WEGLIANE CAMPELO DA SILVA · 2017. 1. 24. · wegliane campelo da silva estudo da regeneraÇÃo...
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WEGLIANE CAMPELO DA SILVA
ESTUDO DA REGENERAÇÃO NATURAL DE ESPÉCIES ARBÓREAS EMQUATRO FRAGMENTOS DE FLORESTA OMBROFILA DENSA NO
MUNICÍPIO DE CATENDE, ZONA DA MATA SUL DE PERNAMBUCO
RECIFEPERNAMBUCO - BRASIL
MARÇO - 2006
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WEGLIANE CAMPELO DA SILVA
ESTUDO DA REGENERAÇÃO NATURAL DE ESPÉCIES ARBÓREAS EMQUATRO FRAGMENTOS DE FLORESTA OMBROFILA DENSA NO
MUNICÍPIO DE CATENDE, ZONA DA MATA SUL DE PERNAMBUCO
RECIFEPernambuco - Brasil
Março– 2006
Dissertação apresentada àUniversidade Federal Rural dePernambuco, para obtenção do títulode Mestre em Ciências Florestais,Área de Concentração: Silvicultura.
Orientador: Prof. Dr. Luiz Carlos MarangonCo-orientador(es): Prof. Dr. Rinaldo Luiz Caraciolo Ferreira Profa. Dra. Ana Lícia Patriota Feliciano
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Ficha catalográfica Setor de Processos Técnicos da Biblioteca Central – UFRPES586e Silva, Wegliane Campelo Estudo da regeneração natural de espécies arbóreas em quatro fragmentos de Floresta Ombrófila Densa no município de Catende, zona da mata sul de Pernambuco / Wegliane Campelo Silva. -- 2006. 71 f. : il.
Orientador: Luiz Carlos Marangon. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais) – Universidade Federal Rural de Pernambuco. Departamento de Ciência Florestal. Inclui bibliografia.
CDD 634.95
1. Regeneração natural 2. Fitossociologia3. Floresta Atlântica4. Fragmento5. Mata sul6. Floresta Ombrófila Densa I. Marangon, Luiz CarlosII. Título
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WEGLIANE CAMPELO DA SILVA
ESTUDO DA REGENERAÇÃO NATURAL DE ESPÉCIES ARBÓREAS EMQUATRO FRAGMENTOS DE FLORESTA OMBROFILA DENSA NO
MUNICÍPIO DE CATENDE, ZONA DA MATA SULDE PERNAMBUCO
Aprovada em: 31/03/2006
Banca Examinadora
Profª. DS. Maria Jesus Nogueira Rodal (UFRPE)
Profª. DS. Lúcia de Fátima de Carvalho Chaves (UFRPE)
Profº DS. Tadeu Jankovski (UFRPE)
Orientador:
Prof. DS. Luiz Carlos Marangon (UFRPE)
RECIFE-PEMarço/ 2006
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“O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas naintensidade com que acontecem, por isso existem momentosinesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis”
Fernando Pessoa
“Se eu tivesse que descrever em poucas linhas os meusmomentos felizes, resumiria no que me faz despertar umsorriso durante cada instante que consigo voar”
Wegliane Campelo
"Um amigo de verdade não é aquele que separa uma briga esim aquele que chega dando voadora”
Chuck Norris
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DEDICATÓRIA
Aos meus pais, Edmildo JoséBarros da Silva e Suely RodriguesCampelo da Silva, ao meu irmãoWelton Campelo da Silva e ao meuavô José Rodrigues Campelo (emmemória), pelo exemplo de luta edignidade.
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AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por ter me ofertado saúde, força e capacidade para
enfrentar todos os obstáculos durante todo o curso de pós-graduação.
Ao CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico) pelo incentivo financeiro concedido por meio de bolsa científica e
pelo financiamento do projeto.
A Luiz Carlos Marangon, por tudo que ele representa pra mim e para o
departamento, como exemplo na arte de educar, pelo apoio, pela orientação,
pela confiança, pela introdução acadêmica à dendrologia, pela possibilidade do
estudo na área e incentivo à pesquisa e a carreira acadêmica, pela ajuda em
campo, pelos ensinamentos, discussões e revisão de texto, pelos momentos de
descontração, pela simplicidade, paciência, dedicação, respeito e amizade.
A Rinaldo Luiz Caraciolo Ferreira pela orientação, pela confiança, pela
oportunidade de aprender seus ensinamentos, pela disponibilização de sua
sala incluído os computadores, pela ajuda de custo para a realização do
trabalho, pelo incentivo à pesquisa, pelas discussões, pela compreensão,
respeito e amizade.
A Ana Lícia Patriota Feliciano, pela orientação, pelos primeiros passos
na dendrologia, pela ajuda de custo, pela revisão do texto, pelos ensinamentos,
pelos conselhos profissionais e não profissionais, pela amizade e por estar
sempre solícita quando precisei tirar dúvidas.
A Maria Bernadete Costa e Silva, por me ingressar na produção
científica, por estar sempre ao meu lado, pelos ensinamentos, pela orientação,
amizade, respeito, afeto, proteção, dedicação e paciência em todos os
trabalhos realizados.
A Marco Antônio Passos, pelo exemplo como professor do
Departamento de Ciência Florestal, por ter sido meu tutor no PET, por ser o
primeiro a me incentivar à pesquisa, pela amizade e pelos seus conselhos
profissionais.
A Maria Jesus Nogueira Rodal, pelos primeiros passos na botânica.
A Perseu da Silva Aparício, pela confiança, pela ajuda no
desenvolvimento deste trabalho, principalmente no abstract, pela mão de obra
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qualificada em campo, pelos momentos de descontração, pela paciência, pela
compreensão, pelo respeito em todas as decisões, por toda dedicação a mimconcedida, por se fazer presente em todas as minhas conquistas e derrotas,
não como um conselheiro, mas sim como um incentivador e por ser alguém
realmente especial pra mim.
A Rita de Cássia A. Pereira, pelos ensinamentos, pela dedicação,
incentivo e amizade.
A todos os Motoristas que fazem parte da Universidade Federal Rural de
Pernambuco, que viajaram para o município de Catende por diversas vezes,
por todo companheirismo e paciência, durante o trabalho na cidade.
A Willemberg, Sara, Wellington e principalmente Nice, por resolver todas
as nossas pendências em Catende, pelas mediações com o proprietário da
casa a qual alugamos e por toda colaboração e apoio .
A Bruno Coelho, Diego Meireles, Elison Freitas, João Paulo, Kleber
Costa, Michelle Diniz, Milva Carla, Silvia Honorato, Pablo Ulysses, Paulo
Roberto Corrêa, Leonardo Queiroga, Rodrigo Leonardo, Everson Batista,
Francisco Tarcísio, Gil Silva, Samuel Gedeão, Steve Macqueen e Gabriel
Marangon, por serem meus amigos, por toda ajuda em campo e nos trabalhos
domésticos na casa, pelo companheirismo, união, consideração, respeito,
proteção, paciência, afeto, humildade, pelos memoráveis momentos de
descontração e por todo apoio durante este trabalho.
A Carlos Frederico, Marcelo Nascimento, Eudmar Alves e Hélio Lopes,
por toda paciência, disposição e ajuda com os mapas, imagens e gráficos do
trabalho.
A Isaac Quirino, Andréa Cavalcanti, Raquel Vieira, Marcos Carvalho,
Tulyana Shzu, Tawyana Shzu, Tinésia Campelo, por serem meus verdadeiros
amigos, por estarem ao meu lado nas horas de alegria e de tristeza, pelo
incentivo à conclusão do mestrado, pelo auxílio nos momentos de fraqueza,
pelo companheirismo, pela confiança e por toda dedicação a mim concedida.
A Roberto Felix, por toda confiança, carinho, dedicação, paciência,
coragem, companheirismo, humildade, consideração e incentivo, pela ajuda em
campo, pelas discussões, pela revisão de texto, pela luta, pelas dificuldades
ultrapassadas, pela conquista e principalmente pela amizade, parceria, afeto e
respeito.
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Aos Professores Williams Souza, Tadeu jankovski, Tarcísio Viana, Lúcia
Chaves e Silmar Molica, por toda ajuda durante a minha vida acadêmica no
departamento, pela amizade, pela solidariedade e por contribuírem para o meu
aperfeiçoamento técnico e pessoal.
A Antônio Fernando Magalhães e Eliziane Santos pela colaboração, pela
paciência e confiança, pela oportunidade de aprender, pela compreensão,
respeito e amizade.
A todos os funcionários do Departamento de Ciência Florestal, em
especial a Amélia, Frank e Janilson, pelo incentivo, colaboração, amizade e
apoio.
Todo objetivo alcançado é embasado em firme alicerce, cuja construção
nós não edificamos sozinhos. Assim expresso os meus mais sinceros
agradecimentos a todos que de alguma forma contribuíram para a realização
deste trabalho.
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SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS.................................................................................... ixLISTA DE FIGURAS..................................................................................... xBIOGRAFIA.................................................................................................. xiiRESUMO...................................................................................................... xiiiABSTRACT.................................................................................................. xv
1 INTRODUÇÃO.............................................................................................. 1
2 REVISÃO DE LITERATURA........................................................................ 42.1 Floresta tropical.................................................................................. 42.2 Fragmentação florestal....................................................................... 52.3 Florestas secundárias......................................................................... 62.4 Regeneração natural.......................................................................... 7
3 MATERIAL E MÉTODOS............................................................................. 10
3.1 Caracterização da Área...................................................................... 103.1.1 Localização............................................................................. 103.1.2 Fragmento Mata das Galinhas................................................ 103.1.3 Fragmento Mata Santa Luzia.................................................. 133.1.4 Fragmento Mata Conceição.................................................... 143.1.5 Fragmento Mata das Caldeiras...............................................
.
153.1.6 Clima....................................................................................... 163.1.7 Solos....................................................................................... 163.1.8 Vegetação............................................................................... 17
3.2 Análise da Estrutura da Regeneração Natural................................... 183.3 Diversidade......................................................................................... 193.4 Similaridade........................................................................................ 20
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................... 23
4.1 Aspectos Gerais..................................................................................
374.2 Diversidade......................................................................................... 454.3 Similaridade........................................................................................ 48
5 CONCLUSÃO............................................................................................... 50
6 REFERÊNCIAS............................................................................................ 51
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LISTA DE TABELAS
1 Estimativa da Regeneração Natural Total (RNT) por classe de alturanas subunidades amostrais do fragmento Mata das Galinhas, emCatende, PE, listados em ordem decrescente de acordo com omaior valor de RNT, onde DR= Densidade Relativa; FR =Freqüência Relativa e RNC1 = Regeneração Natural na Classe 1 dealtura; RNC2 = Regeneração Natural na Classe 2 de altura e RNC3= Regeneração Natural na Classe 3 de altura.
