Você está em um lugar seguro?

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Anderson Lima

VOCÊ ESTÁ EM UM LUGAR SEGURO?

“Porém o profeta Gade disse a Davi:Não fiques neste lugar seguro...”

1 Samuel 22.5a

São Paulo · 2014


Coordenação editorial

diagramação

Capa

preparação de texto

revisão

Editora Ágape

Gustavo Lima

Guilherme Xavier

Patricia Murari

Regina de Oliveira

Copyright © 2014 by Anderson Lima da Silva

2014ImPreSSo no BraSIlPrInted In BrazIl

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Bloco a – conjunto 1112ceP 06455-000 – alphaville Industrial, Barueri/SP

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copyright © 2014 by Samantha Gramacho

coordenação editorial naiara messias

diagramação claudio tito Braghini Junior

capa edaylton Silva e elio Soares

Preparação Patricia murari

revisão Thiago Fraga

Texto de acordo com as normas do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (Decreto Legislativo no 54, de 1995)

Gramacho, Samantha Faça um link! / Samantha Gramacho. -- Barueri, SP : Ágape, 2014. ISBN 978-85-8216-061-9 1. Cristianismo 2. Jovens - Vida cristã I. Título. 13-13591 CDD-248.83

1. Jovens: Vida religiosa: Cristianismo 248.83

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Índices para catálogo sistemático:

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Silva, Anderson Lima da Você está em um lugar seguro? / Anderson Lima da Silva. -- Barueri, SP : Ágape, 2014.

1. Conduta de vida 2. Deus 3. Espiritualidade 4. Fé 5. Vida cristã 6. Teologia I. Título.

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1. Vida Cristã : Cristianismo 248.4




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À minha esposa Cíntia, o grande amor da minha vida...























































































SUMÁRIO

AGRADECIMENTOS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

PREFÁCIO - por Pr. Harry Dawes Scates. . . . . . . . . . . . . 11

INTRODUçÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

1. MEUS MEDOS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

• ÓCULOS DA INSEGURANÇA / VENDO COM OS OLHOS DO MEDO. . .18

• CADÊ A POMBA? / ENXERGANDO ALÉM DO DILÚVIO . . . . . . . . . . . .25

• HÁ DOR E LUTA / MAS ONDE ESTÁ A VITÓRIA . . . . . . . . . . . . . . . . . .32

• OH LÍNGUA (FALA SÉRIO)! / QUANTO MAIS EU FALO MAIS

ASSOMBRAÇÃO ME APARECE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .36

2. UM EXEMPLO A SER SEGUIDO? . . . . . . . . . . . . . . 39

• TÔ “BAD”, / CRISTO VIVE EM MIM? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .40

• DÁ-ME UM CORAÇÃO IGUAL AO TEU. / O QUE TENHO DE MELHOR . . .45

• SENDO LAVADOS. / PROMESSAS FORAM FEITAS PA77RA SER

CUMPRIDAS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .49

3. FUGINDO DO CHAMADO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53

• SÓ SEI QUE NADA SEI... / FUGITIVO OU REI? EIS A QUESTÃO! . . . . .54

• DESCONFIANDO DE MIM... / CONFIANDO EM DEUS! . . . . . . . . . . . . .58

• PAI, EU TROUXE O SABÃO! / ORGULHO DO DEVER CUMPRIDO . . . .64


4. CONFIANDO MINHA CASA NAS MÃOS DO INIMIGO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71

• NOSSO MAIOR TESOURO / PERTO DO CORAÇÃO . . . . . . . . . . . . . .72

• E DEUS CRIOU O CASAMENTO... / “VOCÊ MUDOU!” . . . . . . . . . . . .80

• CONJUGANDO O VERBO ERRAR. / LEÃO-MARINHO

E BRUXA DO 71 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .85

• ENGENHEIROS DE CRISTO / CONSTRUINDO LARES . . . . . . . . . . . .92

5. ALERTA: O CHAMADO À RESPONSABILIDADE. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101

• TRÊS, DOIS, UM... FOGO! / O QUE EU FAÇO AGORA?. . . . . . . . . . .102

• DEUS NÃO DESISTIU DE VOCÊ / POR QUE QUER DESISTIR?. . . . .107

• EIS-ME AQUI / PREPARADO PARA SER USADO POR DEUS . . . . . .114

• CHORANDO FEITO CRIANÇA. / TOCA-ME. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .120


ANDERSON LIMA DA SILVA

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, meu Senhor e Salvador, redentor dos meus pecados, consumador da minha salvação, meu abrigo e força, porto seguro em todas as tribulações; e ao meu irmão mais velho, Jesus, que se entregou por mim para que eu pudesse ter o meu nome escrito no livro da vida.

