XIII Curso de Atualização em Pediatria de Londrina · Lactente 0-24 meses com sinais e sintomas...

47
Claudio Luiz C. G. de Amorim Londrina/PR, 26/05/17 XIII Curso de Atualização em Pediatria de Londrina

Transcript of XIII Curso de Atualização em Pediatria de Londrina · Lactente 0-24 meses com sinais e sintomas...

Claudio Luiz C. G. de AmorimLondrina/PR, 26/05/17

XIII Curso de Atualização em Pediatria de Londrina

BVA

• INTRODUÇÃO, ETIOLOGIA E SAZONALIDADE DO VÍRUSSINCICIAL RESPIRATÓRIO

• FISIOPATOLOGIA E FATORES DE RISCO

• QUADRO CLÍNICO

• EXAMES COMPLEMENTARES

• TRATAMENTO

• IMUNOPROFILAXIA E PREVENÇÃO

• O FUTURO...

BVA

• INTRODUÇÃO, ETIOLOGIA E SAZONALIDADE DO VÍRUSSINCICIAL RESPIRATÓRIO

• FISIOPATOLOGIA E FATORES DE RISCO

• QUADRO CLÍNICO

• EXAMES COMPLEMENTARES

• TRATAMENTO

• IMUNOPROFILAXIA E PREVENÇÃO

• O FUTURO...

BVA

• Definição: primeiro episódio de sibilância associadocom infecção de via aérea superior (IVAS) até os 2anos de idade;

• Pico entre 2 e 8 meses de idade;

• Fator de risco para sibilância na primeira década devida.

Meissner et. al, NEJM 2016

BVA

• Vírus sincicial respiratório (VSR) é o principal, rinovíruso segundo;

• Outros: parainfluenza, influenza, adenovírus,Mycoplasma pneumoniae;

• É frequente coinfecção viral (casos graves e deinternação prolongada);

• Infecção bacteriana secundária é incomum, mas chega a44% em quadros graves (UTI).

Meissner et. al, NEJM 2016

BVA

• Dura cerca de 5 meses (março aagosto), no outono e inverno,com pico nos meses de chuva.

2011

0

100

200

300

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2012

0

100

200

300

Jan Fev Mar Abr Ma i Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2013

0

100

200

300

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Distribuição do Vírus Sincicial Respiratório por mês, Paraná, 2011 – 2014.

2014

0

100

200

300

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Fonte: SESA/LACEN-GAL/DVVTR. Dados atualizados em 10/03/2015, sujeitos a alteração.

2013

0

100

200

300

400

500

< 1 ano 1 ano 2 a 4 anos 5 a 9 anos 10 a 19 anos 20 a 29 anos 30 a 39 anos 40 a 49 anos 50 a 59 anos 60 e mais

Distribuição do Vírus Sincicial Respiratório por faixa etária, Paraná, 2013 - 2014.

2014

0

100

200

300

400

500

< 1 ano 1 ano 2 a 4 anos 5 a 9 anos 10 a 19 anos 20 a 29 anos 30 a 39 anos 40 a 49 anos 50 a 59 anos 60 e mais

Fonte: SESA/LACEN-GAL/DVVTR. Dados atualizados em 10/03/2015, sujeitos a alteração.

9

1 1

2

1

8

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

< 2 anos 2 a 4 anos 5 a 9 anos 10 a 19 anos 20 a 29 anos 30 a 39 anos 40 a 49 anos 50 a 59 anos >= 60 anos

Distribuição dos óbitos do Vírus Sincicial Respiratório por faixa etária, Paraná, 2013 – 2014.

4

1

3

5

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

< 2 anos 2 a 4 anos 5 a 9 anos 10 a 19 anos 20 a 29 anos 30 a 39 anos 40 a 49 anos 50 a 59 anos >= 60 anos

Óbito 2014 Comorbidade 2014

2013

2014

N= 22 óbitos

N= 13 óbitos

Fonte: SESA/SINAN Web/DVVTR. Dados atualizados em 10/03/2015, sujeitos a alteração.

BVA

• Adquire-se por contato direto, principalmentemucosas ocular e nasal;

• Permanece viável em fômites por até 24 horas;

• Incubação: 4-5 dias, com replicação em nasofaringe;atinge vias aéreas inferiores em 1-3 dias.

Meissner et. al, NEJM 2016

BVA

• INTRODUÇÃO, ETIOLOGIA E SAZONALIDADE DO VÍRUSSINCICIAL RESPIRATÓRIO

• FISIOPATOLOGIA E FATORES DE RISCO

• QUADRO CLÍNICO

• EXAMES COMPLEMENTARES

• TRATAMENTO

• IMUNOPROFILAXIA E PREVENÇÃO

• O FUTURO...

BVA

• Processo inflamatório intenso -debris por necrose celular esecreção;

• O diâmetro reduzido dobronquíolo do lactente contribuipara a intensidade do quadroobstrutivo;

• Por efeito citopático viral, hálesão do epitélio ciliar edificuldade de remoção dos restoscelulares.

