Voo Noturno Novembro 13 Ed 021

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8/14/2019 Voo Noturno Novembro 13 Ed 021 http://slidepdf.com/reader/full/voo-noturno-novembro-13-ed-021 1/17 Vo oturno Jornal Pagão Virtual sobre Herbologia Mágica, Bruxaria e Wicca Sexo na Bruxaria Luz na Escuridão, Uma Jornada Hecatina Bruxaria, Wicca e Xamanismo Halloween: O Dia das Bruxas Samhaim ou Beltane? Os Deuses no Closet Origem do Dia dos Mortos

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V o oturnoJornal Pagão Virtual sobre Herbologia Mágica, Bruxaria e Wicca 

Sexo na Bruxaria

Luz na Escuridão, Uma Jornada Hecatina

Bruxaria, Wicca e XamanismoHalloween: O Dia das Bruxas

Samhaim ou Beltane?

Os Deuses no Closet

Origem do Dia dos Mortos

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Vôo Noturno

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NESTA EDIÇÃO

Vôo Noturno é uma publicação do Blog Mundo Pagão e seu autor Marcelo Giusepp Lechinski. Todos os direitos reservados.Proibida a reprodução parcial ou total de qualquer artigo aqui publicado sem autorização de seu editor ou autor.

http://mundupagao.blogspot.com/  

Editorial Pag 02Bruxaria, Wicca e Xamanismo Pag 04Luz na Escuridão Uma Jornada Hecatina Pag 05Samhain ou Beltane? Pag 06Curso Bruxaria Verde On Line Pag 09O Dia dos Mortos Pag 10O Sexo na Bruxaria Pag 11Halloween - O Dia das Bruxas Pag 12Os Deuses no Closet Pag 15Calendário Lunar Pag 15Colaboradores Pag 16Parcerias, Anúncios, Comunidades Pag 17Escreva para Nosso Jornal Pag 17

EDITORIAL

Namastê!

Depois de tantos giros daGrande Roda e inúmeros a-contecimentos o Jornal Vôo

Noturno volta ao Ar!Cheios de novidades e novas idéias reintegra-mos ao Mundo Pagão para levar a você queri-do leitos as mais variadas informações sobre o

Mundo Bruxo. Passaremos por várias reformu-ações nas próximas edições para modernizarnossa Revista.

Começamos voltando ao antigo formato e tra-zendo um artigo polêmico com relação aos Sa-bás. Samhain ou Beltane? O que comemorar?

Qual Roda seguir? Leia e confira!

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Sejam bem vindosnovamente e espero que apreciem nosso retor-

no!! O Jornal é feito com carinho e sempre visan-do trazer informações sérias e verdadeiras emmeio a tantas desinformações ao nosso redornos dias de hoje...

Ficamos á disposição para dúvidas, críti-cas ou quaisquer sugestões que possam melho-rar nossa publicação.

Hora de alçar Vôo e viajar para longe...

Bênçãos Plenas de Airmida Senhora das Ervas

Marcelo Giusepp Lechinski (Saman)Editor - Mundo Pagão

EDIÇÃO 21 ANO 02 NOVEMBRO 2013

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por Edmur P.Lopes (Dylan Caico) 

Bruxaria, Wicca, Xamanismo A alma dos animais...

Reflexões e Rituais  (Parte I) 

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Há muito se fala que a origem dos animaisde poder ou auxiliadores, vieram de influênciasdos xamãs, na verdade hoje penso que, todas es-sas práticas religiosas estão ligadas a naturezae,cada povo descobriu o contato com esses seres,cada um de sua forma, através de suas práticas ecom o auxilio de suas divindades, sendo que cadacultura religiosa se desenvolveu em determinadaparte do globo, por exemplo, a Wicca se desenvol-veu pela Europa e o Xamanismo teve inicio nospaíses asiáticos como a Sibéria e etc. E claro queos antigos povos mais primitivos tinham mais con-tato com a natureza dos animais, entendiam maissua linguagem, precisavam da caça para sobrevi-ver, da pele para se esquentar e retribuíam a con-quista desses feitos com rituais aos seus deuses.

Hoje eu tenho uma visão mais espiritualista e digoque sou apenas bruxo, entendo dentro de mim,que todos os ensinamentos que explicam algo so-bre a existência dos animais e de outros seres euacato, só não acato quando fogem muito dos prin-cípios pagãos, por exemplo:

 Acredito na frase de um ser iluminado quepassou pela terra que dizia o seguinte: Os animaisevoluem para o homem assim como os homensevoluem para os anjos (Chico Xavier). Essa fraseme fez estudar e ver palestras espíritas sobre aalma dos animais, e vários estudos científicos atécomprovam a existência da alma animal, da exis-tência de dimensões que são especializadas emcuidar de cada um, e reencarnam como nós, nãocom carmas, pois os animais são livres e já nas-cem aprendendo a amar, então vamos concluircomo pagãos, que tudo na natureza se move emciclos, que um animal é companheiro do ser hu-mano nas questões de aprendizado e evolução,principalmente os domésticos. Os animais selva-gens são mais limitados e talvez usem mais o ins-

tinto no meio em que vivem. Voltando a magia dosanimais, sabemos que existem vários planos e di-mensões, sabemos da existência dos seres ele-mentais, e também dos planos onde estão os ani-mais mitológicos ou em evolução, ou seja, algunsacreditam, por exemplo, que os animais estão

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evoluindo para o homem, então isso explica umCentauro, metade humana e metade cavalo, ob-servando sua imagem, vemos o corpo do humanosaindo do cavalo como se estivesse em transfor-mação, na doutrina espírita, isso ocorre com vá-rios outros animais, e também, nossa crença“Bruxesca,” acredita nos animais mitológicos como

apenas seres encantados como os elementais e

etc. Eu particularmente acredito em todas essasteorias, pois o universo é infinito e são várias suasdimensões.

