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  • 8/16/2019 Wica - Livro Bruxaria

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     NOTA DO EDITOR 

    Ao longo dos séculos, as bruxas têm sido vítimas da intolera ncia religiosa - aindao!e, a "ruxaria tem uma imerecida re#$ita%&o negativa entre as #essoas malin'ormadas(

    )ste livro conta-le #or *ue é *ue a #ro#aganda e a m+ inter#reta%&o acerca das bruxas como adoradoras de atan+s e do mal é absolutamente 'alsa, esclarecendo-osobre as verdadeiras #r+ticas e cren%as dos *ue se dedicam benigna magia #o#ular e religi&o da bruxaria(

    Ir+ conecer a di'eren%a entre magia cerimonial, magia #o#ular e magia religiosa. a/icca como uma religi&o n&o organi0ada e sem ob!ectivos de #roselitismo. asverdadeiras ra01es #or *ue os /iccans #raticam a nude0 e o sexo ritual. e osigni'icado da 2nica regra dos /iccans3 4e n&o #re!udicas ninguém, 'a0 o *ue*uiseres(5

    A bruxaria assenta na venera%&o da Deusa e do Deus através da nature0a - mas

    es#alaram-se muitas 'alsidades #ara desacreditar esta religi&o de individualistas ea'irmativa da vida(  A Verdade Sobre a Bruxaria des'a0 os mitos, de modo a #oder avaliar, #or si, as cren%as da bruxaria(

    INTRODUÇÃO

    As velas brilam( O 'umo do incenso sobe em es#iral( )iguras vestidas com umat2nica entoam c6ncos$numa língua + muito desa#arecida e rodo#iam em torno deuma mesa r2stica de madeira( obre ela est&o imagens sagradas- uma muler robusta com uma meia-lua na testa e um omem com cornos, *uesegura na m&o uma lan%a erguida(

    Todo o movimento #+ra( 7ma muler *ue est+ #erto do altar di03

     Neste espaço e ten~p

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    como /icca, e é também a #r+tica de magia #o#ular(A #essoa comum #ensa, #rovavelmente, *ue bruxaria ésatanismo, orgias e

    consumo de drogas( >rêem erradamente *ue as bruxas #raticam um misto de4adora%&o do Diabo5, rituais deslavados, crueldade e sacri'ícios umanos(

    Existem, certamente, #essoas *ue 'a0em essas coisas

    assassinos, #sico#atas e outros 'rustrados #ela relig.+o em *ue nasceram( ?as essas #essoas n*o s*o bruxos e n*o praticani bruxaria( A Verdade sobre a Brz+xaria analisa a magia #o#ular e a moderna religi&o

    /iccan, temas desde + muito envoltos em secretismo )oram contadas as mentiras(@ tem#o de di0er a verdade(

    POR ENCANTOS E FEITIÇOS

    A magia #o#ular nasceu na era das maravilas( + de0enas de milares de anos, anature0a era uma 'or%a misteriosa( =ontos de lu0 brilavam l+ longe no céu( )or%asinvisíveis revolviam o cabelo emaranado e levantavam tem#estades de #oeira( A

    +gua caía do céu( )or%as #oderosas, inconcebíveis #ara os seres umanos, enviavamlam#e!os de lu0 e destruiam +rvores *ue trans'ormavam em arcotes( As muleres,miraculosamente, concebiam !ovens( Tudo o *ue se movia acabava #or morrer( Osangue era sagrado( A comida era sagrada( A +gua, a terra, #lantas e animais, o ventoe tudo o *ue existia estava imbuido de 'or%a(

    A magia, tal como a religi&o e a ciência, brotava das ac%1es dos #rimeiros seresumanos *ue tentaram entender,

     A Verdade Sobre a Bruxa ria ,

    contactar e obter um certo controlo sobre essas 'or%as( O ritual desenvolveu-se comoum meio de uni&o com a 'onte dessa 'or%a universal( >estos, ritmo, simbolos, m2sica,

    dan%a e a #alavra 'alada eram usados no ritual #ara condu0ir o conecimento até essas'or%as mais elevadas(A magia #o#ular desenvolveu-se lentamente a #artir desses #rimBrdios( Todos os

    gru#os, todas as tribos e civili0a%1es tinam as suas 'ormas de ritual #rB#rias( A magia #o#ular era di'erente da religi&o estruturada e da ma$ia do estado - a*uela era o reinoda magia #essoal, reali0ada #or ra01es #essoais( 7ma #essoa cobria uma 'erida com a'ola de uma #lanta *ue a#anara com a m&o es*uerda #ara le aumentar as #ro#riedades curativas( O #escador es'regava os seus an0Bis de osso com 'lores #araatrair mais #eixe( Os !ovens a#aixonados a#anavam seixos em 'orma de cora%&o eo'ereciam-nos ao ob!ecto do seu dese!o(

    Estes rituais sim#les continuaram a ser e'ectuados durante muitos milares de anos,es#ecialmente em 0onas isoladas( A certa altura, surgiu, no =rBximo Oriente, umanova religi&o organi0ada, a#Bs a morte de um #ro'eta !udeu, in'lectiu a sua crescente

    'or%a #olítica e es#alou-se #ela Euro#a( C medida *ue #ais a#Bs #aís se 4convertia5,muitos dos velos +bitos da magia #o#ular eram es*uecidos( Outros eram alteradosde maneira a condi0erem com a nova religi&o( A magia *ue n&o se conseguiu ada#tar de 'orma a condi0er, minimamente, com a nova religi&o era #raticada em segredo( Iamlonge os tem#os em *ue os velos encantos e 'eiti%os euro#eus 'a0iam #arte da vida*uotidiana(

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    lo Scott (--./ nii/g-za'ii

    OS FEITIÇOS NA FORCAEm breve os líderes da nova religi&o, decididos a ad*uirir total controlo sobre todos

    os as#ectos da vida umana, #rocuraram classi'icar, como crimes de eresia a #revis&odo 'uturo, a cura #sí*uica, o es#iritualismo, a cria%&o de amuletos de #rotec%&o etalism&s amorosos e tudo *uanto n&o se ada#tava ao credo religioso(

    Através do mundo ocidental, a magia #o#ular tornou-se uma vaga recorda%&o,en*uanto cenas de assassínio em massa, em nome de 4Deus5, se tornaram vulgares(

    =ouco de#ois, a era da investiga%&o cientí'ica come%ou( En*uanto se esbatiam namemBria os orrores da ca%a s bruxas da Idade ?édia e Renascen%a, os seresumanos come%aram a investigar os caminos da nature0a( O magnetismo, amedicina, a cirurgia, a matem+tica e a astronomia eram codi'icadas e #assavam doreino da su#ersti%&o e da magia #ara o da ciência(

    A#roveitando este conecimento, a Revolu%&o Industrial come%ou em 'inais doséculo xix( Os seres umanos tinam gano algum controlo sobre a Terra e as suasenergias e, em breve, as m+*uinas substituiram a religi&o, sobre#ondo-se magia #o#ular(

    A #artir de 8::, uma série de guerras locais e mundiais destruíram a maior #artedo *ue restava das antigas maneiras de viver de mil1es de euro#eus e americanos(Amagia #o#ular, *ue 'ora outrora vital #ara os seres umanos, nunca conecera #ioresdias(

    ?as n&o desa#arecera com#letamente( Onde as m+*uinas e a tecnologia ainda n&otinam #enetrado$ a magia #o#ular continuava a existir( Através do Extremo, =rBximoe ?édio Oriente, na C'rica, na =olinésia e na Austr+lia, na América >entral e do ul,nas 0onas rurais da América, tais como

    L

    F

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    8 A Verdade Sobre a Bruxa ria 88

    O0ar;s, no avai e até em certas #artes da Euro#a a magia #o#ular continuava viva(Durante os anos G:, a magia #o#ular ressurgiu( O movimento de !uventude nos

    Estados 7nidos e na Hr&--"retana revoltou-se contra os cBdigos sociais rígidos e os ideias baseados no>ristianismo( Alguns !ovens aderiram ao "udismo en e a outros ensinamentosorientais( Outros interessaram-se #elo #ouco *ue #odiam a#render sobre 'eiti%os,

    talism&s, magia da ervas, cartas de tarot e amuletos( In2meros livros #o#ulares e artigosde 'eiti%os e textos m+gicos surgiram, revelando esse conecimento, outrora #2blico, auma nova gera%&o insatis'eita com uma vida #uramente tecnolBgica(

    Jivros de 'eiti%os e textos m+gicos, da autoria de investigadores e #raticantes dosvelos costumes, eram com#rados #or #essoas cu!os ante#assados tina dado origem ouconservado esses vestígios de magia #o#ular( Jivros, tais como o de RaKmond"uc;land, 0ractical (andlebiirning 1ituals2 e d20ias de outras obras tiveram grandeêxito( Dera-se um des#ertar da magia #o#ular(

    A OBRA DO DIABO

    A su#ress&o da magia #o#ular continuou inabal+vel durante os anos G:( urgiramlivros *ue declaravam *ue este interesse renovado na magia #o#ular Lmuitas ve0esre'erida como bruxariaM anunciava o 'im do mundo( Os #regadores 'undamentalistas nosEstados 7nidos *ueimaram( #ublicamente livros sobre o oculto e ob!ectos m+gicos()a0iam

    2 Este livro est+ em #re#ara%&o e ser+ #ublicado nesta editora( 3N do b)

    Scott (/+nninglu4%

    isto, segundo di0iam, numa tentativa de destruir 4as obras do Diabo5(=orém, a in'luência do >ristianismo na 'orma%&o da o#ini&o #2blica estava a

    en'ra*uecer( Embora muitos n&o--#raticantes continuassem a encarar a magia como sat6nica, antinatural e #erigosa, #essoas de es#írito aberto investigaram-na #or si #rB#rias e algumas tornaram-seentusi+sticas #raticantes(

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    o!e, o ressurgimento iniciado em 'inais dos anos G: #rodu0iu uma gera%&o deindivíduos esclarecidos( ?uitos destes magos #o#ulares envolveram-se também emtele#atia, cura #sí*uica, medicina natural, #riva%&o sensorial, consciência cristalina,dietas vegetarianas, medita%&o e ensinamentos asi+ticos( Isto deu origem aomovimento Nova Era LNe AgeM( Em res#osta ao interesse constante #ela magia

     #o#ular e #ela es#iritualidade n&o crist& e o a'astamento da sua egemonia social, areligi&o ortodoxa virou agora as armas da sua #ro#aganda #ara esta vaga, #redi0endoos 2ltimos dias do nosso #laneta(

    HOJE

    A magia #o#ular constitui o 6mago das técnicas de magia antigas e modernas, #raticadas #or indivíduos #ara melorar as suas vidas(

    O *ue n*o é é *uase t&o im#ortante como o *ue é( N&o é4obra do Diabo5( N&o ésatanismo( N&o im#lica sacri'ícios umanos ou de animais( N&o é 'alar com os

    es#írito$ ou submiss&o aos demBnios( N&o é escura, #erigosa e malé'ica( A magia #o#ular n&o é anticrist+, anti-religiosa ou anti-*ual*uer coisa(a% A Verdade Sobre a Bruxa ria 8F

    as

    o-a,

    8-

    o<

    8,A magia #o#ular é #rB-vida, #rB-cura e #rB-amor( E um instrumento com *ue as #essoas #odemtrans'ormar as suas vidas( Puando os meios normais 'alam, *uando todos os es'or%os 'oram'eitos sem resultado, muitos mil1es de #essoas, o!e em dia, voltam-se #ara a magia #o#ular(

    E #raticada #or ra#ariguinas de 8 anos e #or omens e muleres mais velos( =ro'issionais,o#er+rios, advogados e vendedores, todo o ti#o de gente 'a0 'eiti%os(=essoas de todas as ra%as e'ectuam velos rituais( Alguns deles s&o culturais( 7ma mexicana aviver no sudoeste do Ari0ona LE( 7( A(M é ca#a0 de es'regar os 'ilos com 'olas de arruda e derosmanino #ara a!udar a cur+-los( 7m crioulo é ca#a0 de #arar numa lo!a e com#rar uma velaverde e incenso de #ino, #ara se #re#arar #ara um ritual *ue atrai a ri*ue0a( Os avaianos #lantam sebes de 5i LtiM em volta das casas #ara #rotec%&o m+gica(=ara outros, sem grande liga%&o aos seus ante#assados, existe uma gama intermin+vel de 'eiti%os*ue est&o venda #ara se usarem em magia #essoal(

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    O FEITIÇO

     No centro da magia #o#ular est+ o 'eiti%o( Trata-se sim#lesmente de um ritual em*ue os v+rios instrumentos s&o #ro#ositadamente usados e a energia é mudada #arase #rodu0ir o resultado dese!ado(

