youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

166
7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 1/166 O EVANGELHO CONFORME SÃO LUCAS  INTRODUÇÃO  Não hás motivo para colocar em dúvida a tradição repassada pelo historiador eclesiástico Eusébio, de que o terceiro evangelho foi escrito por Lucas. Este evangelista, que aulo chama de !médico amado", #l.$.%$, foi gentio de nascimento, #l. $.%$, tendo nascido e crescido em &ntioquia, &t. '.() %%.%*+-. e sua  profissão há muitas evid/ncias no evangelho, como também nos &tos, Lc. $.0-) (.%) '.') 1.) -)$) %2.02+ 01) %'.2+) &t.-.-. 3ecebeu uma boa educação e escrevia num estilo fácil, fluente e elegante. Este fato dá a seus livros uma colocação igualmente elevada como literatura. Lucas não chegou pessoalmente a conhecer 4esus. arece que ele foi convertido em &ntioquia, provavelmente por aulo, com quem esteve unido numa ami5ade cordial e vital6cia. 7 grande ap8stolo teve+o em alt6ssima estima, como companheiro e assistente, #l.$.%$) 9m.$) .:m.$.%%. Lucas ;untou+se a aulo em sua segunda viagem em :r<ade e o acompanhou a 9ilipos, &t.%'.%2+%1. Lucas esteve novamente entre os companheiros de aulo na terceira viagem, e foi com ele de 9ilipos a 4erusalém, &t.2.(+%,%-. =ais tarde, Lucas fe5 com o prisioneiro aulo a viagem para 3oma, e ficou com ele em 3oma, &t.1. %+-, %'. urante o segundo aprisionamento de aulo, Lucas esteve novamente com ele, o que lhe valeu sua profunda gratidão, .:m.$.%%. 9ora desses fatos, nada se sabe sobre Lucas, se;a das particularidades de sua vida, como do tempo e modo de sua morte. Lucas foi um historiador de primeira linha, sendo que, até, cr6ticos ateus lhe concedem alto grau de confiabilidade. >sto é evidente, até, em seu evangelho, cap6tulo %.%+$. #onforme o testemunho de antigos escritores, Lucas foi, de certo modo, o intérprete de aulo, assim como =arcos o foi para edro. ?eus escritos mostram claramente esta influ/ncia, especialmente, nas e@pressAes sobre a ;ustificação dum pecador diante de eus, Lc. %-.%$) &t.%0.0-,0*. 7 evangelho é dedicado ao !e@celent6ssimo :e8filo", que, evidentemente, era homem de alta posição, não sendo ;udeu mas gentio e morando na >tália. Bá indicaçAes  por todo o evangelho que Lucas escreveu para um público que não conhecia a alestina, nem seus costumes e l6ngua, mas que era familiar com o ambiente de vida grego e romano que reinava nas grandes cidades do império, cap6tulo '.%1+2. Ele e@plica aos seus leitores os nomes e termos semitas. escreve a locali5ação de  Na5aré e #afarnaum, como sendo da Caliléia, de &rimatéia, como uma cidade dos ;udeus. &firma que a terra dos gadarenos ficava em frente a Caliléia. &té dá a distDncia do =onte das 7liveiras e de Emaus em relação a 4erusalém. ue Lucas pensou em cristãos de origem gentia, isso também está claro do fato que ele não destaca o caráter messiDnico de 4esus, como o fa5 =ateus, mas ele enfati5a o fato que 4esus é o ?alvador do mundo inteiro, sendo o 3edentor igualmente dos gentios, Lc..%2, 0%, 0, e que o evangelho devia ser  pregado a todas as naçAes. Ele retrata a 4esus como o amigo dos pobres e necessitados, tanto no sentido espiritual como f6sico, cap6tulo %.(,(0) .1,-) $.%-,%*) '.2) %.%(+%) %'.%*+0%. Lutero di5F !Lucas, porém, vai mais longe, como que querendo tornar #risto comum a todas as naçAes. or isso condu5 sua genealogia até &dão. ... or isso Lucas quer e@por, que este #risto não pertencia s8 aos ;udeus... mas também ao pr8prio &dão e aos seus descendentes, isto é, a todas as naçAes em todo o mundo." 1 G #onforme o ob;etivo do evangelho, há muitos aspectos peculiares que devem ser observados, especialmente a e@atidão das descriçAes médicas, a conservação dos hinos inspirados Hos dos an;os por ocasião do nascimento de 4esus, de >sabel, de =aria e de IacariasG, e o destaque concedido Js mulheres, -.,0) %2.0-+$) 0.1,-. 7 evangelho de Lucas, certamente, foi escrito antes do ano 12 &.., visto não conter qualquer refer/ncia J destruição de 4erusalém, da qual o autor fornece a profecia completa de 4esus, cap6tulo %. #om  base na introdução do livro, foi inferido Lucas escreveu depois de =ateus e =arcos, ou se;a, mais ou menos em '1 ou '-. &lguns comentaristas assumiram que Lucas, por este tempo, voltou para &ntioquia, e que lá escreveu seu evangelho. =as a aceitação geral é que ele foi escrito na >tália e, mais precisamente, em 3oma, &t. -.%',02,0%) #l.$.%$) 9m.$) .:m.$.%%. 1  ) Lutero,  7.6,8 (traduzi do alemão).

Transcript of youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

Page 1: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 1/166

O EVANGELHO CONFORME SÃO LUCAS

 INTRODUÇÃO

 Não hás motivo para colocar em dúvida a tradição repassada pelo historiador eclesiástico Eusébio, deque o terceiro evangelho foi escrito por Lucas. Este evangelista, que aulo chama de !médico amado",

#l.$.%$, foi gentio de nascimento, #l. $.%$, tendo nascido e crescido em &ntioquia, &t. '.() %%.%*+-. e sua profissão há muitas evid/ncias no evangelho, como também nos &tos, Lc. $.0-) (.%) '.') 1.) -)$) %2.02+01) %'.2+) &t.-.-. 3ecebeu uma boa educação e escrevia num estilo fácil, fluente e elegante. Este fato dáa seus livros uma colocação igualmente elevada como literatura. Lucas não chegou pessoalmente a conhecer 4esus. arece que ele foi convertido em &ntioquia, provavelmente por aulo, com quem esteve unido numaami5ade cordial e vital6cia. 7 grande ap8stolo teve+o em alt6ssima estima, como companheiro e assistente,#l.$.%$) 9m.$) .:m.$.%%. Lucas ;untou+se a aulo em sua segunda viagem em :r<ade e o acompanhou a9ilipos, &t.%'.%2+%1. Lucas esteve novamente entre os companheiros de aulo na terceira viagem, e foi comele de 9ilipos a 4erusalém, &t.2.(+%,%-. =ais tarde, Lucas fe5 com o prisioneiro aulo a viagem para3oma, e ficou com ele em 3oma, &t.1. %+-, %'. urante o segundo aprisionamento de aulo, Lucas estevenovamente com ele, o que lhe valeu sua profunda gratidão, .:m.$.%%. 9ora desses fatos, nada se sabe sobreLucas, se;a das particularidades de sua vida, como do tempo e modo de sua morte.

Lucas foi um historiador de primeira linha, sendo que, até, cr6ticos ateus lhe concedem alto grau deconfiabilidade. >sto é evidente, até, em seu evangelho, cap6tulo %.%+$. #onforme o testemunho de antigosescritores, Lucas foi, de certo modo, o intérprete de aulo, assim como =arcos o foi para edro. ?eusescritos mostram claramente esta influ/ncia, especialmente, nas e@pressAes sobre a ;ustificação dum pecador diante de eus, Lc. %-.%$) &t.%0.0-,0*. 7 evangelho é dedicado ao !e@celent6ssimo :e8filo", que,evidentemente, era homem de alta posição, não sendo ;udeu mas gentio e morando na >tália. Bá indicaçAes por todo o evangelho que Lucas escreveu para um público que não conhecia a alestina, nem seus costumese l6ngua, mas que era familiar com o ambiente de vida grego e romano que reinava nas grandes cidades doimpério, cap6tulo '.%1+2. Ele e@plica aos seus leitores os nomes e termos semitas. escreve a locali5ação de Na5aré e #afarnaum, como sendo da Caliléia, de &rimatéia, como uma cidade dos ;udeus. &firma que a terrados gadarenos ficava em frente a Caliléia. &té dá a distDncia do =onte das 7liveiras e de Emaus em relaçãoa 4erusalém. ue Lucas pensou em cristãos de origem gentia, isso também está claro do fato que ele nãodestaca o caráter messiDnico de 4esus, como o fa5 =ateus, mas ele enfati5a o fato que 4esus é o ?alvador domundo inteiro, sendo o 3edentor igualmente dos gentios, Lc..%2, 0%, 0, e que o evangelho devia ser  pregado a todas as naçAes. Ele retrata a 4esus como o amigo dos pobres e necessitados, tanto no sentidoespiritual como f6sico, cap6tulo %.(,(0) .1,-) $.%-,%*) '.2) %.%(+%) %'.%*+0%. Lutero di5F !Lucas, porém,vai mais longe, como que querendo tornar #risto comum a todas as naçAes. or isso condu5 sua genealogiaaté &dão. ... or isso Lucas quer e@por, que este #risto não pertencia s8 aos ;udeus... mas também ao pr8prio&dão e aos seus descendentes, isto é, a todas as naçAes em todo o mundo."1G

#onforme o ob;etivo do evangelho, há muitos aspectos peculiares que devem ser observados,especialmente a e@atidão das descriçAes médicas, a conservação dos hinos inspirados Hos dos an;os por ocasião do nascimento de 4esus, de >sabel, de =aria e de IacariasG, e o destaque concedido Js mulheres,-.,0) %2.0-+$) 0.1,-.

7 evangelho de Lucas, certamente, foi escrito antes do ano 12 &.., visto não conter qualquer refer/ncia J destruição de 4erusalém, da qual o autor fornece a profecia completa de 4esus, cap6tulo %. #om base na introdução do livro, foi inferido Lucas escreveu depois de =ateus e =arcos, ou se;a, mais ou menosem '1 ou '-. &lguns comentaristas assumiram que Lucas, por este tempo, voltou para &ntioquia, e que láescreveu seu evangelho. =as a aceitação geral é que ele foi escrito na >tália e, mais precisamente, em 3oma,&t. -.%',02,0%) #l.$.%$) 9m.$) .:m.$.%%.

1 ) Lutero, 7.6,8 (traduzi do alemão).

Page 2: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 2/166

7 esboço do evangelho de Lucas é, em geral, o dos outros evangelhos sin8ticos. ?ua introduçãosobre o precursor de #risto e o nascimento e a infDncia de 4esus se divide em tr/s secçAes, demarcadas por  pontos de partida da hist8ria secular. & seguir dá um relato completo do ministério profético de #risto naCaliléia. epois segue um relato completo das parábolas e discursos que foram provocados pela necessidadede ensino aos disc6pulos de #risto e da repreensão aos inimigos fariseus. 9inalmente Lucas narra a hist8riada última viagem de #risto para 4erusalém e seus sofrimentos, morte, ressurreição e ascensão.2G.

CAPÍTULO 1

O Prefácio do Evangelo, Lc.%.%+$.

!. 1) !i"to #ue muito" ouve #ue em$reenderam uma narra%ão coordenada do" fato" #ue entre n&" "e realizaram, 2) conforme no" tran"mitiram o" #ue de"de o $rinc'$io foram dele" te"temuna" oculare", emini"tro" da $alavra, ) igualmente a mim me $areceu em, de$oi" de acurada inve"tiga%ão de tudo de"de "ua origem, dar*te $or e"crito, e+celent'""imo e&filo, u-ma e+$o"i%ão em ordem, ) $ara #ue tena" $lenacerteza da" verdade" em #ue fo"te in"tru'do. Kisto que, sendo que ou visto que é bem sabido a part6culaforte subentende que o fato que o evangelista está por afirmar, ;á é bem conhecido, que é importante e queintrodu5 a ra5ão que levou Lucas a este grande empreendimento. =uitas pessoas haviam feito sua a tarefa derelatar de maneira coerente as grandes coisas que haviam sido cumpridas, ou se;a, que no cumprimento do

tempo haviam sido tra5idas J sua plena consumação em seu meio. 7 relato do evangelho havia sidotransmitido na forma de epis8dios e hist8rias individuais, mas não numa longa narrativa conectada. E haviammuitos que dese;avam uma hist8ria conectada sobre os fatos que, como um todo completo, estavam diante dacristandade. =uitos destes, porém, por sua pr8pria iniciativa, foram longe de mais, e a palavra de Lucas fa5 pensar numa pequena censura. &giram sem a autori5ação dos grandes mestres da igre;a, usando seu pr8prio ;u65o como sendo a autenticidade das hist8rias que circulavam entre eles. ?eus esforços estavam em paridadecom os dos escritores ap8crifos posteriores, sendo uma mistura de verdade e falsidade. =as as coisas queformam o conteúdo da fé cristã não devem ser entregues a escribas sem qualquer autori5ação e sem a certe5ade ser a verdade plena e divina. 7s disc6pulos haviam sido as testemunhas do ministério de #risto. Baviam,desde o começo, visto e ouvido os milagres e os sermAes. Baviam sido ministros com #risto, assistindo+o emsua grande obra. Baviam sido servos da alavra. 7 relato evangélico e sua aplicação monopoli5avam suaatenção, assim que esta palavra era o conteúdo e a caracter6stica de sua obra. 7 que haviam ensinado fora averdade divina, visto que o Esp6rito ?anto os havia condu5ido J plena verdade. ?eu correto relato danarrativa do evangelho devia ser o único a ter validade entre os cristãos. Esta é a noção que Lucas teve doassunto. or isso fi5era cuidadosas investigaçAes, ou se;a, de modo muito aplicado, seguindo o assunto desdeseu princ6pio, ou informando+se de tudo com a a;uda de professores responsáveis e autori5ados. Estava, por isso, pronto a, com base nestas investigaçAes e estudos, escrever uma hist8ria ininterrupta ou uma narrativaconcatenada de toda a hist8ria do evangelho, ou se;a, não s8 desde o princ6pio do ministério de #risto, masdo in6cio de sua vida. & seguir Lucas se dirige, de modo polido, ao homem a quem suas investigaçAesresumidas se destinavam. Era um certo :e8filo, que, provavelmente, era romano, a quem ele chama dehonrado. >sto nos fa5 supor que ocupava algum importante posto oficial. Este homem ;á recebera instruçãocatequética H o primeiro caso em que esta instrução é sugeridaG, mas, além do essencial, não fi5era maiores progressos no conhecimento religioso, provavelmente, porque faltava um livro te@to autori5ado. Lucas, porém, dese;a que ele conheça bem, ou entenda perfeita e plenamente a e@atidão da verdade que aprenderaaté agora. evia tornar+se confirmado no conhecimento. 9oi para isto que era dese;ável a escrita ou

 publicação duma hist8ria cronol8gica e l8gica da vida e do ministério de 4esus. NotemosF & e@plicação queLucas aqui dá, de modo nenhum, enfraquece a inspiração verbal. !&inda que eus dá seu Esp6rito ?anto atodos os que lho pedem, este dom nunca pretendeu eliminar aquelas faculdade com as quais ele ;á dotou aalma, e as quais são tão certamente seus dons como o é o pr8prio Esp6rito ?anto. No caso de Lucasdescobrimos imediatamente a nature5a da inspiraçãoF Ele se disp<s, por meio de inquirição imparcial ediligente investigação, para encontrar a plena verdade, e para relatar nada mais que a verdade) e o Esp6rito deeus governou sobre e dirigiu suas pesquisas, sendo assim que ele descobriu a plena verdade, e foi guardado

2 )9uerbringer, Einleitung in da" /eue e"tament, 2-*2.

Page 3: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 3/166

de qualquer part6cula de engano"G. Notemos tambémF !Este prefácio fornece um quadro vigoroso dointeresse intenso e universal da igre;a antiga na hist8ria do ?enhor 4esusF 7s ap8stolos constantementecontavam o que haviam visto e ouvido) muitos dos seus ouvintes registravam o que se lhes di5ia para o benef6cio deles e de outros) através desta familiaridade com pedacinhos do evangelho em que a hist8ria doevangelho circulava entre os cristãos, despertando sede para receber sempre mais) colocando num homemcomo foi Lucas a tarefa de preparar um evangelho tão completo, correto e bem organi5ado quanto poss6velatravés do uso de todos os meios dispon6veis, fossem escritos anteriores ou testemunhos orais de

testemunhas oculares ainda vivas"

G. ode ser observado, finalmente, que este prefácio do evangelho deLucas não é s8 um lindo e@emplo de grego, mas que ele também respira o esp6rito de verdadeira mansidão,daquela mansidão que deve caracteri5ar não s8 o ministro do evangelho mas a cada cristão.

O 0nncio do /a"cimento de oão 3ati"ta, Lc. %.(+(.

7s pais de 4oão, !.4) /o" dia" de 5erode", rei da udia, ouve um "acerdote camado acaria", doturno de 0ia". ua muler era da" fila" de 0rão, e "e camava 9"ael. 6) 0mo" eram :u"to" diante de ;eu", vivendo irre$reen"ivelmente em todo" o" $receito" e mandamento" do enor. 7) E não tinam filo, $or#ue 9"ael era e"tril, "endo ele" avan%ado" em dia". Bouve ou vivia nos dias quando Berodes o Crandeera o rei da 4udéia. Lucas é muito cauteloso e e@ato em todas suas refer/ncias J hist8ria secular. or isso suasafirmaçAes são tão confiáveis, além disso, são inspiradas por eus. 9oi então, que um sacerdote de nome

Iacarias Hque Lutero tradu5 como proclamação ou lembrança do ?enhorG vivia na 4udéia, numa das cidadesreservadas aos sacerdotes.Ele pertencia J ordem, classe ou divisão de &bias. :odos os sacerdotes dos ;udeus,que no tempo de #risto somavam uns 2.222, eram divididos em certas seçAes, nomeadas conforme seuserviço semanal. Estas classes ou ordens sucediam uma a outra numa ;usta rotação no serviço do templo de4erusalém. Bavia vinte e quatro classes, das quais a de &bias era a oitava, %.#r.$. & mulher de ?acariastambém era dos descendentes de &rão, sendo filha dum sacerdote. ?eu nome era >sabel, que Lutero e@plicacomo descanso de eus, ou como cessar de trabalhar, ou um descanso dado por eus. esta forma 4oãoMatista descendia, dos dois lados, de pais sacerdotes.

?ão dados a Iacarias e >sabel os mais altos louvores pelo evangelista. &mbos eram ;ustos diante deeus. ?ua maneira de viver era de tal nature5a que suportava o e@ame minucioso de eus. Eram e@emplos de ;ustiça civil. &ndavam sem reserva em todos os mandamentos e estatutos do ?enhor. o ponto de vista do ;ulgamento humano sua piedade e bondade eram sem defeito. =as, apesar de tudo isto, havia uma grandetriste5a que oprimia suas vidas. Não lhes fora concedido um s8 filho para alegrar seu lar. E a falta de filhos,do ponto de vista dos ;udeus e da M6blia, era uma calamidade. >sto não fora uma escolha ou dese;o deles, masaconteceu porque >sabel era estéril. 7 ?enhor lhe negara o privilégio da maternidade. Nesta época ambos ;áestavam bem velhos, estando além do tempo em que, segundo o curso da nature5a, podiam esperar a b/nçãode filhos. ?entiam esta falta de filhos como uma grande reprovação, e como pesada cru5. !ois os estéreiseram considerados malditos. ois C/nesis 2%, quando eus criou macho e f/mea, ele disseF ?ede fecundos emultiplicai+vosOP 7s ;udeus instavam diligentemente estas palavras. &quele que não produ5ia fruto não era bendito. or isso um homem ou mulher sem filhos se;a considerado amaldiçoado e desgraçado. &ssim >sabeltambém p<de lamentar que foi despre5ada e 5ombada diante do mundo, visto ser ela infrut6fera. Bo;e em diaas pessoas consideram uma b/nção quando não t/m filhos"4G. que triste5aO

Iacarias no templo, !. 8) Ora, aconteceu #ue, e+ercendo ele diante de ;eu" o "acerd&cio na ordemdo "eu turno, coue*le $or "orte, -) "egundo o co"tume "acerdotal, entrar no "antuário do enor $ara#ueimar o incen"o< 1=) e, durante e""e tem$o, toda a multidão do $ovo $ermanecia da $arte de fora,

orando.  &ssim aconteceu, ou, antes, pela dispensação e governo de eus sucedeu, que ?acarias estavaservindo em seu of6cio sacerdotal. No decorrer do tempo, como acontecia duas ve5es ao ano no calendário ;udeu, sua ordem ou divisão estava encarregada do serviço no templo do ?enhor. Ele, por isso, dei@ou seu lar e foi a 4erusalém para os trabalhos da semana, ;unto com os demais sacerdotes de sua série. Era costume dos ;udeus designar por sorte as várias tarefas que os sacerdotes deviam reali5ar no templo, sendo algunsescolhidos para atender o altar dos holocaustos, outros para as ordenaçAes do lugar santo, e outros ainda paraos utens6lios da ala dos sacerdotes. 9oi assim, que coube a Iacarias reali5ar, em certo dia, a tarefa ) #larQe, >ommentar?, 4.44. ) E+$o"itor@" AreeB e"tament, 1.6=.4 ) Lutero, 7.14=6 (cf. alemão #ue diferente da tradu%ão ingle"a).

Page 4: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 4/166

especial6ssima de queimar incenso no altar do lugar santo. Na vida de qualquer sacerdote, este era um diainesquec6vel, visto ser provável que esta ocasião ;amais se repetiria em sua vida. Este trabalho era reali5adono pr8prio templo, como Lucas observa por causa daqueles que não estavam familiari5ados com a forma deculto ;udeu e os vários sacrif6cios no culto. 7 sacerdote oficiante, nesta parte de cerim<nia, estava so5inho nolugar santo, tendo+se retirado todos os servos e assistentes. urante esta cerim<nia, a congregação estavareunida nas alas, visto ser esta a hora de oração, ou se;a, mais ou menos nove horas da manhã, sendo a ofertade incenso um tipo e s6mbolo das oraçAes que subiam ao trono de eus, ?l. %$%..

7 mensageiro angelical, !. 11) E ei" #ue le a$areceu um an:o do enor, em $, C direita do altar do incen"o. 12) !endo*o, acaria" turou*"e, e a$oderou*"e dele o temor. 1) ;i""e*le, $orm, o an:oD acaria", não tema", $or#ue a tua ora%ão foi ouvida< e 9"ael, tua muler, te dará C luz um filo a #uemdará" o nome de oão. 1) Em ti averá $razer e alegria, e muito" "e regozi:arão com o "eu na"cimento. 14) Poi" ele "erá grande diante do enor, não eerá vino nem eida forte, "erá ceio do E"$'rito anto, :ádo ventre materno. 16) E converterá muito" do" filo" de 9"rael ao enor "eu ;eu". 17) E irá adiante deleno e"$'rito e $oder de Elia", $ara converte o" cora%e" do" $ai" ao" filo", converter o" de"oediente" C $rudFncia do" :u"to" e ailitar $ara o enor um $ovo $re$arado. Enquanto Iacarias estava envolvido notrabalho do seu ministério, enquanto a fumaça do incenso no incensário subia diante do véu do sant6ssimo,apareceu+lhe, repentinamente, um an;o do ?enhor. Não foi uma revelação ocorrida num sonho ou num estadode estase, mas uma aparição real, de cu;a ocorr/ncia não podia haver qualquer dúvida. 7 visitante celesteestava de pé ao lado direito, ou se;a, no lado sul do altar de incenso. Iacarias não se achava num estado de

estase, mas sua mente esteve perfeitamente clara e ele observou cada detalhe. =as a visão impressionou+omuito, ficando ele muito perturbado, como é de esperar nestas circunstDncias. E esta perturbação see@pressou em medo, que lhe sobreveio. Rm homem pecador pode, muito bem, se encher de medo na presença dum mensageiro imaculado da parte do santo eus. 7 an;o, porém, se apressou para lhe assegurar ou de lhe di5er que não havia qualquer motivo para medo e perturbação. & mensagem que lhe tra5 é dealegria. Não foi s8 neste dia que os pensamentos de Iacarias, quando em oração, se demoraram sobre a cru5que carregava, mas, assim parece, que esta sua desgraça era motivo de constantes súplicas a eus. NotemosFuando eus dá a seus filhos uma cru5 a carregar, então ele lhes testa a firme5a e a paci/ncia, sua fé econfiança nele. =esmo que toda a e@peri/ncia humana é contra um cristão em sua oração, este confia no aiclemente por au@6lio e, em fé singela, tra5 sempre de novo sua petição diante do trono de eus. eus ouviráa seu tempo e a seu modo. &ssim, agora, o an;o anunciou a Iacarias o cumprimento de sua oração. >sabel,sua mulher, lhe daria um filho a quem ele deveria dar o nome de 4oão, que Lutero tradu5F 7 favor ou amiseric8rdia do ?enhor. 7 an;o afirma que este acontecimento será o motivo de alegria e e@ultação por partedo pai. 7utras pessoas, todavia, também e@ultariam com os pais por causa deste filho. 7 an;o se refere, nãos8 aos parentes, os quais, de fato, não os desapontaram no tempo pr8prio, mas aqui há também umaindicação da alegria que os verdadeiros ;udeus, que são os fiéis, sentiriam nesta indicação da consumação desuas esperanças, visto que alguns, com certe5a, reconheceriam em 4oão o precursor do ?enhor e =essias. &ra5ão desta alegria em grau má@imo não será meramente o cumprimento de sua paternidade, mas o fato queeste filho seria grande diante do ?enhor, ou se;a, J vista de eus. ?erá muito estimado diante de eus, etambém receberá este reconhecimento pelo serviço na área da religião. Rma de suas caracter6sticas seria ados antigos na5ireusF Não beberia vinho ou qualquer bebida forte, ou se;a, qualquer bebida into@icante feitade uva, Nm.'.0. =as sua maior distinção seria esta, que estaria cheio do Esp6rito ?anto, e isto não s8 a partir do seu nascimento, mas antes mesmo de ver a lu5, ou se;a, desde o começo de sua e@ist/ncia. E esta será umaobra imensa e maravilhosaF Ela fará voltar ao ?enhor seu eus a muitos dos filhos de >srael. &rrependimentoe conversão serão seu grande alvo e lema. Nesse tempo uma tal renovação ou reavivamento espiritual era

muito necessário na alestina, visto imperar entre o povo muita ortodo@ia morta e não suficiente fé viva.4oão, reali5ando esta obra, cumpriria a profecia dita sobre ele, =l. $. (,'. 7 esp6rito e o poder de Eliashabitariam nele, para fa5er voltar os coraçAes dos pais aos filhos. >sto é, para fa5/+los compreender aresponsabilidade que pesa sobre eles na educação dos pequeninos na criação e admoestação do ?enhor. >stoenvolve fa5/+los compreender que não basta o atendimento das necessidades f6sicas dos filhos para cumprir os mandamentos do ?enhor. ue entendessem que sua missão não está atendida quando cumpriram a prescrita f8rmula superficial de ensinar a seus filhos as observDncias e@teriores da religião. & obra de 4oão,incidentalmente, consistiria em converter os desobedientes, ou se;a, os descrentes, ao ou por meio do  sadios bom senso da ;ustiça. &fastar+se do ?enhor e seguir o pendor e inclinação do pr8prio coração perverso, é, em última análise, o cúmulo da tolice. 7 único bom senso é aquele encontrado nos que, com o

Page 5: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 5/166

au@6lio de eus, vivem seu viver, conforme os ditames da pr8pria alavra de eus. 4oão iria, por tais meios edesta forma, preparar ao ?enhor um povo preparado, instru6do e a;ustado. Este é o método no reino de#ristoF pela pregação de arrependimento é preparado o caminho a #risto e para o evangelho da graça deeus em #risto. Rm caráter cristão sadio pode provir do amor de #risto, s8 onde os coraçAes são, previamente e corretamente, influenciados por esta pregação.

&s dúvidas de Iacarias, !. 18) Então $erguntou acaria" ao an:oD >omo "aerei i"toG Poi" eu "ouvelo e mina muler avan%ada em dia". 1-) He"$ondeu*le o an:oD Eu "ou Aariel, #ue a""i"to diante de

 ;eu", e fui enviado $ara falar*te e trazer*te e"ta" oa" nova". 2=) odavia ficará" mudo, e não $oderá" falar at ao dia em #ue e"ta" coi"a" venam a realizar*"e< $or#uanto não acredita"te na" mina" $alavra",a" #uai" a "eu tem$o "e cum$rirão. 7 anúncio do an;o e o entusiasmo com que proferiu sua mensagem,desarmaram ao idoso sacerdote. Esperar esperando, ele continuara seus persistentes apelos por prole mesmoque fosse depois do usual término da vida reprodutora. &gora, porém, que suas oraçAes deviam ser atendidas,mesmo acima de suas e@pectativas mais otimistas, a grande5a do milagre gerou dúvida em sua mente.?ubitamente isto lhe pareceu bom demais para ser verdade, visto que o curso da nature5a não podia ser ignorado. or isso ele viveu sob falta de fé. Ele perguntaF uais são os meios pelos quais o sabereiS ueriaalguma prova concreta, algum sinal definido, que lhe desse a certe5a imediata do cumprimento de suasesperanças. &gora, visto que sua fé fora abalada, ele argumenta do ponto de vista da ra5ão humana, que eleera um velho e que sua mulher estava avançada em dias, e que, por isso, o evento predito certamente não poderia ocorrer. Iacarias recebeu o sinal, que pedira, mais rápido do que pudesse prever. 7 an;o, com

impressionante solenidade, e@pAe+lhe a ra5ão por que a mensagem devia ter sido cria irrestritamente. ois,seu nome é Cabriel, que significa o poder do eus potente. Iacarias, sendo familiar com os livros dos profetas, entenderia o nome e tudo o que ele representava, n. -. %') *. %. Cabriel pertencia aos bem+aventurados an;os que assistem na presença de eus, e que estão confirmados na eterna bendição diante dotrono de eus. ele estava ali, não por sua pr8pria iniciativa ou por seu pr8prio interesse, mas comomensageiro do eus forte, que conseguiria cumprir qualquer prop8sito e sub;ugar a si todas as coisas. Eleviera tra5er a Iacarias novas realmente boas e alegres. or isso, visto Iacarias, não considerando esta fato,escolhera duvidar da mensagem, o sinal que reclamara ocorreria na forma duma punição severa, mesmo queterrena e temporáriaF :otal mude5, até o tempo em que tudo aconteceria. ois, como o an;o enfati5a maisuma ve5, o assunto predito certamente se cumpriria no tempo apropriado, ou se;a, no tempo indicado por eus.

& aflição do povo,  21) O $ovo e"tava e"$erando a acaria" e admirava*"e de #ue tanto "edemora""e no "antuário. 22) Ia" "aindo ele, não le" $odia falar< então entenderam #ue tivera uma vi"ãono "antuário. E e+$re""ava*"e $or aceno", e $ermanecia mudo. 2) ucedeu #ue, terminado" o" dia" de "eumini"trio, voltou $ara ca"a. & oferta de incenso era o ponto alto do culto matutino, durante o qual Iacariasesteve a s8s no lugar santo. 7 povo sempre ficava apreensivo sobre algum desastre que poderia sobrevir aosacerdote oficiante, a saber, que eus poderia abat/+lo como alguém indigno e, a seguir, aplacar sua ira sobretodo o povo. 9oi por isso que estava preocupado com ele. & conversa com o an;o prolongara a perman/nciado sacerdote para muito além da hora do término, e aumentou a sua incomum admiração sobre a demora.uando ele, por fim, saiu do lugar santo, e entrou na corte dos sacerdotes, pr8@ima aos degraus que desciamaos outros pátios, foi incapa5 de proferir a b/nção ara<nica, com a qual conclu6a o culto matutino. Iacariasrecebera uma prova positiva de que as credenciais de Cabriel estavam fora de dúvida. >mediatamente haviasido tomado de mude5. 7 povo, porém, podia sentir e perceber e compreender, pelos gestos e sinais quefa5ia, que algo inusitado ocorrera no templo. E conclu6ram que ele tivera uma visão que o dei@ara sem fala.Iacarias, porém, mesmo privado ca capacidade de falar, cumpriu todo seu turno do ministério no templo, que

se estendia por uma semana, .3s. %%. %1. Bavia outras tarefas que não e@igiam o uso da vo5, e muitastarefas no templo eram entregues a quem tinha alguma defici/ncia f6sica menor. No fim da semana, porém,voltou ao seu lar, ou J cidade dos sacerdotes onde morava. &s palavras dum comentarista que se referem aotrabalho dos pastores nesta conecção podem, muito bem, ser dilatadas para incluir todos os cristãos, vistoque todos eles deviam estar enga;ados no trabalho do =estre. Ele escreveF !Bá algo muito instrutivo naconduta deste sacerdote. Não tivesse ele amado o culto em que se empenhara, teria feito da perda da vo5 um prete@to para renunciá+lo imediatamente. =as, visto que isso não o incapacitava ao cumprimento de suafunção sacerdotal, ;ulgou+se obrigado a continuar seu ministério até ao fim, ou até que eus e@pressamente odemitisse. regadores que renunciam seu trabalho na vinha por causa de algum distúrbio corporal sem maior importDncia que os acometeu, ou por causa de algum transtorno em coisas e@teriores as quais o seguidor do

Page 6: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 6/166

?enhor que carregou a cru5 e que foi crucificado, nem devia mencionar, esses mostram que, ou nuncativeram uma preocupação correta pela honra de seu =estre e pela salvação das pessoas, ou que perderam oesp6rito de seu =estre e o esp6rito de seu trabalho. or outro, Iacarias não correu logo para casa para contar  para sua mulher a boa not6cia que recebera do céu, no que ela certamente estava muito interessada. 7 an;ohavia prometido que todas as suas palavras se cumpririam no devido tempo, e por este tempo ele esperou pacientemente na trilha do dever. Bavia+se enga;ado no serviço do ?enhor, e não devia distrair+se comqualquer coisa que pudesse pre;udicar ou interromper seu trabalho religioso. regadores que confessam que

foram chamados por eus para trabalhar na alavra e na doutrina, e que abandonam seu trabalho por causade um lucro su;o, são os mais desonrados dos mortais e traidores de seu eus."6 G.7 começo do cumprimento, !. 2) Pa""ado" e""e" dia", 9"ael, "ua muler, conceeu, e ocultou*"e

 $or cinco me"e", dizendoD 24) 0""im me fez o enor, contem$lando*me, $ara anular o meu o$r&rio $erante o" omen". eus, a seu tempo, se lembrou de >sabel e de seu esposo. & idosa esposa tinha provasque suas oraçAes, finalmente, pareciam terem sido ouvidas. 7 efeito desta compreensão foi, que ela seescondeu por completo, não tomando parte em qualquer relacionamento social. eus se preocupara pararemover+lhe a repreensão. ois a fertilidade fora uma das promessas de eus sobre seu povo, Cn. %1.', evisto que filhos, em vista disso, terem sido considerados uma b/nção especial do céu, E@. 0.') Lv. '.*) ?l.%1.0, então entre os ;udeus a esterilidade era considerada uma repreensão, e um sinal da desaprovação do?enhor, %.?m.%.'. Este estigma agora estava para ser removido. &inda que o fato não era público, mesmo aosseus amigos e parentes 6ntimos, ela o sabia. &gora queria evitar as olhadelas penali5adas a que nunca fora

obrigada a se acostumar, até ao tempo em que sua e@pectativa estaria fora de dúvida, e ;á não mais poderiahaver qualquer repreensão que a ferisse.

O 0nncio a Iaria,  Lc. %. '+0-.

& visita de Cabriel a Na5aré, !. 26) /o "e+to mF" foi o an:o Aariel enviado da $arte de ;eu", $arauma cidade da Aalilia, camada /azar, 27) a uma virgem de"$o"ada com certo omem da ca"a de ;avi,cu:o nome era o"< a virgem camava*"e Iaria. No se@to m/s depois que o ?enhor se lembrara de >sabel ecumpriu parte do seu des6gnio e profecia em favor da humanidade ca6da, ele fe5 preparativos para umacontecimento ainda mais maravilhoso. #omissionou Cabriel, o mesmo mensageiro do caso anterior, paraservir como encarregado de outra mensagem. Lucas é muito cuidadoso para fa5er todas as afirmaçAes que sefa5em necessários, para que a situação se;a clara. &inda que =aria e 4osé fossem ambos da casa de avi, nãomoravam na cidade de seus pais, mas em Na5aré da Caliléia, uma pequena vila nas montanhas a sudoeste do=ar da Caliléia. 7 an;o foi enviado a uma virgem de nome =aria, e não a uma ;ovem casada, como oquerem os cr6ticos do nascimento duma virgem, K. 0$. =as ela era noiva, ou esposada, conforme o costume ;udeu, a um homem de nome 4osé, que também era de sangue real. 7 noivado entre os ;udeus, segundo aordem de eus, era tão indissolúvel como o era o casamento quando ;á consumado. 7 noivado era reali5adocom muitas cerim<nias e ocorria, mais ou menos, um ano antes do casamento. alavras tão simples, mas providas dum significado muito soleneO :al como o e@pressa certo comentaristaF !or fim chegou omomento que deve dar um filho a uma virgem, um ?alvador ao mundo, um e@emplo para a humanidade, umsacrif6cio para os pecadores, um templo para a ivindade e um novo princ6pio ao mundo".

& mensagem do an;o, !. 28) E, entrando o an:o aonde ela e"tava, di""eD 0legra*te, muito favorecidaJ O enor contigo. 2-) Ela, $orm, ao ouvir e"ta $alavra, $erturou*"e muito e $K"*"e a $en"ar no #ue "ignificaria e"ta "auda%ão. =) Ia" o an:o le di""eD Iaria, não tema"< $or#ue aca"te gra%a diantede ;eu". 1) Ei" #ue conceerá" e dará" C luz um filo a #uem camará" $elo nome de e"u". 2) E"te "erá

 grande e "erá camado Lilo do 0lt'""imo< ;eu", o enor, le dará o trono de ;avi, "eu $ai< ) elereinará $ara "em$re "ore a ca"a de ac&, e o reinado não terá fim.  Enquanto a primeira mensagem do Novo :estamento é dada no 6ntimo do lugar santo do templo, a segunda é dada na intimidade do lar dumavirgem em Na5aré. & bela saudação do an;o, nesta ocasião, é abusada pela igre;a cat8lica, transformando+anuma prece da sua prática id8latra.T conhecida como o ! Mngelu"N e começa com as palavras !&ve =aria".=as as palavras da saudação e o comportamento de =aria naquele momento provam que a pretensão cat8licaé insustentável, e que orar para =aria é um costume que ele, se o tivesse sabido, nunca teria tolerado. ois, oan;o a chama alguém que foi muito agraciado, que foi graciosamente aceito, muito favorecido ou revestido

6  ) #larQe, >ommentar?, 4. 4-.

Page 7: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 7/166

com graça. Ela é saudada, não como uma mãe ou dispensadora da graça, mas como uma filha e recebedorada graça. Ela recebe a confirmação que o ?enhor está com ela. Ela está inteira e totalmente dependentedaquele que é seu eus e seu ?alvador. 7 efeito da repentina aparição e a singular saudação foi, como énatural, de muito sobressalto. =aria ficou muito perturbada. Não, porém, dum temor cheio de dúvida, mas, porque sentia que isto significava algo muito especial, cu;a nature5a, todavia, ainda não aparecia. ?uahumildade a fe5 recuar diante da plenitude desta graça, o que é o efeito natural da afirmação da miseric8rdiade eus sobre os pobres e corruptos mortais. Ela con;eturava e pensava sobre as poss6veis ra5Aes que o

levaram a saudá+la assim. Ela não se encontrava numa perturbação histérica, mas muito calmamenteraciocinava sobre o ! $or #ueN das palavras do an;o. 7 an;o, rápido, continua a esclarec/+la que não precisatemer, visto que achou graça diante de eus. =esmo que fora a escolhida mãe do ?alvador, ela, ainda assim, precisava da graça. !=esmo que a virgem =aria é bendita sobre todas as mulheres, a ponto que ;amais talgraça e honra terem sido concedidas a qualquer outra mulher, o an;o, ainda assim, com estas palavras acoloca no mesmo n6vel de todos os demais santos, visto que claramente di5F :udo o que ela possa ser, ela o é por graça, e não por mérito. T preciso que mantenhamos sempre a diferença entre o que concede a graça edaquele que recebe a graça. 4unto Jquele que concede a graça devemos procurar graça, e não ;unto Jqueleque recebeu o desfrute da graça"7  G. &gora o an;o e@pAe a honra e@traordinária que lhe seria conferida. Ela,sendo virgem, conceberia e daria J lu5 um filho. :entar enfraquecer este anúncio, di5endo que =aria poderiaassumir, como noiva que era, que a mensagem se referia a uma criança que nasceria como fruto docasamento como um homem, não passa duma tentativa da incredulidade para eliminar os milagres da M6blia.

#f. =t.%.%. &quele, cu;o nome deveria ser 4esus, ?alvador, 3edentor, devia ser um filho, um verdadeiro ser humano, mas nascido duma virgem. =esmo que o nome não fosse desconhecido aos ;udeus, ele seria aquiaplicado pela primeira ve5, sem seu sentido totalmente pleno. esta criança maravilhosa o an;o afirma queserá grande, possuindo a magnitude duma nature5a singular, porque sua nature5a humana devia ser unidacom a nature5a divina, porque ele, em vista disso, no sentido mais peculiar e restrito, seria chamado o 9ilhodo &lt6ssimo, porque nele se encontraria o cumprimento de todas as profecias que prometeram um reinoeterno ao 9ilho de avi, porque ele seria o eterno #abeça e ?oberano da casa de 4ac8 que é a igre;a do Novo:estamento, porque o seu governo e reino seriam eternos. &s portas e poderes da morte e do inferno nuncaserão capa5es de pre;udicar ou destruir o reino de #risto. & suma e a substDncia da mensagem evangélicainteira estão contidas nestas palavras do an;o. 9oi um anúncio inspirado e inspirador. !7 an;o afirma com palavras poderosas que este filho, ao mesmo tempo, é verdadeiro homem e verdadeiro eus. ois, que éverdadeiro homem , ele comprova com as palavras, quando de in6cio, di5F >onceerá"@ , mas em teu ventre@ , para que ninguém entenda uma concepção espiritual. ... Em segundo lugar, porque ele di5F ;ará" C luz um filo@ , visto que a concepção que acontece na idéia não fa5 que do corpo nasçam filhos. ... =as que ele éverdadeiro eus está claro, antes de tudo, das palavrasF Ele "erá camado o Lilo de ;eu"@ . ... e ninguémmais é dito de modo espec6fico u " meu Lilo@  se não s8 deste um. ... or outro, porque a esta pessoa édada uma vida eterna. Este, certamente, não pode ser dado a uma mera pessoa humana, visto que ele pertences8 a eus que é um 3ei eterno. ... Este 3ei é imortal e eterno, e por isso ele tem um reino diferente do que odo mundo"8G.

& e@plicação do milagre, !. ) Então di""e Iaria ao an:oD >omo "erá i"to, $oi" não teno rela%ãocomo omem algumG 4) He"$ondeu*le o an:oD ;e"cerá "ore ti o E"$'rito anto e o $oder do 0lt'""imo teenvolverá com a "ua "omra< $or i""o tamm o ente "anto #ue á de na"cer, "erá camado Lilo de ;eu".6) E 9"ael, tua $arenta, igualmente conceeu um filo na "ua velice, "endo e"ta :á o "e+to mF" $araa#uele #ue diziam "er e"tril. 7) Por#ue $ara ;eu" não averá im$o""'vei" em toda" a" "ua" $rome""a".8) Então di""e IariaD 0#ui e"tá a "erva do enor< #ue "e cum$ra em mim conforme a tua $alavra. E o

an:o "e au"entou dela. =aria recebera not6cias maravilhosas e irresist6veis. Not6cias que, dificilmente, se podia esperar que ela captasse e compreendesse. & saber, que ela, a serva desconhecida e pobre, deveria ser amãe do =essias. =as as palavras do an;o não permitiam qualquer outra interpretação. Estava pronta paramem singela confiança, aceitar a mensagem. ?ente+se, todavia, forçada a perguntar, não por um sinal, mas por uma e@plicação. :inha noção unicamente do curso regular da nature5a, pelo qual nascem filhos ao mundo,sendo que isto pressupAem um casal de pais. uanto a si, tinha certe5a que era virgem, não havendo homemnenhum tido relaçAes com ela. 7 an;o aceita sua ob;eção e, respondendo, irrompe num cDntico e@ultante.

7  ) Lutero, 1a. 1116.8 ) Lutero, 12. 1882. (no te+to alemão á diferen%a" #uanto ao te+to inglF").

Page 8: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 8/166

&qui eus faria uma e@ceção, ignorando o curso regular da nature5a. 7 Esp6rito ?anto, que é o oder do&lt6ssimo, o maravilhoso oder que produ5 vida, aqui e@erceria uma influ/ncia que produ5iria vida, semocorrer a violação carnal, mas s8 da carne e do sangue da virgem. Não haveria a presença dum pai humano,nem haveria quaisquer relaçAes conforme a b/nção dada na criação para as pessoas. 7 poder criador de eusviria sobre ela, a dominaria, e assim a criança, que dela nasceria, seria chamada santa, e o 9ilho de eus.#om certe5a é notável a fé de =aria nestas circunstDncias tão dif6ceis. !Esta é uma fé nobre e e@celente,tornar+se mãe, mas permanecer virgem imaculada. >sto, na verdade, ultrapassa o ;u65o, os pensamentos e todo

e qualquer racioc6nio e e@peri/ncia humana. &qui =aria não tem qualquer e@emplo em toda a criação sobrea terra a que se pudesse apegar e suster, visto que todos eles são contrários J sua fé. ois aqui ela estáso5inha, e, contra qualquer racioc6nio, ;u65o e pensamento humano, e sem o concurso dum homem, deveengravidar e tornar+se mãe. ... or isso, foi obrigada a abandonar a tudo, até mesmo a si, e apegar+seunicamente J alavra a qual o an;o lhe anunciara da parte de eus. ... &ssim como aconteceu com =aria esua fé, assim acontece com todos n8s, que precisamos crer o que é contra a nossa compreensão, pensamentos, e@peri/ncias e e@emplos. ois, esta é a propriedade e a nature5a da fé, a saber, que ela não quer tolerar nada ao seu lado, em que uma pessoa se possa apoiar e repousar, senão unicamente a desnuda alavrade eus e a divina promessa"-G.

=as o an;o, como que tomado de compai@ão pela posição dif6cil de =aria, dá+lhe mais algumainformação que lhe restauraria o sossego de esp6rito e a tranqUili5ariam. Ele di5 para =aria, que sua parenta,>sabel, que se encontrava numa idade em que o curso natural da vida ;á não mais permitia a procriação de

filhos, e que, em vista disso, comumente era tida como estéril, havia sido libertada por eus de sua desgraça,sendo este ;á o se@to m/s desde que o ?enhor se lembrara dela para lhe conceder um filho. ois, + e o an;oe@pressa o fato de modo muito impressionante para com eus nenhuma coisa é imposs6vel. Ele, a seutempo, fará cumprir cada palavra da promessa que fe5. Ela poderia confiar, sem reserva, nesta palavra, queseria um suporte poderoso J sua fé. E foi assim que =aria aceitou a mensagem em sua integridade. ?emdúvida havia muitos pontos, que estavam além do seu poder de compreensão e sobre os quais não tinhaqualquer esclarecimento. Ela, contudo, simplesmente creu. #olocou+se inteiramente ao serviço do ?enhor,como sua serva. Não estava s8 obedientemente submissa, mas também numa e@pectativa paciente e cheia deanseio. Estava disposta a ser a mãe do eus+homem, como o an;o havia dito. Ela, quanto a si mesma, foraconcebida e nascera em pecado, como acontece com todos os seres humanos, e a doutrina da concepçãoimaculada de =aria é um pedaço de ficção cat8lica. =as seu filho, nascido de mulher mas sem o intercursocarnal, segundo o qual teria sido concebido em pecado, é o santo 9ilho de eus, o 3edentor do mundo.

 0 !i"ita de Iaria a 9"ael,  Lc.%.0*+('.

& saudação de =aria e a resposta de >sabel,  !. -) /a#uele" dia" di"$ondo*"e Iaria, foia$re""adamente C região montano"a, a uma cidade de udá, =) entrou na ca"a de acaria" e "audou 9"ael. 1) ouvindo e"ta a "auda%ão de Iaria, a crian%a le e"tremeceu no ventre< então 9"ael ficou $o""u'da do E"$'rito anto. 2) E e+clamou em alta vozD 3endito " tu entre a" mulere" e endito o frutodo teu ventre. ) E de onde me $rovm #ue me vena vi"itar a mãe do meu enorG ) Poi", logo #ue mecegou ao" ouvido" a voz da tua "auda%ão, a crian%a e"tremeceu de alegria dentro em mim. 4) 3em*aventurada a #ue creu, $or#ue "erão cum$rida" a" $alavra" #ue le foram dita" da $arte do enor.  =aria,naqueles mesmos dias, se aprontou para uma visita J sua parenta, pois as not6cias do an;o a encheram dealegria. Não se deteve em via;ar para a região montanhosa de 4udá, onde ficava a cidade dos sacerdotes emque residia Iacarias como sua mulher >sabel. Notemos a e@pressão !apressadamente". !epressa, como uma

serva casta, admirável e pura, que não deteve seus passos. =erece o nome de serva ou mulher nobre aquelaque se empenha em algo que vai bem. =as há também mulheres preguiçosas, in8bis e tagarelas, que rela@amo lar e tudo o que nele e@iste, que dormem e permitem que ocorra o mal, e, quanto a si mesmas, s8 pensamem comer e fa5er mal. e =aria o evangelista, porém, afirma, que ela foi cheia de vigor, e não buscou aindiscrição, a fim de falar disso e daquilo, como nossas ;ovens e mulheres costumam fa5er, as quais, quandose reúnem com seu lavar governam e reformam a cidade inteira, caluniam as pessoas e manobram a todos oslares. uando em nossos dias uma ;ovem ou uma mulher é nobre, então ela merece toda honra. Esta, porém,

- ) Lutero , 11.21-=,21-1.

Page 9: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 9/166

se encontra raramente, e é um pássaro raro"1=G. uando =aria, desta forma, com energia e pressacaracter6sticas, completara sua viagem e chegou J casa de Iacarias, saudou a >sabel, dando+lhe ocumprimento devido a uma estimada parenta e amiga. Então, porém, aconteceu um milagre. & alegria da mãee o impulso do Esp6rito ?anto produ5iram no filho de >sabel, ainda em gestação, uma agitação sobre+natural e ;ubilosa. ois, 4oão, ;á então, estava cheio do Esp6rito ?anto. ?obre >sabel o Esp6rito também atuou demaneira maravilhosa, enchendo+a com o dom de predição e profecia. ?uas palavras, que brotaram sob ainflu/ncia dum sentimento irresist6vel, foram, por isso, um pronunciamento franco. ?ua afirmação é uma

 peça valiosa de nobre poesia. #hama =aria de mãe e a bendita entre todas as mulheres, por causa da sublimedistinção que lhe foi conferida, e ao menino, que devia nascer dela, chama de bendito. & mãe maismaravilhosa do 9ilho mais maravilhosoO 7 Esp6rito profético a capacita revelar o futuro. #onsidera+seindigna para receber, em seu modesto lar, a mãe de seu ?enhor. ?abia que =aria devia ser a mãe do =essias.?abia que o ?enhor nasceria como verdadeiro homem, e que sua confiança nele lhe trariam salvação. Era umdos poucos em >srael que compreenderam corretamente as profecias sobre a semente da mulher ou sobre omenino da virgem. >nformou =aria dos movimentos maravilhosos que e@perimentara, quando ouviu suasaudação. eclara que é feli5, e mesmo que está num estado de suprema felicidade, porque =aria creu namensagem do an;o, e porque o que ela espera, certamente, acontecerá. 9oi uma e@plosão de sublimeentusiasmo que >sabel aqui e@pressou, que deve ter cooperado poderosamente para que em =aria fossefortalecida a fé no cumprimento da profecia a respeito de seu filho.

7 hino de =aria, !. 6) Então di""e IariaD 0 mina alma engrandece ao enor, 7) e o meu

e"$'rito "e alegrou em ;eu", meu alvador, 8) $or#ue contem$lou na umildade da "ua "erva. Poi" de"deagora toda" a" gera%e" me con"iderarão em=aventurada, -) $or#ue o Podero"o me fez grande" coi"a".anto o "eu nome. 4=) 0 "ua mi"eric&rdia vai de gera%ão em gera%ão "ore o" #ue o temem. & saudação de>sabel encheu =aria com suprema alegria e com felicidade na fé. >sto a estimulou a um canto que respira oesp6rito duma fé singela, dando toda a gl8ria s8 a eus. NotemosF =aria estava tão completamente familiar com os escritos do &ntigo :estamento, que seu hino, mesmo que não a prop8sito, se compAe quase que s8 de palavras de poetas do &ntigo :estamento. :odos os salmos que haviam sido cantados em louvor do =essias,serviram+lhe na composição dos pensamentos e frases de seu grande hino do Novo :estamento. >sabel lhee@altara a fé, ela, porém, dá toda a gl8ria s8 a eus. ?ua alma magn6fica, engrandece, e@alta e louva ao?enhor. Ele é o tema de seu santo. E o esp6rito dela re;ubila e é e@cessivamente feli5 em eus, seu ?alvador.Ela não se presume sem pecado ou acima da necessidade de redenção. ?abia que o ?alvador, mesmo sendoseu pr8prio filho, precisaria conseguir+lhe salvação, assim como para as demais pessoas no mundo. ois, ele,eus o ?alvador, contemplou, de maneira misericordiosa e benigna, a situação indigna de sua serva, comoela, humildemente, se chama. Ele teve o prop8sito de mudar a condição desta modesta serva. Notemos queela di5 situação modesta e não humildade, para evitar a semelhança duma asserção pretensiosa. ois, o fatoque eus lhe manifestara, faria com que todas as geraçAes a declarariam feli5. Esta é a forma poética paradi5erF :odas as pessoas saberiam do fato. Elas louvariam ao ?enhor do céu, porque revelou e magnificou suagraça nesta serva modesta, tornando+a a mãe de seu 9ilho. ois, o oderoso me fe5 grandes coisas. ?anto é oseu nome. ?eu poder é ilimitado na reali5ação da sua vontade. 7s ad;etivos $odero"oN e "antoN e@pressama ess/ncia da ma;estade de eus. :odavia, o outro lado de sua nature5a é revelado de modo ainda maise@traordinário na obra da redenção. ?ua miseric8rdia se renova de geração a geração sobre os que o temem.eus tem pra5er na salvação e na felicidade de todas as suas criaturas, visto que seu nome é miseric8rdia, esua nature5a é amor.

& conclusão do hino, !. 41) 0giu com o "eu ra%o valoro"amente< di"$er"ou o" #ue no cora%ãoalimentavam $en"amento" "oero". 42) ;erruou do" "eu" trono" o" $odero"o" e e+altou o" umilde". 4)

 Enceu de en" o" faminto" e de"$ediu vazio" o" rico". 4) 0m$arou a 9"rael, "eu "ervo, a fim de lemrar*"eda "ua mi"eric&rdia, 44) a favor de 0raão e de "ua de"cendFncia, $ara "em$re. 46) Iaria $ermaneceucerca de trF" me"e" com 9"ael e voltou $ara ca"a. =aria louva a força do braço do ?enhor que lhe foimanifestado. Ele dispersara a todos as pretensAes dos que eram orgulhosos e arrogantes na imaginação deseus pr8prios coraçAes. &queles que se erguem em insolente confiança em suas pr8prias habilidades emqualquer esfera, se;a ela f6sica, mental ou moral, se encontrarão sem amparo. eus o ?alvador éespecialmente impaciente com os que confiam em suas pr8prias ;ustiças e olham com despre5o Jqueles cu;asvidas possam estar maculadas com alguma transgressão que os estigmati5ou diante das pessoas. Ele depAe os

1= ) Lutero, 7. 142 (traduzi do alemão).

Page 10: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 10/166

 poderosos de seus tronos, e e@alta os humildes e os modestos. ?eu governo sobre o mundo é inquestionável eabsoluto. uando ele se manifesta na ma;estade de sua onipot/ncia, ninguém lhe pode resistir. Ele encheu osfamintos de coisas boas, dando+lhes não s8 o necessário, porém muito mais do que precisam. &queles quet/m fome e sede pelo dom da ;ustiça, porque estão conscientes das muitas insufici/ncias em suas pr8priasvidas, a estes ele enche com os maravilhosos dons de seu rico tesouro. 7s ricos, porém, ou se;a, os que se ;ulgam acima de qualquer necessidade e que estão totalmente satisfeitos em sua pr8pria auto+sufici/ncia eque não sentem a necessidade dum ?alvador, estes são despedidos em vergonha e desgraça, e de mãos va5ias.

Estes voltarão Js suas casas sem a afirmação reali5ada diante de eus pela redenção de 4esus #risto. ois,eus, em todos os tempos, veio em au@6lio a seu filho e servo >srael, ou se;a, aos que cr/em nele. E aassist/ncia moral do ?enhor vale muito mais do que todas as reais tentativas de a;uda do mundo inteiro. oiseus recorda sua miseric8rdia, que é a aliança da graça que fe5 com &braão e que renovou com os patriarcas, conforme a promessa, que em &braão e em seu descendente seriam abençoadas todas as naçAes daterra. 7 =essias nasceu da descend/ncia de &braão e de avi, e é desta forma que todas as pessoas domundo t/m alegria eterna e b/nçãos neste 9ilho de &braão e avi. T assim que =aria, em linguagem sublimee viva, descreve a condição que receberia no reino de seu glorioso 9ilho, o =essias, cu;o nascimento estava pr8@imo. & ma;estade do poderoso eus dos E@ércitos se manifestaria em ;ustiça e retidão sobre aqueles quese e@altam em vaidosa altive5. orém a miseric8rdia e a graça do ?enhor se revelariam e seriam concedidasaos pobres, aos necessitados, e aos modestos, ou se;a, sobre todos os que re;eitaram toda e qualquer ;ustiça pr8pria e lançam sua esperança e confiança no =essias das profecias. Estes são o verdadeiro >srael, a

verdadeira semente de &braão, que, por isso, também herdarão todas as b/nçãos que viriam sobre todas as pessoas do mundo, por meio deste um descendente de &braão que é 4esus #risto.7 hino de =aria relembra, não s8 o canto de &na, mas também muitas passagens nos salmos, bem

como os cDnticos de =iriã e ébora. odemos comparar ?l. %%0 e %', também ?l. 0%.-) 0$.,0) %0-.')1%.%*) %%%.*) 00.%2) 0$.%2. e outros. ?ão celebradas a graça de eus, bem como sua santidade, ;ustiça e, emespecial, sua fidelidade. T um hino apropriado para a igre;a do Novo :estamento para cantar os louvores deeus de sua salvação, sendo as formas plenas duma do@ologia animada com bele5a e poder singulares.

=aria permaneceu com >sabel por uns tr/s meses, tra5endo+lhe solidariedade e ternura. epois disso,a finura e sua pr8pria condição fi5eram+na voltar apressadamente ao seu lar.

O /a"cimento de oão 3ati"ta, Lc. %.(1+-2.

7 nascimento e a circuncisão de 4oão, !. 47) 0 9"ael cum$riu*"e o tem$o de dar C luz, e teve um filo. 48) Ouviram o" "eu" vizino" e $arente" #ue o enor u"ara de grande mi"eric&rdia $ara com ela, e $artici$aram do "eu regozi:o.4-) ucedeu #ue, no oitavo dia, foram circuncidar o menino, e #ueriam dar*le o nome de "eu $ai, acaria".6=) ;e modo nenum, re"$ondeu "ua mãeD Pelo contrário, ele deve "er camado oão. 61) ;i""eram*leD /ingum á na tua $arentela #ue tena e"te nome. 62) E $erguntaram, $or aceno", ao $ai do menino #ue nome #ueria #ue le de""em. 6) Então, $edindo ele uma tauina,e"creveuD oão o "eu nome. E todo" "e admiraram. #umprira+se o tempo para >sabel, conforme eus prometera e conforme o curso da nature5a. &os velhos pais nasceu um filho, como eus prometera pelo an;o.>sabel ;á não mais se escondia nem evitava a curiosidade de amigos e vi5inhos. 7s moradores por perto e os parentes que moravam a certa distDncia logo ouviram a not6cia. NotemosF 7 te@to e@pressamente afirma queo ?enhor engrandecera sua miseric8rdia sobre >sabel. &qui se evidenciara o favor e a graça do ?enhor. Emqualquer lugar havia rego5i;o com os feli5es pais. &o oitavo dia, reuniram+se todos quantos estavaminteressados na festa, em especial, os parentes. ois, este foi o dia da circuncisão, conforme o ordena eus, e

também o dia em que se costumava dar o nome J criança. & opinião unDnime de todos era que o nome domenino devia ser Iacarias Hconativo imperfeito ou imperfeito de ação repetidaG, não que isto fosse umcostume fechado dos ;udeus, mas porque o filho único com muita propriedade usaria o nome do pai. &qui, porém, >sabel se op<s. Iacarias, no meio tempo, comunicara a ela a hist8ria da aparição maravilhosa notemplo, e ela sabia o nome que o ?enhor selecionara para ele. Ela, agora, menciona seu nome 4oão. & issotodos, de pronto, ob;etaram que esse nome, apesar de ser comum entre os ;udeus, não se encontrava em suafam6lia. or isso, se voltaram a Iacarias, que percebera toda a alteração e logo captou o que pensavam,quando viu seu olhar esperançosamente se fi@ar nele. Ele, por isso, insinuou que queria uma tabuleta, provavelmente, uma taboa encerada, em uso comum naquele tempo, sobre que se escrevia com um estilete. &seguir ele escreveu, e ao escrever, provavelmente, falou ao mesmo tempoF 4oão é seu nome. >sto posto, não

Page 11: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 11/166

houve mais qualquer alternativa, e o assunto ;á estava total e completamente resolvido. & ordem de eus foie@ecutada ao pé da letra. & punição de sua falta de fé ;á fora removida, e a fala lhe retornou. eus, destaforma, tem piedade de seus filhos, quando estes vacilaram e ca6ram, a;udando+os a vencer o mal com o bem,e a incredulidade com a fé. E á assim que a fé é capacitada a crescer de modo ainda mais valente, visto que pela palavra de eus todas as dúvidas foram sub;ugadas. =as as pessoas reunidas se admiraram diante daconcordDncia dos pais, quando deram um nome que era desconhecido na fam6lia. 9oi sua primeira insinuaçãoque esta criança era realmente e@cepcional.

7utros acontecimentos, !. 6) 9mediatamente a oca "e le ariu e, de"im$edida a l'ngua, falavalouvando a ;eu". 64) ucedeu #ue todo" o" "eu" vizino" ficaram $o""u'do" de temor e $or toda a regiãomontano"a da udia foram divulgada" e"ta" coi"a". 66) odo" o" #ue a" ouviram guardavam*na" nocora%ão, dizendoD Que virá a "er, $oi", e"te meninoG E a mão do enor e"tava com ele.  uderam ser observadas duas coisas estranhas ligadas J hist8ria de 4oãoF 7 fato que a criança era o filho de pais que ;áhaviam passado a idade de ter filhos, e o dar um nome que nunca fora usado na fam6lia de Iacarias. Neste ponto é citada a recuperação da fala do pai. 7s vi5inhos conheciam+no, a quase um ano, como um mundo, eagora, no mesmo repente como o flagelo tomara conta dele, a maldição é tirada de sua l6ngua, visto que elelogo dá louvores ao ?enhor. 7 efeito foi profundo sobre as pessoas reunidas e sobre os moradores da regiãomontanhosa da 4udéia. :omou conta deles não um medo supersticioso, mas uma admiração reverente. 7ndequer que a hist8ria destes acontecimentos era contada, lá o povo, de modo semelhante, ficava impressionado.?entiam que estas circunstDncias tão singulares e especiais que envolviam o nascimento deste filho,

indicavam que o pr8prio eus estava interessado em seu bem+estar, e que tudo isso apontava para um futurofora do comum para o menino. 7 comentário mais comum eraF 7 que, pois, será esta criançaS 7 povo tomounota em sua mente destas circunstDncias na esperança de ulteriores acontecimentos. ?e, ao menos, tivessemcontinuado em sua atitude de atenção, até que 4oão começou seu ministério nas barrancas do 4ordãoO 7comentário do evangelista ;ustifica o questionamento do povo nas regiAes montanhosasF ois a mão do?enhor esteve com ele. Esta frase resume toda a hist8ria da meninice de 4oão e antecipa alguns dosacontecimentos posteriores.

Rm hino de louvor, !. 67) acaria", "eu $ai, ceio do E"$'rito anto, $rofetizou, dizendoD 3endito "e:a o enor ;eu" de 9"rael, $or#ue vi"itou e redimiu o "eu $ovo, 6-) e no" "u"citou $lena e $odero"a "alva%ão na ca"a de ;avi, "eu "ervo, 7=) conforme $rometera, de"de a antiguidade, $or oca do" "eu" "anto" $rofeta", 71) $ara no" liertar do" no""o" inimigo" e da mão de todo" o" #ue no" odeiam< 72) $arau"ar de mi"eric&rdia com o" no""o" $ai" e lemrar*"e da "ua "anta alian%a 7) e do :uramento #ue fez aono""o $ai 0raão, 7) de conceder*no" #ue, livre" da mão de inimigo", o adorá""emo" "em temor, 74) em "antidade e :u"ti%a $erante ele, todo" o" no""o" dia".  :emos aqui outro hino maravilhoso de louvor e profecia, que é composto, em sua maior parte, em termos dos cantos de louvor do &ntigo :estamento. 7 pr8prio Esp6rito ?anto, falando através da boca de Iacarias, é seu autor. Lutero escreveu glosas de muitasdas suas partes em vários de seus livros. esde o começo é dado a eus todo louvor, honra e gl8ria. 7 planoe a obra inteira da salvação é um monumento J sua graça e para o louvor de sua gl8ria. Ele é o eus de>srael, originalmente do >srael segundo a carne, mas, desde que estes filhos o re;eitaram, o termo s8 se aplicamais ao >srael espiritual que é a sua igre;a. T a esta igre;a que ele olhou com olhos que a querem socorrer,dar+lhe a assist/ncia que ela mais precisa, que é a sua redenção dos pecados. ara este povo ele preparousalvação, congregou+o ao =essias seu 3edentor. Esta foi a redenção dum fardo de cu;o peso e infDmia nemse apercebiam. !Kisitar não é nada outro do que vir a n8s, de levar ao nosso conhecimento e proclamar+nos asaudável alavra pela qual somos salvos"11G. & fim de dispor+nos esta salvação, o ?enhor ergueu+nos!chifres" de salvação na casa de avi, seu servo. &ssim como no ?l.%-., a palavra chifre significa uma

a;uda forte, firme e inabalável. Nosso ?enhor é um defensor forte e poderoso, ou se;a, é o 3edentor vindo daraça de avi que nos trou@e plena salvação. !P#hifreP na l6ngua hebraica significa poder, resist/ncia egoverno um que se pode confiar. ... =as ele acrescentaF Rm chifre que salva ou de bem+aventurança. 7utrosreinos t/m seus nomes e bens pelos quais são conhecidos. &lguns são vastos, possuem bens imensos, muito povo, grande honra, mas tão s8 bens temporais. Este reino, porém, é chamado um reino bendito, um reino dagraça, um reino da vida, um reino da ;ustiça, um reino da verdade e ao que é preciso para a bem+aventurança.... eus estabeleceu um principado e reino, no qual não há senão tão s8 bem+estar e salvação" 12G. Estas

11 ) Lutero , 11.2272.12 ) Lutero, 11.227, 227< 1a.117.

Page 12: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 12/166

 b/nçãos imensas são o resultado das promessas que o ?enhor fe5 pelas bocas de seus santos profetas, desde ocomeço do mundo. 7 auge de todas estas profecias sempre é o mesmo tema, a saber, salvação através do=essias, liberdade de sob os inimigos e das mãos de todos aqueles que estão cheios de 8dio e n8s que nelecremos. 7s inimigos espirituais t/m sido incansáveis em seus planos e ataques contra os filhos de eus.eus, porém, e@ecutou os planos de sua miseric8rdia para conosco, tal como o fe5 com os antigos pais quenele confiaram. ois, ele se lembrou de sua santa aliança e do ;uramento feito a &braão, de que nele e em suasemente serão benditas todas as naçAes da terra. eus, como resultado destas promessas, eus concedeu que

os fiéis sirvam a ele sem temor, visto que foram arrebatados das mãos de todos os seus inimigos. Este servir  pode, agora, ser feito em santidade, em pure5a e incorrupção pessoa., e em ;ustiça, no correto relacionamentocom eus, que é uma perfeita descrição dum cristão do Novo :estamento, Ef.$.$. ue ele di5, que nosquer libertar de todos os nossos inimigos, deve, por sua ve5, ser entendido que este reino está em combatecom e em meio aos inimigos. Estes, porém, não vencerão, porém, serão derrotados. E esta libertação esalvação deve servir para que n8s sirvamos a ele eternamente sem temor. ... & palavra sem temorP inclui que podemos estar certos dos bens tanto desta vida como da que há de vir. ois, um cristão está convicto e certoque seus pecados estão perdoados, ainda que continue a senti+los. Ele também está convicto que a morte nãolhe fará mal, que o diabo não poderá sub;ugá+lo e que a morte não prevalecerá sobre ele"1G.

Rm hino profético, !. 76) u, menino, "erá" camado $rofeta do 0lt'""imo, $or#ue $recederá" oenor, $re$arando*le o" camino", 77) $ara dar ao "eu $ovo conecimento da "alva%ão, no redimi*lo do" "eu" $ecado"< 78) gra%a" C entranável mi"eric&rdia de no""o ;eu", $ela #ual no" vi"itará o "ol na"cente

da" altura", 7-) $ara alumiar o" #ue :azem na" treva" e na "omra da morte, e dirigir o" no""o" $" $elocamino da $az. 8=) O menino cre"cia e "e fortalecia em e"$'rito. E viveu no" de"erto" at ao dia em #ueavia de manife"tar*"e a 9"rael. & partir da contemplação dos dons maravilhosos da redenção, Iacarias sevolta a uma profecia sobre o futuro do filho que, segundo a promessa do ?enhor, dele nascera.4oão seria um profeta no sentido mais alto e pleno da palavra, =t.%%.*. ?ua tarefa de vida consistiria em preceder ao?enhor, como verdadeiro arauto, a fim de preparar diante dele os seus caminhos, como disseram os profetas,>s.$2.0) =l.0.%. E quando a lei tivesse preparado os coraçAes, removendo toda ;ustiça pessoal e a pretensa piedade, então 4oão seria capa5 de repartir o conhecimento da salvação, que consiste no perdão de pecados.3edenção é transmitida pela remissão de pecados. !4oão deve vir a dar ao povo de eus um conhecimentoque não é um conhecimento de pecado, ira e morte, mas um conhecimento de salvação, isto é, uma tal pregação da qual se aprende como se pode ser salvo e resgatado da morte e do pecado. Esta é uma arte daqual o mundo não sabe nem uma s8 palavra"1G E esta pregação é possibilitada pelas entranhas, pelo coraçãomisericordioso, de nosso eus. Ele suspira, de todo coração, poro n8s em amor ine@prim6vel e ternamiseric8rdia, e por este motivo a Estrela Palva das alturas nos visitou, ou se;a, em 4esus o ?alvador nasceu+nos a lu5, a estrela ou o sol. Esta verdadeira estrela da manhã iluminou com os raios do amor divino de eusas trevas que foram causadas pelo pecado e a inimi5ade contra ele. E o resultado é que aqueles que estavamsentados nessas trevas e sombra da morte, sentiram a lu5 e o calor do seu fulgor, >s.'2.%,. &queles que sãoincapa5es de encontrar o trilho em meio Js trevas da morte espiritual, ele quer despertar J verdadeira vida,iluminá+los com a lu5 no caminho da pa5, 3m.(.%. T uma descrição bela e eficiente, bem como completa, daobra que eus reali5a em n8s pelo evangelho. !>sto, com certe5a, significa, como penso, acabar com todos osméritos e boas obras no perdão dos pecados, para que ninguém possa di5erF Eu o mereci. ... 3emissão de pecados s8 tem uma ra5ão, a saber, porque eus é misericordioso, e a partir desta miseric8rdia enviou e deu+nos seu 9ilho para que ele pagasse por n8s e n8s f<ssemos salvos por ele. or isso é assim que re5aF erdãode pecados não é resultado de nosso merecimento, nem de nossas boas obras, mas da miseric8rdia genu6nade eus, a saber, que ele nos amou por seu pr8prio amor gracioso. #om nossos pecados merec6amos o fogo

do inferno, mas eus nos olhou em ilimitada miseric8rdia. Esta é a ra5ão pela qual enviou seu 9ilho e por amor a seu 9ilho perdoa os nossos pecados."14G. &gostinho escreve deste hinoF !V que hino bendito dealegria e louvorO >nspirado divinamente pelo Esp6rito ?anto, e divinamente e@presso pelo venerávelsacerdote, é cantado diariamente na igre;a de eusO 7hO que tuas palavras ecoem muitas ve5es em meucoraçãoO &s e@pressAes que usas são o conforto de minha vida) e o tema que tratas sobre a esperança domundo inteiroO

1 ) Lutero, 11.2286.1 ) Lutero, %0b. 121.14 ) Lutero, %0b.12*.

Page 13: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 13/166

Page 14: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 14/166

que foi poss6vel conseguir e lhe fe5 uma cama numa man;edoura, lá fora numa estrebaria onde se haviamrecolhido. ois não havia lugar para eles na pousada, ou no grande recinto que nas cidades orientais erausado como alo;amento. #onforme muitos comentaristas, o lugar onde #risto nasceu era uma das cavernasou grutas perto de Melém, das quais algumas, até em nossos dias, são ousadas para este fim. !&lguns, até,discutem sobre a maneira do nascimento, que =aria o teve durante uma oração, em grande alegria, antes quese apercebesse do caso e sem qualquer dor. Não re;eito a devoção deles, visto que pode ter sido inventada por causa de cristãos ing/nuos. evemos, porém, ater+nos ao evangelho, que afirma que ela o deu J lu5, e

também ao artigo de nossa fé em que confessamosF Nasceu da virgem =aria. &qui não há fraude, mas, comoo afirmam as palavras, um verdadeiro nascimento. ... 7 evangelho demonstra que eles, quando chegaram aMelém, era os mais humildes e despre5ados. 9oram obrigados a apelar a todos, até que encontraram numaestrebaria pousada, mesa, quarto e cama, em comum com os animais. Enquanto isso, muitos perversosocupavam o lugar de honra na pousada, e se dei@avam servir como se fossem senhores. &qui ninguém percebe nem sabe o que eus está a efetuar na estrebaria. ... 7hO que noite escura se abatera sobre Melém, a ponto de ninguém da cidade ter noção da Lu5O uão vigorosamente indica eus que ele não toma emconsideração o que o mundo é, tem e fa5. E, por outro, o mundo prova que absolutamente não entende nem percebe o que eus é, tem e fa5"16 G. Notemos tambémF 7 eus+homem, que, como o primog/nito de =aria,repousa J nossa frente, é, ao mesmo tempo, o maior milagre e o favor mais inestimável de eus. T eus ehomem, é a aliança antiga e nova, é céus e terra que se encontram numa pobre man;edoura. &quele que, se;asecreta ou publicamente, nega esta verdade, esse ;amais entende o significado da festa do Natal talve5

nunca e@perimentou a verdadeira alegria do Natal. >gualmenteF 7 nascimento humilde do ?alvador do mundocoincide e@atamente com a nature5a de seu reino. & origem do reino não ocorreu sobre a terra) uma de suasleis fundamentais foi negar a si pelo amor de servir outros) seu fim, tornar+se grande por meio da desonra evencer pelo embate tudo isto está aqui e@posto diante de n8s.

& mensagem aos pastores, !. 8) 5avia na#uela me"ma região $a"tore" #ue viviam no" cam$o" e guardavam o "eu reano durante a" vig'lia" da noite. -) E um an:o do enor de"ceu aonde ele" e"tavam ea gl&ria do enor rilou ao redor dele"< e ficaram tomado" de grande temor. 1=) O an:o, $orm, le"di""eD /ão temai"D ei" a#ui vo" trago oa nova de grande alegria, #ue o "erá $ara todo o $ovoD 11) #ueo:e vo" na"ceu na cidade de ;avi, o alvador, #ue >ri"to, o enor. 12) E i"to vo" "ervirá de "inalDencontrarei" uma crian%a envolta em fai+a" e deitada em man:edoura. Naquela mesma região, ou se;a, nasredonde5as da vila de Melém, havia pastores. Estavam nos campos, não interessando, se sob o céu aberto ouem barracas. #onstru6ram, talve5, algum rude abrigo contra o ar frio da noite. Estavam de vig6lia durante anoite, trocando turnos na guarda do rebanho para que alguma ovelha não se apartasse ou fosse levada por alguma fera. Estes rebanhos, muito bem, podem ter feito parte dos rebanhos que, com cuidado, eramcondu5idos para 4erusalém, para serem usadas como sacrif6cios no templo, segundo observa umcomentarista. & situação era totalmente normal, e os pastores não eram supersticiosos. NotemosF 7 fato queos rebanhos estavam soltos durante a noite, e não no curral ou aprisco, não desaprova a data tradicional donascimento do ?alvador, tal como ela foi fi@ada pelo bispo Libério em 0($. Não é nada incomum, que as pastagens este;am em suas melhores condiçAes pelo fim de de5embro.

Enquanto os pastores, que pertenciam aos pobres e humildes da terra, estavam empenhados nareali5ação de sua vocação, em Melém acontecia um milagre do ?enhor, do qual eles seriam os primeiros asaberem. NotemosF Não foram os grandes e poderosos da nação que foram escolhidos como receptores dasnot6cias maravilhosas da natividade de #risto, mas humildes pastores das campinas. :ambém não foi avaidosa 4erusalém, mas a pequena Melém que foi escolhida como lugar do nascimento do ?enhor. & estesocorreu, repentinamente, uma revelação sobrenaturalF Rm an;o do ?enhor veio sobre eles, postando+se acima

deles. 9oi uma aparição inesperada, vis6vel sob o céu estrelado, no meio da noite calma e tão solene. &omesmo tempo, a gl8ria do ?enhor iluminou o espaço ao redor dos pastores, ou se;a, do rosto e aspecto do pr8prio an;o, como mensageiro que era da gl8ria dos céus. E eles tiveram grande temor. Estavamcompletamente tomados de medo. Bomens pecadores não conseguem suportar a lu5 da presença do santoeus. &lém disso, o repente da aparição do an;o os pegou desprevenidos. Não houve um preparo gradual deseus sentidos para o auge que se abateu sobre eles. & mensagem do an;o, todavia, era animadora, tra5endotoda a bele5a e amor do esp6rito de Natal. Não deviam dar espaço ou permanecer sob o dom6nio do temor, pois esta é uma mensagem que, em sua substDncia, é o evangelho inteiro. &nuncia+lhes uma grande alegria,

16  ) Lutero, %%. %0,%%.

Page 15: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 15/166

 para que seus coraçAes se encham desta alegria. E estas not6cias maravilhosas não se restringirão s8 a eles,mas são tencionadas e serão proclamadas a todo o povo. & e@pressão é tão geral, que não devia ser aplicados8 ao povo de >srael, porém, mais propriamente, a todas as naçAes do mundo. Neste momento, a vo5 do an;oatinge, em ;úbilo contagiante, o auge de sua proclamaçãoF ois neste dia vos nasceu um ?alvador, que é#risto, o ?enhor, na cidade de avi. 7 an;o usou termos com os quais os pastores, ;á desde a ;uventude,estavam familiari5ados, nas quais costumavam e@pressar suas esperanças sobre a salvação de >srael. Rm?alvador aponta para uma pessoa que nos livra completamente de todo mal e perigo, e que é o autor duma

 perpétua salvação. Ele é #risto ou o =essias, por cu;a vinda os ;udeus esperavam com dese;o ardente, poisnele e por meio dele os verdadeiros crentes de >srael esperavam o reino que duraria para sempre. NotemosF&qui está indicada, com clare5a, a verdadeira humanidade e a verdadeira divindade do recém+nascido beb/,e@atamente como o an;o resume as antigas profecias chamando Melém a cidade de avi. &lém dissoF #ristonasceu verdadeiro homem para purificar e santificar a nossa concepção e o nosso nascimento. !ara socorrer nosso nascimento pobre e miserável, eus enviou um outro nascimento, que precisou ser puro e sem mácula,caso quisesse purificar o nosso nascimento impuro e pecador. Este é, pois, o nascimento de #risto, o ?enhor,e seu 9ilho unig/nito. or isso, também quis que ele nascesse de carne e sangue corruptos, porém, que elenascesse unicamente duma virgem. ... T isto o que o an;o quer com as palavrasF Nasceu+vosP. >sto é tanto,como di5erF :udo, o que ele é e o que ele tem, é vosso, e ele é o vosso ?alvador. Não s8 que assim oconsidereis, mas ele tem a capacidade de vos resgatar de pecado, morte, diabo e de todo o mal. ?im, tãogrande como ele é, ele vos nasceu, e é vosso com tudo que ele tem." 17 G E, finalmente, notemos a palavra

!vos". !T como se ele dissesseF &té agora fostes escravos do diabo. Ele vos afligiu com água, fogo, pestil/ncia, espada, quem, porém, é capa5 de enumerar todo este infortúnioS ... E, depois que ele torturoualma e corpo, a morte eterna ameaça. Kos, di5 o an;o, a v8s que éreis conservados cativos sob este esp6ritonocivo, mau e peçonhento, que é o pr6ncipe e deus deste mundo, nasceu o ?alvador. & palavra vosP,certamente, devia tornar+vos feli5es. ois, a quem ele se dirigeS & pau e pedraS Não, a pessoas, e não a umaou duas, mas a todas elas. ... T dele que precisamos, e ele se tornou homem por amor a n8s. or isso cabe+nosaceitá+lo com alegria, como aqui di5 o an;oF Kos nasceu um ?alvador."18G.

ara que os pastores não fossem mal+orientados ou se perdessem na cidade apinhada de gente, o an;olhes dá indicaçAes espec6ficas sobre como imediatamente achariam e reconheceriam a criança. ?eriaencontrado envolto em panos e deitado na man;edoura dum estábulo. Estas orientaçAes foram tão claras ee@atas, como nenhuma outra, visto que não havia alguma outra criança em circunstDncias tão pobres ehumildes, como esta que é o ?alvador do mundo.

7 hino de louvor dos an;os, !. 1) E "uitamente a$areceu com o an:o uma multidão da mil'ciacele"tial louvando a ;eu" e dizendoD 1) Al&ria a ;eu" na" maiore" altura", e $az na terra entre o" omen",a #uem ele #uer em. & mensagem do primeiro an;o culminou num canto de louvor e e@ultação. Este hino,contudo, foi, tão s8, um preDmbulo para o coral que foi entoado nos campos de Melém e que, desde então,ecoou em vo5 sonora numa verdadeira onda triunfante de melodias por toda a terra. ois, o mensageiro malacabara seu anúncio, quando, com o mesmo repente como acontecera sua pr8pria vinda, apareceu um coroceleste, uma multidão dos e@ércitos do céu. ?ua alegria sobre o nascimento maravilhoso do ?alvador domundo foi tão grande, que nem mesmo o céu dos céus o p<de conter. ?entiram+se movidos a descer ecelebrar o evento que é totalmente ins8lito na hist8ria do mundo, e com o canto de seu hino de louvor a eusinflamam a fé nos coraçAes das pessoas. 7 hino glorioso deles, que, desde então, tem sido cantado e queecoou por milhAes de cristãos piedosos que aceitaram a criança de Melém como o seu ?alvador, pode ser dividido em duas ou tr/s partes, ou estrofes, tudo, conforme uma pequena diferença na leitura do te@to grego.Cl8ria a eus nas maiores alturas, Jquele, cu;a habitação, segundo sua eterna ma;estade e gl8ria, está acima

de tudo ou nos lugares mais gloriosos, como supremo que é sobre todas as criaturas do universo. ?8 a ele pertence toda gl8ria e louvor pela obra da redenção. Ele é o &utor e #onsumador da salvação, que esteve em#risto, reconciliando consigo mesmo o mundo, não mais lhes imputando seus pecados, .#o. (. %-,%*. !Estefruto que os an;os cantam, há de seguir, e agora é poss6vel que eus se;a louvado corretamente nas alturas. Não por meio de obras e@ternas. Estas não t/m a força de ascender ao céu. =as com o coração que se elevada terra Js alturas, cheio de gratidão e cordial confiança a este eus e pai tão misericordioso." 1-G. E pa5 naterra, tra5ida com a vinda do r6ncipe da a5, >s. *.(. & transgressão de &dão e de todos os seus17  ) Lutero, %%.2,20 Hcf. alemãoG.18 ) Lutero, %0a. (*,'2.1- ) Lutero, 1a. 71.

Page 16: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 16/166

descendentes trou@e+lhes a c8lera de eus. Bavia uma situação de cont6nua inimi5ade e guerra entre eus eo homem por causa do pecado. =as em e com o ?alvador acabou a luta. Ele restabeleceu o relacionamentocerto e apropriado entre eus e o homem. !&ssim como os an;os cantaram que aqueles que chegassem aconhecer e receber este menino 4esus, dariam em tudo a eus a gl8ria, assim eles aqui cantam e dese;am,sim,, dão+nos a promessa confortadora de que agora a tirania do diabo teria um fim, e que os cristãosviveriam entre si uma vida distinta, pac6fica e calma, os quais também com pra5er a;udariam, aconselhariame preveniriam briga e desunião, e viveriam em toda generosidade uns com os outros, para que entre eles, por 

causa desta #riança, prevalecesse um governo pac6fico em que cada um fará o melhor pelo outro"2=

G. E esta pa5 será para as pessoas de boa vontade, ou se;a, ela assegurará a todos a boa vontade do ai celeste e com acriança na man;edoura. !Esta é a terceira estrofe, que n8s tenhamos um Dnimo feli5, alegre e desafiador contra qualquer sofrimento que nos possa sobrevir, e possamos di5er a ?atanásF Não serás capa5 de tornar asituação tão ruim, que minha alegria, a qual tenho por meio desta criança, se;a maculada. >sto é o quesignifica boa vontade, a saber, um coração feli5, sossegado, alegre e cora;oso, que não se preocupa muito,não interessando como as coisas vão, e que di5 ao diabo e ao mundoF Não abandono a minha alegria por causa de v8s, e não me preocuparei por causa de vosso furor) fa5ei o que quiserdes, #risto me concede maisalegria do que v8s me causais triste5a. T um coração assim que os an;os com este hino nos concedem edese;am."21G. NotemosF !Este canto angelical é a nota chave do famoso Cloria in E@celsisP, que, desde osegundo ou terceiro século é cantado na igre;a grega, e de lá passou para a latina, a anglicana e outras igre;as,como uma forma de devoção verdadeiramente cat8lica, clássica e imortal, ecoando da infDncia J velhice e de

geração e geração. & poesia sacra nasceu com a religião, e a poesia da igre;a é o eco e a resposta J poesia emúsica dos an;os no céu. =as a adoração da igre;a triunfante no céu, semelhante a este canto dos an;os,consistirá s8 de louvor e gratidão, não havendo mais petiçAes e súplicas, visto que então todas asnecessidades estarão supridas e todo pecado e miséria terão sido dragadas em perfeita santidade e bem+aventurança. &qui, por isso, é antecipado, ;á em seu in6cio e em sua primeira manifestação, o final gloriosoda poesia e da adoração cristã"22G.

& visita e a adoração dos pastores, !. 14) E, au"entando*"e dele" o" an:o" $ara o cu, diziam o" $a"tore" un" ao" outro"D !amo" at 3elm e ve:amo" o" acontecimento" #ue o enor no" deu a conecer.16) Loram a$re""adamente e acaram Iaria e o", e a crian%a deitada na man:edoura. 17) E, vendo*o,divulgaram o #ue "e le" avia dito a re"$eito de"te menino. 18) odo" o" #ue ouviram "e admiraram da"coi"a" referida" $elo" $a"tore". 1-) Iaria, $orm, guardava toda" e"ta" $alavra", meditando*a" nocora%ão. 2=) !oltaram então o" $a"tore" glorificando e louvando a ;eu" $or tudo o #ue tinam ouvido evi"to, como le" fora anunciado. 7 canto de Lucas sobre o nascimento ainda não acabou. Ele tem a cantar uma hist8ria de alguns cristãos do Natal, e seu efeito é ressaltado pela imensa simplicidade. 7s an;os haviam,apenas, dei@ado a campina para retornar ao céu, quando os pastores começaram a di5er uns aos outros,repetindo as palavras sempre de novo, como o fa5em as pessoas quando sob a influ/ncia de grande e@citação.Eia, vamosO E@clamam eles. ueriam pegar um atalho, um caminho mais direto a Melém. Não havia tempo a perder. ueriam ver o acontecido, ou se;a, ver com os pr8prios olhos este milagre. Não queriam conferir amensagem do an;o, pois, estavam certos de sua verdade. & proclamação angelical decidira o assuntoF 7 fato,o milagre, aconteceu) o ?enhor no+lo tornou conhecido. #reram na palavra que lhes foi pregada, confiaramna mensagem evangélica e o conteúdo da mensagem do an;o lhes foi real. #onfiar, não em sentimentos oucon;eturas, mas na palavra firme do evangelho, isto é a ess/ncia da fé requerida por eus em todos ostempos. E eles conformaram seus atos Js suas palavras. &pressadamente vieram e encontraram tudoe@atamente como o an;o lhes dissera. Esta confirmação encheu suas almas de alegria. Encontraram =aria, amãe, com 4osé, o padrasto, e encontraram a criança criança milagrosa cu;o nome é =aravilhoso, deitado

no cocho de pasto ou na man;edoura do estábulo. &qui os crentes no Natal se tornaram missionários do Natal. & um cristão é imposs6vel não evidenciar em palavras e atos a fé que habita no coração, quando viu eencontrou o ?alvador 4esus no evangelho. Espalharam, de modo e@ato, o assunto sobre o fato que lhes foicontado e tudo que lhes aconteceu, ou se;a, a maravilhosa mensagem recebida e a confirmação das palavrasdo an;o. No dia seguinte a hist8ria causou um grande alvoroço em Melém, despertando grande interesse.:odos quantos ouviram do caso, se maravilharam o que é o primeiro e normal resultado da mensagemevangélica. Este foi o efeito em todos os lugares onde os pastores chegaram e repetiram sua hist8ria. #omo2= ) Lutero, 1a. 7.21 ) Lutero, 1a.76.22 ) ?chaff, >o=mmentar?, RuBe, -.

Page 17: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 17/166

e@ceção s8 é citada =aria. Ela, em ve5 de se admirar, apegou as palavras, guardando+as com carinho comotesouro sacro e reme@endo+as em seu coração. =arquemos bemF :odas as pessoas se admiravam, =aria, porém, meditava em todas as coisas maravilhosas que aconteceram a ela e aos pastores. Esta distinção deveser feita até ao dia de ho;e. =uitos são acertados pela bele5a da hist8ria do evangelho e conforme istoe@pressa seus pontos de vista, há, porém, poucos que tomam o tempo para meditar sobre os grandes fatos denossa salvação, de reme@/+los em seus coraçAes, de e@amina+los de todos os lados, e descobrir todas as bele5as desses tesouros inestimáveis. !T sua vontade que sua palavra não s8 flutue na l6ngua, como a espuma

sobre a água e a baba na boca que se cospe fora) mas que se;a impressa no coração e lá permaneça como umsinal que ninguém pode apagar, bem como se ali tivesse crescido e fosse uma coisa natural que ninguém pode raspar fora"2G. Enquanto os pastores continuaram a espalhar seu trabalho de difundir a not6cia sobre omenino miraculoso, e quando haviam reali5ado tudo que seu coração lhes pedia, voltaram ao seu trabalhodiário. Baviam sido mensageiros de eus, como deviam ser todos os cristãos. Baviam sido portadores dasgloriosas not6cias da salvação. =as não presumiam ser mais do que sua condição permitia. Clorificaram emagnificaram a eus por terem sido graciosamente permitidos para ouvir as not6cias sobre a salvação. E oque naquela noite viram e ouviram estava gravado em seus coraçAes em letras de lu5 do alto. &ssim devia ser com todos os fiéis em #risto o ?alvador, visto serem abençoados na mesma medida como o foram os pastores. Em seu comportamento e atitude e@terior parece não haver muita diferença entre eles e os filhos domundo. &tendem ao trabalho de sua vocação e não se envergonham, mesmo que o ?enhor lhes concedeu umacondição humilde de vida. =as em seus coraçAes há lu5 e vida gloriosas. Em meio ao calor e da faina do dia,

eles re;ubilam em eus seu ?alvador, que os resgatou de toda faina e preocupação da vida terrena e lhesabriu as gl8rias do céu.

 0 >ircunci"ão e 0$re"enta%ão de >ri"to, Lc. .%+$2.

& circuncisão, K. %F >om$letado" oito dia" $ara "er circuncidado o menino, deram*le o nome de ES, como le camara o an:o, ante" de "er conceido. 4esus, por sua ancestralidade e por nascimento,era membro da raça e da igre;a ;udaica. E =aria e 4osé observavam todos os ritos e cerim<nias da lei ;udaica.or isso, ao oitavo dia de vida da criança, foi+lhe administrado o sacramento da circuncisão, como o que eraformalmente declarado um membro da igre;a ;udaica. #onforme o costume dos ;udeus, também lhe deramum nome pelo qual devia ser reconhecido na congregação do povo de eus. uanto a isto não houvediverg/ncia de opinião. &gora foi feito assim como o an;o dissera para =aria no tempo da anunciação ecomo ele dissera em sonho a 4osé, =t. %.%. 7 nome da criança foi 4esus. Nele há salvação para todas as pessoas. NotemosF &qui 4esus, ao se submeter Js ordenanças da circuncisão, foi colocado sob a lei, Cl. $.$,(.9oi o começo de sua obedi/ncia ativa em favor das pessoas. =as também foi o começo de sua obedi/ncia passiva, de seu sofrimento. ois, derramara a primeira gota de sangue como preço por nossas almas, tendo o pagamento pleno sido completado, quando na cru5 ele entregou sua alma nas mãos de seu ai celeste.

