X ENCONTRO - Associação de Pesquisadores em Economia...

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X ENCONTRO DE ECONOMIA CATARINENSE

Migrações Contemporâneas

DE 12 A 13 DE MAIO 2016

BLUMENAU – SANTA CATARINA

Universidade Regional de Blumenau (FURB)

REALIZAÇÃO:

ASSOCIAÇÃO DE PESQUISADORES EM ECONOMIA CATARINENSE – APEC

CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS – FURB

MESTRADO EM DESENVOLVIMENTO REGIONAL – FURB

APOIO:

CENTRO ACADÊMICO LIVRE DE ECONOMIA DE BLUMENAU DA FURB

(CALECOB)

Comissão Organizadora – Diretoria da APEC

Dimas de Oliveira Estevam - UNESC - Presidente

Hoyêdo Nunes Lins - UFSC - Vice-Presidente

Tatiane Aparecida Viega Vargas - UNIDAVI/FURB - Secretária

Áureo Leandro Haag - UNOCHAPECÓ

Adriano de Amarante - UDESC - Tesoureiro

Bruno Thiago Tomio - FURB

Conselho Fiscal

Conselheiros Titulares:

Alcides Goularti Filho - UNESC

Silvio Antônio Ferraz Cário - UFSC

Ivo Marcos Theis - FURB

Conselheiros Suplentes:

Arlene Anélia Renk - UNOCHAPECÓ

Debora Aparecida Almeida - UnC-Curitibanos

Pablo Felipe Bittencourt - UFSC

Comissão Organizadora - FURB

Bruno Thiago Tomio

Tatiane Aparecida Viega Vargas

Sidney Silva

Ivo Marcos Theis

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X ENCONTRO DE ECONOMIA CATARINENSE

Migrações Contemporâneas

Resumos

ANAIS

Volume I

12 a 13 de maio de 2016

BLUMANAU – SC

Coordenação Editorial:

Bruno Thiago Tomio

Tatiane Aparecida Viega Vargas

Dimas de Oliveira Estevam

Hoyêdo Nunes Lins

Encontro de Economia Catarinense (2016, Blumenau/SC)

Migrações Contemporâneas

Anais dos resumos do X Encontro de Economia Catarinense,

12 e 13 de maio de 2016,

Blumenau, SC, APEC, 2016

Edição Online p. 77.

ISSN 2175-7313

1. Economia – Santa Catarina – Congressos. I. Título

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COMISSÃO CIENTÍFICA X EEC – Blumenau/SC – 2016

1 - Desenvolvimento e sustentabilidade sócio-ambiental

Suzana Maria Pozzer da Silveira (IFC – Sombrio)

Marcelino da Silveira (PGDR - UFRGS)

2 - Gestão e economia do setor público

Diogo Joel Demarco (EA - UFRGS)

Carla Eunice Gomes (FURB)

3 - Demografia, espaço e mercado de trabalho

Caroline da Graça Jacques (UNESC)

Claudia Tessari (UNIFESP)

4 - História econômica e Social

Ismael Gonçalves Alves (PPGDS – UNESC)

Guilherme Grandi (USP)

5 - Economia industrial, da ciência, tecnologia e inovação

Adriano José Pereira (PPGED- UFSM)

William José Borges (IFSC)

6 - Desenvolvimento social, economia solidária e políticas públicas

Carlos Eduardo Arns (UNOCHAPECÓ)

Daniel Lemos Jeziony (UNICERP)

7 - Desenvolvimento regional e urbano

Cristiane Tonezer (Unochapeco)

Daniel Pereira Sampaio (UNICAMP)

8 - Desenvolvimento rural e agricultura familiar

Rogério Goulart Jr. (CEPA - EPAGRI)

Marcia Fuchter (UNIDAVI)

9 - Economia e política internacional

Karine Obalhe Piorski (UEG)

Ivanil Nunes (USP)

10 - Temas especiais

Reney Dorow (CEPA - EPAGRI)

Mauricio Leite (FURB)

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APRESENTAÇÃO

Ideias, quando germinam e florescem, dando frutos positivos e duradouros, revelam-

se quase sempre boas. Não há dúvida de que cabe considerar nesses termos a concepção e

criação, dez anos atrás, da Associação dos Pesquisadores em Economia Catarinense (APEC),

surgida a partir de conversas entre alguns professores-pesquisadores interessados na

socioeconomia de Santa Catarina. Pertencentes a várias instituições de ensino superior no

Estado, esses profissionais tinham em comum, possivelmente, entre outras coisas, a presença

de “temas catarinenses” nas suas respectivas agendas de estudos e pesquisas.

Da ideia à ação foi um pulo em curto intervalo de tempo. A manifestação primeira do

que para alguns observadores constituía um desafio e, talvez, uma ousadia foi a realização do

I Encontro de Economia Catarinense na UNIDAVI, em Rio do Sul. Tendo como eixo a

temática do Desenvolvimento Regional Sustentável, aquele evento registrou a apresentação e

o debate, em 26 e 27 de abril de 2007, de quarenta e dois trabalhos.

Naquela ocasião, inaugurou-se a proposta, mantida desde então, de assegurar a

participação de estudiosos de renome na palestra de abertura de cada Encontro: o

conferencista foi o professor Clélio Campolina Diniz, da Universidade Federal de Minas

Gerais − UFMG, um conhecido pesquisador na área do desenvolvimento regional. Também

no evento fundador adotou-se o formato de debates que prevaleceriam: uma mesa redonda

sobre o tema central, com abordagem na escala de Santa Catarina, e outra mesa com o perfil

semelhante para discussão na escala da região do estado onde se realiza o evento, ambas

entremeadas com numerosas sessões temáticas de apresentação dos artigos selecionados.

O final do parágrafo anterior recomenda sublinhar o que já se encontra ali sugerido: o

Encontro de Economia Catarinense é itinerante. A sequência desde a inauguração, em 2007,

foi esta: 2008–UNOCHAPECÓ; 2009–FURB; 2010–UNESC; 2011–UDESC/ESAG; 2012–

UNIVILLE; 2013–UFSC. Em 2014, o ciclo foi reiniciado, com a UNIDAVI retomando a

organização; em 2015, coube à UNOCHAPECÓ a realização e, em 2016,à FURB. Nesse

percurso, a quantidade de trabalhos submetidos só fez crescer e as origens dos pesquisadores

interessados em participar alargaram-se geograficamente, atingindo até mesmo regiões

distantes, como o norte e o nordeste do País. Em 2007 (Rio do Sul), foram apresentados 52

trabalhos; em 2008 (Chapecó), 57; em 2009 (Blumenau), 73; em 2010 (Criciúma), 117; em

2011 (Florianópolis/UDESC), 128; em 2012 (Joinville), 156; em 2013 (Florianópolis/UFSC),

131; em 2014 (Rio do Sul), 105; em 2015 (Chapecó), 149 e em 2016 (Blumenau) foram

submetidos 122 trabalhos. Em cada evento, foram selecionados 70% dos trabalhos. Os

detalhes de cada encontro, com as programações e os anais, encontram-se na página da APEC

na internet (http://apec.pro.br/).

Respeitando a sequência, o evento de 2016 – X Encontro de Economia Catarinense –

tem lugar na FURB. Seu eixo, como divulgado, é o tema das Migrações Contemporâneas,

cuja importância é notória e prescinde de maior realce nesta apresentação. Com efeito,

qualquer pessoa minimamente informada sobre os principais processos em curso no plano

internacional, sem deixar de envolver o Brasil, tem consciência de que se registra, na

atualidade, mais um grande surto de movimentação de seres humanos no espaço, um aspecto

recorrente, assinale-se, na trajetória do capitalismo. É sobre migrações contemporâneas que

se trata, portanto, na palestra de abertura e nas mesas redondas deste X Encontro.

O evento recebeu trabalhos para todas as suas áreas temáticas, as quais totalizam uma

dezena. Assim, diversos assuntos, tratados sob vários ângulos e por meio de diferentes

abordagens, estarão sendo debatidos. Nada menos que 122 trabalhos foram submetidos, dos

quais 87artigos foram selecionados para apresentação e posterior publicação nos anais. A

seleção foi realizada no âmbito das comissões temáticas formadas por pesquisadores de

diversas instituições de Santa Catarina e do Brasil. Considera-se que, no seu conjunto, os

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trabalhos referentes a Santa Catarina – que correspondem à grande maioria do que foi

submetido e selecionado – representam uma adequada (talvez a melhor) ilustração sobre o

que se realiza hoje em investigação científica sobre diferentes aspectos da socioeconomia

catarinense.

É importante também destacar que neste X Encontro ocorrerá o lançamento do livro

intitulado “A descentralização das ações públicas em debate: contornos da problemática e

experiências catarinenses”. Sua base é um conjunto de trabalhos produzidos por diferentes

pesquisadores e apresentados em vários encontros anteriores, versando sobre a prática da

descentralização nas ações governamentais em Santa Catarina. Tais ações ganharam

visibilidade nos anos 2000 e materializaram-se, principalmente, na criação de Secretarias de

Desenvolvimento Regional. A iniciativa de produzir e disponibilizar tal obra, na qual se

procura construir e propor, em seus vários capítulos, uma visão analítica sobre a problemática

da descentralização, deve ser entendida como demonstração de grande interesse por parte dos

integrantes da APEC em contribuir para a reflexão e o debate sobre questões de relevo em

Santa Catarina.

A Diretoria da APEC agradece imensamente à FURB o apoio institucional prestado à

realização deste X Encontro de Economia Catarinense, cuja importância é, inclusive,

simbólica, devido à complementação do primeiro decênio desse evento. Um agradecimento

especial deve ser dirigido aos professores que formam a coordenação local e também às

esferas acadêmicas e institucionais, como o Departamento de Economia e o Programa de Pós-

Graduação em Desenvolvimento Regional. O mesmo vale para os estudantes que se

engajaram, pois sem as suas participações as tarefas teriam se revelado ainda mais

desafiadoras. Igual reconhecimento deve ser direcionado aos integrantes das comissões

científicas, pois o empenho que demonstraram tornou possível o cumprimento do cronograma

estabelecido.

Diretoria da APEC

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ÍNDICE

PROGRAMAÇÃO RESUMIDA ............................................................................................... 1

MESAS DE SESSÃO TEMÁTICA ........................................................................................... 2

RESUMOS DOS ARTIGOS DAS SESSÕES TEMÁTICAS .................................................. 14

1. RESPONSABILIDADE E SUSTENTABILIDADE SOCIOAMBIENTAL ................ 14

2. GESTÃO E FINANÇAS PÚBLICAS .............................................................................. 17

3. DESCENTRALIZAÇÃO EM DEBATE: AS SDRs EM SC .......................................... 18

4. DESENVOLVIMENTO RURAL E TERRITORIAL .................................................... 20

5. MERCADO DE TRABALHO E DESIGUALDADE SALARIAIS .............................. 23

6. DESENVOLVIMENTO REGIONAL E MERCADOS ALTERNATIVOS ................ 25

7. INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS .................................................................................... 27

8. HISTÓRIA ECONÔMICA E TRAJETÓRIAS MIGRATÓRIAS ............................... 30

9. MERCADO DE TRABALHO, ENVELHECIMENTO E PREVIDÊNCIA SOCIAL 32

10. TRANSFORMAÇÕES PRODUTIVAS E EMPRESARIAIS ..................................... 34

11. DEMOGRAFIA E MERCADO DE TRABALHO ....................................................... 37

12. DESENVOLVIMENTO REGIONAL ........................................................................... 39

13. HISTÓRIA ECONÔMICA E SOCIAL ......................................................................... 42

14. ECONOMIA SOLIDÁRIA E AGRICULTURA FAMILIAR (RESUMOS) ............. 44

15. DESENVOLVIMENTO E VULNERABILIDADE SOCIAL ..................................... 48

16. DESENVOLVIMENTO SOCIAL E POLÍTICAS PÚBLICAS .................................. 50

17. GESTÃO E DESENVOLVIMENTO RURAL ............................................................. 52

18. MÉTODOS QUANTITATIVOS .................................................................................... 55

19. POLÍTICAS SOCIAIS E IMPACTOS NA QUALIDADE DE VIDA (RESUMOS) 58

20. RELAÇÕES ECONÔMICAS E POLÍTICAS INTERNACIONAIS ......................... 61

21. EMPREENDIMENTOS DE ECONOMIA SOLIDÁRIA E AGRICULTURA

FAMILIAR ............................................................................................................................. 63

22. DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO (RESUMOS) ................................... 66

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1

PROGRAMAÇÃO RESUMIDA

Dia 12 de maio – Quinta-feira

Recepção e inscrições: Início às 9h

Sessão Temática I - Mesas de 1 a 4

Horário: 10h às 12h

Intervalo para almoço: 12h às 14h

Sessão Temática II - Mesas 5 a 8

Horário: 14h às 16h

Intervalo: 16h às 16h30 (CAFÉ)

Sessão Temática III – Mesas 9 a 14

Horário: 16h30 às 18h30

Intervalo: 18h30 às 19h (CAFÉ)

Sessão comemorativa aos 10 anos da APEC Horário: 19h (auditório do bloco J)

Abertura e Conferência do X Encontro de Economia Catarinense

Horário: 19h30 (auditório do bloco J)

Tema: Migrações Contemporâneas no Brasil

Expositor: Romerito Valeriano da Silva - PUC/MG e ITFM

Coordenador: Hoyêdo Nunes Lins – UFSC

Dia 13 de maio – Sexta-feira

Assembleia Geral da Apec

Horário: 8h30 às 9h30 (auditório do bloco J)

Intervalo: 9h30 às 10h (CAFÉ)

Lançamento do livro: A descentralização das ações públicas em debate: contornos da

problemática e experiências catarinenses (Orgs.: Dimas de Oliveira Estevam e Hoyêdo Nunes

Lins)

Lançamento da 3a edição do livro: Formação Econômica de Santa Catarina (Alcides

Goularti Filho)

Lançamento do livro: Desenvolvimento científico e tecnológico e território no Brasil (Ivo

Marcos Theis)

Mesa Redonda II

Horário: 10h às 12h (auditório do bloco J)

Tema: Migrações Contemporâneas em Santa Catarina Expositor: Caroline Jacques - UNESC

Coordenador: Dimas de Oliveira Estevam - UNESC

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2

Intervalo para almoço: 12h às 14h

Sessão Temática IV - Mesas 15 a 19

Horário: 14h às 16h

Intervalo: 16h às 16h30 (CAFÉ)

Sessão Temática V - Mesas 20 a 22

Horário: 16h30 às 18h30

Intervalo: 18h30 às 19h (CAFÉ)

Mesa Redonda III – Conferência de Encerramento

Horário: 19h às 20h30 (auditório do bloco J)

Tema: Migrações Contemporâneas em Blumenau

Expositores: Alessandra F. Bonelli - Diretora de Proteção Social Básica (SEMUDES)

Magali Moser - Jornalista

Coordenação: Sidney da Silva

MESAS DE SESSÃO TEMÁTICA

Dia 12 de maio de 2016 – Quinta-feira

Sessão Temática I - Mesas 1 a 4

Horário: 10h às 12h

Mesa 1 – Sala Caio Prado Júnior (J-504)

1. RESPONSABILIDADE E SUSTENTABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

Comentarista: Cristina Keiko Yamaguchi (UNESC)

1. A sustentabilidade nas compras públicas: caso ilustrativo na Secretaria de Administração

do Estado de Santa Catarina

Kamile Theis Stadnick (UFSC) e Silvio Antonio Ferraz Cário (UFSC)

2. A sustentabilidade na atividade pesqueira artesanal: um estudo de caso no município de

Itapoá/SC

Vania Silva de Souza Bilert (FURB); Ari Söthe (FURB); Cristiane Mansur de Moraes

Souza (FURB); Gilberto Friedenreich dos Santos (FURB); Patrícia Luiza Kegel

(FURB)

3. Responsabilidade socioambiental corporativa: o caso da Natura cosméticos

Eliane Maria Martins (UNIVILLE); Daniela Catarina de Borba (UNIVILLE)

4. Responsabilidade social: compromisso social ou estratégia

Luiz Filipe Barcelos Rosa (UNESC); Natália Martins Gonçalves (UNESC); Débora

Volpato (UNESC); Maria Helena Souza dos Santos (UNESC)

5. Crise hídrica e gestão da água em São Paulo e Santa Catarina

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3

Francisco Gelinski Neto (UFSC); Marilene d’Ambros (UFSC); Luiz Carlos de

Carvalho Junior (UFSC)

Mesa 2 – Sala Celso Furtado (J-507)

2. GESTÃO E FINANÇAS PÚBLICAS

Comentarista: Carla Eunice Gomes (FURB)

1. O federalismo brasileiro e suas implicações no sistema tributário para pequenos municípios

do Oeste Catarinense: o ICMS e seus impactos no desenvolvimento de um território.

Andrei Stock (FURB); Valmor Schiochet (FURB); Ari Söthe (FURB); Patrícia Luiza

Kegel (FURB)

2. Políticos, despesas e eleições

Jonatan Lautenschlage (Universidade do Minho)

3. Gabinete digital: as práticas de accountability na microrregião serrana catarinense

Magridth Aparecida Lisboa (UnC); Claudiane Michaltchuk Granemann (UnC); Debora

Aparecida Almeida (UnC)

Mesa 3 – Sala Jesiel Marco Gomes (J-509)

3. DESCENTRALIZAÇÃO EM DEBATE: AS SDRs EM SC

Comentarista: Oklinger Mantovaneli Junior (FURB)

1. Mudanças recentes na política de descentralização do estado em Santa Catarina

Lauro Mattei (UFSC)

2. Agenda governamental: influências na sua construção nos municípios integrantes da 31ª

(SDR) de Itapiranga – SC

Ari Söthe (FURB); Oklinger Mantovaneli Junior (FURB); Patrícia Luiza Kegel

(FURB)

3. Condicionamentos políticos do desenvolvimento regional em Santa Catarina: o caso do

orçamento regionalizado da Secretaria de Desenvolvimento Regional de Brusque no período

de 2008 a 2015

Thaise Vila Nova (UNIFEBE); Luciana Butzke (UNIFEBE)

Mesa 4 – Sala Milton Santos (J-500)

4. DESENVOLVIMENTO RURAL E TERRITORIAL

Comentarista: Ivo Marco Theis (FURB)

1. Relações setoriais da agropecuária e agroindústria com a economia brasileira

Dimitri da Costa Bessa (UFSC); Arlei Luiz Fachinello (UFSC)

2. Lucratividade e reprodução social de unidades de produção agropecuária familiar de Santa

Catarina

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4

Luis Augusto Araujo (CEPA/EPAGRI); Alexandre Luís Giehl (CEPA/EPAGRI);

Alessandra Rodrigues Machado de Araújo (CEPA/EPAGRI); Antônio Marco Feliciano

(CEPA/EPAGRI)

3. O cultivo de organismos transgênicos na agricultura catarinense: especial atenção ao

agricultor familiar

Eduardo Marcel Dalabona (FURB); Ivo Marcos Theis (FURB)

4. A metodologia de análise de redes sociais como um instrumento privilegiado no

diagnóstico da imersão social – o caso da Rede Ecovida de Agroecologia

Suzana Maria Pozzer da Silveira (IFC-SC)

5. Sinergismo na inovação: agroturismo nas Encostas da Serra Geral Catarinense

Hoyêdo Nunes Lins (UFSC)

Intervalo para almoço - 12h às 14h

Sessão Temática II - Mesas 5 a 8

Horário: 14h às 16h

Mesa 5 – Sala Maria da Conceição Tavares (J-504)

5. MERCADO DE TRABALHO E DESIGUALDADE SALARIAIS

Comentarista: Maria Soledad Etcheverry Orchard (UFSC)

1. O desenvolvimento da base de dados do núcleo de estudos do observatório de gênero da

região central catarinense

Maikely Maria Bossacro (UnC); Ana Paula Della Giustina (UnC); Debora Aparecida

Almeida (UnC)

2. Diferenciais salariais na indústria de transformação brasileira: gênero vs ocupação

Patrícia Bonini (UDESC); Rodrigo Hoeller (UDESC); Regina Somensi de Lima

(UDESC)

3. Uma análise do impacto do mercado potencial sobre os salários no Rio Grande do Sul,

utilizando mudança de regime markoviano

Cristian Rafael Pelizza (UFRGS)

4. O perfil do profissional com formação em ciências econômicas exigido pelo mercado de

trabalho no ano de 2015

Antônio Maria da Silva Carpes (UFFS); Arildo Pirolla (UFFS)

Mesa 6 – Sala Caio Prado Júnior (J-507)

6. DESENVOLVIMENTO REGIONAL E MERCADOS ALTERNATIVOS

Comentarista: Mauricio Leite (FURB)

1. O agronegócio vitivinícola sob a ótica das indicações geográficas da União Europeia (UE)

Rosemary Barbosa de Melo (UFRGS); Reney Dorow (CEPA/EPAGRI); Sylvan

Martins dos Reis (UFRGS); Marília Zabot (UFSP)

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5

2. Práticas sustentáveis na produção de vinho: um estudo nos Vales da Uva Goethe - Santa

Catarina

Vinicius Medeiros Réus (UNESC); Júlio César Zilli (UNESC); Adriana Carvalho Pinto

Vieira (UNESC)

3. Cerveja artesanal e desenvolvimento regional em Santa Catarina

Valdinho Pellin (FURB); Oklinger Mantovaneli Jr (FURB)

4. Estudo sazonal do período de alta temporada turística no nível de preços do município de

Florianópolis/SC

Thaynara Gilli Tonolli (UFSC); Gueibi Peres Souza (UFSC)

Mesa 7 – Sala Celso Furtado (J-500)

7. INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS

Comentarista: Marcos Antonio Mattedi (FURB)

1. Internationalization and innovation: the case of a born global from Brazil

Thaisa Carolina Zonta (FURB); Mohamed Amal (FURB); Giancarlo Gomes (FURB)

2. Inovação tecnológica: uma comparação entre indústria extrativa e indústria de

transformação entre 2000 e 2011

Luciane Rosa de Oliveira (UFSM); Bruna Márcia Machado Moraes (UFSM); Angélica

Pott de Medeiros (UFSM); Reisoli Bender Filho (UFSM); Luciana Flores Battistella

(UFSM)

3. Inovação tecnológica: estudo em um dos maiores polos têxteis do país

Bárbara Silvana Sabino (IFSC); Francisco José Sabino (IFSC)

4. Esforços de capacidade inovativa das empresas do aglomerado produtivo calçadista de São

João Batista – SC: um estudo a partir da abordagem neo-schumpeteriana de capacidade de

absorção

Pablo Bittencourt (UFSC); Silvio A. F. Cario (UFSC); Jamur Marchi (UFSC); Gabriel

Figueiredo (UFSC)

5. O comércio varejista do setor do vestuário de Morro Grande, SC

Pâmela Daniel (UNESC); Natália Martins Gonçalves (UNESC); Elenice Padoin Juliani

Engel (UNESC); Michele Domingos Schneider (UNESC)

Mesa 8 – Jesiel Marco Gomes (J-509)

8. HISTÓRIA ECONÔMICA E TRAJETÓRIAS MIGRATÓRIAS

Comentarista: Hoyêdo Nunes Lins

1. Do Haiti ao Brasil: a imigração como fracasso do processo de globalização

Thiago de Oliveira da Silva (FURB)

2. Trajetória de migrações no Brasil

Luiz Orencio Figueredo (UNESC); João Henrique Zanelatto (UNESC)

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3. Concentração fundiária e escravidão: efeitos de longo prazo na desigualdade em Santa

Catarina

Luiz Mateus da Silva Ferreira (UFPO); Pedro Antonio Vieira (UFSC)

4. Tropeiros e colonos e a construção da estrada de Blumenau a Curitibanos: dois mundos e

um caminho

Alcides Goularti Filho (UNESC)

Intervalo para café - 16h às 16h30

Sessão Temática III - Mesas de 9 a 14

Horário: 16h30 às 18h30

Mesa 9 – Caio Prado Júnior (J-504)

9. MERCADO DE TRABALHO, ENVELHECIMENTO E PREVIDÊNCIA SOCIAL

Comentarista: Rafael Rodrigo Muller (UNESC)

1. Uma janela de oportunidades para o crescimento econômico do Brasil: o bônus

populacional

Débora Brum (UFSC); Carmen Rosario Ortiz Gutierrez Gelinski (UFSC)

2. A implementação tardia da Previdência Social Rural no Brasil, no âmbito da política

brasileira

Rossandra Oliveira Maciel de Bitencourt (UFPR); Fabiano Abranches Silva Dalto

(UFPR)

3. A questão demográfica e os desafios e oportunidades para a Previdência Social

Pedro Henrique De Melo Craide (UFSC); Carmen Rosario Ortiz Gutierrez Gelinski

(UFSC)

4. A inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho: estudo de caso em uma

Cooperativa do Sul de Santa Catarina

Caroliny Sartor (UNESC); Natália Martins Gonçalves (UNESC); Débora Volpato

(UNESC); Maria Helena dos Santos (UNESC)

Mesa 10 – Sala Celso Furtado (J-507)

10. TRANSFORMAÇÕES PRODUTIVAS E EMPRESARIAIS

Comentarista: Debora Aparecida Almeida (UnC)

1. O papel da produtividade no crescimento econômico brasileiro no período (1980-2011)

Thais Andreia Araujo de Souza (UEM); Helis Cristina Zanuto Andrade Santos (UEM)

2. Produtividade empresarial e crescimento econômico brasileiro: comparação com países da

América Latina

Camila Salvador (UNIVILLE); Eliane Maria Martins (UNIVILLE)

3. Resposta da indústria catarinense à crise pós-2008

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Carolina Silvestre Cândido (UFRGS); Wallace Marcelino (UFRGS); Silvio A. F. Cario

(UFSC)

4. As estratégias de crescimento da empresa catarinense Portobello

Gustavo Canova (UFSC); Luiz Carlos de Carvalho Junior (UFSC)

5. Desempenho dos business groups na visão da teoria (neo)institucional: uma análise

descritiva e exploratória

Karina da Silva Elias (UNESC); Sílvio Parodi Oliveira Camilo (UNESC)

Mesa 11 – Sala Jesiel de Marco Gomes (J-509)

11. DEMOGRAFIA E MERCADO DE TRABALHO

Comentarista: Diego Boehlke Vargas (FURB)

1. Análise da economia brasileira sob a luz do modelo de mercado de trabalho dual de Lewis

Flavio Kaue Fiuza-Moura (FEA/USP)

2. Avaliação empírica do mercado de trabalho formal na construção civil: comparativo entre

as regiões metropolitanas de Fortaleza e Salvador no período 2001/2010

José Ediglê Alcântara Moura (URCA/CE); Maria Jeanne Gonzaga de Paiva

(URCA/CE)

3. Distribuição espacial dos postos formais de trabalho no estado de Santa Catarina entre

2001 e 2014

Lauro Mattei (UFSC)

4. Evolução do mercado formal de trabalho no estado de Santa Catarina entre 2001 e 2014

Lauro Mattei (UFSC); Leonardo Regis (UFSC)

Mesa 12 – Sala Milton Santos (J-500)

12. DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Comentarista: Áureo Leandro Haag (UNOCHAPECÓ)

1. Aplicação dos royalties petrolíferos nos municípios brasileiros e seus impactos sobre o

bem-estar

Rafaela Nascimento Santos (UFS); José Ricardo Santana (UFS); Diego Araújo Reis

(UFS)

2. O FNE e o financiamento do desenvolvimento regional: o caso de Pernambuco

Wesley Santos (UFS); Elmer Nascimento Matos (UFS); Eliane Correia dos Santos

Silva (UFS)

3. Estruturas globais de produção e territórios: processos recentes envolvendo a indústria

automotiva em Santa Catarina

Hoyêdo Nunes Lins (UFSC)

4. Acumulação por espoliação: ensaio sobre o território Cantuquiriguaçu – PR

Luis Claudio Krajevski (FURB); Ivo Marcos Theis (FURB)

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5. Trajetória do abandono: a breve participação inglesa na estrada de Ferro Dona Tereza

Cristina

Ricardo Alves Colonetti (UNESC); Alcides Goularti Filho (UNESC)

Mesa 13 – Sala Maria da Conceição Tavares (J-400)

13. HISTÓRIA ECONÔMICA E SOCIAL

Comentarista: Sidney da Silva (FURB)

1. Neoliberalismo, globalização e reestruturação produtiva no Brasil nas décadas de 1980 e

1990

Everaldo da Silva (UNIARP); Joel Haroldo Baade (UNIARP); Rodrigo Regert

(UNIARP); Adélcio Machado dos Santos(UNIARP)

