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QUESTÃO 01. Indique quando o texto é LITERÁRIO quando e NÃO É LITERÁRIO: a) Trem de Ferro Café com pão Café com pão Café com pão Virge Maria que foi isso maquinista? Agora sim Café com pão Agora sim Voa, fumaça Corre, cerca Ai seu foguista Bota fogo Na fornalha Que eu presciso Muita força Muita força Muita força Oô... Menina bonita Do vestido verde Me dá tua boca Pra matá minha sede Oô... Vou mimbora Vou mimbora Não gosto daqui Nasci no sertão Sou de Ouricuri Oô... Vou depressa Vou correndo Vou na toda Que só levo Pouca gente Pouca gente Pouca gente... (Manuel Bandeira BANDEIRA, M. Estrela da Manhã, 1936.) b) Selfie mortal: busca pela foto perfeita já matou 259 pessoas no mundo “A busca por selfies perigosas já matou 259 pessoas entre 2011 e 2017, revelou um novo estudo, mas os autores da pesquisa acreditam que esse número pode ser ainda maior. O estudo compilou notícias sobre mortes de pessoas enquanto tentavam tirar fotos de si mesmas em situações arriscadas. São casos como o do jovem Gavin Zimmerman, de 19 anos, que, em julho deste ano, caiu de um penhasco na Austrália enquanto fazia uma foto.” (BBC News 04/08/2018). LISTA DE REVISÃO- LITERATURA SÉRIE: 1º SÉRIE PROFESSORA: SILVANA FREIESLEBEN ALUNO (a):__________________________________________

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QUESTÃO 01.Indique quando o texto é LITERÁRIO quando e NÃO É LITERÁRIO:

a) Trem de Ferro

Café com pãoCafé com pãoCafé com pãoVirge Maria que foi isso maquinista?Agora simCafé com pãoAgora simVoa, fumaçaCorre, cercaAi seu foguistaBota fogoNa fornalhaQue eu prescisoMuita forçaMuita forçaMuita forçaOô...

Menina bonitaDo vestido verdeMe dá tua bocaPra matá minha sedeOô...Vou mimboraVou mimboraNão gosto daquiNasci no sertãoSou de OuricuriOô...Vou depressaVou correndoVou na todaQue só levoPouca gentePouca gentePouca gente...

(Manuel Bandeira BANDEIRA, M. Estrela da Manhã, 1936.)b) Selfie mortal: busca pela foto perfeita já matou 259 pessoas no mundo

“A busca por selfies perigosas já matou 259 pessoas entre 2011 e 2017, revelou um novo estudo, mas os autores da pesquisa acreditam que esse número pode ser ainda maior. O estudo compilou notícias sobre mortes de pessoas enquanto tentavam tirar fotos de si mesmas em situações arriscadas. São casos como o do jovem Gavin Zimmerman, de 19 anos, que, em julho deste ano, caiu de um penhasco na Austrália enquanto fazia uma foto.” (BBC News 04/08/2018).

c) A Rosa e o Mar

“Linda doçura de gosto refinadoembelezas minha estrada, o meu caminhocom teus leves "insites" amalgamados

de amor, de ternura e de carinho.

ALUNO (a):__________________________________________

PROFESSORA: SILVANA FREIESLEBEN

SÉRIE: 1 º SÉRIE

LISTA DE REVISÃO- LITERATURA

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Tuas palavras acariciam o meu ego,teus versos me revelam o lado lindo,tua sutileza me envolve e me despregodas amarras da vida e do destino”.

d) Brigadeiro de Leite Moça

INGREDIENTES

1 lata de Leite MOÇA; 3 colheres (sopa) de Chocolate em Pó; 1 colher (sopa) de manteiga; 1 xícara (chá) de chocolate granulado; manteiga para untar.

MODO DE PREPARO

Em uma panela, coloque o Leite MOÇA® com o Chocolate em Pó e a manteiga. Misture bem e leve ao fogo baixo, mexendo sempre até desprender do fundo da panela (que corresponde a cerca de 10 minutos). Retire do fogo, passe para um prato untado e deixe esfriar. Com as mãos untadas, enrole em bolinhas e passe-as no granulado. Sirva em forminhas de papel.Rendimento: 40 docinhos.

__________________________________________________________________________e) O coelho das orelhas cumpridas

Amanhecia no bosque quando o coelhinho das orelhas grandes saiu de casa com o seu macacão azul e uma cesta, para comprar legumes e frutas.

Saltando entre pinheiros e amoras, de onde começaram a sair tordos, cães e ratinhos para o ajudar nas compras, logo chegou à feira.

Escolheu cenouras, alfaces e rabanetes, para fortalecer os olhos e os dentes.Também maçãs com vitaminas para adoçar a merenda e todas as outras que vocês

quiserem recomendar-lhe que leve.No seu regresso, a mesa estava posta e os seus 15 irmãozinhos, com as patinhas

lavadas, esperavam sentados para almoçar.Depois de lavar as dentolas e dormir a sesta, saíram, como recompensa, para brincar com os seus amigos, os bichinhos, as aves e os insetos do bosque.

(https://www.omeubebe.com)

Leia o texto abaixo para responder as questões que se segue:

AS FRÔ DE PUXINANÃ

Três muié ou três irmã,três cachôrra da mulesta,eu vi num dia de festa,no lugar Puxinanã.

A mais véia, a mais ribustaera mermo uma tentação!

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mimosa frô do sertãoque o povo chamava Ogusta.

A segunda, a Guléimina,tinha uns ói qui ô! mardição!Matava quarqué cristãoos oiá déssa minina.

Os ói dela pariciaduas istrêla tremeno,se apagano e se acendenoem noite de ventania.

A tercêra era Maroca.De cóipo muito mal feito,Mas porém tinha nos peitodois cuscuz de mandioca.

Dois cuscuz, que, por capricho,quando ela passou por eu,minhas venta se acendeucum o chêro vindo dos bicho.

Eu inté me atrapaiava,sem sabê das três irmãqui ei vi im Puxinanã,qual era a qui mi agradava.

