WebGISAL – uma aplicação protótipo para a Web · Pela natureza da informação geográfica...

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WebGISAL – uma aplicação protótipo para a Web MIGUEL PEREIRA Mestrado de Sistemas de Informação Geográfica TRABALHO ORIENTADO POR - RAFAEL BERLANGA Universidade de Girona Março de 02

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WebGISAL – uma aplicação protótipo para a Web

MIGUEL PEREIRA

Mestrado de Sistemas de Informação Geográfica

TRABALHO ORIENTADO POR - RAFAEL BERLANGA

Universidade de Girona Março de 02

Agradecimentos

O trabalho realizado e exposto neste relatório só foi possível com o contributo de muitos. Em

especial os meus agradecimentos a toda a equipa do Laboratório de Cartografia Biológica

(www.cea.uevora.pt/lcb - equipa).

Évora, segunda-feira, 18 de Março de 2002

INDÍCE

WebGISAL – uma aplicação protótipo para a Web................................................................... 0

1 Introdução .......................................................................................................................... 1

1 . 1 R e v i s ã o b i b l i o g r á f i c a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 1 . 1 . 1 A p l i c a ç õ e s e x i s t e n t e s e t e c n o l o g i a s u t i l i z a d a s . . . . . 3 1 . 1 . 2 A r m a z e n a m e n t o U n i v e r s a l . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 1 . 1 . 3 I n t e r m e d i á r i o s d e d a d o s . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 3 1 . 1 . 4 L i n g u a g e n s d e c o n s u l t a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 3 1 . 1 . 5 C a r t o g r a f i a d i n â m i c a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 4 1 . 1 . 6 C o n s u l t a s . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 5

2 Análise exploratória de soluções implementadas na Web ............................................... 16

3 Premissas.......................................................................................................................... 18

4 Metodologia ..................................................................................................................... 19

4 . 1 T e c n o l o g i a s . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 9 4 . 2 C o n t e ú d o s . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 0 4 . 3 G e s t ã o d e D a d o s . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 1

4 . 3 . 1 G e s t ã o d e d a d o s g e o g r á f i c o s . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 2 4 . 3 . 2 M o d e l o d e d a d o s a l f a n u m é r i c o s . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 4 4 . 3 . 3 F o r m a ç ã o e p r e e n c h i m e n t o d e t a b e l a s . . . . . . . . . . . . . . . 2 7 4 . 3 . 4 G e s t ã o d e d a d o s m u l t i m e d i a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 8

4 . 4 L i g a ç ã o d i n â m i c a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 8 4 . 5 V i s u a l i z a d o r g e o g r á f i c o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 9 4 . 6 W e b D e s i g n . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 0

4 . 6 . 1 L i n g u a g e n s d e c o n s u l t a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 0 5 Resultados ........................................................................................................................ 31

5 . 1 C o n s u l t a s . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 2 6 Discussão.......................................................................................................................... 36

7 Bibliografia ...................................................................................................................... 39

8 Apêndices......................................................................................................................... 41

8 . 1 A p ê n d i c e A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 1 8 . 2 A p ê n d i c e B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 3 8 . 3 A p ê n d i c e C . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 9 8 . 4 A p ê n d i c e D . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 2 8 . 5 A p ê n d i c e E . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 4

1 I n t r o d u ç ã o

A World Wide Web apresenta-se hoje em dia como um novo desafio e como uma nova forma

de organização e disponibilização de conteúdos. Grandes quantidades de informação estão já

hoje disponíveis na Internet, havendo uma tendência exponencial para o seu crescimento e

para o aumento da sua divulgação, para um auditório cada vez mais vasto, aberto e organizado

numa rede mundial. Ao longo deste documento serão expostas as diferentes fases de

construção de uma aplicação GIS para a Web (WebGIS). Esta aplicação tem como principal

objectivo disponibilizar ao público em geral um conjunto de informações relativas a espécies

de fauna e flora da região Alentejo - Portugal, com interfaces direccionadas e de fácil

manuseamento. Os dados deste trabalho foram compilados ao longo de vários projectos de

investigação, centrados naquele que lhe deu o mote, a Unidade de Informação Biogeográfica

do Alentejo (UNIBA).

Neste trabalho pretendeu-se testar um modelo WebGIS protótipo, identificado pelo nome de

WebGISAL. Num futuro próximo, a WebGISAL será disponibilizado online no seguinte

endereço: www.cea.uevora.pt/umc

Embora seja o património de fauna e flora da região Alentejo o cerne desta aplicação,

julgamos por bem integrar também alguns aspectos de natureza social e humana (ex.

quantitativos populacionais). As informações contidas na WebGISAL são dirigidas a um

público diverso, com especial enfoque na educação ambiental. Por um lado, o crescimento

exponencial que se tem verificado no mundo digital torna-o hoje indissociável do próprio

processo informativo e educativo. De facto, não só este último veio em muito beneficiar do

manancial de informação hoje disponível em formato digital, como o próprio acesso, selecção

e utilização destas novas fontes de conhecimento passaram, eles próprios, a constituir matéria

educativa. Por outro lado, urge incentivar e canalizar as crescentes preocupações ambientais

segundo uma consciência cívica fundamentada. Dum modo essencialmente pedagógico,

lúdico e informativo o trabalho desenvolvido neste projecto facultará aos utilizadores

informação sobre o meio que os rodeia, quer a nível geográfico e físico, quer a nível de

1

caracterização humana e de biodiversidade, com o rigor científico que um projecto desta

natureza necessariamente implica. Esperando que de alguma forma, possa ser esta, mais uma

fonte de conhecimento territorial, e que contribua para a formação da consciência crítica na

esfera pública e directamente relacionada com o processo de decisão. Tirando partido da

difusão e potencialidades da World Wide Web (Web), aumentando e diversificando os

conteúdos ambientais em língua portuguesa.

Para a execução da WebGISAL, recorremos às potencialidades dos Sistemas de Informação

Geográfica (SIG) em estreita relação com os Sistemas de Informação (SI) (Thomas 1998). Os

instrumentos SIG permitem-nos uma abordagem em modelo geográfico, dando resposta a

questões tão simples ou complexas como:

• Qual o património biológico registado nas diferentes unidades administrativas?

• Qual a distribuição registada das diferentes espécies?

• Qual a população residente em tal localidade ?

Associado a este tipo de questões existe toda uma panóplia de informações de carácter geral

que foram também contempladas. Aqui, destacamos os suportes multimedia (sons, fotografias

e vídeos). A integração dos vários suportes em ambiente dinâmico (interrelacionado e

centralizado) só é possível recorrendo a instrumentos SI, pelo que foi concebido um modelo

de dados específico gerido em Sistema de Gestão de Base Dados (SGBD).

Ao longo dos próximos capítulos vamos passar em revista alguns exemplos de tecnologias e

aplicações com fins similares, serão desenvolvidos os conteúdos que julgamos essencial

incluir na WebGISAL, e ainda soluções técnicas encontradas para os disponibilizar. Será um

documento fundamental para a futura manutenção e actualização da WebGISAL.

2

1 . 1 R e v i s ã o b i b l i o g r á f i c a

1 . 1 . 1 A p l i c a ç õ e s e x i s t e n t e s e t e c n o l o g i a s u t i l i z a d a s

Segundo Peng, a Internet está a revolucionar o acesso, análise e a transmissão dos dados GIS

(Peng 1997). Na Web é cada vez mais frequente encontrar conteúdos de diferentes fontes. O

utilizador final, pode ter acesso a estes dados em tempo real sem que para tal necessite

adquirir software específico. As ligações são dinâmicas, o que permite utilizar sempre a

informação mais recente que reside no servidor. A própria natureza da Web permite,

independentemente da tecnologia utilizada, um certo grau de interactividade. Este tipo de

tecnologias pode concorrer para um Controlo central da informação, com vantagens na

segurança e economia da mesma.

Quando falamos de aplicações WebGIS estamos necessariamente a incluir um vasto conjunto

de tecnologias centradas em modelos diversos. Existe no entanto um elemento unificador, a

possibilidade de serem executadas em browser1 independentemente do tipo de máquina ou

Sistema Operativo (SO).

Neste capítulo passaremos em revista as diferentes tecnologias existentes, bem como os

modelos mais utilizados. Interessam-nos especialmente tecnologias que permitem acções e

funções dinâmicas de visualização, análise espacial e alfanumérica.

Pela natureza da informação geográfica (vasta e com grandes necessidades de

processamento), a Web levanta alguns desafios à concretização técnica de modelos

funcionais.

É nossa intenção fazer aqui um breve relato das principais tecnologias utilizadas na

disponibilização de informação geográfica. Numa primeira abordagem às tecnologias

utilizadas podemos considerar três modelos distintos. Server-Side, o servidor executa as

diferentes solicitações de informação e análises requeridas. Quando uma máquina cliente

1 Aplicações que possibilitam a leitura de páginas de Web

3

efectua um pedido, o servidor realiza todas as funções necessárias em norma por via de uma

Common Gateway Interface (CGI). Client-Side, as análises são executadas na máquina que

executa os pedidos. Entre as tecnologias utilizadas encontramos, Plug-Ins, ActiveX controls e

Java applets. Híbrido, conjuga aspectos relativos à tecnologia client e server (Foote & Anthony

P.Kirvan 1997 ; Peng 1997). Seguidamente será feita uma descrição mais pormenorizada destes

três tipos de tecnologias.

• Server-Side

O cliente executa um pedido ao servidor que o processa e reenvia o resultado. Ao cliente é

então permitido visualizar os dados enviados. Permite tirar partido de altas capacidades de

processamento dos servidores, num correcto controlo de processos. Todos os processos

executados são assim validados no servidor. Os browsers comunicam em Protocolo de

Transferência de Hipertexto (HTTP), utilizando para tal Hipertext Markup Language

(HTML). Uma vez que esta linguagem não é interpretada directamente pelas aplicações GIS,

é necessário estabelecer uma ligação por via de CGI. A utilização de CGI permitirá a um

qualquer utilizador aceder, remotamente e dinamicamente, a bases de dados, serviços e

aplicações localizadas num servidor. (Fernandes 1998)

Este tipo de tecnologia utilizada em exclusividade apresenta limitações que se prendem com o

facto de estar dependente das operações, por pequenas que sejam, executadas no servidor. É

ainda dependente das taxas de transmissão de dados, porque qualquer nova função necessita

de reprocessamento; por estas razões em muitos casos o servidor pode não ter capacidade de

resposta aos diferentes pedidos.