2. Investimento privado: evolução teórica e histórica no Brasil

Emanuelle Nava Smaniotto (UNISINOS); Tiago Wickstrom Alves (UNISINOS)

3. Caio Prado Júnior e a revolução brasileira: reflexões atuais sobre seu pensamento e a

esquerda brasileira

Daniel Rodrigo Strelow (FURB); Tatiane Taís Lasta (FURB); Luis Claudio Krajevski

(FURB); Ivo Marcos Theis (FURB)

4. O coronelismo e a formação socioespacial no Oeste Catarinense

Bruna Taize de Medeiros (UNISC)

5. A história do carvão no Sul Catarinense

Mário Sérgio Bortolatto (UNIBAVI/UNESC); Matheus Luiz Mariot (UNIBAVI)

Mesa 14 – Sala Caio Prado Júnior (J-503)

14. ECONOMIA SOLIDÁRIA E AGRICULTURA FAMILIAR (RESUMOS)

Comentarista: William José Borges (IFSC)

1. Controle de custos e formação do preço de venda nos empreendimentos participantes da

Feira da Economia Solidária (FES/UNESC)

Carolina Citadin Milaneze (UNESC); Eduardo Tramontin Castanha (UNESC); Januário

José Monteiro (UNESC); Dourival Giassi (UNESC); Milla Lúcia Ferreira Guimarães

(UNESC); Andréia Cittadin (UNESC)

2. Formas alternativas de inserção mercantil de produtos da agricultura familiar na região sul

catarinense

Max Richard Coelho Verginio (UNESC); Dimas de Oliveira Estevam (UNESC)

3. Um estudo da ecossocioeconomia para os imigrantes: os conhecimentos populares como

forma de trabalho

Jonas Gabriel da Silva Ribas (FURB); Carlos Eduardo Arns (UNOCHAPECÓ); Daniel

Lemos Jeziony

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4. Finanças pessoais: um ensino sobre cidadania na comunidade da grande Santa Luzia em

Criciúma/SC

Mônica da Rosa Mendonça (UNESC); Max Richard Coelho Verginio (UNESC);

Jucélia da Silva Abel (UNESC); Cláudio Henrique Tancredo (UNESC)

5. De estrangeiro a cidadão

Fabrisia Franzoi (FURB)

Sessão comemorativa aos 10 anos da APEC

Horário: 19h (auditório do bloco J)

Abertura e Conferência do X Encontro de Economia Catarinense

Horário: 19h30 (auditório do bloco J)

Tema: Migrações Contemporâneas no Brasil

Expositor: Romerito Valeriano da Silva - PUC/MG e ITFM

Coordenador: Hoyêdo Nunes Lins – UFSC

Dia 13 de maio de 2016 – Sexta-feira

Horário: 8h30 às 9h30 (auditório do bloco J)

Assembleia Geral da APEC

Intervalo: 9h30 às 10h

Lançamento do livro: A descentralização das ações públicas em debate: contornos da

problemática e experiências catarinenses (Orgs.: Dimas de Oliveira Estevam e Hoyêdo Nunes

Lins)

Lançamento da 3a edição do livro: Formação Econômica de Santa Catarina (Alcides

Goularti Filho)

Lançamento do livro: Desenvolvimento científico e tecnológico e território no Brasil (Ivo

Marcos Theis)

Mesa Redonda II

Horário: 10h às 12h

Tema: Migrações Contemporâneas em Santa Catarina

Expositora: Caroline Jacques - UNESC

Coordenador: Dimas de Oliveira Estevam - UNESC

Intervalo para almoço: 12h às 14h

Sessão Temática IV - Mesas 15 a 19

Horário: 14h às 16h

Mesa 15 - Sala Plinio de Arruda Sampaio (J-503)

15. DESENVOLVIMENTO E VULNERABILIDADE SOCIAL

Comentarista: Carmen Rosário Ortiz Gutierrez Gelinski (UFSC)

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1. O efeito da violência na proficiência escolar dos alunos brasileiros do Ensino Fundamental:

abordagem utilizando modelos hierárquicos

Ismael Cittadin (PUC-RS); Marco Túlio Aniceto França (PUC-RS)

2. A escola de tempo integral garante acréscimos de desempenho? uma análise com

diferenças em diferenças

Cássia Heloisa Ternus (PUC-RS); Marco Túlio Aniceto França (PUC-RS)

3. Uma análise dos determinantes do trabalho infantil no estado de Santa Catarina

Talita de Souza Mota (UFS); Marco Antônio Jorge (UFS); Christiane Senhorinha

Soares Campos (UFS)

4. Vulnerabilidade social e juventude em Santa Catarina

Ivo Marcos Theis (FURB); Jamile Delagnelo Fagundes da Silva (FURB); Diego

Boehlke Vargas (FURB)

Mesa 16 – Sala Paul Singer (J-504)

16. DESENVOLVIMENTO SOCIAL E POLÍTICAS PÚBLICAS

Comentarista: Julio Cesar Araujo da Silva Junior (UNOCHAPECÓ)

1. Influência do PIB e do índice de Gini na concessão de Bolsa Família para municípios

catarinenses – análise de 2010

Juliana Lemfers Pinheiro (UFSC); Carolina Just Bacha (UFSC); Gueibi Peres Souza

(UFSC)

2. Análise da política de aquisição de alimentos da agricultura familiar: o caso do PNAE em

três microrregiões do Oeste Catarinense

Valdecir José Zonin (UFFS); William Simões (UFFS); Tomé Colleti (UFFS); Darlan

Christiano Kroth (UFFS); Jucimara Araldi (UFFS); Eduardo von Dentz (UFFS)

3. Efeitos das compras de alimentação escolar na agricultura familiar de Santa Catarina

Lilian de Pellegrini Elias (UNICAMP); Marcia Mondardo (CEPA/EPAGRI); Janice

Waintuch Reiter (CEPA/EPAGRI)

4. O risco de crédito no Pronaf: a inadimplência de agricultores familiares na Cresol

Curitibanos/SC

Taynara Mariot (UnC); Adriane Comelli (UnC); Nelci Camargo (UnC)

Mesa 17 – Sala Caio Prado Júnior (J-500)

17. GESTÃO E DESENVOLVIMENTO RURAL

Comentarista: Rogério Goulart Jr. (CEPA – EPAGRI)

1. Panorama da fruticultura catarinense: levantamento de dados para a safra 2014-2015

Rogério Goulart Junior (CEPA/EPAGRI); Janice Maria Waintuch Reiter

(CEPA/EPAGRI); Marcia Mondardo (CEPA/EPAGRI)

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2. Análise da gestão das cooperativas rurais descentralizadas a partir dos princípios da

governança corporativa

Carla Spillere Busarello (UNESC); Melissa Watanabe (UNESC); Realdino José

Busarello (EPAGRI)

3. Coordenação e governança: uma análise na cadeia curta de malacocultura da grande

Florianópolis, SC, Brasil

Reney Dorow (CEPA/EPAGRI); João Armando Dessimon Machado (UFRGS); Edson

Silva (CEPA/EPAGRI); Cintia Uller Gomez (FATMA)

4. Empoderamento e o desenvolvimento da agricultura familiar

Karoline Brasil de Oliveira (UNESC); Ana Paula Silva dos Santos (UNESC); Cristina

Keiko Yamaguchi (UNESC)

5. A gestão dos custos no cultivo do tabaco: um estudo de caso em uma propriedade agrícola

familiar localizada em Forquilhinha – SC

Jônatas Gonçalves (UNESC); Andréia Citadin (UNESC); Zeli Felisberto (UNESC);

Milla Lucia Ferreira Guimarães (UNESC); Eduardo Tramontin Castanha (UNESC);

Manoel Vilsonei Menegali (UNESC)

Mesa 18 – Sala Celso Furtado (J-507)

18. MÉTODOS QUANTITATIVOS

Comentarista: Luis Claudio Krajevski (FURB/UFFS)

1. Um estudo exploratório sobre a integração espacial local dinâmica: aplicação do modelo

econométrico de vetor auto regressivo aos 5 clusters setoriais no estado de Santa Catarina

Adriano de Amarante (UDESC); Daniel Augusto de Souza (UDESC); Fernando

Pozzobon (UDESC); Aporele Juliane Zaia (UDESC)

2. Verificação da curva de Kuznets para os municípios do estado de Santa Catarina: uma

análise paramétrica e não paramétrica para os períodos de 1991, 2000 e 2010

Julio Cesar Araujo da Silva Junior (UNOCHAPECÓ); Cezar Augusto Pereira dos

Santos (UNOCHAPECÓ); Cassieli da Silva (UNOCHAPECÓ); Julio Folle

(UNOCHAPECÓ)

3. Uma análise exploratória da integração dinâmica entre mercados de bens e serviços de

Florianópolis e Regiões Metropolitanas por meio de Índices de Custo de Vida

Adriano de Amarante (UDESC); Daniel Augusto de Souza (UDESC); Julíbio David

Ardigo (UDESC); João Luiz Toogood Pitta (UDESC)

4. Índice de fragilidade financeira e a dinâmica de Minsky: uma aplicação do modelo logit

ordenado para o mercado acionário da economia brasileira

Tatiele Lacerda da Silva (PUC-RS); Isabel Kopensinke da Silva (PUC-RS)

5. Empreendedorismo e instituições: uma aplicação com modelos de painel

Vinicius Melquíades de Sousa(UDESC); Ana Paula Menezes Pereira(UDESC);

Fernando Pozzobon(UDESC)

Mesa 19 – Sala Milton Santos (J-509)

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19. POLÍTICAS SOCIAIS E IMPACTOS NA QUALIDADE DE VIDA (RESUMOS)

Comentarista: Leonardo Brandão (FURB)

1. Políticas socioambientais na associação dos municípios da região de Laguna/SC: estudo

sobre o plano de gestão de resíduos sólidos

Andreza da Cruz (UNESC); Miguelangelo Gianezini (UNESC)

2. III plano estadual de educação de Santa Catarina (1985-1988

Pedro Ivo Burato Nuernberg (UNESC); Giani Rabelo(UNESC)

3. Expansão das agências e linhas dos correios em Santa Catarina (1900-1930)

Gabriel Crozetta Mazon (UENSC); Alcides Goularti Filho (UNESC)

4. Implementação de políticas habitacionais no meio rural: a experiência dos municípios

catarinenses de Turvo e Ermo

Juliane Possamai Gonçalves (UNESC); Miguelangelo Gianezini (UNESC)

Intervalo para café: 16h às 16h30

Sessão Temática V - Mesas 20 a 22

Horário: 16h30 às 18h30

Mesa 20 – Plinio de Arruda Sampaio (J-500)

20. RELAÇÕES ECONÔMICAS E POLÍTICAS INTERNACIONAIS

Comentarista: Nazareno Loffi Schmoeller (FURB)

1. Determinantes da produção internacional do setor de bens de capital

Adilson Giovanini (UFSC); Kleverton Saath (UFSC); Carolina Silvestre Cândido

(UFRGS)

2. Cooperação internacional entre Brasil e Angola sob a ótica dos atos internacionais

bilaterais vigentes e em tramitação

Gilson Tomás António Calete (UNESC); Julio César Zilli (UNESC); Adriana Carvalho

Pinto Vieira (UNESC).

3. Padrão de especialização do comércio internacional do Paraná (1999-2014)

Alison Geovani Schwingel Franck (UFSM); Mygre Lopes da Silva (UFSM); Rodrigo

Abbade da Silva (UFSM); Daniel Arruda Coronel (UFSM).

4. Exportações catarinenses de carne de frango e suíno: performance recente e perspectivas

Fernando Seabra (UFSC); Gabriel Guimarães Raupp (UFSM); Mayara Müller (UFSM).

5. Dinamismo do comércio exterior da região sul de Santa Catarina – 2009-2015

Fernando Seabra (UFSC); Silvio A. F. Cario (UFSC); Graciella Martignago (UNISUL);

Carla Acordi (UFSC)

Mesa 21 – Sala Paul Singer (J-504)

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21. EMPREENDIMENTOS DE ECONOMIA SOLIDÁRIA E AGRICULTURA

FAMILIAR

Comentarista: Gilberto Friedenreich dos Santos (FURB)

1. Incubadoras: organizações fundamentadas na gestão do conhecimento

Louise de Lira Roedel Botelho (UFFS); Cleomar Minetto (UFFS); Daniela Gotin

(UFFS); Jorge Adalberto Schommer (UFFS); Eliseu Champe da Silva (UFFS); Djéssica

Follmann de Lima (UFFS); Marcelo Macedo (UFSC)

2. Contribuição da comunicação visual nos empreendimentos de economia solidária

vinculados à incubadora social da UNISUL

Rafael Cardoso da Silva (UNISUL); Ivone Junges (UNISUL)

3. Desafios do desenvolvimento rural em relação à agricultura familiar do município de Paial

– SC

Matheus Santin Padilha (UNOCHAPECÓ); André Junior Ogliari

(UNOCHAPECÓ);

Carlos Eduardo Arns (UNOCHAPECÓ)

4. Experiências de desenvolvimento territorial presentes na agricultura familiar no alto vale

do Itajaí (SC): o caso do município de Witmarsum

Korinne Wippel Possamai (UNIDAVI); Márcia Füchter (UNIDAVI); Tatiane Ap.

Viega Vargas (UNIDAVI/FURB)

Mesa 22 – Sala Milton Santos (J-507)

DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO (RESUMOS)

Comentarista: Daniel Rodrigo Strelow (FURB)

1. Perspectivas para a bovinocultura orgânica no âmbito da pecuária familiar catarinense

Miguelangelo Gianezini (UNESC); Andreza da Cruz (UNESC); Berto Varmeling;

Giovani Gamba Pagani

2. Análise de indicadores de desempenho gerenciais aplicados à agroindústria Sul

Catarinense

Berto Varmeling (UNESC); Miguelangelo Gianezini (UNESC)

3. Influência dos aspectos socioculturais na “agregação de valor” do trigo mourisco

Daniel Uba (EPAGRI); Telma Tatiana Köene (EPAGRI)

4. Determinantes da mortalidade de empresas em Santa Catarina: o papel da inadimplência

Bruno Thiago Tomio (FURB); Johnny W. Monteiro (FURB)

Mesa Redonda III – Conferência de Encerramento

Horário: 19h às 20h30 (auditório do bloco J)

Tema: Migrações Contemporâneas em Blumenau

Expositores: Alessandra F. Bonelli - Diretora de Proteção Social Básica (SEMUDES)

Magali Moser - Jornalista

Coordenação: Sidney da Silva

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RESUMOS DOS ARTIGOS DAS SESSÕES TEMÁTICAS

1. RESPONSABILIDADE E SUSTENTABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

1. A sustentabilidade nas compras públicas: caso ilustrativo na Secretaria de

Administração do Estado de Santa Catarina

Kamile Theis Stadnick (UFSC): [email protected]

Silvio Antonio Ferraz Cário (UFSC): [email protected]

As preocupações frente às questões socioambientais têm tomado proporções cada vez

maiores, bem como discussões referentes ao desenvolvimento sustentável e as suas formas de

aplicação. As práticas sustentáveis podem ser percebidas nas mais variadas áreas e setores da

economia, inclusive no setor de gestão pública ao abordar as aquisições públicas sustentáveis.

Neste contexto, o presente artigo traz à tona uma abordagem que abrange os processos de

compras públicas sustentáveis, a partir de um caso ilustrativo do estado de Santa Catarina.

Assim, o presente artigo tem como objetivo apresentar critérios de compras públicas

sustentáveis aplicáveis ao estado de Santa Catarina. Trata-se de um estudo exploratório, de

caráter qualitativo, realizado por intermédio de um caso ilustrativo – compra de resmas de

papel A4 - , em que os dados coletados compõem fontes primárias e secundárias. Ressalta-se

a importância do potencial de compra do estado como fomentador na produção e

comercialização de produtos sustentáveis - não só no âmbito público, como também no

privado - uma vez que o aumento da demanda pode estimular a produção podendo incorrer

em custos menores, tornando os produtos mais competitivos. Como considerações, o presente

trabalho evidenciou que o tema é bastante discutido pelos gestores públicos no Brasil. As

publicações - normativas, decretos e manuais – dão legalidade ao assunto. Entretanto,

percebe-se que a clareza dos critérios para compras sustentáveis é incipiente. Diante do

montante de recursos públicos que é movimentado no país, um percentual muito pequeno é

investido em materiais ou serviços sustentáveis. Assim, observou-se uma lacuna a ser

estudada no sentido de definir os critérios sustentáveis que sejam aplicados nas compras

públicas que possam fomentar a realização de mais processos licitatórios dentro dos preceitos

da sustentabilidade.

Palavras-chave: Licitações; Sustentabilidade; Compras Públicas.

2. A sustentabilidade na atividade pesqueira artesanal: um estudo de caso no município

de Itapoá/SC

Vania Silva de Souza Bilert (FURB): [email protected]

Ari Söthe (FURB): [email protected]

Cristiane Mansur de Moraes Souza (FURB): [email protected]

Gilberto Friedenreich dos Santos (FURB): [email protected]

Patrícia Luiza Kegel (FURB): [email protected]

O conjunto de mudanças climáticas e a necessidade de adoção de práticas sustentáveis para o

desenvolvimento afetam a vida cotidiana da sociedade em suas diferentes dimensões. Diante

desta nova realidade, este estudo objetiva identificar a percepção dos pescadores artesanais da

comunidade zona costeira Itapema do Norte, no município de Itapoá/SC, com relação à

perspectiva do desenvolvimento sustentável. Buscando atingir o objetivo proposto, foi

realizada uma pesquisa descritiva, de abordagem qualitativa, com aplicação de estudo de caso

na comunidade de pescadores, sendo que a coleta de dados foi realizada por meio de

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entrevistas estruturadas. Identificou-se no estudo que os pescadores possuem uma

consciência parcial dos riscos oriundos das mudanças climáticas, atribuindo a diminuição das

espécies de peixes como consequência do aumento da pesca industrial. Os resultados

demonstram que a ausência de políticas públicas e programas para o desenvolvimento e

regulação das atividades de pesca artesanal, vêm influenciando a continuidade da atividade

pesqueira na região e consequentemente a vida de toda a comunidade.

Palavras-chave: Pescadores Artesanais; Atividade Pesqueira; Sustentabilidade.

3. Responsabilidade socioambiental corporativa: o caso da Natura cosméticos

Eliane Maria Martins (UNIVILLE): [email protected]

Daniela Catarina de Borba (UNIVILLE): [email protected]

Diante da atual conjuntura econômica, apontada por críticas da dinâmica capitalista e da

economia de mercado, por não mais responder aos novos desafios colocados, se faz

necessário apontar algumas alternativas viáveis nos mais variados aspectos que envolvem as

organizações produtivas. As decisões tem que ser tomadas com base em riscos e em

incertezas, partindo do próprio indivíduo. A escolha precisa convergir com os anseios deste

individuo e com a forma como cada sociedade determina o tipo de desenvolvimento que é

mais adequado para atender as suas necessidades, fazendo com que a realidade em que se

vive dependa de uma lógica estabelecida e da maneira de como se resolve seus problemas.

Assim, o grande dilema para enfrentar a situação do desenvolvimento socioambiental

caracteriza-se por pensamentos voltados para a construção de mercados que exige

criatividade. Dado o exposto, este trabalho traz uma abordagem sobre a responsabilidade

socioambiental corporativa, e para isto é realizado um estudo que possibilite compreender a

finalidade e funcionalidade das empresas B, verificando qual a sua contribuição em termos

sociais e ambientais, como resultado de suas operações produtivas. Para tanto, tem-se como

objetivo fazer um estudo sobre a Natura Cosméticos visando destacar a estratégia

organizacional utilizada pela mesma com vista a alcançar o status de empresa B. Ao final,

espera-se ter um melhor entendimento do funcionamento dessas empresas e como elas

reagem diante da economia de mercado. Ao abordar este assunto pretende-se identificar a sua

racionalidade econômica e as formas organizativas.

Palavras-chave: Empresa B; Desenvolvimento Socioambiental; Sustentabilidade Sócio-

ambiental.

4. Responsabilidade social: compromisso social ou estratégia

Luiz Filipe Barcelos Rosa (UNESC): [email protected]

Natália Martins Gonçalves (UNESC): [email protected]

Débora Volpato (UNESC): [email protected]

Maria Helena Souza dos Santos (UNESC): [email protected]

O presente estudo tem como objetivo principal descrever de que forma uma empresa

incorpora a responsabilidade social, baseando-se na prática de uma empresa do ramo

calçadista, usada como estudo de caso. Buscou-se observar se as ações implementadas pela

empresa possuíam abrangência em todos os setores da empresa de forma a caracterizá-las

como ações voltadas para o compromisso e a transformação social de longo prazo da

realidade de seus funcionários, bem como o seu alcance no contexto social onde a mesma

estava inserida, ou se estas ações se pautavam somente por estratégias empresarial pontuais

de valorização da imagem da empresa e de seus produtos no mercado. Entre os objetivos

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específicos, apresentam-se: compreender qual o papel social que a empresa em estudo realiza

no meio onde a mesma está inserida; exemplificar de que forma esse papel social é colocado

em prática, através de ações sociais; examinar o grau de envolvimento dos colaboradores com

as ações sociais da empresa; verificar a percepção da gerência com relação ao impacto das

ações de responsabilidade social na imagem e nos resultados da empresa. Para atender aos

objetivos propostos, além de uma pesquisa bibliográfica por meio de livros, artigos, também

utilizou-se uma pesquisa de campo, aplicada ao coordenador de recursos humanos da

empresa, através de entrevista em profundidade. A finalidade da pesquisa foi descritiva, com

abordagem qualitativa. Conforme se verificou na análise dos dados coletados, a empresa

possui diversas ações sociais, aplicadas tanto para os colaboradores, como para comunidade

em geral, no entorno da unidade fabril. Além disso, a empresa possui ações em projetos

específicos de grande porte e impacto em conservação ambiental. Muitas ações socialmente

responsáveis são permanentes, sendo reconhecidas na comunidade, uma das beneficiadas,

além do governo e inclusive, sendo beneficiária de incentivos. Todavia, verificou-se que

muitas das ações estão associadas às estratégias direcionadas a um público específico e à

valorização de determinadas marcas. Vê-se uma limitação na potencialidade de

transformação do comportamento e desenvolvimento dos profissionais, pois muitos

funcionários não participam das ações. Isto compromete a visão de uma gestão sócio-

ambiental, com propostas de desenvolvimento pessoal contínuo e abrangente, capazes de

alcançar todos os colaboradores, que levariam essa transformação de comportamento para as

suas famílias e comunidades, elevando assim a empresa a um nível de responsabilidade social

comunitária de impacto sustentável no longo prazo para a comunidade onde a mesma está

inserida.

Palavras-chave: Responsabilidade Social; Práticas Sociais; Estratégia Empresarial.

5. Crise hídrica e gestão da água em São Paulo e Santa Catarina

Francisco Gelinski Neto (UFSC): [email protected]

Marilene d’Ambros (UFSC)

Luiz Carlos de Carvalho Junior (UFSC)

A gestão da água assume cada vez mais relevância frente a um ambiente de crescente pressão

sobre os recursos naturais. Se por um lado se tem as mudanças climáticas com eventos

extremos com secas e enchentes em maior ocorrência e intensidade, por outro se tem as

pressões sobre o ecossistema e a demanda por água decorrente da urbanização acelerada.

Neste caso a geração de efluentes e requerimentos por saneamento básico é exacerbada. Santa

Catarina tem sofrido com estiagens frequentes e problemas de saneamento básico. São Paulo

enfrentou severa crise hídrica em 2014 e 2015. O objetivo do trabalho é a gestão da água

relacionada à conservação, racionalização de uso e saneamento com foco nas crises paulista e

catarinense. É um trabalho descritivo que utiliza tanto fontes primárias – entrevistas e

pesquisa participativa, quanto fontes secundárias – livros, jornais, revistas, internet e outros.

Entre os objetivos específicos estão analisar o uso da água na agricultura e as crises e reações

em Santa Catarina e, estudar a água no meio urbano e a crise paulista e reações da SABESP.

Das conclusões destacam-se o ensinamento que a crise hídrica de São Paulo trouxe foi que

mesmo a SABESP tendo iniciado anos antes um programa (PURA) de uso racional de água,

não foi suficiente para evitar o racionamento. A evolução institucional da profusão de órgãos

de gestão e controle da água com seus Conselhos e Comitês aparentemente não foram

suficientes para permitir uma maior participação da sociedade civil. Isso por que na

composição dos mesmos supera amplamente a participação de agentes públicos. A simples

realização de Conferências a cada dois anos não substitui a participação direta. O saneamento

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básico no meio urbano continua sendo fator de conflitos e prejuízos ambientais em razão da

pressão de urbanização acelerada não acompanhada por investimentos condizentes para

solução dos impactos.

Palavras-chave: Saneamento e Crise; Gestão Hídrica; Água em Santa Catarina.

2. GESTÃO E FINANÇAS PÚBLICAS

1. O federalismo brasileiro e suas implicações no sistema tributário para pequenos

municípios do Oeste Catarinense: o ICMS e seus impactos no desenvolvimento de um

território

Andrei Stock (FURB): [email protected]

Valmor Schiochet (FURB): [email protected]

Ari Söthe (FURB): [email protected]

Patrícia Luiza Kegel (FURB): [email protected]

Nos últimos anos tem se configurando uma crise do federalismo, caracterizada por uma

federação baseada em desigualdade regional histórica, com abertura da economia brasileira,

aumenta a distância econômica entre os estados; pela tendência ao tratamento uniforme das

esferas subnacionais, em particular os estados, associada à maior redução relativa de suas

receitas, bem como, a limitação na capacidade de iniciativa dos governos estaduais; A

escassa existência de mecanismos de coordenação e cooperação intergovernamentais, tanto

vertical como horizontal, coibindo a criação de canais de negociação que diminuam a

competição entre os entes federados. O Brasil precisa avançar na ampliação e

aperfeiçoamento de suas políticas de combate às seculares desigualdades sociais e regionais e

reaparelhar a capacidade governativa dos três níveis da Federação para fazê-lo com eficiência

e eficácia. O presente artigo tem como objetivo tratar sobre o federalismo no estado

brasileiro, aborda a questão histórica e analisa a questão tributária com especial atenção sobre

o ICMS, imposto sobre circulação de mercadorias e serviços, a maneira como vem sendo

utilizado por diversos estados para atrair investimentos e de como as grandes empresas

processadoras de carne no oeste catarinense tem utilizado o planejamento tributário para

reduzir seus custos. Uma destas medidas de planejamento tributário é a transferência de

produtos entre filiais a preço de custo, sem incidência de ICMS, gerando disparidades na

arrecadação entre as cidades do oeste catarinense onde são produzidas as mercadorias, onde

estão os meios de produção e os impactos ambientais, e entre as cidades onde as mercadorias

são efetivamente faturadas para a venda. Tal medida afeta fortemente o repasse de recursos

por parte do governo do estado para aquela região catarinense influenciando o

desenvolvimento territorial.

Palavras-chave: Federalismo; Disparidades; Desenvolvimento; Oeste Catarinense.

2. Políticos, despesas e eleições

Jonatan Lautenschlage (Universidade do Minho)

Este artigo analisa o impacto das características pessoais dos prefeitos brasileiros no

oportunismo. Em anos eleitorais os prefeitos, de maneira geral, manipulam as despesas de

capital, investimentos e gastos com pessoal. Quando é investigado o impacto das

características dos prefeitos nos ciclos político-orçamentários, os resultados indicam que a

idade, o alinhamento com o Presidente, o nível de estudo e o fato dos prefeitos serem

economistas têm um impacto condicionante no oportunismo.

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Palavras-chave: Ciclos Politico-orçamentários; Finanças Públicas; Governos Locais;

Eleições; Brasil.