& apresentação, !. 22) Pa""ado" o" dia" da $urifica%ão dele" "egundo a lei de Ioi"", levaram*noa eru"alm $ara o a$re"entarem ao enor, 2) conforme o #ue e"tá e"crito na lei do enorD odo $rimogFnito ao enor "erá con"agrado< 2) e $ara oferecer um "acrif'cio, "egundo o #ue e"tá e"crito nareferida leiD Sm $ar de rola" ou doi" $omino". Lucas acha necessário e@por os ritos ligados com a purificação por causa de seus leitores que não estavam familiari5ados com as leis ;udaicas. & mãe eraimpura, conforme as ordenanças de =oisés, por sete dias, depois do nascimento do filho, e depois disso precisava ficar J parte por mais outros trinta e tr/s dias. Estes quarenta dias assinalavam os dias de limpe5aou purificação lev6tica, Lv. %. &o fim deste per6odo os pais subiram para 4erusalém com a criança para a

apresentar ao ?enhor, visto que o primog/nito entre as pessoas e os animais pertencia ao ?enhor, E@. %0., e precisava ser redimido por meio dum sacrif6cio. ?endo =aria e 4osé pobre, não tinham as condiçAes de tra5er um cordeiro. or isso =aria comprou o sacrif6cio menos caro, Lv. %.',-. T a seguinte a maneira pela qual=aria trou@e seu sacrif6cio, tanto a oferta pelo pecado como de agradecimento. Entrou no templo pela !portados primog/nitos", esperou na porta de Nicanor enquanto a oferta de incenso era reali5ada no lugar santo.Então ela prosseguiu ao degrau superior da escada que condu5ia da corte das mulheres para a corte de >srael.&qui um sacerdote tomou de suas mãos a oferta. & seguir ela foi aspergida com o sangue para indicar a purificação. or fim ela pagou cinco peças de prata, para o tesouro do templo, colocando o dinheiro Huns 3W

2 ) Lutero, 1a. 81,7.

Page 18: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 18/166

,(2G no cofre do tesouro que tinha a semelhança duma trombeta, e que estava na corte das mulheres. NotemosF & lei unicamente di5ia respeito Jquelas mulheres que, segundo o curso natural, se tornavam mães.& virgem e seu filho, com ;ustiça, podiam ter alegado isenção. #risto, porém, se humilha tão completamente por causa dos pecadores. ueria tornar+se tão completamente carne de nossa carne, que se submeteu até aeste rito humilhante de purificação no templo.

& apro@imação de ?imeão, !. 24) 5avia em eru"alm um omem camado imeão< omem e"te :u"to e $iedo"o #ue e"$erava a con"ola%ão de 9"rael< e o E"$'rito anto e"tava "ore ele. 26) Hevelara*le o

 E"$'rito anto #ue não $a""aria $ela morte ante" de ver o >ri"to do enor. 27) Iovido $elo E"$'rito foi aotem$lo< e, #uando o" $ai" trou+eram o menino e"u" $ara fazerem com ele o #ue a lei ordenava, 28) imeãoo tomou no" ra%o" e louvou a ;eu", dizendoD 2-) 0gora, enor, de"$ede" em $az o teu "ervo, "egundo atua $alavra< =) $or#ue o" meu" olo" :á viram a tua "alva%ão, 1) a #ual $re$ara"te diante de todo" o" $ovo"D 2) luz $ara revela%ão ao" gentio", e $ara a gl&ria do teu $ovo de 9"rael. 7 incidente aqui relatado por Lucas é tão importante a ponto de introdu5i+lo com !eisO". Ele trou@e mais um testemunho sobre omenino 4esus e fortaleceu =aria em sua fé. Bavia naquele tempo em 4erusalém de nome ?imeão. ele nadamais é sabido, do que o que o evangelista aqui registra, mas ele é lembrado em toda a cristandade. Estehomem é descrito como ;usto ou reto. >sto é referido sobre sua condição de coração e mente. Era devoto e piedoso, o que se refere na manifestação e@terna do que havia em seu coração. Era um dos verdadeirosisraelitas. raticava o que confessava a religião de seus antepassados. Era bem versado nas profecias sobreo =essias que aguardava e com Dnsia esperava, como o refrigério ou o conforto de >srael. Ele tinha a

compreensão correta da obra do 3edentor e esperava pela revelação dum reino espiritual. 7 Esp6rito ?antoestava sobre ele ou habitava nele, influenciando toda sua vida e conduta. Ele havia recebido uma revelação,ou um impulso muito forte e insistente do Esp6rito ?anto, que se referia a uma clara promessa, a saber, queele não veria a morte antes de ter visto o #risto do ?enhor. Notemos o paralelismo e o contraste que sãoapresentadosF Em ambos os casos ele veria num ele veria a morte e o fim da vida, no outro veria arevelação mais gloriosa da Kida eterna que vem do alto, o =essias do onipotente e gracioso eus. Mem nestehora o Esp6rito o impeliu para ir ao templo. esta maneira reconheceu o menino 4esus nos braços de suamãe, quando os pais vieram cumprir o sacrif6cio requerido pela lei de =oisés. Neste momento o venerávelancião fe5 algo que deve ter admirado muito a =aria e 4osé. irigindo+se a eles, tomou a criança em seus braços e começou a cantar um hino de louvor e gratidão a eus. ?ua bele5a é tanta que ele reteve, desde ocomeço, sua posição na igre;a. 9inalmente, agora, a esperança, a muito acalentada por ele, é cumprida, e eleestá completamente feli5 para morrer. Nos ouvidos dum descrente estas palavras devem soar estranhas. ois,ele fala dum libertação, duma partida, que seria feita em plena pa5 e satisfação, ou em total contentamento.Ele sabe que isto lhe trará duradouro descanso e repouso, ou se;a, a pa5 que o menino 4esus trou@e. ois,seus olhos cansados haviam visto a salvação de eus, visto que a criança era a personificada salvação domundo. Nele e por meio dele todas as naçAes da terra são abençoadas com plena e completa redenção.Estasalvação em 4esus está pronta, ou esta disposta diante da face de todas as naçAes. Ele tra5 uma reconciliaçãouniversal, da qual ninguém em todo o vasto mundo está e@clu6do. 7s gentios não s8 são os espectadoresdesinteressados do milagre que será reali5ado pela obra de #risto, mas ele e sua salvação são a Lua que deveiluminar e dar a plena lu5 do evangelho aos gentios, e a qual deve ser a gl8ria de seu povo >srael, >s. *.)$)') $*)') '2.%+0. Este lindo hino enfati5a, em termos os mais fortes poss6veis, o fato da graça universal eque ninguém está e@clu6do da salvação que #risto adquiriu com seus méritos. Na mesma ocasião, ?imeãotambém, por inspiração do Esp6rito ?anto, ensina alguns dos efeitos da graça e salvação universais sobretodos quantos aceitam 4esus como seu ?alvador. :odos estes cristãos receberão a iluminação do evangelhoem mente e coração, e se tornarão participantes da gl8ria que pertence ao =essias e sua obra. Estes

aprenderão a encarar a morte temporal como uma libertação, ou como uma partida para cenas melhores emais preciosas, visto que adormecem em 4esus. !:odo aquele que tem este ?alvador, o ?alvador de eus, podem ter um coração pac6fico e tranqUilo. ois, mesmo que a morte se;a tão terr6vel, o pecado tão poderoso,o diabo tão perverso e peçonhento como o queira ser, n8s, ainda assim, temos o ?alvador de eus, isto é, um?alvador todo+poderoso e eterno. Ele é suficientemente forte para nos transportar da morte para a vida e do pecado para a ;ustiça"2G

?imeão abençoa a 4osé e =aria, !. ) E e"tavam o $ai e a mãe do menino admirado" do #ue dele "edizia. ) imeão o" aen%oou e di""e a Iaria, mãe do meninoD Ei" #ue e"te menino e"tá de"tinado tanto

2 ) Lutero, 1a. 227.

Page 19: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 19/166

 $ara ru'na como $ara levantamento de muito" em 9"rael, e $ara "er alvo de contradi%ão 4) tamm umae"$ada tra"$a""ará a tua $r&$ria alma, $ara #ue "e manife"tem o" $en"amento" de muito" cora%e".Enquanto na hist8ria dos pastores é mencionado que s8 =aria guardou com carinho as palavras sobre seufilho, aqui ambos os pais são descritos como quem se maravilhou sobre as palavras de ?imeão, as quaisrevelaram o significado pleno desta criança para o mundo. 7 padrasto 4osé, via de regra, permanece emsegundo plano. &s palavras ditas por ?imeão encheram a ambos de ;ubilosa admiração. Cradualmentecomeçaram a ter uma idéia sobre o significado de todas as profecias a respeito da criança em seus braços.

&gora ?imeão proferiu uma b/nção sobre ambos e se dirigiu a =aria em importante profecia. Esta criançaestá destinada ou é estabelecida, pela vontade de eus, para um duplo prop8sito. Em primeiro lugar, elaserve para a queda e para o reerguimento de muitos em >srael, ou se;a, do verdadeiro >srael ou dos membrosdo reino de eus. 7 natural orgulho e a ;ustiça pr8pria de cada pessoa, que é uma caracter6stica dadepravação herdade das pessoas, precisa cair e ser removida por completo, antes que possa ocorrer suaressurreição na fé no ?alvador 4esus. Em segundo lugar, ela serve como um sinal que será contestado econtraditado. =uitas pessoas, de fato, a maioria, recusam humilhar+se por causa deste ?alvador, mesmo quea certe5a da gl8ria futura lhes é estendida por meio da fé nele. Endurecem seus coraçAes contra ele e, destaforma, são condenados por sua pr8pria culpa, . #o. .%(,%') $. 0,$. =as, apesar de tudo isso, ele é um sinal perante o mundo inteiro, bem assim como a serpente de bron5e no deserto foi um sinal ao povo todo, atémesmo para aqueles que se recusaram a encará+la até que fosse tarde demais. T desta maneira que os pensamentos dos coraçAes das pessoas são revelados. =uito l6der ;udeu, cu;a reputação atestava sua perfeita

 bondade, não resistiu ao teste desta pedra de toque, que é 4esus #risto, e re;eitaram sua pr8pria salvação.Este estado de coisas, também, se mostraria como uma provação terr6vel para =aria. ?eu coração maternosentiria de modo muito agudo o 8dio dirigido contra seu 9ilho. Ele, muitas ve5es, seria qual espada de doisgumes a penetrar em sua alma, como aconteceu quando ela testemunhou a crucificação com torturas que aacompanharam.

& profeti5a &na, !. 6) 5avia uma $rofeti"a, camada 0na, fila de Lanuel, da trio de 0"er,avan%ada em dia", #ue vivera com "eu marido "ete ano" de"de #ue "e ca"ara, 7) e #ue era viva de oitentae #uatro ano". E"ta não dei+ava o tem$lo, ma" adorava noite e dia em :e:un" e ora%e". 8) E, cegandona#uela ora, dava gra%a" a ;eu", e falava a re"$eito do menino a todo" o" #ue e"$eravam a reden%ão de eru"alm. -) >um$rida" toda" a" ordenan%a" "egundo a lei do enor, voltaram $ara a Aalilia, $ara a "ua cidade de /azar. =) >re"cia o menino e "e fortalecia, encendo*"e de "aedoria< e a gra%a de ;eu"e"tava "ore ele. Naquela época ?imeão não era a única alma piedosa em 4erusalém. 4untou+se ao grupo uma profetisa de nome &na, cu;o pai e tribo são citados, tendo Lucas a atenção por todos os poss6veis detalhes.Ela era muito idosa. #asara muito ;ovem, permanecendo viúva ap8s a morte do esposo e passando o tempono serviço ao ?enhor. Ela, mesmo ;á tendo oitenta e quatro anos, foi um dos primeiros que de manhã, logoque as portas se abriram, entraram no templo. Lá permanecia em devota adoração por todo o dia, passando ashoras em ;e;um e oração, mostrando+se assim um verdadeiro ministro e serva do ?enhor. :ambém ela deugraças, ela apanhou o canto começado pelo velho ?imeão, louvando a eus por ter enviado o ?alvador aomundo que tanto necessitava de redenção. Ela, desta forma, não serviu somente J sua pr8pria devoção eedificação, mas espalhou as boas novas. :eve como prática, mencionar o fato da aparição do =essias atodos aqueles que eram de esp6rito semelhante em 4erusalém. ois, ainda havia alguns, ao menos alguns, quesincera e devotamente de 4erusalém esperavam pela redenção dos pecados, por meio da obra do ?alvador.

4osé e =aria, porém, depois que haviam cumprido tudo quanto deles requeria a lei e o costume,dei@aram a cidade. Neste ponto Lucas omite todas as refer/ncias J fuga ao Egito e J estadia naquele pa6s, econtinua sua narrativa no ponto em que os pais de 4esus se fi@aram definitivamente em Na5aré. &qui, na

 pequena vila nas montanhas da Caliléia, foi passada a meninice e ;uventude de 4esus. &qui ele cresceu etambém se desenvolveu em força f6sica. 7 que, porém, é muito mais importante, ele cresceu emconhecimento, encheu+se de sabedoria, e a graça de eus estava com ele, repousando obviamente nele.

O Ienino e"u" no em$lo,  Lc. . $%+(.

& viagem para 4erusalém, !. 1) Ora, anualmente iam "eu" $ai" a eru"alm, $ara a fe"ta da $á"coa. 2) Quando ele atingiu o" doze ano", "uiram, "egundo o co"tume da fe"ta. ) erminado" o" dia"da fe"ta, ao regre""arem, $ermaneceu o menino e"u" em eru"alm, "em #ue "eu" $ai" o "oue""em. ) Pen"ando, $orm, e"tar ele entre o" com$aneiro" de viagem, foram camino de um dia, e então $a""aram a

Page 20: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 20/166

 $rocurá*lo< 4) e, não o tendo encontrado, voltaram a eru"alm C "ua $rocura. :emos aqui a única hist8riaaut/ntica da vida de #risto, no intervalo entre a fuga ao Egito e o começo de seu ministério. Ele, nestanarrativa, está na divisa entre a meninice e a ;uventude. Está por entrar na fase dif6cil da vida. & refer/nciade Lucas sobre a participação regular da mãe e do padrasto de 4esus na festa da páscoa, lança uma lu5interessante sobre seus hábitos. & lei e@igia que os homens aparecessem perante o ?enhor tr/s ve5es ao ano,sendo a festa da páscoa uma destas ocasiAes em que sua presença era e@igida, E@. 0.%) t. %'.%'. &smulheres não estavam inclu6das na ordem do ?enhor. =aria, porém, não tinha falta de companhia de pessoas

de seu se@o. =uitas mulheres aproveitavam o per6odo festivo para acompanhar os esposos e filhos maiores para a capital. NotemosF 7 evangelista enfati5a sua regularidade no atendimento. ?ão um bom e@emplo paramuitos pais de ho;e. uando o menino tinha do5e anos, os pais procederam conforme o costume dos antigos,de que seus filhos deviam ser e@ercitados em todas as obrigaçAes religiosas e com seus pais participar nasfestas. Era a idade em que os meninos ;udeus entravam na escola secundária, chamada  3et*a*Iidra", dasquais e mais afamada se encontrava em 4erusalém e, quase sempre, era administrada nalguma das alas dotemplo. Era conhecida como a a gadol. & pr8pria ;ornada para 4erusalém por ocasião das grandes festas, ;áera uma festa em si, em especial para as pessoas mais ;ovens da fam6lia. &s pessoas das regiAes mais remotasda alestina formavam grandes grupos a fim de via;arem ;untas, visto que em sua maioria iam a pé. &lgunsdos membros mais velhos, de tempo em tempo, começavam a cantar algum dos salmos dos degraus, ?l. %2+%0$, ou mesmo outros hinos. uando chegavam mais perto da cidade, e o esp6rito festivo dominava as pessoas, apanhavam flores e galhos das árvores e os agitavam em cad/ncia com seu canto. No caso atual,

4esus esteve na companhia de parentes e conhecidos de Na5aré e arredores, e passou a semana da festa comoum participante muito interessado. =as, quando a festa acabou e todos os peregrinos voltaram para casa, omenino 4esus permaneceu em 4erusalém, sem que seus pais o soubessem. &creditavam que estivesse comalguns dos membros do seu grupo e passaram o dia todo olhando, ocasionalmente, por ele na caravana.uando, porém, não encontraram qualquer traço dele, então o coração da mãe se encheu de pressentimentossombrios. Koltaram apressados para 4erusalém. Kasculharam a cidade por tr/s dias.

7s neg8cios de seu ai, !. 6) rF" dia" de$oi" o acaram no tem$lo, a""entado no meio do"me"tre", ouvindo*o" e interrogando*o". 7) E todo" o" #ue o ouviam muito "e admiravam da "ua inteligFnciae da" "ua" re"$o"ta". 8) Rogo #ue $ai" o viram, ficaram maravilado"< e "ua mãe le di""eD Lilo, $or #ue fize"te a""im cono"coG eu $ai e eu, aflito", e"tamo" C tua $rocura. -) Ele le" re"$ondeuD Por #ue me $rocurávei"G /ão "a'ei" #ue me cum$ria e"tar na ca"a de meu PaiG 4=) /ão com$reenderam, $orm, a" $alavra" #ue le" di""era. 7s tr/s dias de procura com sua crescente ansiedade pode ter, muito bem,despertado em =aria a idéia que a profecia de ?imeão ;á se cumprira. 9inalmente, =aria e 4osé, porém,acharam a 4esus, depois de muitas buscas por toda cidade, no templo. Estava sentado em meio aosclarividentes mestres, na ala donde as classes dos filhos da lei, ou se;a a honrada escola secundária, sereuniam para instrução avançada, a fim de aprender a guardar os mandamentos. ?entado lá, aparentemente nacondição de aluno, mas, na realidade, em séria confer/ncia, em que ele assumia quase as funçAes de mestre.ava a devida atenção Js e@planaçAes dos doutores, mas também fa5endo perguntas profundas, para oespanto de todos quantos o ouviam. ?ua compreensão, sua habilidade de penetrar um assunto proposto, e asrespostas que dava, eram de tal forma que provocavam admiração. Bavia algo de rara perspicácia e acapacidade de apresentação que em anos posteriores deliciava tanto suas platéias. =aria e 4osé, porém,estavam perturbados por causa da aparente audácia do menino, que lhe parecia algo como atrevimento.=aria, ainda tomada de emoção por causa da procura e estando seu coração materno ansioso pelo filho, nãose apercebeu que a falta não fora dele mas deles, perguntou, de modo repreensivo, pelo motivo por que agiraassim com eles. NotemosF & maneira discreta em que =aria se refere a 4osé é uma prova inquestionável

sobre a sabedoria, com que educou seu filho. T uma lição para muitos pais modernos. Baviam+no procuradocom ansiosa solicitude. 4esus, todavia, não aceitou a repreensão. Não de modo repreensivo, mas com todasinceridade e decisão duma piedosa meninice, ele a pergunta por que o procuravam dessa forma. á+lhesuma idéia do seu prop8sito de vida. eviam saber que ele devia estar nos neg8cios de seu ai. Esta é aobrigação de sua vida. Ele precisa estar empenhado nas coisas de seu ai e se preocupar com elas. 7 temploera o lugar onde, supostamente, o serviço de seu ai era o mais perfeito, e onde era de se supor que a palavrada graça era ensinada. !=otivo esse porque o templo também era chamado seu santuário e sua habitaçãosacra, visto que lá ele, por meio de sua palavra, revelava sua presença e se fa5ia ouvir. T assim que #isto está

Page 21: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 21/166

nos neg8cios de seu ai, quando ele nos fala pela sua palavra e por meio dela nos leva ao ai"24G. Estaresposta de 4esus, com sua implicação de filiação divina, ainda estava além da compreensão de =aria, quehavia guardado tudo quanto fora dito sobre seu 9ilho.

7 retorno para Na5aré, !. 41) E de"ceu com ele" $ara /azar< e era*le" "umi""o. ua mãe, $orm, guardava toda" e"ta" coi"a" no cora%ão. 42) E cre"cia e"u" em "aedoria, e"tatura e gra%a, diante de ;eu"e do" omen". Rm per6odo de uns de5oito anos é coberto nesta singela afirmação do evangelista. &inda quedera a seus pais a evid/ncia que tinha uma vocação maior e mais elevada, foi, ainda assim, com eles, como o

fa5 um filho obediente. Era+lhes submisso. Em sua total submissão J lei por nossa causa, su;eitou+se a cadamandamento e prestou obedi/ncia perfeita, a fim de, neste sentido, e@piar os pecados dos filhos. NotemosF 7método de =aria em guardar as palavras que não conseguia entender, em meditá+las constantemente para asconservar frescas em sua mem8ria, merece uma ampla imitação. Entretanto é registrado que odesenvolvimento de 4esus foi normal, tanto mental como fisicamente. ?eu estado de humilhação foi tão perfeito, a ponto que não s8 seu corpo estar su;eito J lei geral da nature5a, mas também sua mente. edicadoe feli5 continuou seus estudos, e entesourou um grande lastro de conhecimento. NotemosF Não haviaqualquer semeadura de ;oio no #risto imaculado. =as seu crescimento mais e@celente e melhor foi emassuntos espirituais. #resceu no favor, ou se;a, na boa vontade tanto de eus como das pessoas. Levava suavida em total concordDncia com os preceitos que aprendera. #olocou sua inteira confiança em seu ai celestee disso deu provas num viver de amor, sendo o e@emplo mais perfeito para os ;ovens de ambos os se@os detodos os tempos.

Resumo: 4esus nasceu em Melém, é visitado pelos pastores, recebe o nome 4esus em sua circuncisão,é apresentado ao ?enhor no templo, onde ?imeão entoa seu belo hino, coad;uvado pela profetisa &na, e visita4erusalém aos do5e anos de vida.

O Alistameto !e "ui#io

?ão muitas as ob;eçAes feitas sobre a data apro@imada de Lucas sobre o nascimento de #risto. &cha+se, que ele confundiu o censo de -. a #, com o de ' ou 1 &.., e que ele imaginou que #risto nasceu nos diasdo censo que foi feito uns %2 ou % anos depois da morte de Berodes) ou, quando Berodes era rei, e quandoum vice+rei romano estava organi5ando a nova prov6ncia da alestina. !:em sido sustentado por muitoseruditos modernos, que o censo se;a uma ficção ou um disparate) que as circunstDncias ligadas a ele,mencionadas por Lucas, são contrárias J hist8ria) e, em resumo, que o fato não é hist8rico e que éimposs6vel, não meramente de uma maneira mas de muitas. ... T afirmado que uirino, durante a vida deBerodes, nunca governou a ?6ria, visto que Berodes morreu em $. a #., e que uirino foi governador da ?6riadepois de 0 a.#., e mais provável em ou 2% a.#."'G. :odas as ob;eçAes ao relato de Lucas foram resumidas brevemente, como segueF ! %G 9ora do evangelho, a hist8ria não conhece um censo imperial geral no tempode &ugusto. G urante o tempo de Berodes o Crande Hque era um re+ "ociu"G não podia ter havido um censoromano na alestina. 0G Rm censo como este num tempo assim não podia ter sido reali5ado por uirino, poisnão foi governador da ?6ria naquele tempo, nem até de5 anos depois, quando ele realmente fe5 um censo que provocou uma revolta entre os ;udeus da Caliléia. $G Num censo romano não teria sido necessário que 4oséfosse a Melém, ou que =aria o acompanhasse"1G.

e modo nenhum seria necessário dar atenção a estas ob;eçAes, visto que relato hist8rico inspirado por eus há de resistir a todas as afirmaçAes de historiadores seculares. &inda assim, é importante, nestecaso, verificar que as investigaçAes arqueol8gicas das últimas décadas demonstraram o relato de Lucas etendem a confundir sempre mais aos cr6ticos da M6blia. &chou+se documentos que mostram que no >mpério

3omano era feitos alistamentos a cada quator5e anos, que este sistema, provavelmente, foi começado por &ugusto, que as pessoas iam Js suas pr8prias cidades para se alistar, e que isto era feito baseado no parentesco. & arqueologia !provou o censo era um acontecimento peri8dico a cada quator5e anos, que estesistema estava em operação no ano 2 &. ., e que era costumeiro Js pessoas irem aos domic6lios de seusancestrais para se alistarem. Ela tornou o fato poss6vel que o sistema do censo foi institu6do por &ugusto, eque uirino foi duas ve5es governador da ?6ria.... &té onde o novo achado chega, ele confirma a narrativa de

24 ) Lutero, 11.4.26  ) 3amsaX, Y.=., Ta" >ri"t 3orn at 3etleem, 4*7, 1=1, 1=-.27  ) E+$o"itor@" AreeB e"tament, 1.7=.

Page 22: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 22/166

Lucas"-G. & última evidencia de escruta encravada mostra que uirino foi legado na ?6ria para ob;etivos decenso em -+' a #. *G. !?e, como agora parece certo, &ugusto começou este sistema dum censo peri8dico acada quator5e anos, e se Lucas se refere a isto, então somos, pela primeira ve5, capa5es de reconciliar todasas antigas contradiçAes sobre a data do nascimento de nosso ?enhor a qual agora precisa ser colocada emalgum lugar entre * a # e ' a #. 7 ano e@ato não é poss6vel mencionar, visto que esses alistamentos geraisterem sido necessariamente longos, em especial nos subúrbios do império"02G. & ob;eção de que um censonão podia ter sido feito na alestina, visto Berodes o Crande ter sido um re+ "ociu", é totalmente

insustentávelF Berodes era rei tão s8 por graça especial de &ugusto e do senado romano, o que ele bem sabia.=esmo que outros reis tivessem sido desculpados em tal situação, o que não é de todo plaus6vel, Berodesteria sido muito cauteloso em e@pressar quaisquer ob;eçAes contra um decreto de &ugusto.0%G.

or isso, não há necessidade para tentar interpretar as palavras de Lucas de outra maneira do que noseu sentido natural. Ele sabia o que escrevia. E o Esp6rito ?anto, que supervisionava cada palavra, fi@ou adata bem do modo como foi feito aqui. T motivo de muita satisfação, contudo, que a ci/ncia da arqueologiaau@ilia a silenciar as ob;eçAes dos cr6ticos e a convencer os que contradi5em.

#&Z:RL7 70

O Iini"trio de oão 3ati"ta,  Lc.0.%+2.

& época do ministério de 4oão, ! 1) /o dcimo*#uinto ano do reinado de irio >"ar, "endo PKncio Pilato" governador da udia, 5erode" tetrarca da Aalilia, "eu irmão Lili$e tetrarca da região da 9turia e raconite", e Ri"Unia" tetrarca de 0ilene, 2) "endo "umo" "acerdote" 0ná" e >aifá", veio a $alavra de ;eu" a oão, filo de acaria", no de"erto. Lucas, com a inclinação dum historiador que fi@a adata e@ata dos eventos, aqui estabelece o tempo quando 4oão começou seu ministério no ermo. 9oi noterceiro ano do governo dos imperador :ibério que começou a governar com &ugusto no ano 1'( depois dafundação de 3oma, e que dois anos depois assumiu as funçAes plenas de #ésar. >sto colocaria o começo doministério de 4oão no ano ' & ., quando 4esus tinha trinta anos, K. 0. <ncio ilatos foi, do ano ' a 0'& ., o quinto ou se@to governador ou procurador da prov6ncia romana da 4udéia. 7utras partes da alestinaeram governadas por membros da fam6lia de Berodes, ou se;a, pelos filhos de Berodes o Crande. Berodes&ntipas se tornou tetrarca da Caliléia e eréia, depois da morte de seu pai, governando até 0- &.. ?euirmão 9ilipe se tornou tetrarca de >turéia e :raconites, Caulanites e partes perto de 4amnia. Ele morreu em 0&.. 9inalmente é mencionado LisDnias tetrarca de &bilene. Este foi o segundo governante deste nome,sendo que o primeiro governou '2 anos antes. Esta tetrarquia é mencionada por Lucas, porque este distrito,mais tarde, formou parte do territ8rio ;udeu, ! tendo sido designado por #al6gula, em 0' &.., ao seufavorito Berodes &gripa >." &nás e #aifás são citados como os incumbidos do of6cio do sumo sacerd8cio.&nás fora deposto pelos romanos, depois de ter estado no of6cio de 1 a %1 &.. #aifás, seu genro, se tornouseu sucessor, %$+0( &.. &nás, todavia, continuou em grande honra entre os ;udeus e e@ercia grandeinflu/ncia. ?empre quando os dois nomes são mencionados ;untos, o do influente &nás recebe o primeirolugar. arece, pois, que a cronologia cuidadosa de Lucas neste ponto foi, novamente, substanciada por registros da hist8ria secular. Este foi o tempo indicado por eus. ?ua palavra e ordem veio a 4oão, o filho deIacarias, no ermo. Ele teve a autoridade direta de eus para o seu ministério. 7 conteúdo de sua pregaçãofoi lhe dado pelo ?enhor, assim como o conteúdo da pregação e a maneira de reali5ar todas as tarefas doof6cio do pastor em nossos dias também são claramente fi@ados por eus nas Escrituras ?agradas. 4oão,neste tempo, estava no deserto, vivendo, acima de tudo, nos desertos montanhosos a sudeste de 4erusalém,

em direção do =ar =orto, mas também vivia no ermo da 4udéia e no vale do 4ordão.7 ministério de 4oão, K ) Ele $ercorreu toda a circunvizinan%a do ordão, $regando ati"mo de

arre$endimento $ara remi""ão de $ecado", ) conforme e"tá e"crito no livro da" $alavra" do $rofeta 9"a'a"D!oz do #ue clama no de"ertoD Pre$arai o camino do enor, endireitai a" "ua" vereda". 4) odo vale "eráaterrado, e nivelado" todo" o" monte e outeiro"< o" camino" tortuo"o" "erão retificado", e o" e"caro"o",

28 ) Marton, 0rceolog? and te 3ile, 2*,2- ) =oulton e =illigan, !ocaular?, 1.6=.= ) #obern, e /eV 0rceological ;i"coverie", 7. >f. eismann, Rigt from te 0ncient Ea"t, 268*26-< 3amsaX, l.c.,117*1.1 ) #f . Rere und Tere, 4*46.

Page 23: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 23/166

a$lanado"< 6) e toda a carne verá a "alva%ão de ;eu". No tempo indicado, 4oão desceu de seu remoto redutono ermo montanhoso. ois tinha uma mensagem para o povo de >srael que, bem logo, aflu6a para ouvir sua pregação poderosa. ?eu lugar de perman/ncia principal, durante seu ministério, foi o vale ao largo do 4ordão.arece que ele se deslocou, por ambos os lados do rio, até ao norte da Caliléia. 9oi sob a ;urisdição deBerodes da Caliléia, que ele foi preso e assassinado. ?ua obra foi a de um arauto que chama ou proclama.?eu resumo foi o batismo de arrependimento para remissão de pecados. &rrependei+vos, pois o reino de eusestá pr8@imo. !Não di5F &rrependei+vos, a fim de que o reino dos céus possa vir, mas, que ele veio. & graça

 precede e é de presente, não sendo merecida através de arrependimento. ue se;amos capa5es de nosarrepender, isto em si também é uma reali5ação da graça em n8s. or nossos pr8prios meios podemos chegar s8 ao desespero de #aim e 4udas. & completa mudança de coração e mente que é e@igida na Escritura comouma condição indispensável para a obtenção da salvação, não é um aperfeiçoamento que procede de nossa pr8pria força.... or isso, não há arrependimento sem fé, não há re;eição do pecado sem a aceitação do perdão de pecado"0G. =as onde ocorre esse verdadeiro arrependimento, lá o evangelho concede a certe5a deremissão, e o batismo é o selo e certe5a da plena redenção. Em toda esta obra de 4oão a profecia de >sa6asestava sendo cumprida, em que o efeito desta pregação foi descrito em linguagem bela e pitoresca, >s.$2.0.Ele era a vo5 de alguém que chama alto, atraindo, por meio de seu clamor, a atenção, e levando as pessoas adar ouvidos J sua mensagem. reparai o caminho do ?enhor) preparai tudo para a sua vinda) não permiti quealguém fique indiferente ante seu advento. Endireitai a sua estrada) afastai quaisquer vias indiretas e quefa5em voltas, permiti que toda hipocrisia se;a removida para longe de v8s) assim como ele age de modo

franco e com toda a integridade, assim encontrai+vos com ele. #ada desfiladeiro deve ser enchido) todas asmentes aflitas e os coraçAes desanimados devem cobrar confiante coragem, pois o 3ei vem para pagar ocastigo e perdoar todos os vossos pecados. :oda montanha e colina deverá ser rebai@ada) toda ;ustiça pr8pria, esp6ritos presunçosos precisam ser quebrados e levados J compreensão de que sem 4esus não poderão escapar da ira vindoura. 7 que é tortuoso e deformado deve ser feito reto, e os lugares acidentadosdevem ser tornados lisos) todos aqueles que estão perdidos no erro de seus pr8prios dese;os, todos aquelesque buscam entrar na vida por caminhos desgarrados, esses devem atirar longe seus pensamentos tolos e vir a4esus, que é o caminho e a verdade e a vida. Ninguém está e@clu6do da graça de eus em #risto 4esusF :odacarne verá a salvação de eus) tudo o que é carne, até mesmo os pecadores mais depravados, caso sevoltarem de seu pecado e com todo seu coração se arrependerem, pertencem aos remidos do ?enhor e setornam participantes de sua salvação. & universalidade da redenção em #risto é enfati5ada de modo muitoforte, conforme o modo de Lucas e@pressar este fato. Não há mente por boa que se;a que não precise ser mudada. Não há mente por pior que se;a que não pode ser mudada. Não há pecado por pequeno que se;a quenão precise ser perdoado. Não há pecador por grande que se;a que não possa ser perdoado.

& pregação de 4oão, !. 7) ;izia ele, $oi", C" multide" #ue "a'am $ara "er atizada"D Ha%a dev'ora", #uem vo" induziu a fugir da ira vindouraG -G Produzi, $oi", fruto" digno" do arre$endimento, e nãocomecei" a dizer entre v&" me"mo"D emo" $or $ai a 0raão< $or#ue eu vo" afirmo #ue de"ta" $edra" ;eu" $ode "u"citar filo" a 0raão. -) E tamm :á e"tá $o"to o macado C raiz da" árvore"< toda árvore, $oi",#ue não $roduz om fruto, cortada e lan%ada ao fogo. Estas palavras de 4oão, mesmo que dirigidas principalmente aos fariseus e saduceus, encontraram sua aplicação na maioria do povo que veio ao batismode 4oão, porquanto seguiam cegamente a seus guias cegos em sua conduta hip8crita. & massa em sua maioria pode sempre estar disposta para vir e ouvir um pregador que seriamente prega o arrependimento, mas nãot/m qualquer intenção de mudar sua alma. 4oão, por isso, corretamente os chama geração de v6boras, pessoasque t/m a nature5a e os atributos de serpentes, ?al. %$2.0. 7 miserável prop8sito deles de escapar da irafutura, fingindo piedade e dando a impressão de que buscavam a verdade não os salvará da ira vindoura.

9rutos de arrependimento, obras de amor e bondade que fluem dum coração que, em penitente humildade, sevoltou a #risto, s8 estas serão aceitas como prova duma completa mudança de mente, ou se;a, do fato de queocorreu um novo nascimento. ?ão e@igidos frutos não fict6cios mas reais e verdadeiros e que preenchem ainteire5a da mudança de coração. !ara que não se gloriassem em seu arrependimento e ;ustiça, di5+lhesmaisF rodu5i fruto digno de arrependimento. #omo se dissesseF uereis ser ;ustos diante de todas as demais pessoas e fiar+vos em vossas pr8prias obras. =udai esta opinião tola, reconhecei+vos como pobres pecadorese reali5ai fruto diferente e melhor de arrependimento"00G. E não comeceis a di5er entre v8s, aquilo que =t.

2 ) Messer, 3iel"tunden, 1.112. ) Lutero, 12.1=4.

Page 24: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 24/166

0.- di5. Não penseis em di5er em v8s mesmos, não nos precisa causa dificuldade, visto que a palavraaramaica que 4oão, sem dúvida, usou nesta sentença, com uma mudança muito pequena na vocali5ação, podesignificar tanto ! $en"arN  como !come%arN. E o ?enhor, aceitando ambas as formas, autori5ou as duasleituras. ue tinham &braão como seu pai, que eram descendentes diretos e lineares do pai da raça ;udia, quesua genealogia os apoiava em seu orgulho, sobre este fato muitos ;udeus confiavam para serem aceitos por eus. =as eles não são todos filhos de &braão, mesmo que possam traçar sua fam6lia de volta até ele,segundo a carne, 4o.-. 0*) 3m.$.%%. 7s verdadeiros filhos de &braão são aqueles que, como ele pr8prio,

lançam sua confiança de salvação no ?enhor e em sua redenção. &lém disso, eus pode, muito bem, criar das pedras do deserto filhos a &braão. a inteira raça ;udaica eram verdadeiras as palavras que machadoestava posto J rai5. ?e o tronco nacional não trou@er fruto agora, quando esta última grande mudança lhe foioferecida, e não trou@er bom fruto, então seu ;u65o será e@ecutado sobre eles. T uma advert/ncia também para todas as geraçAes futuras, não importando onde morem no mundo. & última grande visitação graciosa para os filhos amanhecera com a vinda do Matista. =ais uma ve5 e pela última ve5, a mão poupadora damiseric8rdia estancou a mão da ;ustiça vingativa que naquele tempo ;á erguera seu machado. 7 povo comoum todo re;eitou ao ?alvador, e o machado da ira de eus abateu a figueira infrut6fera em sua vinha. 7destino final de todos aqueles que continuam a re;eitar a salvação de 4esus #risto é o fogo do castigo doinferno. 0$G.

#onselho individual ao povo, !. 1=) Então a" multide" o interrogavam, dizendoD Que avemo", $oi", de fazerG 11) He"$ondeu*le"D Quem tiver dua" tnica", re$arta com #uem não tem< e #uem tiver 

comida, fa%a o me"mo. 12) Loram tamm $ulicano" $ara "erem atizado", e $erguntaram*leD Ie"tre,#ue avemo" de fazerG 1) He"$ondeu*le"D /ão corei" mai" do #ue o e"ti$ulado. 1) amm "oldado"le $erguntaramD E n&", #ue faremo"G E ele le" di""eD 0 ningum maltratei", não dei" denncia fal"a, econtentai*vo" com o vo""o "oldo. & pregação de 4oão não acabou sem efeito sobre o povo. Bouve alguns queforam acertados no coração, e se tornaram penitentes preocupados. &ceitaram humildemente a censura de4oão, reconhecendo seus pecados, mas não sabiam como deviam mostrar sua mudança de mente. recisavamde instrução na santificação. or isso 4oão fe5 a aplicação da lei em seus casos individuais. & grande falta do povo em geral a ganDncia era a sua mania geral. ?e s8 tivessem desaprovado a mendigDncia indiscriminadaque acontece por causa da preguiça, teriam agido de modo louvável. Eram, porém, interesseiros egananciosos. or isso 4oão os ensina a estarem dispostos a repartir com os necessitados, >s. (-.0+'%, n.$.$. &mparar com vestes e comida aos pobres, não s8 agrada a eus, mas, em certas condiçAes, isto se podetornar um dever que o culto a eus requer, =t. %2.$. :ambém os publicanos sentiram a ;ustiça darepreensão geral de 4oão, e, vindo ao seu batismo, lhe perguntaramF =estre, e n8s, o que faremosS 7 pecadodeles era a cobiça, a ganDncia, e por isso o logro e a fraude. >nstruiu a estes, para que não e@igissem pagamentos e@agerados sobre as ta@as impostas. >sto lhes seria um assunto relativamente fácil, visto que osistema permitia o suborno numa escala de atacado, não sendo nada incomum um publicano ;untar fortuna.#aso se arrependessem realmente, isso não podia mais acontecer. T um aviso aos subornadores de nossosdias, sem mencionar os especuladores de alimento e outros piratas que e@ercem seu comércio sob a apar/nciaduma ocupação leg6tima. ?oldados foram a última classe a que 4oão deu instruçAes especiais. Estavammisturados ao povo, talve5, por curiosidade ou haviam sido enviados pelas autoridades para prevenir distúrbios. ?obre a pergunta deles sobre o seu agir, 4oão lhes deu instruçAes para e@ercerem seu poder pelaforça ou por fraude e embuste, mas que se satisfi5essem com seu soldo. No trabalho de sua vocação, eramuito grande a tentação de maltratar o povo e receber suborno e peita, =t. -.%. E@torquiam dinheiro pelaintimação no caso dos pobres, e obtinham dinheiro agindo como informantes contra os ricos. &s palavras de4oão foram uma lição para cada um a fim de e@aminar sua pr8pria situação conforme a lei de eus.

7 testemunho de 4oão sobre #risto, !. 14) E"tando o $ovo na e+$ectativa, e di"correndo todo" no "eu 'ntimo a re"$eito de oão, "e não "eria ele, $orventura, o $r&$rio >ri"to< 16) di""e oão a todo"D Eu naverdade vo" atizo com água, ma" em o #ue mai" $odero"o do #ue eu do #ual não "ou digno de de"atar*le a" correia" da" "andália"< ele vo" atizará com o E"$'rito anto e com fogo. 17) 0 "ua $á ele a tem namão $ara lim$ar com$letamente a "ua eira e recoler o trigo no "eu celeiro< $orm #ueimará a $ala em fogo ine+tingu'vel. 18) 0""im, $oi", com muita" outra" e+orta%e" anunciava o evangelo ao $ovo< 1-) ma" 5erode", o tetrarca, "endo re$reendido $or ele, $or cau"a de erodia", muler de "eu irmão, e $or toda" a"maldade" #ue o me"mo 5erode" avia feito, 2=) acre"centou ainda "ore toda" a de lan%ar oão no cárcere.

 ) Messer, 3iel"tunden, 1.117.

Page 25: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 25/166

7 testemunho ousado de 4oão impressionou muito ao povo em geral. & e@pectação e con;etura do povoachava que ele podia ser o prometido #risto. Esta opinião rapidamente ganhou terreno, com o povodebatendo o assunto com grande entusiasmo. uando esta idéia, porém, foi levantada ao conhecimento de4oão, este, de pronto, se op<s e fe5 tudo que p<de, para suprimir que isto se espalhasse. arece que suaafirmação foi uma declaração formal, solene e pública. ?eu batismo foi o de um servo que e@ecuta ordens.?8 bati5ava com água. &quele, para cu;a vinda ele preparava o caminho, seria tanto maior e poderoso a ponto de 4oão não se sentir digno de lhe prestar o serviço despre56vel dum escravo que é tirar e carregar+lhe

as sandálias. #risto iria bati5ar com o Esp6rito ?anto e com fogo. Ele, em e pelo evangelho dá seu Esp6rito?anto aos pecadores para a renovação de seus coraçAes, e para a santificação de suas vidas. ?eu poder teriaas propriedades purificadoras do fogo. aria aos pecadores a força de fa5er o que 4oão e@igia, frutos dumviver que fossem dignos de arrependimento. =as ai daqueles que se recusam para aceitar este ?alvador comseu Esp6rito ?anto. &ssim como o agricultor, por meio dum cuidadoso e repetido usar da peneira, separa a palha do trigo, ;unta o trigo no seu dep8sito, mas queima a palha sem valor, assim #risto, como o ;ui5 domundo, agirá com aqueles que foram pesados e achados em falta, ou se;a, que t/m a apar/ncia e posturae@terior dos verdadeiros cristãos, mas carecem de verdadeira e santificante fé. ?ua porção é fogoine@tingu6vel no abismo do inferno. 4oão, porém, enquanto, principalmente, assim dava testemunho sobre#risto, falou ao povo muitas coisas mais, tanto na forma de e@ortação como na pura pregação do evangelho.Ele fe5 o trabalho de verdadeiro evangelista. #ontudo, não p<de continuar seu trabalho por longo tempo, semsofrer interfer/ncia. Ele, na franque5a do pregador da verdade, não hesitou em repreender Berodes, que era o

tetrarca da Caliléia, por causa de sua união adúltera com Berodias, sua sobrinha e esposa de seu meio+irmão9ilipe Hnão o tetrarca da região além do =ar de :iber6adesG. E a repreensão de 4oão não se restringiu ao pecado de Berodes com Berodias, mas, ao contrário, incluiu todos os seus atos perversos, sua in;ustiça,crueldade, lu@úria, etc. or isso Berodes se sentiu forçado a lançar 4oão na prisão, com o que ele se satisfe5no momento. Lucas não relata os posteriores acontecimentos. =esmo que, em nossos dias, o trato dispensadoa ministros e confessores do evangelho não atin;a sempre este cl6ma@, a mesma oposição está presente emtoda parte em relação J sua confissão franca da verdade e seu testemunho ousado contra a falsidade equalquer forma de pecado atual em nossa terra. &ssim como Berodes re;eitou a miseric8rdia de eus eencheu a medida de seus pecados, da mesma forma, muitos incrédulos e inimigos de #risto tentam abafar avo5 de sua consci/ncia por meio de atos de viol/ncia contra cristãos sinceros.

O 3ati"mo e a Aenealogia de >ri"to, Lc. 0.%+-.

7 batismo de 4esus, !. 21) E aconteceu #ue, ao "er todo o $ovo atizado, tamm foi e"u"< ee"tando ele a orar, o cu "e ariu, 22) e o E"$'rito anto de"ceu "ore ele em forma cor$&rea como $oma<e ouviu*"e uma voz do cuD u " o meu Lilo amado, em ti me com$razo.  uando todas as pessoas estavamsendo bati5adas, e quando o ministério de 4oão chegara ao seu auge, veio o pr8prio 4esus e se ;untou Jcompanhia de pecadores que pelo batismo buscavam o perdão dos pecados. 4esus, pelo seu batismo,formalmente foi investido em seu of6cio. ois, depois de seu batismo, enquanto orava, como costumava fa5er em todas as situaçAes importantes de sua vida, se abriu o céu acima dele. E, ao mesmo tempo, o Esp6rito?anto, na forma corp8rea duma pomba e assim era vis6vel, desceu do céu sobre ele. :odo este acontecimentofoi um testemunho maravilhoso de eus ai sobre a filiação de 4esus, quando também falou do céu em vo5aud6velF :u és meu amado 9ilho, em ti muito me agrado. Esta foi uma manifestação que visava ofortalecimento de #risto no começo de seu ministério. Nos dias que tinha J sua frente, muitas ve5es lhe pareceria como se a mão de eus se tivesse retirado inteiramente dele, e que ele não tinha mais um ai

amoroso no céu. =as a garantia que recebeu em seu batismo deu a #risto, segundo sua nature5a humana, anecessária coragem para enfrentar todas as provaçAes que, como seu quinhão, devem sobrevir a ele, o grande?ubstituto da humanidade. Notemos que o eus :rino está presente nesta gloriosa introdução do 9ilho emseu of6cio. !eus, com estas palavras, fa5 que o coração de todos ria e se;a feli5, e enche todas as criaturascom a plenitude da doçura e conforto divinos. #omo assimS orque, quando sei isto e estou certo que ohomem #risto é o 9ilho de eus e que ele agrada muito a eus, e disso devo ter certe5a visto que a pr8priama;estade divina que não pode mentir, fala do céu, então também estou certo que tudo o que este homem di5e fa5 é tudo palavra e obra dum 9ilho amado, o qual deve agradar a eus na mais alta medida. E@atamente, para que eu note e fi@e bemF e que outro modo eus me poderia conceder provas convincentes e dar+secom maior amor e benignidade do que di5er que lhe agrada de coração que #risto, seu 9ilho, fala comigo de

Page 26: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 26/166

modo tão agradável, me ama tão ternamente, e por amor aut/ntico sofre, morre e fa5 tudo por mimS &casonão pensas, se um coração humano pudesse sentir tanto agrado de eus em #risto que nos serve desse modo,que de alegria se romperia em mil pedaçosS ois veria a profundidade do coração paterno, sim, ainsondabilidade e eterna bondade e amor de eus, que ele mantém em relação a n8s, e que assim o fe5 desdea eternidade.0(G.

& genealogia de 4esus, !, 2) Ora, tina e"u" cerca de trinta ano" ao come%ar o "eu mini"trio. Era, como "e cuidava, filo de o", filo de 5eli< 2) 5eli filo de Iatã, Iatã filo de Revi, Revi filo de

 Iel#ui, e"te filo de anai, filo de o"< 24) o" filo de Iatatia", Iatatia" filo de 0m&", 0m&" filo de /aum, e"te filo de E"li, filo de /aga'< 26) /aga' filo de Iáate, Iáate filo de Iatatia", Iatatia" filode emei, e"te filo de o", filo de odá< 27) odá filo de oana, oana filo de He"á, He"á filo de oroael, e"te de alatiel, filo de /ri< 28) /ri filo de Iel#ui, Iel#ui filo de 0di, 0di filo de >o"ã,e"te de Elmadá, filo de Er< 2-) Er filo de o"u, o"u filo de Elizer, Elizer filo de orim, e"te de Iatã, filo de Revi< =) Revi filo de imeão, imeão filo de udá, udá filo de o", e"te filo de onã, filo de Elioa#uim< 1) Elia#uim filo de Ieleá, Ieleá filo de Iena, Iena filo de Iatatá, e"te filo de /ata, filo de ;aviD 2) ;avi filo de e"", e"" filo de Oede, Oede filo de 3oaz, e"te filo de ala, filo de /aa"om< ) /aa"om filo de 0minadae, 0minadae filo de 0dmim, 0dmim filo de 0rni, 0rni filo de E"rom, e"te filo de Lar", filo de udá< ) udá filo de ac&, ac& filo de 9"a#ue, 9"a#ue filode 0raão, e"te filo de erá, filo de /acor< 4) /acor filo erugue, erugue filo de Haga, Haga filode Lale#ue, e"te filo" de Eer, filo de ala< 6) ala filo de >ainã, >ainã filo de 0rfa+ade, 0rfa+ade

 filo de em, e"te filo de /o, filo de Rame#ueD 7) Rame#ue filo de Ietu"alm, Ietu"alm filo de Eno#ue, Eno#ue filo de arete, e"te filo de Ialeleel, filo de >ainã< 8) >ainã filo de Eno", Eno" filo"de ete, e e"te filo de 0dão, filo de ;eu".  & tabela geneal8gica oficial de #risto é dada por =ateus, %.%+%1,que assume o cuidado de estabelecer uma seqU/ncia ininterrupta regressiva até avi. &qui temos a tabelageneal8gica natural de 4esus, através de sua mãe =aria. Não há aspectos especiais na lista, mesmo queapareçam os nomes de homens que, conforme o entendimento ;udeu, nasceram de mulheres maculadas.Bavia alguns pecadores e@cepcionalmente grande entre os antepassados de 4esus, e, como observa um doscomentaristas, ele foi contado com os transgressores, e@atamente, em virtude de sua descend/ncia detransgressores tão not8rios. #omparando esta lista com os relatos do &ntigo :estamento, devia ser lembradoque filho e genro são empregados indiscriminadamente. !7s dois genros que aqui precisam ser mencionadosna genealogia, são 4osé, genro de Beli cu;o pai era 4ac8, =t. %.%', e ?alatiel, genro de Néri cu;o pai era4econias, %.#r. 0.%1) =t. %.%. ?8 esta observação basta para remover toda dificuldade. esta forma apareceque 4osé, filho de 4ac8, conforme ?ão =ateus, foi o genro de Beli, segundo ?ão Lucas. E ?alatiel filho de4econias, conforme o primeiro, e genro de Néri segundo o último. esta forma parece que =aria era filha deBeli, assim chamado pela abreviação de Beliaquim, que no hebraico é o mesmo que 4oaquim. 4osé, filho de4ac8, e =aria, filha de Beli, eram da mesma fam6liaF ambos descendiam de Iorobabel, sendo 4osé de &biuseu filho mais velho, =t. %.%0, e =aria do mais ;ovem, chamado 3esa, v. 1"0' G :ambém é de interesse ofato que Lucas continua a genealogia de 4esus para além de avi até &dão e, assim, a eus. #om isto eleenfati5a a universalidade do evangelho deste 4esus, que é o irmão de todas as pessoas, cu;o ministério, demodo nenhum, se restringe aos ;udeus, mas se estende para além das divisas da 4udéia até os confins domundo. & Escritura não poupa esforços para nos testificar, que 4esus #risto é verdadeiro homem, quedescendeu conosco de um s8 sangue, e que é o ?alvador, prometido aos patriarcas do &ntigo :estamento, a bendita semente de &braão, o ?iloé da fam6lia de 4udá, o filho da casa de avi, em quem está nossa únicaesperança de salvação.

Resumo:  4oão Matista começa seu ministério de pregação e batismo, também de testemunho de

4esus, a quem bati5ou antes de ser aprisionado pelo tetrarca Berodes) é dada a tabela geneal8gica natural de4esus, estendendo seu traçado de volta a &dão.

Ca$%tulo &'

 0 enta%ão de e"u", Lc. $.%+%0.

4 ) Lutero, citado em Messer, 3iel"tunden, 9. 11,12.6  ) #larQe, >ommentar?, 4. 8,8.

Page 27: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 27/166

& primeira tentação, !.1) e"u", ceio do E"$'rito anto, voltou do ordão, e foi guiado $elo me"mo E"$'rito, no de"erto, 2) durante #uarenta dia", "endo tentado $elo diao. /ada comeu na#uele" dia", ao fimdo" #uai" teve fome. ) ;i""e*le então o diaoD e " Lilo de ;eu" manda #ue e"ta $edra "e tran"formeem $ão. ) Ia" e"u" le re"$ondeuD E"tá e"critoD /ão "& de $ão viverá o omem.  4esus, em seu batismo,havia recebido o Esp6rito ?anto de modo e@traordinário, Bb. %.*. Não s8 foi iluminado por ele, mas, qualvaso, esteve cheio do Esp6rito. :ambém segundo sua nature5a humana, todos os seus pensamentos e atoseram dirigidos pelo poder maravilhoso do Esp6rito. Não que #risto perdeu sua identidade e se tornou um

mero marionete, mas agiu com o Esp6rito que o enchia em plena harmonia na obra da redenção. 9oi tambémeste Esp6rito que o guiou, com certa urg/ncia, ao deserto, =c. %.%. ?ua nature5a humana vacilou muitasve5es nos dias de sua carne, sentindo+se ele obrigado a freqUentes intervalos para buscar em oração a força eo conforto de seu ai celeste. Bá todos os motivos para crer que as tentaçAes no deserto eram da mesmanature5a, se não da mesma dure5a, da pai@ão no Cets/mani. 4esus, no imenso deserto, sem qualquer companhia humana, por nossa causa, esteve su;eito Js tentaçAes de ?atanás. recisa enfrentar o maioral dos poderes das trevas, bem no começo de seu ministério, a fim de vencer seus ataques astutos e poderosos.#risto, por quarenta dias, esteve e@posto aos assaltos do diabo. &s tr/s tentaçAes, aqui narradas, por isso nãoforam as únicas que queriam impedir a obra da redenção. 7 que ele suportou durante estes quarenta dias estáalém de toda compreensão humana, sendo este o motivo porque não informou seus disc6pulos sobre elas.:ivesse o diabo sido bem+sucedido em seu intento, então a raça humana teria permanecido para sempre emseu poder. #risto, porém, não permitiu ser desviado da trilha do dever e da obedi/ncia que assumira. 7

?enhor não teve nada para comer durante estes quarenta dias, e, por isso, esteve com fome quando elesacabaram. ossu6a uma verdadeira nature5a humana, e estava su;eito aos mesmos sentimentos como todas as pessoas. ?entia a falta de alimentação. 7 diabo quis se aproveitar desta fato. 9a5endo sua pergunta de talforma que ela implicasse em colocar em dúvida a habilidade do ?enhor de poder a;udar a si mesmo, apontou para as pedras Hé coletivoG e pediu+lhe que as transformasse em pão. & tentação é muito sutil. ?atanás nãoquis forçar o ?enhor a duvidar da provid/ncia do ai celeste, mas dese;ou que #risto, sem ter necessidade ouautori5ação, abusasse do poder que, como 9ilho de eus, possu6a, e gratificasse os dese;os de seu corpo. =asa astúcia de ?atanás foi em vão em 4esus, o qual imediatamente viu a provocação das palavras e revidou comuma palavra da Escritura que com eficácia rebateu o ataque. #itou+lhe t. -.0, lembrando+o assim do fatoque o diabo devia conhecer muito bem, tendo+lhe sido demonstrado durante estes quarenta dias, a saber, queeus não está preso aos meios ordinários para providenciar e manter a vida. orque seu ai celeste foracapa5 de conservá+lo vivo durante os quarenta dias, ele, sem quaisquer ger/ncias do diabo, encontrariacaminhos e maneiras de fa5/+lo por mais alguns dias. NotemosF >sto devia ser lembrado sempre que ocuidado desta vida ergue sua cabeça num lar cristão. & provid/ncia e a bondade de eus, até ho;e, nuncafalhou, e nem falhará no futuro, ?l. 01. (.

& segunda tentação, K (G E elevando+o mostrou+lhe num momento todos os reinos do mundo. 'Gisse+lhe o diaboF ar+te+ei toda esta autoridade e a gl8ria destes reinos, porque ela me foi entregue, e a doua quem eu quiser. 1G ortanto, se prostrado me adorares, toda será tua. -G =as 4esus lhe respondeuF EstáescritoF &o ?enhor teu eus adorarás, e s8 a ele darás culto. Esta realmente é, na seqU/ncia cronol8gica, aterceira tentação. Lucas relata as tr/s numa seqU/ncia diferente, porque tem em mente um outro cl6ma@, queé o do telhado do templo. 9alhara a tentativa de estimular no coração de 4esus os cuidados e as preocupaçAessobre o corpo e suas car/ncias. =as o diabo acreditava que rique5as e poder terrenos teriam um efeitoirresist6vel, caso fossem oferecidos no momento certo e com a devida /nfase. or isso levou 4esus para bemalto, ao cume dum monte muito alto, e, pelos meios de que dispAe, foi capa5 de conceder a 4esus um panorama de todos os reino do mundo, por um espaço de tempo, talve5, por um instante ou num piscar de

olhos. 7 repente da visão, que veio sem qualquer preparo ou anúncio, deve ter sido uma visão maravilhosa esobranceiraF :odas as rique5as do mundo, os metais ;á e@plorados e os não e@plorados, as gemas e pedras preciosas com ou sem suas incrustaçAes apropriadas) todo o poder dos muitos governantes, reis, imperadorese pr6ncipes onde quer que governo tenha sido estabelecido, entre todas as raças, povos e naçAes. & seguir veio a oferta do diaboF arei a ti todo este poder !te" enfáticoG. Ele assegura que todas as rique5as e todo o poder lhe foram entregues, e que ele pode repartir seus favores como bem lhe parece. & condição, porém, eraque #risto se prostrasse diante dele, adorando+o e reconhecendo a ?atanás como seu senhor. 7 alcance destae@ig/ncia su;a teria colocado o 9ilho de eus sob o poder do arquiinimigo da humanidade. 7 salvador,todavia, esteve completamente J altura da ocasião, e, mais uma ve5, arrasou ao inimigo por meio dumacitação poderosa da Escritura, t. '.%0. eus é o único alvo de adoração e culto. ?ubstituir eus por 

Page 28: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 28/166

qualquer criatura no céu ou sobre a terra ou debai@o da terra, é cometer idolatria. E no caso de #isto teriasido o fim de seu ministério redentor.

& terceira tentação, !. -) Então o levou a eru"alm e o colocou "ore o $ináculo do tem$lo e di""eDe " Lilo de ;eu", atira*te da#ui aai+o< 1=) $or#ue e"tá e"critoD 0o" "eu" an:o" ordenará a teu re"$eito#ue te guardem< 11) eD Ele" te "u"terão na" "ua" mão", $ara não tro$e%are" nalguma $edra. 12) He"$ondeu*le e"u"D ;ito e"táD /ão tentará" o enor teu ;eu". 1) Pa""ada" #ue foram a" tenta%e" de toda "orte,a$artou*"e dele o diao, at momento o$ortuno. Bavendo falhado a intenção de despertar na mente de 4esus

o cuidado e a preocupação pelo corpo, e tendo tido o mesmo insucesso uma tentativa para instilar cobiça,ganDncia e ambição por poder em seu coração, ?atanás se empenha em despertar no ?enhor orgulho e arro;omaluco. :endo+o, para tanto, tra5ido a 4erusalém, ele coloca 4esus no pináculo do templo, provavelmente notelhado de um dos p8rticos, donde era poss6vel dar uma olhada sobre o abismo incalculável, que era capa5 detontear a pessoa, como conta 4osefo. &gora a ordem fria do diabo foi que o ?enhor de lá se atire abai@o, noabismo do Kale do #edrom, diante dos olhos de congregação reunida que, certamente, se precipitaria pelo portão mais pr8@imo para ver o sucesso do salto temerário. & tentação do diabo, na verdade, tem doisob;etivosF ue #risto demonstre sua divina filiação) com o que #risto ganharia grande número de disc6pulos,talve5, até, toda a população num único golpe auda5. 7 diabo, até, citou a Escritura para alcançar seu prop8sito, ?l. *%. %%,%, omitindo, contudo, as verdadeiras palavras essenciais !para que te guardem emtodo" o" teu" camino"N,  as quais são praticamente umas regra para a compreensão correta de toda a passagem. #f. =t. $.(+1. 4esus, contudo, esteve inteiramente J altura para a ocasião. ?em entrar no assunto

da falsificação da Escritura em seu pr8prio favor, di5 ao diabo que há uma passagem que di5F Não tentarás ao?enhor teu eus, t. '.%'. ualquer tentativa de alcançar o chão abai@o por meio de quaisquer meio, foradaqueles supostos por uma correta compreensão das leis da nature5a, iriam desafiar o cuidado protetor deeus, o que não tem qualquer promessa na M6blia. NotemosF 7 diabo, de modo semelhante, sempre estátentando tornar+nos presumidos, atrevidos e temerários, para fa5er coisas para as quais não temos a promessae ordem de eus. T o orgulho de nossos coraçAes que tenta despertar, ;untamente com o sentimento que não precisamos do cuidado protetor de eus. orém, a única maneira eficiente para enfrentar todos os ataques domaligno e derrotá+lo, de modo rápido e certeiro, é usar as palavras da Escritura como armas de defesa eataque. iante destas investidas avassaladoras o diabo precisa dar lugar e é completamente destroçado.

7 ?enhor permanecera vitorioso em todas as tr/s tentaçAes. 7 diabo nem ao menos conseguira fa5er um arranhão em sua defesa. E assim, ao menos por momento, ?atanás foi obrigado a ir embora. =as suadesist/ncia, como o evangelista e@pressamente afirma, s8 foi temporária. ara o diabo havia demais em ;ogo, para que desistisse de todos os esforços com os quais tenta frustrar a obra da redenção. urante todo o tempodo ministério público de #risto, mas especialmente durante os dias de sua última e grande pai@ão, o diabousou todos os meios em seu poder para derrotar o 9ilho de eus que, por isso, sempre precisou estar alerta e pronto para arremeter e para aparar, segundo o e@igia a ocasião.

O Princ'$io do Iini"trio de >ri"to e eu En"ino em /azar, Lc. $.%$+0.

7 retorno para a Caliléia, !. 1) Então e"u", no $oder do E"$'rito, regre""ou $ara a Aalilia, e a "ua fama correu $or toda a circunvizinan%a. 14) E en"inava na" "inagoga", "endo glorificado $or todo". Nesta altura o evangelista omite parte do relato evangélico, como o de 4oão . ois escreve que 4esus voltou para a Caliléia, onde estivera anteriormente. Ele, no poder do Esp6rito que estava com ele e participavaativamente em seu ministério, fe5 esta viagem que significou o começo público da obra em que passou osúltimos anos de sua vida. &ntes disso ele ;á era conhecido na região da Caliléia perto de #aná, onde operara

seu primeiro milagre. &gora, por isso, a not6cia sobre seu feito se espalhou pela vi5inhança. Ela o precediaem qualquer lugar aonde ia, e fa5ia com que o povo fosse dese;oso para ver e ouvi+lo. 3eassumiu sua obra detra5er o evangelho aos seus conterrDneos. Ensinou em suas sinagogas. :entava repassar+lhes as grandesliçAes da vinda do reino de eus. :odos o elogiavam, visto que todos sentiam o poder de sua pregação,sendo que, ao menos, alguns reconheciam a divindade de sua missão.

& visita a Na5aré, !. 16) 9ndo $ara /azar, onde fora criado, entrou, num "áado, na "inagoga, "egundo o "eu co"tume, e levantou*"e $ara ler. 17) Então le deram o livro do $rofeta 9"a'a", e, arindo olivro, acou o lugar onde e"tava e"critoD 18) O E"$'rito do enor e"tá "ore mim, $elo #ue me ungiu $araevangelizar ao" $ore"< enviou*me $ara $roclamar lierta%ão ao" cativo" e re"taura%ão da vi"ta ao" cego", $ara $Kr em lierdade o" o$rimido", 1-) e a$regoar o ano aceitável do enor. 4esus, durante o percurso de

Page 29: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 29/166

suas viagens pela Caliléia, chegou a Na5aré. Esta cidade5inha nas colinas da Caliléia, situada no alto dumacolina, fora seu lar por quase trinta anos. &li ele crescera. &li recebera, ao menos, um grande parte, suaeducação. &li também trabalhara em seu of6cio de carpinteiro, ;unto com seu padrasto 4osé. &gora ele veionuma nova aptidão, ou se;a, como um professor ou rabi. #hegando o sábado, procedeu segundo seu habitualcostume e foi J sinagoga. NotemosF ?e 4esus sentia a necessidade de participar regularmente do culto, a n8s émuito mais necessário termos o hábito de estar na igre;a em cada domingo ou sempre que sua palavra éensinada. No sábado do qual nosso te@to fala, o ?enhor esteve presente, como era seu costume. ?egundo a

ordem do culto, ;á fora feita a leitura da lei. & seguir, veio a leitura dos profetas. &gora o ?enhor se ergueu para ler. Era uma cortesia, cordialmente concedida a quaisquer rabis visitantes, que lessem alguma dasleituras e acrescentassem algumas observaçAes como e@planação J leitura. Este era o meamarN, ou palestra,que fa5ia a v/s do sermão. uando 4esus se ergueu, o encarregado da sinagoga tirou do reposit8rio oucai@ão, em que os escritos sacros eram guardados, o rolo de pergaminho em que estavam escritas as profecias de >sa6as. Ele era uma tira longa e estreita, presa em cada ponta a um bastão decorativo. [ medidaque a leitura era feita, o pergaminho era desenrolado numa ponta e enrolado na outra, ficando, tão s8, vis6veluma pequena superf6cie da escrita entre os dois bastAes, da qual o leitor lia pausadamente o te@to hebraico,que imediatamente era tradu5ido ao aramaico. uando, pois, 4esus abriu o pergaminho, segundo o modorecém descrito, chegou, se;a por escolha deliberada ou devido J seqU/ncia das leituras do dia, ao te@to de >s.'%.%,. Era um te@to muito apropriado para um sermão inaugural, visto descrever ;ustamente a obra do=essias. 7 Esp6rito do ?enhor está sobre 4esus, porque ele foi ungido pelo Esp6rito ?anto sem medida. Ele é

4esus que é o #risto, o =essias, o Rngido, &t. %2.0-. ?ua obra caracter6stica é a pregação do evangelho, >s.$-.%'. Ele prega o evangelho aos pobres, ou se;a, Jqueles que sentem o abismo e a desesperança de sua pobre5a espiritual. Estes encontrarão com #risto as verdadeiras rique5as que duram por toda a eternidade.4esus fora enviado para curar, com o bálsamo de Cileade que é o evangelho que cura, aqueles, cu;os coraçAesestavam quebrantados e com dolorosa ard/ncia sentiam o pecado. regar libertação aos cativos, que são osque estavam presos pelo poder do pecado e pelo temor do diabo. #risto corta as ataduras e quebra as algemascom as quais os inimigos detinham sob seu poder as almas. Ele dá visão aos cegos, para que seus olhos nãomais se;am retidos nas trevas da incredulidade. Ele concede liberdade de filhos de eus para aqueles queforam abusados violentamente, que eram escravos de suas pr8prias pai@Aes bem conforme estas os dirigiam.:udo isto em tudo o que e@pressa significa o ano aceitável do ?enhor. &ssim como os ceifeiros re;ubilam,quando as últimas espigas são guardadas com segurança, assim o ?enhor de miseric8rdia está feli5 quandosua colheita é farta. T um ano de rego5i;o para sua igre;a, Lv. (.%2, o ano em que são remitidas as d6vidasdos pecados e transgressAes, ou se;a, em que todos os bens da herança de eus, que pelo pecado se haviam perdido, são recuperados, >s. $*.-. !Este é o seu reino, este é o seu of6cio, que não se;amos derrotados pelamorte, pelo pecado e pela lei, mas que ele nos possa socorrer contra eles, a fim de que também se;amderrotados em n8s, mas não pelo nossa força, porém pelo poder de #risto que pela sua palavra triunfa emn8s"01G.

7 sermão e seu resultado, !. 2=) endo fecado o livro, devolveu*o ao a""i"tente e "entou*"e< etodo" na "inagoga tinam o" olo" fito" nele. 21) Então $a""ou e"u" a dizer*leD 5o:e "e cum$riu a E"critura #ue acaai" de ouvir. 22) odo" le davam te"temuno e "e maravilavam da" $alavra" de gra%a#ue le "a'am do" láio", e $erguntavamD /ão e"te o filo de o"G uando 4esus havia findado a leiturado trecho, enrolou o pergaminho e o entregou ao servo da sinagoga, que cuidava dos livros sagrados. Naquele tempo as Escrituras eram muito valiosas, e cada sinagoga cuidava das suas c8pias o melhor que podia. & seguir 4esus sentou. urante a leitura a leitura da Escritura tanto a congregação como o leitor ficavam de pé. =as durante a conversa ou sermão, tanto quem falava como a audi/ncia, permaneciam

sentados. ?ua leitura e sua postura haviam impressionado aos presentes, fa5endo como que os olhos de todosestavam dirigidos nele em ansiosa e@pectativa. Bavia sido despertado seu interesse. Lucas s8 dá o tema ou ocomeço do discurso do ?enhorF Bo;e se cumpriu esta escritura aos vossos olhos. Este é o assunto do sermãoFEle, o mesmo que falou estas palavras por >sa6as, está ho;e nesse momento diante de vossos olhos) o=essias prometido veio ao vosso meio. #ertamente, então os convidou a virem a ele de coraçAes humildes econtritos, para que esta Escritura não s8 se cumpra em seus ouvidos, mas também em seus coraçAes. 7?enhor pregou arrependimento e perdão dos pecados. 7 resultado do sermão de #risto é mostrado nas palavrasF Eles testemunharam dele e estiveram admirados com as palavras de graça que flu6am de sua boca.

7  ) Lutero, citado em Messer, 3iel"tundenm 1. 16.

Page 30: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 30/166

& confissão lhes foi espremida, visto que no começo terem sido relutantes para o fa5erem. &s palavras sobrea graça de eus pelas quais a profecia de >sa6as se cumpriu lhes soaram como surpresaF Não haviam sabidoque o &ntigo :estamento continha tanta bele5a. =as que esta admissão foi feita muito a contra+gosto namaioria dos casos, aparece da pergunta que ecoou pela audi/nciaF &caso este homem não é o filho de 4oséS#f. =c. '. ,0. & inve;a de almas mesquinhas veio J tona. Elas se sentem obrigadas a estragar o resultado das palavras da graça.

& censura de #risto, !. 2) ;i""e*le" e"u"D em dvida citar*me*ei" e"te $rovrioD Idico, cura*

te a ti me"mo< tudo o #ue ouvimo" ter*"e dado em >afarnaum, faze*o tamm a#ui na tua terra. 2) E  $ro""eguiuD ;e fato vo" afirmo #ue nenum $rofeta em receido na "ua $r&$ria terra. 24) /a verdadevo" digo #ue muita" viva" avia em 9"rael no tem$o da Elia", #uando o cu "e fecou $or trF" ano" e "ei"me"e", reinando grande fome em toda a terra< 26) e a nenuma dela" foi Elia" enviado, "enão a uma vivade are$ta de idom. 27) 5avia tamm muito" le$ro"o" em 9"rael no" dia" do $rofeta Eli"eu, e nenumdele" foi $urificado, "enão /aamã, o "iro. 4á tão cedo, preconceito e re;eição ergueram suas cabeças nasmentes do povo de Na5aré. Em seus coraçAes recusavam crer nele, como sendo o =essias dos profetas. 4esusleu seus pensamentos e suas intençAes, e previra seu ataque. Não se haviam dado por satisfeitos com a pregação, mas tinham um dito proverbial em menteF =édico, cura a ti mesmo. Baviam ouvido que 4esusfi5era grandes milagres em #afarnaum e outros lugares, e acreditavam que milagres de cura, tal comoacontece com a caridade, deviam iniciar em casa. ?e devessem crer nele queriam prova concreta de suacapacidade. esde o começo se encontraram com ele, tendo coraçAes céticos e descrentes. 4esus, lendo estes

 pensamentos, lhes declara solenemente o que também repetiu em várias outras ocasiAes, que nenhum profetaé aceito em sua pr8pria terra. ?eus pr8prios conterrDneos, seus pr8prios patr6cios, são os mais cr6ticos ecéticos, e os primeiros que o condenam. #aso o povo de Na5aré tivesse recebido ao ?enhor, de mente abertae disposto a ser persuadido por palavra e ação, assim como outras comunidades o haviam sido, então 4esusteria estado mais do que disposto para persuadi+lo. &qui, porém, o ?enhor é forçado a traçar um paraleloentre a situação atual e dois incidentes registrados no &ntigo :estamento. Enfaticamente declara que, notempo de Elias durante a grande fome, havia muitas viúvas na terra, mas que Elias s8 foi enviado ao povoadode ?arepta, ou Iarefate, a uma viúva que lá vivia, %.3s. %1. E no tempo de Eliseu viviam muitos leprosos em>srael, todavia s8 Naamã o siro foi curado, .3s. (. Nisso havia uma lição e uma advert/ncia. 7s antigos ;udeus também poderão ter dito em relação a estes estrangeiros, dos quais um foi um sid<nio e o outro umsiroF or que estes profetas não reali5aram estes milagres entre os seus patr6ciosS :al como aqueles profetas,com os quais o ?enhor, porque se humilhou, se coloca no mesmo n6vel, não puderam trabalhar entre os ;udeus por causa da descrença deles, assim o povo de Na5aré, que tinha o socorro diante das portas, fechou ainflu/ncia da pregação de 4esus. or isso, não tinham a culpar ninguém outro, senão s8 a si mesmos, caso acondenação lhes sobreviesse.

& tentativa de matar o ?enhor, !. 28) odo" na "inagoga, ouvindo e"ta" coi"a", "e enceram de ira.2-) E levantando*"e, e+$ul"aram*no da cidade e o levaram at ao cume do monte "ore o #ual e"tavaedificada, $ara de lá o $reci$itarem aai+o. =) e"u", $orm, $a""ando $or entre ele, retirou*"e. 1) E de"ceu a >afarnaum, cidade da Aalilia, e o" en"inava no "áado. 2) E muito "e maravilavam da "uadoutrina, $or#ue a "ua $alavra era com autoridade. & congregação, até este ponto, ouvira a 4esus, mas comcrescente indignação, visto que ele se atrevera a desmascarar e criticar publicamente seu orgulho tão pretensioso que era seu defeito nacional. &gora, porém, sua indignação que os enchia até e@travasar, tirou+lhes toda racionalidade e bom senso. & multidão toda se uniu no ato. Erguendo+se, e@pulsaram+no dasinagoga e da cidade. E então, deliberadamente, o agarraram e o levaram a um precip6cio no alto do morro noqual fora constru6da a cidade, que era um lugar onde havia um queda escarpada e a prumo para o vale abai@o,

tendo eles a intenção de precipitá+lo vivo a bai@o. ?ua ação foi o de pessoas que perderam qualquer  possibilidade de racioc6nio lúcido, ou se;a, a quem uma ira selvagem privou da habilidade de pensar corretamente e de avaliar as conseqU/ncias. Kerdadeira turba, como são t6picas em situaçAes em nossos dias.Enquanto pastores fiéis falam em seus sermAes e admoestaçAes, de modo mais generali5ado, t/m pás e, até,são elogiados. =as, caso os mesmos se atreverem a apontar a pecados individuais, então são acusados de,in;ustamente, criticarem e condenarem. ois, uma das particularidades da verdade é que, onde ela não operaconversão, lá ela causa amargura e fa5 inimigos. Não há cr6tica pior para um pastor, do que a e@pressa por alguém sobre sua posição em sua congregaçãoF N8s não o incomodamos, e ele não nos incomoda. No caso de#risto, a turba não e@ecutou sua intenção assassina, mas recebeu prova do poder sobrenatural do ?enhor.ois ele calmamente passou por meio deles e seguiu seu caminho. Não está dito, se ele, por um momento, se

Page 31: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 31/166

tornou invis6vel, ou se eles firam feridos de cegueira, ou se seus braços ficaram paralisados por um poder superior. Não foi s8 o poder dum esp6rito tranqUilo e um Dnimo forte sobre as pai@Aes humanas, mas o poder onipotente do 9ilho de eus que deteve as mãos deles.

4esus desceu da região montanhosa para a cidade de #afarnaum, da qual fe5 a sede de seu ministériona Caliléia. &qui teve como hábito ensinar nas sinagogas nos sábados, visto que a pregação do evangelho dasalvação ser a primeira e principal parte de sua obra. 7nde quer que ensinasse, o resultado de suas palavrasfoi sempre o mesmoF &s pessoas se maravilhavam e quase ficaram assombradas sobre sua doutrina, que tão

radicalmente diferia dos discursos ins6pidos dos rabis em geral, e porque sua palavra ressoava comautoridade e poder. &trás dela não s8 havia a força da convicção, mas havia o poder misericordioso de eusque está nos meios da graça e que lhes concede eficácia. NotemosF Lucas, por causa de seus leitores, sempreacrescenta as refer/ncias geográficas, visto não estarem acostumados com os locais das várias cidadesmencionadas no relato do evangelho.

 0 >ura dum Endemoninado e outro" Iilagre", Lc. $. 00+$$.

=ateus, via de regra, fala desses milagres que encontramos nesta passagem como endemoninhados,enquanto =arcos, como pessoas com esp6ritos imundos. 7 homem estava possesso dum dem<nio, que agiano corpo para o pre;udicar. Evidentemente, o homem não era sempre violento, caso contrário, dificilmente, poderia ter vindo ao culto na sinagoga. =as durante o culto matutino o homem enfermo teve um ataque,

tendo o esp6rito imundo tomado posse de seus membros. Critava em vo5 alta, talve5, de oposição ou dehorror, fúria ou medo, ou, até, por causa de tudo isso. 7 diabo conhecia ao ?enhor, e o que di5ia era umarevelação sobre ele. #onhecia seu nomeF 4esus. ?oube donde ele provémF de Na5aré. ?oube que ele é de fatoo 9ilho de eus, o ?anto de eus, com ma;estade e poder iguais ao ai. Não quis ter nada com 4esus, poistemia que sua última destruição seria e@ecutada imediatamente nele e em seus camaradas. =arquemos bemF7 diabo é um esp6rito poderoso e, ;unto com seus an;os, pode causar muito mal, quando eus o permite. 7smaus esp6ritos estão muito atarefados para ferir, sempre que o conseguem, as almas e os corpos das pessoas.E eles t/m pressa no agir, pois temem o dia do ;u65o que lhes trará a final confirmação e a consumação daeterna condenação. 4esus, porém, repreendeu severamente ao esp6rito mau por causa das palavras quedissera. Ele não quer que estes esp6ritos das trevas confessem e proclamem seu nome e poder. 7 povo devechegar a conhec/+lo, não pela revelação feita pelos dem<nios, mas pela pregação do evangelho. 7 ?enhor lheordenou sil/ncio, e também que sa6sse do homem que era a v6tima de sua maldade. 7 esp6rito teve queobedecer. =as, fa5endo+o, aproveitou a última oportunidade para retorcer de modo violent6ssimo ao pobrehomem, arremessando+o ao chão no meio da sinagoga. =ais do que isto, contudo, não lhe p<de fa5er. 4esus o permitiu. =as o efeito sobre a congregação foi tanto que pasmo a dominou. Estavam quase no ponto decolocar em dúvida a evid/ncia de seus olhos e ouvidos. 7uvir um homem proferir palavras de comando, asquais t/m poder e autoridade, decretar lei aos esp6ritos imundos e maus e por eles ser prontamenteobedecido, isso era algo inteiramente novo em sua e@peri/ncia. >sto os encheu de algo semelhante a umarever/ncia horrori5ada. Lembraram+se, porém, de promessas como >s. $*. $,(, e logo estiveram atarefadosem espalhar a not6cia desse feito em todas as cidades da redonde5a. 7 milagre foi uma prova de que 4esus,realmente, era o ?anto de eus, e que viera para destruir as obras do diabo e para libertar os cativos dasalgemas de ?atanás.

& cura da sogra de edro, !. 8) ;ei+ando ele a "inagoga, foi $ara a ca"a de imão. Ora, a "ograde imão acava*"e enferma, com fere muito alta< e rogaram*le $or ela. -) 9nclinando*"e ele $ara ela,re$reendeu a fere, e e"ta a dei+ou< e logo "e levantou $a""ando a "ervi*lo".  4esus se dirigiu da sinagoga,

diretamente, J casa de ?imão edro, de cu;a vocação Lucas conta no cap6tulo seguinte. ?imão, tendo moradoanteriormente em Metsaida, se mudara para #afarnaum. &qui ele morava com sua fam6lia J qual também pertencia a mãe de sua mulher. & Escritura, evidentemente, nada sabe da tola grosseria que ho;e, via deregra, se mostra aos que merecem respeito e honra. Esta senhora idos, de qualquer modo, deve ter estado emalt6ssima estima na casa de seu genro. ois, quando uma febre a prostrou, afligindo+a como um ataque muitoviolento, os membros da fam6lia intercederam por ela ;unto a 4esus. 7 ?enhor e@pressou imediatamente sua prontidão. irigindo+se J cama onde ela estava deitada, se ergueu em toda sua ma;estade e repreendeu afebre que obedeceu J sua vo5. & cura foi imediata e completa. uando alguém em qualquer fam6lia se tornaum disc6pulo de 4esus, então se abre um trilho entre esta casa e o céu, que é protegido pelos an;os. M/nçãos,não s8 em coisas materiais, mas em espirituais, hão de advir a uma casa onde uma alma piedosa ora. E o

Page 32: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 32/166

servir posterior da sogra de edro, depois de curada, mostra que nessa casa vice;ava a planta bela mas rara dagratidão.0-G

#uras no entardecer do sábado, !. =) 0o $Kr do "ol, todo" o" #ue tinam enfermo" de diferente"mol"tia", lo" traziam< e ele o" curava, im$ondo a" mão" "ore cada um. 1) amm de muito" "a'amdemKnio", gritando e dizendoD u " o Lilo de ;eu"J Ele, $orm, o" re$reendia $ara #ue não fala""em, $oi" "aiam "er ele o >ri"to.  7 sábado acabava com o p<r do sol, e todas as leis sabáticas estavamdesobrigadas. 9oi então que todas as pessoas que tinham parentes e amigos enfermos, os guiaram ou

carregaram até 4esus. 7 milagre da manhã os convencera que um poderoso curador estava com eles, e nãotitubearam em se aproveitar do fato. 4esus lhes mostrou compai@ãoF >mp<s sobre cada enfermo as mãos e oscurou. 7 ob;etivo do ?enhor, em mente ao se dispor a curar por atacado, é mostrado em =t. -.%1. & doençaque é a maior de todas e que o ?enhor levou e suportou em si, é o pecado. :oda a doença e mal vem do pecado, sendo um castigo do pecado. or isso, quando 4esus imp<s as mãos sobre qualquer pessoa enferma,isto implicavaF :u és um pecador, mas eu sou o ?alvador dos pecadores) tiro de ti toda a maldição econseqU/ncia do pecado, que isto te se;a uma admoestação para te absteres de servir ao pecado. &o mesmotempo, diante da presença de 4esus, dem<nios sa6am dos possessos, gritando em alta vo5 e revelando aidentidade o ?enhor, como sendo o #risto. 4esus, porém, sumariamente, calou estas revelaçAes, visto nãodese;ar qualquer louvor e confissão do diabo nem daqueles que se colocam a serviço do diabo.

& retirada de 4esus, !. 2) endo dia, "aiu e foi $ara um lugar de"erto< a" multide" o $rocuravam e foram at :unto dele, e in"tavam $ara #ue não o" dei+a""e. ) Ele, $orm, le" di""eD W nece""ário #ue eu

anuncie o evangelo do reino de ;eu" tamm C" outra" cidade", $oi" $ara i""o #ue fui enviado. ) E  $regava na" "inagoga" da udia.  4á na pr8@ima manhã, ao despertar do dia, 4esus dei@ou #afarnaum.?eguiu ao método que empregara em outras ocasiAesF ?aiu para a solidão para estar a s8s em oração ecomunhão com seu ai celestial. ara a maioria dos cristãos seria vanta;oso, se, ocasionalmente, seafastassem do alvoroço da ocupação moderna e passassem algum tempo, como o fe5 4esus. ?omos muito propensos a perder nosso equil6brio e o senso de dom6nio, conforme os padrAes b6blicos, quando s8 há oincessante correr atrás do trabalho a se alternarem com rodadas de pra5er. 7 domingo devia ser o dia parauma tranqUila comunhão com eus, não passado no despre5o J alavra de eus e em piqueniques barulhentos e violentos, mas em contemplação piedosa da nossa necessidade de eus. #ontudo, a aus/nciade 4esus foi logo notada, e grandes multidAes de pessoas, tendo edro J frente, sa6ram em sua busca,dese;ando que ele voltasse. Ele, porém, não queria ser persuadido por eles. ?abia que não era a alavra daKida que buscavam, mas os milagres que esperavam ver. or isso lhes e@p<s o ob;etivo principal de seuministério. esa sobre ele a obrigação de tra5er, também a outros c6rculos, as novas do evangelho sobre oreino de eus. E nesta obra quer mostrar toda fidelidade. E assim partiu para uma viagem de pregação pelaCaliléia Hno te@to portugu/sF 4udéiaG, sendo ele pr8prio quem proclamava a mensagem do evangelho, por meio de seus sermAes nas sinagogas da Caliléia.

Resumo: 4esus, no deserto , é tentado pelo diabo, começa seu ministério Calileu, ensina em Na5aréonde o povo tentou matá+lo, e em #afarnaum cura um endemoninhado e outras pessoas enfermas.

Ca$%tulo (

 0 Pe"ca Iaravilo"a e o >amado do" Primeiro" ;i"c'$ulo",  Lc. (. %+%%.

regando ;unto J praia do mar, !. 1) 0conteceu #ue, ao a$ertá*lo a multidão $ara ouvir a $alavra de ;eu", e"tava ele :unto ao lago de Aene"ar< 2) e viu doi" arco" :unto C $raia do lago< ma" o" $e"cadore",

avendo de"emarcado, lavavam a" rede". ) Entrando em um do" arco", #ue era o de imão, $ediu*le#ue o afa"ta""e um $ouco da $raia< e, a""entando*"e, en"inava do arco a" multide".  4esus, certo dia,dei@ara a cidade #afarnaum, tendo o dese;o de caminhar ao longo da praia do lago, =t. $.%-) =c. %.%'. 9oi+lhe, porém, imposs6vel evitar as multidAes que se reuniam, sempre que sua presença era anunciada por alguém que o vira. &qui uma multidão, cu;o dese;o pela alavra de eus é mencionado, se apertava ao seuredor. ueriam ouvir falar este homem que pregava com tal autoridade. ?e, ao menos, tivessem sido tãodese;osos pela salvação que ele oferecia em sua pregaçãoO 4esus estava parado ;unto J praia do lago. =as asmultidAes, que aumentavam sempre mais, apertavam+no de todos os lados, tornando+lhe imposs6vel de falar 

8 ) Messer, 3iel"tunden, 1.18=

Page 33: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 33/166

de modo eficiente ao povo. uando, por isso, olhou ao redor em busca de solução para o problema, viu dois barcos de pesca amarrados ;unto J praia. :alve5 haviam chegado a pouco e sido amarrados pelos pescadores,os quais, tendo desembarcado, lavavam suas redes. 4esus, ;á de antes, conhecia os homens, e não hesitouentrar num dos dois barcos, que era o pertencente a ?imão. ediu, a seguir, ao dono que o levasse a certadistDncia, uns cinco metros, da praia. E então, sentando+se, 4esus do barco ensinou ao povo. esta posiçãosaliente tinha dom6nio sobre a audi/ncia e sem dificuldade poria falar a todos. 4esus sempre esteve pronto edese;oso para pregar o evangelho da salvação para a humanidade. Ele pregou a alavra de eus não s8 nas

escolas, mas lá fora a céu aberto, onde quer que estivesse ou andasse ou se lhe oferecesse qualquer oportunidade. & alavra de eus é pr8pria a todos os lugares e a todos o momentos. &os homens nada é tãonecessário e nada tão urgente, do que a pregação da alavra.

& pesca maravilhosa, !. ) Quando acaou de falar, di""e a imãoD Laze*te ao largo, e lan%ai a"vo""a" rede" $ara $e"car. 4) He"$ondeu*le imãoD Ie"tre, avendo traalado toda a noite, nadaa$anamo", ma" "ore a tua $alavra lan%arei a" rede". 6) 9"to fazendo, a$anaram grande #uantidade de $ei+e"< e rom$iam*"e*le" a" rede".7) Então fizeram "inai" ao" com$aneiro" do outro arco, $ara #ue fo""em a:udá*lo". E foram e enceram amo" o" arco" ao $onto de #ua"e irem a $i#ue. 7 discurso do?enhor pode ter ocupado a maior parte da manhã. Então, porém, fe5 uma pausa em sua alocução, e se dirigiua edro, que provavelmente estava no leme, com um pedido especial que mais soava como uma ordemdesp8tica. edro devia partir para longe da praia, levando seu barco até onde o mar era fundo. Estas primeiras palavras foram dirigidas s8 a edro, como sendo o mestre do barco. ?ua segunda parte, contudo,

que descreveu a maneira como deviam apanhar os pei@es, é dirigida a todos os homens no barco. 4esus, destaforma, tomou a si a direção do barco e o mane;ou, bem como se ele fosse o proprietário. 9oi um testa para afé e confiança de edro no ?enhor. & resposta de edro indicou seu maior respeito para o homem que demaneira tão sem cerim<nia tomou a direção de atribuiçAes que eram suas. #hama+o =estre. Rsa a palavragrega que designa um prefeito HmonitorG ou alguém que é colocado sobre um grupo de pessoas ouobrigaçAes. T um t6tulo de respeito que não inclu6a uma relação pessoas. Ele não fa5 uma ob;eção, porém,meramente constata o fato que eles trabalharam durante a noite inteira mas pegaram nada. Baviamtrabalhado com afinco em sua profissão no horário e sob as condiçAes que a e@peri/ncia lhes mostrara asmais favoráveis, a saber, de noite e nos bai@ios do lago perto da praia. =as edro está disposto a tra5er todasua e@peri/ncia e teoria de pescador como sacrif6cio de sua fé nas palavras de 4esus. &qui há várias liçAes anotar. !or este motivo deves aprender bem estas coisas, para que trabalhes e esperes, mesmo que o ?enhor adie o caso por algum tempo. ois, mesmo que te dei@a esperar e trabalhar com suor, e tu pensas que teutrabalho está perdido, ainda assim deves ser prudente e aprender a conhecer teu eus e confiar nele.... oisvemos neste evangelho como eus cuida dos que são os seus, e os guarda de corpo e alma. ?e, ao menos,chegássemos ao ponto de lhe confiarmos francamente, então as coisas não faltariam, visto que eus nossupre de bens corporais e espirituais e com um tesouro tão abundante a ponto de podermos a;udar a todas as pessoas. T isto, certamente, o que significa tornar aos pobres ricos e alimentar os famintos."0*G Luterotambém mostra que desapontamentos e fracassos na obra de nossa vocação não nos devem desencora;ar por completo, se;a isto na criação de filhos, se nisso formos piedosos, ou em postos de autoridade, ou no governoda igre;a. !E, para resumir, o ser e a vida humana inteira é constitu6da assim, que se trabalhou muitas ve5es por longo tempo e muito, mas sem resultado, até que eus finalmente dá o sucesso. or isso, o trabalho nãodeve ser omitido, nem deve ser encontrado alguém sem trabalho, mas esperar o sucesso e a b/nção de eus,quando ele se dispAe a conced/+la, Ec. %%.'."$2G

& fé de ?imão foi ricamente recompensada. ois, quando seguiram ao conselho de 4esus, sua redeapanhou grande quantidade de pei@es. ?eu f<lego ;á se acabava. or isso, acenaram aos companheiros do

outro barco para que viessem a;udá+los. E a pesca foi tão farta, que estavam em perigo de afundar sob o pesoda carga. Estavam quase submersos. 7 fato foi um milagre tão evidente, que todos estavam at<nitos.