• Client-Side

O cliente executa um pedido ao servidor que lhe envia os dados mas também as aplicações

necessárias para os manipular. O processamento fica ao encargo da máquina cliente, dos seus

recursos e capacidades. Terminado o processo de envio a ligação pode ser desligada,

mantendo no entanto as operações activas. Neste tipo de tecnologia, onde o cliente tem um

acentuado grau de independência na manipulação da informação, o controlo de uma correcta

operacionalização não existe.

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Para este tipo de modelo, existem três tipos principais de tecnologias: Plug-Ins, ActiveX

controls e Java applets.

Plug-Ins – Aplicações desenvolvidas para interpretarem informação remetida por um

servidor. O modo de funcionamento é simples: quando o browser não consegue descodificar o

tipo de ficheiro a ler, procura uma referencia; A referência dá informação sobre qual o plug-

ins que pode interpretar esse ficheiro. Se o plug-ins não existir, o cliente terá que o instalar

aquando do pedido ao servidor.

Uma das principais vantagens dos plug-ins reside na capacidade de interpretar informação à

medida das necessidades, a dependência do débito em rede fica assim melhor sequenciada.

Existem no entanto algumas desvantagens na sua utilização. Por exemplo, estão dependentes

do código do SO, o mesmo será dizer que para cada SO deverá existir um tipo específico de

plug-ins. Na realidade cada tipo de informação geográfica necessita de um plug-ins próprio:

se os vários plug-ins forem incompatíveis entre si, o normal funcionamento do browser

poderá inclusivamente ser posto em causa. Os plug-ins necessitam instalação em disco, o que

pode retirar espaço significativo nos recursos disponíveis. Ao nível da segurança também

comportam alguns riscos, já que a sua origem pode ser desconhecida e causar danos

indesejáveis.

ActiveX controls – derivam directamente da suite Microsoft Office. A informação é

interpretada pelo programa a ela associada. Para tal existe a necessidade de conter aplicações

com essa capacidade. Também a construção de páginas num servidor deve ser compatível

com o ActiveX controls, permitindo ainda a edição da informação directamente sobre o

documento; no entanto só permitem esta edição a um utilizador de cada vez, e as alterações

não podem ser guardados no local de origem. Enquanto estruturas modelares de software, os

ActiveX controls podem ser utilizados em conjugação com linguagens de programação (ex

Visual Basic). O desenvolvimento de ActiveX controls está bastante difundido sendo possível

adquirir bases de códigos já programados. A sua execução é exclusiva dos browsers: ao

estabelecer uma ligação a informação que não é possível de interpretar e para a qual tem

como referência um ActiveX controls, procura-o na máquina local ou no servidor. Tal como

os plug-ins, também os ActiveX controls necessitam de instalação local. Estão também

dependentes do tipo de SO e também comportam riscos de segurança.

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Java applets - são pequenas aplicações escritas em java, em linguagem orientada-a-objectos.

A linguagem é “neutral”, o que permite a sua compilação uma só vez e execução em qualquer

máquina onde exista um interpretador Virtual Machine (VM). A necessidade de VM

apresenta a vantagem de inibir a ocorrência de vírus. As funções tradicionais de uma

aplicação GIS podem estar contidas num applet, surgindo em páginas HTML. Os applets

utilizam os recursos da máquina local, não ocupando, pois, espaço em disco, retirando do

browser algumas potencialidades. Em contraste com as tecnologias anteriormente analisadas,

não necessitam de instalação, e são muito versáteis dado o constante incremento de

funcionalidades. Tendem ainda a utilizar menos código para as mesmas funcionalidades,

aumentando a optimização em rede.

Tal como as tecnologias anteriormente analisadas também apresentam alguns inconvenientes.

A necessidade de interpretação por via de VM por exemplo, incrementa o tempo de

processamento. Tornam-se assim mais lentos e demorados na descodificação. Outro aspecto

relevante, prende-se com a necessidade constante a cada nova solicitação do cliente serem

descarregados em rede, repetindo processos já executados.

Híbrido - conjuga aspectos dos dois tipos anteriormente analisados. Este tipo de soluções

tecnológicas não é facilmente tipificado, já que dependem em grande medida das soluções

encontradas. Poderá ser uma boa opção quando (Foote & Anthony P.Kirvan 1997):

• O volume e tipo de dados é apropriado a uma gestão em SGBD, recorrendo a

processamentos só possíveis em máquinas com recursos elevados.

• O utilizador tenha grande liberdade e controlo sobre o tipo de pesquisa que deseja

efectuar.

No presente trabalho recorreu-se a Java applets e sistema híbrido, pelo que estas tecnologia

será mais profundamente desenvolvida em capítulos subsequentes. Qualquer que seja a

tecnologia utilizada, estará sempre em estreita relação com a modelação de dados realizada.

De facto, o devir tecnológico tem sido acompanhado por mudanças na conceptualização de

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dados. No próximo capítulo vamos passar em revista algumas das abordagens conceptuais e

técnicas à modelação de dados.

1 . 1 . 2 A r m a z e n a m e n t o U n i v e r s a l Os modelos de dados apontam cada vez mais para uma crescente centralização. Esta

centralização decorre de dois factores principais: maiores volumes de dados e maiores

recursos tecnológicos. Os dados e toda a informação que deles podemos extrair geram novos

dados e mais informação. As soluções técnicas devem assim acompanhar este crescendo

informativo (Silberschatz et al. 1997). O valor económico associado à informação é de especial

importância na formação desta pirâmide informativa.

O conceito de armazenamento universal está dependente da existência de aplicações com

características e técnicas de modelação para qualquer tipo de dados, promovendo a integração

por forma a não existirem consultas ad-hoc.

Nos últimos anos têm sido experimentado e desenvolvidos sistemas que integram dados

geográficos e atributos alfanuméricos. Em 1991, Van Oosterom & Vijlbrief apresentavam

soluções teóricas e técnicas que viriam a tornar-se fundamentais no desenvolvimento de

Sistemas de Gestão de Bases de Dados (SGBD) com funcionalidades espaciais (Van

Oosterom & Vijlbrief 1991). Segundo estes, autores os sistemas duais2 reduziam as

capacidades de manipulação de dados geográficos. O caminho ambicionado iria no sentido de

um só sistema que manipulasse os dois tipos de dados.

No próximo capitulo vamos apresentar alguns conceitos de um SGBD que realiza este tipo de

integração. A abordagem centra-se nos aspectos relativos ao tratamento de dados geográficos

e multimedia.

2 Trata-se de dois sub-sistemas: a) gestão geográfica b) gestão de atributos - separadamente

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1 . 1 . 2 . 1 S G B D

Um SGBD apresenta-se como um conjunto de aplicações dedicadas à gestão de dados com

um ou vários interfaces de utilização, nos quais o utilizador pode executar um conjunto de

funções de carácter genérico ou específico. Refira-se que o mercado de sistemas de gestão de

base de dados tem vindo a incrementar as suas funcionalidades. Por exemplo, muitas das

funções necessárias para o processamento dos dados dizem respeito à gestão realizada em

SGBD, contribuindo para uma considerável protecção aos dados e facilitando a

disponibilidade de informação. A gestão de dados em SGBD, acaba por ocultar determinados

detalhes sobre a forma de armazenamento e manutenção desses dados (Silberschatz et al. 1997).

Em norma, e para ser considerado como tal, um SGBD deve proporcionar dois tipos de

linguagem: Data-definition language (DDL) e Data-manipulation language (DML). A gestão

efectuada em DDL refere-se a arquivos de metadados – dados sobre os dados, que são

consultados antes de qualquer manipulação real dos dados; esta gestão é ocultada ao(s)

utilizador(s). Já a DML se traduz por manipulação que envolve as seguintes componentes:

recuperação das informações armazenadas, inserção de novas informações, remoção de

informação e modificação. O acesso à informação compatível com o modelo de dados

utilizado obedece a dois tipos de DMLs – procedurais, (em que se exige ao utilizador que

especifique quais os dados e a forma dos obter), e não-procedurais, (em que se exige ao

utilizador apenas os dados que deseja obter). Como se compreende, esta última forma é a

mais utilizada em estruturas para a Web.

A utilização da Structured Query Language (SQL) é a base de acções desenvolvidas ao nível

de DDL e DML. É uma linguagem declarativa e tem sido revista e ampliada em sucessivas

normas referenciadas pelo ano de revisão (Silberschatz, Korth, et al. 1997). Podemos referir

as principais componentes da sua estrutura:

• DDL, comandos que permitem definir e modificar esquemas de relações, exclusão de

relações e índices.

• DML, inserção, exclusão e modificações de estruturas de dados

• Integração com linguagens de programação (ex. VB)

• Autorização, permite direitos de acesso aos dados diferenciados (ex. administrador,

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utilizador)

• Integridade, regras que asseguram o normal funcionamento dos dados armazenados

• Controlo das transacções efectuadas, podendo gerir os fluxos de informação.

A estruturação de dados abre novos horizontes e novos desafios, sendo que estes últimos

requerem novas respostas e novas soluções técnicas (Gahegan et al. 2000). Instrumentos

direccionados a temáticas específicas, inseridos numa lógica global de tratamento de dados

são cada vez mais comuns entre as principais aplicações SGBD.

A capacidade e “nível de abstracção” aplicada aos dados remete-nos para os diferentes

modelos de tratamento e manipulação. No capítulo seguinte vamos abordar técnicas e

modelos de tratamento de dados geográficos. Para tal utilizamos como principal caso de

estudo o SGBD utilizado na prática deste trabalho (ORACLE 8i).

1 . 1 . 2 . 1 . 1 F u n ç õ e s e s p a c i a i s O SIG é um domínio de trabalho que implica mais capacidades de gestão de dados que os

domínios tradicionais (Van Oosterom & Vijlbrief 1991). As necessidades inerentes ao

tratamento de dados geográficos conduziram ao surgimento de módulos (extensões), um

incremento de funcionalidades tradicionais em SGBD. Como principal característica destas

extensões, devemos referir a possibilidade de armazenar informação geográfica em estrutura

de tabelas: os ficheiros geográficos são convertidos nas unidades cartesianas (pares de

coordenadas X e Y) e armazenados em tabelas.