    Os 'eiti%os s&o, geralmente, mal entendidos #or n&o #raticantes( No #ensamento #o#ular, tudo *uanto se #recisa #ara 'a0er um 'eiti%o um 'eiti%o real! n&o da*ueles*ue encontramos em livros, um 'eiti%o transmitido #or um an!o ao rei alom&o, um'eiti%o registado em alguns livros de trabalos mitolBgicos do século QI, um 'eiti%ode um #oder 

    Scott (i~izning6a~n

    n&o revelado( Algumas #alavras, um #ouco de língua de lagarto e =7?S A magia l+est+( Os seus sonos mais ousados ser&o reali0ados( e 'osse um verdadeiro 'eiti%o(Re#ito *ue isto é a ideia de *uem est+ de 'ora( Na magia #o#ular, os 'eiti%os - #alavras, c6nticos, gestos com instrumentos - s&o

    a#enas a 'orma exterior( A verdadeira magia, o movimento de energia, est+ dentro domago( N&o acorre *ual*uer #oder demoníaco em a!uda do *ue 'a0 o 'eiti%o( =or sua ve0,o mago -e'ectuando correctamente um 'eiti%o genuíno - aumenta a 'or%a *ue contém(

    As magias e'ica0es 'acilitam isto( =or isso, embora existam magias 4verdadeiras5, bem como muitas #re#aradas errada-mente, a magia actual n&o est+ nas #alavras nemnos instrumentos -, est+ dentro do mago #o#ular( E$ *uanto magia antiga, est&o a ser 

    escritas todos os dias 4verdadeiras5 magias( As magias antigas n&o têm mais 'or%a do*ue as novas(

    INSTRUMENTOS DA ACTIVIDADE

    Embora o #oder #essoal - o *ue existe no mago - se!a a 'or%a mais #otente na magia #o#ular, os seus #raticantes v&o buscar livremente as magias e rituais a v+rias culturas,usando uma vasta gama de e*ui#amento m+gico( Estes instrumentos s&o usados #araem#restarem a sua #rB#ria energia ao ritual, bem como #ara colocar o mago no devidoen*uadramento mental #ara executar a magia(

    Os instrumentos da magia #o#ular s&o ob!ectos *ue #odem segurar-sena m&o, mas

     #odem ser também mais subtis, 'or%as n&o 'ísicas( Estes instrumentos L!untamente comsugest1es #ara e'ectuarem mais leituras sobre elesM incluem3(ristal de 7uartzo e outros %inerais! pedras preciosas e %etais Actualmente, existe

    um grande interesse #ela utili0a%&o A Verdade Sobre a Bruxa ria 8<

    meta'ísica e m+gica das #edras( ?uita gente usa os cristais de *uart0o #ara aumentar a acuidade de consciência, en*uanto o l+#is-la02li é usado #ara aumentar a

    G

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    consciência 'ísica( >$Kstal=oerde?icael H( mit, 8i~e 9o%en's Boo5o$ealing de Diane tein e (unning6anz's ;ncclopedia o$ (rs tal! =e% and >etal >agic s&oexcelentes guias #ara a utili0a%&o destes instrumentos(

    (ores Os e'eitos m+gicos da cor s&o es#antosos( Os magos #o#ulares s&o ca#a0esde mudar a cor da rou#a #ara mudarem de dis#osi%&o( =or exem#lo, a rou#a a0ul

    acalma erno%1es exaltadas( 7m excélente guia #ara a magia das cores é o  0ractical (olor >agic5 de RaKmond "uc;land( ;r#as! raízes! leos e ess?ncias =étalas de rosa s&o es#aladas #ela casa #ara

     #romover a #a0 e s&o colocadas #erto de velas cor-de-rosa #ara tra0erem amor vidado mago( O  >agical erbalisni de cott >unningam e a (unning6a%'s ;ncclopedia o$>agical erbs cobre este tema( (6arnis! Spells and .or%ulas deRaK T( ?albroug e 86e >agic -ncense! @ils and Bres de >uningam ex#lora amagia dos Bleos de #lantas e incensos(

    Velas coloridas e co% $or%as Tal como se re'ere no livro de "uc;land,anteriormente mencionado,  0ractical (andleburning 1ituals! velas baratas #odemser #ontos 'ocais de #oder #essoal durante rituais de magia #o#ular( &o usadas corese 'ormas es#eci'icas devido ao seu signi'icado simbBlico e #oderes e'ectivos(

     1unas! i%agens! si%bolos! $otogra$ias egestos Amagia da 'orma é antiga e estes

    instrumentos s&o usados desde + muito( ;art6 0oer de cott >unningam contémin'orma%&o tradicional sobre runas e imagens m+gicas, assim como o  Buc5land's(o%plete Boo5 o$ 9itc6cra$t

    Visualiza ç*o criati#a A mente é uma 'or%a #oderosa *ue o mago #o#ular utili0adurante as magias( 86e leelln

    Scott (iiniiing6aiii

     0ractical (uide to (reti ti#e Visualiza tiou de ?elita Denning e Osborne =illi#sa#resenta técnicas es#ecí'icas de visuali0a%&o( De 'acto, a maior #arte dosinstrumentos m+gicos s&o desnecess+rios #ara os magos com a mente devidamentetreinada(

     Ali%entos e tcnicas de culinCria Os alimentos têm sido, desde + muito,considerados sagrados e #oderosos( Alguns magos #o#ulares escolem, o!e em dia,os alimentos *ue ingerem, tendo em mente ob!ectivos m+gicos tais como ingerir cocolate #ara aumentar a ri*ue0a #essoal( Ingerir alimentos es#ecí'icos #ara #rovocar altera%1es m+gicas é uma vela 'orma de magia #o#ular( O livro de cott>unningam, 8lie >agic o$.ood! a#ro'unda este tema(

    (nticos e poesia As #alavras e os c6nticos a!udam a concentrar a aten%&o domago no ob!ectivo da magia( ?agia signi'icava, inicial mente, um ritual 'eito com

     #alavras ditas( A #oesia toca o subconsciente e tra0 #oder ao mago #o#ular( O!+cl+ssico 8ize (%ncE~ Boo5o$ords de alerie /ort, uma recola de #oemasm+gicos, revela a magia da #oesia( Os c6nticos est&o também incluídos em  0ractical (andleburning 1itua~ e na maior #arte das obras de magia #o#ular(

    ?uitas magias e rituais utili0am dois ou mais instrumentos b+sicos( =or exem#lo,uma sim#les magia destinada a criar a #a0 inclui #elas azuis! a%etista! uma m&o-ceia de p ta las de rosa e um cntico tran*uili0ador(

    A magia #o#ular, dado *ue est+ t&o ligada nature0a, #ode levar em conta osseguintes 'enBmenos3

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     >ars! te%po e estaçFes A maré alta é o #eríodo maisaus#icioso #ara os *ue vivem #erto do oceano 'a0erem amagia( As tem#estades eléctricas enviam energia s magias,e as esta%1es marcam o 'luxo e o re'luxo do =oder da Terra( a rt6 0oz#er de cott >unningam contém rituais *ue incluem

    o tem#o e as mares( A Verdade Sobre a Br~ ixa rio

     .ases da ua ?uitos magos 'a0em magias #ositivas e bené'icas ou as *ue sedestinam a aumentar o amor, a ri*ue0a e a 'elicidade, desde a Jua >eia Jua Nova(=ara os rituais *ue im#licam a destrui%&o de velos +bitos negativos ou #erda de #eso, os 'eiti%os #odem ser 'eitos durante o Puarto >rescente e desde a Jua >eia Jua Nova( =odemos encontrar muita in'orma%&o tradicional re'erente Jua no  >oonSign Boo5 da JleellKn(

     A 6ora do dia Alguns rituais e'ectuam-se melor de#ois de escurecer, en*uantooutros se crê serem mais e'ica0es se 'orem #rogramados #ara o nascer do ol( =or 

    exem#lo, algumas ervas s&o a#anadas ao nascer do ol #ara #ossuirem a 'or%am+gica tanto da Jua, senora da noite, como do ol, o senor do dia(

    OS OBJECTIVOS DA MAGIA POPULAR 

    A magia #o#ular é usada muitas ve0es #ara a!udar nos #roblemas da vida di+ria,*ue incluem3

    =ros#eridade, dineiro e em#rego(=a0, alegria, 'elicidade, ami0ades(Amor, 'idelidade e #roblemas de relacionamento(

    =roblemas da sexualidade(a2de e cura(=rotec%&o(=uri'ica%&o e exorcismo(=rocessos mentais(Dominar +bitos negativos(

    Antigamente, a magia #o#ular era usada #ara aumentar a 'ertilidade, #romover onascimento de uma crian%a e in'luenciar #essoas #oderosas(

    Scott (iiiin6igl% G 

    ?agia #o#ular, na mina utili0a%&o do termo, inclui também adivina%&o, leitura dasina e outros sistemas #ara descobrir #ossíveis tendências 'uturas ou des#ertar o nossoconecimento 'ísico( =odem também utili0ar instrumentos como cartas de Tarot,'olas de c+ e borras de ca'é e #ontos e n2meros, o H (6ing! camas cintilantes, #edras r2nicas, +gua, cristal de *uart0o, berilo, ob!ectos bruxuleantes ou claros e

    9

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     #ontos e n2meros( As 'ormas de adivina%&o incluem ainda a observa%&o deacontecimentos casuais, os movimentos dos animais e dos #+ssaros e as nuvens e'enBmenos atmos'éricos(

    Do le*ue de instrumentos e 'ins rituais acima re'eridos,a magia é, obviamente, uma #r+tica extremamente com#lexa(

    A sua #rB#ria nature0a torna-a #essoal( Devido a essas varia%1es locais e regionais, amaior #arte da magia #o#ular édi'ícil de discutir na generalidade( =orém, a#esar disso,existem alguns #rincí#ios b+sicos *ue guiam o mago(

    A BASE RACIONAL DA MAGIA POPULAR 

    e Existe um #oder no universo(Esse #oder é a 'or%a inex#lic+vel *ue #reside s maravilas com *ue os #rimeiros

    seres umanos de#araram( A Terra, o sistema solar, as estrelas, tudo *uando é visível éum #roduto desse #oder(

    Esse #oder est+ também dentro de todas as coisas( Est+ dentro dos seres umanos,das #lantas, das #edras, das cores, das 'ormas e dos sons(e Esse #oder #ode ser des#ertado e concentrado( O #oder é des#ertado e

    trans#ortado através da dan%a ritual ou de outros movimentos 'ísicos. através de sonstais como a m2sica ou o canto. através da mani#ula%&o de diversos

     A Verdade Sobre a Bri ixa ria 8

    ob!ectos. através da concentra%&o ou da visuali0a%&o m+gica(

    8e Este #oder #ode ser 4#rogramado5 com vibra%1es ou energias es#ecí'icas

     #ara dar um resultado es#ecí'ico(Este resultado éo ob!ectivo da magia( =ode ser #ara a#ressar uma cura, #ara

    atrair dineiro ou amor vida de alguém( O #oder é #rogramado através davisuali0a%&o do mago ou dos instrumentos e #adr&o ritual escolidos(

    e Esse #oder #ode ser mudado ou dirigido(Esse #oder *ue existe nos seres umanos #ode ser trans'erido #ara outros seres

    umanos e #ara locais e ob!ectos e trans'erido também de ob!ectos #ara seresumanos(

    @ trans'erido e dirigido através da visuali0a%&o e com a u'ili0a%&o de instrumentos tais comoimagens, varinas m+gicas, es#adas, dedos a#ontados e concentra%&o(e Este #oder, de#ois de trans'erido, exerce e'eito sobre o seu alvo(Puando este #oder cega ao seu destino, modi'ica o ob!ecto, a #essoa ou o local( Reali0a istodevido s suas energias es#ecí'icas( O método #elo *ual o #oder muda de alvo édeterminadodurante o ritual ou é deixado s circunst6ncias no momento da sua cegada(

    Resumindo, trata-se da #arte racional da magia #o#ular( ?uitos dos seus #raticantes n&o est&oconscientes destas ideias( Outros têm, certamente, ex#lica%1es e ideias di'erentes re'erentes magia #o#ular( =orém, de uma maneira geral, os 2nicos rituais e magias e'ica0es s&o a*ueles t&o

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    elaborados *ue *ual*uer mago su'icientemente envolvido e *ue os e'ectue devidamentedes#ertar+ energia, dar -le-+ um ob!ectivo L4#rograma-a5M e dirigi-la-+ #ara o seu destinat+rio, a'ectando o alvo(