Agradeço aos meus bens mais preciosos: meus filhos o herói João Gabriel e a princesinha Letícia, que simplesmente recheiam minha vida de sabor e alegria.

Agradeço aos meus pastores pela paciência e total des-prendimento disponibilizado em meu discipulado, levando--me a cada dia assemelhar-me mais a Cristo.

Agradeço aos meus pais, meus maiores exemplos de perseverança e aos meus irmãos que são parte fundamental da minha vida.

Agradeço ao meu irmão Esaú Silveira Mendes, um anjo escolhido por Deus para me apresentar a Cristo, e que ao sair do seu lugar seguro levou-me para os braços do Pai, aos pés da cruz e ao amor de Jesus.

Agradeço, ainda, aos meus irmãos em Cristo, e aos meus amados discípulos, homens e mulheres de uma no-breza ímpar, pelo exemplo de fé e superação que refletem a imagem de Jesus.



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PREFÁCIO

Parabéns, Anderson Lima! Li este livro e achei muito clara sua abordagem de um assunto tão básico – tomando decisões coerentes e responsáveis em busca de um porto seguro – um objetivo maior que nos guia como um norte a ser alcançado.

O exemplo de Davi, que ao deixar que seu medo de Saul o conduzisse a várias decisões erradas, nos ensina o poder negativo de medo.

A vida de um cristão jamais será uma existência sem lutas e sem conflitos. Precisamos saber lidar com estes senti-mentos de maneira madura e equilibrada, pois controlá-los e vencê-los ainda é a melhor forma para que possamos romper na plenitude da vontade de Deus para as nossas vidas.

O autor usa muitas histórias para ilustrar os pontos importantes do livro. Uma delas é “Não Pare... Continua Tocando!”. Esta história e várias outras atenderão seu conhe-cimento e seu coração.

Leiam o livro a fim de descobrir os princípios para or-ganizar a sua vida, e assim levá-lo entender qual é o único lugar seguro.

Pr. Harry Dawes Scates (Pastor Ari)Fundador da Shalom Comunidade Cristã



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INTRODUÇÃO

Em determinados momentos, a vida nos oferece opor-tunidades para escolher os caminhos a seguir, que direção eleger e que decisão tomar. A vida e a experiência também nos ensinam que muitas vezes as nossas escolhas são permeadas de inseguranças e incertezas e que tal sentimento nos trás implicações e consequências que inevitavelmente nos delega dor, sofrimento e tristeza.

Neste ponto, a procura de tomada de decisões coeren-tes e responsáveis em busca de um porto seguro torna-se, em nossas vidas, um objetivo maior que nos guia como um norte a ser alcançado. Mas, tais escolhas, quando orientadas pela natureza humana e analisadas pela ótica e visão natural, podem gerar surpresas um tanto quanto desagradáveis num futuro não muito distante.

Portanto, estabelecer um porto seguro em nossas vidas quando o mesmo não seja constituído num alicerce sólido e firme como uma rocha pode e com certeza trará arre-pendimentos, frustrações e consequências negativas; vale ressaltar neste caso o que a Palavra de Deus nos ensina no evangelho segundo Mateus no capítulo 7 versículo 25: “Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela não caiu, porque tinha seus alicerces na rocha”.. Em resumo, o evangelho segundo Mateus apresenta a afir-mativa de que a única rocha eterna e que nos dá segurança é Jesus Cristo, e qualquer outro alicerce que não seja este será uma derrota anunciada e simplesmente uma tentativa


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de construção de segurança sobre areia movediça, estando à mercê das intempéries seculares. E olha que quem registrou as falas de Jesus foi um publicano, o funcionário público Mateus que teoricamente teria o conforto da estabilidade estatal em nossos dias.

O estabelecimento de um porto seguro em nossas vidas, firmados na segurança que estruturas humanas podem nos dar, geralmente, se apresenta arrimado na questão da estabi-lidade financeira; esta por sua vez acaba se constituindo num dos grandes objetivos e, por consequência, no maior anseio e necessidade do ser humano: o alcance do equilíbrio finan-ceiro, que muitos acreditam ser o aporte mais importante na vida do ser humano e que por sua vez irá promover a ele e a toda sua família a permanência do conforto, comodidade e segurança.

Contudo, esta postura, que em sua maioria é o sonho de realização de muitos, pode trazer consigo implicações futuras que indiscutivelmente transformará a estrutura que foi erigida para nos dar segurança e ser um porto seguro numa prisão que nos devorará a força, o poder da iniciativa e reação, a prontidão da vigilância e o desenvolvimento pessoal.