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2 Estimativa da Regeneração Natural Total (RNT) por classe de alturanas subunidades amostrais do fragmento Mata Santa Luzia, emCatende, PE, listados em ordem decrescente de acordo com omaior valor de RNT, onde DR= Densidade Relativa; FR =Freqüência Relativa e RNC1 = Regeneração Natural na Classe 1 dealtura; RNC2 = Regeneração Natural na Classe 2 de altura e RNC3= Regeneração Natural na Classe 3 de altura.
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3 Estimativa da Regeneração Natural Total (RNT) por classe de alturanas subunidades amostrais do fragmento Mata Conceição, emCatende, PE, listados em ordem decrescente de acordo com omaior valor de RNT, onde DR= Densidade Relativa; FR =Freqüência Relativa e RNC1 = Regeneração Natural na Classe 1 dealtura; RNC2 = Regeneração Natural na Classe 2 de altura e RNC3= Regeneração Natural na Classe 3 de altura.
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4 Estimativa da Regeneração Natural Total (RNT) por classe de alturanas subunidades amostrais do fragmento Mata das Caldeiras, emCatende, PE, listados em ordem decrescente de acordo com omaior valor de RNT, onde DR= Densidade Relativa; FR =Freqüência Relativa e RNC1 = Regeneração Natural na Classe 1 dealtura; RNC2 = Regeneração Natural na Classe 2 de altura e RNC3= Regeneração Natural na Classe 3 de altura.
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5 Estimativa da Regeneração Natural Total (RNT) de todos osfragmentos estudados, por classe de altura nas subunidadesamostrais de Catende, PE, listados em ordem decrescente deacordo com o maior valor de RNT, onde DR= Densidade Relativa;FR = Freqüência Relativa e RNC1 = Regeneração Natural naClasse 1 de altura; RNC2 = Regeneração Natural na Classe 2 dealtura e RNC3 = Regeneração Natural na Classe 3 de altura.
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LISTA DE FIGURAS
1 a. Mapa do Brasil, com enfoque no Estado de Pernambuco; b.Mapa enfocando o município de Catende e seus limites no Estadode Pernambuco; c. Imagem do Satélite - LANDSAT7 ETM+,delimitação do município de Catende – PE e a localização dosfragmentos (Alves, 2005).
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2 Vista do fragmento Mata das Galinhas, Catende - PE. Foto:Campelo, 2005
12
3 Mapa do fragmento Mata das Galinhas, Catende - PE, em escalade 1:3500. Desenho: Guimarães, 2004, modificada por Nascimento,2005.
12
4 Vista do fragmento Mata Santa Luzia, Catende - PE. Foto:Campelo, 2005
13
5 Mapa do fragmento Mata Santa Luzia, Catende - PE, em escala de1:3500. Desenho: Guimarães, 2004, modificada por Nascimento,2006.
13
6 Vista do fragmento Mata Conceição, Catende - PE. Foto: Campelo,2005
14
7 Mapa do fragmento Mata Conceição, Catende - PE, em escala de1:3500. Desenho: Guimarães, 2004, modificada por Nascimento,2006.
14
8 Vista do fragmento Mata das Caldeiras, Catende - PE. Foto:Campelo, 2005
15
9 Mapa do fragmento Mata das Caldeiras, Catende - PE, em escalade 1:3500. Desenho: Campelo, 2004, modificada por Lopes, 2006.
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10 Distribuição mensal média da precipitação e temperatura nomunicípio de Catende – PE, durante o ano de 2005. Gráfico:Aparício, 2005.
16
11 Vista do interior do fragmento Mata das Caldeiras, Catende - PE.Enfoque na vegetação. Foto: Campelo, 2005
17
12 Relação entre espécies e número de indivíduos amostrados nofragmento Mata das Galinhas, em Catende, PE.
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13 Relação das 10 espécies que apresentam valores mais altos deregeneração natural total (RNT), expressas em percentagem,amostradas no fragmento Mata das Galinhas, Catende, PE.
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14 Relação entre espécies e número de indivíduos amostrados nofragmento Mata Santa Luzia, em Catende, PE.
29
15 Relação das 10 espécies que apresentam valores mais altos deregeneração natural total (RNT), expressas em percentagem,amostradas no fragmento Mata Santa Luzia, Catende, PE.
29
16 Relação entre espécies e número de indivíduos amostrados nofragmento Mata Conceição, Catende, PE.
32
17 Relação das 10 espécies que apresentam valores mais altos deregeneração natural total (RNT), expressas em percentagem,amostradas no fragmento Mata Conceição, Catende, PE.
32
18 Relação entre espécies e número de indivíduos amostrados nofragmento Mata das Caldeiras, Catende, PE.
36
19 Relação das 10 espécies que apresentam valores mais altos deregeneração natural total (RNT), expressas em percentagem,amostradas no fragmento Mata das Caldeiras, Catende, PE.
36
20 Relação entre espécies e número de indivíduos nas 40 unidades nomunicípio de Catende, PE.
41
21 Relação das 10 espécies que apresentam valores mais altos deregeneração natural total (RNT), expressas em percentagem,amostradas nos quatros fragmentos no município de Catende, PE.
41
22 Dendrograma representando as seqüências de agrupamento dosquatro fragmentos, obtidas com base na distância euclidiana.
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23 Matriz da distância euclidiana. (MG = Mata das Galinhas; COM =Mata Conceição; MS = Mata Santa Luzia e Mata das Caldeiras).
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xi
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BIOGRAFIA
WEGLIANE CAMPELO DA SILVA, filha de Edmildo José Barros da Silvae Suely Rodrigues Campelo da Silva, nasceu em Olinda, Estado dePernambuco, em 24 de julho de 1979.
Em Dezembro de 1998, ingressou na Universidade Federal Rural dePernambuco, no curso de Engenharia Florestal.
Em Março de 2000, entrou no Programa Especial de Treinamento (PET),no qual permaneceu durante 1 ano.
Em Abril de 2000, entrou na Empresa Pernambucana de PesquisaAgropecuária (IPA), na qualificação de estagiária.
Em Abril de 2001, foi bolsista de ITI do CNPq, pelo IPA, no qualpermaneceu por 2 anos, como participante do Projeto Taxonômico de Apoio aoHerbário – IPA. (PATAX).
Em Agosto de 2003, exerceu o Estágio Obrigatório (ESO) na PrefeituraMunicipal de Olinda, na Diretoria de Meio Ambiente do município, no qualobteve o título por meio do trabalho: Florística Arbórea da Reserva EcológicaMata do Passarinho - Olinda - PE.
Em novembro de 2003, obteve o diploma de Engenheira Florestal comoaluna Laureada, pela Universidade Federal Rural de Pernambuco.
Em Dezembro de 2003, foi bolsista de DTI do CNPq, pelo IPA, no qualpermaneceu por 2 meses no Projeto IMSEAR – Instituto do Milênio do Semi-Árido: Biodiversidade, Biopropecção e Conservação de Recursos Naturais.
Em Março de 2004, entrou para o Mestrado em Ciências Florestais pelaUniversidade Federal Rural de Pernambuco.
Em Abril de 2004, foi bolsista do mestrado pelo CNPq, no qualpermaneceu por 1 ano e 11 meses.
Em Março de 2006, entrou como estagiária para Fundação ApolônioSalles de Desenvolvimento Educacional – FADURPE.
Em Março de 2006, obteve o título de Mestre em Ciências Florestaispela Universidade Federal Rural de Pernambuco, área de concentração deSilvicultura, defendendo a dissertação em março de 2006.
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SILVA, WEGLIANE CAMPELO. Estudo da regeneração natural de espéciesarbóreas em quatro fragmentos de Floresta Ombrófila Densa no município deCatende, Zona da Mata Sul de Pernambuco. 2006. Orientador: Luiz CarlosMarangon. Co-orientadores: Rinaldo Luiz Caraciolo Ferreira e Ana LíciaPatriota Feliciano.
RESUMO
O estudo foi desenvolvido nos fragmentos denominados Mata dasGalinhas, Mata Santa Luzia, Mata Conceição e Mata das Caldeiras, situadosno município de Catende - PE, na mesorregião da mata pernambucana, maisprecisamente na microrregião da mata úmida, a 142 Km da capital, nascoordenadas 8º40’00” S e 35º35’00” W, com altitude de 100 m. O relevo varia,de ondulado a forte ondulado. O município está inserido na bacia hidrográficado rio Una. Os solos predominantes na área geográfica do município sãoclassificados como latossolo vermelho distrófico e o nitossolo vermelhoassociado ao latossolo. A vegetação é de Floresta Ombrófila Densa. Opresente trabalho tem como objetivo estudar e avaliar a regeneração naturaltotal de espécies arbóreas nos fragmentos florestais e verificar a similaridade,diversidade e estrutura das espécies nos mesmos. Para a estimativa daregeneração natural das espécies arbóreas dos fragmentos florestaisestudados, foram locadas de forma sistemática 10 subparcelas de 25 m² (5 x 5m) em cada fragmento, totalizando 40 subunidades. Estas subunidades foramimplementadas no centro de 40 unidades amostrais de 250 m2 (10 x 25 m),anteriormente locadas de forma permanente para o estudo da fitossociologiada comunidade arbórea adulta, com um distanciamento de 50 m entre si. Aanálise foi realizada com indivíduos que apresentaram CAP < 15 cm ealturas correspondentes, dividida em classes, onde a classe 1 contemplouindivíduos com altura de 1,0 < 2,0 m, a classe 2 com indivíduos > 2,0 < 3,0 me a classe 3 com indivíduos > 3,0 m. Foram calculados ainda para osfragmentos a diversidade e a similaridade. Para a área total, foram amostrados492 indíviduos vivos, pertencentes a 34 famílias botânicas e 71 espéciesarbóreas. Dessas, 64 foram identificadas em nível de espécie, 4 em nível degênero, 1 em nível de família e 2 estão como indeterminadas. As dez espéciescom maiores valores para regeneração natural total (RNT) contribuem com52,5% do percentual total, estando assim distribuídas: Eschweilera ovata(Camb.) Miers. (7,6%), Brosimum discolor Schott. (6,8%), Protiumheptaphyllum (Aubl.) Marchand (6,5%), Thyrsodium spruceanum Benth. (6,3%),Cupania racemosa (Vell.) Radlk. (5,7%), Helicostylis tomentosa (Poepp. &Endl.) Rusby (5,5%), Rheedia gardneriana Planch. & Triana (4,6%), Cupaniarevoluta Rolfe (3,6%), Nectandra cuspidata Nees & Mart. (3,5%) e Siparunaguianensis Aubl. (2,4%). Estas espécies apresentaram uma boa capacidade deregeneração no fragmento e no futuro, provavelmente serão as principaisresponsáveis pela manutenção da estrutura e fisionomia da floresta. Oresultado do índice de diversidade encontrado para todos os fragmentosestudados foi de 3,65 nats/ind., entretanto, o fragmento que apresentou ummaior valor para o índice foi o fragmento Mata das Galinhas no qual obteve oseguinte resultado 3,44 nats/ind. Para a análise da similaridade, a distânciaeuclidiana obteve um valor percentual maior entre os fragmentos Mata das
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Galinhas e Mata Conceição, no entanto demonstrou um maior distanciamentoentre os mesmos e o fragmento Mata das Caldeiras.