Inscuiendo a minha cruzprá sair desse imbaraço,desejei morrê nos braçosda dona dos dois cuscuz

( Autor: Zé da Luz)

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QUESTÃO 02.Poderíamos dizer que este texto é literário, ou não? Por quê?____________________________________________________________________________________

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QUESTÃO 03.O que prova que este texto é um poema?____________________________________________________________________________________

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QUESTÃO 04.Se trocássemos a linguagem coloquial em que o texto foi escrito pela linguagem culta, mudaria a beleza poética do texto?____________________________________________________________________________________

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QUESTÃO 05. Leia o texto para responder a questão.

OS DESAFIOS DA QUARTA GERAÇÃOCopa do Mundo de 2014 é o primeiro evento de porte mundial em que o 4G será largamente usado

Desde abril, usuários de telefone móvel de algumas das principais cidades brasileiras têm à sua disposição a tecnologia de quarta geração (4G), que oferece maior capacidade de transmissão de dados, imagens e vídeos. A inovação, que chegou ao Brasil quase um ano depois da estreia mundial dessas redes mais avançadas, terá um marco no próximo ano, quando a cobertura do serviço deverá ser ampliada no País: a Copa do Mundo de Futebol será o primeiro grande evento de porte no planeta em que celulares poderão acessar a rede 4G, compartilhando fotos e imagens com mais rapidez. A chegada da novidade coincide com um momento desafiador para as empresas de telecomunicações: a demanda setorial no País, que já tem mais de um celular por habitante, deverá continuar crescendo diante da ascensão social, o que exigirá a manutenção de altos investimentos. Melhorar a qualidade dos serviços e ampliar a cobertura da rede serão palavras de ordem dos executivos, que terão de aperfeiçoar a imagem do segmento, que tem sido afetado por crescentes críticas de consumidores.

(https://atendimiti.wordpress.com/2013/05/21/os-desafios-da-quarta-geracao/)

Com relação ao texto acima assinale a única alternativa FALSA:a) O texto acima não é literário porque se apresenta em sentido denotativo.b) Esse texto não apresenta mais de uma interpretação.c) O texto acima é uma notícia e tem a função de informar ao leitor, é objetivo, uma vez que é

literário.d) O texto acima foi escrito em parágrafos.

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e) A demanda social de celular por habitante tenderá a crescer, segundo texto.

QUESTÃO 06.

Leia o texto abaixo e marque a ÚNICA alternativa CORRETA:

No país do Futebol

“A Copa do Mundo será uma excelente oportunidade para o Brasil mostrar as marcas de suas empresas. A Espanha começou a modernizar a imagem a partir dos Jogos Olímpicos. O Brasil deve fazer o mesmo porque o País está entre os melhores em muitas áreas e poucos sabem disso”. A afirmação é da professora do Insead, Lourdes Casanova, especialista em multinacionais latino-americanas, convidada com outro palestrante internacional, Soumitra Dutta, para um café da manhã oferecido pelo IEL a empresários e acadêmicos, que reuniu mais de cem pessoas. [...]

(Revista IEL Interação, Ano 18, nº 207, setembro/outubro/novembro 2009, p. 20.)

a) Este texto é literário porque nos diverte falando da Copa do Mundo.b) Este texto é épico, porque nos conta uma história em que o herói é um povo de um país, ou

seja, o campeão da Copa.c) Este texto é um poema, porque está estruturado em versos e estrofes.d) Este texto não é de literatura, e sua função é transmitir uma informação de forma clara e

direta sobre a Copa do Mundo.e) Este texto é dramático, pois fala no drama dos jogadores de futebol que jogam uma Copa.

QUESTÃO 07.Assinale a única alternativa que possui a figura de linguagem conhecida como metáfora:a) ( ) Correu feito louco para não perder o ônibus.b) ( ) Sua pele é um pêssego.c) ( ) “Cabelos tão escuros como a asa da graúna” - José de Alencar.d) ( ) Era delicada como uma flor.

QUESTÃO 08. Observe. I. "À custa de muitos trabalhos, de muitas fadigas, e sobretudo de muita paciência..."

II. "... se se queria que estivesse sério, desatava a rir..."III. "... parece que uma mola oculta o impelia..."IV. "... e isto (...) dava em resultado a mais refinada má-criação que se pode imaginar."

Quanto às figuras de linguagem, há neles, respectivamente,

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a) gradação, antítese, comparação e hipérboleb) hipérbole, paradoxo, metáfora e gradaçãoc) hipérbole, antítese, comparação e paradoxod) gradação, antítese, metáfora e hipérbolee) gradação, paradoxo, comparação e hipérbole.

QUESTÃO 09.O soneto é uma das formas mais tradicionais e, na maioria das vezes, tem conteúdo:a) lírico.b) cronístico.c) épico.d) dramático.e) satírico.

QUESTÃO 10. Assinale a afirmativa correta:a) Aristóteles afirma que os textos épicos apresentam uma narrativa e sempre terão um

narrador-personagem.b) A tragédia é um gênero literário.c) O gênero lírico é um texto de caráter emocional, porém, as emoções expressas nesse gênero

não representam asubjetividade do autor; é apenas ficção.d) O gênero dramático apresenta esta estrutura: apresentação e desfecho.e) Os elementos essenciais de uma narrativa são: narrador, enredo, personagens, tempo e

espaço

QUESTÃO 11.Assinale a alternativa incorreta a respeito do Trovadorismo em Portugal.a) Durante o Trovadorismo, ocorreu a separação entre poesia e a música.b) Muitas cantigas trovadorescas foram reunidas em livros ou coletâneas que receberam o

nome de cancioneiros.c) Nas cantigas de amor, há o reflexo do relacionamento entre o senhor e vassalo na sociedade

feudal: distância e extrema submissão.d) Nas cantigas de amigo, o trovador escreve o poema do ponto de vista feminino.e) A influência dos trovadores provençais é nítida nas cantigas de amor galego-portuguesas.