O acesso eficiente de informação geográfica implica a utilização de índices

multidimensionais. O tipo de indexação mais utilizado nas extensões espaciais nos SGBD é o

modelo (R-Tree) ou árvore-r, especialmente útil na indexação de polígonos3. Para cada nó da

árvore-r existe uma área de fronteira associada. Os polígonos surgem apenas nos nós-folha. A

3 Polígono - objecto gráfico em que o primeiro e último pare de coordenadas apresentam o mesmo valor.

9

área de fronteira de um nó folha contém assim todos os objectos; a área de fronteira dos nós-

filhos contém os objectos internos. As áreas de fronteira podem tocar-se mutuamente. A

bibliografia refere que as indexações em árvore-r são mais eficiente no funcionamento

embora mais lentas na operacionalização (Silberschatz et al. 1997).

Figura 1 - Modelo indexação árvore-r (Silberschatz et al. 1997)

A manipulação de dados e consultas poderá ser efectuada com o recurso a funções de SQL92,

em modo geográfico. Esta última versão SQL foi incrementada e revista a estrutura de

comandos tradicionais, surgindo novos comandos que permitem operações de proximidade,

de região, intersecção ou união entre os diferentes objectos geográficos. De seguida vamos

abordar genericamente algumas das característica da modelação de dados geográficos,

possível de efectuar na extensão geográfica utilizada no nosso modelo prático.

A versão ORACLE 8i inclui a extensão Spatial Cartridge (SC), trata-se de um conjunto de

ferramentas que permitem, armazenar, visualizar, actualizar e consultar informação

geográfica.

Segundo a informação constante no manual de utilização SC, é possível optar entre dois

modelos de representação geométrica: estes modelos são exclusivos, não podem ser utilizados

em simultâneo (Murray 2000).

Objecto-Relacional

O principio da modelação Objecto-relacional tenta traduzir a realidade física formada por

objectos (ex. casas, ruas, jardins, etc) em objectos informáticos, caracterizando-se pela

1 0

capacidade em guardar pares de coordenadas (X e Y) numa só coluna de tipo

(MDSYS.SDO_GEOMETRY), e por utilizar os padrões OpenGIS para “SQL with Geometry

Types”. Entre as principais vantagens desta modelação de dados podemos salientar: a

simplicidade de implementação, a existência de tipos de dados geométricos e o modelo de

indexação que utiliza. Julgamos que a principal característica que distingue este modelo de

dados refere-se à possibilidade de guardar os pares de coordenadas num só registo. Todas

estas vantagens concorrem directamente para a optimização de processos e rapidez de

processamento. Existem no entanto alguns constrangimentos importantes neste modelo de

dados, o principal e que de alguma forma se relaciona com o nosso trabalho prático prende-se

com a impossibilidade de criar réplicas dos dados. Quando os projectos são estruturados para

a Web existe sempre a necessidade de criar réplicas de segurança o que surge inviabilizado

neste tipo de modelo. A ORACLE refere que será preferível no futuro próximo utilizar o

modelo Objecto-relacional quando estiverem resolvidos todos os constrangimentos, o que não

é o casos na versão 8.17 (Murray 2000).

Modelo Relacional A origem do modelo relacional é atribuída a Edgar F. Codd, com base na sua teorização

definida na década de setenta, onde estruturou os princípios teóricos da modelação de dados.

A evolução do modelo relacional e sua expansão ao conjunto de dados com diferentes origens

e aplicações permitiu uma utilização em dados de natureza geográfica.

Como principal característica do modelo relacional podemos referir a percepção de utilização

de tabelas e só tabelas, tal como em formato analógico. O relacionamento entre as tabelas é

efectuado com o recurso a chaves primárias e externas, utilizando tipos de dados numéricos.

Os pares de coordenadas são guardados em colunas X e Y; os temas geográficos são

arquivados no conjunto de tabelas que lhe dão forma (ver apêndice A); para cada tema

geográfico é necessário um numero mínimo de quatro tabelas. Entre as principais vantagens

na sua utilização podemos referir a possibilidade de criar réplicas4, formar bases de dados

distribuídas, segmentar tabelas e criar duplos índices.

4 A possibilidade de criar réplicas foi um dos aspectos fundamentais na opção por este modelo

1 1

1 . 1 . 2 . 1 . 2 O u t r a s f u n ç õ e s A organização de dados Multimedia Internet Mail Extension (MIME), em bases de dados é

um fenómeno recente (Silberschatz et al. 1997). Normalmente este tipo de dados (ou formatos)

são guardados fora de SGBD, o que se compreende quando o número de objectos desta

natureza é pequeno. Guardar este tipo de dados em SGBD pode ser contudo importante

quando o volume de objectos é grande (Silberschatz et al. 1997). Grandes fluxos de transacções,

facilidades de consulta e gestão de indexação tornam-se então relevantes. Todos estes

aspectos tornam cada vez mais indispensável um armazenamento só possível recorrendo a

tecnologia e técnicas apropriadas. Os desafios que se colocam na estruturação de uma base de

dados desta natureza remetem-nos para alguns pontos importantes:

• Capacidade de processamento de grandes volumes de dados.

• Recuperação de informação de base semelhante o que implica a utilização de

modelos de indexação apropriados.

• Taxas de transferência adequadas (continuos-media data) no áudio e vídeo é um dos

aspectos mais importantes dado que um funcionamento anormal das ligações afecta a

qualidade.

O tratamento de documentos de texto é uma outra categoria de dados objecto de tratamento

específico nos SGBDs. As consultas são efectuadas com recurso a SQL mas também por

processos de indexação que identificam Palavras-chave. Este tipo de identificação é muito

útil e utilizada em sistemas com configuração para a Web. O ênfase aqui assenta no tipo de

consulta possível de efectuar: consultas directas pela identificação de Palavras-chave escritas

num catálogo de palavras, ou catálogo de sinónimos que identifica situações análogas.

Mais adiante voltaremos a tratar estes temas, pois foi utilizada no presente trabalho uma

extensão (intermedia) que permite realizar as funções aqui referidas. Esta extensão maximiza

as funções normais na gestão de suportes multimedia e de texto, trabalhando com os formatos

e compactações mais comuns (ver apêndice C). Podemos também criar os nossos tipos de

formatos, recorrendo a programação específica.

1 2

1 . 1 . 3 I n t e r m e d i á r i o s d e d a d o s As arquitecturas de sistemas WebGIS utilizam frequentemente aplicações intermediárias

(middelware) de dados. Isto porque não é possível a comunicação directa entre as páginas de

Internet (HTML ou ASP) e o SGBD. Para tal surgiram aplicações específicas que utilizam

drivers (códigos de conversão e acesso) para interpretarem os pedidos efectuados pelos

browsers (ou outras aplicações) ao SGBD.

Open DataBase Connectivity (ODBC). Este intermediário permite aceder a dados a partir

duma qualquer aplicação, independentemente do SGBD que os guarde (Microsoft). Trata-se de

uma aplicação muito difundida e utilizada. A razões desta utilização tão difundida prendem-se

com o conjunto de drivers existentes (que possibilita input/ouput de dados SGBB), e pelo

facto de comunicar em linguagem SQL.

Servelts, são pequenos programas que executam funções num servidor. Este termo (servelt),

foi criado no contexto Java applet: pequenos programas que enviam um ficheiro separado na

Web por via de uma página HTML. Alguns servelts, especialmente aqueles que acedem a

bases de dados com interacção do utilizador, são implementados usando CGI. Com a

existência de um servelt, podemos utilizar e tirar partido de aplicações Java applets. Os

acessos e operacionalizações são bastante eficientes, uma vez que os pedidos efectuados ao

servidor são considerados num único processo (Whatis.com).

Em síntese, consideramos intermediários de dados todas as aplicações que de alguma forma

podem concorrer na cedência de dados de aplicação-a-aplicação.

1 . 1 . 4 L i n g u a g e n s d e c o n s u l t a

HTML e ASP são linguagens comuns na construção de páginas Web. Segundo as

especificações da Microsoft, Active Server Page é uma linguagem aberta, sem necessidade de

compilação e passível de combinação com a linguagem HTML. ASP utiliza códigos de

programação Visual Basic, códigos ActiveX o que possibilita criar soluções Web em ambiente

1 3

dinâmico. A linguagem ASP tem mostrado grandes potencialidades na efectivação dinâmica

de consultas e articulação com dados geográficos. ASP permite aos utilizadores o acesso a

dados em ambiente Web, executando aplicações para processar os dados. A utilização da

linguagem ASP na exploração de dados geográficos é bastante recente. Em alguns casos a

exploração de conjuntos de dados é realizada em associação a aplicações de visualização

geográfica, o que permite uma integração considerável na leitura da informação (Lake 2001).

A linguagem HTML é uma língua franca, que permite a publicação de hipertexto na World

Wide Web. HTML é uma linguagem não-proprietária (não é objecto de direitos), com origem

em SGML, que pode ser editada com o recurso a diferentes editores, desde os mais

complexos aos mais simples editores de texto. HTML utiliza referências, por exemplo <h1> e

</h1> para estruturar o texto em capítulos, parágrafos, listas de formulários, ligações

dinâmicas, etc ( fonte: W3C).

1 . 1 . 5 C a r t o g r a f i a d i n â m i c a A cartografia nos seus contornos e aspectos tradicionais está em pleno período de revolução.

A distribuição de cartografia na Web é feita habitualmente através de visualização das

imagens-mapa estáticas pré-produzidas. Em algumas situações apresentam pontos de

hiperlink que permitem alguma interactividade. Trata-se duma técnica simples, mas com

grandes limitações. Na generalidade dos casos, as funções de análise mais simples (Zoom ou de

pan), não são possíveis de efectuar. A utilização de novas técnicas e procedimentos atesta uma

forma diferente na abordagem aos conteúdos geográficos. A geovisualização ganha assim um

papel de destaque na intermediação humana com a máquina (computador), facilitando a

exploração de dados (Gahegan et al. 2000). A percepção visual e descodificação de mensagens

surge enriquecida com o recurso a instrumentos dinâmicos na cartografia. Mapas dinâmicos

são todos aqueles em que a escala se altera em função da interacção exercida pelo utilizador

(Finnseth & Jökulsson 2000). Este tipo de cartografia expande muito as suas potencialidades

quando ligada a bases de dados centralizadas. A manipulação da cartografia está relacionada

com as funções disponíveis nas aplicações. Entre as funções mais tradicionais encontram-se

as alterações de escala (ZoomIn/ZoomOut), funções de etiqueta (Label), ou deslocamento

vertical e horizontal (Pan). Nos sistemas mais avançados, é ainda possível a alteração de

1 4

variáveis visuais (cor, tamanho, etc.), acesso ao conjunto de atributos residentes em tabela do

tema. A principal característica deste tipo de aplicações centra-se na gestão de temas

geográficos, com a capacidade de os tornar visíveis e seleccionáveis. A classificação e análise

dos temas pode assim aceder a todos os instrumentos de um verdadeiro dinamismo, e gerar

outputs em função das questões colocadas pelos utilizadores. Segundo Andrienko, a

apresentação de informação cartográfica é um instrumento importante na análise das relações

e padrões na distribuição de dados. A transmissão e formação de conhecimento geográfico

está em estreita relação com a forma e simbologia utilizada na apresentação cartográfica. A

cartografia dinâmica em formato digital deverá sempre incorporar os princípios de uma

correcta representação cartográfica, bem como contribuir para a evolução na transmissão de

conhecimento”(Andrienko & Andrienko 1999b).

