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PREÇOS:

No Rio $500Nos Estados.... $600

O Tico Tico publica os retratos de todos os seus leitores

tAC_ft_tV RIO

DE JANEIRO. 18 DE MARCO OE 1931

ANNoxxvn, .>c.ç£Isemik Goiabada descobriu a pólvora ¦*«»¦.—_".f_T\ *___TL Ar (Continuação)

x,. ^^'\__t-*:tQ-y ____, ¦¦ ¦_, «**»»—. . «wiu »¦- (—''-^v^nBggg^ // ipr~ ^^ :^%QM T\l/.1 I

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Presos pelo anzol que lhes atirara o avia-dor do acroplano. Carrapicho c Goiabada lo-ram retirados do mar e...

res como a pêndula de um .. .perigosa, entretanto, tinham escapado á

relógio, oscillando pelo espaqo. Embora não fúria do mar. e Ia se foram os dois

fosse muito agradável aquella viagem... feiro», se agarrar i cruz da torre dc uma...

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igreja onde o terreno era mais firme e as probabilidades de salvamento mais garantidas. Cá cm baixo, uma muhul5c.de curiosos es--acionava, recommenda .do aos dois desverjt jrados um pouco dc calma e cadência, ati a chegada do Ccrpo de .Bombeiros que jalinha sido reclamado,

HContitiúa^

O TICO-TICO — 2 13 — Março — 1931

mmm pimentü de mellTELEPHONE 4-5325

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(Dr.), Broch 4S000fíumorismos innocentes, de Arcimor, Broch. 5S000Toda a America, versos de Ronald de Carvalho,Broch 8Ç000

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Celso, Broch G$00ÔCirco, de Álvaro Moreyra, Broch CgÜOOCanto da Minha Terra, 2* edição. O. Marianno 10S0U0Almas gue soffrem. E. Bastos, Broch (. 'A Boneca vestida de arlequim.. A. Moreyra, Broch. CJOOOCartilha. Prof. Clodomiro Vasconcellos 1?500Problemas de Direito Penal. Evaristo de Moraes,

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Cecil Thiré & Mello e Souza Cf'0ü0Grammatica latina, de Padre Augusto Magne S.

J., 2' edição, Broch. 16?000, ene 20$000Primeiras noções de latim, de Padre Augusto

Magne S. J. (Cart.) no preloHistoria da Philosophia, de Padre Leonel da

Franca S. J., 3" edição, ene 12$00OCurso de língua grega, Morphologia, de Padre

Augusto Magne S. J. (Cart.) 105000Grammatica da lingaa nespanhola, obra adoptada

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Prof. Heitor Lyra da Silva, <^derno 1'. Broch. 3$O0Q

18 — Março — 1931 '¦_. 3 —

.©_ primeiros ffalbrncanites de pape!

O TICO-TICO

_*_%>

A mosca do papele seu ninho.

Ha milhares de annos, antes do homem ter descoberto comafazer papel da massa da madeira, uma determinada espéciede mosca construía o seu ninho de um producto de polpade madeira de uma maneira muito igual ao papel feito pelohomem de hoje. Ha uma mosca, chamada a mosca do papel,que começa a fazer o ninho com o tamanho de uma avelã.Dentro de pouco tempo, o ninho é maior do que uma bolade football. Esse ninho leva um anno inteiro a ser feito.

DESCOBERTA DO BRASIL

E cindindo a onda, Capitanea ousadaVai, pelos torvos "Mares dos Assombros",Como um Tritão levando sobre os hombrosDa Lusitânia a alma enamorada.

Vai em busca 'da índia e vai penada,Longe da plaga dos adustos combros,Onde ulula o simún sobre os escombrosDe uma raça affectiva e escravisada.

Vai ao por vir! Mas eis que, entre estridores"De mar e vento, uiva o gageiro: "Terra".

Terra da Cruz — um mundo de esplendores I

Brasilea Terra — ó meu paiz nascente!Onde, se a lei da evolução não erra,Um dia ha de florir todo o Occidente!

Generíno dos Santos

O CORAÇÃO

Uma fera é capaz de querer bem?E', se a tratarmos bem.

E uma pomba é capaz de querer mal?E', se a tratarmoss mal.

Nenhuma fera é indiferente ao bem.E não ha pomba indiferente ao mal.

Teophilo Barbosa

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O TICO-TICO

\ »,

IS — Março — 1931

\ * • >

Matial

® Sjtít>>:

0 sorího lindo de todas as creanças, na qua»üra festiva do Natal, é a figura veneranda doVelho Papae Noel.

Em cada creança vivem sempre, por esse'tempo, um desejo, um anseio, uma esperança,para a posse de um cobiçado brinquedo,que o velhinho das longas barbas bran-cas traz escondido no sacco de surpresas.

— Vou ganhar uma boneca I — sonha a me-nina. — Vou receber um trem de ferroI —

deseja 6 menino. E cada brinquedo é um motivo de dese-jo para a noite risonha do Natal. Ha, porém, uma cousacobiçada por todas as creanças — é o

ALMANACH D'"0 TICO-TICO" PARA 1931

Publicação das mais cuidadas, untca no gênero em todo o mundo,Ü ALMANACH D"0 TICO-TICO" PARA 1931, que está

á venda, em todo o Brasil, T^^zzzsz^zzz&£2é um caprichoso álbum cheio de contos,

•çovellas, historias illustradas, scien-cia elementar, historias o

brinquedos da ar-fiiaj. Chiiyii»

I^**A

nho, Carrapicho. Jagunço; Benjamin,Jujuba, Goiabada, Lamparina, Pipoca, Ka-,ximbown, Zé Macaco, Faustma e outros persoçagens tao conhecidos das creanças, tornam essa pipblicaçao o maior e mais encantador livro infantil.

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7 — Ria ~m auç recsberâQ

O T1CQ-TJCO,KeUiKtor-Cliere: Carlos Mnnlinis — Dlreclor-Ucrcnte A. de Sou/a • 8U-.

Assignatura — Brasil: 1 anno, 25S000; 6 mezes, 13?000; — Estrangeiro: 1 anno, 60*000; S mezes, 35|000.,AS

ail„nAaturas comeSam sempre no dia 1 d_ mez em que forem tomadas e serão acceltas annual ou semestralmen-te. TODA A CORRESPONDÊNCIA, como toda a remessa de dinheiro, (que pode ser telta por vale postal ou car-registrada com valor declarado), deve eer dirigida á Rua da Quitanda, 7 — Rio. Telephones: Gerencia: .4544feuccursal. em Sao Paulo, dirigida pelo Ur. Plínio Cavalcanti _ Rua Senador Eeljó 27, 8" audar, salas 86 a 87.Escriptorio 2-5260. Directoria 2-6264. ¦ '

QçOQfxéSÊ^OUÔSOBRE

ie-us netinhos:A

"Nem um só de vocês desconhece

a formiga, esse ser pequenino, dilt-gente, apressado, a que o homem,desde os mais remotos tempos, em-prestou as qualidades de intelligen-te e sobretudo de econômico. Poisé da formiga, meus netinhos, queVovô vae hoje tratar. Não me oc-cuparei da vida desse animalzinho,do modo por que constróe o seu for-migueiro — verdadeiro e complica-do palácio, cheio de salas, corredo-res, galerias tão bem feitos, tão sy-metricamente dispostos que pare-cem ser obra da intelligencia huma-na. Quero tratar apenas, meus me-ninos, da utilidade das formigas emrelação a de um outro ser — a abelha, — muito conhecido de vocês.

Será útil a formiga como é a abe-

VIDA D A SS '

lha, brindando-nos com os saboro*sos favos, cheios do gostoso mel dasflores? A essa pergunta está o Vô-vô a imaginar que todos os meninosresponderão negativamente, allegan-do que a formiga não produz cousa

alguma para beneficio do homem.Mas se assim responderem os me-ninos, terão commettido uma gran-de injustiça para com a formiga. Seé verdade que esta não nos offerla,como a abelha, os dourados favosdo appetitoso mel nem dá á nossavista o encanto de umas azas dou-radas a se agitarem ao sol, no beijoconstante ás flores, tambem nãonos devemos esquecer de que ;ellanresta ao honxmr ntrr serviço d«

FORMIGASgrande valia. A formiga, meus ne-tinlios, que vocês suppõem inútil,presta-nos o serviço apreciável dedestruir uma infinidade de insectosdamninhos e de limpar o chão demigalhas e detrictos, que carrega

'para o formigueiro. Sem ella, semesse seu trabalho, grande numero deplantas e de frutos suffreria o ata-que de insectos e os pomares e cha-caras não nos mostrariam a mara-villia dos frutos sazonados e sabo-rosos.

Ha muita gente que affirma sera formiga mais útil ao homem doque a abelha, porque dá a este, con-tinuamente, lições de sabedoria, detrabalho e de sociabilidade ras maisaproveitáveis. Mas a abelha, tanvliem, meus netinhos, dá-nos todos,esses exemplos e, mais, o mel de quevocês tanto gostam.

v o v a

O TICO-TICO — 6 - 18 — Março — 1931

NASCIMENTOS

-" .» Nasceu a 6 destemez a linda Maria Clara,galante filhinha do Sr. Jay-me Cerqueira e de sua esposa D. Odette de L. Cerqueira.

•- ? Nasceu a 5 deste mez a linda Mauricia, ___._____¦___¦do Sr. Estevam de Almeida Corrêa e de D. EponhiaLussert Corrêa.

-> -> Chama-se Mucio o gorducho petiz que desde odia 4 deste mez é o encanto maior __ lar do Sr. AntenorVieira da Rocha e de D. Lucinda da Rocha.

"O TICO-TICO" MUNDANO

Paulo

festeja

do me-Rocha.

A N N I V E R S A R I O S

.> <- Passa hoje a data natalicia do meninoLuiz, filho do Dr. Luiz Paulo de Mendonça.

<- - Clarinha Nunes, nossa graciosa leitora,hoje a data de seu anniversario natalicio.'- <- Passou sabbado ultimo a data natalicianino Edgard. filhinho do Sr. Armando Vieira da

-* * Viu passar a 8 deste mez adata de seu anniversario natalicio a in-teressante Edith, filhinha do Sr. Os-wlado Cunha.

-> -> _______ Vieira, nossa gentilamiguinha, completou hontem oito an-nos de idade.

-> -¦ Fez annos a 12 do corrente anossa intelligente leitora Maria de Lour-des da Silveira.» , Maria de Lourdes foi muito cumpri-mentada por suas amiguinhas.

BAPTISADOS

*$ Baptisou-se domingo, 8, ainnocente Lúcia, filhinha do Sr. Arindode Menezes e de D. Corina de Menezes.Foram padrinhos de Lúcia seus avós Sr. Lauro de Me-nezes e D. Amanda Menezes.

NA BERLINDA...,

* Acham-se na berlinda as senhorinhas e rapazesde Mar de Hespanha: Maria L., por ser loura; Geny, porser boazinha; Geraldo Lopes, por ser a'to: Leophrisia,' porser morena; Gilda, por ser risonha; Heitor, por ser

'agra-davel; íris, por ser gorda; Lasthenia, por ser gentil; Mun-dtco, por pensar bem; Paulo G., por não ir ao cinema;Irene C, por ter lindos cabellos. Biriba, por ser acanhado'Maria Bruner, por ser sympathica; Cadinhos E., por nãodansar, e éu, por ser linguaruda.

E M L E I L A O . .

* Estão em leilão as seguintes meninas e menino*moradores á rua Visconde de São Vicente: Quanto dão pelabella cutis da Nair? pe'a elegância da Yvonne? pelaspernas do Geraldo? pelas dansas da Chiquita? pela inge-Cuidade da Mana? pelo sorriso de Benedicto? pelas pin-

tinhas da Lucy? pelos ciu-òa Quina? pela "pose" daHilda? pelo andar da So-lange? pela cabtça da Edna?pelas graças da Dadina?

pela elegância da Nazinha? pe:a seducção da Xinica? pelavoz da Maria da Penha? pelo sério do Ney? pela dentadurada Nizinha? peles cabelos da Alba? e, finamente, quantodão pela lingua do leiloeiro incógnito?

? 3> Estão em leilão as seguintes pessoas que co-nheço em Santa Rosa, Viradouro: Quanto dão pelos modosfaceiros da Zézé? pelas elegâncias da Eda? pela "pose"da Inah? pela "patinette" do Hélio? pe a bonita voz doNilson? pelo amor ao estudo da Vany? pelas travessurasdo Valdir? pelos sorrisos òa Noemia? e, quanto dão pe asem-cerimonia da leiloeira?

NO JARDIM...

-> -> De passagem em Petropolis encontrei num jar-dim as seguintes flores: Sebastiana Castro, uma margarida;

Nelson V., um cactus; Zilma R. A.,uma açucena; Mario P-, um copo deleite; Ruth R., uma papoua; Djalma P.,uma lindo cravo; Yolanda Grandi, umaaccacia; Máximo R., um gira-sol; Vi-ctoria G., uma sempre-viva; Mario Dias,um narciso; Lúcia H., uma hortencia, eeu, um principe negro.