QUESTÃO 12.O paralelismo, uma técnica de construção literária nas cantigas trovadorescas, consistiu em: a) unir duas ou mais cantigas com temas paralelos e recitá-las em simultaneidade. b) um conjunto de estrofes ou um par de dísticos em que sempre se procura dizer a mesma

ideia.c) apresentar as cantigas, nas festas da corte, sempre com o acompanhamento de um coro. d) reduzir todo o refrão a um dístico. e) pressupor que há sempre dois elementos paralelos que se digladiam verbalmente.

QUESTÃO 13.Assinale a alternativa incorreta com respeito ao Trovadorismo em Portugal: a) nas cantigas de amigo, o trovador escreve o poema do ponto de vista feminino.

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b) nas cantigas de amor, há o reflexo do relacionamento entre senhor e vassalo na sociedade feudal: distância e extrema submissão.

c) a influência dos trovadores provençais é nítida nas cantigas de amor galego-portuguesas. d) durante o trovadorismo, ocorre a separação entre poesia e música. e) muitas cantigas trovadorescas foram reunidas em livros ou coletâneas que receberam o

nome de cancioneiros

QUESTÃO 14.Assinale a afirmação falsa:a) A cultura portuguesa, no século XII, conciliava três matrizes contraditórias: a católica, a

islâmica e ahebraica.

b) A cultura católica, técnica e literariamente superior às culturas islâmica e hebraica, impôs-se naturalmente desde os primórdios da formação de Portugal.

c) A expulsão dos mouros e judeus e a Inquisição foram os aspectos mais dramáticos da destruiçãosistemática que a cultura triunfante impôs às culturas opostas.

d) O judeu Maimônides e o islamista Averróis são expressões do que as culturas dominadas produziram de mais significativo na Península Ibérica.

e) Pode-se dizer que a cultura portuguesa esteve desde seu início assentada na diversidade e na contradição, do que resultaram alguns de seus traços positivos (miscibilidade, aclimatabilidade etc.) e negativos (tendência ao ceticismo quanto a ideias, desconfiança etc.

Observe a imagem abaixo para responder as seguintes questões:

QUESTÃO 15.Que gênero textual é este?

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QUESTÃO 16.Ele é literário? Por quê?____________________________________________________________________________________

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QUESTÃO 17. Qual sua finalidade?____________________________________________________________________________________

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QUESTÃO 18.Onde podemos encontrar este gênero textual?____________________________________________________________________________________

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QUESTÃO 19.Observe a imagem abaixo e assinale a única alternativa FALSA:

a) A função desse texto é transmitir uma reflexão ao leitor.b) A palavra “só” do texto pode ser substituída, sem alterar o sentido do mesmo, por

“apenas”.c) A mensagem do texto é a de que o desmatamento também afeta direto e negativamente a

vida dos animais.d) Esse texto não é literário visto que apresenta apenas uma interpretação, é objetivo, trata de

uma realidade e suas palavras estão no sentido denotativo.

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e) A imagem e o pequeno texto (NÃO ERA SÓ UMA ÁRVORE) juntos são desnecessários, visto que sem um ou outro o sentido geral da mensagem não seria prejudicada.

QUESTÃO 20. Leia os dois textos abaixo:

TEXTO IO AÇÚCAR

O branco açúcar que adoçará meu cafénesta manhã de Ipanemanão foi produzido por mimnem surgiu dentro do açucareiro por milagre.

Vejo-o puroe afável ao paladarcomo beijo de moça, águana pele, florque se dissolve na boca. Mas este açúcarnão foi feito por mim.

Este açúcar veioda mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira, dono da mercearia.Este açúcar veiode uma usina de açúcar em Pernambucoou no Estado do Rioe tampouco o fez o dono da usina.

Este açúcar era canae veio dos canaviais extensosque não nascem por acasono regaço do vale.

Em lugares distantes, onde não há hospitalnem escola,homens que não sabem ler e morrem de fomeaos 27 anosplantaram e colheram a canaque viraria açúcar.

Em usinas escuras,homens de vida amargae duraproduziram este açúcarbranco e purocom que adoço meu café esta manhã em Ipanema.

(Ferreira Gullar.)

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TEXTO II

A cana-de-açúcar

Originária da Ásia, a cana-de-açúcar foi introduzida no Brasil pelos colonizadores portugueses no século XVI. A região que durante séculos foi a grande produtora de cana-de-açúcar no Brasil é a Zona da Mata nordestina, onde os férteis solos de massapé, além da menor distância em relação ao mercado europeu, propiciaram condições favoráveis a esse cultivo. Atualmente, o maior produtor nacional de cana-de-açúcar é São Paulo, seguido de Pernambuco, Alagoas, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Além de produzir o açúcar, que em parte é exportado e em parte abastece o mercado interno, a cana serve também para a produção de álcool, importante nos dias atuais como fonte de energia e de bebidas. A imensa expansão dos canaviais no Brasil, especialmente em São Paulo, está ligada ao uso do álcool como combustível.

(Comentários sobre os textos: “O açúcar” e “A cana-de-açúcar” )

Com relação aos textos I e II, assinale a opção INCORRETA:a) No texto I, em lugar de apenas informar sobre o real, ou de produzi-lo, a expressão literária é utilizada principalmente como um meio de refletir e recriar a realidade.b) No texto II, de expressão não literária, o autor informa o leitor sobre a origem da cana-de-açúcar, os lugares onde é produzida, como teve início seu cultivo no Brasil, etc.c) O texto I parte de uma palavra do domínio comum – açúcar – e vai ampliando seu potencial significativo, explorando recursos formais para estabelecer um paralelo entre o açúcar – branco, doce, puro – e a vida do trabalhador que o produz – dura, amarga, triste.d) O texto I, a expressão literária desconstrói hábitos de linguagem, baseando sua recriação no aproveitamento de novas formas de dizer.e) O texto II não é literário porque, diferentemente do literário, parte de um aspecto da realidade, e não da imaginação.