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SILVA, WEGLIANE CAMPELO. Natural regeneration’s study of arborealspecies in four fragments, Humid Forest in Catende’s City, Pernambuco’s SouthZone. 2006. Adviser: Luiz Carlos Marangon. Comitte: Rinaldo Luiz CaracioloFerreira and Ana Lícia Patriota Feliciano.
ABSTRACT
The study was developed in the fragments calls Mata das Galinhas, MataSanta Luzia, Mata Conceição and Mata das Caldeiras, situated in theCatende’s-PE city (8º40'00 "S and 35º35'00" W), in mesoregion of thepernambucana forest, more necessarily in the humid forest’s microregion, at142 km of the capital. The area’s vegetacion is Humid Forest. The relief varieswavy to very wavy, with 199 m altitude. The city is allowed at river Una’watershed. The predominant soil is classified as red latisols dystrophic and rednitosols associated to latisols. The present work aims to study and evaluatedthe total natural regeneration of arboreal species in the forests fragments and toverify the similarity, diversity and structure of the species in the same ones. .For estimate the natural regeneration, were made systematically 40 subunits(samples with 5 x 5 m), where in 10 subunits in each fragment. These subunitswere inserted in the middle samples (10 x 25 m) before used to evaluate thecommunity arboreal phytossociology, with 50 meters between the ones. Theregeneration study (CAP < 15 cm) was developed with heights divided in threecategories (1 – individuals with minimum heights 1 < 2 m; 2 - individuals withminimum heights 2 < 3 m; 3 - individuals with heights > 3 m). Besides, thesamply sufficient, similarity and diversity were calculated. For the fragments, 34botanical families and 71 arboreal species inside 492 individuals. 64 had beenidentified in level of species, 4 in sort level, 1 in family level and 2 are notidentify. Ten species obtained bigest values for total natural regeneration (RNT)and contribute with 52,5% of the total percentage, how is descript following way:Eschweilera ovata (Camb.) Miers. (7,6%), Brosimum discolor Schott. (6,8%),Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand (6,5%), Thyrsodium spruceanumBenth. (6,3%), Cupania racemosa (Vell.) Radlk. (5,7%), Helicostylis tomentosa(Poepp. & Endl.) Rusby (5,5%), Rheedia gardneriana Planch. & Triana (4,6%),Cupania revoluta Rolfe (3,6%), Nectandra cuspidata Nees & Mart. (3,5%) andSiparuna guianensis Aubl. (2,4%). These species had presented a goodcapacity of regeneration, probably they will be main responsible for themaintenance of forest’s structure and physiognomy. The diversity (H ') was 3,65nats/ind to all fragments. However, Mata das Galinhas fragment got a biggervalue to diversity (3.44 nats/ind) than the others ones. The similarity’s analysis,in the Euclidean distance got a bigger value between the Mata das Galinhasand Conceição fragments than the others ones, nevertheless theydemonstrated a bigest different between the same ones and Mata dasCaldeiras fragment.
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SILVA, W. C. Estudo da regeneração natural de espécies...
1. INTRODUÇÃO
As florestas tropicais e subtropicais, com suas alternâncias de períodos
secos e chuvosos, em conjunto com a mistura de espécies sempre-verdes e
caducifólias, fazem as mesmas serem bastante complexas em suas
características, devido às inúmeras formas de adaptações morfológicas e
fisiológicas, que acabam dando origem a uma enorme biodiversidade
(POGGIANI, 2004).
Na Mata Atlântica, os fragmentos de diferentes tamanhos, formas, graus
de isolamento, tipos de vizinhança e históricos de perturbações estão
comprometidos em sua composição, estrutura e dinâmica, sendo que o
empobrecimento ambiental é o principal impacto do processo de isolamento
(VIANA, 1990).
Segundo Múrcia (1995), a fragmentação florestal é a substituição das
áreas de floresta nativa por outras formas de uso da terra, deixando isolada
suas partes, com conseqüências negativas para o conjunto de seus
organismos.
Rambaldi (2003), descreve que o processo histórico e contínuo de
fragmentação dos habitats, provocado pelo homem, tem como características
principais a sua ocorrência em grande escala de espaço e pequena escala de
tempo, onde como resultado desta fragmentação ocorre uma redução da
população efetiva de muitas espécies e conseqüentemente uma redução da
variabilidade genética. O que dificulta um melhor aproveitamento das áreas
remanescentes, pois além de estarem reduzidas, as árvores que restam ou são
brotações ou são finas, em outras regiões percebe-se que a extração foi tão
intensa que não sobraram árvores adultas em fase de produção de sementes,
(SCHAFFER e PROCHNOW, 2002). Seguindo este contexto, Poggiani (2004)
afirma que as florestas são hoje fortemente alteradas e reduzidas em sua
extensão pela atividade humana, devido à expansão das fronteiras agrícolas e
à crescente urbanização.
Os ecossistemas das florestas tropicais são facilmente degradados
porque os seus solos são, com freqüência, rasos e pobres em nutrientes,
estando sujeitos à erosão em virtude da alta densidade pluviométrica
(PRIMACK e RODRIGUES, 2001).
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SILVA, W. C. Estudo da regeneração natural de espécies...
A fragmentação da Mata Atlântica na mesorregião da mata úmida do
Estado de Pernambuco surgiu principalmente, para dar lugar ou fornecer
combustível para os engenhos de cana-de-açúcar, que visavam, entre outros
interesses, a ampliação do potencial produtivo e com isso maiores lucros.
A queda dos complexos usineiros devido à supressão do governo ao
incentivo do álcool, não contribuiu de forma quantitativa para conservação dos
resquícios de mata atlântica nas áreas rurais do estado, pois mesmo perante a
legislação, os fragmentos, muitas vezes, áreas de preservação permanente,
ainda são constantemente degradados para fins de consumo primário pelas
populações locais.
Grande parte dos fragmentos florestais do Estado de Pernambuco, hoje
são matas secundárias, oriundas de regeneração natural. Nesse caso, a
compreensão da dinâmica das espécies arbóreas, é de fundamental
importância para o desenvolvimento de técnicas de manejo adequadas para a
manutenção da diversidade florística dessas áreas.
A grande diversidade florística e o alto índice de endemismo da Floresta
Atlântica são fatores de grande importância e que requerem o desenvolvimento
de estudos florísticos e fitossociológicos, pois apesar de sua proximidade em
relação ao maior número de centros de pesquisa do país ela tem sido pouco
estudada (LEITÃO-FILHO, 1987; JOLY et al.; 1991; MELO, 1993).
A ciência florestal está associada a uma elevada quantidade de
informações sobre os mais diversos tipos de estruturas e mecanismos
biológicos e se preocupa com a constante redução da diversidade natural das
áreas verdes sem um manejo adequado. Apreensiva em fundamentar ações
voltadas para conservação dos ecossistemas florestais, enfatiza a necessidade
do conhecimento de processos para orientar as decisões de sustentabilidade,
onde a intervenção humana não provoque uma profunda perturbação do
biótopo natural, podendo ainda, causar mudanças evolutivas e
conseqüentemente irreversíveis nas inter-relações entre os seres vivos e o
meio.
O conhecimento da composição florística e estrutural, bem como a
microbiota do solo é ainda muito limitado. Assim, as análises florísticas e
estruturais permitem obter informações sobre a situação dos fragmentos, para
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SILVA, W. C. Estudo da regeneração natural de espécies...
que possam ser estabelecidas estratégias de conservação, (PROJETO MATA
DA USINA SÃO JOSÉ, 2005).
A utilização da fitossociologia como uma ferramenta no conhecimento
dos Biomas, se torna fundamental, onde por meio desta e de estudos mais
aprofundados, se pode conhecer e realizar uma avaliação momentânea da
freqüência, densidade e das espécies que se encontram regenerando e que
possivelmente estarão presentes na floresta adulta.
De acordo com Daniel e Jankauskis (1989), o entendimento dos
processos de regeneração natural de florestas é importante para o sucesso do
seu manejo, o qual necessita de informações básicas em qualquer nível de
investigação.
Vasconcelos (2002), explica que a regeneração natural decorre da
interação de processos naturais de restabelecimento do ecossistema florestal.
A zona da Mata pernambucana vem sofrendo constantes degradações,
citada diversas vezes no Plano de Desenvolvimento Florestal e da
Conservação da Biodiversidade de Pernambuco (PERNAMBUCO, 2000), o
qual relata uma estratégia de conservação para a região onde o município de
Catende está inserido.
É importante destacar a escassez de trabalhos voltados para o
conhecimento da vegetação na área. Mediante este fato, os fragmentos que
compõem o presente trabalho, foram escolhidos levando em consideração os
critérios de estarem inseridos no município de Catende, de serem
remanescentes de Floresta Ombrófila Densa, de possuírem maiores tamanhos
e melhor acessibilidade.
Este trabalho tem por objetivo estudar e verificar o comportamento das
espécies florestais arbóreas que se encontram em fase de regeneração nos
fragmentos Mata das Galinhas, Mata Santa Luzia, Mata Conceição e Mata das
Caldeiras, com o objetivo de subsidiar informações de conhecimento florístico,
fitossociológico e do estado de regeneração total da área.
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SILVA, W. C. Estudo da regeneração natural de espécies...
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Floresta tropical
O Brasil é o país de maior biodiversidade do planeta e detém a maior
extensão contínua de florestas tropicais (JARDIM et al., 1993)
Por ser um ecossistema complexo, a floresta tropical geralmente é um
desafio para a ciência florestal. O conhecimento desse recurso é uma
necessidade, visto que com freqüência, intervenções sucessivas acontecem,
sem a mínima preocupação com a conservação desse recurso natural
(MARANGON, 1999).
De maneira geral, a floresta tropical apresenta composição florística
muito diferente entre a fração do dossel e a fração do sub-bosque (JARDIM e
HOSOKAWA, 1986). Isso se deve a dois fatores que se somam: primeiro, os
componentes herbáceos e arbustivos, que caracteristicamente, não atingem
grandes tamanhos, no máximo alcançando o estrato inferior; segundo, o
grande número de espécies heliófilas, com pouca ou nenhuma regeneração,
mas que são bem representadas na massa do dossel (JARDIM e HOSOKAWA,
1986; SILVA, 1989, citado por JARDIM et al., 1993).
