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RESUMÃO FILOSOFIA – 1ª PROVA Por: Inaê Odara Capítulo 8: - As mudanças paradigmáticas - O humanismo renascentista - Pensadores: Picco della Mirandola – Humanismo Michel de Montaigne – Contra o Etnocentrismo Nicolau Maquiavel – Nova visão da Política Thomas Morus – Utopia a) O humanismo renascentista “Humanismo”: referente a educação do homem, em sua condição de humano, distinto dos outros animais. Em grego é Paideia: a educação do homem por meio de disciplinas liberais próprias do homem (poética, retórica, história, ética e política) Temas fundamentais: liberdade e capacidade humana de atuar sobre o mundo (mundo natural=reino dos homens) Naturalismo: exaltação do corpo, superando os ideais da vida ascética (desenvolvimento da vida espiritual) e monástica dos medievais. ⇨ O Humanismo representou a regeneração, focada no humano. Através da volta aos antigos, princípios autênticos da Antiguidade. ⇨ Humanismo renascentista traz o resgate das dimensões construtivas da humanidade: condição humana que busca equilibrio entre emoção, sentimento e razão; virtude e conhecimento. O Renascimento, ao superar o teocentrismo medieval, recuperando o humanismo e o racionalismo naturalista grego, representou o início de um processo de secularização, de emancipação das tutelas da religião e da igreja, em direção a uma razão e um conhecimento científico e a uma ação política moderna. Busca-se conhecer, através da experiência, os mecanismos internos da realidade, suas causas e efeitos. Progresso científico-tecnológico Liberdade e autonomia humana (crítica a alienação religiosa) Secularização (religião perde a relevância e o poder de decisão e de coesão social)

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RESUMÃO FILOSOFIA – 1ª PROVAPor: Inaê Odara

Capítulo 8: - As mudanças paradigmáticas- O humanismo renascentista- Pensadores: Picco della Mirandola – Humanismo Michel de Montaigne – Contra o EtnocentrismoNicolau Maquiavel – Nova visão da Política Thomas Morus – Utopia

a) O humanismo renascentista“Humanismo”: referente a educação do homem, em sua condição de

humano, distinto dos outros animais. Em grego é Paideia: a educação do homem por meio de disciplinas liberais próprias do homem (poética, retórica, história, ética e política)↳Temas fundamentais: liberdade e capacidade humana de atuar sobre o mundo (mundo natural=reino dos homens)↳ Naturalismo: exaltação do corpo, superando os ideais da vida ascética (desenvolvimento da vida espiritual) e monástica dos medievais.

⇨ O Humanismo representou a regeneração, focada no humano. Através da volta aos antigos, princípios autênticos da Antiguidade.⇨ Humanismo renascentista traz o resgate das dimensões construtivas da humanidade: condição humana que busca equilibrio entre emoção, sentimento e razão; virtude e conhecimento.

⇨ O Renascimento, ao superar o teocentrismo medieval, recuperando o humanismo e o racionalismo naturalista grego, representou o início de um processo de secularização, de emancipação das tutelas da religião e da igreja, em direção a uma razão e um conhecimento científico e a uma ação política moderna.↳ Busca-se conhecer, através da experiência, os mecanismos internos da realidade, suas causas e efeitos.↳ Progresso científico-tecnológico↳ Liberdade e autonomia humana (crítica a alienação religiosa)↳ Secularização (religião perde a relevância e o poder de decisão e de coesão social)

Pico della Mirandola: todas as criaturas são ontologicamente determinadas a ser aquilo que são e não outra coisa, em virtude da essência precisa que lhes foi dada (dignidade)

Michel de Montaigne: reconhecendo o limite da razão e a pluralidade dos costumes humanos, Montaigne denuncia as atitudes dogmáticas dos que se

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pretendem portadores da verdade, do certo e do errado. Afirma a subjetividade e a relatividade das expressões culturais.

Maquiavel e o problema do poder: – pensamento e ação política afastam-se da ética cristã- defende a moral laica- autonomia política

a) O realismo políticoO homem não é bom, nem mau, mas tende a ser mau. Dessa forma, o político deve agir em consequência e conformidade, sem hesitar em ser temido e tomar as medidas necessárias para a eficácia de sua ação. O soberano é o poder político independentemente da esfera religiosa e econômicab) A virtude do príncipeA virtude é a condição necessária para a manutenção do poder. Contudo, a consquista do poder poderá acontecer de 4 formas diferentes- virtú: capacidade de alcançar um objetivo- fortuna: independente da vontade e do méritos pessoais- violência- consentimento dos cidadãosO critério da virtude deverá sempre ser medido pelos efeitos benéficos de sua ação para a república.c) A boa políticaO critério para distinguir a boa política da má é o seu êxito, pela capacidade de manter o Estado. Aqui, o valor é o da estabilidade. 

Thomas Morus: O termo Utopia significa a ausência de lugar, o que não existe. Acredta na capacidade natural do ser humano de superar os males históricos.O primeiro princípio presente na cidade de Utopia é que os homens são iguais entre si, desaparecendo as diferenças econômicas e sociais. Um dos traços mais impressionantes na obra é como consegue a eliminação das calamidades humanas, abolindo o dinheiro e seu uso.

Capítulo 9: - Introdução (Contexto histórico: Antropocentrismo e individualismo)- Racionalismo x Empirismo (conceituar e distinguir)

Ao invés de um mundo fechado hierárquico e estruturado com base em certezas da revelação, nasce o universo infinito, escrito em linguagem matemática, passível de decifração e de demonstração. As justificativas da ação humana e moral ,a partir da idade Moderna, se fundamentam não mais em explicações religiosas, mas na lei natural, no interesse e na razão humana.

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Antropocentriso: razão técnico-científica, instrumental, na qual os outros seres estão colocados a serviço do homem (mundo natural = objeto de manipulação)

Individualismo: em nome dos interesses individuais e em nome do progresso, a natureza, concebida como recurso infinito, torna-se objeto de manipulação

Racionalismo X Empirismo: O racionalismo moderno retoma a metodologia que aborda o mundo sensível, buscando superar as opiniões contrárias e ilusórias em direção a verdade. A percepção sensível é confusa e os sentidos são a fonte do erro. O racionalismo desconfia das informações fornecidas pelos sentidos, crendo que essas são por demais falíveis, que é muito fácil se enganar “ouvindo errado” ou “vendo o que não estava lá”. O caminho correto para o conhecimento seria o bom uso da razão. Um sistema racional elaborado a partir de premissas válidas traria o conhecimento real, a verdade.

O empirismo é a doutrina que se opõe ao racionalismo afirmando que o conhecimento procede da experiência dos sentidos, ou seja nossas sensações. As sensações formam percepções. Assim, todos os conteúdos da mente humana são percepções. (exemplo: uma rosa é percebida através das sensações de cor, perfume e maciez). Considera que o ser humano nasce uma “tábula rasa” sem nada saber, todo o conhecimento vem pelos sentidos e só depois é trabalhado pela razão. Assim, deve-se ter rigor e cuidado nas observações, mas algo só é verdadeiro se for comprovado na experimentação. É “ver para crer”.