QUESTÃO 21.A alternativa que possui uma antítese é:a) ( ) Ele subiu no telhado nessa madrugada.b) ( ) O vento sussurrava na noite fria.c) ( ) Estou morrendo de medo.d) ( ) Os bobos e os espertos convivem no mesmo espaço.e) ( ) Ela morou ali durante dois meses, e ele, durante vários anos.

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QUESTÃO 22.Leia.TEXTO

Não há morte. O encontro de duas expansões, ou a expansão de duas formas, pode determinar a supressão de duas formas, pode determinar a supressão de uma delas; mas, rigorosamente, não há morte, há vida, porque a supressão de uma é a condição da sobrevivência da outra, e a destruição não atinge o princípio universal e comum. Daí o caráter conservador e benéfico da guerra.Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir à outra vertente, onde há batatas em abundância; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição.A paz, nesse caso, é a destruição; a guerra é a conservação. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Daí a alegria da vitória, os hinos, aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos das ações bélicas.Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se, pelo motivo real de que o homem só comemora e ama o que lhe é aprazível ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ação que virtualmente a destrói. Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas.

(ASSIS, Machado fr. Quincas Borba. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira/INL, 1976.)

Assinale dentre as alternativas abaixo, aquela em que o uso da vírgula marca a supressão (elipse) do verbo:a) Ao vencido, ódio ou compaixão, ao vencedor, as batatas.b) A paz, nesse caso, é a destruição (…)c) Daí a alegria da vitória, os hinos, as aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos das ações bélicas.d) (…) mas, rigorosamente, não há morte (…)e) Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se (…)

QUESTÃO 23.O gênero narrativo, na maioria das vezes, é expresso pela:a) Poesia.b) Show.c) Jornal.d) Romance.e) Ode.

QUESTÃO 24.Leia.Soneto de fidelidade(Vinicius de Moraes)

De tudo, ao meu amor serei atentoAntes, e com tal zelo, e sempre, e tantoQue mesmo em face do maior encantoDele se encante mais meu pensamento.

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Quero vivê-lo em cada vão momentoE em seu louvor hei de espalhar meu cantoE rir meu riso e derramar meu prantoAo seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procureQuem sabe a morte, angústia de quem viveQuem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):Que não seja imortal, posto que é chamaMas que seja infinito enquanto dure. Nos dois primeiros quartetos do soneto de Vinicius de Moraes, delineia-se a ideia de que o poetaa) não acredita no amor como entrega total entre duas pessoas.b) acredita que, mesmo amando muito uma pessoa, é possível apaixonar-se por outra e trocar de amor.c) entende que somente a morte é capaz de findar com o amor de duas pessoas.d) concebe o amor como um sentimento intenso a ser compartilhado, tanto na alegria quanto na tristeza.e) vê, na angústia causada pela ideia da morte, o impedimento para as pessoas se entregarem ao amor.

QUESTÃO 25.Assinale a afirmativa correta com relação ao Trovadorismo.Texto IOndas do mar de Vigo,se vistes meu amigo!E ai Deus, se verrá cedo!Ondas do mar levado,se vistes meu amado!E ai Deus, se verrá cedo!

Martim CodaxObs.: verrá = virá levado = agitado.Texto II1. Me sinto com a cara no chão, mas a verdade precisa ser dita ao2. menos uma vez: aos 52 anos eu ignorava a admirável forma lírica da3. canção paralelística (…).4. O “Cantar de amor” foi fruto de meses de leitura dos cancioneiros.5. Li tanto e tão seguidamente aquelas deliciosas cantigas, que fiquei6. com a cabeça cheia de “velidas” e “mha senhor” e “nula ren”;7. sonhava com as ondas do mar de Vigo e com romarias a San Servando.8. O único jeito de me livrar da obsessão era fazer uma cantiga.

Manuel Bandeiraa) Um dos temas mais explorados por esse estilo de época é a exaltação do amor sensual entre nobres e mulheres camponesas.b) Desenvolveu-se especialmente no século XV e refletiu a transição da cultura teocêntrica para a cultura antropocêntrica.

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c) Devido ao grande prestígio que teve durante toda a Idade Média, foi recuperado pelos poetas da Renascença, época em que alcançou níveis estéticos insuperáveis.d) Valorizou recursos formais que tiveram não apenas a função de produzir efeito musical, como também a função de facilitar a memorização, já que as composições eram transmitidas oralmente.e) Tanto no plano temático como no plano expressivo, esse estilo de época absorveu a influência dos padrões estéticos Greco – romanos.

QUESTÃO 26.É correto afirmar sobre o Trovadorismo quea) os poemas são produzidos para ser encenados.b) as cantigas de escárnio e maldizer têm temáticas amorosas.c) nas cantigas de amigo, o eu lírico é sempre feminino.d) as cantigas de amigo têm estrutura poética complicada.e) as cantigas de amor são de origem nitidamente popular.

QUESTÃO 27.Nas cantigas de amor,a) o trovador expressa um amor à mulher amada, encarando-a como um objeto acessível a seus anseios.b) o trovador velada ou abertamente ironiza personagens da época.c) o “eu-lírico” é feminino, expressando a saudade da ausência do amado.d) o poeta pratica a vassalagem amorosa, pois, em postura platônica, expressa seu amor à mulher amada.e) existe a expressão de um sentimento feminino, apesar de serem escritas por homens.

QUESTÃO 28. Assinale a afirmação falsa sobre as cantigas de escárnio e mal dizer:a) A principal diferença entre as duas modalidades satíricas está na identificação ou não da pessoa atingida.b) O elemento das cantigas de escárnio não é temático, nem está na condição de se omitir a identidade do ofendido. A distinção está no retórico do “equívoco”, da ambiguidade e da ironia, ausentes na cantiga de maldizer.c) Os alvos prediletos das cantigas satíricas eram os comportamentos sexuais (homossexualidade, adultério, padres e freiras libidinosos), as mulheres (soldadeiras, prostitutas, alcoviteiras e dissimuladas), os próprios poetas (trovadores e jograis eram frequentemente ridicularizados), a avareza, a corrupção e a própria arte de trovar.d) As cantigas satíricas perfazem cerca de uma quarta parte da poesia contida nos cancioneiros galego- portugueses. Isso revela que a liberdade da linguagem e a ausência de preconceito ou censura (institucional, estética ou pessoal) eram componentes da vida literária no período trovadoresco, antes de a repressão inquisitorial atirá-las à clandestinidade.e) Algumas composições satíricas do Cancioneiro Geral e algumas cenas dos autos gilvicentinos revelam a sobrevivência, já bastante atenuada, da linguagem livre e da violência verbal dos antigos trovadores.

