz a adubação das plantas. Existe também o “Marido Aquarela”, especializado em pinturas. Isso sem contar o “Marido Prático”, que realiza serviços simples que são renegados pelos esposos comuns: passeia com o cachorro, limpa a piscina e as calhas, lava as pedras e calçadas etc. Cada um tem a sua especialidade.

A “Viver & Conviver” separou os contatos de cada um dos “mari-dos”, para você poder escolher, requisitar o serviço e aproveitar o tempo livre para ficar longe dos consertos domésticos.

Marido de AluguelBilly (Valdir Peres)Telefones: (11) 3924-2032 /(11) 9198-4554www.maridodealuguel.com

Seu Marido de AluguelChristian SalgadoTelefones: (11) 8965-3813 / (11) 7441-6437 / (11) 7896-1158www.seumaridodealuguel.com.br

Pra Quê MaridoTelefones: (11) 2994-5000 / (11) 3729-9318www.praquemarido.com.br

CONSUlTE

O que eles podem fazer por você:

• Instalações de tomadas, interruptores, luminárias, chuveiros• Instalação de lavatórios, pias, tanques, fechaduras e dobradiças• Manutenção de encanamento e tubulações• Regulagens e instalações de portas, armários, camas, varais, cortinas

18 COmpORTAmENTO

A crianca pequena se expressa pelo choro

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Chorar é manifestação comum entre os lactentes (bebês com até dois anos de idade) e é o mais significativo dos comportamentos pré-verbais. O choro pode ter três classificações: “Normal”, “Excessivo” com causa definida ou “Excessivo” sem causa aparente.

A “cólica” do lactente está na categoria “choro excessivo sem causa apa-rente”. Prejudica o dia a dia dos pais e atrapalha o sono da criança e da família. Mais frequente no fim da tarde e começo da noite, é choro forte, estridente, e o bebê se contorce. Até hoje não se conhece bem essa “cólica”, que é considerada um sintoma complexo de dor abdominal. Tende a desa-parecer por volta dos três ou quatro meses de idade. O aleitamento mater-no exclusivo diminui muito a incidência desse tipo de choro. Medicalizar a “cólica”, ou seja, usar medicações em excesso, não é a conduta correta.

O ambiente doméstico deve ser calmo, para não deixar a criança ainda mais irritada.

Os pais devem se certificar que está tudo bem com o bebê que chora mui-to, isto é, se não tem fome, está trocado e confortável, sem excesso ou falta de roupas e com dimensões adequadas dessas roupas. É comum, pelo fato do bebê crescer rapidamente, que suas roupas fiquem logo apertadas e isso o incomoda muito.

Se os pais têm uma boa assistência pediátrica, sabem que seu filho está se desenvolvendo normalmente, e dialogam frequentemente com seu pe-diatra no consultório, não há motivo para preocupação em relação aos pe-ríodos de choro.

A relação sono-vigília não é tão bem organizada no início da vida e isso é um processo progressivo. O recém-nascido dorme de 16 a 20 horas por dia em ciclos de três a quatro horas, independentemente se é dia ou noite; com o passar das semanas é estabelecida uma melhor organização e o bebê passa a dormir mais durante a noite. Os pais devem “mostrar” à criança o que é dia e o que é noite administrando com sabedoria a exposição da mesma à claridade do dia ou à penumbra da noite. Tudo o que os pais não devem fazer é “confundir” o bebê que está começando a aprender a viver.

É necessário que todos compreendam esse período de transição que é ter um pequeno ser humano começando a vida dentro de uma família e os vizinhos precisam ter paciência em relação a essa fase passageira.

Clóvis Francisco Constantino é presidente

da Sociedade de Pediatria de São Paulo

Acesse: www.spsp.org.br