De maneira geral, a comodidade expressa pelo excesso de segurança financeira já se constitui num perigo letal ao homem, mas a dormência ou letargia espiritual pode ser ainda mais perigosa e nociva a nós do que o próprio conforto material. Este livro tem por objetivo maior nos alertar acerca dos reais perigos que a dormência ou comodidade espiritual podem causar ao cristão e, por consequência, ao próprio corpo de Cristo.



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Em nossas vidas constantemente estamos a mercê de situações que podem nos causar danos, mediante escolhas precipitadas ou errôneas. Mas, em alguns casos a falta de decisões, firmada na apatia ou omissão também pode consubstanciar-se num perigo que vai agregando sobre nós “entulhos” ou amarras espirituais que nos tornam sedentá-rios em relação à nossa vida cristã.

Assim, espero que esta pequena obra possa lhe ajudar a enxergar com maior clareza e cuidado os perigos e armadilhas que o caminhar com descuido e displicência na vida cristã po-dem acarretar nefastamente à nossa vida como um todo e em especial ao ministério que o Senhor Jesus confiou em nossas mãos. Sinceramente, faço votos que este entendimento de Deus lhe seja benéfico como o tem sido para mim e tem me auxiliado a viver em constante vigilância e sentinela, sendo uma atalaia para a minha vida, minha casa, para o chamado que Deus me confiou e à igreja a qual participo como um dos pastores.

Acredito que muitos outros pastores e líderes podem ter interpretações ou revelações diferentes acerca dos textos bí-blicos, em especial os textos bases de cada capítulo (1 Samuel 22.1-5), dos quais me vali para escrever este livro, assim, o que proponho nestas linhas não é o encerrar conclusivo de um texto, mas um entendimento pessoal que o Senhor me apresentou e que compreendo ser relevante e importante compartilhá-lo com os irmãos.


Texto base: 1 Samuel 22.1-5

(1) Davi retirou-se dali e se refugiou na caverna de Adulão; quando ouviram isso seus irmãos e toda a casa de seu pai, desceram ali para ter com ele.(2) Ajuntaram-se a ele todos os homens que se achavam em aperto, e todo homem endividado, e todos os amargurados de espírito, e ele se fez chefe deles; e eram com ele uns quatrocentos homens.(3) Dali passou Davi a Mispa de Moabe e disse ao seu rei: Deixa estar meu pai e minha mãe convosco, até que eu saiba o que Deus há de fazer de mim. (4) Trouxe-os perante o rei de Moabe, e com este moraram por todo o tempo que Davi esteve neste lugar seguro.(5) Porém o profeta Gade disse a Davi: Não fiques neste lugar seguro; vai e entra na terra de Judá. Então, Davi saiu e foi para o bosque de Herete.

* O texto-base do livro 1 Samuel 22.1-5 foi transcrito da Versão Almeida Revista Atualizada e todas as ocorrências desse trecho bíblico permaneceram nessa versão.



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CAPÍTULO 1

MEUS MEDOS

Davi retirou-se dali e se refugiou na caverna de Adulão; quando ouviram isso seus irmãos e toda a casa de seu

pai, desceram ali para ter com ele. 1 Samuel 22.1


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ÓCULOS DA INSEGURANÇAVENDO COM OS OLHOS DO MEDO

... se o mar não se abrir na sua vida,Deus vai te fazer andar por sobre as águas!

No versículo 1 de 1 Samuel 22, lemos sobre a fuga de Davi para a caverna de Adulão. Ao fugir Davi deixa trans-parecer o medo e a insegurança gerada pela perseguição e provações que se precipitavam sobre sua vida. Ele demons-tra desconfiança e preocupação em relação ao que poderia acontecer à sua vida.

Ao dirigir-se para um lugar protegido, Davi procura fugir para um local que o mantenha seguro e protegido de Saul e das constantes perseguições e encalços que imprimia contra ele. De maneira geral, a Bíblia nos apresenta uma lógica cristã pertinente ao conflito entre o bem e o mau, com as promessas futuras de céu e inferno, vida e salvação.

Esta verdade, também impressa na relação entre Davi e Saul, que simbolicamente representa o ungido versus o reprovado, nos mostra a dualidade do combate entre o bem e o mau. Davi que vigora como aquele que foi eleito para reinar sobre o povo escolhido pelo Senhor deveria tomar sobre a postura solicita a um soldado de Cristo, como a que esta relatada em Tiago 4.7 que diz: “Portanto, submetam-se a Deus. Resistam ao diabo, e ele fugirá de vocês”. A figura de Saul, que neste advento anima-se como a representatividade sim-bólica do diabo, deveria ser resistida por Davi. O medo havia



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enfraquecido Davi. Então fugir tornou-se a melhor saída para ele. Mas fugir é a saída para os fracos e lutar a alternativa para os fortes.