3. Gabinete digital: as práticas de accountability na microrregião serrana catarinense

Magridth Aparecida Lisboa (UnC): [email protected]

Claudiane Michaltchuk Granemann (UnC): [email protected]

Debora Aparecida Almeida (UnC): [email protected]

A agilidade e visibilidade de quase tudo o que está na internet vêm transformando cada

cidadão/internauta em um fiscal da administração pública, partindo desse pressuposto

apresentar informações transparentes torna-se o desafio do milênio a nível mundial. Desta

forma, o presente artigo teve como objetivo avaliar os portais de transparência dos

Municípios da Microrregião de Curitibanos na devida prestação de contas e principalmente

na acessibilidade às informações pelos cidadãos utilizando um modelo adaptado da proposta

de Sales (2013), adotando-se um modelo de diagnóstico de 32 questões, divididas em quatro

categorias: “acessibilidade e navegabilidade’’, “prestação de informações básicas ao

cidadão”, “controle social sobre a administração” e “interatividade e participação”. Verificou-

se que o desempenho dos portais municipais, nas duas primeiras categorias abordadas,

mostrou-se satisfatório visto que seus endereços eletrônicos incluem recursos que auxiliam o

visitante nos primeiros acessos e na sua mobilidade ao navegar pelo site. Quanto à terceira

categoria, nota-se que 75% dos munícipios estão em conformidade com a LRF, no entanto em

performance geral do item, os achados corroboram com os estudos brasileiros de (AKUTSU;

PINHO, 2002; PINHO, 2006; SANTANA JÚNIOR, 2008; PAIVA; ZUCCOLOTTO, 2009)

apontam a falta de accountability na gestão pública. A quarta categoria apresentou o pior

resultado, não exibindo algumas conjunturas que proporcionam ao cidadão papel mais

relevante. Em observância à correlação de qualidade de transparência com porte do

munícipio evidencia-se que a sociedade precisa amadurecer a ideia de que o poder está

centralizado em suas mãos, e não nas mãos de uma minoria, representada pelas instituições

políticas.

Palavras-chave: Accountability; Portais de Transparência; Prestação de Contas. LRF.

3. DESCENTRALIZAÇÃO EM DEBATE: AS SDRs EM SC

1. Mudanças recentes na política de descentralização do estado em Santa Catarina

Lauro Mattei (UFSC): [email protected]

No ano de 2003 teve início o processo de descentralização político-administrativo do Estado

em Santa Catarina com o objetivo de promover o desenvolvimento e reduzir as desigualdades

regionais e sociais. Tal proposição buscava atacar fundamentalmente o fenômeno da

“litoralização” da população catarinense. Para tanto, foram criados 36 Secretarias de

Desenvolvimento Regional (SDRs) com a função de ser o braço operacional do processo de

descentralização. Depois de doze anos dessa experiência, o assunto voltou ao centro da

agenda política estadual no mês de julho de 2015, quando o Governador de SC enviou à

Assembleia Legislativa uma proposta de reforma administrativa. Tal proposta previa a

transformação das SDRs em Agências de Desenvolvimento Regional (ADRs); a extinção de

cargos comissionados e funções gratificadas; e a extinção da SDR da Grande Florianópolis.

No dia 16.12.2015 essa proposição do governo estadual foi aprovada na íntegra, vindo a se

tornar a Lei 16.795, de 16.12.2015. De uma maneira geral, pode-se dizer que o processo de

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descentralização sofreu um recuo, uma vez que as políticas de planejamento e de

desenvolvimento voltaram a ser centralizadas nas secretarias setoriais e no governo central,

bem como a sociedade civil perdeu seu espaço de intervenção nessas definições, via

Conselhos de Desenvolvimento Regional.

Palavras-chave: Estado; Descentralização; Santa Catarina.

2. Agenda governamental: influências na sua construção nos municípios integrantes da

31ª (SDR) de Itapiranga – SC

Ari Söthe (FURB): [email protected]

Oklinger Mantovaneli Junior (FURB): [email protected]

Patrícia Luiza Kegel (FURB): [email protected]

A construção das agendas governamentais com a participação dos diversos atores precede o

planejamento das políticas públicas. Diante disso, o presente artigo busca descrever a

influência dos diferentes eventos, atores e questões na construção da agenda dos municípios

integrantes da região de abrangência da 31ª Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR)

de Itapiranga – SC. Inicialmente por meio da fundamentação teórica foram abordados os

principais conceitos sobre políticas públicas e agenda governamental e seus diversos atores.

Posteriormente, foi realizada uma pesquisa descritiva, de abordagem qualitativa, de

levantamento por meio de entrevistas junto aos municípios pesquisados. A descrição dos

dados evidencia que os entrevistados visualizam as agendas municipais, como mecanismo

fundamental na definição das ideias que devem prevalecer e integrar os planos

governamentais. Denota-se que, a mídia tem influência sobre os diversos atores que

participam do planejamento e implementação das agendas. Infere-se que a agenda pública é

influenciada pelas demandas imediatas e setoriais. Por outro lado, a agenda de políticas

governamentais é influenciada por diversos eventos como, frustrações de receitas,

judicialização de políticas, agenda eleitoral, entre outros. O fluxo das questões na construção

da agenda governamental tem uma pequena competição, seu sucesso ocorre em função da

força dos atores e disponibilidade de recursos. As questões são influenciadas pela sua

compreensão como problema e suas possíveis soluções, assim como, em alguns casos pelas

barganhas políticas. Conclui-se que, diversos atores como a mídia, políticos, lideranças,

judiciário, conselhos e os próprios agentes do governo são influentes no processo de

construção das agendas.

Palavras-chave: Agenda Governamental; Políticas Públicas; Atores; Municípios.

3. Condicionamentos políticos do desenvolvimento regional em Santa Catarina: o caso

do orçamento regionalizado da Secretaria de Desenvolvimento Regional de Brusque no

período de 2008 a 2015

Thaise Vila Nova (UNIFEBE): [email protected]

Luciana Butzke (UNIFEBE): [email protected]

Este artigo tem por tema o desenvolvimento regional e seus condicionantes políticos em

Santa Catarina, com ênfase na Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) de Brusque. A

pergunta central foi: de que forma os condicionantes políticos se manifestam no planejamento

e execução do orçamento regionalizado e se relacionam com o desenvolvimento desigual

intra regional na SDR de Brusque? Assumiu-se a hipótese de que a definição das prioridades

no orçamento regionalizado envolve critérios político-partidários que condicionam também a

distribuição desigual dos recursos dentro da região de Brusque. O objetivo principal do artigo

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foi o de analisar os condicionantes políticos do desenvolvimento regional de Santa Catarina,

com ênfase na região de Brusque. Entre os objetivos específicos destacaram-se: (i) identificar

as prioridades elencadas nas audiências do orçamento regional e (ii) verificar as execuções

orçamentárias das prioridades regionais; e (iii) acompanhar as prioridades aprovadas e a

respectiva execução orçamentária relacionando-a com o critério político-partidário. Elegeu-

se, entre os métodos de procedimento: revisão bibliográfica, levantamento de documentação

e coleta de dados estatísticos. O universo da pesquisa foi composto pelos municípios que

compõem de Brusque; entre as técnicas utilizadas estão a pesquisa bibliográfico-documental

e a pesquisa quantitativa. Depois de tabulados e agrupados, os dados foram analisados à luz

dos objetivos do projeto, revelando: (a) as prioridades regionais levantadas (aprovadas ou

não) por município/s; (b) a relação entre planejamento e execução do orçamento

regionalizado; e (c) a relação entre planejamento e execução do orçamento regionalizado em

sua relação com os condicionantes político-partidários.

Palavras-chave: Contabilidade Pública; Desenvolvimento Regional; SDR Brusque.

4. DESENVOLVIMENTO RURAL E TERRITORIAL

1. Relações setoriais da agropecuária e agroindústria com a economia brasileira

Dimitri da Costa Bessa (UFSC): [email protected]

Arlei Luiz Fachinello (UFSC): [email protected]

O agronegócio brasileiro tem sido analisado na literatura como uma cadeia produtiva em que

a agropecuária é entendida como etapa central do processo. Atividades a jusante e a montante

são avaliadas, demonstrando os inter-relacionamentos e as dimensões de cada segmento

produtivo. Nessas abordagens, a agroindústria aparece apenas como uma unidade

processadora da agropecuária, não se explorando as relações da mesma com os demais

setores da economia. Entendendo que a agroindústria pode ser atualmente considerada a

unidade central de planejamento e controle da cadeia agropecuária, assim como concentra as

principais relações com o restante da economia, o presente trabalho busca analisar essas

relações e dimensionar o produto adicionado segundo essa nova leitura. Para efeitos

comparativos, foram calculados os fluxos de produto dos segmentos do agronegócio dos anos

de 1985, 1996 e 2006, com base nas matrizes de insumo-produto, utilizando a metodologia

apresentada por diversos autores e a proposta nesse trabalho. Os resultados indicam um

crescimento da importância do agronegócio na dinâmica de formação do PIB da economia

brasileira, segundo a metodologia proposta.

Palavras-chaves: Agronegócio; PIB; Agroindústria.

2. Lucratividade e reprodução social de unidades de produção agropecuária familiar de

Santa Catarina

Luis Augusto Araujo (CEPA/EPAGRI): [email protected]

Alexandre Luís Giehl (CEPA/EPAGRI): [email protected]

Alessandra Rodrigues M. de Araújo (CEPA/EPAGRI): [email protected]

Antônio Marco Feliciano (CEPA/EPAGRI): [email protected]

A lucratividade e a reprodução social são preocupação comum dos estabelecimentos

agropecuários de Santa Catarina. Independentemente das dificuldades conjunturais da

atualidade, o sistema familiar de produção agrícola catarinense encontra-se inserido dentro de

um contexto socioeconômico delicado. O presente artigo tem por objetivo analisar a

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lucratividade e as perspectivas de reprodução social de unidades de produção agropecuária

familiar do estado de Santa Catarina. Para tanto, foram coletados dados de 77 unidades de

produção agropecuárias localizadas em quatro regiões distintas do estado, tendo por base o

ano agrícola 2014/15 e uso de programa de contabilidade agrícola. O presente estudo

apresenta características de pesquisa quali-quantitativa, por meio de levantamento

bibliográfico e documental, com seleção intencional da amostra. As unidades de produção

apresentam as seguintes características gerais, em média: exploram 14,39 ha de superfície

agrícola útil; dispõe de 3,02 unidades trabalho homem (UTH), das quais 2,69 são familiares;

e possuem um capital da exploração de R$138.483,00/UTH. O tabaco estufa contribui com

54% da renda bruta total das unidades de produção, enquanto a bovinocultura de leite, a

segunda em importância, contribuiu com 15% da renda bruta total. A lucratividade sob o

enfoque contábil e econômico foi obtida a partir de hipóteses sobre o custo de oportunidade

do trabalho familiar, permitindo uma análise de curto prazo. O lucro contábil superou o nível

de reprodução simples em 92,3% e 56% das unidades de produção, respectivamente, quando

o trabalho familiar é remunerado em 13 salários mínimos e em 31 salários mínimos por

unidade de trabalho homem por ano. O dinamismo das unidades de produção agropecuária

familiar do grupo catarinense talvez seja responsável por um fato curioso revelado pelo

estudo: as 7,7% unidades com dificuldades de reprodução para remunerar o trabalho familiar

em 13 salários mínimos apresentaram um lucro contábil mais do que cinco vezes a média de

renda bruta obtida pelos 3,8 milhões de estabelecimentos agropecuários com dificuldades de

reprodução no Brasil. Na análise do lucro econômico, 80% das unidades de produção

estudadas operam com lucro normal e extraordinário, ao se admitir o custo de oportunidade

do trabalho em 13 salários mínimos por ano. No mesmo sentido, o lucro se reduz

significativamente a 31% do total das unidades de produção, ao se considerar 31 salários

mínimos ano. Do total de estabelecimentos agropecuários catarinenses, é possivel afirmar que

pelo menos 22% deles possuem sistemas de produção semelhantes ao grupo de unidades de

produção participante da pesquisa. A realidade do universo dos estabelecimentos

catarinenses, quando comparada ao grupo participante da pesquisa, deve ser um pouco mais

sombria em termos de lucratividade e capacidade de reprodução. A análise comparativa entre

as regiões sugere que o polo de Imbuia e de Braço do Norte como aqueles em melhores

condições de reprodução social, dado os parâmetros utilizados. Por outro lado, Canoinhas e

São Miguel do Oeste manifestam dificuldades maiores de reprodução social.

Palavras-chave: Lucratividade; Reprodução Social; Agricultura Familiar; Gestão.

3. O cultivo de organismos transgênicos na agricultura catarinense: especial atenção ao

agricultor familiar

Eduardo Marcel Dalabona (FURB): [email protected]

Ivo Marcos Theis (FURB): [email protected]

Assim como na maioria dos países, inclusive em Santa Catarina, o cultivo de transgênicos

iniciou de forma ilegal. Para discutir os pontos relevantes inerentes a este contexto, partindo

da realidade da agricultura familiar, a questão proposta neste artigo é a de qual a relação do

cultivo de transgênicos em relação à lógica produtiva do agricultor familiar catarinense.

Parte-se da hipótese de que o cultivo de transgênicos transpõe o universo do agronegócio e

influencia também, ainda que indiretamente, a agricultura familiar. Considera-se ainda, que

devido às suas características de inserção no mercado, o cultivo de transgênicos impõe uma

mudança à lógica produtiva deste agricultor. Por este motivo, o objetivo principal é analisar a

relação do cultivo de transgênicos com os processos produtivos do agricultor familiar

catarinense. Apesar da inicial resistência por parte do governo catarinense, implementando

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inclusive uma lei estadual para proibir o cultivo, Santa Catarina sucumbiu às pressões em

favor da comercialização dos transgênicos pautados exclusivamente em commodities com

destino ao mercado externo, contrariando a premissa de que os transgênicos contribuiriam

para a erradicação da fome mundial. Diante disto, as multinacionais do ramo biotecnológico

consolidaram-se em território catarinense, permeando os movimentos de avanço da

globalização, sendo que para tal, o processo de acumulação capitalista foi indispensável. A

partir do cultivo de transgênicos, o que se observa em Santa Catarina é a reafirmação dos

efeitos causados pelo modelo de modernização conservadora da agricultura brasileira,

processo excludente que transforma a lógica produtiva do agricultor familiar e o converge a

tendência das monoculturas ao mesmo tempo em que, as características da lógica familiar de

produção são progressivamente mitigadas.

Palavras-chave: Acumulação; Agricultura Familiar; Transgênicos; Santa Catarina.

4. A metodologia de análise de redes sociais como um instrumento privilegiado no

diagnóstico da imersão social – o caso da Rede Ecovida de Agroecologia

Suzana Maria Pozzer da Silveira (IFC-SC):

Partindo de um ponto intermediário entre as tendências super e subsocializadas da ação

humana, e tendo por referência um estudo de caso, o artigo traz subsídios para a reflexão

sobre como as relações sociais afetam os comportamentos dos indivíduos. Para isso, confere

privilégio à metodologia de Análise de Redes Sociais (ARS) em função de possibilitar um

diagnóstico detalhado das estruturas sociais, tanto do seu caráter estático quanto dinâmico.

Dessa forma, contribui para problematizar as supostas implicações decorrentes da imersão

social, tais como, por um lado, a solidariedade, a cooperação e a ajuda mútua e, por outro, o

egoísmo, o individualismo e a competitividade. O estudo de caso, sobre a Rede Ecovida de

Agroecologia, demonstra que as inovações sociotécnicas no campo da economia plural, por

exemplo, nem sempre implicam a emergência de novas dinâmicas sociais, mais solidárias e

cooperativas como, em geral, é postulado. Mesmo os atores tendo consciência desses

aspectos e referenciais, não necessariamente os colocam em prática. Isso porque, as tensões,

os interesses individuais, os conflitos, muitas vezes se sobrepõem ao que é esperado de

determinado coletivo. Isso, no entanto, não implica a atomização social, uma vez que os

atores conferem sentido e importância à ação coletiva. Em face desses resultados, ratifica-se a

importância do nível intermediário de análise e dos estudos empíricos das estruturas

relacionais. Em geral, a pouca atenção conferida aos padrões de relacionamento vigente nas

organizações decorre da dificuldade na obtenção dos dados relacionais. Sendo assim, a

metodologia de Análises de Redes Sociais torna-se um referencial de primeira importância,

pois evidencia aspectos que não podem ser captados simplesmente pelos atributos ou fala dos

atores sociais.

Palavras-Chave: Imersão Social; Metodologia de Análise de Redes Sociais; Inovações

Sociotécnicas; Rede Ecovida.

5. Sinergismo na inovação: agroturismo nas Encostas da Serra Geral Catarinense

Hoyêdo Nunes Lins (UFSC): [email protected]

O turismo sobressai entre os setores que mais cresceram mundialmente desde o Segundo Pós-

Guerra, com multiplicação das viagens e dos aparatos receptivos em vários países. O Brasil

não ficou à margem, pelos registros sobre a demanda e a estruturação de destinos turísticos

com investimentos até externos. Na geografia desse turismo, Santa Catarina destaca-se pela

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convergência de fluxos nacionais e internacionais, manifestados principalmente no verão, o

que evidencia a atratividade do “atributo praia”. Mas cresce nesse estado o turismo

protagonizado no meio rural, especialmente na forma agroturismo, com proliferação de

negócios turísticos familiares nas localidades onde essa prática se instala. Este estudo

descreve e analisa a expansão do agroturismo numa região catarinense onde essa modalidade

tem exibido grande destaque: as Encostas da Serra Geral. Com base no debate sobre o

desenvolvimento em escala territorial, considera-se esse agroturismo representativo de

sinergismo em inovação, por ter florescido articuladamente à agroecologia, também

enraizada naquela área. O conjunto configura uma importante inovação social, crivada de

interações inclusive cooperativas, entre atores sociais e institucionais, e de iniciativas de

valorização dos recursos territoriais.

Palavras-chave: Agroturismo; Agroecologia; Inovações em Sinergia; Encostas da Serra

Geral em Santa Catarina.

5. MERCADO DE TRABALHO E DESIGUALDADE SALARIAIS

1. O desenvolvimento da base de dados do núcleo de estudos do observatório de gênero

da região central catarinense

Maikely Maria Bossacro (UnC): [email protected]

Ana Paula Della Giustina (UnC): [email protected]

Debora Aparecida Almeida (UnC): [email protected]

A mulher durante muitos anos foi calada e obrigada a aceitar as regras de conduta

preconceituosas da sociedade, sem possibilidades de adquirir conhecimentos e trabalho que

não fosse cuidar do lar e dos filhos, mas, essa situação está mudando e a busca crescente pela

igualdade entre gêneros está cada vez maior. Em nosso país, o preconceito e a desigualdade

ainda são relevantes, por esse motivo um Observatório de Gênero da Região Central

Catarinense, está sendo criado, para estudar mais detalhadamente esse assunto e transmitir

conhecimento e informações para as mulheres da nossa região. Esse artigo foi elaborado para

levantamento dos primeiros dados para estudos do observatório. Estudo esse realizado nas

cidades da AMURC (Associação dos Municípios da Região do Contestado) do estado de

Santa Catarina. A pesquisa delineou-se por meio de um estudo qualitativo e quantitativo, com

dados adquiridos por meio do Sistema Nacional de Informações de Gênero (SNIG), que

integra o projeto de estruturação do Programa de Estatísticas de Gênero no IBGE, e

levantamento bibliográfico pautado em livros, revistas, artigos científicos, e sítios da internet.

Os resultados vem de encontro à realidade, em que a mulher vem tentando conquistar seu

lugar igualitário na sociedade, ainda predominantemente machista Em alguns pontos

estudados, os índices regionais encontram-se ainda abaixo da média nacional. Estudos do

IBGE apontam um longo período até essa desigualdade acabar, mas lutando e transmitindo o

conhecimento sobre o assunto, a mulher conseguirá um lugar de respeito e igualdade na

sociedade.

Palavras-Chave: Mulher; Gênero; Igualdade; Região.

2. Diferenciais salariais na indústria de transformação brasileira: gênero vs ocupação

Patrícia Bonini (UDESC): [email protected]

Rodrigo Hoeller (UDESC): [email protected]

Regina Somensi de Lima (UDESC): [email protected]

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Este artigo descreve o perfil de salários, gênero e produtividade dos trabalhadores que atuam

nas indústrias de transformação e de comunicação e informação, nas cinco regiões brasileiras.

A partir de micro dados da RAIS-2013, são selecionados trabalhadores que atuam em mais de

700 ocupações, destacando-se as quatro ocupações de analistas de Tecnologia da Informação.

O enfoque nos analistas de TI se deve ao fato de exercem atividades pertencentes às carreiras

agrupadas no acrônimo STEM (Science, Technology, Engeneering and Mathematics) nos

países da OCDE. O objetivo da análise é investigar em que medida cada região brasileira

apresenta características similares às ocupações STEM apontadas pela literatura pertinente.

Para tanto, o artigo traz uma análise comparativa entre gênero e ocupação – homem x mulher,

TI x Não TI - sobre trabalhadores empregados nas divisões 26 (fabricação de equipamentos

de informática, produtos eletrônicos e ópticos) e 62 (atividades dos serviços de tecnologia da

informação) da Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE 2.0. São descritas

as médias salariais, tempo no emprego, idade e escolaridade em termos de quatro grupos de

trabalhadores: homens analistas de TI, homens não analistas de TI, mulheres analistas de TI e

mulheres não analistas de TI. Na região norte, as mulheres compõem 49,7% dos empregados

no conjunto amplo de ocupações e 36,9% na região sul, sendo essas duas, respectivamente, a

maior e menor participações. Já, no grupo de analistas de TI, todas as regiões brasileiras

replicam o padrão observado internacionalmente, as mulheres ficam sub representadas,

respondendo por apenas por 17,18% do total, região norte, por exemplo. A vantagem salarial

dos analistas de TI - prêmio TI – ocorre em todas as regiões, ocorrendo nas regiões norte e

nordeste a maior vantagem, embora nessas regiões os trabalhadores tenham menor grau de

escolaridade, tanto os analistas de TI quanto os não analistas. Em todas as regiões, o prêmio

salarial TI das mulheres é superior ao dos homens, estando na região norte e nordeste, a

maior vantagem feminina. Além disso, o gap salarial de gênero desaparece na região centro

oeste e se inverte nas regiões norte e nordeste, a média salarial das mulheres analistas de TI

se equipara a dos homens no centro oeste e supera a dos homens no norte e nordeste.

Palavras-chave: Regiões Brasileiras; Médias Salariais; Analistas de TI; Gap Salarial

Feminino.

3. Uma análise do impacto do mercado potencial sobre os salários no Rio Grande do

Sul, utilizando mudança de regime markoviano

Cristian Rafael Pelizza (UFRGS): [email protected]

O presente trabalho busca analisar o impacto do mercado potencial interno e externo sobre o

salário real no Rio Grande do Sul, aqui observado através do orçamento familiar, com base

nos modelos da Nova Geografia Econômica. A metodologia empírica adotada foi uma

regressão com mudança de regime markoviano no parâmetro associado ao mercado potencial,

com o intuito de observar se são possíveis mudanças de grande magnitude nos parâmetros

estruturais do modelo, nesse caso a elasticidade de substituição entre variáveis industriais. Os

resultados encontrados corroboram com os modelos teóricos, tanto em relação ao impacto

positivo do mercado potencial sobre os salários quanto em sua relativa estabilidade ao longo

do tempo.

Palavras-chave: Nova Geografia Econômica; Mercado Potencial; Mudança de Regime

Markoviano.

4. O perfil do profissional com formação em Ciências Econômicas exigido pelo mercado

de trabalho no ano de 2015

Antônio Maria da Silva Carpes (UFFS): [email protected]

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Arildo Pirolla (UFFS): [email protected]

Teoricamente pode-se notar que os economistas tem um grande campo de atuação, porém

devem delimitar sua atuação dentro do mercado de trabalho. São diversas as áreas de atuação,

entretanto irá deparar-se com alta concorrência de profissionais de outras áreas correlatas,

como administração ou ciências contábeis. O presente estudo tem por objetivo analisar o

perfil do profissional com formação em ciências econômicas exigido pelo mercado de

trabalho. Para isso o estudo utiliza-se de método descritivo caracterizado por uma pesquisa

documental. O presente estudo justifica-se por procurar evidenciar o mercado de atuação e as

demandas por profissionais de ciências econômicas. A pesquisa poderá contribuir com as

instituições de ensino superior (IES), no intuito de apontar tendências para qualificação dos

profissionais de acordo com as demandas do mercado de trabalho. Quanto à abordagem do

problema o estudo é predominantemente qualitativo. A pesquisa foi realizada nas

homepage das empresas de recrutamento e seleção Manager Empregos, Catho e Michael

Page. São três empresas que atuam em todo o território brasileiro fazendo recrutamento e

seleção on-line de pessoas para as empresas para as quais foi contratada. Coletou-se 818

anúncios no período delimitado entre o mês de fevereiro a junho do ano de 2015. Os

resultados analisados foram segregados em níveis operacionais, para melhor descrever sobre

os mesmos. O perfil foi definido analisando alguns aspectos nos anúncios, como a solicitação

de conhecimentos e formação como graduação e pós-graduação, remuneração salarial,

necessidade de experiência e específicos para a função. Por fim, os resultados apontam para

um profissional multidisciplinar com inúmeros desafios num mercado de trabalho que

envolve outros profissionais semelhantes: administrador, contador, engenheiro, entre outros.

Palavras-chave: Perfil Profissional; Ciências Econômicas; Mercado de Trabalho.

6. DESENVOLVIMENTO REGIONAL E MERCADOS ALTERNATIVOS

1. O agronegócio vitivinícola sob a ótica das indicações geográficas da União Europeia

(UE)

Rosemary Barbosa de Melo (UFRGS): [email protected]

Reney Dorow (CEPA/EPAGRI): [email protected]

Sylvan Martins dos Reis (UFRGS): [email protected]

Marília Zabot (UFSP): [email protected]

A União Europeia se destaca na produção e na qualidade dos produtos vitivinícolas e tem

usado Indicações Geográficas como sinalizador de tal qualidade, bem como agente redutor da

assimetria de informação entre produtores e consumidores. O presente trabalho tem como

objetivo analisar esses processos e sua importância, descrevendo o Mercado Mundial de

Vinhos, as Indicações Geográficas nesse contexto e seu uso na União Europeia, pioneira

nesse caso. A pesquisa é bibliográfica de caráter qualitativo e quantitativo, através da

apresentação de dados estatísticos sobre a participação do bloco econômico, União Europeia

nas IG's mundiais. Foram consultados os bancos de dados da FAO, da Wine Institute e

EBBACUS. Além disso, foram utilizados artigos científicos, livros e revistas que tratam

sobre o tema pesquisado. Concluiu-se que mundialmente o número de Indicações

Geográficas é de 3.048, só na União Europeia há 1.991, o que corresponde a 63% dos total no

mercado global de IG's. Sendo 1.134 DOP, representando 69% do total das IG's da União

Europeia. Dessas IG's, 49% estão nos países França, Itália, Espanha e Portugal. Quanto as

IGP's existem 587, o que corresponde a 31%, também estão centralizadas nos países citados

anteriormente. Portanto, as IG’s têm sido uma ferramenta inovadora e fundamental na

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redução da assimetria de informação e aproximação entre produtores e consumidores de

vinhos na União Europeia.

Palavras-chave: Consumidor; Certificação; Assimetria de Informação.

2. Práticas sustentáveis na produção de vinho: um estudo nos Vales da Uva Goethe -

Santa Catarina

Vinicius Medeiros Réus (UNESC): [email protected]

Júlio César Zilli (UNESC): [email protected]

Adriana Carvalho Pinto Vieira (UNESC): [email protected]

A sustentabilidade é uma característica de um processo ou sistema que permite a sua

permanência por um determinado prazo. Atualmente um de seus tripés está diretamente

ligado às questões ambientais, onde o uso dos recursos naturais para as necessidades

presentes não pode comprometer a satisfação das necessidades das gerações futuras. Neste

contexto, o presente artigo tem como objetivo identificar as práticas sustentáveis na produção

de vinho nos Vales da Uva Goethe. Metodologicamente, caracterizou-se quanto aos fins,

como uma pesquisa essencialmente descritiva, e quanto aos meios de investigação, como

bibliográfica e um estudo de caso. Para a coleta dos dados foi realizada uma entrevista com

os colaboradores da vinícola pertencente aos Vales da Uva Goethe, por meio de uma

abordagem qualitativa. A vinícola em estudo é reconhecida na região e busca constantemente

melhorar a qualidade da sua produção, principalmente após a conquista do registro da

Indicação Geográfica, concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual, em 2012.

Com a realização da pesquisa, foi possível alcançar o objetivo proposto e constatar as práticas

sustentáveis realizadas durante o processo de produção dos vinhos produzidos a partir da uva

Goethe. Ao analisar os resultados foram identificadas algumas práticas sustentáveis como o

reaproveitamento de outras partes da fruta, reutilização das garrafas e a economia de energia.

Estas práticas são importantes e de grande valia não só para a empresa e para toda a

sociedade, de acordo com os princípios de práticas sustentáveis. Sugere-se que a vinícola

esteja sempre inovando em suas práticas de produção e comercialização, afim de que, se

torne cada vez mais competitiva em seu ramo de atuação, respeitando o meio ambiente.

