VIVIANIACEAE - Secretaria de Infraestrutura e Meio ...

2
363 VIVIANIACEAE -XOLDQD *DVWDOGHOOR 5DQGR 9LQLFLXV &DVWUR 6RX]D Ervas ou arbustos, anuais ou perenes, indumento variável. Folhas simples, decussadas, inteiras, FUHQDGDV RX GHQWHDGDV SHFLRODGDV D VpVVHLV Inflorescência terminal ou axilar, em cimeiras. Flores vistosas, ELVVH[XDGDV DFWLQRPRUIDV PHUDV RX UDUDPHQWH PHUDV FiOLFH FRP SUHÁRUDomR YDOYDU FDPSDQXODGR JDPRVVpSDOR VpSDODV QHUYDGDV FRUROD LPEULFDGD GLDOLSpWDOD JOkQGXODV QHFWDUtIHUDV DOWHUQDV jV SpWDODV GLVSRVWDV DR UHGRU GR DQGURFHX SpWDODV URVD URVDFKRTXH EUDQFDV DPDUHODV RX YLROHWDV HVWDPHV HP Q~PHUR LJXDO RX GXSOR DR GDV SpWDODV DQWHUDV ULPRVDV RYiULR V~SHUR ORFXODU JDPRFDUSHODU SODFHQWDomR D[LDO óvulos 2 por lóculo. Fruto FiSVXOD VHPHQWHV HVIpULFDV D RERYRLGHV JHUDOPHQWH DFKDWDGDV HPEULmR YHUGH e curvo, endosperma abundante. Vivianiaceae inclui quatro gêneros, Araeoandra Lefor, Caesarea Cambess., Cissarobryon Poepp. e Viviania Cav., e seis espécies. Ocorre exclusivamente na América do Sul, distribuindo-se na Argentina, no Chile, no Uruguai e no Brasil, mas a maior parte das espécies está concentrada no Chile. No Brasil ocorre apenas Caesarea PRQRWtSLFD 2 JrQHUR Mi IRL WUDGLFLRQDOPHQWH UHFRQKHFLGR HP *HUDQLDFHDH SRUpP PDLV UHFHQWHPHQWH WHP VLGR FRQVLGHUDGD XPD IDPtOLD D SDUWH $ GLIHUHQFLDomR HQWUH 9LYLDQLDFHDH H Geraniaceae pode ser feita prontamente pelo número de carpelos: três em Vivianiaceae e geralmente cinco HP *HUDQLDFHDH H SHOR WLSR GH IUXWR FiSVXOD HP 9LYLDQLDFHDH H HVTXL]RFDUSR FRP GHLVFrQFLD HOiVWLFD HP Geraniaceae. Lefor, M.W. 1975. A taxonomic revision of the Vivianiaceae. Occas. Pap. Univ. Conn. 2(15): 225-255. 5HLFKH . *HUDQLDFHDH ,Q $ (QJOHU . 3UDQWO HGV 'LH 1DWUOLFKHQ 3ÁDQ]HQIDPLOLHQ /HLS]LJ Wilhelm Engelmann, ed. 1, vol. 3(4), p. 14. 6RX]D 9& /RUHQ]L + %RWkQLFD 6LVWHPiWLFD JXLD LOXVWUDGR SDUD LGHQWLÀFDomR GDV IDPtOLDV GH Fanerógamas nativas e exóticas no Brasil, baseado em APG II. Nova Odessa, Instituto Plantarum, p. 289. Walter, B.M.T. 2010. Vivianiaceae. In R.C. Forzza et al. (orgs.) Catálogo de plantas e fungos do Brasil, vol. 2. Rio de Janeiro, Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Andrea Jakobsson Estúdio, p. 1687. 1. CAESAREA Cambess. 1.1. Caesarea albiflora Cambess., Més. Mus. Hist. Nat. 18: 374. 1829. 3UDQFKD ÀJ $& Ervas RX VXEDUEXVWRV SURVWUDGRV UDPRV FLOtQGULFRV GHQVDPHQWH ÁRFRVRV QRV UDPRV MRYHQV PHQRV denso nos ramos mais desenvolvidos. Folhas sésseis RX SHFtROR DWp FP OkPLQD ,5-5,ð,3-0,9cm, lanceolada ou oval, ápice agudo, margem crenada, EDVH WUXQFDGD DUUHGRQGDGD RX DWHQXDGD VHUtFLD QD IDFH DGD[LDO GHQVDPHQWH ÁRFRVD QD IDFH DED[LDO WRUQDQGR D epiderme totalmente coberta e esbranquiçada. Cimeiras D[LODUHV ÁRUDV SHG~QFXOR LQFRQVStFXR SHGLFHORV pêndulos, 1-4FP GHQVDPHQWH ÁRFRVRV Flores PHUDV cálice unido até a metade do seu comprimento total, 0,5-0,FP ÁRFRVR FRUROD UyVHD SpWDODV JODEUDV HP DPEDV DV IDFHV HVWDPHV FD PP DQWHUDV cordiformes a obovoides. Cápsula (1)2-3-loculicida, 3-4PP RERYRLGH KLUVXWD VHPHQWHV RUELFXODUHV FD 3mm diâm., vináceas ou negras. No Brasil ocorre no Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. E9. No estado de São Paulo há registros de uma única população. Material examinado: Cunha (Parque Estadual da Serra do Mar), XI.2006, E.J. Lucas et al. 456 (BHCB, CTES, ESA, HUEFS, INBIO, K, MBM, PEL, PORT, RB, SP, SPF). Material adicional examinado: RIO GRANDE DO SUL, Paraíso do Sul, VIII.1991, -$ -DUHQNRZ HW DO (ESA, PEL). SANTA CATARINA, Urupema, IV.2007, B. Loeuille et al. 223 (ESA). SÃO PAULO, Cunha (Parque Estadual da Serra do Mar), II.2002, V.C. Souza et al. 28011 (ESA). Concentradas em áreas abertas e bordas de ÁRUHVWD JHUDOPHQWH DVVRFLDGDV D iUHDV PDLV IULDV GH elevadas altitudes, Caesaria albiflora é a espécie mais Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, vol. 7. ISBN 978-85-7523-058-9 (online) Rando, J.G. & Souza, V.C. 2012. Vivianiaceae In: Wanderley, M.G.L., Martins, S.E., Romanini, R.P., Melhem, T.S., Shepherd, G.J., Giulietii, A.M., Pirani, J.R., Kirizawa, M., Melo, M.M.R.F., Cordeiro, I., Kinoshita, L.S. (eds.) Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo, vol. 7, pp: 363-364.