    : Scott (ili$lingila

    MORALIDADE

    e os magos reali0am magia e'ica0, têm de se certi'icar di *ue este #oder éusado devidamente( =or isso, existe 8 certa 4moralidade da magia5( O 'acto de osmagos nao s$ guiarem #or *ual*uer ti#o de moralidade #ode #arecer sui #reendente, mas baseiam-se em #rincí#ios sBlidos( O #ode *ue 'unciona na magia

     #o#ular é a#enas esse - o #ode N&o é #ositivo, nem negativo, nem 4bom5, nem4mau5( < a inten%&o e o ob!ectivo do mago *ue trabala com ela detei minam seessa energia é usada #ara 'ins 2teis ou maus(

    >ontrariamente cren%a #o#ular, os magos #o#ularc n&o 'a0em magias #aramani#ular, #re!udicar, magoar matar outras #essoas( Heralmente, a magia #o#ularé#or ra01es #ositivas( N&o ser+ verdade *ue todos os *ue #raticam usam a magia #o#ular de 'orma ino'ensiva( Ta como di0 o ditado, 4todos os co0ineiros usam as'acas #ara cortar cebola5, o *ue também n&o é verdadeiro( IUorén esses #oucos #raticantes de magia negativa L#re!udiV est&o a violar o #rincí#io b+sico da magia #o#ular3 preIudicar nen6u%

    Esta #remissa, a ideia *ue #reside maior #arte dos cBdigos de conduta civis ereligiosos, é universal(4 N&o #re!udicar nenum5 signi'ica isso mesmo - ninguém( Nem a si #rB#rio, nem aos seus inimigos, ninguém( =re!udicar inclui causar dano'ísico, emocional, mental, es#iritual e 'ísico( Nisto inclui-se a mani#ula%&o dosoutros, bem causar dano Terra e aos seus tesouros(

    A#Bs su#ortarem durante séculos uma bem or*uesti cam#ana dedesin'orma%&o condu0ida #ela igre!a orga$J

    ni0ada, muita gente ainda acredita *ue toda a magia é !udici$( Isso é natural, mas 'also( Os camados 'eiticdo mal existem, mas s&o raros( =or*uêW =or*ue ou encon

    eae

    5 A Verdade Sobre a Br~ixario

    tram meios mais '+ceis de 'a0erem o seu trabalo su!o ou sim#lesmente n&o se mantêmmuito tem#o em actividade(

    8:

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    A magia n&o é um atalo( A #ro!ec%&o de energia é um dis#êndio da 'or%a vital *ueela contém( Dar uma tareia no seu inimigo ou dormir com o seu ou a sua com#aneiraémuito mais '+cil do *ue e'ectuar magia destrutiva( As ra01es #elas *uaisexiste estaregra de 4n&o #re!udicar nenum5 s&o, resumindo, as seguintes3

    @s %agos respeita% a #ida Todas os seres vivos, incluindo umanos e animais, s&o

    mani'esta%1es do #oder universal( >omo tal, s&o res#eitados e n&o #re!udicados(@s %agos respeita% a 8erra Adorada nas religi1es, ao longo da istBria domundo, a Terra é res#eitada como a mani'esta%&o mais intensa de energia ao nossoalcance( E também 'onte de um incrível #oder( =or isso, os magos 4caminamsuavemente5 sobre o nosso #laneta(

    @s %agos respeita% o poder >omo 'or%a 2ltima universal, o #oder éinconcebível( A energia *ue criou as gal+xias, o ADN, os seres umanos e bili1es de'ormas de #lantas terrestres n&o é algo *ue #ossa ser desa'iado( @ ainda mais insensatoutili0ar mal o #oder( A maior #arte dos magos nao te%e% o #oder( ensatamente,res#eitam-no(

    O res#eito #or esta energia é a base de toda a religi&o( E a*uele a *uem 'oicamado Deus, Xeov+, Yemaia, Deusa, Isis e todos os outros conceitos umanos dodivino(

    O uso errado do #oder L#or exem#lo, des#ert+-lo e dirigi--lo #ara 'ins destrutivosM é estabelecer uma corrente negativa de energia( De#ois deesta ser iniciada, de#ois de o mago ter des#ertado a devasta%&o meta'ísica, n&o +retorno( A corrente est+ 'ecada( Ao #rogramar a energia #essoal com negativismo, omago im#regna dele o #oder #essoal, ao libert+-lo dentro de si( Em breve, ele vencer+o mago(

    Scott (i+nningH~rn

    QUANDO TUDO O MAIS FALHA

    A segunda maior regra da magia #o#ular é3 usa a magia *uando tudo o mais'ala(

    =or isso, a energia n&o é dirigida #ara abrir uma #orta, lavar os #ratos ou #Zr ocarro a trabalar sem dar a volta cave( Ao nível 'ísico, a magia #o#ular é usada,geralmente, a#enas como 2ltimo recurso ou em emergências *uando n&o + outrosmeios dis#oníveis( =or*uêW O #oder #essoal é limitado( N&o #odemos libertar constantemente$grandes *uantidades da nossa energia sem so'rermos e'eitossecund+rios negativos( e o mago desconece os meios #ara recarregar a 'or%a #essoal recebendo energia da Terra, esta de'iciência #ode mani'estar-se como

    'ra*ue0a geral, anemia e doen%a(=or isso, embora n&o sendo um mau uso, 'a0er magia #o#ular #ara #roblemas

    'acilmente resol2veis Lou #ior, #ara im#ressionar os seus #aresM é uma #erda detem#o e de energia( A magia #o#ular existe #ara a!udar os umanos em in2meros #roblemas da vida *ue n&o têm res#osta #or meios 'ísicos 4normais5, mas a magia #o#ular n&o é uma #anacela(

    88

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    RESULTA?

    A magia #o#ular tem sido #raticada, como !+ vimos, ao longo de de0enas demilares de anos( Ainda é o!e utili0ada tanto #or #essoas inteligentes como #or ignorantes( + *uem diga *ue a sua continua%&o se deve necessidadé deses#erada*ue os seus #raticantes têm de acreditar *ue ée'ica0( Outros Los magos #o#ularesMdi0em *ue #erdura #or*ue 'unciona(

    ia%

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     A Verdade Sobre o Bruxa ria

    F

    Esta o#ini&o #ode ser discutida até ao in'inito( A*ueles *ue usaram a magia #o#ular com evidentes resultados dese!ados n&o #recisam de ser maisconvencidos( A*ueles *ue n&o a #raticaram - ou o 'i0eram sem resultados - n&oest&o dis#ostos a admitir *ue #ode ser e'ica0(

    A magia #o#ular existe #ara os *ue *uiserem #ratic+-la( A magia #o#ular servea necessidade individual do ser umano de assumir o controlo da sua vida( Iston&o se 'a0 através da mani#ula%&o da nature0a, da domina%&P ou do comando(=elo contr+rio, os magos trabalam co% as 'or%as da nature0a e com a #rB#riaenergia #essoal(

    Esse as#ecto da bruxaria denominado magia #o#ular éuma 'or%a do #ovo, n&ouma religi&o, uma #olítica, uma autoridade ou gru#os organi0ados( )oi isto *ue aa#oiou ao longo de milénios( Entre alguns dos seus #raticantes, existe uma

    continuidade de tradi%&o e cultura, um elo de liga%&o com os ante#assados +muito desa#arecidos, uma a'irma%&o do valor cultural( Também isto é uma ra0&oda sua sobrevivência(

    im, a magia #o#ular resulta( =ergunte aos seus #raticantes( ?as n&o tem omono#Blio da sabedoria - as técnicas usadas na magia #o#ular n&o s&o mais nemmenos e'ica0es do *ue as *ue s&o usadas na magia cerimonial ou na magia baseada na religi&o( Os ob!ectivos e os instrumentos da magia #o#ular #odem ser di'erentes, mas os resultados s&o os mesmos(

    8

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    POPULAR CONTRA CERIMONIAL

    A magia cerimonial LritualM é um sistema contem#or6neo construído em torno daantiga magia suméria, egí#cia, indiana e semita, com in'luências do #ensamento+rabe e

    Scott (r~nni~

    mais tarde do crist&o( A ?a%onaria contribuiu também a actual estrutura damagia cerimonial, tal como as des secretas *ue 'oram muito #o#ulares emInglaterra e toda a Euro#a nos 'inais de 8::(

    Os instrumentos, estruturas rituais, terminolog ob!ectivos da magiacerimonial s&o abitualmente -nem sem#re - centrados no ob!ectivo da uni&ocom vino, com a #er'ei%&o e com a consciência alargada, como é geralmentedescrito, o conecimento e a conv com o nosso an!o-da-guarda(

    Henerali0ando Lo *ue é sem#re um acto #erigosoM, cerimonial #rende-secom os ob!ectivos da magia amor, cura, dineiro, 'elicidade e alegria( Puando #onde a estas necessidades através da magia cerimor um meio #ara um 'im -a obten%&o da uni&o acima cionada( =elo contr+rio, os magos #o#ularesresolvem mas com os seus rituais e raramente olam mais #ara aU

    Ao contr+rio da magia #o#ular, a magia cerimol geralmente de nature0areligiosa( Embora os seus segui #ossam n&o subscrever *ual*uer 'iloso'iareligiosa ac est&o certamente #reocu#ados em contactar e tornarsB com adivindade, como *uer *ue ela se!a visuali Devido a isso, v&o buscar

    em#restadas 'ormas de divini e #adr1es rituais s religi1es #assadas e #resentes(Alguns gru#os cerimoniais americanos como 86e Dan baseiam-se na

    mitologia egí#cia *uando #lanei seus trabalos de magia( ?uitos dos rituaisusados $ gru#o dissidente desta lo!a de magia dos 'inais de #rincí#ios de8:: 'oram #ublicados em 86e =olden Da~ Israel Regardie, talve0 um doslivros de magia de n in'luência !amais #ublicados(

    Os livros de trabalos cl+ssicos da Idade ?édia nascen%a inclueminvoca%1es a Xeov+, Adonai, Deus

     A Venlade Sobre a Bruxoria <

    tros seres !udaico-crist&os( N&o se trata de eresia ou de esc+rnio, mas é o #roduto deuma inter#reta%&o di'erente dos mitos crist&os( Isto est+ longe da magia #o#ular, em*ue o #oder é enviado sem invoca%&o das divindades( Neste cam#o, a magia #o#ular ecerimonial têm #ouco em comum(

    =ara mais in'orma%1es relativas magia cerimonial contem#or6nea, consulte

    8F

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     >odeni >agic5 de Don [raig. 8JHe Ne>agus de Donald TKson, >is te ria >agica deDenning \ =illi#s e 86e =oldeu Dan de Regardie(

    MAGIA RELIGIOSA

    A magia religiosa é a*uela *ue é 'eita em nome ou com a a!uda das divindades( Temsido #raticada #elos #ovos de todo o mundo, em todas as é#ocas da istBria(

     Nos #rimeiros tem#os as divindades dos cam#os, das montanas, da =rimavera edos vales eram invocadas durante a magia( A Jua e o ol eram consideradosdivindades Lou re#resentantes delasM e eram invocados durante os rituais de magia(Esta era talve0 a 'orma mais #ura de magia ritual(

    A ora%&o é, essencial mente, um ritual de magia( Puando um indivíduo re0a'ervorosamente, #edindo uma gra%a ou um novo carro ou um marido ou es#osacarinosos, o devoto, sem saber, dirige a 'or%a #essoal através da ora%&o #ara adivindade( O envolvimento emocional da #essoa na ora%&o 4#rograma-a5( Isto é 'eito #artindo do #rincí#io de *ue a divindade vai enviar energia #ara o lugar certo e dar 

    concreti0a%&o ora%&o(Cs ve0es este #oder divino é invocado #ela interven%&o de um #adre ou de umministro e entra em certos ob!ectos( Esta 'orma de magia religiosa inclui a cria%&o e ouso de medalas religiosas aben%oadas, cruci'ixos e 'olas de #almeira

    G Seott (-3llni$lg6t 

    usados #or alguns catBlicos #ara obterem 'avores es#eci @ também a base

    racional da transubstancia%&o(7m exem#lo extremo de magia religiosa n&o ortodoxa *ue n&o é e'ectuada