Palavras-chave: Sustentabilidade; Vales da Uva Goethe; Vitivinicultura.

3. Cerveja artesanal e desenvolvimento regional em Santa Catarina

Valdinho Pellin (FURB): [email protected]

Oklinger Mantovaneli Jr (FURB): [email protected]

Discussões relacionadas ao fortalecimento do desenvolvimento regional tem estimulado um

debate em relação a contribuições que produtos tradicionais podem oferecer ao

desenvolvimento. Neste contexto ganha força as Indicações Geográficas (IGs) que

constituem-se em elemento de identificação de produtos ou serviços com seus territórios,

agregando valor aos produtos, facilitando acesso a novos mercados e valorizando tradições

locais. Este artigo procura discutir a importância da cerveja artesanal no contexto do

desenvolvimento regional em Santa Catarina. Para tanto explora como objetivos específicos:

(i) caracterizar as discussões que estão ocorrendo em torno do reconhecimento da IG para

chope e cerveja artesanal na região de Blumenau (SC); (ii) identificar contribuições e

desafios para o desenvolvimento regional de um possível reconhecimento da IG; e (iii)

caracterizar limites e potencialidades sinalizados pela iniciativa em curso.

Metodologicamente trata-se de pesquisa analítica e descritiva baseada em estudo de caso de

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natureza exploratória. Como instrumento de coleta de dados se realizou entrevistas

semiestruturadas com gestores de micro cervejarias artesanais da região e atores públicos e

privados envolvidos diretamente nas discussões. Além destas fontes primárias o estudo

fundamentou-se em fontes documentais consubstanciadas pelos documentos produzidos nas

reuniões de trabalho realizadas até o presente. Os principais resultados de análise destacam

que um possível reconhecimento da IG poderia contribuir para o fortalecimento do setor,

aumentando a competitividade, além de fortalecer a atividade turística na região. Entretanto

para isso, alguns conflitos, surgidos no âmbito das discussões, precisam ser superados ou

mitigados.

Palavras-chave: Cerveja Artesanal; Desenvolvimento Regional; Indicação Geográfica.

4. Estudo sazonal do período de alta temporada turística no nível de preços do

município de Florianópolis/SC

Thaynara Gilli Tonolli (UFSC): [email protected]

Gueibi Peres Souza (UFSC): [email protected]

O presente trabalho tem por objetivo avaliar o impacto sazonal da alta temporada no nível de

preços do município de Florianópolis, comparando-o com o da região metropolitana de Porto

Alegre, no período compreendido entre janeiro de 2000 a dezembro de 2013. Para isso,

abordou-se o conceito de sazonalidade e, posteriormente, realizou-se o cálculo dos índices

sazonais a partir do modelo de suavização exponencial que mais se adequasse aos dados em

análise, com princípios baseados no método de Decomposição Clássica de Séries Temporais.

A partir dos resultados, chegou-se a conclusão que comprovadamente existe um aumento no

padrão sazonal dos níveis de preços no município de Florianópolis comparados a Porto

Alegre no período da alta temporada turística na região.

Palavras-chave: Inflação; Turismo; Sazonalidade; Decomposição Clássica; Suavização

Exponencial.

7. INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS

1. Internationalization and innovation: the case of a born global from Brazil

Thaisa Carolina Zonta (FURB)

Mohamed Amal (FURB)

Giancarlo Gomes (FURB)

A relevância do estudo das empresas Born Global está aumentando em virtude de seus

aspectos de internacionalização rápida, da inovação e do crescimento econômico; no entanto,

os estudos são mais focados em mercados desenvolvidos, nas economias emergentes, o foco

é os países asiáticos como China e Índia, e não outros mercados emergentes ou em

desenvolvimento. Este é o motivo pelo qual o objetivo do nosso estudo está direcionado a

análise do efeito de internacionalização na inovação em Born Globals de mercados

emergentes. Utilizamos a revisão da literatura, também uma entrevista com o fundador e com

o coordenador financeiro / administrativo de uma empresa Born Global brasileira que iniciou

seu negócio em Santa Catarina e têm demonstrado um comportamento de internacionalização

proativa de se mudar para os Estados Unidos da América. O resultado deste estudo mostra

que a internacionalização afeta a inovação de uma maneira positiva, oferecendo à empresa a

possibilidade de explorar diversos recursos que não existiam anteriormente, resultando em

crescimento financeiro, a obtenção de conhecimentos e capacidades superiores. A rede de

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relacionamento após o processo de internacionalização foi relevante para o desenvolvimento

e crescimento financeiro da empresa. A credibilidade na área de TI é adquirida mostrando ao

cliente a qualidade do produto, e não pré-determinada por barreiras por ser uma empresa de

um mercado emergente. A imigração e a contabilidade foram o processo mais difícil que a

empresa encontrou no processo. Este estudo procurou contribuir para a literatura na expansão

do conhecimento sobre este tipo de empresas em mercados emergentes que ainda é pouco

explorado.

Palavras chaves: Inovação; Internacionalização; Born Globals; Países Emergentes.

2. Inovação tecnológica: uma comparação entre indústria extrativa e indústria de

transformação entre 2000 e 2011

Luciane Rosa de Oliveira (UFSM): [email protected]

Bruna Márcia Machado Moraes (UFSM): [email protected]

Angélica Pott de Medeiros (UFSM): [email protected]

Reisoli Bender Filho (UFSM): [email protected]

Luciana Flores Battistella (UFSM): [email protected]

No cenário econômico atual, as inovações possuem importante papel para as organizações,

principalmente com a finalidade da geração de lucros, além do que tais inovações tem a

capacidade de impulsionar o crescimento econômico. No Brasil, a atividade inovativa no

setor da indústria é insuficiente como agente gerador de empregos, renda e bem-estar. Mas,

nos últimos anos a política de apoio a inovação vem se destacando, voltado a aceleração do

desenvolvimento das atividades inovativas como forma de incentivos fiscais e financeiros.

Devido a isso, o estudo objetivou comparar a evolução da introdução de processos inovativos

nas indústrias extrativas e indústrias de transformação no período de 2000 a 2011. Para isso,

fez-se uso da Pesquisa de Inovação Tecnológica (PINTEC), realizada pelo Instituto Brasileiro

de Geografia e Estatística – IBGE, com empresas industriais brasileiras com mais de dez

funcionários. As análises indicam que as indústrias de transformação e extrativa aumentaram

suas taxas de inovação, porém, a indústria de transformação apresentou maiores proporções

de investimentos em inovação, com ênfase na inovação em processos. Quanto ao

financiamento de P&D a maioria das empresas utilizou recursos próprios. Ademais,

observou-se um aumento significativo de trabalhadores com pós-graduação no setor de P&D,

assim como os graduados. Em termos de resultados, a indústria de transformação apresentou

maior êxito em transformar suas atividades de P&D em produtos finais, como também na

comercialização desses produtos. Como aspecto limitante para atividade de P&D, identificou-

se custos elevados para o desenvolvimento dessas atividades, escassez de financiamentos,

falta de pessoal qualificado e riscos econômicos excessivos nos dois setores analisados.

Palavras-chave: Inovação Tecnológica; PINTEC; Indústria Extrativa; Indústria de

Transformação.

3. Inovação tecnológica: estudo em um dos maiores polos têxteis do país

Bárbara Silvana Sabino (IFSC): [email protected]

Francisco José Sabino (IFSC): [email protected]

O Brasil concentra um dos maiores mercados produtores e consumidores mundiais de

produtos têxteis do vestuário, sendo que o polo industrial catarinense é também, destaque

mundial. E em termos de competitividade, desponta que o sucesso passa a depender de um

processo contínuo de inovação. Isso parece indicar que um dos desafios das empresas está

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relacionado à busca de inovação. Assim, a informatização e a automação dos processos da

área do vestuário não são vistas como uma mera questão de modernização, mas como

diferencial competitivo. Neste contexto, com relação à inovação tecnológica, o objetivo desse

trabalho foi verificar se as inovações tecnológicas implementadas pelas confecções têxteis de

um dos maiores polos têxteis Brasil são aplicadas em prol da informatização ou automação de

processos têxteis. Em termos metodológicos, o presente trabalho pode ser subdividido em

duas fases distintas de pesquisas, que são: (1) qualitativa (2013): contou com pesquisa

bibliográfica para formar a fundamentação deste estudo e busca pelas empresas nacionais e

internacionais de sistemas CAD/CAM; e ainda aplicou-se entrevista com a secretária

executiva da Ampe-Br; (2) quantitativa (2014): realizou-se levantamento com aplicação de

questionário às confecções têxteis do vestuário afiliadas à Ampe-br, cuja amostra foi do tipo

censo formada por conveniência por desejar abarcar a todas. Os resultados apontam que 80%

(230 empresas) das afiliadas da Ampe-BR em dezembro de 2014 eram da área têxtil e que

70% destas (161 empresas) são confecções têxteis do vestuário. Quanto ao porte, 80% das

confecções são MEs e 20% EPPs, sendo que 89% terceirizam serviços que necessitam de

tecnologia (hardwares e softwares especializados) para: estilismo (croquis, desenhos de

ilustração, desenho técnico), modelagem (desenvolvimento, graduação e encaixe) e corte. E

que na região entre as confecções do vestuário que possuem sistemas CAD/CAM (afiliadas),

a Ampe-Br e as próprias prestadoras de serviços da região há predomínio dos Sistemas da

Audaces e da Lectra que contribuem para a automação de processos. Chama a atenção que a

maioria das empresas estudadas terceiriza os serviços que precisam de sistemas CAD/CAM e

que a região se beneficia de um sistema nacional (de SC - Audaces) e outro internacional

(francês – Lectra) para a automação de processos.

Palavras-chave: Vestuário; Inovação Tecnológica; Software e Hardware.

4. Esforços de capacidade inovativa das empresas do aglomerado produtivo calçadista

de São João Batista – SC: um estudo a partir da abordagem neo-schumpeteriana de

capacidade de absorção

Pablo Bittencourt (UFSC): [email protected]

Silvio A. F. Cario (UFSC): [email protected]

Jamur Marchi (UFSC): [email protected]

Gabriel Figueiredo (UFSC): [email protected]

Este artigo busca, através de pesquisa de campo junto às empresas do aglomerado produtivo

calçadista de São João Batista, localizado no Vale do Rio Tijucas no estado de Santa

Catarina, apresentar os esforços que realizam, bem como os gargalos que deparam para

promoverem desenvolvimento inovativo. Para tanto, busca sustentação teórica-analítica neo-

schumpeteriana, por meio do tratamento sobre capacidade de absorção. As principais

conclusões alcançadas foram: a) a aquisição de informação, geralmente ocorre através de

viagens ao exterior para participar de congressos, feiras e eventos; b) a assimilação das

informações e de conhecimentos se processa através de conhecimentos enraizados nas

empresas; c) a transformação de novo protótipo depende de modelistas e de fornecedores de

materiais; e, d) a exploração de conhecimento decorre de demandas e informações colhidas

junto aos clientes. Em complemento, sugerem-se procedimentos voltados ao treinamento de

pessoal, a demanda de consultorias tecnológicas; ampliação dos processos de aprendizagem,

estimulo à realização de cursos de pós-graduação em moda e design; realização de

planejamento estratégico, entre outros.

5. O comércio varejista do setor do vestuário de Morro Grande, SC

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Pâmela Daniel (UNESC): [email protected]

Natália Martins Gonçalves (UNESC): [email protected]

Elenice Padoin Juliani Engel (UNESC): [email protected]

Michele Domingos Schneider (UNESC): [email protected]

O aumento da competitividade no setor varejista de vestuário desperta a necessidade de

inovação nas ações mercadológicas para que os lojistas de pequenas cidades consigam

permanecer nos seus negócios. As facilidades de compras oferecidas pelos grandes centros

comerciais em cidades pólos regionais acabam por afetar o desempenho mercadológico do

varejo dos pequenos municípios, reduzindo ou até encerrando os seus negócios. Nesse

contexto, os lojistas se vêem diante do desafio de buscar alternativas para o fortalecimento de

suas vendas e, assim, garantirem a sua permanência no mercado. Portanto, o objetivo desse

estudo foi conhecer o comércio varejista do setor do vestuário no município de Morro

Grande, SC, ressaltando as características mercadológicas das lojas, o perfil dos clientes, os

fatores que geram satisfação ou insatisfação aos clientes, visando apresentar sugestões de

melhorias aos lojistas, com base na pesquisa de campo junto aos clientes e a base teórica

bibliográfica. A pesquisa é descritiva, com abordagem qualitativa, utilizando-se de dados

secundários e primários para a análise. As técnicas de coletas de dados incluíram a análise de

conteúdos de livros e artigos, entrevistas com consumidores e observação dos ambientes das

lojas. Após a coleta e análise dos dados, constatou-se que as empresas do setor varejista

hoje não oferecem todos os produtos que os consumidores procuram, mas atendem as

principais necessidades. Os resultados da pesquisa reforçam a necessidade de um estudo

mercadológico abrangente, para dar suporte ao desenvolvimento de planos de melhorias para

que o comércio local seja fortalecido e seja atrativo aos clientes da cidade e cidades do

entorno, de forma a garantir a permanência dos estabelecimentos comerciais no longo prazo,

contando que para muitas cidades do interior, o comércio é, junto com o setor público e a

agricultura, o principal gerador de emprego e renda para a população.

Palavras-chave: Comércio Varejista; Vestuário; Morro Grande, SC.

8. HISTÓRIA ECONÔMICA E TRAJETÓRIAS MIGRATÓRIAS

1. Do Haiti ao Brasil: a imigração como fracasso do processo de globalização

Thiago de Oliveira da Silva (FURB)

O presente artigo é resultado direto de pesquisas teóricas e leituras realizadas ao longo do ano

de 2015 acerca do fenômeno da migração global. O artigo está dividido em três (3) partes, na

primeira damos ênfase na construção histórica do Brasil como um país formado por

imigrantes e pelo extermínio massivo das populações nativas. Na segunda parte, abordamos

aspectos históricos sobre a formação do estado Haitiano e a forma como esse processo fez do

Haiti um dos países mais pobres do mundo com um grande número de emigrantes. Na

terceira parte defendemos a tese de que os processos de migrações aumentaram de forma

desgovernada ao longo dos últimos 30 anos em decorrência do fenômeno conhecido como

Globalização, no limite em que a globalização vende uma imagem de integração e de

felicidade através do consumo por um lado, e por outro distribui a pobreza nos diferentes

cantos do planeta forçando assim uma população maior de seres humanos a migrarem em

busca dos benefícios da globalização. Por fim, nas considerações finais, propomos que

fenômeno da imigração corresponde a um grande desafio para os políticos e planejadores.

Desafio esse que até o presente momento parece não ter sido levado a sério ou estar sendo

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tratado de forma leviana pelos mesmos. Justamente por isso propomos que a imigração deve

ser tratada como relevante área de estudo para os pesquisadores das diversas áreas do

conhecimento humano, seja nas ciências humanas como Sociologia, Geografia, mas também

nas outras áreas como Economia e, principalmente no Desenvolvimento Regional.

2. Trajetória de migrações no Brasil

Luiz Orencio Figueredo (UNESC): [email protected]

João Henrique Zanelatto (UNESC): [email protected]

Desde a virada do milênio o Brasil vem recebendo consideráveis parcelas de imigrantes

procedentes de vários países e continentes. Isso se deve por razões socioeconômicas dos

países de origem dos migrantes, mas em especial pela conjuntura socioeconômica do Brasil

na última década. A história de imigração/emigração no Brasil é recheada de singularidades e

especificidades, tendo o país experimentado processos de imigração significativos ao longo

de sua história e, em um período recente, vivenciado um processo de emigração. Portanto, o

escrito buscou contextualizar estes processos migratórios que permearam a história social,

econômica, política e cultural do Brasil.

3. Concentração fundiária e escravidão: efeitos de longo prazo na desigualdade em

Santa Catarina

Luiz Mateus da Silva Ferreira (UFPO): [email protected]

Pedro Antonio Vieira (UFSC): [email protected]

Este artigo busca analisar as relações entre escravidão e desigualdade fundiária no passado e

a desigualdade de renda atual em Santa Catarina. Argumenta-se que ao ser reforçado pela

cultura, normas, costumes e tradições, o padrão de organização econômica e social, como,

por exemplo, a maior ou menor desigualdade na distribuição da terra, ou ainda, a maior ou

menor participação mão-de-obra escrava no processo inicial de formação, torna-se uma

estrutura capaz de reproduzir por longo tempo a realidade distributiva inicial. Buscou-se,

então, analisar a distribuição da propriedade da terra no território catarinense em meados do

século XIX e início do Século XX. A partir da análise de um conjunto de dados primários foi

possível estimar o nível de concentração fundiária na Colônia Dona Francisca para os anos

1859, 1860 e 1864 e a desigualdade na distribuição da terra entre proprietários rurais

individuais no Estado de Santa Catarina em 1920. As evidências demonstram uma menor

desigualdade na distribuição da terra na maioria das localidades cujas origens estão ligadas à

colonização baseada na pequena propriedade e no trabalho familiar. Por outro lado, quando

se analisa o Estado catarinense como um todo, verifica-se uma grande desigualdade fundiária

em 1920. Quanto à escravidão no território catarinense, os dados mostram que não se pode

considerar desprezível a presença do cativo na formação econômica de Santa Catarina, ainda

que nas áreas de colonização dirigida o trabalho escravo não tenha sido imprescindível. Em

suma, constatou-se uma relação positiva entre o nível de concentração fundiária em 1920 e a

desigualdade de renda atual em Santa Catarina. No entanto, esta relação é fraca e

estatisticamente não significativa. No que se refere à escravidão, verificou-se que as

condições de produção, a extensão, intensidade e a duração do efetivo emprego do trabalho

escravo em Santa Catarina podem ter evitado que a escravidão se tornasse fortemente

institucionalizada, minimizando, assim, seus efeitos no longo prazo.

Palavras-chave: Concentração Fundiária; Desigualdade; Escravidão; Santa Catarina.

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4. Tropeiros e colonos e a construção da estrada de Blumenau a Curitibanos: dois

mundos e um caminho

Alcides Goularti Filho (UNESC): [email protected]

Este artigo tem por objetivo estudar a construção da Estrada de Blumenau a Curitibanos

durante o último quartel do século XIX e início do século XX. O texto focaliza nos aspectos

econômicos (fluxo mercantil), demográficos (expansão da colonização) e políticos (relação

entre a Colônia e o Estado). A construção dessa estrada tinha por objetivo integrar o Vale do

Itajaí, região de colonização europeia e da pequena produção mercantil, ao planalto serrano,

região de grandes fazendas e tropeirismo. O texto está dividido em cinco tópicos: 1) a

introdução, que destaca a construção de estradas e a definição do território catarinense; 2) a

expansão da colonização e a necessidade de abrir caminhos e estradas para fixar os colonos;

3) a aproximação das duas regiões por meio do fluxo mercantil; 4) as obras de manutenção da

estrada após a conclusão parcial em 1877; 5) a conclusão das obras e a ampliação dos

investimentos no período republicano. Por fim, o texto também traz breves considerações

finais.

Palavras-chave: Estradas; Colonização; Fluxo Mercantil; História Econômica; Santa

Catarina.

9. MERCADO DE TRABALHO, ENVELHECIMENTO E PREVIDÊNCIA

SOCIAL

1. Uma janela de oportunidades para o crescimento econômico do Brasil: o bônus

populacional

Débora Brum (UFSC): [email protected]

Carmen Rosario Ortiz Gutierrez Gelinski (UFSC): [email protected]

A transição demográfica é caracterizada pela redução das taxas de mortalidade e redução das

taxas de natalidade da população, na medida em que a transição vai avançando, as pessoas

vão vivendo mais e a reposição da população vai ficando mais lenta, modificando a estrutura

etária da população. Dentro desse contexto, há dois períodos principais: o bônus populacional

e o envelhecimento da população. O bônus populacional é o momento da transição

demográfica que a parcela da população em idade ativa é maior do que a razão de

dependência total da população; esse momento representa uma janela de oportunidades

econômicas, que se bem aproveitada pode ser a responsável pelo crescimento econômico do

país. O Brasil está passando por esse quadro e para que a janela seja aproveitada é necessário,

a priori, que a economia esteja aquecida e que todos àqueles que estejam dispostos a

trabalhar, possam fazê-lo. Mesmo que o bônus passe despercebido, o segundo quadro é

inevitável: o envelhecimento da população, que trará, com o aumento da população

dependente em relação à população em idade ativa, o aumento da razão de dependência

populacional e novas demandas aos serviços públicos - principalmente nas áreas da saúde e

previdência social. O impacto econômico no país poderá ser grande, mas pode ser amenizado

se for gerado crescimento econômico durante o bônus. O foco desse trabalho é analisar a

transição demográfica no Brasil, em especial o bônus populacional, pois ele representa uma

janela de oportunidades econômicas singular. O estudo aponta que existem dois dividendos

demográficos relacionados ao bônus populacional: o primeiro, associado ao aumento da

oferta de mão de obra que ocorre durante o bônus; e o segundo, depende do primeiro ter sido

aproveitado e corresponde à mudança de comportamento médio da população e tem relação

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com a capacidade de poupar que costuma ser maior entre a população idosa. Entretanto alerta

que o bônus só ocorre uma vez para cada país e no caso do Brasil, a previsão é que ele se

encerre em 2030.

Palavras-chave: Transição Demográfica; Bônus Populacional; Janela de Oportunidades

Econômicas; Crescimento Econômico; Envelhecimento da População.

2. A implementação tardia da Previdência Social Rural no Brasil, no âmbito da política

brasileira

Rossandra Oliveira Maciel de Bitencourt (UFPR): [email protected]

Fabiano Abranches Silva Dalto (UFPR): [email protected]

A Previdência Social Rural (PSR) é uma das políticas públicas do campo que mais ganhou

notoriedade nos últimos anos. Contudo, a origem desta política merece ser problematizada

devido a sua implementação tardia, com relação aos direitos trabalhistas urbanos no Brasil.

Para tanto, faz-se necessário identificar em que contexto econômico e político os direitos

sociais rurais estiveram à margem, quem eram os interessados em dificultar a implementação

da legislação trabalhista no campo, e como conseguiram retardar por tanto tempo a aplicação

deste direito que é básico aos trabalhadores rurais. Frente a estas questões norteadoras, o

presente ensaio pretende levantar razões históricas, a fim de entender porque a Previdência

Social Rural foi implementada tão tardiamente no Brasil. Para o alcance deste objetivo,

realizou-se um estudo bibliográfico, analisando: aspectos conceituais do coronelismo e suas

caraterísticas secundárias no contexto da República Velha; a criação dos direitos trabalhistas

urbanos em meio ao populismo, no qual o meio rural esteve à margem; e a formação dos

partidos conservadores no processo de redemocratização. Este estudo se limita a mostrar um

cenário marcado pela incontestável soberania das oligarquias, pela desigualdade extrema

entre ruralismo e urbanismo, e pelo domínio político de partidos conservadores. No qual se

verificou a existência de um proletariado rural, que com êxito, ainda que defasadamente em

relação ao proletariado urbano, contribuiu pra a consolidação da legislação trabalhista no

campo.

Palavras-chave: Previdência Social Rural; Proletariado Rural; Política Brasileira.

3. A questão demográfica e os desafios e oportunidades para a Previdência Social

Pedro Henrique De Melo Craide (UFSC)

Carmen Rosario Ortiz Gutierrez Gelinski (UFSC)

A Previdência Social é um assunto recorrente na vida de todos os brasileiros que almejam

uma fonte de renda no futuro para que possam suprir suas necessidades básicas em

decorrência da velhice ou algum infortúnio da vida, e esse interesse se reflete diretamente na

política. O debate ganhou força nos últimos anos porque o Brasil se encontra num momento

de grandes mudanças demográficas. O fim do período de bônus demográfico, o

envelhecimento acelerado da população e o excessivo peso das contas previdenciárias no

orçamento público tornam urgente a discussão sobre as reformas do sistema previdenciário.

Este artigo analisa o impacto que as mudanças demográficas terão no sistema previdenciário

do Brasil, para isso levanta os elementos considerados chaves dentro desse debate e os agrupa

em fatores internos (forças e fraquezas) e externos (ameaças/desafios e oportunidades),

elementos que podem contribuir para maximizar o aproveitamento das oportunidades e a

contenção dos desafios. A partir daí são elencadas algumas propostas de reforma para a

Previdência Social.

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Palavras-chave: Previdência Social; Demografia; Proteção Social; Reforma Previdenciária.

4. A inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho: estudo de caso em uma

Cooperativa do Sul de Santa Catarina

Caroliny Sartor (UNESC): [email protected]

Natália Martins Gonçalves (UNESC): [email protected]

Débora Volpato (UNESC): [email protected]

Maria Helena dos Santos (UNESC): [email protected]

O objetivo deste estudo foi conhecer a forma como o Setor de Recursos Humanos (RH) de

uma cooperativa de energia elétrica do Sul de Santa Catarina está garantindo a inclusão e o

nível de satisfação no emprego do profissional com deficiência. A pesquisa quanto aos fins

de investigação caracteriza-se como descritiva e quanto aos meios, como bibliográfica e

estudo de caso. Para realizá-la foi necessário buscar subsídios em artigos científicos e outras

bibliografias sobre o tema, como livros, leis e websites oficiais. O instrumento de pesquisa de

campo foram questionários aplicados junto ao representante do Setor de RH de uma

cooperativa do sul de Santa Catarina e o funcionário com deficiência. Durante a visita para

realização das entrevistas foi possível observar o ambiente da empresa e também o ambiente

de trabalho, com vistas a identificar possíveis razões para a não existência de mais

funcionários com deficiência na empresa. Os resultados alcançados com o estudo

bibliográfico e com o estudo de caso mostram que falta à gestão da cooperativa um olhar

mais atento em relação ao que diz a legislação sobre acessibilidade. Também precisa

melhorar a forma como divulga as vagas disponíveis para atrair mais pessoas com

deficiência. Destaca-se, também, que falta ao funcionário com deficiência maior

entrosamento com seus colegas de trabalho e aspirações em relação a um cargo melhor,

já que possui apenas o Ensino Médio e este não está se qualificando. Percebe-se, portanto,

que a garantia de inclusão social depende de atitudes práticas, para concretizar o que já está

garantido pela legislação.

Palavras-chave: Pessoas com deficiência; Mercado de trabalho; Lei Nº 8.213/1991; Empresa

de Eletrificação.

10. TRANSFORMAÇÕES PRODUTIVAS E EMPRESARIAIS

1. O papel da produtividade no crescimento econômico brasileiro no período (1980-

2011)

Thais Andreia Araujo de Souza (UEM): [email protected]

Helis Cristina Zanuto Andrade Santos (UEM): [email protected]

Os modelos de crescimento econômico apresentam papel importante para entender como se

comporta a dinâmica das taxas de crescimento dos países. O modelo mais tradicional e

frequentemente utilizado para comparações com novos modelos é o de Solow, através dele

foram estudados e criados novos modelos. O modelo de crescimento de Solow aponta como

principais determinantes do crescimento o capital, o trabalho e um Resíduo. Esse Resíduo

tem grande importância, pois em uma das interpretações representaria a produtividade dos

fatores de produção da economia. No Brasil, a taxa de crescimento da economia se mostrou

bastante volátil e possui vários fatores determinantes de seu comportamento. Após pressões

de abertura comercial, era dito que a produtividade do país aumentaria, influenciando

positivamente o crescimento do produto. Desse modo, o objetivo central desse trabalho está

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em verificar a significância da produtividade dos fatores ao considerar o modelo básico de

Solow para a economia brasileira no período de 1980 a 2011. Para isso, o trabalho aborda

uma revisão de literatura teórica, para o modelo de crescimento de Solow, e histórica, para os

comportamentos do produto e produtividade total dos fatores do Brasil; expõe a metodologia

a ser utilizada para o modelo e a fonte dos dados; e apresenta os principais resultados

encontrados ao se utilizar da econometria. Dentre os principais resultados, tem-se que a taxa

de crescimento da produtividade total dos fatores analisada possui grande importância na taxa

do crescimento econômico do Brasil para o período, seguida das taxas de crescimento do

capital e do número de trabalhadores respectivamente.

Palavras-chave: Crescimento Econômico; Produtividade Total dos Fatores; Solow.