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Após ler o livro de Gil Vicente, O auto da Barca do Inferno, responda ao roteiro de leitura a seguir:

QUESTÃO 01. E chegando à barca da glória, diz ao Anjo:Brísida. Barqueiro, mano, meus olhos,prancha a Brísida Vaz!Anjo. Eu não sei quem te cá traz…Brísida. Peço-vo-lo de giolhos!Cuidais que trago piolhos,anjo de Deus, minha rosa?Eu sou Brísida, a preciosa,que dava as môças aos molhos.A que criava as meninaspara os cônegos da Sé…Passai-me, por vossa fé,meu amor, minhas boninas,olhos de perlinhasGil Vicente, Auto da barca do inferno.(Texto fixado por S. Spina).a) No excerto, a maneira de tratar o Anjo, empregada por Brísida Vaz, relaciona-se à atividade que ela exercera em vida? Explique resumidamente.______________________________________________________________________________________

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______________________________________________________________________________________

b) No excerto, o tratamento que Brísida Vaz dispensa ao Anjo é adequado à obtenção do que ela deseja – isto é, levar o Anjo a permitir que ela embarque? Por quê?______________________________________________________________________________________

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QUESTÃO 02. Leia o diálogo abaixo, de Auto da Barca do Inferno:DIABOCavaleiros, vós passaise não perguntais onde ir?CAVALEIROVós, Satanás, presumis?Atentai com quem falais!OUTRO CAVALEIROVós que nos demandais?Siquer conhecê-nos bem.Morremos nas partes d’além,e não queirais saber mais.(Gil Vicente, Auto da Barca do Inferno, em Antologia do Teatro de Gil Vicente. Org. Cleonice Berardinelli, Rio de Janeiro: Nova Fronteira/ Brasília: INL, 1984, p.89.)

A) Por que o cavaleiro chama a atenção do Diabo?______________________________________________________________________________________

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B) Onde e como morreram os dois Cavaleiros?______________________________________________________________________________________

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C) Por que os dois passam pelo Diabo sem se dirigir a ele?______________________________________________________________________________________

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QUESTÃO 03. Os excertos abaixo foram extraídos do Auto da barca do inferno, de Gil Vicente. (…) FIDALGO: Que leixo na outra vidaquem reze sempre por mi.DIABO: (…) E tu viveste a teu prazer,cuidando cá guarecerpor que rezem lá por ti!…(…)ANJO: Que querês?FIDALGO: Que me digais,pois parti tão sem aviso,se a barca do paraísoé esta em que navegais.ANJO: Esta é; que me demandais?FIDALGO: Que me leixês embarcar.

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sô fidalgo de solar,é bem que me recolhais.ANJO: Não se embarca tiranianeste batel divinal.FIDALGO: Não sei por que haveis por malQue entr’a minha senhoria. ANJO: Pera vossa fantesiamui estreita é esta barca.FIDALGO: Pera senhor de tal marcanom há aqui mais cortesia? (…)ANJO: Não vindes vós de maneirapera ir neste navio.Essoutro vai mais vazio:a cadeira entraráe o rabo caberáe todo vosso senhorio.Vós irês mais espaçosocom fumosa senhoria,cuidando na tiraniado pobre povo queixoso;e porque, de generoso,desprezastes os pequenos,achar-vos-eis tanto menosquanto mais fostes fumoso. (…) SAPATEIRO: (…) E pera onde é a viagem?DIABO: Pera o lago dos danados.SAPATEIRO: Os que morrem confessados,onde têm sua passagem?DIABO: Nom cures de mais linguagem!Esta é a tua barca, esta!(…) E tu morreste excomungado:não o quiseste dizer.Esperavas de viver,calaste dous mil enganos…tu roubaste bem trint’anoso povo com teu mester. (…)SAPATEIRO: Pois digo-te que não quero!DIABO: Que te pês, hás-de ir, si, si!SAPATEIRO: Quantas missas eu ouvi,não me hão elas de prestar?DIABO: Ouvir missa, então roubar,é caminho per’aqui.

a)Por que razão específica o fidalgo é condenado a seguir na barca do inferno? E o sapateiro?______________________________________________________________________________________

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b) Além das faltas específicas desses personagens, há uma outra, comum a ambos e bastante praticada à época, que Gil Vicente condena. Identifique essa falta e indique de que modo ela aparece em cada um dos personagens.______________________________________________________________________________________

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QUESTÃO 04.O Auto da Barca do Inferno pertence ao movimento literário do Humanismo, em Portugal, porque Gil Vicente:a) critica a igreja pela venda indiscriminada de indulgências e pela vida desregrada dos padres.b) preocupa-se somente com a salvação do homem após a morte, sem se voltar para os problemas sociais da época.c) equilibra a concepção cristã da salvação após a morte com a visão crítica do homem e da sociedade do seu tempo.d) tem como única preocupação criticar o homem e as mazelas sociais do momento histórico em que está inserido.e) critica a Igreja, ao defender com entusiasmo os princípios reformistas disseminados pela Reforma protestante.QUESTÃO 05. Assinale a afirmativa correta a respeito do Auto da Barca do Inferno, deGil Vicente:a) O que mais se evidencia é o propósito de sátira social, de tal modo que a intenção religiosa vê-se sufocada ou pelo menos minimizada pelo gosto de sátira da própria sociedade.b) O elemento religioso oferece apenas um pretexto, um quadro exterior para a apresentação no palco de sátiras ou caricaturas profanas.c) A sátira social se liga de modo nítido ao objetivo de edificação espiritual, colocando-se a questão da salvação post mortem (após a morte), o que demostra que a intenção religiosa é ainda aqui dominante.d) As personagens são personificações alegóricas (tipos reais caricaturizados), o que evidencia o propósito de sátira social que, nesta peça, substitui o propósito de edificação espiritual.