Segundo Rolim (1997) a discussão em torno da sustentabilidade das
florestas tropicais é de extrema importância para a aplicação de técnicas de
manejo. Nesse sentido, Jardim et al. (1993) afirmam que os vários sistemas
silviculturais aplicáveis ao manejo da floresta, objetivando o rendimento
sustentável, ainda exigem conhecimentos básicos sobre a dinâmica de
crescimento e recomposição da floresta nativa original, para que possam ser
aplicados com sucesso, sem comprometer a estabilidade, a renovabilidade e a
própria sustentabilidade.
Conforme Ewel (1980), as florestas tropicais úmidas de terra baixas
crescem, em termos de biomassa/ha/ano, mais rapidamente do que as
florestas semidecíduas e as montanas, as quais estão estabelecidas sob
condições menos favoráveis ao crescimento vegetal. Todavia, as florestas de
terras baixas apresentam menor resiliência, quando comparado a outras, pois
são mais desenvolvidas estruturalmente (biomassa, altura média, área basal)
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SILVA, W. C. Estudo da regeneração natural de espécies...
e, portanto, requerem maiores períodos de tempo para se regenerar (BEGON
et al., 1996).
Os trabalhos em florestas nativas, embora de importância crescente,
sofrem grandes limitações motivadas pela falta de informações das espécies,
notadamente as de porte arbóreo. Além do desconhecimento das espécies
existentes, não se conhecem, também, os fenômenos que ocorrem na floresta
ou mesmo em espécies isoladas. Por outro lado, hoje a má utilização dos
recursos florestais têm proporcionado sérios danos a esses recursos,
comprometendo seriamente a biodiversidade (MARANGON e FELICIANO,
2003).
Saldarriaga e Uhl (1991) estimaram que são necessários,
aproximadamente 140 a 200 anos para que a floresta tropical de terra firme,
estabelecida em áreas de cultivos abandonados, apresente valores de
biomassa similares aos da floresta madura na Amazônia venezuelana.
2.2. Fragmentação florestal
Fragmento florestal pode ser definido como qualquer área de floresta
natural interrompida por barreiras antrópicas, capazes de impedir ou diminuir
significativamente o fluxo de animais, pólen e/ou sementes (VIANA, 1990),
este, quando degradado, geralmente apresenta elevada densidade de bambus
e/ou lianas, que podem inibir a regeneração de espécies arbustivas e arbóreas
(TABARELLI et al., 1999; SANTIN, 1999; TABARELLI e MANTOVANI, 2000;
TABANEZ e VIANA, 2000).
Muitos remanescentes florestais encontram-se na forma de fragmentos
altamente perturbados, isolados, pouco conhecidos, pouco protegidos e em
áreas de encostas. Portanto, ainda há necessidade de mais informações para a
caracterização de florestas, cujo desenvolvimento ocorra sob influência das
pressões diretas do entorno e por elas seja influenciado, tais como introdução
de monoculturas, pastejo, incêndios freqüentes e corte seletivo de madeira
para diversos fins (SANTANA, 2004).
A diversidade de espécies, a estrutura e a dinâmica de um determinado
fragmento é afetada por suas próprias características, como o tipo e
intensidade de perturbação que ele tenha sofrido, seu tamanho e sua forma, o
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SILVA, W. C. Estudo da regeneração natural de espécies...
nível de isolamento a diversidade de habitat no seu interior e o tipo de
vizinhança com o fragmento (FELICIANO, 1999).
Segundo Tabanez (1995), a fragmentação introduz uma série de novos
fatores na história evolutiva de populações naturais de plantas e animais,
afetando os parâmetros demográficos de mortalidade e natalidade das
diferentes espécies, a estrutura e dinâmica dos ecossistemas. Uma das
características da fragmentação é o empobrecimento dos remanescentes
florestais, que passam por um processo gradativo de perda de diversidade
biológica e diminuição das funções ecológicas.
No momento, as coberturas vegetais, anteriormente expressas como
extensas formações florestais, da grande maioria das regiões brasileiras se
encontram fragmentadas e em mal estado de conservação. Os fragmentos
existentes na zona da mata, mais precisamente na Mata Sul pernambucana,
necessitam de estudos básicos da vegetação, pois não estão em situação
diferente das demais regiões do país, sofrendo alto grau de perturbação
decorrente da expansão demográfica e principalmente, de práticas agrícolas
inadequadas. A maior parte de áreas remanescentes são caracterizadas por
vegetação secundária e apresentando processos iniciais de sucessão.
2.3. Florestas secundárias
No Brasil, a formação das florestas secundárias é atribuída à expansão
da fronteira agrícola, aos projetos de urbanização e industrialização e à
mineração. Também é resultante da exploração seletiva de madeiras e do corte
raso para a realização da agricultura itinerante, o que causa a abertura de
grandes clareiras e o surgimento da vegetação secundária (RONDON NETO
et. al., 2000).
Embora não sejam alvo preferencial de estudos e de adoção de medidas
conservacionistas, as florestas secundárias possuem grande importância, pois
representam grande parte dos remanescentes no mundo (GÓMEZ-POMPA e
VÁZQUEZ-YANES, 1971).
A floresta secundária, segundo Finegan (1992), é uma vegetação
lenhosa que se desenvolve em terras que foram abandonadas depois que a
vegetação original foi destruída pela ação humana. Smith et al. (1998),
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SILVA, W. C. Estudo da regeneração natural de espécies...
recorrendo às estatísticas da (FAO, 1971), informam que existem
aproximadamente 165 milhões de hectares de florestas secundárias na
América do Sul.
Nas áreas onde ocorre a sucessão secundária, a composição florística
vai se modificando, tornando a comunidade cada vez mais complexa e
diversificada. Portanto, os estudos da regeneração natural são necessários
para que os mecanismos de transformação da composição florística e estrutura
possam ser compreendidas. Tais conhecimentos constituem uma ferramenta
básica para a tomada de medidas que visem à aceleração e direcionamento do
processo de sucessão secundária, seja para preservação ou produção
comercial.
Lamprecht (1964) afirma que o estudo da estrutura da floresta
secundária produz análises importantes sobre a dinâmica e as tendências do
desenvolvimento futuro da floresta.
Wiechers e Gòmez-Pompa (1979) afirmam que a maior parte da
vegetação de zonas tropicais no mundo está constituída por vegetação
secundária, o que já seria suficiente para justificar estudos referentes à
regeneração dos ecossistemas tropicais.
Regeneração natural
O termo regeneração natural tem um significado bastante amplo. Finol
(1971), define a regeneração natural, como sendo todos os descendentes das
plantas arbóreas que se encontram entre 0,10 m de altura até o limite de
diâmetro estabelecido no levantamento estrutural. Para Rollet (1978), o
significado do termo regeneração refere-se às fases juvenis das espécies.
Segundo Poggiani (1989), o processo evolutivo da vegetação até a formação
de uma floresta semelhante à primitiva, após o desmatamento parcial ou total
de uma área, recebe o nome de regeneração natural, sendo que esse processo
pode durar até 100 anos.
A regeneração natural decorre da interação de processos naturais de
restabelecimento do ecossistema florestal. É, portanto, parte do ciclo de
crescimento da floresta e refere-se às fases iniciais de seu estabelecimento e
desenvolvimento. O estudo da regeneração natural permite a realização de
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SILVA, W. C. Estudo da regeneração natural de espécies...
previsões sobre o comportamento e desenvolvimento futuro da floresta, pois
fornece a relação e a quantidade de espécies que constituem o seu estoque,
bem como suas dimensões e distribuição na área (CARVALHO, 1982). É ainda
parte do complexo biológico ativo das florestas tropicais que formam,
desenvolvem e mantém as fitofisionomias.
O dossel atual de uma floresta é composto por árvores que
provavelmente iniciaram seu ciclo vital muitos anos atrás, e que comportam
abaixo de si, os sobreviventes de sucessivos períodos de regeneração a partir
de sementes ou de outros mecanismos (SWAINE e HALL, 1988) tais como,
rebrota de cepas ou banco de plântulas. Estes estudos, freqüentemente
subestimados, têm grande importância, já que permitirão conhecer o
desenvolvimento das várias espécies e como estas poderão ocupar o estrato
arbóreo (BARREIRA et al., 2002).
Negrelle (1995) comenta que o estoque de plantas jovens crescendo
debaixo do dossel superior, pode definir apenas em parte, as árvores que irão
formar o futuro dossel da floresta, ou seja, não se pode assumir que este
estoque represente completamente o futuro dossel. A presença de
determinadas plântulas no sub-bosque de uma comunidade, não garante, na
sua totalidade que as mesmas estarão presentes nas classes dominantes
dessa área, visto que a mortalidade e os estádios sucessionais podem
influenciar nesse sentido.
Segundo Lamprecht (1964), as regenerações naturais de idades
sensivelmente iguais, possuem após cerca de 20 anos uma estrutura tão rica
como a floresta original.
Hosokawa (1984), ressalta que a análise da regeneração natural é de
suma importância, pois a futura floresta vai depender do manejo dessa
regeneração. Podendo-se obter florestas mais ricas (econômicas), com um
adequado grau de estabilidade ecológica.
Conforme Guariguata e Dupuy (1997), a velocidade de regeneração da
floresta tropical depende da intensidade da perturbação sofrida. O tempo de
regeneração de algumas florestas tropicais americanas foi estimado entre 150
e 200 anos (UNESCO/PNUMA/FAO, 1980).
No que se refere à mudança na composição de espécies durante a
regeneração, a descrição de modelos sucessionais, como cronosseqüência de
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SILVA, W. C. Estudo da regeneração natural de espécies...
estabelecimento e extinção de espécies dominantes, tem permitido: (1) prever
parte das modificações na composição florística e nas demais características
da comunidade ao longo do processo de regeneração e (2) fazer inferências
sobre os mecanismos organizadores das transformações (TABARELLI et al.,
1999).
Fatores que limitam a regeneração natural nas florestas e o
estabelecimento de árvores são considerados barreiras. Para a conservação
dos fragmentos não é suficiente apenas protegê-los, fazendo-se necessário o
desenvolvimento de metodologias e estratégias de manejo para restauração e
conservação. As práticas restauradoras devem facilitar os processos da
sucessão nos fragmentos florestais, restabelecendo a estrutura e composição
da floresta através da regeneração natural (TABANEZ, 1995).
O desbaste seletivo de espécies competidoras é uma medida de manejo
recomendada para favorecer a regeneração das árvores e arbustos no interior
destes fragmentos (RODRIGUES e GANDOLFI, 2000). Pouco se sabe, no
entanto, sobre a dinâmica de regeneração das florestas degradadas ou a
influência exercida pelo manejo das espécies competidoras sobre a
composição e estrutura da comunidade arbustivo-arbórea.