2. Produtividade empresarial e crescimento econômico brasileiro: comparação com

países da América Latina

Camila Salvador (UNIVILLE): [email protected]

Eliane Maria Martins (UNIVILLE): [email protected]

Depois de algum tempo esquecida, a produtividade volta a fazer parte da pauta econômica do

país como condição única para que o crescimento econômico se dê de forma

economicamente sustentável. Nesse sentido, é preciso analisar os números da produtividade e

crescimento dos países para buscar compreender as decisões tomadas para que o Brasil se

torne produtivo e competitivo frente às demais nações. Assim, comparando o Brasil com

alguns países da América Latina é possível observar o crescimento brasileiro e medir sua

eficiência. Para tanto, a metodologia utilizada é do tipo bibliográfica, juntamente com o

método dedutivo, tendo como objeto de análise os índices de produtividade brasileiros,

comparando-os com países da América Latina. Os resultados obtidos fornecem um cenário de

falta de investimento, originando uma baixa produtividade, bem como um destaque para

países como Peru e Chile, que conseguiram obter bons números nos últimos anos. O Brasil

mostra-se mediano se comparado com alguns países da América Latina. Os resultados

também oferecem subsídios para análise dos investimentos públicos empenhados no país,

bem como para comparação com outros países da América Latina, juntamente com os

números sobre produtividade.

Palavras-chave: Produtividade; Competitividade; Crescimento Econômico.

3. Resposta da indústria catarinense à crise pós-2008

Carolina Silvestre Cândido (UFRGS): [email protected]

Wallace Marcelino (UFRGS): [email protected]

Silvio A. F. Cario (UFSC): [email protected]

Este trabalho tem por objetivo estudar a resposta da indústria catarinense à crise econômica

pós-2008, com o propósito de contribuir com estudos sobre a realidade econômica do estado,

principalmente de sua indústria. A teoria economia cepalina aponta a importância da indústria

e assim da inovação e progresso técnico para o desenvolvimento socioeconômico. A indústria

é o setor onde mais se observa os ganhos de produtividade, principalmente por ser bastante

receptivo ao progresso técnico, em especial, nos seus setores de alta intensidade tecnológica.

A crise pós-2008 modificou a estrutura produtiva catarinense, impôs a sua indústria que se

adaptasse à nova realidade econômica mundial. Neste contexto, através da análise, do período

de 2000 a 2013, de dados de VTI (valor da transformação industrial), VBPI (valor bruto da

produção industrial), densidade industrial (razão entre o VTI e o VBPI) e produtividade

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(razão entre o VTI e o PO (pessoal ocupado)), todos classificados por intensidade tecnológica

segundo a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), observa-

se que a indústria catarinense apresentou, ao longo dos últimos trezes anos, taxas de

crescimento mais significativas para os setores de média baixa intensidade tecnológica sem

grande instabilidade durante e após a crise de 2009. Ao contrário, os setores de alta

intensidade tecnológica, após a crise de 2009, apresentaram comportamento mais instável,

com queda mais acentuada a partir de 2011. Esse comportamento sugere que a indústria

catarinense sustentou sua dinâmica em setores de baixa, e média baixa intensidade

tecnológica, acompanhando a dinâmica econômica nacional sustentada pela política

anticíclica conduzida pelo governo central.

Palavras-chave: Indústria Catarinense; Crise Econômica Pós-2008; Inovação.

4. As estratégias de crescimento da empresa catarinense Portobello

Gustavo Canova (UFSC)

Luiz Carlos de Carvalho Junior (UFSC)

O objetivo deste trabalho é identificar as estratégias de crescimento adotadas pela empresa de

revestimentos cerâmicos, Portobello, a fim de entender o expressivo desempenho da

companhia, nos últimos anos. A Portobello S/A, é uma empresa fundada em 1977, situada no

munícipio de Tijucas, próximo a capital Florianópolis, no estado de Santa Catarina. A

empresa é considerada uma das maiores empresas de revestimentos cerâmicos da América

Latina e no ano de 2013, atingiu a cifra de 1 Bilhão de Reais em Receita Bruta. O trabalho foi

baseado em fontes secundárias, tais como relatórios da diretoria, reportagens em revistas e

jornais e em trabalhos científicos. Os resultados mostram que a empresa buscou se diferenciar

dos concorrentes, mediante a qualidade de seus produtos, utilização de distintos canais de

venda e esforços de fortalecimento da imagem da marca. A Portobello, apesar de focar sua

atuação na indústria de revestimentos cerâmicos, procurou diversificar com fabricação de

produtos para pisos e paredes, e ampliou gradativamente as suas vendas no mercado externo.

A empresa ainda adota a estratégia de integração vertical ao extrair minérios necessários ao

seu processo produtivo, coopera com outras empresas fornecedoras de insumos para que os

mesmos atendam às suas necessidades, e passou a subcontratar a produção de produtos de

menor valor agregado, por representar uma alternativa de menor custo.

Palavras-chave: Estratégias de Crescimento; Indústria de Revestimentos Cerâmicos;

Portobello

5. Desempenho dos business groups na visão da teoria (neo)institucional: uma análise

descritiva e exploratória

Karina da Silva Elias (UNESC): [email protected]

Sílvio Parodi Oliveira Camilo (UNESC): [email protected]

A importância dos Business Groups revela-se tanto na geração de emprego como também no

volume de operações realizadas no comércio, indústria, finanças e serviços. A partir de

estudos dos institucionalistas Thorstein Veblen, Oliver Williamson e Douglas North, busca-se

fundamentar o presente trabalho. A fonte de pesquisa será o anuário Valor Econômico, com

dados, no período de 2001 a 2014. O estudo apresentará uma relação entre os governos,

Fernando Henrique Cardoso (2001-20012); Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) e Dilma

Rousseff (2011-2014), com as variáveis institucionais: inflação, taxa de câmbio, risco país,

taxa de juros e variação do PIB. Com estes dados analisa-se o desempenho da lucratividade,

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crescimento do patrimônio líquido e a eficiência da receita bruta. Após análises sobre o

ambiente institucional e políticas de governos, foi possível constatar a influência que o

ambiente externo exerce sobre o desempenho dos BG no Brasil. A importância das

descobertas desenha um cenário para que o país receptor seja conhecido pelo país com a

origem dos investimentos. Aumentando o nível de confiança, com alianças de longo prazo

beneficiando e gerando impactos econômicos e sociais. A partir destas análises o país

hospedeiro (Brasil) reflete suas fragilidades, oferecendo ao BG o poder da informação.

Finalmente concluiu-se que a utilização da teoria institucional, contribui com análises

profundas sobre como os BG se relacionam com o ambiente institucional. Tanto a utilização

da teoria institucional quanto a neo-institucional contribui para o conhecimento e

entendimento das relações entre o ambiente externo e o desempenho das organizações.

Palavras-chave: Business Groups no Brasil; Teoria (Neo)Institucional; Ambiente

Institucional.

11. DEMOGRAFIA E MERCADO DE TRABALHO

1. Análise da economia brasileira sob a luz do modelo de mercado de trabalho dual de

Lewis

Flavio Kaue Fiuza-Moura (FEA/USP): [email protected]

O objetivo deste artigo é analisar o mercado de trabalho brasileiro sob a luz do modelo de

mercados duais de Lewis. Para tal foram extraídos dados sobre a participação e composição

da força de trabalho brasileira e sua remuneração das PNADs de 2002 e 2013. Foram então

analisados os salários médios e composição dos trabalhadores qualificados e não qualificados

segundo meio de residência, ocupação, setor de atividade e formalização. Após isto foram

estimadas equações de determinação de salários para melhor compreender a estrutura salarial

destes trabalhadores e foram empregadas decomposições de hiatos salariais para captar a

diferença salarial entre trabalhadores qualificados e não qualificados e entre trabalhadores

dos setores tradicionais e modernos da economia brasileira, nos anos estudados. Os resultados

mostraram que houve redução dos hiatos salariais de qualificação e do hiato salarial de

Lewis, indicando que a economia brasileira se aproximou do turning point no período.

Palavras-chave: Modelo de Lewis; Mercado de Trabalho Dual; Hiatos Salariais.

2. Avaliação empírica do mercado de trabalho formal na construção civil: comparativo

entre as regiões metropolitanas de Fortaleza e Salvador no período 2001/2010

José Ediglê Alcântara Moura (URCA/CE): [email protected]

Maria Jeanne Gonzaga de Paiva (URCA/CE): [email protected]

As transformações na conjuntura macroeconômica brasileira na primeira década do século

XXI causaram significativos rebatimentos no mundo do trabalho através da expressiva

elevação do emprego formal, com destaque para o setor da construção civil. Dessa forma, o

objetivo deste artigo é comparar o mercado de trabalho da construção civil na Região

Metropolitana de Fortaleza (RMF) e Salvador (RMS), bem como traçar o perfil

socioeconômico dos seus trabalhadores. Os dados são da Relação Anual de Informações

Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Para tanto, considera-se o

número de estabelecimentos e empregos formais por ramo de atividade econômica,

quantidade de empregados por tamanho do estabelecimento, sexo, faixa etária, grau de

instrução, tempo de serviço e faixa de remuneração. Os principais resultados por um lado são

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positivos, e apontam que entre 2001 e 2010 o setor da construção civil registrou maior

crescimento no número de estabelecimentos dentre os grandes setores da atividade

econômica com 67,98% e 52,17% na RMF e RMS respectivamente, e como conseqüência

abertura de novos postos formais de trabalho. Por outro lado, os dados mostram que os

empregos criados são precários, principalmente na RMF, caracterizados pela alta rotatividade

e elevada seletividade por sexo masculino com idade predominante de 30 a 39 anos. Ao

longo dos anos, também foi constatado que apesar do baixo grau de instrução, percebem-se

melhorias no nível educacional da mão-de-obra na construção civil, e, contrariamente ao

esperado, empobrecimento dos trabalhadores, através do aumento dos ocupados formais

ganhando até 02 salários mínimos, contrariando a teoria do capital humano.

Palavras-chave: Construção Civil; Emprego Formal; Região Metropolitana de Fortaleza;

Região Metropolitana de Salvador.

3. Distribuição espacial dos postos formais de trabalho no estado de Santa Catarina

entre 2001 e 2014

Lauro Mattei (UFSC): [email protected]

Este estudo analisa a evolução dos postos formais de trabalho nas seis mesorregiões do estado

de Santa Catarina entre 2001 e 2014. No início do século atual o emprego formal cresceu a

taxas muito superiores às da PEA ocupada, o que contribuiu para a redução da informalidade

que havia se expandido na última década do século XX. Isto fez com que Santa Catarina se

situasse dentre as unidades da federação com as maiores taxas de emprego formalizado do

país. Esta situação, porém, apresenta algumas diferenças entre as seis mesorregiões,

particularmente em termos de alguns quesitos considerados. Neste caso, destaca-se a

dinâmica setorial, o nível de escolaridade e a participação segundo o gênero. Todavia,

prevalecem problemas relativos à remuneração, uma vez que, embora o nível de escolaridade

tenha sido ampliado expressivamente, o correspondente não ocorreu com o nível salarial.

Palavras-chave: Santa Catarina; Postos Formais de Trabalho; Mesorregiões.

4. Evolução do mercado formal de trabalho no estado de Santa Catarina entre 2001 e

2014

Lauro Mattei (UFSC): [email protected]

Leonardo Regis (UFSC): [email protected]

Neste artigo discute-se a situação do mercado formal de trabalho em Santa Catarina no

período de 2001 a 2014. Diante do contexto internacional de grandes mudanças no mundo do

trabalho, reflexos desse processo também foram sentidos em todo o país. A ascensão do

padrão de acumulação ao final do século XX promoveu uma desestruturação do mercado de

trabalho, com o surgimento de altas taxas de desemprego, informalidade e aumento da

flexibilização do trabalho. Essas tendências foram revertidas no início do século XXI em todo

o país, especialmente em termos da expansão dos postos formais de trabalho e da redução dos

níveis de informalidade do conjunto da PEA. Neste novo cenário, Santa Catarina figura como

uma das unidades da federação com posição privilegiada, uma vez que detém as maiores

taxas de empregos formalizados do país. Esse panorama representa uma melhora significativa

nas relações de trabalho, assim como indica uma melhoria da qualidade de vida dos

trabalhadores em geral. Uma análise de aspectos qualitativos também revela melhora de

diversos outros índices relacionados à escolaridade, gênero e estruturas internas nos diversos

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setores. Entretanto, algumas caraterísticas negativas ainda persistem, particularmente no que

diz respeito ao processo discriminatório de gênero no quesito remuneração.

Palavras-chave: Santa Catarina; Mercado de trabalho; Postos Formais de Trabalho.

12. DESENVOLVIMENTO REGIONAL

1. Aplicação dos royalties petrolíferos nos municípios brasileiros e seus impactos sobre o

bem-estar

Rafaela Nascimento Santos (UFS): [email protected]

José Ricardo Santana (UFS): [email protected]

Diego Araújo Reis (UFS): [email protected]

A Lei 9.478 de 1997 desencadeou várias mudanças no setor petrolífero, proporcionando uma

expansão na arrecadação dos royalties do petróleo por parte dos municípios beneficiados,

consequentemente, aumentando as receitas desses municípios. Assim, possibilitou a

ocorrência de diversos efeitos do recurso petrolífero nas municipalidades. Logo, o objetivo do

presente trabalho é verificar os impactos das rendas petrolíferas no comportamento do bem-

estar dos municípios brasileiros. Segundo a metodologia, foram caracterizadas as variáveis de

análise, como os royalties per capita e o índice de Firjan municipal. O modelo de análise é de

dados em painel com efeitos fixos. Com base nos testes, os municípios apresentaram uma

relação positiva e significativa com a renda petrolífera, proporcionando o bem-estar.

Palavras-chave: Royalties Petrolíferos; Bem-estar; Cadeia Produtiva.

2. O FNE e o financiamento do desenvolvimento regional: o caso de Pernambuco

Wesley Santos (UFS): [email protected]

Elmer Nascimento Matos (UFS): [email protected]

Eliane Correia dos Santos Silva (UFS): [email protected]

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Este trabalho tem como proposta avaliar o impacto do Fundo Constitucional de

Financiamento do Nordeste (FNE) na economia do estado de Pernambuco, no período entre

1989-2010. Parte-se da afirmação que este fundo, instituído na Constituição de 1988, com o

objetivo de contribuir para a diminuição das desigualdades regionais existentes no Brasil, é

uma importante fonte de recurso repassado para a região Nordeste. Objetiva nesse sentido

verificar se a alocação espacial e setorial dos investimentos tem contribuído para uma melhor

distribuição geográfica da atividade econômica cumprindo com o estabelecido pela Política

Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR). Para tanto o nosso recorte territorial é por

microrregiões com base na classificação do IBGE e nossa principal base de dados, além das

fontes já citadas compreende também os relatórios de gestão e dados do FNE

disponibilizados gentilmente pelo Ministério da Integração Nacional (MI), além dos dados

obtidos através das publicações do Banco do Nordeste do Brasil (BNB). Através das análises,

constatou-se que as aplicações dos recursos do FNE estão aumentando e ocorreram avanços

nos direcionamentos dos recursos, mas existem imperfeições na alocação destes e se fazem

necessárias melhorias na distribuição espacial, por porte do beneficiário e nos setores

produtivos que sejam mais estratégicos para o desenvolvimento da região. Concluímos que

embora os recursos do FNE tenham peso considerável na estruturação da economia

nordestina e do estado em questão, as suas ações foram muito mais condicionadas pela lógica

do mercado, criando uma linha tênue entre o processo de planejamento e decisório e a

execução da PNDR. Entretanto, é inegável a sua contribuição para desconcentração das

atividades produtivas dentro da região, ainda que esta desconcentração esteja acontecendo de

forma imperfeita e direcionada a poucas regiões e ainda que setores menos complexos sejam

os maiores beneficiados.

Palavras-chave: Financiamento do Desenvolvimento Regional; Fundo Constitucional de

Financiamento do Nordeste; Economia Pernambucana.

3. Estruturas globais de produção e territórios: processos recentes envolvendo a

indústria automotiva em Santa Catarina

Hoyêdo Nunes Lins (UFSC): [email protected]

Cada vez mais, a produção industrial e a comercialização das respectivas mercadorias

ocorrem no âmbito de estruturas captadas pela expressão “cadeia global”, entre cujos

aspectos centrais figuram a divisão espacial do trabalho, as hierarquias e as assimetrias. Tais

cadeias passaram a frequentar, com incidência aparentemente progressiva, os debates sobre a

globalização e sobre as possibilidades de desenvolvimento em diferentes territórios, em

múltiplas escalas. A indústria automotiva é emblemática desse tipo de configuração, e seus

movimentos recentes traduziram-se não só em importantes mudanças na organização

produtiva e nas interações entre os membros da cadeia automotiva global, como na maior

presença de suas atividades em países e regiões externos às zonas centrais do capitalismo. O

Brasil não ficou a margem desses processos, tendo registrado uma multiplicação do número

de montadoras e de fabricantes de autopeças e componentes desde meados dos anos 1990, o

que ampliou a capacidade produtiva da indústria dentro das fronteiras nacionais e, ao mesmo

tempo, aprofundou a sua desnacionalização, paralelamente a uma marcada reestruturação

espacial, visto que novos espaços de produção foram agregados à associada geografia. Santa

Catarina foi tardiamente atingida, mas, nos últimos anos, movimentos na sua região nordeste

representaram se não o ingresso, ao menos um envolvimento muito maior do território

estadual nos vínculos exibidos por tal indústria no país. Repercussões nas esferas

institucional e empresarial fizeram-se notar, e o processo há de representar um novo

ingrediente no debate sobre o desenvolvimento local-regional em terras catarinenses.

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Palavras-chave: Cadeias Globais; Indústria Automotiva; Santa Catarina.

4. Acumulação por espoliação: ensaio sobre o território Cantuquiriguaçu – PR

Luis Claudio Krajevski (FURB): [email protected]

Ivo Marcos Theis (FURB): [email protected]

O Território Cantuquiriguaçu é a segunda microrregião menos desenvolvida do Estado do

Paraná. Ao explorar alguns de seus indicadores socioeconômicos, fica explícita a diferença

desta região com outras microrregiões do Estado. Dentre as justificativas para tal situação,

este ensaio discorre sobre a ideia de que a acumulação por espoliação contribui para o atraso

desta região se comparada as demais microrregiões paranaenses. Neste sentido, cabe

averiguar se a própria atuação do Estado corrobora, ou não, para que as discrepâncias

regionais se intensifiquem. Desta forma, o objetivo deste artigo é verificar até que ponto a

acumulação por espoliação promove o desenvolvimento desigual das regiões, especialmente

quanto ao pouco desenvolvimento do Território Cantuquiriguaçu. Para isso, se utiliza de

revisão bibliográfica e documental a respeito das políticas adotadas, bem como de dados

socioeconômicos do Paraná e do território em questão. A análise consiste na comparação

entre os dados socioeconômicos do Território Cantuquiriguaçu com os dados do Estado. Após

examinar as informações obtidas, se investiga algumas ações adotadas pelo governo estadual

a partir da metade da década de 1990. Os resultados não só confirmam o atraso da região em

questão, como também indicam que as políticas públicas voltadas ao desenvolvimento

regional não surtiram os efeitos desejados. Pelo contrário, o intenso processo de concessões e

privatizações ocorrido a partir do final dos anos 1990, marcadamente um período fértil para

as premissas neoliberais, indica que as práticas de acumulação por espoliação estiveram

presentes na ação do Estado, promovendo a permanência das desigualdades socioeconômicas,

ou ainda, impulsionando as disparidades regionais anteriormente existentes.

Palavras-chave: Desenvolvimento Desigual; Acumulação por Espoliação; Território

Cantuquiriguaçu; Desenvolvimento Regional.

5. Trajetória do abandono: a breve participação inglesa na estrada de Ferro Dona

Tereza Cristina

Ricardo Alves Colonetti (UNESC): [email protected]

Alcides Goularti Filho (UNESC): [email protected]

Este artigo teve como objetivo analisar a participação inglesa na construção e operação da

Estrada de Ferro Dona Tereza Cristina (EFDTC). A ferrovia foi construída com

financiamento do capital inglês e tinha como objetivo transportar o carvão extraído das minas

do sul catarinense até os portos de embarque em Imbituba e Laguna, sendo administrada pela

companhia inglesa The Donna Thereza Christina Railway Company Limited entre os anos de

1876 e 1902. Verificou-se que o “período inglês” teve início com a constituição da referida

companhia, em Londres, envolveu a construção e o início da operação da ferrovia e finalizou

quando a Estrada de Ferro Dona Tereza Cristina foi encampada pelo Estado brasileiro.

Observou-se detalhes acerca da concessão e do projeto da ferrovia, da sua construção, da sua

operação e das ideias para a sua expansão. Com relação a operação, percebeu-se que além de

ser prejudicada pelas intempéries, principalmente pelas fortes chuvas e enchentes, a ferrovia

ainda foi impedida de transportar o carvão, devido ao fracasso da exploração do mineral na

região. Mesmo sem transportar a sua principal carga, a estrada de ferro interagiu com a região

sul de Santa Catarina, transportando outros tipos de mercadorias e passageiros. Entretanto,

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apesar de contar com a garantia de juros, concedida pelo governo imperial, os constantes

déficits financeiros fizeram com que a companhia inglesa abandonasse a ferrovia, uma vez

que, os rendimentos obtidos eram insuficientes para sustentar a sua operação. Desse modo, a

Estrada de Ferro Dona Tereza Cristina foi encampada pelo Estado brasileiro, em 1902, pondo

fim ao “período inglês”.

Palavras-chave: Ferrovia; EFDTC; Período Inglês; Santa Catarina.

13. HISTÓRIA ECONÔMICA E SOCIAL

1. Neoliberalismo, globalização e reestruturação produtiva no Brasil nas décadas de

1980 e 1990

Everaldo da Silva (UNIARP): [email protected]

Joel Haroldo Baade (UNIARP): [email protected]

Rodrigo Regert (UNIARP): [email protected]

Adélcio Machado dos Santos(UNIARP): [email protected]

Nesta reflexão trabalha-se questões que envolvem a Política Neoliberal, a Reestruturação

Produtiva, a Flexibilização e o Subemprego e a Globalização no Brasil, em particular nas

décadas de 1980 e 1990. O processo de globalização provocou profundas mudanças na

organização da produção, nas empresas e principalmente no trabalho. Os trabalhadores

tiveram prejuízos enormes com o processo de reestruturação capitalista, marcado pela

expansão da dinâmica neoliberal. Um forte processo marcado pela precarização do emprego,

intensificação do trabalho e manipulação do trabalhador, para que pensasse e atuasse em

nome do capital. Com efeito, os trabalhadores defrontaram-se com processos muito

dinâmicos de tecnificação e reorganização do trabalho, que aviltam de modo acelerado suas

condições laborais e de emprego.

Palavras-chave: Trabalho; Globalização; Reestruturação Produtiva.

2. Investimento privado: evolução teórica e histórica no Brasil

Emanuelle Nava Smaniotto (UNISINOS): [email protected]

Tiago Wickstrom Alves (UNISINOS): [email protected]

O presente estudo trata do investimento privado no Brasil. Desta forma, o artigo apresenta

uma síntese das principais teorias aplicadas, além de uma revisão empírica das pesquisas

existentes na área, e um breve histórico sobre a trajetória do investimento no país. Acerca da

revisão empírica, diversos autores demonstram que fatores como instabilidade econômica e

volume concedido de crédito impactam fortemente na formação do investimento. Além disso,

é nítido o fraco desempenho do Brasil em relação ao incremento dos montantes de

investimento, os quais mantém níveis baixos se comparados ao PIB. Desse modo, a

elaboração de políticas públicas que visem a estabilidade e credibilidade da economia

nacional são necessárias para elevar o nível de investimento privado no país.

Palavras-chave: Investimento; Brasil; PIB; Formação de Capital.

3. Caio Prado Júnior e a revolução brasileira: reflexões atuais sobre seu pensamento e a

esquerda brasileira

Daniel Rodrigo Strelow (FURB): [email protected]

Tatiane Taís Lasta (FURB): [email protected]

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Luis Claudio Krajevski (FURB): [email protected]

Ivo Marcos Theis (FURB): [email protected]

Caio Prado Júnior é um dos grandes intérpretes do Brasil. Considerado o primeiro a utilizar o

materialismo histórico para entender as particularidades do desenvolvimento brasileiro, o fez

com muita originalidade, pois não tentou enquadrar a realidade dentro de uma teoria

preestabelecida. Caio procurou entender os principais problemas do Brasil. Compreendeu os

elementos fundamentais, os processos essenciais e contraditórios, todos constitutivos da

formação e desenvolvimento do país. Demonstrou que nas transformações do

desenvolvimento brasileiro não há mudança em relação a dependência e subordinação. Uma

das suas obras de maior impacto é A Revolução Brasileira, na qual faz duras críticas ao

programa revolucionário da esquerda brasileira. Para Caio, a esquerda interpretou de forma

equivocada a realidade nacional, deixando um “hiato” entre teoria e prática, “freando” as

forças realmente revolucionárias. Além disso, tinha pouca organicidade nas massas populares

e seus erros contribuíram com a tomada do poder pelas forças políticas conservadoras, no

golpe de 1964. Justamente o objetivo deste artigo é apresentar breve relato da vida e obra de

Caio, com uma especial atenção a publicação A revolução brasileira, de 1966. De tal forma

que no artigo apresentam-se alguns elementos biográficos do autor e uma breve exposição de

sua produção intelectual. Uma seção posterior traz alguns aspectos presentes na obra “A

Revolução Brasileira”. Na terceira seção, apresentam-se algumas críticas a obra e busca se

analisar o contexto da esquerda brasileira considerando as críticas postas pelo autor que

parecem ser atuais para analisar esta quadra da história do Brasil. Por fim, são expostas

algumas considerações a respeito do pensamento de Caio na atualidade brasileira.

Palavras-chave: História econômica; Economia Brasileira; Caio Prado Jr.

4. O coronelismo e a formação socioespacial no Oeste Catarinense

Bruna Taize de Medeiros (UNISC): [email protected]

As relações de poder desde o surgimento do município de Chapecó em 1917 até a década de

1950, foi caracterizado por um forte mandonismo local, identificando aspectos do

coronelismo brasileiro. O poder político do município era controlado por coronéis ou por

pessoas ligadas a ele. A violência era utilizada como forma de manter a manutenção do poder

local. O município de Chapecó/SC é hoje considerado pólo regional pela sua influência

econômica e pelas diferentes atividades que atendem às demandas dos demais municípios da

região oeste catarinense. O objetivo deste artigo é compreender melhor o cenário coronelista

que predominou na formação da região oeste catarinense, especialmente o município de

Chapecó, fazendo uma reflexão sobre as estruturas e as relações de poder e os efeitos que

socioespaciais no território chapecoense, visto que Chapecó, assim como toda a Região Oeste

Catarinense, nos anos de 1950, era representado por uma sociedade com práticas políticas

tipicamente coronelistas. A metodologia do presente artigo baseia-se em uma pesquisa

bibliográfica e os resultados apontam que a região oeste catarinense, se constituiu a partir de

um território agrícola que aos poucos foi se moldando pelos interesses dos coronéis e das

grandes empresas. Procuramos analisar como o capital industrial, direcionou o processo de

estruturação urbana e dos investimentos públicos, fortalecendo a segregação socioespacial

urbana. O processo de ocupação do solo urbano em Chapecó e a trajetória territorial dos

grandes industrias indicam o quanto este setor, influenciou e ainda influencia o contexto

urbano e social do município, Chapecó, que ainda hoje tem a influência de grandes

corporações no processo de segregação do espaço urbano, devido ao seu poder econômico e

político.

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5. A história do carvão no Sul Catarinense

Mário Sérgio Bortolatto (UNIBAVI/UNESC): [email protected]

Matheus Luiz Mariot (UNIBAVI): [email protected]

O presente artigo faz um apanhado geral da trajetória do setor carbonífero do sul catarinense

que é repleta de acontecimentos políticos, econômicos e sociais que vem contribuir e

atrapalhar a atividade extrativa. A descoberta e o desinteresse inicial a falta de recursos para

exploração até os novos estudos para verificar sua qualidade, um longo período foi

percorrido. Nessas condições conhecer os motivos da falta de atratividade da atividade

extrativa e investimentos em determinado extensão de tempo, posteriormente substituída por

um setor pujante ditador da velocidade e progresso econômico e da organização social da

economia sul catarinense. O retrato do inicio da extração do carvão mineral, as várias crises

passadas pelo setor carbonífero e o apogeu do setor. Do lado do interesse do setor publico

pela atividade a atuação diretiva com incentivos e imposições através das leis federais e

incentivos estaduais conseguiram durante algum tempo fazer do carvão o “ouro negro” do sul

um setor extremamente atraente, visto a grande quantidade de pequenos produtores

localizados em um território pequeno, reflexo da organização rural em pequenas

propriedades. A migração para trabalhar no setor de mineração fez nascer uma grande massa

de mão de obra que também teve um papel de destaque no cenário histórico, com greves,

constituição de sindicatos, construção de bairros inteiros onde antes era somente mata

virgem. O trabalho também traz o relevante e decisivo papel da construção de uma

infraestrutura para escoar o carvão bem como a desregulamentação promovida pelo governo

que fez com que o setor entrasse novamente em uma crise.