1 . 1 . 6 C o n s u l t a s As consultas realizadas estão dependentes de vários tipos de modelos passíveis de utilização,

podendo conter uma combinação de requisitos espaciais e não-espaciais (Silberschatz et al.

1997). Os interfaces de consulta estão dependentes de vários factores, entre eles: o tipo de

dados em análise, as necessidades dos utilizadores, o volume de dados, os recursos

disponíveis nas aplicações bem como as diferentes soluções tecnológicas (Northcutt & Shein

1998). Segundo Murphey, existem dois tipos de interfaces 1) expressivos – visualmente

pobres permitem ao utilizador um maior número de recursos. Normalmente são simples

caixas de texto com a possibilidade de inserir consultas (ex: SQL). 2) directivas – visualmente

muito compostas, com um conjunto de soluções já equacionadas, intuitivas e grande

produtividade inicial. Este último tipo de interface, tornam-se rapidamente uma limitação para

utilizadores mais exigentes. Em aplicações WebGIS as interfaces mais utilizadas são de tipo

directivas, o que se compreende face aos objectivos normalmente generalistas das aplicações.

Segundo Andrienko, as consultas devem ser expressas em linguagem natural (Andrienko &

Andrienko 1995). A identificação do objecto de pesquisa, para utilizadores comuns só é

possível por meio de uma linguagem que dominem.

1 5

2 A n á l i s e e x p l o r a t ó r i a d e s o l u ç õ e s i m p l e m e n ta d a s n a We b

Foi realizado um levantamento de sites com aplicações de fins idênticos à WebGISAL. Esta

análise permitiu-nos concluir alguns aspectos de natureza técnica e temática que julgamos por

bem resumir. A análise foi efectuada sobre um conjunto de 26 aplicações na Web e decorreu

entre Dezembro de 2001 e Janeiro de 2002. Os domínios internacionais incluem um vasto

conjunto de países e servidores institucionais (ver apêndice E).

A selecção das aplicações (sites), foi efectuada de uma forma aleatória. Queremos com isto

dizer que a selecção não obedeceu a nenhum critério estabelecido.

Os modelos tecnológicos utilizados distribuem-se segundo os resultados constantes na

tabela1:

Tabela 1 - Resumo de tecnologias

Tecnologia Frequência

Server-Side 19

Híbrido 4

Client-Side 3

TOTAL 26

Os sites tratam essencialmente de bases de dados alfanuméricos, pelo que é natural o

predomínio de tecnologias Server-Side.

O recurso aos diferentes tipos de cartografia está distribuído segundo os resultados constantes

na tabela 2:

Tabela 2 - Resumo de cartografia

Cartografia Frequência

Imagem-mapa (estático) 13

Dinâmica 6

Não utiliza 4

1 6

Imagem-mapa (com elementos dinâmicos) 3

TOTAL 26

Na utilização de modelos espaciais (cartografia), existe uma clara predominância de imagem-

mapa (estáticos), o que, provavelmente reflecte uma maior facilidade técnica de

implementação e custos menores.

A conjugação de interfaces é bastante utilizada, pois permite maior flexibilidade aos

utilizadores. De referir que não foi encontrada nenhuma situação de interface apenas

expressivo, muito provavelmente porque este tipo de interfaces não se adequa facilmente à

generalidade de utilizadores (ver tabela 3):

Tabela 3 - Resumo de interfaces de consulta

Interfaces de consultas Frequência

Ambos 16

Directivos 10

Expressivos 0

TOTAL 26

Na sua maioria tratam-se de aplicações temáticas, com destaque para um só tema (ver tabela

4).

Tabela 4 - Resumo de temas tratados

Tema tratado Frequência

Flora 11

Fauna e flora 7

Fungos 3

Insectos e flora 2

Fauna 2

Criptogamicas 1

TOTAL 26

1 7

A flora é o tema melhor representado, o que denota uma maior preocupação na difusão desta

temática.

Os formatos multimedia quando disponíveis estão limitados à utilização de fotografias ou

desenhos de espécies. Outros formatos (áudio ou vídeo) ocupam normalmente muito espaço

em disco, o que implica uma baixa taxa de transferência em rede ao que acresce uma obtenção

enquanto fonte mais dispendiosa. Nesta conjuntura compreende-se que não surjam aplicações

com este tipo de formatos em utilização, mas será certamente uma evolução importante nos

conteúdos disponíveis.

Tabela 5 - Resumo formatos utilizados

Formatos multimedia Frequência

Não utiliza 15

Fotografias/Desenhos 11

Áudio/Vídeo 0

Pela abordagem realizada nas análises podemos concluir que as diferentes soluções

tecnológicas passíveis de utilização, possuem limitações ao desenvolvimento de verdadeiros

sistemas de SIG na Web. Por exemplo, as soluções encontradas para disponibilizar

informação ainda estão reféns da largura de banda. Acresce que o volume da informação

geográfica é demasiado extenso para as capacidades de processamento em máquinas de

utilização comum.

3 P r e m i s s a s d a We b G I S A L Ao nível das funcionalidades, conteúdos e disponibilidade financeira para operacionalizar,

foram considerados os seguintes aspectos:

1 8

• Conjunto base de funcionalidades de qualquer DeskTopMap5.

• Independência face à plataforma do cliente ou seja executar com a utilização de um

browser. Não estar dependente de software proprietário, com necessidade de

instalação.

• Um sistema seguro de protecção aos dados e fácil manutenção

• Os conteúdos deveriam ser diversificados em fontes, suportes interligados e

apelativos.

• A implementação deveria ser efectuada a baixo custo (reduzido à aquisição de

hardware mínimo necessário). Utilizar apenas o Software que já disponhamos e para

o qual não existia necessidade de novas licenças de utilização.

4 M e t o d o l o g i a Como linhas de força da metodologia utilizada podemos referir:

• tecnologia em sistema híbrido e conteúdos em modelo de dados relacional. O modelo

geral assenta na integração de diferentes sub-sistemas (ver figura 2).

Nos próximos capítulos vamos decompor as diferentes tecnologias e o modelo de dados

utilizados neste trabalho. Em suma, foi criada uma base dados centralizada para distribuição

na Web.

4 . 1 T e c n o l o g i a s Na base encontra-se o SO Windows 2000, que executa a gestão da máquina. Sobre o SO é

implementado o Internet Information Services 5.0 (IIS) que executa toda a gestão de

informação a publicar na Web.

A estrutura de conteúdos é atribuída ao SGBD, que disponibiliza a informação, alfanumérica

e multimedia, em ambiente aberto ODBC. A informação geográfica é disponibilizada pelo

5 DeskTopMap – corresponde à designação comum para aplicações em sistemas de informação geográfica com grande potencial de visualização e composição gráfica. Normalmente vocacionados para o tratamento de formato vectorial.

1 9

CGI (JSWeb) e visualizada por meio de um applet (JShape).

SGBD (ORACLE 8i )

SPATIAL CARTRIDGE INTERMEDIA

DADOS- Biológicos

- Geográficos- Audio

- Imagens- Videos

Windows2000

ODBC

IIS

JSWeb

HtmlASP

JShape

Server-side Client-side

Figura 2 - Modelo geral de tecnologias e conteúdos utilizadas na construção do WebGISAL.

O modelo geral adoptado assenta num sistema híbrido, baseado na utilização de dois tipos de

tecnologia: clinte-side e server-side.

4 . 2 C o n t e ú d o s Foi nossa intenção criar uma aplicação inovadora na estrutura temática disponibilizada. Os

conteúdos que fazem parte desta aplicação estruturam-se em três sub-sistemas (ver figura 3):

• Temas geográficos: esta categoria é formada pelos temas de função administrativa (por

exemplo: região-Alentejo, concelhos-Alentejo), e pelos temas de função cartográfica (por

exemplo: limites-de-cartas, unidades-UTM).

• Informação alfanumérica biológica: esta categoria é formada pelos dados de espécies

biológicas, incluindo dados relativos à sua taxonomia (por exemplo: reino, família, etc), e

os registos de presença (ocorrência), confirmada da espécie em cada unidade-UTM.

• Informação multimédia biológica: esta categoria é formada pelos dados que caracterizam

as espécies na sua dimensão multimédia (por exemplo: fotos, áudio, etc)

2 0

Vectoriais

Imagens

Temas Geográficos

Dados espécies

Alfanumérica

Imagens

Sons

Video

Multimedia

Informação

Figura 3 - Conteúdos informativos

4 . 3 G e s t ã o d e D a d o s O SGBD utilizado nesta aplicação foi o Oracle8i 8.1.7 Enterprise Edition. O SGBD, é para

efeitos práticos, o “coração” do sistema geral. É aqui que se encontram todos os dados,

guardados e estruturados, constituindo a base para modelar todos os conteúdos. Como

justificação importante para a utilização desta aplicação surge a questão económica, dado que

podemos utilizar uma versão em licença académica sem custos comerciais directos.

Trata-se de uma aplicação com as funções normais e inerentes a este tipo de aplicações

permitindo criação, eliminação, consulta e manipulação dados. A versão utilizada distingue-se

no entanto pelo maior número de recursos e dados passíveis de manipulação. O maior número

de recursos está dependente da selecção de componentes específicas (extensões) para o

tratamento destes dados. A versão de trabalho inclui extensões para o tratamento de dados

MIME, dados geográficos e análises de texto. Para o projecto WebGISAL, fez-se uso da

extensão - Spatial Cartridge (SC) e Intermedia.

Só o administrador tem a possibilidade de criar bases de dados e esquemas novos, com as

funcionalidades disponíveis na gestão de dados. Para tal existem esquemas de utilizadores

pré-definidos que servem de modelo (MDSYS - geográfico) e (ORDSYS - multimedia).

