XIV Curso para Diplomatas Sul Americanos Lic. Dante E. Sica · A homogeneidade não é uma...
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Lic. Dante E. Sica
Conjuntura econômica e comercial sul-americana
XIV Curso para Diplomatas Sul – Americanos
A homogeneidade não é uma característica da região
Não há uma potência dominante que possa expressar uma unidade ideológica e política
DIFICULDADES ESTRUTURAIS DA AMÉRICA DO SUL PARA A INTEGRAÇÃO
A integração econômico-comercial exige concessões que muitos países não estiveram dispostos a fazer
Não existe uma identidade cultural e étnica homogênea
Ausência de uma sintonia ideológica que possa sustentar uma aliança estratégica política forte
O Nacionalismo continua atuando como uma justificação do militarismo
Um cenário mundial difícil para a América do Sul
Desafios
1
3
Cenário atual e perspectivas para a Região 2
Conclusões 4
INDICE
1 UM CENÁRIO MUNDIAL DIFÍCIL PARA A AMÉRICA DO SUL
P R E Ç O S D E A T I V O S E T I P O S D E C Â M B I O E N F R A Q U E C I D O S E M U M C O N T E X T O D E M A I O R A V E R S Ã O A O R I S C O
FICOU ATRÁS O CENÁRIO DE “SÚPER PREÇOS” DA DÉCADA PASSADA
Fonte: ABECEB com base em World Bank
AS EXPORTAÇÕES NO MÉDIO PRAZO DEVEM CRESCER POR QUANTIDADE E COMPETITIVIDADE
328,6 323,7
170,2
0
50
100
150
200
250
300
350
318,5
582,7
206,4
0
100
200
300
400
500
600
Cobre
Mineral dehierro
294,6
196,1
333,4
181,2
0
50
100
150
200
250
300
350
Trigo
Soja
Maíz
Alimentos Índice Ano 2000 =100
Metais Índice Ano 2000 =100
Petróleo cru (WTI) Índice Ano 2000 =100
-47,4%
-64,6%
-45,7%
1
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
35,0%
40,0%
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Equador
Peru
Uruguai
Panamá
Belize
Brasil ARGENTINA
Egito
Canadá
Guiana
E.U.A.
Austria
Alemanha Italia
Japão
México
Bolivia
Paraguay
Colombia
Chile
Suiza
Exportações de commodities 2014 Em % Total Expo e em % PBI
Exp
o C
om
mo
dit
ies
%
PIB
Expo Commodities % Total Expo
A MAIORIA DOS PAÍSES DA REGIÃO ESTÁ EM UMA SITUAÇÃO RELATIVAMENTE VULNERÁVEL ANTE OS MENORES TERMOS DE INTERCÂMBIO
Austrália
Fonte: ABECEB com base em Comtrade
2
Venezuela
Nicaragua
Suriname
-9,5
-4,5
0,5
5,5
10,5
15,5
-10,0 -8,0 -6,0 -4,0 -2,0 0,0 2,0 4,0
TUDO ISSO CONDICIONA A GESTÃO DOS EQUILÍBRIOS MACRO
Poupança interna e poupança
externa Em % do PIB
Co
nta
Co
rren
te
Balanço Fiscal
MÉDIA 2003/2012
2015
VEN
ARG
PAR
CHI
PER
URU
MEX
CHI
PER
URU
VEN
ARG
BRA
2
SUR
COL
ECU
BRA
MEX
COL
SUR
ECU PAR
BOL
BOL
GUY
GUY
GUY
90,0
110,0
130,0
150,0
170,0
190,0
210,0
TIPO DE CÂMBIO VS USD BASE 100= Jan-14
QUE PROVOCOU PRESSÕES SOBRE OS TIPOS DE CÂMBIO… 2
• Para a frente, os mercados vão estar pendentes da senda de aumentos de
taxas da FED, a debilidade da China e sua política
cambial
• Todas as moedas da região sofreram pressões altistas
em 2015
• No entanto, neste ano a trajetória foi
interrompida, e em alguns casos houve uma
leve apreciação
+106%
+59% +58%
+57% +53%
+45%
+26% +21% +20%
-1% 0%
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
5,0
ene-
15
abr-
15
jul-
15
oct
-15
ene-
16
Inflação países selecionados LATAM. Var. % a/a.