SECÇAO DA DOCEIRA...;

-> »Foi oíferecido ao distineto casal"Zé Macaco-Faustina", numa íesirt emPetropolis. um bolo, cuja receita é a se-guinte: 700 grs. do andar do AdolplioPinto Filho; 150 grs. das "covinhas" daMaria do Carmo Bento; 300 grs. do risode Roldão Barbosa Filho; 250 grs. da

gordura da Elide R.; 800 grs. da risada de Sylvio Pinto;200 grs. dos cachos da Ehnsnelda Martins; 1|2 kilo dassardas de Waldemar Costa; 100 grs. dos bonitos dentes daYvonne M.; 2 colheres de chá da delicadeza, do Celio Fio-res; 350 grs. do sorriso da Uma G.; 530 grs. dos bellosolhos do Milton Bruges.

NO CINEMA...

-> -> Foram contraedos para imitar artistas de cinemaos seguintes meninos e meninas: Álvaro, o Ramon Novarro;Alice, a Laura La Plante; Octavio, o Nils Asther; Alzira,a Marion Nixon- Euclydes, o John Gilbert; Marilda, a LiaTora; Waldemar, o Rod La Rocque; Dora, a Joan Craw-ford; Roberto, o Fairbanks Jr.; Maria Zita, a Bebe Da-niels. Luiz, o Ronald Cohnan; Lina, a Anita Page; Saul,o Collier Jr.; Carlinda, a Bessie Love; José, o ConratlNagel. Elvira, a Janet Gaynor; Humberto, o CharlesFarrell; Noemia, a Billie Dove; Ernesto, o Don Alvarado;Dolores, a Lupe Velez; Mario, o Adolph Menjou; Yedda,a Greta Garbo; Horacio, o WiUiam Hains; Pedrina, aIna Oaire. Abel, o John Bnrrymorre; Clotilde, a Dobresdei Rio; Manoel o Richard Dix; Zilma, a Marion Davies.

18 — Marco — 1931 — 7 — O TICO-TICO

QUADRAS

Canta o rio, na corrente,A canção entristecida,Cheia de amarga saudadeDa fontezinha escondida.:

Canta o pássaro nas arvores,Pousado á beira do ninho,Uma sonora cantiga

Para encanto do filhinho.

Escondida na folhagemA cigarra, noite e dia,Cicia um canto constante,Sua eterna melodia.

O mar, cansado gigante,Rola as ondas, a gemer,Numa toada que é o cantoDo seu longo padecer.

E no silencio da noiteVem a voz apaixonadaDo trovador sertanejo ^@^L>-Sentado á beira da estrada.

Vóz da viola distanteE' a magua que anda a voarSem ter, coitada, um descanso,Um beirai para pousar.,

I_»

E as águas da fontezinhaNunca deixam de cantarUma canção que pareceA saudade a soluçar.

Saudade também é um cantoDo coração, a chorarPela partida de um enteQue foi e não quer voltar.,

Voz dos sinos, som plangenteQue saúda o anoitecer.Hymno que é bem um sudarioDo dia que vae morrer.

Fsalmos de preces dolentes.Vozes de altar — contricção!Também são cantos da almaNo enlevo de uma oração..

Canto de amor, delicado,Cheio de terna affeiçâo,Canto que é sinceridadeTodo o amor de um coração,

E' o que entoa a mãe ditosaAo embalar docemente

O berço onde dorme, lindo,O filho amado, innocente...

R O S M N H

*** *

ür ai^Xrí^vjE q-a

E

O TICO-.TIÍO 8 — 18 — Março — 1931

O reino dos "Ranginos'' tinhaum soberano, cuja fronte bri-lhava e que era muito sábio.

"Tarchala", rei de um paiz...

... vizinho, pensava em atacaro reino dos "Ranginos" mas nãoo conseguia por causa do talen-to do Rei da Frente Luminosa.

Um dia este rei, que era mui-to velho, morreu deixando todaa herança a seu filho David.

Tarchala, que era feiticeiro,,..

... assistiu a tudo disfarçado em ves-pa e notou que,, apenas 0 velho reimorreu a luz de sua fronte passoupara a fronte de seu filho.

CAPITULO I

Então, Tarchala fez dormir Davidpor artes mágicas e foi escondel-o emuma gruta encantada, onde o deixoufechado dentro de um vaso de aço.

Quando o povo de Ranginosdeu pelo desapparecimento donovo rei, ficou tão afflicto quenem se soube defender e.._

... Tarchala tomou todo o rei-nc. Entretanto, ujn rapaz cha-mado Balthasar, e que era pro-fessor de David, sahiu a pro-cural-o pelo mundo.

Foi andando até que -encon-trou a lâmpada com que o velhorei se illuminava para estudar:apanhou-a...

{Continua)

18 — Março — 1931 O TICO-TICO

AS AVENTURAS DO 6AT0 FELIX{Desenho de Pai Sullivan — Exclusividade do 'O TICO-TICO jxim o Brasil)

r — """""Tj-M" g™~— ¦¦¦¦¦ — ¦-¦ ¦ ¦—— ¦„ ¦"¦¦¦¦

|2?^ '

Gato Fehx, num camarote do cineima; viu que — Tio Felix! — gri. ,, .Não arranque a cauda) —Tio Felix!a fita era de.. .Gato Felix tara,m os sobrinhos... Olha o urso que vae atacar você'

---¦--¦¦-------l-lll I 1 ii li lli llti p HJ^ ^'"

*v,<*¦>¦ ^í- «¦MMfeeí' ¦AH''-"' 'ír«.<^'».; v* "í_i .fyUlArií»í • .r >ir-JuS i-**-.,'.-.* .-.^...V,-).,,.. _m&__«__-J .«? ,, \»

Vendo a fita. os tres sobrinhos de Felix ficam 0 urso quer devoral-o E' uma cousamuito íjmipressionandos. Interessante, nâo resta duvida! terrivel! Elle pede soecorro!—grilavam

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on gatinhos. — "Soecorro!" Todos por um, e salvemos o nossolio' — grilavam os sobrinhos de G«lo Felix,

Venham, é apenas cinejna.Vamos ejn cima do urso.

Felix pensou quepoderia acalmar ossobrinhos, e disse:

— Esperem, écrnema M as os..."

í /Ám i_bP\BT __<-"^__>- __. - — ^H «l__f'___L___ _¦____! ^ÉEM

...gatus pularampara a tela e es-Iragarajn tudo,

panno, fita, viran-do en frái/e u ei-nema

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CINEARTE Uma revista exclusivamente cinematographica impressa pelo maismoderno processo graphico é a única que mantém em Hollywood redactores permanentes.

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O TICO-TICO 10 18 — Março — 1931

A DESCOBERTA DO ZÉ MACACO

^àJ^Ç^y^^Estava um dia "Serrote" pensando Quando Zé Macaco appareceu ra- ...uma importante empresa. O as

na vida c no osse dmo de roer. diante, convidando-o para... sumpto parecia importante.

¦» •a*

Zé pediu ao "Serrote" que cavasse umprofunde buraco na terra. Que ravasse, cavasse o

mais que pudesse !...até tal profundidade que pudesse

attingir...

...o outrr lado da terra Nisto, ...para atrapalhar: — Que faz ahi? ...atravessar a terra e ir ao Japãoum cavalheiro, intrigado, appareceu... preguntou. Zé: — Queríamos... pelo caminho mais curto.

18 — Março — 193 h 11 — 0 TICO-TICO

Õ urubu malandro

Bom sujeito, na verdade, aquellemestre Urubu!

Nunca fizera mal a ninguém,nunca a.ançara na comida alheia,pelo contrario contentando-se sem-pre com a carne que outros já nãoqueriam, por apodrecida.

Diziam uns, mais avisados, quemestre Urubu procurava a carniça,não porque sua indole assim o exi-gisse, mas porque era um grandis-simo preguiçoso.

O caso, porém, é que vivia sem in-con>modar pessoa alguma, não oc-Capando ninguém, nada pretendeu-do nem fazendo concurrencia aquem quer que fosse

Ganhou assim fama de desprendi-dò e de bom.

Mestre Urubu, porém, não eramais doqtte um refinado malandro.

Isso de matar bicho para comercarne fresca — dizia elle — ou vi-ver catando grão ou herva tenra écousa para quem tem tempo c paci-encia.

Quando a fome o apertava, baixa-Va ao monturo mais próximo c zás!era comida a fartar.

Tinha um familião e nunca filho«eu passara necessidade de estorna-go por menor que fosse:

— Estás com fome, rapaz? Olhalá em baixo aquelle gato morto eque de tão morto já está inchada

Repara em como cheira bem. Aquil-lo é só metter o bico. E' mais ma-cio que a mais tenra febra.

Somente uma cousa o irritava:não ter casa! Pelo verão, não, quenesse tempo parece descer uma gra-ça de Deus, envolvendo tudo — sê-res e cousas

Mas, o inverno! O inverno! E ásprimeiras chuvas o mestre Urubucomeçava a lastimar-se para a mu-lher:

*j1— Pois será possivel que todo o

Ruindo tenha casa e eu nunca pos-sa ter a minha?!

Empoleirado numa folha de co-queiro, mestre Urubu limpava o bi-co nas palhas e continuava a lasti-mat-se, encharcado d'agua até osossos.

A mulher delle, caridosa e meiga,acercava-se e .consolava-o. Quetivesse paciência, Deus haveria umdia de lembrar-se delles.

O Urubu irritava-se:— Qual! O que amanhã vou fa-

«cr é começar a trabalhar. Tenhoquatro filhos homens e elles que meajudem. Corta-se meia dúzia decipós, folha secca é que não falta eaté de trapos velhos os monturosandam cheios.

Cada vez mais molhado, o Urubumadraço, para consolar-se, ia íazen-do os cálculos. A casa teria tresquartos: no primeiro morariam ellee a mulher; o segundo seria da fi-lha moça e no ultimo demorariam osfilhos rapazes.

O Urubu pensava assim. Mas ooutro dia chegara. Um sol muitodoce subia no ceu azul. E mestreUrubu estirava uma aza, estiravauma perna ao calor do sol. E refle-ctia:

Ora! Quem tem isso não pre-cisa de casa.

E fez muito mal. Jamais cons-truiu tecto a que se abrigar.

Seus filhos e netos seguiram-lhe_ exemplo. Multiplicaram-se pelomundo e ainda hoje seus descen-dentes repetem m.lancolicamcnte a,cada dia de chuva:

Pois será possivel que sómen-te eu não tenha casa?!

Mas lá no outro dia abre a rosado sol.

E o Urubu malandro estira a azacom volúpia:

Ora, quem tem isso não pre-cisa de casa.

Moralidade:

A preguiça c a chave da pobreza.

LUCILO VEIWAO

O TICO-TICO - 12 — 18 —» Março — 1931

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AVENTAE

"Pull-over", avental, bolsa e tres

lindos vestidos enfeitados com lindo

bordado russo, que pôde ser feito

em varias cores, de muito gosto e fácil

execução. Tambem a roupinha da bonec3

pôde ser enfeitada com os mesmos bor-

dados.

18 Março — 1931 — 13 — 0 TICO-TICO¦ jf&°wW^t^i^M^^lPWfev

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HOH E IL. . WÍ.JI M I **

A honestidade, creança, é uma dasgrandes qualidades que ornam edestacam o caracter de um homemde liem. Que bello sentimento! Acreatura honesta é um emblema dodireito e do dever: nada a tenta,nada a corrompe... o contacto úidinheiro em profusão, jóias as maisraras, grandezas soberbas, alheias,que exercem tanta fascinação sobrea maioria dos mortacs são indif fe-rentes ao homem honesto, brioso,que acima de tudo colloca a sua con-sciencia límpida e sem macula, por-quc nada se compara ao nome po-bre e honrado que ao pronunciar-lhe o lábio enche-se de respeito e afamilia orgulha-se delle como delima relíquia sagrada. E' preciso, énecessário, meus meninos, que vo-cês formem um caracter elevado en-volto nos melhores sentimentos dehonestidade, simplicidade e amor aoestudo e ao trabalho. Nas escolasnão é raro ver-se reclamações dascreanças, porque

"fulano" tirou-lheo lápis, a caneta, etc, isto, emboraseja leviandade das creanças, fa?entretanto notar um principio dedeshonestidade que é preciso cor-rigir. Sejam direitos, correctos,porque não são somente dinheiro ejóias que desmerecem a creaturaaos olhos do Creador e da sua con-sciencia, não. nas pequeninas cou-

sas, num fio de Imha que não no3pertença.