A primeira função realizada consistiu em criar uma base de dados (GISDBA), sem dados mas

2 1

com os esquemas de utilizadores modelo.

4 . 3 . 1 G e s t ã o d e d a d o s g e o g r á f i c o s Após a criação da GISDBA foi criado um esquema de utilizador de nome Scott no módulo

DBA Studio. Este esquema de utilizador foi feito à imagem e semelhança do MDSYS. Acede

a todas as funcionalidades existentes para o esquema MDSYS a funcionar na extensão SC. As

funções estão registadas em ficheiros Sql, que servem de modelo ao esquema criado.

Os temas geográficos estão dependentes da existência de uma cercadura de consulta. Esta

cercadura é o primeiro exemplo de ficheiros e procedimentos utilizados com base no esquema

de utilizador MDSYS. Foi assim criada uma cercadura (ver indexação) com base nos dois

ficheiros modelo (ver apêndice A).

4 . 3 . 1 . 1 M o d e l o d e d a d o s g e o g r á f i c o s A nossa opção foi pelo modelo relacional, pelos benefícios que ainda apresenta, e porque o

conjunto e estrutura da base de dados se adequava melhor à sua utilização (ver Funções

espaciais).

Os temas geográficos foram arquivados num conjunto de tabelas que lhe dão forma (ver

apêndice A).O carregamento da informação geográfica teve por base diferentes temas ESRI

Shapefile (shp). Para tal foi utilizada uma aplicação desenvolvida em Java JSClayer, aplicação

que formata e carrega todos os dados para tabelas segundo as definições do SC. Nesta fase foi

necessário identificar a GISDBA, o esquema de utilizador Scott, e o ficheiro shp de input

(ver apêndice A).

Os temas que fazem parte deste universo cartográfico podem ser classificados em três grupos:

• Administrativos (com funções de modelo espacial de gestão)

2 2

• Cartográficos (com funções de modelo espacial de base)

• Climáticos (com funções de relacionamento)

A utilização de temas climáticos é justificada pela necessidade de facultar ao utilizador um

enquadramento das espécies no meio físico. Esta implementação permite ao utilizador tirar

um conjunto de conclusões, a partir da sobreposição visual dos diferentes temas (Andrienko

& Andrienko 1995). Como exemplo podemos referir a relação existente entre a Papilio

Machaon e as áreas com maior número de dias de temperatura superior a 25ºc, onde

preferencialmente ocorre.

Foram convertidos e carregados 11 temas geográficos em formato vectorial (tabela 6)

Tabela 6 – Temas utilizados nos conteúdos geográficos

Objecto Administrativos Cartográficos Climáticos Polígonos Freguesias Grelha das cartas

militares 1:25 000 Nº Dias temperatura mínima < 5ºc

Polígonos Concelhos Grelha quadrículas UTM6

Nº Dias temperatura máxima > 2 5ºc

Pontos Sede Concelhos

Polígonos Distritos

Polígonos NUTE III

Polígonos NUTE II

Polígono PORTUGAL

O trabalho de formatação incluiu a edição de legendas, as quais fazem parte da interactividade

visual dos mapas, permitindo ao utilizador alterar o grafismo dos objectos visuais (Gahegan et

al. 2000). Para tal foi editado um conjunto de ficheiros temáticos com função de legenda (ver

apêndice D). A utilização da variável visual cor teve por fim uma identificação com o

6 Sistema Universal Transversal Mercator

2 3

fenómeno cartografado (ex. cores frias em temperatura mínima e cores quentes na

temperatura máxima).

Foi também carregado um segundo grupo de temas geográficos, em formato de imagem

(tabela 7)

Tabela 7 - Temas cartográficos imagens

Objecto Nome

Imagem Carta itinerária de Portugal

Imagem Imagem de satélite

O carregamento deste tipo de informação (em suporte imagem -jpg), pelas suas características

teve o processamento semelhante à informação multimedia (descrito num capítulo seguinte).

4 . 3 . 2 M o d e l o d e d a d o s a l f a n u m é r i c o s

Como princípios que nortearam a construção do modelo de dados podemos referir:

• Facilidade de operacionalização

• Facilidade de manutenção futura (actualização)

• Simplicidade de relacionamento

• Integração de diferentes tipos e formatos

4 . 3 . 2 . 1 T a b e l a s O modelo de dados obedece aos princípios de hierarquia em modelo relacional. A construção

das tabelas organiza-se em função da hierarquia estabelecida nas diferentes espécies

biológicas. A nossa entidade de referência é constituída pelas espécies biológicas, os dados

estão organizados em função desta entidade.

2 4

REINO

IMAGETABLE

ESTATUTO

ESPECIE

REGISTOS

GENERO

FAMILIA

ORDEM

CLASSE

PHYLUM

VIDEOTABLE

AUDIOTABLE

ESP_BIB

BIBLIOGRAFIA UTM (GEO) T e m a g e o g r á f i c o

Figura 4 - Modelo dados alfanuméricos, o fluxo entre tabelas reflecte o seu relacionamento

A tabela ESPECIE (ver figura 4), é o centro do modelo de dados alfanuméricos. O seu

funcionamento é central nas relações estabelecidas a montante (entidades hierarquicamente

superiores), e a jusante (registos e relações com a entidade geográfica). Paralelamente a esta

estrutura hierárquica existem entidades (por exemplo: multimedia e estatuto conservação),

que estão directamente relacionadas com a entidade referência (ESPECIE). O relacionamento

entre as diferentes tabelas é realizado com a utilização de chaves replicadas nas tabelas

posteriores (ex : REINO.REINO_ID replicado PHYLUM.REINO_ID). Esta estrutura de

relações é estabelecida de um-para-muitos (1:M). O relacionamento entre a informação

alfanumérica e geográfica é conseguido por intermédio da tabela de REGISTOS (ocorrência

confirmada no campo de cada espécie), e a tabela do tema UTM. O identificador geográfico é

replicado na tabela de REGISTOS, o que possibilita a georeferenciação dos dados, numa

relação (M:1). O relacionamento entre a entidade ESPECIE, e as tabelas de caracterização

multimedia é efectuada numa estrutura de relações um-para-um (1:1). Para o conjunto de

tabelas foram construídos índices de pesquisa com base nas chaves primárias. A construção

destes índices teve por objectivo a maximização e expansão das potencialidades de pesquisa

às diferentes tabelas.

2 5

A conversão ou passagem ao modelo físico foi efectuado em linguagem SQL. Para tal foram

editados os ficheiros de execução de tabelas (ver apêndice B).

A tabela de REGISTOS é aquela que apresenta maior volume (42788). No apêndice B

apresenta-se um relatório de tabelas e vistas; este relatório foi gerado automaticamente com a

função Generate Report. Os utilizadores acedem aos dados pelo intermédio das vistas, por

uma simples razão – as vistas permitem conjugar dados de diferentes tabelas e permitem

aceder a um conjunto de dados específicos.

O principio que norteou a construção das vistas foi a redução de dados efectivamente

necessários para a análise em questão. A construção das vistas está directamente relacionado

com o modelo de formulários estabelecido para cada página de visualização.

Com estes constrangimentos e objectivos foram realizadas quatro vistas com base nas tabelas

em que os dados mais frequentemente devem ser acedidos.

ESPECIE REGISTOS

ESP_UTM

BIBLIOGRAFIA ESP_BIB

BIB_ESP

Figura 5 - Vista de identificadores geográficos Figura 6 - Vista bibliográfica

Ta

be

las

Vis

ta

Ta

be

las

Vis

ta

Na figura 5 e 6 apresenta-se a representação esquemática das vistas onde o tipo de relação

estabelecida é a mais simples (entre duas tabelas). A vista ESP_UTM permite a utilização

dos nomes das espécies em correspondência com o posicionamento dos registos geográficos

de cada espécie. A vista BIB_ESP permite estabelecer a correspondência entre as diferentes

espécies e a bibliografia de consulta, afunilar a pesquisa até chegar à espécie desejada.

2 6

REINO FAMILIAORDEMCLASSEPHYLUM ESPECIEGENERO

TAXONOMIA

Figura 7- Vista de taxonomia de espécies

Na figura 7 apresenta-se a representação esquemática da vista que sintetiza as relações

taxonomicas das espécies. A relação estabelecida ao longo das diferentes tabelas (1:M),

permite-nos reconstruir toda a estrutura de classificação e usar apenas a vista como fonte de

acesso do formulário de consulta.

AUDIOTABLE IMAGETABLEESTATUTOESPECIEVIDEOTABLE

NOTASMM

Figura 8 – Vista multimedia

Ta

be

las

Vis

ta

Ta

be

las

Vis

ta

Na figura 8 apresenta-se a representação esquemática da vista que sintetiza a informação

multimedia (conteúdos MIME). Qualquer que seja o formato MIME disponível surge

automaticamente relacionado com a espécie em causa, o que optimiza em muito a

operacionalização.

4 . 3 . 3 F o r m a ç ã o e p r e e n c h i m e n t o d e t a b e l a s As aplicações utilizadas para a criação de tabelas e carregamento de dados foram o Sqlplus e

Sqlldr. Estas aplicações executam funções sobre o Oracle 8i. A sua operacionalização está

dependente da identificação da base dados (GISDBA), o esquema de utilizador (Scott) e o

ficheiro de processamento. O Sqlplus e o Sqlldr são executados em janelas de ambiente

2 7

MSDOS, com os comandos apropriados a cada operação.

4 . 3 . 4 G e s t ã o d e d a d o s m u l t i m e d i a

A extensão intermedia, integra um conjunto de funcionalidades para a gestão de dados

multimedia referidas no capítulo Outras funções. A informação multimedia apresenta alguns

desafios para os quais esta ferramenta tem soluções. O acesso no carregamento e manipulação

de formatos (fotografias, sons e vídeo de espécies), foi realizado com o recurso ao executável

Wscclip.exe. As tabelas onde reside a informação MIME foram executadas com o

procedimento normal em Sqlplus (ver modelo tabelas). Aqui devemos no entanto referir que o

tipo de dados utilizado na coluna reservada aos formatos MIME está dependente do acesso

aos procedimentos existentes no esquema de utilizador ORDSYS. Surgem assim três tipos de

dados específicos, ORDAUDIO, ORDVIDEO e ORDIMAGE. Como facilmente se

compreenderá, os diferentes suportes não estão disponíveis para todas as espécies, será no

entanto um objectivo futuro.