     #or #adres ou outros membros da I$ é a #r+tica comum medieval de roubarBstias consagrac de igre!as catBlicas #ara serem usadas em 'eiti%os amorosrituais de cura e outros( sto$i)i$eito por pessoas 7ue tin es7uecido a %agia pop~~lar! n*o por bruxas As bruxas tin6a sia prpria %agia N&o setratava de uma imita%&o >atolicismo ou do >ristianismo( =elo contr+rio, era orec$ cimento do #oder da religi&o e dos seus sacerdotes( De#$$a de o>ristianismo se ter instalado em toda a Euro#a, magos #o#ulares abriramcamino #ara a magia rE e isto era uma tentativa #ara salvarem o #esco%oresultado de uma verdadeira convers&o nova 'é, est+ su!eito a es#ecula%1es(

    ouve tem#os em *ue uma muler *ue *ueria #rer um talism& de ervas #ara #roteger o seu 'ilo colia as en*uanto cantava velas #alavras, #edindo #lanta sa cri 'icasse #elos umanos( Atava estas ervas comum--e #enduravaeste talism& ao #esco%o do seu 'ilo(

    De#ois de o >ristianismo ter assumido o #oder, as eram arrancadas comora%1es a Xesus, a Deus ou ii ?aria( Os santos eram muitas ve0esinvocados L#elo #elos catBlicosM( No #ano #ode ter sido #regada uma símboloda nova religi&o( =or 'im o 4talism& m+gico] levado a uma igre!a e ben0ido #or um #adre( Isto mudan%a de muita magia #o#ular #ara o reino da $religiosa(

    Acender uma vela a uma divindade #ara gra%a é outra 'orma de magia

    8

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    religiosa como de * outro ti#o, e'ectuada com s2#licas e invoca%1es a #osu#eriores, tal como a moderna magia /iccan(

    (8agic A com#lexidade da magia est+ #atente neste invulgar livro(

    A CONTINUAÇÃO

    A magia #o#ular n&o é nem religiosa nem cerimonial( ale #or si como uma #r+ticae'ectuada #or #essoas *ue nao têm medo de a#ro'undar mais do *ue outras osmistérios da nature0a e *ue n&o est&o dis#ostas a deixar *ue a vida as esmague *uandosurgem os #roblemas(

    >omo um dos mais im#ortantes com#onentes da bruxaria, a magia #o#ular est+ #ro'undamente enrai0ada no nosso consciente( ?esmo os *ue n&o #ro'essam cren%asocultas nem se interessam #or magia #odem #ratic+-la( A ideia de *ue usar gravatas #ara dar sorte garante transac%1es comerciais bem sucedidas ainda est+ viva( O mesmo

    8

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    acontece com a ideia de usar um certo vestido Lblusa camisola, sa#atosM durante umencontro rom6ntico, o *ue garantir+ *ue a muler encontrar+ o #ar certo( Os amuletosda sorte s&o até usados #or #essoas bastante austeras( O #ensamento #ositivo é a#enasuma 'orma de magia #o#ular mental( ?uitos mil1es de #essoas #rocuram aadivina%&o como res#osta a *uest1es sobre o 'uturo(

    Os vestígios da antiga magia #o#ular entrela%am-se na nossa vida de todos osdias( A#agar velas de um bolo de anivers+rio, 'ormular um dese!o *uando se vê umaestrela

    Seott 3 

    cadente, deitar moedas #ara um #o%o, tocar com os co uns nos outros duranteum brinde e outros in2meros #e nos rituais ainda s&o #raticados tal como'oram cria

    A magia #o#ular n&o morreu com as #ersegui%1escam#anas religiosas e nem as guerras ou aIndustrial a su;Mcaram( Est+ viva ainda o!e, a a!udar -*ue se a!udam(

    ICCA

    A magia #o#ular - magia do #ovo é a#enas me da*uilo *ue se designa #or bruxaria( A outra metade religi&o conecida como /icca( N&o se trata demagia giosa, embora os seus #raticantes este!am envolvidos magia( Tambémn&o se trata de uma religi&o magica( é uma religi&o *ue adere magia, aacole e #ratica, magia n&o é o 'uícro da /icca(

    Di0em os #raticantes da /icca *ue a actual ocidental est+ dese*uilibrada(A divindade é abitualm$ denominada Deus, #or o#osi%&o a Deusa( Deus =aié u ex#ress&o comum( O conceito de salvadores mascuím descendedirectamente das divindades masculinas e di'undido mesmo 'ora do>ristianismo( Os ministros religi&o, tais como #adres e #astores, s&ogeralmente omei embora isto este!a a mudar gradualmente, #or*ue as muílires exigem 'a0er ouvir a sua vo0 na +rea da es#iri tua As religi1escontem#or6neas concentram muito a aten%&o na %asculinidade

    Os /iccans s&o di'erentes( Encaram a nature0a coi uma mani'esta%&o da

    divindade( =or isso acam *ue ui divindade masculina adorada sem umadivindade 'emir na é, #elo menos, semicorrecto( Os dois sexos existem

    'li  A Verdade Sobre a Bruxa rio

    8G

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    seu lado(?uita gente aca *ue essas #essoas bi0arras - o estere ti#o da bruxa - existiram eainda existem( =odem existido muleres *ue se encaixavam nesta bi0arra imager da bruxa( =essoas loucas, *ue, sem terem mais nada * atacar, se voltaram contra a

    religi&o convencional e a su #rB#ria 'amília( Através de um misto de 'antasia etornaram-se as #ersonagens *ue o >ristianismo inventara( ?as n&o eram bruxas(7ma estrutura organi0ada, uma religi&o anticrist+ dedicada ao 4culto do Diabo5, talcomo 'oi descrita #elos crist&os #assados e #resentes, nunca existiu e ainda n&oexiste( A'inal, sB um crist&o é *ue acredita no Diabo(Os /iccans têm as suas #rB#rias cren%as e rituais *ue nada têm a ver com o>ristianismo( =or isso, os /iccans n&o vendem a alma ao Diabo, nem est&o a tentar corrom#er o mundo(As acusa%Zes de *ue as bruxas L/iccansM matam os seus U3 bebés s&o absurdas, visto *ue os /iccans, tal como os magos #o#ulares, respeitania $orça da #ida N&o matam bebés, nem outra coisa( =or isso, este conceito de bruxa é 'also(Alguns /iccans n&o usam o termo bruxa #ara se de'ini $ rem( A#Bs séculos deconota%1es negativas com este termo,

    8

     A Verdade Sobre a Bruxa ria F8

     #re'erem /iccan( Outros /iccans autodenominam-se, orgulosamente, bruxos, mesmoem entrevistas na televi"#$ e em ca#as de livros( Ainda mais con'uso é *ue muitos #raticantes de magia #o#ular s&o bruxos autocon'essos *ue n&o têm 'ilia%&o na /icca(

    8Abruxaria é, na verdadeira ace#%&o da #alavra, a arte do bruxo( Esta arte #ertence magia #o#ular( Alguns /iccans alargam-na #ara le incluir rituais, os rituais religiososda /icca. #or isso, a bruxaria é m+gica e ritual( Os /iccans #odem autodenominar-se bruxos, mas os magos #o#ul+res raramente se classi'icam de /iccans( >oncluindo, os/iccans s&o os *ue #raticam a religi&o de /icca, *uer se denominem ou n&o bruxos(

    A RELIGIÃO DE ICCA

    As religi1es s&o organi0a%1es destinadas a venerar divindades( A maior #arte dos/iccans veneram a Deusa e o Deus, mas + imensas di'eren%as nas cren%as b+sicas enas #r+ticas de rituais dos /iccans contem#or6neos(

    A Deusa e o Deus s&o as 'or%as #rimordiais masculina e 'eminina( &o, de certomodo, dois as#ectos iguais mas o#ostos do #oder universal( O ritual /iccan venera osdois( Est&o geralmente ligados s esta%1es, ao ol e Jua( Alguns mitos dos /iccansassemelam-se s istBrias de antigas divindades gregas e sumérias(

    >ontidas no Deus e na Deusa est&o todas as divindades *ue !amais existiram( A

    89

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    Deusa é a 'or%a 'eminina, a irgem, a ?&e e a >oroa( Ela é toda muler e toda'ertilidade( @ vista na Jua, nas +guas, no amor e na vida( O Deus é a 'or%a masculina(Ele é o ca%ador de cornos e o gr&o dos cam#os( @ visto no sol, no 'ogo, na #aix&o e navida(

    F Scott (l

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    de inicia%&o s&o universais em gru#os secretos ou de magia( Na /icca, o ritual de inicia%&odestina-se n&o sBa a#resentar a #essoa Deusa e ao Deus como um /iccan, mas também aaumentar o seu conecimento de outros estados de consciência e da realidade das energian&o 'ísicas( O candidato #ode submeter-se a algum ti#o de morte simbBlica Ltal como ser 

    coberto com um es#esso #ano #retoM #ara 4renascer5 como /iccan( O iniciado #ode receber um nome /iccan e os instrumentos m+gicos( =or 'im, o novo /iccan é a#resentado Deusae ao Deus(

    Embora muitas inicia%1es /iccans se!am secretas, muitas outras têm sidotornadas #2blicas e est&o dis#osi%&o #ara estudo( As #alavras desses rituais s&oa#enas ecos da magia *ue est+ em ac%&o durante a verdadeira inicia%&o(

    TRADIÇ&ES

    As tradi%1es /iccan Lou de gru#os soltos organi0adosM s&o variadas, embora amaioria subscreva a 'iloso'ia /iccan b+sica( Algumas 'oram iniciadas ou #o#ulari0adas #or o!e !+ lend+rias 'iguras /iccan, do #assado recente( ?uitas delasest&o ligadas a uma cultura ou a um #aís es#ecí'ico( As tradi%1es brit6nicas invocammuitas ve0es divindades anglo-saxBnicas tais como [erriden, [ernunnos, Dadga,Tara e muitas outras( As tradi%1es greco-romanas #odem invocar Diana, =an, )aunoe Demétrio( Os nomes *ue os /iccans d&o s deusas e aos deuses n&o s&oim#ortantes. s&o a#enas caves #ara contactar e comungar com as divindades(

    A V()*)* S*+,I' . B/-%%0.. - 2^U:

    e(:

    F Scott (iiKi~iing-ian

    >ada tradi%&o #ossui o seu con!unto de rituais, leis e ritm+gicos, muitas ve0es es#ecí'icos a#enas dessa tradi%&o Esta in'orma%&o est+,

    geralmente, no Boo5 L$S6adoS -iz das So!iibrasM  No #assado, este livro - acave da tradi%&o -era co#iado m&o #or cada um dos iniciados de#ois de

    admitido na assembleia dos bruxos( Ainda o!e isso < #assa, mas muitos gru#osn&o tradicionais 'otoco#iam livro( Outros /iccans, es#ecialmente solit+rios, #odem organi0ar o seu #rB#rio livro(

     Nas di'erentes tradi%1es /iccan encontramos uma vasta gama de #r+ticas rituaise existe, muitas ve0es, #ouca concord6ncia sobre v+rios as#ectos da cerimBnia( =or exem#lo, algumas tradi%1es baseiam-se na adora%&o da Deusa e relegam o Deus #ara o #a#el de consorte( ?uitos rituais s&o #raticados de t2nica, mas outros #raticam-se na nude0 ritual( A#esar destas di'eren%as, existem #oucas lutas internasentre os /iccans( Heralmente, ninguém aca *ue existe a#enas uma 'orma /iccan(

    :

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    Em 89: assistiu-se ao nascimento de 'ormas n&o tradicionais de /icca( ?uitasest&o a abandonar o secretismo, rituais de inicia%&o e assembleias organi0adas eierar*ui0adas( Os /iccans e'ectuam mais auto-inicia%1es do *ue as *ue recebemde terceiros( As antigas 'ormas de ritual est&o a ser abandonadas dando lugar es#ontaneidade( E muitos /iccans o#tam o!e #or #raticar a sua religi&o so0inos(

    A ICCA SOLIT3RIA

    em#re ouve /iccans isolados ou solit+rios( Trata-se, geralmente, de #essoas*ue estavam insatis'eitas com as assembleias ou *ue n&o conseguiam contactar umgru#o secreto(

    _`$

    35dade Sobre a Br~íxaria

     Até recentemente, os Wiccans solitários que não tinham a iniciaão !ratica"am a suareli#ião o melhor que !oim, indo buscar su#est$es a li"ros e con%er&ncias' (m dos)neiros li"ros de in%ormaão %oi Witchcra%t%roni *nside de

    ond Buc+land' rata-se de um relato coerente sobre a ~nerian Wicca, uma dasmais im!ortantes tradi$es ~icas' .unca %oi !ublicado abertamente um /manual instruão0 Wiccan e a maior !arte das assembleias era elosa quanto a entre#ar osseus rituais a não inicia-

     *sto %oi no !assado' 1uitos autores Wiccan quali%icad2~~s, ~ordo com os ideais doactual mo"imento não tradicional, cre"eram li"ros que continham um manancial dein%oraão tradicional e contem!ornea' Al#uns a!resentam~ais com!letos a instru$es de %ormaão'