Palavras-chave: Carvão Mineral; História; Região Sul; Santa Catarina; Exploração.

14. ECONOMIA SOLIDÁRIA E AGRICULTURA FAMILIAR

(RESUMOS)

1. Controle de custos e formação do preço de venda nos empreendimentos participantes

da Feira da Economia Solidária (FES/UNESC)

Carolina Citadin Milaneze (UNESC): [email protected]

Eduardo Tramontin Castanha (UNESC): [email protected]

Januário José Monteiro (UNESC): [email protected]

Dourival Giassi (UNESC): [email protected]

Milla Lúcia Ferreira Guimarães (UNESC): [email protected]

Andréia Cittadin (UNESC): [email protected]

Em geral, as empresas de pequeno e médio porte não usam informações geradas pela

contabilidade de custos, o que pode comprometer a gestão no controle de gastos e na

formação dos preços. Silva e Mello (2016) afirmam que questões gerenciais fazem parte dos

empreendimentos solidários, porém, gerenciá-los não é fácil para os envolvidos, visto que

precisam cuidar da produção, não possuem conhecimento técnico e de instrumentos

gerenciais para subsidiá-los. Nota-se a relevância de controlar os gastos nos

empreendimentos solidários, sobretudo devido à escassez de recursos e por estarem inseridos

em um sistema capitalista altamente competitivo (SILVA; MELLO, 2016). Uma das

características dos Empreendimentos Solidários é o estabelecimento do preço justo, o que

transcende o valor da troca, pois oportuniza a capacidade de compra do consumidor, sem

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lucros exagerados, mas priorizando por remuneração digna e pela continuidade do

empreendimento. A gestão dos custos contribui na determinação do preço de venda

(NASCIMENTO; RÊGO; DIAS, 2016). O objetivo desse resumo é verificar como ocorre o

controle de custos e processo de formação do preço de venda nos empreendimentos

participantes da FES-UNESC. A pesquisa caracteriza-se como descritiva, levantamento, com

análise quali-quantitativa. O questionário foi aplicado com onze feirantes, em 2015. A FES-

UNESC iniciou em 2011 com o objetivo de “promover o encurtamento da cadeia produtiva,

colocando em contato direto produtores e consumidores, de forma a permitir ganhos para

todas as partes envolvidas” (LANZARINI et al.,2015, p. 93). Os resultados apontam que a

maior parte dos feirantes desconhece os custos da produção, tendo a minoria apenas o

conhecimento baseado nos custos de mão de obra e matéria-prima. A maioria tem ciência do

faturamento, mas desconhecem a representatividade dos custos. Seis feirantes afirmam fazer

o controle dos gastos. Para estabelecer o planejamento de produção, poucos são os que se

baseiam na capacidade produtiva, prevalece o planejamento conforme a quantidade média de

vendas o que pode ocasionar a falta de produtos para comercialização. Para a formação do

preço de venda, há o predomínio pelo sistema baseado nos custos, mas utiliza-se também o

método misto, que considera custos, concorrentes e mercado, e um dos feirantes baseia-se

apenas nos concorrentes. A maioria alega ter lucratividade. Esses resultados são aderentes aos

achados de Silva e Mello (2016), os quais evidenciaram que o empreendimento pesquisado

não utiliza nenhum método para apuração de custos e formação do preço de venda, retratando

a ausência de informações gerenciais. Na pesquisa de Nascimento, Rêgo e Dias (2016),

observou-se que há fragilidade na gestão em relação aos controles. A determinação do preço

sem considerar os gastos não permite cobrir as obrigações das entidades e a geração de

sobras. Conclui-se que a maioria dos empreendimentos pesquisados realiza gestão de custos

de forma empírica, formam o preço de venda considerando apenas o valor da matéria-prima e

da mão de obra acrescidos da margem de lucro desejada, desconsiderando demais gastos.

Para a sustentabilidade do empreendimento faz-se necessário analisar os custos diretos e

indiretos para a formação do preço de venda.

Palavras-chave: Economia solidária; Gestão de Custos; Formação de Preço.

2. Formas alternativas de inserção mercantil de produtos da agricultura familiar na

região sul catarinense

Max Richard Coelho Verginio (UNESC): [email protected]

Dimas de Oliveira Estevam (UNESC): [email protected]

O debate sobre formas alternativas de inserção no mercado adotadas por agricultores

familiares são inúmeras, na atualidade. Estas estratégias são quase sempre localizadas e

representam mecanismos de resistências frente a processos de globalização do sistema

agroalimentar. Inúmeros estudiosos do tema têm constatado que, ao mesmo tempo em que

regiões rurais se defrontam com os processos globalizantes, novas possibilidades se abrem

aos agricultores familiares para contrapor a estas tendências, criando outras dinâmicas de

desenvolvimento mais autônomas frente ao controle dos grandes monopólios

agroalimentares. Com o intuito de contribuir com o debate, o presente resumo discute as

formas alternativas de inserção mercantil de produtos da agricultura familiar na região sul

catarinense. Nesta região novas formas de inserção no mercado estão sendo praticadas por

agricultores, sendo as mesmas, na maioria dos casos, intermediadas pelas cooperativas

descentralizadas que são organizações constituídas por unidades de produção localizadas nas

propriedades rurais, mas descentralizadas da sede da cooperativa. Para fins de formalização,

as unidades produtivas são repassadas à cooperativa por meio de contrato de comodato - por

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isso, denominadas de “descentralizadas”. Para alcançar o objetivo proposto, tem-se como

procedimentos metodológicos, pesquisas de campo que estão sendo realizadas, por meio de

entrevistas com dirigentes e agricultores de cooperativas descentralizadas. Os resultados

preliminares da pesquisa de campo apontam para a inserção em mercados institucionais

(Programas Governamentais), feiras de produtos da agricultura familiar, venda direta aos

consumidores e produção para o autoconsumo da família. A comercialização é quase toda

intermediada pelas cooperativas, o que tem possibilitado a valorização dos produtos e com

isso alcançar melhores preços nas vendas.

Palavras-chave: Agricultura Familiar; Desenvolvimento Rural; Diversificação.

3. Um estudo da ecossocioeconomia para os imigrantes: os conhecimentos populares

como forma de trabalho

Jonas Gabriel da Silva Ribas (FURB): [email protected]

Carlos Eduardo Arns (UNOCHAPECÓ)

Daniel Lemos Jeziony (UNOCHAPECÓ)

O presente trabalho objetiva criar sugestões para futuras soluções práticas na questão do

imigrante, tanto em Santa Catarina como no resto do Brasil. Isso por que, sabemos que a vida

desses indivíduos aqui se torna muito difícil, na medida em que o preconceito e a

desinformação os deixam em situação muito precária. A questão do emprego passa então por

esses dois itens mencionados, a desinformação e o preconceito. De um lado os imigrantes são

enganados por empregadores (menores salários e condições subjugadas) e de outro são

julgados pela sociedade, que o vê como "ladrão de empregos", resultados esses vindos de um

histórico de xenofobia e racismo no país. O método de trabalho passa por uma revisão

bibliográfica, que considera os diversos conhecimentos populares existentes, nas mais

diferentes culturas. Consultaram-se livros e artigos na busca de conhecimentos tradicionais

que possam ser úteis a toda a sociedade, desenvolvendo uma forma de economia social, que

abarque desenvolvimento humano e ambiental em seu cerne. Resultou-se assim que muitos

conhecimentos tradicionais tem uma eficácia imensa nas diversas atividades humanas e

podem ter um custo muito reduzido para os consumidores e investidores, gerando emprego

para os imigrantes (e tantos outros grupos excluídos) e redução do uso de recursos naturais.

Isso faz com que haja uma maior interação entre o “antro” e o “eco”, nas relações sociais e

humanas. Conclui-se desta forma, que a economia social em conjunto com um pensamento

ambiental, ou em suma, a ecossocioeconomia, devem fazer parte da vida dos imigrantes que

aqui chegam. Uma saída para as diversas intempéries que os atingem, criando fonte de renda

á partir de conhecimentos que os mesmos já detêm.

Palavras-chave: Imigrantes; Ecossocioeconomia; Conhecimentos Tradicionais;

Contemporaneidade.

4. Finanças pessoais: um ensino sobre cidadania na comunidade da grande Santa Luzia

em Criciúma/SC

Mônica da Rosa Mendonça (UNESC): [email protected]

Max Richard Coelho Verginio (UNESC): [email protected]

Jucélia da Silva Abel (UNESC): [email protected]

Cláudio Henrique Tancredo (UNESC): [email protected]

Com a fraca relação da comunidade com ferramentas que auxiliam na melhora da qualidade e

controle das finanças no dia-a-dia muitas famílias, os menores núcleos econômicos de uma

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sociedade, tem um orçamento desorganizado gerando inadimplência . Como ocorreu nos

últimos anos uma grande injeção de crédito para pessoas físicas com programas como: Minha

Casa, Minha Vida ou financiamentos e empréstimos a baixa taxa de juros houve um

comprometimento da renda familiar, hoje em estado de crise econômica e desemprego a

população sofre com a inclusão do nome em instituições como SPC/CERASA, sem saber

como controlar seu orçamento as dívidas aumentam. A ideia de levar o conhecimento de

finanças pessoais é ainda mais urgente a partir desse quadro atual da economia nacional. Com

esse pensamento entendemos porque um minicurso de finanças pessoais tem importância,

pois pode apresentar e contextualizar com a comunidade diversas ferramentas de

planejamento financeiro, para contribuir com a melhora do bem estar das famílias. O

propósito deste projeto é levar conhecimento e estruturação do orçamento familiar, e também

uma conscientização de cidadania para crianças “futuro da nossa sociedade”, fazendo com

que o conhecimento entre no núcleo familiar e se perpetue em outras gerações. A relevância

do projeto para a comunidade do território Paulo Freire, sendo uma comunidade carente, foi o

ensino deste assunto que tanto preocupa cidadãos de baixa renda. Pesquisa qualitativa, relato

de experiência (extensionistas); questionário estruturado aplicado aos professores e diretores.

Segundo a avaliação dos professores e diretores das escolas os resultados foram positivos,

pois o tema gerou interesse dos alunos inclusive nas aulas após o término do projeto. No

entanto houve várias sugestões de ampliar a carga horária das aulas. A partir do estudo da

evolução dos alunos das escolas municipais selecionadas no Território Paulo Freire

verificamos a relevância do projeto e concluímos que além de ser um estudo que ajuda a

formar cidadãos conscientes, também desperta o interesse em alunos, professores e diretores

das escolas.

Palavras-chave: Finanças Pessoais; Extensão Universitária; Cidadania; Orçamento

Doméstico.

5. De estrangeiro a cidadão

Fabrisia Franzoi (UNIDAVI/FURB): [email protected]

Classicamente o Direito Internacional considera o direito de emigrar e de imigrar como um

direito fundamental da humanidade. E nesse compasso, o Brasil é visto como um lugar para

se começar uma vida nova. Hoje há cerca de 50 mil haitianos vivendo no Brasil, além de

outros dois milhões de imigrantes de outras nacionalidades. Ocorre que as questões sobre a

imigração têm, contudo, dado pouco cuidado aos direitos humanos dos imigrantes, em

contradição com o que diz a Declaração Universal dos Direitos Humanos. E, estes direitos da

Declaração também estão refletidos na Constituição da República Federativa do Brasil de

1988, principalmente em seu art. 5º. No entanto, percebe-se que as quatro principais

dificuldades enfrentadas pelos imigrantes ao chegar no Brasil são: idioma, documentação,

acesso a informação e ao mercado de trabalho formal. Algumas dificuldades apontadas estão

sendo resolvidas administrativamente. Mas verifica-se que muitos dos direitos dos imigrantes

não são conferidos aos mesmos de forma administrativa, mas somente se estes imigrantes

ajuizarem ações perante o Poder Judiciário brasileiro. Assim, o objetivo deste artigo é

apresentar várias decisões do Poder Judiciário brasileiro, as quais amparam completamente os

imigrantes, conferindo judicialmente direitos fundamentais que o Poder Público negou

administrativamente, por falta de políticas públicas. Até mesmo o estrangeiro em situação

irregular no País encontra-se protegido e a ele são assegurados os direitos e garantias

fundamentais de saúde, tendo até o Estado brasileiro custeado pelo nosso Sistema Único de

Saúde tratamento para transplante de medula óssea. Ao final conclui-se que muito haverá de

ser feito ainda para que haja mudanças na política de acolhimento e preservação dos direitos

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fundamentais desses imigrantes. O governo federal brasileiro, juntamente com os estados

federados e municípios devem agir em parceria para garantir o acesso dos estrangeiros

residentes no Brasil, principalmente, aos serviços públicos, uma vez que aqui trabalhando e

consumindo, são contribuintes dos tributos que bancam esses serviços. Precisa-se de um

Brasil marcado pelo reconhecimento dos direitos humanos dos imigrantes e não apenas que

tolera a presença deles.

Palavras-chave: Brasil. Cidadania; Imigração; Justiça.

15. DESENVOLVIMENTO E VULNERABILIDADE SOCIAL

1. O efeito da violência na proficiência escolar dos alunos brasileiros do Ensino

Fundamental: abordagem utilizando modelos hierárquicos

Ismael Cittadin (PUC-RS)

Marco Túlio Aniceto França (PUC-RS)

Objetivo: Avaliar o efeito da violência no desempenho escolar dos alunos brasileiros do

quinto ano do ensino fundamental diferenciando entre violência externa e violência interna. A

metodologia empregada foi a de modelos multinível e como base de dados a Prova Brasil

2011. Organizado em dois níveis, o primeiro descreve as características individuais dos

alunos e o segundo as características escolares, inclusive as de violência, a fim de avaliar

quais delas são mais significativas para o desempenho escolar. As variáveis de violência

externa tem um impacto menor que as variáveis de violência interna. As variáveis de

infraestrutura da escola e as características dos alunos tiveram o resultado esperado. A

variável de background familiar referente ao nível socioeconômico do aluno e a variável de

média socioeconômica dos alunos da escola tiveram forte impacto, bem como as de incentivo

ao estudo, dever e leitura. Conclusão: a violência interna tem impacto maior no desempenho

do aluno uma vez que vitima e desagrega a comunidade escolar como um todo.

Palavras-chave: Violência Interna; Violência Externa; Educação; Background Familiar do

Aluno; Prova Brasil; Modelos Hierárquicos.

2. A escola de tempo integral garante acréscimos de desempenho? uma análise com

diferenças em diferenças

Cássia Heloisa Ternus (PUC-RS): [email protected]

Marco Túlio Aniceto França (PUC-RS): [email protected]

Este artigo tem como objetivo avaliar o impacto das escolas de tempo integral sobre o

desempenho médio das escolas públicas nas provas de proficiência em língua portuguesa e

matemática. O método utilizado foi diferenças em diferenças, tendo como tratamento a

presença de atividade complementar no calendário escolar e como período analisaram-se dois

cenários: 2009-2011 e 2009-2013. Utilizou-se dados do Censo Escolar e da Prova Brasil e a

amostra foi estratificada para o 5º ano e 9º ano. Os resultados apontam que o impacto das

escolas de tempo integral é negativo sobre o desempenho médio das escolas. Os resultados

apontam que o impacto das escolas de tempo integral é negativo sobre o desempenho médio

das escolas e aumentam de um período de análise para outro. Quando incluídas covariadas, as

diferenças são reduzidas, porém o impacto continua sendo negativo. Os resultados são mais

expressivos no período 2009-2013 e, em geral, indicam queda no desempenho geral das

escolas, mensurados pela Prova Brasil, independente de se tratar de escola com currículo de

ensino integral ou não. Entre as variáveis que mais contribuem para aumentar o desempenho

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médio das escolas está o acesso à internet, tratamento de lixo, sala de professores, quadra de

esportes e equipamentos como copiadora e videocassete. Ainda, os resultados negativos do

desempenho acadêmico podem supor que escolas de tempo integral impactam na redução da

criminalidade, evasão escolar, gravidez na adolescência, entre outros problemas sociais, e

não, necessariamente, no aumento das notas escolares. Como sugestões, próximos estudos

poderiam considerar o tempo de exposição ao tratamento das escolas e realizar uma análise

por quintil.

Palavras-chave: Políticas Públicas; Educação; Ensino Integral; Diferenças em Diferenças.

3. Uma análise dos determinantes do trabalho infantil no estado de Santa Catarina

Talita de Souza Mota (UFS): [email protected]

Marco Antônio Jorge (UFS): [email protected]

Christiane Senhorinha Soares Campos (UFS): [email protected]

O estudo aqui desenvolvido tem como objetivo analisar a interrelação entre o trabalho infantil

e seus determinantes no estado de Santa Catarina. Adotou-se a hipótese de que crianças e

adolescente são conduzidas ao trabalho infantil devido à condição de pobreza de suas

famílias, bem como pela estrutura familiar presente em seus domicílios onde predomina a

baixa escolaridade dos responsáveis e nos quais vem crescendo a chefia feminina. Para tanto,

o estudo foi dividido em três seções, além da introdução. Na primeira delas apresentam-se as

definições de trabalho infantil e o referencial teórico relacionado ao debate atual acerca do

trabalho infantil, seus principais determinantes e a influência que cada um exerce sobre a

escolha dos pais em direcionar ou não seus filhos ao trabalho precoce. A segunda seção

descreve a estratégia empírica, na qual explica-se a construção do modelo, realiza-se uma

breve análise descritiva da variável dependente, explicitam-se os procedimentos

metodológicos e, por fim, analisam-se os resultados obtidos. A análise empírica foi realizada

com o emprego da análise de componentes principais e, posteriormente, do modelo de

regressão linear múltipla. Por fim, a última seção elenca as considerações finais, dentre as

quais a de que, no geral, os resultados refutam as hipóteses adotadas no presente trabalho.

Palavras-chave: Trabalho Infantil; Análise Multivariada de Dados; Santa Catarina.

4. Vulnerabilidade social e juventude em Santa Catarina

Ivo Marcos Theis (FURB): [email protected]

Jamile Delagnelo Fagundes da Silva (FURB): [email protected]

Diego Boehlke Vargas (FURB): [email protected]

O presente artigo é resultado parcial do projeto de pesquisa “Educação e desenvolvimento

desigual: a problemática da vulnerabilidade social entre os jovens de Santa Catarina”,

vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional da Universidade

Regional de Blumenau. O objeto principal de investigação está na relação entre educação e

desenvolvimento, com ênfase nos indicadores educacionais, especialmente aqueles

levantados pelo INEP, além de outros diretamente relacionados à problemática da

vulnerabilidade social que acomete os jovens catarinenses. Especificamente, procurou-se

examinar a violência que acomete os jovens de Santa Catarina e sua vinculação com as

desigualdades sócio-espaciais; compreender a relação entre a educação (evasão escolar) e a

vulnerabilidade social (violência); verificar a influência da necessidade de inserção dos

jovens em Santa Catarina no mercado de trabalho sobre a evasão escolar; analisar o fluxo

escolar de alguns jovens em situação de vulnerabilidade social nas regiões de Santa Catarina

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mapeadas, jovens que serão selecionados por amostragem, a fim de estabelecer um estudo

comparativo das possíveis relações entre educação e desenvolvimento. Quanto aos métodos

de procedimentos utilizou-se a pesquisa bibliográfica documental com base no levantamento

de bibliografias e de dados estatísticos sobre o objeto de investigação proposto. Também foi

realizado o acompanhamento e a avaliação do fluxo escolar de alguns jovens catarinenses que

vivem em situação de vulnerabilidade social. Uma das perspectivas adotadas aqui é que a

educação trata-se direito fundamental inserido em normas do ordenamento jurídico nacional e

internacional, as quais consistem em acesso à instrução educacional com vistas a estimular

desenvolvimento enquanto cidadão apto a exercer seus direitos na sociedade. Contudo, a

privatização do ensino público faz coexistir na educação a mesma lógica que existente no

mercado. Isto é, aquelas desigualdades observadas nos setores produtivos habitam, agora,

também, os ambientes de ensino. No Estado de Santa Catarina esta dinâmica não é diferente:

a transformação do setor de ensino perpassa pela por sua desconexão da lógica capitalista de

produção. Alternativas ao atual modelo educacional precisam ser constantemente

reinventadas. Uma delas talvez esteja na educação intercultural, a qual procura construir as

identidades dos sujeitos e o reconhecimento das diferenças de forma crítica e solidária.

Palavras-chave: Desenvolvimento; Educação; Juventude; Santa Catarina; Vulnerabilidade

Social.

16. DESENVOLVIMENTO SOCIAL E POLÍTICAS PÚBLICAS

1. Influência do PIB e do índice de Gini na concessão de Bolsa Família para municípios

catarinenses – análise de 2010

Juliana Lemfers Pinheiro (UFSC): [email protected]

Carolina Just Bacha (UFSC): [email protected]

Gueibi Peres Souza (UFSC): [email protected]

O Programa Bolsa Família (PBF) está profundamente ligado à garantia de direitos sociais

básicos, além de proporcionar renda às famílias que se encontram em circunstâncias de

extrema pobreza. Diante de tamanha relevância social, faz-se pertinente investigar possíveis

variáveis que influenciem na necessidade de concessão de bolsas. O presente artigo visa

analisar no âmbito do Estado de Santa Catarina, como decorre a influência das variáveis

Produto Interno Bruto per capita, valor adicionado bruto dos setores

agropecuário, industrial e de serviços, idiossincrasias das mesorregiões, além do índice de

Gini, sobre o número de famílias beneficiadas pelo Programa para todos os municípios

catarinenses. A partir do modelo de regressão linear, baseado no método dos mínimos

quadrados ordinários, utilizou-se o software Gretl para a realização dos testes de hipóteses

necessários para a validação da abordagem analítica proposta. Dos resultados obtidos,

revelou-se que as variáveis Índice de Gini, valor adicionado bruto do setor agropecuário e

PIB per capita possuem seus coeficientes diretamente relacionados com o maior número de

bolsas concedidas às famílias catarinenses. Esta relação indica a necessidade do crescimento

da economia estadual de forma mais atenciosa quanto à melhor redistribuição de renda, com

ações de planejamento socioeconômico, conduzindo-se assim à diminuição das desigualdades

existentes nas famílias catarinenses, em especial para as famílias dependentes do

Agronegócio. Sendo assim, estes resultados se destinam a contribuir para o diagnóstico de

variáveis econômicas que corroboram para a necessidade de distribuição de recursos via PBF

e concomitantemente, auxiliar em estratégias que aprimorem as políticas de transferência de

renda no Estado de Santa Catarina.

Palavras-chave: Bolsa Família; PIB per Capita; Índice de Gini; Valor Adicionado Bruto.

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2. Análise da política de aquisição de alimentos da agricultura familiar: o caso do PNAE

em três microrregiões do Oeste Catarinense

Valdecir José Zonin (UFFS)

William Simões (UFFS)

Tomé Colleti (UFFS)

Darlan Christiano Kroth (UFFS): [email protected]

Jucimara Araldi (UFFS)

Eduardo von Dentz (UFFS)

O presente estudo tem como objetivo avaliar a governança por parte das prefeituras

municipais do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), conforme a Lei n.

11.947/2009 que prevê a aquisição do mínimo de 30% dos recursos do FNDE de alimentos

da agricultura familiar. O trabalho lançou mão de estudo de caso em três microrregiões de

Oeste de Santa Catarina (Chapecó, Concórdia e Xanxerê) considerando uma amostra com 31

municípios. Os principais resultados demonstram que o PNAE vem se apresentando eficaz,

atingindo seus principais objetivos, em termos de fortalecimento da AF, de proporcionar

melhor qualidade para os alunos (tanto em termos de desempenho escolar como em termos de

saúde) e também como promotor do desenvolvimento local/regional. Por outro lado, esses

resultados poderiam ser maiores (ampliando a eficiência da política) caso a governança do

Programa por parte das prefeituras municipais fosse mais eficiente. A pesquisa verificou que

apenas quatro prefeituras (13% de nossa amostra) realizam uma gestão do Programa

considerada adequada, em termos de desenvolver ações de organização da produção, auxílio

logístico e assessoria técnica aos agricultores.

Palavras-chave: PNAE, agricultura familiar, mercados institucionais, Oeste de Santa

Catarina

3. Efeitos das compras de alimentação escolar na agricultura familiar de Santa Catarina

Lilian de Pellegrini Elias (UNICAMP)

Marcia Mondardo (CEPA/EPAGRI)

Janice Waintuch Reiter (CEPA/EPAGRI)

O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) se tornou, em 2009, mais uma

ferramenta de desenvolvimento rural ao contemplar a obrigatoriedade do emprego de ao

menos 30% do recurso federal destinado aos estados e municípios para as compras de

alimentação do programa para compras diretas de agricultores familiares. A interação entre

alimentação escolar e agricultura familiar já mostra bons resultados de acordo com o Fundo

Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão responsável pelo repassa do

recurso e acompanhamento da execução do programa, e demais pesquisas em relação ao

aumento da qualidade da alimentação dos estudantes de escolas públicas e da renda do

agricultor familiar, porém, os potenciais desta política ainda foram pouco explorados. Neste

estudo tem-se o objetivo de investigar se a criação de demanda via compras diretas de

agricultura familiar pela alimentação escolar, a partir do PNAE, gera benefícios ao agricultor

familiar de Santa Catarina. Para cumprir este objetivo foi feita uma análise dos aspectos do

processo de operacionalização do programa do PNAE em alguns municípios a partir de

entrevistas com agricultores familiares, responsáveis pela alimentação escolar e em técnicos

da empresa de pesquisa e extensão do estado (Epagri) de 31 municípios do estado para

compreender a operacionalização da política e os efeitos desta para os agricultores familiares.

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Os resultados demonstram evidências de que políticas de comercialização são uma

ferramenta de promoção do desenvolvimento rural, ao gerar benefícios ao agricultor familiar

decorrentes da demanda garantida e do aumento da renda, porém, apenas se houver

ampliação e constantes reestruturações da política de forma a contemplar a heterogeneidade e

a distribuição pulverizada da agricultura familiar.

4. O risco de crédito no Pronaf: a inadimplência de agricultores familiares na Cresol

Curitibanos/SC

Taynara Mariot (UnC): [email protected]

Adriane Comelli (UnC): [email protected]

Nelci Camargo (UnC): [email protected]

O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) é um programa do

governo federal que disponibiliza recursos para custeio e investimento a agricultores

familiares que comprovem seu enquadramento através da Declaração de Aptidão ao Pronaf

(DAP) com taxas de juros e formas para pagamento diferenciadas, e sua liberação ocorre por

meio de intermediários financeiros autorizados. A Cresol Curitibanos faz o repasse destes

recursos; contudo, como em toda liberação há o risco, na hora da aprovação do crédito é

realizada uma análise acerca de diversos fatores para que seja comprovada a capacidade de

pagamento por parte do tomador. Dentro desse contexto, o presente artigo objetiva

demonstrar o risco de crédito no Pronaf referente à liberação de recursos nos anos de 2013 e

2014 na Cresol Curitibanos. A pesquisa ocorreu através do software próprio da cooperativa,

caracterizando-se assim uma pesquisa de cunho documental e qualitativo. Verificou-se que o

risco de crédito que estas operações trouxeram para a cooperativa foi baixo, com base nos

índices de inadimplência e nas provisões que os contratos em atraso acarretaram. Um fator

importante na redução da inadimplência de um ano para outro foram os fenômenos

climáticos. Constatou-se que o programa tem influência significativa para o resultados da

cooperativa, porque a maioria de seus associados são agricultores familiares. Sendo assim,

torna-se fundamental ter o controle do risco do crédito, visto que a cooperativa preza pelo

bem comum de seus associados.