Os temas geográficos em formato de imagem surgem numa tabela própria, sem relação com o

conjunto geral de tabelas. Apesar de não fazer parte do universo da informação multimedia,

esta informação (temas em imagem-mapa), é visualizada e tratada da mesma forma que os

formatos MIME (ORDIMAGE).

4 . 4 L i g a ç ã o d i n â m i c a Open DataBase Connectivity (ODBC), é não mais do que a aplicação utilizada para efectuar o

acesso às tabelas e vistas. A formatação da ligação estabelecida à GISDBA está dependente

da indicação e selecção do esquema de utilizador (Scott). No caso específico foi atribuído um

nome à ligação (GISConnect). O nome da ligação passou a funcionar como elemento

identificador, utilizando para tal um driver específico para ORACLE 8i. O acesso ficou

disponível de forma dinâmica, isto é, sempre que os utilizadores efectuam um pedido à

GISDBA.

2 8

JSWeb - é uma aplicação escrita em java do tipo CGI. Funciona como servidor de informação

ao applet JShape. Ao iniciar o seu funcionamento o primeiro procedimento é ler as

informações contidas no jsweb.ini (ficheiro de inicialização). No topo do jsweb.ini, são então

dadas instruções para executar e carregar o orascInit.class. A instrução seguinte consiste em

efectuar a leitura do orasc.ini para comunicar com o SC (ver apêndice D).

Estas aplicações (ODBC, JSWeb), funcionam pois como os intermediários de dados entre os

formulários, o applet, e o SGBD-(SC).

4 . 5 V i s u a l i z a d o r g e o g r á f i c o A análise de operacionalização aqui realizada tem por base a documentação fornecida pelo

respectivo autor S h i u h - L i n L e e .

JShape – é uma aplicação (applet) escrita em java, simples de utilizar e com um grande

número de recursos. O JShape está aberto a um conjunto externo de linguagens de

programação (por exemplo: JavaScript), mas também aberta a novos códigos (class) externos.

Esta aplicação está referenciada na página HTML, a que o cliente acede. O applet é assim

descarregado para máquina do cliente, a partir da qual, comunica directamente com o JSWeb

para efectuar as leituras de temas existentes na GISDBA. Este applet apresenta todas as

funcionalidades comuns a visualizadores de informação geográfica, tais como zoom, pan, etc.

A formatação dos temas dependeu da configuração de um ficheiro ini com os parâmetros de

cada tema e um ficheiro scr (ver apêndice D) de acesso à GISDBA. Foram editados nove

ficheiros (scr), o que correspondem ao número de temas vectoriais. Para uma efectiva

resposta às necessidades dos utilizadores, foram programadas alguma funções que dirigem as

análises. Estas funções estão materializadas em botões de consulta e pesquisa de temas,

acedidos internamente na class principal. A programação utiliza os princípios da linguagem

JavaScript e está materializada num ficheiro comand.cmd. As funções realizadas permitem

análises estatísticas (médias e somatórios), de população em temas administrativos. As

consultas geográficas foram também objecto de programação própria. Este applet permite

aceder a todas as funções que foram descritas no capítulo Cartografia dinâmica.

2 9

4 . 6 W e b D e s i g n A face visível de todo o trabalho foi realizado em MS FrontPage. O acesso aos diferentes

tipos de dados foi aqui realizado. Os formulários construídos vão ao encontro daquilo que nos

pareceu mais fácil de operacionalizar pelos futuros utilizadores. Por forma a conjugar e

centralizar as consultas, foram acedidas as várias vistas e tabelas com os dados. O processo de

design obedeceu a critérios de simplicidade e clareza de leitura, nomeadamente pela a

utilização de poucos elementos e da sua fácil identificação.

4 . 6 . 1 L i n g u a g e n s d e c o n s u l t a

As páginas Web pelas quais os utilizadores vão interagir com o WebGISAL foram

construídas em ASP e HTML. Tal como referido anteriormente, a linguagem ASP permite o

acesso dinâmico às vistas ou tabelas. A fase de construção da(s) página(s) obedeceu aos

objectivos requeridos para cada célula de visualização de dados. A construção física da

página, para lá dos aspectos formais implicou a colocação nos devidos locais de output das

referências dinâmicas de dados. Com isto queremos dizer que não foram colocados os dados

directamente nas páginas, mas sim as vias de acesso aos mesmos. A coerência dos dados

deriva da gestão realizada no SGBD; a utilização de HTML e ASP destina-se apenas a

facultar a leitura e visualização.

Os formulários construídos acedem directamente às vistas, em função das necessidades

específicas de cada formulário sendo utilizada a vista correspondente (ver modelo vistas). A

passagem de argumentos de pesquisa relacionada entre os diferentes formulários, é efectuada

pela utilização do ID de Espécie. Isto permite ir ao encontro dos princípios teóricos e técnicos

de modelação relacional de dados: o utilizador efectua a formulação da questão, e em resposta

o sistema interpreta e envia argumentos (numéricos de relação).

3 0

O nosso objectivo centrou-se na criação de uma arquitectura de páginas que oculta todos os

formalismos do utilizador, o qual apenas lida com uma interface através de léxico comum

(Andrienko & Andrienko 1999a).

5 R e s u l ta d o s O resultado final deste trabalho, é um conjunto de páginas Web de conteúdos Geo-Biológicos.

Conteúdos e tecnologias conjugados permitem pesquisar e visualizar a distribuição de

fenómenos espacializados numa aplicação, vulgarmente referida como um servidor de

conteúdos geográficos ou WebGIS.

O acesso ao WebGISAL é efectuado por via de uma página inicial (ver página de entrada). Os

utilizadores são convidados a iniciarem a consulta que desejam nesta página. As opções de

entrada estão relacionadas com o tipo de informação desejada – eminentemente geográfica ou

alfanumérica. Os resultados finais das consultas convergem nas descrições e distribuição das

espécies.

Figura 9 - Página de entrada pela qual os utilizadores acedem ao dados.

3 1

5 . 1 C o n s u l t a s

O objectivo principal está centrado nas consultas online, discrição do habitat da espécie, nicho

ecológico, etc. As consultas à base de dados podem ser realizadas em duas formas distintas:

• Geográficas - seleccionando ou identificando a área geográfica sobre a qual se quer

obter informação.

• Alfanuméricas - preenchendo os formulários com o nome da espécie sobre a qual se

quer obter a distribuição.

Figura 10 - Página de consulta geográfica Figura 11 - Página de consulta alfanumérica

Com as consultas geográficas podemos obter informação do tipo:

• Onde fica o concelho de Évora ? O processo de consulta é muito simples, basta digitar o nome a identificar no tema

correspondente (activo e visível) e pressionar o botão de consulta.

3 2

• Qual o total e média de população residente em 1991 e 2001 nos concelhos de

Mértola, Évora, Portel ? Basta para tal seleccionar as unidades administrativas e executar o comando

programado com a função.

• Quais as espécies de fauna e flora existentes na freguesia de Melides ?

Trata-se de um processo mais elaborado, já que as espécies estão referenciadas à quadrícula UTM 10X10km. O utilizador deve apenas identificar a unidade geográfica (freguesia ou concelho): existe um comando programado para o efeito, que efectua a sobreposição com o tema UTM e identifica as espécies aí registadas. • Quais as espécies presentes na quadrícula NB14, NC25, etc ?

Seleccionando o tema geográfico UTM, deverá executar-se o comando correspondente.

• Qual a distribuição do Carduelis cannabina ?

Ao pressionar o botão (ver figura 12) de identificação para nomes científicos o utilizador poderá aceder à espécie pretendida. Se o utilizador apenas escrever o nome do género (Carduelis), a distribuição visualizada (ver figura 13) será relativa a todas as espécies deste género.

Figura 12 - Identificar espécie Figura 13 - mapa de distribuição

• Qual a distribuição do Pintarrôxo ? Ao pressionar o botão de identificação para nomes comuns o utilizador poderá aceder à espécie pretendida.

Podemos ainda referir o acesso directo a informação constante dos temas geográficos (acesso

às tabelas), por via de uma class. Para tal existe um botão que acede directamente à base de

3 3

dados. Os exemplos aqui referidos não esgotam obviamente, o conjunto de possibilidades na

consulta e análise espacial, pretendendo apenas demonstrar a operacionalidade do sistema

implementado.

Com as consultas alfanuméricas podemos obter informação do tipo:

• Pesquisa pelo nome científico ou comum. Para tal os utilizadores apenas necessitam de escrever o nome da espécie sobre a qual desejam informação.

O output imediato das pesquisas anteriores diz respeito a descrição taxonómica,

correspondente à filiação da espécie (ver figura 14).

Figura 14 - taxonomia de espécie

• Pesquisa pelos grupos de espécies pré-definidas. Existe um conjunto de grupos biológicos já definidos (Aves, Mamíferos, etc). O utilizador vai navegando ao longo dos registos que surgem com referência na classe até à espécie.

3 4

Figura 15 – sequência de páginas da taxonomia com navegação por hipertexto

A navegação entre argumentos é efectuada por hiperligação, julgamos que esta seja uma das

grandes vantagens deste sistema, sendo a capacidade de gerar dinamicamente um conjunto de

hipertextos construídos a partir dos acessos à base de dados na fase de acesso (Andrienko &

Andrienko 1995). A utilização de um sistema de hiperligação dinâmico tem a vantagem de se

poder aceder apenas aos dados que são pedidos. Para um conjunto de informações e suportes

mais detalhados o utilizador pode aceder via link a uma página posterior.

3 5

Figura 16 - Página de detalhes

A página final é aquela que apresenta informações mais apelativas, podendo aqui encontrar a

descrição da espécie e seu habitat, informação áudio e vídeo (ex. aves) e a bibliografia

associada a cada espécie. Existe também um mapa de distribuição que, a par do vídeo e áudio,

só fica disponível quando o utilizador o solicita.

O utilizador terá também acesso a uma página com as instruções básicas de operacionalização

do WebGISAL. Esta página para os efeitos práticos funcionará como um manual online, que

permite esclarecer o modus operandi.

6 D i s c u s s ã o Os instrumentos de gestão de dados de que hoje dispomos são ainda bastante rudimentares,

utilizando modelos muito simples onde as relações espaço-tempo só agora dão os primeiros

passos: só recentemente se iniciaram tentativas de integração de tipos de variáveis tais como –

espaço (X,Y), tempo (T) e atributos de caracterização (Z) (Gahegan, Wachowicz, et al. 2000).

Alguns dos aspectos mais importantes na agenda internacional de cartografia ICA, apontam

3 6

também para um enfoque dos modelos de dados na visualização de informação geográfica.