Segundo as teorias, já nascemos com umanimal nos protegendo, a diferença é que nós co-mo humanos, na minha visão, somos até menos

evoluídos que os animais, porque depois te tantaevolução ganhamos sentimentos que não sabe-mos lidar, ego, medo, doenças da alma e etc. So-mos iguais aos animais na carne, com apenas di-ferenças de limitações, mais esses espíritos po-dem nos auxiliar nessas dificuldades que adquiri-mos, pois eles continuam amando sem pedir nadaem troca, entendem que sofrem mais não sabem oporquê estão sofrendo quando algum ser os mal-tratam, possuem a visão e o dom da caça para

nos transmitir, quando precisamos buscar algo fo-ra e dentro de nós, entre outras compreensõesque ainda necessitamos, talvez a maior magia queesses animais podem nos proporcionar, é voltarpara o nosso lado primitivo e nos religar com oque perdemos na evolução, e o contato com osanimais que nos guardam, talvez mostrem em su-as características o que falta em nós para enfren-tar o mundo de hoje.

Também estudos da doutrina espírita dizemque já existem seres evoluídos estudando sobreos vegetais estarem evoluindo para os animais,isso nas outras dimensões.

Hoje poderíamos respeitar mais esses se-res, pois não precisaríamos comer carne, os flui-dos e as energias que os abatedouros emanamna hora que o animal é sacrificado são ingeridos

pela gente, pois ficam impregnados no sangue ena carne, sentimentos esses que são de tristeza edor, que esses animais sofrem quando são abati-dos, como bruxo, consegui me desprender da car-ne e hoje posso dizer; feliz daquele que conse-gue, pois terá uma energia e corpo mais leve naspráticas mágicas, e compreenderá mais os ani-mais em sua plenitude, afinal somos amigos e ir-mãos ligados e filhos de uma mesma mãe, lem-brando que esse texto foi com base nos meus es-tudos, cada um tem sua opinião e todos devemrespeitar e acatar aquilo que cabe a cada um,sendo que hoje em dia são muitas as visões e te-orias, pois tem wicca eclética, xamãs celtas, chi-neses e etc...

Continua na próxima edição

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“O ignorante teme a noite ou adesrespeita.”  

Seria correto afirmar que a Deusa Bruxadispensa apresentação? Creio que não, visto aquantidade de equívocos e superficialidade comque seu culto é tratado.

Hécate é o poder por trás do trono, aquelaque reina sobre o governante, portanto a ela nãomporta reconhecimento ou holofotes. Seus domí-nios estendem-se no inconsciente coletivo, ondenspira a humanidade e orienta os que não temem

cruzar a ponte para além da lógica tacanha, queanto escraviza a mente.

 A matrona das feiticeiras mantem-se nassombras, longe de olhos curiosos e cobiçosos, ig-norando os sedentos por poder para satisfação doego. Aqueles que a procuram com a ilusão de quesão especiais jamais chegarão ao pórtico da terrados mortos, onde ela instrui com as almas dos sá-bios, seus escolhidos.

Na tripla encruzilhada da vida Hécate con-empla o ontem, o hoje e o amanhã. Tendo assimpapel importante nos destinos humanos, presidin-do o nascimento, a vida e a morte de todos os se-es.

Em suas mãos residem as tochas onde ar-de a chama do conhecimento ancestral, com asquais ela nos guia rumo ao píncaro da escuridão.

É no mais profundo de nosso ser que sua

uz aparta a sombra, nos permitindo conhecerquem de fato somos.

Os que anseiam por renascer tem em Hécateuma aliada.”  

Suas bênçãos são tantas quantas suas fa-ces: imersão nas ciências ocultas, magia, boa saú-de, carisma, riqueza, tornar sagrado o profano,mediunidade, dons psíquicos e poderes restaura-dores. No entanto existem características negati-vas com as quais devemos aprender a conviver econtrolar: falsidade, ironia, sarcasmo, sexualidaderude e extrema antipatia eventual.

Os que se assustam com ossos, se enojamcom sangue ou fogem da morte não possuem amatéria prima necessária para construir o alicercede uma relação real com a rainha da noite. Um he-

catino não teme sujar as mãos, tão pouco perde ocontrole diante de algo de natureza pútrida, afinala decomposição faz parte da vida. Aos neófitosdigo que a busca por contatá-la quase sempre éfrustrada, é dela a decisão de apresentar-se ounão. E aos incautos que ignorarem o aviso, advirtoque se perderão em um emaranhado de enganose serão tragados por um mar de duvidas e desa-lento. Ninguém adentra seus domínios sem convi-te e tão pouco pode lhe impor sua presença.