& vocação de ?imão, !. 8) !endo i"to, imão Pedro $ro"trou*"e ao" $" de e"u", dizendoD enor,retira*te de mim, $or#ue "ou $ecador. -) Poi", C vi"ta da $e"ca #ue fizeram, a admira%ão "e a$oderou dele ede todo" o" "eu" com$aneiro", 1=) em como de iago e oão, filo" de eedeu, #ue eram "eu" "&cio". ;i""e e"u" a imãoD /ão tema"D doravante "erá" $e"cador de omen". 11) E, arra"tando ele" o" arco" "ore a $raia, dei+ando tudo, o "eguiram. edro fora atingido fortemente pelo milagre, do qual ele pr8prio

- ) Lutero, 11.1=-, 11.= ) Lutero, 11. 12.

Page 34: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 34/166

não fora s8 um espectador, mas participante e beneficiário. Esta foi a primeira ve5 que edro havia sidotra5ido tão perto da força onipotente de #risto, a ponto de poder avaliar sua magnitude e ma;estade. Ele fa5ia parte de seu chamado, pois ocorrera em seu barco, com sua rede de pescar, depois de seus baldados esforços,em sua presença imediata. E assim ele e@pressou seu brado de confissão e de féF 3etira+te de mimO Estamanifestação da força onipotente de 4esus foi uma manifestação de sua divindade. E o #risto divino é um#risto santo e sem pecado. edro sentiu+se e@tremamente indigno para ficar por mais tempo na presença domestre, perante o qual sempre sentia sua pr8pria corrupção. orque sua admiração fora tão grande, havia

ca6do o pavor sobre ele. :odos os outros do grupo, que eram companheiros de ?imão no of6cio de pescar,estavam na mesma situação. arecia+lhes quase imposs6vel crer o que en@ergavam. :ambém estavamtomados completamente de medo, em especial, :iago e 4oão, filhos de Iebedeu. 4esus, todavia, dirigiu aedro uma palavra de especial conforto, pedindo que não temesse. aqui para frente todos eles deviam ser  pescadores de homens. Esta devia ser sua ocupação permanente. ?uas vidas deviam ser empenhadas emarremessar a rede do evangelho e em pescar almas redimidas ao reino de #risto. !#omo se dissesseF :ens umchamado de que és um pescador) eu, porém, quero ordenar+te um chamado diferente, que entres em outraágua e pegues pessoas, enchas o céu de pei@es e lotes o meu reino da mesma maneira como estes pei@esenchem agora teu barco. Em lugar desta pescaria quero dar+te uma rede diferente, a saber, o evangelho. #omesta deves captar os eleitos para que se dei@em bati5ar, creiam e vivam eternamente".$%G 7 chamado de 4esusfoi uma vocação efica5. :rou@eram seus barcos para a terra, e, dei@ando tudo, seguiram+no. Estavamformalmente arrolados como seus disc6pulos. uando #risto chama e mostra o caminho ao seu trabalho,

então não pode haver algum consultar com carne e sangue, mas um cordial seguir de sua vo5 e um feli5curvar+se sob sua vontade. Não pode haver qualquer dúvida quanto J b/nção que acompanha um talobedecer.

 0 >ura dum Re$ro"o e dum Paral'tico,  Lc. (. %+'.

& cura dum leproso, !. 12) 0conteceu #ue, e"tando ele numa da" cidade", veio C "ua $re"en%a umomem coerto de le$ra< ao ver a e"u", $ro"trando*"e com o ro"to em terra, "u$licou*leD enor, "e#ui"ere", $ode" $urificar*me. 1) E ele, e"tendendo a mão, tocou*le, dizendoD Quero, fica lim$oJ E nome"mo in"tante le de"a$areceu a le$ra. 1) Ordenou*le e"u" #ue a ningum o di""e""e, ma" vai, di""e,mo"trar*te ao "acerdote e oferece $ela tua $urifica%ão "egundo o #ue Ioi"" determinou, $ara "ervir dete"temuno ao $ovo. 14) Porm, o #ue "e dizia a "eu re"$eito cada vez mai" "e divulgava, e grande"multide" aflu'am $ara ouvi*lo e "erem curada" de "ua" enfermidade". Lucas, a não ser no geral, via de regranão conta os relatos evangélicos na ordem em que aconteceram. >sto, via de regra, como se v/ no te@to,aparece das palavras com as quais introdu5 a hist8ria. 4esus, em certo tempo, esteve numa pequena cidadeda Caliléia, onde vivia um homem tomado de lepra. & repugnante doença, no seu caso, ;á atingira sua plenavirul/ncia, e ele sofria muito. uando este homem coitado viu 4esus, prostrou+se sobre seu rosto em atitudede servil súplica, assim como um escravo indigno pede um favor a um rei ilustre. ?ua prece sincera se tornouem modelo para todos os tempos. =as, visto que pede por um dom temporal que é s8 para esta vida, não fa5qualquer e@ig/ncia nem mesmo quanto ao tempo, mas coloca o cumprimento inteiramente nas mãos de4esusF ?enhor, se tu quiseres, podes purificar+me. T uma oração na forma da afirmação mais vigorosa poss6vel. Ela lança o peso sobre o ?enhor e se empenha pelo que pede de modo mais eficiente do que o iriafa5er uma descrição dos sintomas. E, porque o assunto foi entregue J vontade do ?enhor, o ?enhor decide p<r em ação esta vontade e a força onipotente que está por trás dela, ouvindo a oração do homem enfermoFuero, s/ limpo. E as palavras onipotentes tiveram o efeito que o ?enhor intentavaF & lepra saiu

imediatamente do homem. 4esus, a seguir, deu+lhe a ordem e@pressa de nada falar sobre o assunto, mas, antesde tudo, ir, rápido, ao sacerdote, para que esse fi5esse a devida declaração de pure5a, e aceitasse ossacrif6cios prescritos para tanto, Lv. %$. 7 ?enhor não quis que o caso se espalhasse ao redor, para que anot6cia não chegasse ao sacerdote antes que o antigo leproso chegasse, e um e@ame maldoso se recusassedeclará+lo limpo. 4esus sempre quis que o povo entendesse que os milagres eram manifestaçAes secundáriasdo seu ministério, sendo sua obra principal a pregação do evangelho. =as a palavra sobre este milagrereali5ado no leproso ecoou ainda mais, com o usual resultado. Crandes multidAes se reuniram para ouvi+lo etambém para serem curadas de suas enfermidades, sendo esta última o motivo principal de sua vinda a 4esus.

1 ) Lutero, citado em ?toecQhardt, 3ili"ce Ae"cicte de" /euen e"tament", 4=.

Page 35: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 35/166

#ontudo, 4esus aproveitou a primeira ocasião que se apresentou, e se retirou para a oração e a comunhãoespiritualF !. 16) Ele, $orm, "e retirava $ara lugare" "olitário", e orava. Ele pediu e recebeu força de seu pai celeste para continuar seu trabalho conforme a vontade divina. Este constante contacto com eus foi osegredo que o tornou capa5 de reali5ar tantas tarefas. T uma indicação que bem podia ser aplicada nos casosde todos os seus seguidores. 

& cura do paral6tico, !. 17) Ora, aconteceu #ue num da#uele" dia", e"tava ele en"inando, eacavam*"e ali a""entado" fari"eu" e me"tre" da lei, vindo" de toda" a" aldeia" da Aalilia, da udia e de

 eru"alm. E o $oder do enor e"tava com ele $ara curar. 18) !ieram então un" omen" trazendo em umleito um $aral'tico< e $rocuravam introduzi*lo e $K*lo diante de e"u". 1-) E não acando $or ondeintroduzi*lo $or cau"a da multidão, "uindo ao eirado, o de"ceram no leito, $or entre o" ladrilo", $ara omeio, diante de e"u". 2=) !endo*le" a f, e"u" di""e ao $aral'ticoD 5omem, e"tão $erdoado" o" teu" $ecado". 21) E o" e"cria" e fari"eu" arrazoavam, dizendoD Quem e"te #ue diz la"fFmia"G Quem $ode $erdoar $ecado" "enão "& ;eu"G  T a primeira indicação do esforço dos l6deres da igre;a ;udaica para perseguir e desacreditar 4esus. & hist8ria é um incidente independente. Não tem conecção com o queantecede. ois, Lucas não tem interesse numa seqU/ncia cronol8gica e@ata. 7s principais homens da nação ;udaica haviam recebido informação completa sobre a pregação e os milagres deste rabi Calileu, que, quantoao mais, era desconhecido, e que não lhes havia, nem ao menos, pedido a sanção para o seu trabalho. 7shomens da localidade, das várias sinagogas da Caliléia, os peritos na lei e em todas as doutrinas, comoestabelecidas pela tradição, não estavam J altura da situação. or isso foram reforçados por homens da

4udéia, em especial de 4erusalém, a saber, dentre os mais estudados e capa5es fariseus e escribas da lei. Estestodos estavam presentes na casa onde 4esus estava ensinando a multidão. Não, que fossem tão dese;osos pela palavra da vida, mas estavam J espreita duma oportunidade para acusá+lo. E o poder do ?enhor, a ma;estadeonipotente do eus triuno, estava presente em 4esus, com o ob;etivo para que ele operasse curas. &s outras pessoas de eus nunca foram observadores desinteressadas ou neutras, durante o tempo em que sedesenvolvia a obra da redenção, mas a ivindade inteira em suas tr/s pessoas reali5ou a salvação dahumanidade. & chance pela qual os fariseus e professores da lei estavam esperando, essa apareceu bem logo.&lguns homens carregavam numa maca ou cama um homem que fora acometido de paralisia. !Kia de regraaqueles que em todos os seus membros são atacados por alguma fraque5a violenta dos nervos, falecem em pouco tempo. uando isso não acontece, então é verdade que, ainda que vivos, raramente recuperam a saúde,mas na maioria das ve5es levam uma vida miserável, perdendo, ainda por cima, sua mem8ria. Kerdade é quea doença daqueles que são afetados s8 parcialmente nunca é grave, mas, via de regra, longa e quase sempreincurável." uando estes homens, levando sua carga, chegaram J casa onde 4esus estava, diligentemente procuraram encontrar um meio de tra5er e colocar o homem enfermo diante de 4esus, pois este era o ob;etivode sua vinda. :inham a convicção de fé que este profeta de Na5aré era o #risto, o qual facilmente podiacurar seu amigo. =as a multidão, tanto dentro da casa como diante da porta, era muito grande. Eraimposs6vel encontrar uma abertura pela qual podiam espremer+se para a sala onde 4esus estava falando. =asnão divagaram muito na busca dum outro procedimento. ?ubiram, pela escada e@terna, ao telhado da casa.3emoveram algumas das telhas ou do material com o qual fora feito o telhado, e, então, bai@aram o homemdoente em seu leito perante os pés de 4esus. 7 relato de Lucas é influenciado pelo seu dese;o de tornar claroaos seus leitores romanos, aos quais escreveu, a maneira como foi reali5ada esta obra de amor. 4esus, diantedesta interrupção, fe5 uma pausa em seus ensinamentos, e seu olhar onisciente perscrutou os rostos dosrecém+chegados, inclusive ao homem doente. Leu em cada um a firme convicção sobre a sua capacidade dea;udar, e, igualmente, uma súplica e intercessão silenciosa para que lhes manifestasse miseric8rdia. eu+se por satisfeito com o resultado de sua inquirição, e, por isso, se voltou ao paral6tico com as palavrasF Bomem,

 perdoados são os teus pecadosO NotemosF 7 pecado é a causa de toda miséria, enfermidade e morte nomundo. Na verdade, removendo a causa, os efeitos são afastados. & fé do homem enfermo sabia isto. ?abiaque por meio destas palavras confortadoras de 4esus veio+lhe o maior dom sobre a terra. 7 caso dele não foraum caso de punição especial por pecados espec6ficos, mas um caso em que o ?alvador sabia onde a curadevia começar, a saber, na alma. Logo que o ?alvador pronunciara as palavras de perdão, os escribas efariseus começaram a arra5oar e a discutir o assunto, quer s8 em seus coraçAes, quer a meia+vo5 entre eles.?ua consci/ncia farisaica estava profundamente magoada que alguém presumisse remitir pecados. recisamestigmati5ar uma tal presunção como blasf/mia. ois, com certe5a, ninguém podia perdoar pecados, senãosomente eus. ?e 4esus não fosse eus, não podia por seu pr8prio poder perdoar pecados) e seu arrogar+seesta autoridade teria sido blasf/mia contra eus, no sentido pr8pria da palavra. =as, para que estes escribas

Page 36: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 36/166

e fariseus tivessem a prova plena e mais absoluta de seu poder divino e de sua ivindade, operou, no mesmomomento, tr/s milagres na presença deles, podendo todos eles ser reali5ados s8 por um ser onisciente eonipotente. Estes milagres foramF a remissão dos pecados do homem enfermo) a revelação dos pensamentossecretos dos escribas) a restauração instantDnea do paral6tico J sua plena saúde.

7 milagre, !. 22) e"u", $orm, conecendo*le" o" $en"amento", di""e*le"D Que arrazoai" emvo""o" cora%e"G 2) Qual mai" fácil, dizerD E"tão $erdoado" o" teu" $ecado", ouD Revanta*te e andaG 2) Ia", $ara #ue "aiai" #ue o Lilo do omem tem "ore a terra autoridade $ara $erdoar $ecado" X di""e ao

 $aral'ticoD Eu te ordenoD Revanta*te, toma o teu leito, e vai $ara ca"a. 24) 9mediatamente "e levantou diantedele" e, tomando o leito em #ue $ermanecera deitado, voltou $ara ca"a, glorificando a ;eu". 26) odo" ficaram atKnito", davam gl&ria a ;eu" e, $o""u'do" de temor, diziamD 5o:e vimo" $rod'gio". 4esus, em suaonisci/ncia, leu os pensamentos deles tão facilmente como se tivessem falado alto, e respondeu+lhes nosentido de chamá+los prontamente a prestar contas por terem condenado suas palavras. rop<s+lhes um problema sobre o que acreditavam ser mais fácil, di5erF erdoados são os teus pecados) ou di5erF Levanta+tee anda. 7s escribas e fariseus, naturalmente, achavam que o primeiro fosse mais fácil, visto que seucumprimento ficava no campo espiritual e, por isso, não podia ser visto ou avaliado pelas pessoas. Nãoacreditavam que este milagre da graça de 4esus tivesse ocorrido. or isso o ?enhor reali5ou diante deles oque lhes parecia ainda mais dif6cil, para que lhes servisse de testemunho, e também provasse que suas palavras ditas ao homem enfermo não podiam ser uma blasf/mia. 7 fato de que ele, o 9ilho do homem,realmente possu6a na terra o poder de perdoar pecados, ele o demonstrou, di5endo ao paral6ticoF igo+teF

Levanta+te, toma a tua cama ou maca, e vai para tua casa. E imediatamente e sem demora, o homem doentese ergueu diante de todos, levou a cama que lhe servira de leito, e foi para casa, cheio de ;úbilo a eus sobreo milagre da cura que nele fora reali5ado. ?ua fé e confiança haviam sido demonstrados gloriosamente.#risto o ?enhor, como 9ilho do homem, tem poder de perdoar pecados. Não tivesse eus se humanado em#risto, e reconciliado consigo mesmo o mundo inteiro, então ele teria tido o poder de destruir os pecadoresmas não para salvá+los, visto que sua santidade deve ser preservada a todo custo. E #risto, o #abeça e ?enhor de sua igre;a, deu J sua igre;a na terra o poder de perdoar pecados. Este é o poder eclesial peculiar que #ristodeu J sua igre;a na terra, o qual os seus servos administram conforme sua ordem, 4o. 2. 0. uando aabsolvição é proferida pelo ministro da igre;a, ou por um cristão ao confortar seu pr8@imo, então podemoscrer cordialmente que tal palavra de perdão é proferida desde o pr8prio céu e é uma sentença misericordiosade eus sobre n8s. este fato o povo teve uma idéia no fato de #afarnaum. & maior admiração tomou contade todos, sendo que mesmo os fariseus, que haviam endurecido seus coraçAes contra 4esus, podiam sentir noacontecido um pedacinho do poder de eus. 7 povo em geral glorificou a eus, sendo também dominados por reverente temor diante duma evid/ncia tão sobrenatural. & opinião do povo foi que haviam visto coisasestranhas, coisas que aconteciam contrariamente ao curso da nature5a, milagres que a ra5ão humana declaracomo imposs6veis.

 0 !oca%ão de Revi, e o ;i"cur"o "ore o Iini"trio de >ri"to,  Lc. (. 1+0*.

& vocação e a festa de Levi, !. 27) Pa""ada" e"ta" coi"a", "a'ndo, viu um $ulicano, camado Revi,a""entado na coletoria, e di""e*leD egue*meJ 28) Ele "e levantou e, dei+ando tudo, o "eguiu. 2-) Então leofereceu Revi um grande an#uete em "ua ca"a< e numero"o" $ulicano" e outro" e"tavam com ele" C me"a.=) O" fari"eu" e "eu" e"cria" murmuravam contra o" di"c'$ulo" de e"u", $erguntandoD Por #ue comei" eeei" com o" $ulicano" e $ecadore"G 1) He"$ondeu*le" e"u"D O" "ão" não $reci"am de mdico, e, "im,o" doente". 2) /ão vim camar :u"to", e, "im, $ecadore" ao arre$endimento.  epois da cura do paral6tico,

4esus dei@ou a casa e saiu para a praia do mar. elo caminho, que, provavelmente, levava pela grande estradadas caravanas para amasco, passou pela tenda dum publicano ou cobrado de impostos ou inspetor dealfDndega, de nome Levi. 7s olhos de 4esus se dirigiram, não acidentalmente mas a prop8sito eintencionalmente, sobre este homem ocupado com seus relat8rios e outras ocupaçAes de seu of6cio. #f. =t.*.*. Levi, provavelmente, ;á ouvira de 4esus, visto que a cidade estava tomada da conversa sobre ele, até,talve5, assistira a algum de seus discursos nos arredores de #afarnaum. 4esus disse somente uma brevesentença, na forma duma ordemF ?egue+meO Esta palavra decidiu o destino de Levi. &bandonou a tudo,voltando as costas a todo seu viver anterior com toda sua parceria, e seguiu a 4esus. Levi, na gratidão de suaalma, a seguir fe5 uma festa ao ?enhor. 9oi uma festa grande, que ele mandou preparar em sua pr8pria casa.7s h8spedes, além de 4esus e seus disc6pulos, eram antigos colegas de Levi, ou se;a, uma multidão de

Page 37: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 37/166

 publicanos e outros, sendo a maioria pessoas consideradas de nenhum favor por parte dos vaidosos pe presunçosos fariseus. Eram, em sua maioria, pessoas e@clu6das da sinagoga, com as quais o ;udeu ortodo@oem geral não tinha qualquer neg8cio. Estes, porém, estavam aqui na festa reclinados nos sofás ao redor damesa. E muitos deles, mesmo então, ;á podem ter conhecido e amado ao ?alvador dos pecadores, sendogratos a Levi por lhes oferecer a oportunidade de ver e ouvir mais do ?enhor. 7 fato que 4esus aceitou umconvite para uma reunião tão mista, mais uma ve5 ofendeu aos escribas e fariseus dos ;udeus. 7 contrasteentre os ensinos e métodos de 4esus e os dos l6deres da igre;a dos ;udeus se tornava mais e mais evidente.

Estes últimos e@pressaram, em termos muito claros, sua desaprovação de todo este caso, fa5endocomentários aos disc6pulos de 4esus, provavelmente, com a intenção de aliená+los do =estreF ual é omotivo que comeis com publicanos e pecadoresS =as a intenção da pergunta foi dirigida contra 4esus, vistoque seus disc6pulos, dificilmente, teriam ido sem ele J festa. ueriam que ele sentisse seu ressentimentocomo sua desconsideração aos seus costumes. =as 4esus respondeu em lugar de seus disc6pulos, afirmando,na forma dum provérbio, que os sadios não necessitavam de médico, mas os que estão mal e doentes. E, parao bem deles, e@plica o provérbioF Não vim chamar ;ustos, mas pecadores, ao arrependimento. =arquemosF4esus se chama médico da alma. &firma que veio para curar as pessoas desta doença. Ele subentende que osque não sentem esta enfermidade, mais que cr/em que este;am bem e sadios, por causa de sua opinião tola,não tinham necessidade dos seus préstimos. Ele chama de ;ustos e sãos aos que não se preocupavam com o?alvador dos pecadores. Não, como se fossem e@ceçAes num mundo de pecadores perdidos e condenados, por cu;a salvação ele viera ao mundo, mas porque não sentiam a necessidade dos seus préstimos, porque não

sabiam que eram infeli5es, miseráveis, pobres, cegos e nus, &p. 0.%1) 4o. *. %$. ?omente quem reconhece esabe sua pecaminosidade, e que, como Lutero di5, está consciente que pertence de pele e cabelo, de corpo ealma ao inferno, somente este tem parte neste ?alvador. ?e aceitamos de coraçAes humildes este fato, se nosconfiamos nisso, como uma verdade sagrada, que eus nos é misericordioso por causa de #risto, então podemos ser livrados da terr6vel doença do pecado.

Rm pergunta sobre o ;e;um, !. ) ;i""eram*le ele"D O" di"c'$ulo" de oão e em a""im o" do" fari"eu", fre#Yentemente :e:uam e fazem ora%e"< o" teu", entretanto, comem e eem. ) e"u", $orm,le" di""eD Podei" fazer :e:uar o" convidado" $ara o ca"amento, en#uanto e"tá com ele" o noivoG 4) ;ia"virão, contudo, em #ue le" "erá tida o noivo< na#uele" dia", "im, :e:uarão.  7s fariseus tinham nosdisc6pulos de 4oão aliados, mais ou menos, declarados. Estes acreditavam, entendendo mal o modo austerode vida de seu mestre e imitando+a de modo falso, a um ;udeu devoto ser necessária esta conduta. or isso,alguns desses, representando os dois partidos, vieram a 4esus com um pergunta sobre algumas destas práticasradicais, ;e;uando e orando freqUentemente, coisas que os disc6pulos de 4esus não observavam. &conseqU/ncia, ;ulgavam, era uma indulg/ncia em assuntos morais e um despre5o dos costumes corretos. NotemosF ráticas desta ordem são em si mesmas puras, ou como Lutero o e@pressa, são uma boa disciplinae@terna. =as, ;untar+lhes qualquer outro poder e valor, considerando+as obras merit8rias J vista de eus, étolice. or isso a atitude dos fariseus era tolice. 4esus dá sua resposta em linguagem figurada. Ele é o noivo.?eus disc6pulos são os filhos da festa nupcial, ou se;a as pessoas mais nobres presentes no casamento. 7tempo da peregrinação de #risto sobre a terra é a festa de casamento. ?eria, pois, evidentemente inteiramenteerrado para os h8spedes tão destacados se mostrassem qualquer lamento, como por e@emplo, o ;e;um, nafesta nupcial. Nessa ocasião s8 alegria e felicidade deve encher seus coraçAes, e ser e@pressa em seus atos,4o. 0.0*) #t. (.%. =as nos dias em que o Noivo lhes seria tomado, quando #risto entraria na trilha dosofrimento e por meio da morte lhes seria tomado, segundo sua presença vis6vel, então eles iriam lamentar,4o. %'.2, e então dariam demonstração para a triste5a.

itos proverbiais, !. 6) amm le" di""e uma $aráolaD /ingum tira $eda%o de ve"te nova e o

 $e em ve"te vela< $oi" #ue ra"gará a nova e o remendo da nova não "e a:u"tará C vela. 7) E ningum $e vino novo em odre" velo", $oi" #ue o vino novo rom$erá o" odre"< entornar*"e*á o vino e o" odre" "e e"tragarão. 8) Pelo contrário, vino novo deve "er $o"to em odre" novo" e amo" "e con"ervam. -) E ningum, tendo eido o vino velo, $refere o novo< $or#ue dizD O velo e+celente.  &qui temos tr/s ditos parab8licos ou proverbiais, pelos quais o ?enhor pretende ensinar uma lição urgente aos fariseus. Esteesforço tão s8 piora as coisas. ois o novo pano, encolhendo+se e adaptando+se J veste, remove a linha da parte desgastada e fraca da veste, e o caso piora. &lém disso, o remendo novo, com suas cores vivas, sedestaca demais da veste velha, tornando o remendo ainda mais vis6vel. #olocar vinho novo, que ainda nãoacabou de fermentar, em odres velhos, que ;á perderam a força elástica, é igualmente tolice, visto que ovinho novo s8 romperá os recipientes. or isso é correto colocar vinho novo s8 em recipientes ou odres

Page 38: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 38/166

novos. & veste velha é a ;ustiça das obras, em que os fariseus confiavam, mas o remendo novo é a graça purade 4esus. & piedade e a presunção dos fariseus e a doutrina que 4esus proclamou, a doutrina da pura graça deeus no ?alvador, não concordam e nunca se adaptam J vida e ao comportamento da pessoa. uando alguémconfia em suas pr8prias obras, e então dese;a colocar um remendo do evangelho sobre esta ;ustiça pr8pria,ou dese;a encobrir algumas das suas transgressAes com a obra e o mérito de #risto, então ele descobrirá logoque seu conforto não é confiável. Essa pessoa, no fundo de seu coração, ainda confia em seus pr8priosméritos e será condenada ;untamente com seu conforto inconstante. E o novo vinho é o doce evangelho do

 perdão dos pecados, ou se;a, a graça de eus. Esta nova gloriosa não se adapta a coraçAes carnais e fariseus.uando o evangelho é pregado para aqueles que ainda se ap8iam em suas pr8prias obras, ele é desperdiçado,visto que eles não podem e não querem entend/+lo corretamente, e do evangelho não recebem qualquer  benef6cio. 7 evangelho e@ige que todos os coraçAes neguem toda sua ;ustiça pessoal e creiam simplesmentenos méritos do ?alvador 4esus. E, finalmenteF Rm homem que bebeu vinho velho conhece sua rique5a edelicade5a, e, por isso, não dese;a trocá+lo por vinho ;ovem, que poderá ser mais forte e menos apra56vel. 7sfariseus e os disc6pulos de 4oão amavam tão ternamente seus costumes velhos e acostumados, que ;á nãoqueriam mudar, ainda que a oferta da nova doutrina do evangelho fosse a salvação plena e pura.

Resumo: 4esus provoca a pesca maravilhosa, chama ?imão e seus companheiros, sara um leproso,cura um paral6tico, chama Levi, e defende a si e aos seus disc6pulos contra os ataques dos ;udeus.

Ca$%tulo )

 ;i"$uta" ore a O"erva%ão do áado, Lc. '. %+%.

7 ?enhor do sábado, !. 1) 0conteceu #ue, num "áado, $a""ando e"u" $ela" "eara", o" "eu"di"c'$ulo" coliam e comiam e"$iga", deulando*a" com a" mão". 2) E algun" do" fari"eu" le" di""eramD Por #ue fazei" o #ue não l'cito ao" "áado"G ) He"$ondeu*le" e"u"D /em ao meno" tende" lido o #ue fez ;avi, #uando teve fome, ele e "eu" com$aneiro"G ) >omo entrou na ca"a de ;eu", tomou e comeu o" $ãe"da $ro$o"i%ão, e o" deu ao" #ue com ele e"tavam, $ãe" #ue não le" era l'cito comer, ma" e+clu"ivamenteao" "acerdote"G 4) E acre"centou*le"D O Lilo do omem "enor do "áado.  >sto aconteceu no primeirosábado depois do segundo dia da páscoa. ois neste dia eram oferecidos ao ?enhor os primeiros molhos dos primeiros frutos do campo, e os ;udeus contavam, desde este dia, os sábados até pentecostes, sendo este omotivo que esta última festa também ser conhecida como a festa das semanas. 4esus andava por uma lavoura,que no momento estava de espigas cheias e prontas para a colheita. 7s antigos trilhos eram, via de regra,atalhos que facilmente passavam pela terra de alguém. =as, segundo um costume antigo, ninguém pensavaem lavrar estes trilhos. 7 campo era lavrado de cada lado do trilho, sendo que os grãos, Js ve5es, invadiam otrilho, o qual, contudo, pertencia ao povo. Enquanto o ?enhor andava com seus disc6pulos, estes começarama arrancar espigas maduras e a esfregá+las entre as palmas das mãos para soltar os grãos. >sto era permitidoconforme a lei, t. 0. (. 7s fariseus, porém, alguns dos quais, como sempre acontecia, estavam presente para e@piar ao ?enhor, fi5eram deste ato inocente um pecado contra o terceiro mandamento, encarando oarrancar como se fosse colheita, e o remover da casca como se fosse trilhar e co5inhar. NotemosF Estacaracter6stica também é pr8pria dos modernos me@eriqueiros da assim chamada santidade do sábado ou dodomingo. Em ve5 de ensinarem a observação correta do dia santificado do Novo :estamento, conforme osentido da M6blia, que Lutero e@pressou tão belamente na e@planação do terceiro mandamento, elescon;eturam motivos e prop8sitos despre56veis em assuntos que são dei@ados absolutamente na liberdade dadecisão do cristão. 7s fariseus, imediatamente, atacaram aos disc6pulos, mas, tendo sempre em mira ao

 pr8prio 4esus. &cusavam+nos da profanação do sábado. Nada lhes teria agrado mais do que se 4esus tivesseaceito o desafio e discutido sobre as minúcias da distinção entre as carias formas de trabalho que eram permitidas no sábado. 7 ?enhor, em ve5 disso, inverte as posiçAes, desafiando o conhecimento deles dasEscrituras. ?uas palavras, em que não faltava ironia, contém forte repreensãoF Nem ao menos lestes o que fe5aviS ?ois de compreensão tão rasa do &ntigo :estamentoS ?ua refer/ncia é sobre %.?m. %.'. Lá estáregistrado sobre avi, que ele, de fato, foi J casa do ?enhor que era o tabernáculo, que provavelmente estavana colina entre Cibeom e Nobe, e aceitou alguns dos pães da proposição que eram os pais da aprovação do?enhor, os quais a seguir ele e seus homens comeram, mesmo que estes pães s8 pertenciam aos sacerdotes.Era um caso de emerg/ncia, em que a lei do amor é sempre a lei maior. 7s fariseus não deviam tirar aconclusão da premissa menor para a maior. ?e avi teve este direito e não pecou quando tomou e comeu esta

Page 39: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 39/166

 pão, então o ?enhor de avi, com muito maior autoridade, deve ter este direito. E, se este argumento nãolhes fosse suficientemente forte, então deviam recordar+se que o 9ilho do homem, ou se;a, #risto ou orofeta de Na5aré, é ?enhor também do sábado. uando ele opta por dispensar ou em alterar a lei sobre estedia santificado, isto é caso totalmente a critério do seu direito e poder, #l. . %',%1) 3m. %$. (.

7 homem da mão ressequida, !. 6) ucedeu #ue, em outro "áado, entrou ele na "inagoga een"inava. Ora, acava*"e ali um omem, cu:a mão direita e"tava re""e#uida. 7) O" e"cria" e o" fari"eu"o"ervavam*no, $rocurando ver "e ele faria a cura no "áado< a fim de acarem de #ue o acu"ar. 8) Ia"

ele, conecendo*le" o" $en"amento", di""e ao omem da mão re""e#uidaD Revanta*te, e vem $ara o meio< eele, levantando*"e, $ermaneceu de $. -) Então di""e e"u" a ele"D Que vo" $areceG W l'cito no "áado fazer o em ou malG alvar a vida ou dei+a*la $erecerG 1=) E, fitando a todo" ao redor, di""e ao omemD E"tendea mão. Ele a""im o fez, e a mão le foi re"taurada. 11) Ia" ele" "e enceram de furor e di"cutiam entre "i#uanto ao #ue fariam a e"u". 12) /a#uele" dia" retirou*"e $ara o monte a fim de orar, e $a""ou a noiteorando a ;eu". No outro sábado, ou se;a, no seguinte ao daquele em que o ?enhor dera aos fariseus a primeira lição sobre o real significado do sábado, 4esus esteve novamente na sinagoga, onde, como era seucostume, estava a ensinar. Estava pregando, quando ocorreu o incidente aqui relatado. Bavia um homem nasinagoga, provavelmente tra5ido a prop8sito pelos fariseus, cu;a mão direita estava ressequida, comoconseqU/ncia de doença ou acidente. 7s Escribas e fariseus se comportaram de modo dissimulado e oculto, para ver o que 4esus faria quando lhe fosse tra5ido o homem. ensavam que, se o ?enhor fosse curar ohomem, teriam a possibilidade de buscar em suas leis alguma acusação contra ele. 4esus, porém, conhecia o

arra5oar hip8crita de seus coraçAes e aceitou seu desafio. 9e5 com que o homem enfermo ficasse de pé nocentro da sala, para que todos os presentes o vissem e, igualmente, o milagre que decidira operar nele. &seguir 4esus dirigiu uma pergunta a seus inimigos, para lhes mostrar que lera os pensamentos de seuscoraçAes, visto estar ele tomado de sentimentos de indignação e de piedade. erguntou+lhes J queima+roupa,se era correto e ;usto, ou se;a, se devia ser considerada uma obrigação que pesa sobre todos os presentes,fa5er o bem ou o mal no sábado, de salvar a vida ou destru6+la. ei@ar qualquer enfermo ou pessoa alei;adaem sua miséria, mesmo que s8 por um minuto a mais do que é necessário, é uma transgressão do quintomandamento. T este fato que deviam saber. :odavia, nenhuma resposta ecoou, estando os fariseus convictosem seus coraçAes mas teimosos demais para dar testemunho da verdade. 4esus, por isso, mais uma ve5 volveuo olhar pelo c6rculo de rostos, buscando encontrar alguma indicação de concordDncia, mas não a houve. or isso, diante de todos, operou o milagre. &o seu comando o homem enfermo estendeu a mão, e ela foi,imediatamente, restabelecida J plena saúde e força. =as uma ve5 os fariseus foram derrotados, mas este fatoos encheu de fúria insana contra o ?enhor. ?ua raiva tola era dirigida contra 4esus, especialmente, porque,visto eles não terem sido capa5es de responder+lhe, os milagres tinham a força de torná+lo conhecido entre o povo. esde este tempo, estavam continuamente na busca de maneiras e meios para o afastarem. :ramavam publicamente contra sua vida, =c.0.'. & isso a hipocrisia pode levar uma pessoa que luta contra oconhecimento da verdade, ou se;a, ao ponto de ;ustificar a mais flagrante falta de amor e miseric8rdia, econceber 8dio mortal contra qualquer um que sugere o cumprimento ;usto do resumo da lei. 4esus, contudo,não lhes deu oportunidade de, neste momento, e@ecutarem seu crime proposital. #omo Lucas observa, foinaqueles dias que ele, mais uma ve5, se retirou a um monte. Lá, na solidão e no sil/ncio, encontrou ascondiçAes certas em que, sem perturbação e distração, pode derramar seu coração em oração a seu aiceleste. assou a noite toda em oração, sendo que nenhum minuto lhe foi precioso demais para se preparar  para e@pandir seu ministério. NotemosF 7ração regular, sincera e persistente a eus é a melhoro maneira para obter força, acima de tudo, antes de um passo importante na vida.

O" ;oze 0$&"tolo", Lc. '. %0+%'.

!. 1) E #uando amaneceu, camou a "i o" "eu" di"c'$ulo" e e"coleu doze dentre ele", ao" #uai"deu tamm o nome de a$&"tolo"D 1) imão, a #uem acre"centou o nome de Pedro, e 0ndr "eu irmão<iago e oão< Lili$e e 3artolomeu< 14) Iateu" e om< iago, filo de 0lfeu, e imão camado elote< 16) uda", filo de iago, e uda" 9"cariote", #ue "e tornou traidor. 4esus, tendo+se preparado para este passoimportante, por meio duma vig6lia e oração que durou a noite inteira, e@ecutou seu plano. #hamou a si todosos seus disc6pulos, e escolheu do seu número total do5e, aos quais deu o t6tulo honroso de ap8stolos, quesignifica os que foram enviados. & tarefa principal deles foi concordar para em nome de #risto partir eespalhar o evangelho glorioso da redenção que há nele. Rmas poucas informaçAes sobre o trabalho destes

Page 40: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 40/166

homens, tiradas da Escritura e da hist8ria, podem provocar a curiosidade. ?imão, que depois se tornou umverdadeiro edro ou homem+pedra, este ativamente empenhado no trabalho missionário no leste e oeste. Tafirmado que sofreu o mart6rio sob Nero em 3oma, sendo crucificado. ?eu irmão &ndré atuou principalmente na #6ntia, ao norte do =ar Negro, onde também a morta pela crucificação. :iago, filho deIebedeu, das fileiras dos ap8stolos foi o primeiro mártir, morrendo pela espada de Berodes, &t. %.. ?euirmão 4oão era o disc6pulo amado do ?enhor. =orreu em avançada idade em sua congregação em Tfeso.9ilipe, assim é dito, proclamou o evangelho na 9rigia, onde sofreu o mart6rio pela crucificação. Martolomeu

ou Natanael trabalhou na Zndia e sofreu destino semelhante. =ateus Levi, é dito, foi o primeiro ap8stolo doset6opes. 9oi morto de maneira horrenda, quando perfuraram seu corpo com pregos. :omé o 6dimo, aqueleque duvidara, trou@e a mensagem do evangelho ao e@tremo leste, para a =édia, érsia e Zndia, onde tambémmorreu como mártir. :iago, filho de &lfeu, também conhecido como o menor, =c. %(. %2, provavelmente édiferente de :iago o irmão do ?enhor e o autor da ep6stola de :iago. ?imão de #aná, chamado Ielote, éafirmado, que via;ou até as >lhas MritDnicas e que lá sofreu o mart6rio. 4udas, filhos de :iago, deve ser distinguido do irmão de :iago do mesmo nome, foi conhecido como Labéu ou :adeu. ?eu campo de ação foia &rábia. 7 último ap8stolo, 4udas que ueriate, foi o traidor. $G

 Iilagre" de >rua, e Prega%ão,  Lc. '. %1+$*.

Kárias espécies de curas, !. 17) E, de"cendo com ele", $arou numa $lanura onde "e encontravam

muito" di"c'$ulo" "eu" e grande multidão do $ovo, de toda a udia, de eru"alm e do litoral de iro e deidom, 18) #ue vieram $ara ouvi*lo e "er curado" de "ua" enfermidade"< tamm o" atormentado" $or e"$'rito" imundo" eram curado". 1-) E todo" da multidão $rocuravam tocá*lo, $or#ue dele "a'a $oder, ecurava a todo". Esta passagem mostra o alcance a que chegou a influ/ncia do ministério de #risto. uando#risto desceu do alto do monte e chegou a uma planura na ladeira da montanha, teve perante si uma grandemultidão de pessoas. Não s8 havia um grande número de seus disc6pulos, mas uma grande multidão de pessoas de toda 4udéia, da altiva 4erusalém, de :iro e ?idom, e das cidades do =ar =editerrDneo. :odoshaviam chegado para ouvir 4esus e ser curado de várias enfermidades. =as também havia muitos daquelesque eram molestados e atribulados por esp6ritos maus. :odos estes estavam congregados ao redor do grande=estre e =édico. & popularidade de 4esus havia chegado ao seu auge. :odas estas pessoas tentavam tocá+lo.E a compai@ão e solidariedade do coração do ?alvador irradiava sobre elas. 9orça, o poder do =édicoonipotente, partia dele, e todos foram curados.

7 começo do sermão,  !. 2=) Então, olando ele $ara o" "eu" di"c'$ulo", di""e*le"D 3em*aventurado" v&" o" $ore", $or#ue vo""o o reino de ;eu". 21) 3em*aventurado" v&" o" #ue agora tende" fome, $or#ue "erei" farto". 3em*aventurado" v&" o" #ue agora corai", $or#ue avei" de rir. 22) 3em*aventurado" "oi" #uando o" omen" vo" odiarem, e #uando vo" e+$ul"arem da "ua com$ania, vo"in:uriarem e re:eitarem o vo""o nome como indigno, $or cau"a do Lilo do omem. 2) Hegozi:ai*vo"na#uele dia e e+ultai, $or#ue grande o vo""o galardão no cu< $oi" de""a forma $rocederam "eu" $ai"com o" $rofeta". Este discurso, geralmente, é considerado como um e@trato do ?ermão da =ontanha, porém,não é essencial considerá+lo como tal. 7 ?enhor, com muita ra5ão, pode ter falado do mesmo assunto e emquase as mesmas palavras em ocasiAes diferentes. &s palavras foram dirigidas, principalmente, a seusdisc6pulos, mas também Js outras pessoas no alcance de sua vo5. :iveram uma oportunidade de levar consigo as verdades áureas que o ?enhor proferiu. Mem+aventurados os pobresF Não tanto os que são pobresem bens deste mundo, ainda que os verdadeiros pobres se acham, via de regra, entre estes, mas aqueles quesão pobres de esp6rito, que não t/m nem acham neles e nem no mundo inteiro o que de fato pode deleitar 

suas almas. Este pobre5a tem uma promessa gloriosaF ois vosso é o reino de eus. 3eceberão as verdadeirasrique5as da graça de eus em #isto 4esus. Mem+aventurados os que agora t/m fomeF Não se fala de fomef6sica, mas daquele dese;o mais urgente pelo alimento do alto, a fome e a sede por ;ustiça. Eles serão fartosF&s abundantes rique5as da bele5a da mesa de eus são deles. Mem+aventurados os que agora choramF&queles que agora sentem profundamente a desgraça dos pecados e suas conseqU/ncias e por causa delesvivem em constante triste5a. ois eles hão de rirF & alegria do 3edentor será deles, enchendo+os de felicidadeque ultrapassa toda compreensão humana. Mem+aventurados sois, se as pessoas vos odeiam) se mostram este8dio por se retirar de v8s, condenando+vos ao ostracismo, como se f<sseis pessoas afligidas por alguma

2 ) Messer, 3iel"tunden, 1. 2=*22.

Page 41: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 41/166

enfermidade maligna) se, por causa do ?alvador, vos vituperam e banem vosso nome deles e do seu meio. NotemosF & amalgamação do mundo com a igre;a tem sido tão completa e chegou ao ponto, que um talisolamento é raro em nossos dias, Hpara vergonha nossaOG. essoas que se chamam cristãs querem, antes,confinar seu cristianismo e sua confissão e prática a algumas horas do domingo, do que carregar o opr8briodo ?enhor, por amor ao ?alvador. 7 esp6rito do mart6rio parece que abandonou totalmente a igre;a.iariamente são praticadas negaçAes de #risto, e raras são as confissAes por amor aos princ6pios cristãos.3ego5i;ai naquele dia e saltaiF Este é motivo de ser feli5, a saber, que o mundo se nega reconhecer os cristãos

como pertencentes a ele, que os acusa de mesquinhe5 e intolerDncia e que isto é que os afasta dele) esta éuma evid/ncia de confissão cristã. ois, eis, vosso galardão será grande no céu. E@atamente porque é umgalardão gracioso, ele será tanto mais bem+vindo. uando cristãos sofrem uma tal perseguição, eles s8seguem as pisadas dos antigos mártires, daqueles que preferiram a morte do que negar ao ?enhor e Jsdoutrinas e práticas cristãs.

Rm triplo ai, !. 2) Ia" ai de v&", o" rico"J Por#ue tende" a vo""a con"ola%ão. 24) 0i de v&" o" #uee"tai" agora farto"J Por#ue virei" a ter fome. 0i de v&" o" #ue agora ride"J Por#ue avei" de lamentar ecorar. 26) 0i de v&", #uando todo" vo" louvaremJ Por#ue a""im $rocederam "eu" $ai" com o" fal"o" $rofeta".  &i de v8s pessoas ricasO ois tendes o vosso conforto antecipado. >sto, como tantas ve5es naEscritura, =c. %2.0) %.:m. '. *, é dito daqueles que colocam sua confiança no seu dinheiro. 7 cristão que érico não pensa em colocar sua fé no mamom. Ele sabe que na realidade não e o proprietário dos bensanotados sob seu nome, mas que é o administrador de eus, sendo que suas responsabilidades aumentam

quanto maior é o volume de rique5as que se di5 serem suas. Ele precisa dar contas no dia final. or isso,aqueles pessoas que consideram como sua a rique5a, com a qual podem fa5er o que quiserem e usá+las, tendoesta idéia em mente, para que tenham seu bem ;á no tempo da vida presente, Lc. %'.(, essas t/m nisso oúnico refrigério que possam conseguir, 48 0%. $. Elas podem parecer satisfeitas e tentar persuadir a simesmas e aos outros, de que são feli5es) mas, o que di5er sobre o mundo que há de virS &i de v8s que estaischeios, pois havereis de ter fome. &queles que buscam satisfa5er todos os seus dese;os nesta vida e sãorecompensados de tal modo que alcançam tudo o que dese;avam, t/m reali5ada sua ambição. orém sofrerãofome por toda a eternidade. &i de v8s que agora rides) pois, v8s lamentareis e chorar6eis. 7s que t/m o lemaF#omamos, bebamos e folguemos, pois amanhã estaremos mortos, e que vivem de acordo com isto, podemassumir uma ruidosa felicidade no go5o dos pra5eres deste mundo. Kem, porém, o tempo, quando precisarão prestar contas de cada momento que gastaram na concupisc/ncia da carne, na concupisc/ncia dos olhos e nasoberba da vida. Então haverá choro e ranger de dentes. 7 último ai é um que é dirigido especialmente aosap8stolos. ?e todos falarem bem deles e os louvarem, a possibilidade e@iste que eles omitiram uma parte doseu dever, ou se;a, o que pertence a denúncia cora;osa do pecado. >sto sempre foi uma caracter6stica especialdo trabalho dos falsos profetas, que eles pregam conforme as coceiras dos ouvidos do povo, .:m. $.0) E5.%0. %-+2) >s. ('. %2. >sto não é uma recomendação, mas a mais severa censura que podia ser proferida sobreo trabalho dum pastor, que ele não fere a ninguém, e que ninguém o fere.

& lei do amor, !. 27) ;igo*vo", $orm, a v&" outro" #ue me ouvi"D 0mai o" vo""o" inimigo", fazei oem ao" #ue vo" odeiam< 28) endizei ao" #ue vo" maldizem, orai $elo" #ue vo" caluniam. 2-) 0o #ue teate numa face, oferece*le tamm a outra< e ao #ue tirar a tua ca$a, dei+a*o levar tamm a tnica< =)dá a todo o #ue te $ede< e "e algum levar o #ue teu, não entre" em demanda. 1) >omo #uerei" #ue o"omen" vo" fa%am, a""im fazei*o v&" tamm a ele". &qui há um contraste duploF 4esus havia proferido seusais contra várias classes de pessoas, mas isto não daria a outros qualquer direito de agir de modo arbitrário,segundo sua pr8pria interpretação daquilo que foi dito. Ele se dirigira, principalmente, aos seus disc6pulos,mas agora, propositalmente, inclui todos quantos ouviram seu discurso. :odos quantos, naquela hora,

estavam na esfera do alcance de sua vo5, e todos quantos ho;e estão na posição de ouvir suas palavras,devem observar a lei do amor em relação aos seus inimigos. 7 contraste enfati5a em tudo o ponto que 4esusdese;a fa5erF &mar, não aos amigos, visto que nisto não é necessária qualquer recomendação, mas aosinimigos) de fa5er o bem, não aos que nos mostram todas as formas de bondade, visto que nisso o ato deretribuir é evidente, mas para aqueles que nos odeiam) de abençoar não os que nos querem bem, pois nissoretribu6mos os cumprimentos, o que é algo bem normal, mas Jqueles que acumulam sobre v8s imprecaçAes emaldiçAes) de orar, não por aqueles cu;a bondosa solicitude nos circunda a cada dia, visto que nisso arecordação, via de regra, é realidade, mas aos que espalham calúnias a nosso respeito. Não é preciso di5er,que estas prescriçAes éticas de #risto precisam ser e@plicadas no esp6rito de #risto, pois ele é o e@emplomais nobre e melhor. &lguns e@emplos práticos, para ilustrar a esfera de ação dos preceitosF &o que fere uma

Page 42: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 42/166

face, a outra deve ser oferecida) ao que J força tira a capa, a outra não deve ser retida) ao que nos pede,devemos dar) o que é tomado J força, devemos renunciar cordialmente. & brandura cristã deve chegar a este ponto em casos individuais, e onde também não cometido qualquer dano a outros. ois, todas estas regras precisam ser entendidas J lu5 da regra áureaF #omo quereis que os outros vos façam, assim agi para comeles. !7 ?alvador dá uma pedra de toque nas mãos de seus disc6pulos, por meio da qual podiam provar a simesmos, para ver se sua conduta para com os vi5inhos e inimigos estava de acordo com suas obrigaçAes. ?eu pronunciamento não contém um princ6pio, senão s8 a pedra de toque da moralidade, visto que se refere,

unicamente, a uma forma e@terior de agir. Lá onde ela deve ser usada, convém descobrirmos nela uma preceito claro, simples e universal da sabedoria prática de vida, que é inteiramente apropriado ao prop8sito para o qual o ?alvador o deu"$0G.

& aplicação da regra áurea, !. 2) e amai" o" #ue vo" amam, #ual a vo""a recom$en"aG Por#ueat o" $ecadore" amam ao" #ue o" amam. ) e fizerde" o em ao" #ue vo" fazem o em, #ual a vo""arecom$en"aG 0t o" $ecadore" fazem i""o. ) E "e em$re"tai" C#uele" de #uem e"$erai" receer, #ual avo""a recom$en"aG amm o" $ecadore" em$re"tam ao" $ecadore", $ara receerem outro tanto. 4) 0mai,$orm, o" vo""o" inimigo", fazei o em e em$re"tai, "em e"$erar nenuma $aga< "erá grande o vo""o galardão, e "erei" filo" do 0lt'""imo. Poi" ele enigno at $ara com o" ingrato" e mau". Não deve ser esperado de eus qualquer favor ou especial recompensa misericordiosa, se amamos apenas aqueles que nosamam. Neste caso e@iste a condição do dar e receber que recompensa as pessoas envolvidas. E essa prova deamor não é nada de e@traordinário, pois que, até, os pecadores, os e@clu6dos, que não professam qualquer 

moralidade cristã, fa5em isto entre si. 7 mesmo é verdade, se n8s fa5emos o bem, quando outros o fi5eram an8s. Então não há, nem ao menos, o sentimento de hilaridade e alegria sobre a boa ação que no caso nos vaina alma. ?ocorrer a alguém que está em dificuldade, o mero emprestar dinheiro pode ser uma espécie deego6smo, visto ser feito não s8 com o ob;etivo de ter o capital devolvido, mas também para obter ;uros. & leido amor, em tal caso, requer, antes, que a;udemos livremente, sem qualquer e@pectativa de retorno. uandoo irmão toma pé novamente, ele devolverá novamente o dinheiro recebido ou repassará a bondade. 7nde estáenvolvido o caráter e@clusivamente cristão nas obras, lá a bondade deve ser a de puro altru6smo. T por essemotivo, que é instado o amor aos inimigos, e o fa5er o bem onde não se espera o retorno. ois, então, arecompensa misericordiosa do ?enhor será correspondentemente grande, e chegaremos mais perto da menteque há em nosso bom e gracioso ai no céu. N8s, como filhos do &lt6ssimo, devemos atestar os traços e ascaracter6sticas do bom eus. ois, também ele, em sua provid/ncia, é bom e generoso, até mesmo, aosingratos e maus. E nosso ai nos estenderá seus favores em medida plena, aqui no tempo e, depois, naeternidade.

& medida da compai@ão, !. 6) ede mi"ericordio"o", como tamm mi"ericordio"o vo""o Pai. 7) /ão :ulguei", e não "erei" :ulgado"< não condenei", e não "erei" condenado"< $erdoai, e "erei" $erdoado"<8) da', dar*"e*vo"*á< oa medida, recalcada, "acudida, tran"ordante, genero"amente vo" darão< $or#uecom a medida com #ue tiverde" medido vo" medirão tamm. os cristãos se requer, não s8 generosidade bondade, mas, também, miseric8rdia e compai@ão, que são algo daquela qualidade divina que em #risto o?alvador teve compai@ão de n8s. >sto incluirá refrear+se do não autori5ado ;ulgar e condenar de nosso pr8@imo, de sua pessoa e modo de viver. &lgumas formas de ;ulgamento são requeridas pela Escritura, comose;a, do irmão que erra, =t. %-. %(, o de alguém que está num of6cio público numa forma democrática degoverno, e outros. =as, no que di5 respeito J vida pessoal e Js transgressAes do pr8@imo, precisamos praticar o perdão, se dese;amos receber perdão. recisamos dar, se esperamos receber. & medida da generosidadegraciosa de eus é enchida na proporção da nossa bondosa compai@ãoF uma boa medida, comprimida,chocalhada e transbordante será nossa porção, se praticamos a generosidade de que recebemos e@emplos tão

abundantes em nossas vidas. ?ão colocados, lado a lado, a generosidade de nossa pr8pria nature5a e aamabilidade do esp6rito de eus, para o nosso est6mulo, visto que o pensamento de sua plena redenção nosdeve ser um incentivo, ?l. %02. 1. !7nde não se encontra esta miseric8rdia, lã não há fé. ois, se o teucoração está cheio de fé que sabes que teu eus se mostrou assim para contigo, com uma tal miseric8rdia e bondade, sem teu mérito e totalmente de graça, quando tu ainda eras seu inimigo e um filho da maldiçãoeterna) se cr/s isto, então não podes refrear+te de mostrar+te da mesma maneira ao teu pr8@imo, e tudo isto por amor a eus e pelo bem do teu pr8@imo. K/, pois, que não faças qualquer diferença entre amigos einimigo, digno e indigno) pois, v/s que todos os que aqui foram mencionados mereceram o oposto de nosso

 ) ?chaff, >ommentar?, RuBe, 1=.

Page 43: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 43/166

amor e generosidade."$$ G. !or isso, se teu irmão é um pecador, encobre seus pecados e roga por ele.?e revelas seus pecados, na verdade, não és um filho do ai misericordioso, pois, do contrário, tu lhe seriasmisericordioso. #ertamente é verdade, que não conseguimos mostrar tal miseric8rdia ao nosso pr8@imo,como eus nos mostrou) mas isto é a nossa imensa fraque5a, a saber, que agimos contrário J miseric8rdia) eisto é sinal certo que não temos miseric8rdia"$(G.

itos parab8licos, !. -) Pro$K"*le" tamm uma $aráolaD Pode $orventura um cego guiar aoutro cegoG /ão cairão amo" no arrancoG =) O di"c'$ulo não e"tá acima do "eu me"tre< todo a#uele,

 $orm, #ue for em in"tru'do "erá como o "eu me"tre. 1) Por #ue vF" tu o argueiro no olo de teu irmão, $orm não re$ara" na trave #ue e"tá no teu $r&$rioG 2) >omo $oderá" dizer a teu irmãoD ;ei+a, irmão,#ue eu tire o argueiro do teu olo, não vendo tu me"mo a trave #ue e"tá no teuG 5i$&crita, tira $rimeiro atrave do teu olo e então verá" claramente $ara tirar o argueiro #ue e"tá no olo de teu irmão. 7 dito proverbial sobre as pessoas cegas, que tentam guiar outras que são afligidas pela mesma calamidade, é, aqui,aplicado para aqueles que não t/m a correta compreensão de miseric8rdia e bondade e nem de sua aplicaçãoem seu relacionamento com o pr8@imo. :odo aquele que dese;a mostrar a outrem o caminho e instrui+lo aandar corretamente, esse, primeiro, precisa ter a correta compreensão. ois, o disc6pulo não está acima de seumestre. Não aprenderá mais do que seu mestre sabe e pratica. &quele que presume ensinar outros, esse nãodeve demandar mais deles do que o que ele é capa5 de desempenhar. 7 mestre é o padrão do disc6pulo)quando o ultimou chegou a esta perfeição, ele se dá por satisfeito. or isso vigia contra o ;ulgamento e acondenação inclementes. &quele que sempre está pronto a criticar, censurar e condenar, é um que logo

en@erga o cisco, aquele pouquinho de p8, no olho de seu irmão, e sente a maior preocupação pelo seu irmãoe pelo bem+estar do irmão, até que conseguiu remover o p8 insignificante, enquanto que ele pr8prio, durantetodo o processo, tem uma trave em seu pr8prio olho, o que o impede de ver com clare5a. 7 ?enhor chama tal pessoa de hip8crita, ou um ator da pior espécie, visto que sua pr8pria fraque5a e condição o tornamimpr8prio para ser um ;ui5 imparcial. 7s provérbios em voga ho;eF ue cada um varra primeiro diante de sua pr8pria casa) e, os que vivem em casa de vidro no devem atira pedras, de modo muito pr8prio repetem osentido das in;unçAes do ?enhor. #f. =t. 1. 0. !or isso um cristão devia e@ercitar+se diferente. uandoen@erga o cisco no olho do irmão, deve, primeiro, antes de ;ulgar, correr ao espelho e e@aminar+secuidadosamente. &li ele achará traves tão grandes a ponto de se poder fa5er delas cochos de comida dos porcos, assim que se sente obrigado a e@clamarF ue é istoS =eu pr8@imo me magoa uma ve5 por trimestre, por semestre ou por ano, eu, porém, fiquei velho e nunca guardei os mandamentos de eus, sim, transgredi+os a cada hora e instante. #omo posso ser um patife tão insensatoS :odos os meus pecados são imensoscarvalhos, e o miserável cisco e pequenino pé no olho de meu irmão me incomoda mais do que minha traveimensaS >sto não deve acontecer. reciso, antes de tudo, ver como me livrar do meu pecado. #om isto tereitanto a fa5er, que, com certe5a, me esquecerei do pequenino cisco. ois, sou desobediente a eus, aogoverno, a pai e mãe, ao professor e nisso persisto e não cesso de pecar. E, ainda, quero ser impiedoso contrao meu pr8@imo e não quero tolerar uma s8 palavraS V, nãoO #ristãos não devem agir assim."$'G

Rma implicação adicional, !. ) /ão á árvore oa #ue dF mau fruto< nem tão $ouco árvore" má#ue dF om fruto. ) Por#uanto cada árvore conecida $elo "eu $r&$rio fruto. Por#ue não "e colem figo" de e"$ineiro", nem do" arolo" "e vindimam uva". 4) O omem om do om te"ouro do cora%ãotira o em, e o meu, do mau te"ouro tira o mal< $or#ue a oca fala do #ue e"tá ceio o cora%ão.  7 coraçãoduma pessoa é como uma árvore, cu;os frutos são as obras da pessoa. T nature5a duma \]arvore boa produ5ir  bom fruto. T nature5a duma árvore fraca e má produ5ir fruto mau. Rma árvore se ;ulga pelo seu fruto. &tentativa de ;untar figos dos espinheiros é tão tolo como procurar uvas nos abrolhos. Mem assim, uma pessoacu;o coração foi renovado pela fé e, assim, foi transformado num coração verdadeiramente bom, produ5irá

do seu bom coração boas obras que suportarão a avaliação de eus. outro lado, uma pessoa cu;o coraçãonão foi mudado pela fé e, por isso, é perverso diante de eus, produ5irá tão s8 as obras que serãocondenadas diante dele. #omo é o coração, assim é o que se fala, cf. ?l. 0'. %.

Em conclusão, uma advert/ncia, !. 6) Por #ue me camai", enor, enor, e não fazei" o #ue vo"mandoG 7) odo a#uele #ue vem a mim e ouve a" mina" $alavra" e a" $ratica, eu vo" mo"trarei a #uem  "emelante. 8) W "emelante a um omem #ue, edificando uma ca"a, cavou, ariu $rofunda vala e lan%ou oalicerce "ore a roca< e, vindo a encente, arro:ou*"e o rio contra a#uela ca"a, e não a $Kde aalar, $or  ) Lutero, 11. 1274< 1. 78.4 ) Lutero,  11. 1281.6 G Lutero, 1. 74=.

Page 44: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 44/166

ter "ido em con"tru'da. -) Ia" o #ue ouve e não $ratica "emelante a um omem #ue edificou uma ca"a "ore a terra "em alicerce", e arro:ando*"e o rio contra ela, logo de"aou< e aconteceu #ue foi grande aru'na da#uela ca"a. T uma palavra de rigorosa seriedade para aqueles que fa5em do cristianismo uma meraconfissão, mas não uma profissão que praticam, que fa5 protestos eloqUentes de lealdade a #risto, mas quenão reforçam suas palavras com provas concretas. T a forma mais miserável de contradição, contradi5er comcada ato de vida o que se assevera veementemente se sua convicção. No final, o mero confessor verá sua casade papel e de hipocrisia caindo+lhe sobre a cabeça. ara fi@ar este fato em seus ouvintes, #risto, numa

 parábola, coloca diante deles dois homens. 7 primeiro quis construir uma casa. or isso cavou e cavou, atéque teve a certe5a que chegou J rocha firme. &li lançou uma fundação s8lida, sobre a qual começou aconstruir sua casa. & seguir veio o teste. >rrompeu uma enchente semelhante Js vagas do mar, e as águasfuriosas lutaram com força contra as fundaçAes da casa, mas não puderam mov/+la. Estava bem constru6da,tendo solide5 firme. Esta é a fé duma pessoa que de coração confia em 4esus, como seu ?alvador. 7 segundohomem também quis construir uma casa. Este, porém, colocou os barrotes e caibros no chão sem qualquer fundação. #onstruiu a esmo na superf6cie da terra. uando a corrente5a violenta da enchente deu contra estaedificação para arrancar suas paredes, ela veio abai@o e tombou rapidamente, sendo grande sua queda. Esta éa fé e o fado duma pessoa que confessa #risto s8 com os lábios e se lhe apro@ima s8 com a boca. Em temposde tensão e perigo, quando as tempestades da vida batem contra o coração fraco, há somente uma rocha queagUenta a todo o vendaval e este é 4esus #risto, o único ?alvador da humanidade. &prender a colocar suaconfiança no 3edentor e no evangelho glorioso da redenção pelo seu sangue precisa ser o esforço constante

de cada cristão. E o verdadeiro crente não se satisfará como um mero começo, mas cavará e aprofundará seuconhecimento da palavra e da vontade de eus, para que possa estar preparado para os dias maus, e para ashoras no vale da sombra da morte.Resumo: 4esus tem duas disputas com escribas e fariseus sobre a observDncia do sábado e as obras que nelesão permitidas, seleciona seus do5e ap8stolos, reali5a muitos milagres, e ensina os ap8stolos e muitas pessoas reunidas na encosta do monte.

 Ca$%tulo *

O >enturião de >afarnaum, Lc. 1. %+%2.

& oração do centurião, !. 1) endo e"u" conclu'do toda" a" "ua" $alavra" dirigida" ao $ovo, entrouem >afarnaum. 2) E o "ervo de um centurião, a #uem e"te muito e"timava, e"tava doente, #ua"e C morte. )endo ouvido falar a re"$eito de e"u", enviou*le algun" ancião" do" :udeu", $edindo*le #ue vie""e curar o "eu "ervo. ) E"te", cegando*"e a e"u", com in"tUncia le "u$licaram, dizendoD Ele digno de #ue le fa%a" i"to< 4) $or#ue amigo do no""o $ovo, e ele me"mo no" edificou a "inagoga. 4esus concluiu seu longodiscurso. 9oi dirigido para que o povo o ouvisse. Não s8 deviam ouvir desatentamente para então, em poucosminutos, esquecer a todos os preceitos, mas o seu ouvir e entender deviam apegar+se nestas grandesverdades, para que se tornassem a propriedade da mente e fossem recebidas na alma. &lgum tempo depois4esus entrou em #afarnaum. =orava nesta cidade certo centurião, um oficial duma guarnição romana láestacionada, provavelmente, por causa da grande estrada real que de amasco passava por ali para o =ar =editerrDneo. Este oficial romano chegara a familiari5ar+se com os livros dos ;udeus e com as esperançasmessiDnicas das quais sempre falavam. :ambém chegara J conclusão que 4esus, por cu;a mão eramreali5ados milagres tão grandes por toda a Caliléia, precisava ser o prometido =essias. Este centurião tinhaum servo que, mesmo sendo um escravo, lhe era muito caro, pois que ele era um patrão muito humano. Este

servo estava mal, J morte. Kisto que as not6cias sobre a atividade de #risto, que de tempos em temposchegavam ao oficial, lhe haviam dado a convicção que aqui estava o prometido grande profeta dos ;udeus,ele enviou nesse momento uma delegação a 4esus. 7s homens que enviara, cumpriram sua missão, porquefalaram em seu nome, sendo ele quem falava por meio deles, =t. -. (. Eram anciãos do povo, provavelmenteoficiais da sinagoga, pois nem todos os l6deres ;udeus se uniram na campanha de 8dio contra 4esus. Esteshomens e@ecutaram, de modo muito hábil, os dese;os do centurião. Não s8 e@pressaram a oração sincera queo ?enhor viesse e restaurasse o servo J saúde plena, mas também adicionaram mais algumas ra5Aes, dando osmotivos que deviam levar 4esus a conceder+lhes o pedido. eclararam que o centurião era digno de socorro,visto não ser um daqueles romanos orgulhosos que irritavam e oprimiam aos ;udeus a todo o momento, mas,antes, amava a nação. 4á vivia a tanto tempo entre eles, que nele ;á nascera um gosto genu6no pela doutrina e

Page 45: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 45/166

as instituiçAes deles. Este afeto tomara forma na construção duma sinagoga aos ;udeus, como prova deconsideração. !& eutsche 7rientgesellschaftP, que reali5ava escavaçAes no Egito, na Mabil<nia e &ss6ria,assumiu a pesquisa sobre os escombros de antigas sinagogas na Caliléia e a 4aulan. Entre estas escavaram asru6nas da sinagoga em :ell Bum ;unto ao =ar da Caliléia, o local provável de #afarnaum. Encontraram osrestos duma sinagoga, que devia ter sido bela e fora constru6da no quarto século &.. ebai@o dela está ochão dum edificação ainda mais antiga. Esta é, provavelmente, a sinagoga em que ocorreram tantos dosincidentes do ministério de #risto em #afarnaum, sendo a única constru6da por um centurião romano".$1G.

& fé do centurião, !. 6) Então e"u" foi com ele". E :á $erto da ca"a, o centurião enviou*le amigo" $ara le dizerD enor, não te incomode", $or#ue não "ou digno de #ue entre" em mina ca"a. 7) Por i""o eume"mo não me :ulgo digno de ir ter contigo< $orm manda com uma $alavra, e o meu ra$az "erá curado. 6) Por#ue tamm eu "ou omem "u:eito C autoridade, e teno "oldado" C" mina" orden", e digo a e"teD !ai, eele vai< e a outroD !em, e ele vem< e ao meu "ervoD Laze i"to, e ele o faz. -) Ouvida" e"ta" $alavra",admirou*"e e"u" dele e, voltando*"e $ara o $ovo #ue o acom$anava, di""eD 0firmo*vo" #ue nem me"mo em 9"rael acei f como e"ta. 1=) E, voltando $ara ca"a o" #ue foram enviado", encontraram curado o "ervo.Rma estranha discordDnciaO 7s anciãos ;udeus declaram que ele é digno, mas o centurião di5 que não édigno. >nsinuaram em seu pedido que para 4esus o melhor seria vir com eles, e ele, conseqUentemente, foicom eles. 7 oficial, porém, sustenta que tanto inc<modo e transtorno da parte de #risto era honra demais para ele. uando o centurião recebeu a not6cia que 4esus em pessoa vinha, o que era algo com o que ele nãocontava, o temor de sua indignidade tomou conta dele. 4esus ;á estava bem perto. or isso o romano envia

rápido outros amigos para interceptá+lo, di5endo que 4esus não se incomodasse, que não se desprendesse pessoalmente em vir. Ele, como o hospedeiro, e sua casa como sala de recepção do &lt6ssimoF >sto tudo lhe parecia inadequado. 9ora esse também o motivo, que não viera pessoalmente, mas enviara uma delegação para implorar ao ?enhor. NotemosF 7 argumento do centurião é um e@emplo de humildade, em especial,visto que não concluiu, mas fa5 sua ob;eção tão evidente que o efeito é tanto mais irresist6vel. uanto a simesmo era mero homem, mas #risto era o ?enhor do céu. uanto a si era um homem sob autoridade,vivendo num estado de constante subordinação, mas #risto era o 3ei dos reis, o ?enhor dos senhores. &indaassim, o centurião podia das ordens que, quando dadas, seus soldados e seu escravo precisavam cumprir imediatamente. & isso chegava a autoridade dum simples homem. #om certe5a, estava aqui um caso claroFi5e somente uma palavra, ou se;a, uma única palavra, e a enfermidade precisará obedecer tua vontadeonipotente. uem tem a fé verdadeira e viva em seu coração, esse se conscienti5a de sua pr8pria indignidadee fraque5a diante do ?enhor, mas, ainda assim, não duvida, mas confia firmemente que o ?enhor dos céus oama e cordialmente lhe a;udará. uem cr/ entende o que é miseric8rdia, e que a miseric8rdia de eus éintentada para aqueles que estão sem dignidade e sem mérito.

Este argumento de fé convenceu a 4esus, que se encheu de admiração. Koltou+se para a multidão queo seguia, e disseF igo+vos, nem mesmo em >srael achei tal fé. Em meio ao povo escolhido, a que haviamsido confiadas as palavras da revelação de eus, a maioria, se não todos, deviam sentir+se como este oficialromano se sentia, mas, aqui, foram envergonhados por um e@clu6do. 4esus, em sua alegria sobre este raroachado, falou a palavra pela qual o centurião rogara. uando os que haviam sido enviados, retornaram J casado centurião, encontraram o servo doente restabelecido J plena saúde. &ssim foi recompensada a fé destegentio. & fé sempre se agarra a #risto, o &mparador e ?alvador onipotente e terno. E assim aceita de #ristosocorro e conforto, graça e todo o bem. & fé se ap8ia inteiramente na alavra, e, por isso, se apropria eentesoura para si tudo o que a alavra promete.

 He""u"citando o Lilo da !iva, Lc. 1. %%+%1.

7 milagre, !. 11) Em dia "u"e#Yente dirigia*"e e"u" a uma cidade camada /aim, e iam com eleo" "eu" di"c'$ulo" e numero"a multidão. 12) >omo "e a$ro+ima""e da $orta da cidade, ei" #ue "a'a oenterro do filo nico de uma viva< e grande multidão da cidade ia com ela. 1) !endo*a, o enor "ecom$adeceu dela e le di""eD /ão core"J 1) >egando*"e, tocou o e"#uife e, $arando o" #ue o conduziam,di""eD ovem, eu te mandoD Revanta*te. 14) entou*"e o #ue e"tivera morto e $a""ou a falar< e e"u" ore"tituiu a "ua mãe. 4esus, depois que curara o servo do centurião, não permaneceu em #afarnaum. ois, ;áno dia seguinte, encontramo+lo apro@imando+se do pequeno povoado de Naim, que, ficava na mesma

7  ) Marton, 0rceolog? and te 3ile, -8.

Page 46: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 46/166

distDncia entre Na5aré e o =onte :abor, mas mais ao sul. ?eu nome, Kale de Mele5a, dá alguma idéia sobreos arredores, tal como eles também foram descritos pelos antigos historiadores da igre;a. 4esus esteveacompanhado, não s8 por grande número de seus disc6pulos mas também por uma grande multidão de gente.uando chegaram perto dos portAes da cidade, uma visão triste caiu em seus olhos, um corte;o fúnebre esta, bem naquele momento, dei@ando a cidade, rumo ao cemitério fora dos portAes. Este era um funerale@cepcionalmente triste, visto que a pessoa morta era o filho único, e sua mãe era viúva. :anto o esposocomo o filho haviam sido levados pela morte. ?ua situação mereceu a condol/ncia dos demais habitantes da

cidade, dos quais muitos foram com ela J sepultura. !Esta mulher carregava dois infortúnios. rimeiro, ela éuma viúva. ?8 isto é desdita suficiente para uma mulher, que está desolada e so5inha e não tem mais consigoquem a possa confortar. T por este motivo que na Escritura eus, muitas ve5es, é chamado pai de viúvas e8rfãos, como no ?l. '-. ') %$'. *, onde está dito que o ?enhor preserva aos estrangeiros) ele ampara o 8rfão ea viúva. ?egundo, ela tem um único filho, o qual morre diante de seus olhos, mesmo que ele lhe fosse seuconforto. T desta maneira que eus age aqui, e lhe tira o esposo e o filho. Ela teria gostado muito mais, se perdesse a casa e o lar, sim, até mesmo seu pr8prio corpo, do que seu esposo e filho.... >sto, porém, nos éretratado, para que aprendamos que perante eus nada é imposs6vel, chame+se isto de perda, adversidade ouira, por severas que se;am, e recordemos que eus, Js ve5es, permite que a punição venha de modo igualsobre ;ustos e in;ustos. ?im, que ele permite que os maus repousem num ;ardim de rosas e tudo que fa5emflui fácil, mas se comporta em relação aos ;ustos como se estivesse irado com ele e não os quisesse mais" . $-G NotemosF Bá um grande contraste entre a procissão que, em passos tristes e lamentosos, dei@a a cidade, e

aquele que, feli5 porque o ?enhor está em seu meio, está prestes a entrar na cidade. #omo Lutero di5, aqui o?enhor ousadamente se coloca no caminho da morte, como o oderoso que tem autoridade e poder sobre ela.:ambémF Em #afarnaum é a filha de 4airo, não mais do que uma menina, que recém fechou seus olhos namorte) em Naim é um ;ovem, na força do incipiente vigor viril, cu;o corpo está a caminho do sepultamento)em MetDnia é um homem nos melhores anos que está a repousa por quatro dias na sepultura com certe5a hásuficiente divindade nestes milagres de ressuscitar os mortos.

uando 4esus viu a procissão fúnebre e se apercebeu da grande triste5a deste sepultamento, seucoração se moveu de profunda compai@ão pela mãe consternada. Ele tinha todos os sentimentos dumverdadeiro homem, e aqueles sentimentos que em nosso caso são e@pressos s8 imperfeitamente e sem o percebermos, ele os mostrou sem reserva, Bb. $. %(. ?ua palavra para a viúva foiF !Não choresO" #om quee@pressão da mais cordial compai@ão deve o ?enhor ter dito esta palavra, e quão plenamente a pobre mulher compreendeu a cordialidade da saudação e de seu poder, a que se agarrouO uando estamos em grandetriste5a e aperto, o ?enhor, muitas ve5es e bem da mesma forma, nos recorda de alguns dos vers6culos e passagens da Escritura, que aprendemos em nossa ;uventude ou em certa ocasião lemos, para nos servirem deintrodução ao au@6lio que ele nos concede graciosamente. & seguir, 4esus se dirigiu até a armação sobre aqual o morto estava deitado, e tocou o cai@ão. & mão da Kida bateu na cDmara da morte. 7s que carregavamo cai@ão pararam ao toque da mão do ?enhor. Então 4esus, como o ?enhor da vida e da morte, deu umaordem perempt8riaF 4ovem, digo+teF LevantaO Ele falou ao morto, como se s8 estivesse dormindo. #om a palavra de 4esus a alma é reunida ao corpo, e a morte precisa entregar sua presa. E o homem morto, ;á paraser sepultado, de repente sentou e começou a falar. Ele foi restaurado J vida. E 4esus o devolveu J sua mãe erestaurou J viúva aquele único tesouro que lhe sobrara na vida. Ela havia sido !envolvida com grandes dorese muito terror, a ponto de poder ter pensado que eus, céu e terra e tudo o mais eram contra ela. E, porqueela olha as coisas através de sua carne, precisa concluir que lhe é imposs6vel poder ser livrada de seu temor.=as, quando seu filho foi acordado da morte, então o único sentimento que a dominou, foi, como se céus eterra, florestas e pedras e tudo o mais estava feli5 com ela. Então ela esqueceu toda dor e triste5a, porque

tudo desapareceu, como acontece como uma fagulha de fogo que cai no meio do oceano".$*G No último dia,quando o ?enhor retornará para o ;u65o, ele deterá a imensa procissão que avança por todo o mundo,devolverá os mortos J vida, sarará todas as feridas que a morte ocasionou e reunirá todos quantos a morteseparou. Então não haverá mais morte, nem triste5a, nem choro, nem qualquer dor, &p. %. $. Esta é aesperança dos cristãos. Enquanto estão neste vale de lágrimas, agarram+se nesta esperança do evangelho.Então, porém, esta esperança será cumprida e revelada neles.

8 ) Lutero, 11. 16-, 166= (cf. alemão).- ) Lutero, 11. 164.

Page 47: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 47/166

7 efeito do milagre, !. 16) odo" ficaram $o""u'do" de temor, e glorificavam a ;eu", dizendoDArande $rofeta "e levantou entre n&", eD ;eu" vi"itou o "eu $ovo. 17) E"ta not'cia a re"$eito dele divulgou* "e $or toda a udia e $or toda a circunvizinan%a. iante desta manifestação de onipotente poder, o qualviram com seus pr8prios olhos, caiu sobre as pessoas e tomou conta delas temor e pavor sobre osobrenatural. ?entiram a presença de eus neste Bomem de Na5aré. Não, porém, reconheceram nele o=essias, apesar da grande5a do milagre. roclamaram+no meramente como um grande profeta. #onsideraramsua vinda, tão s8, como uma visitação da graça de eus. ?ua fé e compreensão nem de longe alcançou a do

centurião de #afarnaum. Rm mero reconhecimento e aceitação de 4esus, como sendo um grande profeta ereformador social, ;amais são o suficiente. :odas as pessoas precisam saber, que ele é o único ?alvador domundo. :ão s8 este conhecimento e confiança trarão salvação.

 0 Emai+ada de oão 3ati"ta, Lc. 1. %-+0(.

& pergunta do Matista, !. 18) oda" e"ta" coi"a" foram referida" a oão $elo" "eu" di"c'$ulo". E  oão, camando doi" dele", 1-) enviou*o" ao enor $ara $erguntarD W" tu a#uele #ue e"tava $ara vir, ouavemo" de e"$erar outroG 2=) Quando o" omen" cegaram :unto dele, di""eramD oão 3ati"ta enviou*no" $ara te $erguntarD W" tu a#uele #ue e"tava $ara vir, ou e"$eraremo" outroG epois que 4oão teve certe5a daidentidade de #risto, 4o. %. *+0%, empenhara+se de coração para fa5er com que seus disc6pulos seguissem a4esus. Rns poucos foram e se ;untaram Js fileiras dos disc6pulos do ?enhor. &lguns, porém, se recusaram

renunciar sua fidelidade a 4oão. Não conseguiam distinguir entre o que era essencial e não essencial. ?entiamque a vida austera de 4oão Matista pertencia J substDncia dum viver moral. =uitos deles, porém, suspeitavamde #risto e relataram a 4oão o que ;ulgavam bem queriam. 7 grande milagre da ressurreição do ;ovem de Naim fi5era profunda impressão sobre eles, fa5endo com que corressem J prisão onde 4oão estava para lhedar um relat8rio sobre este último feito milagroso. #om isto 4oão ;ulgou que chegara a hora apropriada paraum último esforço para guiar seus disc6pulos a 4esus. or este motivo comissionou dois deles para irem a4esus com a perguntaF :u que estás aqui, és tu aquele que devia vir, ou se;a, o prometido =essias, ou precisamos esperar e nos preparar para um outroS 7s disc6pulos de 4oão cumpriram sua ordem com muitafidelidade, repetindo as pr8prias palavras de seu mestre.

& refer/ncia de #risto sobre a profecia, !. 21) /a#uela me"ma ora curou e"u" a muito" demol"tia" e flagelo" e de e"$'rito" maligno"< e deu vi"ta a muito" cego". 22) Então e"u" le" re"$ondeuD 9de, e anunciai a oão o #ue vi"te" e ouvi"te"D o" cego" vFem, o" co+o" andam, o" le$ro"o" "ão $urificado",o" "urdo" ouvem, o" morto" "ão re""u"citado", e ao" $ore" anuncia*"e*le" o evangelo.2) E em*aventurado a#uele #ue não acar em mim motivo de tro$e%o.  7 tempo de sua chegada a 4esus não podiaser arran;ada de modo mais auspicioso. ois 4esus, no e@ato momento, estava empenhado na reali5ação detoda sorte de milagresF #urava muitos de doenças e epidemias que lhes chicoteavam as costas) curava algunsde maus esp6ritos) e a muitos cegos ele concedeu o inestimável favor ou dádiva da visão. 4esus, com arefer/ncia a estes e outros milagres, lembrou os mensageiros do Matista duma profecia que fora proferidasobre o =essias, >s. 0(. (,') '%. %,. Baviam sido preditos milagres de todas as espécies, também no campoda cura f6sica, como ocorr/ncias por meio do poder do =essias. #f. =t. %%. $+'. ualquer pessoa que prestaa m6nima atenção J profecia do &ntigo :estamento, e a compara com o cumprimento vis6vel, que ocorria aosseus olhos, não pode negar que 4esus é o #risto. E 4esus acrescenta uma palavra de advert/ncia, para o bemespecial dos dois disc6pulosF Mem+aventurado aquele que não se ofende em mim. Era este o perigo para todosaqueles disc6pulos de 4oão, que não se satisfa5iam com a maneira em que os disc6pulos de 4esus secondu5iam, os quais não consideravam as normas dos anciãos sobre ;e;um e lavar das mãos, etc., cap6tulo (.

02. ?e uma pessoa está tão empolgada com um falso ascetismo, a ponto que dese;a truncar a liberdade do Novo :estamento, e por esse motivo se ofende em 4esus #risto, então s8 ele pr8prio deve culpar+se pelasmás conseqU/ncias.

7 testemunho de #risto sobre 4oão, !. 2) endo*"e retirado o" men"ageiro", $a""ou e"u" a dizer ao $ovo a re"$eito de oãoD Que "a'"te" a ver no de"ertoG um cani%o agitado $elo ventoG 24) Que "a'"te" averG Sm omem ve"tido de rou$a" fina"G O" #ue "e ve"tem em e vivem no lu+o a""i"tem no" $alácio" do"rei". 26) im, #ue "a'"te" a verG Sm $rofetaG im, eu vo" digo, e muito mai" #ue $rofeta. 27) E"te de #ueme"tá e"critoD Ei" a' envio diante da tua face o meu men"ageiro, o #ual $re$arará o teu camino diante de ti.7 ?enhor aproveitou esta ocasião para dar testemunho de 4oão e de seu ministério. 7s acontecimentos dotempo de 4oão eram tão recentes, que, ainda, estavam frescos na mem8ria. 9e5 a pergunta a toda multidão,

Page 48: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 48/166

visto que muitos deles, sem dúvida, haviam sido atra6dos pela reputação e pelos sermAes poderosos de 4oão.?erá que haviam sido impelidos ao deserto para ver um ;unco agitado e balançado pelo ventoS 4oão não foraum inconstante em sua pregação, . :m. $. +(. Ele havia falado a verdade de modo mais infle@6vel, sem se preocupar com o fato que os grandes da terra se pudessem ofender. :eriam sa6do ao deserto para encontrar um homem vestido de roupas maciasS E@iste um lugar para pessoas desse tipo, pois podem ser encontradasentre aqueles que vivem nas casas dos reis. T para ali que pertencem os que vivem no lu@o e estão vestidosde tra;es espl/ndidos. 4oão, contudo, foi um pobre pregador de arrependimento. 7s lu@os da vida não lhe

apelavam. Ele re;eitava o lado delicado da opul/ncia. NotemosF Em ambas as refer/ncias do ?enhor há umaleve indicação para aquele que o l/ com correta atenção. &gora, porém, veio a pergunta principalF^?erá quesa6ram para ver um profetaS ?endo assim, na verdade, não ficaram desapontados. ois, 4oão foi um profeta, eum profeta maior do que os de antigamente. 9oi dele que foi profeti5ado, que seria um mensageiro diante do=essias, para lhe preparar o caminho, =l. 0.%.

=ais elogios a 4oão, !. 28) E eu vo" digoD Entre o" na"cido" de muler, ningum maior do #ue oão< ma" o menor no reino de ;eu" maior do #ue ele. 2-) odo o $ovo #ue o ouviu, e at o" $ulicano",reconeceram a :u"ti%a de ;eu", tendo "ido atizado" com o ati"mo de oão< =Z ma" o" fari"eu" e o"intr$rete" da lei re:eitaram, #uanto a "i me"mo", o de"'gnio de ;eu", não tendo "ido atizado" $or ele. T,realmente, um grande elogioF :odos os antigos profetas s8 profeti5aram a respeito do =essias, como dealguém que virá no futuro, 4oão, porém, apontou para o #risto presente, e testemunhou diretamente dele.#ontudo, por um estranho parado@o, aquele que é o menor de todos no reino de eus, é maior do que 4oão.

=esmo que 4oão deu testemunho de 4esus, como aquele que veio para o meio de seu povo, ele, ainda assim,s8 viu o alvorecer e não o pleno irromper do dia. ?eu trabalho findou, e seu curso acabou antes que #ristoentrou em sua gl8ria. este modo, os filhos do Novo :estamento, que t/m perante si o completocumprimento da profecia, que conhecem o #risto crucificado e ressuscitado, que possuem o completo relatoda salvação nos escritos dos evangelistas e ap8stolos estes possuem uma revelação maior e uma lu5 mais brilhante do que o pr8prio 4oão Matista. =as, apesar da grande5a de 4oão, seu ministério não recebeu, ;amais,o reconhecimento que devia ter tido. 7 ;u65o popular, de fato, concordara com a avaliação que 4esus acabarade dar. :odo o povo, inclusive muitos dos publicanos, submetendo+se ao batismo de 4oão, haviamreconhecido o poder de eus que nele estava, e o haviam aprovado como profeta. =as os fariseus e escribashaviam sido uma triste e@ceção. 7 conselho de eus com respeito J salvação de todas as pessoas, tambémlhes di5ia respeito, tal como outros, eles também haviam sido convidados. eliberadamente, porém,re;eitaram e trataram com despre5o seu amoroso conselho. 3ecusaram o batismo de 4oão. referiram acondenação que lhes sobreveio por causa de sua obstinação. Este, quanto J maioria das pessoas, tem sidosempre o fado da mensagem evangélica. eus brada a todo o mundo e convida todas as pessoas, semqualquer e@ceção, para se tornarem participantes de sua graça e miseric8rdia no ?alvador 4esus #risto. =aselas recusam aceitar seu amor o socorro da mão estendida. referem continuar sua vida de pecado e, assim,são condenados por sua pr8pria culpa.

& parábola das crianças na praça, !. 1) 0 #ue, $oi", com$ararei o" omen" da $re"ente gera%ão, ea #ue "ão ele" "emelante"G 2) ão "emelante" a menino" #ue, "entado" na $ra%a, gritam un" $ara o"outro"D /&" vo" tocamo" flauta, e não dan%a"te"< entoamo" lamenta%e" e não cora"te". ) Poi" veio oão 3ati"ta, não comendo $ão nem eendo vino, e dizei"D em demKnio. ) !eio o Lilo do omem, comendoe eendo, e dizei"D Ei" a' um glutão e eedor de vino, amigo de $ulicano" e $ecadore"J 4) Ia" a "aedoria :u"tificada $or todo" o" "eu" filo". &qui o ?enhor repreende a inconsist/ncia do povo ;udeu,como um todo e em especial de seus l6deres, comparando suas açAes Js de crianças caprichosas e mal+humoradas, que não se agradam com qualquer distração que os colegas propAem. uando estes tocam flauta,

recusam+se dançar segundo a melodia) uando estes lhes cantam uma canção triste, recusam sentir+se triste.Bá um belo ;ogo de palavras nesta passagem, na linguagem que 4esus disse, que destaca, de modo muito belo, esta /nfase. E@atamente como no caso das crianças, ninguém consegue agradar aos ;udeus, nem 4oão enem 4esus. 4oão pregou o batismo para arrependimento e vivia de modo rigoroso e austero, mas o vereditodeles foiF Está possesso do dem<nio) não está no ;u65o claro) por que escutá+loS uando veio 4esus, nãoapresentou tais peculiaridades, mas viveu e agiu como as demais pessoas, mas numa terna compai@ão J todaselas. =as eles distorceram este comportamento numa caricatura horrenda) chamando+o de glutão, beberrão, eum companheiro de publicanos e pecadores. 7s ;udeus, desta forma e para a sua pr8pria condenação, secontradi5iam. 4esus, porém, os recorda dum dito proverbialF & sabedoria é ;ustificada por todos os seusfilhos. Não há desacordo entre esta passagem e a de =t. %%. %*. or meio de pequena alteração na

Page 49: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 49/166

vocali5ação, a palavra aramaica usada por 4esus pode significar !ora"N ou ! filo"N. &mbas as e@pressAessão inspiradas e aceitas por eus. #risto, a ?abedoria pessoal e divina, r. -, foi obrigado a ;ustificar+secontra o veredito cr6tico daqueles que deviam seus filhos pela fé, mas que recusaram aceitá+lo. ?eu trabalhosuportou o teste do ;u65o de eus, apesar da incredulidade deles.

 0 Primeira Sn%ão de e"u",  Lc. 1. 0'+(2.

& unção, !. 6) >onvidou*o um do" fari"eu" $ara #ue fo""e :antar com ele. e"u", entrando na ca"a

do fari"eu, tomou lugar C me"a. 7) E ei" #ue uma muler da cidade, $ecadora, "aendo #ue ele e"tava Cme"a na ca"a do fari"eu, levou um va"o de alaa"tro com ungYento< 8) e, e"tando $or detrá", ao" "eu" $",corando, regava*o" como "ua" lágrima" e o" en+ugava com o" $r&$rio" caelo"< e ei:ava*le o" $" e o"ungia com o ungYento. 4esus era o amigo de publicanos e pecadores, mas não no sentido pe;orativo em queseus inimigos usavam o termo. Nesta hist8ria é mostrada a verdadeira nature5a do seu relacionamento com asclasses de pessoas que, pelos presunçosos fariseus, eram tidas neste despre5o. Rm dos fariseus convidou a4esus para ;antar com ele. 4esus aceitou, dirigindo+se J mesa. Não há menção dos usos e costumes preliminares, com os quais o hospedeiro ;udeu honrava seu h8spede. & seguir ocorreu um incidente estranho.Rma mulher da cidade, um caráter bem not8rio, ouviu da presença de #risto na casa do fariseu. Bavia sidoenganada pelo pra5er aparente do pecado. Bavia recebido fel e absinto, em v/s do esperado sucesso. &gora,desesperada, estava a olhar sobre o abismo duma vida vergonhosa. =as a not6cia a respeito de 4esus, do?alvador dos pecadores, cu;a generosidade para com os humildes e os e@clu6dos havia sido proclamada por 

toda parte, levara+a a compreender sua pr8pria situação, fa5endo+a sentir todo o peso de sua corrupção emiséria. or isso comprou um vaso de alabastro de ungUento precioso e, vindo J casa, parou aos pés de 4esus,e chorou tão copiosamente, por causa da plena consci/ncia de sua perversão, que suas lágrimas levaram os pés de 4esus, e ela os podia en@ugar com seus cabelos. :ambém bei;ou+lhe os pés seguidamente e os ungiucom seu bálsamo precioso. 9oi uma demonstração de imensa triste5a, combinada com um apego ao ?enhor,como o único em que podia confiar, que chegava Js raias de dar pena. E, como o afirma um e@positor, aslágrimas de sua triste5a se tornaram lágrimas de alegria inefável, porque 4esus não a re;eitou, e porque elaencontrou um ?alvador que revelou um coração cheio de compai@ão e graça ilimitada para, até mesmo, o pior dos pecadores.

& condenação do fariseu, !. -) 0o ver i"to, o fari"eu #ue o convidara, di""e con"igo me"moD e e"te fora $rofeta, em "aeria #uem e #ual a muler #ue le tocou, $or#ue $ecadora. =) ;irigiu*"e e"u" ao fari"eu e le di""eD imão, uma coi"a teno a dizer*te. Ele re"$ondeuD ;ize*a, Ie"tre. 7 hospedeiro haviaobservado todo o procedimento com um desgosto que mal conseguia ocultar. 7 pr8prio pensamento, que4esus estava sendo tocado por alguém tão mal+afamado, arrepiava+o. or isso, em seu coração, passou overedito, que 4esus não podia ser um profeta. &s lágrimas da mulher lhe eram repugnantes, e o odor doungUento e encheram de no;o. NotemosF 7 mesmo esp6rito de repulsa presumida se encontra nos fariseusmodernos. &brem suas saias de ceda ou seus casacos de pele, mesmo quando lhes é dada a certe5a que umantigo pecador abandonou o trilho da transgressão, não sabendo que seus pr8prios coraçAes estão cheiosduma enfermidade muito pior e mais perigosa, que é a do orgulho e da presunção. 4esus, contudo, conheciaos pensamentos do fariseu, e logo lhe deu provas de que era um profeta que conhecia os coraçAes das pessoas. ecidiu dar a este fariseu altivo uma lição urgente, mas de modo amável e gentil, tendo o ob;etivode convencer e ganhá+lo. olidamente o hospedeiro aquiesceu, quando o ?enhor solicitou autori5ação paralhe contar um fato, ou e@por+lhe um caso.