FAIXA META
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
9,0
10,0
11,0
12,0
ene-
15
abr-
15
jul-
15
oct
-15
ene-
16
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
5,0
ene-
15
abr-
15
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15
oct
-15
ene-
16
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
ene-
15
abr-
15
jul-
15
oct
-15
ene-
16
02 2 AUMENTANDO AS PRESSÕES INFLACIONÁRIAS EM VÁRIOS PAÍSES DA REGIÃO
%
%
2015 EOP
ARG
VZA
BRA CHI PER COL EQU
SUR
PAR BOL GUI
URU %
% % %
%
%
Nos últimos 15 anos, a maioria das economias latino-americanas
conseguiu aumentar suas reservas, “adquirindo” um seguro perante as mudanças nos fluxos internacionais
de capitais
46,6
48,2
59,2 59,4
54,9
50,8
47,7
45,9 45,9
48,7 47,9 47,6 47,9
48,7
51,9
54,8
40,0
42,0
44,0
46,0
48,0
50,0
52,0
54,0
56,0
58,0
60,0
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
En %
del
PIB
Dívida pública bruta LatAm. Em % do PIB. Reservas Internacionais LatAm. Em % do PIB.
6,5 7,0
8,1 9,2 8,9
8,2 8,6
11,5 11,0
13,1 12,5 12,8
14,6 14,0
14,8 15,5
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
14,0
16,0
18,0
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
En %
del
PIB
Dívida/PIB economias desenvolvidas:
104% do PIB 2015
2 EMBORA AS ELEVADAS RESERVAS E OS BAIXOS NÍVEIS DE ENDIVIDAMENTO DÃO MARGEM DE AÇÃO…
1993
2003
2005
2008
2009
2010
2011
2013 2014
-
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
4.000
- 500 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000 3.500 4.000
Evolução das exportações de Bilhões de U$S
PORTANTO, LATINO-AMÉRICA ENCARA UM CENÁRIO COMPLEXO PARA EXPORTAR
Exportações 2015.
B R A S I L - 1 5 %
U R U G U A I - 1 8 %
PA R A G U A I - 1 7 %
B O L I V I A - 2 8 %
C H I L E - 1 3 %
P E R U - 1 9 %
C O L O M B I A - 3 1 %
A R G E N T I N A - 1 7 %
1993
2002
2005
2008 2009
2010
2011
2012 2014
-
100
200
300
400
500
600
700
800
900
- 200 400 600 800 1.000
LATAM
CHINA + ASEAN
Expo ano t
Expo ano t
Exp
o a
no
t-1
Ex
po
an
o t
-1
Fonte: ABECEB com base em INDEC e ITC Trade
2
E Q U A D O R - 2 9 %
V E N E Z U E L A - 5 1 %
G U YA N A - 6 %
S U R I N A M - 2 2 %
CRESCE A NECESSIDADE DE DAR APOIO AS MANUFATURAS ANTE A VOLATILIDADE DOS COMMODITIES
Fonte: ABECEB com base em ITC.
Evolução das exportações da América do Sul. Em milh de USD.
2
39%
61%
33%
67%
Peso de Manufaturas e Commodities
Argentina
Bolivia
Chile
Colombia
Ecuador
Guyana Paraguay
Perú
Surinam Uruguay
Venezuela
0
10.000
20.000
30.000
40.000
-50% 0% 50% 100% 150% 200% 250% 300% 350% 400%
NA ÚLTIMA DÉCADA, OS PAÍSES COM MAIOR PESO DE EXPORTAÇÕES INDUSTRIAIS TIVERAM UMA BAIXA PERFORMANCE
Venezuela fue el único país de la región que tuvo una variación absoluta negativa en exportaciones de productos manufacturados.
2 Ex
po
rtaç
ão in
du
stri
al e
m M
ilh.
de
USD
em
20
14
Variação percentual das exportações manufatureiras – 2014 vs 2001
Brasil, US$ 90.048
Média Mundial
Mais dinâmicos
Dinâmica insuficiente
O único bloco que aumentou sua participação no total de exportações do mundo foi a China As restantes regiões mantiveram seu nível de participação, exceto UE e EUA que diminuíram sua incidência em 7 e 4 pp respectivamente
PERDENDO RELEVÂNCIA NAS EXPORTAÇÕES MUNDIAIS PELA EMERGÊNCIA DA CHINA E DO RESTO DA ÁSIA-PACÍFICO
Fonte: ABECEB com base em ITC
2
2001 vs. 2014: Peso nas exportações mundiais de manufaturas
EUA
13% → 9%
América do Sul
1,7% → 1,4%
UE
43% → 36%
China
5% → 16%
ASEAN
7% → 10%
O DESAFIO É INTEGRAR-SE NAS CADEIAS GLOBAIS DE VALOR, NAS QUE A AMÉRICA DO SUL PARTICIPA MARGINALMENTE
Fonte: ABECEB com base em UNCTAD
196
103
102
23 20
INDIA: 10,6
OCEANIA: 10,4
SUL-AMÉRICA: 23,6
54
48
ÁFRICA DO SUL: 4,6
RÚSSIA: 4
NAFTA UE
MEDIO ORIENTE
CHINA
COREIA
JAPÃO
SUDESTE ASIÁTICO
Movimento mundial de containers Milhões de TEUs. Ano 2014.