Não temerei a noiteNão temerei a mortePois são os caminhosQue me levarão a ti

Belo é o brilho da prataQue adorna a tua fronteIntensa é a luz que mataE me faz beber da fonte

Não temerei a dorNão temerei a solidão

 Afinal uma ensina

E a outra é ilusãoBelo é o brilho do fogo

Que arde em tuas tochasIntensa é a luz que guiaE conduz meu coraçãoNão temerei amarras

Não me porão grilhõesSerei livre como vento

Que me sopra em sua direçãoEnsina-me a palavraMostra-me o segredo

Revele a charadaQue destrói o pesadeloNão temerei o fracasso

Não irei me curvarSou arauto do escuroOnde estas a reinar

Luz Na EscuridãoUma Jornada Hecatina

Por Mauricio Melo 

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Samhain ou Beltane? 

 A concepção de tempo dos pagãos (O ter-mo pagão significa: povo dos bosques), principal-mente a dos Celtas era um tanto quanto diferenteda atual.

O tempo era para eles, não linear, mas cir-cular, cíclico; há também o calendário, que erapara eles lunar, enquanto que o nosso é um ca-lendário solar.

Originários da tradição celta, os Sabás o-correm oito vezes ao ano, ou seja, duas vezes acada estação. Nessas ocasiões, são homenagea-das duas divindades: a Grande Mãe, ou simples-mente a “Deusa”, que simboliza a própria terra, eo Deus Cornífero, O Gamo Rei, protetor dos ani-mais, dos rebanhos e da vida selvagem.

Quando os raios do sol diminuem sua in-tensidade ao cair da tarde é o momento de nos

prepararmos para mais um dia.O povo Celta, assim como outros povos de

origem pagã, celebram o começo dos dias atra-vés do anoitecer.

Cada anoitecer nos faz lembrar que a Deu-sa, com sua magia e seus mistérios, reinará atra-vés da Lua, das emoções, e das intuições, mos-trando-nos que enquanto os homens se acalmame repousam depois de um dia intenso de traba-

lho, os sacerdotes e sacerdotisas começam o se-mear de um novo dia.

O Deus, que também descansa durante aescuridão, se prepara para um novo nascer, paraum novo brilhar, para um novo amanhecer.

Esse acordar e dormir, descansar e traba-lhar, morrer e nascer fazem do dia e da noite mo-mentos muito preciosos e de intensa comunhão en-tre o masculino e feminino.

É preciso que as duas polaridades estejamem perfeita sintonia para que a Natureza possa semanter equilibrada.

Da mesma maneira, como a imagem refleti-da é o complemento da imagem projetada, homense mulheres precisam estar juntos para que a comu-nhão perfeita entre o Deus e a Deusa possa refletirem momentos de intensa união e perfeição.

Esses momentos de equilíbrio entre o dia e anoite, marcados pelo pôr do sol, a metade da noite,o nascer do sol e a metade do dia, se tornam deextrema importância para magias.

Da mesma forma, os momentos entre cadaum desses pontos também se tornam importantes.Em um suposto tempo linear: os quatro mo-

mentos principais seriam: 6h, meia noite, 6h e meiodia; e os secundários: 9h, 3h, 9h, e 3h.

Sabendo que o universo é perfeito e que tu-do que há no macrocosmos tem seu corresponden-te no microcosmos, muitas vezes é preciso enten-der o micro para alcançarmos e sentirmos a impor-tância do macro.

Para muitas pessoas fica mais fácil compre-ender o universo através de pequenos momentosdo dia-a-dia para se ter uma real noção da exten-são dos grandes momentos.

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Como podemos ver existem quatro mo-mentos do dia (24h) que são pontos vitais, e háquatro pontos secundários que são pontos de e-quilíbrio. No processo de imagem refletida paraimagem projetada, temos no ano (365 dias) qua-tro momentos vitais: o primeiro dia do ano e o pri-meiro dia do quarto, sétimo e décimo meses  – dias que caem na divisão exata do ano em quatropartes iguais, em quatro elementos. Temos, tam-

bém, quatro momentos secundários: a entrada decada uma das quatro estações, delimitadas pelossolstícios e equinócios. Assim nossa roda do anoesta formada e em eterna harmonia com o uni-verso.

Esta era a maneira de pensar e agir dosCeltas, que tinham seu calendário baseado nes-ses oito momentos do ano, quando reuniam-seem clareiras e templos para festejar ritualistica-mente essas oito datas.

Samhain - O Fim e o Início deum Ano Novo para os Celtas

(31 de Outubro - Hemisfério Norte)e (30 de Abril - Hemisfério Sul) 

Este é o mais importante de todos os Fes-tivais, pois, dentro do círculo, Samhain (pronuncia-se SOUEN) marca tanto o fim quanto o início deum novo ano.

Nessa noite, o véu entre o nosso mundo eo mundo dos mortos se torna mais tênue, sendoo tempo ideal para nos comunicarmos com osque já partiram.

... E o ano chega ao final! Nossos últimosalimentos são colhidos após o equinócio de outo-no, marcando o início dos meses em que vivere-mos com o que conseguimos estocar. Os alimen-tos fornecidos pela Grande Deusa devem agoraalimentar seus filhos famintos e nutrir o Deus emsua caminhada pelo "outro mundo". O raio do tro-vão que atingiu o carvalho e fecundou a terra é apromessa do retorno do Deus através daquela

que um dia foi sua amante, mas que agora serásua mãe: a Deusa. E assim o ciclo de vida, mortee renascimento volta a estabelecer o equilíbrio aRoda do Ano.