Durante o estudo da regeneração natural podem ser obtidas
informações sobre autoecologia, estádio sucessional, efeitos da exploração ou
colheita florestal, entre outras informações importantes que norteiam as
intervenções silviculturais previstas nos planos de manejo (HIGUCHI et. al.,
1985).
Desse modo, a regeneração natural permite uma análise efetiva para
diagnosticar o estado de conservação do fragmento e a resposta ao manejo,
uma vez que representa o conjunto de indivíduos capazes de serem recrutados
para os estádios posteriores. Portanto, o estudo da regeneração das florestas,
constitui-se num tema de relevância para a preservação, conservação e
recuperação das florestas.
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SILVA, W. C. Estudo da regeneração natural de espécies...
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. Caracterização da área
3.1.1. Localização
O estudo foi desenvolvido nos fragmentos denominados Mata das
Galinhas, Mata Santa Luzia, Mata Conceição e Mata das Caldeiras,
pertencentes ao complexo da Usina Catende, que é composta por 48
engenhos totalizando 26.400 ha (Figura 1 a, b e c). Sua produção tradicional é
o cultivo da cana-de-açúcar, que exerce papel socioeconômico fundamental na
região. O município de Catende, está situado na mesorregião da mata
pernambucana, mais precisamente na microrregião da mata úmida, a 142 Km
da capital, nas coordenadas 8º40’00” S e 35º35’00” W. A área do município e
de 181 km2, o que corresponde a 0,2% da área total do estado. Possui uma
densidade demográfica de 192,23 hab/km2 e a população é de 31.149 hab. O
município limita-se ao leste e sudeste com o município de Palmares, ao norte
com o municipio de Bonito, ao sul e sudoeste com o município de Maraial, e ao
oeste com os municípios de Belém de Maria e Lagoa dos Gatos. O acesso é
feito pela BR-101 Sul e pela PE-126. A altitude da cidade é de 100 m. A
temperatura anual varia entre 22 e 26ºC e a precipitação média anual é de
1.414 mm. O relevo varia de ondulado a fortemente ondulado, pois a erosão
fluvial sulca a rede hidrográfica, dando aos vales a forma de “v”. O município
está inserido na bacia hidrográfica do rio Una, o qual serve de limite com o
município de Bonito, pelo rio Pirangi (CONDEPE, 1987).
3.1.2. Fragmento Mata das Galinhas
A Mata das Galinhas é um fragmento que possui 30,95 ha (Figuras 2 e
3), está inserido no Engenho Tabaiaré, cujas coordenadas geográficas são
8º69’06” S e 35º69’08” W, apresenta uma elevação de 199 m e uma paisagem
fortemente marcada pela monocultura da cana-de-açúcar, a qual circunda todo
o fragmento.
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SILVA, W. C. Estudo da regeneração natural de espécies...
Figura 1. a. Mapa do Brasil, com enfoque no Estado de Pernambuco; b. Mapaenfocando o município de Catende e seus limites no Estado de Pernambuco;c. Imagem do Satélite - LANDSAT7 ETM+, delimitação do município deCatende – PE e a localização dos fragmentos (Alves, 2005).
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CATENDE
Mata das Caldeiras
Mata das Galinhas
Mata Conceição
Mata Sta. Luzia
Município de Catende
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SILVA, W. C. Estudo da regeneração natural de espécies...
Figura 2. Fragmento Mata das Galinhas, Catende - PE. 2005
Figura 3. Mapa do fragmento Mata das Galinhas, Catende - PE, em escala de1:3500. Desenho: Guimarães, 2004, modificada por Nascimento, 2006.
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SILVA, W. C. Estudo da regeneração natural de espécies...
3.1.3. Fragmento Mata Santa Luzia
A Mata Sanata Luzia é um fragmento que possui 27,47 ha (Figuras 4 e
5), está inserido no Engenho Santa Luzia, cujas coordenadas são 8º72’49” S e
35º72’47” W, apresenta uma elevação de 239 m e uma paisagem fortemente
marcada pela monocultura da cana-de-açúcar, a qual circunda todo o
fragmento.
Figura 4. Fragmento Mata Santa Luzia, Catende - PE. 2005
Figura 5. Mapa do fragmento Mata Santa Luzia, Catende - PE, em escala de1:3500. Desenho: Guimarães, 2004, modificada por Nascimento, 2006.
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SILVA, W. C. Estudo da regeneração natural de espécies...
3.1.4. Fragmento Mata Conceição
A Mata Conceição é um fragmento que possui 15,25 ha (Figuras 6 e 7),
está inserido no Engenho Conceição, cujas coordenadas são 8º63’82” S e
35º76’20” W, apresenta uma altitude de 329 m e uma paisagem fortemente
marcada pela monocultura da cana-de-açúcar, a qual circunda todo o
fragmento.
Figura 6. Fragmento Mata Conceição, Catende - PE. 2005
Figura 7. Mapa do fragmento Mata Conceição, Catende - PE, em escala de1:3500. Desenho: Guimarães, 2004, modificada por Nascimento, 2006.
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SILVA, W. C. Estudo da regeneração natural de espécies...
3.1.5. Fragmento Mata das Caldeiras
A Mata das Caldeiras é um fragmento que possui 38,56 ha (Figuras 8 e
9), está inserido no Engenho Guariba, cujas coordenadas são 8º63’59” S e
35º77’74” W, apresenta uma elevação de 327 m e uma paisagem fortemente
marcada pela monocultura da cana-de-açúcar, a qual circunda todo o
fragmento.
Figura 8. Fragmento Mata das Caldeiras, Catende - PE. 2005
Figura 9. Mapa do fragmento Mata das Caldeiras, Catende - PE, em escala de1:3500. Desenho: Campelo, 2004, modificada por Lopes, 2006.
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SILVA, W. C. Estudo da regeneração natural de espécies...
3.1.6. Clima
O clima do município de catende é do tipo As’ tropical chuvoso com
verão seco e estação chuvoso adiantada para o outono, antes do inverno,
segundo a classificação de Köpper. O trimestre mais úmido corresponde aos
meses de abril a junho (CONDEPE, 1987).
A distribuição das chuvas e da temperatura média mensal do município
pode ser observada na Figura 10.
Figura 10. Distribuição mensal média da precipitação e temperatura nomunicípio de Catende – PE, de 1941 até o ano de 2005. Gráfico: Aparício,2005.
3.1.7. Solos
Os solos predominantes na área geográfica do município são
classificados como latossolo vermelho distrófico e o nitossolo vermelho
associado ao latossolo (EMBRAPA, 2005). São em geral solos pobres em
nutrientes, com textura argilosa, podendo conter rochas bem granitizadas.
16
74,4 71,1
137,4
181,5
221,2
262,1
238,6
146,7
92,1
39,5 32,544,2
0
50
100
150
200
250
300
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Prec
ipita
ção
(mm
21
22
23
24
25
26
27
Temperatura (ºC
)
Precipitação (mm)Temperatura (ºC)
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SILVA, W. C. Estudo da regeneração natural de espécies...
3.1.8. Vegetação
Segundo informações obtidas por meio do CONDEPE (1987), a
vegetação original remanescente corresponde à formação representada pela
Floresta Estacional Semidecidual, como formação densa, alta (20-30m) e rica
em espécies.
Estudando fragmentos da Floresta Atlântica brasileira, Ranta et al.,
(1998), descreve as áreas de estudo, pertencentes às cidades de Ipojuca,
Escada, Primavera, Ribeirão, Sirinhaém, Gameleira, Rio Formoso e Barreiros,
localizadas próximas ao município de Catende, como sendo de formação
vegetacional de Floresta Ombrófila Densa.
As áreas apresentaram características de vegetação secundária
(Figura 11).
Figura 11. Interior do fragmento Mata das Caldeiras, Catende - PE. 2005.
3.2. Análise da Estrutura da Regeneração Natural
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SILVA, W. C. Estudo da regeneração natural de espécies...
Para a estimativa da regeneração natural das espécies arbóreas dos
fragmentos florestais estudados, foram locadas de forma sistemática 10
subparcelas de 25 m² (5 x 5 m) em cada fragmento, totalizando 40
subunidades, com base na metodologia empregada por Finol (1971), utilizada e
modificada por Volpato (1994). Estas subunidades foram implementadas no
centro de 40 unidades amostrais de 250m2 (10 x 25 m), anteriormente locadas
de forma permanente para o estudo da fitossociologia da comunidade arbórea
adulta. As parcelas possuem um distanciamento de 50 m entre si.
Os indivíduos mensurados receberam placas de alumínio com
numeração, as quais foram fixadas com linha de nylon. Para mensurar os
indivíduos que apresentaram altura até 2,0 m, foi utilizada trena de bolso
quando necessário, foram estimadas as demais com varas moduladas de
2,0 m.
Os parâmetros fitossociológicos foram estimados com ajuda do
Microsoft EXCEL 2000. Os parâmetros avaliados foram: DR (Densidade
Relativa); FR (Freqüência Relativa); RNC1 (Regeneração Natural na Classe de
Altura 1); RNC2 (Regeneração Natural na Classe de Altura 2); RNC3
(Regeneração Natural na Classe de Altura 3); RNT (Regeneração Natural
Total.
As análises foram estabelecidas, com base no nível de inclusão, onde
foram mensurados indivíduos que apresentaram CAP < 15 cm e alturas
correspondentes divididas em classes, onde a classe 1 contemplou indivíduos
com altura de 1,0 < 2,0 m, a classe 2 com indivíduos > 2,0 < 3,0 m e a classe 3
com indivíduos > 3,0 m.
Optou-se pela altura mínima de 1,0 m para análise da regeneração de
espécies arbóreas, pois nessa altura as espécies apresentam uma melhor
definição da sua caracterização morfológica, permitindo uma identificação mais
confiável.
A identificação taxonômica das espécies foi realizada no campo, sempre
que possível. Quando necessário, foi recolhido material botânico para
identificação posterior, por meio de comparação com exsicatas do Herbário
Dardáno de Andrade Lima – IPA (Empresa Pernambucana de Pesquisa
Agropecuária), a qual seguiu o sistema de classificação de Cronquist (1988).
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SILVA, W. C. Estudo da regeneração natural de espécies...
Para cada espécie foram estimados os parâmetros absolutos e relativos
de freqüência e densidade, em cada classe de altura pré-estabelecida. Com
base nesses parâmetros, pretende-se estimar a regeneração natural por classe
de altura, para isso, foi usada a seguinte expressão (VOLPATO, 1994):
2jiji
jiFrDR
RNC+
=
em que:
RNCij = estimativa da regeneração natural da i-ésima espécie na j-
ésima classe de altura de planta, em percentagem;
DRij = densidade relativa em percentagem para a i-ésima espécie na j-
ésima classe de altura de regeneração natural;
FRij = freqüência relativa em percentagem para i-ésima espécie na
j-ésima classe de regeneração natural.