3
INCORPORANDO VALOR AGREGADO E ESCALA AOS RECURSOS NATURAIS 3 BEBIDAS ALCÓOLICAS MANTEIGA E GORDURAS LÁCTEAS
Tons
Preços (USD/Tons)
FORTALECENDO E SOFISTICANDO AS CADEIAS DE VALOR INDUSTRIAIS DE MAIOR POTENCIALIDADE 3
Setores com baixa potencialidade
Setores com maior potencialidade na região
Variação absoluta das exportações setoriais da AMÉRICA DO SUL.
2014 vs. 2001. Em milh de USD.
Melhorar encadeamentos produtivos
1°
Fortalecimento de empresas locais
2°
Chegada de IED 3°
Desarrollar redes de proveedores 4°
DIV
ERSI
FIC
AR
E DESENVOLVENDO CAPACIDADES PRODUTIVAS NOS SERVIÇOS ASSOCIADOS
DESENVOLVER CAPITAL HUMANO
DESENVOLVER CAPACIDADES DE INOVAÇÃO
Exames PISA - Ciências. Ano 2012
TOTAL 65 PAÍSES
2 2 2 3 4 5
54
77
113
218
234 235
0,9%
0,4% 0,6%
1,2%
0,7%
0,4%
2,2%
1,3%
1,6%
2,9%
3,4% 3,3%
0
50
100
150
200
250
0,0%
0,5%
1,0%
1,5%
2,0%
2,5%
3,0%
3,5%
4,0%
Ind
ia
Méx
ico
Arg
enti
na
Bra
sil
Sud
áfri
ca
Ch
ile
Au
stra
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Nu
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Zela
nd
a
No
rueg
a
Din
amar
ca
Fin
lan
dia
Suec
ia
Patentes per cápita (eje der.)
Gasto en I+D en % PIB (eje izq.)
3
PAÍS RNK Gasto Educ
/ PBI 1º China 4,1%
2º Singapura 2,9%
3º Taiwan 3,8%
4º Coréia s/d
…
20º Austria 5,4%
…
30º Itália 4,0%
…
46º Chile 4,1%
58º Argentina 6,8%
59º Brasil 7,0%
65º Peru 3,8%
AS DIFERENTES ESTRATÉGIAS DE INTEGRAÇÃO AO MUNDO ABRIRAM UMA FENDA NA REGIÃO QUE DEVERÁ FECHAR PAULATINAMENTE
19
Hong Kong
Tailândia
México Cuba Egito
Israel
India
África do Sul
Vietnã
Malásia
Turquia
Austrália
Japão
Panamá
Nova Zelânda
Singapura
Noruega
Suíça
Islândia
USA
Coréia do Sur
UE
América Central
Canadá
China
TPP
80% del mercado mundial con preferencias 7% del mercado mundial con preferencias
3
A AGENDA INTERNA REGIONAL DEVE CONTER OBJETIVOS DE “QUARTA GERAÇÃO” E DE INTEGRAÇÃO FÍSICA
• REDE DE INFRAESTRUTURA • INTEGRAÇÃO PRODUTIVA DE
CADEIAS DE VALOR • NORMATIVA TÉCNICA COMUM E
SOBRE INVESTIMENTOS • INTEGRAÇÃO ENERGÉTICA • FINANCIAMENTO REGIONAL • NORMAS DE QUALIDADE • HARMONIZAÇÃO IMPOSITIVA
Fortes no presente
Am
ena
zas
TPP
OMC
NEGOCIAÇÕES ACORDOS UNIÃO
EUROPÉIA EUA
ACORDO COM A CHINA
DIVERSIFICAÇÃO INDUSTRIAL
EDUCAÇÃO
TECNOLOGIA
AGENDAS EXTERNAS DE PROMOÇÃO COMERCIAL
ACORDOS SUL-SUL
PROPRIEDADE INTELECTUAL
AGRICULTURA
SERVIÇOS
PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL
ASSUNTOS A APROFUNDAR
ASSUNTOS COM MAIOR IMPACTO A
FUTURO
AGENDA DE LONGO PRAZO
Fracos no presente
Op
ort
un
ida
des
MERCOSUL
3
ALIANÇA DO PACÍFICO
ACORDOS NORTE - SUL
CONCLUSÕES 4
Os países da região devem adequar-se a um mundo diferente, menos dinâmico e mais desafiado, e no qual o ciclo de boom de preço de commodites acabou.
Isto exige implantar estratégias para aumentar as capacidades produtivas e a competitividade, que permitam à região inserir-se mais plenamente nas cadeias regionais e mundiais de valor.
A potencialidade incorpora valor à agroindústria, impulsiona as manufaturas e potencia os serviços.
Portanto, surge uma perda de capacidade de inserção nos mercados mundiais que requer pensar nas manufaturas como uma alternativa ao novo contexto.