— Transcrevo de um livro in-glez ("Modem School Reader") aseguinte historia apanhando-lhe só-mente o sentido, para não ficar mui-to longa, como está no original: —

Uma noite um pobre homem e seufilho, um rapazinho, sentaram-se ábeira do caminho, perto de uma ve-lha cidade na Allemanha. O pae to-niou um pão doce que havia trazidodá cidade e partiu-o, dando metadepara o menino que, compenetradodos deveres sublimes dos filhos paracom os paes, não acceitou, dizendo-

—¦V "

lhe que esperava elle acabar primei-ro, pois um dia de trabalho árduopor um salário insignificante parasustental-o lhe havia feito ficarcom muita fome, ao que o velho re-plicou:

"Falas bondosamente, meufilho, teu amor é-me mais caro doque um alimento; estes olhos quesão teus lembram-me da tua queri-da mãe que deixou-me e que te pc-diu para amar-me tanto quantoella o havia feito; na verdade, meurapaz, tens sido uma grande forçae conforto para mim; mas agoraque acabei de comer primeiro, che-gou a tua vez. E nesta expansãode amor paterno e filial em que ogaroto pede-lhe para diminuir opão, partindo-o em dois pedaçospara que não faltasse ao pae velhoe cançado, eis que ao partir do mes-mo surge á vista de ambos uma por-ção de moedas de ouro. O meninodeu um grito de alegria e ia tocarro inesperado thesouro quando foipuxado pelo pae que lhe disse: —"Meu filho, meu filho, não toqueineste dinheiro, elle não é nosso". ¦

"Afãs, de quem é, papae, senão é nosso?"

"Eu não sei como elle veiu pa-»ar aqui, mas provavelnvcnte foiposto pelo padeiro por algum enga-no. Nós devemos perguntar-lhe;corre!"

j<!^zzrf^A>^\aAJüS. Z^&X^tf%yfTt^Z^s———^——— UAOTl—-^hlAxA———. mMARTI MANfl*

O TICO-TICO 14 — 18 — Março — «931

"Meu pae, disse o menino, osenhor é pobre e necessitado e com-

prou o pão-e o padeiro poderá dizeruma mentira".

"Eu não devo escutar-te, meurapaz: comprei o pão, não com-

piei o ouro contido nelle. Se opadeiro vendeu-me ignorando que oouro estava ali, eu não o tocarei.Corre ao padeiro e traze-o aqui;eu vigiarei o dinheiro até que el'.evenha".

«Assim o menino correu para cha-mar o padeiro, e quando este che-gou o ancião disse-lhe: — "P.om

amigo, creio que houve algum en-gano c<8 sua parte em perder o seudinheiro, e mostrou ao padeiro,cuiitando-lhe como o haviam acha-do.

se"E* seu este dinheiro?é pode leval-o.

"Meu pae, padeiro, é muito po-bre, exclamou o garoto, mas imine-chatamente o velho vel-o calar-se, di-sendo-lhe: — "Silencio, meu filho,rão me envergonhes com tuas la-inurias, pois sou muito feliz por terpoupado a este homem o desgo.tode perder o seu dinheiro. O o:har-0 padeiro ia do velho honesto aof.iho obediente e sobre o ouro espa-lhado, brilhando na relva verde,

"Tu és, na verdade, um cama-rada honesto; o meu vizinho Lavidfalou a verdade quando disse queeras o mais honesto homem em no,-sa cidade. Agora falo-te sobre o di-nheiro: — "Um estrangeiro wiuao m__- negocio tres dias passadose deu-me este pão (loaf bread —especie de um pão especial), dizen-do-me para vendel-o barato ou dal-cao mais honesto e pobre homem nuseu conhecesse na cidade. Contei nDavid para que te desse por meuintermédio como é costume; estamanhã, como não querias tomal-osem pagar, offereci-te, como sabes,

pelo ultimo dinheiro que tinhas nabolsa; e o pão com este thesouro é

As refliqtiilasO fortim que vocês estãovendo reproduzido na gra-vura junto é tudo quantoresta da famosa muralha queos héspanhoes levantaram <mtorno da cidade de Havana,

capital da Republica cie'""uba.

históricas dl© Cimba

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teu; e Deus grande, abençoou-tecom elle.

O pobre homem pendeu a cabeçapara o chão, emquanto lagrimassahiam de seus olhos. Seu filhocorreu para elle, e collocando u_braços em volta de seu pescoço, di.-se-!he: — "Eu devo ser como o se-nhor, meu pae, sempre confiante emDeus, e dentro do que é direito,pois estou certo que assim nuncanos envergonharemos.

MRS- MERVYN

TARDEEoge o sol languidamente...Sons maviosos começamCabe a tarde lentamente...Os passarinhos se alegram!

Alegra-se o arrobo:. . .Vibra o perfume das flores...Como é bello pôr o sol;Vêr as aves multicores...

A brosa passa serena. ..Tudo é risonho e formoso..-Tem a tarde tão amena,Uns aspectos majestoso...

Flor de Girasol

A resposta da Laurinha

[Para as alumnas pequeninas doCurso Maria Sabitia)

A Laurinha é intelligente,E, apesar de pequenina.Tem, para tudo, respostaCerta, adequada, ladina...

Nunca embaíuca na vida.Nem se sente embaraçadaTem a réplica seguraE jamais fica calada.

Chamando diversas vezesPor ella que é esperta e vivaA mamãe pergunta, emfim:

Não ouves, pequena esqui\a?

Oitvo,. sim; ella responde.E pergunta: — Que ha de novo?Somente quando estou longeE' que a sua voz não ouvo.

— N ão é ouvo que se diz;Está errado, tolinha;Deve-se dizer: Eu ouço.Porque ouvo é de gallinha...;

— Por isso não; ella insiste,Esticando seu pescoço;Si ove é próprio de gallinha,Gallinha tambem tem osso...

M. MAIA

18 — Março — 1931 — 15 — 0 TICO-TICO

m^L Prinòeziairinã cio solÁquella princeza linda, de cabe!-

los fulvos, côr de ouro antigo, .sedizia, irmã do Sol.

Muito pequenina perdera sua mãe,e o velho rei, seu pae, — talvez,abalado pelo golpe soffrido de per-der a esposa, — começou a di^erque seu reino cra o brilhante paizdo Sol para onde fora à rainha noseu esquife dourado.

Sua demência era calma e obtína -da, raciocinando elle como si tives-se o espirito lúcido, perfeito.

Assim, mandou construir uragrande aerostato de seda, encheu-ode gaz, e, sem que ninguém conse-guisse demovel-o da sua louca idéafixa, elevou-se sozinho no espaço,subindo ate se perder de vista paraos lados do oceano.

Nunca mais houve noticia algu-ma do velho rei demente que preten-deu ir ao seu fantástico reino nopaiz do Sol em balão espherico deseda fina cheio de hydrogcnio.

A filha ficou aos cuidados dos an-tigos ministros da corte real, crea-da com todo o carinho por attencio-sas damas de honor e aias do tem-po em que vivia a saudosa rainha,creatura boa e amiga de todos.

Quando a princezinha ficou mo-ça e teve dc assumir a direcção doreino, ao chegar á maioridade, sou-be o que acontecera a seu pae e amesma idéa começou a lhe germinarno cérebro, dizendo-se irmã do Sol!

— Era um principio de loucura,affirmavam os physicos, os médicose os advinhos curandeiros chamadosa examinar a joven princezinha.

Somente um choque violento po-deria, talvez, cural-a.

Acontece que o principe herdeirodo reino vizinho viu, certa vez, aprinceza que dizia ser ser irmã doSol, e desejava ir visitar o reino doseu illustre irmão, lá nas alturas doceu.

A moça, era, realmente, linda, com

os seus cabellos fulvos da cor doouro velho, seus olhos de um azulprofundos, sempre scismadores; pa-rados, olhando um ponto distante, oque lhe dava um.ar de completa au-sencia e abstração de tudo.

O principe logo pensou em des-posar áquella princeza, mas tedoslhe diziam que ella era maluca e quedesejaba ir para o reino do Sol,como seu velho pae que nunca maisvoltara da viagem que fizera embalão com esse louco intento.

Sabendo o principe que somenteuma forte impressão nervosa cura-ria o desiquilibrio mental da jovenpretendida, mandou também cons-

WÊÁmmW ^V vjÊi Blil

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truir um balão espherico da maisbrilhante seda amarella do seu rei-no, de sorte que o balão de longeparecia feito de ouro puro.

Um dia em que os ventos estavamfavoráveis, soprando na direcção dcreino vizinho, elle, revestido descintillantcs armaduras de aço e pra-ta, elevou-se no seu balão.

Não tardou que as correntes ae-reas o levassem ao território do rei-no vizinho, onde foi grande a admi-ração do povo ao ver, pairando nosares, UM aerostato semelhante áqucl-le em que alguns annos antes o ve-

lho rei subira para nunca mais ap-parecer.E' o nosso rei que volta! ex-clamavam todos contentes, correndopara a grande planície em frente aocastello real, onde o balão ia des-cendo, majestosamente, aos poucos.

Pousada a "barquinha" no solo,faltou, agiliiiente, aquelle estranhoguerreiro de " visei ra" descida, pe-dindo que o levassem á presença daprinceza.

Immediatamente foi satisfeito.Chegando deante do throno ondeella estava rodeada da sua luzidacorte, o mestre de cerimonia per-guntou:

Quem sois vós, illustre cava-lheiro, que vindes pelos ares á pre-sença da nossa real princeza?

O principe, erguendo, então, a vi-seira do seu rutilante e cmplumadocapacete, respondeu:

Sou o principe Heiiophilo, evenho do reino do Sol, — meu pae,— solicitou a graça de desposar mi-nha illustre prima, vossa augustaprinceza.

Esta sentiu como que deslumbra-mento e desfalleceu de alegria.

Correram as aias e damas da cortea soccorrel-a.

Passados alguns instantes, ao de-s-pertar, ella não se recordava maisdo que havia acontecido.

Estava curada da sua idéa fixa,quando lhe foi apresentado o prin-cipe Heiiophilo como herdeiro dothrono do paiz vizinho que viera so-licitar a mercê da sua mão de es-posa.

Klla accedeu e se fez o casaincn*to com grande pompa, unindo-se o-ídois reinos vizinhos em um só, quese tornou poderoso e rico.

Assim termina a historia da lin-da princeza de cabellos fulvos quedizia ser irmã do Sol.

TRANCOSO

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J B/\5E DO CARRO

O TICO-TICO — 18 — 18 — Março — 1931

MAS COMPANHIASJoão Alves tinha voltado dos Es-

tados Unidos," onde fora estudar.Seu pae, riquíssimo industrial, sa-tisíazia-lhe todos os desejos, fazen-do com que elle se tornasse um mo-ço desregrado, am-ante dos prazerese do vicio.

De volta ao Rio tornou-se aindapeor o seu procedimento. Seu paequiz remediar o mal, mas já eratarde. O jogo e o vicio tinham-seenraizado naquelle corpo. No em-tanto, João tinha bom coração eboa indole. O que o perdeu foramas seduções das más companhias.Perdera a mãe quando tinha apenas5 annos. Seu pae, sempre oecupa-do, deixara-o entregue aos cuidados'de

um preceptor que lhe satisfaziaos menores caprichos. João ficavacontrariadissimo quando alguém selhe oppunha.

Mas^como iamos dizendo, voltavaelle para casa muito tarde, dormiaaté meio dia e cada dia definhavamais.

Seu pae já não sabia o que fazer.Uni dia, ralado de desgosto, a mor-te o levou, deixando João livre,com um a fortuna de milhões'.Erá breve elle e seus amigos dissi-

param-na. Vendo que não tinhamais dinheiro os amigos o abando-naram.

Estava mergulhado em seus pen-samentos quando bateram á perta.Era o padeiro, que cançado de'fiar", vinha cobral-o. E assim eraquotidianamente; como não tivesse

vil

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_I^S_v^'dinheiro dava as jóias e toda a mo-bilia do seu luxuoso palacete, empagamento aos numerosos credores;e em pouco tempo tambem se foi,essa fidalga residência, ficando ape-nas 'com

pequeno pecúlio.Passeando pela cidade*para distrair

de suas maguas, encontrou-se com

E un.ve.salniente proclamada a excellencia dos vinhos oriundosda pequena Repub..ca de São Marinho. Os lavradores dali es-niagam as uvas para o fabrico desses vinhos com os pés, de-vidamente calçado, com botinas de borracha. As uvas são esma-gadas dentro de grandes pipas, con.o se vê na gravura junta

um amigo, pobre, que elle despre-zara, mas que um dia, esse mesmoque se chamava Manoel, precisan-do de io:ooo$ para pagamento deimportante fazenda do interior queelle havia comprado, pagando aprestações. E hoje Manoel era rico,morava num palácio e tinha mune-rosa creadagem. Convidou elle ?.João para ir visital-oe João acqui-esceu.

A' noite foi ao palácio de Manoel,Com o melhor terno que tinha, masque já estava roto. Não queriacomprar outro, agora economisavatodo o dinheiro que podia.

Foi recebido amavelmente pela fa-miü.a de Manoel, lamentando nãoter trabalbado e economisado. Ma-noel propoz-lhe então emprestar osio:ooo$ com os quaes comprariaum sitio perto da sua fazenda e como que lhe restava compraria ferra-mentas, sementes, cavallos, bois, etc.João, muito contente, acceitou euma semana depois eil-o a trabalharao sol, ajudado por dois emprega-dos de Manoel.

Cultivou o café e logo poude ex-portal-o, ganhando dinheiro. Pagoua Manoel que acceitou para nãocontraria!-o. Foi alargando seu si-tio que hoje é uma fazenda.