    (m destes é o Buc+land4s Com!lete Boo+ o% Witchcra%t' scrito !or 6a7mond Buc+land,uma das !rimeiras %i#uras !8blicas de Wiccans dos stados (nidos, é um #uia de as!ectosbásicos da reli#ião Wiccan' 9 li"ro contém também muita da ma#ia !o!ular "ul#armentee%ectuada !elos Wiccans'

     6econhecendo a necessidade de textos %iá"eis !ara Wiccans solitários, Scott Cunnin#ham concluiu o li"ro chamado Wicca: A ;uide %or Solitar7 >AS 1(=?6S 

    Com o nascimento do "erdadeiro mo"imento de libertaão da mulher nos anos @,muitas mulheres sentiram-se desencantadas com a reli#ião ortodoxa' Al#umas descobri-

    8

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    FG Scott (~~HHHHiH/g 

    ram a /icca e iniciaram outra 'orma n&o tradicional -/icca 'eminista ou dasmuleres(C cabe%a deste gru#o estava a #ublica%&o de( "uda#es 86e .euli'iist Boo5o$ig6ts a~id Siado0vs, mais tarde reviste #ublicado como 8ie ol Boo5 o$9o%eii's >steries -Vlunle H )oi também #ublicado um segundo volume(

    Em 89 #ublicou-se 8ie 9o%eii's Spirituaist Boo5 Diane tein( Esta obraassenta na es#iritualidade da Deu e na /icca 'eminina e contém também muitain'ormaL sobre magia(

    ?uitas muleres consideram a /icca uma religi&o ide$U #or*ue reconece e veneraa o as#ecto 'eminino da divir dade( Algumas assembleias 'eministas envolveram-seer #olítica num es'or%o #ara garantir a igualdade da muler sociedade( ?uitas s&oactivas mani'estantes nas carr nas antinuclear(Algumas assembleias 'eministas s&o 4sB #ara mU e algumas nem se*uer invocam oDeus nos seus ri$ Trata-se do resultado de milares de anos de religi&o oriet tada

     #ara o omem( Embora estes gru#os se!am tambéi /iccans, s&o t&odese*uilibrados, es#iritualmente 'alan como as religi1es *ue sB adoram umadivindade masculina Outras assembleias a#enas de muleres reconecem muitasve0es, como um as#ecto da deusa(=orém, a maior #arte dos /iccans a'irmam *ue a Deus e o Deus s&o metadesiguais, mas se#aradas de um todc essa 'onte de 'or%a inde'inível, universal,omni#resente( em dia, na /icca + lugar #ara todas as escolas de samento(Embora a /icca 'eminina 'osse, outrora, considei como inova%&o e n&o tradicionalLou se!a, n&o v+lidaM /iccans tradicionais, estabeleceu-se no seu #rB#rio e é agoraum movimento crescente e com in'luência dent

     A Verdade Sobre a Bri ixa ria F

    da /icca( E certamente com#ensador #ara a muler redescobrir a Deusa l+ dentro(

    O ANO /I>>AN

    Todas as religi1es têm calend+rios sagrados *ue contêm v+rios dias de 'or%a ouassociados a determinada divindade( A maior #arte dos /iccans reali0am rituais,

     #elo menos 8 ve0es #or ano3 8F celebra%1es em Jua >eia, geralmente dedicadas Deusa, e oito saba ts, ou 'estivais do ol( Alguns /iccans re2nem-se com a suaassembleia #ara estes rituais, en*uanto outros os celebram so0inos(A Jua é um antigo símbolo da Deusa( In2meras religi1es veneram a Jua em rituais ecerimBnias( Os /iccans contem#or6neos re2nem-se muitas ve0es Lse s&o membrosda assembleiaM nas noites de Jua >eia, todos os meses, #ara adora%&o e #ara #raticarem rituais de magia(Os Sabats s&o sa0onais( Est&o ligados s velas é#ocas euro#eias das sementeiras e

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    das coleitas, bem como a rituais de ca%a(Essencialmente, o abat conta a istBria do Deus e da Deusa( ob a 'orma de 'estivalrevelam uma lenda /iccan sa0onal e agrícola( Puatro deles est&o relacionados comos e*uinBcios e os solstícios(

    Resumindo, a*ui temos os oito Sabats da /icca e alguns dos reconecidossimbolismos gerais de cada um( Os nomes dos diversos 'estivais di'erem de tradi%&o #ara tradi%&o. os *ue a*ui utili0amos s&o os mais vulgarmente usados nos gru#os/iccan sediados na Euro#a(

    F9 Scott (iomo os/icc aceitam a doutrina da reencarna%&o, n&o é uma 'estividaV totalmente triste(?uitos /iccans celebram também nes noite a morte simbBlica do Deus de >ornos(O Sa%6ain esi ligado cegada do Inverno e a velos rituais de ca%a(Oule L#or volta de 8 de De0embro. a data varia de #ara anoM comemora orenascimento do Deus #or$meio -Deusa( @ a vida no meio da a#arente morte doInverno( trata de uma imita%&o do Natal crist&o( O solstício do InvernV é umaantiga 'estividade #ag& *ue os #rimeiros crist&o3

    ado#taram como data simbBlica do nascimento de Xesus(  -%bolc L8 ou de)evereiroM é a é#oca em *ue a Deusa

    recu#erou, simbolicamente, do nascimento do Deus( E urr 'estividade de

     #uri'ica%&o e de 'ertilidade(@s tara Lcerca de 8 de ?ar%oM, o solstício da =rimavera, -( marca o #rimeiro dia daverdadeira =rimavera( @ uma é#oca do des#ertar da Terra La DeusaM en*uanto o olLo DeusM aumenta em 'or%a e calor(A F: de Abril celebra-se o  Beltane  Nesta 'estividade o !ovem Deus entra naaventura da idade adulta( Ele e a Deusa Lsua m&eamanteM unem-se e #rodu0em a'ertilidade da nature0a( N&o é um incesto, éo simbolismo da nature0a( egundo oconceito /iccan, o Deus e a Deusa s&o um sB, unidos( &o re'lexos du#los da 'or%a*ue #reside ao universo( >idsu%%er Lcerca de 8 de XunoM é o momento em *ue as 'or%as da nature0aest&o no auge( Os /iccans !untam-se #ara 'este!ar e #ara #raticar a magia( ug6nasad6 L8 de AgostoM éo início das coleitas( O Deus en'ra*uece *uando os #rimeiros cereais e 'rutos s&o corta-

    Uai

    F

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    le8-Isea

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    o3

    dos( O Jugnasad é celebrado como um ritual de agradecimento( >abou Lcerca de 8 de etembroM é a segunda coleita( O Deus #re#ara-se #ara deixar atr+s

    de si a vida *uando se reunem os 2ltimos 'rutos #ara alimentar toda a gente( O calor diminui de

    dia #ara dia(O amain segue-se ao ?abon, e com#leta-se o ciclo de rituais(

    INSTRUMENTOS DO RITUAL ICCANe

    A (e4//#$ é 6ee(.7#$ ). )/6/).)e8 Ne"%. 6ee(.7#$ "#$ 9".)$" 6:(/$"/"%(9;e%$" "/;,$4$" e (/%9./"8 A49" )e"%e" "#$ 9".)$"

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    Trata-se de um instrumento usado #ara dirigir a 'or%a do cor#o #ara o mundoexterior( Em algumas tradi%1es /iccan, o atia%e éo símbolo do Deus( Em ve0 dele #ode usar-se uma es#ada(

    A #arin6a de cond*o é muito #arecida com a *ue é usada #elos antigos m+gicos(@, muitas ve0es, de madeira e #ode ter simbolos gravados ou ser guarnecida com #edras( Algumas s&o de #rata( A varina m+gica é um instrumento de invoca%&o, deconvite #resen%a das divindades durante o ritual(

    O caldeir*o é um enorme reci#iente de metal, geralmente de 'erro( E consideradoo símbolo da Deusa( Dentro dele #ode 'a0er-se uma 'ogueira, ou #ode encer-se ocaldeir&o com +gua e 'lores( A#esar das ideias erradas sobre isso, raramente se 'a0em #o%1es no caldeirao(

    O  pentCculo é uma ca#a de metal, barro, madeira ou outra subst6ncia natural( Neleest&o gravados diversos sim- -bolos( 7m deles é o #entagrama, a estrela de cinco #ontas usada na antiga magia( LAo contr+rio do *ue evangelistas e crist&os radicaistêm #roclamado, o #entagrama n&o é um símbolo sat6nico(M O #ent+culo é usado, #or ve0es, como base onde s&o colocados outros instrumentos ou ob!ectos, en*uanto s&o

    carregados de energia durante o ritual(A taça! ou c+lice, é outro símbolo da Deusa( =ode conter vino ou +gua *ue s&oritualmente bebidos(

    O turíbulo é um *ueimador de incenso( Tal como nasantigas religi1es, os /iccans *ueimam incenso durante o EU3]ritual em onra dasdivindades(

    8igelas de sal e Cgua est&o 're*uentemente nos altares /iccans( Xuntas, estasduas subst6ncias 'ormam um lí*uido #uri'icador *ue #ode ser es#argido volta da0ona do ritual(

     A Verdade Sobre a Bri+xa ria 8

    (ordas de v+rios materiais naturais #odem estar #resentes no altar( Embora osimbolismo das cordas varie, signi'ica geralmente o mundo material e a mani'esta%&o(imboli0am também o elo dos membros com a assembleia e entre as divindades e os/iccans(

    A #assoura é usada, #or ve0es, como instrumento de #uri'ica%&o, #ara varrerritualmente a 0ona antes do trabalo( De#ois, #ode ser encostada ao altar(

    Outros ob!ectos *ue se encontram, #or ve0es, no altar incluem a bola de cristal de

    *uart0o, símbolo da De$sa e usada #ara des#ertar #oderes #sí*uicos.'lores'tescas ou p6in tas! re#resentando a #rodigalidade da nature0a. ca%pain6as e outr

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    +gua, tal como a vassoura, #odem ser usados #ara #uri'icar a 0ona( O turibulo tambémse utili0a, neste caso, #or*ue cria o ambiente ade*uado #or meio do aroma(

     0ara in#ocar a presença da Deusa e do Deus durante o ntnal A varina decond&o é o #rimeiro instrumento a ser usado neste caso(

     0ara ser#ir de ponto de concentraç*o para se obter poder durante a %agia =ode

    ser a bola de cristal de *uart0o ou um ob!ecto colocado em cima do #ent+culo( Algunsgru#os utili0am o caldeir&o( 0ara dirigir a energia para o seu destino O at6a%e é o instrumento mais usado

     #ara direccionar a energia(

    cott (iini~iíígHHaiii

    Alguns /iccans n&o #ermitem *ue outras #essoas #eguem nos seus instrumentos(&o sagrados, visto *ue 'oram #ostos de #arte #ara 'ins rituais( =odem estarguardados e sB ser retirados #ara a utili0a%&o es#ecí'ica( Outros usam constan-temente os seus instrumentos, #or*ue acreditam *ue *uanto mais trabalam comeles Lmesmo em actividades n&o rituaisM, mais e'ica0es ser&o nas suas m&os e com asua energia(

    RITUAIS ICCAN1-

    Os rituais da /icca s&o variados( >ertas tradi%1es /iccan têm #adr1es rituais #rB#rios #ara cada ocasi&o( E alguns gru#os Lou indivíduosM e'ectuam rituaises#ont6neos, cantando, movendo-se ou 'alando con'orme se sentem im#e- -$lidos a 'a0ê-lo(

     Na maior #arte dos rituais /iccan encontramos com#onentes rituais b+sicos(Existem muitas varia%1es. isto sao -( - -a#enas generali0a%1es( A maior #arte dostrabalos come%a com a cria%&o do es#a%o sagrado( A este cama-se, 're*uentemente, o círculo m+gico, o círculo de #oder ou a es'era de #oder( "asicamente,trata-se da cria%&o de uma es'era energia *ue rodeia a +rea do ritual( Esta es'era écriada deslocando o #oder #essoal do cor#o, dirigindo-o através do at6a%e ede#ois, através da visuali0a%&o, dar-le 'orma numa es#era de energia brilante*ue abrange a +rea do ritual( ?etade desta es'era est+ acima do solo, e outra

    metade abaixo( O local onde esta grande es'era de energia é cortada #elo solo Louc&oM marca o círculo m+gico, daí o seu nome(O círculo é considerado o lugar mais ade*uado #ara-or a Deusa e o Deus(

    Durante a magia, ele contém e coi energia até ser libertada em direc%&o ao seualvo(

    De#ois de 'ormada esta es'era, o ritual inicia-se(

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     A Verdade Sobre a Br!ixariamoser 