Calculado o índice de regeneração por classe de altura para cada
espécie, será realizado o cálculo da estimativa da regeneração total por
espécie, utilizando-se da soma dos índices de regeneração natural por classe
de altura, dividida pelo número de classes conforme Finol (1971):
( )∑= 3/jii RNCRNT
em que:
RNTi = estimativa da regeneração natural total da i-ésima espécie;
RNCij = estimativa da regeneração natural da i-ésima espécie na j-
ésima classe de altura de planta.
3.3. Diversidade
Para analisar a diversidade de espécies foi utilizado o Índice de
Diversidade de Shannon-Weaver (H’) citado por Felfili e Rezende (2003):
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SILVA, W. C. Estudo da regeneração natural de espécies...
∑=
−=S
i Nin
NinH
1ln'
em que:
S = número de espécies amostradas;
ln = logaritmo de basen;
ni = número de indivíduos da espécie i;
N = número total de indivíduos amostrados.
3.4. Similaridade
Para análise de similaridade entre os fragmentos estudados foram
utilizadas análises de agrupamento, utilizando como medida a distância
euclidiana que foi estimada pela seguinte expressão:
1/2
j
2i´jdeijde ii´d ⎥
⎥⎦
⎤
⎢⎢⎣
⎡∑ ⎟
⎠⎞⎜
⎝⎛ −=
em que:
ii´d = a distância euclidiana entre as espécies i e i’;
i´jdeijde − = diferença entre as densidades das espécies i e i’, para uma
variável j.
Para delimitação dos grupos, foi utilizado o método de ligação simples,
também denominado de método do elemento mais próximo, um dos mais
simples, de uso geral e de rápida aplicação.
O método da ligação simples, segundo Souza et al. (1997), é uma
técnica de hierarquização aglomerativa e tem como uma de suas
características, não exigir que o número de agrupamentos seja fixado “a priori”.
Seja E= {E1, E2,...,Ep} um conjunto de elementos em que cada um é
representado por um vetor Xi, para i= 1,2,...,p pontos do espaço p-dimensional
(Ip).
No caso de análise de vegetação, cada dimensão do espaço
correspondeu a uma espécie diferente.
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SILVA, W. C. Estudo da regeneração natural de espécies...
Determinado todos os n(n-1)/2 diferentes valores de dij, Sij (i = j = 1,2,...,n)
foram representados na forma de uma matriz de distância (D1) ou de
similaridade (S1).
De posse da matriz primária de dados X (n x p), o método de ligação
simples foi resolvido na seguinte sequência de cálculos:
1. Com base na matriz de dados X (n x p), determinaram-se os valores da
função de agrupamento dij ou Sij, que foram representados na forma matricial
(D1) ou (d1).
2. Localizou-se o valor mínimo de dij > 0 ou o valor máximo de Sij > 0. Os
elementos Ei e Ej, correspondentes a este valor, foram reunidos em um mesmo
grupo e então, têve-se (n-1) agrupamentos remanescentes.
3. Com base na matriz de distância inicial (D1), ou de similaridade (S1),
determinou-se a distância ou similaridade entre o novo agrupamento, por meio
da relação:
d(ij) I = min (di1, di2), I = 1, (n-2)
I ≠ i ≠ j
S(ij) I = máx (S i1, S i2), I = 1, (n-2)
I ≠ i ≠ j
Sendo assim foi construída uma nova matriz de distância (D2) ou de
similaridade (S2).
4. Localizou-se em D2 ou em S2, o menor valor de dij > 0 ou o valor máximo de
Sij > 0. Em seguida, agrupou-se os elementos que deram origem a esta nova
distância ou similaridade, formando um novo agrupamento, neste passo, têve-
se (n-2) agrupamentos
5. Compõe-se nova matriz de distâncias ou similaridade, baseando-se na
matriz de distância ou de similaridade anterior, para isto, foi calculado a
distância ou a similaridade entre agrupamento formado na etapa anterior e os
demais, considerando-se um elemento isolado de E como um agrupamento.
A distância entre dois agrupamentos A e B foi dada por d (A,B) = min d (Xv,
Xr), v = 1, nA; r = 1, nB, sendo Xv e Xr vetores ponto de espaço p-dimensional
dos elementos de A e B, respectivamente. No caso de similaridade, S (A,B) máx
S (Xv, Xn). retorna-se, a seguir, à etapa 4.
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SILVA, W. C. Estudo da regeneração natural de espécies...
Desta forma, a matriz foi obtida e processada pelo Microsoft EXCEL
2000. Foi realizada uma análise dos valores e calculadas as distâncias de
agrupamento e a partir destes resultados foi construído um dendrograma.
O menor valor encontrado na matriz, indica uma maior semelhança entre
os fragmentos em teste, conseqüentemente o maior valor da matriz, demonstra
um maior distanciamento entre o grupo em questão.
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SILVA, W. C. Estudo da regeneração natural de espécies...
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para o fragmento Mata das Galinhas foram amostrados 137 indíviduosvivos, pertencentes a 29 famílias botânicas, 44 gêneros e 53 espécies
arbóreas. Dessas, 46 foram identificadas em nível de espécie, 4 em nível de
gênero, 1 em nível de família e 2 estão como indeterminadas.
As famílias de maior representatividade em número de espécies foram
Mimosaceae com 5 espécies, Moraceae, Sapindaceae, Lauraceae,
Annonaceae e Myrtaceae com 3 cada e Lecythidaceae, Burseraceae,
Anacardiaceae, Caesalpiniaceae e Meliaceae com 2, juntas elas
representaram 56,9% do total amostrado.
As espécies que se destacaram com maior número de indivíduos foram:
Eschweilera ovata (17), Brosimum discolor (15) e Protium heptaphyllum (15),
(Figura 12).
As estimativas, para o fragmento Mata das Galinhas, da regeneração
natural por classe de altura (RNC1, RNC2 e RNC3) com suas respectivas
densidades, freqüências relativas e a regeneração natural total (RNT),
expressas em percentagens, estão representadas na Tabela 1.
Figura 12. Relação entre espécies e número de indivíduos amostrados nofragmento Mata das Galinhas, Catende, PE.
23
17
15
15
7
6
6
4
4
3
3
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18
Eschweilera ovata
Brosimum discolor
Protium heptaphyllum
Cupania revoluta
Cupania racemosa
Thyrsodium spruceanum
Luehea ochrophylla
Tapirira guianensis
Cordia nodosa
Erythroxylum squamatum
Número de Indivíduos
-
Continua...
SILVA, W. C. Estudo da regeneração natural de espécies...
Tabela 1. Estimativa da Regeneração Natural Total (RNT) por classe de alturanas subunidades amostrais do fragmento Mata das Galinhas em Catende, PE,listados em ordem decrescente de acordo com o maior valor de RNT, ondeDR= Densidade Relativa; FR = Freqüência Relativa e RNC1 = RegeneraçãoNatural na Classe 1 de altura; RNC2 = Regeneração Natural na Classe 2 dealtura e RNC3 = Regeneração Natural na Classe 3 de altura.
Nome Científico DR1(%)FR1(%)
RNC1(%)
DR2(%)
FR2(%)
RNC2(%)
DR3(%)
FR3(%)
RNC3(%)
RNT(%)
Protium heptaphyllum (Aubl.) March. 12,20 12,12 12,16 12,00 12,50 12,25 9,86 10,17 10,01 11,47Brosimum discolor Schott. 12,20 15,15 13,67 12,00 12,50 12,25 9,86 6,78 8,32 11,41Eschweilera ovata (Cambess.) Miers 19,51 12,12 15,82 4,00 4,17 4,08 11,27 8,47 9,87 9,92Thyrsodium spruceanum Benth. 2,44 3,03 2,73 8,00 8,33 8,17 4,23 5,08 4,66 5,19Cupania revoluta Rolfe 2,44 3,03 2,73 4,00 4,17 4,08 7,04 5,08 6,06 4,29Luehea ochrophylla Mart. 7,32 6,06 6,69 4,00 4,17 4,08 0,00 0,00 0,00 3,59Sorocea hilarii Gaudich. 4,88 6,06 5,47 4,00 4,17 4,08 0,00 0,00 0,00 3,18Cupania racemosa (Vell.) Radlk. 2,44 3,03 2,73 0,00 0,00 0,00 7,04 5,08 6,06 2,93Cordia nodosa Lam. 2,44 3,03 2,73 4,00 4,17 4,08 1,41 1,69 1,55 2,79Tapirira guianensis Aubl. 7,32 6,06 6,69 0,00 0,00 0,00 1,41 1,69 1,55 2,75Ocotea glomerata (Nees) Mez 4,88 3,03 3,95 4,00 4,17 4,08 0,00 0,00 0,00 2,68Erythroxylum squamatum Sw. 0,00 0,00 0,00 4,00 4,17 4,08 2,82 3,39 3,10 2,40Ocotea gardneri (Meisn.) Mez 0,00 0,00 0,00 8,00 4,17 6,08 0,00 0,00 0,00 2,03Dialium guianense (Aubl.) Sandwith 0,00 0,00 0,00 4,00 4,17 4,08 1,41 1,69 1,55 1,88Myrciaria tenella Berg. 0,00 0,00 0,00 4,00 4,17 4,08 1,41 1,69 1,55 1,88Rheedia gardneriana Planch. & Triana 0,00 0,00 0,00 4,00 4,17 4,08 1,41 1,69 1,55 1,88Nectandra cuspidata Nees & Mart. 2,44 3,03 2,73 0,00 0,00 0,00 1,41 1,69 1,55 1,43Xylopia frutescens Aubl. 2,44 3,03 2,73 0,00 0,00 0,00 1,41 1,69 1,55 1,43Campomanesia xanthocarpa Berg. 0,00 0,00 0,00 4,00 4,17 4,08 0,00 0,00 0,00 1,36Cecropia palmata Willd. 0,00 0,00 0,00 4,00 4,17 4,08 0,00 0,00 0,00 1,36Guatteria pogonopus Mart. 0,00 0,00 0,00 4,00 4,17 4,08 0,00 0,00 0,00 1,36Myrcia rostrata DC. 0,00 0,00 0,00 4,00 4,17 4,08 0,00 0,00 0,00 1,36Psychotria cf. carthagenensis Jacq. 0,00 0,00 0,00 4,00 4,17 4,08 0,00 0,00 0,00 1,36Allophylus edulis (A. St.-Hil., Camb. &A. Juss.) Radlk. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,82 3,39 3,10 1,03Inga thibaudiana DC. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,82 3,39 3,10 1,03Trichilia silvatica C. DC. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,82 3,39 3,10 1,03Bactris ferruginea Burret 2,44 3,03 2,73 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,91Casearia arborea (Rich.) Urb. 2,44 3,03 2,73 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,91Casearia javitensis Kunth 2,44 3,03 2,73 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,91Cedrela sp. 2,44 3,03 2,73 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,91Coccoloba cf. alnifolia Casar. 2,44 3,03 2,73 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,91Mimosa sp. 2,44 3,03 2,73 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,91Schefflera morototoni (Aubl.) Maguire,Steyerm. & Frodin 2,44 3,03 2,73 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,91Copaifera langsdorffii Desf. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,82 1,69 2,26 0,75Euphorbiaceae 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,41 1,69 1,55 0,52Helicostylis tomentosa (Poepp. &Endl.) Rusby 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,41 1,69 1,55 0,52Himatanthus phagedaenicus (Mart.)Woodson 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,41 1,69 1,55 0,52Indet.1 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,41 1,69 1,55 0,52
24
-
... Tabela 1. ContinuaçãoSILVA, W. C. Estudo da regeneração natural de espécies...