Esta evolução da abordagem cartográfica acompanha a tendência da sociedade de informação,

onde o acesso ao conhecimento está cada vez mais dependente de uma correcta utilização de

técnicas de exploração de dados. A investigação dos domínios de consulta, minagem e

modelação de dados será cada vez mais objecto de pesquisa e desenvolvimento. Na agenda

internacional assume especial importância e interesse a investigação de dados geográficos,

que permitam a formação de conhecimento geográfico (Gahegan et al. 2000), e a

contextualização espacial dos fenómenos sociais, ecológicos e económicos, entre outros.

A originalidade da aplicação desenvolvida neste trabalho reside na conjugação das diferentes

tecnologias utilizadas e conteúdos. Um dos objectivos de partida prendeu-se com a

capacidade em explorar a tecnologia existente, já que na constante procura de novas soluções,

vão ficando para trás, soluções eficientes mas pouco exploradas. Criar um sistema de

distribuição de informação na Web pode ser muito dispendioso. As soluções encontradas

requerem sempre um estudo cauteloso da sua implementação. A estruturação, implementação

e manutenção de sistemas Web está em processo de constante revolução. O surgimento de

novas ferramentas na gestão de dados ou de novos modelos de dados implica novos desafios

mas também cautelas nas opções tomadas. O modelo globalmente atingido na WebGISAL,

teve em consideração a relação custo-eficiência, com um balanço final bastante positivo.

As tecnologias híbridas estruturadas em operações Server e Client, permitem uma

optimização de processos, especialmente quando os processos envolvem volumes de dados

significativos, como era o caso em estudo. A opção tomada teve ainda em conta estarmos

perante processos que necessitam de respostas só ao alcance de processamento em servidor,

mas que também implicam um certo nível de processamento em máquinas locais (Peng 1997).

A inclusão de um SGBD permitem-nos maior coerência na estruturação dos diferentes tipos

de dados. Este objectivo foi plenamente concretizado com a utilização do ORACLE 8i, já que

as funcionalidades que inclui garante-nos uma considerável protecção dos dados, permitindo

ainda uma expansão para futuras alterações e desenvolvimento de novos esquemas de gestão.

A WebGISAL recorreu a aplicações de tipo Java, consideradas como o meio mais apropriado

para a distribuição de informação em ambiente Web. A linguagem Java permite a utilização

de uma grande variedade de ferramentas na visualização e manipulação gráfica,

especialmente em formato vectorial. Este é de facto o melhor meio actualmente disponível

3 7

para manipular dados GIS na Web, já que os applets não corrompem a informação original,

apenas executando a leitura de dados (Peng 1997). São ainda aplicações que permitem um

contexto de bons resultados a custos bastante baixos (Gahegan et al. 2000). O applet utilizado

para a WebGISAL é de licença de utilização gratuita, concorrendo para o a boa relação

custo-eficiência obtida.

Algumas das futuras propostas de evolução desta aplicação poderiam incluir o envio de dados

online, por exemplo fotografias e vídeos de espécies. A minagem de dados e o

desenvolvimento de esquemas de procura mais optimizados são outros dos aspectos que

temos em mente num futuro desenvolvimento. Julgamos que ainda é possivel evoluir muito

nestes domínios de trabalho, no sentido de optimizar as consultas da base de dados. Outras

funcionalidades de output podem ser consideradas, por exemplo a visualização de gráficos e

simbologia de síntese. O modelo geral produzido permite o incremento constante de

diferentes funcionalidades.

3 8

7 B i b l i o g r a f i a

Andrienko,G. & Andrienko,N. Knowledge base framework for retrieval of multimedia ecological information. European Forest Institute. 10, 109-119. 1995. 1-8-1995. Ref Type: Conference Proceeding

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Andrienko,G. & Andrienko,N. GIS Visualization Support to the C4.5 Classification Algorithm of KDD. C.Peter Keller. 747-755. 1999b. 19th International Cartographic Conference. 1999b. Ref Type: Conference Proceeding

Fernandes,J.P. EXPLORING GEOGRAPHICAL INFORMATION ON THE WORLD WIDE WEB. 1998. Lisbon, I International Conference and Exhibition on Geographic Information Congress Center of the International Fair of Lisbon. Ref Type: Conference Proceeding

Finnseth,A. & Jökulsson,G. A Software System for Large Dynamic Maps based on Networked Geographical Databases. 2000. Ref Type: Data File

Foote,K.E. & Anthony P.Kirvan . WebGIS, NCGIA Core Curriculum in GIScience. 1997. Ref Type: Conference Proceeding

Gahegan,M., Wachowicz,M., Harrower,M. & Rhyne,T.-M. The Integration of Geographic Visualization with Knowledge Discovery in Databases and Geocomputation. 2000. ICA Commission on Visualization: Working Group on Database-Visualization Links. Ref Type: Conference Proceeding

Lake, R. The hitchhiker´s guide to the new web mapping. GeoEurope (2), 32-35. 1-2-2001. Ref Type: Magazine Article

Larsen,M.L. & Grøttum,K.J. Interactive Map Applets. J.STROBL and C.BEST (Eds.). Volume 27. 1998. Salzburger, Geographische Materialien Instituts für Geographie der Universität Salzburg. 3-1-9747. Ref Type: Conference Proceeding

Murray,C. Oracle Spatial User's Guide and Reference. [Release 8.1.7]. 2000. Nashua, Copyright © 1997, 2000, Oracle Corporation. All rights reserved. Ref Type: Computer Program

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3 9

Peng,Z.-R. An Assessment of the Development of Internet GIS. 1997. www.URISA.org Ref Type: Data File

Silberschatz,A., Korth,H.F. & Sudarshan,S. 1997. Sistema De Banco De Dados. McGraw-Hill; MAKRON Books

Thomas,B. The GeoNet Project - A Web Based 4D GIS. J.STROBL and C.BEST (Eds.). Volume 27. 1998. Salzburger, Geographische Materialien Instituts für Geographie der Universität Salzburg. 3-1-9747. Ref Type: Conference Proceeding

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Campione M., Walrath K. 1998. The Java Tutorial: object-oriented programing for Internet, 2ª edn.Addison-Wesley.

Coelho P. 1997. Animação de páginas na WORLD WIDE WEB com JAVASCRIPT, FCA Editora de Informática

4 0

8 A p ê n d i c e s 8 . 1 A p ê n d i c e A

No carregamento da informação espacial é necessário cumprir alguns princípios - existir uma

base de dados com um esquema válido.

Procedimento para a construção da cercadura de consulta (Murray 2000)

O modelo de tabelas para a informação geográfica implica, a existência de pelo menos as

seguintes tabelas. Como esta formatação de colunas e tipos de dados numéricos.

Modelo de tabelas para temas geográficos em Oracle 8i SC (Murray 2000)

Exemplo de funcionamento do JSClayer retirado de um exemplo levado à prática.

4 1

Figura 17 - (comandos Jsclayer)

4 2

8 . 2 A p ê n d i c e B REM This script creates tables used by the WebGISAL DROP TABLE REINO; CREATE TABLE REINO (REINO_ID NUMBER(1) CONSTRAINT CP_REINO PRIMARY KEY, REINO_NA VARCHAR2(10) NOT NULL UNIQUE, REINO_DE VARCHAR2(255) ) ; DROP TABLE PHYLUM; CREATE TABLE PHYLUM (PHYLUM_ID NUMBER(2) CONSTRAINT CP_PHYLUM PRIMARY KEY, PHYLUM_NA VARCHAR2(20) NOT NULL UNIQUE, PHYLUM_DE VARCHAR2(255), REINO_ID NUMBER(1) NOT NULL CONSTRAINT CE_REINO REFERENCES REINO ON DELETE CASCADE); DROP TABLE CLASSE; CREATE TABLE CLASSE (CLASSE_ID NUMBER(3) CONSTRAINT CP_CLASSE PRIMARY KEY, CLASSE_NA VARCHAR2(25) NOT NULL UNIQUE, CLASSE_DE VARCHAR2(255), PHYLUM_ID NUMBER(2) NOT NULL CONSTRAINT CE_PHYLUM REFERENCES PHYLUM ON DELETE CASCADE); DROP TABLE ORDEM; CREATE TABLE ORDEM (ORDEM_ID NUMBER(3) CONSTRAINT CP_ORDEM PRIMARY KEY, ORDEM_NA VARCHAR2(25) NOT NULL UNIQUE, ORDEM_DE VARCHAR2(255), CLASSE_ID NUMBER(3) NOT NULL CONSTRAINT CE_CLASSE REFERENCES CLASSE ON DELETE CASCADE); DROP TABLE FAMILIA; CREATE TABLE FAMILIA (FAMILIA_ID NUMBER(3) CONSTRAINT CP_FAMILIA PRIMARY KEY, FAMILIA_NA VARCHAR2(25) NOT NULL UNIQUE, FAMILIA_DE VARCHAR2(255), ORDEM_ID NUMBER(3) NOT NULL CONSTRAINT CE_ORDEM REFERENCES ORDEM ON DELETE CASCADE); DROP TABLE GENERO; CREATE TABLE GENERO (GENERO_ID NUMBER(4) CONSTRAINT CP_GENERO PRIMARY KEY, GENERO_NA VARCHAR2(25) NOT NULL, GENERO_DE VARCHAR2(255), FAMILIA_ID NUMBER(3) NOT NULL CONSTRAINT CE_FAMILIA REFERENCES FAMILIA ON DELETE CASCADE); DROP TABLE ESPECIE;

4 3

CREATE TABLE ESPECIE (ESPECIE_ID NUMBER(4) CONSTRAINT CP_ESPECIE PRIMARY KEY, ESPECIE_NA VARCHAR2(50) NOT NULL, NOME_COM VARCHAR2(80), ESPECIE_DE VARCHAR2(255), AUTOR_ID NUMBER(4), ESTATUTO VARCHAR2(10), GENERO_ID NUMBER(4) NOT NULL CONSTRAINT CE_GENERO REFERENCES GENERO ON DELETE CASCADE); DROP TABLE REGISTOS; CREATE TABLE REGISTOS (LINHA_ID NUMBER(6) CONSTRAINT CP_REGISTOS PRIMARY KEY, UTM VARCHAR2(4)NOT NULL CONSTRAINT CE_UTM_10KM REFERENCES UTM_10KM ON DELETE CASCADE, ESPECIE_NA VARCHAR2(50)NOT NULL, ESPECIE_ID NUMBER(4) NOT NULL CONSTRAINT CE_ESPECIE REFERENCES ESPECIE ON DELETE CASCADE); create table geoimagetable ( id number CONSTRAINT PK_IT PRIMARY KEY, file_name varchar2(50), X_MIN number, Y_MIN number, X_MAX number, Y_MAX number, description varchar2(100), lastmoddate date, mediacontent ordsys.ordimage); COMMIT; /