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    OS QUATRO QUARTOSDirectamente, a#Bs terem 'ormado o círculo m+gico, muitos /iccans 'a0eminvoca%1es dos *uatro *uartos, ou se!a, as *uatro direc%1es( Durante o ritual #ara'ins #rotectores ou #ara em#restarem as suas energias es#eciais, #odem invocar-seTorres de igia, Reis ou Rainas dos Elementos( Em alguns gru#os estas *uatroinvoca%1es #odem ser 'eitas #or *uatro indivíduos, en*uanto noutros a#enas osumo-sacerdote ou a sacerdoti0a #odem 'a0ê-lo(

    A seguir ou algum tem#o antes disto, a Deusa e o Deus s&o invocados #araassistirem aos rituais( (onio s&o invocados 'ica ao critério do gru#o ou dos

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    indivíduos envolvidos( A maior #arte baseia-se em #alavras, outros #odem cantar,tocar ou dan%ar( A 'orma n&o é im#ortante( O *ue é im#ortante é *ue as invoca%1estenam êxito(

    Alguns /iccans vêem a Deusa e o Deus *ue descem #ara estarem #resentes nosrituais( Outros crêem *ue eles residem na Terra e de l+ os camam( ?ais

    vulgarmente crêem *ue a Deusa e o Deus residem dentro de si, e a invoca%&o éa#enas um instrumento *ue os /iccans usam #ara *ue se a#ercebam novamente dasua #resen%a(7ma ve0 invocados, come%am os verdadeiros trabalos( e esta reuni&o 'or umabat, é e'ectuado, geralmente, um ritual sa0onal( Este #ode incluir #assagens'aladas, re#resenta%1es de mitos e dramati0a%1es das características da esta%&o, talcomo es#alar 'olas de Outono ou dis#or 'lores #rimaveris volta do círculom+gico ou sobre o altar(

    e o ritual 'or um Esbat, é dita, cantada ou entoada uma invoca%&o da Deusa noeu as#ecto lunar e de#ois come%am os trabalos de magia(

     Nos abats, o ritos sa0onais #recedem a magia, se é *ue s&o se*uer e'ectuados(A seguir, alguns /iccans #raticam

    r  Scott (i%ningila

    v+rias 'ormas de adivina%&o( O amain é um abat E *ue se 'a0 isso(egue-se uma sim#les re'ei%&o ritual, *ue consiste geral mente em vino, cerve!aou sumo de 'ruta e bolos em 'ormL de Puarto >rescente( Jonge de encenar a

    comun&o crist&, os /iccans seguem as 'ormas dos rituais gregos e do ?édioOriente em *ue essas re'ei%1es - incluindo os bolos em Puarto >rescente - erama#reciadas( Puando uma assembleia se re2ne #ara o abat, muitas ve0es + um ban*uete, com os #ratos *ue os membros tra0em(

    De#ois da re'ei%&o, a es'era m+gica 4*uebra-se5 ou 4abre-se5( E o dis#ersar cerimonial do #oder *ue a criou( O ritual est+ 'eito( Acabou-se( N&o + #actos como Diabo, n&o + orgias, nem sacri'ícios ou #actos escuros com os demBnios(

    DE TNICA OU NAO?

    7ma das *uest1es mais im#ortantes #or *ue os /iccans têm sido atacados é #ela #r+tica da nude0 ritual( ?uitos /iccans #raticam a nude0 durante o ritual( @ aantítese do 'ato 4de ver a Deus5, uma 'orma de se descartarem de elaborados #aramentos rituais usados, 're*uentemente, #or outras religi1es(?as muitos outros /iccans, talve0 a maioria, usam t2nicas durante os rituais(Alguns entram até no círculo com as rou#as da rua(Puem est+ de 'ora a#onta a nude0 ritual dos /iccans e escarnece3 4êemW Est&onus( Isso pro#a *ue 'a0em orgiasS5"om(((

    9

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    ?uitos médicos, advogados, em#res+rios e membros de religi1es ortodoxas s&onudistas, mas #oucos os acusam de

    <

    se entregarem adora%&o do Diabo ou a orgias( A 'alsa convic%&o de *ue anude0 social leva inevitavelmente ao sexo éo resultado de dois mil anos de #uritanismo, incentivado #or uma nova religi&o decidida a a#agar todos os tra%osde #aganismo(Pual*uer #essoa racional e e*uilibrada *ue tena visitado uma #raia de nudistas,um local onde a rou#a é o#cional ou um cam#o de nudistas se a#ercebe *uede#ressa a nude0 deixa de ser novidade( Puando as #essoas est&o nuas #or outrasra01es *ue n&o o sexo, o 'actor de excita%&o désa#arece ra#idamente(

    Alguns /iccans di0em *ue, no #assado, todos os seus rituais eram celebradossem rou#a( Isso n&o é verdade( Embora a nude0 ritual tena uma longa istBria emcertas #artes da Euro#a, ndia, =olinésia, entre alguns gru#os americanos e até emritos de #lanta%&o nas montanas de O0ar;, a maior #arte da Euro#a era demasiado'ria #ara essas #r+ticas(Alguns /iccans e'ectuam rituais nus #or*ue acam isso natural( Outros n&o sedes#em #or*ue #re'erem n&o 'a0ê-lo(>omo tem sido 're*uentemente re'erido, a /icca é uma religi&o de individualismo(

    SE!O E BRU!ARIA

    Pual*uer re'erência #alavra bruxaria tra0, em geral, mente orgias( Osestranos #ensam *ue o sexo e a bruxaria est&o intimamente ligados(

    Isso n&o é verdade(Alguns /iccans utili0am sexo nos rituais( Isso #ode acontecer em cerimBnias de

    inicia%&o de terceiro grau, *ue s&o raras e sB concedidas a#Bs anos de estudo e #r+tica( O

     A Verdade Sobre a Bri+xa ria

    G Scott (i'nninglza%

    sexo é usado #elas sua$ #ro#riedades místicas e m+gicas e de alterar o estado deconsciência da #essoa *ue est+ a ser iniciada(

    =orém, esses rituais sB s&o e'ectuados em #rivado entre dois adultos res#ons+veis,nunca 'rente de outros /iccans ou de outra #essoa( As orgias das assembleias n&oexistem( /icca n&o é um clube de sexo. os abats e os Esbats n&o s&o #retextos #arasexo(

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    cristais de *uart0o e usar ervas e Bleos #ara e'ectuarem modi'ica%1es m+gicas( Asassembleias de /iccans reali0am, geralmente, rituais orientados #ara o gru#o *ueim#licam o des#ertar da energia(

    A magia a*ui ilustrada re'ere-se basicamente a assembleias e gru#os de /iccans(Os /iccans solit+rios #odem e'ectuar 

    9 Scott (iurar é talve0 o ob!ecvV mais comum a #ar com o amor, 'inan%as,em#rego e #ro tec%&o( =ragas e vassouras-de-bruxa s&o desconecidas( magia

     #o#ular também toca #roblemas mais vastos, tai como um mundo de #a0(As assembleias de /iccans come%aram a trabalar ne sentido no 'inal dos anos G:,*uando era comum a assembleias unirem, literalmente, es'or%os #ara enviarenenergia a 'im de #orem termo guerra do ietname(Outro ob!ectivo da magia /iccan é acabar com a ex#lo$ ra%o no mundo,consen$ar os recursos naturais e reen$ energia #ara o nosso #laneta #ara garantir acontinuid da sua existência(

    Os métodos /iccan de reunir energia 'oram mantido$ em segredo durantemuito tem#o e a#enas revelados membros da assembleia de#ois da inicia%&o(o!e, mu$ deles 'oram abertamente revelados( Alguns s&o es#ecí'ico( da /icca(

    A DANÇA

    A 'orma mais comum utili0a a actividade 'ísica( A grande sacerdoti0a, o sumo-sacerdote ou outro líder da assembleia discute o ob!ectivo do rito m+gico a sere'ectuado #elo gru#o( Puando este est+ claramente entendido, come%a

    Dentro do circulo m+gico, os /iccans d&o as m&os e gir no sentido dos #onteirosdo relBgio em volta do altar, visuali0ando ou concentrando-se na necessidadem+gica( A cama-se A Dança e é a 'orma mais comum de reunir energia(

    ai  A Verd34de Sobre a Bri'xaria

    :

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    F8

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    sA assembleia roda cada ve0 mais de#ressa em volta do altar até se turvar o olar( Durante esteacto, os /iccans est&o a aumentar 'irmemente a sua energia( No devido momento - *uando a'or%a da assembleia atingiu o auge -, o líder do gru#o 'a0 sinal aos seus membros #ara libertaremessa energia e #ara, através da visuali0a%&o, a dirigirem #ara o ob!ectivo( Em alguns gru#os, osmembros enviam a energia #ara o líder *ue a remete #ara 'ora(e um mago #o#ular consegue reunir uma *uantidade su'iciente de energia #ara causar e'eitosm+gicos, gru#os de #essoas, trabalando todas #ara o mesmo ob!ectivo, #odem #rodu0ir umaenorme *uantidade de 'or%a( Os trabalos de magia de um gru#o, /iccan ou outro, #odem ser es#ectacularmente e'ica0es(

    ENTOAR O FEITIÇO

    Outras 'ormas de magia /iccan s&o semelantes( A assembleia est+, geralmente,colocada em círculo( Os membros #odem 'icar imBveis, dar os bra%os e entoar ou

    murmurar en*uanto visuali0am o ob!ectivo m+gico e 'a0em aumentar a energia #essoal( O líder, como antes, determina *uando o #oder dis#onível est+ na suaconcentra%&o m+xima e in'orma mais uma ve0 a assembleia #ara *ue liberte a suaenergia(

    Outros gru#os /iccan #odem utili0ar varia%1es da 'orma anterior ou #odem #raticar até magia cerimonial #ara atingir os seus ob!ectivos(

    e!a *ual 'or o ti#o de magia usada #ela assembleia, égeralmente e'ica0(

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    es'a*uear as #essoas *ue encontra( A'inal, a verdadeira mestria do #oder m+gico sBocorre nos indivíduos *ue subscrevem a m+xima34e n&o #re!udicares nenum, 'a0 o*ue *uiseres(5

    A #ossibilidade do uso errado das técnicas de magia /iccan 'oi uma das ra01es dosecretismo no #assado34N&o revelem métodos m+gicos aos *ue n&o est&o #re#arados.

    ir&o causar dano a si e aos outros(5 Embora #ossa ter avido outrora alguma lBgica a #residir esta ideia, o!e !+ n&o év+lida( As técnicas m+gicas dos /iccans têm sidotornadas

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    *ue é a antítese da maior #arte das outras religi1es3 N*o 6C religiFes 7zte sir#a% para todosTalve0 n&o se!a demasiado di0er *ue a mais elevada 'orma de vaidade umana é aassun%&o de *ue a nossa religi&o é a 2nica via #ara a divindade, *ue toda a gente aacar+ t&o satis'atBria como nBs e *ue os *ue têm cren%as di'erentes est&oenganados, desorientados ou s&o ignorantes(@ com#reensível a ra0&o #or *ue muitas religi1es e os seus seguidores sentem isso ecolaboram na 4convers&o das massas(5 er *ue os outros mudam #ara a nossa 'érestabelece a correc%&o da 'é na mente do conversor( 4e os outros acreditam, ent&on&o devo estar enganado(5 Alguns membros de religi1es ortodoxas #reocu#am-severdadeiramente com a alma dos n&o crentes( ?as a base disso s&o os 'alsosensinamentos da sua religi&o(Outros as#ectos da evangeli0a%&o envolvem a #olítica( e a religi&o A converte o #aís ", aumenta a sua in'luência #olítica e 'inanceira nesse #ais( O mesmo acontececom as #essoas im#ortantes( As religi1es ortodoxas têm uma in'luência de longoalcance nas +reas do governo e da 'inan%a( Os candidatos #olíticos a#oiados #elasreligi1es mais im#ortantes s&o muitas ve0es eleitos e #ro#1em ou a#oiam legisla%&o*ue acom#ane o interesse da legisla%&o(

    O dineiro é uma terceira ra0&o #ara a evangeli0a%&o( o!e, as religi1esorgani0adas nos Estados 7nidos recebem mil1es de dBlares livres de im#ostos #or mês( @ verdade *ue grande #arte desse dineiro é usado #ara 'ins de caridade, mas amaior #arte vai #ara a burocracia da religi&o, bene'iciando #essoas *ue a gerem( =or isso *uanto mais seguidores tiver mais dineiro a#arece(