Constituiu familia, casando comuma das fiihas de Manoel. Esquc-ceu seu passado e hojaf dá esmolase faz todo o bem que pôde.

Estão a jantar numa elegante sa-Ia da fazenda, tendo bons copeirosa servir-lhes. Sorri contente e agra-dece a Deus, ter-lhe dado a satisfa-ção de uma felicidade completa.Olhando ternamente para sua espo-sa e seus filhos, que jantavam ale-gremente entre risadas e conversas.

Evitae, portanto, meus caros leito-res as más companhias e procuraetrabalhar e economisar.

A terra não nega a quem a cul-tiva.

São Paulo.Jeorge R. Phillips

Dês o lar do filho pobre,Té o lar do filho rico.Com seus contos, entra nobre,A revista, "O Tico-Tico'*.

R. C-

18 — Março 1931 - 19 O TICO-TICO

émwDlocfi

p)OR que seria que o sino da igre-jinha da aldeia badalava tão fes-

ti vãmente?l'or que seria que aquelle som pa-

recia propagar-se tão puro, claro eharmonioso?

Tor que os aldeãos tinham posto asvestes domingueiras, os pássaros chil-reavam mais alegremente, e a Natii-reza toda estava em festa?

E' que ia casar-se naquella tarde,alegremente, Norma, filha de duques,oosu o Sr. marquez d'Herréne, antigopastorzinho.

K quando a noite veiu com a caraIoda tisnada, piscando os olhos ma-rotrimcnte e abrindo a grande bocea,iiiuminar o jardim do castello fétida7,encontrou sentados debaixo de um jas-mineiro "os dois nubentes.

Lembravam-se do passado.Sigamos nós as suas recordaçtíes-

r\ quadrante solar marcava quatro^ horas. ,O sol brilhava através de um sen-

dal de nuvens que bordavam o céocomo uma renda azul matizada debranco e rosa.

Ü espaço estava inundado de luz, etodo o immenso céo parecia sorrir,como se lá no fundo das insondaveisprofundezas do azul, Deus Oninipu-tente olhasse bondosamente os campos.Cs bosques e os rios.

Era a teia primaveril que uma ara-filia tecia com fios dourados pelo•oi".

O único ruido que quebrava estadoce harmonia, era a ária ingcp.ua emelancólica que um pastorzinho, sen-tado á sombra protectora de uma ar-vore, tocava com uma flauta de bani-bú. A sua voz terna e doce soava comoinexprimivel melodia no silencio doscampos e da floresta; e quando a ul-tinia nota queixosa dessa musica re-soou, um éco estouvado lévou-a para63 profundezas do bosque.

Cl 9»

Iluilrofõe? de Lui2,?cu

haste de açucena; nas facis paili Iase encovadas lia-se u«Tia giCads po-breza e nos cihos azúti come m/usotis,tristeza e íesignaçãc.

Deitado a stus pis, Tupy, o seu cãode guarda vigiava atttntamente o re-banho que estava pastando, e de vezem quando desviava a attenção piraolhai o dono., como querendo descobri!o que se passava no s:u «ntinio.

Emquanto o pastorrinho se entre-gava todo ao seu tocar, uma menina,filha de um duque, Norma, que pas-seava com sua ama, rtivnd.i aquellamelodia tão triste e tao suave, íoi-seinternando pelo bosque, para ver deonde provinha.

Ncnua seguia sempre, dirigindo-sspeia muscia. De repente, parou, sorriu:c que se lhe tinha deparado um car-neiro, e, logo adeante, junto de umafonte, o pastorzinho.

O rosto delicado de Norma trans-pirava e r?s olhos denotavam fadiga.Começou a abanar-se c se approximoudevagarinho do menino. Este inter-rompeu a sua ária, presentindo quealguém o mirava.

Qual não foi a sua surpresa ao vera menina que lhe sorria bondosamente IEra lindissima! O rosto minúsculo,niveo como o alabastro, foruuva ur.igracioso contraste cum 0| çnbel im

pretos como o ebano; o narizinho erabem feito e a boquinha, rubra somouma gardênia, abria-se risonhamentemostrando uma fila de demea kitoses.

í.ías cs o'hos... como eram bellos!Bem pretos, brilhavam, exprimindo tau-ta bondade e caricia...

Norma approximou-se do pastor <edisít:

Uoa tarde, gentil pastorzinho;com que é que tu tocas tão bem?Quem foi que te ensinou? Qual é oteu nome ?

Chamo-me Paulo — respondeu en-Ieado o pastorzinho. Ninguém me ensi-

O pastorzinho devia ter apenas os nou a tocar; a musica para mim e uma•eus doze annos. Uma figurinha es- força mágica e cu me entrego completa-bclta e graciosa auc lembrava uma mente a ella, a ella que é o meu único

— Boa tarde, gentil paslc:*zinho; cem qui i qui tiica...

divertimento; « flauta fui ew quem %fez coi«i jii! pedaço de bambu.

Tu tocas fãs bem I Melhor doque eu no pi>;r,o. Quereâ tocai umpouquinho pt.su ea cuvir?

E um miimio depcis, séria:Mas, eii estou :om tanta sèdef

Como poderei beber acua?1'aulo ai ranço*, uma fo'ha de ne-

nupliar, fei com tili un tubo, en-cheu-o da agua da / r.!e e deu-lhapara bpber.

Depcis dc *er Norma saciado asede, pediu-lhe 3 )/ament,-. que tocasse.

O pastorzinln. muito acanhado, pri-meiro fez un: gesto da etCUUfi tomoquerendo ouvir a ária (CCtdfl pelü3olmos, pelas aves C pela fonte. Depoiscomeçou.

Que lindo quadro offercriam estesdois botões sentados juntos da fonte!...

A saia encarnada de Norma sobre-s.ahia entre a «eivu, ,'omc uma floi ru-bra numa uipaieira* os nefilinltareique, um minuín mies, embaladi.s pe Oai roso irBnuUo dl agua, inclinavam aisuas flores umas para as outras COiLOB H beijvre.r.; *«• borboletas de côr«*svariadas, muito delicadas, que adejavanivcrtiginusaiiicnte sobre a fonte: osmyosotis azues, os lirios brancos e ama-rellos, as volctas, os juuquilhos eoutras fiores que cresciam á beirad'agua e que estavam numa amistosapalestra, os pássaros que rezavain* aprCCfl da tarde, os cannaviaes que unir-muravam, tudo calou-se, escutando en-cantados este vate divino.

No meio deste silencio, uma poupaergueu a rua coroa de ouro c gritoumuito alto: Uuttpl Mas, logo em .?e-guidà, envergonhada do seu atrevimento,calou-se bruscamente.

Neste momento, Tupy, que tinha lo-brigado uni esquilo iiuniri arvore, por-•e a latir, chamando Norma á reali-dade.

— Deus meu! — exclamou dia — aluz da tarde já enrubesceu, minha amaestá me chamando, e eu nada ouvia en-tretida como estava com » tua ária*Muito obrigada, c,„ adeu«l

O TICO-TICO — 20 — 18 — Março — 1931

Dizendo isto, apertou na sua mão-tinha delicada a mão rude do pastor,promettendo-lhe voltar outro dia coma sua ama, para ve!-o

ASSIM passou-se muito tempo, sem-

pre Norma visitando o pastorzinho,outras vezes mandando sua ama faze'-o,sem seus pães de nada saberem, po:stinha certeza que, se diss0 soubessfr.i,logo lhe prohibiriam visital-o.

As horas que passavam juntos erammuito agradáveis, Emquanto Paulo re-cortava rústicos brinquedinhos de ma-deira e fazia flautinhas, Nonna oinstruía.

Uma vez, quando sentados á sombrade uma avelleira. Paulo 101:0:1 uma dassuas; mais queridas árias, Norma per-guntou-lhe por que era que elle estavatão triste, e pediu que contasse a sua '.

historia. • "

Paulo, depois de ter pensado um mo-mento, contou.

Seu pae ficara viuvo quando el.e con-tava apenas quatro annos, e quantomais tempo passava qire a mulher :hetinha morrido, mais elle se entristecia.e qualquer cousa da casa logo lhe lem-brava a finada, ([ue lhe'era tão qu.vida.

Afinal, para fugir ás tristes recorda-ções, vendeu a casa que por tanto ipiü-po foi para e.les o paraíso e viajou com "o pequenino Pauo. que naquelle tempocontava cinco annos.

Arranjou trabalho, que era a un.cacousa que podia distrahir os >-eus ps-sares.

E Paulo, passava o dia inteiro corri'lima vizinha que também era viuva e .que tinha um filho da mesma idad»que e'le.

A viuva o tratava com muitos mi-nios,. e o pae, querendo fazer a felci-dade do seu filhinho, pediu a vizinhaem casamento. Depois de casada, a se-nliora mudou muito. A' vista do ma-"rido tratava bem do enteado, mas es-'tando elle ausente, não lhe falava nem.o deixava fa'ar ao seu filho.

Ahi é que começaram.as amargura-, 'para Paulo; foi encarregado de guardarum rebanho e, unia vez; por ter por-«lido um carneiro, a madrasta bateu-lhe ¦tanto, que o deixou coberto de chagas,dizendo que, se contasse ao pae, dar-lhe-iá mais, até o matar.

Dava-lhe só um pedacinho de pãopara comer, e elle, com medo, ao paenada contava. ." * •

Assim continuavam as cousas até odia que Norma, como um an% pro-tector, appareceu com as suas asascõr-de-rosa.

Dizendo isto, o pastorzinho ajoelhou-se aos seus pés e beijou-lhe com todoo respeito a fimbria da saia!

Quando Paulo terminou a sua historia, a ama- e Norma choravam.'

Por que, perguntou esta. nunca mecontaste a historia da tua vida, ou an-tes da tda desgraça? '\ . V4

Porque nunca me perguntaste e eunão queria incutir no teu coração a ¦¦miséria humana...

O COME-COBRAS-

O peru do brejo

(Desenho de Addison)

O peru do brejo, do Brasil, vive á beira dos pântanos e brejos,onde mergulha o bico comprido sem fazer barulho nenhum. Nadacom a cabeça e o pescoço fora d'agua. Diz-se que come cobra?.Devido aos seus hábitos nvysteriosos e silenciosos, essa ave

attralre a curiosidade dos scientistas.

CAO passados muitos annos desdeaquelle dia eni que Paulo contou

a historia da sua vida.Palemos agora do antigo e soberbo

castello onde Norma habita.E' parecido com os dos contos de

Fadas, construído sobre um montefrondoso, com torres altas como osideaes humanos, com muralhas cobertasde musgo. Também os nossos ideaescom o tempo cobrem-se de um véo ces-pesso como a musgo. Tinha paredes.es-culpídas, escadarias de mármore bran-co, estatuas seculares, amplo e sombrioparque, veados e gamos errantes", vivei-ro com toda a sorte de aves ra-ras e, finalmente, o lago crystaüno,onde cysnes brancos se banhavam.

Fez-se ouvir o ruido de uma porta,apparecendo no limiar Norma, seguidade ura senhor", que, pelos cestos nobres,parecia ser seu pae.

'' ' 'Tinha brancos os cabelos e uma

baiba comprida que infundia respeito.Seu pae era altivo, olhos bondosos:bem se via que lhe corria nas veiassangue azul. '¦ ¦ ¦ --

Norma contava então 16 primaveras.Estava toda de branco, os cabellos sol-tos em cachos muito pretos sobre oshombros, uma "gerbe" de cameüasbrancas na cintura e nos cabellos.

— Norma, é de grande- imporfanciao que te quero dizer, disse o pae. Trata-

,,se da tua felicidade. Hontem, falandocom o marquez Déchanel, elle pediu-teem casamento. Eu approvo. Acho que éum rapaz muito bom, instruído, bonito,rico e t£m um titulo. Que dizes? ,; .í ¦

,: ->^\Set)hxjr meu pae, é-me forçoso di-;». -tarara ¦.'¦.--!

zer que tenho de ir contra a vossa von-tade. Eu sei que o senhor marquez é umbom homem, mas é que eu...

Que tu...Eu gosto de PauloDe Paulo? Quem é este PauloíE' um pastorzinho, meu melhor

amigo.Tu, minha filha, desprezares um

marquez por um pastor, por um sim-pies pastorzinho!? Queres estragar onome da tua familia? Não, isto é com-p"etamente impossível.

Senhor meu pae, pae adorado, tudoneste mundo é possivel quando se quer.F'le é joven, tem 17 annos apenas, po-deis mandar instruil-o. Quanto ao ti-tulo... Vós podereis arranja!-o, se Oquizerdes. Pae querido, eu vos imploio,fazei a felicidade de vossa filha e dei-xae a vossa filha fazer feliz a ma:fa'guem.

Bem. Refiectirei.Obrigada, meu pae, que Deus vos

inspire.

17 o duque, levando em consideração*-' o talento musical do pastor, allia-do a suas finas qualidades indivuluaes,resolveu consentir na união delle comsua dilecta filha.

Para isso procurou grangear-lhe umtitulo de nobreza, o que conseguiu dan-do a um asylo, criado á sua custa, Onome do pastor. ».