Nome Científico DR1(%)FR1(%)
RNC1(%)
DR2(%)
FR2(%)
RNC2(%)
DR3(%)
FR3(%)
RNC3(%)
RNT(%)
Indet.2 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,41 1,69 1,55 0,52Inga capitata Desv. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,41 1,69 1,55 0,52Lecythis pisonis Cambess. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,41 1,69 1,55 0,52Macrosamanea pedicellaris (DC.)Kleinhoonte 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,41 1,69 1,55 0,52Maytenus distichophylla Mart. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,41 1,69 1,55 0,52Ouratea cf. hexasperma (A. St.-Hil.)Baill. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,41 1,69 1,55 0,52Paypayrola blanchetiana Tul. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,41 1,69 1,55 0,52Plathymenia foliolosa Benth. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,41 1,69 1,55 0,52Pogonophora schomburgkiana Miersex Benth. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,41 1,69 1,55 0,52Pouteria grandiflora (A. DC.) Baehni 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,41 1,69 1,55 0,52Protium giganteum Engl. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,41 1,69 1,55 0,52Psychotria sessilis Vell. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,41 1,69 1,55 0,52Quiina sp. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,41 1,69 1,55 0,52Rollinia sp. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,41 1,69 1,55 0,52Siparuna guianensis Aubl. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,41 1,69 1,55 0,52Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100
As dez espécies de maiores valores de regeneração natural total (RNT),
em ordem decrescente, foram: Protium heptaphyllum (11,5%), Brosimum
discolor (11,4%), Eschweilera ovata (9,9%), Thyrsodium spruceanum (5,2%),
Cupania revoluta (4,3%), Luehea ochrophylla (3,6%), Sorocea hilarii (3,2%),
Cupania racemosa (2,9%), Cordia nodosa (2,8%) e Tapirira guianensis
(2,75%). Juntas, elas representam cerca de 57,5% da Regeneração Natural
Total, (Figura 13).
Dentre as 53 espécies amostradas, as que apresentaram maiores
percentuais para Regeneração Natural na Classe 1 (RNC1) foram: Eschweilera
ovata (15,8%), Brosimum discolor (13,6%) e Protium heptaphyllum (12,1%).
Para Regeneração Natural na Classe 2 (RNC2) foram respectivamente,
Protium heptaphyllum (12,2%), Brosimum discolor (12,2%) e Thyrsodium
spruceanum (8,1%).
Para Regeneração Natural na Classe 3 (RNC3) foram as espécies:
Protium heptaphyllum (10%), Eschweilera ovata (9,8%) e Brosimum discolor
(8,3%).
Trinta e seis espécies estão presentes em apenas uma classe de altura,
11 se encontram presentes em duas classes e 6 estão presentes em todas as
classes de altura.
25
-
SILVA, W. C. Estudo da regeneração natural de espécies...
Em termos de soma total da regeneração por classe de altura (RNC), os
percentuais estão assim distribuídos por classes: espécies que ocorrem na
classe 3, contribuíram com 68%, espécies que ocorrem na classe 2
contribuíram com 20,7%, e espécies que ocorrem na classe 1 contribuíram com
11,3%.
Figura 13. Relação das 10 espécies que apresentaram maiores valores deregeneração natural total (RNT), expressos em percentagem, amostradas nofragmento Mata das Galinhas, Catende, PE.
Para o fragmento Mata Santa Luzia foram amostrados 75 indíviduosvivos, pertencentes a 21 famílias botânicas, 27 gêneros e 31 espécies
26
12,16
13,67
15,82
2,73
2,73
6,69
5,47
2,73
2,73
6,69
12,25
12,25
4,08
8,17
4,08
4,08
4,08
4,08
10,01
8,32
9,87
4,66
6,06
6,06
11,47
11,41
9,92
5,19
4,29
3,59
3,18
2,93
2,79
2,75
1,5
1,5
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Protium heptaphyllum
Brosimum discolor
Eschweilera ovata
Thyrsodium spruceanum
Cupania revoluta
Luehea ochrophylla
Sorocea hilarii
Cupania racemosa
Cordia nodosa
Tapirira guianensis
Regeneração Natural (%)
RNC1(%)
RNC2(%)
RNC3(%)
RNT
-
SILVA, W. C. Estudo da regeneração natural de espécies...
arbóreas. Dessas, 28 foram identificadas em nível de espécie, 2 em nível de
gênero, e 1 está como indeterminada.
As famílias de maior representatividade em número de espécies foram
Sapindaceae com 3 espécies e Anacardiaceae, Moraceae, Lauraceae,
Mimosaceae e Melastomataceae com 2 cada, juntas elas representaram
45,3% do total amostrado.
As espécies que se destacaram com maior número de indivíduos foram:
Rheedia gardneriana (8), Brosimum discolor (5), Cupania racemosa (5),
Protium heptaphyllum (5) e Quiina sp. (5) (Figura 14).
As estimativas, para o fragmento Mata Santa Luzia, da regeneração
natural por classe de altura (RNC1, RNC2 e RNC3) com suas respectivas
densidades, freqüências relativas e a regeneração natural total (RNT),
expressas em percentagens, estão representadas na Tabela 2.
As dez espécies de maiores valores de regeneração natural total (RNT),
em ordem decrescente, foram as seguintes: Rheedia gardneriana (11,2%),
Brosimum discolor (7,3%), Cupania racemosa (6,7%), Quiina sp. (6,5%),
Protium heptaphyllum (5,9%), Siparuna guianensis (5,6%), Tapirira guianensis
(4,9%), Thyrsodium spruceanum (4,8%), Myrcia rostrata (4,3%) e Inga
thibaudiana (3,1%). Juntas, elas representam cerca de 60,3% da regeneração
natural total (Figura 15).
Dentre as 31 espécies amostradas as que apresentaram maiores
percentuais para Regeneração Natural na Classe 1 (RNC1) foram: Rheedia
gardneriana (15,3%), Cupania racemosa (7,69%), Protium heptaphyllum
(7,69%), Quiina sp. (7,69%), Siparuna guianensis (7,69%) e Thyrsodium
spruceanum (7,69%).
Para Regeneração Natural na Classe 2 (RNC2) foram respectivamente,
Rheedia gardneriana (11,4%), Brosimum discolor (11,4%) e Tapirira guianensis
(11,4%).
Para Regeneração Natural na Classe 3 (RNC3) foram as espécies:
Protium heptaphyllum (10,2%), Brosimum discolor (6,8%), Rheedia
gardneriana (6,8%), Cupania racemosa (6,8%) e Thyrsodium spruceanum
(6,8%), as mais representativas.
Tabela 2. Estimativa da Regeneração Natural Total (RNT) por classe de alturanas sub-unidades amostrais do fragmento Mata Santa Luzia, em Catende, PE,
27
-
SILVA, W. C. Estudo da regeneração natural de espécies...
listados em ordem decrescente de acordo com o maior valor de RNT, ondeDR= Densidade Relativa; FR = Freqüência Relativa e RNC1 = RegeneraçãoNatural na Classe 1 de altura; RNC2 = Regeneração Natural na Classe 2 dealtura e RNC3 = Regeneração Natural na Classe 3 de altura.
Nome Científico DR1(%)FR1(%)
RNC1(%)
DR2(%)
FR2(%)
RNC2(%)
DR3(%)
FR3(%)
RNC3(%)
RNT(%)
Rheedia gardneriana Planch. & Triana 15,38 15,38 15,38 11,11 11,76 11,44 6,45 7,14 6,80 11,21Brosimum discolor Schott 3,85 3,85 3,85 11,11 11,76 11,44 6,45 7,14 6,80 7,36Cupania racemosa (Vell.) Radlk. 7,69 7,69 7,69 5,56 5,88 5,72 6,45 7,14 6,80 6,74Quiina sp. 7,69 7,69 7,69 11,11 5,88 8,50 3,23 3,57 3,40 6,53Protium heptaphyllum (Aubl.) March. 7,69 7,69 7,69 0,00 0,00 0,00 9,68 10,71 10,20 5,96Siparuna guianensis Aubl. 7,69 7,69 7,69 5,56 5,88 5,72 3,23 3,57 3,40 5,60Tapirira guianensis Aubl. 0,00 0,00 0,00 11,11 11,76 11,44 3,23 3,57 3,40 4,95Thyrsodium spruceanum Benth. 7,69 7,69 7,69 0,00 0,00 0,00 6,45 7,14 6,80 4,83Myrcia rostrata DC. 3,85 3,85 3,85 5,56 5,88 5,72 3,23 3,57 3,40 4,32Inga thibaudiana DC. 3,85 3,85 3,85 5,56 5,88 5,72 0,00 0,00 0,00 3,19Miconia albicans (Sw.) Triana 3,85 3,85 3,85 5,56 5,88 5,72 0,00 0,00 0,00 3,19Miconia prasina (Sw.) DC. 3,85 3,85 3,85 5,56 5,88 5,72 0,00 0,00 0,00 3,19Guapira opposita (Vell.) Reitz 3,85 3,85 3,85 0,00 0,00 0,00 6,45 3,57 5,01 2,95Amaioua guianensis Aubl. 7,69 7,69 7,69 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,56Eriotheca gracilipes (K. Schum.) A.Robyns 3,85 3,85 3,85 0,00 0,00 0,00 3,23 3,57 3,40 2,41Ocotea gardneri (Meisn.) Mez 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 6,45 7,14 6,80 2,27Tabebuia impetiginosa (Mart. ex DC.)Standl. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 6,45 7,14 6,80 2,27Nectandra cuspidata Nees & Mart. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 9,68 3,57 6,62 2,21Cordia nodosa Lam. 0,00 0,00 0,00 5,56 5,88 5,72 0,00 0,00 0,00 1,91Cupania revoluta Rolfe 0,00 0,00 0,00 5,56 5,88 5,72 0,00 0,00 0,00 1,91Inga capitata Desv. 0,00 0,00 0,00 5,56 5,88 5,72 0,00 0,00 0,00 1,91Xylopia frutescens Aubl. 0,00 0,00 0,00 5,56 5,88 5,72 0,00 0,00 0,00 1,91Bactris ferruginea Burret 3,85 3,85 3,85 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,28Casearia arborea (Rich.) Urb. 3,85 3,85 3,85 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,28Vismia guianensis (Aubl.) Pers. 3,85 3,85 3,85 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,28Allophylus edulis (A. St.-Hil., Cambess. &A. Juss.) Radlk. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,23 3,57 3,40 1,13Cedrela sp. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,23 3,57 3,40 1,13Guatteria pogonopus Mart. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,23 3,57 3,40 1,13Indet.1 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,23 3,57 3,40 1,13Ouratea cf. hexasperma (A. St.-Hil.) Baill. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,23 3,57 3,40 1,13Sorocea hilarii Gaudich. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,23 3,57 3,40 1,13Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100
Estão presentes em apenas uma classe de altura 17 espécies, 8 estão
em duas classes e apenas 6 se encontram presentes em todas as classes de
altura.