17. GESTÃO E DESENVOLVIMENTO RURAL

1. Panorama da fruticultura catarinense: levantamento de dados para a safra 2014-2015

Rogério Goulart Junior (CEPA/EPAGRI): [email protected]

Janice Maria Waintuch Reiter (CEPA/EPAGRI): [email protected]

Marcia Mondardo (CEPA/EPAGRI): [email protected]

O Estado de Santa Catarina é um importante produtor de frutas, especialmente maçã, banana,

uvas, pêssego, maracujá, laranjas e frutas de caroço. Estima-se que mais de 20 mil produtores

cultivem cerca de 65,0 mil hectares de frutas (de lavouras permanentes). Na fruticultura

catarinense, a tomada de decisão para elaboração de projetos, o acompanhamento de safras e

de mercados agrícolas e ações de agentes de mercado e de políticas públicas carece de dados

e informações sistemáticos. Com isso, há a necessidade da organização e execução de

levantamentos referentes às principais frutas de cultura de clima temperado e subtropical para

estudos e análises sobre as diferentes cadeias envolvidas, como para ações de planejamento e

fomento da fruticultura estadual. O artigo tem como objetivo traçar um panorama da

fruticultura no estado de Santa Catarina com comparativo entre as safras 2012-13 e 2014-15,

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a partir de dados e informações atualizados sobre a produção e a evolução do setor,

destacando principais frutas e as mesorregiões com referência à produção e o valor bruto da

produção mais expressivo de cada cultura, entre outras variáveis pesquisadas. Como

resultado são destacadas tendências das cadeias no recorte das mesorregiões geográficas com

base nos levantamentos sistematizados nas pesquisas agrícolas municipais do IBGE e no

levantamento da fruticultura comercial catarinense do Epagri-Cepa da Epagri.

Palavras-chave: Socioeconomia; Economia Agrícola; Fruticultura; Santa Catarina.

2. Análise da gestão das cooperativas rurais descentralizadas a partir dos princípios da

governança corporativa

Carla Spillere Busarello (UNESC): [email protected]

Melissa Watanabe (UNESC)

Realdino José Busarello (EPAGRI)

O modelo de Cooperativismo Rural Descentralizado se mostra uma alternativa possível na

busca da formalidade da agricultura familiar. Como o caráter de produção é artesanal e

mantém a fidelidade cultural implícita em cada produto, cooperar para legalizar e ter acesso

as distintas dinâmicas de mercado. Tendo em vista seu caráter natural de um formato

corporativo, este modelo de cooperativa necessita das práticas de gestão dos dirigentes para a

segurança e preservação dos bens e direitos dos seus associados. Já a governança corporativa

tem como principal intuito atuar como um mecanismo que vise principalmente um controle

em benefício das partes que apresentem valor legal sobre uma empresa. Desta forma, a

presente pesquisa objetiva analisar a gestão destas cooperativas a partir dos princípios da

Governança Corporativa. O método utilizado foi exploratório descritivo qualitativo através de

entrevistas aos diretores de sete cooperativas distintas. Os resultados apontaram que as

cooperativas rurais descentralizadas trazem uma inovação quanto ao formato de sociedade e

as mesmas devem inserir práticas de governança no processo organizacional que sejam

capazes de transpor a fragilidade legal e organizativa a qual estão inseridas.

Palavras-chave: Governança; Cooperativismo Rural Descentralizado; Gestão

Organizacional.

3. Coordenação e governança: uma análise na cadeia curta de malacocultura da grande

Florianópolis, SC, Brasil

Reney Dorow (CEPA/EPAGRI): [email protected]

João Armando Dessimon Machado (UFRGS): [email protected]

Edson Silva (CEPA/EPAGRI): [email protected]

Cintia Uller Gomez (FATMA): [email protected]

No Brasil, a partir da década de 1990, uma especialidade da aquicultura denominada

malacocultura, focada na produção de moluscos bivalves, começou a se destacar no Estado

de Santa Catarina, especialmente na região da Grande Florianópolis. Este trabalho teve como

objetivo identificar e analisar a estrutura de governança na Cadeia Curta da Malacocultura da

Grande Florianópolis. Foi realizado um estudo tendo como enfoque teórico a Nova Economia

Institucional (NEI) complementada pela abordagem microanalítica da Economia dos Custos

de Transação (ECT), baseada nos trabalhos de Oliver E. Williamson. Realizou-se pesquisa

qualitativa e utilizou-se da Análise Estrutural Discreta Comparada para a análise e

interpretação dos dados. Verificou-se que a cadeia curta sofre influência de diversos fatores

indutores de formas de governança, destacando a alta especificidade de ativos, frequência e

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racionalidade limitada. Com base no Esquema da Indução das Formas de Governança,

proposto por Zylbersztajn, identificou-se que a cadeia deveria adotar uma estrutura de

governança híbrida. Verificou-se inexpressivo grau de coordenação, prejudicando a

consolidação do setor em inúmeros mercados.

Palavras-chave: Aquicultura; Comercialização; Governança; Economia de Custos de

Transação.

4. Empoderamento e o desenvolvimento da agricultura família

Karoline Brasil de Oliveira (UNESC)

Cristina Keiko Yamaguchi (UNESC)

Ana Paula Silva dos Santos (UNESC)

A agricultura familiar é um termo relativamente novo no Brasil, no entanto sua prática é

bastante antiga. A sucessão familiar é uma ação comum baseada no empoderamento de seus

atores. Neste cenário, o presente estudo objetiva expor o cenário de publicações de com foco

no empoderamento na agricultura familiar. Os procedimentos metodológicos adotados foram,

a pesquisa como interdisciplinar, qualitativa, com o objetivo de pesquisa descritiva e a

estratégia de pesquisa, pesquisa bibliográfica, do tipo busca sistemática. Foi aplicada uma

revisão nas bases internacionais Scopus e ISI Knowledge com filtros utilizando as palavras-

chaves empowerment/empoderamento, Family farm/family agriculture/agricultura familiar,

empoderamento na agricultura familiar no Brasil. Os trabalhos trazem em seu contexto o

empoderamento, direcionam a termologia para o significado de capacitação. Estes tem seu

foco no jovem agricultor, público feminino, em atores que trabalham na aquisição de

produtos agrícolas, mas principalmente no agricultor. Os agricultores familiares ao passar

pelo processo de empoderamento podem alcançar privilégios em âmbitos ainda maiores,

podem alterar a situação de miséria e pobreza de muitos trabalhadores e facilitar o acesso a

recursos, dando a eles mais dignidade em seu trabalho. Constata-se que estudo com os temas

agricultura familiar e empoderamento são datados a partir de 2008. Em estudos futuros, a

relação entre os dois temas, podem contribuir principalmente em relação aos jovens e

mulheres para o desenvolvimento da agricultura familiar.

Palavras-chave: Agricultura Familiar; Empoderamento; Desenvolvimento.

5. A gestão dos custos no cultivo do tabaco: um estudo de caso em uma propriedade

agrícola familiar localizada em Forquilhinha – SC

Jônatas Gonçalves (UNESC): [email protected]

Andréia Citadin (UNESC): [email protected]

Zeli Felisberto (UNESC): [email protected]

Milla Lucia Ferreira Guimarães (UNESC): [email protected]

Eduardo Tramontin Castanha (UNESC): [email protected]

Manoel Vilsonei Menegali (UNESC): [email protected]

A contabilidade de custos é a área responsável por auxiliar as entidades no controle dos

gastos e na tomada de decisões no que se refere aos processos produtivos e às políticas de

formação e preço de venda. Os instrumentos gerenciais disponibilizados pela gestão de custos

podem ser utilizados também na apuração dos custos na agricultura, pois possibilita ao

produtor o controle dos gastos e análise dos resultados obtidos na lavoura, de modo a tornar a

atividade sustentável. Sendo assim, o objetivo deste estudo é apresentar os custos na

produção do tabaco de uma propriedade familiar, compreendida no período de julho de 2014

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a março de 2015. A metodologia empregada foi de caráter descritivo, com análise qualitativa

e o procedimento utilizado foi um estudo de caso em uma propriedade agrícola localizada em

Forquilhinha – SC. Com esse estudo foi possível identificar os custos envolvidos em cada

etapa do processo de produção e evidenciar os resultados da safra 2014/2015. Os resultados

da pesquisa mostram que os custos mais representativos nesse empreendimento de cultivo de

fumo são a mão de obra e os insumos utilizados na produção. O lucro líquido obtido

representou 33,73% da receita e o retorno sobre o investimento operacional é de 50,90%

nessa safra. Conclui-se que na atividade agrícola é possível realizar controle de gastos e

utilizar instrumentos da gestão de custos que permitam efetuar análise econômica do negócio.

Contudo, é necessário realizar acompanhamento contínuo, tendo em vista que os resultados

entre uma safra e outra apresentam oscilações relacionadas ao preço que estipulado pelo

mercado e por intemperes, por exemplo.

Palavras-chave: Gestão de Custos; Fumicultura; Custeio Variável ou Direto.

18. MÉTODOS QUANTITATIVOS

1. Um estudo exploratório sobre a integração espacial local dinâmica: aplicação do

modelo econométrico de vetor auto regressivo aos 5 clusters setoriais no estado de Santa

Catarina

Adriano de Amarante (UDESC): [email protected]

Daniel Augusto de Souza (UDESC): [email protected]

Fernando Pozzobon (UDESC): [email protected]

Aporele Juliane Zaia (UDESC)

O setor industrial tem papel fundamental no processo de desenvolvimento econômico de uma

economia. Para o bom funcionamento do setor industrial de um país, as empresas

participantes de um determinado setor tendem a se concentrar em determinadas regiões ou

locais. Em pesquisas de economia regional e urbana, tais aglomerados industriais podem ser

denominados de clusters. Neste estudo estimam-se as relações de causa-efeito entre os

municípios que fazem parte de um agrupamento contíguo de base setorial comum, cluster ou

aglomerados industriais, de 2006 a 2013, para os setores de “Extração de Carvão Mineral”,

“Fabricação de Produtos do Fumo”, “Preparação de Couros e Art. Couro, Art. Viagem e

Calçados”, “Fabricação de Celulose, Papel e Prod. de Papel” e “Construção” do Estado de

Santa Catarina. Neste trabalho testa-se a hipótese de que existem municípios “centrais” que

“puxam” o desenvolvimento dos municípios periféricos em proporção maior que os efeitos

secundários dos municípios periféricos aos centrais. Os resultados alcançados revelam uma

ligação ou interdependência dinâmica entre os municípios do cluster a partir da variável

“consumo de energia elétrica municipal por setor da indústria”. Porém, não foi possível

identificar um “município motriz”. Algumas limitações sobre o estudo são destacadas, como

a reduzida série de tempo e possível ligação de grandes empresas com a cadeia produtiva

nacional e global. Um aprimoramento da pesquisa seria identificar e tentar mensurar a

influência de fatores externos como produção nacional e mundial ligada ao cluster espacial,

ou a influência de um setor sobre outro. A metodologia aplicada se mostrou adequada, apesar

de limitações que impossibilitaram verificar interações microeconômicas entre as firmas do

setor e entre estas e as firmas de outros setores. A metodologia qualifica e sinaliza a

interdependência dinâmica entre variáveis representadas pelas séries temporais de consumo

de energia elétrica por ramo de atividade industrial por município. Existe a possibilidade de

um aprimoramento futuro da metodologia do modelo de Vetor Auto Regressivo ao inserir

uma variável exógena que possa captar a interação do clusters com industrias de setores e

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municípios diferentes e externos ao cluster analisado, como é o caso do índice de produção

física da indústria de Santa Catarina e do Brasil.

Palavras-chave: Clusters; Municípios; Interdependência; Economia Industrial;

Desenvolvimento Econômico; VAR.

2. Verificação da curva de Kuznets para os municípios do estado de Santa Catarina:

uma análise paramétrica e não paramétrica para os períodos de 1991, 2000 e 2010

Julio C. A. da Silva Junior (UNOCHAPECÓ): [email protected]

Cezar A. Pereira dos Santos (UNOCHAPECÓ): [email protected]

Cassieli da Silva (UNOCHAPECÓ): [email protected]

Julio Folle (UNOCHAPECÓ): [email protected]

Um questionamento que periodicamente surge em investigações empíricas na literatura

econômica diz respeito a relação entre o crescimento econômico e a desigualdade de renda.

Uma formulação matemática põe-se a avaliar a não linearidade da relação destas dimensões,

a curva de Kuznets. A ideia por trás da curva de Kuznets é de que, o padrão de desigualdade

no curto prazo aumenta com o crescimento econômico e, com o passar do tempo, decresce a

partir de um ponto de quebra de tendência. O objetivo deste estudo é testar a hipótese de

Kuznets para os municípios do estado de Santa Catarina, com dados do índice de Gini e renda

per capita dos anos de 1991, 2000 e 2010. Para tanto, foram utilizados especificações de

polinômios de graus dois e três e modelos de dados em painel com efeitos fixos. De forma

adicional, foram estimadas regressões não paramétricas, pelo método de estimação B-splines,

no intuito de buscar uma confirmação dos resultados encontrados pelos dois diferentes

métodos. Os resultados sugerem a validação da hipótese de Kuznets para as duas diferentes

especificações paramétricas propostas, que foram corroborados pela análise gráfica das

estimações não paramétrica. Outro fato constatado foi de que a desigualdade para quantis de

concentração de renda mais baixos reage mais rapidamente a aumentos de renda per capita do

que para quantis de desigualdade mais altos. A relevância deste estudo consiste na avaliação

do comportamento da concentração de renda ao longo destas duas décadas para o Estado de

Santa Catarina e sua análise por diferentes métodos.

Palavras-chave: Hipótese de Kuznets; Concentração de Renda; Municípios Catarinenses.

3. Uma análise exploratória da integração dinâmica entre mercados de bens e serviços

de Florianópolis e Regiões Metropolitanas por meio de Índices de Custo de Vida

Adriano de Amarante (UDESC):

Daniel Augusto de Souza (UDESC):

Julíbio David Ardigo (UDESC):

João Luiz Toogood Pitta (UDESC):

A ausência de barreiras comerciais internas na economia brasileira levanta a possibilidade de

demanda cruzada entre os bens (substitutos próximos ou complementares), os quais

livremente circulam em mercados vizinhos. Isso sugere que haja arbitragem de preços entre

produtos que estão momentaneamente caros em uma região e baratos em outras. Quando se

considera a questão dessa arbitragem, pode-se admitir que oscilações dos preços numa região

podem afetar a dinâmica dos preços em outras regiões próximas. Nesse caso, é interessante

identificar qual variação de preço regional precede a variação de preços de outras, e qual o

tempo de resposta de uma variação de preço sobre a variação de preço de outra região. Este

estudo buscou explorar integração dinâmica entre mercados de bens e serviços de

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Florianópolis e Regiões Metropolitanas (RMs) por meio dos Índices de Custo de Vida de

cada região e município. Para atingir o objetivo, aplicou-se o modelo vetorial auto regressivo

a um cluster especifico de índices de inflação das regiões metropolitanas no Brasil (Variação

do IPCAs das RMs) com participação do Índice de Custo de Vida do Município de

Florianópolis. Primeiramente, definiu-se por intermédio da análise de clusters quais

agrupamentos de RMs se assemelham em termos de peso de gastos orçamentários com o

município de Florianópolis. Após definir os clusters, procedeu-se com a análise de

cointegração com posterior estimativa do modelo VAR, o que possibilitou verificar uma

integração dinâmica entre as inflações de Curitiba e Florianópolis, sendo que a inflação de

Curitiba precede todas as séries de inflação do agrupamento 1. Ao se analisar as funções de

Impulso-Resposta observou-se que o efeito autorregressivo tem a maior magnitude de

resposta com ajustamento pleno em torno de 8 meses. O efeito de Curitiba sobre

Florianópolis e de Salvador sobre as demais regiões tem impacto superior a 0,2 pontos

percentuais com ajustamento que se completa em até 10 meses.

Palavras-chave: Índices econômicos; Cálculo da inflação; Cointegração; Custo de Vida

4. Índice de fragilidade financeira e a dinâmica de Minsky: uma aplicação do modelo

logit ordenado para o mercado acionário da economia brasileira

Tatiele Lacerda da Silva (PUC-RS): [email protected]

Isabel Kopensinke da Silva (PUC-RS): [email protected]

O mercado financeiro e o índice de fragilidade de Minsky mostram que existe uma correlação

entre o índice do IBOVESPA e o IFSA, sendo este um pressuposto adotado para precaver-se

de crises evitando decrescimento econômico. Para alcançar o objetivo proposto foi realizado

o calculo do índice de fragilidade de Minsk para o mercado de ações e a estimação do modelo

econométrico especificado como “logit ordenado”. Nesse modelo o intuito foi de verificar os

sinais e a razão de risco deste mercado. O resultado encontrado foi que no Brasil operam-se

períodos considerados do tipo Hedge, sendo alguns sem capital podendo passar para o

modelo do tipo speculative. Com base no logit, o sistema opera períodos com acumulação de

risco podendo chegar a crises em período posterior, base de poucos anos.

Palavras-chave: Logit Ordenado; Fragilidade de Minsky; Mercado de Ações.

5. Empreendedorismo e instituições: uma aplicação com modelos de painel

Vinicius Melquíades de Sousa (UDESC): [email protected]

Ana Paula Menezes Pereira (UDESC): [email protected]

Fernando Pozzobon (UDESC): [email protected]

As instituições, tidas como as regras formais e informais, que regem as relações entre os

indivíduos nas sociedades, exercem influência sobre o desenvolvimento dos países. Arranjos

institucionais que reduzam os custos envolvidos na realização de contratos, facilitando a

realização das transações e promovendo um ambiente propício ao investimento, estimulam

novos empreendimentos. O objetivo deste trabalho é investigar a relação entre

empreendedorismo e qualidade dos arranjos institucionais de diferentes países.

Especificamente, avaliou-se a associação entre empreendedorismo e aspectos institucionais,

para depois ser feita uma avaliação da hipótese de que as instituições, formais ou informais,

exercem influência sobre o empreendedorismo. Inicialmente é feita uma introdução à

abordagem institucionalista e sua relação com o empreendedorismo, para na segunda parte

ser feita a análise descritiva e econométrica da relação entre empreendedorismo e

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instituições. São estimados diferentes modelos de painel para uma amostra de 57 países, no

período de 2004 a 2012, com dados anuais. A proxy utilizada para empreendedorismo foi a

densidade de abertura de novas firmas. A independência do judiciário foi testada em dois

modelos, um incluindo a variável que mede a distância cultural entre os países e em outro

sem a inclusão desta variável. Em todos os modelos, a independência do judiciário manteve-

se positiva e significativa sobre o empreendedorismo. Além disso, ressalta-se que a

magnitude do parâmetro estimado não sofreu modificações importantes com a alteração do

modelo e da forma de estimação. A influência da distância euclidiana do padrão de

distribuição das religiões com relação aos Estados Unidos foi considerada significativa e

apresentou o sinal negativo, o que indica que os costumes e heranças culturais podem exercer

influência sobre as iniciativas de empreender. Em síntese, os resultados sugerem que as

instituições, sejam elas formais ou informais, exercem impacto estatisticamente significativo

sobre a criação de novos negócios.

Palavras-chave: Instituições; Empreendedorismo; Modelos de painel.

19. POLÍTICAS SOCIAIS E IMPACTOS NA QUALIDADE DE VIDA

(RESUMOS)

1. Políticas socioambientais na associação dos municípios da região de Laguna/SC:

estudo sobre o plano de gestão de resíduos sólidos

Andreza da Cruz (UNESC): [email protected]

Miguelangelo Gianezini (UNESC): [email protected]

Em diversas localidades brasileiras, o avanço ou manutenção de atividades produtivas tem se

deparado com a necessidade de garantir harmonia entre a expansão ou aprimoramento da

produção e os aspectos que envolvem a sustentabilidade, em especial quando tais atividades

podem contribuir no processo de desenvolvimento socioeconômico local. Alguns municípios

da mesorregião do Sul catarinense têm buscado este equilíbrio econômico e socioambiental,

dentre os quais os integrantes da Associação dos Municípios da Região de Laguna

(AMUREL), que foi fundada em 14 de agosto de 1970 e conta atualmente (2016) com

dezoito municípios associados. Partindo deste contexto, esta proposta de pesquisa tem por

objetivo inicial a descrição e análise do Plano de Resíduos Sólidos, enquanto política

socioambiental adotada por associados da AMUREL.O foco serão as práticas dos municípios

que assinaram o Termo de Adesão de participação do processo de elaboração de Plano

Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) em consonância com a

Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e com conteúdo mínimo previsto no artigo 19

da Lei nº 12.305/2010. Um elemento que confere relevância à pesquisa proposta reside no

estudo deste objeto no âmbito de uma das Associações de Municípios do Estado de Santa

Catarina, que são instituições registradas, com personalidade jurídica de direito privado,

reconhecidas como instituições de utilidade pública, sem fins lucrativos e com estatuto

próprio, tendo cada uma sua respectiva estrutura. Para o desenvolvimento da pesquisa,

pretende-se adotar procedimentos metodológicos tais como levantamento bibliográfico,

teórico e histórico para aprofundar conceitos chave do desenvolvimento socioeconômico e do

socioambientalismo. Em seguida há previsão de realização de entrevistas com agentes sociais

“chave” no processo de implementação dos PMGIRS. Acredita-se com isso, que será possível

compreender o que a consecução dos mesmos representa para a região e qual a opinião dos

entrevistados sobre os resultados alcançados. Também são previstos estudos documentais

apontados pelos entrevistados. Isto porque buscar-se-á obter informações sobre o que foi

feito, como foi feito e a origem dos recursos, bem como a complementação e averiguação de

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algumas informações fornecidas. Haverá ainda uma pesquisa bibliográfica nos arquivos

oficiais e de periódicos e publicações locais. Espera-se contribuir não apenas para a descrição

das ações, enquanto divulgação do PMGIRS, mas também para fornecer resultados analíticos

acerca desta iniciativa e reais contribuições para o desenvolvimento socioeconômico das

localidades participantes.

Palavras-chave: Desenvolvimento; Políticas Públicas; Socioambientalismo; Santa Catarina.

2. III plano estadual de educação de Santa Catarina (1985-1988)

Pedro Ivo Burato Nuernberg (UNESC): [email protected]

Giani Rabelo (UNESC): [email protected]

O Objetivo desse trabalho é analisar o Plano Estadual de Educação (1985-1988), elaborado

durante o Governo Esperidião Amin (1983-1987). Na elaboração do Plano Estadual de

Educação, o contexto de democratização incluiu movimentos sociais e as forças democráticas

na participação e nas discussões sobre o referido documento que nortearia a educação

catarinense, motivados pela esperança nacional de reinstituição da democracia.

Anteriormente ao Plano em questão, Santa Catarina contou com outros dois planos

educacionais: I Plano Estadual de Educação (1969-1979); II Plano Estadual de Educação

(1980-1983). Elaborados com bases diferentes do III Plano, os anteriores eram pautados em

concepções tecnicistas, visava à melhora do ensino com o propósito de servir às necessidades

de mão de obra da indústria catarinense. No pleito eleitoral de 1982, reincorporando a

votação para Governador, a maioria dos catarinenses optou por Esperidião Amin,

representante conservador, ligado à oligarquia Konder-Bornhausen. Com atuação pautada

pela “Carta dos Catarinenses”, Amin colocou como prioridade para seu governo “os

pequenos”. No setor educacional, a inclusão de movimentos sociais, do magistério e dos

estudantes no processo de elaboração do PEE proporcionou um debate mais amplo. O Plano,

apresentado no documento “Democratização da Educação ─ A Opção dos Catarinenses”, foi

aprovado como Plano Estadual de Educação em 12 de Março de 1985, pelo Conselho

Estadual de Educação. O Plano foi estruturado em seis áreas de atuação: Ensino; Assistência

ao Educando; Organização e Participação Comunitária; Ecologia; Educação e os meios de

Comunicação Social e Administração do Sistema. Em suma, o Plano trouxe alguns avanços

ao ensino catarinense, pôs fim ao avanço progressivo; propôs um plano de carreira para o

magistério; escolha dos responsáveis pela administração das escolas e das UCREs (Unidades

de Coordenação Regional) realizadas por meio de votação direta e secreta entre outros. O

plano deixou um legado de participação, reforçando a importância dos movimentos do

magistério e dos estudantes nas discussões sobre educação.

Palavras-chave: Democratização; Plano Estadual de Educação; Santa Catarina; Participação.

3. Expansão das agências e linhas dos correios em Santa Catarina (1900-1930)

Gabriel Crozetta Mazon (UENSC): [email protected]

Alcides Goularti Filho (UNESC): [email protected]

A pesquisa tem por objetivo descrever e analisar a expansão das linhas e agências dos

correios no estado de Santa Catarina, na formação do território e como instrumento de

adensamento das funções do Estado. A expansão e a diversificação dos serviços públicos

combinados entre si formaram camadas geoeconômicas, que definem o sistema regional de

economia. A metodologia utilizada foi de pesquisa bibliográfica e documental, em relatórios

oficiais do Ministério da Indústria, Viação e Obras Públicas e jornais presentes no acervo

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digitalizado da Biblioteca Digital da Biblioteca Nacional. Na elaboração das tabelas sobre o

balanço financeiro, obtive-se dados sobre os constantes déficits financeiros. Os déficits eram

justificados, por que os serviços postais contribuíram no adensamento do Estado, no território

no período estudado houve maior volume de transmissão das informações, em função da

melhoria da infraestrutura básica da Administração dos Correios nas estradas e caminhos,

fomentando as relações políticas e comerciais. A autonomia do ponto de vista financeiro e

administrativo era relativa. O departamento estatual tinha autonomia para decidir quanto à

expansão das linhas, abertura ou fechamento de agências, além do repasse financeiro para

cada agência. Porém não eram autônomos financeiramente, dependendo de a Diretoria-Geral

dos Correios aprovar o orçamento para cada estado e realizar o repasse vindo do Tesouro

Nacional. Os correios ganharam magnitude, se tornaram um importante instrumento

mantenedor do território nacional e construtor dos limites do Brasil com os países vizinhos.

Pode-se dizer então, que a interação entre os vários fixos (georeferenciados) e os fluxos (de

pessoas, mercadorias, informações, ...) ajudaram na formação do território. As agências

seriam os fixos e as linhas postais os fluxos, logo a relação entre eles os transforma em

instrumento constitutivo do espaço e território onde exercem influencia.

Palavras-chave: Comunicações; Serviços Postais; Santa Catarina; Formação do Território;

História Econômica.

4. Implementação de políticas habitacionais no meio rural: a experiência dos municípios

catarinenses de Turvo e Ermo

Juliane Possamai Gonçalves (UNESC): [email protected]

Miguelangelo Gianezini (UNESC): [email protected]

O êxodo rural no Brasil se acentuou com o processo de industrialização e a consequente

urbanização. Tal fenômeno, foi concentrado nas últimas décadas do século XX, e neste início

do século, ganhou novos elementos que o tornaram heterogêneo, como por exemplo a

“conurbanação rururbana” e o êxodo reverso. Portanto, cada período histórico possui

demandas socioeconômicas que precisam ser atendidas pelo poder público, iniciativa privada

ou mesmo pelo terceiro setor, seja em âmbito nacional, seja em estados ou regiões com

diferentes características. A partir desta contextualização, percebeu-se a necessidade de

compreender e analisar as iniciativas habitacionais em espaços predominantemente rurais.

Assim, na perspectiva de contribuir, sob uma ótica interdisciplinar, realizou-se pesquisa de

mestrado com objetivo geral de analisar as políticas públicas sociais habitacionais (com

ênfase no desenvolvimento social), implementadas no extremo Sul Catarinense, com foco na

experiência de dois municípios da região, Turvo e Ermo. Esta escolha se deu pelo fato de

ambos os municípios terem uma experiência de implementação de programas com apoio e

acompanhamento do sindicato dos trabalhadores rurais local, o que conferiu originalidade à

proposta. Metodologicamente, foi desenvolvido um estudo caracterizado como pesquisa

aplicada. Quanto aos objetivos, optou-se por uma pesquisa descritiva e exploratória, adotando

a estratégia de um estudo de caso, com revisão de literatura, levantamento documental e uma

pesquisa de campo. Para a coleta de dados em campo, foi adotada a técnica de observação por

meio da qual foi estabelecido contato com agentes sociais locais e beneficiários das políticas

implementadas, com destaque para o Programa Nacional de Habitação Rural. Os dados foram

analisados e discutidos, por meio de uma abordagem essencialmente qualitativa. Observou-se

que o tema foi pouco explorado nas últimas décadas, uma vez que a moradia era considerada

uma adjacência da propriedade rural e portanto, um espaço organizado pelos proprietários.

Constatou-se que as recentes políticas implementadas têm alterado este quadro, mas é

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igualmente inegável que sindicatos de trabalhadores rurais e demais entidades sociais podem

contribuir significativamente no aprimoramento deste processo.

Palavras-chave: Políticas Públicas; Moradia; Desenvolvimento social rural.