& parábola e sua aplicação, !. 1) >erto credor tina doi" devedore"D um le devia #uinento"denário", e o outro cin#Yenta. 2) /ão tendo nenum do" doi" com #ue $agar, $erdoou*le" a amo". Qual 

dele", $ortanto, o amará mai"G ) He"$ondeu*le imãoD u$ono #ue a#uele a #uem mai" $erdoou. He$licou*leD ulga"te em. ) E voltando*"e $ara a muler, di""e a imãoD !F" e"ta mulerG Entrei em tuaca"a e não me de"te água $ara o" $"< e"ta, $orm, regou o" meu" $" com lágrima" e o" en+ugou com o" "eu" caelo". 4) /ão me de"te &"culo< ela, entretanto, de"de #ue entrei não ce""a de me ei:ar o" $". 6) /ão me ungi"te a cae%a com &leo, ma" e"ta com ál"amo ungiu o" meu" $". Bavia dois devedores dumcerto credor. T uma /nfase e@celente, por causa da aplicação da parábolaF ?imão e a mulher, que ambos sãodevedores do ?enhor. Num dos casos a d6vida era bem grande quinhentos denários, ou quase (2 3eais. Nooutro caso, a d6vida era bem pequena, chegando a s8 um décimo dessa soma. &mbos não conseguiram pagar,e ambos foram perdoados do pagamento da d6vida. &gora a pergunta foiF ual dos dois devedores tinha maisobrigação para com o ?enhor, e quem, por isso, teria maior amorS & resposta era obvia, mesmo que o fariseu

Page 50: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 50/166

respondesse um tanto cauteloso que essa era sua opinião. 4esus, muito sério, aceitou a resposta. =as, então,veio a aplicação. ela primeira ve5, 4esus se voltou diretamente para a mulher e também pediu que ?imãoolhasse para aquele que despre5ara completamente. ois o vaidoso fariseu podia aprender uma lição dose@clu6dos da sociedade da sociedade. 4esus traça um paralelo entre o comportamento de ?imão e destamulher. Notemos o forte contraste em toda a descriçãoF água lágrimas, 8sculo de boas vinda bei;osrepetidos, a5eite comum precioso ungUento. ?imão, nem ao menos, observara as cortesias usuais e sempreconcedidas a um visitante ou h8spede. uando um h8spede vinha J casa dum ;udeu, ;á na entrada do p8rtico,

era cumprimentado com uma saudação e um bei;o. & seguir os servos tra5iam água para en@aguar os pés,visto as pessoas s8 usarem sandálias, tornando+se seus pés muito empoeirados. epois seguia o ungir coma5eite, do qual eram derramadas algumas gotas sobre a cabeça do h8spede.(2G &s palavras de #risto foramuma censura e@celente e eficiente. !Este, pois, é o of6cio de #risto o ?enhor, que ele reali5a no mundo, asaber, que ele repreende o pecado e perdoa o pecado. Ele repreende o pecado daqueles que não reconhecemseu pecado, e, especialmente, daqueles que não querem ser pecadores e se consideram santos, como o fe5 ofariseu. Ele perdoa o pecado daqueles que o sentem e dese;am perdão, tal como esta mulher foi uma pecadora. #om a repreensão o ?enhor recebe pouca gratidão. #om o perdão dos pecados ele tem comoresultado que sua doutrina é estigmati5ada como heresia e blasf/mia.... Nenhum dos dois, porém, devia ser omitido. recisamos da pregação para o arrependimento e da reprovação, para que as pessoas cheguem aoreconhecimento dos seus pecados e se humilhem. recisamos da pregação da graça e do perdão dos pecados, para que as pessoas não caiam em desespero. 7 of6cio do pregador, por isso, devia conservar o meio entre a

 presunção e o desespero, para que a pregação se;a feita de tal forma que as pessoas nem se tornem presumidas e nem desesperadas"(%G& lição, !. 7) Por i""o te digoD Perdoado" le "ão o" "eu" muito" $ecado", $or#ue ela muito amou<

ma" a#uele a #uem $ouco "e $erdoa, $ouco ama. 8) Então di""e C mulerD Perdoado" "ão o" teu" $ecado".-) O" #ue e"tavam com ele C me"a, come%aram a dizer entre "iD Quem e"te #ue at $erdoa $ecado"G 4=) Ia" e"u" di""e C mulerD 0 tua f te "alvou< vai*te em $az. #risto, com base na parábola e nos fatos quecolocara, di5 a ?imãoF erdoados estão seus muitos pecados, pois ela muito amou. 7 fato que suas muitastransgressAes horrendas haviam achado perdão diante de #risto e que eus encheu seu coração de amor  ;ubiloso, fe5 que ela se sentiu constrangida a mostrar em seu comportamento e@terior. 7 perdão não foi oresultado do amor, mas o amor seguiu e fluiu do perdão, assim como o sol não brilha porque ele é lu5 por fora, mas ele é lu5 porque o sol brilha. !7s papistas citam este vers6culo contra a nossa doutrina da fé, edi5em, visto que #risto di5F ?eus pecados estão perdoados porque ela muito amou, que, por isso, o perdãodos pecados não é alcançado pela fé, mas pelo amor. & parábola, porém, prova que este não pode ser osignificado, quando mostra claramente que o amor segue J nossa fé. or isso, quando alguém tem o perdãodos pecados e cr/, então segue a fé. Lá onde alguém não tem o perdão, lá não há amor."( ) outro lado, nãoe@iste um perdão parcial. Rm pecador, a quem certos pecados horrendos são perdoados, tem o perdão detodos eles. & falta de amor de ?imão provou que ele não tinha perdão, e, também, que em sua orgulhosamente farisaica não se preocupava com o perdão. orém, para a mulher 4esus disse agoraF erdoados são osteus pecados. Esta palavra da boca do ?alvador foi o selo e a certe5a de seu perdão. Esta foi a palavra queacendeu a chama de sua fé num fogo abundante. =esmo que os outros h8spedes se ofenderam nas palavrasde 4esus, ele prosseguiu em sua bondosa edificação da mulher. ?ua fé, que ela provara em seu amor, asalvara. Ela havia aceito a redenção de 4esus pela fé, e foi uma filha bendita da salvação.

Resumo: 4esus sara o servo do centurião de #afarnaum, ressuscita o filho da viúva de Naim, recebea embai@ada de 4oão Matista, e é ungido na casa dum fariseu, ensinando uma lição de fé e perdão.

Ca$%tulo +

 En"inando em Paráola",  Lc. -. %+%.

4= ) Cood_in, Io"e" et 0aron, 76*86.41 ) Lutero, 1. 2762, 276.42 ) #f. Lutero, 7. 146.

Page 51: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 51/166

=ulheres servem a #risto, !. 1) 0conteceu de$oi" di"to #ue andava e"u" de cidade em cidade e dealdeia em aldeia, $regando e anunciando o evangelo do reino de ;eu", e o" doze iam com ele, 2) e tammalguma" mulere" #ue aviam "ido curada" de e"$'rito" maligno" e de enfermidade"D Iaria, camada Iadalena, da #ual "a'ram "ete demKnio"< ) e oana, muler de >uza, $rocurador de 5erode", uzana emuita" outra", a" #uai" le $re"tavam a""i"tFncia com o" "eu" en".  Lucas, como sempre, não está preocupado com a seqU/ncia e@ata dos acontecimentos ocorridos na mesma época, no caso atual, durante oministério de 4esus na Caliléia. &lgum tempo depois, quando o ?enhor ainda estava na Caliléia, ele passou

ou fe5 uma e@cursão pelas cidades e povoados desta parte da alestina. =ais uma ve5 é destacado seutrabalho principal, que foi a proclamação do reino de eus ou a evangeli5ação, pregando a boa nova dasalvação da humanidade. Este fato não pode ser ressaltado suficientemente, em especial nestes dias de tanta perversão da doutrina da redenção. 7s do5e ap8stolos estavam com o ?enhor neste e@cursão. Eles eram osestudantes de teologia, recebendo tanto a instrução teol8gica como a prática na escola de 4esus. =as haviatambém outras pessoas com ele, ou se;a, algumas mulheres que Lucas, numa particularidade do sueevangelho, cita por nome. =aria, que era chamada =adalena, havia sido curada por 4esus quando delae@pulsou sete dem<nios. 4oana, a mulher de #u5a, o administrador ou procurador de Berodes, e ?u5ana, emuitas outras, =t. 1. ((, que também haviam recebido muitos favores especiais da mão de 4esus, como, ser curadas de várias doenças e de maus esp6ritos. Estas estavam vinculadas a 4esus pelos laços da gratidão, eestavam feli5es e orgulhosas em servi+lo como seus bens, visto que algumas delas eram abastadas. =ulherescristãs, em todos os tempos, tiveram como honra serem capa5es de servir seu =estre com suas posses e

trabalho. :emos aqui, no sentido mais nobre do termo, uma emancipação feminina e o princ6pio do trabalhofeminino na igre;a de #risto e, ao mesmo tempo, o claro triunfo do esp6rito evangélico sobre a limitação doesp6rito rabino.

& parábola do solo de quatro partes, !. ) 0fluindo uma grande multidão e vindo ter com ele gentede toda" a" cidade", di""e e"u" $or $aráolaD 4) Ei" #ue o "emeador "aiu a "emear. E, ao "emear, uma $arte caiu C eira do camino< foi $i"ada e a" ave" do cu a comeram. 6) Outra caiu "ore a $edra< e, tendocre"cido, "ecou, $or falta de umidade. 7) Outra caiu no meio do" e"$ino"< e e"te", ao cre"cerem com ela, a "ufocaram. 8) Outra, afinal, caiu em oa terra< cre"ceu e $roduziu a cento $or um. ;izendo i"to clamouDQuem tem ouvido" $ara ouvir, ou%a. & fama de #risto ainda se espalha tão rapidamente, que pessoas detodas as cidades e vilas, de perto e de longe, se ;untavam para ver e ouvi+lo. 9oram a ele, quando esteve ;untoJ praia do =ar da Caliléia. E ele usou um barco por púlpito, para alcançar a todos, =t. %0. ) =c. $. %. 9alouao povo em parábolas sobre os mistérios do reino de eus, sendo uma delas a que Lucas registra aqui. Rmsemeador saiu para semear sua semente. & figura é a de um agricultor que lança, de modo amplo, suasemente na terra. &ssim como a paci/ncia e a generosidade do ai celeste não se cansa apesar do muitotrabalho aparentemente perdido, >s. $*.$, assim, o agricultor tem a cada ano novo Dnimo e esperança. ?eutrabalho é um e@emplo para os nossos dias. !#ada pregador piedoso, quando v/ que as coisas não prosperammas parecem piorar, sente+se J beira do desespero sobre sua pregação, mas, ainda assim, não pode desistir  por amor duns poucos eleitos. >sto está escrito para o nosso consolo e admoestação, para que não se;amostomados de surpresa e nem ;ulguemos estranho quando s8 uns poucos aceitam o benef6cio de nossa doutrinamas que alguns, até, se tornam piores. ois, via de regra, os pregadores, especialmente quando são novos erecém vieram da instituição, cr/em que seu sucesso devia ser imediato, ou se;a, no mesmo instante em quefalaram, e que tudo devia ser feito e acontecer rapidamente. =as isto é um grande engano. 7s profetas e o pr8prio #risto tiveram esta e@peri/ncia"(0G &ssim como o semeador, no trabalho paciente de sua vocação,lança sua semente, da qual alguma saltou para além dos limites, caindo no caminho que cru5ava pela lavoura.Esta é uma figura duma paisagem da alestina, que as trilhas entre as diversas vilas e povoados seguiam a

direção mais direta e as encostas mais fáceis, não respeitando as lavouras. #omo resultado, os via;antes queusavam a trilha pisavam e esmagavam a semente, e as aves vinham e as comiam. 7utros grãos ca6ram sobre arocha ou num solo rochoso, onde a rocha estava a poucos cent6metros da superf6cie. &li havia solo fértil ecalor, que ofereciam as melhores condiçAes para uma germinação rápida, mas não fertilidade e solosuficientes para suportar a planta durante seu crescimento. & pedra abai@o absorvera o calor do sol, fa5endoque nesse lugar evaporasse qualquer restinho de fertilidade. =ais outras sementes ca6ram entre os espinhos,onde a preparação do solo não conseguira e@tinguir as ra65es do inço. or isso, quando a semente havia brotado e as astes apareceram, os espinhos que eram mais vigorosos absorveram tanto o sol como o ar e desta

4 ) Lutero, citado em Messer, 3iel"tunden, 1. .

Page 52: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 52/166

forma sufocaram as plantinhas tenras. 9oi s8 a semente que caiu no solo bom que cumpriu as esperanças doagricultor. Ela cresceu, não s8 em folhas, mas formou astes cheias de grãos e madurou num rico retorno, queatingiu a cem por cento. &p8s ter contado esta parábola, 4esus acrescentou uma palavra de advert/ncia ee@ortação, que as pessoas ouvissem realmente, não s8 com os ouvidos do corpo mas com os ouvidosespirituais, para conseguirem a compreensão plena da lição que lhes quis repassar.

& e@plicação da parábola, !. -) E o" di"c'$ulo" o interrogaram dizendoD Que $aráola e"taG 1=) He"$ondeu*le" e"u"D 0 v&" outro" dado conecer o" mi"trio" do reino de ;eu"< ao" mai" fala*"e $or 

 $aráola", $ara #ue vendo não ve:am, e ouvindo não entendam. 11) E"te o "entido da $aráolaD 0 "emente a $alavra de ;eu". 12) 0 #ue caiu C eira do camino "ão o" #ue a ouviram< vem a "eguir o diao earreata*le" do cora%ão a $alavra, $ara não "uceder #ue, crendo, "e:am "alvo". 1) 0 #ue caiu "ore a $edra "ão o" #ue, ouvindo a $alavra, a receem com alegria< e"te" não tFm raiz, crFem a$ena" $or algumtem$o, e na ora da $rova%ão "e de"viam. 1) 0 #ue caiu entre e"$ino" "ão o" #ue ouviram e, no decorrer do" dia", foram "ufocado" com o" cuidado", ri#ueza" e deleite" da vida< o" "eu" fruto" não cegam aamadurecer. 14) 0 #ue caiu na oa terra "ão o" #ue, tendo ouvido de om e reto cora%ão, retFm a $alavra<e"te" frutificam com $er"everan%a. Naquele tempo os disc6pulos eram ainda muito pobres em conhecimentoe na compreensão espiritual. 4esus, por isso, pacientemente lhes e@pAe o significado da parábola, visto que aeles foi concedido conhecer os mistérios do reino de eus, não porque eles o merecessem ou disso fossemdignos, também não porque por sua pr8pria ra5ão ou força estivessem interessados em #risto e sua obra. Nocaso dos demais, contudo, ou se;a, daqueles que não queriam crer, as palavras tinham um ob;etivo deferente.

Kendo, não deviam ver, e ouvindo, não deviam entender. 7s olhos de seus corpos podiam contemplar tudo oque acontecia em milagres e outros acontecimentos, não, porém, iriam reconhecer o poder de eus e que4esus era o =essias. ?eus ouvidos podiam ouvir o som das palavras, mas o significado destas lhes permanecia oculto. 7 que >sa6as fora obrigado a di5er sobre o endurecimento de >srael se estava cumprindo,>s. '. *+%2. 7 ;u65o de eus sobre um povo desobediente havia começado nos dias de >sa6as, e se completounos dias de #risto e dos ap8stolos. T uma advert/ncia séria para os todos os tempos, .#o. . %(+%') $. 0+$. &e@plicação da parábola, dada por #risto, foi breve e simples. & semente da qual fala é a palavra. Esta deveser espalhada e difundida largamente, sempre de novo e com paciente empenho. & primeira classe deouvintes são aqueles J beira do caminho, que são s8 ouvintes. No caso deles, não há qualquer chance para a palavra começar sua influ/ncia salvadora. & semente permanece do lado de fora de seus coraçAes, e o diaboa leva embora para que não aconteça que, crendo, se;am salvos. !T por isso que ele di5, que o diabo vem elhes tira a palavra do coração, para que não creiam e se;am salvos. Este poder do diabo não s8 significa quelhes endurece os coraçAes, por meio de idéias e um viver mundano, e assim perdem a palavra e a dei@amescapar, para que ;amais a entendam, mas também que em lugar da palavra de eus o diabo envia falsosmestres que a pisoteiam com doutrinas de homens. ois as duas coisas são afirmadas aqui, que a semente é pisoteada no caminho e que ela é comida pelos pássaros".($G & segunda classe de ouvintes são aqueles quet/m uma mera casquinha e um conhecimento raso de cristianismo. #om eles o !seguir uma religião" é ummero incidente, sendo eles capa5es de mudar sua confissão tão facilmente como trocam de roupa. No casodeles, não há a idéia da instrução na doutrina. Não são solidamente firmados e arraigados nas Escrituras. Nãosão decisivamente despertados enquanto dura sua religião e seu 5elo não dura. or algum tempo, que, via deregra é breve, eles participam bem ativamente no trabalho da igre;a. =as, a seguir seu interesse voa edesaparece, e tão depressa como, no começo, apareceu. No tempo da tentação, quando parece que há perigode sofrimento por causa de suas convicçAes, ;á não estão mais entre os presentes. !& segunda classe contémaqueles que, com alegria, aceitam mas que não persistem. Estes são muitos que ouvem corretamente a palavra e a aceitam em sua pure5a, sem quaisquer seitas, sismáticos e entusiastas. Estão também estão feli5es

 porque podem ouvir a correta verdade e descobrem como podemos ser salvos sem obras mas por fé.>gualmente, porque foram libertos dos grilhAes da lei, da consci/ncia e dos preceitos humanos. =as, quandochega a hora do combate, quando por causa disso deviam sofrer danos e despre5o, perder vida e bens, entãocaem fora e negam a tudo".((G & terceira classe inclui aqueles que também ouvem a palavra, e em cu;oscoraçAes a palavra encontra um alo;amento apropriado. =ais tarde, porém, sendo dominados pelos cuidadosdas rique5as e dos pra5eres da vida, asfi@iam, no que di5 respeito J fé, e não condu5em seu fruto aoamadurecimento. =uito apropriadamente, isto é chamado de asfi@ia, visto que o processo não se consuma

4G Lutero, 11. 416.44 ) Lutero, 11. 417.

Page 53: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 53/166

logo mas acontece aos poucos e por um longo tempo. =uito gradualmente o amor ao dinheiro e a ilusão dasrique5as entra, furtivamente, em seus coraçAes) ou, e@atamente como se fosse algo despretensioso, o gostodos pra5eres do mundo toma posse da mente, até que, sem que o notem, a remanescente fagulha da fé see@tinguiu. !& terceira classe que ouve e aceita a palavra mas, ainda assim, cai para o lado errado, isto é, parao pra5er e despreocupação desta vida, também não produ5 fruto conforme a palavra. 7 número deste tambémé muito grande. ois, mesmo que não criem heresias, como o fa5em os primeiros, mas sempre t/m a pura palavra, e que também não são atacados pelo lado esquerdo por oposição e tentação, estes caem, porém, pelo

lado direito, e sua ru6na é esta, que go5am pa5 e dias bons. or isso, não levam a palavra a sério, mas setornam despreocupados e afundam nos cuidados, nas rique5as e nos pra5eres da vida, assim que ;á não t/mmais serventia".('G :ão somente a última classe de ouvintes, em cu;o caso a semente da palavra cai emcoraçAes que foram corretamente preparados pela pregação da lei, é de valor no reino de eus. &li o pac6ficoconhecimento do pr8prio eu é substitu6do pela nobre5a e a generosidade da alma regenerada. & palavra queouviram também guardam. ermanecem seguros J gl8ria e ao poder da palavra, e, assim, são capacitados para produ5ir, com toda perseverança, o fruto que agrada plenamente a eus.

7utros ditos parab8licos, 16) /ingum, de$oi" de acender uma candeia, a core com um va"o ou a $e deai+o duma cama< $elo contrário, coloca*a "ore um velador, a fim de #ue o" #ue entram ve:am aluz. 17) /ada á oculto, #ue não a:a de manife"tar*"e, nem e"condido, #ue não vena a "er conecido erevelado. 18) !ede, $oi", como ouvi"< $or#ue ao #ue tiver, "e le dará< e ao #ue não tiver, at a#uilo #ue :ulga ter le "erá tirado. Estas palavras, assim parece, foram ditos favoritos de 4esus, pois, ele as repete em

várias ocasiAes, =t. (. %() =c. $. %) cp. %%. 00. ?eria uma tolice alguém acender uma lDmpada e, a seguir,escond/+la sob um vaso, ou colocá+la sob um cama ou um sofá, quando ela se destina a iluminar a todos queestão na casa. &o contrário, ela deve ser colocada num suporte, ou se;a, num velador) então todos os queentram podem en@ergar a lu5 que cumpre o seu prop8sito. a mesma forma, pessoas que aceitaram ocristianismo em seus coraçAes, que t/m a brilhar em si a lu5 do evangelho, e que receberam esta lu5 para quese;a irradiada aos outros, não devem esconder nem a lu5 de sua piedade pessoal e nem a pura pregação doevangelho, para que ninguém, nem mesmo procurando, o descubra. ?obre os cristãos do puro evangelhorepousa uma grave responsabilidade nestes últimos dias antes do fim do mundo. ois, não há nada oculto quenão será revelado, nem há nada encoberto que não está destinado a ser conhecido e mostrado. 7 pr8prioob;etivo no ocultar algo precioso é mostrá+lo no tempo apropriado. or isso, o cristianismo e a doutrina cristãé um tesouro que devemos guardar com carinho para que não nos se;a tomado) mas, por outro, revelamoseste tesouro em cada oportunidade e permitimos que outros participem das maravilhosas rique5as da graça eda miseric8rdia de eus em #risto 4esus. este fato surge para os cristãos a necessidade de serem ouvintesdiligentes. Esta responsabilidade é, que, realmente, conheçam a lu5 do evangelho que é o tesouro dasalvação, e não s8 tenham uma vaga noção. &o que tem um conhecimento cristão, a este o ?enhor acrescentamais ainda. 7 estudo constante da palavra do evangelho enriquece ao ouvinte e leitor de um modo tal que vaialém da compreensão, até mesmo, do cristão bem fundamentado. =as, se alguém é descuidado sobre seucrescimento no conhecimento cristão, então, até mesmo, o pouco que, em sua tolice, acredita possuir, lheserá tirado. Rma interrupção no crescimento na fé cristã redunda no mesmo que uma geada fa5 no outonoF a planta está totalmente arruinada pela ocorr/ncia funesta.

7s verdadeiros parentes do ?enhor, !. 1-) !ieram ter com ele "ua mãe e "eu" irmão", e não $odiama$ro+imar*"e $or cau"a da concorrFncia de $ovo. 2=) E le comunicaramD ua mãe e teu" irmão" e"tão lá fora e #uerem ver*te. 21) Ele, $orm, le" re"$ondeuD Iina mãe e meu" irmão" "ão a#uele" #ue ouvem a $alavra de ;eu" e a guardam.  Lucas, na narrativa acima, combinara os discursos de duas ocasiAesdiferentes. >sto e@plica o fato que o leva a narrar aqui o incidente sobre os parentes de 4esus. #risto esteve

muito ocupado com seus ensinos, quando ocorreu uma interrupção. ?ua mãe e seus irmãos Hprimos ou meio+irmãosG haviam descido com a intenção de levá+lo embora por algum tempo, e dar+lhe umas férias muitonecessárias. =esmo que tentassem entrar na casa, não conseguiram apro@imar+se dele, por causa da grandemultidão que enchia a todos os espaços. or isso o pedido de seus parentes foi repassado, até que,finalmente, os mais pr8@imos relataram a 4esus que sua mãe e seus irmãos queriam v/+lo. Bão havia dúvida,que a intenção deles era boa, mas a sua compreensão da obra e do ministério do ?alvador era muito pobre.or isso sua intenção, com toda a sua gentile5a, foi uma intromissão in;ustificada nos neg8cios do ?enhor.Ele não saiu até eles, nem permitiu que o perturbassem. Estava nos neg8cios de seu ai, e nenhuma pessoa o

46  ) Lutero, 11. 418.

Page 54: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 54/166

devia perturbar ou embaraçar na reali5ação das tarefas que lhe haviam sido entregues por seu ai. NotemosF>sto nos serve de e@emplo, que não desanimemos ou nos desviemos de nosso ob;etivo, quando nosso trabalhodi5 respeito ao reino de eus. 4esus, nesse momento, depois de ter olhado seus disc6pulos que estavamsentados mais pr8@imos dele, deu uma resposta que podia ser levada aos parentes que o esperavamF =inhamãe e meus irmãos são estes que ouvem e cumprem a palavra de eus. 7 parentesco espiritual com #risto por meio da fé é algo muito mais 6ntimo do que qualquer poss6vel parentesco f6sico pudesse ser. Este é queleva o cristão J comunhão mais 6ntima com seu ?alvador, 4o. %(. %+'.

 0 em$e"tade no Iar,  Lc. -. +(.

!. 22) 0conteceu #ue, num da#uele" dia", entrou ele num arco em com$ania do" "eu" di"c'$ulo",e di""e*le"D Pa""emo" $ara a outra margem do lago< e $artiram. 2) En#uanto navegavam, ele adormeceu. E "oreveio uma tem$e"tade de vento no lago, correndo ele" o $erigo de "o%orar. 2) >egando*"e a ele,de"$ertaram*no dizendoD Ie"tre, Ie"tre, e"tamo" $erecendoJ ;e"$ertando*"e e"u", re$reendeu o vento e a fria da água. udo ce""ou e veio a onan%a. 24) Então le" di""eD Onde e"tá a vo""a fG Ele", $o""u'do"de temor e admira%ão, diziam un" ao" outro"D Quem e"te #ue at ao" vento" e C" onda" re$reende, e leoedecemG 9oi no fim dum dia cheio de trabalho, que 4esus com seus disc6pulos embarcou num barco, eordenou que vele;assem pelo mar para o lado oposto. 7s disc6pulos, dos quais alguns eram e@6miosnavegadores, porque haviam passado grande parte de sua vida no lago, imediatamente deram partida,

dirigindo+se para o largo do lago. 4esus era um homem verdadeiro, com todas as necessidades f6sicas dumhomem comum. or isso, cansado como esteve por causa do esforço de ensinar e, provavelmente, por causado mormaço que havia no lago, caiu num sono profundo, mesmo que a bordo não houvesse qualquer camaconfortável. e repente abateu+se sobre o lago um temporal, semelhante a um tornado, acompanhado dumaconvulsão tão violenta das águas do mar, que, de todos os lados, se arremessaram sobre eles, enchendo o barco e colocando a todos no maior perigo de suas vidas. =as 4esus ainda dormia. &s forças da nature5aestão em suas mãos. Elas podem esbrave;ar e ameaçar, mas não podem causar+lhe mal. NotemosF ?e umcristão tem #risto consigo, em todo o seu agir e em todas as suas distraçAes, então ele está seguro apesar detodas as ameaças dos inimigos. Nem um s8 cabelo de sua cabeça pode ser pre;udicado, sem a vontade de seu?enhor. 7s disc6pulos estavam no fim de sua esperte5a. #orreram a ele e o acordaram com o ansioso grito,que estavam perecendo. Ele ouviu o seu grito desvairado e lhes deu uma demonstração tão evidente da suaforça onipotente que, por causa disso, devem ter sentido ainda muito mais o tamanho de sua pr8priaincredulidade, e não por causa das palavras de repreensão do ?enhor. ois, ele se levantou imediatamente efalou ameaçadoramente ao vento e aos vagalhAes da água. E estes, no auge de sua fúria, se calaram. ?ua fúriainsaciável foi logo substitu6da por uma calma total. E então veio da boca do =estre a repreensão, censurandoa falta de fé dos disc6pulos. 7 efeito sobre os disc6pulos, que de suas mãos ;á haviam visto um bom númerode feitos miraculosos, foi muito especial. Encheram+se de temor na presença dum tal demonstração de poder onipotente. &o mesmo tempo admiraram+se, que aquele que, ordinariamente, aparecia um mero homem, que,fa5 poucos minutos, estava deitado em profundo sono em seu meio, porque estava muito cansado, podia dar ordens ao vento e Js águas, e obter deles obedi/ncia total. 4esus, o verdadeiro homem, é, ao mesmo tempo, o#riador onipotente do universo. essoas, que nele confiam, estão inteiramente seguras nos braços daquelecu;a provid/ncia governa, até mesmo, a morte dum pardal.

 /a erra do" Aadareno",  Lc. -. '+0*.

7 endemoninhado, !. 26) Então rumaram $ara a terra do" gera"eno", fronteira da Aalilia. 27) Rogo ao de"emarcar, veio da cidade ao "eu encontro um omem $o""e""o de demKnio" #ue, avia muito,não "e ve"tia, nem aitava em ca"a alguma, $orm vivia no" "e$ulcro". 28) E #uando viu a e"u", $ro"trou* "e diante dele, e+clamando, e di""e em alta vozD Que teno eu contigo, e"u", Lilo do ;eu" 0lt'""imoG Hogo*te #ue não me atormente". 2-) Por#ue e"u" ordenara ao e"$'rito imundo #ue "a'""e do omem, $oi"muita" veze" "e a$oderara dele. E, emora $rocura""em con"ervá*lo $re"o com cadeia" e grile", tudode"$eda%ava e era im$elido $elo" demKnio" $ara o de"erto.  #f. =t. -. -+0$) =c. (. %+2. & descrição feita por Lucas é pitorescaF Kele;aram do alto mar rumo J terra firme. 4á não havia mais o menor ind6cio darecente tempestade, e não tiveram dificuldade para se apro@imar da costa. & região onde desembarcaram, pertencia a uma fai@a de Caulanites, que, Js ve5es, era chamada a terra dos gadarenos ou dos gerasenos,

Page 55: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 55/166

sendo Cadara uma cidade que ficava mais no interior e Cerasa ou Cergesa mais pr8@imo do =ar da Caliléia.& fai@a de terra onde os disc6pulos lançaram Dncora era relativamente selvagem e desabitada, sendo a partemontanhosa bem a leste do lago e oposto J Caliléia. Logo que 4esus esteve em terra firme e teve a intençãode se dirigir J cidade que não ficava longe, vieram em sua direção dois endemoninhados, sendo que Lucasfala do mais furioso deles. & casa deste infeli5 ficava na cidade, mas ele, presentemente, não vivia nela, porque estava possesso de dem<nios que o atormentavam de diversas formas. 7 poder deles sobre ele era tal,que ele perdeu qualquer senso de vergonha, visto que por longo tempo não usava roupas. :ambém não queria

ficar em casa, mas preferia viver nos túmulos abertos nas rochas costeiras do lago. Bavia perdido quasetodos os atributos humanos, mas, por sua apar/ncia e seus hábitos, antes se assemelhava a uma bestaselvagem. orém, logo que viu a 4esus, começou a gritar alto e se atirou aos seus pés e pediu em alta vo5 que4esus não o atormentasse. Era a vo5 de um dos dem<nios que falava. 7 dem<nio sabe quem é 4esus de Na5aré, e disso sempre teve noção durante a vida terrena de 4esus, e tentou tudo que estava ao alcance do seu poder, para frustrar a obra do ?enhor. ?e #risto tivesse sido mero homem, o diabo o teria vencido facilmente.

:odavia, ele era o 9ilho do eus &lt6ssimo, e, por isso mesmo, ele era verdadeiro eus desde aeternidade. Ele, quando assim o queria, tinha o poder de, a qualquer momento, dei@ar vir o último e terr6vel ;u65o sobre os dem<nios, para amarrar e ret/+los no abismo das trevas. 7 diabo e seus an;os ;á foramcondenados por eus, e estão reservados em cadeias eternas sob trevas para o ;u65o do Crande ia, 4d. '. 7 pr8prio fato, que ;á estão e@clu6dos da beatitude do céu, ;á lhes é uma espécie de tortura infernal. Enquantoisso, contudo, e especialmente nos últimos dias do mundo, o diabo é solto por algum tempo, &p. 2. 0. 7

diabo e seus dem<nios, até o último dia, ainda t/m permissão de andar sobre a terra para atormentar ascriaturas de eus. =as suas cadeias ;á foram lançadas sobre eles. No dia do ;u65o final eles irão J prisãoeterna e sofrerão as torturas do fogo que ;á está preparado para o diabo e seus an;os, =t. (. $%. grito demedo foi porque 4esus estava prestes a ordenar Hconativo imperfeitoG, que o esp6rito imundo sa6sse dohomem. & perturbação não era permanente continuamente de nature5a violenta, mas, antes, tomava conta desua v6tima com fortes acessos não cont6nuos de loucura, seguidos por intervalos de relativa calma esensibilidade. =as, quando os dem<nios, com suas poderosas garras, se apoderavam dele, eram infrut6ferosquaisquer esforços para mant/+lo sob segurança. =uitas pessoas haviam tentado conservá+lo sob su;eição,amarrando+o com grilhAes e correntes em mãos e pés, mas estes eram semelhantes a tiras de ga5e nas mãosdo endemoninhado. Nestas ocasiAes a miserável v6tima era impelida aos desertos, e ninguém a podia deter.

& cura, !. =) Perguntou*le e"u"D Qual o teu nomeG He"$ondeu eleD Região, $or#ue tinamentrado nele muito" demKnio". 1) Hogavam*le #ue não o" manda""e "air $ara o ai"mo. 2) Ora, andavaali, $a"tando no monte, uma grande manada de $orco"< rogaram*le #ue le" $ermiti""e entrar na#uele" $orco". E e"u" o $ermitiu. ) endo o" demKnio" "a'do do omem, entraram no" $orco", e a manada $reci$itou*"e de"$enadeiro aai+o, $ara dentro do lago, e "e afogou. Kisto parecer que o homem tinha ummomento de racionalidade, 4esus lhe perguntou pelo nome. 7 pobre homem, sendo v6tima, não s8 de um oualguns dem<nios, respondeu, conseqUentemente, que seu nome era legião, porque milhares de dem<nioshaviam tomado posse dele. =as os diabos estavam aumentando em rebeldia, porque sabiam que o tempo, deque dispunham para atormentar ao homem, estava no fim. E assim rogaram a #risto que não os entregasse aoabismo da prisão do inferno. Bavia, porém, um rebanho de muitos porcos pastando na ladeira do monte, enão longe do lugar onde 4esus desembarcara, e os dem<nios pediram com insist/ncia que #risto lhes permitisse entrar nestas bestas mudas. uando 4esus o concedeu, os diabos tomaram posse dos porcos. E as bestas, tomadas dum súbito espasmo de pavor, correram pelo precip6cio que havia acima do lago, saltaramnas ondas abai@o e se afogaram na água. NotemosF 7 diabo é um assassino desde o começo. uando nãoconsegue destruir as almas das pessoas, tenta causar mal a seus corpos, e quando isto lhe é negado, ele esfria

seu 8dio nos animais mudos. ?eu único dese;o é arruinar as obras de eus. #ontudo, s8 o consegue quandoeus o permite. & ra5ão que eus permite isso é um grande mistério. orém, em geral, pode ser dito, que,mesmo estas visitaçAes, pelas quais o diabo opera o mal contra n8s, são visitaçAes paternas de eus, por meio das quais ele dese;a corrigir+nos e nos chamar ao arrependimento.

&s conseqU/ncias,  ) O" $or#ueiro", vendo o #ue acontecera, fugiram e foram anunciá*lo nacidade e $elo" cam$o". 4) Então "aiu o $ovo $ara ver o #ue "e $a""ara, e foram ter com e"u". ;e fatoacaram o omem de #uem "a'ram o" demKnio", ve"tido, em $erfeito :u'zo, a""entado ao" $" de e"u"< e ficaram dominado" de terror. 6) E alguma" $e""oa" #ue tinam $re"enciado o" fato" contaram*le"tamm como fora "alvo o endemoninado. 7) odo o $ovo da circunvizinan%a do" gera"eno", rogou*le#ue "e retira""e dele", $oi" e"tavam $o""u'do" de grande medo. E e"u", tomando de novo o arco, voltou.

Page 56: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 56/166

8) O omem de #uem tinam "a'do o" demKnio", rogou*le #ue o dei+a""e e"tar com ele< e"u", $orm, ode"$ediu, dizendoD -) !olta $ara ca"a e conta ao" teu" tudo o #ue ;eu" fez $or ti. Então foi ele anunciando $or toda a cidade toda" a" coi"a" #ue e"u" le tina feito. 7s guardadores dos porcos foram tomados desurpresa por esta estranha ação dos animais que lhes haviam sido confiados. uando esta coisa sobrenaturalaconteceu diante deles, fugiram e trou@eram a not6cia ao povo da região, tanto na cidade como na região aoredor, onde quer que morava algum dos donos dos porcos afogados. ?abiam ou sentiam que devia haver alguma ligação entre a vinda de 4esus e o seu falar ao endemoninhado e o infortúnio que se abatera sobre

toda esta 5ona rural. E as pessoas, sem dúvida com algum ressentimento, foram ao lugar para ver o queacontecera. Kieram a 4esus, não de Dnimo gentil e receptivo, mas agressivo. Encontraram muitas coisas queos deviam ter feito pensar e louvar a eus. &quele homem que, anteriormente, corria sem descanso pelaregião, estava agora calmo sentado aos pés de 4esus. 7 que, anteriormente, fora afligido pelos dem<nios,agora estava livre deste tormento. 7 que antes despre5ava vergonha e vestes, estava totalmente vestido. 7que fora um man6aco furioso, estava nas plenas posses da ra5ão, do pensamento e da fala. 7 sentimento da presença do sobrenatural tomou conta de todos eles, e se encheram de medo. Não aprenderam a lição que sedesenvolveu diante deles, e não reconheceram que esta lhes era uma ocasião de graciosa visitação. :ambémnão entenderam, quando aqueles que estiveram presente, lhes contaram como o endemoninhado fora libertode sua situação terr6vel. &o contrário, o fato lhes aumentou o medo supersticioso, estando eles tomados degrande medo e horror. E a região agr6cola toda, como se fosse um s8 homem, se ergueu e implorou a 4esusque dei@asse sua encosta. &os olhos deles, seus porcos e@cediam tanto o valor do antigo endemoninhado,

como o do rofeta de sua salvação. NotemosF =esmo ho;e há muitas pessoas que despre5am a 4esus, o?alvador de suas almas, e sua santa palavra, por causa de alguma insignificante propriedade terrena. &s pessoas agem como se, depois que seu tesouro se tornou suficientemente grande para a sua ganDncia, semprehouvesse fartura de tempo para se preparar para a morte e para crer em 4esus, esquecendo, enquanto isto, queo tempo da graça poderá ;amais retornar.

4esus obedeceu ao seu pedido, visto que, sob estas circunstDncias, lhe teria sido uma loucura permanecer na região. Entrou no barco e retornou para a Caliléia. =as, quando o homem curado lhe pediu para acompanhá+lo e ser um dos seus disc6pulos que sempre estavam com 4esus, ele negou o pedido. 7?enhor queria um testemunho da sua e@cel/ncia nestas regiAes. Este homem seria seu melhor substituto, porque não quiseram a ele, pois falaria de e@peri/ncia e convicção pessoais. 9oi bom ao homem voltar parasua casa e ao seu povo, e lhes contar tudo quanto lhe acontecera pela miseric8rdia de eus. 7 homem,seguindo a ordem de #risto, prontamente se tornou um missionário na cidade e na região, proclamando o que4esus lhe fi5era. ?ua fé não lhe permitiu guardar sil/ncio) mas precisou proclamar os grandes feitos de eus.#ada cristão recebeu em e por meio de #risto muitos dons maravilhosos de eus, contudo, por acaso, não nocorpo mas na alma. E compete a cada um que ama ao ?enhor 4esus, proclamar os grandes feitos que eus fe5 por ele, no ambiente em que acontece sua influ/ncia pessoal.

 0 Iuler com um Llu+o e a Lila de airo,  Lc. -. $2+('.

7 pedido de 4airo, !. =) 0o regre""ar e"u", a multidão o receeu com alegria, $or#ue todo" oe"tavam e"$erando. 1) Ei" #ue veio um omem camado airo, #ue era cefe da "inagoga, e, $ro"trando*"eao" $" de e"u", le "u$licou #ue cega""e at a "ua ca"a. 2) Poi" tina uma fila nica de un" doze ano",#ue e"tava C morte.  En#uanto ele ia, a" multide" o a$ertavam.&parentemente o retorno de #risto para aCaliléia foi saudado com alegria pela maioria das pessoas, mesmo que os escribas e fariseus fossemnovamente um espinho na carne, =t. *. %-. Estivessem ou não esperando que o ?enhor fosse voltar tão

depressa, fato foi que estiveram dese;osos para v/+lo. ?uas idéias estavam voltadas para ele, principalmente, por causa das recentes curas, pois, foram bem poucos os que perceberam seu verdadeiro of6cio. ?uasesperanças carnais sobre um messias com um reino terreno ainda dominava em seus coraçAes. &gora, porém,um homem de nome 4airo, um ancião da sinagoga local, veio, muito aflito, a ele. #aindo aos pés de 4esus, pediu+lhe, de modo muito sincero, que fosse J sua casa, visto que sua filha única, de uns do5e anos, estava Jmorte. ?im, como relata =ateus, no momento ;á podia estar falecida. Lucas acrescenta que, quando 4esus sevoltou para ir, a grande multidão se aglomerava tanto que o sufocava.

& mulher doente, ) >erta muler #ue, avia doze ano", vina "ofrendo de uma emorragia, e a#uem ningum tina $odido curar e #ue ga"tara com o" mdico" todo" o" "eu" avere", ) veio $or trá"dele e le tocou na orla da ve"te, e logo "e le e"tancou a emorragia. 4) Ia" e"u" di""eD Quem me

Page 57: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 57/166

tocouG >omo todo" nega""em, Pedro com "eu" com$aneiro" di""eD Ie"tre, a" multide" te $artam e teo$rimem e dize"D Quem me tocouG 6) >ontudo, e"u" in"i"tiuD 0lgum me tocou, $or#ue "enti #ue de mim "aiu $oder. 7) !endo a muler #ue não $odia ocultar*"e, a$ro+imou*"e trFmula e, $ro"trando*"e diantedele, declarou, C vi"ta de todo o $ovo, a cau"a $or #ue le avia tocado e como imediatamente fora curada.8) Então le di""eD Lila, a tua f te "alvou< vai*te em $az. Esta aglomeração da multidão, que Lucasenfati5a tão fortemente, foi aproveitada por uma certa mulher. Ela estava doente dum flu@o de sangue,estando ;á por do5e anos envolta nesta miséria. Este problema a tornara leviticamente impura, Lv. %(. (+02,

e a privava de muitos direitos e privilégios dos outros membros da congregação. 9i5era todos os esforços para ser curada, ao ponto de ter entregue aos médicos, em gastos com eles, toda sua subsist/ncia e todos osseus recursos. &inda assim, porém, como o médico Lucas escreve, ela não p<de ser curada por qualquer umdeles. Rm quadro e@ato da miséria e do desamparo humanosO Esta mulher, vindo por trás entre a multidão,tocou na orla ou borda do manto de #risto, que, segundo o costume ;udeu, ele usava. Este não foi um atosupersticioso, mas de fé. 9oi sua humilde sensibilidade que a impediram de tornar pública sua condição. Esua fé foi recompensadaF o flu@o foi imediatamente estancado, e a cura foi completa. 4esus, que, como estáclaro, esteve perfeitamente a par de todo o incidente, resolveu p<r a mulher a prova. Koltando+se, perguntou por quem o havia tocado. & observação foi dirigida, primeiro, aos disc6pulos, mas eles e os demais pertodele, negaram qualquer esbarro deliberado. E edro, num segundo momento, agindo como porta+vo5 dosdemais, lembrou ao ?enhor que ele estava cercado e apertado pela multidão por todos os lados, sendo, por isso, estranha sua pergunta. 4esus, contudo, com seu ob;etivo em mente, insistiu que alguém, de modo

 proposital e intencional, o tocara. 9oi então que a mulher viu que seu segredo ;á não era segredo ante #risto,e, por isso, veio e confessou tudo completamente. e coração feli5 ela se demorou no fato de ter sido curadaimediatamente, ou se;a, tão logo que dele sa6ra poder, ou, como ele pr8prio disse, quando o poder divino emilagroso fora concedido por 4esus como galardão J sua fé. & isso 4esus, de modo muito terno e solidário,acrescentou mais certe5a, de que sua fé lhe havia tra5ido o dom sem preço da saúde. Ele se agrada realmenteem recomendar muito repetidamente as qualidades da fé, pelas quais é poss6vel acontecerem coisas tãograndes. ?ua saúde foi um galardão gracioso pela firme5a de sua confiança. Não devia temer ou se sentir irrequieta em sua mente sobre o incidente, mas seguir em pa5 para sua casa. NotemosF :ambém em nossosdias uma fé, como esta, é necessária na igre;a e em seus membros individuais. Bá e@cessiva mesmiceestereotipada nas vidas dos membros da igre;a, quando andam meramente num caminho cristão bem fácil.Kit8rias na fé não são muito freqUentes em nossos dias, porque a fé vencedora está ausente.

& ressurreição da filha de 4airo, !. -) Lalava ele ainda, #uando vem uma $e""oa da ca"a do cefeda "inagoga, dizendoD ua fila :á e"tá morta, não incomode" mai" o Ie"tre. 4=) Ia" e"u", ouvindo i"to,le di""eD /ão tema", crF "omente, e ela "erá "alva. 41) endo cegado C ca"a, a ningum $ermitiu #ueentra""e com ele, "enão Pedro, oão, iago e em a""im o $ai e a mãe da menina. 42) E todo" coravam e a $ranteavam. Ia" ele di""eD /ão corei"< ela não e"tá morta, ma" dorme. 4) E riam*"e dele, $or#ue "aiam#ue ela e"tava morta. 4) Entretanto ele, tomando*a $ela mão, di""e*le, em voz altaD Ienina, levanta*te.44) !oltou*le o e"$'rito, ela imediatamente "e levantou, e ele mandou #ue le de""em de comer. 46) eu" $ai" ficaram maravilado", ma" ele le" advertiu #ue a ningum conta""em o #ue avia acontecido. 7 casoda mulher deteve 4esus por algum tempo, e isto esteve completamente de acordo com seus planos. ois, nestemomento, veio um dos servos do chefe da sinagoga e contou a 4airo que sua filha ;á morrera, acrescentandoque ;á não mais aborrecesse ao =estre, ou de modo nenhum o enfadasse mais. Era tarde para qualquer a;uda.4esus, porém, queria fortalecer a fé do perturbado pai, por isso, calmamente lhe disseF Não temas, cr/somente. >ncredulidade, desconfiança e medo são inimigos da fé. ois, fé requer uma confiança de coraçãointeiro, de toda alma e de toda a mente. =esmo quando o último suspiro foi e@alado e um de nossos queridos

 ;a5 ri;o na morte, mesmo então a confiança não deve ser despre5ada. 9é vai mais longe do que a sepultura. Na casa de 4airo tudo era comoção. &s carpideiras oficiais ;á haviam chegado, e com seu barulho, seu chorolamentoso, estavam fa5endo com que o dia fosse nefando. E, quando 4esus, terminantemente, lhes pediucalar seus lamentos, em escárnio lhe revidaram, sabendo que a menina realmente morrera. 4esus, porém,limpou a casa, levando consigo s8 os pais e tr/s de seus disc6pulos para o quarto onde estava a menina morta.:omou sua mão, di5endo ao mesmo tempo, em aramaicoF =enina, levanta+te. E no mesmo momento seuesp6rito, que dei@ara seu corpo, retornou a ela. Ela imediatamente foi capa5 de se erguer. 9oi restabelecida J plena saúde. recisava de alimento, porque, provavelmente e por algum tempo, ficara sem ele durante suadoença. E foi capa5 de aceitá+lo. 7s pais estavam e@tremamente maravilhados diante do milagre que forareali5ado diante deles na filha querida. #risto, contudo, manteve a calma, requerendo+lhes meramente a

Page 58: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 58/166

necessidade de manterem o caso com eles. Não queria propaganda deste milagre, ao menos, não nomomento. 4esus de Na5aré tem vida em si mesmo e a da a quem lhe apra5. #om sua vo5 humana chamou estamenina da morte de volta para a vida. or isso temos em 4esus, o ?alvador, um ?enhor que pode e de fatoliberta da morte. uando #risto, a nossa Kida, será revelado naquele Crande ia, então, por sua vo5onipotente, chamará a n8s e a todos os mortos para fora das sepulturas, e dará a todos os fiéis a vida gloriosae eterna.

Resumo: 4esus, continuando seu ministério na Caliléia, ensina em parábolas, acalma a tempestade

no mar, sara um endemoninhado no territ8rio dos gadarenos, cura uma mulher com um flu@o e ressuscita afilha de 4airo.

 

Page 59: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 59/166

(Cont. Lucas, 2º sub-arq.)Capítulo 9

 A Missão dos Doze, Lc. 9. 1-9.

Diretrizes para os apóstolos, V. 1) Tendo Jesus convocado os dize, deu-lhes poder e

autoridade sobre todos os demnios, e para e!etuarem curas. ") Tamb#m os enviou a pre$ar oreino de Deus e a curar os en!ermos. %) & disse-lhes' (ada leveis para o caminho, nem bordão,nem al!ore, nem pão, nem dinheiro, nem deveis ter duas t*nicas. +) (a casa em ue entrardes ali permanecei, e dali saireis. ) & onde uer ue não vos receberem, ao sair dauela cidade, sacudi o p dos vossos p#s em testemunho contra eles. /) &ntão, saindo, percorriam todas as aldeias,anunciando o evan$elho e e!etuando curas por toda parte.  Jesus haia escolhi!o os !oze !entre o"rupo #aior !os !isc$pulos que, e# "eral, o se"uia. %stes !oze, ia !e re"ra, !esi"na!os por esteter#o, ele conocou para u#a reuni&o 'or#al. Deu-lhes, co#o seus representantes, po!er e !ireitoou autori!a!e, at autori!a!e ili#ita!a. es#o que a #ensa"e#, que Jesus trou*e, n&o 'osse noa,a 'or#a e a clareza e# que a trou*e 'oi noa. +s apóstolos, por isso, partin!o e# seu no#e, precisa# estar reesti!os !e po!er inco#u#. +s !e#nios lhes 'ora# sueita!os, e lhes 'oitrans#iti!o o po!er !e curar !oenas. /ote#os, que estes !ois s&o #enciona!os e# separa!o, e

que seu trato n&o era o #es#o0 +s !e#nios !eia# ser e*pulsos, #as as !oenas, cura!as. se"uir, co# a !ei!a 'or#ali!a!e, 'ora# enia!os, sen!o a substncia ou o essencial !e seu#inistrio a pre"a&o !o reino !e Deus, suple#enta!o por curas. #ensa"e# !o ean"elho precisa ocupar o pri#eiro lu"ar no reino !e Deus e receber a aten&o principal. s !e#aisatii!a!es !a i"rea !epen!e# !e sua procla#a&o correta. 3e"ue# al"u#as instru4es !etalha!as.+s apóstolos n&o !eia# lear al"o consi"o para a orna!a. /&o !eia# 'azer preparatios pessoais, e, aci#a !e tu!o, n&o !eia# sobrecarre"ar-se para a ia"e#. /&o !eia# apresentar nenhu#a !as caracter$sticas !os pre"a!ores e pro'etas #en!icantes, n&o ten!o ne# caa!o ou bolsa para coleta !e subsist5ncia, ne# p&o ou prata, e ne# #ais u#a #u!a !e t6nica. 7uanto ao sustento,!eia# !epen!er inteira#ente !o poo que seria#. /&o !eia# per!er te#po na escolha !u#lu"ar e# que #orar, e na procura !u# lu"ar con'ort8el. casa e# que entrasse# pri#eiro e cuos!onos os recebesse#, essa !eia ser sua #ora!a at que tiesse# 'in!a!o seu trabalho naquelaci!a!e. as, se pessoas houesse que 'osse# reeitar a eles e sua #ensa"e#, !eia#, por #eio!u# "esto apropria!o, e*pressar o u$zo !e Cristo sobre o poo !essa ci!a!e, sacu!in!o o próprio pó !e seus ps, o que si"ni'ica que n&o queria# ter a er na!a co# essa oposi&o palara e obra!e Cristo, #as teste#unhar, por #eio !este "esto, !iante !e Deus contra eles. %# resu#o, este 'oi oconte6!o e a substncia !as instru4es !a!as por Jesus aos apóstolos. %les, ar#a!os co# estaautori!a!e, partira# pelas ci!a!es !a :alilia. Colocara# a pre"a&o !o ean"elho, as boas noas!a sala&o, no lu"ar #ais alto. % esta procla#a&o !a palara recebeu a 5n'ase apropria!a por #eio !as curas realiza!as e# to!os os lu"ares.

+ interesse !e ;ero!es por Jesus, V. 0) ra2 o tetrarca 3erodes soube de tudo o ue se passava, e !icou perple4o, porue al$uns diziam' João ressuscitou dentre os mortos2 5) outros' &lias apareceu, e outros' 6essur$iu um dos anti$os pro!etas. 7) 3erodes, por#m, disse' &u mandeidecapitar a João2 uem #, pois, este a respeito do ual tenho ouvido tais coisas8 & se es!or9ava para v:-lo. ;ero!es, naquele te#po, quase co# certeza, #oraa e# <iber$a!es, u#a ci!a!e que

 pratica#ente reconstru$ra para que se austasse aos seus planos #e"al#anos. J8 po!e# ter che"a!o, anterior#ente, ao tetrarca !esta pro$ncia ru#ores sobre a atii!a!e !u# certo rabi !a:alilia, #as estaa ocupa!o !e#ais co# sua i!a !eassa para po!er !ar #ais aten&o a eles.qui, por#, na própria re"i&o e# que 'ora# realiza!os os #aiores #ila"res !e Jesus, os cortes&os!e ;ero!es, isto que o parti!o !os hero!ianos ter si!o #uito 'orte, o supria# !e in'or#a4essobre o #oi#ento que acontecia e# #eio !o poo, proael#ente co# in!ica4es precisas sobrea sua periculosi!a!e. not$cia sobre o "ran!e =ro'eta aborreceu a ;ero!es, e#baraou-o e ocolocou e# perple*i!a!e, n&o saben!o ele o que 'azer co# ela. >8rios relatos che"ara# aos seusoui!os, sen!o que al"uns !izia# que Jo&o haia ressuscita!o, outros, que %lias tiesse si!o

Page 60: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 60/166

reela!o, isto que sua co#preens&o !e l. ?.@ era sobre u# %lias pessoal, e outros ain!a, queal"u# !os outros pro'etas ressuscitara. consci5ncia !e ;ero!es o al'inetaa, pois 'ora culpa!o !eassassinato, o que aqui só toca!o resu#i!a#ente. ;ero!es sabia que #an!ara !ecapitar a Jo&o na pris&o, por causa !e sua 'ilha !e cria&o 3alo#, e a"ora, quan!o este pro'eta sur"ira e trazia u#a#ensa"e# t&o pareci!a co# a !o Aatista, ele re#oia a quest&o e estaa ansioso para er Jesus, paraque se inteirasse !e sua i!enti!a!e. posi&o e a #aneira !e a"ir !e ;ero!es a !e #uitas pessoas

que n&o quere# ro#per co#pleta#ente co# a i"rea. 3ob certas circunstncias, po!e# at ouir al"u# ser#&o por "ostare# !e al"u# pre"a!or. as, quan!o coloca!os !iante !a escolha0 Cristoou o #un!o, ent&o escolhe# o 6lti#o. as sua consci5ncia n&o os !ei*ar8 e# paz. %# #eio a to!aaparente 'elici!a!e sua 'alta n&o os !ei*a e# paz. Deus n&o se !ei*a zo#bar.

 A Alimenta9ão dos ;inco Mil,  Lc. 9. 1B-1.

+ retiro !os apóstolos, V. 1<) Ao re$ressarem, os apstolos relataram a Jesus tudo o uetinham !eito. &, levando-os consi$o, retirou-se = parte para uma cidade chamada >etsaida. 11) Mas as multid?es, ao saberem, se$uiram-no. Acolhendo-as, !alava-lhes a respeito do reino de Deus e socorria os ue tinham necessidade de cura. 7uan!o os apóstolos re"ressara# !e sua pri#eira ia"e# #ission8ria, eles relatara# e# !etalhe ao 3enhor o que haia# 'eito e o sucesso

que alcanara#. ;aia# trabalha!o co# o entusias#o próprio a iniciantes. ora-lhes u#ae*peri5ncia #uito !es"astante. =or isso Jesus os to#ou consi"o e co# eles se retirou a u# lu"ar nare!on!eza !e Aetsai!a Julia, na costa nor!este !o ar !a :alilia, n&o lon"e !o rio Jor!&o. /ote#os0 "ra!a plena#ente ao 3enhor, quan!o al"u# !e seus seros, !epois !u# per$o!o !etrabalho !es"astante pelo reino !e Deus, se recolhe por al"u# te#po e recobra 'oras '$sicas paraas noas e*i"5ncias que o espera#. as o recolhi#ento !e Jesus n&o 'icou no anoni#ato. s#ulti!4es o !escobrira#, e, porque al"uns 'icara# saben!o a !ire&o e# que eleara#, se"uira# a p, contornan!o o la"o pelo la!o norte. Desta #aneira o !escanso !e Jesus n&o passou !e bree, pois seu cora&o "eneroso n&o se conse"uia a'astar !o poo que, !epois !e lon"a ia"e#, o achara.De bo# "ra!o recebeu a #ulti!&o e co#eou a 'alar-lhes, e*pon!o !urante a #aior parte !o !ia seute#a 'aorito, que o reino !e Deus, o que si"ni'ica, e co#o po!ia# entrar nele. <a#b# n&o!esapontou a quantos necessitaa# !e sua #&o cura!ora, #as seriu-os co# to!a a co#pai*&o e po!er !e seu cora&o sala!or. /ote#os0 Jesus se#pre te# te#po para nós. ele nossas ora4esn&o s&o en'a!onhas. 3eu oui!o se#pre est8 inclina!o para aqueles que coloca# sua con'iananele, sea e# coisas !este #un!o ou !aquele !o porir.

+ #ila"re !os p&es e !os pei*es,  V. 1") Mas o dia come9ava a declinar. &ntão seapro4imaram os doze e lhe disseram' Despede a multidão, para ue indo =s aldeias e camposcircunvizinhos se hospedem e achem alimento2 pois estamos aui em lu$ar deserto. 1%) &le, por#m, lhes disse' Da@-lhes vs mesmos de comer. 6esponderam eles' (ão temos mais ue cinco pães e dois pei4es, salvo se ns mesmos !ormos comprar comida para todo este povo. 1+) orueestavam ali cerca de cinco mil homens. &ntão disse aos seus disc@pulos' Bazei-os sentar-se em $rupos de cinCenta. 1) &les atenderam, acomodando a todos. 1/) &, tomando os cinco pães e osdois pei4es, er$uendo os olhos para o c#u, os aben9oou, partiu e deu aos disc@pulos para ue osdistribu@ssem entre o povo. 10) Todos comeram e se !artaram2 e dos peda9os ue ainda sobearam !oram recolhidos doze cestos.  Jesus haia pre"a!o co# a'inco o !ia inteiro, e cura!o

incessante#ente. "ora, por#, o !ia co#eaa a !eclinar e a noite se apro*i#aa, 'azen!o co#que os trabalhos ben'azeos !o 3enhor che"asse# ao 'i#, se# que se o !eseasse. /este #o#entoos apóstolos ul"ara# ser sua a tare'a !e interir. Ensistira# co# Jesus para que !espe!isse o poo,ou !e #an!8-lo e#bora. + lu"ar, on!e estaa#, era u#a re"i&o !esabita!a. ;aia, por#, ilas,co#o Aetsai!a J6lia e outras pequenas pooa4es, que !istaa# a curta !istncia !o lu"ar. elas o poo po!ia !iri"ir-se para encontrar aloa#ento e prois4es para si. +s !isc$pulos ain!a n&oestaa# plena#ente to#a!os !o a#or ao pró*i#o, que n&o te#e sacri'$cio e que tenaz#enterepri#e qualquer e"o$s#o. 3uas palaras, ao contr8rio, e*pressa# u#a certa irrita&o, co#o setiesse# si!o i#portuna!os su'iciente#ente por estes hóspe!es inconenientes. Jesus, contu!o,

Page 61: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 61/166

lhes !8 u#a li&o, tanto sobre a hospitali!a!e co#o sobre a con'iana nele. 3u"ere i#e!iata#enteque os !isc$pulos hospe!e# as #ulti!4es. as, e# só pensan!o nisso, suas 'ei4es se perturbara#.<inha#, !epois !e al"u#a busca, a certeza que possu$a# cinco p&es e !ois pei*es, co#o prois&o.%ssa era to!a a resera. % acrescenta#0 n&o ser que a#os e co#pre#os co#i!a para to!a esta"ente. <anto suas palaras, co#o o to# que e#pre"ara#, 'azia# er que n&o apreciaa# #uito ai!ia ou que n&o se ale"raa# co# a perspectia. F# !eles 8 calculara que o !inheiro que

 possu$a# n&o bastaa para co#prar p&o para to!os os presentes, isto que estaa# presentes unscinco #il ho#ens, se# as #ulheres e as crianas. % to!a esta con'us&o e a"ita&o, ten!o Jesus!iante !e si, ele, !e que# sabia# e tinha# a proa !e seus próprios senti!os, que ele era capaz !eau!ar a qualquer te#po, at #es#o quan!o a #orte haia coloca!o suas 'rias #&os sobre certa pessoa e lhe e*pulso a al#a iente. +s !isc$pulos, co# certeza, n&o 'aze# boa 'i"ura nestahistória. /ote#os0 %sta #es#a 'alta !e ' se encontra #uit$ssi#as ezes nos crist&os !estes 6lti#os!ias. preocupa&o e o cui!a!o pelo corpo s&o #uito propensos para ocupar o lu"ar !a con'iana'ir#e e constante na proi!5ncia e bon!a!e !e Cristo e !e nosso =ai celestial. G%ste o "ran!e #al,que nós, ta#b# e# nossos !ias, n&o só por causa !e ali#ento #as ta#b# e# #6ltiplas preocupa4es e tenta4es, senti#os que sabe#os #uito be# co#o calcular o que precisa#os eco#o estas necessi!a!es !ee# ser conse"ui!as e !a!as a nós. as, quan!o isto n&o aparece t&or8pi!o co#o nós o quere#os, ent&o na!a sobra !os nossos c8lculos, a n&o ser só insatis'a&o e

tristeza. =or isso seria #uito #elhor, se !ei*8sse#os Deus cui!ar !a situa&o ne# pens8sse#os noque necessita#osH1)"ora, por#, Jesus to#ou o proble#a e# suas #&os. ez seus !isc$pulos or!enar o poo

se sentar na "ra#a, que haia no local, e# "rupos ou conuntos !e cinqIenta pessoas para o antar.%le estaa preparan!o tu!o para repartir u# banquete entre eles. se"uir, to#ou os cinco p&es e os!ois pei*es e, er"uen!o os olhos ao cu, pronunciou u#a b5n&o sobre eles, abenoou o ali#ento.Depois, partiu tanto o p&o co#o os pei*es e# pe!aos #enores, os quais !eu aos !isc$pulos, queatuara# co#o seus "ar&os nesta #o#entosa ocasi&o. <o!os co#era#, e to!os se 'artara#, estan!o plena#ente satis'eitos, porque tiera# tu!o quanto precisaa#. se"uir, ao co#an!o !e Cristo,aquilo que 'oi !ei*a!o pelos que haia# co#i!o, ou sea, os 'ra"#entos, 'oi unta!o, sen!o queencheu !oze "ran!es cestos. qui Cristo, #ais u#a ez, aparece co#o o 3enhor e Cria!or onipotente !e cus e terra, e# que# os olhos !e to!as as criaturas espera#, para que lhes !5ali#ento na ocasi&o própria. ;8 u#a palara !e con'orto para os crist&os no 'ato que Jesus, a que#!ee#os a sala&o e a i!a !e nossas al#as, ta#b# te# e# sua #&o o ali#ento para ca!a !ia, eca!a !ia nos !ar8 o p&o coti!iano. 3o#os a#para!os !e corpo e al#a.

 A ;on!issão de edro e a 6esposta de ;risto,  Lc. 9. 1-2.

con'iss&o !e =e!ro e !os !oze, V. 15) &stando ele orando em particular, achavam-se presentes os disc@pulos, a uem per$untou' uem dizem as multid?es ue sou eu8 17) 6esponderam eles' João >atista, mas outros' &lias2 e ainda outros dizem ue ressur$iu um dosanti$os pro!etas. "<) Mas vs, per$untou ele, uem dizeis ue eu sou8 &ntão !alou edro, e disse' Es o ;risto de Deus. "1) &le, por#m, advertindo-os, mandou ue a nin$u#m declarassem tal coisa.,"") dizendo' E necessFrio ue o Bilho do homem so!ra muitas coisas, sea reeitado pelos anciãos, pelos principais sacerdotes e pelos escribas2 sea morto e no terceiro dia ressuscite.  %sta#os

al"u# te#po antes !e Jesus conse"uir con!i4es para se retirar !os arre!ores !o ar !a :alilia eter o te#po para !escansar e ter u# trato sosse"a!o co# seus !isc$pulos. as, quan!o a ocasi&oapareceu, ele, #uito satis'eito, aproeitou a ocasi&o e iaou para a parte #ais ao norte !e:aulanites. qui ele tee te#po para orar. qui ta#b# p!e 'alar a sós co# seus !isc$pulos, ousea, aos !oze que estaa# co# ele. % !epois !e al"u# te#po os testou co# u# per"unta penetrante, n&o tanto para !eter#inar o esta!o !e sua ' (sua onisci5ncia o sabia), #as para le8-losa u#a con'iss&o p6blica. =er"untou, pri#eiro, o que o poo e# "eral !izia !ele, ou sea, que#

1 ) 0) Lutero, cita!o e# 3toecKhar!t, >iblische Geschichte des (euen Testaments, 1"+.

Page 62: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 62/166

cria# que ele era. % os !isc$pulos respon!era# quais era# os ru#ores no ar sobre a i!enti!a!e !o3enhor, co#o nos >. ,. "ora, contu!o, eio !o 3enhor a per"unta teste sobre a conic&o pessoa !eles. %le per"untou a to!os, #as 'oi =e!ro que# respon!eu e# no#e !e to!os. De #o!oau!az e 'eliz ele e*cla#ou0 + Cristo !e Deus. Esto 'oi o #es#o, que !izer, que haia# apren!i!o aconhecer seu estre co#o o essias pro#eti!o, co#o o Fn"i!o !e Deus, e que eles cria# que eleera aquele pelo qual aconteceria a sala&o !o #un!o. %ste conheci#ento, !e 'ato, ain!a estaa

#escla!o co# boa quantia !u#a co#preens&o carnal. %ra, contu!o, al"o #arailhoso que eles, ao#enos, haia# 'eito tanto pro"resso. =or isso Jesus aceitou a con'iss&o e os elo"iou por ela. as,i#e!iata#ente, ta#b# se e#penhou para orientar os pensa#entos !eles para o trilho certo sobre oseu o'$cio. De #o!o "rae e en'8tico, a!ertin!o-os a n&o publicare# este 'ato entre o poo aore!or, para que a co#preens&o 'alsa !ele sobre a obra !o essias n&o precipitasse u#a crise,conce!eu-lhes u#a pro'ecia sobre o propósito !e sua in!a ao #un!o, 'azen!o a pri#eira pre!i&o!e sua pai*&o. Disse-lhes que ele, o ilho !o ho#e#, precisa, porque sobre ele pesaa a !iinaobri"a&o, so'rer #uito e ser publica#ente reeita!o pelos l$!eres !a i"rea !os u!eus e ser #orto,#as ta#b# que ressuscitar8 noa#ente no terceiro !ia. qui 8 'ora# !a!os os principais#o#entos !a "ran!e pai*&o. 3eu 'a!o estee sela!o quan!o os principais sacer!otes e os anci&os eescribas, que era# os #e#bros !o sin!rio !e Jerusal#, !eclarara# e*co#un"a!a aquela pessoaque se !eclarasse se"ui!ora !e Jesus. + poo se !ei*aa a#e!rontar #uito 'acil#ente. uitos

cria# no $nti#o que Jesus era u# pro'eta e o próprio essias, #as n&o se ousaa# 'azer u#a!eclara&o p6blica !e sua ', e 'oi !esta 'or#a que as coisas se !esenrolara# por sue "ran!eso'ri#ento at sua #orte. <&o só u#a coisa os l$!eres u!eus n&o haia# to#a!o e# consi!era&o,que 'oi a ressurrei&o ao terceiro !ia, que !errubou to!os os seus pri#orosos c8lculos, e que atestouCristo co#o o >ence!or, o po!eroso ilho !e Deus.

+ carre"ar !a cruz necess8ria aos !isc$pulos, V. "%) Dizia a todos' He al$u#m uer vir apsmim, a si mesmo se ne$ue, dia a dia tome a sua cruz e si$a-me. "+) ois uem uiser salvar a suavida, perd:-la-F2 uem perder a vida por minha causa, esse a salvarF. ") ue aproveita aohomem $anhar o mundo inteiro, se vier a perder-se, ou a causar dano a si mesmo8 "/) orueualuer ue de mim e das minhas palavras se enver$onhar, dele se enver$onharF o Bilho dohomem, uando vier na sua $lria e na do ai e dos santos anos. "0) Verdadeiramente vos di$o' Al$uns hF dos ue aui se encontram ue de maneira nenhuma passarão pela morte at# ue veamo reino de Deus. + !iscipula!o crist&o n&o só receber e ale"rar-se, ele ta#b# enole trabalho esacri'$cio. quele que cr5 e# Cristo e !esea se"ui-lo, precisa !esistir !e seus !eseos, onta!es einclina4es naturais, e paciente#ente precisa to#ar sobre si to!os os so'ri#entos e !urezas que suacon'iss&o !e Cristo trar8 sobre ele. %sta a cruz !o crist&o, que n&o '$sica co#o 'oi a !e Cristo,#as, ne# por isso, #enos real e opressora. + 3enhor e*plica esta necessi!a!e. quele que !eseasalar sua i!a, ou sea, a i!a !este #un!o co# seus prazeres, este per!er8 para se#pre aer!a!eira i!a, pois a 6nica i!a real aquela e# co#unh&o co# Cristo. quele, por#, que ne"asua anti"a personali!a!e peca#inosa por causa !e Cristo, e que cruci'ica sua carne co# to!as assensuali!a!es e !eseos, este achar8 e salar8 sua al#a, e possuir8 co#o seu "anho eterno e ter8 ai!a eterna co#o sua reco#pensa "raciosa. =ois, que lucro ter8 u#a pessoa, caso untar o #un!ointeiro co#o sua posse, #as, 'azen!o-o, !estrói a si #es#o e traz sobre si #es#o a con!ena&o +#un!o inteiro co# to!as as suas "lorias e riquezas n&o te# o alor !e u#a 6nica al#a. +ser!a!eiros !isc$pulos !e Cristo, saben!o isto, ne"ar&o tanto a si #es#os co#o ao #un!o. +

cora&o !e ca!a pessoa est8 preso aos tesouros, s ale"rias e aos prazeres !este #un!o. M por issoque a ne"a&o !e si #es#o inclui ta#b# a ne"a&o ao #un!o. <o!o aquele que neste #un!oseriu ao #un!o e 'oi u# escrao !os !eseos !o #un!o, receber8 no 6lti#o !ia o u$zo !acon!ena&o. + ilho !o ho#e# se ener"onhar8 !ele, quan!o h8 !e retornar e# sua "lória co#to!os os seus santos anos. as aqueles que serira# 'iel#ente a Cristo nesta i!a, e atestara# sua' pela ne"a&o !e si #es#os e !o #un!o, entrar&o naquela "lória que Deus te# prepara!o paraaqueles que o a#a#. Jesus, contu!o, !iz solene#ente aos seus apóstolos, que h8 al"uns !eles quen&o e*peri#entar&o a #orte e que n&o ser&o re#oi!os pela #orte, antes !e tere# isto o reino !eDeus. + !ia quan!o Deus !erra#ou sua ira sobre Jerusal# e o alorecer !a in!a !e Cristo e#

Page 63: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 63/166

"lória. % al"uns !os apóstolos, co#o Jo&o, iera# para er a !estrui&o !e Jerusal#, e, assi#, setornara# teste#unhas !a er!a!e !as palaras !e Cristo e !a puni&o ine*or8el que sobre# aosque o ne"a#.

 A Trans!i$ura9ão,  Lc. 9. 2-NO.

+ #ila"re e# si, V. "5) ;erca de oito dias depois de pro!eridas estas palavras, tomandoconsi$o a edro, João e Tia$o, subiu ao monte com o propsito de orar. "7) & aconteceu ue,enuanto ele orava, a apar:ncia do seu rosto se trans!i$urou e suas vestes resplandeceram debrancura. %<) &is ue dois var?es !alavam com ele, Mois#s e &lias. %1) s uais apareceram em $lria e !alavam da sua partida, ue ele estava para cumprir em Jerusal#m. %") edro e seuscompanheiros achavam-se premidos de sono2 mas, conservando-se acordados, viram a sua $lriae os dois var?es ue com ele estavam. Depois que estas coisas acontecera#, !epois que =e!rohaia pro'eri!o a con'iss&o e# no#e !e to!os os !isc$pulos, u#a quest&o !e oito !ias !epois, Jesusto#ou consi"o =e!ro, Jo&o e <ia"o. 7ueria !ar-lhes u#a ei!5ncia is$el e proa !e que ele, !e'ato, era o ilho !o Deus io. 3ubiu co# eles a u# #onte, o #ais alto !a re"i&o e# que estaa# eque por to!os era be# conheci!o. + obetio !o 3enhor 'oi orar, !e entrar e# $nti#a co#unh&oco# seu =ai celestial, ten!o o obetio !e alcanar sabe!oria e 'ora para a pró*i#a e !i'$cil obra,

isto que o #inistrio :alileu estaa che"an!o ao 'i#, e que os !ias !o #inistrio u!eu seria# brees. % Deus se reelou !e #o!o #e#or8el a seu ilho. =ois, enquanto Jesus estaa e# ora&o,seu aspecto total se #u!ou. + aspecto !e seu rosto se tornou be# !i'erente !e sua personali!a!eusual, e to!as as suas estes se tornara# alas e lu#inosas, brilhan!o e luzin!o co#o o rel#pa"o.% repentina#ente !ois ho#ens aparecera# e se enolera# e# conersa co# o 3enhor, a saber,oiss e %lias. /o caso !o pri#eiro, só o próprio Deus sabia !a sua sepultura, e, quan!o aose"un!o, o 3enhor o eleou !ireta#ente ao cu. oiss haia !a!o a lei e 'oi o "ran!e e*poente !aaliana !o nti"o <esta#ento, e %lias haia si!o zeloso pela lei e so'rera #uito por causa !e sua'i!eli!a!e. #bos haia# olha!o co# i#ensa e*pectatia pela in!a !o essias. % a"ora, que oCristo haia in!o ao #un!o e estaa e#penha!o no trabalho !o seu #inistrio, Deus per#itiu e'ez co# que estes ho#ens aparecesse# a Jesus no #onte e !iante !os olhos #arailha!os !os tr5sapóstolos. Desta 'or#a, =e!ro e os outros 'ora# teste#unhas !a "lória !e Jesus, 2.=e. 1. 1O. "lória !iina que ele, no #ais, conseraa oculta e# si aos olhos !as pessoas e que só,ocasional#ente #ani'estaa e# palara e ato, esta "lória brilhaa a"ora atras !e sua carne 'raca,conce!en!o-lhe aquela #aesta!e #arailhosa que ela, !epois !e entrar na "lória 'inal, estaa!estina!a a ter para se#pre. %nquanto isto, =e!ro e os !e#ais ho#ens se ira# assoberba!os pela"lória !a reela&o. + brilho e a #arailha !e tu!o isso a'etou-os ao ponto que se sentira# co#o!o#ina!os !e sono. al e #al conse"uia# s ezes u#a olha!ela. 3o#ente ouia# que oiss e%lias conersaa# co# Jesus sobre sua parti!a !esta i!a, sobre a consu#a&o !o seu #inistrio, oqual !eia ser cu#pri!o e# Jerusal# e acontecer por #eio !e so'ri#ento e #orte. 7uan!o os!isc$pulos, s ezes, se er"uia# por al"uns #o#entos, !aa# co# os olhos na "lória !o estre enos !ois pro'etas que estaa# co# ele.

oz !o cu, V. %%) Ao se retirarem estes de Jesus, disse-lhe edro' Mestre, bom #estarmos aui2 então !a9amos tr:s tendas' uma serF tua, outra de Mois#s, e outra de &lias, não sabendo, por#m, o ue dizia. %+) &nuanto assim !alava, veio uma nuvem e os envolveu2 e

encheram-se de medo ao entrarem na nuvem. %) & dela veio uma voz, dizendo' &ste # o meu Bilho, o meu eleito' a ele ouvi. %/) Depois dauela voz, achou-se Jesus sozinho. &les calaram-se,e, naueles dias, a nin$u#m contaram coisa al$uma do ue tinham visto.  oiss e %lias, ten!o'ala!o as coisas para as quais 'ora# enia!os, partira# para !ar espao a u#a #ani'esta&o ain!a#aior. as no interalo, enquanto estes se retirara#, =e!ro, por u# #o#ento, recuperou plenaconsci5ncia, ain!a que ain!a estiesse !eslu#bra!o co# o #ila"re que ira. %staa to#a!o !e5*tase especial, co# a ale"ria que própria s "ran!es !estas !os u!eus, e# especial !aquela !a'esta !os tabern8culos. /&o iu !e bo# "ra!o a parti!a !os isitantes !o cu, e por isso propsconstruir tr5s tabern8culos, u# para Cristo, u# para oiss e u# para %lias, para que a co#unh&o,

Page 64: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 64/166

que assi# co#eara, continuasse in!e'ini!a#ente, e os !isc$pulos pu!esse# ser teste#unhas !a"lória celeste por u# te#po in!e'ini!a#ente lon"o. as, co#o o a'ir#a o ean"elista, =e!ro n&otinha i!ias claras sobre o que estaa !izen!o. <o!o o aconteci#ento !o #onte !a trans'i"ura&o'oi para Cristo u#a a#ostra e u# penhor !a "lori'ica&o que seria sua !epois !e sua pro'un!a pai*&o. =ara os !isc$pulos ele !eia ser u# 'ortaleci#ento !a ', e# ista !os !ias pelos quais!eeria# passar, que era# !a #ais seera tenta&o e tribula&o. as, a to!os quantos cr5e# e#

Cristo e que por causa !ele participa# !as perse"ui4es que sobre5# aos 'iis, retrata!a a 'uturatrans'i"ura&o e "lori'ica&o. G%sta reela&o #ostra que a i!a presente na!a e# co#para&oco# a que !ee ir, a qual ser8 a por&o !e to!os quantos e# Cristo #orrera# para o #un!o.Co#pete-nos, co# sincero louor, a"ra!ecer a Deus, que ele tanto se hu#ilhou para nos reelar essa "lória, e que seu !eseo tornar-nos 'ir#es na esperana !a i!a que nos e# por #eio !u#areela&o t&o bela, p6blica e #aestosaH")

%nquanto =e!ro ain!a 'alaa estas palaras, eio u#a nue#, n&o u#a #assa escura eso#bria, #as u#a que re'ul"ia co# brilho celeste. %sta apari&o 'oi t&o ei!ente, que os pobres ecorruptos #ortais instintia#ente recuara# e se enchera# !e te#or quan!o a nue# os enoleu.%ra u#a nue# !e "lória, se#elhante quela que encheu o 3anto !os 3antos !o tabern8culo e !ote#plo, quan!o o 3enhor queria 'alar co# os 'ilhos !e Esrael. as, ain!a que naqueles !ias haia sóa arca !a aliana que seria co#o u# tipo !as coisas que !eia# ir, a"ora o próprio trono !a

#isericór!ia estaa pessoal#ente presente na nue# !a "lória !e Deus, ro!ea!o !e brilho celeste.%nt&o ocorreu a reela&o !e Deus =ai, que, e# teste#unho sobre seu ilho, 'alou !a nue#0 %ste o #eu ilho, o #eu eleito, a ele oui, se!e-lhe sub#issos. Co# isto a !i"ni!a!e pro'tica !o 3u#o3acer!ote !o /oo <esta#ento 'oi coloca!a ao alto, at #es#o !a !os pro'etas anti"os. o seula!o, os #ais !i"nos, "ran!es e #elhores #ortais perece# na insi"ni'icncia0 Jesus precisa ser tu!oe# tu!o. <&o lo"o que a oz 'oi oui!a, Jesus se encontrou a sós e e# sua anti"a apar5nciahu#il!e, que era a !e sero. <o!os os traos !a "lória celeste haia# si!o re#oi!os. +s!isc$pulos, por#, haia# oui!o o que !eia# 'azer. <inha# a palara !e Jesus, a palara !oean"elho. %sta !eia# "uar!ar 'ir#e#ente, e a ela !eia# sub#eter-se. /ós crist&os n&o precisa#os preocupar-nos co# o 'ato que a presena is$el !e Cristo nos 'oi tira!a. =ois ta#b#te#os a palara e na palara te#os Jesus e# to!a "lória !e seu "lorioso a#or para a nossasala&o. +s tr5s !isc$pulos, e# obe!i5ncia a u#a or!e# !e Cristo, e# seus !ias, "uar!ara#sil5ncio sobre esta reela&o #arailhosa. /&o 'alara# !esta e*peri5ncia se n&o só !epois !aressurrei&o !e Cristo.

 A ;ura dum Menino &pil#tico,  Lc. 9. N-?@.

+ #ila"re, V. %0) (o dia se$uinte, ao descerem eles do monte, veio ao encontro de Jesus $rande multidão. %5) & eis ue, dentre a multidão, sur$iu um homem, dizendo em alta voz' Mestre, suplico-te ue veas meu !ilho, porue # o *nico2 %7) um esp@rito se apodera dele e, de repente, $rita e o atira por terra, convulsiona-o at# espumar, e di!icilmente o dei4a, depois de o ter uebrantado. +<) 6o$uei aos teus disc@pulos ue o e4pelissem, mas eles não puderam. +1) 6espondeu Jesus' I $era9ão incr#dula e perversa At# uando estarei convosco e vos so!rerei8Traze o teu !ilho. +") uando se ia apro4imando, o demnio o atirou no chão e o convulsionou'mas Jesus repreendeu o esp@rito imundo, curou o menino e o entre$ou a seu pai. +%) & todos

 !icaram maravilhados ante a maestade de Deus. >isto que Lucas est8 escreen!o a crist&os !eori"e# "entia, ele o#ite quase to!as as re'er5ncias aos 'ariseus e sa!uceus, isto seus leitores!i'icul!a!e para aco#panh8-lo. /esta história, ta#b#, n&o h8 re'er5ncia !isputa que os!isc$pulos tiera# co# os che'es !os u!eus, #as sen!o só relata!o o aconteci!o. Jesus passara anoite no #onte. as, quan!o, no !ia se"uinte, !esceu co# seus !isc$pulos, ocorreu-lhe u#a cenae#ocionante. %# pri#eiro lu"ar, eio #uita "ente para encontr8-lo. % !o #eio !a #ulti!&o, quan!oesta che"ou pró*i#o, u# ho#e# se a!iantou e e# prece la#entosa e*cla#ou e# alta oz. 7ueria

" )5) Lutero, cita!o e# 3toecKhar!t, >iblische Geschichte d:s (euen Testaments, 1+5.

Page 65: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 65/166

que Jesus !esse aten&o ao seu 'ilho 6nico, co# o 'i# !e socorr5-lo. De te#po e# te#po ocorriaque u# #au esp$rito to#aa posse !ele, e o #enino, repentina#ente, "ritaa !e !or. %nquanto isto,o !e#nio o retorcia e u!iaa at que espu#a lhe aparecesse na boca, e, #es#o !epois !e 'erir iolenta#ente a criana, n&o se ausentaa por lon"o te#po. %ra u# caso !e epilepsia e insani!a!eseera, causa!a por u# #au esp$rito. + pai coita!o haia ro"a!o aos !isc$pulos, que haia# per#aneci!o no ale, se lhe pu!esse# au!ar nesta e#er"5ncia, #as n&o haia# si!o capazes.

 /esta ocasi&o o bra!o !e Jesus 'oi0 P "era&o incr!ula e perersaQ "ente que n&o t5# ' e queconsistente#ente enere!a pelo trilho erra!oR t quan!o estarei conosco e os so'rerei 7ueinclui o poo co#o u# to!o, i"ual#ente o pai !o #enino e, !e certa #aneira, os !isc$pulos, co#o!epois lhes !isse. Esto era caracter$stica !o poo escolhi!o !e Deus !aquele te#po0 reeitaa# oessias !e sua sala&o ou e# seus sonhos por u# reino terreno se"uia# 'alsas li!eranas eesperanas. se"uir Jesus or!enou que o #enino lhe 'osse trazi!o. %nquanto o #enino, con'or#esua or!e#, se apro*i#aa !e Jesus, o !e#nio 'ez u# 6lti#o assalto e# sua $ti#a, #achucan!o e'azen!o-o entrar e# conuls&o. /ote#os0 M #uito pro8el que certos ataques seeros !een'er#i!a!es, tais co#o ci#bras, conuls4es, epilepsias, !e#5ncias e outras, ta#b# e# nossos!ias, s&o causa!as e a"raa!as pelo !iabo. %le u# assassino !es!e o princ$pio e te# só u#a coisae# #ente, que !estruir as criaturas !e Deus. as o po!er !o #au esp$rito, tanto nesse caso co#onos !e#ais, só ai at on!e Jesus o per#ite. =ois, Jesus repreen!eu o esp$rito i#un!o, sarou ao

#enino e o !eoleu a seu pai. se"un!a pre!i&o, V. +%b) ;omo todos se maravilhassem de uanto Jesus !azia, disseaos seus disc@pulos' ++) Bi4ai nos vossos ouvidos as se$uintes palavras' Bilho do homem estF para ser entre$ue nas mãos dos homens. +) eles, por#m, não entendiam isto, e !oi-lhes encoberto para ue o não compreendessem2 e, temiam interro$F-lo a este respeito. + poo estaa #uito#arailha!o !iante !a #aesta!e Deus, reela!a no po!er que 'oi capaz !e operar essa cura. %sta#aesta!e a ess5ncia !e Jesus. %la lhe !a!a co#o ho#e#, ten!o-a ele no esta!o !a hu#ilha&o.%le o er!a!eiro Deus e a i!a eterna. as, enquanto to!os se #arailhaa# sobre o "ran!e 'eitoque Jesus haia realiza!o, este leou seus !isc$pulos para o la!o e lhes 'alou e# particular,a'ir#an!o #ais u#a ez que !eia# abrir seus oui!os s palaras que a"ora lhes !iria, que asrecor!asse# e captasse# seu si"ni'ica!o0 contecer8 que o ilho !o ho#e# ser8 entre"ue nas#&os !os ho#ens. Esto al"o certo. % ele queria que seus !isc$pulos se acostu#asse# ao pensa#ento !e que esse era o cu#pri#ento !as pro'ecias !o nti"o <esta#ento. as, co#o Lucas,nu# penaliza!o aparte, obsera, eles n&o co#preen!era# suas a'ir#a4es, e lhes eraco#pleta#ente oculto o ponto !e n&o tere# a #enor co#preens&o !o 'ato. o #es#o te#po,estaa# te#erosos para lhe per"untare# sobre o que lhes !issera. ei!5ncia !e sua #aesta!eine'8el se ressaltaa tanto e# seu recente #ila"re, que os !isc$pulos n&o conse"uia# reunir acora"e# necess8ria para per"untar-lhe sobre o caso.

 Aulas sobre 3umildade, Lc. 9. ?O-@O.

per"unta sobre que# o #aior, V. +/) Kevantou-se entre eles uma discussão sobre ual deles seria o maior. +0) Mas Jesus, sabendo o ue se lhes passava no cora9ão, tomou umacrian9a, colocou-a unto de si, +5) e lhes disse' uem receber esta crian9a em meu nome, a mimme recebe2 e uem receber a mim, recebe auele ue me enviou2 porue auele ue entre vs !or o

menor de todos, esse # ue # $rande.  Deste inci!ente aparece que a !ensi!a!e espiritual !os!isc$pulos, #es#o nesse te#po, ain!a era #uito "ran!e. =ois, enquanto Jesus se preocupaa co# aobra !a sala&o e sobre o in'ort6nio e o be#-estar !e to!o o #un!o, os apóstolos estaa# bri"an!o e# #esquinha ciu#eira sobre postos !e honra e# seu próprio #eio. %# seu #eio haia'reqIente alterca&o sobre a quest&o !este proble#a t&o '6til. Lucas n&o relata que Jesus per"untousobre o que !isputaa#, contentan!o-se e# salientar a li&o que Jesus ensinou. + estre to#ouu#a criancinha e a colocou ao seu la!o no centro !os !isc$pulos, !izen!o-lhes que, receben!o estacriancinha, receberia# a ele, e, por isso, ta#b# quele que o eniara. + pequeno e insi"ni'icanteaos olhos !o #un!o "ran!e aos olhos !e Jesus, quan!o e*iste '. se"uir ele e*pressa o "ran!e

Page 66: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 66/166

 para!o*o, a aparente contra!i&o que er!a!eira no reino !e Deus0 quele que o #enor !eto!os, esse que "ran!e no reino !e Deus. quele que est8 satis'eito co# a posi&o #ais hu#il!ee bai*a, se, unica#ente, conse"ue serir ao estre, ele possui as reais quali!a!es que s&onecess8rias para ser "ran!e, e, neste senti!o, ser&o reconheci!as pelo próprio Cristo.

F#a interrup&o 'eita por Jo&o, V. +7) Balou João e disse' Mestre, vimos certo homem ueem teu nome e4pelia demnios, e lho proibimos, porue não se$ue conosco. <) Mas Jesus lhe

disse' (ão proibais2 pois uem não # contra vs outros, e por vs. oi 'eita a ale"a&o que esta#os perante u#a transi&o, e que este inci!ente est8 no lu"ar erra!o. as ela cabe #uito be# aqui. +assunto atual, !e #o!o al"u#, 'oi a"ra!8el, e Jo&o, intro!uzin!o seu 'ato, pensou que #u!aria oassunto e ta#b# receberia al"u# louor. Jo&o conta ao 3enhor que, na ia"e# #ission8ria que'izera# ou, talez, #ais recente#ente, al"uns !eles, proael#ente ele próprio e <ia"o, haia#isto u# ho#e# e*pulsar !e#nios e# no#e !e Jesus. De i#e!iato se o'en!era# e proibira# isso,co#o u#a inter'er5ncia e# seus !ireitos e co#o u# insulto ao seu estre. Jesus, por#, os instrui!i'erente#ente. os e*orcistas era #uito #elhor usar o seu no#e !o que apoiar-se e#encanta#entos !e !e#nios. ;aia a possibili!a!e que este ho#e# creu e# Jesus co#o sen!o oessias, #as ain!a n&o alcanara a co#preens&o que !eia untar-se aos !isc$pulos !e Jesus ese"ui-lo, con'essan!o, assi#, sua ' !iante !as pessoas. De i"ual #o!o, ele n&o i#pe!ia #as, noque lhe !izia respeito, pro#oia a obra !e Jesus. %ste ere!ito !e Cristo cont# u#a instru&o para

to!os nós, para que tenha#os paci5ncia co# nossos ir#&os e ir#&s 'racos. %les possue# ' e# seuscora4es e con'essa# o no#e !e Jesus, #as ain!a n&o che"ara# ao ponto !e estar no #es#o n$elco# crist&os be# 'un!a#enta!os. as o 3enhor lhes !ar8 #ais ilu#ina&o, e n&o nos cabeestabelecer, !e #o!o #uito arbitr8rio, os li#ites.

Seeita!o pelos sa#aritanos, V. 1) & aconteceu ue, ao se completarem os dias em uedevia ele ser assunto ao c#u, mani!estou no semblante a intr#pida resolu9ão de ir para Jerusal#m,") e enviou mensa$eiros ue o antecedessem. Lndo eles, entraram numa aldeia de samaritanos para lhe preparar pousada. %) Mas não o receberam porue o aspecto dele era de uemdecisivamente ia para Jerusal#m. +) Vendo isto, os disc@pulos Tia$o e João per$untaram' Henhor,ueres ue mandemos descer !o$o do c#u para os consumir8 ) Jesus, por#m, voltando-se osrepreendeu e disse' Vs não sabeis de ue esp@rito sois. /) ois o Bilho do homem não veio paradestruir as almas dos homens, mas para salvF-las. & se$uiram para outra aldeia. Co#o #ostraeste inci!ente, Jo&o e <ia"o, os G'ilhos !o tro&oH, ain!a n&o haia# apren!i!o a li&o to!a sobre ahu#il!a!e. 7uan!o se estaa# por cu#prir os !ias e# que !eia ser recebi!o no alto, ou quan!oos !ias !e sua ascens&o estaa# e# ias !e se co#pletare#, Go que inclu$a a apro*i#a&o !ascenas 'inais !a e*peri5ncia terrena !e CristoH, ent&o ele, 'ir#e#ente, #ani'estou no se#blantequerer iaar para Jerusal#. /&o 'oi a 6lti#a ia"e# que o 3enhor 'ez, #as seria aquele que!eci!iria seu 'a!o, no que !iz respeito aos che'es !os u!eus. Des!e esta poca ele po!ia esperar u# es'ria#ento !o 'eror popular. ez sua ia"e# pela 3a#aria. /u#a ocasi&o, por#, quan!oeniou #ensa"eiros 'rente, para proere# aloa#ento, recebeu u#a 'la"rante ne"a&o. +ssa#aritanos, que era u# poo #isto, haia#-se separa!o !a i"rea u!aica, aceitaa# só o=entateuco co#o a palara reela!a !e Deus, e n&o a!oraa# e# Jerusal#. =or causa !isso, haia pouco a#or !istribu$!o entre u!eus e sa#aritanos, Jo. ?. 9. /o caso atual, o poo !u#a i!asa#aritana n&o quis !ar aloa#ento a Jesus, literal#ente porque seu rosto iaaa para Jerusal#,ou sea, porque seu rosto estaa !iri"i!o nesta !ire&o, sen!o este o seu !estino. as este trato

conce!i!o ao seu estre encheu Jo&o e <ia"o co# a #aior in!i"na&o. Se'erin!o-se ao ato !e%lias, 2. Ss. 1. 1B, queria# se"uir seu e*e#plo e ter esta ila arrasa!a co# 'o"o !o cu. as Jesusse oltou a eles e seera#ente os e*probrou pela sua su"est&o. + esp$rito !e Cristo e !o /oo<esta#ento n&o ten!e para a !estrui&o !as al#as !as pessoas, #as e# sal8-las. %# ez !e#ostrar qualquer ressenti#ento, Jesus escolheu outra ila para pousar. %sta li&o te# seu lu"ar ta#b# hoe. i"rea crist&, a con"re"a&o crist&, n&o usa qualquer 'ora para lear Cristo e oean"elho ao poo, pois seu reino n&o !este #un!o. GCristo !iz aqui0 Le#bre# !e que esp$ritosois 'ilhos, a saber, !o %sp$rito 3anto, que o %sp$rito !e paz, e n&o !e !iis&o. Esto =e!ro,i"ual#ente, esqueceu no ar!i#, quan!o Cristo lhe !isse0 Coloca a espa!a e# sua bainha. /&o

Page 67: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 67/166

requer pelea #as so'ri#ento. M o %sp$rito 3anto per#ite isto e que 'ica e# sil5ncio, que Cristo sea!esta 'or#a cruci'ica!o e horriel#ente !es'i"ura!o. ssi# ta#b#, porque te#os a !outrina pura,acontece-nos que tu!o o que "ran!e no #un!o e#pre"a o po!er e a autori!a!e contra esta!outrina. as t&o so#ente Deus a sust#, !outro eito, a #uito teria si!o !estru$!a.... as, istoque eles ilipen!ia# a !outrina e !e'en!e# sua própria i!ia, n&o po!e#os calar-nos, #as precisa#os 'alar contra eles. /isso so#os, por#, co#o 'ora# Jo&o e <ia"o. /osso cora&o te#

este senti#ento, !e que !ee#os in"ar-nos contra quaisquer tiranos ateus.... qui ca!a u# !eiaarrepen!er-se real#ente e ro"ar a Deus que ele nos preina !e tais pensa#entos assassinos. /&o!ee#os !esear a in"ana, #as ter co#pai*&o, e recor!ar qual o obetio !a in!a !o ilho !oho#e#, a saber, que n&o !ee#os !esear o ul"a#ento e a in"ana sobre os peca!ores.H%)

Verdadeiro Discipulado de ;risto,  Lc. 9. @-O2.