O "Outro Mundo" celta, também conhecidocomo o Abismo, é um lugar entre os Mundos; u-ma mistura de paraíso e atormentações. É o lu-gar no qual todos buscamos respostas para nos-sas perguntas mais íntimas, onde a fantasia semistura à realidade e o consciente ao inconscien-te. O Abismo é o local onde os heróis são leva-dos para que possam confrontar seus maioresinimigos: seus próprios fantasmas. Somente ven-cendo esses fantasmas, que nada mais são queseus medos, preconceitos e angústias, eles po-derão retornar como verdadeiros heróis.

Esta é a simbologia do Santo Graal; umabusca interior de algo que queremos erronea-mente materializar neste mundo. Somente os ca-

valeiros que ousarem atravessar os portais do"Outro Mundo" e vencerem a si próprios serãocontemplados com a plenitude do Graal.

Durante esta noite o véu que separa essesdois mundos está o mais fino possível, permitindoque espíritos do Outro Mundo atravessem o por-tal sem grandes dificuldades.Por isso, a Noite dos Ancestrais é um momentode nos lembrarmos daqueles que se foram e ha-bitam o Outro Mundo. É hora de honrarmos as

pessoas que um dia amamos, deixando que elasnos visitem e comemorem conosco esse momen-to tão especial da Roda do Ano.

Samhain é o festival da morte e da alegriapela certeza do renascimento. O Deus morreu, ea Deusa, trazendo no ventre o seu amado, reco-lhe-se ao Mundo das Sombras para esperar oseu renascimento.

Comemora-se aqui a ligação com os ante-

passados, com aqueles que já partiram e que umdia, como a natureza, renascerão. Os cristãostransformaram essa data no "Dia de Todos osSantos" e no "Dia de Finados", numa alusão su-persticiosa a essa ligação.

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É uma noite de alegria e festa, pois marcao início de um novo período em nossas vidas,sendo comemorado com muito ponche, bolos edoces.

 A cor do sabá é o negro, sendo o Altar a-dornado com maçã, o símbolo da Vida Eterna. Ovinho é substituído pela sidra ou pelo sumo demaçã.

Os nomes das pessoas que já se foramsão queimados no Caldeirão, mas nunca com u-ma conotação de tristeza!

 A Roda continua a girar para sempre. As-sim, não há motivo para tristezas, pois aquelesque perdemos nessa vida irão renascer, e, umdia, nos encontraremos novamente, nessa jorna-da infinita de evolução.

Beltane – A Fogueira de Belenos – Casamento do Deus e da Deusa(01 de Maio - Hemisfério Norte) e(31 de Outubro ou 01 de Novem-

bro - Hemisfério Sul) 

Pronuncia-se Bioltuin (Be-All-Twin) É ofestival do casamento entre o Deus e a Deusa, aRainha de Maio, a Virgem.

Por ser uma data de cunho profundamentesensual, foi talvez uma das mais sincretizadaspela cristandade.

 Assim, as fogueiras de Beltane e o Maypo-

le (mastro adornado com as fitas coloridas tran-çadas) tornaram-se as fogueiras e mastros dasfestas dos santos "casamenteiros" cristãos, bemcomo o mês de Maio foi consagrado à VirgemMaria e tido como benévolo aos casamentos.

Na tradição antiga as pessoas não se ca-savam durante o Beltane, pois esse mês é dedi-cado ao casamento do Deus e da Deusa.

BELTANE, em 01 de Novembro aqui nohemisfério sul, mas em 1o. de Maio nos paísesnórdicos berços do culto, representa a entrada do jovem Deus para a idade adulta. Incitados pelasenergias da Natureza, pela força das sementes eflores que desabrocham, a Deusa e o Deus apai-xonam-se.

Nesta data são celebrados rituais de fertili-dade e imensas fogueiras são acesas. As foguei-ras de Beltane simbolizam o calor da paixão e a

intensidade da interação entre a Deusa e o Deus,e a crescente fecundidade da Terra.

Belenos é a face radiante do Sol, que vol-tou ao mundo na Primavera. Em Beltane se acen-dem duas fogueiras, pois é costume passar entreelas para se livrar de todas as doenças e energi-as negativas.

Nos tempos antigos, costumava-se passaro gado e os animais domésticos entre as foguei-

ras com a mesma finalidade.

Daí veio o costume de "pular a fogueira"nas festas juninas. Se não houver espaço, duastochas ou mesmo duas velas podem ter a mesmafunção.

Uma das mais belas tradições de Beltaneé o MAYPOLE, ou MASTRO DE FITAS. Trata-sede um mastro enfeitado com fitas coloridas. Du-rante um ritual, cada membro escolhe uma fita de

sua cor preferida ou ligada a um desejo.

Todos devem girar trançando as fitas, co-mo se estivessem tecendo seu próprio destino,colocando-nos sob a proteção dos Deuses.

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   As Fogueiras de Beltane

Beltane era uma celebração feita pelos povos an-

tigos na chegada de uma estação do ano(outono).

Essa celebração era feita em volta de umafogueira onde as pessoas adoravam a deusa sedando em prol dela.As mulheres se davam livre-mente aos homens numa espécie de transe.

Esse ritual carnal e profano (para os olhosdos cristãos) indicava a chegada das colheitas ea fertilização dos solos.

Foi numa dessas celebrações que Arthurfora feito Rei junto aos povos antigos e jurou fide-lidade às crenças e aos ritos.