QUESTÃO 06. A cena do embarque do frade Babriel é uma das mais importantes do “Auto da Barca do Inferno”, de Gil Vicente.Numere as seguintes ações de Babriel de acordo com a ordem em que elas ocorrem na referida cena.

( ) O frade utiliza-se do hábito na tentativa de alcançar a salvação.( ) O frade, ao se encontrar com o Diabo, está acompanhado de Florença.( ) O frade dirige-se à Barca da Glória.( ) O frade é recebido pelo parvo Joane.( ) O frade, acompanhado da mulher, acolhe a sentença.A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, éa) 2 – 1 – 4 – 3 – 5.b) 3 – 4 – 2 – 5 – 1.c) 2 – 1 – 3 – 4 – 5.d) 5 – 3 – 2 – 1 – 4.e) 5 – 2 – 3 – 4 – 1.

QUESTÃO 07. Em relação ao Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente, considere as seguintes afirmações.I.Trata-se de um grande painel que satiriza a sociedade portuguesa do seu tempo.II.Representa a transição da Idade Média para o Renascimento, guardando traços dos dois períodos.

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III. Sugere que o diabo, ao julgar justos e pecadores, tem poderes maiores que Deus.Quais estão corretas?a) Apenas I. b) Apenas I e II. c) Apenas I e III. d) Apenas II e III. e) I, II e III. QUESTÃO 08. Sobre o Auto da Barca do Inferno (1517), assinale a alternativa correta. a) Os condenados de Gil Vicente representam a sociedade quinhentista observada sob o ponto de vista católico, combatendo todos os pecados, obedecendo à tradição do teatro medieval.b) Na peça em questão, quando o autor analisa o comportamento das personagens femininas, condena a liberdade amorosa da época.c) Depreende-se da observação do Diabo que o Fidalgo tem diante da Barca do Inferno uma atitude de extrema humildade e resignação dos pecados cometidos em vida e que estava preparado para morrer.d) Gil Vicente, na representação do Judeu, revela o preconceito da sociedade em relação ao judaísmo considerado um crime, embora o Anjo lhe tenha perdoado todos os pecados.e) Os condenados de Gil Vicente são, todos, apegados aos objetos de seus pecados, que os levam para o outro mundo. As críticas são basicamente de corrupção e de pretensão enganadora.QUESTÃO 09. Sobre Gil Vicente e sua obra Auto da Barca do Inferno, assinale a alternativa correta.a) Respeita apenas o poder da Igreja.b) Centra suas críticas nos membros das classes baixas.c) Conserva a lei das três unidades básicas do teatro clássico.d) Identifica suas personagens pela ocupação ou pelo tipo social de cada uma delas.e) Evita fazer um confronto entre a Idade Média e o Renascimento Medievalista (Teocentrismo versus Antropocentrismo). QUESTÃO10. Sobre a obra Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente, assinale a alternativa correta. a) A obra vicentina resume a tradição da cultura europeia, no seu aspecto popular, cortês, ou clerical.b) A segunda fase da obra vicentina destaca temas religiosos. Essa fase corresponde ao período de 1502 a 1508.c) A linguagem, em tom coloquial e redondilhas, é o veículo melhor explorado para conseguir efeitos cômicos ou poéticos.d) Na primeira fase, o autor escreve sobre a educação feminina. Não conseguindo se estabelecer, escreve a Trilogia das Barcas.e) O Auto da Barca do Inferno é diferente dos demais autos, porque tem o seguinte enredo: à beira de um rio, dois barcos transportarão as almas para o lugar que lhes foi destinado em julgamento.

Texto 1Auto da Barca do InfernoFIDALGO 01 Esta barca onde vai ora,02 que assistá apercebida?DIABO 03 Vai pera a ilha perdida´04 e há- de partir logo ess´ora.FIDALGO 05 Para lá vai a senhora?DIABO 06 Senhor, a vosso serviço.FIDALGO 07 Parece-me isso cortiço…DIABO 08 Porque a vedes lá de fora.FIDALGO 09 Porém, a que terra passais?DIABO 10 Para o inferno, senhor.FIDALGO 11 Terra é bem sem-sabor.DIABO 12 Quê? E também cá zombais?FIDALGO 13 E passageiros achais para tal habitação?DIABO 14 Vejo-vos eu em feição

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15 para ir ao nosso cais…(Gil Vicente, fragmento do Auto da Barca do Inferno, em Obras-primas do teatro vicentino. Edição organizada pelo Prof. Segismundo Spina. São Paulo, Difusão Europeia do Livro/Edusp, 1970. p. 108-116).