Meissner et. al, NEJM 2016

BVA

Meissner et. al, NEJM 2016

BVA

BVA

BVA

• Prematuridade

• Doenças pulmonares e cardíacas crônicas

• Baixa idade (antes de 6 semanas)

• Tabagismo passivo

• Poluentes atmosféricos

Meissner et. al, NEJM 2016

BVA

• INTRODUÇÃO, ETIOLOGIA E SAZONALIDADE DO VÍRUSSINCICIAL RESPIRATÓRIO

• FISIOPATOLOGIA E FATORES DE RISCO

• QUADRO CLÍNICO

• EXAMES COMPLEMENTARES

• TRATAMENTO

• IMUNOPROFILAXIA E PREVENÇÃO

• O FUTURO...

BVA

• Típico: lactente com IVAS com sinais e sintomas deobstrução de vias aéreas inferiores;

• Após 48-72h dos sintomas pode surgirtaquidispnéia, expiração prolongada, sibilância,dificuldade para alimentação, vômitos após tosse...

Meissner et. al, NEJM 2016

BVA

• ATENÇÃO: APNEIA = internação!

– Prematuros com idade gestacional corrigida menor que48 semanas;

– Termo menores que um mês.

Meissner et. al, NEJM 2016

BVA

• EXAME FÍSICO: tempo expiratório prolongado,tiragens, taquidispnéia, sibilância e/ou crepitações,assimetria de ausculta torácica, alteração do nívelde consciência, cianose, desidratação, febre,apneia.

• 0,5-2% necessitam de UTI

Meissner et. al, NEJM 2016

Acute bronchiolitis in infants. Scandinavian Journal of Traum, Ressucitation and Emergency Medicine, 2014.

BVA

• INTRODUÇÃO, ETIOLOGIA E SAZONALIDADE DO VÍRUSSINCICIAL RESPIRATÓRIO

• FISIOPATOLOGIA E FATORES DE RISCO

• QUADRO CLÍNICO

• EXAMES COMPLEMENTARES

• TRATAMENTO

• IMUNOPROFILAXIA E PREVENÇÃO

• O FUTURO...

BVA

• Diagnóstico é clínico!

• Indicados nos casos graves ou na suspeita decomplicações:– Hemograma inespecífico ou padrão viral– Gasometria arterial– RX tórax: hiperinsuflação e atelectasias

Meissner et. al, NEJM 2016

BVA

Meissner et. al, NEJM 2016

BVA

Meissner et. al, NEJM 2016

BVA

• INTRODUÇÃO, ETIOLOGIA E SAZONALIDADE DO VÍRUSSINCICIAL RESPIRATÓRIO

• FISIOPATOLOGIA E FATORES DE RISCO

• QUADRO CLÍNICO

• EXAMES COMPLEMENTARES

• TRATAMENTO

• IMUNOPROFILAXIA E PREVENÇÃO

• O FUTURO...

BVA

“ Nenhum tratamento específico reduz o curso natural da doença ou apressa a

resolução dos sintomas”

Meissner et. al, NEJM 2016

BVA

Meissner et. al, NEJM 2016

Manejo Mínimo!

BVALactente 0-24 meses com sinais e sintomas de infecção de

vias aéreas superiores e obstrução de via aérea inferior

Ausência de sinais de gravidade

Ausência de fatores de risco

Apresenta de sinais de gravidade?- Toxemia- Desidratação- Dispneia- FR > 70 irpm- Cianose- Hipoxemia (Sat < 90%)- Apneia

Apresenta fatores de risco?- Prematuridade- Cardiopatia congênita- Imunodeficiência- < 3 meses- Pneumopatia- Neuropatia

Alta hospitalar com reavaliação diária e

orientação de sinais e sintomas de alerta ou piora

Internar Maior risco de evoluir mal: considerar internar

(CONTINUA)

BVA

Suporte hídrico

- Hidratação senecessário(endovenosa ou viaSNG)

Suporte ventilatório

- Oxigênio sesaturação < 90%

- Ventilção não-invasiva ouinvasiva?

Terapia adjuvante

Considerar soluçãosalina hipertônica 3%(NaCl 20% 1 ml +água destilada 5 mlaté 8/8h, combroncodilatador)

Exames complementares

- RX tórax: casosgraves ou suspeitade complicações

- Gasometriaarterial: casosgraves

- Triageminfecciosa:paciente < 90 diase suspeita infecçãosecundária.

(CONTINUAÇÃO)

Adaptado de Bronquiolite – diretrizes para o diagnóstico e tratamento. Albert Einstein, 2015.

BVA

BVA

BVA

BVA

BVA

SÍNDROME GRIPAL COM FATORES DE RISCO = TAMIFLU®

SÍNDROME GRIPAL SEM FATORES DE RISCO = TALVEZ TAMIFLU®

Protocolo de tratamento de Influenza. Ministério da Saúde. Brasília, 2015

BVA

= TAMIFLU®

Protocolo de tratamento de Influenza. Ministério da Saúde. Brasília, 2015

BVA

• INTRODUÇÃO, ETIOLOGIA E SAZONALIDADE DO VÍRUSSINCICIAL RESPIRATÓRIO

• FISIOPATOLOGIA E FATORES DE RISCO

• QUADRO CLÍNICO

• EXAMES COMPLEMENTARES

• TRATAMENTO

• IMUNOPROFILAXIA E PREVENÇÃO

• O FUTURO...