Beltane não era uma ritualização simples,ela era feita em adoração à Deusa, com muitafestividade e alegria.Os filhos provindos dessetipo de ritual eram como enviados da Deusa e se-guiam a religião como "futuros sacerdotes", visto

que eles eram gerados do encontro dos Deuses.

O fato de se ter sexo livre e explícito numritual como este não soa pejorativamente, as rela-ções nessas celebrações não eram vistas no mei-o pessoal como um mero "fazer amor", era umadoação à Deusa e isso custava aos seus segui-dores o rompimento (naquele momento) dos vín-culos matrimôniais e alguns valores naturais doshomens.Beltane (ou Beltaine) é também uma ce-lebração comum aos seguidores da Wicca(bruxaria).

Fonte: http://www.misteriosantigos.com/rodadoano.htm

http://asbrumasdeavalon.tripod.comhttp://eleonora-

colchaderetalhos.blogspot.com.br/2013/04/a-roda-do-ano-celta-samhain-ou-beltane.html

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O DIA DOS MORTOSO Dia dos Mortos  é uma celebração de

origem mexicana que ocorre todo dia dois de no-vembro. Os festejos começam a ser preparadosdesde o dia 31 de outubro, o que faz com que operíodo coincida com algumas datas tradicionaiscatólicas como o Dia de Todos os Santos e o Diados Fiéis Defuntos.

Mas o Dia dos Mortos não ocorre somenteem território mexicano. A data é celebrada emdiversas nações em que existe grande presençada população deste país. Um exemplo sãoos Estados Unidos e algumas outras regiões da América Central. Para se ter uma idéia da impor-tância da data, ela é considerada pela UNESCO(Organização das Nações Unidas para a educa-ção, a ciência e a cultura) como um dos Patrimô-nios da Humanidade.

 As origens que levam os mexicanos a co-memorar o Dia dos Mortos remetem ao tempo emque os espanhóis chegaram ao continente ameri-cano. Segundo alguns historiadores, povos comototonacas, náuatles, purépechas, maias e aste-cas já faziam um culto em homenagem aos mor-tos.

Estes rituais são tão longevos que, em al-guns casos, chegam a ter mais de três mil anos

de história. No período anterior à chegada dosespanhóis, praticava-se a conservação de crâ-nios como forma de prêmios. Esses crânios eramexibidos em cultos para celebrar o renascimentoe a morte.

 A data em que o Dia dos Mortos é come-morado origina-se da cultura asteca, que a cele-brava no 9º mês do calendário solar.

O culto era sempre presidido pela Damada Morte, da qual foi tirada a imagem de La Catri-na, esposa de Mictlantecuhtli, o rei dos mortos.Naquela época, os festejos eram feitos para ho-menagear parentes, crianças e entes queridos

que tinham falecido.

 Apesar do tema mórbido, o Dia dos Mortosé uma animada celebração feita atualmente noMéxico, que traz grande tradição desde os tem-pos pré-hispânicos.

 A lenda diz que, neste dia, os mortos vempara visitar seus parentes. A festa conta com mú-sica, doces, bolos e as já tradicionais caveirinhasde açúcar, que são as preferidas entre os mais jovens.

Os símbolos do Dia dos Mortos acabaramtornando-se símbolos da cultura mexicana paraoutros países. A imagem de uma caveira com ummanto, encoberta e adornada por flores, já reme-te ao país automaticamente.

Embora a festa continue sendo celebrada

atualmente com características mais modernas,ainda são encontrados rituais mais tradicionaisem algumas regiões do país. Mesmo com acolonização e a aculturação espanhola, o ritualdo Dia dos Mortos é um dos poucos que resta-ram no México pós-colonização. 

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 Aviso ao leitor que esse texto não é reco-m e n d a d o p ra m e n te s p e q u e n a s !O assunto que pretendo abordar só é indicadopra idades mentais acima de 18 anos!

O sexo não é um tema polêmico na Artee sim um tabu. Vejo várias pessoas falando su-perficialmente sobre a questão, afirmando quena bruxaria a sexualidade é vivida plenamente

sem ranços, porém na prática não é bem assimque a banda toca.

Quanto alvoroço surge quando um grupoadmite a realização de ritos sexuais, o burburi-nho começa e logo histórias fantasiosas come-çam a se espalhar por nossa comunidade pagãjá tão fragilizada por fofocas e intrigas.

Não sou um praticante de magia sexual,

mas jamais negarei o poder do sexo e sua im-portância, não vejo problema algum em gruposque possuem tais práticas desde que feitas comconsentimento dos nelas envolvidos. Errado ésubjugar uma pessoa, isso sim constitui abuso.

O Sexo na BruxariaPor Mauricio Melo 

Muito me espanta que certos sacerdotes esacerdotisas da Antiga Religião ajam como

“beatas” pagãs espalhando todo tipo de recalquee deixando claro para os que têm olhos suas insa-tisfações e frustrações.

Gente mal amada existe em todos os se-guimentos e infelizmente a bruxaria não está livredelas.

Todavia devemos ter respeito ao lidar como sexo, seja ele ritualístico ou não, pois se negá-

lo é burrice desonrá-lo é insensatez.

Sem mencionar os riscos a saúde do corpo e daalma aos quais estão sujeitos todos os inconse-qüentes.

Temos antes de tudo a responsabilidade

para com nossos corpos, é nosso dever portantoevitar toda sorte de coisas desagradáveis que sepode adquirir “fofando” com qualquer um por ai. 