    1l&

     A Verdade Sobre a Br~~xaria QR

    QUANTO MENOS MAIS ALEGRES

    A /icca n&o é assim( N&o est+ organi0ada nesse sentido( Os gru#os nacionaisexistem, mas a#enas #or ra0oes sociais e #or ve0es legais( As reuni1es e os /iccans #odem arrastar centenas de #essoas, mas as assembleias locais contam, geralmente,com menos de 8: membros e muitos /iccans #raticam a sua religi&o com#letamentesBs, sem 'ilia%1es no gru#o(

    A /icca n&o é uma institui%&o 'inanceira e n&o l2ta #ara sê-lo( Os alunos n&o #agam #ela inicia%&o( Os #e*uenos #agamentos, *uando existem, s&o semelantes a*ual*uer #agamento 'eito em *ual*uer gru#o #ara mantimentos, re'rescos, etc(

    E #or isso as istBrias das bruxas Lleia-se /iccansM como #ertencentes a umaorgani0a%&o mundial *ue tem como ob!ectivo governar o mundo s&o 'alsas( @igualmente mentira *ue os /iccans tentam coagir os outros a !untar-se sua religi&o( N&o se sentem assim t&o inseguros acerca da sua religi&o(

     N&o se #reocu#em. os /iccans n&o andam #or aí, #ela rua, a tentar 'or%ar crian%ase velinas a luntarem-se a uma assembleia(

    F

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    A /icca é uma religi&o #ara as #essoas *ue decidem #ertencer a ela(

    PROBLEMAS

    >omo muitas religi1es *ue existem em #aíses subdesenvolvidos, a /icca consisteem #e*uenos gru#os( =Bdem encontrar-se no cam#o, na #raia ou na montana, masgeralmente encontram-se dentro de casa( A ra0&oW Ignor6ncia do #2blico(

    QP Scott ('inningln'  

    7m exem#lo disto aconteceu recentemente( 7m gru#o /iccan da >ali'Brniadecidiu e'ectuar um dos seus rituais num #ar*ue #2blico( ?uito antes do ritual,obtiveram a devida autori0a%&o de reuni&o #ara evitar situa%1es desagrad+veis(>egou o dia e a assembleia, vestindo t2nica

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    1

    F: Scott 

    também *ue as bruxas #ertencem a uma igre!a sat6n. organi0ada?uitos *ue se agarram a esta ideia #arecem crer *ue t #essoas existem( De onde #rovém essa ideiaW )xactamen da mesma cam#ana religiosa *ue votou aoextermínio #r+tica de magia #o#ular( Puando uma religi&o decla guerra, '+-lo demaneira im#lac+vel( =ense-se na actu situa%&o no ?édio Oriente e Irlanda do Norte( Embor nestes exem#los, este!a muito mais em !ogo do *ue a relig ela é ocerne do con'lito( Os dois lados, numa guerra rE giosa, acreditam *ue Deus est+ doseu lado(?uita gente aca *ue essas #essoas bi0arras - o estere ti#o da bruxa - existiram eainda existem( =odem existido muleres *ue se encaixavam nesta bi0arra imager da bruxa( =essoas loucas, *ue, sem terem mais nada * atacar, se voltaram contra areligi&o convencional e a su #rB#ria 'amília( Através de um misto de 'antasia etornaram-se as #ersonagens *ue o >ristianismo inventara( ?as n&o eram bruxas(7ma estrutura organi0ada, uma religi&o anticrist+ dedicada ao 4culto do Diabo5, talcomo 'oi descrita #elos crist&os #assados e #resentes, nunca existiu e ainda n&oexiste( A'inal, sB um crist&o é *ue acredita no Diabo(

    Os /iccans têm as suas #rB#rias cren%as e rituais *ue nada têm a ver com o>ristianismo( =or isso, os /iccans n&o vendem a alma ao Diabo, nem est&o a tentar corrom#er o mundo(As acusa%Zes de *ue as bruxas L/iccansM matam os seus U3 bebés s&o absurdas, visto *ue os /iccans, tal como os magos #o#ulares, respeitania $orça da #ida N&o matam bebés, nem outra coisa( =or isso, este conceito de bruxa é 'also(Alguns /iccans n&o usam o termo bruxa #ara se de'ini $ rem( A#Bs séculos deconota%1es negativas com este termo,

    FG

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    8

     A Verdade Sobre a Bruxa ria F8

     #re'erem /iccan( Outros /iccans autodenominam-se, orgulosamente, bruxos, mesmoem entrevistas na televi"#$ e em ca#as de livros( Ainda mais con'uso é *ue muitos #raticantes de magia #o#ular s&o bruxos autocon'essos *ue n&o têm 'ilia%&o na /icca(

    8Abruxaria é, na verdadeira ace#%&o da #alavra, a arte do bruxo( Esta arte #ertence magia #o#ular( Alguns /iccans alargam-na #ara le incluir rituais, os rituais religiososda /icca. #or isso, a bruxaria é m+gica e ritual( Os /iccans #odem autodenominar-se

     bruxos, mas os magos #o#ul+res raramente se classi'icam de /iccans( >oncluindo, os/iccans s&o os *ue #raticam a religi&o de /icca, *uer se denominem ou n&o bruxos(

    A RELIGIÃO DE ICCA

    As religi1es s&o organi0a%1es destinadas a venerar divindades( A maior #arte dos/iccans veneram a Deusa e o Deus, mas + imensas di'eren%as nas cren%as b+sicas enas #r+ticas de rituais dos /iccans contem#or6neos(

    A Deusa e o Deus s&o as 'or%as #rimordiais masculina e 'eminina( &o, de certomodo, dois as#ectos iguais mas o#ostos do #oder universal( O ritual /iccan venera osdois( Est&o geralmente ligados s esta%1es, ao ol e Jua( Alguns mitos dos /iccans

    assemelam-se s istBrias de antigas divindades gregas e sumérias(>ontidas no Deus e na Deusa est&o todas as divindades *ue !amais existiram( ADeusa é a 'or%a 'eminina, a irgem, a ?&e e a >oroa( Ela é toda muler e toda'ertilidade( @ vista na Jua, nas +guas, no amor e na vida( O Deus é a 'or%a masculina(Ele é o ca%ador de cornos e o gr&o dos cam#os( @ visto no sol, no 'ogo, na #aix&o e navida(

    F Scott (l

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     No #assado, /icca era basicamente uma religi&o secretae de inicia%&o( Nesta /icca tradicional, a maior #arte dos3--3 #raticantes eram membros de gru#os de /iccans *ue - -$ !untavam #ara estudar,adorar e #ara a magia( Alguns -

    gru#os eram organi0a%1es de 'orma%&o com v+ri #roveniências( Outros mantinama coes&o de identida de gru#o e raramente #ermitiam *ue novos membr -aderissem(Isso ainda o!e é verdade, mas existem agora muitos gru#os n&o tradicionais( Algunsn&o s&o de inicia%&ooutros 'a0em a sua auto-inicia%&o( - -Estes gru#os est&o geralmente limitados a 8F membros, mas #odem ter menos( Esten2mero é simbBlico em rela%&o aos meses lunares( @ também, como se di0're*uentemente, o n2mero m+ximo de #essoas ca#a0es de entrarem 'acilmente noes#a%o ritual, o 4círculo m+gico5 ou es'era criada antes de *ual*uer ritual /iccan( Amaior #arte dos gru#os s&o liderados #or uma sacerdotisa ou um sumo-sacerdote(Estes s&o, geralmente, /iccans, *ue a#Bs anos de 'orma%&o /iccanY e ex#eriência

    se submeteram a três inicia%1es distintas, les #ermitem liderar um gru#o e ensinar a/icca outros(Os rituais tradicionais de inicia%&o s&o, geralmente, ex#e-$ nências dram+ticas( e acerimBnia 'or devidamente e'ectuada

    ai  A Verdade Sobre a Broxa ria FF

    a #essoa *ue se submete ao ritual 'ica com#letamente mudada e emerge com uma nova

    identidade como membro da Arte, como a /icca é muitas ve0es conecida( Essas cerimBniasde inicia%&o s&o universais em gru#os secretos ou de magia( Na /icca, o ritual de inicia%&odestina-se n&o sBa a#resentar a #essoa Deusa e ao Deus como um /iccan, mas também aaumentar o seu conecimento de outros estados de consciência e da realidade das energian&o 'ísicas( O candidato #ode submeter-se a algum ti#o de morte simbBlica Ltal como ser coberto com um es#esso #ano #retoM #ara 4renascer5 como /iccan( O iniciado #ode receber um nome /iccan e os instrumentos m+gicos( =or 'im, o novo /iccan é a#resentado Deusae ao Deus(

    Embora muitas inicia%1es /iccans se!am secretas, muitas outras têm sidotornadas #2blicas e est&o dis#osi%&o #ara estudo( As #alavras desses rituais s&oa#enas ecos da magia *ue est+ em ac%&o durante a verdadeira inicia%&o(

    TRADIÇ&ES

    As tradi%1es /iccan Lou de gru#os soltos organi0adosM s&o variadas, embora amaioria subscreva a 'iloso'ia /iccan b+sica( Algumas 'oram iniciadas ou #o#ulari0adas #or o!e !+ lend+rias 'iguras /iccan, do #assado recente( ?uitas delasest&o ligadas a uma cultura ou a um #aís es#ecí'ico( As tradi%1es brit6nicas invocam

    F9

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    muitas ve0es divindades anglo-saxBnicas tais como [erriden, [ernunnos, Dadga,Tara e muitas outras( As tradi%1es greco-romanas #odem invocar Diana, =an, )aunoe Demétrio( Os nomes *ue os /iccans d&o s deusas e aos deuses n&o s&oim#ortantes. s&o a#enas caves #ara contactar e comungar com as divindades(

    A V()*)* S*+,I' . B/-%%0.. - 2^U:

    e(:

    F Scott (iiKi~iing-ian

    >ada tradi%&o #ossui o seu con!unto de rituais, leis e ritm+gicos, muitas ve0es es#ecí'icos a#enas dessa tradi%&o Esta in'orma%&o est+,

    geralmente, no Boo5 L$S6adoS -iz das So!iibrasM  No #assado, este livro - acave da tradi%&o -era co#iado m&o #or cada um dos iniciados de#ois de

    admitido na assembleia dos bruxos( Ainda o!e isso < #assa, mas muitos gru#osn&o tradicionais 'otoco#iam livro( Outros /iccans, es#ecialmente solit+rios, #odem organi0ar o seu #rB#rio livro(

     Nas di'erentes tradi%1es /iccan encontramos uma vasta gama de #r+ticas rituaise existe, muitas ve0es, #ouca concord6ncia sobre v+rios as#ectos da cerimBnia( =or exem#lo, algumas tradi%1es baseiam-se na adora%&o da Deusa e relegam o Deus #ara o #a#el de consorte( ?uitos rituais s&o #raticados de t2nica, mas outros #raticam-se na nude0 ritual( A#esar destas di'eren%as, existem #oucas lutas internas

    entre os /iccans( Heralmente, ninguém aca *ue existe a#enas uma 'orma /iccan(Em 89: assistiu-se ao nascimento de 'ormas n&o tradicionais de /icca( ?uitasest&o a abandonar o secretismo, rituais de inicia%&o e assembleias organi0adas eierar*ui0adas( Os /iccans e'ectuam mais auto-inicia%1es do *ue as *ue recebemde terceiros( As antigas 'ormas de ritual est&o a ser abandonadas dando lugar es#ontaneidade( E muitos /iccans o#tam o!e #or #raticar a sua religi&o so0inos(

    A ICCA SOLIT3RIA

    em#re ouve /iccans isolados ou solit+rios( Trata-se, geralmente, de #essoas*ue estavam insatis'eitas com as assembleias ou *ue n&o conseguiam contactar um

    gru#o secreto(_`$

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    dade Sobre a Br~íxaria

    F

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     Até recentemente, os Wiccans solitários que não tinham a iniciaão !ratica"am a suareli#ião o melhor que !oim, indo buscar su#est$es a li"ros e con%er&ncias' (m dos)neiros li"ros de in%ormaão %oi Witchcra%t%roni *nside de

    ond Buc+land' rata-se de um relato coerente sobre a ~nerian Wicca, uma das

    mais im!ortantes tradi$es ~icas' .unca %oi !ublicado abertamente um /manual instruão0 Wiccan e a maior !arte das assembleias era elosa quanto a entre#ar osseus rituais a não inicia-

     *sto %oi no !assado' 1uitos autores Wiccan quali%icad2~~s, ~ordo com os ideais doactual mo"imento não tradicional, cre"eram li"ros que continham um manancial dein%oraão tradicional e contem!ornea' Al#uns a!resentam~ais com!letos a instru$es de %ormaão'