BVA

Meissner et. al, NEJM 2016

BVA

a) Menor de 01 ano de idade, que nasceu prematuro com idade gestacionalmenor ou igual a 28 semanas;

b) Menor de 01 ano de idade, que nasceu prematuro com idade gestacionalentre 29 semanas a 31 semanas e 6 dias, estando com menos de seis mesesde idade, no mês de abril;

c) Menor de 02 anos de idade, portador de Doença Pulmonar Crônica daPrematuridade, com necessidade de tratamento nos últimos 6 meses:oxigênio, broncodilatador, diurético, corticóide inalatório;

d) Menor de 02 anos de idade, com Cardiopatia Congênita Cianótica;

e) Menor de 02 anos de idade, com Cardiopatia Congênita em tratamento paraInsuficiência Cardíaca e/ou com Hipertensão Pulmonar Moderada a Grave.

BVA

• 15 mg/kg, mensal por, no máximo, cinco aplicaçõesmensais consecutivas;

• A primeira dose deve ser administrada um mês antes doinício do período de sazonalidade do VSR não seaplicando após o período de sazonalidade;

• Administrado exclusivamente por via intramuscular, depreferência na face anterolateral da coxa.

BVA

• Evitar exposição passiva ao tabaco;

• Incentivar a manutenção do aleitamento materno;

• Evitar contato com pessoas com infecção respiratória aguda;

• Evitar, ou retardar, sempre que possível, que pacientes de alto riscofrequentem locais onde a exposição a doença viral aguda não possaser controlada (ex: creches, aglomerados);

• Vacinação contra influenza, principalmente nos grupos de risco;

• Palivizumabe para os pacientes que preencham critérios.

BVA

• INTRODUÇÃO, ETIOLOGIA E SAZONALIDADE DO VÍRUSSINCICIAL RESPIRATÓRIO

• FISIOPATOLOGIA E FATORES DE RISCO

• QUADRO CLÍNICO

• EXAMES COMPLEMENTARES

• TRATAMENTO

• IMUNOPROFILAXIA E PREVENÇÃO

• O FUTURO...

BVA

• Bronquiolite grave está associada a asma principalmenteapós infecção pelo VSR e rínovírus;

• Predisposição genética?

• Pulmão previamente anormal?

Meissner et. al, NEJM 2016

Acute bronchiolitis in infants. Scandinavian Journal of Traum, Ressucitation and Emergency Medicine, 2014.

BVA

• Vacina de vírus atenuado – administraçãointranasal;

• Imunização materna durante a gestação comvacina não replicante.

Meissner et. al, NEJM 2016

BVA

• Vacina de vírus atenuado – administraçãointranasal;

• Imunização materna durante a gestação comvacina não replicante.

Meissner et. al, NEJM 2016

BVA

• Manipulação mínima do paciente!

• Evolução é favorável na maior parte das vezes;

• Tranquilizar a si mesmo e, então, os pais.

BVA

Segundo JT Wung....

Medicina tradicional: doutor distrai o paciente e anatureza cura o paciente...

Medicina moderna: tecnologia distrai o doutor enatureza continua curando o paciente!!!

BVA

• Viral Bronchiolitis in Children, H. Cody Meissner, M.D. N Engl J Med 2016; 374:62-72. January 7, 2016.

• Hypertonic Saline for the tratment of bronchiolitis in infants and young children: a critical review of theliterature. Baron J, El-Chaar G. J Pediatric Pharmacol Ther, 2016.

• Protocolo de tratamento de Influenza. Ministério da Saúde. Brasília, 2015.

• Acute bronchiolitis in infants, a review. Oymar K, Skjerven HO, Mikalsen IB. Scandinavian Journal of Traum,Ressucitation and Emergency Medicine, 2014.

• Doenças Pulmonares em Pediatria: Atualização Clínica e Terapêutica. Adyléia A. Dalbo C. Toro, Lucia HarumiMuramatu, Ana Maria Cocozza. São Paulo: Atheneu, 2014.

• Clinical Practice Guideline: The Diagnosis, Management, and Prevention of Bronchiolitis. Shawn L.Ralston, Allan S. Lieberthal, H. Cody Meissner, Brian K. Alverson, Jill E. Baley, Anne M. Gadomski, David W.Johnson, Michael J. Light, Nizar F. Maraqa, Eneida A. Mendonca, Kieran J. Phelan, Joseph J. Zorc, DanetteStanko-Lopp, Mark A. Brown, Ian Nathanson, Elizabeth Rosenblum, Stephen Sayles III, Sinsi Hernandez-Cancio. Pediatrics. October, 2014.

• Suctioning and length of stay in infants hospitalized with bronchiolits. Mussman GM, Parker MW, Staile A,Sucharew H, Brrady PW. JAMA, 2013.