Viver é o ato mágico que todos os seresrealizam por toda sua existência e não há nadamais triste que uma vida sem prazer.

Busquemos a liberdade, que não exime aresponsabilidade, para vivermos de forma plenagozando sempre do melhor que os Deuses nosoferecem.

Que a cada dia o falso moralismo e a hipo-crisia enfraqueçam e que a presença do sagradoverdadeiro e da conexão com a fonte cresça e de-sabroche no mundo.

 Aos que possuem problemas com sua se-xualidade recomendo tratamento urgente paraque possam ter uma vida plena.

E se o problema for com a sexualidade

alheia basta uma boa dose de respeito.

Negar o sexo é renegar o poder de criar eo prazer de viver.

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O Dia das Bruxas (Halloween é o nomeoriginal na língua inglesa. É um evento tradicio-nal e cultural, que ocorre basicamente em paísesde língua inglesa,  mas com especial relevâncianos Estados Unidos, Canadá,  Irlanda e Reino U-nido,  tendo como base e origem as celebrações

dos antigos povos (Dos Povos Celtas sec. |||).

O primeiro registro do termo "Halloween" éde cerca de 1745 anos. Derivou da contração dotermo escocês "Allhallow-eve" (véspera do Dia deTodos os Santos) que era a noite das bru-xas. 5Posto que, entre o pôr-do-sol do dia 31 deoutubro e 1° de novembro, ocorria a noite sagra-da (hallow evening , em inglês), acredita-se queassim se deu origem ao nome atual da fes-ta: Hallow Evening Hallowe'en Halloween. Rapi-damente se conclui que o termo Dia das bruxasnão é utilizado pelos povos de língua inglesa,sendo essa uma designação apenas dos povosde língua (oficial) portuguesa.

Outra hipótese é que a Igreja Católi-ca tenha tentado eliminar a festa pagã do Samha-in instituindo restrições na véspera do Dia de To-dos os Santos. Este dia seria conhecido nos paí-ses de língua inglesa como All Hallows' Eve.

Essa designação se perpetuou e a comemoraçãodo halloween, levada até aos Estados Unidos pe-los emigrantes irlandeses no século XIX,  ficouassim conhecida como "dia das bruxas", uma len-da histórica.

 A origem do halloween  remonta às tradi-ções dos povos que habitaram a Gália eas ilhas da Grã-Bretanha entre os anos 600a.C. e 800 d.C., embora com marcas das diferen-ças em relação às atuais abóboras ou da famosafrase "Gostosuras ou travessuras", exportada pe-

los Estados Unidos, que popularizaram a come-moração. Originalmente, o halloween não tinharelação com bruxas. 

Era um festival do calendário celta da Ir-landa, o festival de Samhain, celebrado entre 30de outubro e 2 de novembro  e marcava o fimdo verão (samhain  significa literalmente "fim doverão").

 A celebração do Halloween tem duas ori-gens que no transcurso da História foram se mis-turando:

Origem Pagã

 A origem pagã tem a ver com a celebraçãocelta chamada Samhain, que tinha como objetivo

dar culto aos mortos.

 A invasão das Ilhas Britânicas pelos Ro-manos (46 A.C.) acabou mesclando a cultura lati-na com a celta, sendo que esta última acabouminguando com o tempo.

Halloween - O Dia das Bruxas

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Em fins do século II, com a evangelizaçãodesses territórios, a religião dos Celtas, chamadadruidismo, já tinha desaparecido na maioria dascomunidades. Pouco sabemos sobre a religiãodos druidas, pois não se escreveu nada sobre

ela: tudo era transmitido oralmente de geraçãopara geração. Sabe-se que as festividadesdo Samhain eram celebradas muito possivelmen-te entre os dias 5 e 7 de novembro (a meio cami-nho entre o equinócio de verão e o solstício deinverno).

Eram precedidas por uma série de festejosque duravam uma semana, e davam ao ano novocelta. A "festa dos mortos"  era uma das suasdatas mais importantes, pois celebrava o que pa-

ra os cristãos seriam "o céu e a terra" (conceitosque só chegaram com o cristianismo). Paraos celtas, o lugar dos mortos era um lugar de feli-cidade perfeita, onde não haveria fome nem dor.As festas eram presididas pelos sacerdotes drui-das, que atuavam como "médiuns" entre as pes-soas e os seus antepassados. Dizia-se tambémque os espíritos dos mortos voltavam nessa datapara visitar seus antigos lares e guiar os seus fa-miliares rumo ao outro mundo.

Origem CatólicaDesde o século IV a Igreja da Síria consa-

grava um dia para festejar "Todos os Márti-res".  Três séculos mais tarde o Papa BonifácioIV († 615) transformou um templo romano dedica-do a todos os deuses (Panteão) num templo cris-tão e o dedicou a "Todos os Santos", a todos osque nos precederam na fé. A festa em honrade Todos os Santos,  inicialmente era celebradano dia 13 de maio, mas o Papa Gregório III (†741) mudou a data para 1º de novembro, que erao dia da dedicação da capela de Todos os Santosna Basílica de São Pedro, em Roma. Mais tarde,no ano de 840, o Papa Gregório IV ordenou quea festa de todos os Santos fosse celebrada uni-versalmente.