V. 0) Lndo eles caminho !ora, al$u#m lhe disse' He$uir-te-ei para onde uer ue !ores. 5) Mas Jesus lhe respondeu' As raposas t:m seus covis e as aves do c#u, ninhos2 mas o Bilho dohomem não tem onde reclinar a cabe9a. 7) A outro disse Jesus' He$ue-me. &le, por#m,respondeu' ermite-me ir primeiro sepultar meu pai. /<) Mas Jesus insistiu' Dei4a aos mortos o sepultar os seus prprios mortos. Tu, por#m, vai e pre$a o reino de Deus. /1) utro lhe disse'

He$uir-te-ei, Henhor2 dei4a-me primeiro despedir-me dos de casa. /") Mas Jesus lhe replicou' (in$u#m ue, tendo posto a mão no arado, olha para trFs, # apto para o reino de Deus. C'. t. .19-22. +s tr5s inci!entes ensina# a #es#a li&o0 + er!a!eiro !iscipula!o !e Cristo enole u#ane"a&o !e si #es#o e !e to!os os laos terrenos, e# certas circunstncias, at, as obri"a4es !aconsan"Iini!a!e. + ho#e#, !o co#eo, quis ser !isc$pulo !e Cristo, #as n&o soube que sacri'$ciosestaa# enoli!os. Jesus aponta para o seu próprio caso. s raposas t5# tocas, e as aes !o cut5# seus poleiros, #as o ilho !o ho#e# n&o te# al"u# lu"ar que possa cha#ar co#o seu. 3e esta a posi&o !o estre, o !isc$pulo, !i'icil#ente, po!e esperar al"o #ais. /o se"un!o caso, Jesus pe!iu a u# escriba para que 'osse seu !isc$pulo. 7uan!o o ho#e# lhe !eu suas escusas, !e que, pri#eiro, precisaa oltar e sepultar seu pai, Jesus lhe !isse que esta obri"a&o #uito be#aten!i!a pelas #&os !aqueles que 'aze# sua a tare'a !e sepultar os #ortos, #as que ele, contu!o,iesse e se"uisse Jesus, procla#an!o e# to!a parte o reino !e Deus. /o terceiro caso, o ho#e#!eci!e se"uir, #as prop4e u#a con!i&o preli#inar, a saber, que lhe sea conce!i!a, pri#eiro, aoportuni!a!e !e !izer a!eus a seus a#i"os. %ste u# tipo !e pessoa que se#pre quer, pri#eiro,'azer al"o que #ais lhe interessaa, para, só ent&o, ocupar-se co# o que #ais necess8rio. Jesus, por#, o corri"e co# u# !ito proerbial0 /in"u#, ten!o coloca!o a #&o ao ara!o e que ent&oolha para traz, est8 apropria!o para o reino !e Deus. 3e"uir Jesus e# seu #inistrio o cha#a!o#ais elea!o, e e*i"e u#a inten&o 'ir#e e u# olho constante. 7ualquer trabalho &o, a n&o ser que o ho#e# to!o se e#penha nele e !eota to!a sua #ente ao que te# e# #&os. %stas li4es s&our"ente#ente necess8rias e# nossos !ias, que ca!a u# capaz !e 'azer a aplica&o a si #es#o. G+ pri#eiro caso o !o i#pulso i#pensa!o, o se"un!o o !as tare'as con'litantes, o terceiro o !a #ente!ii!i!aH+)

Resumo:  Jesus enia os !oze e# ia"e# #ission8ria, ali#enta cinco #il, aceita acon'iss&o !e =e!ro e pre!iz sua pai*&o, trans'i"ura!o, cura u# #enino lun8tico, !8 8rias li4essobre hu#il!a!e, e pro'ere u#a li&o sobre o !iscipula!o.

Capítulo 10

 A Missão dos Hetenta  Lc. 1B. 1-22.

% ) 7) Lutero, 0. 1+/+, 1+/.+ ) /<) &4positors GreeN Testament, 1.%0.

Page 68: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 68/166

colheita abun!ante, V. 1) Depois disto o Henhor desi$nou outros setenta2 e os enviou dedois em dois, para ue o precedessem em cada cidade e lu$ar aonde ele estava para ir. ") & lhes !ez a se$uinte advert:ncia' A seara # $rande, mas os trabalhadores são poucos. 6o$ai, pois, aoHenhor da seara ue mande trabalhadores para a sua seara. + 3enhor, co#o #ostra# clara#enteos 6lti#os inci!entes, se#pre estaa procuran!o #ais !isc$pulos. 3ua palara coni!atia ecoouse#pre !e noo, pleitean!o co# as pessoas para que se"uisse# sua #isericor!iosa li!erana.

3e#pre houe al"uns que 'ora# conenci!os e ubilosos se untara# s 'ileiras !os 'iis !oessias !o #un!o. Destes !isc$pulos, no senti!o #ais lato, !os quais a #aioria aco#panhaa aJesus e# suas ia"ens, ele a"ora apontou ou co#issionou outros, ao to!o setenta, e# a!i&o aos!oze que escolhera co#o seus representantes. !i'erena principal entre o trabalho !estes !ois"rupos parece ter si!o, que os setenta só tiera# u# co#issiona#ento te#por8rio, que 'oi preparar-lhe o ca#inho e# certos lu"ares !a =alestina, na Ju!ia, on!e o 3enhor era, #ais ou #enos,!esconheci!o. Jesus os eniou !e !ois e# !ois, por causa !o co#panheiris#o e !a assist5ncia#6tua. ora# a!iante !ele, co#o arautos especiais, para preparar o poo para a che"a!a !o Cristo.%laborou-lhes u# itiner8rio e '5-los anotar as ci!a!es e lu"ares aos quais ele planeaa ir. 3uainten&o, talez, n&o 'osse isitar pessoal#ente to!as as ilinhas e pooa!os, queria, por#, que a procla#a&o o prece!esse, !e que o "ran!e pro'eta !a :alilia, o 3ala!or !e Esrael, se apro*i#aa!e sua terra. 3aben!o-o, ca!a u# que estaa interessa!o a respeito !o essias, po!ia ir 

 pessoal#ente e er e oui-lo. se"uir Jesus, buscan!o o bene'$cio !estes #ensa"eiros, !escreeu-lhes a situa&o. seara era "ran!e0 haia #ilhares !e pessoas e# necessi!a!e !e re!en&o, !asquais #uitas 8 estaa# prepara!as para a receber. =or isso era, particular#ente "ran!e, anecessi!a!e !e ho#ens capazes !e participar !a "ran!e obra !e pre"ar o reino. Esto, !es!e oste#pos !e Jesus, te# si!o er!a!e e# to!as as ocasi4es, e assi# o ser8 at o 'i# !os te#pos. /os pa$ses "entios h8 #ilh4es !e al#as que ain!a aze# nas treas e na so#bra !a #orte. % nos, assi#cha#a!os, pa$ses crist&os #uito pequena a propor&o !e crist&os con'essores. %# nosso próprio pa$s h8 #ilhares !e ci!a!es se# a pre"a&o !o ean"elho. =or isso a se"un!a parte !a a'ir#a&o !eCristo ta#b# precisa encontrar sua aplica&o, a saber, que a ora&o sincera !e to!os oser!a!eiros crist&os suba ao =ai !e to!a "raa e #isericór!ia, para que enie trabalha!ores suaseara, que torne olunt8rios a #uitos oens para aten!ere# o seu cha#a!o, e que #uitos assu#a#o priil"io !e suprir a estes trabalha!ores co# o necess8rio para a i!a nestas suas obri"a4es.

s pri#eiras instru4es, V. %) Lde. &is ue eu vos envio como cordeiros para o meio delobos. +) (ão leveis bolsa, nem al!ore, nem sandFlias2 e a nin$u#m saudeis pelo caminho.) Aoentrardes numa casa, dizei antes de tudo' az sea nesta casa /) He houver ali um !ilho da paz,repousarF sobre ele a vossa paz2 se não houver, ela voltarF sobre vs. 0) ermanecei na mesmacasa, comendo e bebendo do ue eles tiverem2 porue di$no # o Trabalhador do seu salFrio. (ãoandeis a mudar de casa em casa. =or to!as estas instru4es ecoa0 M encar"o !o Sei, e o encar"o !oSei requer pressa. %# "eral, estas or!ens sobre a a&o n&o !i'ere# !aquelas !a!as aos apóstolos,isto que as circunstncias era# quase as #es#as. or!e# 'oi ir. as o 3enhor 'ranca#ente lhes!iz que sua posi&o seria se#elhante a !e oelhas e# #eio a lobos. Des!e o co#eo !eia# saber que sua i#pot5ncia era absoluta, no que !izia respeito sua própria 'ora. +s ini#i"os, quesur"iria# para co#bat5-los, seria# tanto #ais po!erosos !o que eles a ponto que eles, co# sua própria 'ora, na!a 'aria#, #as que sua 6nica con'iana !eia ser o 3enhor e a sua prote&o. /&o!eia# lear bolsa, pois co# eles n&o !eia ser acha!o !inheiro. /&o !eia# se"uir os #to!os

!os pro'etas itinerantes, carre"an!o s costas u#a bolsa !e #en!i"o. /e# #es#o !eia# lear san!8lias, aquelas san!8lias pesa!as !e ia"e#. /&o !eia# concor!ar co# as #inuciosassau!a4es orientais, !urante as quais, por e*e#plo, o in'erior paraa quieto at que o superior haia passa!o. Deia# estar concentra!os unica#ente e# sua própria ocupa&o. 3ua #iss&o !eiaocorrer nas casas. % co# a sau!a&o !e paz, co#o sua pri#eira palara, !eia# entrar e# ca!acasa. 3e nela houesse al"u# a que# se a!aptasse o atributo G'ilho !a pazH, ou sea, u#a pessoa!e reti!&o e beneol5ncia, u# er!a!eiro israelita, ent&o a paz !eles repousaria sobre ela. as, nocaso contr8rio, a b5n&o !a paz retornaria a que# a pro'eriu. ssi#, !e qualquer #o!o, os bonsotos n&o estaria# per!i!os. er!a!eira cortesia crist& nunca e# &o, at #es#o, se o !esea!o

Page 69: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 69/166

recebe!or !eci!ir ser antip8tico e #al-hu#ora!o, se#pre h8 a satis'a&o !e ter #ostra!o cortesia.F#a palara terna n&o custa na!a, #as po!e trazer ricos uros. o #es#o te#po, os setenta n&o!eia# an!ar ao re!or in!o !e casa e# casa, procuran!o o #elhor lu"ar para #orar, #as !eia#co#er e beber a co#i!a e a bebi!a que pertencia s pessoas !a casa, co#o se 'osse a sua. =ois, !izCristo, o trabalha!or !i"no !e seu sal8rioQ seu ali#ento e sua #anuten&o era o seu sal8rio, pertencen!o-lhes por !ireito pelo seu trabalho, 1.Co. 9. 11-1?.

ais instru4es, V.5) uando entrardes numa cidade e ali vos receberem, comei do uevos !or o!erecido. 7) ;urai os en!ermos ue nela houver, e anunciai-lhes' A vs outros estF pr4imo o reino de Deus. 1<) uando, por#m, entrardes numa cidade e não vos receberem, sa@  pelas ruas, e clamai' 11) At# o p da vossa cidade, ue se nos pe$ou aos p#s, sacudimos contravs outros. (ão obstante, sabei ue estF pr4imo o reino de Deus. 1") Di$o-vos ue nauele diahaverF menos ri$or para Hodoma, do ue para auela cidade. + que 'oi !ito !as casas in!ii!uais,a"ora repeti!o sobre ci!a!es inteiras. +n!e quer que a recep&o era bon!osa e con'or#e a!i"ni!a!e !o cha#a!o !eles, l8 !eia# 'icar, co#en!o o que lhes era seri!o. Deia# estar satis'eitos co# a ali#enta&o que o poo era capaz !e lhes o'erecer, #es#o que 'osse 'ru"al. F# pastor se#pre se contentar8 quan!o po!e participar !a pobreza !o seus paroquianos, assi# co#o os paroquianos se#pre !eia# estar 'elizes e# po!ere# repartir sua riqueza co# seu pastor. se"uir o trabalho !os setenta bree#ente in!ica!o0 Curar os en'er#os e anunciar a in!a !o reino !e

Deus na pessoa !e Jesus. =ois, ca!a u# que aceita Cristo pela ', esse entra nesse reino. %ste seriao priil"io !o poo que oue a #ensa"e#, isto que !esta 'or#a o conite era o'ereci!o a to!oseles. as, se aos !isc$pulos 'osse ne"a!a a!#iss&o nal"u#a ci!a!e ou casa, !eia# tentar repassar aos habitantes !e tal ci!a!e a abo#ina&o !e sua o'ensa, isto que, reeitan!o os arautos,!esprezaa# o estre. 3ain!o !as casas inospitaleiras para as ruas, !eia#, !elibera!a#ente,sacu!ir o próprio pó que seus ps, !es!e que entrara# na ci!a!e, haia# ape"a!o. %ste o #aise*pressio "esto !u#a reei&o total. as, quanto ao #ais, o poo !esta ci!a!e !eia saber, que oreino !e Deus estaa co# eles, que lhes 'oi o'ereci!a a oportuni!a!e !e aceit8-lo, e que era sua própria 'alta, se isto lhes 'oi e# &o. Jesus !eclara solene#ente, que a 'alta !e tal ci!a!e, quan!o!esprezou o ean"elho, 'oi !e tal natureza que e*ce!eu as trans"ress4es !e 3o!o#a, e ser8 trata!aassi# no !ia !o u$zo.

is sobre !iersas ci!a!es !a :alilia, V. 1%) Ai de ti, ;orazim ai de ti, >etsaida orue se em Tiro e em Hidom se tivessem operado os mila$res ue em vs se !izeram, hF muito ue elas se teriam arrependido, assentadas em pano de saco e cinza. 1+) ;ontudo, no u@zo, haverF menosri$or para tiro e Hidom, do ue para vs outros. 1) Tu, ;a!arnaum, elevar-te-Fs, porventura, at#ao c#u8 DescerFs at# ao in!erno. 1/) uem vos der ouvidos, ouve-me a mim2 e, uem vos reeitar,a mim me reeita2 uem, por#m, me reeitar, reeita auele ue me enviou.  C'. t. 11. 21-2N.  per"unta sobre a culpa !aqueles que reeita# o ean"elho eoca na #ente !e Jesus oco#porta#ento !as ci!a!es !a :alilia e# cua re!on!eza haia# si!o realiza!os al"uns !os#aiores 'eitos. %le, na plenitu!e !e seu a#or e #isericór!ia, se !iri"ira a elas. Contu!o, elas oreeitara#. Corazi# e Aetsai!a localizaa#-se, quase que la!o a la!o, nas #ar"ens !o La"o !e:enezar. /elas haia# si!o realiza!os "ran!es #ila"res, e as pessoas haia# che"a!o ao ponto!e se !ei*are# !istrair, #as as palaras !e eterno a#or, !itas pela boca !e Jesus, n&o haia# 'eitoi#press&o e# seus cora4es. <iro e 3i!o#, ci!a!es "entias que os u!eus !esprezaa# por suas pr8ticas e crenas i!ólatras, e# circunstncias se#elhantes, a #uito se teria# arrepen!i!o, esti!as

e# pano !e saco e co# cinzas sobre as cabeas. =or isso, <iro e 3i!o#, para as quais sua "raa n&ohaia si!o reela!a nesta #e!i!a, receberia# #aior consi!era&o no !ia !o u$zo !o que estasci!a!es !a :alilia. <a#b# Ca'arnau#, que, pelo 'ato !e Jesus ter 'eito nela sua base para o seu#inistrio "alileu, haia si!o er"ui!a at o cu, receberia a #e!i!a plena !e sua ira no 6lti#o !ia, e 'ora seria arre#essa!a ao in'erno. /ote#os0 ;8 aqui u#a palara !e a!ert5ncia a to!os oscrist&os. =or anos, !ca!as e "era4es, Cristo est8 e# seu #eio por #eio !a palara escrita e 'ala!a.7uantas ezes, por#, Cristo ne"li"encia!o e !ei*a!o !e la!o nos lares crist&sR /&o h8 leitura !a%scritura e# particular ou no culto 'a#iliar. /&o h8 'reqI5ncia re"ular aos cultos. ;8 o peri"o !ecair na con!ena&o !as ci!a!es "alilias. /isso ta#b# est8 inclu$!o o trato que t&o aos

Page 70: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 70/166

#ensa"eiros !e Cristo. +uin!o a estes, oui#os Cristo, pois s&o seus e#bai*a!ores e plenipotenci8rios. as ta#b#, ao !esprez8-los e ao repu!iar o ean"elho !a "raa, repu!ia#os aCristo, !e cua sala&o pre"a#. %, !esprezan!o a Cristo, !espreza#os seu =ai celestial, e# parte, porque ele 'oi enia!o no pleno po!er !o =ai, e e# parte, porque ele u# co# o =ai. qui h8assunto para nossa sria #e!ita&oR

+ retorno e o relatório !os setenta,   >. 10) &ntão re$ressaram os setenta, possu@dos de

ale$ria, dizendo' Henhor, os prprios demnios se nos submeteram pelo teu nome 15) Mas elelhes disse' &u via a HatanFs caindo do c#u como um relOmpa$o. 17) &is a@ vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpi?es, e sobre todo o poder do inimi$o, e nada absolutamente voscausarF dano. "<) (ão obstante, ale$rai-vos, não porue os esp@ritos se vos submetem, e, sim, porue os vossos nomes estão arrolados nos c#us.  #iss&o !os setenta 'oi aco#panha!a !e"ran!e sucesso, co#o Lucas lo"o re"istra, e eles retornara# co# ale"ria. %staa#, especial#ente,ani#a!os pelo 'ato que haia# si!o capazes !e realizar #ais !o que esperaa# ou !o que lhes 'ora pro#eti!o. Con'ronta!os co# a necessi!a!e, haia# conura!o !e#nios e# no#e !e Jesus, e, pelo po!er !este no#e po!eroso e pela ' e# sua 'ora onipotente, haia#-nos e*pulso.es#onu# curso #uito co#pleto, ne# to!as as e*i"5ncias pastorais po!e# ser planea!as e# to!as as#in6cias, por isso, e# certos casos, u# pastor precisa pe!ir por po!er !o alto e ent&o usar seu#elhor u$zo para resoler u#a !i'icul!a!e. + relatório !os !isc$pulos n&o 'oi noi!a!e para Jesus.

%le, e# sua onisci5ncia, haia isto ao próprio 3atan8s, si#, o próprio 3atan8s, cain!o qual raio !ocu. ssi# co#o o au!acioso raio !esce !o cu e# "lória 'ul"ente e !esaparece na terra, assi# o po!er espl5n!i!o !e 3atan8s 'oi e*pulso !o cu. + !iabo e seus anos, co#o esp$ritos, pertence# scriaturas superiores, e, por isso, sua !estrui&o, ou sea, a itória sobre eles, !escrita co#o u#aque!a !o cu. /a e*puls&o !e esp$ritos #aus se #ani'esta a !estrui&o !o po!er !e 3atan8s. + próprio Cristo, co#o o #ais 'orte, iera sobre o 'orte, ou lhe sobreiera, e o a#arrou. i!a interia!e Cristo, !o seu nasci#ento sua #orte, 'oi u#a itória sobre 3atan8s. % esta itória trans#iti!aaos !isc$pulos !e Jesus. Deu-lhes o po!er !e pisar e es#a"ar $boras e escorpi4es e to!o o po!er sobre o ini#i"o para que !e #o!o al"u# pu!esse 'eri-los. =recisa# ser-lhes sueitos to!os os po!eres peri"osos e !e#on$acos, que tenta# 'erir os !isc$pulos !e Jesus e# sua obra !e pre"ar oean"elho. obra !o 3enhor precisa pro"re!ir e ser con!uzi!a ao 'i# !esea!o, #es#o que to!osos !e#nios se pactue# para !errot8-la. =ara o crist&o in!ii!ual este, contu!o, n&o o 'ato #aisi#portante e ne# o #aior #otio para reubilar, ou sea, que os !e#nios lhe sea# sub#issos pelono#e !e Cristo0 #as a ale"ria !os crist&os repousa e se acha basea!a sobre o 'ato que seus no#esest&o inscritos nos cus. %sta a "loriosa certeza !os que cr5e#, que eles sabe# que Deus osescolheu !es!e o princ$pio para a sala&o, e que lhes preparou as #ans4es eternas. %ste 'ato precisa per#anecer na consci5ncia !u# crist&o co#o o 'ato #ais essencial. Esto o preserar8 !ecolocar sua con'iana e# seus próprios !ons e obras.

e*ulta&o !e Jesus, V."1) (auela hora e4ultou Jesus no &sp@rito Hanto e e4clamou'Gra9as te dou, ai, Henhor do c#u e da terra, porue ocultaste estas coisas aos sFbios eentendidos, e as revelaste aos peueninos. Him, ai, porue assim !oi do teu a$rado. ") Tudo me !oi entre$ue por meu ai. (in$u#m sabe uem # o Bilho, senão o ai2 e tamb#m nin$u#m sabeuem # o ai, senão o Bilho, e auele a uem o Bilho o uiser revelar. ;8 u# to# !e triun'o nestas palaras !e Jesus, !e que apesar !e to!os os es'oros !o ini#i"o para 'rustr8-la, a sala&o !osho#ens est8 aanan!o. %le e*ultou no %sp$rito 3anto, sen!o o %sp$rito, que nele habitaa, que#

 pro'eriu u# !ito inspira!o. %le !8 to!o o louor ao =ai, o 3enhor onipotente !e cu e terra. +obetio 'inal !e to!a a obra !a re!en&o 'oi que re!un!asse para a "lória !e Deus, isto que ela 'oirealiza!a se"un!o o seu conselho. + ca#inho !a sala&o est8 oculto queles que, e# sua própriaarro"ncia, s&o s8bios e pru!entes, que espera# encontrar o ca#inho ao cu por #eio !e sua própria i#a"ina&o, ou sea, por obras que eles #es#os i#a"ina#, e por sua própria sabe!oria,1.Co. 1. 1-2@. as os que na!a sabe#, que s&o os que est&o !ispostos para to#ar catia to!a suaraz&o sob a obe!i5ncia !e Cristo, e que, quais crianas rec#-nasci!as, !esea# o leite puro !a palara !e Deus, a estes Deus reela as #arailhas !e sua palara e !e seus atos. %ste 'oi se#pre o bo# prazer !e Deus, e !isso que lhe !ee#os eterna "rati!&o.

Page 71: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 71/166

>om Hamaritano,  Lc. 1B. 2N-N.

ben!i&o !os !isc$pulos !e Cristo, V. "1%) &, voltando-se para os seus disc@pulos, disse-lhes particularmente' >em-aventurados os olhos ue v:em as coisas ue vs vedes. "+) ois eu vosa!irmo ue muitos pro!etas e reis uiseram ver o ue vedes, e não viram, e ouvir o ue ouvis, e não

o ouviram. +s !isc$pulos n&o estaa# cnscios !e seu "ran!e priil"io e ne# o alorizaa# tantoquanto o !eia#. =or isso Jesus se !iri"iu a eles e# particular e incutiu neles as "lórias !e sua posi&o e !o seu cha#a!o co#o !isc$pulos e 'iis que era#. elizes era# seus olhos, isto quehaia# recebi!o o priil"io !e er e# carne a Jesus, o 3ala!or !o #un!o.uitos pro'etas e reis!o nti"o <esta#ento haia# a"uar!a!o co# "ran!e ansie!a!e a apari&o !o essias, :n. ?9. 1Q2. 3#. . 12. <inha hai!o #uito 3i#e&o e #uita na que ansiaa# er co# seus próprios olhos ao3ala!or. as tu!o isto 'ora !a!o aos !isc$pulos, se# que eles o buscasse#. >ira# o >erbo eternoque se tornou carne. >ira# sua "lória, a "lória co#o a !o Fni"5nito !o =ai, cheio !a "raa eer!a!e. Da boca !ele ouira# a palara !a i!a eterna. /ós crist&os !o /oo <esta#ento n&oco#un"a#os !as !esanta"ens !os anti"os 'iis. =ois, ain!a que n&o sea#os capazes !e er Jesusna carne, te#o-lo se#pre conosco, at o 'i# !o #un!o, t. 2.2B. % ele est8 conosco e# sua palara, e# e por #eio !a qual te#os co#unh&o co# o ilho e co# o =ai. GM co#o se !isssse#os0

"ora u# te#po ben!ito, u# ano apraz$el, u# te#po !e #isericór!ia. quilo que a"ora est8 presente t&o precioso que os olhos que o 5e#, s&o, #uito acerta!a#ente, cha#a!os ben!itos.=ois, at a"ora, o ean"elho n&o 'oi pre"a!o t&o 'ranca e clara#ente !iante !e to!os. + %sp$rito3anto n&o 'oi !a!o publica#ente, #as ain!a estaa oculto e tinha pouco sucesso. Cristo, por#,co#eou a obra !o %sp$rito 3anto, e os apóstolos, !epois, a realizara# co# total serie!a!e. =or issoele, e# "eral, aqui cha#a aqueles !e ben!itos que 5e# e oue# essa "raa.H)

per"unta !o ho#e# !a lei,  V. ") & eis ue certo homem, int#rprete da lei, se levantoucom o intuito de pr Jesus em provas, e disse-lhe' Mestre, ue !arei para herdar a vida eterna8 "/) &ntão Jesus lhe per$untou' ue estF escrito na lei8 ;omo interpretas8 "0) A isto ele respondeu' AmarFs o Henhor teu Deus de todo o teu cora9ão, de toda a tua alma, de todas as tuas !or9as e detodo o teu entendimento2 e amarFs o teu pr4imo como a ti mesmo. "5) &ntão Jesus lhe disse' 6espondeste bem2 !aze isto, e viverFs. F# intrprete !a lei, u# ho#e# ersa!o na lei e nastra!i4es !os u!eus, u# !aqueles que pertencia# aos s8bios e pru!entes !o #un!o, leantou-se!iante ou oposto a Jesus, co#o seu oponente. 3eu obetio 'oi, !elibera!a#ente, tentar Jesus, !equerer !esenca#inh8-lo. Esto ele tentou, per"untan!o0 estre, o que 'arei ou !eerei 'azer paraher!ar a i!a eterna 3ua per"unta curiosa, isto que !i'icil#ente po!e ser a'ir#a!o que osher!eiros realiza# qualquer coisa para alcanar a herana. %le teria e*presso sua opini&o #aishonesta#ente, se tiesse !ito0 + que !eo 'azer para #erecer a i!a eterna Jesus, con'or#e u#costu#e sin"ular seu, respon!eu co# u#a contra-per"unta. %le n&o !eu os resulta!os !e qualquer 'iloso'ia, #as reportou o questiona!or %scritura 8 escrita. pri#eira per"unta, que #ais "eral, suple#enta!a pela se"un!a, que inesti"a a #ente !o ho#e# sua 'rente. /ote#os0 iloso'ia !areli"i&o crist& u# ter#o peri"oso, e representa u#a ci5ncia peri"osa. + 3enhor n&o quer que'iloso'e#os e e*co"ite#os o nosso próprio proeto reli"ioso, #as que si"a#os a palara. + ho#e#estaa real#ente be# ersa!o no nti"o <esta#ento, pois !eu correta#ente o resu#o !a lei #oral,con'or#e Dt. O.@Q L. 19.1. #ar ao 3enhor Deus !e to!o cora&o, !e to!a #ente e co#preens&o,

este o resu#o !a pri#eira taboa. % a#ar ao pró*i#o co#o a si #es#o, o resu#o !a se"un!ataboa. G#ar Deus co# to!o cora&o, isto si"ni'ica a#ar a Deus aci#a !e to!as as criaturas, isto 0#es#o que #uitas criaturas sea# t&o "entis que #e a"ra!a# e eu as a#o, que eu, ain!a assi#, por a#or a Deus, quan!o Deus, o #eu 3enhor, o quer, as !espreze e !elas !esista. #ar a Deus co#to!o cora&o , que to!o o teu ier !ireciona!o para ele e possas !izer, quan!o o a#or s criaturasou al"u#a perse"ui&o te quisere# sobrepuar0 ntes !e !ei*ar #eu Deus, !esisto !e tu!o istoQ po!e# o"ar-#e 'ora, po!e# estran"ular-#e ou a'o"ar-#e, que #e acontea o que Deus quiser, a

 ) /1) Lutero, 11.1%0.

Page 72: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 72/166

tu!o isso quero suportar ale"re#ente !o que !ei*ar a ti. 3enhor, quero a"arrar-#e #ais 'ir#e#entee# ti !o que e# to!as as criaturas, e ta#b# a tu!o que n&o pertence a tiQ quero entre"ar tu!o oque sou e tenho, a ti, por#, n&o aban!onarei.... #ar Deus co# to!a a 'ora colocar to!os os#e#bros e# a&o, para que se arrisque tu!o que se po!e co# seu corpo '$sico, antes !e 'azer o que contra Deus. #ar a Deus co# to!a a #ente n&o aceitar na!a outro !o que o que a"ra!a a DeusQco# isto ele quer aponta para a presun&o que h8 nu#a pessoaQ #as que, ao contr8rio, que a #ente

sea centra!a e# Deus e sobre as coisas que a"ra!a# a Deus.H / ) Jesus elo"ia a resposta !ointrprete !a lei co#o correta. crescentou, por#, u#a palara !e peso0 aze isto, e ier8s. qui az a real !i'icul!a!e, pois o saber e o 'azer s&o !uas coisas be# !i'erentes. 3e isto, real#ente,'osse poss$el, cu#prir per'eita#ente a lei !e Deus, ent&o a pessoa que conse"uisse cu#prir este'eito #arailhoso, co# isso, #ereceria a i!a eterna. F# cu#pri#ento per'eito !a lei te#, co#oreco#pensa !e #rito, as ben!i4es !o cu. L8, por#, est8 o e#barao. =elas obras !a leinin"u# usti'ica!o perante Deus, porque n&o h8 pessoa sobre a terra que 'az o be# e que n&o peca. GEsto pre"ar correta#ente a lei e !ar u#a li&o boa e 'orte, si#, apanh8-lo e# suas próprias palaras e no lu"ar certo, e# que lhe po!e #ostrar o que ain!a lhe 'altaH0 )

Jesus ensina que# nosso pró*i#o, V. "7) &le, por#m, uerendo usti!icar-se, per$untou a Jesus' uem # o meu pr4imo8 %<) Jesus prosse$uiu, dizendo' ;erto homem descia de Jerusal#m para Jeric, e veio a cair em mãos de salteadores, os uais, depois de tudo lhe roubarem e lhe

causarem muitos !erimentos, retiraram-se dei4ando-o semimorto. %1) ;asualmente descia um sacerdote por auele mesmo caminho e, vendo-o, passou de lar$o. %") Hemelhantemente um levitadescia por auele lu$ar e, vendo-o, tamb#m passou de lar$o. + intrprete !a lei 'icou u# poucocon'uso !iante !a resposta !e Jesus, e, e# especial, pelo oportuno0 aze istoR 3eu or"ulho 'oi, queele se#pre haia "uar!a!o os #an!a#entos !o 3enhor, #as a i#plica&o !e Cristo, !e que ain!ahaia al"o que ele !eia 'azer, causou-lhe u# certo ressenti#ento. 3eu !eseo 'ora usti'icar-se, que a elha história !o alo !e ca!a ser hu#ano, 8 !es!e os te#pos !e !&o. G%stas s&o as pessoasreal#ente #8s, que s&o or"ulhosas !e sua apar5ncia e*terior, que se quere# usti'icar e se tornar  pie!osas co# suas obras, tal co#o o 'az este intrprete !a lei.... M assi# que o 'aze# to!os oshipócritas, que e*terior#ente !es'ila# bela#ente co# obras a!#ir8eis, "ran!es e !i"nas. =o!e#!izer, que n&o cobia# "lória e louor, #as interna#ente e# seu cora&o est&o cheios !e a#bi4es'alsas, !esea# que to!o #un!o saiba !e sua pie!a!e, e se sente# 'elizes quan!o oue# al"u#'alar !issoH5) + ressenti#ento !o intrprete !a lei a'lora e# sua per"unta0 % que#, pois, #eu pró*i#o 3eu ar"u#ento que ne# se#pre se sabe que# o pró*i#o, e que certa#ente n&o po!eser espera!o que au!e#os a to!as as pessoas e# seus in'ort6nios. +s u!eus traaa# os li#ites#uito clara#ente, incluin!o na lei !o a#or só os !e sua própria na&o, #as e*cluin!o a to!os os!e#ais. G%, aci#a !e tu!o, repreen!i!a e reeita!a aqui a e*plana&o hipócrita !os u!eus, que!escree# e localiza# seu pró*i#o con'or#e suas próprias i!ias e só consi!era# aos que elesquere# nesta classe, isto , al"u# que a#i"o e o #erece, que !i"no !o bene'$cio !e a#or, !osquais se aproeitara# e ain!a espera# 'azer #ais uso, cren!o que n&o tinha# a obri"a&o !e serir e au!ar ao estranho, ao !esconheci!o, ao in!i"no e ao ini#i"o in"rato.H7)

as a história, que Jesus conta, ensina, !e #o!o e*tre#a#ente inquiri!or ei#pressionante, que# Deus consi!era nosso pró*i#o. Certo ho#e# !escia !a re"i&o #ontanhosae# que estaa Jerusal#, pela parte rochosa e cheia !e oorocas !a Ju!ia, para Jericó, no bai*oale !o Jor!&o, que o rio #ais bai*o !o #un!o. %sta re"i&o u#a terra #uito apropria!a para

assaltantes, isto que s&o nu#erosos os lu"ares, tanto !e e#bosca!a co#o !e escon!erio. ;aiacerto ho#e#. /&o !a!a a nacionali!a!e. M u# ser hu#ano. % este caiu nas #&os !os assaltantesque in'estaa# a re"i&o. Despoara#-no. Aatera#-no #uito, e se 'ora#, !ei*an!o sua $ti#a quase#orta. /ele h8 u# ho#e#, u# ser hu#ano, e# e*tre#a necessi!a!e !e au!a. conteceu, ent&o,

/  ) /") Lutero, 11.1@?1, 1@?2 (c'. ale#&o).0  ) /%) Lutero, 11.17.5 ) /+) Lutero, [email protected] ) /) Lutero, 11.1/.

Page 73: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 73/166

que certo sacer!ote !esceu pela #es#a estra!a. >iu o ho#e# estira!o e# seu san"ue, #as ele passou !e lar"o, !esean!o salar sua própria i!a e escapar, o quanto #ais r8pi!o poss$el, !esta peri"osa re"i&o. /a #es#a #aneira u# leita, che"an!o a este lu"ar, apro*i#ou-se e iu aoho#e# in'eliz, #as ta#b# se apressou pelo la!o oposto, !esean!o unica#ente salar a si#es#o. %stes !ois ho#ens pertencia# aos l$!eres !o poo, ou sea, !os quais se supunha queensinaa# e praticaa# os o'$cios !a #isericór!ia e beni"ni!a!e para co# to!as as pessoas. %les,

 por#, no !eseo !e escapar !u#a e*peri5ncia !esa"ra!8el, ne"li"encia# u# !eer óbio, porquete#e# que po!er&o participar !a #es#a !es"raa. %ste #es#o esp$rito est8, hoe, e# to!a parte !aterra. s a'ir#a4es0 Ca!a u# o seu pró*i#oQ cari!a!e co#ea e# casa, e outros, s&o ultraa!osco# u# propósito ei!ente, a saber, para encontrar u#a !esculpa por ne"li"enciar as oportuni!a!es para au*iliar ao pró*i#o.

conclus&o !a história, V. %%) ;erto samaritano, ue se$uia o seu caminho, passou-lhe perto e, vendo-o, compadeceu-se dele. %+) &, che$ando-se, pensou-lhe os !erimentos, aplicando-lhes leo e vinho2 e, colocando-o sobre o seu prprio anima, levou-o para uma hospedaria etratou dele. %) (o dia se$uinte tirou dois denFrios e os entre$ou ao hospedeiro, dizendo' ;uidadeste homem e, se al$uma coisa $astares a mais, eu to indenizarei uando voltar. %/) ual destestr:s te parece ter sido o pr4imo do homem ue caiu nas mãos dos salteadores8 %0) 6espondeu-lhe o int#rprete da lei' ue usou de misericrdia para com ele. &ntão lhe disse' Vai, e procede

tu de i$ual modo. +s !ois pri#eiros iaores 'ora# u!eus e, co#o tais, ho#ens in'luentes na na&o u!aica. + ho#e# que eio por 6lti#o era u# sa#aritano, !o qual o u!eu e# "eral T co#o por e*e#plo, este intrprete !a lei T acre!itaa# tu!o #enos o que era bo#. =or# este sa#aritano,que se !ispusera para u#a lon"a ia"e#, e que, pelo que parece, estaa co# pressa queren!o percorrer o #aior nu#ero poss$el !e quil#etros, ao contr8rio, quan!o che"ou $ti#a assalta!ae iu a con!i&o e# que se encontraa, se encheu !a #aior co#pai*&o. /&o per!eu te#po al"u#,sea co# a preocupa&o !e sua própria se"urana, ou co# qualquer la#ento ocioso sobre oin'ort6nio !o ho#e#. %le a"iu. oi at o ho#e#, laou co# inho suas 'eri!as, por causa !as proprie!a!es asspticas e !e li#peza !o inho, e, ta#b#, co# azeite, por causa !e suas quali!a!escon'ortantes e re'rescantes. tou-lhe as 'eri!as para preenir #ais per!a !e san"ue. Colocou-osobre seu próprio ani#al !e car"a, ou sua besta !e car"a. Leou-o a u#a hospe!aria beira !aestra!a, on!e u# hospe!eiro po!ia cui!ar #elhor !e suas necessi!a!es. % !urante to!a a noitecui!ou !o ho#e# 'ebril o #elhor que p!e. %, no !ia se"uinte, quan!o se iu obri"a!o a continuar sua ia"e#, pa"ou antecipa!a#ente ao hospe!eiro pelo o aten!i#ento !e #ais !ois !ias,entre"an!o !ois !en8rios (uns 2 Seais). Desta 'or#a entre"ou o in'eliz !oente aos cui!a!os !oestalaa!eiro, pro#eten!o-lhe pa"ar quaisquer !espesas a!icionais, quan!o 'osse passar noa#ente pelo lu"ar. %st8 pressuposto, que ele espera retornar para esta hospe!aria e# sua olta, sen!o eleconheci!o co#o u# 're"u5s re"ular. Depois !este qua!ro !etalha!o e $i!o, !i'icil#ente haianecessi!a!e para a per"unta !e Jesus sobre que# !os tr5s iaores se a'ir#ara co#o u# er!a!eiro pró*i#o !aquele que ca$ra nas #&os !os ban!i!os. in!a assi# o intrprete !a lei respon!eu #uito!isposto e correta#ente0 quele que lhe #ostrou #isericór!ia. % a palara !e Jesus 'ez a aplica&o!e to!a essa história0 >ai, e 'aze tu !e i"ual #o!o. li&o 'oi clara. /&o h8 necessi!a!e !e "astar te#po na procura !e pró*i#os. Ca!a u# que o 3enhor coloca pró*i#o !e nós, co# o qual ele noscoloca e# contacto, e que est8 e# necessi!a!e, al"u# para o qual po!e#os e !ee#os #ostrar #isericór!ia. =ois, aquela casuali!a!e, !a qual so#os capazes !e 'alar, a #aneira e#pre"a!a por 

Deus para trazer o so'ri#ento nossa aten&o. 3e nu# caso assi# en!urece#os nossos cora4es enos recusa#os a 'azer o que, t&o ei!ente#ente, o nosso !eer no #o#ento, ent&o ne"a#os aonossos pró*i#o o au*$lio que o 3enhor e*i"e !e nós, e, ista !e Deus, nos torna#os assassinos. /&o, que sea#os or!ena!os a encoraar a pre"uia e a a"abun!a"e#. =ois, te#os lares einstitui4es, nas quais s&o cui!a!os pobres, !oentes, ór'&os e outras pessoas !esa'ortuna!as. /e#to!os po!e#os ir e aten!er a estas pessoas. =or causa !e nosso o'$cio e trabalho, n&o te#os, proael#ente, te#po e ne# as habili!a!es para o 'azer. as e#pre"a#os pessoas que possue# ainstru&o a!equa!a para este trabalho, e, ent&o, nos preocupa#os que a conta !e cari!a!e !e tal

Page 74: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 74/166

institui&o n&o so'ra !e car5ncia crnica. %sta a assist5ncia !e #isericór!ia, a qual al"o #uitoabenoa!o.

 Maria e Marta,  Lc. 1B. N-?2.

V. %5) Lndo eles de caminho, entrou Jesus num povoado. & certa mulher, chamada Marta,

hospedou-o na sua casa. %7) Tinha ela uma irmã, chamada Maria, e esta uedava-se assentadaaos p#s do Henhor a ouvir-lhe os ensinamentos. +<) Marta a$itava-se de um lado para outro,ocupada em muitos servi9os. &ntão se apro4imou de Jesus e disse' Henhor, não te importas de ueminha irmã tivesse dei4ado ue eu !iue a servir sozinha8 rdena-lhe, pois, ue venha audar-me.+1) 6espondeu-lhe o Henhor' Marta Marta Andas inuieta e te preocupas com muitas coisas. +") &ntretanto, pouco # necessFrio, ou mesmo uma s coisa2 Maria, pois, escolheu a boa parte e estanão lhe serF tirada. M curioso, er que Lucas, noa#ente, traz u#a história !e #ulheres que era#!isc$pulas !e Jesus. En!o, ou sea, continuan!o a ia"e#, che"ara# a certa ila. /a opini&o !e#uitos co#entaristas, aria, arta e L8zaro, naquele te#po, iia# nu#a ila pró*i#a !iisa !a3a#aria, #u!an!o !epois para Aetnia. as, isto n&o te# i#portncia. <o!aia, so#os toca!os pela ei!ente inti#i!a!e !e Jesus co# os #e#bros !esta 'a#$lia. Esto sere !e e*e#plo e*celente para to!as as 'a#$lias crist&s. Jesus !ee ser o a#i"o e o hóspe!e se#pre be#-in!o e# ca!a lar 

crist&o. /as ora4es antes e após s re'ei4es, na !eo&o 'a#iliar, nas ora4es na hora !e !or#ir !ee ser coni!a!a sua "raciosa presena. Ae# assi#, to!as as atii!a!es !a 'a#$lia se#pre !ee#ser conclu$!as !e tal 'or#a, que o 3enhor est8 'eliz por po!er #orar no #eio !o c$rculo !e tal'a#$lia. =arece que arta era a #ais elha !as ir#&s, isto que a encontra#os !iri"in!o osne"ócios !o lar e assu#in!o a parte !e hospe!eira. 3ua ir#& aria, por#, encontrou u#aocupa&o #elhor para o seu te#po, !o que atare'ar-se co# os a'azeres !o lar. ssi# co#o Jesus,co# "ran!e !isposi&o, se#pre ensinou as coisas !o reino !e Deus, assi# aria absoria co#e*tre#a ai!ez seus ensinos. %staa t&o absorta nas palaras !a er!a!e eterna que 'lu$a# !a boca!e Jesus, que esqueceu a to!o o resto. arta, !outro la!o, se"un!o a #aneira !e #&es !e 'a#$lia !eto!o o #un!o, estaa super-atare'a!a co# serir correta#ente ao hóspe!e !istinto e a#a!o.<entaa !escobrir noas #aneiras no serir ao 3enhor e# sua #iss&o !e hospe!eira. /ote#os0<e#os aqui !uas 'or#as !e serir, !as quais ca!a u#a 'eita ao 3enhor, ca!a u#a co# as#elhores inten4es, sen!o u#a !elas co# o trabalho !as #&os, e a outra co# o ouir !as palaras!a sabe!oria eterna. %las n&o precisa# coli!ir, isto a#bas tere# seu alor, quan!o se "uar!a arela&o !e alores, colocan!o o que o principal e# pri#eiro lu"ar. arta ain!a n&o apren!eraesta li&o. Desa"ra!ara-a o 'ato que 'ora obri"a!a a 'azer sozinha o trabalho !o preparo !asre'ei4es e serir ao 3enhor. =or isso, 'inal#ente, apro*i#ou-se e !isse0 3enhor, n&o te inco#o!asque #inha ir#& #e !ei*a serir sozinha Di"a-lhe, que ta#b# !5 u#a #&o nesse serir. /estas palaras h8 percept$el certa por&o !e ressenti#ento, at, contra Jesus, co#o se quisesse in!icar que o 3enhor !eesse encerrar, por al"u# te#po, o ensino e que n&o inter'erisse nas tare'as !ecasa. Jesus, contu!o, !iz, !e #o!o paciente e "entil, para a ator#enta!a !ona !e casa, #as o 'azco# 'ir#eza, que ela se aborrecia e preocupaa co# #uitas coisas. Gqui 5s que Cristo, #es#oque estea co# 'o#e, est8, ain!a assi#, t&o ansioso co# a sala&o !as al#as, que ele esquece oali#ento e, t&o só, pre"a para aria. %le est8 t&o zeloso e preocupa!o co# a palara, que, at,repreen!e arta, a qual, por causa !e seu trabalho, co# o qual se preocupa, at, ne"li"enciou ao

ean"elho.... %, particular#ente, !ee#os aban!onar to!a preocupa&o, quan!o a palara nosisita. %nt&o !ee# ser ne"li"encia!os to!o trabalho e ocupa&o.H 1<) /este #un!o h8 so#ente u#acoisa necess8ria, que !ee ser coloca!a aci#a !e to!as as !e#ais coisas, a qual a palara !oean"elho, e a ' nesta palara !e sala&o. aria haia escolhi!o esta boa por&o. %le encontrarana palara a paz que ultrapassa qualquer enten!i#ento. %la estaa sen!o treina!a para a i!aeterna. % esta boa parte n&o ser8 tira!a ne# !e aria e ne# !e qualquer u# !os crist&os. s coisas!este #un!o passa#, #as a palara !o 3enhor per#anece para se#pre.

1< ) //) Lutero, 1%b. "%+.

Page 75: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 75/166

Resumo: Jesus co#issiona setenta !isc$pulos co#o seus #ensa"eiros, pro'ere u# ai sobretr5s ci!a!es "alilias, loua a 'elici!a!e !e seus !isc$pulos, conta a história !o bo# sa#aritano, e u# hóspe!e na casa !e arta, a que# instrui sobre a 6nica coisa necess8ria.

Capítulo 11

Pma Aula Hobre A ra9ão, Lc. 11. 1-1N.

+ra&o !o 3enhor, V. 1) De uma !eita estava Jesus orando em certo lu$ar2 uandoterminou, um dos seus disc@pulos lhe pediu' Henhor, ensina-nos a orar como tamb#m João ensinouaos seus disc@pulos. ") &ntão ele os ensinou. uando orardes, dizei' ai, santi!icado sea o teunome2 venha o teu reino2 %) o pão nosso cotidiano dF-nos da dia em dia2 +) perdoa-nos os nossos pecados, pois tamb#m ns perdoamos a todo o ue nos deve. & não nos dei4es cair em tenta9ão. +h8bito !e Jesus !e recorrer ora&o, tantas ezes quantas poss$el, #as, especial#ente, e# te#pos!e "ran!e tens&o e !e tribula&o opressora, era be# conheci!o aos !isc$pulos. as u# !eles, ao#enos, tee a chance para ta#b# ser conenci!o !o po!er e 'eror !e sua ora&o. =or isso,quan!o Jesus, nesta ocasi&o, haia acaba!o !e orar, este !isc$pulo, que 'oi u# !os 6lti#os "anhos, pois n&o ouira o ser#&o !o #onte, e*pressou ao estre o !eseo, para que os ensinasse a orar,

assi# co#o Jo&o Aatista !era tais li4es aos seus !isc$pulos. quele que 'ez a per"unta, proael#ente, 'ora u# !os !isc$pulos !e Jo&o, #as a"ora, 'inal#ente, 'ora persua!i!o a se"uir Jesus. + 3enhor, co# prazer, consente no !eseo e repete, e# 'or#a al"o #ais bree, aquilo queensinara anterior#ente. C'. t. O. 9-1N. Diri"i#o-nos a Deus co#o =ai0 %le o =ai !e to!os osseres cria!osQ elas lhe pertence# por #rito !e cria&o e por sua proi!5nciaQ , por#, o =ai !os'iis nu# senti!o especial, ou sea, pela re!en&o e os #ritos !e Jesus Cristo, :l. N.2OQ ?.OQ 1.Jo.N.1,2. 3eu no#e, sua palara, tu!o o que !e al"u#a 'or#a !esi"na e !escree sua ess5ncia, !ee ser santi'ica!o, n&o, por ser torna!o santo, #as, por ser consera!o claro e i#acula!o !iante !o#un!o. +s 'iis ora# sincera#ente pela 'ora para ier, !ia a !ia, !esta 'or#a, para se co#portar assi#, que o no#e !e Deus sea loua!o e honra!o e# to!o o #un!o e n&o sea, !e #o!o al"u#,!esonra!o e blas'e#a!o, S#. 2.2?. 3eu reino enha T a nós, por #eio !a reali!a!e !o seuconserar-nos e# to!os os te#pos e# sua palara e na 'Q e enha a to!as as !e#ais pessoas !aterra, pela pre"a&o !as "loriosas noas !a sala&o !e to!o o #un!o. 3ua onta!e sea 'eita. Co#a #es#a boa-onta!e e ai!ez co#o os anos no cu se !elicia# e# 'azer a onta!e !e Deus, t&o!ispostos nós !ee#os ser encontra!os para cu#prir seus preceitos. o #es#o te#po ora#os por sub#iss&o paciente, se a onta!e !o =ai celeste o achar necess8rio !e i#pr-nos u#a cruz. %le 'ar8aler a sua boa e "raciosa onta!e contra as tentatias !os ini#i"os para 'rustrar os #isericor!iosos!es$"nios e# nosso 'aor. =e!i#os ao 3enhor o p&o !o !ia e para o !ia, ou sea, o tanto que !ureat a #anh& se"uinte, para que n&o nos preocupe#os e an"ustie#os pelas coisas !o corpo e !ai!a. +ra#os pelo per!&o !e nossos peca!os, que o #aior !o# espiritual, pro#eten!o ta#b# per!oar a ca!a u# que nos o'en!e, isto que as pequenas !$i!as !e nosso se#elhante, ne##es#o, po!e# che"ar e# consi!era&o, quan!o co#para!as co# a !$i!a i#ensa !e nossastrans"ress4es contra Deus. 3uplica#os que n&o nos con!uza tenta&o, isto , que n&o per#ita quenossos ini#i"os ar#e# laos aos nossos ps incautos, #as que nos "uar!e e consere, para que o!iabo, o #un!o e a nossa própria carne n&o nos en"ane#, ne# nos se!uza# crena 'alsa,!esespero e outra "ran!e er"onha e $cio, co#o o e*plica Lutero. ntes lhe pe!i#os e espera#osreceb5-lo pela ', que Deus nos lire !o !iabo e !e to!o o #al que o #au esp$rito que o nossoini#i"o #ais peri"oso possa intentar contra nós. +s !isc$pulos !e Cristo !e to!os os te#pos, que!ee# ser ur"entes e h8beis no orar, s&o, ain!a assi#, e# coisas espirituais, #uito ler!os, 'racos e!esatentos. 3e#pre precisa# apren!er !e noo o que 8 apren!era#. =recisa# ser ensina!os, !ia a!ia, sobre o que e co#o !ee# orar.

i#portuna&o na ora&o, V. ) Disse-lhes ainda Jesus' ual dentre vs, tendo um ami$oe este !or procurF-lo  = meia-noite e lhe disser' Ami$o, empresta-me tr:s pães, /) pois um meuami$o, che$ando de via$em, procurou-me, e eu nada tenho ue lhe o!erecer. 0) & o outro lhe

Page 76: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 76/166

responda lF de dentro, dizendo' (ão me importunes' a porta F estF !echada e os meus !ilhoscomi$o tamb#m F estão deitados. (ão posso levantar-me para tos dar2 5) di$o-vos ue, se não selevantar para dar-lhos, por ser seu ami$o, todavia o !arF por causa da importuna9ão, e lhe darF ode ue tiver necessidade. 7) or isso vos di$o' edi, e dar-se-vos-F2 buscai, e achareis2 batei, eabrir-se-vos-F. 1<) ois todo o ue pede recebe, o ue busca, encontra2 e a uem bate, abrir-se-lhe-F. F#a a!#oesta&o e'icaz para ser#os insistentes e persistentes no orar. /ote#os a 'ora #as

ta#b# a sin"eleza !a narratia0 + a#i"o, apoian!o-se nos !ireitos !a a#iza!eQ o cha#a!o 'eito #eia-noiteQ a s6plica ur"ente por tr5s p&es para preparar u#a re'ei&o para u# a#i"o inespera!oQ oen'a!o !o outro ante a perturba&o e sua in!isposi&o para perturbar os 'ilhos que partilhaa# co#ele o #es#o quartoQ sua ale"a&o !e que ele era inconeniente e co#o res#un"ou sobre o 'ato, protestan!o que n&o po!e aten!er seu pe!i!o. /a i!a tu!o isto real. as, be# !a #es#a 'or#a, er!a!eiro, para a e*peri5ncia e# "eral, a 'inal concor!ncia !o !ono !e casa, n&o tanto pela!e#an!a !a a#iza!e, co#o para calar ao i#portuno perturba!or. + qua!ro traa!o t&o 'orte, eisto a propósito, por causa !a li&o que o 3enhor !esea trans#itir. i#portuna&o na ora&o !ocrist&o precisa beirar ao atrei#ento. =recisa ser caracteriza!a por u#a incans8el perseerana, por u#a capaci!a!e !e suportar e u#a capaci!a!e que se ne"a a per!er a cora"e#, por u#!escara!o !esprezo !a aparente in!i'erena !e Deus. /a a!#oesta&o !e Cristo h8 u# cl$#a*. + pe!ir precisa ser se"ui!o por u#a busca sincera, e esta procura ansiosa por u# bater persistente

 porta !o cora&o !e Deus. + resulta!o, por 'i#, precisa aparecer0 quele que pe!e er8 cu#pri!asua peti&oQ aquele que procura er8 reco#pensa!a sua buscaQ aquele cuo bater ecoa repeti!o pelacasa achar8 a porta aberta para ele. %sta a santa i#portuna&o !o orar, que Jesus aqui nosreco#en!a, ou nos or!ena, pois u# orar, u# instar, u# to#ar !e assalto, que brota !a ' e que, por isso, n&o po!e 'alhar e# seu obetio. G3e at #es#o u# ho#e# que a#a seu !escansonoturno #ais !o que a seu a#i"o, po!e ser #oi!o a ce!er, isto que n&o conse"ue !or#ir por causa !o i#portuno ro"ar, quanto #ais o #elhor a#i"o !o cu, que to!o ele a#or e# rela&o aosseus a#i"os na terra.H11)

F#a a!#oesta&o a!icional, V. 11) ual dentre vs # o pai ue, se o !ilho lhe pedir pão,lhe darF uma pedra8 u se pedir um pei4e, lhe darF em lu$ar de pei4e uma sobra8 1") u, se lhe pedir um ovo lhe darF um escorpião8 1%) ra, se vs, ue sois maus, sabeis dar boas dFdivas aosvossos !ilhos, uanto mais o ai celestial darF o &sp@rito Hanto =ueles ue lho pedirem8   Jesustraa u#a 6lti#a li&o co# base no a#or que pais t5# por seus 'ilhos. 7ualquer u# !e ós, nacon!i&o !e pai, caso seu 'ilho lhe pe!ir p&o, certa#ente n&o lhe !ar8 u#a pe!raR +u, por outro,u# pei*e,... certa#ente n&o lhe !ar8, e# ez !u# pei*e, u#a serpenteR +u, ain!a, u# oo,...certa#ente n&o lhe !ar8 u# escorpi&o (o 6lti#o u# bicho se#elhante a u# ca#ar&o e ie e# pare!es !e pe!ra). =ai ou #&e que a"isse, co#o Jesus o !escree, seria !esu#ano. /enhu# painor#al e sa!io seria capaz !e tal cruel!a!e. se"uir, Jesus conclui !o #enor ao #enor. 3e paishu#anos, cua !isposi&o !e cora&o #8 por natureza, !e 'ato #ostra# u# tal a'eto para co#seus 'ilhos, o =ai !o cu, certa#ente, e# sua bon!a!e e "raa #isericor!iosos, !ar8 o %sp$rito3anto que o !o# #ais alto e #arailhoso !o alto, aos que lho pe!e#R Deus quer que os crist&osore#, e ele !esea !ar-lhes, !e #o!o incon!icional, os !ons espirituais que necessita#. as eleinsiste que lhe pea#, para que os !ons n&o perca# seu alor !iante !as pessoas, e para que oscrist&os n&o se torne# !espreocupa!os e# !esenoler sua sala&o co# te#or e tre#or. %#cora4es in!ispostos e in!i'erentes ele n&o i#p4e 'ora seus !ons.

;risto &4pele Pm Demnio & 6epreende s Bariseus,  Lc. 11. 1?-2.

+ #ila"re e seu e'eito, V. 1+) De outra !eita estava Jesus e4pelindo um demnio ue eramudo. & aconteceu ue ao sair o demnio o mudo passou a !alar2 e as multid?es se admiravam.1) Mas al$uns dentre eles diziam' ra, ele e4pele os demnios pelo poder de >elzebu, o maioral dos demnios. 1/) & outros, tentando-o, pediam dele um sinal do c#u. Lucas, !e #o!o #uito seco,

11 ) /0) Lutero, cita!o e# 3toecKhar!t, >iblische Geschichte d:s (euen Testaments, 15+.

Page 77: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 77/166

'az a 'i*a&o histórica !este aconteci#ento, a'ir#an!o #era#ente o 'ato, que Jesus e*peliu u#!e#nio que era #u!o, #as !ei*a !e #encionar os 'ariseus e escribas, isto que seus leitores n&oteria# enten!i!o o que estas pessoas representaa# neste conte*to. + obetio !o ean"elista !estacar as palaras !e Jesus !itas nesta ocasi&o. 3&o #enciona!as tr5s classes !e pessoas co#o asque 'ora# in'luencia!as pelo #ila"re !a e*puls&o !o !e#nio. "ran!e #aioria !o poo si#plesse a!#irou. Esto era sua con!i&o usual após al"u#a !e#onstra&o e*traor!in8ria !o po!er !e

Cristo. 3e tiesse# e*a#ina!o as %scrituras e cri!o o que Jesus !isse sobre si #es#o, ent&o seuasso#bro po!eria ter ti!o al"u# alor. 3eus !escen!entes !iretos s&o as pessoas #o!ernas que serecusa# usar o no#e crist&o, que, !u# la!o se #arailha# ante a beleza e !o po!er !o ean"elho,#as, por outro, n&o t5# interesse e# seu si"ni'ica!o #ais pro'un!o que a sala&o !e suas al#as. se"un!a classe era be# #enor. ora reuni!a !as 'ileiras !os 'ariseus, e o senti#ento !eles sobreCristo 'oi !e ó!io i#plac8el e pererso. De #o!o zo#beteiro obserara# que ele e*pulsou os!e#nios e# e pelo po!er !e Aelzebub (o !eus !as #oscas) ou Aelzebul (o !eus !o esterco), o pr$ncipe e #aioral !os !e#nios. %ra cal6nia in'a#e e il contra seu próprio conheci#ento econic&o. % a terceira classe, que concor!aa co# a se"un!a e# seu ó!io a Jesus, tentaa-o, ousea, tentaa in!uzi-lo, procuraa !ele u# sinal !o cu, co#o se os #uitos sinais e #arailhas quehaia# si!o realiza!os !iante !as pessoas n&o bastasse# co#o proas !a #iss&o !iina !o 3enhor.t hoe os ini#i"os !o 3enhor recorre# a #entiras e cal6nias para preu!icar a obra !o

ean"elho. 3eu obetio , a to!o custo, supri#ir a er!a!e. !e'esa !e Cristo, V. 10) &, sabendo ele o ue se lhes passava pelo esp@rito, disse-lhes'Todo reino dividido contra si mesmo !icarF deserto e casa sobre casa cairF. 15) He tamb#mHatanFs estiver dividido contra si mesmo, como subsistirF o seu reino8 Lsto porue dizeis ue eue4pulso os demnios por >elzebu. 17) &, se eu e4pulso os demnios por >elzebu, por uem ose4pulsam vossos !ilhos8 or isso eles mesmos serão os vossos u@zes. "<) He, por#m, eu e4pulso osdemnios pelo dedo de Deus, certamente # che$ado o reino de Deus sobre vs. "1) uando ovalente, bem armado, $uarda a sua prpria casa, !icam em se$uran9a todos os seus bens. "")Hobrevindo, por#m, um mais valente do ue ele, vence-o, tira-lhe a armadura em ue con!iava elhe divide os despoos. "%) uem não # por mim, # contra mim2 e uem comi$o não aunta,espalha.  C'. t. 12. 2@-NBQ c. N. 2N-2. Jesus, por sua !iina onisci5ncia, conheceu os pensa#entos !e seus ini#i"os, #es#o que n&o os tiesse escuta!o. % prosse"uiu, !an!o-lhes u# punha!o !e ar"u#entos que !ei*ara# a eles e suas caluniosas blas'5#ias e# be# #ereci!ahu#ilha&o. Ca!a reino que est8 !ii!i!o e# si #es#o !estru$!o0 o resulta!o natural !a reolta a !issolu&o. %, sob estas circunstncias, u#a casa cair8 sobre a que est8 #ais pró*i#a, sen!o queu#a casa que est8 a to#bar !errubar8 sua casa izinha, co# o que tu!o torna!o e# !esola&o.3en!o este 'ato reconheci!o uniersal#ente, co#o estan!o e# har#onia co# o que a e*peri5nciahu#ana ensina, '8cil 'azer a aplica&o para a situa&o atual. 3e Jesus est8 e# pacto co# o principal !os !e#nios, #as e*pulsa os !e#nios p5ra preu$zo e !es"raa !eles, ent&o se"ue queh8 u#a !iis&o no reino !o !iabo, sen!o assi#, co#o esse reino 'icar8 !e p 3e"ue outroar"u#ento. osse er!a!eira esta acusa&o e o po!er !e Jesus sobre os !e#nios 'osse !eria!o !e3atan8s, co#o po!eria# eles e*plicar o 'ato que seus próprios 'ilhos e seus !isc$pulos atuaa#co#o e*orcistas, an!an!o pela terra e tentan!o e*pelir !e#nios C'. t. 19. 1N,1?. =elo insistir e# sua e*plana&o !a habili!a!e !e Cristo, con!enara# a si #es#os, tornan!o-se os seus próprios u$zes. Doutro la!o, por#, se os #ila"res !a e*puls&o !e !e#nios que Jesus realizou, era#

!ei!os ao !e!o !e Deus, ou sea, !o po!er !e Deus que era necess8rio no er!a!eiro e*orcis#o,1") ent&o o 'ato era u#a proa incontest8el que e# e co# Cristo, que o =ro'eta !e /azar, oreino !e Deus se esten!eu a eles ou eio sobre eles. /a sua pessoa e e# sua #ensa"e# tinha# os#eios para obter a i!a eterna, caso aceitasse# a "raa !e Deus. Jesus, a se"uir, passa a #ostrar  para a sua au!i5ncia, !e #o!o "entil e co#preensio, aquilo que sua in!a ao #un!o si"ni'icaa ainclu$a, no que !iz respeito ao "oerno !e 3atan8s. %ste, !e 'ato, era u# esp$rito 'orte e po!eroso, ese#pre estee total#ente ar#a!o, "uar!an!o, co# to!a sua 'ora, sua crte, seu pal8cio e seu

1" ) /5) C'. Deiss#ann, Kicht vom sten, """.

Page 78: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 78/166

castelo. =ois, ele o pr$ncipe !este #un!o e te# sua a&o nos 'ilhos !a !esobe!i5ncia. %le, ata"ora, conseraa suas coisas e# paz, n&o se po!en!o apontar al"u#a inquieta&o. <o!os os seuss6!itos se #ostraa# oluntariosos e obe!ientes. "ora, por#, 8 eio o #ais 'orte, o pro#eti!oessias, na pessoa !e Jesus !e /azar. %le sobreeio ao !iabo e o !errotou. as n&o só isto, por#, o re!uziu co#pleta suei&o e i#pot5ncia, tiran!o-lhe sua panóplia, sua ar#a!ura, seu po!er quase ili#ita!o e# que con'iara, e !ii!in!o os espólios entre os se"ui!ores !o 3enhor, Cl.

2.1@. as estes !espoos e a itória sobre a #orte e o !iabo pertence# só queles que escolhera#este ;erói co#o seu 3enhor. =ois, aqueles que n&o est&o co# Cristo e !o seu la!o, to#an!o se#pree e# tu!o o la!o !e Cristo, s&o contra ele e precisa# ser conta!os co# seus ini#i"os. % aquele quen&o est8 trabalhan!o co# ele e# to!os os senti!os, esse precisa ser consi!era!o co#o que# pertence aos que !ispersa# e espalha# o 'ruto !o seu #inistrio e labor.

F#a a!ert5ncia i#pressionante, V. "+) uando o esp@rito imundo sai do homem, anda por lu$ares Fridos, procurando repouso2 e, não o achando, diz' Voltarei para minha casa donde sa@. ") &, tendo voltado, a encontra varrida e ornamentada. "/) &ntão vai, e leva consi$o outros sete esp@ritos, piores do ue ele, e, entrando, habitam ali2 e o *ltimo estado dauele homem setorna pior do ue o primeiro. <e#os aqui u#a !escri&o e*ata e apropria!a !a habitual (saU-!usttrail) e ( /eU VearWs re'or#ation) e seus resulta!os, e# que s&o 'eitas resolu4es sob a in'lu5ncia!e al"u# te#or #o#entneo ou u# ataque !a ustia ciil, se# o po!er !e Deus no ean"elho. %ra

 be# isto o que acontecia co# #uitos !os 'ariseus, co# sua aparente ustia #as i#un!$cia $nti#a.=or sua própria !ecis&o ai!osa bania# para se#pre, co#o pensaa#, al"uns $cios especiais queos haia# re"i!o, co#o sea#, a inte#perana, a i#pureza e a blas'5#ia. % o esp$rito bani!o n&oencontrou al"u#a co#panhia !o seu tipo, por isso, 'inal#ente, !eci!iu retornar sua anti"a casa.C'. t. 12. ?N-?@. %nquanto isso, o or"ulhoso 'aze!or !e pro#essas, a #uito, se arrepen!eu !e suas palaras apressa!as, e quan!o o esp$rito !o seu $cios pre!ileto retornou, a casa !o cora&o !essa pessoa est8 be# arri!a e orna#enta!a para a sua recep&o. se"uir o esp$rito, cheio !e 6bilo, sai caa !e co#panheiros, ain!a #ais perersos !o que ele, pois 8 n&o h8 #ais tanto peri"o para u#ase"un!a e*puls&o. % assi# que acontece que o 6lti#o esta!o !essa pessoa pior !o que o pri#eiro. 3ó por #eio !a co#preens&o !a natureza !o peca!o e !a trans"ress&o co#o o'ensa contraDeus, que po!e ser opera!o o arrepen!i#ento. % só pelo po!er !e Deus no ean"elho, que po!eocorrer u#a er!a!eira #u!ana per#anente no cora&o.

+ u$zo !u#a #ulher a respeito !e Cristo, V. "0) ra, aconteceu ue, ao dizer Jesus estas palavras, uma mulher, ue estava entre a multidão, e4clamou e disse-lhe' >em-aventurada auelaue te concebeu e os seios ue te amamentaram "5) &le, por#m, respondeu' Antes bem-aventurados são os ue ouvem a palavra de Deus e a $uardam  s palaras !e Cristo po!e# n&oter 'eito "ran!e i#press&o sobre en!ureci!os 'ariseus, #as, certa#ente, a 'izera# sobre certa#ulher na #ulti!&o. %r"uen!o a oz, e*cla#ou, cha#an!o 'eliz e abenoa!a a #&e que !eu luz enutriu a u# 'ilho co#o este. %la pensou e 'alou co#o 'az u#a #&e, e co#o u#a #&e que se teriasenti!o enturosa se tiesse ti!o u# 'ilho co#o este. Jesus, por#, a corri"iu. >er!a!eira'elici!a!e, er!a!eira ben!i&o te# u#a base e u# #otio !i'erente. ntes que sea sabi!o e a"i!osobre isto, a saber, que aqueles que oue# a palara !e Deus e a "uar!a# s&o os er!a!eiros ben!itos. + só ouir n&o basta, co#o o #ostrou na par8bola !o solo !as quatro espcies, #as, !eacor!o co# sua a'ir#a&o, ao ouir precisa ser unta!o o obserar e o "uar!ar !a palara e o pro!uzir 'ruto. G=or isso a"ra!ea#os a Deus por esta "raa, que para nos a#parar ele eniou seu

ilho contra o !iabo para o e*pulsar, e nos !ei*ou sua palara, pela qual, at hoe, esta tare'a realiza!a, sen!o !estru$!o o reino !o !iabo, #as o reino !e Deus estabeleci!o e au#enta!oH1%)

Pma Advert:ncia Aos Judeus,  Lc. 11. 29-NO.

V. "7) ;omo a!lu@ssem as multid?es, passou Jesus a dizer' &sta # $era9ão perversa ede sinal2 mas nenhum sinal lhe serF dado, senão o de Jonas. %<) orue assim como Jonas !oi sinal 

1% ) /7) Lutero, 1%a. "00.

Page 79: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 79/166

 para os ninivitas, o Bilho do homem o serF para esta $era9ão. %1) A rainha do Hul se levantarF no u@zo com os homens desta $era9ão, e os condenarF2 porue veio dos con!ins da terra para ouvir a sabedoria de Halomão. & eis aui estF uem # maior do ue Halomão. %") (inivitas se levantarãono u@zo com esta $era9ão, e a condenarão2 porue se arrependeram com a pre$a9ão de Jonas. & eis aui estF uem # maior do ue Jonas.  alterca&o co# os 'ariseus e escribas, ocorri!a !epois!a cura !u# en!e#oninha!o #u!o, atra$ra u#a "ran!e #ulti!&o e, co#o nestas ocasi4es se#pre

acontecia,a #ulti!&o au#entou e en"rossou rapi!a#ente. =or isso Jesus aproeitou a oportuni!a!e para lhes 'alar, to#an!o co#o !ei*a a solicita&o !e al"uns que queria# er u# sinal !o cu. "era&o to!a, a raa to!a !e "ente que aqui estaa representa!a, era #8 e perersa, e lon"e !e saber e# que consistia a er!a!eira #orali!a!e. Deseaa# u# sinal, #as n&o receberia# qualquer u#!a #aneira co#o eles tinha# e# #ente. 3ó o sinal !o pro'eta Jonas lhes seria conce!i!o, be# !o#es#o eito co#o 'oi er"ui!a no !eserto a serpente !e bronze !iante !os 'ilhos !e Esrael. ressurrei&o !e Jesus aquele sinal 6nico e "ran!e !o cu perante as pessoas !e to!os os te#pos.C'. t. 12. N-?2. Jonas, co#o u# pre"a!or !a ustia para a sala&o, 'ora e# tu!o, e# to!o seu#inistrio, u# sinal aos habitantes !e /$nie. % assi# Jesus 'oi u# sinal ao poo !e sua "era&o e!o seu te#po, procla#an!o a to!os eles a in!a !o reino !e Deus pela ' e# seu #inistrio e obra.as os resulta!os n&o alcanaria# os !e Jonas, o que seria u# 'ato que re!un!aria# e# sua própria con!ena&o. =ois, no u$zo, no !ia e# que Deus ul"ar8 ios e #ortos, a rainha !o 3ul,

rainha rica e po!erosa que iera para isitar 3alo#&o, apareceria e# #eio !eles !iante !o trono !oJuiz, #as para os acusar. =ois ela, pela raz&o !e querer ouir a sabe!oria !u# #ero ho#e#, iera!os con'ins !a terra, 1.Ss. 1B.1Q #as aqui, na pessoa !e Jesus, estaa que# era #uito #aior !o queo anti"o rei, e cua sabe!oria era i#ensa#ente #aior !o que a !e 3alo#&o. %# ez !e o poo ir aele e ouir !ele as palaras !a i!a eterna, ele era obri"a!o a sair e 'alar ao poo. % a rainha !e3ab8 seria apoia!a pelas pessoas !e /$nie, que ta#b# se er"ueria# no !ia !o u$zo paracon!enar esta "era&o. =ois, quan!o Jonas lhes pre"ou seu ser#&o !e arrepen!i#ento, eles oaceitara# e se apartara# !e seus ca#inhos erra!os. % aqui, na pessoa #aior !o que Jonas, pois, ele,real#ente, era o Deus e o 3enhor !e Jonas.

!ert5ncias parabólicas, V. %%) (in$u#m, depois de acender uma candeia, a p?e em lu$ar escondido, nem debai4o do alueire, mas no velador a !im de ue os ue entram veam a luz. %+)Hão os teus olhos a lOmpada do teu corpo2 se os teus olhos !orem bons, todo o teu corpo serFluminoso2 mas se !orem maus, o teu corpo !icarF em trevas. %) 6epara, pois, ue a luz ue hF emti não seam trevas. %/) He, portanto, todo o teu corpo !or luminoso, sem ter ualuer parte emtrevas, serF todo resplandecente como a candeia uando te ilumina em plena luz.  %stes !itos proerbiais ou parabólicos !o 3enhor, 'azia# parte !as suas obsera4es 'aoritas, quan!o queriainsistir sobre a "ran!e er!a!e !a necess8ria har#onia entre a pro'iss&o e a pr8tica !a #orali!a!ecrist&. M tolice acen!er u#a l#pa!a ou luz !e qualquer espcie, e ent&o coloc8-la nu# por&o ouco're ou sob al"u# aso usa!o co#o #e!i!a, on!e n&o po!e ser en*er"a!a e on!e n&o po!e serir !e "uia a que# entra na casa. as, i"ual#ente, tolo para u#a pessoa que pro'essa a ' #as n&o a!e#onstra e# atos e*teriores e is$eis. 3e nesse !ia estiesse# presentes pessoas que estaa#conictas !e que ele era o essias, !eia# coraosa#ente sair a ca#po e# seu 'aor e er"uer-se!iante !o #un!o inteiro. /u#a co#para&o ele #ostra os resulta!os !esastrosos !aqueles quese"ue# o #to!o !e ter conic&o $nti#a, #as, ain!a assi#, n&o se ousa# a con'essar  publica#ente a Cristo. 3e o olho !o corpo, que sua luz, sincero, sa!io, correto e apropria!o para

a sua 'un&o, ent&o ele sere co#o o instru#ento !e con!uzir luz ao corpo inteiro. as, se o olho #au, !oente, n&o estan!o e# con!i4es corretas, ent&o ele n&o sere ao seu 'i#. % a pessoa, quete# u# olho assi#, est8 e# treas #es#o que estea e# plena luz solar. 3e, pois, a luz !e qualquer  pessoa 'or treas, se o que ela consi!erou luz o oposto, ent&o a escuri!&o e# !obro !e tal pessoaser8 apaorante. as, se o corpo to!o estier e# clara luz e nenhu#a parte e# treas, ent&o o brilho ser8 se#elhante ao !o rel#pa"o. + olho !u# crist&o a sua co#preens&o crist&. %lacapacita ao crist&o !e an!ar na luz !a palara !e Deus, e o torna !isposto para to!a boa obra.7uan!o a luz !e Cristo habita plena#ente no cora&o, ent&o ela esten!e sua in'lu5ncia a ca!a pensa#ento, palara e a&o, e orienta que# a possui e# seu co#porta#ento e# to!os os lu"ares e

Page 80: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 80/166

circunstncias. GM !a #aior i#portncia ter a al#a correta#ente in'luencia!a pela sabe!oria quee# !o alto. !outrina que contr8ria ao ean"elho po!e !izer que a i"norncia a #&e !a pie!a!e. Cristo, por#, #ostra que n&o po!e haer qualquer pie!a!e se# a luz celeste. i"norncia a #&e !a supersti&o. as a luz celeste n&o te# na!a a er co# isto.H1+)

 Ais Hobre s Bariseus & Lnt#rpretes Da Kei,  Lc. 11. N-@?.

o'ensa !os 'ariseus, V. %0) Ao !alar Jesus estas palavras, um !ariseu o convidou para ir comer com ele, então, entrando, tomou lu$ar = mesa. %5) !ariseu, por#m, admirou-se ao ver ue Jesus não se lavara primeiro, antes de comer. %7) Henhor, por#m, lhe disse' Vs, !ariseus,limpais o e4terior do copo e do prato2 mas o vosso interior estF cheio de rapina e perversidade.+<) Lnsensatos uem !ez o e4terior não # o mesmo ue !ez o interior8 +1) Antes da@ esmola do uetiverdes, e tudo vos serF limpo. C'. t. 2N. %nquanto Jesus ain!a 'alaa ao poo, u# 'ariseu, quetalez estee !eseoso para entrar e# contacto #ais $nti#o co# ele, coni!ou Jesus para cear co#ele. + 3enhor aceitou e 'oi co# ele para casa, contu!o, co# certeza o#itiu o costu#e usual !e selaar e, lo"o, sentou-se #esa, reclinan!o-se, co#o era o costu#e. + 'ariseu 'icou #uito surpresoque ele n&o se laara antes !a ceia. /ote#os0 Literal#ente le#os que ele n&o se batizara. M #aisu#a proinha que no /oo <esta#ento a palara GbatizarQ n&o se restrin"e ao ato !a i#ers&o

co#pleta. a!#ira&o !o 'ariseu po!e ter encontra!o sua e*press&o e# palaras !e !esaproa&oe e# relances !e !esa"ra!o. Jesus, por#, 8 est8 pronto para ensinar u#a li&o, su"eri!a pelascircunstncias. Disse0 >ós 'ariseus li#pais o e*terior !a *$cara e !a traessa, #as o osso interior est8 cheio !e iol5ncia e #al!a!e, e*plican!o, assi#, lo"o a 'i"ura que e#pre"ara. + que haia!entro !a *$cara e !a traessa era# bens !esonestos e rouba!os. Jesus, contu!o, repreen!eu aos'ariseus porque !estacaa# a pureza e*terna, a apar5ncia !e "ran!e santi!a!e, enquanto que seucora&o estaa cheio !e tu!o o que #au. Esto atestou a tolice !eles. =ois, Deus 'ez tanto o e*terior co#o o interior, colocan!o ele a 5n'ase correta sobre a con!i&o correta !o cora&o. 3e eles, por isso, quisesse# !ar o que tinha# co#o es#ola, e# especial o que haia# obti!o por #eiosinustos, as coisas que estaa# !entro !os recipientes !e #esa, ent&o eles noa#ente arru#aria#as coisas e tu!o estaria li#po. /isso #ostraria# a correta !isposi&o !o cora&o e# rela&o aCristo e a Deus. M a particulari!a!e !e to!os os hipócritas e presunosos que !&o #uita aten&o acostu#es e ceri#nias, #as pensa# leiana#ente sobre peca!os "rosseiros que polue# cora&o e#ente.

F# triplo ai, V. +") Mas ai de vs, !ariseus porue dais o d@zimo da hortelã, da arruda ede todas as hortali9as, e desprezais a usti9a e o amor de Deus2 dev@eis, por#m, !azer estas coisas, sem omitir auelas. +%) Ai de vs, !ariseus porue $ostais da primeira cadeira nas sina$o$as, edas sauda9?es nas pra9as. ++) Ai de vs ue sois como as sepulturas invis@veis, sobre as uais oshomens passam sem o saber. + 3enhor prosse"ue caracterizan!o o 'arisa$s#o !estacan!o seusaspectos #ais censur8eis. +s 'ariseus era# #uito cui!a!osos e escrupulosos sobre o pa"a#ento!os !$zi#os, at, !a hortel&, !a arru!a e outras eras quaisquer que era# !os e"etais #aisinsi"ni'icantes !e suas hortas, /#. 2.21Q Dt. 1?. 2N. as este cui!a!o #eticuloso n&o se esten!ias irtu!es real#ente i#portantes na i!a, co#o o u$zo e o a#or a Deus. uitos 'ariseus pertencia# ao sin!rio, que era a corte eclesi8stica supre#a !os u!eusQ outros !eles, a crte local!os sete, encontra!a e# ca!a ila. li seus ul"a#entos era# #uitas ezes inustos, parciais e

unilaterais. %, co#o esquecia# e o#itia# o a#or e a leal!a!e ao seu pró*i#o, assi# ta#b#ne"aa# o a#or a Deus. %sta a #aneira !os 'ariseus !e to!os os te#pos, que s&o e*a"era!a#ente#eticulosos nas coisas #$ni#as e irreleantes, #as esquece# a irtu!e e consci5ncia nas coisas"ran!es e i#portantes. M #uito certo ser consciencioso nas coisas pequenas, e era er!a!e que eles!eia# 'azer tu!o isto, #as, ne# por isso, !eia# ter !ei*a!o !e 'azer as outras coisas. 3er 'iel nascoisas pequenas, #as, aci#a !e tu!o, nas i#portantes, e*i"i!o !e to!os. %, assi# co#o os'ariseus, co# este seu pensar, tinha# u#a 'alsa i!ia sobre a rela&o !e alores, eles ta#b#

1+ )0<) ClarKe, Co##entarX, @. ?N9.

Page 81: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 81/166

 possu$a# u#a a#bi&o !esor!ena!a. + #8*i#o !e sua a#bi&o era ocupar a ca!eira !e anci&o queera o lu"ar !e honra nas sina"o"as, e receber as sau!a4es respeitosas !o poo nas praas. %, por 'i#, eles se caracterizaa# pela hipocrisia e pela 'alsa santi!a!e. %ra# se#elhantes a sepulcrosse# a #arca !istintia !o cal, pela qual a pessoa po!eria estar a!erti!a !e tornar-se i#pura se ostocasse. ssi# aconteceu que o poo entraa e# contacto !i8rio co# os 'ariseus, e, n&oreconhecen!o a 'alsi!a!e e hipocrisia !eles, se conta#inaa. >ai!a!e co#o este e a#bi&o 'alsa e

hipocrisia se encontra# e# to!as as pessoas presu#i!as.+ a'ronta!o intrprete !a lei, V. +) &ntão respondendo um dos int#rpretes da lei disse a Jesus' Mestre Dizendo estas coisas, tamb#m nos o!endes a ns outros. +/) Mas ele respondeu' Aide vs tamb#m, int#rpretes da lei porue sobrecarre$ais os homens com !ardos superiores =s suas !or9as, mas vs mesmos nem com um dedo os tocais. +0) Ai de vs porue edi!icais os t*mulos dos pro!etas ue vossos pais assassinaram. +5) Assim sois testemunhas e aprovais com cumplicidadeas obras dos vossos pais2 porue eles mataram os pro!etas e vs lhes edi!icais os t*mulos.  F#certo escriba, u# !os #estres !a lei, que estaa senta!o pró*i#o, sentiu que a !escri&o que Jesusacabara !e 'azer sobre os 'ariseus seria notael#ente be# ao seu próprio caso. %, assi#, ele, aocontest8-lo sobre o que !issera, real#ente atraiu a cr$tica !e Jesus sobre si e sobre seus cole"as.Cristo, no entanto, continua !este#i!a#ente e !iz e*ata#ente o que pensa !e to!a esta classe.%stes pro'essores !a lei, por #eio !e suas re"ras !e con!uta para o poo, i#punha#-lhes 'ar!os

 pesa!os e insuport8eis, que re"ulaa#, at, os #enores aconteci#entos !a i!a !i8riaQ eles próprios, por#, ne# ao #enos co# o !e!o tocaa# nestes #es#os 'ar!os, pois n&o concor!aa#co# isso e n&o queria# saber !estes supl$cios. 7u&o correta#ente cabe isto a #uitas nor#as !aE"rea Católica So#anaR +s intrpretes !a lei ta#b# constru$ra# t6#ulos para os pro'etas, co# o'i# !e honr8-los. /a reali!a!e, contu!o, continuaa# o trabalho pererso !e seus pais. 3eusantepassa!os haia# #orto a #ais !o que u# pro'eta, e os !o te#po !e Jesus, ao constru$re# estest6#ulos, concor!ara# co# a a&o !e seus ancestrais. G%les #atara#, ós constru$sQ 'ilhos !i"nos!e tais paisRH +s intrpretes !a lei tinha# e*ata#ente a $n!ole !e seus pais. %*terior#entehonraa# os pro'etas, e insistia# na obsera&o !e qualquer preceito que pu!esse ser encontra!ono liro !o nti"o <esta#ento, #as a!ulterara# e ne"ara# a pro'ecia sobre o essias. %ste a"ir caracteriza a pre"a&o !os 'alsos pro'etas !e to!os os te#pos. Cita# a A$blia e loua#"ran!e#ente #uitas !e suas sec4es, #as a !outrina que real#ente central na %scritura, particular#ente a sobre a usti'ica&o !o pobre peca!or pelos #ritos !e Cristo e pela ', a essao#ite#, e est&o en'ureci!os contra os #ensa"eiros er!a!eiros !o ean"elho, perse"uin!o-osse#pre que poss$el.  + ai e seu e'eito, V. +7) or isso tamb#m disse a sabedoria de Deus' &nviar-lhes-ei pro!etas e apstolos, e a al$uns deles matarão e a outros perse$uirão, <) para ue desta $era9ão se pe9am contas do san$ue dos pro!etas, derramado desde a !unda9ão do mundo2 1) desde o san$ue de Abel at# ao de Racarias, ue !oi assassinado entre o altar e a casa de Deus. Him, eu vosa!irmo, contas serão pedidas a esta $era9ão. ") Ai de vs, int#rpretes da lei porue tomastes achave da ci:ncia2 contudo, vs mesmos não entrastes e impedistes os ue estavam entrando. %)Haindo Jesus dali, passaram os escribas e !ariseus a ar$Ci-lo com veem:ncia, procurandocon!undi-lo a respeito de muitos assuntos, <) com o intuito de tirar das suas prprias palavrasmotivos para o acusar. qui Jesus reelou o conselho !e Deus aos intrpretes !a lei. =ois ele próprio, que a 3abe!oria e# pessoa, era o representante !o conselho !a <rin!a!e. +s 'ilhos

haia# her!a!o o car8ter e a perersa !isposi&o !e seus pais, e, por isso, a iniqIi!a!e !os pais 'oiisita!a nos 'ilhos. + san"ue !e to!os os ustos e !e to!os os pro'etas !es!e o co#eo !o #un!o,!o san"ue !e bel, 'ilho !e !&o, ao san"ue !e Yacarias, 2.Cr. 2?. 2B,21, seria requeri!o !as #&os!a presente "era&o. pro'ecia !e Jesus, que se cu#priu !e #o!o t&o terr$el na !estrui&o !aci!a!e, #uito sria e i#pressionante. +s u!eus !o te#po !e Jesus haia# recebi!o u#a #e!i!a#aior !a #isericór!ia !e Deus, !o que os u!eus !e outrora. ;aia# isto e oui!o ao próprioessias, e ta#b# teria# a oportuni!a!e !e ouir aos apóstolos. as seu ó!io e cruel!a!e 'oiain!a #aior !o que os !e seus pais. Desprezara# e reeitara# co#pleta#ente a isita&o "raciosa!e Deus. 7ue a!ert5ncia queles que !espreza# a pre"a&o !o ean"elho e# nossos !iasR as

Page 82: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 82/166

Jesus continua sua repreens&o. +s intrpretes !a lei haia# retira!o a chae !a co#preens&o !as%scrituras. s palaras !a pro'ecia sobre o essias era# t&o ei!ente que as próprias pessoas po!ia# ter alcana!o a correta co#preens&o, se lhes tiesse si!o per#iti!o estu!8-las se# entrae. /isso, por#, os pro'essores entraaa# co# sua interpreta&o 'alsa e carnal !a A$blia e priaa#o poo !o conheci#ento !a sala&o. %les próprios n&o entraa#, e i#pe!ia# aos que tinha# o!eseo !e entrar. 7u&o pareci!o co# os #estres sect8rios !e hoe, e# especial entre os papistasR

 /&o a!#ira que os escribas e 'ariseus co#eara# a 'icar 'uriosos co# o 3enhor. +n!e quer que po!ia#, enchia#-no !e per"untas astutas, na esperana que lhes pu!esse !ar al"u#a respostai#pon!era!a. Literal#ente, estaa# tocaia, i"ian!o assi!ua#ente sobre ca!a palara que lhesa$a !a boca, para encontrar al"u# #otio para o acusar. %ste o ó!io que a er!a!e, e aquele quea pro'ere, precisa# esperar se#pre. + e*e#plo !e Cristo encoraa!or.

Resumo: Jesus !8 a seus !isc$pulos u#a aula sobre a ora&o, e*pulsa u# !e#nio #u!o,repreen!e os 'ariseus, e#ite u#a a!ert5ncia a to!os os u!eus, e pro'ere u#a srie !e ais contra os'ariseus e os intrpretes !a lei.

Capítulo 12

 Advert:ncia ;ontra a 3ipocrisia & A ;obi9a. Lc. 12. 1-21.

+ 'er#ento !os 'ariseus, V. 1) osto ue uma multidão de mir@ades de pessoas se a$lomeraram, ao ponto de uns aos outros se atropelarem, passou Jesus a dizer antes de tudo aos seus disc@pulos' Acautelai-vos do !ermento dos !ariseus, ue # a hipocrisia. ") (ada hF encoberto ue não venha a ser revelado2 e oculto ue não venha a ser conhecido. %) orue tudo o ue dissestes =s escuras, serF ouvido em plena luz2 e o ue dissestes aos ouvidos no interior da casa, serF proclamado doseirados. %nquanto continuaa# os ataques !os 'ariseus e !os escribas, enquanto 'azia# tu!o aoalcance !o seu po!er para !esacre!itar a Jesus e encontrar al"u# #otio para o acusar, as pessoas,!e u# #o!o "eral, reunira#-se ao seu re!or e# #ulti!4es #aiores !o que antes, che"an!o a#ilhares, sen!o a #aior concentra&o que 8 se reuniu co# ele. =recipitaa#-se t&o iolenta#ente 'rente, para che"ar perto !o 3enhor, que, literal#ente, pisoteaa#-se. 3e"uin!o seu costu#e,Jesus aproeitou esta ocasi&o para !iri"ir-se ao poo sobre al"uns assuntos que lhes carecia#. 3uasobsera4es 'ora# !iri"i!as principal#ente a seus !isc$pulos, #as, 'acial#ente, po!ia# ser enten!i!as pelos que estaa# ao alcance !e sua oz. + pri#eiro tópico !o seu !iscurso 'oi ahipocrisia. /ote#os0 + 'ato que #uitas a'ir#a4es !este cap$tulo se asse#elhe# ou s&o i!5nticasco# al"uns !o ser#&o !a #ontanha, n&o precisa preocupar-nos. Jesus, se# !6i!a, !isse repeti!asezes #uitas coisas que !eseaa que o poo soubesse, para 'i*8-las e# suas #entes. qui elea!erte seus ouintes a se precaere# !o 'er#ento !os 'ariseus, que ele e*p4e co#o sen!o ahipocrisia, enquanto que e# outras ocasi4es ele o re'ere sua !outrina 'alsa, t. 1O. 11,12. hipocrisia co#o u# 'er#ento. Caso recebe espao no cora&o, ela co#ea a a"ir e a alar"ar suain'lu5ncia, at que, 'inal#ente, os e'eitos se atestar&o na apar5ncia. F# hipócrita po!e ser capaz!e, por al"u# te#po, usar a #8scara !e santi!a!e e se !issi#ular aos olhos !as pessoasQ #as istocorro#per8 tanto seu cora&o e #ente, que po!er8 ir a ser reela!o no #o#ento #ais inespera!o.=ois, #es#o que u#a coisa sea #uito be# encoberta, ela al"u# !ia ir8 luz. %, #es#o que seaoculta, tornar-se-8 conheci!a. se"uir o 3enhor, co#o #uita sensatez, 'az a aplica&o. +s 'iis e#Cristo, e# ez !e tentar encobrir e escon!er suas conic4es, !eia# ser nota!os. /&o !eia# ter co#o e*pe!iente cochichar e# secreto, s escuras, nas c#aras interiores, ten!o o obetio !e reter suas conic4es !o conheci#ento !as pessoas, #as !eia# ser 'rancos e !este#i!os no 'alar aer!a!e e no procla#ar o ean"elho !iante !as pessoas. /ote#os0 a!ert5ncia necess8riata#b# e# nossos !ias, quan!o h8 #e#bros !e i"rea que &o ao e*tre#o !e, at, ocultar !osizinhos sua i!a ao culto e eitan!o qualquer ei!5ncia crist& !e suas salas, co#o A$blias, liros !eora&o, qua!ros reli"iosos e reistas, para que al"u# !e seus Ga#i"osH n&o sorria !e #o!o

Page 83: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 83/166

 penaliza!o sobre suas supersti4es absur!asR <al hipocrisia equialente ne"a&o p6blica !eCristo.