    (m destes é o Buc+land4s Com!lete Boo+ o% Witchcra%t' scrito !or 6a7mond Buc+land,uma das !rimeiras %i#uras !8blicas de Wiccans dos stados (nidos, é um #uia de as!ectosbásicos da reli#ião Wiccan' 9 li"ro contém também muita da ma#ia !o!ular "ul#armentee%ectuada !elos Wiccans'

     6econhecendo a necessidade de textos %iá"eis !ara Wiccans solitários, Scott Cunnin#ham concluiu o li"ro chamado Wicca: A ;uide %or Solitar7 >AS 1(=?6S 

    Com o nascimento do "erdadeiro mo"imento de libertaão da mulher nos anos @,muitas mulheres sentiram-se desencantadas com a reli#ião ortodoxa' Al#umas descobri-

    FG Scott (~~HHHHiH/g 

    ram a /icca e iniciaram outra 'orma n&o tradicional -/icca 'eminista ou dasmuleres(C cabe%a deste gru#o estava a #ublica%&o de( "uda#es 86e .euli'iist Boo5o$ig6ts a~id Siado0vs, mais tarde reviste #ublicado como 8ie ol Boo5 o$9o%eii's >steries -Vlunle H )oi também #ublicado um segundo volume(

    Em 89 #ublicou-se 8ie 9o%eii's Spirituaist Boo5 Diane tein( Esta obraassenta na es#iritualidade da Deu e na /icca 'eminina e contém também muitain'ormaL sobre magia(

    ?uitas muleres consideram a /icca uma religi&o ide$U #or*ue reconece e veneraa o as#ecto 'eminino da divir dade( Algumas assembleias 'eministas envolveram-seer #olítica num es'or%o #ara garantir a igualdade da muler sociedade( ?uitas s&oactivas mani'estantes nas carr nas antinuclear(Algumas assembleias 'eministas s&o 4sB #ara mU e algumas nem se*uer invocam oDeus nos seus ri$ Trata-se do resultado de milares de anos de religi&o oriet tada #ara o omem( Embora estes gru#os se!am tambéi /iccans, s&o t&odese*uilibrados, es#iritualmente 'alan como as religi1es *ue sB adoram umadivindade masculina Outras assembleias a#enas de muleres reconecem muitas

    :

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    ve0es, como um as#ecto da deusa(=orém, a maior #arte dos /iccans a'irmam *ue a Deus e o Deus s&o metadesiguais, mas se#aradas de um todc essa 'onte de 'or%a inde'inível, universal,omni#resente( em dia, na /icca + lugar #ara todas as escolas de samento(Embora a /icca 'eminina 'osse, outrora, considei como inova%&o e n&o tradicional

    Lou se!a, n&o v+lidaM /iccans tradicionais, estabeleceu-se no seu #rB#rio e é agoraum movimento crescente e com in'luência dent

     A Verdade Sobre a Bri ixa ria F

    da /icca( E certamente com#ensador #ara a muler redescobrir a Deusa l+ dentro(

    O ANO /I>>ANTodas as religi1es têm calend+rios sagrados *ue contêm v+rios dias de 'or%a ouassociados a determinada divindade( A maior #arte dos /iccans reali0am rituais, #elo menos 8 ve0es #or ano3 8F celebra%1es em Jua >eia, geralmente dedicadas Deusa, e oito saba ts, ou 'estivais do ol( Alguns /iccans re2nem-se com a suaassembleia #ara estes rituais, en*uanto outros os celebram so0inos(A Jua é um antigo símbolo da Deusa( In2meras religi1es veneram a Jua em rituais ecerimBnias( Os /iccans contem#or6neos re2nem-se muitas ve0es Lse s&o membrosda assembleiaM nas noites de Jua >eia, todos os meses, #ara adora%&o e #ara #raticarem rituais de magia(

    Os Sabats s&o sa0onais( Est&o ligados s velas é#ocas euro#eias das sementeiras edas coleitas, bem como a rituais de ca%a(Essencialmente, o abat conta a istBria do Deus e da Deusa( ob a 'orma de 'estivalrevelam uma lenda /iccan sa0onal e agrícola( Puatro deles est&o relacionados comos e*uinBcios e os solstícios(Resumindo, a*ui temos os oito Sabats da /icca e alguns dos reconecidossimbolismos gerais de cada um( Os nomes dos diversos 'estivais di'erem de tradi%&o #ara tradi%&o. os *ue a*ui utili0amos s&o os mais vulgarmente usados nos gru#os/iccan sediados na Euro#a(

    F9 Scott (iomo os/icc aceitam a doutrina da reencarna%&o, n&o é uma 'estividaV totalmente triste(

    8

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    ?uitos /iccans celebram também nes noite a morte simbBlica do Deus de >ornos(O Sa%6ain esi ligado cegada do Inverno e a velos rituais de ca%a(Oule L#or volta de 8 de De0embro. a data varia de #ara anoM comemora orenascimento do Deus #or$meio -Deusa( @ a vida no meio da a#arente morte doInverno( trata de uma imita%&o do Natal crist&o( O solstício do InvernV é uma

    antiga 'estividade #ag& *ue os #rimeiros crist&o3ado#taram como data simbBlica do nascimento de Xesus(  -%bolc L8 ou de)evereiroM é a é#oca em *ue a Deusa

    recu#erou, simbolicamente, do nascimento do Deus( E urr 'estividade de #uri'ica%&o e de 'ertilidade(@s tara Lcerca de 8 de ?ar%oM, o solstício da =rimavera, -( marca o #rimeiro dia daverdadeira =rimavera( @ uma é#oca do des#ertar da Terra La DeusaM en*uanto o olLo DeusM aumenta em 'or%a e calor(A F: de Abril celebra-se o  Beltane  Nesta 'estividade o !ovem Deus entra naaventura da idade adulta( Ele e a Deusa Lsua m&eamanteM unem-se e #rodu0em a'ertilidade da nature0a( N&o é um incesto, éo simbolismo da nature0a( egundo oconceito /iccan, o Deus e a Deusa s&o um sB, unidos( &o re'lexos du#los da 'or%a*ue #reside ao universo( >idsu%%er Lcerca de 8 de XunoM é o momento em *ue as 'or%as da nature0aest&o no auge( Os /iccans !untam-se #ara 'este!ar e #ara #raticar a magia( ug6nasad6 L8 de AgostoM éo início das coleitas( O Deus en'ra*uece *uando os #rimeiros cereais e 'rutos s&o corta-

    Uai

    le8-Iseaá

    o3

    dos( O Jugnasad é celebrado como um ritual de agradecimento( >abou Lcerca de 8 de etembroM é a segunda coleita( O Deus #re#ara-se #ara deixar atr+s

    de si a vida *uando se reunem os 2ltimos 'rutos #ara alimentar toda a gente( O calor diminui dedia #ara dia(O amain segue-se ao ?abon, e com#leta-se o ciclo de rituais(

    INSTRUMENTOS DO RITUAL ICCAN

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    A (e4//#$ é 6ee(.7#$ ). )/6/).)e8 Ne"%. 6ee(.7#$ "#$ 9".)$" 6:(/$"/"%(9;e%$" "/;,$4$" e (/%9./"8 A49" )e"%e" "#$ 9".)$"

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    divindades(8igelas de sal e Cgua est&o 're*uentemente nos altares /iccans( Xuntas, estas

    duas subst6ncias 'ormam um lí*uido #uri'icador *ue #ode ser es#argido volta da0ona do ritual(

     A Verdade Sobre a Bri+xa ria 8

    (ordas de v+rios materiais naturais #odem estar #resentes no altar( Embora osimbolismo das cordas varie, signi'ica geralmente o mundo material e a mani'esta%&o(imboli0am também o elo dos membros com a assembleia e entre as divindades e os/iccans(

    A #assoura é usada, #or ve0es, como instrumento de #uri'ica%&o, #ara varrerritualmente a 0ona antes do trabalo( De#ois, #ode ser encostada ao altar(

    Outros ob!ectos *ue se encontram, #or ve0es, no altar incluem a bola de cristal de*uart0o, símbolo da De$sa e usada #ara des#ertar #oderes #sí*uicos.'lores'tescas ou p6in tas! re#resentando a #rodigalidade da nature0a. ca%pain6as e outr

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    sua energia(

    RITUAIS ICCAN

    1-

    Os rituais da /icca s&o variados( >ertas tradi%1es /iccan têm #adr1es rituais #rB#rios #ara cada ocasi&o( E alguns gru#os Lou indivíduosM e'ectuam rituaises#ont6neos, cantando, movendo-se ou 'alando con'orme se sentem im#e- -$lidos a 'a0ê-lo(

     Na maior #arte dos rituais /iccan encontramos com#onentes rituais b+sicos(Existem muitas varia%1es. isto sao -( - -a#enas generali0a%1es( A maior #arte dostrabalos come%a com a cria%&o do es#a%o sagrado( A este cama-se, 're*uentemente, o círculo m+gico, o círculo de #oder ou a es'era de #oder( "asicamente,trata-se da cria%&o de uma es'era energia *ue rodeia a +rea do ritual( Esta es'era écriada deslocando o #oder #essoal do cor#o, dirigindo-o através do at6a%e ede#ois, através da visuali0a%&o, dar-le 'orma numa es#era de energia brilante*ue abrange a +rea do ritual( ?etade desta es'era est+ acima do solo, e outrametade abaixo( O local onde esta grande es'era de energia é cortada #elo solo Louc&oM marca o círculo m+gico, daí o seu nome(

    O círculo é considerado o lugar mais ade*uado #ara-or a Deusa e o Deus(Durante a magia, ele contém e coi energia até ser libertada em direc%&o ao seualvo(

    De#ois de 'ormada esta es'era, o ritual inicia-se(

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    aní A Verdade Sobre a Br!ixaria

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    OS QUATRO QUARTOSDirectamente, a#Bs terem 'ormado o círculo m+gico, muitos /iccans 'a0eminvoca%1es dos *uatro *uartos, ou se!a, as *uatro direc%1es( Durante o ritual #ara'ins #rotectores ou #ara em#restarem as suas energias es#eciais, #odem invocar-seTorres de igia, Reis ou Rainas dos Elementos( Em alguns gru#os estas *uatroinvoca%1es #odem ser 'eitas #or *uatro indivíduos, en*uanto noutros a#enas osumo-sacerdote ou a sacerdoti0a #odem 'a0ê-lo(

    A seguir ou algum tem#o antes disto, a Deusa e o Deus s&o invocados #araassistirem aos rituais( (onio s&o invocados 'ica ao critério do gru#o ou dosindivíduos envolvidos( A maior #arte baseia-se em #alavras, outros #odem cantar,

    tocar ou dan%ar( A 'orma n&o é im#ortante( O *ue é im#ortante é *ue as invoca%1estenam êxito(Alguns /iccans vêem a Deusa e o Deus *ue descem #ara estarem #resentes nos

    rituais( Outros crêem *ue eles residem na Terra e de l+ os camam( ?aisvulgarmente crêem *ue a Deusa e o Deus residem dentro de si, e a invoca%&o éa#enas um instrumento *ue os /iccans usam #ara *ue se a#ercebam novamente dasua #resen%a(7ma ve0 invocados, come%am os verdadeiros trabalos( e esta reuni&o 'or umabat, é e'ectuado, geralmente, um ritual sa0onal( Este #ode incluir #assagens'aladas, re#resenta%1es de mitos e dramati0a%1es das características da esta%&o, talcomo es#alar 'olas de Outono ou dis#or 'lores #rimaveris volta do círculom+gico ou sobre o altar(

    e o ritual 'or um Esbat, é dita, cantada ou entoada uma invoca%&o da Deusa noeu as#ecto lunar e de#ois come%am os trabalos de magia( Nos abats, o ritos sa0onais #recedem a magia, se é *ue s&o se*uer e'ectuados(

    A seguir, alguns /iccans #raticam

    G

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    r  Scott (i%ningila

    v+rias 'ormas de adivina%&o( O amain é um abat E *ue se 'a0 isso(egue-se uma sim#les re'ei%&o ritual, *ue consiste geral mente em vino, cerve!aou sumo de 'ruta e bolos em 'ormL de Puarto >rescente( Jonge de encenar acomun&o crist&, os /iccans seguem as 'ormas dos rituais gregos e do ?édioOriente em *ue essas re'ei%1es - incluindo os bolos em Puarto >rescente - erama#reciadas( Puando uma assembleia se re2ne #ara o abat, muitas ve0es + um ban*uete, com os #ratos *ue os membros tra0em(

    De#ois da re'ei%&o, a es'era m+gica 4*uebra-se5 ou 4abre-se5( E o dis#ersar cerimonial do #oder *ue a criou( O ritual est+ 'eito( Acabou-se( N&o + #actos como Diabo, n&o + orgias, nem sacri'ícios ou #actos es