Transcript of VIVIANIACEAE - Secretaria de Infraestrutura e Meio ...

363

VIVIANIACEAE

Ervas ou arbustos, anuais ou perenes, indumento variável. Folhas simples, decussadas, inteiras, Inflorescência terminal ou axilar, em cimeiras. Flores vistosas,

óvulos 2 por lóculo. Frutoe curvo, endosperma abundante.

Vivianiaceae inclui quatro gêneros, Araeoandra Lefor, Caesarea Cambess., Cissarobryon Poepp. e Viviania Cav., e seis espécies. Ocorre exclusivamente na América do Sul, distribuindo -se na Argentina, no Chile, no Uruguai e no Brasil, mas a maior parte das espécies está concentrada no Chile. No Brasil ocorre apenas Caesarea

Geraniaceae pode ser feita prontamente pelo número de carpelos: três em Vivianiaceae e geralmente cinco

Geraniaceae.

Lefor, M.W. 1975. A taxonomic revision of the Vivianiaceae. Occas. Pap. Univ. Conn. 2(15): 225 -255.

Wilhelm Engelmann, ed. 1, vol. 3(4), p. 14.

Fanerógamas nativas e exóticas no Brasil, baseado em APG II. Nova Odessa, Instituto Plantarum, p. 289.Walter, B.M.T. 2010. Vivianiaceae. In R.C. Forzza et al. (orgs.) Catálogo de plantas e fungos do Brasil, vol. 2.

Rio de Janeiro, Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Andrea Jakobsson Estúdio, p. 1687.

1. CAESAREA Cambess.

1.1. Caesarea albiflora Cambess., Més. Mus. Hist. Nat. 18: 374. 1829.

Ervas

denso nos ramos mais desenvolvidos. Folhas sésseis ,5 -5, ,3 -0,9cm,

lanceolada ou oval, ápice agudo, margem crenada,

epiderme totalmente coberta e esbranquiçada. Cimeiras

pêndulos, 1 -4 Florescálice unido até a metade do seu comprimento total, 0,5 -0,

cordiformes a obovoides. Cápsula (1)2 -3-loculicida,

3 -43mm diâm., vináceas ou negras.

No Brasil ocorre no Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. E9. No estado de São Paulo há registros de uma única população.

Material examinado: Cunha (Parque Estadual da Serra do Mar), XI.2006, E.J. Lucas et al. 456 (BHCB, CTES, ESA, HUEFS, INBIO, K, MBM, PEL, PORT, RB, SP, SPF).

Material adicional examinado: RIO GRANDE DO SUL, Paraíso do Sul, VIII.1991, (ESA, PEL). SANTA CATARINA, Urupema, IV.2007, B. Loeuille et al. 223 (ESA). SÃO PAULO, Cunha (Parque Estadual da Serra do Mar), II.2002, V.C. Souza et al. 28011 (ESA).

Concentradas em áreas abertas e bordas de

elevadas altitudes, Caesaria albiflora é a espécie mais

Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, vol. 7. ISBN 978-85-7523-058-9 (online) Rando, J.G. & Souza, V.C. 2012. Vivianiaceae In: Wanderley, M.G.L., Martins, S.E., Romanini, R.P., Melhem, T.S., Shepherd, G.J.,

Giulietii, A.M., Pirani, J.R., Kirizawa, M., Melo, M.M.R.F., Cordeiro, I., Kinoshita, L.S. (eds.) Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo, vol. 7, pp: 363-364.

Vivianiaceae

364

em menor proporção quando comparadas com as de

Reiche (1897) sinonimizou Caesarea em Viviania, alterando o nome de duas espécies, (Cambess.) Reiche e V. montevidensis (Klotzch) Reiche, este último nome citado em diversos materiais coletados no Brasil. Porém, Lefor (1975) além de

Prancha 1. A-C. Caesarea albiflora Souza 28011). Ilustrações:

retomar o gênero Caesarea considerou todos esses

separava esses táxons era a cor da corola, alva em C. albiflora e rósea C. montevidensis.

Ilustrações em Reiche (1897) e Lefor (1975).

Lista de exsicatas

Jarenkow, J.A. Loeuille, B.Lucas, E.J. Souza, V.C.: 28011 (1.1).

Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, vol. 7. ISBN 978-85-7523-058-9 (online) Rando, J.G. & Souza, V.C. 2012. Vivianiaceae In: Wanderley, M.G.L., Martins, S.E., Romanini, R.P., Melhem, T.S., Shepherd, G.J.,

Giulietii, A.M., Pirani, J.R., Kirizawa, M., Melo, M.M.R.F., Cordeiro, I., Kinoshita, L.S. (eds.) Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo, vol. 7, pp: 363-364.