Wallon

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Freud O corpo é o agente portador do afeto. 1) continente do eu e instrumento de relação entre o eu e a realidade e, 2) Agente possibilitador do ato que reflete a dinâmica interna inconsciente do sujeito.

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  • Freud

    O corpo o agente portador do afeto.

    1) continente do eu e instrumento de relao entre o eu e a realidade e,

    2) Agente possibilitador do ato que reflete a dinmica interna inconsciente do sujeito.

  • Wallon

    Wallon na medida em que respeita a complexidade do ser humano, compreende-o em sua multidimensionalidade psquica, corporal e social, propondo-se a superar as dicotomias corpo-mente, indivduo e sociedade e razo- emoo, herana da viso cartesiana de homem que perpassa diversas reflexes da sociedade ocidental (Galvo, 1993 p.33)

  • O movimento, a afetividade e a inteligncia constituem a trade que o autor toma como referncia constante para buscar compreender a construo do Eu, da personalidade e do homem enquanto ser biolgico e social.

  • Na obra de Wallon podemos destacar 4 campos funcionais que jutos produzem um olhar sobre o desenvolvimento Humano

    Pessoa articula todas os demais. Ao longo do desenvolvimento vamos nos diferenciando do outro

    Formamos o EU

    Inteligncia

    emoes

    movimento

  • Funo de motricidade

    O movimento o primeiro sinal de vida psquica

    Esta dimenso permeia todas as demais em todas as fases de desenvolvimento.

  • A dimenso do movimento dividida em duas:

    Dimenso expressiva

    Dimenso estrutural

  • Dimenso expressiva

    O movimento no significa deslocamento, mas que a expresso que se encontra na base das emoes.

    Para Wallon no incio da vida o pensamento sustentado pelo movimento e aos poucos o pensamento vai se apoiando na linguagem e se distanciando do movimento.

  • Dimenso estrutural

    O movimento possui inteno de deslocamento, assume ao direta sobre o meio fsico, o meio concreto.

  • Emoes

    As manifestaes afetivas possuem um fator fundamental de comunicao com o meio no qual o indivduo est inserido.

    As primeiras reaes do beb so dotadas de um total estado de impercia de movimento ( no consegue agir diretamente sobre o meio fsico, gestualidade desarticulada sem sentido aparente)

  • Emoes

    Dotado de uma enorme expressividade, consegue mobilizar o outro para suas necessidades, atravs das emoes, do choro e do tonus muscular.

    As emoes neste momento estabelecem um caminho social de ligao com o outro.

  • Inteligncia

    Wallon destaca a inteligncia discursiva, que se expressa e se constitui atravs da linguagem, da fala.

    A inteligncia em seus primrdios nasce das emoes, se apoia no movimento e se aperfeioa na linguagem.

  • Pessoa

    Articula todas as demais dimenses ao longo do desenvolvimento.

    Aos poucos vamos nos diferenciando do outro e criando conscincia de si.

  • Deslocamentos passivos ou exgenos

    Absoluta dependncia social.

    Dependncia de fatores externos.

    Simbiose fisiolgica compensada por uma simbiose afetiva segura.

    A evoluo motora importante para conquista tanto do mundo externo quanto do mundo interior.

    Indivduo

  • Deslocamentos ativos ou autgenos So as reaes prprias do corpo

    ao mundo exterior.

    Integrao e produo de posturas e movimentos do corpo no espao, incluindo a interao com o mundo dos outros e dos objetos.

    Motricidade incoerente e pouco integrada emerge para uma motricidade mais coerente, produzindo sistemas mais fluentes e adaptados.

    Indivduo

  • Deslocamentos prxicos

    Concretizam as aquisies dos primeiros hbitos sociais e que permitem as funes construtivas e criadoras e das aprendizagens psicomotoras.

    A integrao sensorial agora se projeta na explorao e no conhecimento do mundo exterior e no no mundo interior do eu corporal.

    O movimento de relao e de interao afetiva com o mundo exterior, que projeta a criana no contexto social.

  • Psicomotricidade Esquema Corporal / Imagem Corporal

    Bibliografia:

    Alves, Fatima. Psicomotricidade: corpo, ao e emoo. Rio de Janeiro WAK, 2003.

    LE BOULCH, Jean. O Desenvolvimento Psicomotor: Do Nascimento at os 6 Anos. A psicocintica na idade pr-escolar. Porto Alegre: Artes Mdicas, 1982.

    FONSECA, Vitor da. Desenvolvimento Psicomotor e Aprendizagem. Porto Alegre: Artes Mdicas, 2008.

    Professora : Ms. Denise Ribeiro Bueno de Barros

  • Conceito

    O esquema corporal no um conceito inicial ou uma entidade biolgica ou fsica, mas o resultado e a condio da justa relao entre o indivduo e o prprio ambiente. (H. Wallon)

    o esquema corporal pode ser considerado uma intuio de conjunto ou um conhecimento imediato que temos de nosso prprio corpo, seja em posio esttica ou em movimento, em relao as diversas partes entre si, e sobretudo nas relaes com o espao e os objetos que a circundam. ( Le Boulch)

  • Esquema Corporal

    Forma a personalidade da criana e equilibra as funes psicomotoras e maturacionais.

    Atravs da percepo do mundo externo o indivduo se conscientiza do seu corpo. E a linguagem que o indivduo estabelece atravs desse corpo importantssimo para o processo educativo.

  • A criana percebe o seu corpo por meio de todos os sentidos. Esse corpo ocupa um espao no ambiente em funo do tempo, capta imagens, recebe sons, sente cheiros e sabores, dor e calor e movimenta-se.