28
-
SILVA, W. C. Estudo da regeneração natural de espécies...
Figura 14. Relação entre espécies e número de indivíduos amostrados nofragmento Mata Santa Luzia, Catende, PE.
Figura 15. Relação das 10 espécies que apresentam valores mais altos deregeneração natural total (RNT), expressas em percentagem, amostradas nofragmento Mata Santa Luzia, Catende, PE.
29
8
5
5
5
5
4
4
3
3
3
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Rheedia gardneriana
Brosimum discolor
Cupania racemosa
Protium heptaphyllum
Quiina sp.
Siparuna guianensis
Thyrsodium spruceanum
Guapira opposita
Myrcia rostrata
Nectandra cuspidata
Número de Indivíduos
15,38
3,85
7,69
7,69
7,69
7,69
7,69
3,85
3,85
11,44
11,44
5,72
8,50
5,72
11,44
5,72
5,72
6,80
6,80
6,80
3,40
10,20
3,40
3,40
6,80
3,40
11,21
7,36
6,74
6,53
5,96
5,60
4,95
4,83
4,32
3,19
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Rheedia gardneriana
Cupania racemosa
Protium heptaphyllum
Tapirira guianensis
Myrcia rostrata
Regeneração Natural (%)
RNC1(%)RNC2(%)RNC3(%)RNT
-
SILVA, W. C. Estudo da regeneração natural de espécies...
Em termos de soma total da regeneração por classe de altura (RNC), os
percentuais estão assim distribuídos por classes: espécies que ocorrem na
classe 3 contribuíram com 54,1%, espécies que ocorrem na classe 2
contribuíram com 30,2% e espécies que ocorrem na classe 1 contribuíram com
15,7%.
Para o fragmento Mata Conceição foram amostrados 105 indíviduosvivos, pertencentes a 20 famílias botânicas, 31 gêneros e 37 espécies
arbóreas.
Dessas, 29 foram identificadas em nível de espécie, 1 em nível de
gênero, e 1 está como indeterminada.
As famílias de maior representatividade em número de espécies foram
Mimosaceae com 5 espécies, Sapindaceae com 4, Moraceae com 3 e
Lauraceae, Annonaceae, Lecythidaceae, Burseraceae e Anacardiaceae com 2,
juntas elas representaram 62,8% do total amostrado.
As estimativas, para o fragmento Mata Conceição, da regeneração
natural por classe de altura (RNC1, RNC2 e RNC3) com suas respectivas
densidades, freqüências relativas e a regeneração natural total (RNT),
expressas em percentagens, estão representadas na Tabela 3.
As espécies que se destacaram com maior número de indivíduos foram
respectivamente: Eschweilera ovata (14), Thyrsodium spruceanum (13) e
Himatanthus phagedaenicus (8) (Figura 16).
As dez espécies de maiores valores de regeneração natural total (RNT),
em ordem decrescente, foram as seguintes: Eschweilera ovata (13,2%),
Thyrsodium spruceanum (10,7%), Himatanthus phagedaenicus (6,9%),
Helicostylis tomentosa (6,8%), Protium heptaphyllum (6,3%), Cupania
racemosa (5,7%), Brosimum discolor (4,9%), Cupania revoluta (4,3%), Inga
thibaudiana (2,8%) e Nectandra cuspidata (2,4%). Juntas, elas representam
cerca de 64% do total (Figura 17).
Das 37 espécies encontradas, 23 espécies estão presentes em apenas
uma classe de altura, 8 estão presentes em duas classes e 6 estão presentes
em todas as classes de altura.
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SILVA, W. C. Estudo da regeneração natural de espécies...
Tabela 3. Estimativa da Regeneração Natural Total (RNT) por classe de alturanas sub-unidades amostrais do fragmento Mata Conceição, em Catende, PE,listados em ordem decrescente de acordo com o maior valor de RNT, ondeDR= Densidade Relativa; FR = Freqüência Relativa e RNC1 = RegeneraçãoNatural na Classe 1 de altura; RNC2 = Regeneração Natural na Classe 2 dealtura e RNC3 = Regeneração Natural na Classe 3 de altura.
Nome Científico DR1(%)FR1(%)
RNC1(%)
DR2(%)
FR2(%)
RNC2(%)
DR3(%)
FR3(%)
RNC3(%)
RNT(%)
Eschweilera ovata (Cambess.) Miers 7,32 5,56 6,44 16,00 20,00 18,00 17,95 12,90 15,43 13,29Thyrsodium spruceanum Benth. 2,44 2,78 2,61 20,00 5,00 12,50 17,95 16,13 17,04 10,72Himatanthus phagedaenicus (Mart.)Woodson 4,88 5,56 5,22 8,00 10,00 9,00 10,26 3,23 6,74 6,99Helicostylis tomentosa (Poepp. & Endl.)Rusby 4,88 5,56 5,22 8,00 5,00 6,50 7,69 9,68 8,68 6,80Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand 12,20 11,11 11,65 4,00 5,00 4,50 2,56 3,23 2,89 6,35Cupania racemosa (Vell.) Radlk. 4,88 5,56 5,22 8,00 10,00 9,00 2,56 3,23 2,89 5,70Brosimum discolor Schott 0,00 0,00 0,00 8,00 10,00 9,00 5,13 6,45 5,79 4,93Cupania revoluta Rolfe 12,20 8,33 10,26 0,00 0,00 0,00 2,56 3,23 2,89 4,39Inga thibaudiana DC. 2,44 2,78 2,61 0,00 0,00 0,00 5,13 6,45 5,79 2,80Nectandra cuspidata Nees & Mart. 0,00 0,00 0,00 4,00 5,00 4,50 2,56 3,23 2,89 2,46Ocotea gardneri (Meisn.) Mez 0,00 0,00 0,00 4,00 5,00 4,50 2,56 3,23 2,89 2,46Lecythis pisonis Cambess. 2,44 2,78 2,61 4,00 5,00 4,50 0,00 0,00 0,00 2,37Protium giganteum Engl. 2,44 2,78 2,61 4,00 5,00 4,50 0,00 0,00 0,00 2,37Rheedia gardneriana Planch. & Triana 7,32 5,56 6,44 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,15Annona glabra L. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 5,13 6,45 5,79 1,93Tapirira guianensis Aubl. 2,44 2,78 2,61 0,00 0,00 0,00 2,56 3,23 2,89 1,83Cedrela sp. 4,88 5,56 5,22 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,74Sorocea hilarii Gaudich. 4,88 5,56 5,22 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,74Inga capitata Desv. 0,00 0,00 0,00 4,00 5,00 4,50 0,00 0,00 0,00 1,50Luehea ochrophylla Mart. 0,00 0,00 0,00 4,00 5,00 4,50 0,00 0,00 0,00 1,50Maytenus distichophylla Mart. 0,00 0,00 0,00 4,00 5,00 4,50 0,00 0,00 0,00 1,50Guatteria pogonopus Mart. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,56 3,23 2,89 0,96Miconia ligustroides (DC.) Naudin 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,56 3,23 2,89 0,96Miconia prasina (Sw.) DC. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,56 3,23 2,89 0,96Plathymenia foliolosa Benth. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,56 3,23 2,89 0,96Pogonophora schomburgkiana Miers exBenth 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,56 3,23 2,89 0,96Stryphnodendron pulcherrimum (Willd.)Hochr. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,56 3,23 2,89 0,96Allophylus edulis (A. St.-Hil., Cambess.& A. Juss.) Radlk. 2,44 2,78 2,61 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,87Casearia arborea (Rich.) Urb. 2,44 2,78 2,61 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,87Casearia javitensis Kunth 2,44 2,78 2,61 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,87Coccoloba cf. alnifolia Casar. 2,44 2,78 2,61 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,87Eriotheca gracilipes (K. Schum.) A.Robyns 2,44 2,78 2,61 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,87Indet.1 2,44 2,78 2,61 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,87Macrosamanea pedicellaris (DC.) Klein. 2,44 2,78 2,61 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,87Matayba cf. alaeagnoides Radlk. 2,44 2,78 2,61 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,87Pouteria grandiflora (A. DC.) Baehni 2,44 2,78 2,61 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,87Siparuna guianensis Aubl. 2,44 2,78 2,61 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,87Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100
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SILVA, W. C. Estudo da regeneração natural de espécies...
Figura 16. Relação entre espécies e número de indivíduos amostrados nofragmento Mata Conceição, Catende, PE.
Figura 17. Relação das 10 espécies que apresentam valores mais altos deregeneração natural total (RNT), expressas em percentagem, amostradas nofragmento Mata Conceição, Catende, PE.
Dentre as 37 espécies amostradas as que apresentaram maiores
percentuais para Regeneração Natural na Classe 1 (RNC1) foram: Protium
heptaphyllum (11,6%), Cupania revoluta (10,2%) e Eschweilera ovata (6,4%).
Para Regeneração Natural na Classe 2 (RNC2) foram respectivamente,
Eschweilera ovata (18%), Thyrsodium spruceanum (12,5%). Brosimum discolor
(9%) Himatanthus phagedaenicus (9%) e Cupania racemosa (9%).
Para Regeneração Natural na Classe 3 (RNC3) foram as espécies:
Thyrsodium spruceanum (17%), Eschweilera ovata (15,4%) e Helicostylis
tomentosa (8,6%).
Em termos de soma total da regeneração por classe de altura (RNC), os
percentuais estão assim distribuídos por classes: