William Law - Um sério chamado a uma vida santa e devota.docx

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5/27/2018 WilliamLaw-Umsriochamadoaumavidasantaedevota.docx-slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/william-law-um-serio-chamado-a-uma-vida-santa-e-devotadocx A Natureza da Devoção Cristã - Cap I William Law Devoção não é nem oração privada nem pública, mas ambas são partes da devoção. Devoção significa uma vida consagrada, ou dedicada a Deus. Devotado, portanto, é o homem que não vive para fazer a sua própria vontade, ou tendo a forma e o espírito do mundo, mas somente para a vontade de Deus, e que considera Deus em tudo, que o serve em tudo e que faz com que todas as partes de sua vida, sejam parte da piedade, por fazer tudo em nome de Deus, e sob as regras que são conformadas à Sua glória. Nós prontamente reconhecemos que apenas Deus é a regra e a medida das nossas orações; para que nelas estejamos olhando completamente para ele, e agindo totalmente para ele, e de modo que tudo pelo que orarmos seja apropriado para a Sua glória. Agora deixe que qualquer um descubra a razão pela qual ele deve ser assim estritamente piedoso em suas orações, e ele vai encontrar a mesma e forte razão, para ser tão estritamente piedoso em todas as outras partes de sua vida. Porque não há a menor razão, pela qual deveríamos fazer de Deus a regra e a medida de nossas orações, e orar de acordo com a sua vontade, e não fazer dele a regra e a medida de todas as outras ações de nossas vidas. Porque quaisquer formas de vida, e quaisquer empregos de nossos talentos, tempo, ou dinheiro, que não sejam estritamente concordes com a vontade de Deus, que não sejam para tais fins voltados para sua glória, são tão grandes absurdos e erros, como orações que não estão de acordo com a Sua vontade. Pois não há outra razão, pela qual nossas orações devem ser de acordo com a vontade de Deus, porque elas não devem ter nada em si, senão o que é sábio, e santo e celestial, não há outro motivo para isso, senão que as nossas vidas possam ser da mesma natureza, cheias da mesma sabedoria, santidade e ânimos celestiais, para que possamos viver para Deus no mesmo espírito com o qual oramos a ele. Se não fosse o nosso dever estrito viver pela razão, para se devotar todos os atos de nossas vidas a Deus, se não fosse absolutamente necessário andar diante dele em sabedoria e santidade e em conversação celestial, fazendo tudo em seu nome, e para a sua glória, não haveria excelência ou sabedoria nas orações mais celestiais. Não, tais orações seriam absurdas. Tão certo, portanto, que haja alguma sabedoria na oração no Espírito de Deus, tão certo é que estamos fazendo com que o Espírito seja a regra de todas as nossas ações; assim como é nosso dever olhar totalmente para Deus em nossas orações, assim também é o nosso dever viver totalmente para Deus em nossas vidas. Mas não podemos dizer que vivemos para Deus, a menos que vivamos com ele em todas as ações ordinárias da nossa vida, a menos que ele seja a regra e a medida de todos os nossos caminhos. Assim como um modo de vida é incorreto, seja no trabalho ou na diversão, quando consome o nosso tempo e o nosso dinheiro, assim são descabidas e absurdas da mesma forma as orações que são verdadeiramente uma ofensa a Deus. Por falta de conhecimento, ou pelo menos de considerar isso, é que nós vemos essa mistura de incoerência nas vidas de muitas pessoas. Você as verá participativas, algumas vezes nos

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A Natureza da Devoo Crist - Cap I William Law Devoo no nem orao privada nem pblica, mas ambas so partes da devoo. Devoo significa uma vida consagrada, ou dedicada a Deus. Devotado, portanto, o homem que no vive para fazer a sua prpria vontade, ou tendo a forma e o esprito do mundo, mas somente para a vontade de Deus, e que considera Deus em tudo, que o serve em tudo e que faz com que todas as partes de sua vida, sejam parte da piedade, por fazer tudo em nome de Deus, e sob as regras que so conformadas Sua glria. Ns prontamente reconhecemos que apenas Deus a regra e a medida das nossas oraes; para que nelas estejamos olhando completamente para ele, e agindo totalmente para ele, e de modo que tudo pelo que orarmos seja apropriado para a Sua glria. Agora deixe que qualquer um descubra a razo pela qual ele deve ser assim estritamente piedoso em suas oraes, e ele vai encontrar a mesma e forte razo, para ser to estritamente piedoso em todas as outras partes de sua vida. Porque no h a menor razo, pela qual deveramos fazer de Deus a regra e a medida de nossas oraes, e orar de acordo com a sua vontade, e no fazer dele a regra e a medida de todas as outras aes de nossas vidas. Porque quaisquer formas de vida, e quaisquer empregos de nossos talentos, tempo, ou dinheiro, que no sejam estritamente concordes com a vontade de Deus, que no sejam para tais fins voltados para sua glria, so to grandes absurdos e erros, como oraes que no esto de acordo com a Sua vontade. Pois no h outra razo, pela qual nossas oraes devem ser de acordo com a vontade de Deus, porque elas no devem ter nada em si, seno o que sbio, e santo e celestial, no h outro motivo para isso, seno que as nossas vidas possam ser da mesma natureza, cheias da mesma sabedoria, santidade e nimos celestiais, para que possamos viver para Deus no mesmo esprito com o qual oramos a ele. Se no fosse o nosso dever estrito viver pela razo, para se devotar todos os atos de nossas vidas a Deus, se no fosse absolutamente necessrio andar diante dele em sabedoria e santidade e em conversao celestial, fazendo tudo em seu nome, e para a sua glria, no haveria excelncia ou sabedoria nas oraes mais celestiais. No, tais oraes seriam absurdas. To certo, portanto, que haja alguma sabedoria na orao no Esprito de Deus, to certo que estamos fazendo com que o Esprito seja a regra de todas as nossas aes; assim como nosso dever olhar totalmente para Deus em nossas oraes, assim tambm o nosso dever viver totalmente para Deus em nossas vidas. Mas no podemos dizer que vivemos para Deus, a menos que vivamos com ele em todas as aes ordinrias da nossa vida, a menos que ele seja a regra e a medida de todos os nossos caminhos. Assim como um modo de vida incorreto, seja no trabalho ou na diverso, quando consome o nosso tempo e o nosso dinheiro, assim so descabidas e absurdas da mesma forma as oraes que so verdadeiramente uma ofensa a Deus. Por falta de conhecimento, ou pelo menos de considerar isso, que ns vemos essa mistura de incoerncia nas vidas de muitas pessoas. Voc as ver participativas, algumas vezes nos lugares de devoo, mas quando o culto da Igreja termina, eles so, seno como aqueles que raramente ou nunca estiveram l. Em seu modo de vida, sua maneira de gastar seu tempo e dinheiro, em seus cuidados e medos, em seus prazeres e indulgncias, em seu trabalho e divertimentos, eles so como o resto do mundo. Isso faz com que boa parte do mundo, geralmente, faa uma pilhria com aqueles que se dizem devotos, porque vm que sua devoo no vai muito alm de suas oraes. Jlio tem medo de faltar s reunies de orao, e muitos pensam que ele ficaria doente caso no fosse igreja. Mas se voc lhe perguntasse por que ele passa o resto de seu tempo com chocarrices? por que ele um companheiro de pessoas que em sua maioria so amantes de prazeres tolos? Por que ele est sempre pronto para cada entretenimento e diverso impertinentes? por que ele se d a conversaes de fofoca ociosa? por que ele se permite ter tolos dios e ressentimentos contra as pessoas, sem considerar que deve amar a todos como a si mesmo? Se voc perguntar por que ele nunca conversa sobre as verdades da Palavra de Deus, Jlio no ter o que responder, tanto quanto qualquer pessoa que viva impiamente. Porque todo o teor da Escritura repousa diretamente contra tal tipo vida, contra a luxria e a intemperana: aquele que vive em tal curso de ociosidade e insensatez, no mais vive de acordo com a religio de Jesus Cristo, do que aquele que vive em glutonaria e intemperana. Se algum dissesse a Jlio que no havia razo para ser to constante nas reunies de orao, e que ele poderia, sem qualquer dano maior para si mesmo, abandonar o culto da Igreja, enquanto mantivesse tal comportamento, Jlio pensaria que tal pessoa no crist, e que ele deveria evitar sua companhia. Mas se uma pessoa somente lhe dissesse, que ele poderia viver como a maior parte das pessoas do mundo costumam fazer, satisfazendo seus desejos e paixes, Jlio nunca suspeitaria que tal pessoa no fosse crist, ou que estivesse fazendo o trabalho do diabo. E se Jlio fosse ler todo o Novo Testamento desde o incio at ao fim, ele iria encontrar o seu modo de vida condenado em todas as pginas do mesmo. E, de fato , no pode nem ser imaginado nada mais absurdo em si mesmo, do que oraes sbias e sublimes e celestiais, somadas a uma vida de vaidade e loucura, onde nem trabalho, nem entretenimentos, nem tempo, nem dinheiro, esto sob a direo da sabedoria e dos nimos celestes de nossas oraes. Se estivssemos vendo um homem fingindo agir totalmente em conformidade com Deus em tudo o que fizesse, e ainda, ao mesmo tempo negligenciando totalmente a orao, tanto pblica, quanto privada, no deveramos estar espantados com tal homem, e nos maravilharmos de como ele podia ter tanto insensatez com tanta religio ao mesmo tempo? No entanto, isto assim razovel, como para qualquer pessoa que finja ser estrita em devoo, ter o cuidado de observar os tempos e lugares de orao, e ainda deixar o resto de sua vida, seu tempo e trabalho, seus talentos e dinheiro, serem eliminados sem qualquer respeito a uma rigorosa regra de piedade e devoo. Por isso to grande absurdo tais supostas oraes santas e peties divinas sem santidade de vida que seja adequada a elas, como supor uma vida santa e divina sem oraes. O ponto da questo este, tanto a Razo e a Religio prescrevem regras e propsitos para todas as aes ordinrias da nossa vida, ou ento ambas no existem em nosso viver; mas se existirem, ento necessrio governar todas as nossas aes por essas regras, assim como para adorarmos a Deus. Porque se a religio nos ensina alguma coisa a respeito de comer e beber, ou gastar nosso tempo e dinheiro, se ela nos ensina como devemos usar e desprezar o mundo, se ela nos diz qual o tipo de nimo que devemos ter na vida comum, como devemos nos relacionar com todas as pessoas, como devemos nos comportar em relao aos enfermos, aos pobres, aos velhos e necessitados, se ela nos diz que como devemos tratar com nossos superiores, aos quais devemos considerar com uma estima especial, se ela nos diz como devemos tratar nossos inimigos, e como devemos mortificar o pecado e negar a ns mesmos, deve ser muito fraco aquele que pode pensar que estas partes da religio no so para ser observadas com tanta exatido, como quaisquer doutrinas que se relacionam s oraes. muito observvel , que no h um mandamento em todo o Evangelho para o Culto Pblico, e, talvez, este um dever que o menos insistido na Escritura do que qualquer outro. (H uma citao em Hebreus quanto a no se ter o costume de no congregar, apesar de ser omitido o como e o quando nota do tradutor). Enquanto que a Religio ou Devoo, que deve governar todas as aes ordinrias da nossa vida, pode ser encontrada em quase todos os versculo da Bblia. Nosso bendito Salvador e seus apstolos so totalmente absorvidos em doutrinas que se relacionam com a vida comum. Eles nos chamam a renunciar ao mundo, e diferem em toda a sua forma de vida, do esprito e do caminho do mundo. Esta a devoo comum que nosso Salvador ensina, a fim de torn-la a vida comum de todos os cristos. No portanto, muito estranho, que as pessoas devam colocar tanta piedade no atendimento ao culto pblico, a respeito do qual no h um preceito preciso de nosso Senhor a seu respeito, e ainda negligenciarem esses deveres da nossa vida comum, que so ordenados em cada pgina do Evangelho? Eu chamo esses deveres de devoo de nossa vida comum, porque se eles devem ser praticados, devem ser feitos partes da nossa vida comum, pois eles no podem ser praticados em qualquer outro lugar, seno em ns mesmos. Se o desprezo do mundo e o afeto pela vida celestial, uma condio necessria para o carter cristo, necessrio que esse carter aparea em todo o curso de suas vidas, em sua maneira de usar o mundo, porque ele no pode se manifestar em qualquer outro lugar. Se a auto-negao deve ser uma condio da salvao, tudo o que deve ser salvo, deve tomar parte de sua vida comum. Se a humildade deve ser um dever cristo, ento a vida comum de um cristo, um curso de constante humildade, em todos os seus tipos. Se a pobreza de esprito necessria, este deve ser o esprito de cada dia de nossa vida. Se atender ao necessitado deve ser a caridade comum de nossas vidas, tanto quanto pudermos devemos nos tornar capazes de realiz-lo. Se devemos amar os nossos inimigos, ns temos que fazer a nossa vida comum ser de um exerccio visvel e demonstrao desse amor. Se quisermos ser sbios e santos, como recm-nascidos filhos de Deus, no podemos ser assim sbios, seno renunciando a tudo o que tolo e vo em todas as partes da nossa vida comum. Se devemos ser novas criaturas em Cristo, temos que mostrar que somos assim, por ter novas maneiras de viver no mundo. Se quisermos seguir a Cristo, isto deve ser nossa maneira comum de gastar todos os dias. Mas ainda que seja assim, claro, que isso, e isso por si s Cristianismo, uma prtica uniforme aberta e visvel de todas estas virtudes, ainda muito claro, que h pouco ou nada disto para ser encontrado, mesmo entre o melhor tipo de pessoas. Voc as v muitas vezes na Igreja, e satisfeitas com pregadores refinados, mas olhe para suas vidas, e voc as v apenas como sendo o mesmo tipo de pessoas que as demais so, que no fazem nenhuma pretensa devoo. A diferena que voc encontra entre eles, apenas a diferena de seus temperamentos naturais. Eles tm o mesmo gosto do mundo, as mesmas preocupaes mundanas e medos e alegrias, pois eles tm o mesmo tipo de mente, igualmente nulos em seus prprios desejos. Voc v o mesmo orgulho e vaidade no modo de se vestir, o mesmo amor-prprio e indulgncia, as mesmas amizades insensatas, e dios infundados, a mesma superficialidade de esprito, o mesmo gosto por entretenimentos, as mesmas disposies ociosas e maneiras de gastar seu tempo em visitas e conversaes vs, como o resto do mundo, que no se interessa por qualquer tipo de devoo santa. No me refiro nesta comparao a pessoas aparentemente boas, e convictamente mpias, mas entre pessoas de vidas sbrias. Tomemos um exemplo de duas mulheres modestas: suponhamos que uma delas cuidadosa com os momentos de devoo, e que os observa atravs de um senso de dever, e que a outra no tem qualquer preocupao saudvel sobre isso, mas que frequenta a Igreja rara ou frequentemente. Agora uma coisa muito fcil de ver qual a diferena entre essas pessoas. Mas quando voc tem visto isso, voc pode encontrar qualquer outra diferena entre elas? voc consegue achar que a sua vida comum de um tipo diferente? No so seus comportamentos e costumes diferentes? Elas vivem como se pertencessem a diferentes mundos, tendo pontos de vista diferentes em suas cabeas, e diferentes regras e medidas em todas as suas aes? Ser que uma parece ser deste mundo, olhando para as coisas que so temporais, e a outra ser de outro mundo, olhando totalmente para as coisas que so eternas? Ser que uma vive em prazeres, deleitando-se com as coisas mundanas, sem renunciar ao ego e sem mortificar o pecado? e que a outra considere a sua fortuna como um talento dado a ela por Deus, que deve ser melhorado religiosamente, e que no deve viver mais de modo vo. Para o que voc deve olhar, para encontrar uma pessoa religiosa diferindo, desta forma, de uma outra que no o seja? E, ainda, se elas no diferem nessas coisas que esto aqui relacionadas, pode ser afirmado em qualquer sentido, que um um bom cristo, e o outro no? Agora, ter noes e procedimentos corretos em relao a este mundo, to essencial para a religio, como ter noes corretas a respeito de Deus. E assim como possvel que um homem adore um crocodilo, e ainda ser um homem piedoso, a ponto de ter seus afetos definidos por este mundo, e ainda ser considerado um bom cristo. No entanto, se o cristianismo no tem mudou a mente e o temperamento de um homem com relao a essas coisas, o que podemos dizer que ele tem feito por ele? Porque, se as doutrinas do Cristianismo fossem praticadas, eles iriam fazer um homem to diferente das outras pessoas como de todos os que so de disposies mundanas, e que vivem em prazeres sensuais, e na soberba da vida, como um homem sbio diferente de um natural; seria algo muito fcil conhecer um cristo por seu modo de vida, como agora to difcil de encontrar algum que viva assim. Pois notrio, que os cristos so agora no apenas como os outros homens em suas fraquezas, isso pode ser em algum grau desculpvel, mas a queixa , que eles so como pagos em todas parte principais de suas vidas. Eles gostam do mundo, e vivem cada dia nas mesmas disposies, nos mesmos projetos, e indulgncias, como fazem aqueles que no conhecem a Deus, nem esperam qualquer felicidade em outra vida. Todos que so capazes de alguma reflexo, devem ter observado, que este geralmente o estado mesmo de pessoas devotas, sejam homens ou mulheres. Voc pode v-los como sendo diferentes das outras pessoas, quanto aos momentos e lugares de orao, mas, geralmente, vivem como o resto do mundo, em todas as outras partes das suas vidas. Ou seja, com a adio de devoo crist a uma vida pag. Eu tenho a autoridade de nosso bendito Salvador pela sua observao, na qual ele diz: No andeis ansiosos, se referindo ao que devemos comer, beber, ou vestir. Porque os gentios procuram todas estas coisas. Mas se estar preocupado at mesmo com as coisas necessrias vida, mostra que ainda no somos de um esprito cristo, mas somos como os pagos, certamente desfrutar da vaidade e loucura do mundo como eles fizeram, como sendo os princpios governantes de nossas vidas, em amor ao ego e indulgncia, em prazeres sensuais e diverses vs, ou em quaisquer outras distines mundanas, um sinal muito grande de termos uma disposio pag. E, conseqentemente, aqueles que adicionam a devoo a uma vida assim, deve ser dito deles que oram como cristos, mas vivem como pagos.

Uma Chamada Sria a Uma Vida Santa e Devota Cap II William Law

Traduo e adaptao feitas pelo Pr Silvio Dutra, do segundo capitulo do livro de William Law, em domnio pblico, intitulado Uma Chamada Sria a Uma Vida Santa e Devota. William Law, foi professor e mentor por vrios anos de John e Charles Wesley, Geogre Whitefield principais atores do grande avivamento do sculo XVIII, que se espalhou por todo o mundo - Henry Venn, Thomas Scott e Thomas Adam, entre outros, que foram profundamente afetados por sua vida devotada, e sobretudo pelo contedo deste livro.

Uma inquirio sobre a traio - por que geralmente os cristos se afastam to longe da Santidade e Devoo do Cristianismo.

Isto pode ser razoavelmente indagado, como isto pode suceder ainda que ao melhor tipo de pessoas, que so, assim, to estranhamente contrrias aos princpios do cristianismo? Mas antes de dar uma resposta direta a isso, eu desejo que isto tambm seja inquirido: como isto pode ser um vcio to comum entre os cristos? Isto de fato ainda no to comum assim entre as mulheres, pois entre os homens. Entre os homens esse pecado to comum, que talvez haja mais de dois em cada trs que so culpados do mesmo ao longo do curso de suas vidas, e com outros s de vez em quando como se fosse por acaso. Agora, eu pergunto como isto sucede, que dois em cada trs homens sejam culpados de to grosseiro e profano pecado? No nem a ignorncia, nem a fraqueza humana que conduzem a isto: isto contra um mandamento expresso, e contra o mais claro ensino de nosso bendito Salvador. Isto comprova que a maior parte das pessoas vivem de modo contrrio ao cristianismo. Agora, a razo comum deste procedimento esta: isso ocorre porque os homens no tm a inteno de agradar a Deus em todas as suas aes. Deixe que um homem tenha tanta piedade quanto a inteno de agradar a Deus em todas as aes de sua vida, como sendo a mais feliz e melhor coisa no mundo, e ento ele nunca mais apostatar, ser impossvel para ele apostatar, enquanto sentir essa inteno em seu interior, uma vez que impossvel para um homem que tem a inteno de agradar o seu prncipe, elevar-se e abusar-lhe na face. Isto lhe parece, seno uma pequena e necessria parte da piedade, ter tal inteno sincera como esta; e que ele no tem motivos para olhar a si mesmo como um discpulo de Cristo, que no seja avanado em piedade. E, no entanto, puramente por falta deste grau de piedade, que voc v essa mistura de pecado e insensatez mesmo nas vidas do melhor tipo de pessoas. por falta dessa inteno, que voc v homens que professam a religio, mas vivem em apostasia e sensualidade; que voc v clrigos dados ao orgulho e cobia, e aos prazeres mundanos. por falta dessa inteno, que voc v as mulheres que professam devoo, ainda vivendo na insensatez da vaidade de vestir, desperdiando seu tempo na ociosidade e em prazeres. Mas deixe uma mulher sentir seu corao cheio desta inteno, e ela vai achar que to impossvel deixar de retocar a maquiagem, quanto amaldioar ou perjurar, ela no ter mais o desejo de brilhar nos bailes e na congregaes, ou fazer uma figura entre aquelas que so mais finamente vestidas, do que ela ter vontade de danar em cima de uma corda para agradar os espectadores: ela saber, que esta atitude est to longe da sabedoria e excelncia do esprito cristo, quanto a outra. Foi essa a inteno geral, que fez com que os cristos primitivos fossem eminentes em piedade, que lhes fez viver em santo companheirismo, e todo o exrcito glorioso de mrtires e confessores. E se voc parar aqui, e se perguntar: por que voc no to piedoso como os cristos primitivos, o seu prprio corao vai lhe dizer que no nem por ignorncia, nem por incapacidade, mas simplesmente porque voc nunca completamente pretendeu isto. Voc observa o culto de adorao dominical como eles faziam, e voc estrito nisto porque sua inteira inteno ser igual a eles. E quando voc tem plenamente esta inteno de ser como eles em sua vida comum, quando voc pretende agradar a Deus em todas as suas aes, voc ver que possvel, ser rigorosamente exato no servio da Igreja. E quando voc tem essa inteno de agradar a Deus em todas as suas aes, como a coisa mais feliz e melhor do mundo, encontrar em voc uma grande averso a tudo o que intil e impertinente na vida comum, seja no trabalho ou no lazer, como voc tem em relao a tudo o que profano. Voc ter muito temor de viver de uma maneira tola, tanto quanto teme agora negligenciar o culto pblico de adorao. Agora, aquele que tem esta inteno sincera geral, pode ser contado como um cristo? E ainda se isto fosse achado entre os cristos, isto iria mudar toda a face do mundo; a verdadeira piedade, e santidade exemplar, seriam to comuns e visveis, como a compra e venda, ou qualquer tipo de comrcio na vida. Deixe um clrigo ser assim, piedoso, e ele vai conversar como se ele tivesse sido criado por um apstolo, ele no vai mais pensar e falar de preferncias refinadas, quer de alimento, de vestes ou de meios de transporte. Ele no mais reclamar das carrancas do mundo, ou da falta de um patrono, ou de qualquer necessidade. Deixe que ele apenas tenha a inteno permanente de agradar a Deus, em todas as suas aes, como a coisa mais feliz e melhor no mundo, e ento ele conhecer, que no h nada de nobre em um clrigo, seno um zelo ardente pela salvao das almas; e que no h nada pobre em sua profisso, seno a ociosidade e um esprito mundano. Ainda, deixe que um comerciante, tenha seno esta inteno, e isto far dele um santo em sua loja, o seu negcio a cada dia ser um curso de aes sbias e razoveis, feitas em santidade para Deus, por serem feitas em obedincia sua vontade e agrado. Ele vai comprar e vender, trabalhar e viajar, porque ao faz-lo poder fazer algum bem para si mesmo e aos outros. Ele, portanto, no considerar, que as artes, ou os mtodos, ou a aplicao iro torn-lo mais rico rapidamente e maior do que seus irmos, ou remov-lo de uma loja para uma vida estvel e prazerosa, mas ele considerar que as artes, os mtodos e as aplicaes podem tornar os negcios do mundo mais aceitveis para Deus, e fazer da vida de comrcio uma vida de santidade, devoo e piedade. Esta ser a motivao e o esprito de cada comerciante; ele no pode parar o mnimo nestes graus de piedade, sempre que for sua inteno agradar a Deus em todas as suas aes, como a melhor e coisa mais feliz do mundo. E, por outro lado, quem no deste esprito e disposio em seu comrcio e profisso, e no conduzi-lo at onde seja possvel submisso a uma vida sbia, santa, e celestial, certo que ele no tem essa inteno; e ainda sem ela, quem pode se mostrar que um seguidor de Jesus Cristo? Ainda, deixe o cavalheiro rico por nascimento ter essa inteno de viver somente para agradar a Deus, e voc ver como isto o levar a fugir de cada aparncia do mal, por causa da piedade e santidade. Ele no pode viver de modo vo, em prazeres e fantasias, porque ele sabe que nada pode agradar a Deus, seno um sbio e regular curso da vida. Ele no pode viver na ociosidade e indulgncia, em esportes e jogos, em prazeres e intemperana, em vs expensas de uma vida elevada, porque estas coisas no podem ser transformadas em meios de piedade e santidade, nem podem se tornar partes de uma vida sbia e religiosa. Ele no pergunta, se perdovel acumular, para se adornar com diamantes, e adquirir bens suprfluos, enquanto a viva e o rfo, os doentes e os prisioneiros, necessitam ser aliviados, seno que ele pergunta, se Deus tem exigido essas coisas em nossas mos, se seremos chamados para prestar contas no ltimo dia por causa da negligncia deles, porque no a sua inteno viver de tal forma. Ele no vai, portanto, olhar para a vida dos cristos, para aprender como ele deve gastar suas posses, mas ele vai olhar para as Escrituras, e fazer de cada doutrina, preceito ou instrues, que se relacionam aos homens ricos, uma lei para si mesmo no uso de sua propriedade. Este princpio o transportar infalivelmente para o topo do coro celestial, e lhe tornar incapaz de se afastar deste procedimento. Eu escolhi explicar este assunto, apelando para esta inteno, porque torna o caso muito claro, e porque todo mundo que for razovel, pode v-lo numa luz mais clara, e senti-lo de maneira mais forte, s de olhar para o seu prprio corao. Porque muito fcil para todas as pessoas saberem, se elas tm a inteno de agradar a Deus em todas as suas aes, como qualquer servo pode saber, se esta a sua inteno para com o seu mestre. Todo mundo tambm pode facilmente dizer como ele aplica o seu dinheiro: se ele considera como agradar a Deus nisto. Aqui, pois, devemos julgar a ns mesmos sinceramente; no vamos nos contentar com as fraquezas comuns da nossa vida, a vaidade de nossas despesas, a insensatez de nossos entretenimentos, o orgulho de nossos hbitos, a ociosidade de nossas vidas, e o desperdcio de nosso tempo, imaginando que estas so as imperfeies que nos levam a cair em fraqueza inevitvel e fragilidade da nossa natureza; mas teremos a certeza, que esses distrbios da nossa vida comum so devido a isso, que no temos tanto cristianismo, como a inteno de agradar a Deus em todas as aes de nossa vida, como a melhor e mais feliz coisa no mundo. E se algum perguntasse a si mesmo, como possvel que ele despreze alguns graus de sobriedade, quaisquer prticas de humildade que ele necessita, quaisquer mtodos de caridade que ele no segue, as regras de uso do tempo que ele no redime, o seu prprio corao lhe dir que porque ele nunca tencionou ser assim to exato nesses deveres. Esta doutrina no supe, que no temos necessidade da graa divina, ou que est em nosso prprio poder nos fazer perfeitos. Ela somente supe, que, pela falta de uma sincera inteno de agradar a Deus em todas as nossas aes, ns camos em tais irregularidades da vida, como pelos uso dos meios ordinrios da graa, ns teremos o poder evit-las. Isto somente nos ensina que a razo pela qual voc no v nenhuma mortificao, ou auto-negao, ou nenhuma caridade eminente, nem humildade profunda, nenhuma afeio celestial, nenhum verdadeiro desprezo do mundo, nenhuma mansido crist, nenhum zelo sincero, nem piedade eminente nas vidas comuns dos cristos, isto porque eles no tencionam ser exatos e exemplares nessas virtudes. Uma Chamada Sria a Uma Vida Santa e Devota Cap III William Law

Traduo e adaptao feitas pelo Pr Silvio Dutra, do terceiro capitulo do livro de William Law, em domnio pblico, intitulado Uma Chamada Sria a Uma Vida Santa e Devota. William Law, foi professor e mentor por vrios anos de John e Charles Wesley, Geogre Whitefield principais atores do grande avivamento do sculo XVIII, que se espalhou por todo o mundo - Henry Venn, Thomas Scott e Thomas Adam, entre outros, que foram profundamente afetados por sua vida consagrada a Deus, e sobretudo pelo contedo deste livro.

Do grande erro e insensatez, de no tencionarmos ser mais eminentes e exemplares quanto possamos, na prtica de todas as virtudes crists.

Apesar de a bondade de Deus e as suas ricas misericrdias em Cristo Jesus, serem uma garantia suficiente para ns, que ele ser misericordioso para com as nossas inevitveis fraquezas e enfermidades, quando estas so causadas por ignorncia ou por algo inesperado, no entanto, no temos nenhuma razo para esperar a mesma misericrdia para com aqueles pecados nos quais temos vivido, por falta de inteno de evit-los. Por exemplo, o caso de um blasfemo, que morre nessa culpa, parece no ter direito misericrdia divina, porque ele no pode mais alegar qualquer fraqueza ou enfermidade como desculpa, do que o homem que escondeu o seu talento na terra, poderia se desculpar por sua falta de fora para mant-lo fora da terra. Mas agora, se isto o raciocnio certo, no caso de um blasfemo, que seu pecado no para ser contado como uma fraqueza perdovel, porque ele no tem como desculpar tal fraqueza, por que ento no levar esta forma de raciocnio para sua verdadeira dimenso? Por que no temos condenado tanto todos os outros erros da vida, para os quais no temos desculpas como no caso da blasfmia? Porque, se isto uma coisa ruim, que pode ser evitada, se tivermos uma sincera inteno em faz-lo, no devem, ento, todos os demais modos de vida serem considerados culpados, se vivermos neles, no por meio de fraqueza e inabilidade, mas porque nunca sinceramente tencionamos evit-los? Por exemplo, voc talvez no tenha feito nenhum progresso nas mais importantes virtudes crists, por ter parado no meio do caminho em humildade e caridade, agora se o seu fracasso nessas tarefas puramente devido sua falta de inteno de realiz-las em qualquer grau verdadeiro, voc no est tanto sem desculpa quanto o blasfemo? Por que, ento, voc no inculca essas coisas em sua conscincia? Por que no pensa nisso como sendo perigoso para voc viver em tais defeitos, assim como est em seu poder evit-los, tanto quanto perigoso para um blasfemo viver na violao desse dever, que est em seu poder observar? No a negligncia, e a falta de uma inteno sincera em agradar a Deus, to condenvel em um caso, como no outro? Voc, pode estar, to longe da perfeio crist, como o blasfemo em relao a guardar o terceiro mandamento; voc no est, portanto, to condenado pelas doutrinas do Evangelho, quanto o blasfemo pelo terceiro mandamento? Voc talvez dir que todas as pessoas ficam aqum da perfeio do Evangelho, e, portanto, voc est satisfeito com as suas falhas. Mas isso no responde ao propsito. Porque a questo no se a perfeio do Evangelho pode ser plenamente alcanada, mas se voc procura se aproximar dela, com uma inteno sincera, e inteligncia cuidadosa para faz-lo. Se voc est fazendo progresso na vida crist, tanto quanto os seus melhores esforos possam lhe permitir, ento voc pode justamente esperar, que as suas imperfeies no sero lanadas em sua conta, mas se os seus defeitos em piedade, humildade e caridade, so devidos sua negligncia, e falta de inteno sincera, para ser mais eminente quanto possa nestas virtudes, ento voc se acha sem desculpa, como aquele que vive no pecado de blasfmia, por causa da falta de uma inteno sincera de se afastar dele. A salvao de nossas almas apresentada nas Escrituras como uma coisa difcil, que exige toda a diligncia, que deve ser trabalhada com temor e tremor. Nos dito que a porta estreita, e apertado o caminho que leva vida, e poucos h que a encontrem. Que muitos so chamados, mas poucos escolhidos. E que muitos no acharo a salvao por no se esforarem para entrar pela porta estreita. Aqui nosso bendito Senhor nos ordena a nos esforarmos para entrar, porque muitos iro falhar, porque somente procuram entrar mas no se esforam para entrar. Por que ns somos claramente ensinados que a religio um estado de trabalho e esforo, e que muitos no se salvaro porque eles no se esforam e se importam o suficiente, pois somente procuram, mas no se esforam para entrar. Cada cristo, portanto, deve tambm analisar a sua vida por estas doutrinas, como pelos Mandamentos. Porque estas doutrinas so as marcas claras de nossa condio, assim como os mandamentos so as marcas claras do nosso dever. Porque, se a salvao somente dada para aqueles que se esforam para isso, ento razovel considerar, se o meu curso de vida um curso de luta para obt-la, como considerar se eu tenho guardado qualquer um dos mandamentos. Se a minha religio apenas um cumprimento formal daqueles modos de adorao, que esto na moda onde eu moro, se ela no me custa dores e tribulaes, se ela no me coloca sob regras e restries, se no tenho pensamentos cuidadosos e reflexes sbrias sobre isto, no grande fraqueza pensar que eu estou lutando para entrar pela porta estreita? Se eu estou procurando tudo o que pode agradar os meus sentidos, e os meus apetites; gastar meu tempo e dinheiro em prazeres, em diverses e alegrias mundanas, e ser um estranho para viglias, jejuns, oraes e mortificaes do pecado, como pode ser dito que eu estou trabalhando a minha salvao com temor e tremor? Se no h nada na minha vida e conversao, que me mostre ser diferente dos pagos, se eu uso o mundo, e os prazeres mundanos, como a maioria das pessoas fazem agora, e tm feito em todas as pocas, por que eu deveria pensar que eu estou entre aqueles poucos, que esto andando no caminho estreito para o cu? E, ainda, se o caminho estreito, se ningum pode andar por ele, mas aqueles que se esforam, no assim necessrio para mim considerar, se o caminho em que eu estou estreito o suficiente? A soma desta questo a seguinte: A partir do mencionado acima, e muitas outras passagens das Escrituras, parece claro, que a nossa salvao depende da sinceridade e da perfeio de nossos esforos para ser obtida e mantida. (A salvao de fato obtida somente pela graa, mediante a f, e no por nossas boas obras, mas por um efetivo exerccio na piedade que mantemos o nosso estado equivalente ao de todos aqueles que esto vivendo na condio que corresponde s caractersticas dos que esto desfrutando as virtudes do reino dos cus nota do tradutor.) Homens fracos e imperfeitos podem, apesar de suas fraquezas e defeitos, serem considerados, como tendo agradado a Deus, se eles tm feito o mximo para agrad-lo. ( reputado como tendo um corao puro neste mundo todos aqueles que se esforam sinceramente em viver do modo que ordenado por Deus nas Escrituras, porque estes, quando falham so cobertos por suas misericrdias e perdo se confessarmos e deixarmos nos nossos pecados ento o Senhor nos acolher em comunho com ele, mas se no andamos na luz no podemos ter tal comunho com Deus e com os demais crentes que andam na luz nota do tradutor). As recompensas de caridade, piedade e humildade, sero dadas queles, cujas vidas tm tido um trabalho cuidadoso de exercer as virtudes num to alto grau quanto possam. No podemos oferecer a Deus o servio dos Anjos, no podemos lhe obedecer como o homem em um estado de perfeio poderia faz-lo, mas os homens cados podem fazer o seu melhor, e esta a perfeio que se exige de ns; apenas a perfeio dos nossos melhores esforos, um trabalho cuidadoso para ser o mais perfeito possvel. Mas se pararmos aqum disto, por qualquer coisa que ns conhecemos, ns nos exclumos da misericrdia de Deus, e nada temos para pleitear nos termos do evangelho. Porque Deus no fez nenhuma promessa de misericrdia para o preguioso e negligente. Sua misericrdia apenas oferecida para as nossas fraquezas e imperfeies, caso nos esforamos para praticar todos os tipos de justia. A medida do nosso amor a Deus, na justia parece ser a medida de nosso amor por todas as virtudes. Devemos am-las e pratic-las com todo o nosso corao, com toda a alma, com toda a nossa mente, e com toda a nossa fora. E quando deixamos de viver com essa observncia virtude, vivemos abaixo da nossa nova natureza, e em vez de sermos capazes de pleitear o perdo de nossas fraquezas, ficamos sujeitos cobrana da nossa negligncia. por esta razo que somos exortados a trabalhar a nossa salvao com temor e tremor; porque a menos que o nosso corao e paixes estejam ansiosamente inclinados para a obra da nossa salvao, a no ser que em nossos temores sejamos animados por nossos esforos, e guardemos nossas conscincias estritas e ternas sobre cada parte de nosso dever, constantemente examinando o modo como vivemos, h toda uma probabilidade de cairmos num estado de negligncia, e nos acomodarmos em tal curso de vida, o qual nunca nos conduzir s recompensas do cu. E aquele que considera, que um Deus justo s pode fazer tais exigncias como sendo adequadas sua justia, que todas as nossas obras devem ser examinadas por um fogo santo, achar o temor e o tremor que so apropriados para aqueles que esto perto de um to grande julgamento. E, de fato, no h probabilidade de que algum possa fazer todo o dever que se espera dele, ou faa progresso na piedade, na santidade e justia que Deus requer dele, seno aquele que est constantemente com temor de ficar aqum disso. Agora, no se pretende com isso, manter as mentes das pessoas com uma ansiedade escrupulosa, e descontentamento no servio de Deus, mas para ench-los apenas com um temor de viverem em preguia e cio, e na negligncia de tais virtudes, pois eles iro faltar no dia do Juzo. Isto para estimul-los a um exame sincero de suas vidas, para tal zelo, cuidado, e preocupao com a perfeio crist, como eles usam em qualquer assunto que ganhou seu corao e afeies. (Nosso Senhor ordenou que devemos ser perfeitos assim como o Pai perfeito nota do tradutor) Isto apenas por desejar que eles sejam to apreensivos quanto ao seu estado, sendo humildes na opinio de si mesmos, de modo sincero, tencionando atingir maiores graus de piedade, e assim virem a temer ficarem aqum da bem-aventurana, como o grande apstolo Paulo, quando assim escreveu aos filipenses: Fil 3.12 No que eu o tenha j recebido ou tenha j obtido a perfeio; mas prossigo para conquistar aquilo para o que tambm fui conquistado por Cristo Jesus. Flp 3:13 Irmos, quanto a mim, no julgo hav-lo alcanado; mas uma coisa fao: esquecendo-me das coisas que para trs ficam e avanando para as que diante de mim esto, Flp 3:14 prossigo para o alvo, para o prmio da soberana vocao de Deus em Cristo Jesus. Flp 3:15 Todos, pois, que somos perfeitos, tenhamos este sentimento; e, se, porventura, pensais doutro modo, tambm isto Deus vos esclarecer. Mas agora, se o apstolo considerou isto necessrio para aqueles que estavam em seu estado de perfeio, a serem assim, de mente, isto , aspirando por maiores graus de santidade, aos quais eles no haviam ainda chegado, com certeza muito mais necessrio para ns, que nascemos nos fins do tempo, e que trabalhamos sob grandes imperfeies, que nos esforcemos para atingir esses graus de uma vida santa e divina, que ainda no tenhamos alcanado. A melhor maneira para que algum saiba, o quanto ele deve aspirar pela santidade, considerar, no o quanto ela vai tornar a sua vida presente fcil, mas indagar a si mesmo, o quanto ela vai tornar fcil, a hora da morte. Agora, qualquer homem que ousar ser to srio, a ponto de colocar esta questo para si mesmo, ser forado a responder, que no momento da morte, todo mundo desejar que tivesse sido to perfeito quanto pudesse ser. No isto, portanto, suficiente, para nos fazer no somente desejosos, mas tambm trabalhar para a perfeio, de cuja falta lamentaremos? No excessivamente insensato, se contentar com tal curso de piedade, do qual j sabemos que no podemos nos contentar com ele, no momento em que necessitaremos dele, nada mais tendo para nos consolar? Como podemos trazer uma condenao mais severa contra ns mesmos, do que crer, que na hora da morte, ns teremos para nos assistir as virtudes dos Santos, e daqueles que foram servos de Deus, antes de ns, e ainda assim no nos empenharmos para chegarmos ao auge da piedade deles, enquanto estamos vivos? Embora seja um absurdo que podemos facilmente passar isto por alto no presente, enquanto a sade de nossos corpos, as paixes de nossas mentes, o barulho, a pressa, e prazeres, e os negcios do mundo, nos levam a ter olhos que no veem, e ouvidos que no ouvem, no momento mesmo da morte, isto ser fixado diante de ns numa magnitude terrvel, e ir nos assombrar como um fantasma santo, e nossa conscincia nunca permitir que desviemos os nossos olhos dele. Quando consideramos a morte como uma desgraa, somente pensamos na mesma como uma separao miservel dos prazeres desta vida. Ns raramente choramos por um homem velho que morre rico, mas lamentamos a perda dos jovens, que so levados quando progrediam em fazer fortuna. Esta a sabedoria de nossos principais pensamentos. E que loucura das crianas mais tolas to grande como esta? Porque o que h de miservel ou terrvel na morte, seno a consequncia da mesma? Quando um homem est morto, o que pode qualquer coisa significar para ele, seno o estado no qual ele se encontra ento? Se eu estou indo agora para a alegria de Deus, poderia haver qualquer razo para lamentar, que isso aconteceu comigo antes que eu tivesse atingido quarenta anos de idade? Poderia ser uma coisa triste ir para o cu, antes que eu tivesse mais algumas pechinchas? E se eu fosse contado entre os espritos perdidos, poderia haver alguma razo para estar contente, que isso no aconteceu comigo at que estivesse velho e cheio de riquezas? Se os bons anjos estavam prontos para receberem a minha alma, poderia ser qualquer tristeza para mim, que eu estava morrendo em cima de uma cama de pobre num sto? E se Deus me entregou para os maus espritos, para ser arrastado por eles para locais de tormentos, poderia haver qualquer conforto para mim, que eles me encontraram em cima de uma cama de ouro? Quando voc est to perto da morte como eu estou, voc sabe, que todos os diferentes estados da vida, seja da juventude ou da idade avanada, da riqueza ou da pobreza, da grandeza ou pequenez, nada mais significam para voc, do que se voc morresse em um apartamento pobre, ou imponente. A grandeza das coisas que seguem a morte, faz tudo o que veio antes se afundar em nada. Agora este julgamento a prxima coisa que eu procuro, e sempre que a felicidade ltima, ou misria chegada to perto de mim, todas as alegrias e prosperidades da vida parecem to vazias e insignificantes, e nada mais tm a ver com a minha felicidade, do que as roupas que eu usava antes que eu pudesse falar. Mas, meus amigos, como estou surpreso, que eu nem sempre tenho tido esses pensamentos? Porque o que h nos terrores da morte, nas vaidades da vida, ou nas necessidades da piedade, seno o que eu posso ter fcil e totalmente visto em qualquer parte da minha vida? Que coisa estranha , que um pouco de sade, ou os pobres negcios de uma loja, deveriam nos manter to insensveis destas grandes coisas, que esto vindo rapidamente sobre ns! meus amigos! bendigam a Deus por vocs no serem desse nmero, que vocs tenham tempo e fora para se empenharem em tais obras de piedade, que possam lhes trazer paz no final. E guarde isso com voc, que no h nada alm de uma vida de grande piedade, ou uma morte de grande estupidez, que possa mant-lo fora destas apreenses. Nos negcios desta vida terrena eu usei de prudncia e reflexo. Eu tenho feito tudo por regras e mtodos. Eu tenho tido prazer em conversar com os homens de experincia e julgamento, para encontrar as razes pelas quais alguns fracassam, e outros tm sucesso em qualquer negcio. Eu no dei nenhum passo no comrcio, seno com muito cuidado e prudncia, considerando todas as vantagens ou os perigos envolvidos. Eu sempre tive meu olho sobre o fim principal do negcio, e estudava todas as formas e meios para ser um ganhador em tudo que empreendi. Mas qual a razo de no ter trazido nenhuma destas disposies para a religio? Qual a razo que eu, que tenho at muitas vezes falado da necessidade de regras e mtodos, e diligncia nos negcios do mundo, nunca tenha pensado em todo esse tempo em quaisquer regras ou mtodos, ou gerncias, para me conduzirem numa vida de Piedade? Voc acha que qualquer coisa pode surpreender e confundir um homem como este na hora da morte? Que dor que voc acha que um homem deve sentir, quando sua conscincia coloca toda essa insensatez em sua conta, quando deveria ter se mostrado regular, exato, e sbio, como tem sido em pequenas coisas, que j passaram como um sonho, e quo estpida e insensivelmente ele tem vivido, sem reflexo, sem quaisquer regras, em coisas relativas eternidade, como nenhum corao pode suficientemente conceb-las? Se eu tivesse apenas minhas fragilidades e imperfeies para lamentar neste momento da morte, eu deveria estar aqui humildemente confiando na misericrdia de Deus. Mas, infelizmente! Como posso chamar um desrespeito geral, e uma completa negligncia de toda melhoria religiosa, de fragilidade ou imperfeio; quando estivera ao mximo ao meu alcance ter sido exato, prudente, e diligente num curso de piedade, como fui no negcio do meu comrcio. Eu poderia ter procurado ajuda, ter praticado o maior nmero de regras, e ser ensinado em tantos mtodos corretos para uma vida santa, como fiz para prosperar em meu negcio do mundo, mas eu no pretendi e desejei isso. Oh meus amigos! uma vida descuidada, despreocupada e desatenta aos deveres da religio, to sem qualquer desculpa, to indigna da misericrdia de Deus, como uma vergonha para o sentido e a razo de nossas mentes, que mal posso conceber uma punio maior, do que um homem ser lanado no estado em que eu estou, para refletir sobre ele. Um penitente estava partindo aqui, mas tinha a boca paralisada por uma convulso, que no permitiu que nada mais falasse. Ele convulsionou por cerca de doze horas, e, em seguida, entregou o esprito. Agora, se cada leitor, imaginasse este penitente tendo algum conhecimento especfico em relao sua condio, e imaginasse que ele viu e ouviu tudo o que est aqui descrito, que estivera junto da sua cabeceira, quando seu pobre amigo estava em tal aflio e agonia, lamentando a insensatez de sua vida passada, iria, com toda a probabilidade, ensinar-lhe tal sabedoria como nunca estivera antes em seu corao. Se para isso, ele considerasse quantas vezes ele prprio pode ter sido surpreendido no mesmo estado de negligncia, e feito um exemplo para o resto do mundo, esta reflexo dupla, tanto sobre o sofrimento de seu amigo, e da bondade de Deus que, lhes tinha preservado disto, teria, muito provavelmente amolecido seu corao em santas disposies, e teria transformado o restante de sua vida em um curso regular de piedade. Isto, portanto, sendo to til para a meditao, vou deixar o leitor aqui, como espero, seriamente engajado na mesma. Uma Chamada Sria a Uma Vida Santa e Devota Cap IV William Law

Traduo e adaptao feitas pelo Pr Silvio Dutra, do quarto capitulo do livro de William Law, em domnio pblico, intitulado Uma Chamada Sria a Uma Vida Santa e Devota. William Law, foi professor e mentor por vrios anos de John e Charles Wesley, Geogre Whitefield principais atores do grande avivamento do sculo XVIII, que se espalhou por todo o mundo - Henry Venn, Thomas Scott e Thomas Adam, entre outros, que foram profundamente afetados por sua vida consagrada a Deus, e sobretudo pelo contedo deste livro.

Ns no podemos agradar a Deus em nenhum estado ou empenho de vida, seno por inteno e devoo de tudo fazer para sua honra e glria.

Tendo declarado no primeiro captulo a natureza geral da devoo, e mostrado, que no implica qualquer forma de orao, mas uma certa forma de vida, que oferecida a Deus, no em quaisquer momentos ou lugares determinados, mas onde e em tudo que eu vou descer agora descer a alguns detalhes, e mostrar como devemos dedicar nosso labor, emprego, tempo e dinheiro para Deus. Como um bom cristo deveria considerar todos os lugares como santos, por ser propriedade de Deus, ento ele deve olhar para cada parte de sua vida como uma questo de santidade, porque para ser oferecida a Deus. A profisso de um clrigo, uma profisso sagrada, porque um ministrio em coisas sagradas, para atender ao altar. Mas o negcio do mundo deve ser feito santo ao Senhor, por ser feito como um servio para ele, e em conformidade com a sua vontade divina. Porque, assim como todos os homens e todas as coisas do mundo, pertencem de fato a Deus, como quaisquer lugares, coisas ou pessoas que se dedicam ao servio divino, assim todas as coisas so para serem usadas, e todas as pessoas so para atuarem em seus diversos estados e empregos para a glria de Deus. Os homens de negcios do mundo, portanto, no devem olhar para si como tendo liberdade de viver para si mesmos, porque o seu trabalho de uma natureza mundana. Mas deve-se considerar que, assim como o mundo e todas as profisses do mundo, pertencem a Deus, assim pessoas e coisas que so dedicados ao altar, e por isso tanto o dever dos homens em negcios do mundo viver totalmente para Deus, como o dever daqueles que se dedicam ao servio divino. Assim o mundo inteiro de Deus, de modo que o mundo inteiro deve agir para Deus. Assim todos os homens tm a mesma relao com Deus, como todos os homens tm todos os seus poderes e faculdades de Deus, assim todos os homens so obrigados a agir para Deus, com todos os seus poderes e faculdades, e todos sero julgados pelo uso que deles fizerem. Assim todas as coisas so de Deus, de modo que todas as coisas devem ser utilizadas e consideradas como pertencentes a Deus. Porque abusarem os homens das coisas na terra, e viverem para si prprios, a mesma rebelio contra Deus, como os anjos abusaram das coisas no cu, porque Deus o mesmo Senhor de todos na terra, como ele o Senhor de todos no cu. As coisas podem, e devem diferir no seu uso, mas ainda assim elas todas devem ser usadas de acordo com a vontade de Deus. Os homens podem , e devem diferir em seus empregos, mas ainda assim todos eles devem agir para os mesmos fins, como servos obedientes de Deus, no desempenho correto e piedoso de seus diversos chamados. Os clrigos devem viver totalmente para Deus, de uma forma particular, isto , no exerccio de cargos santos, no ministrio da orao e da Palavra, e na ministrao zelosa de boas obras espirituais. Mas os homens de outros empregos, esto tambm em suas maneiras particulares obrigados a agir como servos de Deus, e viverem totalmente para ele em seus diversos chamados. Esta a nica diferena entre clrigos e pessoas de outros chamados. Quando isto puder ser visto, que os homens possam ser vaidosos, avarentos, sensuais, mundanos, ou orgulhosos, no exerccio de seus negcios do mundo, ento ser permitido aos clrigos serem tambm indulgentes com o mesmo comportamento em sua profisso sagrada. Porque embora esse comportamento seja mais odioso e criminoso em clrigos, que alm do seu voto batismal, tm se dedicado uma segunda vez a Deus, para serem seus servos, e no nos servios comuns da vida humana, mas no servio espiritual da maioria das coisas sagradas e santas, e que so, portanto, para manterem os mesmos como separados e diferentes da vida comum de outros homens, ainda que todos os cristos so, por seu batismo dedicados a Deus, e professores de santidade, de modo que so todos eles chamados a viverem como pessoas santas; fazendo tudo na sua vida comum apenas em tal forma, para que isto possa ser recebido por Deus, como um servio feito a ele. Porque as coisas espirituais e temporais, sagradas e comuns, devem, tanto para homens quanto para anjos, tanto para o cu e para a terra, serem todas para a Glria de Deus. Como h um s Deus e Pai de todos, cuja Glria d luz e vida a tudo o que vive, cuja presena preenche todos os lugares, cujo poder suporta todos os seres, cuja providncia domina todos os acontecimentos, por isso tudo o que vive, seja no cu ou na terra, sejam tronos ou principados, homens ou anjos, devem todos com um s esprito, viver totalmente para o louvor e glria deste nico Deus e Pai de todos. Anjos como anjos, em suas ministraes celestes, mas os homens como homens, as mulheres como mulheres, pastores como pastores, diconos como diconos; alguns com as coisas espirituais, e alguns com coisas temporais, oferecendo a Deus o sacrifcio dirio de uma vida sensata, com aes sbias, em coraes purificados, e com afetos santos. Este o negcio comum de todas as pessoas neste mundo. Isto no deixar que todas as mulheres do mundo gastem seu tempo nas loucuras e impertinncias de uma vida moderna, nem a quaisquer homens se entregarem a preocupaes mundanas. Isto no deixar os ricos satisfazerem as suas paixes nas indulgncias e na soberba da vida, nem quanto aos pobres, para maltratar e atormentar seus coraes com a pobreza de seu estado, mas homens e mulheres, ricos e pobres, devem, com os pastores e diconos, andarem diante de Deus no mesmo esprito sbio e santo, na mesma negao de todos os temperamentos vos, e na mesma disciplina e cuidado das almas, no somente porque todos eles tm a mesma natureza racional, e so servos do mesmo Deus, mas porque necessitam da mesma santidade, para lhes fazer aptos para a mesma felicidade, a que todos so chamados. Por isso, absolutamente necessrio para todos os cristos, quer homens ou mulheres, se considerarem como pessoas que so dedicadas santidade, e assim ordenarem suas formas comuns de vida, por tais regras da razo e piedade, e assim possam transformar isto em contnuo servio ao Deus Todo-Poderoso. Agora, para fazer o nosso trabalho, ou empenho, um servio aceitvel a Deus, devemos conduzi-lo com o mesmo esprito e disposio, que so necessrios para a doao de esmolas, ou qualquer obra de piedade, porque, quer comamos ou bebamos, ou faamos qualquer outra coisa, devemos fazer tudo para a glria de Deus, se quisermos usar este mundo como se no usssemos; se quisermos apresentar os nossos corpos em sacrifcio vivo, santo e agradvel a Deus; se formos viver pela f, e no por vista, e ter uma conversao santa, ento necessrio, que a maneira comum de nossa vida em todos os estados, seja para glorificar a Deus. Porque, se ns somos de mente mundana em nossos empenhos, se eles forem realizados com desejos vos, e avareza, apenas para nos satisfazer, no pode ser dito de ns que vivemos para a glria de Deus, mais do que os glutes e bbados podem dizer, que comem e bebem para a glria de Deus. Como a glria de Deus uma e a mesma coisa, assim o que ns fazemos para ele, deve ser feito com um e o mesmo esprito. Esse mesmo estado e temperamento de esprito, que torna nossa esmola e devoes aceitveis, deve tambm fazer o nosso trabalho, ou empenhos, uma oferta adequada para Deus. A maior parte dos empregos da vida so em sua prpria natureza lcitos, e todos aqueles que so assim, podem ser feitos uma parte substancial do nosso dever para com Deus, se nos engajarmos neles somente para os fins apropriados para aqueles que devem viver acima do mundo, por todo o tempo que viverem nele. Esta a nica medida da nossa aplicao em qualquer negcio mundano, seja ele qual for, ou onde for, ele no deve ter mais de nossas mos, de nossos coraes, ou do nosso tempo, do que seja consistente com uma fervorosa preparao diria, cuidadosa de ns mesmos para uma outra vida. Porque, assim como todos os cristos, como tais, tm renunciado a este mundo, para prepar-los por devoo diariamente, e santidade universal, para um eterno estado de outra natureza, eles devem olhar para os empenhos mundanos, como para necessidades mundanas, e enfermidades fsicas; coisas no desejveis, mas apenas para serem suportadas e sofridas, at que a morte e a ressurreio no conduzam a um estado eterno de real felicidade. Ora, daquele que no olha para as coisas desta vida neste grau de pequenez, no pode ser dito quer sinta ou creia nas maiores verdades do cristianismo. Porque, se ele pensa que qualquer coisa grande ou importante nos negcios humanos, no pode ser dito dele, que sinta ou creia naquelas Escrituras que representam esta vida, e as melhores coisas da vida, como bolhas, vapores, sonhos e sombras. Se ele pensa que fama e glria mundana, so adequadas para a felicidade de um cristo, como pode ser dito dele que creia nesta doutrina: Bem-aventurados sereis quando os homens vos odiarem, e quando vos expulsarem da sua companhia, e vos injuriarem, e rejeitarem o vosso nome como mau por causa do Filho do Homem.? Porque, certamente, se houvesse qualquer verdadeira felicidade na fama e glria mundana, se estas coisas merecessem nossos pensamentos e cuidado, no poderia ser assunto da mais alta alegria, quando somos arrancados deles por perseguies e sofrimentos? Se, portanto, um homem vai viver assim, como pode ser visto que ele cr nas doutrinas fundamentais do cristianismo, de que ele deve viver acima do mundo? O lavrador que lavra a terra, empregado em um negcio honesto, o qual necessrio vida, e muito capaz de ser feito um servio agradvel a Deus. Vises orgulhosas e desejos vos, em nossas atividades seculares, so to verdadeiros vcios e corrupes, quanto a hipocrisia na orao, ou orgulho nas esmolas. Aquele que trabalha e serve a um chamado, para que possa ser visto pelo mundo, e deslumbrar o olhar das pessoas com o esplendor de sua condio, est to longe da humildade de um cristo piedoso, como aquele que d esmolas para que possa ser visto pelos homens. Pela razo de que o orgulho e a vaidade em nossas oraes e esmolas, as tornam um servio inaceitvel a Deus, no porque haja alguma coisa especial em oraes e esmolas, que no possam permitir o orgulho, mas porque o orgulho , em nenhum aspecto, nem em nada, feito para o homem; ele destri a piedade de nossas oraes e esmolas, porque destri a piedade de tudo o que ele toca, e torna cada ao que ele governa, incapaz de ser oferecida a Deus. Assim que, se pudssemos nos dividir deste modo, sendo humildes em alguns aspectos, e orgulhoso em outros, a humildade seria de nenhum servio para ns, porque Deus exige que sejamos verdadeiramente humildes em todas as nossas aes e propsitos, como devemos ser verdadeiros e honestos em todas as nossas aes e propsitos. E assim como um homem no honesto e verdadeiro, porque ele assim em relao a um grande nmero de pessoas, ou em vrias ocasies, mas porque a verdade e a honestidade a medida de todas as suas relaes com todos; de modo que o processo o mesmo em relao humildade, ou qualquer outra virtude, que deve ser o hbito norteador geral de nossas mentes, e estender-se a todos as nossas aes e projetos, antes que isto possa ser imputado a ns. Ns, na verdade, por vezes, falamos, como se um homem pudesse ser humilde em algumas coisas, e orgulhoso em outras; humilde em suas vestes, mas orgulhoso de sua aprendizagem; humilde em sua pessoa, mas orgulhoso em seus pontos de vista e desgnios. Mas embora isso possa passar no discurso comum, onde poucas coisas so ditas de acordo com a verdade estrita, no pode ser permitido, quando examinamos a natureza de nossas aes. muito possvel que um homem que vive de enganos, seja muito pontual em pagar o que ele compra, mas, ento, todos percebem que no o faz por qualquer princpio de honestidade. Portanto, assim como todos os tipos de desonestidade destroem nossas pretenses de um princpio honesto da mente, assim todos os tipos de orgulho destroem nossa pretenso de um esprito humilde. Ningum se surpreende que essas oraes e esmolas, que procedem do orgulho e ostentao, so odiosas a Deus, mas ainda assim quo fcil ver, que o orgulho assim perdoado l como em qualquer outro lugar, por pessoas que no fazem uma avaliao segundo a verdade. Se pudssemos supor que Deus rejeita o orgulho em nossas oraes e esmolas, mas suport-lo orgulho em nosso modo de vestir, em nossas pessoas, ou posses, seria a mesma coisa que supor que Deus condena a falsidade em algumas aes, mas a permite em outras. Ainda, se o orgulho e ostentao so to odiosos, que destroem o mrito e valor das aes mais razoveis, certamente devem ser igualmente odiosos nessas aes, que somente so fundadas na fraqueza e enfermidade de nossa natureza. Assim como esmolas so ordenadas por Deus, como excelentes em si mesmas, como verdadeiros casos de uma disposio santa, mas as roupas so permitidas somente para cobrir nossa vergonha, certamente, portanto, deve pelo menos ser to odioso um grau de orgulho, de ser vaidoso em nossas roupas, como ser vaidoso em nossas esmolas. Ainda, somos ordenados a orar sem cessar, como um meio de tornar nossas almas mais elevadas e santas, mas estamos empenhados em juntar tesouros sobre a terra, e podemos pensar que no to ruim, ser vaidoso desses tesouros, que juntamos, que consideramos inteis essas oraes, que somos ordenados a fazer. Todos estes casos so apenas para nos mostrar a grande necessidade de uma piedade regular e uniforme, se estendendo a todas as aes de nossa vida comum. Agora, a nica maneira de chegar a esta devoo de esprito, trazer todas as suas aes para a mesma regra que as suas devoes e esmolas. Voc sabe muito bem o que , que faz a piedade de suas esmolas ou devoes; agora as mesmas regras, a mesma relao a Deus, deve tornar tudo o mais que voc faz, um servio aceitvel a ele. Uma Chamada Sria a Uma Vida Santa e Devota Cap V William Law

Traduo e adaptao feitas pelo Pr Silvio Dutra, do quinto capitulo do livro de William Law, em domnio pblico, intitulado Uma Chamada Sria a Uma Vida Santa e Devota. William Law, foi professor e mentor por vrios anos de John e Charles Wesley, Geogre Whitefield principais atores do grande avivamento do sculo XVIII, que se espalhou por todo o mundo - Henry Venn, Thomas Scott e Thomas Adam, entre outros, que foram profundamente afetados por sua vida consagrada a Deus, e sobretudo pelo contedo deste livro.

Pessoas que esto livres da necessidade de trabalhar em empregos especficos devem se considerar como devotadas a Deus em maior grau.

Grande parte do mundo est livre das necessidades de trabalhar em empregos, e tm o seu tempo e dinheiro sua prpria disposio. Mas, como ningum deve viver em seu trabalho de acordo com a sua prpria vontade, ou para fins como o de agradar suas prprias extravagncias, seno fazer todos os seus negcios de tal forma, como se fizesse um servio para Deus, por isso aqueles que no tm emprego especial, esto muito longe de serem deixados em maior liberdade para viver para si mesmos, para satisfazer suas prprias vontades, e gastarem seu tempo e dinheiro no que quiserem, eles esto sob uma maior obrigao de viver totalmente para Deus em todas as suas aes. A liberdade de sua condio os coloca numa maior necessidade de sempre escolher, e fazer as melhores coisas. So aqueles, de quem muito ser exigido, porque muito lhes dado. Um escravo s pode viver para Deus, de uma forma particular, isto , pela pacincia e submisso religiosa em seu estado de escravido. Mas todas as formas de vida santa, todas as instncias, e todos os tipos de virtude, esto abertos para aqueles que so mestres de si mesmos, de seu tempo e dinheiro. portanto, o dever dessas pessoas, fazerem um uso sbio de sua liberdade, para se dedicarem a todos os tipos de virtudes, aspirarem a tudo o que santo e piedoso, se esforarem para serem eminentes em todas as boas obras, e para agradarem a Deus na forma mais elevada e mais perfeita; isto seu dever, tanto serem sbias na conduo de si mesmos, quanto ampliarem seus esforos por santidade, como dever de um escravo se resignar a Deus em seu estado de escravido. Voc no um trabalhador, comerciante, nem soldado, considere-se, portanto, como sendo colocado numa condio, guardadas as devidas propores, como a dos anjos bons, que so enviados para o mundo como espritos ministradores, para o bem geral da humanidade, para ajudar, proteger e servir em favor daqueles que ho de herdar a salvao. Como voc est mais livre das necessidades comuns dos homens, voc deve imitar as perfeies mais elevadas de anjos. Fosse voc Serena, sendo obrigada pelas necessidades da vida, a lavar roupas para fora, para a sua manuteno, ou servir algum patro que exigisse todo o seu trabalho, isto seria, ento, o seu dever de servir e glorificar a Deus, por essa humildade, obedincia e fidelidade, como para poder adornar essa condio de vida. Deveria ento ser recomendado ao seu cuidado, melhorar esse talento sua maior altura. Para que quando chegasse a hora, que a humanidade deveria ser recompensada por seu trabalho pelo grande Juiz dos vivos e dos mortos, voc pudesse ser recebido com um muito bem servo bom e fiel... entra no gozo do teu Senhor. Mas, como Deus lhe deu cinco talentos, como ele colocou voc acima das necessidades da vida, como ele o deixou nas mos de si mesmo, na liberdade de escolher os meios mais exaltados e felizes da virtude, como ele lhe enriqueceu com muitos dons da fortuna, e no deixou nada para voc fazer, seno fazer o melhor uso da variedade de bnos, para tirar o mximo de uma vida curta, para operar a sua prpria perfeio, para a honra de Deus, e para o bem do seu prximo; por isso agora seu dever imitar os maiores servos de Deus, e saber como os santos mais eminentes viveram, e estudar todas as artes e mtodos para a perfeio, e no estabelecer limites para o seu amor e gratido ao Autor generoso de tantas bnos. Agora, seu dever transformar seus cinco talentos, em mais cinco, e considerar como o seu tempo, e lazer, e sade, e dinheiro, podem ser feitos meios felizes de purificar sua prpria alma, melhorando seus semelhantes nos caminhos da virtude, e lhe conduzindo finalmente para as maiores alturas da glria eterna. Deleite-se com o seu servio, e implore a Deus para adorn-lo com cada graa e perfeio. Alimente isto com boas obras, tenha paz na solido, obtenha foras na orao, torne-se sbio com a leitura, ilumine-se por meditao, torne-se terno com amor, adoado com humildade, humilhando-se com penitncia, animando-se com salmos e hinos, e se confortando com reflexes frequentes sobre a glria futura. Mantenha-se na presena de Deus e aprendendo a imitar aqueles anjos guardies, que apesar de participarem em assuntos humanos, bem como com os mais baixos da humanidade, sempre veem a face de nosso Pai que est nos cus. Isto, Serena, a sua profisso. Porque to certo como Deus um s Deus, to certo que ele tem apenas um comando para toda a humanidade, sejam eles escravos ou livres, ricos ou pobres, e que devem atuar at a excelncia da nova natureza que ele lhes deu, para viver pela razo, para andar na luz da religio, para usar tudo com sabedoria, para glorificar a Deus em todos os seus dons e dedicar todas as condies de vida a seu servio. Este um comando nico e comum de Deus para toda a humanidade. Se voc tem um emprego, voc deve ser, portanto, razovel, e piedoso, e santo, no exerccio do mesmo, se voc tiver tempo e dinheiro, voc obrigado a ser assim razovel, e santo, e piedoso, no uso de todo o seu tempo, e todo o seu dinheiro. O uso religioso correto de tudo e de todos os talentos, o dever indispensvel de todo o ser, que capaz de conhecer o certo e o errado. Porque a razo pela qual devemos fazer alguma coisa, como que para Deus e no que diz respeito ao nosso dever, e sua relao com ele, a mesma razo pela qual devemos fazer tudo para Deus, e tendo em conta o nosso dever, e sua relao com ele. Esta que uma razo para o nosso viver sbio e santo, no cumprimento de todos os nossos negcios, a mesma razo de nosso viver sbio e santo no uso de todo o nosso dinheiro. Como temos sempre as mesmas naturezas, e somos em todos os lugares servos do mesmo Deus, e como tudo igualmente o seu dom, por isso devemos sempre agir de acordo com a razo de nossa natureza, devemos fazer todos as coisas como servos de Deus, devemos viver em qualquer lugar, como em sua presena, devemos usar tudo, como deve ser usado como pertencente a Deus. Se, portanto, algumas pessoas imaginam, que devem ser srias e solenes na igreja, mas podem ser tolas e frenticas em casa, que eles devem viver de acordo com alguma regra no domingo, mas podem gastar os outros dias ao acaso; que eles devem ter alguns momentos de orao, mas podem gastar o resto de seu tempo como bem entenderem, que eles devem dar algum dinheiro na caridade, mas podem desperdiar o restante conforme lhes der na mente, essas pessoas no tm considerado adequadamente a natureza da religio, ou as verdadeiras razes da Piedade . Porque aquilo que nos princpios da razo pode ser dito que bom ser sbio e santo de esprito na Igreja, pode ser dito tambm que sempre desejvel ter a mesma condio em todos os outros locais. Aquele que verdadeiramente sabe por que ele deveria gastar todo o tempo bem, sabe, que nunca permissvel jogar fora qualquer momento. Aquele que acertadamente entende a razoabilidade e excelncia da Caridade, saber, que nunca pode ser desculpvel perder qualquer parte do nosso dinheiro no orgulho e insensatez, ou em quaisquer despesas desnecessrias. Porque cada argumento que mostra a sabedoria e excelncia da Caridade, prova tambm a sabedoria de gastar todo o resto do nosso dinheiro. Todo argumento que comprova a sabedoria e razoabilidade de ter momentos de orao, mostra a sabedoria e a razoabilidade de no perder nenhuma parte do nosso tempo. Se algum pudesse provar que no precisamos sempre agir como na presena divina, que no precisamos considerar e usar tudo, como dom de Deus, que no precisamos viver sempre pela razo e fazer da Religio o fundamento de todas as nossas aes, os mesmos argumentos provariam, que nunca precisamos agir como que na presena de Deus, nem fazer da religio e da razo a medida de qualquer de nossas aes. Se, portanto, temos que viver para Deus, em qualquer momento ou em qualquer lugar, devemos viver para ele em todos os momentos e em todos os lugares. Se devemos usar qualquer coisa como um dom de Deus, devemos usar tudo como seu dom. Se devemos fazer qualquer coisa por regras estritas da razo e piedade, devemos fazer tudo da mesma maneira. Porque razo, e sabedoria, e piedade, so as melhores coisas em todos os momentos e em todos os lugares, porque so as melhores coisas, em qualquer momento, ou em qualquer lugar. Se a nossa glria e felicidade ter uma natureza racional, que dotada de sabedoria e razo, que capaz de imitar a natureza divina, ento deve ser a nossa glria e felicidade, melhorar a nossa razo e sabedoria, para atuar at a excelncia da nossa natureza racional, e para imitar a Deus em todas as nossas aes, at o mximo do nosso poder. E os que confinam a Religio a tempos e lugares, e a algumas pequenas regras de recluso, pensam que isto muito estrito e rigoroso para trazer a religio vida comum, e fazem disto leis para todas as suas aes e formas de vida, aqueles que pensam assim, no somente erram, mas confundem toda a natureza da religio. Porque, certamente, eles confundem toda a natureza da Religio, porque pensam que podem fazer qualquer parte de sua vida mais fcil, por ser livre dela. Deles pode muito bem ser dito que confundem a natureza de toda a sabedoria, porque no pensam que desejvel, ser sempre sbios. Aquele que no aprendeu a natureza da piedade, pensa muito pouco em ser piedoso em todas as suas aes. Aquele que no entende suficientemente qual o motivo, no pode desejar sinceramente viver em tudo de acordo com isto. Se tivssemos uma religio que consistisse em supersties absurdas, que no levasse em conta a perfeio de nossa nova natureza, as pessoas poderiam bem estar contentes de ter alguma parte de sua vida para ser excluda da mesma. Mas, como a Religio do Evangelho o refinamento e elevao exaltao das nossas melhores faculdades, pela operao regeneradora e renovadora do Esprito Santo; uma vez que requer uma vida de maior razo, uma vez que somente nos obriga a usar deste mundo, pela razo pela qual deve ser usado, a viver em tal comportamento digno da glria de seres inteligentes, para andar em sabedoria para a prtica da piedade. Alm disso, como Deus um s e o mesmo ser, sempre agindo como em si mesmo, em conformidade com a sua prpria natureza, por isso o dever de todo ser que ele criou sua imagem e semelhana, viver de acordo com a nova natureza que ele lhe deu, e sempre agir de acordo com a mesma. Portanto, uma lei imutvel de Deus, que todo ser racional deve agir razoavelmente em todas as suas aes, no em determinado tempo ou lugar, mas em todas as ocasies e em todos os lugares (Tanto que os que se opuserem a isto sero condenados por Deus a uma perdio eterna nota do tradutor). Esta uma lei que como a imutabilidade de Deus, e que nunca pode deixar de existir, tanto quanto Deus no pode deixar de ser o Deus de sabedoria e ordem. Quando, pois, qualquer ser que dotado de razo, faz uma coisa irrazovel, em qualquer momento, ou em qualquer lugar, ou na utilizao de qualquer coisa, ele peca contra a grande lei da sua natureza, abusa de si mesmo, e peca contra Deus , o criador dessa natureza. (Isto demonstra a condio de profunda misria em que nos encontramos, naturalmente falando, em razo do pecado original, quando o homem deixou de fazer um uso adequado da razo, e do qual pode ser resgatado para a renovao da sua mente, apenas e exclusivamente pela graa de Jesus Cristo nota do tradutor). Aqueles, portanto, que defendem as indulgncias ao pecado e vaidades, para qualquer modas tolas, costumes e comportamentos do mundo, se rebelam contra a prpria natureza para a qual foram criados (a de serem santos e perfeitos) e se rebelam portanto contra Deus, que nos deu razo para nenhum outro fim, seno a de faz-la a regra e a medida de todos os nossos modos de vida. Quando, pois, voc culpado de qualquer tolice ou extravagncia, ou de qualquer comportamento vo, no o considere como uma questo pequena, porque pode parecer assim, se comparado a alguns outros pecados, mas o considere, como uma ao contrria sua natureza, conforme o propsito de Deus relativo mesma, e ento voc vai ver que no h nada pequeno, que no razovel. Porque todas as formas irracionais so contrrias natureza de todo ser racional, sejam homens ou anjos. Nenhum deles pode ser agradvel a Deus, a menos que ajam de acordo com a a razo e a excelncia de suas naturezas. (O autor usa simplesmente a palavra natureza, mas temos usado a expresso nova natureza, em algumas partes, uma vez que um claro ensino bblico que a velha natureza est corrompida pelo pecado, e necessitamos de uma nova natureza, adquirida na converso, pela f em Cristo, e por ao do Esprito Santo, e esta sim, est perfeita em todas as suas partes, e necessita apenas ser desenvolvida, amadurecida nota do tradutor). Nosso bendito Salvador tem claramente voltado nossos pensamentos para este caminho, por fazer esta petio uma parte constante de todas as nossas oraes: Seja feita a tua vontade assim na terra como ela feita no cu. Uma clara prova, que a obedincia dos homens imitar a obedincia dos anjos, e que os seres racionais na Terra, devem viver para Deus, como os seres racionais no Cu que habitam com ele. Quando, portanto, voc imaginasse em sua mente, como os cristos devem viver para Deus, e em que graus de sabedoria e santidade eles devem usar as coisas desta vida, voc no deve olhar para o mundo, mas voc deve olhar para Deus, e para a sociedade dos anjos, e pense que sabedoria e santidade se destinam a prepar-lo para tal estado de glria. Voc deve olhar para os mais elevados preceitos do Evangelho, voc deve examinar a si mesmo pelo esprito de Cristo, voc deve pensar como os homens mais sbios no mundo viveram, voc deve pensar como almas que partiram viveram, voc deve pensar nos graus de sabedoria e santidade que voc desejar ter quando voc estiver saindo do mundo. Ora, tudo isso no alongar o assunto, ou propor a ns mesmos, qualquer perfeio desnecessria. , seno quase o cumprimento do conselho do apstolo, onde ele diz: Finalmente, irmos, tudo o que verdadeiro, tudo o que respeitvel, tudo o que justo, tudo o que puro, tudo o que amvel, tudo o que de boa fama, se alguma virtude h e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento. O que tambm aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso praticai; e o Deus da paz ser convosco., Fil 4.8,9. Porque ningum pode chegar perto da doutrina desta passagem, seno aquele que se prope a si mesmo fazer tudo nesta vida como um servo de Deus, para viver pela razo, em tudo o que ele fizer, e para fazer da sabedoria e da santidade do Evangelho, a regra e a medida de seus desejos e aes, e de cada dom de Deus. Uma Chamada Sria a Uma Vida Santa e Devota Cap VII William Law

Como o uso imprudente de um estado corrompe todas as disposies da mente e enche o corao com paixes pobres e ridculas ao longo de todo o curso da vida, como representado no carter de Flvia.

J foi observado que um prudente e religioso cuidado deve ser usado, na forma de gastar o nosso dinheiro ou propriedade, porque a maneira de gastar nossas posses uma grande parte da nossa vida comum, e muito o negcio de cada dia, que, conforme sejamos sbios ou imprudentes, a este respeito, todo o curso de nossas vidas, ser ou muito sbio, ou muito cheio de insensatez. Pessoas que so afetadas de forma positiva com a religio, que recebem instrues de piedade com prazer e satisfao, muitas vezes se maravilham como pode ocorrer, que elas no faam maiores progressos nessa Religio que eles tanto admiram. Agora, a razo disso esta, porque a religio vive apenas em sua cabea, mas algo mais tem a posse de seus coraes ridos, portanto, eles continuam ano aps ano como meros admiradores da piedade, sem nunca chegarem realidade e perfeio de seus preceitos . Se for perguntado, por que a religio no obtm a posse de seus coraes, a razo esta: no porque eles vivam em grosseiros pecados, ou intemperanas, porque seu respeito religio lhes preserva de tais desordens. Mas porque seus coraes esto constantemente empenhados, equivocados, e mantidos em um estado errado, pelo uso indiscreto de coisas que so lcitas de serem usadas. O uso e desfrute de suas posses lcito, e portanto, nunca entra em suas cabeas, imaginarem qualquer grande perigo nisto. Eles nunca refletem, que existe um uso vo e imprudente de suas posses, que, apesar de no destruir como os pecados grosseiros, todavia desordenam o corao, e o conduzem a sensualidade, mornido, orgulho e vaidade, como tambm o torna incapaz de receber a vida e o esprito da piedade. Porque nossas almas podem receber uma mgoa infinita, e serem achadas incapazes de todas as virtudes, apenas pelo uso de coisas inocentes e lcitas. O que mais inocente do que o descanso e ainda o que mais perigoso, do que a preguia e ociosidade? O que mais lcito do que comer e beber, e no entanto o que mais destrutivo de toda a virtude, o que mais estimula todos os vcios de sensualidade e indulgncia? Quo legtimo e louvvel o cuidado de uma famlia? E no entanto, quo certamente so muitas pessoas tornadas incapazes de toda virtude, por um temperamento mundano e solcito? Agora, por falta de exatido religiosa no uso destas coisas inocentes e lcitas, que a religio no pode tomar posse de nossos coraes. E no gerenciamento correto e prudente de ns mesmos, quanto a essas coisas, que todas as artes de uma vida santa consistem principalmente. Pecados grosseiros so claramente vistos, e facilmente evitados por pessoas que professam religio. Mas o uso indiscreto e perigoso de coisas lcitas e inocentes, uma vez que no choque e ofenda nossas conscincias, por isso difcil fazer as pessoas de todo sensveis ao perigo disto. Um cavalheiro que gasta todo o seu dinheiro em esportes, e uma mulher que coloca todo o seu dinheiro em cima de si mesma, dificilmente podem ser convencidos que o esprito da religio no pode subsistir em tal modo de vida. Estas pessoas , como tem sido observado, podem viver livres de intemperanas, podem ser amigos da Religio crist, at o ponto de louv-la e falar bem dela, e admir-la em sua imaginao; mas no podem governar seus coraes, e ser o esprito de suas aes, at que mudem seu modo de vida, e deixem a Religio dar as leis para o uso e os gastos de suas posses. Porque uma mulher que ama as vestes de forma abusiva, que no poupa custos para se adornar, no parar nisto; porque esta disposio atrai milhares de outras loucuras juntamente com ela, e tornar todo o curso de sua vida, seu negcio, sua conversa, suas esperanas, seus medos, seus gostos, seus prazeres, e lazeres, se adequarem a isso. Flvia e Miranda so duas irms solteiras, que dispem, respectivamente, de duzentas libras anuais. Elas sepultaram os seus pais, h vinte anos atrs, e desde ento gastam as suas posses como lhes agrada. Flvia tem surpreendido todos os seus amigos, pela sua excelente gesto, na forma moderada como usa o dinheiro. Vrias senhoras que tm o dobro de suas posses, no so capazes de serem sempre to gentis e constantes em todos os lugares de prazer e despesa. Ela tem tudo o que est na moda, e est em todo lugar onde haja qualquer entretenimento. Flvia muito ortodoxa, ela fala calorosamente contra os hereges e cismticos, est geralmente na igreja, certa vez elogiou um sermo que era contra o orgulho e a vaidade no vestir. Se algum pedir a Flvia para fazer alguma coisa em caridade, se ela gosta da pessoa que fez a proposta, ela contribui. Mas passado algum tempo, ao ouvir um outro sermo sobre a necessidade de caridade, ela acha que a pregao foi boa, que um assunto muito apropriado, mas ela nada aplicou a si mesma, porque se lembrou de quando deu esmolas algum tempo atrs, e se arrependeu depois porque poderia ter poupado o dinheiro. Quanto s pessoas pobres, ela admitir no ter nenhuma queixa da parte deles; ela muito positiva que eles so todos falsos e mentirosos; e nada dir para alivi-los, e, portanto, deve ser um pecado encoraj-los em seus maus caminhos. Voc pensaria que Flvia tinha uma conscincia terna no mundo, se voc visse, quo escrupulosa e apreensivo ela da culpa e perigo de errar. Ela compra todos os livros sobre inteligncia e temperamento, e fez um coleo cara de todos os nossos poetas ingleses. Porque ela diz, que no se pode ter um verdadeiro gosto por qualquer um deles, sem estar muito familiarizado com todos eles. s vezes, ela l um livro sobre Piedade, se for curto, ou muito elogiado por estilo e linguagem. Flvia muito ociosa, e ainda gosta muito de um fino trabalho, que a faz frequentemente se sentar para trabalhar na cama at meio-dia, de modo que eu no preciso lhe dizer, que as suas manhs de devoes nem sempre so corretamente executadas. Flvia seria um milagre da Piedade, se assim fosse, mas no to cuidadosa de sua alma, quanto ela de seu corpo. O surgimento de uma espinha em seu rosto, a picada de um mosquito, far com que ela se mantenha em seu quarto dois ou trs dias. Ela to ansiosa quanto sua sade, que ela nunca acha que est bem o suficiente, de modo que faz gastos excessivos com toda a sorte de medicamentos preventivos. Se voc visitar Flvia no domingo, voc sempre a encontrar em boa companhia, voc saber o que est ocorrendo no mundo, ouvir a ltima stira, saber quais so as peas de teatro da semana, qual a cano mais refinada na pera, e quais so os jogos que se encontram na moda. Flvia pensa que so ateus os que jogam cartas no domingo, mas ela lhe dir com mincia sobre todos os jogos, que cartas ela segurou e como as jogou, e a histria de tudo o que aconteceu no jogo, to logo ela venha da Igreja. Eu no afirmarei que impossvel que Flvia seja salva, mas, muito pode ser dito, que ela no tem fundamentos das Escrituras para pensar que est no caminho da salvao. Porque toda a sua vida est em oposio direta a todos as disposies e prticas, que o Evangelho faz necessrias para a salvao. Se voc estivesse lhe ouvindo dizer, que ela tinha vivido toda a sua vida como Ana, a profetisa, que no se afastava do templo, servindo a Deus em jejuns e oraes, noite e dia, voc olharia para ela como sendo muito extravagante, e ainda esta no seria uma extravagncia maior, do que ela dizer que ela tem se esforado por entrar pela porta estreita, ou fazer qualquer doutrina do Evangelho, a regra de sua vida. Ela pode muito bem dizer, que ela viveu com o nosso Salvador, quando ele esteve sobre a terra, como ela tem vivido na imitao dele, ou que fez seu cuidado viver qualquer parte de tais disposies, como ele tem requerido de todos aqueles que so seus discpulos. Ela pode verdadeiramente dizer, que tem a cada dia lavado os ps dos santos, como ela tem vivido na humildade e pobreza de esprito cristo. Ela tem tanta razo para pensar, que ela tem sido uma sentinela em um exrcito, assim como ela tem vivido em vigilncia e abnegao. E pode dizer que ela vivia com o trabalho de suas mos, ao qual ela tinha dado toda a diligncia para fazer a sua vocao e eleio. E aqui isto pode ser bem observado, que a pobreza, a irreligio, a insensatez e a vaidade de toda esta vida de Flvia, tudo devido forma de utilizar suas posses. isto o que tem formado seu esprito, que deu vida a cada disposio ociosa, que apoiou toda paixo insignificante, e que a privou de todos os pensamentos de uma vida prudente, til e devota. Quando seus pais morreram, ela no tinha pensado nas suas duzentas libras anuais, mas que no tinha tanto dinheiro para fazer o que ela faria com tal quantia, para gastar consigo mesma, e comprar os prazeres e gratificaes de todas as suas paixes. Ela poderia ter sido humilde, sria, devota, uma amante de bons livros, um admiradora da orao, remindo o seu tempo, sendo diligente em boas obras, cheia de caridade e do amor de Deus, mas o uso imprudente de suas posses forou todo tipo de disposies contrrias sobre ela. Agora, porm o esprito insignificante irregular desse personagem pertence, eu espero, seno a poucas pessoas, mas muitos podem aprender algumas instrues aqui, e talvez veja algo de seu prprio esprito nisto. Se desejarmos portanto, fazer um progresso real na Religio crist, devemos no somente abominar pecados graves e notrios, mas temos que regular as partes inocentes e lcitas do nosso comportamento, e colocar as aes mais comuns e permitidas da vida, sob as regras da discrio e da piedade.

Traduo e adaptao feitas pelo Pr Silvio Dutra, do stimo capitulo do livro de William Law, em domnio pblico, intitulado Uma Chamada Sria a Uma Vida Santa e Devota. William Law, foi professor e mentor por vrios anos de John e Charles Wesley, George Whitefield principais atores do grande avivamento do sculo XVIII, que se espalhou por todo o mundo - Henry Venn, Thomas Scott e Thomas Adam, entre outros, que foram profundamente afetados por sua vida consagrada a Deus, e sobretudo pelo contedo deste livro. Uma Chamada Sria a Uma Vida Santa e Devota Cap VIII William Law

Como o uso sbio e piedoso de nossas posses, naturalmente nos trazem grande perfeio em todas as virtudes da vida crist; representado no carter de Miranda.

Qualquer piedade regular de qualquer parte da nossa vida, de grande vantagem, no somente por sua prpria conta, como tambm por isto nos levar a viver por regras, e pensar no governo de ns mesmos. Um homem de negcios, que tem trazido parte de seus cuidados sob determinadas regras, deve ter o mesmo cuidado em relao s demais coisas. Ento, aquele que trouxer qualquer parte de sua vida sob as regras da religio crist, pode ser ensinado a estender a mesma ordem e regularidade s demais reas de sua vida. Se algum to sbio a ponto de pensar que seu tempo precioso demais para ser gasto ao acaso, e permitir que ele seja devorado por qualquer coisa que acontea em seu caminho; se ele fica subjugado por uma certa necessidade observando como todos os dias passam por suas mos, e obriga a si mesmo a uma certa ordem de tempo no seu negcio e devoes, difcil de ser imaginado, em quanto tempo tal conduta iria reformar, melhorar e aperfeioar todo o curso da sua vida. Aquele, portanto, que sabe o valor, e colhe a vantagem de uma poca bem ordenada, no demorar muito para ser um estranho ao valor de algo mais que seja de algum interesse real para ele. Uma regra que se relaciona at mesmo parte menos importante de nossa vida, de grande benefcio para ns, simplesmente porque uma regra. Porque, como diz o provrbio, aquele que comeou bem, tem feito a metade; ento aquele que comeou a viver pela regra, tem um longo caminho para percorrer para a perfeio de sua vida. Por regra, deve aqui ser constantemente entendido, uma regra da religio crist, observada como um princpio de dever para com Deus. Porque, se algum deve se obrigar a ser moderado em suas refeies, apenas no que diz respeito ao seu estmago, ou se abster de beber, apenas para evitar a dor de cabea, ou ser moderado durante o sono, por ter medo de uma letargia, ele poderia ser exato nessas regras, sem ser tornado em tudo um homem melhor por elas. Mas quando ele moderado e regular em qualquer uma dessas coisas, por um sentido de sobriedade crist e abnegao, para que ele possa ofertar a Deus uma vida mais razovel e santa, ento isto , que a menor regra deste tipo, se torne naturalmente, o incio de uma grande piedade. Porque a menor regra nesses assuntos de grande benefcio, uma vez que nos ensina alguma parte do governo de ns mesmos, uma vez que mantm uma ternura de esprito; apresenta Deus muitas vezes aos nossos pensamentos, e traz um sentimento de religio para as aes ordinrias de nossa vida comum. Se um homem, quando estivesse na companhia, onde todas pessoas perjuraram, conversaram lascivamente, ou falaram mal do seu prximo, tomasse esta regra para si mesmo, de reprov-las gentilmente, ou, se isso no fosse adequado, ento, deixar a companhia to decentemente quanto pudesse, ele acharia esta pequena regra, como sendo um pouco de fermento escondido em uma grande quantidade de farinha, que iria se espalhar e se estender de todas as formas em sua vida. Se um outro devesse se obrigar a se abster no Dia do Senhor de muitas coisas inocentes e lcitas, como viajar e discorrer sobre assuntos mundanos, como comrcio e assim por diante, se ele devesse dedicar o dia, alm do culto pblico, para uma maior leitura da Palavra, para a devoo, e obras de caridade; embora possa parecer uma coisa pequena, ou uma mincia desnecessria, exigir de um homem que se abstenha de tais coisas que podem ser feitas sem configurar um pecado, mas quem quiser experimentar o benefcio de to pequena regra, talvez encontre por este meio uma grande alterao feita em seu esprito, e um grande gosto pela piedade se levantando em sua mente, para o qual ele era um completo estranho antes. Seria fcil demonstrar, em muitos outros casos, como poucos e pequenos assuntos so os primeiros passos, e comeos naturais de grande perfeio . Mas as duas coisas, que mais do que todas as demais, devem estar sob uma regra rgida, e que so as maiores bnos tanto para ns mesmos quanto para outros, quando so usadas corretamente, so o tempo, e o nosso dinheiro. Esses talentos so meios contnuos e oportunidades de fazer o bem. Aquele que piedosamente estrito, e exato na gesto prudente de qualquer um destes, no pode ignorar por longo tempo o uso correto do outro. E aquele que est feliz no cuidado religioso de ambos, j subiu vrios degraus na escada da perfeio crist. Miranda (a irm de Flvia) tanto uma crist sbria e razovel; quanto uma boa administradora do seu tempo e dinheiro, que era seu primeiro pensamento, como poderia melhor cumprir tudo o que Deus exigia dela no uso deles, e como ela poderia fazer um melhor e mais feliz uso desta vida curta. Ela depende da verdade que nosso bendito Senhor tem dito, que h apenas uma coisa necessria e, portanto, fez dela o trabalho continuo de toda a sua vida. Ela tem apenas uma razo para fazer, ou no fazer, gostar ou no gostar de nada, e isto , a vontade de Deus. Miranda pensa muito bem, para evitar ser chamada pelo mundo de dama refinada, ela renunciou ao mundo para seguir a Cristo no exerccio de humildade, caridade, devoo, e afeio santa, e nisto que ela deseja ser refinada. Enquanto ela estava debaixo de sua me, ela foi forada a viver em cerimnias, a se deitar tarde da noite, para estar na loucura de cada moda, e sempre fazer visitas vs, e ir igreja com trajes caros e chamativos, a danar em locais pblicos, onde almofadinhas poderiam admirar a delicadeza de suas formas e a beleza de seus movimentos. A lembrana desse modo de vida, faz com que ela tenha um cuidado extremado em se despojar de tudo isto, por um comportamento contrrio. Miranda no divide seu dever entre Deus, seu prximo, e ela mesma, mas ela considera tudo como devido a Deus, e assim faz tudo em seu nome e por causa dele. Isso faz ela considerar o seu dinheiro como um dom de Deus, que para ser usado como tudo o mais deve ser, que pertence a Deus, para a sbia e razovel finalidade de uma vida crist e santa. Portanto, seu dinheiro dividido entre si mesma, e vrias outras pessoas pobres, e ela tem apenas dele a sua parte de alvio. Ela acha que a prpria insensatez se saciar com coisas suprfluas, gastos inteis, para si mesma, como para outras pessoas que agem da mesma forma. Se as necessidades de um homem pobre so uma ra