>er!a!eira intrepi!ez, V. +) Di$o-vos, pois, ami$os meus' (ão temais os ue matam ocorpo e, depois disso, nada mais podem !azer. ) &u, por#m, vos mostrarei a uem deveis temer'Temei auele ue depois de matar, tem poder para lan9ar no in!erno. Him, di$o-vos, a esse deveistemer. /) (ão se vendem cinco pardais por dois asses8 &ntretanto nenhum deles estF em

esuecimento diante de Deus. 0) At# os cabelos da vossa cabe9a todos estão contados. (ão temais >em mais valeis do ue muitos pardais Jesus se !iri"e aos seus !isc$pulos, co#o a a#i"os, que u# t$tulo que #ostra seu a#or e con'iana neles, Jo. 1@. 1?. /&o !eia# te#er aos que s&o capazes!e 'erir e #atar o corpo, quan!o Deus assi# o per#ite. <&o só u# te#or !eia habitar e# seuscora4es, e este !eia ser u# te#or pro'un!o, u# pas#o e reer5ncia, que n&o te#e o casti"o #asest8 e# santo te#or !iante !aquele que ul"a e con!ena a a#bos, al#a e corpo, !estrui&o eterna.=ois, este n&o u# #ero tenta!or hu#ano, que tenta #acular a al#a !o pró*i#o in!uzin!o-a ao peca!o, ta#b# n&o 3atan8s, isto que este n&o te# po!er absoluto sobre o corpo e a al#a. as o próprio "ran!e Deus, o Juiz !iino. <er #e!o !e ini#i"os hu#anos e !o seu !esprezo e 'erir,i#plica e# 'alta !e ' naquele que, por outro, po!e !ei*ar cair na ne"a&o e, assi#, con!ena&o.% #ais0 =or que te#er =ar!ais era# t&o pouco aloriza!os pelas pessoas, que era# reuni!os e#"rupos !e cinco e sen!o ca!a cinco en!i!os por !ois assaria, ou #enos !o que tr5s centaos. % a

 per!a !u# cabelo t&o insi"ni'icante que ne# nota!o. as, ain!a assi#0 /e# ao #enos u#a!estas aes #ais baratas i"nora!a ou ne"li"encia!a por Deus. % to!os os cabelos !e nossa cabeas&o por ele enu#era!os, e os seus c8lculos se#pre s&o e*atos. =or isso, qu&o tolo te#er, isto quete#os sua a'ir#a&o !e que e# sua esti#a so#os #uito #ais esti#a!os !o que #uitos par!ais.

Con'essar Cristo, V. 5) Di$o-vos ainda' Todo auele ue me con!essar diante dos homens,tamb#m o Bilho do homem o con!essarF diante dos anos de Deus2 7) mas o ue me ne$ar diantedos homens, serF ne$ado diante dos anos de Deus. 1<) Todo auele ue pro!erir uma palavracontra o Bilho do homem, isso lhe serF perdoado2 mas, para o ue blas!emar contra o &sp@ritoHanto, não haverF perdão. 11) uando vos levarem =s sina$o$as e perante os $overnadores e asautoridades, não vos preocupeis uanto ao modo por ue respondereis, nem uanto =s coisas uetiverdes de !alar. 1") orue o &sp@rito Hanto vos ensinarF, nauela mesma hora, as coisas uedeveis dizer.  Jesus, solene#ente re'ere ao u$zo 'inal, para i#pri#ir e# seus !isc$pulos anecessi!a!e !u#a con'iss&o 'ranca e !este#i!a. F#a con'iss&o !e Cristo perante as pessoas, que u#a procla#a&o 'ranca !a er!a!e e u#a !e'esa constante !a er!a!e, e*i"i!a !e ca!a se"ui!or !e Cristo. /ós, pela "raa !e Deus e na 'ora !e Cristo, con'essa#os. % ele, por sua ez, estar8 !onosso la!o no 6lti#o !ia e nos con'essar8 !e #o!o t&o pleno, e !e #o!o ain!a #ais ale"re, peranteos anos !e Deus que estar&o presente !iante !o trono !o ul"a#ento. as se ne"a#os Cristo perante as pessoas, co# isso proa#os que n&o te#os ' e# nosso cora&o. + ne"a!or !e Cristo seer8 ne"a!o e reeita!o e*ata#ente no #o#ento quan!o #ais precisa !e socorro e sala&o, no !ia!o ul"a#ento, e perante os santos anos !e Deus que sere# !e teste#unhas. /a ne"a&o h8 u#"ran!e peri"o, at #es#o no te#po presente e nas con!i4es atuais. =ois, a ne"a&o po!e resultar e# blas'5#ia, se#elhante quela pro'eri!a pelos 'ariseus que acusara# Jesus !e estar e# alianaco# 3atan8s ou Aelzebub. =o!e acontecer al"o co#o u# en"ano, ou u# 'alar te#por8rio contra a pessoa !e Jesus. F# tal peca!o ter8 pronto per!&o, quan!o ocorreu er!a!eiro arrepen!i#ento.as, quan!o al"u# blas'e#a contra o %sp$rito 3anto, contra o seu trabalho, ent&o o peca!o, e#

sua natureza, est8 'ora !o #bito !o per!&o. G blas'5#ia contra o %sp$rito 3anto si"ni'ica o!iar ereeitar !elibera!a#ente e co# pleno conheci#ento e onta!e o %sp$rito !a er!a!e. 3o#ente u#a pessoa que 8 sentiu o trabalho !o %sp$rito e# seu cora&o e que sabe que ele o %sp$rito !aer!a!e, capaz !e 'azer isto. 3e al"u#, co#o u# 'ilho !e 3atan8s, nisso se"ue a 3atan8s e o!eiaao %sp$rito que o con!ena co#o u# esp$rito !e tortura, e se torna u# ini#i"o e u# opositor !aer!a!e teste#unha!a pelo %sp$rito 3anto T u#a tal pessoa blas'e#a ao %sp$rito 3anto, e este peca!o i#per!o8el. raz&o por que ele n&o po!e ser per!oa!o n&o !ee ser busca!o no 'ato quea 'onte !a #isericór!ia no cora&o !e Deus secou, #as, antes, nisso que secou a abertura para oarrepen!i#ento e a ' no cora&o !o peca!or.H as, quanto aos seus !isc$pulos, que estes n&o

Page 84: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 84/166

sinta# qualquer inquieta&o e #e!o !e po!ere# !e'en!er sua ' quan!o necess8rio. 7uan!o seusini#i"os 'osse# le8-los ao conselho !e sua sina"o"a, ou aos "oernantes e outros tribunais, ent&oseria 'ato que n&o !eeria# esperar que !o#inasse# a situa&o apoia!os e# seu própriahabili!a!e. Contra eles se !isporia# e# or!e# !e batalha a sabe!oria e a ast6cia !a oratória !o#un!o. as, ne# por isso, n&o !eia# preocupar-se pela sua !e'esa, pois o %sp$rito 3anto, noe*ato #o#ento, os ensinaria e lhes !aria tais palaras na boca que seria# e*ata#ente as

apropria!as para o #o#ento e seriria# para con'un!ir seus ini#i"os. uito crist&o 8 'icousurpreso, quan!o ataca!o pelos ini#i"os !e Cristo, !iante !a 'acili!a!e co# que 'lu$a# os pensa#entos e as palaras que, na ocasi&o, lhes sa$a# !a boca. 7uan!o u#a pessoa n&o se apóiae# sua própria habili!a!e e ast6cia, ent&o o próprio 3enhor "uiar8 sua l$n"ua na !e'esa !as "ran!eser!a!es !a A$blia.

!ert5ncia contra a aareza, V. 1%) (esse ponto, um homem ue estava no meio damultidão lhe !alou' Mestre, ordena a meu irmão ue reparta comi$o a heran9a. 1+) Mas Jesus lherespondeu' 3omem, uem me constituiu uiz ou partidor entre vs8 1) &ntão lhes recomendou'Tende cuidado e $uardai-vos de toda a ualuer avareza2 porue a vida de um homem nãoconsiste na abundOncia dos bens ue ele possui. %nquanto Jesus 'alaa s #ulti!4es, ocorreu u#ainterrup&o. F# ho#e# na #ulti!&o lhe pe!iu que 'alasse a seu ir#&o sobre a !iis&o !a heranaco# ele, ten!o e# ista que, pelo que parecia, o ir#&o achara u# #eio !e escapar !a lei, Dt.

21.1. Jesus, por#, 'iel ao princ$pio que coisas espirituais e te#porais !eia# ser consera!as!istantes entre si, i#e!iata#ente #ostra que, ne# no #$ni#o, si#patiza co# o proble#a !oho#e#, e que n&o al"u# uiz para !eci!ir o caso pelos seus #ritos, e ne# al"u# 8rbitro parae*ecutar qualquer !ecis&o ul"a!a boa por ele. as a interrup&o o'erece a Jesus a ocasi&o !econcluir u#a li&o para to!a sua au!i5ncia, alertan!o-a contra a cobia. %ste u# $cio insi!ioso e peri"oso, que sobre# co# sutil #ansi!&o al"u#, sen!o por isso necess8rio precaer-se co#!obra!o cui!a!o contra ela.M ta#b# u# $cio tolo, isto que a i!a e a 'elici!a!e !u#a pessoan&o !epen!e# !a "ran!e abun!ncia !e bens que po!e cha#ar seus. Certa por&o !e ali#ento, !eestes para se prote"er contra a incle#5ncia !o te#po e u# teto contra os ele#entos, isto o que necess8rio para a i!a. <u!o o que passa !isso acrescenta #ais preocupa&o e responsabili!a!e,sen!o que !isso se precisa prestar contas e*atas no "ran!e !ia !o acerto 'inal.

par8bola !o ho#e# rico, V. 1/) & lhes pro!eriu ainda uma parFbola, dizendo' campode um homem rico produziu com abundOncia. 10) & arrazoava consi$o mesmo, dizendo' ue !arei, pois não tenho onde recolher os meus !rutos8 15) & disse' Barei isto' Destruirei os meus celeiros,reconstru@-los-ei maiores, e a@ recolherei todo o meu produto e todos os meus bens. 17) &ntão direi= minha alma' Tens em depsito muitos bens para muitos anos' descansa, come e bebe, e re$ala-te. "<) Mas Deus lhe disse' Kouco, esta noite te pedirão a tua alma2 e o ue tens preparado, parauem serF8 "1) assim # o ue entesoura para si mesmo e não # rico para com Deus.  tolice !ecobiar e con'iar e# riquezas n&o po!ia ser e*pressa !e #o!o #ais en'8tico !o que nesta par8bola. terra !e certo ho#e# se #ostrara #uito 'rtil. =ro!uzira u#a colheita transbor!ante. Esto 'ora só b5n&o !e Deus, co#o se#pre 'ato quan!o isto acontece. + ho#e#, por#, #ani'esta#ente pensou que o e*ce!ente lhe pertencia para que !ele 'izesse co#o #elhor lhe parecia, isto ter o!eseo !e e#pre"8-lo e# seu próprio bene'$cio. =or isso planeou colocar e# se"urana sua "ran!ecolheita, unta#ente co# suas !e#ais riquezas, construin!o celeiros e !epósitos #aiores !o que osque tinha, para ent&o ar#azenar ali to!a a colheita !e suas terras e tu!o quanto era seu. Esto n&o

ocorreu, co# o obetio !e, co# #aior 'i!eli!a!e, realizar a obra !e sua a!#inistra&o !iante !eDeus, #as para !eliciar-se ele próprio e# suas riquezas. 3eus bens era o seu !eus. cre!itaa queeles lhe trazia# 'elici!a!e e o cu#pri#ento !e to!os os seus !eseos. %ste ho#e#, se#elhante #aioria !os ricos, co#eteu o en"ano !e consi!erar a riqueza a!icional co#o u# lucro, quan!o, naer!a!e, 'oi u#a !$i!a. Ca!a Seal co# o qual Deus abenoa u#a pessoa e que ultrapassa aser!a!eiras necessi!a!es !ela e !e sua 'a#$lia, ista !e Deus n&o u# lucro #as u# !$i!a. ora&o !e "ur, =r. NB.,9, #uito necess8ria e# nossos !ias, quan!o o a#or ao !inheiro e acobia se est&o !i'un!i!o sobre a terra, se#ean!o insatis'a&o e !iscór!ia e# to!as as es'eras !ai!a. as, e# #eio a estas pon!era4es róseas, troea a oz !e Deus0 <olo, ho#e# se#

Page 85: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 85/166

enten!i#ento e co#preens&o, nesta noite tua i!a te pe!i!a. % se"uir8 a #ais a#pla presta&o !econtas. De que# ser8 aquilo que untaste as, be# t&o tolos s&o to!as as pessoas que só pensa#e# "anhar riquezas para si, que s&o as riquezas !este #un!o, e ne"li"encia# buscar a er!a!eirariqueza, que s&o os !ons espirituais e celestes. GAancarrota total o 'i# !e to!o ho#e# cobioso.M lea!o ao u$zo, ten!o seu no#e arruina!o, isto que perante Deus n&o passa !e tolo, ten!o suaal#a arruina!a, isto que ela lhe 'oi requeri!a para o eterno casti"oQ ten!o per!i!o o #un!o porque

o precisou !ei*ar para tr8sQ e ten!o per!i!o o cu porque ne"li"enciou !epositar u# tesouro nocuH1).Hquele que ie se# Deus nunca "ozar8 u# só #iser8el centao, e n&o ter8 'elici!a!e e#seus bens, isto que te# u#a #8 consci5ncia, co#o !iz a %scritura, Es. @. 21.... %stas pessoas n&ot5# se"urana interna e ne# e*terna. <e#e# que a casa quei#e, que la!r4es a ina!ir&o eroubar&o seu !inheiroQ neles n&o se encontra u# cora&o 'eliz, ne# ale"ria ou !escanso, sea !e !iaou !e noiteH1/ ).

 Da ;on!ian9a &m Deus & a repara9ão ara A Vinda De ;risto.  Lc. 12. 22-@9.

!ert5ncia contra a preocupa&o, V. "") A se$uir diri$iu-se Jesus a seus disc@pulos,dizendo' or isso eu vos advirto' (ão andeis ansiosos pela vossa vida, uando ao ue haveis decomer, nem pelo vosso corpo, uando ao ue haveis de vestir. "%) porue a vida # mais do ue o

alimento, e o corpo mais do ue as vestes."+) bservai os corvos, os uais não semeiam nemcei!am, não t:m despensa nem celeiros2 todavia Deus os sustenta. uanto mais valeis do ue asaves ual de vs, por ansioso ue estea, pode acrescentar um cvado ao curso da sua vida8 "/)He, portanto, nada podeis !azer uanto =s coisas m@nimas, por ue andais ansiosos pelas outras8;8 u#a $nti#a rela&o entre a a!ert5ncia !ita ao poo e# "eral e aquela !iri"i!a e# especial aos!isc$pulos, isto que a cobia po!e ter sua ori"e# no cui!a!o e na preocupa&o pelas coisas !ae*ist5ncia terrena. Deus nos !eu a i!a, por isso ta#b# proer8 ali#ento para #ant5-la. %le nos!eu o corpo, e, por isso, ta#b# proer8 as estes para cobri-lo. %le conce!eu o #ais i#portanteou o que te# #ais alor sua ista, e por isso po!e-se con'iar que ele ta#b# cui!ar8 !o #enor e!o #enos i#portante. +s coros e as aes que oa# pelo ar s&o nossos e*e#plos na con'iana totalna proi!5ncia !e Deus. %las n&o se#eia# ne# se"a#. /&o possue# !epósito ne# celeiros. %,ain!a assi#, Deus cui!a !elas. =or isso !ee#os to#ar a srio a li&o que nos ensina#. G%is ali os p8ssaros a oar !iante !e nosso olhar, se# li"are# para nós, assi# que nos cabe tirar o chapu!iante !eles, e !izer0 eu caro !outro, preciso con'essar que n&o enten!o a habili!a!e que possuis.Durante a noite !or#es e# teu ninho, se# teres cui!a!os. De #anh& leantes, s 'eliz e ale"re, pousas nu#a 8rores, cantas, louas e a"ra!eces a Deus. se"uir procuras e achas teu ali#ento.=ois be#, o que apren!i eu elho tolo, que n&o ao !o #es#o #o!o 3e o pequenino p8ssaro sabe!ei*ar !e preocupar-se #as a"ir e*ata#ente co#o o 'az u# santo, e, contu!o, n&o te# terra ne#celeiro ou ba6 ou por&o. %le canta e loua a Deus, re"ozia e 'eliz, pois sabe que possui al"u#cuo no#e =ai celeste, que zela por nós, - por que, pois, n&o a"i#os nós assi#, nós, que te#os aanta"e# !e ser#os capazes !e trabalhar, larar o solo, untar os 'rutos, recolh5-los e "uar!8-los ote#po necess8rio as, ain!a assi#, n&o conse"ui#os lirar-nos !o er"onhoso preocupar. azeco#o os p8ssaros. pren!e a con'iar, cantar, ser 'eliz e per#itir que teu =ai celeste cui!e !e tiH 10 ).<o!o o preocupar !u#a pessoa ta#b# n&o ter8 o 5*ito !e 'azer o que Deus capaz !e 'azer 'acil#ente, acrescentar u# ca!o estatura. % se ne# ao #enos po!e#os 'azer o que, con'or#e

as leis !a natureza, parece t&o ei!ente e si#ples, por que nos preocupar$a#os sobre coisas queest&o inteira#ente nas #&os !e Deus, e !as quais ele se#pre cui!ou para nosso be#-estar

F#a li&o !os ca#pos, V. "0) bservai os l@rios2 eles não !iam nem tecem. &u, contudo,vos a!irmo ue nem Halomão, em toda a sua $lria, se vestiu como ualuer deles. "5) ra, se Deus veste assim a erva ue hoe estF no campo e amanhã # lan9ada no !orno, uanto mais

1 ) 01) Aesser, cita!o e# 3toecKhar!t, >iblische Geschichte des (euen Testaments, 150.1/  )0")Lutero, %. 1</<.10  )0%) Lutero, cita!o e# Aesser, >iibelstunden, 1.05.

Page 86: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 86/166

tratando-se de vs, homens de peuena !#. "7) (ão andeis, pois, a inda$ar o ue haveis de comer ou beber, e não vos entre$ueis a inuieta9?es. %<) orue os $entios de todo o mundo # ue procuram estas coisas2 mas vosso ai sabe ue necessitais delas. %1) >uscai, antes de tudo, o seureino, e estas coisas vos serão acrescentadas. +s l$rios !o ca#po, co# sua te*tura aelu!a!a esuas cores ini#itael#ente esplen!i!as, s&o a se"un!a li&o obetia. %les n&o #anea# a a"ulha,ne# 'ia# ou tece#. as, ain!a assi#, n&o só est&o esti!os, #as seu estu8rio !e tal espcie que

#es#o o rico rei 3alo#&o, co# riquezas 'abulosas sua !isposi&o, n&o se p!e co#parar co#al"u# !eles neste senti!o. as Jesus ai ain!a #ais lon"e. t a rela, que possui pouca belezaque a co#en!e a que# a obsera, utiliza u# u$zo #elhor. %la icea e 'loresce hoe no pra!o, ea#anh& usa!a co#o co#bust$el no 'orno !as pessoas. as, ain!a assi#, esti!a por Deus parao curto prazo !o seu ier. 7uanto #ais Deus !ar8 as necess8rias estes a seus 'ilhos.H%is ali 'lores!e to!as as cores, orna!as !a #aneira #ais bela, a ponto !e que nenhu# i#pera!or ou rei se lhesi"ualar e# a!orno. =ois to!o o a!orno !estes coisa #orta. as u#a 'lor te# sua própria cor e beleza, e u#a coisa natural e ia. <a#b# n&o !ee ser pensa!o que ela cresce por acaso. =ois,se n&o 'osse por or!e# e cria&o especial !e Deus, nunca seria poss$el u#a ser t&o i!5ntica aoutra, ten!o a #es#a cor, 'olhas, n6#ero !e ptalas, neruras, entalhes e outras #e!i!as. 3e Deus, pois, usa u#a tal !ili"5ncia no casa !a rela, que só e*iste para que sea ista e para que o "a!o aco#a, n&o , acaso, peca!o e u#a er"onha que nós ain!a !ui!a#os se Deus real#ente nos possa

 proer co# estesH15

). =or isso, que tolice preocupar-se co# co#i!a e bebi!a. 3er to#a!o !ehesita&o e !6i!a, olhar ansiosa#ente por socorro, co#o se 'sse#os u# #aruo nu# barco bati!o pela te#pesta!eR <u!o isso s&o coisas !e que as pessoas !o #un!o, os "entios, 'aze# sua pri#eira preocupa&o. as quanto a ós, o =ai sabe que necessitais !essas coisas. ;8 so#ente u#acoisa que #erece ser obetio !e busca ansiosa, e esta o reino !e Deus. 3er u# #e#bro !estereino, ter e conserar no cora&o a er!a!eira ', pela qual asse"ura!a a con!i&o !e #e#bro,este aquele u# 'ato que !ee !ar a ca!a crist&o sua preocupa&o #aior, por conta !a qual ele oraca!a !ia a se"un!a peti&o. <o!as as !e#ais coisas que s&o necess8rias para o sustento !a i!a s&oacrescenta!as pela proi!5ncia !e Deus, e n&o precisa# !e qualquer preocupa&o.

+ pequeno rebanho, V. %") (ão temais, peuenino rebanho2 porue vosso ai se a$radou em dar-vos o seu reino.%%) Vendei os vossos bens e da@ esmola2 !azei para vs outros bolsas ue não des$astem, tesouro ine4tin$u@vel nos c#us, onde não che$a oladrão nem a tra9a consome, %+) porue onde estF o vosso tesouro, a@ estarF tamb#m o vossocora9ão. +s !isc$pulos s&o t&o só u# pequeno rebanho e# #eio "ran!e #assa !as na4es !o#un!oQ s&o t&o só uns poucos, só u# punha!o, aqueles que sincera a ansiosa#ente busca# oreino. %stes, por#, n&o !ee# te#er, pois o reino !eer8 ser !eles, !e acor!o co# a boa onta!e!o =ai, ou porque e# sua "ran!e #isericór!ia lhe a"ra!a !8-lo co# u# !o# "ratuito a eles. GMco#o se ele !issesse0 <u n&o o #erecesQ si#, #ereces o in'ernoQ #as o que te acontece na!a outro!o que "raa, que te pro#eti!a pelo bo# a"ra!o !o =aiQ por isso cr5 t&o so#ente, e co# certeza oter8s. M al"o "ran!ioso ser#os 'ilhos !e Deus e ir#&os !e Cristo, a ponto que te#os o po!er eso#os senhores sobre a #orte, o peca!o, o !iabo e o in'ernoQ #as ne# to!as as pessoas t5# este po!er, #as t&o so#ente os que cr5e#. =ois aquele que cr5 que Deus nosso =ai e que nós so#osseus 'ilhos, esse n&o precisa te#er a nin"u#Q pois Deus seu protetor o qual te# tu!o e# seu po!er, e que te# to!os os cora4es hu#anos e# suas #&osH17). =or isso os crist&os, e# ez !econ'iar seus cora4es e suas #entes e# coisas !este #un!o e sere# to#a!os !e cui!a!os pelo

corpo, !ee#, con'or#e o conselho !o 3enhor, en!er seus bens e !ar o pro!uto cari!a!e. %nt&oseus cora4es ser&o libertos !e to!as as consi!era4es terrenas e !e #o!o #ais '8cil e e'icienteser&o 'ir#a!os nas riquezas eternas. %nt&o os tesouros !os !isc$pulos estar&o nu#a bolsa que nuncaenelhecer8, isto que s&o as riquezas !a "raa !e Deus e# Jesus Cristo. /enhu# la!r&o capaz !eapro*i#ar-se e surrupiar este tesouro ine*aur$el e precioso, e nenhu#a traa capaz !e !estruir asalas estes !a ustia !e Jesus que nos 'oi !a!a pela '. 7u&o necess8rio , pela constante

15 )0+)Lutero, cita!o e# Aesser, [email protected] ) 0) Lutero, 11."17%.

Page 87: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 87/166

consi!era&o !e passa"ens co#o a presente, tornar-se se#pre #ais certo !a oca&o celeste por #eio !o 3enhor JesusR  + alerta crist&o, V. %) ;in$idos esteam os vossos corpos e acesas as vossas candeias. %/)Hede vs semelhantes a homens ue esperam pelo seu senhor, ao voltar ele das !estas decasamento2 para ue, uando vier e bater = porta, lo$o lha abram. %0) >em-aventurados aueles servos a uem o Henhor uando vier os encontre vi$ilantes2 em verdade vos a!irmo ue ele hF de

cin$ir-se, dar-lhes lu$ar = mesa e, apro4imando-se, os servirF. %5) uer ele venha na se$undavi$@lia, uer na terceira, bem-aventurados serão eles, se assim os achar. %7) Habei, por#m, isto'ue, se o pai de !am@lia soubesse a ue hora havia de vir o ladrão, vi$iaria e não dei4ariaarrombar a sua casa. +<) Bicai tamb#m vs apercebidos, porue = hora em ue não cuidais, o Bilho do homem virF. Dos crist&os !os 6lti#os !ias espera!o u# esta!o !e espera i"ilante.Dee# ser se#elhantes a seros cuo senhor partiu para sua 'esta !e casa#ento e pensa oltar paracasa ten!o a co#panhia !a noia. 3eus lo#bos estar&o cin"i!os, prontos para a a&o i#e!iata e se#tar!ana ou !e#ora. s luzes estar&o acesas, para eitar qualquer perturba&o. Ca!a sero estar8e# seu posto e ocupa!o e# sua tare'a a!equa!a. <&o lo"o que o senhor e#, e no #o#ento e# que bate porta, estar&o prontos a abrir e seri-lo cheios !e 6bilo e satis'a&o. F#a 'i!eli!a!e assi# al"o raroQ 'elizes, por#, os que apren!era# esta irtu!e, pois seu "alar!&o "racioso ta#b# ser8raro. Jesus !eclara, solene#ente, que o senhor trocar8 !e 'un4es co# eles, insistin!o co# eles

 para que recline# #esa enquanto ele, pren!en!o suas este !e bai*o, lhes serira Gpor4es !a'esta !e casa#ento que trou*e consi"oH. %, 'osse a in!a !o senhor a!ia!a at a se"un!a i"$lia que lo"o antes !a #eia-noite, ou at a terceira que lo"o !epois !a #eia-noite, #as encontrasse as#es#as con!i4es, ent&o aqueles seros teria# reco#pensa!o sua i"ilncia #uito #ais !o queaquilo que #erecia#. M assi# que os !isc$pulos !e Cristo se#pre !ee# ser encontra!os parareceber seu 3enhor Jesus Cristo, quan!o ele retorna para ul"ar os ios e os #ortos. %, #es#oque, #era#ente, cu#pre# seu !eer !e ier a i!a e# i"ilncia constante e pie!osa, ele, ain!aassi#, lhes !ar8 u#a reco#pensa !e "raa que e# #uito ultrapassa suas esperanas e e*pectatias#ais oti#istas.  li&o sobre a i"ilncia en'atiza!a por outra par8bola. ssi# co#o u# la!r&o po!e ir aqualquer hora !a noite, e be# na hora e# que #enos se o espera, e assi# co#o o !ono !a casa, por isso, estar8 se#pre i"ilante, para que o la!r&o n&o assalte a casa e cu#pra suas inten4es, assi# os!isc$pulos !o 3enhor !ee# estar !e i"$lia para que o 6lti#o !ia n&o lhes sobreenha enquantoest&o !esprepara!os. #iss&o , se#pre estar pronto e alerta, a"uar!an!o ansiosa#ente a in!a !o6lti#o !ia. =ois o ilho !o ho#e# e#, co#o o supre#o Juiz, nu#a hora e# que #enosespera!o.  per"unta !e =e!ro e a resposta !o 3enhor, V. +1) &ntão edro per$untou' Henhor, pro!eresesta parFbola para ns ou tamb#m para todos8 +") Disse o Henhor' uem #, pois, o mordomo !iel e prudente, a uem o senhor con!iarF os seus conservos para dar-lhes o sustento a seu tempo8 +%) >em-aventurado auele servo a uem seu senhor, uando vier, achar !azendo assim. ++)Verdadeiramente vos di$o ue lhe con!iarF todos os seus bens. +) Mas se auele servo disser consi$o mesmo' Meu senhor tarda em vir, e passar a espancar os criados e as criadas, a comer, abeber e a embria$ar-se, +/) virF o senhor dauele servo em dia em ue não o espera, e em horaue não sabe, e casti$F-lo-F, lan9ando-lhe a sorte com os in!i#is.   C'. t. 2?. ?@-@1. =e!rointerro#peu ao 3enhor co# a per"unta se a par8bola, e por isso ta#b# sua li&o, era !estina!a só

aos !isc$pulos ou o era para to!os os presentes. in!a que Jesus n&o respon!esse !ireta#ente, acontinua&o !o !iscurso tornou claro que ele se re'erira principal#ente a seus !isc$pulos. +s quecr5e#, se#pre !ee# estar prepara!os, sen!o e*e#plos !e i"ilncia a to!as as pessoas.  par8bola !o 3enhor u#a !escri&o ibrante e bela0 F# sero escolhi!o por seu senhor para u#a posi&o !e con'iana especial, !an!o-lhe a a!#inistra&o !e to!a a casa que inclui, aci#a !e tu!o,a !istribui&o correta !o ali#entoQ o sero 'iel encontra!o e#penha!o neste serio no retorno !eseu senhor e reco#pensa!o #uito al# !e seus #ereci#entos, receben!o o encar"o !e to!os osseus bensQ o sero in'iel que se 'iou na !e#ora !e seu patr&o, co# o que querer8 ter te#po parasuas a4es is, baten!o os escraos !e a#bos os se*os, to#an!o para si o ali#ento !eles para se

Page 88: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 88/166

e#panturrar e# "lutonaria e bebe!eiraQ o retorno inespera!o !o senhor e# hora e*traor!in8riaQ ocasti"o terr$el conce!i!o ao canalha. + sero 'iel u# tipo !o er!a!eiro !isc$pulo !e Cristo, e#especial, !o pastor 'iel. queles que sere# a Cristo e# seus co#panheiros reinar&o co# Cristo no#un!o que h8 !e ir. % os pastores que conce!era# a ca!a u# !os conseros sua !ei!a por&o !a palara !e Deus, quan!o se e#penhara# unica#ente e# serir con'or#e o e*e#plo !e Cristo,ser&o reco#pensa!os co# #isericór!ia #uito #aior !o que to!as as esperanas e co#preens&o.

as os !isc$pulos incr!ulos, que iera# e# se"urana !espreocupa!a, que crera# no "ozo !ai!a, que se recusara# au!ar nas tare'as !e cari!a!e para co# o pró*i#o, a ain!a 'ora# culpa!os!e cruel!a!e contra seus co#panheiros, estes receber&o sua por&o co# os #aus na con!ena&oeterna. Esto, aci#a !e tu!o, er!a!e co# os #ercen8rios que n&o se preocupa# co# o rebanho !eCristo, #as tenta# conse"uir !ele o que !esea# para u# ier ocioso, que ne"li"encia# a pre"a&o !o ean"elho e que ali#enta# as al#as co# a palha !a sabe!oria hu#ana. %les receber&oa #aior con!ena&o.  Sesu#o !e Cristo, V. +0) Auele servo, por#m, ue conheceu a vontade de seu senhor e não se aprontou, nem !ez se$undo a sua vontade, serF punido com muitos a9oites. +5) Auele, por#m,ue não soube a vontade do seu senhor e !ez coisas di$nas de reprova9ão, levarF poucos a9oites. Mas =uele a uem muito !oi dado, muito lhe serF e4i$ido2 e =uele a uem muito se con!ia, muitomais lhe pedirão. qui o 3enhor a'ir#a o princ$pio que no reino !e Deus e e# especial no !ia !o

 u$zo, os casti"os n&o ser&o a!#inistra!os con'or#e u# !ecreto absoluto #as con'or#e o ta#anho!a 'alta. ;8 o sero que 'oi plena#ente in'or#a!o !a onta!e !e seu senhor, #as !elibera!a#enteescolheu i"norar esta onta!e e 'azer co#o a"ra!aa a si #es#o. 3eu casti"o ser8 pesa!o,consistin!o !e #uitos aoites. Doutro la!o, u# sero po!e ter n&o sabi!o a onta!e !o !ono, #as'ez al"o que #ereceu casti"o. %ste receber8 poucos aoites. Esto n&o !ee ser enten!i!o, co#o seu# sero pu!esse ale"ar i"norncia quan!o, lea!o por sua própria onta!e, i"norou a or!e#.E"norncia n&o !esculpa l8 on!e po!e ser alcana!o o conheci#ento. re"ra que a e*i"5ncia !o!ono est8 e# propor&o co# os !ons conce!i!os, sea# estes te#porais ou espirituais. %# ca!acaso a pessoa e# quest&o , t&o só, u# a!#inistra!or que est8 encarre"a!o !estes !ons. F# ricon&o po!e !ispor !e sua proprie!a!e co#o ele o quer. F#a pessoa !e inteli"5ncia e*cepcional n&ote# o !ireito !e coloc8-la e# a&o pelo que a"ra!a sua própria a#bi&o e presun&o. quele aque# Deus conce!eu u#a #e!i!a e*traor!in8ria !e conheci#ento espiritual n&o po!e !eci!ir i"norar este talento. + !ia !a presta&o !e contas e#. % a presta&o ser8 seera, por#, usta. =or isso u# crist&o se#pre precisa estar alerta e# to!o o assunto !a santi'ica&o.  !issens&o causa!a pelo ean"elho, V. +7) &u vim para lan9ar !o$o sobre a terra e bemuisera ue F estivesse a arder. <) Tenho, por#m, um batismo com o ual hei de ser batizado2 euanto me an$ustio at# ue o mesmo se realize. 1) Hupondes ue vim para dar paz = terra8 (ão,eu vo-lo a!irmo, antes, divisão. ") orue daui em diante estarão cinco divididos numa casa'tr:s contra dois, e dois contra tr:s. %) &starão divididos' pai contra !ilho, !ilho contra pai2 mãecontra !ilha, !ilha contra mãe2 so$ra contra nora, e nora contra so$ra.  =ara certas pessoas, cuas#entes o !eus !este #un!o ce"ou, o ean"elho u# cheiro !e #orte para a #orte, 2. Co. 2. 1O. %letraz u# 'o"o !e controrsia que resulta e# proa4es e con'litos iolentos contra os que cr5e#.=or isso, quan!o #ais ce!o 'or aceso este 'o"o, tanto #elhor ser8 para os 'iis. % n&o assi#, co#ose Jesus quisesse sair ileso, enquanto que seus se"ui!ores precisa# carre"ar as #uitas cruzes quelhes s&o i#postas porque s&o seus !isc$pulos. + batis#o !e sua 6lti#a e "ran!e pai*&o a"i"anteia-

se perante ele, ten!o u# aspecto t&o a#eaa!or que ele se sente pre#i!o !e to!os os la!os, tanto pelo !eseo ar!ente pela proa&o 'inal, co#o pelo #e!o !o seu horror. Da #es#a 'or#a os!isc$pulos n&o !ee# ier na esperana e i!ia tola, que escapar&o !e proa&o i"ual ouse#elhante. Conten!a, !issens&o, luta e ini#iza!e se"uir&o a pre"a&o !a cruz e# to!os os te#pos,causan!o !iis4es, at, e# #eio aos 'a#iliares #ais terna#ente uni!os. =or causa !o ean"elho 8'ora# ro#pi!as as a#iza!es que !uraa# a anos e os laos #ais $nti#os !e parentesco. +s 'iis !eto!os os te#pos !ee# saber isto, para que n&o se o'en!a#. /&o precisa# esperar que seu quinh&oser8 #ais suae !o que o !o seu 3enhor.

Page 89: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 89/166

  F#a palara 'inal ao poo, V. +) Disse tamb#m =s multid?es' uando vedes aparecer umanuvem no poente, lo$o dizeis ue vem chuva, e assim acontece2 ) e uando vedes soprar o vento sul, dizeis ue haverF calor, e assim acontece. /) 3ipcritas, sabeis interpretar o aspecto daterra e do c#u e, entretanto, não sabeis discernir esta #poca8 0) & por ue não ul$ais tamb#m por vs mesmos o ue # usto8 5) uando !ores com o teu adversFrio ao ma$istrado, es!or9a-te para te livrares desse adversFrio no caminho2 para ue não suceda ue ele te arraste ao uiz, o

 uiz te entre$ue ao meirinho, e o meirinho te recolha = prisão. 7) Di$o-te ue não sairFs dali,enuanto não pa$ares o *ltimo centavo. C'. t. 1O. 2,N,2@,2O. oi u#a palara i#pressionante !ea!ert5ncia que Jesus 'alou ao poo, se#elhante que ele 'alar aos 'ariseus e# ocasi&o anterior. + poo e# "eral n&o tirou proeito !o #inistrio e !a pre"a&o !o 3enhor, #es#o que 'osse# #uitose#elhantes aos seus l$!eres e# certos particulares e*teriores. 7uan!o as nuens subia# !o oeste,on!e 'icaa o ar #e!iterrneo, sabia# que era sinal certo !e chua, e a pro"nostica&o !o pooera e*ata#ente essa. 7uan!o o ento sopraa !o sul, on!e 'icaa o !eserto, ele trazia u# calor tórri!o, e eles sabia# pre!izer isso co# certeza absoluta. as n&o sabia# aaliar correta#ente ote#po e as circunstncias e# que iia#. /isso n&o sabia# tirar as conclus4es corretas. %ra# u# ban!o raso, se# enten!i#ento e# coisas espirituais. ssi# ta#b# a "era&o !estes 6lti#os!ias, que te# sabe!oria e bo# u$zo e# coisas e*ternas e #un!anas, #as que n&o t5#enten!i#ento nas coisas espirituais !e nosso !ia e !e nossa poca.

  +s u!eus estaa# t&o !esproi!os !o u$zo apropria!o e# assuntos sobre a #oral e areli"i&o, que ne# #es#o ul"aa# correta#ente e# assuntos que 'azia# parte !e suas ocupa4es pessoais. /&o sabia# que a bran!ura u#a irtu!e que !ee ser cultia!a se#pre, S#. 12.1. +3enhor e#pre"a aqui a 'i"ura !u# cre!or e !u# !ee!or e# seu ca#inho ao tribunal. + racional eo coneniente que o !ee!or !eia 'azer neste circunstncia buscar u# acor!o 'ora !o tribunal.Deia ser seu #8*i#o e#penho conse"uir lirar-se !o cre!or. Caso o !ee!or 'alhasse nesteintento, po!er8 er-se arrasta!o perante o uiz. + uiz, por sua ez, 'azen!o u$zo su#8rio !ele,entre"aria-o a u# o'icial que tinha co#o tare'a coletar a !$i!a que o uiz !ecretara co#o pa"a#ento, ou lanar o !ee!or na pris&o at que a !$i!a 'osse pa"a. /este caso, at, o 6lti#olepton que era u# #eio qua!rante e #enos !o que !ois centaos, era e*ecuta!o. Dessa 'or#a o poo e# "eral n&o !eia esperar ou hesitar sobre, e# te#po, procurar reconcilia&o co# seua!ers8rio. ntes !e se apercebere# po!er8 ser tar!e !e#ais. #orte surpreen!er8 aquelas pessoas e elas nesses casos encontrar&o e# Deus u# uiz i#plac8el. + e#penho !e ca!a crist&osincero ser8 conserar o e*e#plo !e Deus e# Jesus Cristo se#pre e# #ente, e orar a quinta peti&o co# u#a co#preens&o plena !e seu si"ni'ica!o.  Resumo: Jesus a!erte contra a hipocrisia e a cobia, ensina a er!a!eira con'iana e# Deuse o correto preparo para sua própria che"a!a para o u$zo, e a!#oesta o poo a cultiar a bran!ura.

Capítulo 13

Sltimas Admoesta9?es Ao Arrependimento,  Lc. 1N. 1-9.

li&o !a tra"!ia "alilia, V. 1) (auela mesma ocasião, che$ando al$uns, !alavam a Jesusrespeito dos $alileus, cuo san$ue ilatos misturara com os sacri!@cios ue os mesmos realizavam.") &le, por#m, lhes disse' ensais ue esses $alileus eram mais pecadores do ue todos os outros $alileus, por terem padecido estas coisas8 %) (ão eram, eu vo-lo a!irmo2 se, por#m, não vosarrependerdes, todos i$ualmente perecereis. +) ou cuidais ue aueles dezoito, sobre os uaisdesabou a torre de Hilo# e os matou, eram mais culpados ue todos os outros habitantes de Jerusal#m8 ) (ão eram, eu vo-lo a!irmo2 mas, se não vos arrependerdes, todos i$ualmente perecereis. /aquele #es#o te#po ou ocasi&o, quan!o Jesus haia !ito as palaras !e a!ert5nciasolene sobre o u$zo e co#o eit8-lo. %ra opini&o corrente que haia u#a li"a&o !ireta entre ota#anho !a trans"ress&o e a seeri!a!e !a puni&o. =or isso, al"u#as !as pessoas presentestrou*era# a Jesus u#a not$cia curiosa que haia# recebi!o !e Jerusal# por #eio !e al"uns pere"rinos que haia# olta!o recente#ente. =ilatos, o procura!o !a Ju!ia, haia puni!o s6!itos

Page 90: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 90/166

!e ;ero!es, o tetrarca !a :alilia. F# "oerna!or "entio haia polu$!o o te#plo !e Deus co#san"ue hu#ano. + inci!ente n&o relata!o por Jose'o, #as se enqua!ra be# no car8ter !os "alileuse no te#pera#ento !e =ilatos. +s "alileus era# #uito rebel!es contra o u"o ro#ano e 'orte#enteinclina!os se!i&o. % =ilatos tinha o !e'eito !as naturezas in'eriores0 quan!o seu te#pera#ento#or!ia o 'reio, e*plo!ia e# pai*&o !esen'rea!a. =roael#ente houera u#a !e#onstra&o note#plo que a#eaaa assu#ir a propor&o !u# #oti#, e =ilatos pronta#ente !espachara al"uns

sol!a!os e e*ecutou puni&o su#8ria. =ensa# al"uns co#entaristas que este inci!ente causou aini#iza!e entre =ilatos e ;ero!es, cp. 2N. 12. +s que per"untara# tinha# a i!ia que u#a #ortet&o repentina no #eio !u#a ocupa&o t&o sacra !eia ser consi!era!a co#o u#a proa espec$'ica!a ira !e Deus sobre os que assi# 'ora# e*ecuta!os. Jesus, por#, corri"e esta no&o. +s "alileusabati!os, isto tere# so'ri!o estas coisas, n&o era# peca!ores e*tre#a#ente "ran!es ou aci#a !os!e#ais "alileus. F# caso se#elhante, !o ponto !e ista !a presente !iscuss&o, 'oi o !as !ezoito pessoas sobre as quais caiu a torre !e 3ilo, que, proael#ente, 'ora constru$!a sobre al"u# !os pórticos !o poo. oi u# erro supor que estes era# #ais culpa!os !o que as !e#ais pessoas !eJerusal#. Jesus, #uito en'atica#ente, !iz, e# a#bos os casos0 Di"o-os, que n&o. <o!os os u!eus, inclusie seus ouintes, era# i"ual#ente culpa!os, e u# 'a!o se#elhante po!eria acert8-losa qualquer hora. n&o ser que se arrepen!esse#, to!os eles po!eria# perecer e ser !estru$!os !a#es#a 'or#a. qui o 3enhor estabelece u#a re"ra pela qual po!e#os aaliar e #e!ir os

in'ort6nios e os so'ri#entos !os outros. + so'ri#ento !o #un!o o resulta!o !o peca!o. /o caso!os !escrentes o so'ri#ento n&o passa !e casti"o, #as, co# istas para le8-los ao arrepen!i#ento. /o caso !os que cr5e# o so'ri#ento !e to!a espcie corre&o !a #&o !o =ai, que casti"a e#te#po para que sea#os poupa!os na eterni!a!e. 7uan!o u# crist&o atin"i!o por in'ort6nio, elen&o usar8 a palara prova9ão para se usti'icar. ntes !ir8, e# >era hu#il!a!e, que seus #uitos peca!os #erecera# u# casti"o #uito #aior e #ais seero, e nunca 'ar8 a per"unta, sea sua própriacruz ou a !os outros0 Co# que #ereci isto ci#a !e tu!o, por#, u#a coisa que nunca !ee ser 'eita, ar"u#entar a partir !a seeri!a!e !o so'ri#ento, tiran!o conclus4es sobre a "ran!eza !aculpa, Jó ?2. Q Jo. 9. 2,N.

par8bola !a 'i"ueira, V. /) &ntão Jesus pro!eriu a se$uinte parFbola' ;erto homem tinhauma !i$ueira plantada na sua vinha e, vindo procurar !ruto nela, não achou. 0) elo ue disse aoviticultor' 3F tr:s anos venho procurar !ruto nesta !i$ueira, e não acho2 pode cortF-la2 para ueestF ela ainda ocupando inutilmente a terra8 5) &le, por#m, respondeu' Henhor, dei4a-a ainda esteano, at# ue eu escave ao redor dela e lhe ponha estrume. 7) He vier a dar !ruto, bem estF2 se não,mandarFs cortF-la. M u#a 'i"ura !e lin"ua"e# que pre"a u#a li&o #uito sria. F# certo ho#e#,aparente#ente al"u# !e posses, tinha u#a 'i"ueira planta!a e# sua inha, e# solo bo#, !a qualnatural#ente esperaa 'ruto. %sperou por al"u# te#po, #as, 'inal#ente, se quei*ou ao iticultor, ohorticultor encarre"a!o !a inha. %staa preisto que a 'i"ueira trou*esse 'ruto tr5s ezes ao ano,#as o !ono ain!a n&o encontrara u# só nela. =arecia !esnecess8rio "astar #ais te#po e trabalhoe# seu cultio. Deia ser !erruba!a, isto que inter'eria e e*ploraa o solo !as 'i"ueiras #ais pro!utias. + senhor n&o queria retornar e retronrar, #as se#pre ser !esaponta!o. as o iticultor interce!eu pela 'i"ueira. =e!iu por só #ais u# ano !e "raa, e# que ele e#penharia to!a suahabili!a!e e es'oro para a'o'ar o solo e# re!or !as ra$zes, e colocar a!uba&o na terra. ssi# po!er8 haer al"u#a persuas&o para que a 8rore trou*esse 'ruto no ano se"uinte. Do contr8rio, por#, o !estino !a 8rore est8 sela!o, e o !ono po!e cu#prir sua inten&o. 'i"ueira in'rut$'era

u# tipo !o poo u!eu. + 3enhor, e# to!o o te#po !o nti"o <esta#ento, e# &o haia olha!o por 'ruto proporcional ao olu#e !o es'oro e !o "asto que %le e#penhara na inha !e sua i"rea.Esrael haia recebi!o u#a rica #e!i!a !e "raa, #as n&o rea"ira con'or#e. %ra se#elhante inhain'rut$'era !a qual o 3enhor se quei*ou e# Es. @. 1-. +s quatro anos pelos quais o a#or !oiticultor, que Jesus, pe!iu, 'oi o te#po !a "raa que raiara co# o #inistrio !e Jo&o, e irro#perae# plena luz co# a pre"a&o !e Jesus, e assi# continuaria !urante o #inistrio !os apóstolos. /este #o#ento o iticultor queria escaar e a!ubar a 'i"ueira co# a !e#onstra&o !e seu #ais pro'un!o a#or, !e seu sant$ssi#o zelo, e 'inal#ente por #eio !e seus seros que pre"ara# seuso'ri#ento e #orte, co#o ta#b# sua ressurrei&o e assentar-se a !ireita !o =o!er. as o te#po

Page 91: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 91/166

e*tra !a "raa passou, e o poo, co#o u# to!o, n&o trou*e 'rutos !i"nos !e arrepen!i#ento. =or isso, 'inal#ente, Deus e*ecutou o u$zo sobre este poo !esobe!iente0 Jerusal# 'oi !estru$!a e ana&o u!ia, reeita!a. /ote#os0 qui h8 u#a li&o para to!os os te#pos, isto que Deus li!a !e#o!o se#elhante co# to!as as pessoas. 3ua ustia est8 te#pera!a co# a paci5ncia. %le espera#uito, antes !e con!enar. #isericór!ia e o a#or !a parte !e Jesus t5#, #uitas ezes, 5*ito paraesten!er o te#po !a "raa para as pessoas. inal#ente, por#, a paci5ncia #ais terna precisa

che"ar ao 'i#, e ser e*ecuta!a a ustia.

 E ;urada A Mulher Aleiada,  Lc. 1N. 1B-1.

cura no s8ba!o, V. 1<) ra, ensinava Jesus no sFbado numa das sina$o$as. 11) & veio aliuma mulher possessa de um esp@rito de en!ermidade, havia F dezoito anos2 andava ela encurvada, sem de modo al$um poder endireitar-se. 1") Vendo-a Jesus, chamou-a e disse-lhe' Mulher, estFslivre da tua en!ermidade2 1%) e, impondo-lhe as mãos, ela imediatamente se endireitou e dava $lria a Deus. Jesus, !e acor!o co# o obetio in!ica!o na par8bola, n&o cessou seus es'oros !e"anhar u!eus para a palara !a sala&o. Continuou seu costu#e, ensinan!o aos s8ba!os nassina"o"as. oi assi# que aconteceu, e# certa ocasi&o, que estaa presente u#a #ulher que so'ria!u#a en'er#i!a!e que contra$a seu corpo to!o, curan!o a parte superior sobre a in'erior e, !esta

'or#a, i#pe!in!o-a !e se en!ireitar. %ra escraa !u# esp$rito estranho, o esp$rito !e suaen'er#i!a!e, cuas al"e#as a i#pe!ia# !e er"uer a cabea. Jesus, se#pre co#passio on!e quer que os ais !os outros causaa# ansie!a!e, lo"o que seus olhos ca$ra# sobre sua 'i"ura encura!a,cha#ou-a a si. %, #es#o enquanto ela se apro*i#aa, ela 8 lhe 'alou, co#o se a cura 8 estiessesi!o u# 'ato consu#a!o, a'ir#an!o que ela 'ora lira!a !e sua !oena. %, lo"o que ele lhe i#psas #&os sobre a cabea, ela se en!ireitou e irro#peu e# palaras !e louor. oi u#a #ani'esta&o!a "lória !o 3ala!or que 'oi total#ente !e acor!o co# o #inistrio "eral !e cura.

!e'esa !e Cristo contra o che'e !a sina"o"a,  V. 1+) che!e da sina$o$a, indi$nado de ver ue Jesus curava no sFbado, disse = multidão' Heis dias hF em ue se deve trabalhar2 vinde, pois,nesses dias para serdes curados, e não no sFbado. 1) Disse-lhe, por#m, o Henhor' 3ipcritas,cada um de vs não desprende da manedoura no sFbado o seu boi ou o seu umento, para levF-loa beber8 1/) or ue motivo não se devia livrar deste cativeiro em dia de sFbado esta !ilha de Abraão, a uem HatanFs trazia presa hF dezoito anos8 10) Tendo ele dito estas palavras todos os seus adversFrios se enver$onharam. &ntretanto o povo se ale$rava por todos os $loriosos !eitosue Jesus realizava. %st8 ei!ente neste inci!ente a reali!a!e !a i!ia !a obsera&o #ecnica !os8ba!o estaa pro'un!a#ente incrusta!a nos u!eus. + che'e !a sina"o"a 'icou #uito in!i"na!o,n&o porque Jesus sarara a #ulher, #as porque o 'izera no s8ba!o. %le tinha respeito !e#ais !ahabili!a!e !e !e'esa !e Cristo, n&o se atreen!o e# atac8-lo !ireta#ente. =or isso !iri"iu-se aosouintes, a"re!in!o a Jesus só in!ireta#ente, #as repreen!en!o-os aspera#ente por trazere# seusen'er#os para sere# cura!os no s8ba!o. =ois haia seis !ias e# que po!ia# cui!ar !essa tare'a.3oaa co#o se o che'e !a sina"o"a quisesse i#pe!ir que o poo tentasse Jesus para quebrar os8ba!o. + 3enhor, por#, (cha#a!o !e propósito assi#, porque, !e 'ato, era o 3enhor !o s8ba!o)replicou co# 'ora especial a esta con!ena&o, cha#an!o o che'e !a sina"o"a e a to!os, quetinha# o #es#o senti#ento sobre o assunto, !e hipócritas, !e atores baratos e !issi#ula!ores.Co#o o 'azia# eles pessoal#ente /o s8ba!o soltaa# suas bestas #u!as !a #ane!oura, at, as

con!uzia# 8"uaQ !aa#-lhes !e beber, proael#ente n&o lean!o a 8"ua at elas, isto queanci&os u!eus o haia# proibi!o, #as, ao #enos, tiran!o a 8"ua !a 'onte. arque#os o contraste0Du# la!o u#a 'ilha !e bra&o, !o outro u# boi e u# asnoQ a pri#eira escraiza!a por 3atan8s h8!ezoito anos, os outros so'ren!o se!e só por al"u#as horas. + ar"u#ento !e Jesus n&o so'reucontesta&o. +s anci&os !os u!eus, #es#o n&o conenci!os, estaa# con'usos e ener"onha!os,sen!o hu#ilha!os !iante !a au!i5ncia. as to!as as pessoas presentes estaa# encanta!as co# ascoisas a!#ir8eis e #arailhosas realiza!as pelo 3enhor. /ote#os0 <a#b# e# nossos !ias hipocrisia quan!o a santi!a!e li"a!a a assuntos #era#ente e*ternos, co#o, quan!o o assi#cha#a!o s8ba!o e "uar!a!o co# ri"or le"alista, co# a i#posi&o !e leis puritanas, enquanto que

Page 92: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 92/166

coisas i#portantes e necess8rias, co#o a cari!a!e aos pobres, #iser8eis e necessita!os, s&oo#iti!as. G=or isso apren!e aqui !e Cristo o que a er!a!eira co#preens&o !o s8ba!o, e co#o!ee#os #anter a !istin&o entre o uso e*terno !o s8ba!o, no que !iz respeito a te#po, hora elu"ar, e as necess8rias obras !e a#or que Deus nos or!ena e# to!os os #o#entos e e# to!os oslu"ares. 7ue saiba#os, que o s8ba!o 'oi or!ena!o por causa !o ho#e#, e n&o o ho#e# por causa!o s8ba!o, c. 2. 2, e assi# o ho#e# senhor !o s8ba!o, e !ee us8-lo para a sua própria

necessi!a!e e a !o pró*i#o, sen!o assi# capacita!o a "uar!ar lire#ente este e outros#an!a#entos !e Deus. =ois a co#preens&o correta !o terceiro #an!a#ento real#ente este, queuse#os o s8ba!o para ouir e apren!er a palara !e Deus, co#o po!e#os ser capazes !e "uar!ar os!e#ais #an!a#entos tanto para co# Deus co#o para co# o pró*i#o e a#ael#ente e#penhar-se para que outros ta#b# o 'aa#.H"<).

 arFbolas & &nsinos,  Lc. 1N. 1-N@.

s par8bolas !o "r&o !e #ostar!a e !o 'er#ento,  V. 15)& dizia' A ue # semelhante o reinode Deus, e a ue o compararei8 17) E semelhante a um $rão de mostarda ue um homem plantouna sua horta2 e cresceu e !ez-se Frvore2 e as aves do c#u aninharam-se nos seus ramos. "<) Dissemais' A ue compararei o reino de Deus8 "1) E semelhante ao !ermento ue uma mulher tomou e

escondeu em tr:s medidas de !arinha, at# !icar tudo levedado. + 3enhor usa os e*e#plos #aissi#ples e !espretensiosos no e#penho !e !e#onstrar as "ran!es er!a!es !o reino !e Deus a seusouintes, ou sea, !e ensinar-lhes o #o!o pelo qual a palara !e Deus se ape"a aos cora4es e sobreeles e*erce seu #arailhoso po!er, ou a #aneira pela qual o ean"elho !i'un!i!o pelo #un!o e pessoas s&o con"re"a!as i"rea !e Cristo e# qualquer te#po. %le aponta para inci!entes e aaconteci#entos !a i!a !i8ria que era# 'a#iliares ao poo, e a alus4es que era# capazes !eenten!er. C'. t. 1N. N1-NNQ c. ?. NB-N2. se#ente !o p !e #ostar!a #uito pequena, e ain!aassi#, quan!o brota e# solo bo# e cresce se# al"u# entrae, ela se !esenole nu# arbusto !e bo# ta#anho, sen!o que seus "alhos s&o su'iciente#ente "ran!es para serir !e pouso a bo#n6#ero !e p8ssaros. i"rea !e Jesus, no co#eo, era t&o pequena que parecia insi"ni'icante, #as,no curso !o te#po, o po!er !o ean"elho, procla#a!o na i"rea, #ostrou sua 'ora onipotente,superan!o oposi4es !e to!a espcie, a ponto !e a"ora tere# si!o acrescenta!as pessoas !e ca!ana&o ao n6#ero !os 'iis. F#a pita!a !e 'er#ento po!e parecer pequena e# co#para&o co# astr5s #e!i!as !e 'arinha, e ain!a assi# seu po!er ta#anho que lee!a a #assa to!a. Da #es#a'or#a o po!er !a =alara e*erci!a nos cora4es !os crentes, tanto in!ii!ual#ente be# co#osobre a i"rea co#o u# to!o, a ponto !e in'luenciar pessoas para al# !a con"re"a&o !a assi#cha#a!a i"rea is$el. + po!er !e Deus para a sala&o ta#b# u# po!er para a santi'ica&o. %os i!eais elea!os !a cristan!a!e t5# inspira!o a con!uta !e na4es interia.

entra!a pela porta estreita, V. "") assava Jesus por cidades e aldeias, ensinando, ecaminhando para Jerusal#m. "%) & al$u#m lhe per$untou' Henhor, são poucos os ue são salvos8"+) 6espondeu-lhes' &s!or9ai-vos por entrar pela porta estreita, pois eu vos di$o ue muitos procurarão entrar e não poderão. ") uando o dono da casa se tiver levantado e !echado a porta, e vs, do lado de !ora, come9ardes a bater, dizendo' Henhor, abre-nos a porta, ele vosresponderF' (ão sei donde sois. "/) &ntão direis' ;om@amos e beb@amos na tua presen9a, eensinavas em nossas ruas. "0) Mas ele vos dirF' (ão sei donde vs sois, apartai-vos de mim, vs

todos os ue praticais iniCidades. "5) Ali haverF choro e ran$er de dentes, uando virdes noreino de Deus, Abraão, Lsaue, Jac e todos os pro!etas, mas vs lan9ados !ora. "7) Muitos virãodo riente e do cidente, do (orte e do Hul, e tomarão lu$ares = mesa no reino de Deus. %<);ontudo, hF *ltimos ue virão a ser primeiros, e primeiros ue serão *ltimos. #eta 'inal !eJesus 'oi Jerusal#. %ra para que se !iri"ia por etapas. as, con'or#e seu plano, paraa nasci!a!es e ilas ao lon"o !o ca#inho, continuan!o o trabalho !o seu #inistrio nu#a constnciainabal8el at ao 'i#. /esse te#po o ensino era a ocupa&o principal !e Jesus, ou a caracter$stica

"< ) 0/) Lutero, 12. 19B.

Page 93: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 93/166

!estaca!a !e seu trabalho. % o seu ensino tocou, se#pre !e noo, na a!#oesta&o !e estar  prepara!o para o "ran!e !ia 'inal e seu u$zo. %ste 'ato leou al"u#as pessoas, !u# !os lu"aresisita!os por Jesus, a 'azer-lhe a per"unta #eio in6til e #eio sria, se era# só poucos os que s&osalos. 7ue# se preocupa seria#ente co# sua sala&o n&o 'az a per"unta !este #o!o, #as, aocontr8rio, se e#penha e# co#o obter a sala&o para si #es#o. Jesus, por isso, n&o respon!e a per"unta !ireta#ente, #as se !iri"e nu#a a!#oesta&o sria ao que 'izera a per"unta, be# co#o a

quantos tinha# a #es#a curiosi!a!e. Ca!a pessoa !eia lutar sincera#ente, isto , es'orar-se !eer!a!e, e e#penhar-se t&o seria#ente co#o u# atleta que cobia a itória, para entrar no cu pela porta estreita. qui o cu !escrito co#o u#a casa !a qual certas pessoas se auto-e*clue#.%s'ora#-se para entrar, isto , tenta# u# #eio, #as !e sua própria escolha e por isso seu próprioes'oro e# &o e sua tentatia e '6til0 n&o s&o capazes !e alcanar seu obetio. ;8 t&o só u#ca#inho, e este o 3ala!or Jesus Cristo. ' e# sua sala&o certa#ente abre a porta. 7ualquer outro #to!o est8 !estina!o ao 'racasso. G=or que, por qual raz&o, n&o po!e# entrar =ela raz&oque n&o sabe# o que a porta estreita. =ois ela a ', que torna u#a pessoa pequenina, si#, atna!a, que ele precisa !esesperar e# suas próprias obras e ape"ar-se só na "raa !e Deus, por causa!ela esquecen!o a to!o o #ais. as os santos !a espcie !e Cai# pensa# que as boas obras s&o a porta estreita. =or isso n&o se hu#ilha#, e n&o !esespera# e# suas obras, si#, unta#-nas e#"ran!es sacos e os pen!ura# sobre si e assi# quere# passar. <5#, por#, t&o poucas chances !e

 passar co#o as te# u# ca#elo co#o sua "ran!e corcoa e# passar pelo 'un!o !u#a a"ulhaH"1

). hora se apro*i#a quan!o o !ono !a casa, o próprio Deus, se er"uer8 !o seu trono. Jesus, senta!o #&o !ireita !e Deus =ai to!o-po!eroso, bra!a pelo ean"elho a to!as as pessoas0 >in!e, que a"oratu!o est8 prepara!o. %le est8 espera que aceite# o conite. %le estabeleceu u# certo te#po !a"raa. %le retornar8 e# "lória celeste perante o #un!o inteiro, e ent&o a porta !o cu n&o #aisestar8 aberta. %nt&o o te#po !o #un!o e o te#po !a "raa estar8 no 'i#. %nt&o al"uns !esear&oapro*i#ar-se !a porta 'echa!a, querer&o bater na porta e cha#ar&o pelo 3enhor para que a abra.=or# ser8 tar!e !e#ais. /&o acatara# e# te#po o conite, e a"ora o 3enhor lhes !8 a eternaresposta0 /&o os conheo. /&o pertence# aos seus, n&o se olera# e# arrepen!i#ento e ' a ele.es#o, se nisso insistire#, que ele iera e# seu #eio, co#o os u!eus o po!ia# 'azer no plenosenti!o !a palara, que co# eles co#era e bebera, que os ensinara e# suas estra!as, eles receber&oa #es#a resposta, e precisar&o recuar !iante !ele e ser&o con!ena!os co#o opera!ores !ainiqIi!a!e. /ote#os0 /o 6lti#o !ia aqueles que só 'ora# crist&os !e no#e, tentar&o 'or#ular escusas se#elhantes, le#bran!o ao 3enhor o 'ato que ouira# a palara !e Deus nu#a i"rea on!eera procla#a!a a !outrina pura, que 'ora# batiza!os e que 'ora# instru$!os na !outrina crist&. %#es#o aqueles que iera# nu#a co#uni!a!e crist&, e, s ezes, per#itira# que a in'lu5nciacrist& os tocasse !e lee, ir&o e tentar&o colocar isto co#o ar"u#ento. as to!o e qualquer ar"u#entar ser8 tar!e !e#ais. + 'ato per#anece, que to!as as pessoas que a"e# assi#, n&oaceitara# Jesus e sua palara, #as estupi!a#ente per#anecera# e# seus peca!os, e, por isso,#orrer&o e# seus peca!os e ser&o con!ena!os. 3ó ent&o, quan!o 8 tar!e !e#ais, lhes e# ore#orso. %nt&o haer8 choro e '6ria in6til e e# tristeza poster"a!a pelos peca!os. %nt&o haer8ran"er !e !entes sobre u#a tolice que, só tar!e !e#ais, 'oi reconheci!a. % n&o se consistir8 na#enor parte !e sua con!ena&o, que estas al#as in'elizes h&o !e er a ben!i&o !e bra&o, Esaquee Jacó no cu, enquanto elas #es#as estar&o reeita!as e con!ena!as ao eterno abis#o !o in'erno.% n&o ser&o só os patriarcas e pro'etas que "ozar&o a entura !o reino !o cu, #as l8 estar&o

representantes !o Leste e !o +este, !o /orte e !o 3ul, to!os reclina!os 'esta !e ale"ria e'elici!a!e !iante !o trono !e Deus. <o!os os in'elizes retar!at8rios que se#pre procrastinara#,ser&o capazes !e er tu!o isto, Lc. 1O. 2?. qui o 3enhor usa os #es#os pensa#entos que ta#b#e#pre"ou e# outros lu"ares, on!e tocou na necessi!a!e !e se estar prepara!o. ;8 se#elhanas aorelato !as !ez ir"ens, ao ho#e# rico e ao pobre L8zaro, ao u$zo 'inal e história !o centuri&o !eCa'arnau#. + ponto principal !a a!ert5ncia se#pre o #es#o, n&o se apoiar sobre a participa&oe*terna na i"rea, n&o a!iar, at que sea tar!e !e#ais, o real arrepen!i#ento. =ois, haer8 6lti#os

"1 ) 00) Lutero, 12. 2B9.

Page 94: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 94/166

que ser&o pri#eiros, e pri#eiros que ser&o 6lti#os. queles que acre!ita# que, por raz&o !ascircunstncias !e sua i!a, s&o #e#bros !o reino !e Deus, co#o acontecia co# os u!eus queacre!itaa# que poro sua !escen!5ncia !e bra&o o era#, se er&o 6lti#os e e*clu$!os !as be#-aenturanas !o cu. uitos, por#, que por conic&o !e cora&o se tornara# #e#bros !a i"rea,se# tere# ti!o as anta"ens que #uitos #e#bros !a i"rea !es!e oens tiera#, po!e# ir a ser  pri#eiros, isto que real#ente se arrepen!era# e enten!era# as coisas que pertence# sua paz.

>ia !e re"ra assi#, que a pessoa que cresce e# #eio i"rea, batiza!a na #eninice, apren!e naescola crist& as er!a!es !as %scrituras, e se#pre est8 ro!ea!a !as #elhores con!i4es, !eia ter o#elhor conheci#ento e a ' #ais sa!ia no 3ala!or Jesus Cristo. as, se u#a pessoa !essas!espreza as b5n&os e as i#portantes responsabili!a!es que pesa# sobre ela, ent&o sua puni&oser8 #uito #aior, !o que a !aquele que, n&o soube que a beni"ni!a!e !e Deus o cha#aa aoarrepen!i#ento, !esprezou as riquezas !a #isericór!ia e !a "raa !e Deus, c'. cp. 12. ?, ?.

a!ert5ncia contra ;ero!es, V. %1) (auela mesma hora al$uns !ariseus vieram paradizer-lhe' 6etira-te, e vai-te daui, porue 3erodes uer matar-te. %") &le, por#m, lhes respondeu' Lde dizer a essa raposa ue hoe e amanhã e4pulso demnios e curo en!ermos, e no terceiro diaterminarei. %%)Lmporta, contudo, caminhar hoe, amanF e depois, porue não se espera ue um pro!eta morra !ora de Jerusal#m. Jesus ain!a estaa no território !e ;ero!es ntipas, e esteho#e# era #oi!o pelas '6rias !u#a consci5ncia perersa. Jesus, sen!o ou n&o Jo&o Aatista

ressuscita!o, estaa no ca#inho. Co#o u# !os co#entaristas a'ir#a0 G%le ias e# ca!a obra !eJesus a #&o !e Jo&o Aatista que se esten!ia a ele !es!e a sepulturaQ e# ca!a palara sobre o u$zo, pro'eri!a por Jesus, ele ouia noa#ente a oz !e Jo&o0 <u, assassino !e pro'etasRH M i#pro8elque os 'ariseus tiesse# si!o co#issiona!os por ;ero!es para lear esta #ensa"e# a Jesus. + que,ao contr8rio, ocorria co# estes ini#i"os !o 3enhor era que haia# es"ota!o quaisquer #eios que pu!esse# i#a"inar para 'az5-lo !esistir !o trabalho !o seu #inistrio, e*ceto isto que lhe pu!esse#tocar o corpo. =or isso a"ora pensaa# po!er inti#i!ar a Jesus e p-lo e# 'u"a !o lu"ar. solicita&o0 3ai !aqui, porque ;ero!es quer #atar-te, n&o 'ez a #enor i#press&o sobre Jesus. F#aa#eaa !essas n&o po!ia le8-lo a !esistir !o costu#eiro trabalho !e seu #inistrio. =or isso elerespon!eu con'or#e o cunho !a a!ert5ncia, solicitan!o que os o a!ertira# 'osse# e leasse# a;ero!es a resposta !o 3enhor. Jesus cha#a ;ero!es !e raposa, tanto por causa !e sua !isposi&ola!ina e cruel, co#o por causa !o 'ato que ele se tornara u#a raposa, ou u# !estrui!or, na inha !o3enhor, L#. @. 1Q Ct. 2. 1@. a#eaa n&o tee qualquer e'eito sobre Jesus. + !esprezo !o tiranoi!u#eu n&o p!e 'orar ao =ro'eta !a :alilia a retroce!er. %le, no 'uturo pró*i#o, tinha u#trabalho a realizar, e o 'aria. =recisa continuar a e*pelir !e#nios e a curar !oenas, assi# co#o o'azia at aqui, isto que o te#po estabeleci!o no conselho !e Deus est8 pró*i#o. %nt&o, con'or#eo seu !eseo, ir8 o 'i#. %sta era a incu#b5ncia que lhe cabia, e a realizaria. % acrescenta, co#a#ar"a tristeza, que ele !ee #orrer e# Jerusal#, que o assassino !e pro'etas, cp. 11. @1. %st8!e acor!o co# o plano !e Deus que sua carreira !eer8 'in!ar nessa ci!a!e. /este #es#o senti!oos !isc$pulos !e Cristo !e to!os os te#pos, que s&o os que cr5e#, realiza# sua obra !i8ria, ou a por&o !e que Deus os encarre"ou. % nisso nenhu# po!er !a terra e !o in'erno po!e i#pe!i-los ene# abreiar o te#po que Deus 'i*ou para a #iss&o !eles. as, quan!o che"ou a hora que Deusapontou co#o a 6lti#a, ent&o ter&o co#pleta!o sua carreira, e ter&o 'in!o os seus labores e po!er&oentrar no !escanso !o 3enhor.

F# bra!o !e tristeza sobre Jerusal#, V. %+) Jerusal#m, Jerusal#m ue matas os pro!etas e

apedreas os ue te !oram enviados uantas vezes uis eu reunir teus !ilhos como a $alinha auntaos do seu prprio ninho debai4o das asas, e vs não o uisestes %) &is ue a vossa casa vos !icarF deserta. & em verdade vos di$o ue não mais me vereis at# ue venhais a dizer' >endito oue vem em nome do Henhor. C'. t. 2N. N,N. Lucas acrescenta aqui este bra!o !e Jesus, e #ais !o que pro8el que Jesus !isse estas palaras e #ais outras se#elhantes #ais !o u#a 6nicaez. ci!a!e !e Jerusal# que era a capital !a na&o, que !eia ter si!o l$!er e# !ar as boas-in!as aos pro'etas !o 3enhor e e# !e#onstrar-lhes honra, haia alcana!o u#a reputa&otriste#ente !i'erente !este i!eal. + no#e que Jerusal# alcanara, atras !os sculos, 'oi o !eape!rear os pro'etas e !e #atar os #ensa"eiros !o 3enhor. + próprio Jesus tentara, co# to!a

Page 95: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 95/166

riqueza e 'eror !e seu a#or sala!or, con"re"ar a si o poo !a ci!a!e, e !e con!uzi-lo 'elizcerteza !e sua re!en&o pelo seu san"ue. 3ua solicitu!e 'ora inabal8el !urante to!os os anos !eseu #inistrio, sen!o al"o se#elhante ao proce!er !u#a "alinha choca ansiosa#ente preocupa!aco# o be#-estar !e seus pintos. %le quisera, #as eles n&o quisera#. Gssi# que !eia acontecer,e n&o !e outro eito, e se#pre 'oi assi#, que o #aior preu$zo e !ano a Cristo, sua palara e suai"rea te# si!o pratica!o pelos que presu#e# ser os #ais santos e os #elhoresH""). % 'oi assi# que

eles trou*era# sobre si #es#os casti"o0 3ua habita&o, a ci!a!e !e Jerusal#, 'oi !estru$!a e!esola!a, #al e #al quatro !ca!as !epois. /&o er&o noa#ente a Cristo, at o !ia e# queretornar8 e# sua "lória, e quan!o, at, seus ini#i"os, que ent&o se er&o total#ente con'usos, precisar&o con'essar que Jesus o 3enhor. %nt&o os l8bios !eles, por causa !o bater !e seus !entes,!i'icil#ente ser&o capazes !e articular as palaras, e seus cora4es e#itir&o #al!i4es ei#preca4es. as precisar&o reconhecer co#o o 3enhor !e to!os aquele a que# #atara#.

Resumo: Jesus e#ite al"u#as a!ert5ncias 'inais para estar prepara!o para o u$zo, sara nu#s8ba!o a #ulher aleia!a, ensina e a!#oesta e# par8bolas, repu!ia a a#eaa suposta#ente in!a!e ;ero!es, e e*cla#a sobre Jerusal#.

Capítulo 14

;risto E 3spede Dum Bariseu.  Lc. 1?. 1-1?.

Jesus cura nu# s8ba!o u# ho#e# a'li"i!o !e hi!ropisia, V. 1) Aconteceu ue, ao entrar elenum sFbado na casa de um dos principais !ariseus para comer pão, eis ue o estavam observando.") ra, diante dele se achava um homem hidrpico. %) &ntão Jesus, diri$indo-se aos int#rpretes dalei e aos !ariseus, per$untou-lhes' E ou não # l@cito curar no sFbado8 +) &les, por#m, nadadisseram. &, tomando-o, o curou e o despediu. ) A se$uir lhes per$untou' ual de vs, se o !ilhoou o boi cair num po9o, não o tirarF lo$o, mesmo em dia de sFbado8 /) A isto nada puderamresponder. +s 'ariseus continuara# seu #to!o, tentan!o lear Jesus a al"u# pronuncia#ento precipita!o, cp. 11. @N, @?. Co#o 8 acontecer, 'oi ta#b# por este #otio, que ele 'oi coni!a!o por u# !eles. 3eu hospe!eiro era u# !os principais ou !os e*poentes !os 'ariseus, ocupan!o u#a posi&o !e honra entre eles, isto n&o tere# u# "oerno estabeleci!o. oi, talez, u# #e#bro !osin!rio, que era o conselho supre#o !a i"rea u!aica, ou era conheci!o pela e*cel5ncia !o seusaber. oi na casa !esse ho#e# que Jesus 'oi hóspe!e. =ois, sen!o o eu# co#u# entre os u!eus,era-lhes, ain!a assi#, per#iti!o serir co#i!a 'ria. +s 'ariseus tiera# u# alo ao coni!are#Jesus, pois o estaa# obseran!o co# #uita aten&o e !escon'iana. 3upunha#, que lhe haia#ar#a!o u#a ar#a!ilha. =ois, quan!o Jesus entrou na casa, estaa l8 u# ho#e# hi!rópico, co#o se'osse por acaso, #as 'ora por #eio !u# plano astuto. + Cristo onisciente conheceu seus pensa#entos, respon!en!o-lhes, co#o se tiesse# 'ala!o e# oz alta. Diri"iu-se a to!os osescribas e 'ariseus presentes, isto que to!os era# i"ual#ente culpa!os. 3ua per"unta 'oi a #es#aque 8 'izera e# outras ocasi4es, se era a coisa certa, apropria!a e obri"atória, curar ou n&o nos8ba!o. 3ua per"unta subenten!ia u#a asser&o no a'ir#atio, e eles se sentira# incapazes para lherespon!er, pre'erin!o eles n&o respon!er, isto que seu cora&o e sua consci5ncia lhes !izia# quen&o po!ia# ne"ar o 'ato que Jesus queria co#unicar. +bras !e a#or era#, !e 'ato, per#iti!as nos8ba!o, #es#o con'or#e a lei #osaica #ais restrita. =or isso Jesus cu#priu a #aior !e to!as asleis0 Colocan!o a #&o sobre o ho#e# en'er#o, curou-o e o !espe!iu. se"uir o 3enhor se oltou#ais u#a ez aos 'ariseus e respon!eu aos pensa#entos que haia# si!o incapazes !e e*pressar,ne"an!o a cura no s8ba!o. =er"untou-lhes se n&o lhes estaa #ani'esto, no caso que u# !e seusani#ais !o#sticos, u# si#ples ani#al !e car"a, ca$sse nu# buraco, talez nu#a cisterna azia,se# a #enor hesita&o pu*ar a $ti#a coita!a i#e!iata#ente para ci#a, se# !ar aten&o ao 'atoque 'osse s8ba!o. ora# silencia!os #ais u#a ez, n&o sen!o capazes para contra!izer a a'ir#a&o!o 3enhor, isto ser i#poss$el qualquer outra coisa !o que reconhecer a er!a!e !o seuar"u#ento. /ote#os0 + 'ariseu, ao coni!ar Jesus, con'essou a#iza!e, a'eto e respeito a ele,

"" ) 05) Lutero , 0. 1/"%.

Page 96: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 96/166

enquanto que, ao #es#o te#po, estaa ar#an!o u# lao para o apanhar. M be# assi# que #uitos'ilhos !o #un!o quere# si#ular interesse e consi!era&o co# o ean"elho e seu #inistrio,quan!o, na er!a!e, tenta# obter in'or#a4es !os crist&os para ri!icularizar sua ' nas palaras !a3a"ra!a %scritura. <a#b#0 +s #es#os 'an8ticos sabatistas, que, e# certas ocasi4es, tornara##iser8el a i!a !e Jesus, ta#b# est&o e# a&o e# nossos !ias, insistin!o e# to!as as 'or#ase*teriores !a obsera&o !o !o#in"o, enquanto que #uitos !eles n&o est&o o #$ni#o interessa!o

na pre"a&o puro !o ean"elho. G !outrina !o s8ba!o te#, principal#ente, este obetio, queapren!a#os a enten!er correta#ente o terceiro #an!a#ento. =ois santi'icar o s8ba!o si"ni'icaouir a palara !e Deus e socorrer nosso pró*i#o, se#pre que poss$el. =ois Deus n&o !esea que os8ba!o sea t&o santi'ica!o que !ea#os, por causa !isso, aban!onar e esquecer nosso pró*i#o e#seu proble#a. =or isso, ser siro ao #eu pró*i#o e o socorro, #es#o que isto si"ni'ica trabalho,"uar!ei o s8ba!o !e #o!o correto e bo#Q pois nele 'iz u# trabalho !iinoH."%)

F#a par8bola que ensina hu#il!a!e, V. 0) 6eparando como os convidados escolhiam os primeiros lu$ares, props-lhes uma parFbola' 5) uando por al$u#m !ores convidado para umcasamento, não procures o primeiro lu$ar2 para não suceder ue, havendo um convidado maisdi$no do ue tu, 7) vindo auele ue te convidou e tamb#m a ele, te di$a' DF o lu$ar a este. &ntãoirFs, enver$onhado, ocupar o *ltimo lu$ar. 1<) elo contrFrio, uando !ores convidado, vai tomar o *ltimo lu$ar2 para ue, uando vier o ue te convidou, te di$a' Ami$o, senta-te mais para cima.

Her-te-F isto uma honra diante de todos os mais convivas. 11) ois todo o ue se e4alta serFhumilhado2 e o ue se humilha serF e4altado. +s olhos !e Jesus se#pre estaa# a obserar a#aneira e# que o poo se co#portaa e# !iersas situa4es !a i!a, pois !e tu!o tiraa li4es. /as 'estas co#uns !os u!eus reinaa a in'or#ali!a!e, #as nas ceias !e casa#ento a quest&o !a!i"ni!a!e era #uito i#portante. Jesus obseraa, nesta ocasi&o, que os hóspe!es tentaa# ocupar as poltronas !e honra, as pri#eiras al#o'a!as, na cabeceira !a #esa. =or isso lhes ensina u#a li&osobre a es'era #ais elea!a !a #orali!a!e e !a reli"i&o. /u#a ceia !e casa#ento os hóspe!es n&o!eia# lutar pelos assuntos #ais honra!os, pois, 'acil#ente, po!ia acontecer que al"u#, a que#se !eia #ais respeito !e !i"ni!a!e entre os coni!a!os, por sua con!i&o ou situa&o. 7uehu#ilha&o seria se, ent&o, o hospe!eiro, !e p6blico, solicitasse ao pri#eiro hóspe!e entre"ar seuassento para o hóspe!e !e honra, enquanto que o outro, ener"onha!o e cheio !e #8 onta!e, precisaria #u!ar-se para o 6lti#o lu"arR =or isso o 3enhor aconselha o #to!o oposto, ou sea,escolher o lu"ar #ais hu#il!e, isto que ent&o po!eria acontecer que o hóspe!e hu#il!e 'osseconi!a!o a, na presena !os hóspe!es to!os, #u!ar #ais para a ponta !a #esa, receben!o, assi#,honra !iante !e to!os os que estaa# reclina!os co# ele s #esas. /&o 'oi só u#a quest&o !e pru!5ncia e !e boas #aneiras que Jesus #encionou, #as 'oi u#a repreens&o !a presun&o e !oor"ulho !os coni!a!os. =or outro, ela esclarece u#a re"ra que encontra sua aplica&o no reino !eDeus0 <o!o aquele que se e*alta ser8 hu#ilha!o, e aquele que se hu#ilha ser8 e*alta!o. queleque se e*alta, que se elea sobre o seu izinho e se actncia !e seus próprios #ritos e !e sua!i"ni!a!e perante Deus, esse era hu#ilha!o, e ser8 e*clu$!o !o reino !e Deus. as aquele que sehu#ilha perante Deus e, conseqIente#ente, se coloca ta#b# abai*o !o seu izinho co#o u#sero !isposto a seri-lo, se#pre que necess8rio, e# suas necessi!a!es, esse receber8 honra noreino !e Deus. =ois u#a hu#il!a!e, co#o esta, e*pressa a er!a!eira !isposi&o !u# !isc$pulo, e u#a ei!5ncia !u# arrepen!i#ento que cnscio !e sua própria in!i"ni!a!e, e !u#a ' que só se"loria na cruz !e Jesus, e que encontra con'orto só e# sua #isericór!ia.

F# conselho ao hospe!eiro, V. 1") Disse tamb#m ao ue o havia convidado' uando deresum antar ou uma ceia, não convides os teus ami$os, nem teus irmãos, nem teus parentes, nemvizinhos ricos2 para não suceder ue eles, por sua vez, te convidem e seas recompensado. 1%) Antes, ao dares um banuete, convida os pobres, os aleiados, os co4os e os ce$os2 1+) e serFsbem-aventurado, pelo !ato de não terem eles com ue recompensar-te2 a tua recompensa, por#m,tu a receberFs na ressurrei9ão dos ustos. F#a aula sobre o er!a!eiro e !esinteressa!o serir. =or ocasi&o !u# antar ou !u#a ceia, o conite n&o !eia ser e*pe!i!o para a#i"os, parentes e ir#&os,

"% ) 9) Lutero, 1%a.57+.

Page 97: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 97/166

e #uito #enos para as pessoas pró*i#as, co#o se 'osse intenta!o co#o cha#ariz para receber #ais'aores co#o retorno. 3e qualquer aparente serir o'ereci!o co# esta i!ia e# #ente, !e querer receber retorno, proael#ente ain!a #aior, !o que o que se o'ereceu, ent&o n&o po!e receber ot$tulo !e cari!a!e ou bon!a!e, e n&o !eia ser #uito propala!o. Do outro la!o, se, co#o a lei e*i"ia!os u!eus, Dt. 1?. 2,29Q 1O. 11Q 2O. 11-1N, !e#onstra!a bon!a!e para co# os que est&o e#necessi!a!e, isto , aos pobres, aos que so're# !e en'er#i!a!e ou 'raqueza '$sica, aos aleia!os e

ce"os, ent&o as pessoas que realiza# estas obras altru$stas se sentir&o 'elizes no prazer !e tere#'eito u#a bon!a!e que n&o ai ser retribu$!a pelos que a recebera#. %sta cari!a!e 'luiria !a ', e, por isso, receberia u#a reco#pensa "raciosa !as #&os !e Deus no 6lti#o !ia. %# retornoreceberia, co#o se 'osse !i"no !isso, u#a tal "enerosi!a!e que seria total#ente 'ora !a propor&o!o pequeno olu#e !e trabalho !e a#or que ei!enciou, co# satis'a&o, ao pró*i#o!esa'ortuna!o. %le ser8 consi!era!o, por causa !esta proa !u#a ' que se precisa #ostrar e#obras !e a#or, co#o usto, co#o usti'ica!o, aos olhos !e Deus. /ote#os0 Jesus, nesta par8bola,n&o con!ena as recep4es 'estias para a#i"os, parentes e izinhos, pois, !o contr8rio, n&o teriaaceito o conite !o 'ariseu, #as quis cha#ar aten&o para o 'ato se"uinte0 3e al"u#, por causa!estas reuni4es e 'estas, e# si #es#as inocentes, esquece o pobre e o in'eliz e ne"li"encia a#ani'esta&o correta !a cari!a!e crist&, ele p4e alor erra!o nas rela4es sociais e per!e o !ireito reco#pensa celesteQ n&o ter8 parte na ressurrei&o !os ustos co#o reco#pensa !os ustos. =ois l8,

on!e n&o h8 cari!a!e para co# o pró*i#o, ta#b# 'alta a '. Lutero !8, co#o resu#o !e to!o estetrecho !o ean"elho, >. 1-1?0 GCari!a!e e precis&o precisa# ser nor#as para to!as as leis. % n&o!eia haer qualquer lei que n&o pu!esse ser !eter#ina!a e interpreta!a con'or#e o a#or. 3e ahouesse, !eeria ser reo"a!a, #es#o que u# ano !o cu a tiesse 'eito. % tu!o isto sere ao propósito que nossos cora4es e consci5ncias sea# 'ortaleci!as por #eio !isso. =or outro, o3enhor, ta#b# nos ensina a #aneira !e nos hu#ilhar#os e sueitar#os uns aos outrosH"+).

 A Grande ;eia,  Lc. 1?. 1@-2?.

+ conite, V. 1) ra, ouvindo tais palavras, um dos ue estavam com ele = mesa, disse-lhe' >em-aventurado auele ue comer pão no reino de Deus. 1/) &le, por#m, respondeu' ;ertohomem deu uma $rande ceia e convidou a muitos. 10) hora da ceia enviou o seu servo paraavisar aos convidados' Vinde, porue tudo F estF preparado. F# !os coni!a!os !a 'esta !o'ariseu 'icou pro'un!a#ente i#pressiona!o co# as palaras !e Cristo, e e# especial co# suaalus&o 'elici!a!e que seria o quinh&o !aqueles que estiesse# inclu$!os na ressurrei&o !os ustos. realiza&o !esta "lória encheu-o !o !eseo pro'un!o e ar!ente pelas b5n&os que po!e#ser espera!as no cu. 3ua obsera&o po!e ter si!o, principal#ente, u# 'ruto !o entusias#o !o#o#entoQ #as seriu co#o #otio !u#a bela par8bola !o 3enhor. Ae#-aentura!o aquele queco#e p&o no reino !e Deus, no te#po !o cu#pri#ento !a i"rea !e Cristo no cu, on!e to!os osque s&o ul"a!os ustos, por to!a a eterni!a!e co#er&o !as !el$cias eternas e beber&o !a 8"ua !ai!a. Jesus, ao respon!er esta e*cla#a&o, !iri"iu-se, antes !e tu!o, ao que 'alara, #as ta#b# ato!os os !e#ais que estaa# reuni!os ao re!or !as #esas. F# certo ho#e#, u# ho#e# !e possese !e in'lu5ncia, co#o #ostra a história, 'ez u#a "ran!e 'esta, preparou u# antar !e "ran!eza 'ora!o co#u#. %sta 'esta 'oi "ran!e, tanto por causa !a abun!ncia !e co#i!a, co#o porque 'ora planea!a pra #uitos hóspe!es. Con'or#e os planos !etalha!os !o hospe!eiro, #uitos 'ora#

coni!a!os. + pri#eiro conite 'oi e*pe!i!o a u# "ran!e n6#ero !e pessoas. 7uan!o che"ou ahora !a 'esta, o !ono !a casa eniou seu próprio sero, 'iel e encarre"a!o !e tu!o, para !ar ocostu#eiro se"un!o le#brete ou a repeti&o !o pri#eiro conite. %ra u# cha#a!o ur"ente0 >in!e, pois a"ora to!as as coisas est&o prontasR +s hóspe!es 'ora# pe!i!os a ire# i#e!iata#ente 'estaque lhes 'ora prepara!a, pois tu!o lhes estaa pronto.

s %scusas, V. 15) (ão obstante, todos = uma come9aram a escusar-se. Disse o primeiro';omprei um campo, e preciso ir v:-lo2 ro$o-te ue me tenhas por escusado. 17) utro disse'

"+ ) 5<) Lutero, 11. 1/5.

Page 98: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 98/166

;omprei cinco untas de bois e vou e4perimentF-las2ro$o-te ue me tenhas por escusado. "<) & outro disse' ;asei-me, e por isso não posso ir.   De co#u# acor!o, co#o se tiesse hai!oconcor!ncia pria, os hóspe!es coni!a!os co#eara# a escusar-se, #uito cortes#ente, #asco# u# ar !e !ecis&o que n&o po!e ser esqueci!a. %scusara#-se, porque n&o quisera# ir. sescusas !e tr5s !eles s&o cita!as co#o e*e#plos. F# co#prara u# pe!ao !e terra, e e*ata#entenesta hora co#petia-lhe a obri"a&o !e e*a#in8-la. co#pra ain!a 'ora e'etia!a. =or isso lhe era

absoluta#ente necess8rio e*ata#ente nesta hora. 3eu ne"ócio lhe era #ais i#portante !o que o antar0 pe!iu para ser isento !este co#pro#isso. + se"un!o hóspe!e coni!a!o rec# haiaco#pra!o cinco untas ou !uplas !e bois, e estaa a ca#inho para e*peri#ent8-las. /&o estaa t&oansioso co#o o pri#eiro na usti'icatia ineit8el !e sua recusa0 ele que queria a"ir assi# oua"ra!aa-lhe a"ir assi#, sen!o, por isso seu ne"ócio #ais esti#a!o e i#portante !o que o conite.F# terceiro, !e #o!o 'rio, a'ir#ou ao sero, que to#ara esposa e que por isso n&o po!ia ir. 3eucasa#ento ocorrera !epois que recebera o pri#eiro conite, e isto, se"un!o seu próprio ul"a#ento,o absolia !e quaisquer obri"a4es sociais que houesse assu#i!o antes. qui n&o en'atiza!o o prazer carnal, #as, t&o so#ente, o 'ato que e# sua noa 'elici!a!e n&o 8 n&o se preocupaa co#!istra4es.

+ resulta!o, V. "1) Voltando o servo, tudo contou ao seu senhor. &ntão, irado, o dono dacasa disse ao seu servo' Hai depressa para as ruas e becos da cidade e traze para aui os pobres,

os aleiados, os ce$os e os co4os. "") Depois lhe disse o servo' Henhor, !eito estF como mandaste,e ainda hF lu$ar. "%) 6espondeu-lhe o senhor' Hai pelos caminhos e atalhos e obri$a a todos aentrar, para ue !iue cheia a minha casa. "+) orue vos declaro ue nenhum daueles homensue !oram convidados provarF a minha ceia. + sero se iu obri"a!o a trazer a seu patr&o a not$cia!a reei&o !os conites. M natural que este se irritou sobre esta con!uta, #as, i#e!iata#ente,i#a"inou u# plano pelo qual, nu# bree espao !e te#po, pu!esse untar hóspe!es para sua 'esta.+ sero n&o !eia !e#orar-se e# sair, tanto pelas ruas #oi#enta!as co#o pelas ielas estreitas!a ci!a!e, e trazer para sua casa os pobres e os 'racos, os aleia!os, os ce"os e os co*os. + seron&o preira a or!e# !o patr&o, #as cu#priu-a ur"ente#ente, retornan!o co# o relatório !e que asor!ens haia# si!o e*ecuta!as co# e*ati!&o, #as que ain!a haia lu"ar. %nt&o, co#o 6lti#ainstncia, o patr&o eniou o sero para a re"i&o ao re!or, para as ro!oias e unto s cercas, tantonas estra!as principais co#o nos trilhos que passaa# pelos ca#pos, ao lon"o !as beiras !asestra!as. Deia coni!ar, !e #aneira ur"ente e incisia, a qualquer u# que ali encontrasse, istoque os pobres n&o po!ere# lear seu a srio seu conite. + obetio e*presso !o patr&o 'oi lotar sua casa. as quanto aos pri#eiros coni!a!os, 'eita a !eclara&o solene, que ne# u# só !elesiria, ao #enos, sentir o "osto !a 'esta que 'ora prepara!a co# tanto carinho.