Certa vez, um conterrâneo, o jurista Rui Barbosa disse: “Maior que a tristeza de não haver vencido é a vergonha de não ter lutado!” E não lutar nada mais é do que se abster a uma obrigação que naquele instante se fazia necessária para o seu bem ou de outros. A frase deste intelectual baiano do início do século passado revela que o desejo de perseverança e gana pela vitória deve permear nossos comportamentos. Entretanto, se fossemos reescrever sua célebre frase à luz da Bíblia poderíamos dizer que “Maior que a certeza de que seremos vencedores é a vergonha de não ter perseverado!”

Ainda no versículo 1 de 1 Samuel 22, percebemos que toda a casa de seu pai havia se dirigido para ter e estar com Davi. A nossa família é uma dádiva é uma responsabilidade confiada a nós pelo Senhor, e devemos ter muita cautela para saber guiá-los para um lugar que realmente agrade a Deus e os mantenham em segurança. Se o norte da bússola é o medo, sendo por ele que me guio, este significará o mesmo caminho traçado pelos meus familiares. Respondamos a estas duas precisas e contundentes indagações:

Onde os atos de Davi levaram a sua família?Onde os meus atos têm levado a minha família?

A Palavra de Deus em Êxodo 14.21-25 diz que: “... Moisés estendeu a mão sobre o mar, e o Senhor afastou o mar e o tornou em terra seca, com um forte vento oriental que soprou toda aquela noite.


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As águas se dividiram, e os israelitas atravessaram pelo meio do mar em terra seca, tendo uma parede de água à direita e outra à esquerda. Os egípcios os perseguiram, e todos os cavalos, carros de guerra e cavaleiros do faraó foram atrás deles até o meio do mar. No fim da madrugada, do alto da coluna de fogo e de nuvem, o Senhor viu o exército dos egípcios e o pôs em confusão. Fez que as rodas dos seus carros começassem a soltar-se, de forma que tinham dificuldades em conduzi-los. E os egípcios gritaram: ‘Vamos fugir dos israelitas! O Senhor está lutando por eles contra o Egito’”. Percebemos que o grande inimigo do povo de Israel neste momento, não mais era o exército egípcio do faraó, mas o próprio Mar Vermelho que se levantou como um impedimento a prosseguir na jornada inicial de adorar ao Senhor Seu Deus no deserto e posteriormente seguirem para a Terra Prometida.

Nesta passagem o Mar Vermelho representa os nossos inimigos, que buscam impedir que você cresça ou siga a diante nos propósitos de Deus para a sua vida. Os nossos opositores não querem que nós passemos pelo deserto, pela escola do cristão, pois sabem que lá seremos confrontados, testados, provados e depois sairemos aprovados, fortalecidos e preparados para o combate. Sairemos vencedores!

Com este fortalecimento nós estaremos aptos para al-cançar grandes realizações no Senhor. O inimigo sabe disso, sabe que após o deserto algo maravilhoso esta para vir sobre nossas vidas e ele quer que nós percamos esta bênção.

O Mar Vermelho simboliza o nosso inimigo que deseja que voltemos atrás em nossas decisões, retornando aos velhos hábitos e costumes, esquecendo-se das promessas que Deus nos fez em sua Palavra, ignorando tudo aquilo que o Senhor



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tem preparado para cada um que perseverar. Ele quer que nós desistamos e voltemos atrás para retornar à nossa velha vida, pois ele quer nos ver estagnados e até mesmo em retrocesso.

Contudo, pode até parecer loucura o que irei dizer, mas, ter um inimigo às vezes é bom, nos é desafiador, pois ele é a porta de entrada da nossa bênção. É por ele que nós temos que passar. Entretanto, quem vai abri-lo não somos nós, é o próprio Deus, basta crermos e continuarmos a caminhar em fé.

Devemos compreender que em nossas lutas, quando caminhamos com Deus, os nossos inimigos têm dois traba-lhos: de se levantar e o de cair. Eles serão os degraus que nos ajudarão a alcançar a vitória. Se ambicionarmos conquistar as bênçãos, teremos que passar por eles ou por cima deles. Saiba que se o mar não se abrir na sua vida, Deus vai te fazer andar por sobre as águas!