Esta distineção proporcionou ao mo-desto rapaz do cannpo o titulo de mar-quez. Assim, feito nobre, poude o ex-pastor casar-se com a Norma.

(Pelotas — faneiro de 1931)

18 — Março — 1931 — 21 — 0 TICO-TICO

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€o_»ni»èND__n_£r_\-^.r^y Y Y Y^-.

CLOVIS (Rio) — A secção decharadas nada tem com a correspon-dencia do Dr. Sabe-tudo. Poderei, en-tretanto, encaminhar ao encarregadoda secção charadistica os enigmas quemandar.

Quanto ao horóscopo dos nascidosem Novembro tenha a bondade de lero que digo antes á Myra.

ISAAC (Rio) — Queira ler o querespondo ao Covis. Digo-lhe tambéma mesma cousa.

JOVEN (Rio) — Para saber aquillotudo que deseja, devia ter mandadodizer a data do seu nascimento. Semisso é impossivel responder a qualquertopem ou ancião.

Se eu soubesse adivinhar estariarico, pois adivinharia os números dosbilhetes premiados com a "sorte gran-de" das loterias e daria também tunpouco desse dinheiro aos jovens am:-gos. por mais distrahidos que fossem.

FLORA ROMEIRO FERNANDES(Lorena. São Paulo) — E' o seguinteo horóscopo das pessoas nascidas a18 de Agosto: "São habilidosas, po-rém, pouco amigas do trabalho, sófazendo seu serviço quando a isso sãoobrigadas e n. ultima hora. Têm(ratada poder de attracção e sympathia,despertando, assim, impetuosos affectosa que correspondem com generosidade.Ficarão vcihas, embora um tanto acha-cadas do estômago e da cabeça".

LALA' (Entre-Rios — Minas) —Sua •letriuha redonda e desenhada in-dica bondade, doçura, mediocridade.Espirito simples, ingênuo, crédulo, eco-r.omico. Preguiça de pensar.

LULU' (Entre-Rios) — Caracter se-mclhante á mana LaJá. Um pouco maisde nervossimo, fraqueza, temperamentoartístico. Espirito accommodaticio, con-tcuiplativo.

N1NINHA (Rio) — O horóscopodos nascidos em 19 de Fevereiro é este:"Tem grande capacidade de traba*ho,entretanto, preferem o ócio. Sao degenio alegre e sabem transmittir, comgraça, sua alegria aos presentes. Co-mo amigas são leaes e delicadas, po-rém terríveis como inimigas, pelo seugenio vingativo e rancoroso. Sua pe-dra talisman é a opala, ou a ttirqueza".

NORA (Rio) — E' o seguinte o ho-roscopo dos nascidos a Io de Março:"São perdulários, não dando o menorva'or ao dinheiro, e esbanjando-o em-tolices. Generosos ao extremo e sem omais leve tino pratico. Têm vocaçãopaia as artes, principalmente a pintura,a poesia e a musica. São, entretanto,muito timidos, perdendo optimas ocea-siões de vencer e de apparecer devidoao medo".

Sua pedra talisman é o topazio; seu

me'hor dia: o sabbado; seu mez maisfeliz o de Maio e também o de Junho.

OLINDA (Rio) — E' este o ho-roscopo das pessoas nascidas em 27 deNovembro: "São activissimas, comgrande amor ao trabalho, fazendo-lhe..mal aos nervos presenciar a preguiç.

¦dos outros. Enérgicas, decididas, fran-cas, sempre apressadas, amigas de v.a-jar e quasi sempre morrendo longe dologar do seu nascimento. Gosarão boasaúde, ficarão velhinhas, embora sof-frendo sempre de esgotamento nervosope!a sua excessiva actividade physica emental. Sua pedra talisman é a sa-phvra.

Pela sua força de vontade consegui-rão o que desejam e chegarão, mesmo,a ter fortuna.

BEIJA-FLOR TRISTE (?) — Sualetra ainda está indecisa, em formação,assim como seu carecter. E', desde jáse vê, um pouco dissimulado, sem ex-cluir bondade natural e emotividade.

Quanto ao horóscopo dos nascidos a4 de Junho é este. "Tém exaggeradoorgulho do seu nome de familia e sãotambcm exaggerados em tudo, acaban-do, assim,' peM_ seus-tJtcesSos gastro-noniicos. Têm bastante habilidade depolítica, propensão para a oratória e amedicina, porém, de genio incontent:.-vel, nunca estão satisfeitos com o quefazem ou com o que lhes fazem".

GAÚCHA (Rio Grande do Sul) —Inconstância, pressa, actividade, é o

que denota sua letra logo ao primeiroexame. E' também voluntariosa, encr-gica, cheia de pequenos caprichos. E'resoluta e tem uma palavra só; nãofaltando nunca ao que promctte, mesmocom sacrifício próprio.

SANS-SOUCI (P. Alegre) — Des-

preoecupado, alegre, imprevidente mes-

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r<^_Hs.(M^JÊrràKK\Q&^ /\___*

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mo. Tem amor próprio um tanto sus-ccptivel de se melindrar e, quando as-sim acontece, não perdoa. E' amigoda vingança. Tem tambcm resoluçõespromptas e seguras a par de intclli-gencia lúcida e vivaz.

RAIOZINHO DE .LUA (Nicthe-roy) — Muito poético seu pseudonymoe muito interessante sua cartinha côrda esperança. As duas amigas a quese refere nada tem que agradecer.Estou aqui sempre ás ordens das bo_sainiguinhas. Achei lindo o retrato quefez de sua figurinha morena e "mi-

gnon". Não creia que tenha de bolarna alegre cabecinha a celebre totica deSta. Catharina...

Quanto ao horóscopo dos nascidos a29 de Janeiro é este: "Têm muita ha-bilidade, diplomacia, e são amigas dedi-cadas, generosas e leaes. Dedicando-seao commercio serão felizes e ficarãoricas em pouco tempo. Gosarão boasaúde, embora sujeitas a ferimento,graves nas pernas e nos pés".

Escreva-me. Traga um poético "raio-

zinho de Lua", á semsaboria prosaicadesla secção.

CLNEARTETRO (Rio) -—-Procurena Livraria Pimenta de Mello, á ruaSachet, 34 (Travessa do Ouvidor).

Para fazer o estudo graphologico quedeseja deve escrever a tinta e em pa-pel ssm pauta-

MARIA DE LOURDES (São Pau-]0) — O traço característico do seucaracter é a timidez, o receio de des-gostar quem quer que seja. Por issoconcorda com toda gente. Tem espiritomalcavel. Além de ser de Lourdes élambem uma "Maria vae com as outras*paia ser amável e gentil para com to-das. Tem, entretanto, esperanças, nobresidéaes, ambições justas que ficam re-calcadas no intimo pelo seu tempera-mento receioso, - timido. Para saber ohoróscopo dos nascidos em Janeiroqueira ter a bondade de ler o que digoanles ao "Raiozinho de Lua".

JOAQUIM CÂNDIDO SILVA (Fri-gorifico) — Já devo ter respondido suacaria, pois não fica uma só sem res-posta. O "trabalhozinlio" que mandoucom o tittu'o: "O caçador mentiroso"está fraco. Procure fazer cousa maisinteressante.

Quanto ao horóscopo dos nascido. emf) de Ju'ho é este: "São amigos danotoricdrylc e do dinheiro. Devem acau-telsr-M contra as doenças des rins epulmões. São muito bons pães dç fa-mil:... Gostam de criticar os outros,mas zangam-se quando criticados. Têmbondoso coração e notável intelligenciae habilidade para as grandes empresas".

DR. SABE-TUDO

O TICO-TICO 22 — 18 — Março — 1931

A VISITA DO FELISBERTOO Felisberto, aquelle nortista a

quem Sérgio comprara o poíinhofeito com a casca de um coco, pro-mettera passar pela chácara do sr.Almeida domingo, antes dc almoço.

De facto, á hora marcada, veiuelle chegando com sua cesta dequinquilharias, todo sorridente:

Bom dia! saudou elle. Eu pro-metti e vim!

Naturalmente, e por isso nóso esperávamos.

Deixe ver o que você traz de bo-nito hoje. Ih! tudo novidade!

E emquanto remexiam na cestado rapaz, iam conversando:

Isso é tartaruga mesmo? Oué imitação?

Ih! moço, como não é tartaru-ga? Lá no Amazonas, tem tanta!Para nós, custaria mais cara a imi-tação, pôde crer! Pois a gente lácria tartaruga, como quem aqui criagallinha, não sabe? Os "viveiros"são cercados que abrangem umaparte de rio, outra de praia, porqueas tartarugas tanto vivem numa co-mo n'outra.

Mas para apanhar as primei-ras, como é que fazem?

E' tão simples: durante o an-no, ou com a sararáca, que é umaflecha, ou o itapuá, um arpão, oucom rede, ou com anzol.. . porém,o mais fácil é nas "pescarias de vi-ração", em Outubro e Novembro.E' esse o tempo em que as tartaru-gas põem os ovos, então fica-se deemboscada. Quando apparece à"mãe das tartarugas", isto é, umatartaruga das mais velhas, grandeassim de um metro, que vem nafrente para ver se não ha perigo pa-ra as outras, já se sabe que dáhi apouco a praia vae ficar coberta detartarugas.

Espera-se até que ellas estejambem entretidas botando os ovos naareia, então só se tem o trabalho deviral-as de costas.

E ellas, assim não fogem?Não podem mais fugir, e fi-

cam esperneando até que vão paraos viveiros.

E os ovos, vocês abandonamna praia?

Não, moço; imagine que ca-da tartaruga põe de 100 a 150 ovos!

Que colosso! E que tamanhotêm?

São mais ou menos como osda gallinha, porém, bem redondi-nhos. Delles se faz a manteiga detartaruga que se usa como condi-mento, na cozinha, ou como com-bustivel nos lampeões.

E a carne desse bicho não seaproveita ?

:— Como não? Nunca ouviu falarda celebre sopa de tartaruga, queinvariavelmente apparece em todobanquete? E o sarapatcl, que é oguisado feito com os miúdos? E opaxicá, não conhece, não?

Tudo isso é novo, para mim.Chama-se paxicá ao figado e

ás carnes gordurosas do peito, me-xidos com farinha; tambem se cos-tuma misturar os ovos com farinha.Mas a carne, fica mais saborosa éassada. E é pratico o bicho, pois aprópria casca serve de assadeira.

Que bicho camarada!Felisberto, você falou nos qui-

tutes que se fazem com os ovos, maseu ouvi dizer que a clara delles nãose coagula nunca; por mais tempoque fique no fogo não endurece. .

E é verdade; mas já disse que'são mexidos com farinha, que secome; porém, em geral são aprovei-tados na "manteiga de tartaruga"de que falei.

Estavam assim conversando, snão perceberam que o sr. Almeidase approximara de mansinho.

¦— Como a fome encaminha as-sumpto para os petiscos! exclamouelle, mettendo-se na conversa.

Ah! Papae nos estava ouvin-do?

Sim; e acompanhei a explica-ção da pescaria da tartaruga, doaproveitamento de sua carne, e porfim. como vocês se interessaram pe-Ias iguarias que pode dar... Isso éfome!

Papae tem mesmo razão; eunão ficaria triste se já fosse almo-

çar.Então mande servir almoço

ao Felisberto, tambem.Muito obrigado, doutor!

-— E depois, descançados, vamo.ajustar as contas.

Eu já escolhi tudo isto! e El-za apontou para uma porção de ob-jectos que separara.

Estou bem aviado! — e depoispara caçoar com a filha, acerescen-tou: —Eu ouvi dizer que isso dáazar.. .

Essa historia não pega! Dáazar, para o bolso, não é?

TIO NOUGUI

Bellos fardamentos ' j

__T ______ _9L-iJ_^ _rT/_.

'! (Bi _w.#>? .^__f .___f^

:_ C? HiCCS _\ 'MO.P"ml"Syi__a_,T_c.,Cr«_ Brittln rights rwcrvcd 'j

São os policiaes taliianos que possuem os mais bellos uniformes.Um policial da Itália dá-nos a apparencia, quando uniformiza-

do, dos marechaes dos exércitos de Napoleão.

1S — Marco — 1931 — 23 — O TICO-TICO

JL ASTUCIA HD.A. JEZJLUma rã já edosa e (Lida á reíV.-

xão. cahiu na asneira de inimizai--ecom um bando de macacos que, Iremen:- frente aa cliarco em que eila vi-via, num vasto e frondente pé deoitis, erguera domicilio.

Começara a trica porque a pobrerã, mal entrava a escurecer, inicia-va seu coaxar roufenho e sem íini,

Dizia o macaco mais veiho, ijief'.;da família, que era então impossívelconciliar o somno. E não se conte-ve que certo dia não ponderasse árã:

for que faro tanto de noite, aunhora?

A rã achou a pergunta desaf ralae não respondeu. E o macacc ac-ccniiiou:

Só os bichos amaldiçoados, ossapos, as rãs, o griüo intrlen.vcl ea curuja, ousam pertuibar com lati-ta insistência a paz da noite.