  • O conhecimento pela criana de seu prprio corpo tem um papel importante, nas suas relaes com o ambiente e em todo o seu desenvolvimento psicomotor.

  • Inicialmente, a criana no se diferencia dos objetos que a rodeiam e, se percebe, tudo como um bloco compacto.

    Depois, comea a estabelecer diferenciaes, partindo de seus prprios movimentos e ento, comea a formar sua prpria imagem corporal.

  • Simultaneamente, a criana comea a delinear as primeiras noes espaciais, pela distncia percebida entre ela e os objetos,

    partindo do seu prprio corpo que a criana esboa as primeiras noes de profundidade, atravs das flexes do seu tronco.

  • A imagem de si, permite a criana perceber como um eixo central (que se volta para um lado e para o outro), seus dois dimdios laterais: direito e esquerdo, sentindo o domnio de um desses dimdios e o estabelecimento correto da lateralidade.

    Passa a ter a noo de volume, quando executa movimentos para frente, para trs, para os lados.

  • Quando a imagem do corpo considerada em seus prprios limites e quando a concentrao dessa imagem informe e difusa, chamamos de

    Esquema Interoceptivo.

  • Sistema interoceptivo sustentam os mecanismos filogenticos bsicos da

    sobrevivncia j se encontram funcionais no envolvimento

    intra-uterino, no seu conjunto integrado, pr-figuram

    os reflexos neonatais incondicionados no beb humano

    como memria da espcie

    O beb vem ao mundo

    com competncias de

    interao, contgio

    emocional e relacional.

    Dependncia e

    inaptido total

    O beb mantm-se

    durante meses sem

    acesso atividade de

    relao. A ao foca-

    se nos centros da vida

    vegetativa (circulao,

    nutrio, sono,

    conforto

    Contraste entre perfeio da motilidade

    viceral (suco) a agitao irregular dos

    membros, dialtica entre fome e

    saciedade, expresso de desejos e

    necessidades

  • Sistemas proprioceptivos Os sentidos vestibular e ttil cinestsicos assumem preferncia na

    interao com o mundo exterior,

    culminando na apropriao da postura

    bpede e da preenso.

    A motricidade como

    construo do psiquismo

    pela segurana e conforto

    emocional pelo outro, fornecendo

    ambos as interaes vinculativas

    com outros elementos familiares

    para alm da me e do pai.

    No dilogo tnico, a me

    vai criar um sentimento de

    confiana, de continuidade,

    de existncia, e de

    distncia EU no - EU

  • Sistemas Exteroceptivos

    As aquisies motoras so

    neurologicamente assumidas.

    O crescimento orienta a

    criana para as funes pr-

    simblicas...

    Os sistemas reagem uns sobre os

    outros. A sua coexistncia produz

    uma colaborao contnua, uma

    sequncia de modificaes mtuas e

    ntimas

    a somatognosia torna-se

    o pedestal das interaes

    com os ecossistemas,

    sem a qual, a integrao

    dos dados exteroceptivos

    visuais e auditivos pode

    ser invivel. a partir do

    todo gnsico do corpo que

    a significao da

    experincia integrada no

    crebro. Do gesto a

    palavra...

    O grau de interao

    que a criana exibe,

    ilustra se o seu

    crebro est pronto

    para sentir ou para

    concentrar sobre as

    sensaes e as

    emoes...

  • Quando o indivduo se assegura das possibilidades para projetar-se fora de si mesmo, com plena conscincia deste impulso dinmico que possibilita ao mesmo tempo a ao e a representao dos atos realizados,

    chamamos de Esquema Exteroceptivo.

  • A criana aprende a conhecer e a nomear as diferentes partes do corpo atravs:

    Inventrio do Corpo

  • - Identificao - da cabea, das partes do rosto, do pescoo e do tronco, dos membros superiores e inferiores: em si, nos outros, em objetos e em gravuras;

    - - Introjeo - representao mental e repetio verbal e mental;

    - - Transposio - nos outros, em objetos e em gravuras;

    - - Transcrio - o introjetado projetado atravs de habilidades manuais e representaes grficas.

  • O esquema corporal abrange:

    . A Imagem corporal que a representao visual do corpo, a impresso que a pessoa tem de si mesma;

    . O Conceito Corporal o conhecimento intelectual sobre partes e funes do corpo;

    . O Esquema Corporal regula a posio dos msculos e partes do corpo.

  • Esquema Corporal A imagem do corpo constitui uma das primeiras aquisies do

    desenvolvimento gestual e perceptivo da criana Aquisio das

    praxias (movimentos intencionais) e das gnsias (conhecimentos)

    O que ? Uma instituio de consumo, uma representao mental do corpo

    Para que contribui?

    Percepo do espao

    Percepo do tempo

    Aquisies Lateralizao

    Percepo das direes

    Experincias anteriores

    De que depende? Sensorial Que evolui

    Do desenvolvimento Neurolgico progressivamente

    Motor durante o

    Intelectual crescimento

    Como estruturado? Mentalmente a partir de dados Exteroceptivos

    Proprioceptivos

    Interoceptivos

    De onde provm? Das Percepes Do corpo total, dos

    seus segmentos, do

    mundo exterior.

    Constantemente

    em inter-relao.

    Situado no

    Mundo Corpo

    Posio esttica ou em movimento

    Espacialidade de posio ATITUDE

    Espacialidade de situao MOVIMENTO Conscincia refletida de ns