20. RELAÇÕES ECONÔMICAS E POLÍTICAS INTERNACIONAIS

1. Determinantes da produção internacional do setor de bens de capital

Adilson Giovanini (UFSC): [email protected]

Kleverton Saath (UFSC): [email protected]

Carolina Silvestre Cândido (UFRGS): [email protected]

O setor de Bens de capital possui papel transversal na economia, sendo fornecedor de

insumos utilizados pelos demais setores industriais. Como consequência, os ganhos de

produtividade e as inovações observadas neste setor se difundem para os demais setores

industriais. O papel central do setor de bens de capital, como fornecedor de máquinas

utilizadas pelos demais setores faz com que as características assumidas por este setor se

reflitam nos indicadores nacionais de produtividade e competitividade. A estimação de um

painel dinâmico foi utilizada para responder as seguintes perguntas; o que determinou a

produção deste setor no período recente? O insumo capital é a variável que mais explica a

variação na sua produção ou existem outras variáveis que são mais relevantes? A elevada

heterogeneidade entre os países, que caracteriza este setor, se deve apenas ao modo como os

fatores de produção são alocados ou existem fatores institucionais associados a cada país que

influenciam na capacidade de crescimento deste setor? Além do modelo proposto para

responder estas questões também são utilizados dados oriundos de uma amostra ampla,

composta pelos 33 principais países produtores de bens de capital no período 1995-2009, o

que representa um diferencial deste estudo. A utilização de uma amostra composta por

diversos países viabiliza a adição de variáveis que identificam a influência de fatores

institucionais sobre a produção deste setor. Os resultados encontrados evidenciam a

contribuição elevada dos fatores institucionais para a variação da produção do setor de bens

de capital, que possuem maior poder de explicação do que os fatores de produção em si. Em

particular, o consumo do governo exerce maior influência sobre a produção deste setor do

que as demais variáveis de controle.

Palavras-chave: Setor de Bens de Capital; Painel Dinâmico; Fatores Institucionais.

2. Cooperação internacional entre Brasil e Angola sob a ótica dos atos internacionais

bilaterais vigentes e em tramitação

Gilson Tomás António Calete (UNESC): [email protected]

Julio César Zilli (UNESC): [email protected]

Adriana Carvalho Pinto Vieira (UNESC): [email protected]

Os atos internacionais constituem um acordo internacional concluído por escrito entre dois ou

mais Estados e regido pelo direito internacional, e que conste de um ou vários instrumentos

conexos. Dessa maneira, as denominações mais usadas são: tratado, acordo, convenção,

protocolo e memorando de entendimento. Devem ser formais, com teor definido, por escrito e

que as partes envolvidas devem ser necessariamente pessoas jurídicas de direito internacional

público. Localizado no continente africano, Angola é um dos importantes parceiros

comerciais do Brasil naquele continente. O intercâmbio comercial entre o Brasil e Angola

cresceu 35,9% e o saldo comercial é favorável à economia brasileira, registrando em 2013,

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um superávit de US$ 544 milhões. Diante disso, o presente estudo teve como objetivo

analisar os atos internacionais bilaterais vigentes e em tramitação firmados por Brasil e

Angola. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa descritiva, bibliográfica e documental

O estudo caracterizou-se por coleta de dados secundários, uma vez que foram utilizados

dados documentais do site oficial do Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil, por

meio do Sistema Consular Integrado (SCI), relacionando Angola, acordos vigentes e em

tramitação com o Brasil referente ao agronegócio, esclarecendo seus objetivos e identificando

suas datas de celebração e vigor. A análise dos dados foi essencialmente qualitativa.

Verificou-se que os atos internacionais bilaterais entre as duas nações na situação vigente,

referem-se principalmente com o fortalecimento dos laços de amizade, envolvendo também a

cooperações técnica, cientifica política e integração econômica. Em tramitação, destacam-se

aqueles relacionados ao setor de transporte, cooperação jurídica e iniciativas governamentais.

Palavras-chaves: Cooperação Internacional; Ato Internacional; Brasil; Angola.

3. Padrão de especialização do comércio internacional do Paraná (1999-2014)

Alison Geovani Schwingel Franck (UFSM): [email protected]

Mygre Lopes da Silva (UFSM)

Rodrigo Abbade da Silva (UFSM)

Daniel Arruda Coronel (UFSM)

Este trabalho visa analisar o padrão de especialização do comércio internacional do estado do

Paraná, identificando os setores produtivos mais dinâmicos, no período entre 1999 e 2014.

Neste sentido, calcularam-se os indicadores de Vantagem Comparativa Revelada Simétrica

(IVCRS), de Comércio Intraindústria (CII), de Concentração Setorial das Exportações (ICS)

e Taxa de Cobertura das Importações (TC) com os dados obtidos da Secretaria de Comércio

Exterior - SECEX. Para alcançar o objetivo de explanar o padrão comercial do Paraná no

período 1999-2014 e apresentar os setores produtivos do estado que apresentam maior

especialização e competitividade, serão utilizados indicadores baseados nos fluxos

comerciais. O banco de dados para o cálculo destes indicadores foi obtido junto à Secretaria

do Comércio Exterior (SECEX) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio do

Brasil (MDIC), acessível através do Sistema de Análise de Informações do Comércio

Exterior (ALICE WEB). Os dados relativos às importações e exportações desagregadas por

setores seguem o padrão da literatura empírica da área, como apresentam Feistel (2008) e

Maia (2005). Os capítulos referem-se aos setores produtivos e, a partir de cada capítulo

correspondente ao agrupamento de produtos, obtêm-se os valores das importações e

exportações. Os resultados indicaram que a pauta exportadora continua a ser

predominantemente composta por setores baseados em recursos naturais e da indústria de

transformação tradicional, tais como madeira, alimentos/fumo e bebidas, e material de

transporte. Com isso, é possível constatar que os setores especializados no comércio

internacional são aqueles que apresentam vantagens comparativas convencionais, embora se

constate a existência de comércio intraindústria em setores específicos.

Palavras-chave: Exportações; Vantagem comparativa; Paraná.

4. Exportações catarinenses de carne de frango e suíno: performance recente e

perspectivas

Fernando Seabra (UFSC): [email protected]

Gabriel Guimarães Raupp (UFSM): [email protected]

Mayara Müller (UFSM): [email protected]

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O objetivo deste estudo é examinar a evolução recente e os gargalos das exportações

catarinenses de carne de frango e suínos. Examina-se, principalmente, as oportunidades,

identificando-se grandes importadores mundiais que não estão na pauta de exportações de

estado. Os métodos de análise dizem respeito ao modelo gravitacional, a distância cultural

(sugerida pelo Modelo de Uppsala) e também por uma análise SWOT. Os resultados indicam

que, de modo especial para o caso da carne de frangos, as variáveis gravitacionais ajustam-se

aos fluxos de exportação de Santa Catarina por país de destino. Há também razões de

distância cultural e institucional, considerando a forte presença de países latino-americanos e

Angola entre os mercados do estado.

5. Dinamismo do comércio exterior da região sul de Santa Catarina – 2009-2015

Fernando Seabra (UFSC): [email protected]

Silvio A. F. Cario (UFSC): [email protected]

Graciella Martignago (UNISUL): [email protected]

Carla Acordi (UFSC): [email protected]

A economia de Santa Catarina enfrenta consideráveis desafios na área da competitividade e o

comércio exterior constitui uma delas. A análise da balança comercial revela um estado que

perdeu dinamismo exportador, enquanto as importações cresceram a taxas elevadas.

Historicamente um estado superavitário, após anos de valorização cambial tornou-se

deficitário em sua balança comercial. Com o objetivo de contribuir para a análise destas

mudanças, este artigo apresenta o padrão de comércio da balança comercial da região sul de

Santa Catarina, composta pelas microrregiões de Araranguá, Criciúma e Tubarão, no período

de 2009 a 2015, com o intuito de identificar as principais características do desempenho do

comércio internacional da região. Além de apontar aspectos e desempenho recentes da

economia estadual, bem como do comportamento do seu comércio exterior, evidenciou-se a

evolução da balança comercial regional, com destaque para os produtos exportados e

importados, os principais parceiros comerciais e empresas atuantes no mercado externo, entre

outros aspectos. Constatou-se que a região apresentou um comportamento diferente daquele

observado no estado como um todo. Esse fato é evidenciado pelo incremento da participação

das exportações da Região Sul no total de Santa Catarina, frente à redução do market share

das importações. O estudo demonstrou também que, apesar da predominância das

exportações de produtos de menor valor agregado e baixa intensidade tecnológica (como a

carne de aves e o fumo), a Região Sul do estado não concentra seus esforços de produção

apenas nesses setores. A importação dos chamados bens intermediários e bens da capital,

como produtos químicos e máquinas e equipamentos, demonstra a importância da indústria

de transformação (destinada ao mercado interno) para a economia da região.

Palavras-chave: Comércio Exterior; Região Sul; Santa Catarina.

21. EMPREENDIMENTOS DE ECONOMIA SOLIDÁRIA E

AGRICULTURA FAMILIAR

1. Incubadoras: organizações fundamentadas na gestão do conhecimento

Louise de Lira Roedel Botelho (UFFS): [email protected]

Cleomar Minetto (UFFS): [email protected]

Daniela Gotin (UFFS): [email protected]

Eliseu Champe da Silva (UFFS): [email protected]

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Jorge Adalberto Schommer (UFFS): [email protected]

Djéssica Follmann de Lima (UFFS): [email protected]

Marcelo Macedo (UFSC): [email protected]

A presente pesquisa integra o programa de pesquisa e extensão: Metodologia para a

implantação do programa de formação e institucionalização da ITCEES – Incubadora

Tecnossocial de Cooperativas e Empreendimentos Econômicos Solidários da Universidade

Federal da Fronteira Sul, no Campus Cerro Largo/RS, aprovada na CHAMADA

MCTI/SECIS/MTE/SENAES/CNPQ No. 89/2013 e no Edital Proext 2014/MEC/SESU. Este

trabalho tem por objetivo identificar as relações das Incubadoras Tecnológicas de

Cooperativas Populares (ITCPs) e a Gestão do Conhecimento. Os objetivos que

complementaram este trabalho estão voltados para a formulação e organização de uma base

conceitual das temáticas propostas pelo estudo, ITCPs e Gestão do Conhecimento, bem

como, a produção de base metodológica que favoreça o entendimento e apresentação das

ITCPS como entidades voltadas ao de desenvolvimento das diferentes práticas na área de

Gestão do Conhecimento. A metodologia adotada pelo estudo foi o método de revisão

bibliográfica método pelo qual utilizou para a coleta de dados e informações realizadas a

partir do tema determinado e delimitado para o trabalho. Tratou-se de uma busca dos estudos

com maior relevância para a pesquisa em diferentes bancos de dados, por meio da descrição

de quatro passos, que contemplam a busca de fontes relativas as temáticas propostas pelo

estudo, a coleta de dados, a análise dos dados considerados relevantes para o estudo, por fim,

a discussão dos resultados encontrados. Esse estudo apresentou como resultado o

entendimento das temáticas desenvolvidas pela pesquisa, através da identificação dos pontos

que integram a Gestão do Conhecimento na rotina de trabalho e a atividades desenvolvidas

pelas ITCPs.

Palavras-chave: ITCPs; Gestão do Conhecimento; Revisão Bibliográfica.

2. Contribuição da comunicação visual nos empreendimentos de economia solidária

vinculados à incubadora social da UNISUL

Rafael Cardoso da Silva (UNISUL): [email protected]

Ivone Junges (UNISUL): [email protected]

O estudo tem por objetivo comprovar os ganhos auferidos através de uma comunicação

visual eficaz nos empreendimentos de Economia Solidária, visto o grande despreparo com

esse tema pelos integrantes das organizações incubadas pela Incubadora Tecnológica de

Cooperativas Populares da UNISUL, sendo assim, tais organizações acabam por não

expressar corretamente a qualidade e valor presentes em seus produtos, perdendo ganhos de

competitividade em um mercado tão acirrado. Para o cumprimento de tal objetivo o estudo

abordou uma série de conhecimentos acerca dos temas, Economia Solidária e comunicação

visual. A pesquisa se caracteriza de natureza qualitativa e exploratória, analisando os ganhos

com a comunicação visual nos empreendimentos de Economia Solidária incubados. Além de

buscar a comprovação dos ganhos, este artigo apresenta uma proposta de metodologia para o

desenvolvimento de ações específicas, neste caso, de uma nova comunicação visual,

demonstrando-se eficiente e eficaz, pela sua simplicidade e assimilação com os princípios da

Economia Solidária. Os principais resultados deste estudo decorrem dos resultados obtidos

das duas análises realizadas, onde provam que uma comunicação visual eficaz tende a trazer

ganhos significativos de competitividade, visto que todas as percepções acerca da qualidade,

valor, custo/benefício, e identidade visual identificadas na segunda análise, após a elaboração

da nova comunicação visual, superaram as iniciais, comunicação existente. Através desta

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comprovação espera-se que os integrantes de empreendimentos de Economia Solidária bem

como as entidades de apoio destes deem maior importância ao tema, visto o ganho de

competitividade obtido. Além disto, estes indivíduos estarão munidos com uma ferramenta

que lhes proporcionem o desenvolvimento de ações específicas de forma prática, fomentando

assim uma gestão mais consolidada.

Palavras-chave: Economia Solidária; Comunicação Visual; Incubadora Tecnológica de

Cooperativas Populares.

3. Desafios do desenvolvimento rural em relação à agricultura familiar do município de

Paial – SC

Matheus Santin Padilha (UNOCHAPECÓ): [email protected]

André Junior Ogliari (UNOCHAPECÓ): [email protected]

Carlos Eduardo Arns (UNOCHAPECÓ): [email protected]

O presente artigo tem o objetivo de contribuir com o esforço de reflexão sobre o

desenvolvimento rural no município de Paial/SC, localizado no Oeste de Santa Catarina,

especialmente a partir dos dados produzidos pelo diagnóstico realizado pelos acadêmicos do

7º período, do curso de Agronomia da Unochapecó. Os dados apontam e corroboram para o

cenário de fortes mudanças em curso e com consequências pouco claras para a maioria no

“mundo rural”. O município possui diversas particularidades como observado nas enquetes

realizadas, destacando-se que aproximadamente 80% dos entrevistados são casados.

Também, ainda existe um equilíbrio entre a faixa etária das pessoas, comparada com a

realidade da região Oeste Catarinense. No entanto, os dados já permitem sinalizar para

necessidade de ações urgentes para evitar o agravamento da falta de sucessão nas unidades de

produção familiares, por ser um município de pequena extensão territorial Paial, possui

apenas 14 comunidades já fortemente fragilizadas pelo contínuo processo de êxodo. A

pesquisa revelou uma ampliação de organizações presentes no meio rural, porém uma baixa

adesão e um forte comportamento de individualizado na solução de problemas que

demandam coesão social. Observou-se que 66% das propriedades são menores que 20

hectares, e as principais atividades que possuem destaque são a bovinocultura de leite e a

produção de grãos. Logo um dos principais problemas citados, refere-se ao uso excessivo de

agrotóxicos. Contudo, grande parte dos agricultores tem a pretensão de permanecer no

município, apesar da falta de sucessores em muitos casos, os produtores pretendem continuar

investindo em novas atividades ou investindo nas atividades que possuem atualmente, isso

reflete o interesse do produtor em permanecer no município. Fica evidente um conjunto de

limitações para a promoção do desenvolvimento rural na perspectiva da sustentabilidade.

Palavras Chave: Desenvolvimento Rural; Diagnóstico; Agricultura Familiar.

4. Experiências de desenvolvimento territorial presentes na agricultura familiar no alto

vale do Itajaí (SC): o caso do município de Witmarsum

Korinne Wippel Possamai (UNIDAVI): [email protected]

Márcia Füchter (UNIDAVI): [email protected]

Tatiane A. Viega Vargas (UNIDAVI/FURB): [email protected]

A agricultura familiar é sempre lembrada por sua importância no abastecimento alimentar

brasileiro e pela geração de emprego renda para população rural. Ao longo de sua existência,

a agricultura familiar no Brasil enfrentou momentos de dificuldades variadas, desde a falta de

competitividade dos produtos agrícolas em relação aos concorrentes, desvalorização do

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agricultor, êxodo rural, entre outras. Na cidade de Witmarsum (SC), alguns agricultores

modificaram suas atividades para enfrentar as dificuldades vivenciadas nos cultivos

tradicionais. Diante desse cenário o presente trabalho tem por objetivo investigar as

atividades diferenciadas na agricultura familiar do município de Witmarsum que se

enquadrem como experiências de desenvolvimento territorial, ou seja, atividades que

possuem impactos socioeconômicos e culturais favoráveis no meio rural. Para a realização da

pesquisa utilizou-se como metodologia a pesquisa bibliográfica principalmente na elaboração

do referencial teórico, a pesquisa é qualitativa com abordagem indutiva. A presente pesquisa

enquadra-se ainda como um estudo de campo, com a utilização da técnica de entrevista. A

amostra contemplou quatro proprietários rurais que se enquadram na modalidade de

agricultores familiares. Notou-se, sobretudo, que as atividades diferenciadas em Witmarsum

têm atuado como potencializadoras dos recursos disponíveis nesse território gerando

viabilidade econômica, pertencimento do trabalhador rural ao local, bem como a preservação

dos recursos naturais.

Palavras-chave: Desenvolvimento Territorial; Agricultura Familiar; Santa Catarina;

Witmarsum.

22. DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO (RESUMOS)

1. Perspectivas para a bovinocultura orgânica no âmbito da pecuária familiar

catarinense

Miguelangelo Gianezini (UNESC): [email protected]

Andreza da Cruz (UNESC): [email protected]

Berto Varmeling: [email protected]

Giovani Gamba Pagani: [email protected]

No contexto da pecuária brasileira, a bovinocultura ocupa lugar de destaque. Em que pese o

igualmente significativo rebanho de suínos e aves, a criação de bovinos foi responsável pela

ocupação histórica do território nacional, pela significativa expansão do rebanho nas últimas

décadas e pelo fornecimento de proteína animal para o mundo nos tempos atuais. Contudo,

esta atividade traz consigo alguns desafios, haja vista que seu avanço em algumas regiões tem

gerado um passivo ambiental, seguido de pressões externas e internas. Tais pressões têm

demandado respostas dos agentes da cadeia produtiva da carne bovina, que têm sido

oferecidas por intermédio de iniciativas como a da pecuária orgânica. Esta atividade possui

certificação e tem seu processo associado a baixos impactos ambientais, podendo também

contribuir para a preservação da cultura e práticas locais. Esta atividade também pode ser

uma alternativa para alguns pequenos produtores em estados de economia diversificada como

é o caso de Santa Catarina, onde a produção agropecuária é majoritariamente familiar. Já há

apontamentos para o estudo da chamada “pecuária familiar” em estados vizinhos como o Rio

Grande do Sul, onde a criação de bovinos é uma atividade secular. Observando tal contexto, o

objetivo deste estudo é coletar dados e informações acerca das principais iniciativas e agentes

envolvidos nesta atividade no Estado de Santa Catarina, mais precisamente na mesorregião

do Sul Catarinense. A proposta dos procedimentos de investigação e técnicas de coleta de

dados está dividida em três etapas: i) leitura e revisão dos conceitos e definições da pecuária

orgânica e familiar; ii) levantamento documental para auxiliar na caracterização deste tipo de

pecuária em Santa Catarina e iii) e descrição das experiências desenvolvidas pelos agentes

responsáveis na região. O estudo encontra-se em fase intermediária e integra a pesquisa

determinantes da expansão contemporânea da bovinocultura de corte em Santa Catarina.

Palavras-chave: Desenvolvimento Rural; Produção Sustentável; Bovinocultura.

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2. Análise de indicadores de desempenho gerenciais aplicados à agroindústria Sul

Catarinense

Berto Varmeling (UNESC): [email protected]

Miguelangelo Gianezini (UNESC): [email protected]

Os indicadores de desempenho gerenciais são amplamente utilizados por corporações

industriais, que se embasam em indicadores financeiros e não financeiros para a tomada de

decisão. Tais indicadores são constituídos por fórmulas matemáticas e/ou estatísticas usadas

para mensurar a eficiência e a eficácia das organizações, geralmente em escalas percentuais,

fornecendo assim, valores ou grandezas passíveis de análise. Portanto sua utilização/adoção

propicia a busca por melhores resultados, proporcionando o desdobramento dos planos

estratégicos. Para muitos setores que experimentaram um aumento da competição,

diminuição das margens operacionais e a instabilidade do mercado, a adoção de indicadores

de desempenho para tomada de decisão tornou-se prioritária. Este é o caso das organizações

agroindustriais catarinenses (em especial as de pequeno e médio porte), que em seus diversos

segmentos, podem buscar o aprimoramento da gestão por meio destas práticas. Afinal, é por

meio deste feedback, que a organização pode empreender em uma avaliação de desempenho

realmente efetiva, averiguando se as ações realizadas, estão contribuindo para alcançar as

vantagens competitivas desejadas. Neste contexto, enseja-se com este estudo conhecer os

principais indicadores gerenciais utilizados na gestão da agroindústria de Santa Catarina,

mais especificamente nas organizações radicadas na mesorregião Sul Catarinense. Objetiva-

se também analisar dentro dos resultados obtidos a existência de indicadores qualitativos, que

permitam um gerenciamento dos ideais e valores intangíveis destas organizações. Pretende-se

com isso, após a constatação dos dados, criar um ranking destes indicadores, convertendo

este resultado em um dashboard, um painel de controle, que transforma os indicadores em

forma gráfica e de fácil entendimento, apresentando, apenas os que tenham maior impacto

para gestão, contribuindo para uma maior assertividade na tomada de decisões. A ideia é não

poluir o painel de controle, apresentando apenas os de maior impacto, fazendo que

indicadores “secundários” apareçam apenas quando for detectado alguma irregularidade que

comprometa o desempenho geral, ou dos indicadores “principais”. Os procedimentos

metodológicos da pesquisa iniciam-se com a leitura e revisão de conceitos, seguido de um

levantamento bibliográfico e documental, a coleta de dados, será feita por meio da aplicação

de questionários pré-elaborados com perguntas direcionadas, que contribuíram para o alcance

do resultado pretendido. Cabe mencionar que esta é uma proposta de dissertação de mestrado,

ainda está em fase preliminar, partindo do reconhecimento das vantagens da adoção de

indicadores quantitativos, que expressam a utilização e aproveitamento dos recursos

(financeiros) e a eficiência de seus processos (internos), mas também apontando a

necessidade de se mensurar aspectos não monetários, qualitativos, conseguindo assim, uma

avaliação mais completa.

Palavras-chave: Competitividade; Dinâmica Organizacional; Economia Industrial.

3. Influência dos aspectos socioculturais na “agregação de valor” do trigo mourisco

Daniel Uba (EPAGRI): [email protected]

Telma Tatiana Köene (EPAGRI): [email protected]

Do ponto de vista econômico, normalmente o entendimento de “agregação de valor” a um

produto está relacionado com o desenvolvimento de sua imagem, principalmente no aspecto

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visual da sua apresentação para que o mesmo seja valorizado pelo consumidor. Quando esta

lógica é aplicada aos produtos oriundos da agricultura familiar, deixa-se de aproveitar outros

fatores como cultura, tradição, hábitos e sistema de produção artesanal/colonial, como

vantagens competitivas diante de um mercado que sinaliza para a valorização destas

características. O presente estudo apresenta a experiência de produtores de trigo mourisco, ou

trigo sarraceno (Fagopyrum esculentum) e de como é agregado valor a eles a partir dos

fatores socioculturais. Dentre as tradições trazidas pelos imigrantes poloneses e ucranianos ao

município de Itaiópolis, no Planalto Norte de Santa Catarina, o seu cultivo ainda sobrevive

graças ao esforço de alguns produtores em parceria com a Epagri. Conhecida localmente

como tatarca (polonês) ou rhétcta (ucraniano), a planta tem origem asiática e é difundida

para uso alimentar. Apesar da sua importância na tradição alimentar e na renda das famílias

ao longo das gerações, a produção de trigo mourisco entrou em declínio nas últimas décadas,

perdendo espaço nas lavouras da região, principalmente para a soja, o milho e o trigo. Em

2011, a atividade se enfraqueceu ainda mais quando os agricultores perderam espaço no

mercado formal devido às exigências de embalagem e rotulagem do produto. A partir de

então houve uma mobilização das famílias produtores, com o incentivo da Epagri no sentido

de apoiar no cultivo, no processamento artesanal e na comercialização desse alimento. Foram

distribuídas sementes, orientações aos agricultores, desenvolvimento de rótulo e embalagem

adequados para a comercialização. Como consequência, na safra de 2012, foram

comercializadas aproximadamente três toneladas no mercado regional e para o Programa

Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), garantindo o acesso das comunidades polonesas e

ucranianas ao alimento, levando a falta de produto. O número de famílias produtoras

ampliou-se de 3 (três) para 8 (oito) e a área de plantio que era de 9 (nove) hectares, foi

ampliada para 22 (vinte e dois) hectares. Para quem investe nessa tradição, o cultivo é

simples e vantajoso nos aspectos agronômico, ambiental e econômico uma vez que se trata de

uma planta rústica e de ciclo curto, com até duas safras por ano. Habilita-se para rotação de

culturas como recicladora de nutrientes, como forragem para animais e também na apicultura,

para produzir um mel escuro, de aroma forte. Rica em proteínas, vitaminas, minerais, fibras e

substâncias antioxidantes, a semente de trigo mourisco é um alimento nutritivo e de sabor

marcante, além de não conter glúten. O uso na culinária típica polonesa e ucraniana é o que

mais motiva os agricultores de Itaiópolis a investir nessa cultura. Conforme demonstra o

estudo, os principais fatores de agregação de valor ao trigo mourisco, como um produto da

agricultura familiar, estão relacionados com fatores socioculturais, o que aponta para o

potencial de geração de valor da tatarca para a agricultura na região do Planalto Norte de

Santa Catarina.

Palavras-chave: Agregação de Valor; Mercado; Sociocultural; Trigo Mourisco.

4. Determinantes da mortalidade de empresas em Santa Catarina: o papel da

inadimplência

Bruno Thiago Tomio (FURB): [email protected]

Johnny W. Monteiro (FURB): [email protected]

A longevidade das empresas catarinenses tem sido comprometida por diversos fatores que

têm causado o fechamento ou falência (mortalidade) desses empreendimentos. O objetivo

deste estudo é investigar os determinantes da mortalidade das empresas em Santa Catarina,

com ênfase na inadimplência dos consumidores. Isto é, abordam-se os determinantes

macroeconômicos da mortalidade, que por vezes são mais expressivos que os problemas

microeconômicos (e.g. gestão da empresa). A partir disto, a metodologia da pesquisa é

bibliográfica, com levantamento das pesquisas já realizadas nesta temática, e quantitativa, a

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partir da aplicação de um modelo econométrico de séries temporais, a fim de contribuir com

resultados empíricos deste tema para Santa Catarina. O período abordado inicia em janeiro de

2013 e finaliza em janeiro de 2016, o que compreende 37 meses. As variáveis centrais deste

modelo para Santa Catarina são: fechamento de empresas (variável dependente) e

inadimplência (famílias endividadas, famílias com contas em atraso e famílias que não terão

condições de pagar). Além disto, o modelo incorpora as seguintes variáveis de controle:

abertura de empresas, admissão de trabalhadores, desligamento de trabalhadores, exportação

e importação. As fontes dos dados utilizados são Junta Comercial do Estado de Santa

Catarina (JUCESC), Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC),

Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) e Ministério do

Desenvolvimento Indústria e Comércio (MDIC). Os resultados encontrados apontam para

uma relação positiva entre fechamento de empresas e famílias que não terão condições de

pagar. No entanto, encontra-se uma relação inversa entre fechamento de empresas e famílias

com contas em atraso. Isso se deve ao comportamento dos consumidores brasileiros, que

normalmente atrasam o pagamento de suas contas, porém não deixam de pagá-las. Logo, não

são os pagamentos em atraso que causam a mortalidade de empresas em Santa Catarina, mas,

sim, as famílias que não terão condições de pagar suas contas. As variáveis de controle

também apontam resultados interessantes. Variações positivas em abertura de empresas,

admissão de trabalhadores e demissão de trabalhadores aumentam o fechamento de empresas.

Por outro lado, aumentos na exportação diminuem o fechamento de empresas, ressaltando a

importância do papel das vendas dos produtos catarinense no exterior. As variáveis

endividamento e importação não apresentaram resultados estatisticamente significativos.

Concluindo, estes resultados podem ser muito úteis para políticas públicas visando um

aprimoramento da educação financeira das famílias catarinense, que acabariam por gerar

demanda financeiramente saudável de longo prazo, fator crucial para a sobrevivência das

empresas.

Palavras-chave: Mortalidade de Empresas; Inadimplência; Santa Catarina; Econometria de

Séries Temporais.