Ahi não se conteve a rã:A maldição de Deus, meu .uni-

go, deve recahir mais justamente so-Ire você ..lo que sobre mim. íJasfa.dizer que a sua figura é a d • De-nioniò cm ponto pequeii i. Deletem voct o corpo, a cauda e a as-tucia.

O macaco, confundido, e nao cn-centrando resposta, abalou dalü in-dignado.

jfj como era homem de relações,juntou a fnmüia e foi ;'i procura deuni juiz para a quês ão.

Estava a esse tempo cm exercido,na localidade mais provirá, nadamais do que o poico esj.inho.

Bom amigo do macaco a tjuemconhecia de longOJ annos, pronret-teu fazer vir a rã á sua presença.

E cumpriu com a palavra.No outro dia, dois çaTangueiíos

traziam a indiciada ao severo iuiz.Com que então — a senbnri

ousa perturbar o soesgo da vizi-nhançn. com a monotonia do seucanto insupportavel?

Muito mais me aborrecem ---contraveiu a rã, com altivez — osguinchos estridentes tfafmefes quetrouxeram a queixa de mim e nun-ca apareci aqui para reclamar con-tra elles.

O porco espinho, costumado aouvir apenas lamúrias de seus ju-risdicionados, mandou que metes-sem logo ali a rã na enxovia.

Formou -se então um longo pro-cesso do caso e foi chamado parafunecionar como escrivão, ô' timbúque era lido corno o malho* ta ho deletra dos arredores.

O caso é que en> poucas libras es-tava a triste sujeita a um julga-lo ie teve de comparecer amarradaá presença dos dez ou «flòee juizesdo mais suspeito critério, arranja-dos á pressa por ali mesmo.

Um velbo sapo, barrigudo e cô-xo, mais por um espirito de classe,offereceu-se para defender a cul-pada.

E a sessão foi aberta perante avui-tada concurrencia.

Até nuòi galho próximo os maça-

^ra&THàS&SslffiaMa»,-»-¦- • -'."•'^ri-iv

t^SiS 8®al^^a^a»^\ >*; **"?''./^.^SaaBafWKJMMlfAJT'»*'' • ff, itkJ^SZ

^#T»VVla43HaWSH?«SÍ?»^^»y r^VííSSr «ll-Er--a? . T\lBsMBagH*S»tft,»^a»aT/^ar^r^||{lm,-ft^-,.

s^yy^ :''dng*w^

ros assistiam. pu'ando e cabriolan-i o, aos complicados debates.

A rã estava positivamente mdt-fa'ar comgnada. Indignada c,

franqueza, medrosa.E quasi lhe sabe pela bocea o co-

ração, quando começou a discursaro porco espinho.

Contou em voz rouca o desacato(ji.e sofireia, historiou a queixa dasmacacos e concluiu por pedir a cou-demnação da ré.

Ü conselbo de sentença, num ges-(o i vil, levanlou-se e entrou a cs-c éver ^u parecer.

1". minutos depois apresentava ore.ubado.

A íé deveria ser queimada vivap; ra exemplo de todos cs morado-rei dos arredores.

Nao tardou que se erguesse, ma-j.ítoía, uma turba de gravetos, ca-] az de assar um b íi.

Era definitivamente a morte dadesgraçada rã. Ella ficara hirta,gelada, sem poder falar. Mas tevede súbito uma idéa. Poz-se a rir,mostrou-se satisfeita, acompanhai!-

do com fingido interesse os prepa-lativos do seu suppbcio.

E o macaco, desconfiado, cbanioiiá parte o porco espinho:

Ora, repare na rã. Por queur -.¦.•ho sorri ella?

O porco espinho, por sua vez, in-frigou-se.

< li dois aproximaram-se da con*demnada:

Por que te ris? — perguntou»Ibe o porco espinho.

A rã baixou a cabeça:Por que vejo, senhor juiz, que

desejando-me fazer um grande malme ides fazer um grande bem. Iv.iera, como sabeis, u.ri animal/ilibofeito por Deus Nosso Senlior, paraviver exclu-iivaincnte nngua. Puzes-te me em teria e agu{£ somenteaqui poderei viver. Se me meteis nofogo criarei azas e voarei.

O porco espinho abrira as vastasuandibttlas:

Pois será possível?!E a rã insistiu :

Agora, se me fizerdes de novo\ ohar á água, morrerei de certo

; íogr.da.O porco espinho dtti um grito de

\ ictoria:Ah! E' açsrm?! Pois bem.

E chamou o macaco. Ambos ar-raslaram aos trf>n"-ó« i n'""ín''' '•&

que gritava com fingido desespero!I'or Deus, senhores. Tenh h;

piedade de mim! Tenham picdaúflds mim! Tçnnam piedtde!

A bicharia toda vinha atraz da-quelle grupo trágico e formava d rn«s.i multidão.

A rã gritava sempre:Aquj d'cl-rci! S^ceorro' '."

tlIlíUU piedade!Mas, qual. Eü-OS que chei.-a.il k

freira do cliarcoToma — disse o porco í?spi-

nho.E zásj — o macaco atirou" ,, <•, m.

denmada bem longe em pleno ler.»(o' dngua.

Uma gargalhada cortante, dc mo»fa, -rubiu do cliarco:

-— Obrigado, amigos. Em t<T"a éque vocês nunca mais me apanham

Moralidade:Para sabido, sabido e meio.

LUCILO VARRJÂO

(Do livro "Uoa Gente.";..

O TICO-TICO __ 24 — 18 — Março — 1931

AS AVENTURAS DO RATINHO CURIOSO(Desenhos de Walt Disney tV.B. hcerks exclusividade para O TICO-TICO, em todo o Brasil)

Toda a gente fala a respei.to do seu "golf" Ratinho Queremos jogar -Apenas jogar. PoisCurioso, por isso vieimos vel o. vamos fazer uma experiência.

¦ ¦/,'<\ Z~Jr -v*

Que coisa interessartte. Que confusão! A bola não anda. Nunca tive tanto resultado comoagora. Estou contente

~ —^-^ ' Lry~" r-^m L. > A^r ^ ^iiTa^m JSao cinco horas e ningueai que»ire* embora.

Vamos gente! Rati- ...como se dá uma tacada! Kamos ver agora. Anho Curioso, mostre-me... bola bateu no porco!!!

s*\ _B a V 'lfl______É^_______ """_F/1 [ ^r' • ** ^"^*_Q__t ** V__Éfl_-_H

Moça, vou /nostrar-!he como se Que',maravilha! A bula bateu nsprocede nesa* jogo. barriga do céo!

<tA»WN*VVWV*-'*u**-w-w-"J' ¦ " '

Para mim foi um golpe fácil

iW^wvwywwiM<wwwv>www

Toda moça quer ler o CiNEARTE-ÁLBUM

18 — Março — 1931 — 25 O TICO-TICO

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Ââleg

#:*>

na cias criançasLivros infantis -~-fl mais bella eolleeção

de MONTEIRO LOBATO

A Menina do Narizinho Arrebitado 5$00OPetrer - Pan ...... 5$000A Penna de Papagaio 5$000O Pó de Pirlilimpim 5$000À Caçada da Onça 4$000O Sacy ..... 4$000Aventuras do Principe 4$000O Noivado de Narisinho 4$000A Cara de Coruja 4.$000O Irmão de Pinocchio 4$000.0 Circo de Escavallinho .'. ' 4$000.0 Marquez de Rabicó 4»$000Fábulas ........ 4$000,0 Garimpeiro do Rio das Garças .',.. 2$500Jeca - Tatusinhó ." 2$500

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O TICO-TICO — 26 — 18 — Março — 1931

__s? OS PEREGRINOS PE /T\ÉC*\ _^ II !

Ao alvorecer de um bello dia deverão partiram de suas tendas doismusulmanos para a annual peregri-nação á cidade santa do Phopheta.

Um delles que se chamava Mu-lah Afid era pobre, pois repartiacom os mais pobres do que elle odinheiro que ganhava como criadorde camelos.

O outro, Mahomed Zeliath, eraum mercador rico e'avarento.

O primeiro, logo no inicio da jor-nada encontrou um mendigo fa-minto a quem deu metade do seupão e metade das tamaras que leva-va para comer quando sentisse fo-me. ,

O outro encontrou também depoisum mendigo descalço, de vestes ro-tas, que lhe pediu, em nome de Al-lah, alguma cousa com que cobrirsua quasi nudez è se agasalhar dofrio nas longas noites, do invernovindouro.

Mohamed fingiu não' ouvir nementender seus rogos, e seguiu seucaminho adeante, sem voltar, si-quer, a cabeça com um olhar decompaixão para com o maltrapilho.

Em meio da sua caminhada,agora em pleno deserto, encontrouo primeiro um joven que se trans-viara e não acertava mais o cami-nho para regressar á aldeia de ondesahira a correr aventuras.

Mulah Afid lhe ensinou o caminhocerto, regressando com elle até eer-to ponto e lhe servindo de guia ^e-guro pela estrada quasi deserta.

Caso idêntico aconteceu com Mo-hamed Zeliath que, para se rir de-pois do logro que pregara a um mi--sero viandante perdido no areai im-menso, em vez de lhe ensinar a ve-reda que conduzia a um próximo"oásis", lhe indicou uma trilha erra-da e que ia terminar em uma eâpe-cie de cemitério de camelos, ondealvejavam ossadas de innumerosdromedários e de jumentos.

Por fim, já quasi ao entardecerdaquelle dia, Mulah Afid encontrou

|im velho peregrúio tropeego e ai-

quebrado, que, por mais que fizes-se, não poderia alcançar nenhumpouso onde descançasse da longacaminhada.

O eompassivo musulmano, apesarde também fatigado, e para não fa-tigar mais também sua alimaria comexcesso de peso, desceu do seu ca-melo, pondo sobre elle o velho pe-regrino, caminhando a pé a seu la-do.

Por uma notável coincidência, omesmo aconteceu ao outro musul-mano, encontrando uma pobre mu-lher idosa, exhausta de cansaço equasi sem poder mais caminhar.

Elle fingiu que não n'a tinha vis-to e passou adeante, no trote des-compassado e ligeiro do seu ca-melo.

Antes que a noite descesse sobreo deserto o bom musulmano encon-trou um "oásis" cheio de amenida-de e frescura, onde poude repousartranquiflo, na esperança de alcançar

em breve a Meca, cidade santa doPropheta e termo na sua peregri-»nação.

O outro, o mau musulmano, en-controu no caminho perigosos com-panheiros a quem seguiu seus vi-cios e dissipações, perdendo ao jo-go todo seu dinheiro, jóias, vesti-mentas que levava, até o própriocamelo que o conduzia.

No dia seguinte, emquanto MulahAfid transpunha, confiante, as por-tas da cidade santa, elle se encontra-va perdido no deserto, despojado dctudo, batido pelo simom, com febre,fome e sede.

A historia da peregrinação desse»dois musulmanos á cidade sagradado Propheta é bem semelhante áhistoria de muitos christãos na suaperegrinação pela vida, aspirandochegar, no fim da jornada, á cida Jesanta que é o Ce^.

M. MAIA

O M A G I CO

O famoso Ching-Fu, mágico chi-nez, acabou de fazer tres bellas ma-gicas se você desejar saber o que-elle fez traçar o seu lápis nos numeros por #ordcm. Verá que são tresséries de números e você ligará ca-

da grupo, sempre começando pelanumero — i — cada série. Na ii-gura estão escondidos dois MStttefli'tes do mágico e o genio que os cs-eoiul.u. Procure bem, que você eu*contral-os-á.

18 — Março — 1931 27 _-_ O TICO-TICO

RESULTADO DO CONCURSO N. 3.321

______ ______pl

A solução exacta do concurso

Sohicionistas: — Evandro Paz, AntônioVaz Pinto, Carlos José Carneiro, IsauraAlves Rosa, Julieta Dias (Tos Santos, IvoPereira Braga, Antônio Carlos Simas, Pau-lo Xavier Baptista, Aloysio Santinho daCruz, Milton Dezauzart Cardoso, Cyro Bar-bosa Ferraz. Pedro Carvalho, Anna AyresSalgado, Cybelle Maria Braga da Silva,Américo Florentino, Znlro Bento — MicholAragfto, Jaselea de 'Castro, Amarlles B.da Concelijfto, Rodovalho Rego Santos, Ma-ria Amalia. H.nlo Enas, João C. dos Gui-lé Filho, Zilda Mendes Almeidn, OctavioAugusto J. Couto, Lafayette Martins. Pau-lo Almeida Costa, Maria Luiza Prista,'Roi_rtO do Brito Pereira, Orlando E. Mat-tos, Antônio E. Mattos, Iria Vasconcellos,Jogo Augusto, Cecilia Maciel de Moura,Jorgo Queiroz D. Fonseca, Alello de Sou-za, Amely Pedroso de Lima. Léa Lacerda,Dccia Monteiro Santos, Moacyr Lisboa,Moacyr Llcht, Webster Frllsch, Mario As-MlUligiO, RnL*Hi Antônio D. Mello Mo-racs, Paulo Berger. Nllza Cunha, Elza deSouza Nápoles, Hilda Souza Nápoles, LéaArea_ Camarjff., Anadyr Cozimhra, I-amzi-nho Moura Azevedo, Irece M. de Oliveira,Fernando Mendonça de Freitas, HaroldoEdgard. Leda Machado, Maria, Jorge, Ma-ria P. Duarte Maniico C. de Lacerda,.ToRo Tahich, Nelza Mendes Jofto TI. Arre-KUy, Walter José Muniz. J. José Gomes,Laís Thercza Neves. Ary Barroso, MariaMaria José Barcellos, Maria de Lourdes.Roberto Rocha, Ailtoii Nunes. Murlllo Bel-trfto. Rolando Medeiros, Chrlstlnno d»Mrllo, Afranlo Leonardo Pereira, AnnitaB Pr nar ri es. JatUM Nas. .mento, O. rar Sy-¦abe. Jayme C. Vianna, Odette P. Ma-Jfalhftes. Ccllo Evangelista, Dirce Pezzlne,

P I D U L A S

(PÍLULAS DE PAPAINA E PODOFHYLINA)

Empregadas com successo nas moles-tias do estômago, figado ou intestinos.Essas pilulas, além de tônicas, são indi-cailas nas dyspcpsias. dores de cabeça,moléstias do figado e prisão de ventre.São um poderoso digestivo e regulari-_ulor das funeções gastro-intestinaes.