Como festa grande, esta também ganhoua sua celebração vespertina ou vigília, que prepa-ra a festa no dia anterior (31 de outubro). Na tra-dução para o inglês, essa vigília era chamada AllHallow’s Eve (Vigília de Todos os Santos), pas-sando depois pelas formas All Hallowed E-ve e "All Hallow Een" até chegar à palavra atu-al "Halloween". 

 ATUALMENTESe analisarmos o modo como o Halloween

é celebrado hoje, veremos que pouco tem a vercom as suas origens: só restou uma alusão aosmortos, mas com um carácter completamentedistinto do que tinha ao princípio. Além disso foisendo pouco a pouco incorporada toda uma sériede elementos estranhos tanto à festa de Finados

como à de Todos os Santos. Entre os elementosacrescidos, temos por exemplo o costume dos"disfarces", muito possivelmente nascido na Fran-

ça entre os séculos XIV e XV. Nessa época a Eu-ropa foi flagelada pela Peste Negra e a peste bu-bônica dizimou perto da metade da população doContinente, criando entre os católicos um grandetemor e preocupação com a morte. Multiplicaramse as Missas na festa dos Fiéis Defuntos e nas-ceram muitas representações artísticas que re-cordavam às pessoas a sua própria mortalidade,algumas dessas representações eram conheci-das como danças da morte ou danças maca-bras.Alguns fiéis, dotados de um espírito maisburlesco, costumavam adornar na véspera dafesta de finados as paredes dos cemitérios comimagens do diabo puxando uma fila de pessoaspara a tumba: papas, reis, damas, cavaleiros,monges, camponeses, leprosos, etc. (afinal, a

morte não respeita ninguém). Também eram fei-tas representações cênicas, com pessoas disfar-çadas de personalidades famosas e personifican-do inclusive a morte, à qual todos deveriam che-gar.

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Possivelmente, a tradição de pedir um do-ce, sob ameaça de fazer uma travessura (trick ortreat, "doce ou travessura"), teve origem na Ingla-terra, no período da perseguição protestante con-tra os católicos (1500-1700). Nesse período, oscatólicos ingleses foram privados dos seus direi-tos legais e não podiam exercer nenhum cargopúblico.

 Além disso, foram lhes infligidas multas,altos impostos e até mesmo a prisão. Celebrar amissa era passível da pena capital e centenas desacerdotes foram martirizados. Produto dessaperseguição foi a tentativa de atentado contra orei protestante Jorge I.

O plano, conhecido como Gunpowder Plot("Conspiração da pólvora"), era fazer explodir oParlamento, matando o rei, e assim dar início a

um levante dos católicos oprimidos. A trama foidescoberta em 5 de novembro de 1605, quandoum católico converso chamado Guy Fawkes foiapanhado guardando pólvora na sua casa, tendosido enforcado logo em seguida.

Em pouco tempo a data converteu se nu-ma grande festa na Inglaterra (que perdura atéhoje): muitos protestantes a celebravam usandomáscaras e visitando as casas dos católicos paraexigir deles cerveja e pastéis, dizendo lhes: trickor treat (doce ou travessuras). Mais tarde, a co-memoração do dia de Guy Fawkes chegou à A-mérica trazida pelos primeiros colonos, que atransferiram para o dia 31 de outubro, unindo acom a festa do Halloween, que havia sido introdu-zida no país pelos imigrantes irlandeses.

Vemos, portanto, que a atual festa do Hal-loween é produto da mescla de muitas tradições,trazidas pelos colonos no século XVIII para osEstados Unidos e ali integradas de modo peculiarna sua cultura. Muitas delas já foram esquecidasna Europa, onde hoje, por colonização culturaldos Estados Unidos, aparece o Halloween en-quanto desaparecem as tradições locais. 

Novos Elementos do Halloween  A celebração do 31 de Outubro, muito pos-

sivelmente em virtude da sua origem como festados druidas, vem sendo ultimamente promovidapor diversos grupos neo-pagãos, e em alguns ca-sos assume o caráter de celebração ocultista.Hollywood fornece vários filmes, entre os quais

se destaca a série Halloween, na qual a violênciaplástica e os assassinatos acabam por criar noespectador um estado de angústia e ansiedade.Muitos desses filmes, apesar das restrições deexibição, acabam sendo vistos por crianças, ge-rando nelas o medo e uma idéia errônea da reali-dade. Porém, não existe ligação dessa festa como mal. Na celebração atual do Halloween, pode-mos notar a presença de muitos elementos liga-dos ao folclore em torno da bruxaria. As fantasi-

as, enfeites e outros itens comercializados porocasião dessa festa estão repletos de bruxas, ga-tos pretos, vampiros, fantasmas e monstros, noentanto isso não reflete a realidade pagã.

 A lanterna vegetal chamada de "Jack-o'-lantern" em inglês, em Portugal chama-se coca eno Brasil existe um personagem de folclore cha-mado Cuca. Em Portugal, a Abóbora do Dia dasBruxas e é uma tradição ancestral.

Coca: papão; abóbora vazia (ou panela) com bu-racos representativos dos olhos e da boca comuma luz dentro, para causar medo, à noite.

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Novembro 2013

Dia 3 de novembro – Lua NovaDia 10 de novembro – Quarto Crescente

Dia 17 de novembro – Lua CheiaDia 25 de novembro – Quarto Minguante

CALENDÁRIO LUNAR

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Creio que todos os praticantes sérios da

bruxaria perceberam a crescente onda de iludidosque tratam Deuses como roupas, usando e des-cartando a bel prazer. Parece que estamos diantede um movimento fashionista onde há espaço pa-ra as maiores atrocidades.