3ob a luz !o cu#pri#ento !o /oo <esta#ento, claro o si"ni'ica!o !a par8bola. + !ono !acasa o próprio Deus onipotente, #as ta#b# o 3enhor "racioso e #isericor!ioso. G pre"a&o !eCristo a "ran!e e "loriosa ceia, para a qual ele cha#a os hóspe!es para os santi'icar pelo seuAatis#o, para os con'ortar e 'ortalecer pelo 3acra#ento !e seu corpo e san"ueQ que n&o tenha#necessi!a!e !e na!a, que haa "ran!e abun!ncia e que ca!a u# sea satis'eitoH "). + ali#ento a ser  proi!encia!o 'oi, por isso, o ean"elho co# to!as as suas "lórias, si#, o próprio Cristo, e neleco#pleta usti'ica&o, per!&o !e peca!os, i!a e sala&o. 7uan!o Jesus eio ao #un!o, che"ara ahora !a "ran!e ceia, :l. ?. ?,@. %le #es#o o 3ero !o 3enhor no senti!o #ais e*clusio, Es. ?2. 1Q?9. OQ @N. 1NQ @N. 11. %le preparou, tanto pessoal#ente, co#o por #eio !o arauto Jo&o Aatista e

 pelos apóstolos, o conite que 'ora lana!o pelos pro'etas, que o te#po che"ara, pelo qual to!os os patriarcas e pro'etas haia# espera!o ansiosa#ente, ou sea, que o reino !e Deus lhes estaa pró*i#o. Cristo 'oi enia!o aos 'ilhos !a casa !e Esrael, e 'oi a eles que 'oi tenciona!o seu#inistrio pessoal, isto sere# o poo escolhi!o !e Deus, S#. N.2Q 9.@. pro#essa pri#eiro 'oi publica!a a eles e aos seus 'ilhos. Cristo, isan!o isto, orna!eou !e u# la!o ao outro peloco#pri#ento e lar"ura !a terra !os u!eus, pre"an!o o ean"elho !o reino. % os apóstolos leara#aante a sua obra, procla#an!o o ean"elho pri#eiro aos u!eus. as Esrael, e# seu to!o, n&o quis

" ) 51) Lutero, 1%a. 01,

Page 99: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 99/166

na!a co# as "loriosas noas que pertence# sua sala&o, e recusara# o conite. 3uas #entesestaa# centra!as e# coisas terrenas, e eles esperaa# u# reino te#poral !o essias. 3eus che'es,ten!o ostenta&o !e santi!a!e, usara# isto co#o #anto para sua cobia e busca !e prazeres.Desprezara# e reeitara# o ean"elho !a "raa !e Deus e# Cristo Jesus. %nt&o Deus, e# sua ira,se a'astou !eles. Jesus buscou os pobres e !esconheci!os entre os u!eus, que era# osespiritual#ente en'er#os, co*os e ce"os. Cha#ou a si os publicanos e peca!ores, e asse"urou-lhes

que a sala&o era !eles. +s #e#bros !o rebanho !e Cristo 'ora# si#ples pesca!ores, anti"os publicanos e peca!ores que se corri"ira#, 1.Co. 1. 2O-2. =or 'i#, Jesus, atras !e seus apóstolose outros #ensa"eiros, trou*e o conite !e Deus ao #un!o !os "entios, que era# estranhos co#uni!a!e !e Esrael, %'. 2.12. + 3enhor est8 cha#an!o pessoas !e to!as as na4es !o #un!o parasua "ran!e ceia, para que receba# a plenitu!e !e sua bon!a!e e #isericór!ia.%le est8 a cha#ar co# ur"5ncia e insist5ncia. 3eu cha#a!o sincero e po!eroso. %le, pela procla#a&o !a lei, prepara o ca#inho para o ean"elho, para que o peca!or apren!a a conhecer seu !esa#paro econ'ie só na ustia !o Se!entor. GM isto o que si"ni'ica co#pelir, se te#e#os a ira !e Deus e !ele!esea#os au!a. 3e isto 'oi conse"ui!o pela pre"a&o, e os cora4es est&o quebranta!os eate#oriza!os, ent&o a pre"a&o continuas nas palaras0 7ueri!a pessoa, n&o !esespera, #es#o queseas u# peca!or e tens u#a con!ena&o t&o terr$el sobre tiQ 'aze antes isso0 <u est8s batiza!o, por isso oue o ean"elho. li tu apren!er8s que Jesus Cristo #orreu por tua causa e 'ez satis'a&o

 pelos teus peca!os na cruzH"/ 

). + cha#a!o #isericor!ioso !e Deus e'icaz pelo ean"elho. %sta a #aneira pela qual u#a pessoa che"a "ran!e ceia. Cristo cha#a e ro"aQ a #esa prepara!aQ a plena re!en&o obti!aQ Deus por causa !e Cristo #isericor!ioso s pessoas. as, se u#a pessoan&o e# e n&o quer ir, ent&o a 'alta sua própria. + 3enhor cha#ou, e ele sincera#ente o'erece ato!as as pessoas as riquezas !e sua "raa. queles que !espreza# seu cha#a!o ser&o e*clu$!os, por sua própria 'alta, !as ale"rias !a sala&o, isto , !a ceia eterna !e ben!i&o no cu.

 As bri$a9?es Do Discipulado De ;risto,  Lc. 1?. 2@-N@.

Carre"ar a cruz, V. ") Grandes multid?es o acompanhavam, e ele, voltando-se, lhes disse'"/) He al$u#m vem a mim, e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher e !ilhos, e irmãos, e irmãs eainda a sua prpria vida, não pode ser meu disc@pulo. "0) & ualuer ue não tomar a sua cruz, evier aps mim, não pode ser meu disc@pulo.  7uan!o Jesus !ei*ou a casa !o 'ariseu para continuar sua ia"e#, se"uira#- no, co#o era co#u#, "ran!es #ulti!4es !e pessoas, in!o co# ele #otiocorriqueiro !a curiosi!a!e.oi a estes que Jesus e*ps as e*i"5ncias !o er!a!eiro !iscipula!o. +#ero se"uir após Cristo, si#ples#ente para er #ila"res, n&o si"ni'ica ne# aproeita na!a. 3eal"u# e# a ele, co# istas a u# !iscipula!o $nti#o e per#anente, isto e*i"e sacri'$cios e#rela&o !o #un!o. ntes !e tu!o, o a#or !e Cristo precisa prece!er a qualquer outro a#or, #es#oo !os a#i"os e parentes #ais pró*i#os, t. 1B. N. F#a !eo&o total a ele e sua causa requer que o a#or natural aos parentes sea rele"a!o a se"un!o plano, que a própria i!a sea ne"a!a, queo cora&o sea a'asta!o !as posses te#porais, que a cruz !e Cristo !e boa onta!e sea o#brea!a,#es#o que penetre pro'un!a#ente e #achuque i#pie!osa#ente. 7uaisquer senhores e interessesriais precisa# ser postos !e la!o, para que o a#or !o "ran!e 3enhor e estre sea supre#o. 3eesta !eo&o e obra e*i"ir o sacri'$cio supre#o !a i!a, se"un!o seu próprio e*e#plo, #es#oent&o isto !ee ser 'eito por causa !o a#or co# que ele nos suportou.

Duas par8bolas co#o 5n'ase, V. "5) ois, ual de vs, pretendendo construir uma torre, não se assenta primeiro para calcular a despesa e veri!icar se tem os meios para a concluir8 "7) aranão suceder ue, tendo lan9ado os alicerces e não a podendo acabar, todos os ue a virem zombem dele, %<) dizendo' &ste homem come9ou a construir e não pde acabar. %1) u, ual # orei ue, indo para combater outro rei, não se assenta primeiro para calcular se com dez mil homens poderF en!rentar o ue vem contra ele com vinte mil8 %") ;aso contrFrio, estando o outroainda lon$e, envia-lhe uma embai4ada, pedindo condi9?es de paz. %%) Assim, pois, todo auele

"/  ) 5") Lutero, 1%a. 0"".

Page 100: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 100/166

ue dentre vs não renuncia a tudo uanto tem, não pode ser meu disc@pulo. <olo que# n&ocalcula os custos. 3e u# ho#e# !esea construir u#a torre, u#a estrutura bela e alta, que sesobressaia !entre to!as as e!i'ica4es izinhas, ent&o a pru!5ncia e*i"e que se sente pri#eiro ecalcule os custos cui!a!osa#ente. 3eu plano precisa ser e*a#ina!o co# cui!a!o. + #aterial a"rupa!o e unta!o co#o cui!a!o. + custo e*ato !o proeto calcula!o. =ois, se u# ho#e# 'osseco#ear a construir e ent&o !escobrisse que lhe i#poss$el concluir a obra, ele se tornaria obeto

!e zo#baria !a parte !e to!os os que passa#. Do #es#o #o!o, pru!5ncia "oernar8 as a4es !u#rei que ro#peu as rela4es !iplo#8ticas co#o outro "oernante. Conocar8 to!os os seusconselheiros e 'ar8 u# c8lculo cui!a!o, para er se capaz !e e*ecutar seus planos, caso 'or  preciso !eci!ir assu#ir a o'ensia. Caso o proble#a parecer !6bio, pre'erir8 entrar a te#po e#ne"ocia4es co# o ini#i"o, para resoler as con!i4es paci'ica#ente. 7ualquer u#a !as !uas par8bolas ensina a necessi!a!e !e obserar os custos. Ca!a u#a representa o absur!o !aqueles quese atree# que ser !isc$pulo !e Jesus n&o requeira #aiores !i'icul!a!es, e que s&o osu'iciente#ente 'ortes para encer as que precisar&o en'rentar co# esta e#preita!a. Gquele quequer ser u# er!a!eiro !isc$pulo !e Jesus Cristo !ee requerer na!a #enos !o que a po!erosa 'ora!e Deus para que o suporte, isto que tanto o in'erno co#o a terra se unir&o para o !estruir.H=orque requeri!a co#pleta ren6ncia !e si #es#o, absoluta#ente ineit8el 'azer u#aconsi!era&o sria. <u!o isto e*i"i!o para que# quer ser !isc$pulo !e Cristo, e tu!o isto o que o

!isc$pulo !e Cristo !ar8 co# ale"ria.F#a a!ert5ncia 'inal, %+) o sal # certamente bom2 caso, por#m, se torne ins@pido, comorestaurar-lhe o sabor8 %) (em presta para a terra, nem mesmo para o monturo2 lan9am-no !ora.uem tem ouvidos para ouvir, ou9a. + próprio 'ato !a ren6ncia !e si #es#o !estaca a "enuini!a!e!o !iscipula!o, que precisa ter o #es#o po!er !e te#pero !o sal. C'. t. @. 1NQ c. 9. @1.%nquanto o sal 'orte, ele te# alor para te#perar. as quan!o se torna ins$pi!o (o que u#acontra!i&o e# si #es#o), ent&o ele per!eu seu obetio sobre a terra. J8 n&o po!e ser #ais usa!ono te#pero !os ali#entos para a #esa. /e# terra e ne# a!ubo. Lana#-no 'ora, isto estar se#alor, sen!o u# #ero li*o. 7uan!o cessa a in'lu5ncia puri'ica!ora !os crist&os no #eio !o #un!o!escrente !estes 6lti#os !ias, quan!o a i"rea n&o #ais u#a 'ora para o be#, pela pre"a&o 'eito!e seus p6lpitos e pelo e*e#plo !a i!a !os seus a!eptos, ent&o se per!era# ao #es#o te#po oaro#a e o alor. %# tal caso n&o po!e ser #ais insisti!o na raz&o !e sua e*ist5ncia. Ca!a in!i$!uocrist&o que 'racassa e# seu !estino #arailhoso !ei!o ao cha#a!o !e Deus a ele, que n&o #aiscon'essa Jesus co#o o Cristo por palaras e pelo ier, en"ana-se a si #es#o e aos outros, por#,n&o a Deus. ele sabe !istin"uir #uito be# entre sal que te#pera e sal se# sabor. M u#a li&oi#portante, en'atica#ente acentua!a pela e*press&o !o 3enhor0 Gquele que te# oui!os paraouir, ouaRH =ois para #uitos assi# cha#a!os crist&os u#a #era 'or#ali!a!e e*terior parece osu'iciente. Deus, por#, olha o cora&o e a #ente, e e*i"e sinceri!a!e na con'iss&o e no serir.

Resumo: Jesus cura a u# hi!rópico no s8ba!o, !8 u#a li&o sobre hu#il!a!e e er!a!eiroaltru$s#o, conta a par8bola !a "ran!e ceia, e e*p4e al"u#as !as obri"a4es !o !iscipula!o crist&o.

Capítulo 15

 arFbolas Hobre Amor De ;risto Aos erdidos,  Lc. 1@. 1-1B

#ur#ura&o !os 'ariseus, V. 1) Apro4imavam-se de Jesus todos os publicanos e pecadores para o ouvir. ") & murmuravam os !ariseus e os escribas, dizendo' &ste recebe pecadores e comecom eles. + cap$tulo quinze !e Lucas , co#o u# co#entarista o cha#ou, o centro !oura!o !esteean"elho, que, !e #o!o #arailhoso, reela o a#or !o 3ala!or aos peca!ores per!i!os econ!ena!os. qui o 3enhor #ostra as riquezas ine*pri#$eis !e seu #isericor!ioso a#or a to!as as pessoas, #as e# especial quelas que sente# a necessi!a!e !esta #isericór!ia. Co#o escree oean"elista, naquele #o#ento apro*i#aa#-se !ele. ssi# co#o o 'erro atra$!o pelo i#&, assi#a #ensa"e# !e a#or e per!&o, que Cristo procla#aa, atraiu os cora4es quebranta!os sua "raa.%sta n&o era so#ente a atra&o !u#a co#pai*&o e ternura hu#anas, #as era a !oura !o a#or !o

Page 101: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 101/166

3ala!or e a "loriosa pro#essa !o per!&o total e "racioso. %ra# publicanos e peca!ores,!espreza!os e e*pulsos !e to!as as sina"o"as !a na&o. /&o lhes era per#iti!o untar-se no #es#o plano co# os u!eus respeita!os. %stes e*clu$!os, contu!o, iera# para o ouir, e n&o, co#o o'azia a #aioria !as !e#ais pessoas, pri#eira#ente, co# o obetio !e er os 8rios #ila"res. s palaras abenoa!as !e sala&o era# o que os atra$a. /&o se cansaa# no ouir a #ensa"e#consola!ora que Cristo procla#aa co# inabal8el a'abili!a!e. ;aia, por#, outros presente, que

tinha# u#a opini&o !i'erente sobre esta inti#i!a!e !o 3enhor co# publicanos e peca!ores. +s'ariseus e escribas #ur#urara# in!i"na!os contra ele, !izen!o que, quan!o os recebeu e co# elesco#eu, ele se tornou i"ual escoria !o poo il. s palaras !e zo#baria e !esprezo !os 'ariseustornara#-se hoe no se"uinte cante !e louor que entoa a boca !os 'iis0 GCristo aceita o peca!orRH

par8bola !a oelha per!i!a, V. %) &ntão lhes props Jesus esta parFbola' +) ual, dentrevs, # o homem ue, possuindo cem ovelhas e perdendo uma delas, não dei4a no deserto asnoventa e nove e vai em busca da ue se perdeu, at# encontrF-la8 ) Achando-a, p?e-na sobre osombros, cheio de *bilo. /) &, indo para casa, re*ne os ami$os e vizinhos, dizendo-lhes' Ale$rai-vos comi$o, porue F achei a minha ovelha perdida. 0) Di$o-vos ue assim haverF maior *bilono c#u por um pecador ue se arrepende, do ue por noventa e nove ustos ue não necessitam dearrependimento.  + 3enhor, !e #o!o al"u#, consi!erou u# insulto o 'ato que os 'ariseus oclassi'icara# co# os publicanos e peca!ores. +'en!eu-o, por#, a atitu!e !eles e# rela&o aos

 pobres e*clu$!os !a socie!a!e que ele con'ortou co# seu a#or. oi este o #otio pelo qual eleapresentou este qua!ro !e seu #isericor!ioso a#or. uito oportuno !iz o 3enhor0 G7ue# !e ósH.Ca!a u# !eles, e# seus a'azeres !a i!a !i8ria, a"iria assi# co#o Jesus aqui !escree o propriet8rio !as oelhas. + ho#e# te# ce# oelhas, u# bo# n6#ero que parece tornar a per!a!u#a só u# 'ato !e #enos si"ni'ica!o. as o propriet8rio pensa !e'erente. 3e t&o so#ente u#a'alta, ele, t&o lo"o constata a per!a, co#ea i#e!iata#ente a recuper8-la. 3abe !os peri"os !osabis#os e pntanos, !e panteras e lobos, !e espinhos e plantas enenosas. Dei*a as noenta e noe,#es#o que o lu"ar e# que est8 sea !esola!o e !istante !e casa, e, co# u# 'eror !e buscaconstante e inquebrant8el, ai e# busca !o ani#al per!i!o !o rebanho, at que o encontra. %stealo precisa ser alcana!o. <en!o-a acha!o, n&o acabou seu terno cui!a!o. <o#a!o !e ale"ria e'elici!a!e, coloca-a e# seu o#bro, pre'erin!o carre"8-la e# se"urana, para que n&o 'ique e*austa. be# !a er!a!e, preciso !izer que #es#o a"ora e#penha to!a sua 'ora. >in!o e# casa, ele procla#a a ubilosa not$cia a seus izinhos e a#i"os, pe!in!o que enha# e ubile# co# ele, istoque achou a oelha que se per!era. + próprio Jesus 'az a aplica&o !a história, !izen!o !e #o!o#uito i#pressionante que, !o #es#o #o!o, h8 #ais ale"ria no cu, !iante !e Deus, sobre u# 6nico peca!or que se arrepen!e, !o que sobre u# "ran!e n6#ero !e pessoas ustas que n&o necessita# !earrepen!i#ento. 3en!o isto o 'ato quanto a Deus e !e to!os os seus santos anos, isto , que elesreubila# #uito sobre qualquer peca!or a #ais que se arrepen!e, quanto #ais !eia ser espera!o!e Jesus, que est8 presente na terra e e# #eio a to!as as pessoas, que ele #ani'este sua satis'a&osobre estes pre"ressos peca!ores propositais e perersos que se oltara# !o #al !e seus ca#inhosRs noenta e noe pessoas que n&o necessita# !e arrepen!i#ento s&o, ei!ente#ente, pessoasse#elhantes aos 'ariseus e escribas, que, se"un!o sua própria opini&o, n&o t5# necessi!a!e !u#3ala!or. C'. t. 9. 12, 1N. cre!ita# que s&o ustos, aceitos perante Deus e as pessoas, que seui#acula!o ier e*terior os coloca aci#a !a necessi!a!e !e arrepen!i#ento. /&o t5# no&o !a realcon!i&o i#un!a !e seus cora4es. =or isso s&o aban!ona!as no !eserto, enquanto a oelha per!i!a

lea!a para casa.+ que o 3enhor !iz aqui sobre o procurar, achar e carre"ar !a oelha per!i!a est8 cheio !e

 belo si"ni'ica!o. 3eu a#or #isericor!ioso enole a to!os os peca!ores per!i!os e aban!ona!os.G=ois 'ui batiza!o sobre este 'ato e aqui no ean"elho tenho as "arantias e as cartas !e que sou suaoelha, e que ele u# =astor bo# e pie!oso, que busca sua oelha per!i!a. %le li!a co#i"o se# alei. /a!a #e e*i"e. /&o pressiona. /&o a#eaa ne# ate#oriza. ani'esta-#e, por#, só terna#isericór!ia. Cura-se abai*o !e #i# e #e er"ue sobre si #es#o, assi# que eu repouso sobre suascostas e #e sinto satis'eito e# ser carre"a!o. =or que te#eria eu o aterrorizar e o troear !eoiss, al# !a a&o !e 3atan8s, isto que estou se"uro na prote&o !este ;o#e# que #e conce!e

Page 102: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 102/166

a sua pie!a!e, e tu!o o que ele possui, para que sea# #eus, e #e carre"a e se"ura para que n&o #e perca, isto, enquanto per#aneo u#a oelha e n&o ne"o o 3ala!or ne# o reeito proposital#enteH"0 ). Jesus, o pastor !as al#as, con!uz os peca!ores ao arrepen!i#ento por #eio !a procla#a&o !e sua palara. %le, por #eio !e sua palara, procura, cha#a e i#plora, at que acha aoelha per!i!a. Gssi# co#o a oelha n&o sabe cui!ar !e si #es#a, e ne# sabe to#ar conta !e si para que n&o se perca, a n&o ser que o pastor se#pre lhe aponte o ca#inho e a con!uza, assi# ela

ta#b# n&o conse"ue reencontrar o ca#inho certo ne# che"ar ao pastor, por#, o pastor precisa ir e# sua busca e procurar at encontr8-la. %, quan!o a encontrou, precisa le8-la s costas e carre"8-la para que n&o sea aterroriza!a e !ispersa noa#ente, e sea apanha!a pelo lobo. Ae# assi# nósn&o te#os as 'oras necess8rias para nos au!ar ou nos aconselhar, para que alcance#os sosse"o e paz !e consci5ncia, e possa#os escapar !o !iabo, !a #orte e !o in'erno. as, t&o so#ente, Cristo#es#o nos alcana e nos cha#a a si por #eio !a palara. %, #es#o quan!o che"a#os a ele eesta#os na ', n&o so#os capazes !e nos conserar nisso... por#, Cristo, o nosso 3ala!or, precisa'aze-lo sozinhoH"5). %, no 'i#, o bo# =astor lea suas oelhas para casa, ao aprisco !o cu, !an!o aca!a u#a a ine'8el 'elici!a!e que lhes 'oi prepara!a !es!e antes !a 'un!a&o !o #un!o.

par8bola !a pea !e prata que se per!eu, V. 5) u ual # a mulher ue, tendo dez dracmas, se perder uma, não acende a candeia, varre a casa e a procura dili$entemente at# encontrF-la8 7) &, tendo-a achado, re*ne as ami$as e vizinhas, dizendo' Ale$rai-vos comi$o, porue achei a

dracma ue eu tinha perdido. 1<) &u vos a!irmo ue, de i$ual modo, hF *bilo diante dos anos de Deus por um pecador ue se arrepende. + escopo, a propens&o e a li&o !esta par8bola i!5ntica anterior. F#a pea !e prata !u# total !e !ez que se per!eu, po!e parecer pouca coisa que se per!eu (correspon!ia, quan!o #uito, ao alor !o !en8rio, alen!o uns cinqIenta centaos !eSeaL)"7), #as a propriet8ria, est8 claro, !eu-lhe u#a esti#a !i'erente. cen!e u#a l#pa!a, arre acasa, e procura co# #uita aten&o, at que encontra a #oe!a per!i!a. /a pri#eira par8bola !e#onstra!a a terna preocupa&o !o Se!entor. /esta en'atiza!a a !ili"5ncia e busca incessanteao per!i!o. se"uir e# a ale"ria e*pressa !e 'or#a i"ual, ou sea, u# "rito !e ale"ria parain'or#ar as pessoas !o 'ato !o seu sucesso. M assi#, que, ta#b# aqui, h8 ale"ria e*celente eine*pri#$el na presena !os anos !e Deus sobre u# só peca!or que se arrepen!e e "anho para oreino !o cu. + alor !u#a só al#a e*ce!e o !o #un!o inteiro, t. 1O. 2OQ c. . NQ <". @. 2B.l"uns co#entaristas 'aze# a aplica&o, !izen!o que aqui retrata!a a obra !o %sp$rito 3anto nocora&o !o peca!or. ssi# co#o a #ulher procurou co# total !ili"5ncia pela casa to!a, assi# o%sp$rito !e Deus, na obra !a re"enera&o, li#pan!o e ilu#inan!o. %le n&o a'u"enta!o peloaspecto paoroso !a !epraa&o !o cora&o natural. %le n&o !issua!i!o e# sua busca lon"a e8r!ua !u# peca!or relapso. /ote#os ta#b#0 pea !e prata, que se per!eu, u# e*e#plo be# próprio para u# peca!or que se a'astou !e Deus e se tornou u# escrao !e costu#es peca#inosos.7uanto #ais te#po u#a pea !e prata se acha per!i!a e enolta e# sueira e 'erru"e#, assi# o peca!or a'un!a #ais e #ais na sueira !o peca!o, per!e seu car8ter e conceito !iante !as pessoas,e, !elibera!a#ente, e# seu cora&o !es'i"ura a i#a"e# !e seu estre. 7ue u# tal se !ei*ea!ertir, para que seu te#po !a "raa n&o e*pire e a #isericór!ia pro'un!a o %sp$rito n&o sea!iri"i!a e# outra !ire&o.

Bilho rdi$o,  Lc. 1@. 11-N2.

F#a parti!a inconseqIente, V. 11) ;ontinuou' ;erto homem tinha dois !ilhos2 1") o maismo9o deles disse ao pai' ai, dF-me a parte ue me cabe dos bens. & ele lhes repartiu os haveres.1%) assados não muitos dias, o !ilho mais mo9o, auntando tudo o ue era seu, partiu para umaterra distante, e lF dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente.  %sta história 8 'oicha#a!a o ean"elho no ean"elho, isto que e*pressa, !e #o!o t&o belo, o pensa#ento

"0  ) 5%) Lutero, 11. 1"/+."5 ) 5+) Lutero, 11. 1"/5."7 ) 5) Aarton, Archeolo$U and teh >ible, 1//.

Page 103: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 103/166

'un!a#ental !a #ensa"e# !a "raa, que , a aceita&o !os peca!ores, se# qualquer #rito ou!i"ni!a!e !e sua parte. Certo ho#e# tinha !ois 'ilhos, ien!o os !ois nu# lar bo#, co# to!ocon'orte e anta"ens que a palara inclui. as o #ais oe# sentiu o a"ita!o i#pulso !a uentu!e.+s li#ites !o lar era#-lhe estreitos !e#ais, e as restri4es que o po!er paterno lhe i#punha parecia#-lhe !uras !e#ais. + pri#eiro passo !e seu !eseo por liber!a!e, co#o ele #es#o po!e t5-lo cha#a!o, 'oi e*i"ir que seu pai lhe !esse os bens !os quais seria her!eiro !epois que o pai

#orresse. Des!e te#pos i#e#or8eis te# si!o costu#e no +riente, que os 'ilhos e*ia# e receba#sua por&o 8 !urante a i!a !o pai, e, e# #uitas re"i4es, o pai n&o po!ia recusar le"al#ente e#aquiescer ao pe!i!o. =or isso, o pai, co#preen!en!o que o cora&o !o 'ilho n&o estaa !iri"i!o aele, co#o o e*i"e o a#or 'ilial, #as aos seus bens, !ii!iu sua inteira subsist5ncia, ou sea, tu!oquanto tinha, entre seus !ois 'ilhos, receben!o o #ais elho, proael#ente, a proprie!a!e e o #ais oe#, !inheiro. Desta 'or#a o rapaz #ais noo 8 tinha os #eios para realizar seus !eseosali#enta!os secreta#ente. %, após poucos !ias, resoleu arrancar as #aantes al"e#as !aautori!a!e e superis&o paterna. =restou aten&o oz !a #ais anti"a ilus&o que h8 no #un!o, asaber, que as coisas l8 lon"e que traze# e# si a aurola !o !eseo, na #aioria !as ezes, s&o#ila"res que se!uze# as pessoas !estrui&o. %staa resoli!o a !ar seu salto. Juntou to!os osseus pertences, porque estaa co# pressa para ea!ir-se para u#a liber!a!e sela"e# ou !elibertina"e#. >ia !e re"ra, o lar u# lu"ar caro, e a sau!a!e pelo lar !o#ina a #uitos 'ilhos que

s&o 'ora!os a !ei*ar os sacros li#ites !o lar, aqui, por#, presun&o e obstina&o haia# to#a!o posse !o cora&o. oi para lon"e T quanto #ais lon"e, #elhor T e ent&o !issipou e esbanou nu#ier !issoluto tu!o quanto tinha. ia"e# o leou i#pru!ente#ente !e"ra!a&o 'inal. %ste u# qua!ro !u#a pessoa que cresceu na casa !e Deus, ou e# #eio con"re"a&o crist&, #as n&oco#preen!eu a #a"nitu!e !as b5n&os que nela o aco#panhaa#. >irou as costas para a i"rea eai para o #un!o, e co# os 'ilhos !o #un!o corre aos #es#os e*cessos !e or"ia, na sensuali!a!e,lu*uria, e*cesso !e inho, 'olias, banquetes e i!olatrias abo#in8eis, 1.=e. ?.?.

insensatez e o arrepen!i#ento, V. 1+) Depois de ter consumido tudo, sobreveio =uele pa@s uma $rande !ome, e ele come9ou a passar necessidade. 1) &ntão ele !oi e se a$re$ou a umdos cidadãos dauela terra, e este o mandou para os seus campos a $uardar porcos. 1/) Alideseava ele !artar-se das al!arrobas ue os porcos comiam2 mas nin$u#m lhe dava nada. 10) &ntão, caindo em si, disse' uantos trabalhadores de meu pai t:m pão com !artura, e eu auimorro de !ome 15) levantar-me-ei e irei ter com meu pai e lhe direi' ai, peuei contra o c#u ediante de ti2 17) F não sou di$no de ser chamado teu !ilho2 trata-me como um dos teustrabalhadores. + oe# ca#ara!a, co#o natural, se# !6i!a tinha u#a #ulti!&o !e a#i"os,enquanto tinha !inheiro que ele, e# sua irresponsabili!a!e, "astaa liberal#ente. 3eu prazer, pri#eiro, a"uou-lhe o !eseo, #as o prazer e*a"era!o !estrói o po!er !o "ozo. 7uan!o seu!inheiro su#ira, seus assi# cha#a!os a#i"os, co#o ocorre !es!e te#pos i#e#or8eis, ta#b#su#ira#, !ei*an!o-o total#ente a sós. % o coita!o ca#ara!a, que 8 n&o era #ais u# bo#co#panheiro, ten!o literal#ente !estru$!o tu!o o que possu$a, encontrou-se 'ace 'ace co# a #ais!ura #isria e pobreza #ais a'litia, isto que u#a "ran!e 'o#e sobreeio a esta #es#a terra. co#bina&o !a !eassi!&o co# a 'alta !e ali#ento car5ncia cala#itosa certa. %staa a ponto !e perecer !e 'o#e. =or isso se encostou a u# ci!a!&o !aquela re"i&o a que# queria bene'iciar co#sua presena. + ho#e#, na er!a!e, n&o o quis e n&o tinha utili!a!e !ele. li#entar #ais u#a boca e# te#po !e escassez n&o coisa '8cil. "ora tinha trabalho, era "uar!a!or !e porcos, que na

ista !os u!eus era a ocupa&o #ais !espreza!a, sen!o que precisaa !or#ir no chiqueiro. as aco#i!a que recebia !o patr&o era t&o pouca que n&o lhe sustentaa o corpo e a i!a. %# poucote#po se iu re!uzi!o a tantas !i'icul!a!es, que se teria senti!o 'eliz se pu!esse encher seu!espoa!o est#a"o co# cascas, as a"ens !u#a 'ruta silestre, ou sea !a al'arrobeira. Esto era aco#i!a !os porcos que ele cui!aa. %ra-lhe, contu!o, ne"a!a, at #es#o, a co#i!a "rosseira !osani#ais. %ste o resulta!o !o peca!o. %le, n&o só ener"onha ao peca!or, #as lea !estrui&otanto !o corpo co#o !a al#a. + peca!or precisa !escobrir quanta #isria e an"6stia traz sobre si#es#o, quan!o aban!ona ao 3enhor, ao seu Deus. %# seu in'ort6nio se 5 aban!ona!o, tanto por Deus co#o pelo ho#e#, n&o te# con'orto ne# apoio, #as o abis#o !o !esespero se abre sua

Page 104: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 104/166

'rente. +u, quan!o parece que a 'ortuna lhe est8 a sorrir e sua por&o s&o !ias bons, ent&o ele, ain!aassi#, carece !e paz e# sua #ente e !e tranqIili!a!e e# sua consci5ncia0 /&o h8 paz e# sua al#a.elici!a!e só poss$el e# co#unh&o co# Deus. ban!onar a isto si"ni'ica !ei*ar para tr8s aer!a!eira 'elici!a!e.

s 6lti#as #isrias e tristezas, que se acu#ulara# sobre o oe#, tiera# al"u# e'eito.Co#preen!eu a sua situa&o. Che"ou ao seu er!a!eiro e sensato eu. cor!ou, co#o se 'osse !u#

sonho e pesa!elo !esa"ra!8el. Co# certeza en*er"ou to!o seu ier. /oa#ente co#eou a ul"ar as coisas con'or#e os pa!r4es !u#a consci5ncia be# orienta!a. Secor!ou os trabalha!ores !e seu pai que, quan!o co#para!os sua própria situa&o t&o #iser8el, a"ora iia# e# abun!ncia,ten!o #ais p&o !o que necessitaa#, enquanto ele, aos poucos #as real#ente, estaa #orren!o !e'o#e. 3ua presun&o estaa quebra!a, e sua !eassi!&o era coisa !o passa!o. Deci!iu oltar i#e!iata#ente ao pai e 'azer u#a con'iss&o total e 'ranca !e seu peca!o, !izen!o que trans"re!iracontra Deus no cu a que#, e# pri#eiro lu"ar, to!o e qualquer peca!o "olpeia, e contra seu pai.3ente sua total in!i"ni!a!e, n&o #erecen!o nunca #ais ser cha#a!o 'ilho !u# pai assi#, pois, per!era quaisquer !ireitos 'iliais. Caso seu pai 'osse t&o #isericor!ioso, o #elhor que espera receber u# lu"ar co#o trabalha!or contrata!o na 'azen!a. Esto er!a!eira contri&o earrepen!i#ento, quan!o o peca!or e*a#ina seu próprio cora&o e ser, reconhece plena#ente suastrans"ress4es, se# quaisquer restri4es aceita a puni&o !iina, e est8 plena#ente conicto !e sua

 própria in!i"ni!a!e. /isso n&o po!e haer qualquer paliatio e nenhu# en"ano. quele queencobre seus peca!os n&o ir8 prosperar. as aquele que os con'essa e !ei*a obter8 #isericór!ia,=r. 2.1N.

+ retorno, V. "<) &, levantando-se, !oi para seu pai. Vinha ele ainda lon$e, uando seu pai oavistou e, compadecido dele, correndo, o abra9ou e beiou. "1) & o !ilho lhe disse' ai, peueicontra o c#u e diante de ti2 F não sou di$no de ser chamado teu !ilho. "") pai, por#m, disse aos seus servos' Trazei depressa a melhor roupa2 vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo e sandFlias nos p#s2 "%) trazei tamb#m e matai o novilho cevado. ;omamos e re$oziemo-nos, "+) porue este meu !ilho estava morto e reviveu, estava perdido e !oi achado. & come9aram a re$oziar-se. >er!a!eiroarrepen!i#ento n&o basta co# resolu4es, sua sinceri!a!e precisa ser proa!a co# a4es. + oe#, por isso, cu#priu sua inten&o i#e!iata#ente. Dei*ara o lar co#o u# oe# or"ulhoso earro"ante, !esobe!iente e n&o 'ilia. rrastou-se !e olta pelas para"ens t&o 'a#iliares !e cora&ohu#il!e, quebranta!o e contrito. as a #isericor!iosa bon!a!e e o cor!ial per!&o !e seu pai 'ora#ain!a #aiores !o que ousara esperar, !epois !o trato que, co#o rapaz, lhe conce!era. + a#or !u# pai n&o !estru$!o t&o 'acil#ente. %stiera, elho co#o 8 era, !ia após !ia, espera no posto !eobsera&o pelo 'ilho. /unca !esistira !a esperana !e 5-lo retornar u# !ia. + olho terno !o pai'oi, por isso, o pri#eiro a aistar o #oo, ain!a que o #en!i"o que 8 beiraa a inani&o ees'arrapa!o, talez, só a"a#ente se parecia co# aquele oe# i"oroso que, pouco te#po antes,!e #o!o t&o petulante, oltara as costas ao lar. + pai iu a tu!o isto nu# relance !e olho, #as ais&o n&o o encheu !e repulsa, por#, co# a #ais pro'un!a pena co#passia. Ca#inhar 'oi-lhe!e#ora!o !e #ais. Correu para encontrar seu #oo, abraou-o e o beiou #uito terna#ente. ntes#es#o !e o rapaz abrir a boca, o pai leu e# seus olhos e e# to!a sua apar5ncia o #otio que o'izera retornar ao lar. Deeras aceitou a con'iss&o !e peca!os que o rapaz 'ez, #as ne"ou-se a #aise*plica4es. <al co#o o arrepen!i#ento e con'iss&o !o rapaz 'ora# irrestritos, ta#b# o per!&o!o pai 'oi incon!icional. + a#or !o pai, aqui retrata!o, n&o passa !u# tipo e retrato p8li!o !o a#or 

!e Deus aos peca!ores, e !a sua #aneira !e li!ar co# os peca!ores arrepen!i!os. 3eus olhos nos busca#. 3ua palara luta co# eles para que aban!one# o trilho !a trans"ress&o. 3eu cora&otransbor!a !e co#passia pie!a!e !iante !e sua ce"ueira e loucura, poro #eio !a qual se precipita# na #isria, !or e an"6stia. %le est8 reconcilia!o co# to!os os peca!ores por #eio !a#orte !e Jesus Cristo. /o Se!entor ele 8 lhes per!oou to!as as trans"ress4es. =or isso, quan!o eleen*er"a as ei!5ncias !o arrepen!i#ento, ent&o seu cora&o ai ao encontro !eles e sobre eles!erra#a a plenitu!e !e sua #isericór!ia, "raa e bon!a!e. Con'ir#a!a por u# ura#ento solene,!8-lhes a certeza, !e que to!os os peca!os lhes est&o per!oa!os, e que suas trans"ress4es 8 'ora#arre#essa!as no #ar #ais pro'un!o. 3uas pro#essas, !este #o!o, !&o ao peca!or t$#i!o e

Page 105: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 105/166

 penitente noa con'iana e cora"e#, co# as quais "era!a a ' no 'ato que noa#ente 'oi aceitoco#o 'ilho !o =ai celestial.

+ pai, na i#ensa ale"ria !e sua al#a, reinstala o 'ilho e# to!os os !ireitos !e sua con!i&o!e 'ilho. Deu a al"uns seros que acorrera#, a or!e# !e ur"ente#ente retirare# !e seu 'ilho os'arrapos !eplor8eis e que o estisse# co# estes apropria!as sua posi&o, pon!o-lhe u# anel !eouro no !e!o e san!8lias !i"nas e# seus ps. se"uir !eia# buscar o noilho que estaa sen!o

en"or!a!o e o abatesse# e usasse# sua carne para u#a "ran!e 'esta, isto que a 'a#$lia e to!os os!o#sticos !eia# participar na ale"ria !esta ocasi&o. Deia# ser ressalta!os to!os os s$#bolos !acon!i&o !e 'ilho, to!as as honras !ei!as ao 'ilho !a casa. % o pai e*p4e, apressa!a#ente, que estean!arilho, caso eles n&o o haia# conheci!o antes ou n&o o haia# reconheci!o e# seus trapos,era seu 'ilho. %staa real#ente #orto, per!i!o para to!o e qualquer be#, !a!o a tu!o o que  perers&o. "ora, por#, haia retorna!o i!a real, !e 'ato 8 era 'ilho !a casa, isto que seencontraa e estaa na con!i&o !u# er!a!eiro 'ilho e# rela&o a seu pai. % assi# aconteceu quea 'esta 'oi i#e!iata#ente apronta!a, e a celebra&o acontecia co# "ran!e ale"ria. Da #es#a'or#as os 'ilhos per!i!os !e Deus que, !e cora4es penitentes, olta# a ele, n&o s&o a!#iti!os só #era entra!a no cu. o contr8rio, o per!&o !e Deus co#pleto. ;8 ale"ria no cu sobre ca!a peca!or que se arrepen!e.

+ 'ilho #ais elho, V. ") ra, o !ilho mais velho estivera no campo2 e, uando voltava, ao

apro4imar-se da casa, ouviu a m*sica e as dan9as. "/) ;hamou um dos criados e per$untou-lheue era auilo. "0) & ele in!ormou' Veio teu irmão, e teu pai mandou matar o novilho cevado, porue o recuperou com sa*de. "5) &le se indi$nou e não ueria entrar2 saindo, por#m, o pai procurava conciliF-lo. "7) Mas ele respondeu a seu pai' 3F tantos anos ue te sirvo sem amaistrans$redir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito seuer para ale$rar-me com os meusami$os2 %<) vindo, por#m, esse teu !ilho, ue desperdi9ou os teus bens com meretrizes, tumandaste matar para ele o novilho cevado. %1) &ntão lhe respondeu o pai' Meu !ilho, tu sempreestFs comi$o2 tudo o ue # meu # teu. %") &ntretanto, era preciso ue nos re$oziFssemos e nosale$rFssemos, porue esse teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e !oi achado.F#qua!ro !a pessoa que peculiar#ente a'eta!a, santi#nia e presu#i!a. + 'ilho #ais elho, a que#,aparente#ente, a#ais assaltara qualquer tenta&o, estaa ocupa!o no ca#po !urante to!o estete#po, e, proael#ente só ao anoitecer retornou. as quan!o retornou a!#irou-se !o alorooinco#u# e a co#o&o !o lu"ar que recente#ente haia esta!o cal#o co#o u# ce#itrio. + so#!os instru#entos #usicais que aco#panhaa# os coros !os cantores po!ia ser oui!o !e certa!istncia. %staa to#a!o !e espanto e !esa"ra!o, porque u# 'estial 'ora arrana!o se# o seuconheci#ento, e, cha#an!o a si# u# !os seros, inquiriu o que si"ni'icaa tu!o isso. + serorespon!eu, t&o be# co#o p!e, proael#ente con'or#e a parte que lhe cabia na 'esta. + noilho"or!o 'ora carnea!o porque o ir#&o estaa noa#ente e# casa e estaa be#. %sta not$cia encheuao #ais elho, n&o só !e !esa"ra!o, #as !e ira. <o#ou conta !ele u# senti#ento !e a'ronta e !eu# trato inusto. /o que lhe !izia respeito, laaa as #&os quanto ao i#prest8el #ais oe#, que,quanto a ele, po!ia per#anecer per!i!o e perecer para se#pre. %nquanto o pai, contra que# haia#si!o co#eti!os estes peca!os, estaa to#a!o !e ale"ria sobre o 'ilho arrepen!i!o, o 'ilho #aiselho, e# seu "5nio #al-hu#ora!o, ne# ao #enos quer ser isto na co#panhia !o pró!i"o. %#conseqI5ncia !isso, o pai saiu a ele e lhe ro"ou, #ostran!o !este #o!o tanto a#or e paci5ncia aeste rapaz co#o #ostrara ao outro. %ra# total#ente irracionais a ira e to!o o co#porta#ento !o

'ilho #ais elho. %ra conersa #al!osa acusar seu pai !e nunca lhe ter !a!o tanto co#o u# cabrito para proi!enciar u#a 'esta para ele e seus a#i"os. % seu auto-elo"io !e seu serir oluntarioso e!e seu respeito s or!ens !o pai, 'oi u# ataque ela!o ao ir#&o. repreens&o !ócil, 'eita pelo pai,'oi correta. <u!o quanto o pai a!quirira, !es!e a !iis&o !os bens, estaa sua !isposi&o, para quea e#pre"asse# se"un!o be# quisesse. as 'oi "eneroso ao 'ilho #ais elho, #ais !o que suaobri"a&o o e*i"ia, pois repartira tu!o co# ele, e lhe !era to!o o uso irrestrito !e to!a sua proprie!a!e. =or isso, 'inal#ente, o a!#oesta, para que se ale"re co# os !e#ais, isto que o #ortoretornara i!a, isto que o per!i!o 'ora encontra!o. + 'ilho #ais elho u# tipo !os presu#i!os'ariseus !e to!os os te#pos, que se#pre se or"ulha# !e suas boas obras e #ritos, e que, só a

Page 106: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 106/166

contra-"osto, conce!e a "raa i#ereci!a !e Deus aos pobres peca!ores. =arece que nunca lhes tocaas #entes, que eles #es#os e tu!o o que realiza# ta#b# !ee# unica#ente bon!a!e !e Deus. /unca lhes ocorreu, que o 'ato !e nunca tere# si!o tenta!os at ao ponto e# que tantos outros o'ora# e ca$ra#, e# si #es#o u#a "raa i#ereci!a !e Deus. Deus, por#, #uito #ais#isericor!ioso, !o que qualquer co#preens&o hu#ana. Con'or#e sua onta!e "raciosa, ele !eseaque to!as as pessoas sea# salas. %le se ale"ra, n&o só sobre o arrepen!i#ento !e publicanos e

 peca!ores, #as ta#b# tenta a#olecer os cora4es !os or"ulhosos 'ariseus. par8bola to!a se re'ere aos 'ilhos e 'ilhas pró!i"os !e to!os os te#pos, #ostran!o oca#inho !o arrepen!i#ento a to!os os peca!ores. as ta#b# os que cr5e#, os er!a!eiros 'ilhos!e Deus, que 8 "oza# a plenitu!e !a "raa !e Deus, !ee# apren!er a li&o !esta par8bola, eco#preen!er, !e #o!o se#pre #ais pleno, o que inclui tanto o peca!o co#o a "raa. i!a inteira!e ca!a crist&o u# cont$nuo arrepen!i#ento. >er!a!eiros crist&os, por #eio !e !i8ria contri&o earrepen!i#ento, se a'asta# !o #un!o e !e suas atra4es, olta# a Deus seu =ai, e# er!a!eira 'ora# !iaria#ente por per!&o !e to!as as trans"ress4es, e est&o 'elizes co# a e*peri5ncia !o a#or !e Deus aos peca!ores. Crist&os assi# reubilar&o !e cora&o, se#pre quan!o u# 'ilho ou 'ilha pró!i"o retorna e pe!e por aceita&o. Dar-lhe-&o u#a recep&o que con'or#e a onta!e#isericor!iosa !e Deus, nunca se esquecen!o que ca!a u# que salo recebe esta #isericór!ia !a#es#a #aneira, co#o o la!r&o na cruz, isto , por "raa.

Resumo: Jesus ensina aos 'ariseus o si"ni'ica!o !o a#or !e Deus ao que est8 per!i!o,contan!o as par8bolas !a oelha per!i!a, !a #oe!a !e prata per!i!a, e !o 'ilho pró!i"o.

Capítulo 16

 A arFbola do Administrador Ln!iel & Huas Ki9?es,  Lc. 1O. 1-1.

acusa&o !e in'i!eli!a!e, V. 1) Disse Jesus tamb#m aos disc@pulos' 3avia um homem ricoue tinha um administrador2 e este lhe !oi denunciado como uem estava a de!raudar os seus bens.") &ntão, mandando-o chamar, lhe disse' ue # isto ue ou9o a teu respeito8 resta conta da tuaadministra9ão, porue F não podes mais continuar nela.  s tr5s par8bolas !o cap$tulo anterior haia# si!o !iri"i!as aos 'ariseus e escribas, proael#ente na presena !os publicanos e peca!ores, #as certa#ente na presena !os !isc$pulos. par8bola !o a!#inistra!or 'oi pro'eri!aaos !isc$pulos, #as os 'ariseus ain!a estaa# presentes. + ter#o !isc$pulos n&o inclui só os !oze,#as to!os os se"ui!ores !e Jesus. ;aia certo ho#e# que era rico T e t&o rico T que pessoal#enten&o aten!ia ao trabalho !o escritório e ne# suas 'inanas, entre"an!o tu!o isto a u# a!#inistra!or que 'oi coloca!o na total responsabili!a!e, sen!o seu !iretor acre!ita!o. as o a!#inistra!or 'oiacusa!o, sen!o lea!a ao !ono u#a acusa&o contra ele, !e que estaa !estruin!o os benscon'ia!os aos seus cui!a!os, que estaa esbanan!o o !inheiro !e seu patr&o, 'osse por 'rau!e ou por u# ier e*traa"ante. e*ati!&o !a acusa&o leou o !ono !e casa a assu#ir que a i#puta&oera er!a!eira, e, por isso, conocou o a!#inistra!or a ir sua 'rente. 7ueria que lhe !esse contas!e si e !o seu trabalho0 + que isto que ouo !e ti +r!ena-lhe que lhe apresente os liros, que lheo'erea u# relatório !etalha!o !e sua a!#inistra&o, antes !e sair !e seu car"o. =ois, se os liros#ostrare# al"u#a !iscrepncia entre os arren!a#entos ou !$i!as enci!as no passa!o e o!inheiro que !eia estar !ispon$el, ent&o se"uiria, co#o al"o natural, que per!eria sua posi&o. oa!#inistra!or restaa ain!a al"u#a chance, caso conse"uisse proar ou 'ornecer proas claras !esua inoc5ncia.

s !elibera4es e seu resulta!o, V. %) Disse o administrador consi$o mesmo' ue !arei, poisue o meu senhor me tira a administra9ão8 Trabalhar na terra, não posso2 tamb#m de mendi$ar tenho ver$onha. +) &u sei o ue !arei, para ue, uando !or demitido da administra9ão, merecebam em suas casas. ) Tendo chamado cada um dos devedores do seu senhor, disse ao primeiro' uanto deves ao meu patrão8 /) 6espondeu ele' ;em cados de azeite. &ntão disse'Toma a tua conta, assenta-te depressa e escreve cinCenta. 0) Depois per$untou a outro' Tu,uanto deves8 6espondeu ele' ;em coros de tri$o. Disse-lhe' Toma a tua conta e escreve oitenta.

Page 107: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 107/166

5) &lo$iou o senhor o administrador in!iel porue se houvera atiladamente, porue os !ilhos domundo são mais hFbeis na sua prpria $era9ão do ue os !ilhos da luz.  + a!#inistra!or in'ielencontrou-se nu#a situa&o #uito !esa"ra!8el, !a qual só sua esperteza o po!eria lirar. Jesus,co# 'i!eli!a!e crua, repro!uz o #onólo"o que resultou. + a!#inistra!or estaa nu# !ile#a,ator#entaa sua i!ia na busca !u# eito para sair !a !i'icul!a!e. 3er !espe!i!o nestascircunstncias si"ni'icaa !e"ra!a&o. /enhu# outro !ono !e casa lhe !aria u# posi&o no

escritório. =recisar8 contentar-se, caso 'or achar trabalho, co# al"u# !e pouca responsabili!a!e.3uas i!ias se olta# a"ricultura, isto que seu trabalho o colocara e# contacto co# a atii!a!ea"r$cola. as, pessoal#ente, n&o robusto o bastante para caar, e nunca po!eria en'rentar isto. outra alternatia parece ser pe!ir es#olas, #as sente-se ener"onha!o 'az5-lo. inal#ente,contu!o, toca nu# esque#a que po!er8 'uncionar. =or #eio !ele, assi# espera #es#o a"ora, 'osse para !esiar o "olpe a#eaa!or, ou no caso que isso n&o lhe 'osse poss$el, ain!a assi# proer u#aelhice con'ort8el para si #es#o. Caso 'osse per!er sua posi&o e ser !e"ra!a!o, as pessoas queele te# e# #ente teria# a obri"a&o !e aceit8-lo e# suas casas. E#e!iata#ente coloca seu planoe# e*ecu&o. Conoca os !ee!ores !e seu patr&o ao escritório, u# após outro. >isto encontrar-seain!a na a!#inistra&o !e to!o o ne"ócio, era-lhe '8cil 'az5-lo. G%stes !ee!ores, be# proael#ente, era a"ricultores que pa"aa# os arren!a#entos e# espcie, ou era# pessoas quehaia# conse"ui!o supri#ento !e bens !os estoques !o !ono.H %# a#bos os casos se"ue o #es#o

 plano, co# as particulari!a!es !e ca!a caso, ain!a que s&o !a!os só !ois e*e#plos. Co# suaorienta&o, alterara# ou reescreera# suas pro#issórias !e !$i!a, re"istran!o u# alor #enor !oque aquele que 'ora estipula!o ou que era !ei!o ao propriet8rio. F# ho#e# !eia ce# #e!i!as,ou uns quatro #il e !uzentos litros, !e azeite. quantia 'oi altera!a para, t&o so#ente, u# quarto!o olu#e. F# outro !eia ce# #e!i!as, ou uns OBB sacos !e tri"o. quantia 'oi re!uzi!a paraoitenta. + obetio !o a!#inistra!or, e# ca!a caso, 'oi acertar co# o acaso. 3e este esque#a se'osse #ostrar be#-suce!i!o, 8 n&o haeria #ais car5ncia nas contas, isto que a entra!a seria be##enor !o que o !ono haia i#a"ina!o. as, 'osse o plano !escoberto, estes co#pro#issos !e!$i!a teria# seu alor le"al, e os !ee!ores !eeria# #ostrar sua "rati!&o, proen!o por ele. t'oi su"eri!o que o a!#inistra!or 'alsi'icara as quantias !as !$i!as ori"inais e que e#bolsou oe*ce!ente, e que a"ora estaa retornan!o aos n6#eros corretos !a !$i!a. De qualquer 'or#a, 'oiu# esque#a esperto. t o patr&o, quan!o recebeu in'or#es !esta 6lti#a proeza !o a!#inistra!or,n&o p!e eitar certo co#ent8rio. Louou-o, n&o por causa !e sua in'i!eli!a!e e 'rau!e, #as por causa !e sua esperteza no "erenciar !a situa&o e no !ese#baraar-se !u#a situa&o t&o!esa"ra!8el.

aplica&o !a par8bola, V. 7) & eu vos recomendo' Das riuezas de ori$em in@ua !azeiami$os2 para ue, uando estas vos !altarem, esses ami$os vos recebam nos tabernFculos eternos.1<) uem # !iel no pouco, tamb#m # !iel no muito2 e uem # inusto no pouco, tamb#m # inusto nomuito. 11) He, pois, não vos tornastes !i#is na aplica9ão das riuezas de ori$em inusta, uem voscon!iarF a verdadeira riueza8 1") He não vos tornastes !i#is na aplica9ão do alheio, uem vosdarF o ue # vosso8  li&o !a par8bola real#ente co#eou na sec&o anterior, sen!o poss$el queo ul"a#ento inte"ral !o ers$culo oito 'oi !ito por Jesus. +s 'ilhos !este #un!o, as pessoas !apoca e !o !ia !e hoe e# sua "era&o ou co# respeito sua espcie, s&o #ais s8bios !o que os'ilhos !a luz, que s&o os crist&os que 'ora# ilu#ina!os pelo %sp$rito !e Deus. %*ibe# #uito #aisesperteza e habili!a!e !e ne"ócio e# seus interesses, !o que os 'ilhos !a i"rea nos seus.

ani'esta# sua sabe!oria e# rela&o s pessoas i"uais a eles e e# rela&o a assuntos terrenos.Cabe aos crist&os tirar proeito !e sua e*peri5ncia e ei!enciar o #es#o zelo, a #es#a perspic8cia, a #es#a habili!a!e !e ne"ociar e# assuntos !o reino !e Deus. + 3enhor #es#o 'azu#a aplica&o !a li&o, co# aquela 5n'ase t&o peculiar a ele (quanto a #i#, !i"o-os). +s crist&os!eia# 'azer para si a#i"os por #eio !o #a#o# !a inustia. a#o#, que u# ter#o encontra!oe# #uitas l$n"uas anti"as, si"ni'ica !inheiro. =ois be#, te#os u#a ei!5ncia !a sabe!oria !os'ilhos !o #un!o nisso, que 'aze# prois&o para o 'uturo, e que 'aze# que to!as as suase#preita!as !e ne"ócio sira# a este 'i#. Lirar a eles e suas 'a#$lias !e quaisquer preocupa4es,t&o lo"o que poss$el, o seu alo, e, por isso, aproeita# ca!a anta"e# poss$el para obter este

Page 108: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 108/166

'i#. +s 'ilhos !a luz, ao contr8rio, s&o #uitas ezes tu!o, #enos enr"icos e !ili"entes nas coisasque pertence# ao reino !e Deus. E"ual#ente, esquece# que o 'i# se apro*i#a, que !eer&o prestar contas ao 3enhor co# respeito a suas transa4es co#erciais e# 'aor !o 3enhor. qui Jesus, por isso, os a!#oesta que !ee# con!uzir assi# seus a'azeres, principal#ente os que se re'ere# aos bens te#porais, co#o riquezas e# "eral e !inheiro, que, se#elhante ao a!#inistra!or, 'aa#a#i"os co#o seus bens, ou sea, co# o #a#o# que lhes 'oi con'ia!o. Crist&os certa#ente ir&o usar 

seu !inheiro para o be# !o reino !e Deus, no estabelecer e propa"ar a i"rea !e Jesus Cristo pelo#un!o. +n!e quer que possa#, e# er!a!eira cari!a!e, estar&o atia#ente interessa!os e# to!asas suas 'ases. /este senti!o, as con"re"a4es pobres, os "entios e outros que recebe# o bene'$cio!esses inesti#entos, e os pobres e os so're!ores !a 'a#$lia !a ', lhes !ee# obri"a&o. <o!osestes !ee!ores, #ais tar!e, lhes #ostrar&o real a#iza!e, nisso, que receber&o aos crist&os nashabita4es eternas. =ois, ir8 o te#po e# que bens terrenos e !inheiro n&o #ais au!ar&o. Esto tu!o con'ia!o a ca!a pessoa só para o bree espao !o ier terreno. % elas próprias precisa# !ei*ar este #un!o para tr8s. %nt&o ser8 !e#onstra!a a sabe!oria !e seu inesti#ento. =ois to!os quantosrecebera# qualquer 'or#a !e bene'$cios !o !inheiro !os ir#&os e ir#&s crist&s, ent&o 'alar&o e#'aor !eles perante o trono !e Deus, apontan!o para os bene'$cios que "ozara# aqui no #un!o por causa !a "enerosi!a!e !os #e#bros !a i"rea que estiera# !ispostos a repartir co# os #enos'aoreci!os as posses !e bens !este #un!o. G<o!o be# que 'aze# aqui s pessoas pobres, a

a#iza!e e os bene'$cios que lhes #ani'esta#os, estas obras, no 6lti#o !ia, n&o ser&o sóteste#unhas !e que nos con!uzi#os co#o ir#&os e crist&os, #as ta#b# ser&o reco#pensa!as e pa"as. %nt&o aparecer8 al"u# e louar80 3enhor, esta pessoa #e !eu u# casaco, u# real, u# p&o,u# copo !W8"ua, quan!o estie e# necessi!a!eH%<).

Jesus, por#, tira outras conclus4es !a par8bola. i!eli!a!e e# coisas pequenas eaparente#ente insi"ni'icantes u# critrio. 3uce!er8 que aquele que naquilo que o #$ni#o#ostra o esp$rito correto que a 'i!eli!a!e, esse ta#b# ser8 'iel no que #aior, enquanto que ocontr8rio er!a!eiro no caso oposto. "ora, quan!o u#a pessoa n&o se !e#onstra 'iel naa!#inistra&o !o !inheiro que o 3enhor lhe con'iou !urante o bree te#po !e sua i!a terrena,que# ser8 t&o tolo para con'iar a al"u#, co#o esse, ne"ócios !e alor e i#portncia reais +cui!a!o e o encar"o !e !ons e bens espirituais pressup4e a 'i!eli!a!e nos bens te#porais que s&o#enos i#portantes. ', que aceita a presera os bens celestes, que s&o to!os os !ons !e Deusconce!i!os pelos #eios !a "raa, se co#proar8 no 'iel !ese#penho !os encar"os terrenos, no usoconsciencioso !os bens terrenos e e# #isericór!ia e cari!a!e. quele que n&o consciencioso nouso !o !inheiro e !os bens que lhe 'ora# con'ia!os, !8 proas ' 'alta !e ' e !e !esprezo aos benscelestes. % se pessoas n&o s&o 'iis na a!#inistra&o !as coisas que pertence# a outre#, que#estar8 !isposto a !ar-lhes as que real#ente s&o sua proprie!a!e =essoas !e posses !este #un!os&o a!#inistra!ores, s&o ecno#os, !os bens !e Deus, os quais ele lhes con'iou na 'or#a !e!inheiro ou al"o que se lhe equiale. Esto enole responsabili!a!e, e o !ia !a presta&o !e contasse apro*i#a. 7uan!o Deus 5 que pessoas, co#o essas, n&o po!e# ser encarre"a!as !e proprie!a!es estranhas, ent&o ele ir8 concluir que ta#b# n&o se lhes po!e con'ia os !ons !e sua"raa, que s&o intenta!as co#o sua posse eterna. <o!os os !ons espirituais, tu!o o que a herana !ocu pressup4e, s&o, ao contr8rio !as posses te#porais, !ons co#pletos. as estes 6lti#os só s&oconce!i!os a pessoas tais, que !era# proas !e sua ' por #eio !e obras que co#proara# que elass&o con'i8eis. presena !a ' inariael#ente !e#onstra!a por #eio !e obras !e a#or.

F#a li&o sobre a cobia, V. 1%) (in$u#m pode servir a dois senhores2 porue ou hF deaborrecer-se de um e amar ao outro2 ou se devotarF a um e desprezarF ao outro. (ão podeis servir a Deus e =s riuezas. 1+) s !ariseus, ue eram avarentos ouviam tudo isto e oridiculizavam. 1) Mas Jesus lhes disse' Vs sois os ue vos usti!icais e vs mesmos diante doshomens, mas Deus conhece os vossos cora9?es2 pois auilo ue # elevado entre homens, #abomina9ão diante de Deus. 1/) A lei e os pro!etas vi$oraram at# João2 desde esse tempo vem sendo anunciado o evan$elho do reino de Deus, e todo homem se es!or9a por entrar nele. 10) & #

%< ) 5/) Lutero, cita!o e# 3toecKhar!t, >iblische Geschichte des (euen Testaments, "<+.

Page 109: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 109/166

mais !Fcil passar o c#u e a terra, do ue cair um til seuer da lei. 15) uem repudiar sua mulher ecasar com outra, comete adult#rio2 e auele ue casa com a mulher repudiada pelo marido,tamb#m comete adult#rio. M i#poss$el a u# sero estar a serio !e !ois patr4es, e para seri-los!e #o!o apropria!o. C'. O. 2?. F# ter8 seu a'eto e respeito, e por isso os prsti#os que 'lue#!esses senti#entos. + outro ter8 sua aers&o, se n&o seu ó!io #ani'esto. =or isso -lhe i#poss$elserir aos interesses !os !ois. 3e al"u# sere ao #a#o#, pren!en!o o cora&o ao seu !inheiro e

sua riqueza, e se ele só te# o obetio !e satis'azer seus próprios !eseos, ent&o ele n&o po!e, ao#es#o te#po, serir ta#b# ao 3enhor. 3eu cora&o est8 l8 on!e est8 o seu suposto tesouro. %ste6lti#o !ito irritou aos 'ariseus, que estaa# presentes e ouira# a par8bola. %ra# a#antes !o!inheiro, sen!o cobiosos. % porque sentira# o a"uilh&o !as palaras, tentara# !e #o!o puerilinerter as posi4es contra o 3enhor, torcen!o seus narizes !iante !ele, zo#ban!o eri!icularizan!o-o. %ste co#porta#ento !os 'ariseus 'ez co# que Jesus !esco#por a petulncia!eles, e a le#br8-los !e al"u#as outras !e'ici5ncias e $cios encontra!os e# seu #eio. %les se usti'icaa# perante as pessoas, lean!o u#a i!a que se con'or#aa co# o pa!r&o e*terior !a pie!a!e perante as pessoas, as quais n&o conse"uia# er seus cora4es para !escobrir a oculta bai*eza. as Deus olhou para al# !o erniz !a ustia e*terna, e conheceu seus cora4es e# to!asua i#un!$cie. =erante as pessoas po!e# ser #uito respeita!os, #as perante o 3enhor tanto elesco#o to!o seu proce!er era# abo#ina&o. %# "eral er!a!e que a'ir#a4es #orais

conencionais s&o o oposto !o que o 'ato real. s hipocrisias !a assi# cha#a!a alta socie!a!e, e##uitos casos, s&o tais que 'aze# parecer o co#porta#ento !as pessoas !a classe #ais hu#il!e eque s&o sinceras e# palara e a&o parecer !oura!o, quan!o co#para!o co# elas. as, #es#oaqui, a #isericór!ia pro'un!a !o 3enhor is$el. =ois ele conta aos 'ariseus que a lei e os pro'etasestaa# e# i"or at Jo&o que est8 no li#iar !o nti"o co# o /oo <esta#ento. as, co#ean!oco# Jo&o e !es!e sua in!a, a "loriosa pre"a&o !o reino !e Deus, co#o reela!o e# Jesus Cristo,se reelou, e to!o aquele que, !e al"u# #o!o, se interessou, 'icou t&o !o#ina!o co# as "lóriasreela!as que arre#eteu co# $#peto e o to#ou 'ora. C'. t. 11. 12,1N. + crist&o, para entrar noreino, obri"a!o a lutar co# to!os os seus !eseos e lu*6rias, e enc5-las, e a ne"ar o #un!o co#tu!o que o'erece e 'ascina.as isto n&o si"ni'ica que a lei 'oi ab-ro"a!a. o contr8rio, a situa&o esta que #ais '8cil que passe# cus e terra T e cus e terra real#ente ser&o !estru$!os T antes quetanto co#o u# t$tulo, u#a sin"ela #arca !iacr$tica !a escrita hebraica, caia por terra. C'. t. @. 1,1, N2. =or isso, ta#b#, o sti#o #an!a#ento co# o seu u$zo sobre a cobia continua e# i"or.% os 'ariseus ta#b# n&o !eia# esquecer !e recor!ar o se*to #an!a#ento, se"un!o o qualreinaa enor#e licenciosi!a!e entre eles. + que Jesus !issera e# outra ocasi4es, repetiu-o aquico# 5n'ase. M !iórcio perante Deus a libertina !issolu&o !o lao #atri#onial, se"un!o o qual u#ho#e# #an!aa sua #ulher e#bora, por qualquer #otio que ele inentaa, !an!o-lhesi#ples#ente u# atesta!o !e !iórcio, para ent&o se unir co# al"u#a outra #ulher. % a uni&o co#u#a #ulher que, !esta 'or#a, 'oi #an!a!a e#bora pelo seu esposo, se# u#a causa que Deusreconhece para tanto, ta#b# a!ultrio. Deus n&o quer que se o zo#be co# os casa#entos'rou*os e os !iórcios !estes 6lti#os !ias. + esta!o po!e, por #otio !e coneni5ncia, per#itir #uitas coisas aos 'ilhos !o #un!o, as quais Deus inquestionael#ente con!ena, #as este 'ato n&oin'luencia T e n&o o po!e 'azer T a u# crist&o e ne# po!e le8-lo a se !esiar sequer u# cent$#etro!a onta!e !e Deus, assi# co#o reela!a na lei.

3omem 6ico & Mendi$o KFzaro,  Lc. 1O. 19-N1.

F# contraste e# 'ortunas, V. 17) ra, havia certo homem rico, ue se vestia de p*rpura e delinho !in@ssimo, e ue todos os dias se re$alava esplendidamente. "<) 3avia tamb#m certomendi$o, chamado KFzaro, coberto de cha$as, ue azia = porta dauele2 "1) e deseavaalimentar-se das mi$alhas ue ca@am da mesa do rico2 e at# os cães vinham lamber-lhe as *lceras.in!a que, para a li&o !esta história, n&o sea i#portante se u#a par8bola ou o relato !u#aconteci#ento real, co#o Lutero obsera, ain!a assi# a #aneira !e apresenta&o in!ica para a usteza !a 6lti#a suposi&o. %st8 ei!ente a conec&o entre esta narratia e a conersa&o

Page 110: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 110/166

i#e!iata#ente anterior. +s escraos !o #a#o#, pelo seu abuso !os !ons !e Deus, pela sua #8aplica&o !os 'un!os que lhes 'ora# con'ia!os, obt5# para si as torturas !a con!ena&o. +contraste $i!o que perpassa to!a a !escri&o !eia ser nota!o0 F# certo ho#e# rico 'ez seu ocostu#e !e ir traa!o !e roupas as #ais caras, p6rpura e linho #acioQ al# !isso iia !e #o!oespl5n!i!o a ca!a !ia e se entre"aa co#pleta#ente aos !eleites e banquetes. Doutro la!o, u#ho#e# pobre, cuo no#e L8zaro (con'iana e# Deus) 'oi presera!o, ien!o na esquali!ez !a

 pior pobreza, !eita!o unto ao port&o !e entra!a !a proprie!a!e !o ho#e# rico, sen!o os trapos !eroupa insu'icientes para encobrir-lhe as 6lceras que lhe haia# brota!o !o corpo por causa !ascon!i4es insalubres !e i!a e !ei!o ao ali#ento ina!equa!o, #as satis'eito co# as #i"alhas, pelas quais ansiaa, que ca$a# !a #esa !o ho#e# rico. +s c&es era# #ais co#passios !o queaquelas pessoas que o en*er"aa# e# sua #isria, pois, ao #enos, inha# e lhe la#bia# as6lceras. F# só iia para si #es#o para os !eleites e 'austos !o corpo. >iu, talez, o #en!i"o queal"u# !epositara unto sua porta, ao entrar e sair ou quan!o passaa e# sua 'ina carrua"e#, #asn&o prestou aten&o a ele e e# suas con!i4es. atos !esa"ra!8eis inter'ere# nos !eleites !a i!a.G7uan!o olha#os a este ho#e# rico, se"un!o os 'atos !a ', ent&o encontra#os u# cora&o e u#a8rore !a i#pie!a!e. =ois, o ean"elho o reproa porque !iaria#ente 'esteaa suntuosa#ente e setraaa esplen!i!a#ente, que por nenhu#a raz&o era consi!era!o u# peca!o t&o "rae.... as esteho#e# rico n&o reproa!o porque tinha co#i!a boa e roupas lin!as, pois #uitos santos, reis e

rainhas !e outrora usaa# estes 'inas, co#o 3alo#&o, Mster, Dai, Daniel e outrosQ #as, porquecolocou neles o seu cora&o, ele os !eseaa, ape"ou-se a eles e os escolhera, tinha neles to!a suaale"ria, !eseo e prazer, e os tornou e# seu $!oloH%1 ).

+utro contraste, V. "") Aconteceu morrer o mendi$o e ser levado pelos anos para o seio de Abraão2 morreu tamb#m o rico, e !oi sepultado. "%) (o in!erno, estando em tormentos, levantou osolhos e viu ao lon$e a Abraão e KFzaro no seu seio. "+) &ntão, clamando, disse' ai Abraão, temmisericrdia de mim e manda a KFzaro ue molhe em F$ua a ponta do dedo e me re!resue al@n$ua, porue estou atormentado nesta chama. ") Disse, por#m, Abraão' Bilho, lembra-te de uerecebeste os teus bens em tua vida, e KFzaro i$ualmente os males2 a$ora, por#m, aui, ele estFconsolado2 tu, em tormentos. "/) &, al#m de tudo, estF posto um $rande abismo entre ns e vs, de sorte ue os ue uerem passar daui para vs outros não podem, nem os de lF passar para ns.qui os !estinos s&o inerti!os iolenta#ente0 o sero !e Deus e# 'elici!a!e, o sero !o #a#o#e# #isria. + #en!i"o #orreu, 'inal#ente sucu#biu sob a co#bina&o !e en'er#i!a!e e 'o#e.3ua #orte, por#, proocou u#a e#bai*a!a !o cu0 'oi carre"a!o pelos anos ao re"ao !ebra&o. /ote#os0 'elici!a!e !o cu t&o ine*pri#iel#ente #arailhosa que lin"ua"e#hu#ana, ne# !e lon"e, capaz !e !escreer suas "lórias. =or isso usa!a esta circunscri&o T ore"ao !e bra&o, co#o o pai !e to!os os 'iis. quele que n&o tiera u# só a#i"o no asto#un!o, a que# as pessoas, at, se ne"aa# tocar, 8 'oi recebi!o !e #o!o ubiloso no lar eterno eencontrou u# lu"ar !e honra ao la!o !e bra&o, reclinan!o e# seu colo, assi# co#o o !isc$puloa#a!o reclinara no colo !e Jesus. =or#, o relato !a #orte e !o 'uneral !o ho#e# rico e*tre#a#ente pobre e #a"ro0 #orreu e 'oi enterra!o. %sta a aalia&o que Deus i!a !aqueleque !issipou no serir a si #es#o tu!o que Deus lhe !era. %ste o obitu8rio !e Deus. 7ual,contu!o, a continua&o /o in'erno, on!e se encontraa sua al#a, o anterior rico achou-se e#torturas, e# a"onia ine*pri#$el, que, e# contraste, era t&o "ran!e co#o era "ran!e a 'elici!a!e !eL8zaro, a que# en*er"aa. %# sua !or e #isria cla#ou por al$io, pe!in!o a bra&o para que

tiesse pie!a!e !ele e eniasse L8zaro trazen!o, ao #enos, u# pin"o !e 8"ua e# seu !e!o, paraacal#ar a se!e ar!ente e 'ebril que consu#ia a al#a se#pre t&o #i#a!a. nsiaa e i#ploraa por,ao #enos, u# pouco !e re'ri"rio, por causa !a cha#a que o aco#etia co# as !ores #ais seeras. /ote#os0 "ora o ho#e# rico po!ia T e real#ente o 'azia T reparar e# L8zaro, a"ora po!iasuplicar por u# 'aor !as #&os !aquele que seus !e!os lu*entos recusaa# tocar, quan!o io. + pe!i!o pattico, por#, ne"a!o. De 'ato, bra&o o cha#a 'ilho, pois o con'or#e a carne, e se'ir#ara neste parentesco carnal, n&o h8, contu!o, qualquer parentesco espiritual entre eles. Deia

%1 ) 50) Lutero, 11. 117/.

Page 111: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 111/166

le#brar-se que recebera tu!o quanto quisera, to!as as coisas boas !a i!a, enquanto iia sobre aterra. 3erira ao #a#o#, e o #a#o# o reco#pensara con'or#e lhe próprio. "ora a posi&o !eL8zaro e !o ho#e# rico estaa inerti!a0 aquele recebeu con'orto, e este tortura. situa&o eraabsoluta#ente usta. %, #es#o que bra&o tiesse esta!o !isposto a aten!er os ro"os !o pobre#iser8el no in'erno, n&o haia qualquer possibili!a!e para cu#prir seu pe!i!o, isto haer u#a brecha pro'un!a, u# abis#o intranspon$el, entre o lu"ar !os ben!itos e o !os con!ena!os,

soli!a#ente localiza!o, que e*clu$a qualquer possibili!a!e !e co#unica&o. Desta 'or#a, #es#oque aquele que nunca praticara a hu#il!a!e e a"ora suplica hu#il!e#ente, n&o h8 chance, e sua6lti#a esperana se 'oi.

+uin!o oiss e os pro'etas, V. "0) &ntão replicou' ai, eu te imploro ue o mandes =minha casa paterna, "5) porue tenho cinco irmãos2 para ue lhes d: testemunho a !im de nãovirem tamb#m para este lu$ar de tormento. "7) 6espondeu Abraão' &les t:m Mois#s e os pro!etas2ou9am-nos. %<) Mas ele insistiu' (ão, pai Abraão2 se al$u#m dentre os mortos !or ter com eles,arrepender-se-ão. %1) Abraão, por#m, lhes respondeu' He não ouvem a Mois#s e aos pro!etas, tão pouco se dei4arão persuadir, ainda ue ressuscite al$u#m dentre os mortos.  F#a #u!anaestranha ocorrera no ho#e# rico. nterior#ente cui!ara só !e si #es#o e !a "rati'ica&o !e seus próprios !eseos, a"ora, por#, quan!o !e#asia!o tar!e, ele recor!a co#pro#issos e bon!a!esque anterior#ente !eia ter #ostra!o aos seus parentes. + arrepen!i#ento !os con!ena!os no

in'erno po!e ser #il ezes sincero e co#pleto, #as ent&o tar!e !e#aisR + pobre in'eliz enia u#ase"un!a peti&o por sobre a brecha pro'un!a. 7uer que L8zaro sea enia!o !e olta ao #un!o,co#o u# esp$rito !o #un!o !os #ortos, para a!ertir seus cinco ir#&os, para que n&oco#partilhasse# !o seu 'a!o #e!onho. L8 on!e a ' e a con'iana 'ora# e*pulsas, l8 !escrena esupersti&o s&o abun!antes e iosas. 7uan!o a palara !a lei e !o ean"elho !e Deus 'ora#!eclara!os insu'icientes, !an!o-se 'aor ao pseu!o-ilu#inis#o !o sculo inte, l8 o espiritualis#o,tanto o real co#o o que se parece, loua!o co#o u#a solu&o e sala&o. =or isso bra&o lhe !8u# boca!o !e in'or#a&o #uito necess8ria. elha e sa!ia !outrina, a palara escrita !e Deus, anor#a e re"ra 6nica e se"ura !e !outrina e i!a. oiss e os pro'etas estaa# !ispon$eis aosir#&os, sen!o li!os e# to!as as sina"o"as no !ia !e s8ba!o. 7ue os ir#&os procurasse# l8 pelaer!a!e, e na!a #ais seria necess8rio. 3e os ir#&os naqueles !ias, se as pessoas !e nosso te#po,n&o quisere# acatar oiss e os pro'etas, se n&o quisere# se"uir a palara e acatar seus ensinos ea!ert5ncias, be# co#o suas a!#oesta4es e pro#essas, ent&o n&o h8 #ais esperana. palara u#a luz para os ps !e ca!a u# que busca a er!a!e, 3l. 119. 1B@. /ote#os0 + in'erno n&o u#a'ic&o ou u#a i#a"ina&o !oentia, #as o in'erno realR 3eus tor#entos s&o terr$eis0 M u#a cha#aconsu#i!ora, #as que nunca !estrói. M se!e que n&o por ser atenua!a por u#a "otinha !W8"ua. Mter a habili!a!e !e er a 'elici!a!e !os santos no cu, #as n&o ter a #enor possibili!a!e !e al"u#aez tornar-se participante !esta 'elici!a!e. M n&o receber liberta&o ou sala&o !as torturas !oin'erno. <o!a a qualquer esperana se 'oi para se#pre.

Resumo: Jesus conta a par8bola !o a!#inistra!or in'iel e unta 8rias li4es para os!isc$pulos e para os 'ariseus, e relata a história !o ho#e# rico e !o #en!i"o L8zaro.

Page 112: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 112/166

( Ev. Lucas. 3° sub-arquivo)

Capítulo 17

Uma Lição Sobre Ofensas E Sobre Perdão,  Lc. 17. 1-10.

As ofensas, V. 1) Disse Jesus a seus discípulos: É inevi!vel "ue ven#am esc$ndalos masai do #omem pelo "ual eles v%m& '( )el#or fora "ue se l#e pendurasse ao pescoço uma pedra demoin#o, e fosse airado no mar, do "ue fa*er ropeçar a um deses pe"ueninos+  Temos, nesteca!tu"o, um n#mero $e "i%&es que foram $a$as, e $e inci$entes que ocorreram $urante a #"timavia'em $o enor ara *erusa"+m. E"e no tomou o camino mais $ireto, mas ere'rinou, se'un$oas ocasi&es se ofereciam, $e um "a$o ao outro no su" $a a"i"+ia e $a amaria. as uma ve/ osfariseus aviam si$o rerova$os e si"encia$os, e *esus teve a "iber$a$e $e ensinar seus $isc!u"ossem ser interromi$o. f. t. 1. 2,7. imoss!ve", $i/ *esus, no ocorrerem ofensas. Aima'ina%o $o cora%o $o omem + m4 $es$e sua meninice, e to$os os maus ensamentos, que seori'inam no cora%o umano, brotam e se mostram em maus atos, a no ser que se este5a a"erta emto$os os temos ara sub5u'ar to$as as a%&es ecaminosas. as a maioria $as essoas $o mun$o

no se interessa em fa/6-"o. Enquanto no entram em conf"ito com a "ei $o esta$o, vivem e a'em $emo$o raciona" e $o mo$o como $ese5am. E o resu"ta$o + que so co"oca$as as ocasi&es ara otroe%o. o mun$o so feitas continuamente coisas em que os $isc!u"os sinceros $e risto tomamofensa 5usta, visto que $esonram ao enor e re5u$icam 8 i're5a. To$as as b"asf6mias $e"ibera$ase no roositais contra o enor e sua a"avra ertencem a estas ofensas, como tamb+m astrans'ress&es $o se9to man$amento, or meio $e a"avras, $o mo$o $e vestir, $e qua$ros, e or atos e outros eca$os. To$avia, o fato que ofensas so inevit4veis no $escu"a ao ofensor nem "efeca os o"os $iante $o eca$o, mas o enor ronuncia um ai sobre e"e. : fim $e ta" essoa seriamais fe"i/, seria-"e mais vanta5oso, se "e fosse co"oca$o ao esco%o uma e$ra $e moino, um$as $uas equenas e$ras $e moino que eram usa$as nas casas ara triturar o 'ro, e que fosseatira$o ao mar. Este fa$o seria refer!ve" ao outro, e"o qua" o eca$or, que causara ofensa, seriacon$ena$o ao abismo mais rofun$o $o inferno. ;ois a ofensa contra um $estes equeninos $oenor, contra as crian%as e os cristos que $e mo$o sim"es cr6em na Escritura e em suas ver$a$e, ertence 8s trans'ress&es $e rimeira 'ran$e/a. e os fi"os $o mun$o semre estivessem c<nscios$a cu"a e $a con$ena%o que carre'am sobre si mesmos, or meio $os muitos m+to$os quearquitetaram ara fa/er troe%ar os +s $os incautos, rovave"mente seriam mais cui$a$osos $iante$as ocasi&es $e ecar, se5a na forma 'rosseira ou na refina$a, que aresentam $e to$os os "a$os, emteatros, $anceterias, sa"as $e 5o'os, bares, or meio $e fi'uras e ist=rias estimu"antes, e em outrasmi"ares $e formas.

obre o er$o, V. ( -cauelai.vos+ Se eu irmão pecar conra i/ repreende.o/ se ele searrepender, perdoa.l#e+ 0( Se por see ve*es no dia pecar conra i, e see ve*es vier er coni1o,di*endo: Esou arrependido, perdoa.l#e+ 2( Enão disseram os ap3solos ao Sen#or: -umena.nosa f4+ 5( 6espondeu.l#es o Sen#or: Se iverdes f4 como um 1rão de mosarda, direis a esaamoreira: -rranca.e e ransplana.e no mar/ e ela vos obedecer!+  :s fi"os $o mun$o"itera"mente fa/em questo $e escan$a"i/ar, $e ofen$er com $e"ibera$a inten%o e ara ferir e

in$u/ir a ecar. as entre os cristos tamb+m acontece > e com freq?6ncia > que um irmo ofen$eao outro, ma'oa-o or meio $e a"'um eca$o no reme$ita$o ou num momento $e fraque/a.@eviam, or causa $isso, restar aten%o, $eviam semre estar $e vi'ia sobre si mesmos, ara queno se tornem cu"a$os e escan$a"i/em a um irmo. E quan$o um irmo ofen$e, $e qua"quer maneira, ento o cristo que sabe $o eca$o $evia sinceramente a$moest4-"o, t. 1. B1,BB. Lo'oque o irmo, em virtu$e $isso, se arreen$e $e seu eca$o, o cristo $evia er$o4-"o "ena e'raciosamente, mesmo que o mesmo rocesso $eva ser reeti$o sete ve/es num s= $ia. : cora%o$os cristos $evia articiar na nature/a $o cora%o $e risto, ou $o $e @eus em risto, que noconece fim nem "imite. emre que vem a confissoC Estou arreen$i$o, ento $evia ser $a$a, em

Page 113: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 113/166

retorno, a certe/a que o assunto est4 er$oa$o. ver$a$e, que uma ta" me$i$a $e amor ao irmoque erra requer um amor incomum, e, or isso, um vo"ume i'ua"mente 'ran$e $e f+. :s a=sto"osestiveram c<nscios $este fato. e'un$o as circunstDncias $aque"a ora, no se consi$eram 8 a"tura$a tarefa que risto aresentou. ;or isso, $eois $e me$itar um instante sobre a a$moesta%o, e$iram-"e que "es acrescentasse mais f+. Esta ora%o + $iariamente necess4ria a ca$a cristo,quan$o $ese5a que seu amor acomane o asso $as muitas $eman$as que e"e e9i'e. A f+ recisa

crescer na mesma me$i$a $o amor. m cristo buscar4 semre com maior $i"i'6ncia, e mer'u"ar4semre mais nas rofun$e/as $o amor $e @eus em *esus seu a"va$or. To s= $esse mo$o ser4 e"ecaa/ $e raticar o er$o que + e9i'i$o e"o seu $isciu"a$o $e risto com re"a%o a seu irmo. :enor aroveitou a ocasio ara am"iar um $e seus t=icos favoritos, a saber, o $a for%a na f+.aso tivessem f+, to s= $o tamano $um 'ro $e mostar$a, teriam o o$er $e $i/er 8 amoreira ousic<moro 8 sua frente, que se arrancasse como suas ra!/es e se "antasse no mar, e e"a "esobe$eceria sem questionar. otemosC rescer na f+ e no o$er $a f+, recisa ser a ambi%o sincera$e ca$a cristo. :s m+to$os e"os quais o$e ser a"can%a$o crescimento na f+ so a ora%o sinceraao enor, a confian%a reso"uta em suas romessas e uma contem"a%o constante $e sua a"avra.

Em obras nenum m+rito, 7+ 8( 9ual de v3s, endo um servo ocupado na lavoura ou em 1uardar o 1ado, l#e dir! "uando ele volar do campo: 7em ! e p;e.e < mesa= >( E "ue anes nãol#e di1a: Prepara.me a ceia, cin1e.e, e serve.me, en"uano eu como e bebo/ depois comer!s u e

beber!s+ ?( Porvenura er! de a1radecer ao servo por er ese feio o "ue l#e #avia ordenado= @A( -ssim amb4m v3s, depois de #averdes feio "uano vos foi ordenado, di*ei: Somos servos inBeis, por"ue fi*emos apenas o "ue devíamos fa*er+ Visto que a f+, conforme a e9"ana%o $o r=rioenor, se mostra em boas obras, em a%&es $e miseric=r$ia e $e er$o e em outros atosmaravi"osos, que sem f+ so imoss!veis, o$e ter sur'i$o nos cora%&es $os $isc!u"os a i$+ia $eque, em virtu$e $isso, obras eram merit=rias, e que, 8 vista $e @eus, mereciam a"'o. : enor, or+m, e9c"ui este ensamento or meio $uma narrativa arab="ica, isto +, com uma comara%ocomo uma a"ica%o muito forte. F: ob5etivo $e risto no + ensinar em que es!rito @eus "i$acom seus servos, mas antes ensinar em que es!rito n=s $evemos servir a @eus.G e um $ono temum escravo que esteve no camo a "avrar ou a fa/er a tarefa $e astor $o rebano, e quan$o esteescravo vo"ta ara casa ao anoitecer, no "e $ir4C Vai "o'o e 5anta. : $ono continuar4 a e9i'ir os r+stimos $o escravo, e$in$o-"e, rimeiro, a "e rearar o 5antar, e ento cin'ir suas vestes eservir 8 mesa. @eois que o senor $a casa comeu e bebeu, o escravo tamb+m o$er4 5antar. :$ono no ensaria em a'ra$ecer ao escravo e"o traba"o que, $esta forma, rea"i/ou, ois o servir foi consi$era$o como a"'o evi$ente. Tu$o fa/ia arte $o traba"o $o $ia. A fi'ura no + $ura oucarre'a$a $emais, mas foi tira$a $e con$i%&es que, no temo $e risto, eram comuns em to$o oim+rio romano. A se'uir o enor fa/ a a"ica%o, $i/en$o que tamb+m to$os os fi+is, quan$orea"i/aram tu$o quanto "es foi or$ena$o, o que inc"ui to$as as e9i'6ncias que emanam $e to$as assitua%&es que semre confrontam as essoas, quan$o fi/eram to$a sua tarefa (caso isso for  oss!ve"), ain$a assim no tero na$a $e que se envai$ecer, na$a $e que ossam e9i'ir $e @eusa"'o em retorno. Ain$a so servos que no $o "ucro. = fi/eram aqui"o que, se'un$o se eserava$e"es, era sua tarefa. esmo ento no 4 ne"es qua"quer m+rito ou $i'ni$a$e erante @eus.Huan$o @eus, com semb"ante terno, o"a as boas obras $os cristos e as "uva e recomensa, entoisto no + or questo $e m+rito, mas or 'ra%a ura. Tanto maior + nossa obri'a%o $e amor.

Os De* Leprosos, Lc. 17. 11-1.

A urifica%o, 7+ @@( De camin#o para Jerusal4m passava Jesus pelo meio da Samaria eda Calil4ia+ @'( -o enrar numa aldeia, saíram.l#e ao enconro de* leprosos, @( "ue ficaram delon1e e l#e 1riaram, di*endo: Jesus, )esre, compadece.e de n3s& @0( -o v%.los disse.l#es Jesus: de, e mosrai.vos aos sacerdoes+ -coneceu "ue, indo eles, foram purificados+ *esus no via5ou e"a rota mais curta ara *erusa"+m, mas se'uiu or etaas ao "on'o $os "imites entre a a"i"+ia e aamaria, $iri'in$o-se, como a ocasio o favorecia, ora a uma e ora a outra rov!ncia, e encontrou ovoa%&es que ain$a no aviam ouvi$o o evan'e"o $o reino. a ocasio, quan$o estava or 

Page 114: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 114/166

entrar num ovoa$o $esta re'io, $e/ "erosos sa!ram ara encontr4-"o. :bservan$o as severas "eissobre a"'uma contamina%o, no vieram at+ erto $e risto, mas araram a certa $istDncia, contu$oto r=9imos, que sua vo/ rouca o$ia ser ouvi$a. E em un!ssono c"amaram, ara aumentar a for%aarrebata$ora $e sua ora%oC *esus, enor, tem miseric=r$ia $e n=sI Joi uma ora%o $e f+.oneciam *esus or meio $as maravi"osas ist=rias que se contava $e"e. A mensa'em a reseito$e risto oerara f+ em seus cora%&es. : seu ro'o or miseric=r$ia foi uma e9resso $esta f+.

FKsto + testemuna$o e"as a"avras $e"es, quan$o $i/emC Tem miseric=r$ia $e n=sI Aque"e que busca miseric=r$ia, certamente, no a comrar4 ou bar'anar4, mas to s= busca 'ra%a emiseric=r$ia, como quem $e"a + in$i'no, e, mas aroria$amente, merece a"'o inteiramente$iferenteG@) *esus, ven$o-os e estan$o "enamente consciente $e seu ro'o infe"i/, or$enou-"es quese mostrassem aos sacer$otes. Jora or$ena$o na "ei $e ois+s, que essoas tais que suunamestarem cura$as $e sua enfermi$a$e oressora $a "era, ou que rea"mente aviam si$o cura$as,$eviam aresentar-se a um $os sacer$otes a servi%o no santu4rio, ara que sua con$i%o fosseatesta$a. ;ois, caso tivessem si$o cura$os $e sua enfermi$a$e, eram requeri$os a tra/er certossacrif!cios rescritos e "i'a$os 8 sua a"e'a%o, Lv. 13. B 1M. B. *esus no curou os omens $oentesno mesmo instante, orque no queria rovocar, in$evi$amente, a oosi%o $os sacer$otes, vistoque estes tinam o o$er, caso em oosi%o a e"e assim o quisessem, $e $ec"arar que os omensain$a eram "erosos. *esus combinava tato e $iscri%o com bon$a$e e miseric=r$ia. Joi or isso

que aconteceu que os omens ficaram "imos s= $eois que $ei9aram sua resen%a e enquantoestavam no camino ao santu4rio. otemos, que nestas circunstDncias sua i$a foi um ato $e f+. emver o mi"a're, creram que e"e ocorreria. E assim foi.