A' venda em todas as pharmacias.Depositários: João Baptista da Fonseca.Rua Acre, 38 — Vidro 2?500, pelo cor-reio 3$000 — Rio de Janeiro.

Maria Apparecida, Ruth Bicca Ribeirão,Simfto Barbosa, José Francisco Pombo,Dulce Coelho, Jofto Baptista, Carmen Ma-ria, Aristóteles Monteiro, Branca AzaliaSalagar, Juarez G. Ferreira, Levino deSouza, Albeito Peres, Jofto Jorge de Bar-ros, Alda Accioly Senna, Antônio Pimentel,Débora L. de Carvalho, Humberto Men-donça, Jorge A. Lima. Nair Carvalho Pin-ta. Bernice Lisboa, Yolanda Barros Frei-re, José Antônio de Castro, Ne] ia da Sil-va Lima, Myrian Caldas, Ovidio Brevlglei-ro, Victoria Carreras Fernandes, Paulo-Santos Moacyr, Maria Amélia Pestana,Maria Eugenia P. da Silva, Lucilia Pro-ença, Luiza Mafra.Luiz Raul Guimarães,

Tá vendo, ma-mãesinha....

"Quanta criança fica com oipis aleijados só porque os pães sedescuidam na escolha de um cal-çado próprio para os seus delica-dos písinhosl"

E' por essa razão que o Tico-Tico aconselha o uso das lindas,resistentes e confortáveis alperca-tinhas,

fabricadas por processo scientifi-co e de uma belleza incomparavel.

Vendem-se em todas as boascasas da Capital e dos Estados.

__-li ii II II—Ha-H-T-ii-l MM-irw

Ruy Calatlma, Neusa Valente, CelesteIlUi F. Pinto, Ollvla G. Dias, OrlandoFernaniiiH, Benato Marques da Cunha, II"-lena Puma Ribeiro, Cello da FonsecaBrandilo, Orlando Paiva, Paulino de Noro-nha. Olga Pereira LiTi. Joio Fngano,Edmard Porclunculn, Murlutnin Vaz daLima. Arlette da Silveira, Evenno I! tis,Yvonno Darc Moraes. Maria Clcnr na Ura-.-1. Maria Amélia, Marllda Duas Al.rano,Ivan da Silva, Wlllian llenny de Almeida.Henrique R. Lop'-s, José Antônio M>Antônio C. do Souza o Silva. EduardoAugusto «le Rou-a. lleatrlz C. do Maga-li Decio Vianna, Antônio Canollns,Odette Suinan, Kdemlr Vasconcrllos. AfltO*níi> liaria, Carmen Catrlm, rioiVomlr Fer-reira, Margot de Moura, Jamiyra Correia.Manuel Lima, Mim.I.i A. L. 3. Lima,Thnmé Ignacio de Andrade, Wanda R. Mo-reyra. Oscar Por.<>, Alui_io do Botm T.Uma, 11'ii'i Acquaiuno, Laura Andréa R.Ollvoiin Helena Cavalcanti, 7ilah Ruff,Mana Villalb, Neuza Clulmanles, CyroIl.iyTiirido de Freitas, Leny Carneiro (VeSa, Altalr Guedes Pereira, Oswaldo Car-v__t_ Alberto Uongalve-, Yvonnetto Pr.<_

de Lima, Waldyr Dalcaso, Maria EugeniaBarreto, Jordão Reginato, Gerbcr S. Al-vim, Luiz Alexandre L. Stuchler, Orchl-dea Pereira de Oliveira, José Maria Fer-reira da Silva, Risoleta Guedes Pereira,Manoel Cavalcante, Lúcia M. CarqueIJo,Mauricio C. Botto de Barros, Moema Ta-vares, Maralccia P. rezzl, José CarlosAmaral, Maria lOrapina, Jonas Uarl.osa,Maria da Conceigflo, Sylvia de Figueiredo,Yedda Regai Possollo. Aléa Soares Vlllacs,Gastão R. Filho, Ida Do Cantte, LygiaSantos, Jane Velloso, Itodail G. Velloso,Edemir P. fie Mello, Caetano Netto, Ig-nez Oliveira, Attilio Eugênio GuilhermeBraatz, Aurora M. Ferreira, FranciscoPereira, Marcy da C. Menezes, EldhDuarte, Maria Diva Garcia, Ivette deAraújo, Alberto Core, Jule Visette, Dulci-des C. de Moura, Jofto Carlos Tourinho,Mario César Fundfto, Judllha Alves, Juro-ma Ferreira, Thercza Rodrigues Pereira,Gerson Noronha, I!va Macedo, Maria Jos.Monteiro, Maria Angélica, Iracema LemaCastello, Luiz Pitta, Nelson A. Fernan-des, Fiavio M. May, Maria de Lourdes,Edmundo Sodré da Rosa, Alcides SilvaPortella, José do Araújo, José Flnelll, Al-varo Alves Faria, Juracy P. de Faria,Francisco Cândido P. Netto, Benlcio deDomenlco, Renato Pitanga, ThcrezlnhaVenturelli, Pedro Alcântara Pereira, Har-nel C. Ferreira, Rubem Dias Leal, ÁureaBrandilo Pereira, Ladyr Pinho Alves, Cos-ta Marques, Dylson Baptista, Lucy Ramos,Alexandre '3. dos Santos, Lllctt Lopes,Antônio Laerclo, Nelly Berto, Miguel P.Soares, Neise Ribeiro, Antônio de Medet-ros, Antônio de Assis, Eliza Wilches, OdyrGeraldo, Darcy Vlgier, Altyr Sil dos San-tos, Epitaclo A. dos Santos, FrlderlcoSanchez. Vlnlclo Nalesfinshel, Alzlr Ben-jamln, Aroldo Cunha Leal, Dutra de LimaSouza, VInanclo D'Angelo, Dyléa Knlii.cn,Thcrezlnha Vianna Barros. Fernando Oe-tavlo da Costa, Aurlno Demosthenes daSilva.

Foi premindo, com um lindo brinquedo. 0concurrente:

AMARILBS B. DA CONCEIÇÃOde 11 annos de idade e residente A Ave-nldn 28 de Setembro n. 193, nesta Ca-pitai.

RESULTADO DO CONCURSO N. S.628

Respostas certa*:

1* — Leopardo.2« — Narls — Pane.3" — Mfto — Cio._• — Olâl

M — .Marcos — Marco.

AM°FAMEvossosFILHOS

'dae-ihesfS£M Oâ/ÍOllA

lainomilliria1jÔ llttlCO REMÉDIO QUE EVITAR.t CUI-a _5 DOENÇAS da DENTIÇAO..como. GASTRO-ENTERITE, f-BRS.flnsomnia.Diarrhea, Çolic-S. tk,

wttmmüLf^T-í_[iM toõãTI f .,I__H__R___ Uir^T "'¦ i J-wfmmW *i*\_<7 À lf.imi"''"0". \_J1

_V venda» era todas Bi pliunna. SJJ

II TICO-TICO 28 — 18 — Março — 1031

Solucioniata»: — Nair Carvalho, Dulce-lira A. Silva, Francisco Miranda S. Sil-va. Ida Do Couto, Maria Eugenia Barre-

mhfuunti í l<» U(«n ma I , . ¦ . ¦ I 'ir.to, Ilernadctte .-. m-<. i-m*.---* t-*v-*i «~«« v—. -los, Tourinho, Nadyr Hugo de Jesus. Brac-cinin Braccini, Sebastião Netto de Barros,Maria Ccpira Barney, Helena dos Santos,Heloisa da Fonseca, Carmen Julieta JVild'-berger. Leia Aoquarone, Lygia Santos,César Boltger, Huy Lanlda, Cícero FariaCastro, Álea Soares Villares, José M.Ferreira da Silva, Mary Campos, There-zinha V. de Barros, Amely Pedroso deLima, José Alfredo Caetano, João Pedrodu Cruz, Decio Monteiro dos Santos, Syl-•vctte Mendonça, Adevaldo C. Botto, HélioAmaral, Antônio Augusto, AdhclTa Mau-ricio Botto, José M. C. Botto, Lúcia Car-quejo, Maria do Carmo Quaresma, SylviaINey de Assis, Darcy Vigier, Clodomir F.Dias, Oswaldo Bruno, Odette de Almeida,Fransclsco Ferraz, Haenel C. Ferreira, D.Jenane Simões, Maria Lúiza Martini, EI-dali Duarte, Odette de Magalhães, Ledade Faria Pinto, Yolanda Marques daCunha, Antônio Cardoso, Guiomar Queiroz,(Nadyr P. Alves do Valle, Yedda Regai1'ossollo, Odracir Hecht, Theophilo RamosBahia, José Braga, Dylson Baptista Drum-mor.d, Clalza Duque Estrada, BereniceBaptista Gomes, Olga da Silva, FredericoBelentisch, Nair Xavier Baptista, PalmjasPaix5o Carneiro, Aloysio Santinho daCruz, Humberto M. Filho, Roberto doBritto Pereira, Lúcia Sylva, Cybelle Ma-ria Braga Silva, Antônio S. Dias, CarmenMaria, Roberto Andrés, Ribeiro, Levino deSouza, Rubem Dias Leal, Oswaldo Cavai-lelro, Arthur Schmld, José Gayto, JoãoJorge, Léa dos Santos, Celio da FonsecaJuracy Pereira de Faria, Nelson Alvaren-«a, Braccinin Bracci, Cecilia A. Lima.Orchldea Pereira de Oliveira, José J Fa-biano, Mario VI lani, Yolanda Barros Frei-re, Yvonne Reis, Dulce Moura, Odyr A.de Aldeia, Olga Herman, Aurélio VillaniAlayr Sa dos Santos, DIna Maria dasNeves. Maurício Carinha, Yor MagalhãesJordão Reginato, Leny Carneiro Sã, Vi-melo D'AngeIo Castanheira, Maria TCastanheira, Musa D*Ângelo Castanheira,Angelina C. Elisa, Yolanda Vaz de LimaCeleste Yedda F. Pinto, Di da Villaa Boas.'El iza de Souza Nápoles, Hilda de SouzaNápoles, Virgínia Peixoto, Aurelia "Wil-ches, José Ananias de Almeida, LygiaBastos Aguiar, Joio Pagano, Gerber Ser-pa, TSTello Berto, Luiz Alexandre, TherezaCraziano, Martha Castro Neves, Aldo Bre-ves, Amélia Peres Rodrigues, Murillo Be -tran, Rodovalho Rego Souto, Lygia deSouza Pannain, Paulo Amaro Costa, Igneza!i ^ontea,Vieira, Luiz Pitta, MahomctAdura. Nelson Roma, Paulo Roberto Pin-limi £l0-.C?.r'0s Galvã°. Lúcia de AbreuOctaoilio STn=?ez«rra' Francisco Augusto,Te verL T?0Sê Paeano, Sérgio Geraldoxelra Viif arCT?; VÍeler' Marla ™™ Tei-Alves Rnh«,Nu1ne\da Costa- Joa° Luii!í™' «"berto Rocha, Maria de Lourde,da Silví arreI G- Tei«ira, Ignez Oliveiraaa silva, Léa Ferraz Faria, Jorge J.

fT^"""""**titii' ii•**,*-! in mii li li - || -. e

CONCURSO ÜE CONTOSNenhum escriptor ou contista

brasileiro deve deixar de concor-rcr ao Grande Concurso de Con-tos promovido pela revista "Paratodos..." com grandes prêmioscm dinheiro, cujo total ultra-passa a cinco contos de réis.

l*la em qualquer numero des-sa revista, em paginas inteiras,as condições e. bases pelas quaesê regido esse "certamen",

quese encerro rá impreterlvelmente

no dia 20' de Maio*

TENDES FERIDAS. ESPI-NHAS. MANCHAS, ULCE-RAS. ECZEMAS. emfim qual-quer moléstia de origem SV-

PHII.ITICA?usae o poderoso .