Não é incomum nos depararmos com co-mentários recomendando a utilização desta ou da-quela divindade para este ou aquele fim. Parece-me que estão falando de moda, culinária e não debruxaria.

O culto aos Deuses constitui a base da ArteSábia? Eu, por ver a bruxaria como ofício, diriaque não. Preciso tão somente de minha vontade eemoções para tecer a mudança desejada, no en-tanto tenho minha religiosidade e não trato aque-les com quem me relaciono como coisas.

Reverencio os Deuses, mas não os sirvo.Não estou abaixo de nada nem ninguém e nãopreciso me fazer de humilde coitadinho para inte-

ragir com tais potências. Surpreendo-me quandovejo pseudo bruxos “fazendo o pano de chão” aocolocarem-se como servos de fulano ou beltrano.

Como praticante do velho ofício posso tra-balhar com e não para os Deuses. E a escolha étotalmente minha.

É triste constatar a banalização que se es-palha pelas sendas do neo paganismo, onde divin-dades são chamadas por incautos desprovidos dereal conhecimento sobre aqueles com quem pre-tendem trabalhar. Ler na wikipedia ou em algumlivro genérico que dedique duas páginas ao Deusem questão passa longe de ser conhecimento.

E chamar por quem não se conhece é só aponta do iceberg, muitas vezes inimigos são convi-dados a partilhar do mesmo rito pelo desconheci-mento da mitologia envolvida. Isso quando não semistura um pouco de tudo, afinal vai que fica bom.

E ai a coerência sai de cena e temos umdesfile de abominações justificadas por slogans dotipo siga seu coração, ou ainda os que se dizemcapazes de transitar tranquilamente entre egrégo-ras porque são o suprassumo da magia encarna-da.

Na maioria das vezes quando essas pes-

soas fazem das suas nada acontece (e deveri-am ser gratas por isso), afinal os Deuses sãoengrenagens importantes no mecanismo univer-sal e não ficam perdendo tempo com paródias.Mas e quando eles ouvem? O que será que a-contece quando um despreparado resolve fazero show da Xuxa e acaba como co-produtor doPrograma do Ratinho? Essas pessoas acabamatraindo todo tipo errado de vibrações e suasvidas ficam iguais a do Mamute Pequenino.

Quer saber se está fazendo a coisa cer-ta? É muito simples! Pegue cinco minutos paraanalisar sua vida e veja se nela existe prosperi-dade, saúde, amor e bem estar. Perceba seseus problemas são sempre solucionados deforma satisfatória (dentro da realidade é claro). Afinal quando interagimos de forma correta como mundo nossa vida flui de forma harmônica enão como uma pororoca.

Respeitemos as forças primordiais que

são os alicerces da criação, forças essas queestão conosco e a nossa volta, em maior ou me-nor grau na escala. Respeito é a pedra funda-mental de todas as relações verdadeiras e dura-douras.

Os Deuses No Closet Saiba Como Usar e Abusar Sem Fazer A Pink Brega!

Por Mauricio Melo 

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  Marcelo Giusepp Lechinski. “Saman” 

Bruxo solitário, praticante da arte desde 1998, desenvolvi um acuriosidade e amor pelas ervas após alguns anos de estudo mágico.Professor de Inglês e tradutor, pude ajudar a levar ao conhecimen-

to do público importantes obras de Scott Cunningham como os li-vros Vivendo a Wicca, Enciclopédia de Wicca na cozinha e o livrocompleto dos incensos, óleos e infusões. Atualmente modero comu-nidades sobre herbalismo no Orkut e mantenho um blog sobre magiae bruxaria em geral chamado mundo pagão. Editor do Jornal Pagão

Brasileiro Virtual sobre Herbologia Mágica, Vôo Noturno.

Contato: [email protected]

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Colaboradores nesta Edição

Edmur P.Lopes (Dylan Caico)

Bruxo espiritualista, tarólogo, dedicante a Hermes. Estudo e sigo aarte com minha esposa desde 2004 na cidade de Botucatu SP, com o tarô,

meu primeiro contato foi em 2002 e conheci a Wicca em 2003, pratiquei eestudei a arte por muito tempo, até me aproximar de Hermes que de algu-ma forma algo mudou, tenho umas visões diferentes em relação ao espiri-tual e apenas me considero Bruxo. Temos um novo projeto, uma revistachamada de Luna Pagã.

https://www.facebook.com/lunapagarevista?fref=ts  Endereço da comunidade da revista. https://www.facebook.com/Dylan.caico  Meu [email protected]  Meu e-mail.

[email protected]   E-mail da revista virtual.

Maurício Melo 

Bruxo hecatino, tarólogo e terapeuta holístico. Maurício exerce abruxaria como profissão tendo como clientes pessoas e empresas no Bra-

sil e no exterior. Estudioso da magia do sangue e do folclore europeu.Membro fundador do Rosa dos Ventos Círculo de Bruxaria. Atua em meioà comunidade desde 2003 realizando ritos públicos e em 2004 tornou-semembro do Projeto Gaia Paganus®, onde ocupou o cargo de Vice Presi-

dente além da Coordenadoria Geral dos Encontros Sociais Pagãos na Re-

gião Sul. E a partir de 2013 é responsável pelo Dia do Orgulho Pagão emCuritiba.

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