QUESTÃO 11.Com base nesse fragmento, é correto afirmar que:a) o Diabo não gostou quando o Fidalgo zombou dele, chamando-lhe de senhora.b) para que o Fidalgo mudasse de atitude, o Diabo inicialmente foi gentil com seu passageiro.c) de acordo com o Diabo, vendo o barco de fora, o passageiro sempre se motiva para a viagem.d) o Diabo conclui que o Fidalgo deve pegar a barca, porque não tem mais tempo de esperar um outro passageiro.e) a ilha perdida de que fala o Diabo é o nome de uma famosa ilha europeia, descrita ao longo do Auto da Barca do Inferno. QUESTÃO 12. Assinale a alternativa em que se estabelece uma correlação correta entre personagem e o que o caracteriza (da obra de Gil Vicente Auto da Barca do Inferno).a) Anjo – revela o que cada réu tenta esconder.b) Diabo – conhece cada personagem a ser julgada.c) Frade – morreu nas cruzadas pelo triunfo do Cristianismo.d) Fidalgo – recebe a glorificação como sentença por sua modéstia.e) Sapateiro – é condenado à barca do inferno pela vida cheia de pecado e luxúria.QUESTÃO 13.Auto da Barca do InfernoFIDALGO 01 Esta barca onde vai ora,02 que assistá apercebida?DIABO 03 Vai pera a ilha perdida´04 e há- de partir logo ess´ora.FIDALGO 05 Para lá vai a senhora?DIABO 06 Senhor, a vosso serviço.FIDALGO 07 Parece-me isso cortiço…DIABO 08 Porque a vedes lá de fora.FIDALGO 09 Porém, a que terra passais?(Gil Vicente, fragmento do Auto da Barca do Inferno, em Obras-primas do teatro vicentino. Edição organizada pelo Prof. Segismundo Spina. São Paulo, Difusão Europeia do Livro/Edusp, 1970. p. 108-116).Em “Porque a vedes lá de fora” (verso 08), o termo corresponde a:a) barca. b) senhora. c) ilha perdida. d) habitação. e) terra.QUESTÃO 14. Considerando a peça Auto da Barca do Inferno como um todo, indique a alternativa que melhor se adapta à proposta do teatro vicentino.a) Preso aos valores cristãos, Gil Vicente tem como objetivo alcançar a consciência do homem, lembrando-lhe que tem uma alma para salvar.b) As figuras do Anjo e do Diabo, apesar de alegóricas, não estabelecem a divisão maniqueísta do mundo entre o Bem e o Mal.c) As personagens comparecem nesta peça de Gil Vicente com o perfil que apresentavam na terra, porém apenas o Onzeneiro e o Parvo portam os instrumentos de sua culpa.d) Gil Vicente traça um quadro crítico da sociedade portuguesa da época, porém poupa, por questões ideológicas e políticas, a Igreja e a Nobreza.e) Entre as características próprias da dramaturgia de Gil Vicente, destaca-se o fato de ele seguir rigorosamente as normas do teatro clássico.QUESTÃO 15. Indique a afirmação correta sobre o Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente:a) É intricada a estruturação de suas cenas, que surpreendem o público com a inesperado de cada situação.b) O moralismo vicentino localiza os vícios, não nas instituições, mas nos indivíduos que as fazem viciosas.

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c) É complexa a critica aos costumes da época, já que o autor primeiro a relativizar a distinção entre Bem e o Mal.d) A ênfase desta sátira recai sobre as personagens populares mais ridicularizadas e as mais severamente punidas.e) A sátira é aqui demolidora e indiscriminada, não fazendo referência a qualquer exemplo de valor positivo.QUESTÃO 16. Diabo, Companheiro do Diabo, Anjo, Fidalgo, Onzeneiro, Parvo, Sapateiro, Frade, Florença, Brísida Vaz, Judeu, Corregedor, Procurador, Enforcado e Quatro Cavaleiros são personagens do Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente.Analise as informações abaixo e selecione a alternativa incorreta cujas características não descrevam adequadamente a personagem.a) O Onzeneiro idolatra o dinheiro, é agiota e usurário; de tudo que juntara, nada leva para a morte, oumelhor, leva a bolsa vazia.b) O Frade representa o clero decadente e é subjugado por suas fraquezas: mulher e esporte; leva a amante e as armas de esgrima.c) O Diabo, capitão da barca do inferno, é quem apressa o embarque dos condenados; é dissimulado e irônico.d) O Anjo, capitão da barca do céu, é quem elogia a morte pela fé; é austero e inflexível.e) O Corregedor representa a justiça e luta pela aplicação integra e exata das leis; leva papéis e processos.QUESTÃO 17. Leia com atenção o fragmento do Auto da Barco do Inferno, de Gil Vicente:Parvo – – Hou, homens dos breviários,Rapinastis coelhorumEt pernis perdigotorumE mijais nos campanários.Não é correto afirmar sobre o texto:a) As falas do Parvo, como esta, sempre são repletas de gracejos e de palavrões, com intenção satírica.b) Nesta fala, o Parvo está denunciando a corrupção do Juiz e do Procurador.c) O latim que aparece na passagem é exemplo de imitação paródia dessa língua.d) Por meio de seu latim, o Parvo afasta-se de seu simplicidade, mostrando-se conhecedor de outra línguas.e) Ao misturar um falso latim com palavrões, Gil Vicente demonstra a natureza popular de seu teatro e de seus canais de expressão.QUESTÃO 18. Se o teatro vicentino é acentuadamente religioso e medievalizante, como se explica sua classificação nos limites do Humanismo? Se partir de O Auto da Barca do Inferno, responda mediante a alternativa correta:a)analisa o homem em suas relações sociais, nas busca do melhor caminho para o encontro com Deus e a moralidade religiosa.b) analisa o homem em suas relações com Deus, na busca do melhor caminho para o encontro com o semelhante.c ) investiga o homem em suas relações com a igreja, destacando a crítica aos padres que não se voltam para os valores humanos.d) analisa o homem em suas relações com a nobreza, o clero e o povo, tendo em vista a vida transitória da religião e do mercado ascendente.e) critica a igreja, ao defender com entusiasmo os princípios reformistas disseminados pela Reforma protestante.QUESTÃO 19. Considere as seguintes afirmações, relacionadas ao episódio do embarque do fidalgo, da obra “Auto da Barca do Inferno”, de Gil Vicente.I – A acusação de tirania e presunção dirigida ao fidalgo configura uma crítica não ao indivíduo, mas à classe a que ele pertence.II – Gil Vicente critica as desigualdades sociais ao apontar o desprezo do fidalgo aos pequenos, aos