Elixir de Nogueira

do pharme* áWm\ Cn,n,ico

João da (§1 Si,va Sil"**etrm

GRANDEÜEPURAT1VO DO SANGUE

Vinho Creosotadodo Pharm. Chim.

João da Siha SilveiraPODEROSO FOR-TIFICANTE PARAOS ANÊMICOS EDEPAUPERADOS.

Empregado com iuc-cesso nas Tosses,Bronchites e Fraque-

xa geral

íl

pela parte do chapéo e um tempo deverbo?

(4 syllabas)

Flora Romeiro Fernandes

3" — Qual o nome de homem que étempo de verbo?

-*=ss-¦.*'¦

hfr|[f**^*******>+>*>*»*^s*****^<**'i4**+*^<*,*<*^+*^v**i*^*^****

Carneiro, Oscar Freire. José Antônio Ma-thias, Dulcides Carvalho.

Foi premiada, com uma íuryresa a con-currente:

LEDA DE FARIA PINTO<Je 7 annos de idade e residente & ruaMarechal Floriano n. 83, em São Salva-dor, Estado da Bahia,

CONCURS N. 3.536

PARA OS LEITORES DESTA CAPITAL IDOS ESTADOS PRÓXIMOS

.Perguntas".

1* — Qual a embarcação cujo nomeé formado pela nota musical e pe'oastro ?

(3 syllabas)

Célia Coelho

2* — Qual o nome de fruta, formado

W$* .¦

(3 syllabas)Ruy Neves

4* — Com C sou advérbioCom F sou nota musicalCom M não sou boaCom S sou sobrenome.

(1 syllaba)Mario Villani

5" — Qual a fruta que com a inicialtrocada é cidade européa?

(2 syllabas)Edward Porciuncula

As soluções devem ser enviadas aesta redacção devidamente assignadas,das de outros quaesquer concursos eainda acompanhadas do vale n. 3.536.

Para este concurso, que sçr encerradono dia 6 de Abril, daremos como pre-mio, por sorte, entre as soluções certasuma surpresa.

I *&-32y^^zfír

v*urPAUAOCOiNCLIKfO

3.536

O niinuêtoera uma dan-sa a n t i ga.muito ein vo-ga na Fran-ça, na idademédia. Ou-

tros paizes acceitan/m o minuéto, adansa que era a maneira mais fácilde exhibir a elegância das gentesde então.

Cone. S. Joio — Letra B

tolLOS BRANCOS. CASpQ

IT/Oy^^Ts^k^^NüIT coSbÍISI1W"Z1\ '¦iiinno' 'r, J •MJL-t** |ou>/ioo> i*>a pio Iot^o»!

18 — Março _ 15)31 — 29 —

CONCURSO N. 3.535

-ARA 03 LEITORES DESTA CAPITAL E D OS ESTADOS

QIUl IM101 ]LHÊ1 OVEST_JNAPR_CA D SPWBBÉmWÊ

Um concurso muito fácil offerecemoshoje aos nossos leitores, que terão, paraverem o problema resolvido, de collocaralgumas letras nos quadros em brancode modo a que fique formado, no"clichê" acima, um provérbio co-nhecido,

A solução do concurso deve ser en-viada á redacção d'0 *TICO-TICO,separada das de outros quaesquer con-

- e acompanhada não só do valen. 3.535 que vae publicado a seguiuD "i declarações de idade, residência e

natura do concurrente.

Para este concurso, que será encer-rado no dia 17 de Abril, daremoscomo prêmio, por sorte, entre as .o-Lições certas, um rico livro de leiturainfantil.

VAU.COJWCUP-fO

(f^}£ 3.535 >-*

UMA NOITE" DE' S. PEDRl.is-nos cm pleno sertão...O ceu polvühado dc estrellas tre-

meluzentes, caracteriza a grandedata que coninfemoramos.

l.m redor da colossal fogueiraonde se assam carás, batatas, pi-rliões, etc, vê-se uma multidãodc pcssoüs.

Umas bailam, outras cantam, ou-trás entretêm-se a fazer subir ba--5.9 multicores, e a maior parlediverto-sc soltando estrelünhas, bus-ca-pes, c uni seta numero dc fogosIrtificiaes.

Afastada, vê-se a vóvózinha ro-deãdi dc pequenos, os quaes, oti-vem attentamente nm episódio qu.

< iicauta. • •

De vez cm quando, um delles, ainterrompe e fala:

— Tor que, vóvózinha, S. Pedrochorou tanto? ',

Havia de sentir-se desolado, não?Ou

"era por não ter como eu, pa-

pae c mamãe que o consolassem?/I'.r que, yóvÓzitl__-, por que?

— E* que seu peccadô, diz a .ve-ihinlia, acariciando a fronte do in-noCent-, foi gi*_n__( tão grande qu.ròcê não pude comprehender»

E foi por isso que elle chorou tan-to: elle negou Jesus, seu Salvador...

.Mas. . . já sao II i]->. . . Vamo-nos reunir aos outros para içarmoscom elles o mastro do grande após-tolo.. .

|\ u.o depois via-se no terreiro abandeira que fluctuava . ao ventosuave da noite cstrellcjada...

A

O TICO-TICO

Um ultimo balão galga as altu-ras...

Estamos em pleno sertão...'O ceu, polvilliado de estrellas tre-

melu.-.entes, convida-nos ao desenu-

ço reparador...<$> ? <.

Noite tradicional a de S. Pedro!...Noite que deixa na alma do poeta

íim gemido que não se sabe distin-

guir, si é o soluço de uma viola aolonge... ou a voz do verbo que ge-tne eternamente no pinheiral...

Salettt Alpoitn

NINANDO A BONECAVoltar quizera inda um diaAo tempo de creaneinha:Quando, embalada, eu dormiaAo collo da mainãezinha.

Dorme, bemzinlio,Sonha contente;J. s nm anjinhoTão innpçentej

pada noite, ella contavaNovas historias galantes!E, depois, tambem cantava...Oue canções interessantes 1

Dorme, bemzinlio, etc.

Quantas festas, papaczinlio,Tào risonho, me fazia!Dava-me um beijo... e baixinho,"Deus te abençoe", repetia.

Dorme, bemzinlio, etc.

V, eu, sorrindo, adormecia...E adormecendo, .sonhava...!•; sonhando- • • oh, como eu viaTanta coisa, que encantava 1

Dorme bemzinlio, etc.

Tenho saudades. . . quizeraInda gosar essa ditaiQuem me dera, ai! quem me dera!Ser de noVÒ pequenita...

Dorme, bemzinlio, etc.

Do "Afo-aico Infantil", dc Virgi-üo Cardoso de Oliveira.

O TICO-TICO — 30 — 1S — Março — 1931

ü> CASTELLO DA U X AHavia outrora um paiz distante

cujo rei tinha uma filha, senhora degrande bondade.

Como nesse paiz reinassem a pa/,a harmonia e a caridade havia con-tra elle o ódio do reino das bruxas.

Um dia, ao amanhecer, todos oshabitantes do reino ficaram espan-tados de ver um enorme castello de-fronte do palácio real.

Os criados correram e chamaramOs seus soberanos.

Quando foram chamar a gentilprinceza, em vez de a encontrar,viram no seu quarto um cartão quedizia: "E sua filha está no meucastello que fica defronte do seu

palácio. Se ninguém salval-a até ofim do anno, ella morrerá. A Bru-rva".

O rei ficou desesperado, porque ocastello não tinha portas, nem ja-nellas e quasi esbarrava nas nu-vens. Mandou então pôr cartazesannunciando que aquelle que sal-vasse a sua filha se casaria comella. Muitos pretendentes tentaramsubir no castello mas não conse-guiram. Quando faltavam cincodias para acabar o anno, um moci-nho de nome Roberto escondeu-seentre as folhagens do jardim real ede noite viu a Bruxa sahir do forro

j_«i-FiHi__r_!T_ki__k_k_k_?__À

Não Custa Had a-Hão^ Iodos os objectos illustrados neslà folha vos

serão entregues sem despezd dlguntd Ôdstdreunir a quantidade de etiquetjs de Faunha láctea Nestlé ou de leite CondensadoHoca correspondente eo objecto desejado

tos brwqwda____ _/. _ dc

esta occ<ii'<-0 mcrpctonjl (wa dir bel L_,nquedos a vossos filhos o. completar vossa

íosmha As etiquetas ôceilâvas são_. ddhcrentes é* Mas (nõo o envoltório exterior)

Vmde trocai a_ sem tardar, de 5ai "e delas**á Rua Santa luzia ?t»2. «_• Cor^p^nha Nestlé._-i^H B-tl .ra

Íí8__ÍP_-í_Í5íS ^í^mUjt^ .^^./^ &$**]vJtf' ^V tf a rn -iX" /__5 dMmots fc'LH_ _n____STI_>ffT \\ itl•-::,?.<-*- WWfS\ xyy '-*JJà\W^* Xj!J- _-.__- * ivj) «Cjjg «g S^jEJ^ *

^.yi, r_ /''•> /v. _f_^ .____ ___, _«.(.__, _—nr i %&JKi^^C M'? .,?" "1T _r._'íi __**_. ^-w'^^1^/

_______ j (jot-v <ri ü tau^or*s .*!_r_T ^~ \íí.wí"^sT" W Sàk ___. ^8 ^3^fl '"«íL»'"— ífi._í^__£T__$*' 4.5*1» _^^™"***. ^* N--_j_^_»m__>— ,u».«. f a _. /» _¦«_____ I ^-a #nuci[.»4-*-.*!> "_____!

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n_rn_i xj_«j_____: _ m n \V .,.>.,*«..^,t*=*s.^' n_(i\t'u .^\r#> ^4í^ mi-0!. p?V-è ^ I ifí '. .A ° ^eff t.^* o»«°-%

Nv a^^_JHQ^^^^AdPl^^ ^_-''_xJ_c_E_->^____________.

Jr*.' BP*T__WJIS 1 ""-"- •*^__r__l _D__H \_/ .1-_ __? LdP _______ _!__*_ « r? _________ _¦ «_. |j^_________j ' i'-¦í- ________rT**'*SÉ___B_l

do castello montada num cavallode pau.

Antes de ir embora a Bruxa dis-se: "Abre-te porta. Nesse instanteRoberto viu abrir-se unia porta quenavia na barriga do cavallo e estedesceu até o solo.

Guando o cavallo parou no chãoa Tiruxa saltou e tirou a princezaque estava muito pallida.

Roberto arrancou a sua espada,correu perto da Bruxa sem ser vis-to e cortou-lhe a cabeça. Ouviu-seum estrondo medonho e o corpo daBruxa, o cavallo e o castello desap-pareceram.

Houve grandes festas e no diaque era para a princeza morrer nasmãos impiedosas da Bruxa, casou-se com líoberto.

As bodas do casamento duraram7 dias e 7 noites.

Um anno depois o rei morria eRoberto e a princeza subiram aothrono e viveram muito felizes go-vernando com justiça.

Mario dc Olheira Pimentel

(ii annos)

6&Boa ron-naria ff-az.».9'

{Provérbio provado i

Havia festa na roça,Foguetorio, procissão,E o Zé Fagundes queriaComparecer á funecão.

A mulher, que era sen.-ataE seu "fraco" .conheciaAconselhou-o a não irDessa vez á romaria.

Porque o bom do Zé Fagundes,Nas bebidas se excedendo,Ia, sem pensar no caso,Mil loucuras commettendo..

Mas o Fagundes teima:Foi á festa e deu-se malPois veiu de lá surradoE ainda está no Hospital..

•A mulher, ao visital-o.Vendo-o, assim machucado,Lhe relembra como é certoUm dos antigos dictados;

E lhe diz como conselho:— Escuta bem, ó rapaz:''Boa romaria fazQuem em casa fica em paz".

Annexitn"

18 — Março — 1933 31 — O TICO-TICO

'í . AM mmm. l|-¦-¦'¦^ HHHa^HIHrSaalah. SffiS

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Publicação das mais cuidadas e impressas em rotogravura, 0

CIHEARTE--ALBUMestá á venda em todos os jornaleiros do Brasil, mas, se houver falta nesses jomaleiros, enviem]

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1

riflatoh ^ammmammmru ^^

AS AVENTURAS DO CHIQUINHO As pernas de páu

Benjamin combinou com Chiquinho para daremiim susto aos tios delle que haviam chegado da roça.

Para isso, Chiquinho amarrou umas peruas de pau. ,. jagunço também (oi tardado com um casaco, velhovestiu um paletó e umas calças compridas e o... que lhe serviu de casacão. Assim fantasiado... .

...apresentavam um aspecto original e impressionan-te. Quando passaram pela janella dos tios de Benja-¦min a Lmores-ão íoi...

...enorme, os dois creoulos. pensaram que Chiqueihoe Jagunço haviam virado lobis-homem. e se entrega-ram a um...

...verdadeiro desespero, que só passou quando Chi-quiriho. Benjamin e Jagunço desfizeram o encan-to!...