Creio que Davi falhou neste momento, olhando para a força e ameaça de seu desafeto Saul como um inimigo maior do que o poder e a segurança do seu amigo Deus.

Saul se agigantou frente ao medo de Davi. A angústia e a aflição que começaram a imperar nele consubstanciaram-se em medo, que por sua vez o fez fugir. Fato este que nos leva a perceber que neste episódio específico o maior gigante na vida de Davi não foi Saul, mas o próprio medo, que o transformou num fugitivo. E o medo quando cresce e é interiorizado em nossas vidas torna-se o nosso maior inimigo.

Quantos de nós não estamos paralisados em deter-minadas áreas de nossas vidas, inclusive a ministerial, em decorrência desse mal?


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Jesus Cristo sentiu uma forte angústia e aflição em decorrência das dores que cairiam sobre seu corpo quando passasse pela via dolorosa e quando alcançasse o cume da caveira, ali na cruz do calvário. Foi cercado por espíritos de incerteza e até mesmo de medo, entretanto lutou contra isso, pois em seu coração existia a total confiança no Pai, o que impediu que o medo criasse raiz em seu íntimo, gerando a desestabilização do seu emocional. Daí Ele não haver se furtado a responsabilidade que lhe foi atribuída. Jesus, não se dobrou às circunstâncias, pois o desejo de ver cumprida a vontade do Pai foi maior, e é nesta certeza que devemos nos agarrar. Tanto que a Palavra de Deus nos trás um mara-vilhoso ensinamento no livro de 1 João 4.18a quando num dos versículos mais festejados e belos da Bíblia o apóstolo João pronuncia de maneira clara e terna que: “No amor não há medo; pelo contrário o perfeito amor expulsa o medo” e olha que quem afirmou isso tinha propriedade para falar do assunto - escrever sobre os poderes transformadores do amor - pois João, antes conhecido como “Boanerges” (filho do trovão), foi fruto da transformação causada pelo o amor do Senhor impresso em sua vida, tanto que passa a ser conhecido como o apóstolo do amor.

Entenda que o medo nos fornecerá as mais diversas desculpas e justificativas para que possamos enganar a nós mesmos e aos outros, desistindo e recuando frente aos le-vantes que se processam contra nós.

O medo nos anestesia e nos paralisa, mas, devemos com-preender que o cristão não nasceu para ser um acomodado, para ficar parado ou fugir de suas responsabilidades. Jesus não era rotineiro, não ficava estagnado, não se acomodava,



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não admitia a omissão, não era irresponsável, muito pelo contrário, Jesus sempre buscou nos dar um exemplo fiel de postura a ser seguido:

VPregou em muitos lugares diferentes, de formas diferentes, a pessoas diferentes, mesmo que fossem hostis;

VPregou em sinagogas, nas ruas, nas praças, nas casas, nos montes, nos barcos e até mesmo na cruz!

VPregou para crianças e idosos, homens e mulheres;

VEstudou com os doutores da lei e ensinou aos letrados, assim como aos incultos;

VFoi carpinteiro, foi professor, foi médico, foi amigo, foi filho, foi irmão, foi pai, foi discipulador;

VFoi preso, mas libertou;

VFoi machucado, mas curou;

VFoi condenado pelos homens e absolvido por Deus;

VFoi morto, mas ressuscitou;

VNão fugiu quando foi perseguido;

VNão murmurou quando foi preso;

VResistiu ao diabo;

Tudo isso Jesus fez num corpo como o nosso, vivendo como eu e você vivemos, com as mesmas lutas e tribulações. Jesus teve sim aflições, receios e medos, pois mesmo sendo Deus Ele veio à Terra cem por cento homem, com as nossas


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debilidades físicas, com as nossas limitações e fraquezas. A diferença é que Jesus nunca se curvou a elas e muito

menos aos medos. Jesus somente se prostrava aos pés do Pai, e o homem que segue este mesmo exemplo e se coloca de joelhos aos pés de Cristo ficará de pé diante de qualquer luta e inimigo.

A vida de um cristão jamais será uma existência sem lutas e sem conflitos. Em decorrência desses embates e lutas, medos e inseguranças se levantarão sim em nossos corações, mas saber lidar com estes sentimentos de maneira madura e equilibrada, controlando-os e vencendo-os ainda é a melhor saída para que possamos romper na plenitude da vontade de Deus para as nossas vidas. Imagine o que seríamos capazes alcançar e de realizar se não tivéssemos medo ou se conse-guíssemos controlá-lo, colocando em seu lugar o sentimento de total dependência e confiança no Senhor Jesus frente às nossas lutas e tribulações? Pense nisso!


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