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desfavorecidos.III – No momento em que o fidalgo pensa ser salvo por haver deixado, em terra, alguém orando por ele, evidencia-se a crítica vicentina à fé religiosa.Quais estão corretas?a) Apenas I. b) Apenas I e II. c) Apenas I e III. d) Apenas II e III. e) I, II e III.20. O teatro de Gil Vicente caracteriza-se por ser fundamentalmente popular. E essa característica manifesta-se, particularmente, em sua linguagem poética, como ocorre no trecho a seguir, de “O Auto da Barca do Inferno”.Ó Cavaleiros de Deus,A vós estou esperando,Que morrestes pelejandoPor Cristo, Senhor dos Céus!Sois livres de todo o mal,Mártires da Madre Igreja,Que quem morre em tal pelejaMerece paz eternal.No texto, fala final do Anjo, temos no conjunto dos versosa) variação de ritmo e quebra de rimas.b) ausência de ritmo e igualdade de rimas.c) alternância de redondilha maior e menor e simetria de rimas.d) redondilha menor e rimas opostas e emparelhadas.e) igualdade de métrica e de esquemas das palavras que rimam.QUESTÃO 21. Gil Vicente escreveu o “Auto da Barca do Inferno” em 1517, no momento em que eclodia na Alemanha a Reforma Protestante, com a crítica veemente de Lutero ao mau clero dominante na igreja. Nesta obra, há a figura do frade, severamente censurado como um sacerdote negligente. Indique a alternativa cujo conteúdo NÃO se presta a caracterizar, na referida peça, os erros cometidos pelo religioso.a) Não cumprir os votos de celibato, mantendo a concubina Florença.b) Entregar-se a práticas mundanas, como a dança.c) Praticar esgrima e usar armamentos de guerra, proibidos aos clérigos.d) Transformar a religião em manifestação formal, ao automatizar os ritos litúrgicos.e) Praticar a avareza como cúmplice do fidalgo, e a exploração da prostituição em parceria com a alcoviteira.QUESTÃO 22. Em Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente, os personagens que embarcam com o anjo são:a)os quatro cavaleiros e o sapateiro d)os quatro cavaleiros e o parvo Joane.b)o frade e o enforcado e)Brízida Vaz e Florençac)o judeu e o corregedor.QUESTÃO 23. Das personagens de Auto da Barca do Inferno, a personagem condenada ao inferno por explorar o povo através de seu ofício é:a)o fidalgo b) o frade c) o enforcado d)o parvo Joane e) o sapateiroQUESTÃO 23. Esta questão refere-se às obras AUTO DA BARCA DO INFERNO, de Gil Vicente, e MORTE E VIDA SEVERINA (auto de natal pernambucano), de João Cabral de Melo Neto. Leia as alternativas a seguir e assinale a correta.a) As duas obras apresentam uma critica à sociedade de suas épocas: a de Gil Vicente, a partir das almas que representam classes sociais e profissionais de Portugal, a de João Cabral, a partir de personagens representativas de tipos sociais do Nordeste.b) As duas obras apresentam construções poéticas diametralmente opostas, uma vez que uma emprega o verso decassílabo e a outra, a redondilha.c) As duas obras apresentam aspectos em comum, como o julgamento e a condenação, isto é, em ambas,

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as personagens são julgadas e condenadas após a morte.d) As duas obras apresentam o julgamento ocorrendo na consciência de cada personagem. Entretanto, a execução da justiça, em AUTO DA BARCA DO INFERNO, é somente realizada pelo Diabo, e, em MORTE E VIDA SEVERINA, pela miserabilidade da vida.e) As duas obras apresentam estrutura de auto; assimilam, portanto, tradições populares e constroem a realidade por meio da crítica. Como autos, são representações teatrais que contêm vários atos.QUESTÃO 24. Considere as seguintes afirmações sobre o “Auto da Barca do Inferno”, de Gil Vicente:I. O auto atinge seu clímax na cena do Fidalgo, personagem que reúne em si os vícios das diferentes categorias sociais anteriormente representadas.II. A descontinuidade das cenas é coerente com o caráter didático do auto, pois facilita o distanciamento do espectador.III. A caricatura dos tipos sociais presentes no auto não é gratuita nem artificial, mas resulta da acentuação de traços típicos.Está correto apenas o que se afirma em:a)I b) II c) II e III d) I e II e) I e IIIQUESTÃO 25. Sobre o Auto da barca do inferno, de Gil Vicente, é INCORRETO afirmar:a) o autor apresenta severa crítica à prepotência e tirania dos nobres, e à desonestidade e corrupção dos homens da lei.b) na luta entre o Bem e o Mal são favorecidos aqueles que em vida pertenceram à classe social privilegiada.c) o Diabo atua como agente crítico, que revela as mentiras e falsidades das personagens.d) pelo julgamento do Anjo, o Parvo embarca para o paraíso, uma vez que o céu pertence aos simples.e) o autor vale-se do tema do Juízo Final para estabelecer uma crítica à sociedade, fazendo desfilar em cena os tipos sociais identificados através de suas qualidades e defeitos.QUESTÃO 26. A cena seguinte, da peça “Auto da barca do inferno”, apresentada a chegada do parvo Joane no porto das almas“ANJO – Quem és tu?JOANE – Samica alguémANJO – Tu passarás, se quiseres;Porque em todos teus fazeres,Per malícia non errasteTua simpreza te abastePara gozar dos prazeres.”A expressão “samica” quer dizer “talvez”. Assim, Joane diz ser “talvez alguém”. O que essa frase indica?a) a indecisão de Joane quanto à sua própria identidade. Ele está confuso depois da conversa mantida com o Diabo, momentos antes, que o convenceu a tornar-se um pecador. Por essa indecisão, é condenado ao Purgatório.b) a presunção de Joane quanto à sua condição social. Apesar de simplório, ele disfarçava sua pobreza, frequentando a aristocracia e cometendo pequenos furtos para sustentar seus luxos. Por essa presunção, é condenado ao Inferno.c) o desprezo de Joane pelo Anjo. Conhecer de suas virtudes, ele acredita que seu lugar no Céu está garantido, não necessitando da aprovação do Anjo para embarcar. Esse desprezo faz com que o Anjo se recuse a levá-lo.d) a desconfiança de Joane. Confundindo a Barca do Céu com a do Inferno, ele imagina que o Anjo é o Diabo tentando enganá-lo; por isso, teme revelar sua identidade. Ludibriado pelo Diabo, acaba indo para o inferno.e)a modéstia e a simplicidade de Joane. Na sua humildade, não se considera em condições sequer de afirmar-se como alguém, daí a dúvida que expressa, esse tipo de atributo é que o faz merecedor do céu.