Tables List and Report Rows

Database:GISDBA Date:February 22, 2002 4:41:44 PM

Table Tablespace Partitioned Rows

No AUDIOTABLE MIME No 1534

No BIBLIOGRAFIA ALPHANUMERIC No 65

No CAR_MIL SPATIAL No 214

No CAR_MIL_QW_SDODIM SPATIAL No 2

4 4

No CAR_MIL_QW_SDOGEOM SPATIAL No 13

No CAR_MIL_QW_SDOINDEX SPATIAL No 2957

No CAR_MIL_QW_SDOLAYER SPATIAL No 1

No CAR_MIL_QW_SDOPACK SPATIAL No 214

No CAR_MIL_SDODIM SPATIAL No 2

No CAR_MIL_SDOGEOM SPATIAL No 856

No CAR_MIL_SDOINDEX SPATIAL No 817

No CAR_MIL_SDOLAYER SPATIAL No 1

No CEN_CON SPATIAL No 47

No CEN_CON_QW_SDODIM SPATIAL No 2

No CEN_CON_QW_SDOGEOM SPATIAL No 39

No CEN_CON_QW_SDOINDEX SPATIAL No 571

No CEN_CON_QW_SDOLAYER SPATIAL No 1

No CEN_CON_QW_SDOPACK SPATIAL No 47

No CEN_CON_SDODIM SPATIAL No 2

No CEN_CON_SDOGEOM SPATIAL No 47

No CEN_CON_SDOINDEX SPATIAL No 47

No CEN_CON_SDOLAYER SPATIAL No 1

No CLASSE ALPHANUMERIC No 145

No CONCELHOS SPATIAL No 47

No CONCELHOS_QW_SDODIM SPATIAL No 2

No CONCELHOS_QW_SDOGEOM SPATIAL No 86

No CONCELHOS_QW_SDOINDEX SPATIAL No 5254

No CONCELHOS_QW_SDOLAYER SPATIAL No 1

No CONCELHOS_QW_SDOPACK SPATIAL No 47

No CONCELHOS_SDODIM SPATIAL No 2

No CONCELHOS_SDOGEOM SPATIAL No 28810

No CONCELHOS_SDOINDEX SPATIAL No 198

No CONCELHOS_SDOLAYER SPATIAL No 1

No DISTRITOS SPATIAL No 4

No DISTRITOS_QW_SDODIM SPATIAL No 2

No DISTRITOS_QW_SDOGEOM SPATIAL No 13

No DISTRITOS_QW_SDOINDEX SPATIAL No 200

No DISTRITOS_QW_SDOLAYER SPATIAL No 1

No DISTRITOS_QW_SDOPACK SPATIAL No 4

No DISTRITOS_SDODIM SPATIAL No 2

No DISTRITOS_SDOGEOM SPATIAL No 10098

No DISTRITOS_SDOINDEX SPATIAL No 34

4 5

No DISTRITOS_SDOLAYER SPATIAL No 1

No ESPECIE ALPHANUMERIC No 1534

No ESP_BIB ALPHANUMERIC No 995

No ESTATUTO ALPHANUMERIC No 10

No FAMILIA ALPHANUMERIC No 614

No FREGUESIAS SPATIAL No 305

No FREGUESIAS_QW_SDODIM SPATIAL No 2

No FREGUESIAS_QW_SDOGEOM SPATIAL No 33

No FREGUESIAS_QW_SDOINDEX SPATIAL No 8256

No FREGUESIAS_QW_SDOLAYER SPATIAL No 1

No FREGUESIAS_QW_SDOPACK SPATIAL No 305

No FREGUESIAS_SDODIM SPATIAL No 2

No FREGUESIAS_SDOGEOM SPATIAL No 80172

No FREGUESIAS_SDOINDEX SPATIAL No 1031

No FREGUESIAS_SDOLAYER SPATIAL No 1

No GENERO ALPHANUMERIC No 783

No GEOIMAGETABLE SPATIAL No 1534

No IMAGETABLE MIME No 3

No NDIAS_TMIN5 SPATIAL No 9

No NDIAS_TMIN5_QW_SDODIM SPATIAL No 2

No NDIAS_TMIN5_QW_SDOGEOM SPATIAL No 0

No NDIAS_TMIN5_QW_SDOINDEX SPATIAL No 0

No NDIAS_TMIN5_QW_SDOLAYER SPATIAL No 1

No NDIAS_TMIN5_QW_SDOPACK SPATIAL No 9

No NDIAS_TMIN5_SDODIM SPATIAL No 2

No NDIAS_TMIN5_SDOGEOM SPATIAL No 4120

No NDIAS_TMIN5_SDOINDEX SPATIAL No 46

No NDIAS_TMIN5_SDOLAYER SPATIAL No 1

No NUTE2 SPATIAL No 1

No NUTE2_QW_SDODIM SPATIAL No 2

No NUTE2_QW_SDOGEOM SPATIAL No 0

No NUTE2_QW_SDOINDEX SPATIAL No 0

No NUTE2_QW_SDOLAYER SPATIAL No 1

No NUTE2_QW_SDOPACK SPATIAL No 1

No NUTE2_SDODIM SPATIAL No 2

No NUTE2_SDOGEOM SPATIAL No 4848

No NUTE2_SDOINDEX SPATIAL No 6

No NUTE2_SDOLAYER SPATIAL No 1

4 6

No NUTE3 SPATIAL No 4

No NUTE3_QW_SDODIM SPATIAL No 2

No NUTE3_QW_SDOGEOM SPATIAL No 23

No NUTE3_QW_SDOINDEX SPATIAL No 352

No NUTE3_QW_SDOLAYER SPATIAL No 1

No NUTE3_QW_SDOPACK SPATIAL No 4

No NUTE3_SDODIM SPATIAL No 2

No NUTE3_SDOGEOM SPATIAL No 9040

No NUTE3_SDOINDEX SPATIAL No 28

No NUTE3_SDOLAYER SPATIAL No 1

No ORDEM ALPHANUMERIC No 545

No PHYLUM ALPHANUMERIC No 50

No PORTUGAL SPATIAL No 1

No PORTUGAL_QW_SDODIM SPATIAL No 2

No PORTUGAL_QW_SDOGEOM SPATIAL No 0

No PORTUGAL_QW_SDOINDEX SPATIAL No 0

No PORTUGAL_QW_SDOLAYER SPATIAL No 1

No PORTUGAL_QW_SDOPACK SPATIAL No 1

No PORTUGAL_SDODIM SPATIAL No 2

No PORTUGAL_SDOGEOM SPATIAL No 10602

No PORTUGAL_SDOINDEX SPATIAL No 61

No PORTUGAL_SDOLAYER SPATIAL No 1

No REGISTOS ALPHANUMERIC No 40788

No REINO ALPHANUMERIC No 5

No UTM_10KM SPATIAL No 340

No UTM_10KM_QW_SDODIM SPATIAL No 2

No UTM_10KM_QW_SDOGEOM SPATIAL No 1

No UTM_10KM_QW_SDOINDEX SPATIAL No 16

No UTM_10KM_QW_SDOLAYER SPATIAL No 1

No UTM_10KM_QW_SDOPACK SPATIAL No 340

No UTM_10KM_SDODIM SPATIAL No 2

No UTM_10KM_SDOGEOM SPATIAL No 1360

No UTM_10KM_SDOINDEX SPATIAL No 455

No UTM_10KM_SDOLAYER SPATIAL No 1

No VIDEOTABLE MIME No 1534

4 7

Views List

Database:GISDBA Date:February 22, 2002 4:42:23 PM

View Status

BIB_ESP Valid

NOTASMM Valid

TAXONOMIA Valid

VIEW_ESP_UTM Valid

4 8

8 . 3 A p ê n d i c e C

4 9

Aspecto visual do carregamento de informação multimedia

5 0

8 . 4 A p ê n d i c e D jsweb.ini # # HTTP services # ## server tcp/ip port, the http defailt is 80 port=7788 ## http root directory, the default is the current directory ## rootdir=c:\jshape\htmlhome rootdir=C:\Inetpub\wwwroot\GIS\ ## Log Information Flag, "1" stands for ON, "0" stands for OFF. ## The default value is "0" for OFF log information. loginfo=1 # # extensions required to initialize # ## Oracle/Spatial Cartridge Connection extension extension=orascInit ## Oracle/SDE Connection extension ## extension=orasdeInit orasc.ini # # [Oracle/Spatial Cartridge Cconnection] server extension # ## Load Oracle JDBC Driver, "1" stands for loading, "0" stands for not loading. ## The default value is "1" for loading JDBC driver. load_jdbc=1 ## Driver Type : THIN, OCI7, or OCI8 ## The default driver type is THIN. driver=THIN ## Oracle server name or SQL*Net name, no default value server=migas ## Oracle server port number, the default value is 1521 port=1521 ## Oracle database SID, the default value is "orcl". sid=GISDBA ## Oracle database user name, no default value ## If not specified, JSWeb will prompt for input during the runtime username=scott ## Oracle database user password, no default value ## If not specified, JSWeb will prompt for input during the runtime password=tiger

5 1

CAR_MIL.scr # Oracle SDE connection server name server=migas # Oracle SDE connection server port number, the default value is 80 port=7788 # Oracle SDE layer name layer=CAR_MIL # ShapeType, if user specify this field correctly, JShape will skip and # delay the client/server init handshaking. shapetype=3 # Retrived database attribute fields. If more than one fields specified, # use "," as the delimiter. For example : field1,field2,field3 field=N_CARTA,ID NUTEIII.tmt Alentejo Litoral,= 402,null,red,0 Alentejo Central,= 401,null,blue,0 Alto Alentejo,= 403,null,black,0 Baixo Alentejo,= 404,null,pink,0

5 2

8 . 5 A p ê n d i c e E Tabela 8 – Diferentes domínios internacionais D o m í n i o F r e q u ê n c i a

e d u 5

u k 4

o r g 3

e s 2

b e 2

g o v 1

b r 1

d e 1

D k 1

n z 1

c r 1

n o 1

i l 1

f r 1

c h 1

T O T A L 2 6

5 3