: samaritano 'rato, 7+ @2( Um dos de*, vendo "ue fora curado, volou, dando 1l3ria a Deus em ala vo*, @5( e prosrou.se com o roso em erra aos p4s de Jesus, a1radecendo.l#e/ e eseera samariano+ @8( Enão Jesus l#e per1unou: ão eram de* os "ue foram curados= Onde esãoos nove= @>( ão #ouve, porvenura, "uem volasse para dar 1l3ria a Deus, senão eseesran1eiro= @?( E disse.l#e: Levana.e, e vai/ a ua f4 e salvou+  @e/ "erosos aviamevi$encia$o f+ $e/ "erosos aviam si$o cura$os. as $e to$o este n#mero to s= um sentiu aobri'a%o $a 'rati$o. omente um, ven$o o 'ran$e mi"a're oera$o em seu caso, sentiu anecessi$a$e $e vo"tar e $ar 'ra%as ao que o curara. Este omem buscou ao enor, que, rovave"mente, continuava no ovoa$o, e a'ra$eceu, 54 e"o camino, em vo/ "enamenterestaura$a, or isso, em a"ta vo/ a @eus.  E quan$o encontrou *esus, caiu sobre seu rosto $iante$e"e, aos +s $e"e, em tota" entre'a, si'nifican$o sua $isosi%o ara ser eternamente um servo $oenor. Enquanto isto, sua boca transbor$ava a"avras $e 'rati$o. Este omem, contu$o, que comsua atitu$e enver'onou seus anti'os comaneiros $e mis+ria, era um samaritano, sen$o ummembro $a ra%a que era $esre/a$a e"os 5u$eus e 'a"i"eus. : inci$ente fe/ rofun$a imresso em*esus. @isse, em amar'a e9c"ama%o, sobre a in'rati$o $os anti'os "erososC o + assim que $e/foram "imosN as, e os nove, on$e estoN o se encontrou essoas reconeci$as, que vo"tassem ara $ar '"=ria a @eus, se no s= este estran'eiro, este omem $e ra%a $iferente, e um quecomumente + $esre/a$o e"os 5u$eusN FEste + o ver$a$eiro cu"to a @eus, a saber, vo"tar ea'ra$ecer a @eus em a"ta vo/. Este + a maior obra no c+u e na terra, e tamb+m a #nica que o$emosmostrar a @eus. ;ois $e outras e"e no necessita, e nem as recebeC o que somente "e a'ra$a + ser ama$o e "ouva$o or n=s.... Ksto, or+m, + terr!ve", que o enor sabe que $e/ foram "imos, o quefoi um fato com o qua" no mais o$iam contar e"e, or+m, no se satisfa/ com isto, mas er'unta

 or e"es e os buscaC :n$e esto os noveN Huo terr!ve" ser4 quan$o, no $evi$o temo, sentiro a er'unta e tero $e reson$er o "u'ar ara on$e foram quan$o no $eram onra a @eusI... To$ostemos 5ura$o no Oatismo se'uir risto e sua $outrina nin'u+m 5urou se'uir ao aa, bisos ec"+ri'os. ;or conse'uinte risto re5eitou tota"mente e roibiu a $outrina $e omensG'). Esta + uma er'unta muito imortante e s+ria ara to$os os cristos. :s $ons $e @eus que $e"e temos recebi$o e"os meios $a 'ra%a em to$a nossa vi$a avu"tam em muito mais $o que numa "ime/a $e "era

@ ( >>( Lutero, @@+ @28?+' ( >?( Lutero, @@+ @5A, @5A?+

Page 115: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 115/166

corora". Temos recebi$o, e recebemos continuamente, $omin'o a=s $omin'o e $ia a=s $ia, asrique/as $o amor e $a 'ra%a imereci$os $e @eus. omos, or+m, muito $i"at=rios quanto 8 'rati$oque "e $evemos em ensamentos, a"avras e atos. : enor ter4 consi$era%o mui terna a nossoreseito e"a $emonstra%o m!nima $e arecia%o, assim como e"e o $emonstrou nesta instDncia.;ois e"e $ese$iu ao samaritano com as a"avrasC Levanta-te, e vai a tua f+ te sarou e te sa"vou.*esus no se refere 4 f+ $os outros, que fora e9tinta em meio 8 nova fe"ici$a$e que aviam

encontra$o. E s= "ouva a f+ $aque"e que ermaneceu fie". Aos que se esquecem $e sua 'enti"e/a, aesses e"e tamb+m esquece. uita essoa 54 ce'ou 8 f+, aren$eu a orar quan$o em af"i%o e aconfiar na a5u$a $e @eus or+m, mais tar$e, a mesma essoa, or vi" in'rati$o, sufocou a tenra "anta $a vi$a esiritua". J+ or a"'um temo, que + se'ui$a or aostasia, resu"ta na er$a $e f+ etamb+m $a miseric=r$ia $e @eus. omente a f+ $ura$oura e a'ra$eci$a rover4 amaro $ura$ouroe sa"var4 $e coro e a"ma a essoa.

Sobre O 6eino De Deus E - 7inda De Friso, Lc. 17. B0-37.

A vin$a $o reino, 7+ 'A( nerro1ado pelos fariseus sobre "uando viria o reino de Deus, Jesus l#es respondeu: ão vem o reino de deus com visível apar%ncia+ '@( em dirão: Ei.lo a"ui&ou: L! es!& por"ue o reino de Deus es! denro de v3s+ ''( - se1uir diri1iu.se aos discípulos:

7ir! o empo em "ue deseareis ver um dos dias do Gil#o do #omem, e não o vereis+ '( E vosdirão: Ei.lo a"ui& Ou: l! es!& ão vades nem os si1ais/ '0( por"ue assim como o rel$mpa1o, fu*ilando, bril#a de uma < oura eHremidade do c4u, assim ser! no seu dia o Gil#o do #omem+ '2( )as impora "ue primeiro ele padeça muias coisas e sea reeiado por esa 1eração+ A atitu$eressenti$a e ma"-umora$a $os fariseus se mostrava com freq?6ncia crescente. Aqui *esus foiabor$a$o com uma er'unta que tina a inten%o $e torn4-"o o a"vo $o ri$!cu"o. : que rovocou a er'unta foi sua cont!nua refer6ncia 8 vin$a $o reino. :s fariseus queriam saber quan$o viria oreino $e @eus. Hueriam saber o temo e sua evi$6ncia vis!ve". ;ois, a i$+ia que tinam sobre oreino $e risto ou $o essias foi a $os mo$ernos mi"enistas, $um reino vis!ve", $uma enti$a$evis!ve", torna$a oss!ve" or meio $uma revo"u%o e "evante o"!ticos ou sociais. *esus, or+m,corri'iu as i$+ias to"as $e"es, $i/en$o-"es que o reino $e @eus no vem com observa%o, ou nummo$o em que ca$a essoa o o$e ver e ava"iar. E"e no o$e ser observa$o com o o"o, ois no +um coro ou reino vu"'ar, f!sico e vis!ve". to"ice querer fi9ar sua osi%o $etermina$a, seus"imites e sua erce%o or meio $o o"ar. ;ois o reino $e @eus est4 $entro, isto +, nos cora%&es$os que cr6em. Aque"e que aceita a miseric=r$ia $o Pei $a 'ra%a + um membro $o reino $a 'ra%a,mas somente e"a f+, que est4 no cora%o e no o$e ser vista or seres umanos. E to$os os sinaise9ternos $a resen%a $o reino e $o seu o$er nos cora%&es $os que cr6em no so infa"!veis, vistoque os mesmos sinais o$em ser fin'i$os e"os que so i=critas. As mentes e os ensamentos $a essoas $eviam ser fi9os neste reino esiritua" e invis!ve". omente aque"e que aqui + um membro$o reino $a 'ra%a ser4 um membro $o reino $a '"=ria a"+m.

 em mesmo os $isc!u"os estavam bem c"aros neste assunto. Ain$a "utavam com i$+iascasuais quanto ao reino $o essias, e or isso o enor "es $4 a"'uns sinais $os m+to$os $oen'ana$or. ;ois, semre foi o costume constante $o enor suortar e confortar as mentes $e seus$isc!u"os. @ias viro, quan$o $ese5ariam e ansiariam or, ao menos, um s= $ia $a reve"a%o $a'"=ria erfeita no c+u, quan$o a e9eri6ncia $um $ia $a ventura vin$oura "es $aria novo vi'or ara

suortar as rova%&es e erse'ui%&es $o mun$o. as a reve"a%o fina" no vir4 at+ o $ia$etermina$o e"o man$a$o $e @eus. Ento aver4 fa"sos rofetas e fa"sos cristos que aontaro e$iroC Eis, aqui est4 ristoI Eis, "4I f. t. BM.B3 c.13.B1. :s que cr6em no se $evem $ei9ar en'anar or uma conversa $essa, ois e"a ser4 uma tenta%o, uma i"uso e uma arma$i"a. ;ois,quanto a risto, seu fina" a$vento ter4 a"'o $a nature/a $o re"Dma'o. um momento e"e bri"ar4,com to$a sua '"=ria e es"en$or, $uma arte $ebai9o $o c+u at+ a outra. E"e ser4 vis!ve" a to$as as essoas $a terra. as, antes $esta consuma%o '"oriosa, aver4 um "on'o temo $e esera evi'i"Dncia $a arte $os que cr6em, sen$o uma rova%o $ura 8 sua aci6ncia. Antes $e tu$o a'ran$e obri'a%o que reousa sobre o enor + sofrer na ai9o rofun$a, ser re5eita$o e"a

Page 116: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 116/166

 resente 'era%o. risto, rimeiro, recisa carre'ar sua cru/, e sua i're5a, os membros $e seu reino,se tornaro articiantes $este sofrimento, antes que raie o 'ran$e $ia $e '"=ria.

A subitanei$a$e $o a$vento $e risto, 7+ '5( -ssim como foi nos dias de o4, ser! amb4mnos dias do Gil#o do #omem: '8( Fomiam, bebiam, casavam e davam.se em casameno, a4 ao diaem "ue o4 enrou na arca, e veio o dilBvio e desruiu a odos+ '>( O mesmo aconeceu nos dias de L3: Fomiam, bebiam, compravam, vendiam, planavam e edificavam/ '?( mas no dia em "ue L!

 saiu de Sodoma, c#oveu do c4u fo1o e enHofre, e desruiu a odos+ A( -ssim ser! no dia em "ue o Gil#o do #omem se manifesar+ A caracter!stica $istintiva $o temo ime$iatamente anterior aoa$vento fina" $e risto, o Ji"o $o omem, ser4 $e $esreocua%o in$iferente. :s $ias $e o+ soum e9em"o. A a$vert6ncia que o ovo $evia arreen$er-se $e seus to"os caminos, fora e9e$i$a e"a boca $este re'a$or $a 5usti%a. @eram, or+m, to ouco acato 8 a$vert6ncia, que continuaramem to$a a maneira $e com"eta entre'a aos $ese5os $a carne, at+ a ora $a cat4strofeC comiam, bebiam, casavam e eram casa$os omens e mu"eres, ou se5a, to$a a 'era%o, no fi/eram caso $equa"quer eseran%a $e re$en%o. E ento, com o reentino avor que, em situa%&es seme"antes,tem caracteri/a$o os 5u!/os $e @eus, veio o $ia em que o+ entrou na arca. Ento ocorreu o $i"#vioe $estruiu a to$os. :s $ias $e L= so outro e9em"o $e e9trema e ce'a in$iferen%a $o ovo. Emo$oma e omorra os abitantes continuaram nos $e"eites $a carne bem como em to$os os seusramos $e ne'=cio, $e traba"o e ocua%oC omiam, bebiam, comravam, ven$iam, "antavam e

constru!am, at+ 8 ora $a cat4strofe que cobriu as ci$a$es, quan$o coveu fo'o e en9ofre $o c+u e$estruiu a to$os. : ovo $os #"timos temos no ter4 aren$i$o a "i%o $ei9a$a e"as anterioresca"ami$a$es. Huan$o o Ji"o $o omem for reve"a$o no #"timo $ia $iante $o o"ar esanta$o eorrori/a$o $e"es, ento e"e os encontrar4 $esreocua$os ara a sua vin$a, to rofun$amentemer'u"a$os na to"ice $os $o temo $e o+ e $e o$oma, como 5amais o esteve qua"quer outra'era%o.

A$vert6ncias finais, 7+ @( a"uele dia "uem esiver no eirado e iver os seus bens emcasa, não desça para ira.los/ e de i1ual modo "uem esiver no campo não vole para r!s+ '(lembrai.vos da mul#er de L3+ ( 9uem "uiser preservar a sua vida, perd%.la.!/ e "uem a perder,de fao a salvar!+ 0( Di1o.vos "ue na"uela noie dois esarão numa cama/ um ser! omado, edeiHado o ouro/ 2( duas mul#eres esarão unas moendo/ uma ser! omada, e deiHada a oura+5( Dois esarão no campo/ um ser! omado e o ouro deiHado+ 8( Enão l#e per1unaram: Onde ser! isso, Sen#or= 6espondeu.l#es: Onde esiver o corpo, aí se aunarão amb4m os abures+ : ensamento que se $estaca nas a$vert6ncias $o enor + este, que, quan$o sua ora ce'ou, ser4$emasia$o tar$e ara se rearar ara a vin$a $o enor, quan$o o 5u!/o irrome sobre o mun$o. Asubitanei$a$e $a irru%o $o $ia $o 5u!/o aanar4 ca$a essoa "4 on$e estiver naque"e momento.m omem estar4 no te"a$o cato $a casa. E"e no ter4 temo, e nem $evia tent4-"o, ara $escer eaanar quaisquer utens!"ios ou osses. m omem o$er4 estar fora no camo. E"e no $eviavo"tar or causa $e qua"quer bem terreno que consi$ere $e va"or. Ta" como, quan$o um e9+rcitoinimi'o fa/ um assa"to reentino e bem-suce$i$o, quan$o to s= a fu'a reciita$a sa"var4 osabitantes, mas aque"e que se vo"ta or causa $e $ineiro, vestes ou outros bens est4 er$i$o,assim a essoa cu5a mente no #"timo $ia ain$a est4 resa 8s coisas $o mun$o, est4 sem qua"quer eseran%a $e sa"va%o. : e9em"o $a mu"er $e L= semre $evia estar c"aro na mente $os quecr6em. e e"a no se tivesse vo"ta$o ara satisfa/er sua curiosi$a$e, o$eria ter sa"vo sua a"ma,como os $emais $e sua fam!"ia. A esita%o $e"a reve"ou-se sua $estrui%o. f. t. 12.BQ c. .

3Q Lc. . BM. Aque"e que na #"tima emer'6ncia no tiver em mente outra coisa $o que s= querer sa"var sua vi$a terrena e os bens que so necess4rios ara a sua reserva%o, esse er$er4 arasemre a ver$a$eira vi$a em e com @eus. as aque"e cu5os $ese5os esto "ivres $e qua"quer amor aeste mun$o e ao este tem ara oferecer, que se ne'ou a si mesmo e a tu$o que esta vi$a "e ossater conce$i$o, este sa"var4 sua vi$a, a vi$a em @eus, sua a"ma e sua eterna sa"va%o. risto, maisuma ve/, e com 'ran$e 6nfase, reete esta a$vert6ncia. aque"a mesma noite $ois omens estaroocuan$o a mesma cama, $os quais um ser4 aceito e o outro re5eita$o. @uas mu"eres estaromoen$o farina no mesmo moino, uma ser4 aceita, mas a outra, re5eita$a. @ois omens estaro nocamo, um ser4 aceito, mas o outro ser4 re5eita$o. E a 6nfase $o enor no ficou sem efeito sobre

Page 117: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 117/166

os $isc!u"os. Em esanto e me$o, ma" conse'uiram sussurrar a er'untaC :n$e, enorN :n$eacontecer4 tu$o istoN E e"e "es $isseC :n$e estiver o coro morto, "4 as 4'uias se a5untaro. :mun$o, em esecia" nos #"timos $ias, ser4, e o5e +, como um ca$4ver em $ecomosi%o, cu5o mauceiro sobe aos c+us. E o 5u"'amento e a $estrui%o sobreviro sobre to$a ra%a umana,esiritua"mente morte e mora"mente o$re. um qua$ro forte, mas bem aroria$o, que reve"a omun$o ta" como e"e rea"mente +, em sua ver$a$eira con$i%o, sem qua"quer caracter!stica re$entora

que o recomen$e 8 vista $e @eus.Resumo: risto $4 uma au"a sobre ofensas e er$o, sara $e/ "erosos, receben$o o

a'ra$ecimento $e um $e"es, e fa/ um $iscurso sobre o reino $e @eus e a vin$a $o 5u!/o.

Capítulo 18

 - 7iBva noporuna,  Lc. 1. 1-.

: 5ui/ in5usto, 7+ @( Disse.l#es Jesus uma par!bola, sobre o dever de orar sempre e nuncaesmorecer+ '( Iavia em cera cidade um ui*, "ue não emia a Deus nem respeiava #omem al1um+( Iavia amb4m na"uela mesma cidade uma viBva, "ue vin#a er com ele, di*endo: Jul1a a min#acausa conra o meu advers!rio+ 0( Ele por al1um empo não a "uis aender/ mas depois disse

consi1o: em "ue eu não emo a Deus, nem respeio a #omem al1um, 2( odavia, como esa viBvame imporuna, ul1arei a sua causa, para não suceder "ue, por fim, ven#a a molesar.me+  Joinatura", que as reve"a%&es $e *esus sobre os #"timos $ias $o mun$o e sobre sua vin$a ara o 5u!/oenceram os $isc!u"os $e consterna%o e areenso. Jicou evi$ente, com estas af"i%&es e$eso"a%&es a virem sobre a terra, que e"es teriam necessi$a$e $e muita aci6ncia e $e erseverantefirme/a, como tamb+m $a constante rote%o $e @eus. ;or isso, uma necessi$a$e $os #"timos $iasser4 ser insistente e erseverante no orar ara aque"es que querem "evar a s+rio as a$vert6ncias $oestre. A ist=ria foi conta$a ara ensinar aos $isc!u"os a necessi$a$e orar semre, $e ser  ersistente e erseverante no orar, aesar $o to$a tenta%o ara a $escren%a, e a $eseito $e to$a$emora $a arte $e @eus. : se're$o $a ora%o vence$ora + nunca cansar, nunca ser venci$o e"afa$i'a. ;ois o ro=sito $a ist=ria no + que @eus no sua resosta 8 ora%o. Este fato + "enamente coneci$o $a e9eri6ncia $e muitos cristos. as, quanto a @eus, a causa, ou se5a, ara/o ou o motivo $a $emora, + inteiramente $iferente $a $o 5ui/. : 5ui/ reresenta @eus s= at+on$e arece que o enor tem cora%o imass!ve", seme"ante a um senor $uro e e9a'era$o,sen$o que no tem qua"quer seme"an%a em outros asectos. Ravia em certa ci$a$e um 5ui/.onforme @t. 12. 1, os 5u$eus $eviam ter 5u!/es na entra$a $e to$os os ort&es $a ci$a$e, quetinam a tarefa $e ouvir e 5u"'ar os casos. @e"es se eserava, que a$ministrassem a 5usti%a semace%o $e essoas, E9. B3. 2, Lv. 1. 1Q t. Q. B1,BB. as o 5ui/, $o qua" se fa"a aqui, notemia a @eus, e no $ava aten%o aos c"amores or 5usti%a. o tina reseito a omem a"'um, e ermanecia in$iferente, at+, 8s quei9as que e9i'iam ime$iato acerto. m omem e9tremamenteinescruu"oso, e que era 'overna$o or um $esu$ora$o e'o!smo. ;ois bem, avia uma vi#va namesma ci$a$e, que fora $efrau$a$a ou que sofrera uma in5usti%a, que, como era natura", trou9e suaquei9a ao encarre'a$o que tina a tarefa $e a$5u$icar esses assuntos. : c"amor $e"a foiC @efen$e-me $o meu a$vers4rio, trata $e me fa/er 5usti%a, rov6 que este ne'=cio se5a 5usto. E"a continuou avo"tar semre $e novo, e quanto mais o temo avan%ava, tanto mais e"a insistia. E"e a'?entou isto or a"'um temo, ois no tina qua"quer inc"ina%o ara se esfor%ar, visto viver unicamente arasua r=ria como$i$a$e. Jina"mente, or+m, on$erou sobre o caso. esmo que em seu cora%ono temia a @eus e em sua mente no tina reseito 4s essoas, ain$a assim, ara o seu r=rioconforto e a/ $e es!rito, tina seu e'o em a"ta consi$era%o. ;or isso, ara se "ivrar $oaborrecimento que e"a "e causava, e ara se ouar $e mais oras $esa'ra$4veis, visto que e"a "etornava miser4ve" o viver, quis fa/er-"e 5usti%a, ara que, ao fina", no au'e $e amar'ura e $a f#ria,

Page 118: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 118/166

 ara usar a "in'ua'em $as "utas nas arenas, e"a no "e co"ocasse os $e$os nos o"os ). eu cora%ono se mu$ara em na$a, mas e"e no queria ser aborreci$o at+ ficar "ouco.

A mora" $a ist=ria, 7+ 5( Enão disse o Sen#or: Fonsiderai no "ue di* ese ui* iní"uo+ 8( ão far! Deus usiça aos seus escol#idos, "ue a ele clamam dia e noie, embora pareça demoradoem defend%.los= >( Di1o.vos "ue depressa l#es far! usiça+ Fonudo, "uando vier o Gil#o do#omem, ac#ar! porvenura f4 na erra= : r=rio enor, aresentan$o a "i%o, $estaca bem o

contrasteC @um "a$o, o 5ui/ $a in5usti%a, cu5as i$+ias sobre 5usti%a no eram s= va'as, mas que noconecia qua"quer 5usti%a, e cu5o car4ter era a r=ria ess6ncia $o e'o!smo. @outro "a$o, o @eus 5usto e amoroso, cu5o a"vo no s= + fa/er 5usti%a, mas mostrar miseric=r$ia em to$as as suas obras.Aque"e, ceio $e t+$io e que su5eitava meramente ara escaar $e mais aborrecimentos. Este,encontran$o seu ra/er em mostrar miseric=r$ia e semre atento 8s s#"icas $os seus. Em ver$a$e,@eus rover4 $efesa aos seus e"eitos, ou se5a, ara os que ne"e confiam e"o o$er $e seus meios $a'ra%a. E"e $ese5a, or+m, que e"es continuem em ora%o, na invoca%o a e"e, $e $ia e $e noite. E"e, or ve/es, o$e $emorar em vir em socorro $os seus santos, o$e a$iar or a"'um temo seusocorro mas, quan$o ce'a sua ora, ento o socorro que e"e roorciona vem $e reente. umres'ate r4i$o e '"orioso o que e"es e9erimentam. A questo, se @eus ouve ora%o, +, or isso,fora $e $#vi$a, enquanto que, no caso $e essoas $o mun$o, a certe/a $e f+ no + to abso"uta.om to$as as tenta%&es $os #"timos $ias que as ro$eiam, ser4 a"'o muito reocuante, quan$o

 ensamos nas essoas, se a f+ em *esus risto, como sen$o o essias $o mun$o, ain$a ser4 aca$anaque"e temo. er4, certamente, a a%o $o o$er e $a miseric=r$ia $e @eus que conserva os seuse"eitos na f+ at+ ao fim.

O Gariseu E O Publicano, Lc. 1. -1M.

: fariseu, 7+ ?( PropKs amb4m esa par!bola a al1uns "ue confiavam em si mesmos por  se considerarem usos, e despre*avam os ouros: @A( Dois #omens subiram ao emplo com o prop3sio de orar: um fariseu e o ouro publicano+ @@( O fariseu, poso em p4, orava de si para simesmo, desa forma: Deus, 1raças e dou por"ue não sou como os demais #omens, roubadores,inusos e adBleros, nem ainda como ese publicano/ @'( euo duas ve*es por semana e dou odí*imo de udo "uano 1an#o+ @urante a #"tima via'em $e *esus, estavam, quase semre, resentesa"'uns reresentantes $os fariseus. rov4ve" que a"'uns $este, novamente, aviam $a$o a"'umaamostra $e sua sona$a sueriori$a$e. :u estavam outros que tinam a maneira farisaica no ensar e a'ir. onfiavam que eram 5ustos em si mesmos. Acre$itavam ce'amente que eram erfeitos.entiam o maior $esre/o aos $emais que, suunam e"es, estavam num n!ve" inferior ao $e"es, ouse5a, abai9o $a consi$era%o $e to$as as essoas $ecentes. Eram os reresentantes $as essoas resumi$as e auto-suficientes, ossuin$o tanto as ten$6ncias farisaicas inerentes, como as quecui$a$osamente aviam aren$i$o. A ar4bo"a $e *esus teve o ro=sito $e abrir os o"os $estac"asse $e"orave"mente ce'a. @ois omens subiram ao tem"o ara orar. :s 5u$eus observavam,como oras $e ora%o, a terceira, a se9ta e nona ora, @n. 2. 10. emre que oss!ve", subiam aotem"o ara esta ora%o esecia", ou, quan$o oravam, se vo"tavam ara o tem"o. :s "u'ares maiseseciais $e ora%o eram as entra$as, ou os =rticos ou o 4tio interior, que eram "u'ares on$eavia ouca ou nenuma $istra%o ou erturba%o. : rimeiro $estes $ois omens era um fariseu,um membro $a seita mais orto$o9a $os 5u$eus. Este esteve $e +. Je/ seu o ob5etivo $e ser to

 roeminente e vis!ve" quanto oss!ve". ;ois sentia sua imortDncia essoa" e tina o $ese5o $etransmitir aos outros a mesma imresso. E"e orava ara si mesmo. Litera"menteC uas a"avraseram mais $e con'ratu"a%o e "ouvor $e si mesmo, $o que uma comunica%o com @eus. Tu$o o que$isse, era convic%o abso"uta $e seu r=rio cora%o. Vai$osamente enumerou suas suostasvirtu$es, a'ra$ecen$o tamb+m a @eus, orque no era como as outras essoas. Este infe"i/ nosoube, na arro'Dncia $e sua vai$a$e, que o$eria fa/er tu$o o que quisesse, Fsim, se suasse san'uee se $ei9asse queimar, que isso, ain$a assim, erante @eus seria uma abomina%o e o maior $e

 ( ?A( obern, M#e eN -rc#eolo1ical Discoveries, @'A+

Page 119: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 119/166

to$os os eca$osG02). : fariseu 5actanciava que no fi/era ma" a nin'u+m. o era e9torqui$or, ouassa"tante que ostensivamente tomava a rorie$a$e $e seu r=9imo. o era essoa in5usta, mas a'ava suas $!vi$as e $ava a ca$a essoa o que "e era $evi$o. o era a$#"tero e 5amais vivera ub"icamente em eca$os $a carne. o estava no mesmo n!ve" $o ub"icano, cu5as muitastrans'ress&es eram roverbiais. E e"e tamb+m tina virtu$es ositivas. :bservava to$as as re'ras $are"i'io, tanto as que @eus or$enara como as imostas e"os ancios. omente um $ia $o ano, o

'ran$e F$ia $a e9ia%oG, fora seara$o or @eus como $ia $e 5e5um ara to$o o ovo. :s fariseus$a es+cie mais "e'a"ista, or+m, aviam 5unta$o 5e5uns vo"unt4rios nas se'un$as e quintas feiras.Este #"timo, orque se $i/ia que ne"e ois+s subira ao onte inai. E o rimeiro, orqueacre$itavam que nesse $ia e"e $escera $o monte. Este fariseu tamb+m era muito correta na oferta$os $!/imos, ou se5a, a $+cima arte $e tu$o que ossu!a, at+ mesmo $a ver$ura mais insi'nificante$a orta, t. B3. B3. : fariseu + um tio $e to$as as essoas resumi$as $e to$os os temos, $eca$a essoa que se a'ra$a a si mesma e que tem ra/er em sim mesma, em seu r=rio ser e a'ir que 5u"'a maravi"osos, que se 5actDncia $iante $e @eus $e sua onesti$a$e civi" e $e sua reuta%oque 5u"'a imo"utas, $e sua bri"ante virtu$e e9terior, e que $esre/a aos outros.

: ub"icano, 7+ @( O publicano, esando em p4, lon1e, não ousava nem ainda levanar osol#os ao c4u, mas baia no peio, di*endo: Deus, s% propício a mim, pecador& @0( Di1o.vos "ueese desceu usificado para sua casa, e não a"uele/ por"ue odo o "ue se eHala, ser! #umil#ado/

mas o "ue se #umil#a, ser! eHalado+ : ub"icano no tina na$a $a arro'Dncia e auto-confian%a $ofariseu. Estava em +, "on'e, rovave"mente na sombra $um i"ar, on$e o$ia assar o quanto mais oss!ve" $esaercebi$o. Est4 vivamente c<nscio $e sua in$i'ni$a$e. em mesmo se atreve er'uer seus o"os em $ire%o $o santu4rio que era o "u'ar santo vis!ve" $a resen%a $e @eus entre seu ovo. = conse'ue, em mor$a/ triste/a, or causa $e seu eca$o, bater no eito. ua rece + umsusiro estremeci$oC @eus, s6 misericor$ioso a mim, eca$orI Aos seus o"os recisa ser menciona$o to s= um eca$or, aque"e um cu5os eca$os e"e en9er'a e este + e"e mesmo. f.1.Tm. 1. 1Q. o conece qua"quer m+rito, qua"quer $i'ni$a$e, $e sua arte. o tem na$a $e quese or'u"ar. = 4 ver'ona, ver'ona inson$4ve" e avassa"a$ora, que e"e sente. To s= su"ica or miseric=r$ia, ou se5a, na$a mais $o que a 'ra%a $e @eus. : ub"icano + um tio $o eca$or  enitente, que conece e reconece seu eca$o, que sente a cu"a no cora%o e na consci6ncia, queconfessa sua cu"a a @eus, mas que tamb+m se vo"ta ao enor, como ao seu @eus misericor$ioso e'racioso, e que aceita e aroria a 'ra%a $e @eus, o er$o que em *esus o a"va$or + certo a to$osos eca$ores. A senten%a $e risto no caso + c"ara e comreensiva. E"e, com 6nfase, $ec"ara queeste omem, a saber, o ub"icano, $esceu 5ustifica$o, ou se5a, er$oa$o, ara sua casa, em ve/ $ooutro, o fariseu. Pecebeu a e9ia%o $e *esus na f+ no essias. Joi 5ustifica$o or 'ra%a, or causa$e risto, e"a f+. Fisso ouvimos $uas senten%as estranas e ecu"iares, tota"mente oostas 8sabe$oria e ima'ina%o $a ra/o umana, terr!ve" aos o"os $e to$o o mun$o, que os 'ran$es santosso con$ena$os como sen$o in5ustos, e os obres eca$ores so aceitos e $ec"ara$os como 5ustos esantosGQ). To$os os 'ran$es santos so, se'un$o a maneira $os fariseus, $e fato e rea"mente,in5ustos. eu cu"to, sua ora%o e "ouvor so na$a, se no s= iocrisia e ostenta%o. o soonestos ara com @eus e as essoas, e, o que + ior, no oram a @eus, na$a e$em a @eus, e na$aquerem $o amor e $a miseric=r$ia $e @eus. ;or isso ermanecem em seus eca$os e so vistos or @eus como in5ustos e assim so trata$os. :s obres eca$ores, $o outro "a$o, que reconecem sua ecaminosi$a$e e na$a $ese5am, a no ser s= miseric=r$ia, estes recebem a miseric=r$ia que

a"me5am. ;ois, ca$a um que se e9a"ta ser4 umi"a$o mas aque"e que se umi"a, ser4 e9a"ta$o.Aque"e que cr6 que + ie$oso e 5usto, que se e9a"ta acima $e qua"quer corru%o e acima $e to$osos eca$ores, esse fecar4 a orta $a miseric=r$ia $iante $e seus r=rios o"os, e trar4 sobre simesmo con$ena%o. Aque"e, or+m, que confessa sua con$i%o como a $e uma criatura er$i$a econ$ena$a, e co"oca sua confian%a e9c"usiva e unicamente na 'ra%a $e @eus, ser4 aceito or @euscomo seu caro fi"o em *esus o a"va$or.

0 ( ?@( Luero, @b, '@A22( ?'( Luero, ciado em Soec#ard, iblisc#e Cesc#ic#e des euen Mesamens, '@+

Page 120: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 120/166

Friso -bençoa Friancin#as, Lc. 1. 1Q-17.

7+ @2( Mra*iam.l#e amb4m as crianças, para "ue as ocasse/ e os discípulos, vendo, osrepreenderam+ @5( Jesus, por4m, c#amando.as para uno de si, ordenou: DeiHai vir a mim os pe"ueninos e não os embaraceis+ @8( Em verdade vos di1o: 9uem não receber o reino de Deus

como uma criança, de maneira al1uma enrar! nele+ : inci$ente, aqui referi$o, aconteceu na"'uma$as a"$eias, rovave"mente na ;er+ia, enquanto *esus esteve em sua #"tima via'em ara *erusa"+m.A bon$a$e $e *esus conquistou os cora%&es $e to$os quantos no estavam toma$os $e reconceitocontra e"e. ;or isso as mes $o vi"are5o trou9eram suas criancinas, seus nen6s, a *esus, ara quee"e imusesse suas mos em b6n%o sobre e"es. o ouve na$a $e suersticioso neste ato. as os$isc!u"os, to "o'o que notaram este roce$imento, rereen$eram severamente as mes or  erturbarem o estre, que, na oinio $e"es, estava ocua$o $emais e emena$o em assuntosmais s+rios e or isso no o$ia ser erturba$o com ninarias. as o onto $e vista $e *esus nestaquesto $iferiu ine'ave"mente $o $e seus $isc!u"os. uma maneira que tra/ia em si um mun$o $erereenso e"a sua interfer6ncia, e"e bra$a ara as mes, e$in$o que se aro9imassem. E"e estevefe"i/ e quis que as criancinas "e fossem tra/i$as. in'u+m $evia, $e mo$o a"'um, interferir nestetra/er e nem ne'ar aos equeninos a ami/a$e e a b6n%o $o a"va$or. @estes + o reino $e @eus.

Esta + a e9i'6ncia ara entrar no reino $e @eus, a saber, que a f+ recisa ser sim"es e sincera,como a $as crian%as. E"as aceitam *esus, seu a"va$or, sem questionar e sem $uvi$ar. E"as o amame se "e ae'am em ra/erosa esponaneidade+ *esus fa/ esta $ec"ara%o, em ma5estosa serie$a$e,$e que nin'u+m o$e entrar no reino, caso no o aceitar como uma o fa/ uma criancina. otemosCVisto que a #nica maneira e"a qua" uma essoa o$e vir a *esus + e"a f+, se'ue que crian%as, comto$a certe/a, o$em crer. Tamb+mC @es$e que o #nico meio $a 'ra%a $o qua" sabemos que o$etransmitir tamb+m aos beb6s a f+ + o $o batismo, se'ue que $evemos or meio $este sacramentotra/er nossas crian%as a *esus, to "o'o que oss!ve". Jina"menteC ;recisamos emenar-nosincessantemente em "evar cativa nossa ra/o sob a obe$i6ncia $e risto na a"avra, ara que nossaf+ se torne sim"es e sincera (ci"$"iSe).

 e1ando Mudo Por Fausa De Friso,  Lc. 1. 12-30.

: "!$er 5ovem rico, 7+ @>( Fero #omem de posição per1unou.l#e: om )esre, "ue farei para #erdar a vida eerna= @?( 6espondeu.l#e Jesus: Por "ue me c#amas bom= in1u4m 4 bom senão um s3, "ue 4 Deus+ 'A( Sabes os mandamenos: ão adulerar!s, não maar!s, não furar!s,não dir!s falso esemun#o, #onra a eu pai e a ua mãe+ '@( 6eplicou ele: Mudo isso en#oobservado desde a min#a uvenude+ ''( Ouvindo.o Jesus, disse.l#e: Uma coisa ainda e fala:vende udo o "ue ens, d!.o aos pobres, e er!s um esouro nos c4us/ depois vem, e se1ue.me+ '( )as, ouvindo ele esas palavras, ficou muio rise, por"ue era ri"uíssimo+ f. t. 1. 12-BB c.10. 17-BB. *esus ain$a estava no "a$o "este $o *or$o, quan$o ocorreu o inci$ente que + narra$oaqui. m rico "!$er 5ovem $e certa sina'o'a "oca" veio a e"e e "e er'untou, com muito reseito eestimaC Oom estre, e"o rea"i/ar $e que er$arei a vi$a eternaN A er'unta $eu a *esus uma $asme"ores oortuni$a$es ara se confessar i'ua" a @eus ;ai. ;ois e"e no $ec"inou $a onra queestava conti$a na a"avra FbomQ+ ;or isso e"e camou a aten%o $o "!$er sobre a a"avra que usara.

*esus no s= era bom no senti$o comum $a a"avra, ou se5a, no senti$o $e ser um omem virtuoso emestre s4bio. E"e + o Oom no senti$o abso"uto. Oasta isto quanto 8 forma em que o 5ovem se$iri'ira a e"e. Huanto 8 sua er'unta, mencionara obras, e e9ressara sua cren%a que a eran%a $avi$a eterna $een$ia $e a"'o que e"e u$esse rea"i/ar. este onto *esus o interromeu. Lembra-o$os man$amentos com que e"e, como cefe $a sina'o'a, certamente, era fami"iar. otemosC *esusno cita os man$amentos na or$em se'ui$a em 'era", mostran$o com isto que no + a or$em $os receitos $e @eus, mas que o imortante + a 'uar$a $os seus conte#$os. as quan$o *esus aviacita$o cinco $os man$amentos, to$os $a se'un$a taboa $a "ei, o "!$er $isse a surreen$enteafirma%oC Teno $es$e a mina 5uventu$e 'uar$a$o tu$o isto, rovan$o com isto que no tina

Page 121: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 121/166

uma i$+ia correta $a comreenso esiritua" $a "ei $e @eus. A comreenso $e suas obri'a%&esmorais era a que era e9ressa em 'era" e"os 5u$eus, a saber, que um mero observar e9terno $a "etra$a "ei era i'ua" ao seu cumrimento. Eram consi$era$os eca$os somente trans'ress&es em atos e,sob certas circunstDncias, em a"avras. Trans'ress&es em $ese5os e ensamentos no eram "eva$asem consi$era%o. : "!$er, evi$entemente, fe/ sua $ec"ara%o em boa f+, e, or isso, *esus o amou,c. 10. B1. Ao 'ran$e m+$ico, ain$a assim, foi necess4rio, nesse caso, cortar fun$o, ara e9or o

temor $a fa"sa santi$a$e. ;or isso *esus "e $isse que ain$a carecia $uma coisa ara ser erfeito e,$esta forma, o$er reivin$icar a eran%a $o c+u. @evia $istribuir aos obres tu$o quanto ossu!a.Ento teria um tesouro 'uar$a$o com se'uran%a no c+u. Ento, tamb+m o$ia ser rea"mente um$isc!u"o $o enor. A observa%o $o enor queria mostrar ao omem quo "on'e ain$a estava $a'uar$a $os man$amentos, no senti$o em que o enor o queria, ou se5a, quo "on'e $o erfeitoamor a @eus e ao r=9imo, e bem assim que seu cora%o ain$a estava com"etamente reso 8scoisas $este mun$o. : conse"o $e *esus atin'e o onto, e encontra sua a"ica%o em ca$a essoa.@evemos amar a @eus sobre to$as as coisas, e quan$o e"e o or$ena, quan$o o sucesso $o reino $e@eus o e9i'e, $evemos estar rontos a sacrificar to$os os bens terrenos e, at+ mesmo, a vi$a. E emto$os os temos $evemos servir ao r=9imo com nosso $ineiro. : teste foi $emais ao 5ovem. ;or causa $as a"avras $e *esus muito se ma'oou e ficou muito triste. Jora toca$o em seu onto maisfraco. ;ois era muito rico. e entre'asse seus bens, ne'aria a si aqui"o que seu cora%o co"ocara

mais a"to $o que o amor e servi%o a *esus. @o mesmo mo$o muitas essoas, que no assa$oouviram a a"avra $e @eus e que foram atra!$as or a"'um asecto $a obra $a i're5a, vo"taram suascostas 8 i're5a e a tu$o o que e"a afirma e oferece, orque seus cora%&es farisaicos foram feri$os or a"'um sermo sobre seus assa-temo ecaminoso favorito. Em to$os os temos + necess4rioque a a"avra $e @eus, a "ei, rasque a m4scara $a resun%o $o rosto $o eca$or, antes que este se ossa tornar, $e fato e $e ver$a$e, um $isc!u"o $e *esus.

A "i%o $o inci$ente, 7+ '0( E Jesus, vendo.o assim rise, disse: 9uão dificilmeneenrarão no reino de deus os "ue %m ri"ue*as& '2( Por"ue 4 mais f!cil passar um camelo pelo fundo de uma a1ul#a, do "ue enrar um rico no reino de Deus+ '5( E os "ue ouviram disseram:Sendo assim, "uem pode ser salvo= '8( )as ele respondeu: os impossíveis dos #omens são possíveis para Deus+ : 5ovem "!$er recebera mais $o que o que bar'anara. Afastou-se $e *esus,sen$o muito $uvi$oso se retornou mais tar$e. *esus $eci$iu ensinar uma "i%o $o inci$ente aos seus$isc!u"os e $emais essoas que estavam or erto. @isse-"es na forma $uma e9c"ama%oC Huo$if!ci", ce'an$o mesmo 8s raias $o imoss!ve", + aos que ossuem bens e que so ricos, entrar noreino $e @eusI f. t. 1. B3-30 c. 10. B3-31. ma essoa que + rica, e"a, $e fato, cama seus os bens que "e foram confia$os, em ve/ $e s= fa/6-"o em @eus que co"ocou ne"a estaresonsabi"i$a$e, e assim + um servo $o mamom e no a"can%a o c+u. A $ificu"$a$e + i"ustra$ae9atamente or um rov+rbio, se'un$o a maneira orienta", que $i/ que + mais f4ci" um came"o assar e"o fun$o $uma a'u"a $o que um rico $esse tio entrar no reino $o c+u. F;ois as essoasricas, via $e re'ra, so to sufoca$as e"o amor e e"o ra/er $as rique/as, que no conse'uem buscar a *esus sim, nem $ese5am v6-"o. To$o seu conso"o est4 centra$o em $ineiro e bens quantomais conse'uem, tanto mais cresce seu $ese5o $e querer ossuir ain$a maisG 5 ) as o que *esus$isse, foi $emais ara a comreenso esiritua" $os $isc!u"os e $os $emais ouvintes. Em esanto e er"e9i$a$e er'untaramC Huem o$e ser sa"voN *esus, or+m, "es $eu a so"u%o $o que $isseraC: que aos omens + imoss!ve", com @eus + oss!ve". Em 'era" + ver$a$e que o o$er oniotente

$e @eus no conece "imites. ver$a$e, em esecia" com a converso, que + e"o o$er 'racioso$e @eus que essoas ecaminosas so converti$as e renova$as, que seus cora%&es so "ibertos $oamor a este mun$o e suas rique/as e vo"ta$os unicamente ao seu servi%o.

A er'unta $e ;e$ro, 7+ '>( E disse Pedro: Eis "ue n3s deiHamos as nossas casas e e se1uimos+ '?( 6espondeu.l#es Jesus: Em verdade vos di1o "ue nin1u4m #! "ue en#a deiHadocasa, ou mul#er, ou irmãos, ou pais, ou fil#os por causa do reino de Deus, A( "ue não receba no presene muias ve*es mais, e no mundo por vir a vida eerna+ :s $isc!u"os $e *esus aviam

5  ( ?( Lutero, @@+'0@2+

Page 122: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 122/166

e9erimenta$o em suas r=rias vi$as a maravi"osa miseric=r$ia $e @eus, que os "evara a no s=esquecer as coisas $este mun$o e que acen$era a f+ em seus cora%&es, mas "es $era o a$iciona" rivi"+'io $e serem $isc!u"os e ami'os $e seu a"va$or. ento que ;e$ro recor$a a *esus o fatoque e"es, ara se'ui-"o, aviam $ei9a$o tu$o ara tr4s. as, mesmo a'ora, aarece que os ensamentos $e ;e$ro ain$a estavam resos 8s coisas $este mun$o, que a i$+ia $um reinomessiDnico temora" ain$a no fora e9tira$o or com"eto. *esus, to$avia, "i$a com e"e com muita

 aci6ncia. @i/ a e"e e a to$os os a=sto"os, em so"ene afirma%o, que no 4 nin'u+m que, ten$o$ei9a$o seu "ar ou mu"er ou irmos ou ais ou fi"os or causa $o reino $e @eus, em retorno noreceber4, como 'raciosa recomensa, muito mais, sem, cem ve/es mais, at+ mesmo no mun$o atua".*4 aqui na terra, isto +, em risto e no reino $a 'ra%a, um cristo encontra "ena comensa%o or to$os os bens $o mun$o que entre'ou e sacrificou. ;ois os arDmetros $o reino $e @eus socom"etamente $iferentes $os $o mun$o, t. 10.30. E, fina"mente, quan$o ce'ou o temo fi9o or @eus, e"e $ar4 aos fi+is a eran%a $a vi$a eterna, no or causa $e quaisquer obras $esacrif!cio, mas como uma recomensa $a 'ra%a. Ento tu$o o que foram obri'a$os a suortar, asacrificar e a ne'ar, cair4 na insi'nificDncia e ser4 esqueci$o no 'o/o $a ben$i%o ce"este.

O Sen#or Ga* a Merceira Predição De Sua PaiHão,  Lc. 1. 31-3M.

7+ @( Momando consi1o os di*e, disse.l#es Jesus: Eis "ue subimos para Jerusal4m e vaicumprir.se ali udo "uano es! escrio por inerm4dio dos profeas, no ocane ao Gil#o do#omem/ '( pois ser! ele enre1ue aos 1enios, escarnecido, ulraado e cuspido/ ( e, depois deo açoiarem, irar.l#e.ão a vida/ mas ao erceiro dia ressusciar!+ 0( Eles, por4m, nadacompreenderam acerca desas coisas/ e o senido desas palavras era.l#es encobero, de sore "uenão percebiam o "ue ele di*ia+ @uas ve/es o enor 54 fa"ara muito e9"icitamente $e sua ai9o r=9ima, mas os $isc!u"os no aviam enten$i$o a refer6ncia. Aqui tomou 8 arte os $o/e e seco"ocou 8 frente $e"es, como seu $efensor e 'uia. A se'uir $eu-"es uma rofecia com"eta sobresua ai9o, enumeran$o os $iversos e mais e9ressivos asectos. Era ara *erusa"+m que se$iri'iam, sen$o que "4 $everia ocorrer a 'ran$e tra'+$ia. To$as as rofecias $o Anti'o Testamentosobre o sofrimento e a morte $o ervo $o enor, o essias, "4 se cumririam. Tu$o aconteceria aoJi"o $o omem assim como escrito nos rofetasC Entre'ue nas mos $os 'entios, escarneci$o e/omba$o, trata$o com $esre/o e cusi$o. as a certa afirma%o $e sua ressurrei%o ao terceiro$ia est4 semre e9ressa no fim. :s $isc!u"os, aesar $o re"ato $eta"a$o, na$a enten$eram $essascoisas, ermanecen$o-"es tu$o um mist+rio, e no ten$o e"es a menor i$+ia $o que tu$o istorea"mente era. eramente se a'"omeraram ao seu re$or, enquanto me$o, assombro e in$efini%otomou conta $e"es, como que $iante $um $esastre iminente. FAesar $e to$a a informa%o que*esus "es $era sobre este assunto terr!ve", e"es ain$a no conse'uiram enten$er com"etamentecomo o$ia ser que o essias fosse sofrer ou como seu estre, cu5o o$er sabiam ser i"imita$o, o$ia ermitir aos 5u$eus e 'entios torturar e abat6-"o, como aqui e"e insinua que o $e fa/erG.

O Iomem Fe1o De Jeric3, Lc. 1. 3Q-M3.

*esus $e a/ar+ assa, 7+ 2( -coneceu "ue, ao aproHimar.se ele de Jeric3, esava umce1o assenado < beira do camin#o, pedindo esmolas+ 5( E, ouvindo o ropel da mulidão "ue

 passava, per1unou o "ue era a"uilo+ 8( -nunciaram.l#e "ue passava Jesus, o a*areno+ >( Enão ele clamou: Jesus, Gil#o de Davi, em compaiHão de mim& ?( E os "ue iam na frene orepreendiam para "ue se calasse/ ele, por4m, cada ve* 1riava mais: Gil#o de Davi, emmiseric3rdia de mim& 0A( f. t. B0. B-3M c. 10. M2-QB. *esus 54 cru/ara o *or$o, assan$o $a;er+ia ara a *u$+ia, e se aro9imava $a ci$a$e $e *eric=. ;erto $esta ci$a$e curou $ois ce'os,como re"ata ateus, um antes $e entrar na ci$a$e, $o qua" Lucas fa"a, e um $eois $e $ei9ar aci$a$e, cu5a cura arcos re"ata. Enquanto *esus, em comania $e 'ran$e mu"ti$o $e essoas,a"+m $e seus $isc!u"os, se aro9imava $a ci$a$e, o ce'o, senta$o erto $o orto $a ci$a$e, or on$e assavam muitas essoas, ouviu o som $os muitos +s que se moviam ao "on'o $a estra$a, e

Page 123: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 123/166

 er'untou quanto 8 ra/o $isso. E recebeu a informa%o $e que era *esus, o rofeta $e a/ar+, que assava. : omem a'iu ime$iatamente como se estivesse e"+trico. Ora$ou em vo/ a"ta, c"aman$o a*esus, que tivesse miseric=r$ia $e"e, e $an$o-"e o nome que era reserva$o ao essias rometi$ocomo t!tu"o $e onra. ;or meio $os re"atos sobre *esus e sua obra, este ce'o obtivera oconecimento correto e sa"va$or $e risto, e sua f+ o"ou e"o estre como sen$o o #nico que,usan$o $e miseric=r$ia, o$ia cur4-"o. :s "!$eres $a mu"ti$o, que e9atamente ento assavam e"o

"u'ar on$e o ce'o estava senta$o, tentaram aca"m4-"o, e9atamente como + feito muitas ve/es emnossos $ias, quan$o a"ei5a$os sem a5u$a so consi$era$os como um inc<mo$o e assim so trata$os.as o omem no foi $esencora5a$o e"as suas rereens&es e9i'in$o que se ca"asse. ontinuou a'ritar or miseric=r$ia a *esus.

A cura, 7+ 0A( Enão parou Jesus e mandou "ue l#o rouHessem+ E, endo ele c#e1ado, per1unou.l#e: 0@( 9ue "ueres "ue eu e faça= 6espondeu ele: Sen#or, "ue eu orne a ver+ 0'( Enão Jesus l#e disse: 6ecupera a ua visa/ a ua f4 e salvou+ 0( mediaamene ornou a ver, e se1uia.o 1lorificando a Deus+ Mamb4m odo o povo, vendo iso, dava louvores a Deus+ *esus, to"o'o que ouviu o 'rito "amentoso, arou na estra$a e or$enou que o ce'o "e fosse tra/i$o. A'ora,sem $ificu"$a$e, aareceram mos vo"unt4rias ara rea"i/ar a tarefa so"icita$a. *esus, ara ouvir aora%o $e f+, e$iu ao omem o que $ese5ava $e"e. : e$i$o $o ce'o foi, ao mesmo temo, umaconfisso, ois camou *esus $e enor, confessan$o que e"e era @eus, assim, como anteriormente,

 54 e9ressara sua f+ $e que *esus era o essias. Temos aqui uma confisso com"eta $e f+ na essoa $e *esus e em seu of!cio. E"e fe/, na for%a $esta f+, sua ora%o $e que fosse $a$a acaaci$a$e $e en9er'ar novamente, que seus o"os fossem abertos. E *esus, na imensi$o $e suacomai9o or to$as as essoas, submersas em qua"quer $ificu"$a$e, fa"ou a a"avra oniotenteque "e abriu os o"osC Pecebe tua viso. ua f+ recebera o favor $a sua cura mi"a'rosa. FTo "o'oque a a"avra ecoaC Pecuera tua viso, e"e o cr6. ;or isso, o que e"e creu, a'ora "e aconteceu. Esta+ a rimeira "i%o que $evemos aren$er $este evan'e"o, a saber, a crer a a"avra $e @eus $e to$ocora%o e $e mo$o confiante e sem vaci"arG8 ). E"e recebeu ime$iatamente sua viso e se'uiu a=s*esus, com a boca transbor$an$o $e "ouvor a @eus. Joi cura$o sem tar$an%a, orque confiou namiseric=r$ia $e @eus e no amor $e risto aos eca$ores e em sua comai9o or aque"es quesofrem $e a"'uma forma a ma"$i%o $o eca$o. E to$o o ovo que viu este mi"a're tamb+m "ouvoua @eus. otemosC m cristo que recebeu qua"quer evi$6ncia $a miseric=r$ia $e @eus, nosincont4veis benef!cios conce$i$os e"os meios $a$os or @eus, rea"mente 5amais tem motivo araquei9ume, mas semre $evia ser encontra$o cantan$o os "ouvores $aque"e que o "ivrou $as trevas$o eca$o e $a imie$a$e ara a sua maravi"osa "u/.

Resumo: *esus conta as ar4bo"as $a vi#va erturba$ora e $o fariseu e $o ub"icano, abec<a as criancinas que "e so tra/i$as, fa"a ao 5ovem "!$er rico sobre o sacrif!cio or causa $e"e, $4aos $isc!u"os a terceira re$i%o $e sua ai9o, e cura o ce'o $e *eric=.

Capítulo 19

O Publicano Ra"ueu, Lc. 1. 1-10.

*esus em *eric=, 7+ @( Enrando em Jeric3, aravessava Jesus a cidade+ '( Eis "ue um#omem, c#amado Ra"ueu, maioral dos publicanos, e rico, ( procurava ver "uem era Jesus, masnão podia, por causa de mulidão, por ser ele de pe"uena esaura+ 0( Enão correndo adiane, subiu a um sicKmoro a fim de v%.lo, por"ue por ali #avia de passar+ *esus, ten$o cura$o o ce'o 5unto ao orto $a ci$a$e, continuou seu camino ara a ci$a$e, ten$o a inten%o $e atravess4-"a, ois estava a camino $e *erusa"+m. as ocorreu uma interru%o. m omem cama$o e"onome $e aqueu (uro), que ocuava o car'o $e cefe ou suervisor $os co"etores "ocais $eimosto, que se tornara rico or meio $as e9tors&es "i'a$as a seu traba"o, foi a causa $a $e"on'a.

8  ( ?0( Lutero, @b, @58>+

Page 124: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 124/166

: of!cio $e ub"icano ou $e cobra$or $e ta9as em *eric= $eve ter si$o esecia"mente "ucrativo,visto que a ci$a$e ser coneci$a e"o seu com+rcio $e b4"samo, e orque *eric= ficava na estra$a rincia" $o com+rcio entre *oe, *erusa"+m e a re'io 8 "este $o *or$o. ;ara aqueu, or isso,fora a"'o f4ci" 5untar fortuna or meio $o uso $e equeno suborno. E"e 54 ouvira muito $e *esus eestava toma$o $e curiosi$a$e a reseito $este rofeta $a a"i"+ia, queren$o ver com quem seasseme"ava e qua" a sua aar6ncia. : omem foi $omina$o or uma curiosi$a$e ansiosa e

 ersistente. Tentou v4rias ve/es, mas or a"'um temo sem sucesso, visto que sua bai9a estatura oime$ia $e o"ar or sobre os ombros $os muitos que se a'"omeravam ao re$or $o enor. Huemsabe, se a not!cia sobre *esus no $esertou e criou ne"e a inciiente anseio e"a miseric=r$ia $oa"va$orN FE"e $ese5ou, $e mo$o forte e $i"i'ente, e $e cora%o $evoto e umi"$e, ver unicamente aristo. Este foi seu santu4rio e seu a"vo manto aos o"os $e @eus, um ornamento que o enor comen$a em esecia" ara seus $isc!u"os, quan$o $i/C e$e inocentes como ombasG>). aqueu,fina"mente, $eu com um "ano que, se'un$o eserava, rea"i/aria seu $ese5o. ertificou-se $a$ire%o em que *esus se $iri'ia, e correu a$iante, 8 frente $a mu"ti$o, e subiu em uma fi'ueirasic<moro, que era uma 4rvore muito comum no va"e $o *or$o. Ja/en$o-o, faci"mente, o$e o"ar  or sobre as cabe%as $o ovo e en9er'ar o enor no momento em que ce'ava ao onto on$eestava.

: cama$o $o enor, 7+ 2( 9uando Jesus c#e1ou <"uele lu1ar, ol#ando para cima, disse.

l#e: Ra"ueu, desce depressa, pois me conv4m ficar #oe em ua casa+ 5( Ele desceu a oda a pressae o recebeu com ale1ria+ 8( Modos os "ue viram iso murmuravam, di*endo "ue ele se #ospedaracom #omem pecador+  Ain$a que to$a esta a%o fosse feita sem a'ita%o mas em si"6ncio earessa$amente, *esus, o enor onisciente, esteve, ain$a assim e e9atamente, ciente $e tu$o o queocorria, $o mesmo mo$o soube, i'ua"mente, o nome $o omem em cu5o cora%o se aviam er'ui$oestes sentimentos. A 'ra%a sa"va$ora $e risto "ane5ou a tu$o com carinosa bon$a$e. e'ou ao"u'ar, fosse em frente ou abai9o $a 4rvore que suortava essa car'a esquisita. :"ou ara cima eviu o ub"icano. amou-o com ami'4ve" franque/a. Ja/en$o-o, ime$iatamente atin'iu o cora%o$o omem com aque"e mesmo o"ar $e reve"a$ora onisci6ncia que, certa ve/, se'uiu atanae" arasua osi%o $ebai9o $a fi'ueira, *o. 1. M, e "eu o anseio $e seu cora%o. : enor e$e ressa aaqueu ara que $es%a, visto "e ser necess4rio fa/er, naque"e mesmo $ia, uma visita 8 sua casa. :estre com este convite comunicou sua tota" comreenso a reseito $a situa%o $o cora%o $oomem que estava na 4rvore, assim que este #"timo esteve ime$iatamente $isosto a, $e cora%o$isosto e aressa$o,obe$ecer ao cama$o. Oem assim o5e, um cora%o que, ta"ve/, este5a ceio$e ensamentos $e $#vi$as, mas que, ain$a assim, $ese5a conecer mais $e erto ao enor, +, or meio $os muitos convites 'raciosos que vem $o evan'e"o que so transmiti$os e"os meios $a'ra%a, convi$a$o a restar $isosta obe$i6ncia ao cama$o ami'o $o a"va$or. aqueu no er$eutemo em $escer $a 4rvore, ois seus cora%o estava toma$o $e e9tasia$a a"e'ria, e, coma'ra$eci$a osita"i$a$e, rececionou o enor em sua casa. : enor, or+m, or esta a%o rovocou mais uma ve/ a 'ran$e mu"ti$o $e essoas, ois era-"es quase inato o =$io que sentiamaos ub"icanos. ;or isso murmuraram, $i/en$oC E"e foi se ose$ar com um omem eca$or. At+o5e a nature/a umana ain$a no mu$ou. E"a ain$a o5e se escan$a"i/a, quan$o a"'uma essoa,cu5as trans'ress&es enormes $o assa$o so coneci$as, se vo"ta ao enor e + recebi$a nacon're'a%o crist.

A romessa $e aqueu e a resosta $o enor,  7+ >( Enremenes, Ra"ueu se levanou e

disse ao Sen#or: Sen#or, resolvo dar aos pobres a meade dos meus bens/ e, se nal1uma coisaen#o defraudado al1u4m, resiuo "uaro ve*es mais+ ?( Enão Jesus l#e disse: Ioe #ouve salvação nesa casa, pois "ue amb4m ese 4 fil#o de -braão+ @A( Por"ue o Gil#o do #omem veiobuscar e salvar o perdido+ @o que o cora%o est4 ceio fa"a a boca. A f+ recisa mostrar-se emobras $e arreen$imento e $e amor. o fora mera curiosi$a$e mas $ese5o or sa"va%o queaviam movi$o aqueu a rocurar o a"va$or, e a'ora a imresso essoa" cria$a e"o enor or meio $e a"avra e ato certificam seu cora%o $esta confian%a. aqueu no se reco"eu a um canto e

> ( ?2( Lutero, @@, '0@>+

Page 125: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 125/166

fe/ romessas in$iferentes, mas fe/ uma confisso #b"ica $e seus eca$os, como tamb+m umafranca afirma%o quanto ao mo$o em que faria as retifica%&es. ;romete ao enor $ar aos obresmeta$e $e seus bens. omo rova $e sua tota" mu$an%a $e cora%o tamb+m fa/ as restitui%&es.:n$e quer que tena $efrau$a$o a"'u+m, se5a como isso tiver ocorri$o, est4 $isosto a restituir o'ano in5usto quatro ve/es. f. E9. BB. 1. E"e fe/ isto $e si mesmo. Este ato mostrou a sinceri$a$e$e sua converso. FE"e fora um ub"icano e um e'o!sta. as a'ora que tem o enor como

=se$e, as coisas mu$aram ne"e. Est4 ronto a $evo"ver tu$o em que $efrau$ou a qua"quer omem. E $4 a meta$e $e seus bens aos obres. ;ois cr6 que to$os so seus i'uais e membros $eristo aque"es mesmos $e que anteriormente, antes que risto veio a e"e, fi/era o oosto, tiran$o$ineiro $os obres, subornan$o e re5u$ican$o semre que o$ia. As coisas mu$aramime$iatamente ne"e. uas rique/as 54 no eram seu tesouro, mas risto o era. sa seus bens sem$iscrimina%o, ou se5a, no ara que e"e tivesse tota" abun$Dncia, mas que tamb+m u$esse $ar a"imento e assist6ncia aos obresG?). ;or isso, *esus, ven$o esta rova $a f+, que e"e sabia abitar no cora%o $e aqueu, roc"ama $e #b"icoC Ro5e, or meio $a ce'a$a e $a inf"u6ncia $e risto,veio sa"va%o a esta casa, na converso $e aqueu. A'ora aqueu era $e fato um fi"o $e Abrao,ou se5a, consi$era$o esiritua"mente, e"e era um fi"o $a romessa. Ain$a que o minist+rio essoa$e *esus se confinava rincia"mente aos fi"os $e Ksrae", e"e veio ara rocurar e sa"var o queestava er$i$o. To$os os obres eca$ores em to$o o vasto mun$o esto inc"u!$os em seu conse"o

'racioso $e re$en%o. Este + o ro=sito $e sua vin$a. ua busca ao er$i$o recisa ser ratica$a,se sa"va%o e res'ate $evem vir a to$os e"es. o 4 e9ce%o.

 - Par!bola Dos Malenos, Lc. 1. 11-B7.

A arti$a $o nobre, 7+ @@( Ouvindo eles esas coisas, Jesus propKs uma par!bola, visoesa pero de Jerusal4m, e l#es parecer "ue o reino de Deus #avia de manifesar.se imediaamene+@'( Enão disse: Fero #omem nobre pariu para uma erra disane, com o fim de omar possa deum reino, e volar+ @( F#amou de* servos seus, confiou.l#es de* minas e disse.l#es: e1ociai a4"ue eu vole+ @0( )as os seus concidadãos o odiavam, e enviaram ap3s ele uma embaiHada,di*endo: ão "ueremos "ue ese reino sobre n3s+ ;rocurar e sa"var o que estava er$i$o, este foi,como *esus rec+m afirmara, o ro=sito $e sua vin$a. omo o essias $o mun$o, no o$ia ter outro ob5etivo, conforme as anti'as rofecias. ;or isso quis e"e imrimir este fato mais uma ve/ emto$os os seus ouvintes, em esecia" aos seus $isc!u"os. Ao mesmo temo quis in$icar-"es o mo$oem que, com e9ati$o, queria que seus servos, seus $isc!u"os e os fi+is $e to$os os temos,continuassem sua obra. Huis imrimir-"es o senso $e resonsabi"i$a$e em sua osi%o comose'ui$ores $o enor. Aro9imava-se $e *erusa"+m. : #"timo $o 'ran$e $rama estava aracome%ar. ;ro9imamente e"e "es seria removi$o como seu 'uia vis!ve". e'ou a ora ara$esistirem $a i$+ia to"a com que estavam obceca$os, como se risto tivesse um re'ime temora" ouum reino terreno. ;ois a"'uns $isc!u"os ain$a tinam a i$+ia $e que e"e seria roc"ama$o rei $e*erusa"+m neste temo. ;or isso quis tornar-"es c"aro, que e"e estava artin$o, e que e"es $eviam,enquanto isto, continuar a obra que e"e come%ara, ara a e$ifica%o $a i're5a or meio $a re'a%o$o evan'e"o. erto omem $e nobre nascimento, or isso, um r!ncie, fe/ uma via'em a um a!s$istante, a fim $e tomar osse $um reino que "e ertencia. Tina o ro=sito e inten%o fi9os $eretornar. Antes $e artir, or+m, camou a si $e/ $os seus servos e $eu-"es $e/ minas (o va"or $e

ca$a uma + em re$or $e PU 0,00). uas instru%&es foram breves e recisasC e'ociai at+ que euvo"te. :s servos $eviam investir "ucrativamente o $ineiro e 'anar tanto quanto oss!ve" ara o atro. Lo'o que o senor artira, os ci$a$os $e sua terra enviaram uma "e'a%o a=s e"e com amensa'emC o queremos que este omem se5a rei sobre n=s. @ec"araram uma situa%o $e revo"ta #b"ica contra e"e.

A resta%o $e contas, 7+ @2( 9uando ele volou, depois de #aver omado posse do reino,mandou c#amar os servos a "uem dera o din#eiro, a fim de saber "ue ne13cio cada um eria

? ( ?5( Lutero, @@, '0'+

Page 126: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 126/166

conse1uido+ @5( Fompareceu o primeiro e disse: Sen#or, a ua mina rendeu de*+ @8( 6espondeu.l#e o sen#or: )uio bem, servo bom, por"ue fose fiel no pouco, er!s auoridade sobre de*cidades+ @>( 7eio o se1undo, di*endo: Sen#or, a ua mina rendeu cinco+ @?( - ese disse: Mer!sauoridade sobre cinco cidades+ 'A( 7eio enão ouro, di*endo: Eis a"ui, sen#or, a ua mina, "ueeu 1uardei embrul#ada num lenço+ '@( Pois ive medo de i, "ue 4s #omem ri1oroso/ iras o "uenão pusese e ceifas o "ue não semease+ : r!ncie foi em busca $e seu ob5etivo, aesar $e to$o

=$io e inimi/a$e $e seus s#$itos rebe"$es. o mu$ou seus "anos em um s= onto. o temoin$ica$o vo"tou 8 sua terra. eu rimeiro ato oficia", $eois $e sua vo"ta, foi convocar a si os servosaos quais confiara a rata. Esta era a ativi$a$e mais imortante, e $evia ser reso"vi$a antes quequa"quer outra coisa fosse assumi$a. E"e queria saber os ne'=cios que rea"i/aram e o sucesso quetiveram, visto que o ob5etivo fora testar sua fi$e"i$a$e e sua caaci$a$e. : rimeiro servo "ecomareceu, $an$o um re"ato sin'e"o. @e fato, tivera sucesso, mas e"e o atribui 8 mina $o enorCren$era outros PU 00,00 ao atro. Jora um aumento es"6n$i$o, que mostrou o traba"o $uro efie" $o servo. : enor, or isso, "ouvou o servo como bom, nobre e $evota$o, e o recomensoumuito a"+m $e suas eseran%as e merecimentos, $an$o-"e autori$a$e sobre $e/ ci$a$es. Joi umarecomensa 'raciosa $a fi$e"i$a$e. m se'un$o servo teve sucesso i'ua" e com a mesma mo$+stiare"atou sobre o caso. Tamb+m foi muito "ouva$o e co"oca$o sobre a a$ministra%o $e cincoci$a$es. as com um terceiro servo as coisas, $es$e o come%o, no foram boas. E"e se aro9imou

com um an$ar $issimu"a$o, e com vo/ "amentosa tentou $escu"ar seu fracasso. @evo"veu aque"a#nica e%a $e $ineiro que o senor "e confiara, que e"e avia embru"a$o num "en%o e 'uar$a$ocomo cui$a$o. Ta" como no caso $e qua"quer servo in#ti", suas escusas continam uma acusa%ocontra o senor. Estivera com me$o or causa $a austeri$a$e $o senor, "itera"mente, orque eraum emre'a$or muito e9i'ente. A"+m $isso, tomava coisas que e"e no $eositara e co"ia on$eno semeara. : servo, $es$e o come%o, $eseserara em a'ra$ar ao atro, visto estar com me$o$uma e9i'6ncia $e "ucro e9a'era$a. Esta foi uma acusa%o fraca e in5usta, "ane5a$a unicamente ara encobrir a re'ui%a $o servo. Joi seu $ever servir ao atro com o me"or $e suas abi"i$a$es.

: casti'o, 7+ ''( 6espondeu.l#e: Servo mau, por ua pr3pria boca e condenarei+ Sabias"ue eu sou #omem ri1oroso, "ue iro o "ue não pus e ceifo o "ue não semeei/ '( por "ue não pusese o meu din#eiro no banco= e enão, na min#a vinda, o receberia com uros+ '0( E disse aos"ue o assisiam: Mirai.l#e a mina, e dai.a ao "ue em as de*+ '2( Eles responderam: Sen#or, ele !em de*+ '5( Pois eu vos declaro: - odo o "ue em dar.se.l#e.!/ mas ao "ue não em, o "ue eml#e ser! irado+ '8( 9uano, por4m, a esses meus inimi1os, "ue não "uiseram "ue eu reinasse sobre eles, ra*ei.os a"ui e eHecuai.os na min#a presença+ : servo in#ti" foi con$ena$o or suas r=rias a"avras or meio $e"as foi $ec"ara$o como re'ui%oso e mau. e tivesse ti$o a sinceraconvic%o que o atro era $e fato to ri'oroso e e9ato, a onto $e querer tirar san'ue $e e$ra,$evia ter-se "embra$o $e seu osto e ter a'i$o $e acor$o com suas convic%&es. Teria-"e si$o a"'omuito sim"es tomar o $ineiro que temia investir or sua r=ria resonsabi"i$a$e e o co"oca$o no banco. eu senor "e $i/ com 6nfase que cont+m certo sarcasmo, que e"e, ao vo"tar, o$eria ter toma$o com 5uro o que era seu. Ento o servo o$eria ter conserva$o seus $e$os e sua consci6nciaimacu"a$os. Tamb+m se teria sa"vo $a uni%o que a'ora "e sobreveio. ua moe$a so"it4ria foi$a$a 8que"e que tina $e/. E, quan$o os que estavam resente, rovave"mente a"'uns $os outrosservos, como timi$e/ rotestaram, $i/en$o que o servo 54 recebera o que "e fora $evi$o, o atro"es $isseC A ca$a um que tem ser4 $a$o mas ao que no tem, at+ o que tem, "e ser4 toma$o. a$a

um que tem um "ucro a ostentar, orque a$ministrou fie"mente os ne'=cios que "e foramconfia$os, esse ser4 recomensa$o com mais e maiores coisas $o que recebeu ori'ina"mente. asaque"e que no tem 'ano a mostrar, or causa $e sua r=ria fa"ta, e orque e"e no usou os $ons e bens que "e foram confia$os, ser4 riva$o $e tu$o que tem. as, quanto ao que $i/ reseito aosci$a$os $aque"e a!s, a senten%a $o senor sobre e"es + que $eviam ser uni$os na roor%o $eseu crime e rebe"io. @eviam ser tra/i$os 8 sua resen%a e a"i ser e9ecuta$os, a'an$o assim a ena"i$a$e "ena $e seu crime.

c"aro o si'nifica$o $a ar4bo"a. risto + o r!ncie $e nascimento nobre. esmo quenasci$o ver$a$eiro omem, e"e foi e +, ao mesmo temo, @eus ben$ito ara semre. E"e $ei9ou sua

Page 127: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 127/166

terra, seu ovo, a na%o esco"i$a $e @eus, or meio $e a$ecer, morrer e ressuscitar, J. B. ,Rb. 1. 3,,, ara se assentar 8 mo $ireita $e @eus ;ai to$o-o$eroso, ara, $esta forma, receber conforme sua nature/a umana o o$er e a '"=ria rea" $e seu ;ai. :s ci$a$os $este a!s so os 5u$eus, os fi"os $e Ksrae". @ec"araram-se, ub"icamente, contra o enor. Joram um ovo rebe"$ee obstina$o. o quiseram na$a com o 'overno $o e9a"ta$o risto. E com e"es to$os os infi+is'ritamC o queremos que este omem reine sobre n=s. :s servos $o enor so os fi+is, os

cristos. risto, to s= or ura bon$a$e e 'ra%a, confiou a e"es, no esa%o entre sua ascenso e suavo"ta ao 5u!/o, muitos $ons e bens es"6n$i$os, tanto esirituais como temorais. FAqui sore5eita$os m+ritos umanos. ;ois ouves que os servos tomam o $ineiro $o senor, ara ne'ociar com e"e e $e"e obter "ucroG. E o senor, orque foram fi+is, "es $4 o $ineiro e o "ucro, e, emacr+ssimo, "es $4 or as ci$a$es e tu$o isto or 'ra%a e bon$a$eG @A). : enor $eu aos seuscristos, 8 sua i're5a na terra, acima $e tu$o, seu evan'e"o. @evem ne'ociar com este, com osmeios $a 'ra%a, ou se5a, $evem 'anar a"mas ara o reino $o c+u. E aque"es cristos em que a f+ +forte ara os imu"sionar ara a'irem, esto fe"i/es em servir ao enor com o me"or $e suasabi"i$a$es. ervem em i're5a e esco"a, em v4rias or'ani/a%&es que suortam a semea$ura $oevan'e"o. @oam temo, $ineiro e traba"o, sem ensarem em sacrif!cio, ten$o a"'uns maisabi"i$a$e e outros, menos. ontu$o, 4 a"'uns que "evam o nome $e cristos, mas que na$a sabem$o o$er $o cristianismo, que ne'"i'enciam o traba"o $o enor, que nunca sentem interesse

quan$o so so"icita$os, que semre esto $emasia$o ocua$os com seus r=rios ne'=cios. Tais essoas so servos in#teis, i=critas. Est4 se aro9iman$o o $ia $a resta%o $e contas. Ento oenor recomensar4 os servos fi+is que recebero, muito a"+m $o que aqui"o que fi/eram, com arecomensa $a 'ra%a. E"e "es $ar4 '"=ria e ventura sem fim. as os servos in#teis e re'ui%ososrecebero sua recomensa conforme o mereceram. o tero arte no reino eterno $e risto. Equanto aos inimi'os $ec"ara$os $e risto, os rebe"$es contra seu 'overno $e bon$a$e, o 'ran$e $ia$o 5u!/o trar4 a e"es eterna ver'ona e con$ena%o. ero uni$os, isto +, com os 5u$eus, queinvocaram sobre si e seus fi"os o san'ue $e risto, sero con$ena$os com a morte e a $estrui%oeternas.

 - Enrada De Friso Em Jerusal4m, Lc. 1. 1-M.

*esus comissiona $ois $isc!u"os, 7+ '>( E dio iso, prosse1uia Jesus subindo para Jerusal4m+ '?( Ora, aconeceu "ue, ao aproHimar.se de efa14 e de e$nia, uno ao )one dasOliveiras, enviou dois de seus discípulos, A( di*endo.l#es: de < aldeia froneira e ali, ao enrar,ac#areis preso um umenin#o em "ue amais #omem al1um monou/ solai.o e ra*ei.o+ @( Seal1u4m vos per1unar: Por "ue o solais= 6espondereis assim: Por"ue o Sen#or precisa dele+  f.t. B1.1-11 c. 11.1-11. Lucas co"oca a *esus, no $um mo$o to $estaca$o como o fa/ arcosmas ain$a assim com consi$er4ve" 6nfase, na onta $o equeno 'ruo que subia ara *erusa"+m.E"e era seu er=i, seu "!$er, seu a"a$ino, que enfrentou o eri'o e"a re$en%o $o mun$o. *esus,seus $isc!u"os e outros ere'rinos que estavam com e"es subiram $a "an!cie $e *eric= ara asre'i&es a"tas e montanosas, on$e *erusa"+m se situava sobre uma $as montanas. o s4ba$o *esus ermaneceu em OetDnia, continuan$o a via'em no $ia se'uinte. Tanto OetDnia como Oetfa'+ sesituavam na encosta su$este $o onte $as :"iveiras, sen$o a #"tima $ifici"mente mais $o que um equeno ovoa$o ou uma encru/i"a$a, com certo n#mero $e constru%&es rurais. Huan$o *esus

a"can%ou certo onto erto $e OetDnia on$e a estra$a ia ara Oetfa'+, enviou $ois $e seus$isc!u"os com a or$em $e irem r4i$o a$iante $o corte5o, que caminava mais $eva'ar, ara aa"$eia 8 sua frente, isto +, ao "u'ar a'r!co"a erto $a vi"a. Em ce'an$o "4, encontrariam um 5umentino reso, que nunca fora monta$o ou no ten$o 5amais omem a"'um senta$o ne"e. A este$eviam so"tar e tra/er-"e. aso ouvesse oosi%o or arte $e a"'u+m, fosse o $ono ou a"'um $ostraba"a$ores or erto, quanto ao motivo $e so"tarem o anima", sua resosta $evia ser que oenor tina necessi$a$e $o anima".

@A ( ?8( Lutero, @@+'0A@+

Page 128: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 128/166

*esus ronto ara a entra$a, 7+ '( E indo os "ue foram mandados, ac#aram se1undo l#esdissera Jesus+ ( 9uando eles esavam solando o umenin#o, seus donos l#es disseram: Por "ueo solais= 0( 6esponderam: Por"ue o Sen#or precisa dele+2( Enão o rouHeram e, pondo as suas veses sobre ele, audaram Jesus a monar+ Aqui"o que a onisci6ncia $e *esus vira $e "on'e, os$isc!u"os, $e fato, encontraram quan$o ce'aram ao "u'ar in$ica$o. E quan$o so"tavam o 5umentino $o oste ou $a entra$a $e orta on$e estava amarra$o, os $onos $o anima" $e fato

 e$iram e"a ra/o que os moveu a esta "iber$a$e. Huan$o os $isc!u"os, or+m, reson$eramse'un$o as instru%&es recebi$as $e *esus, $e que o enor recisava $o anima", 54 no foi "evanta$aqua"quer ob5e%o a$iciona". @esta forma trou9eram o 5umentino a *esus e, em "u'ar $e se"a,rai$amente "an%aram sobre e"e seus mantos, ou tra5es sueriores, e sentaram *esus sobre o anima"ain$a in$oma$o. To$o este inci$ente est4 carre'a$o com o que + miracu"oso. Aqui o enor $ei9ouaarecer a"'uns raios $a '"=ria $ivina atrave/ $o v+u $e sua umani$a$e. oube on$e estavam o 5umentino e sua me. Oastou uma s= a"avra sua ara tornar $isostos os $onos a conce$er-"e o otro. Joi sua atitu$e que insirou aos $isc!u"os a a'ir como o fi/eram, co"aboran$o inconscientecom isto ara o cumrimento $o $ito rof+tico. otemosC Assim como os $isc!u"os confiaram nainstru%o $e *esus, mesmo que o cumrir $isso os u$esse envo"ver em rob"emas, assim to$os oscristos $evim estar $isostos a se'uir sem vaci"ar os receitos $e"e, mesmo que esta 'uar$a "es rovoque $ificu"$a$es e erse'ui%&es. me"or estar $o "a$o $o @eus oniotente e to$o-o$eroso,

$o que $o mun$o incaa/.A rece%o 5ubi"osa or arte $o ovo, 7+ 5( ndo eles, esendiam no camin#o as suasveses+ 8( E "uando se aproHimava da descida do )one das Oliveiras, oda a mulidão dosdiscípulos passou, ubilosa, a louvar a Deus em ala vo*, por odos os mila1res "ue in#am viso,>( di*endo: endio 4 o 6ei "ue vem em nome do Sen#or& pa* no c4u e 1l3ria nas maioresaluras& ?( Ora al1uns dos fariseus l#e disseram em meio < mulidão: )esre, repreende os eusdiscípulos+0A( )as ele l#es respondeu: -sse1uro.vos "ue, se eles se calarem, as pr3prias pedras clamarão+Assim como uma bo"a $e neve que come%a a ro"ar no a"to $a montana, em ouco temo, crescenuma o$erosa ava"ance, varren$o tu$o a sua frente, assim o entusiasmo que tomou conta $os$isc!u"os, r4i$o, cresceu num 69tase santo, conta'ian$o tamb+m aos 'ruos $e ere'rinos queiam e"o mesmo camino e a outros que vieram $a ci$a$e ara encontrar a rocisso. onforme*esus continuava sua via'em ara *erusa"+m, e"es tomavam as vestes e9teriores, suas rouasfestivas, e as esa"aram no camino, como ara a rece%o $um rei ou o$eroso imera$or.Huan$o ce'aram ao onto on$e o camino $esce $o a"to $o onte $as :"iveiras, a emo%o $asmu"ti$&es ce'ou ao au'e. : con5unto to$o $os $isc!u"os irromeu em e9u"tante $o9o"o'ia,"ouvan$o a @eus or to$as as coisas maravi"osas que aviam visto. Em a"ta vo/ contaram arte $o'ran$e A"e"uia, ". 11.B2, com as a$i%&es que convinam 8 ocasio. Pen$eram to$a '"=ria ao@eus a"t!ssimo e"a rica manifesta%o $e sua 'ra%a em risto o Pe$entor. antaram seus "ouvores, orque e"a un%o $o essias a inimi/a$e entre @eus e o omem ce'ara ao fim. Ta" como nas'ran$es festas, as mu"ti$&es no contiveram sua a"e'ria, e os $isc!u"os no estiveram so/inos emseu entusiasma$o irromer, mas firam abi"mente coa$5uva$os e"o ovo. : bra$o 5ubi"oso seer'ueu num coro triunfante, at+ que as encostas $as co"inas e os abismos $o Va"e $o e$romressoaram com a triunfante ac"ama%o. E quan$o a"'uns $os ub!quos fariseus come%aram seu usua"murmurar, e$in$o ao enor que rereen$esse e si"enciasse seus $isc!u"os, ficaram $esi"u$i$os.

;ois $isse-"es as r=rias e$ras irromeriam em bra$os se os $isc!u"os fossem ca"a$os. To$a a$emonstra%o foi reara$a or $eus or causa $e seu Ji"o ama$o. : Es!rito $o enor tomou osse $os ere'rinos or breve temo. @eus quis $ar a seu Ji"o evi$6ncia e testemuno $o fatoque o temo se aro9imava em que to$as as "!n'uas tinam $e confessar que *esus + o enor,mesmo antes que "e ser necess4rio assar e"o va"e $e sua ai9o amar'a e ine9rim!ve". ontu$oa obra que e"e estava ara rea"i/ar em *erusa"+m foi 'ran$e e '"oriosa e $i'na $e ser "ouva$a or to$as as criaturas.

: "amento $e risto sobre *erusa"+m, 7+ 0@( 9uando ia c#e1ando, vendo a cidade, c#orou,0'( e di*ia: -#& Se con#eceras por i mesma ainda #oe o "ue 4 devido < pa*& )as iso es! a1ora

Page 129: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 129/166

oculo aos eus ol#os+ 0( Pois sobre i virão dias em "ue os eus inimi1os e cercarão derinc#eiras e, por odos os lados, e aperarão o cerco/ 00( e e arrasarão e aos eus fil#os denrode i/ não deiHarão em i pedra sobre pedra por"ue não recon#ecese a oporunidade da uavisiação+ *esus continuou em seu camino, acomana$o e"os bra$os $e FosanaIG e cantos $e"ouvor, at+ que ce'ou a um onto em frente 8 ci$a$e. A"i, $e reente, irrome em "4'rimas,coran$o em vo/ a"ta, como a"'u+m que est4 em rofun$a an'#stia. otemosC As "4'rimas $e *esus

sobre a ci$a$e corruta $e *erusa"+m so a me"or evi$6ncia que e"e + sincero na re$en%o e"os eca$os $o mun$o inteiro e que e"e $ese5a que to$os se5am sa"vos. e os abitantes $a caita", aomenos, tivessem sabi$o, se ao menos tivessem ti$o a correta comreenso, se no tivessem$e"ibera$amente en$ureci$o seus cora%&esI eu $ia $a 'ra%a irromera sobre e"es em bri"o e "enitu$e e9traor$in4rios, visto que o r=rio Ji"o $e @eus viera ao seu meio e "es trou9e oevan'e"o '"orioso $e sua re$en%o. A'ora, or+m, o $ia $a 'ra%a ce'ava ao fim, e ain$a oenten$imento $aqui"o que "es ertencia 8 sua sa"va%o "es estava ocu"to aos o"os. ;or causa $esua imie$a$e e obstina%o $e cora%o, o temo $a 'ra%a ce'ava r4i$o ao fim, e a sa"va%o quee"es, $e mo$o to to"o, buscavam or obras, esteve-"es to "on'e como semre. as no s= o fato$a incre$u"i$a$e e $ure/a $e seus cora%&es causa ao enor estas tristes "4'rimas, or+m, tamb+m ofato que e"e sabia $a ru!na $a ci$a$e, e via a fina" $estrui%o a ocorrer $iante $os o"os $e suaonisci6ncia. @iante $e seus o"os 4 um qua$ro $e ru!na que se aro9imaC Knimi'os ce'an$o

contra a ci$a$e, como fa"c&es sobre sua resa cavam trinceiras ao re$or $e to$a a caita" "an%amum ane" imenetr4ve" ao seu re$or envo"vem-na or to$os os "a$os, no $ei9an$o uma breca arao escae $errubam a ci$a$e ao co e to$os os seus abitantes com e"a ( arrasam a ci$a$e,$ese$a%am as essoas) no ermitem que uma e$ra ermane%a sobre a outraC e tu$o, orque*erusa"+m e seus abitantes se recusaram reconecer o temo $e sua visita%o, quan$o o enor veio a e"es na rique/a $e sua miseric=r$ia e ofereceu "ena e9ia%o, vi$a e sa"va%o ara to$o o ovo $e Ksrae". Huan$o a"'u+m $esre/a a visita%o $a 'ra%a que "e ocorre no temo, quan$o a a"avra $e @eus + tra/i$a ao seu conecimento, quan$o e"e tem o uso $os meios $a 'ra%a, entovir4 o temo quan$o a ce'ueira esiritua" o inva$ir4, como um casti'o sobre este $esre/o e entovem o 5u!/o. Hue to$as as essoas a que a a"avra $a 'ra%a + roc"ama$a, se "embrassem semre$as "4'rimas amar'as $o enor sobre *erusa"+m, e em temo soubessem as coisas que ertencem 8sua a/I

A urifica%o $o tem"o, 7+ 02( Depois, enrando no emplo, eHpulsou os "ue ali vendiam,05( di*endo.l#es: Es! escrio: - min#a casa ser! casa de oração/ mas v3s a ransformases emcovil de saleadores+ 08( Diariamene Jesus ensinava no emplo/ mas os principais sacerdoes, osescribas e os maiorais do povo procuravam elimin!.lo/ 0>( conudo não ainavam em como fa*%.lo, por"ue odo o povo, ao ouvi.lo, ficava dominado por ele+ Joi na man se'uinte que *esuse9ecutou um "ano que "e ocorrera no $ia anterior, quan$o vira os abusos aos quais o tem"o forare"e'a$o e"as essoas. Visto que teria si$o muito ina$equa$o, em certos casos quase imoss!ve", aca$a israe"ita tra/er $e casa seu anima" $e sacrif!cio ara *erusa"+m, o enor ermitiu que estesque moravam "on'e comassem seus animais e 4ssaros $e sacrif!cio em *erusa"+m. Aconseq?6ncia foi que se $esenvo"veu "o'o um ne'=cio f"orescente, que, assim arece, eracontro"a$o or a"'um $os r=rios "!$eres re"i'iosos, visto no terem si$o tota"mente aversos 8aquisi%o $e $ineiro. Tu$o teria esta$o bem, se tivessem conserva$o seu merca$o um ouco maisabai9o na ci$a$e. as os ven$e$ores ambu"antes se aviam mu$a$o ara a vi/inan%a $o tem"o,

e, fina"mente, em seu r=rio 4tio. L4 se "oca"i/avam os est4bu"os $os bois, os cerca$os $asove"as e cabras, e as 'aio"as $as ombas. L4 tamb+m estavam os cambistas ois era reciso rover troco. Aarentemente no enetrara nas mentes $esses omens e ne'ociantes abne'a$os, ofato que seus m+to$os rofanavam o 4tio. : enor, or+m, fe/ rocesso curto como sua feira, $oseu comrar e ven$er. ome%ou a emurrar ara fora os comra$ores e ven$e$ores, "embran$o-"es, enquanto isso, $as a"avras $o rofeta a reseito $o fato que a casa $e @eus $evia ser consi$era$a uma casa $e ora%o ara to$as as essoas, Ks. Q2.7, como fora $ito na ora%o $e sua$e$ica%o. E"es o aviam torna$o em covi" $e sa"tea$ores, on$e o ovo se sentava ara $isutar sobre re%os e "ucros e9cessivos nos 'anos. o era somente o com+rcio que rofanava a casa $o

Page 130: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 130/166

enor, mas tamb+m o fato que muitos $o ovo vinam sem ver$a$eiro arreen$imento, ensan$oque o$iam comrar sua "iber$a$e $o 5u!/o or meio $e a"'um sacrif!cio. as to$os os sacrif!cios eora%&es que so feitos $e cora%o imenitente, so uma abomina%o $iante $e @eus e uma b"asf6mia $o sant!ssimo nome $e @eus. @e tu$o isto, or+m, o enor + o 5ui/, e, no fim, roferir4a senten%a sobre to$os quantos so cu"a$os $e iocrisia. *esus, $eois $e ter urifica$o $estaforma o temo, $iariamente ensinava nos seus 4tios. :s "!$eres $o ovo, os membros $o sin+$rio,

estavam muito amar'ura$os sobre suas a"avras e atos, e buscavam a"'uma maneira ara o $estruir.Temiam, or+m, cumrir seus "anos assassinos no conse'uiam encontrar uma maneira $e se "earo9imar com uma inten%o c"aramente osti". ;ois to$as as essoas sim"es, naque"es $ias,estavam muito atentas ara o escutar estavam resas a ca$a a"avra, arecen$o que noconse'uiam o suficiente $as a"avras $e sa"va%o. : termo emre'a$o or Lucas $escreve no s= aaten%o mais cui$a$osa mas tamb+m o r=rio e imenso ra/er e a satisfa%o que sentiam or  o$erem sentir o rivi"+'io $e ouvir a *esus. Oem $a mesma forma to$as as essoas $e to$os ostemos $eviam ae'ar-se 8 a"avra $a vi$a eterna, assim como e"a foi reve"a$a no evan'e"o, vistoque e"a testifica $o a"va$or $o mun$o.

Resumo: *esus visita ao ub"icano aqueu em *eric=, conta a ar4bo"a $as minas, entra emtriunfo em *erusa"+m, mas cora orque sabe $a ru!na futura $a ci$a$e, e urifica o tem"o.

Capítulo 20

 - -uoridade De Jesus, Lc. B0.1-.

: $esafio $os "!$eres 5u$eus, 7+ @( -coneceu "ue, num da"ueles dias, esando Jesus aensinar o povo no emplo e a evan1eli*ar, sobrevieram os principais sacerdoes e os escribas, unamene com os anciãos, '( e o er1iram neses ermos: Di*e.nos: Fom "ue auoridade fa*esesas coisas= Ou "uem e deu esa auoridade=  um $aque"es $ias, o #"timo antes $a ma'na ai9o, na quinta-feira $a semana santa, f. B1. B3-B7 c. 11. B7-33. *esus, como era seu costume,estava a ensinar o ovo no tem"o, sen$o o conte#$o $e sua re'a%o resumi$o or Lucas como a re'a%o $o evan'e"o, a boa nova $a sa"va%o. A 'ran$e reocua%o $e *esus, at+ ao fim, foi o bem-estar eterno $as essoas confia$as ao seu minist+rio. E no avia benef!cio maior que e"e "es u$esse $ar, $o que o $a mensa'em $a re$en%o, a $oce e conso"a$ora roc"ama%o $o er$o arato$os os seus eca$os or meio $o seu traba"o $e amor. *esus, or+m, foi interromi$o nestaocua%o e"os "!$eres $os 5u$eus. Vieram a e"e, e se ostaram em oosi%o a e"e. o + tanto asubitanei$a$e $o comarecer, mas a inten%o e ostenta%o $e sua aari%o que + e9ressa e"a a"avra. A ocorr6ncia $enota o car4ter oficia" $o seu comarecer, ois vieram os rinciais $ossacer$otes, $os escribas e $os ancios, to$os sen$o reresentantes autori/a$os $o 'ran$e conse"o$os 5u$eus, ou $o r=rio sin+$rio. Hueriam que *esus "o'o ficasse imressiona$o com aimortDncia $e sua embai9a$a. E9i'iram uma e9"ica%o $o enor, visto que e"e a'ira como umaautori$a$e e o$er to evi$entes que os arreiavam $e irrita%o, tanto no assunto $a urifica%o $otem"o, como tamb+m com seu re'ar no tem"o. Hueriam saber quem fora aque"e que "e $eu estaautori$a$e. @e nenum mo$o foi uma er'unta umi"$e e"a ver$a$e, orque estavam visive"menteirrita$os. Ten$o como evi$6ncia erante si to$os os 'ran$es mi"a'res acontecen$o $iante $e"es ecom o o$er irresist!ve" $a re'a%o $e risto, sem sombra $e $#vi$a, sabiam que sua autori$a$eera $ivina. as aviam en$ureci$o seus cora%&es, e a'ora o $esafiaram, erante to$os, ara, se oss!ve", atin'ir seu rest!'io.

A resosta $e *esus, 7+ ( 6espondeu.l#es: Mamb4m eu vos farei uma per1una/ di*ei.me:0( o aismo de João era dos c4us ou dos #omens= 2( Enão eles arra*oavam enre si: Sedissermos: Do c4u, ele dir!: Por "ue não acrediases nele= 5( )as se dissermos: Dos #omens, o povo odo nos apedrear!/ por"ue es! convico de ser João um profea+ 8( Por fim responderam"ue não sabiam+ >( Enão Jesus l#es replicou: Pois nem eu vos di1o como "ue auoridade façoesas coisas+  *esus reson$eu ao $esafio $os 5u$eus como uma contra-resosta, que tamb+mconteve a resosta que e9i'iam. ;ois sua er'unta envo"via que e"e essoa"mente sabia que o

Page 131: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 131/166

minist+rio $e *oo fora um comissionamento $ivino. E se os 5u$eus u$essem conce$er isto comover$a$e, ento a$mitiriam tamb+m a autori$a$e $e *esus, visto que *oo avia testifica$oe9ressamente a reseito $o rofeta $a a"i"+ia. ;or isso a er'unta $o enor foi um eni'ma aosmembros $o sin+$rio, ois que *esus tornara a resostas $e"es como a con$i%o $e sua r=riaresosta. abiam muito bem, que a esta er'unta, se o batismo $e *oo fora rea"i/a$o or autori$a$e e comissionamento $ivino, s= avia $uas resostas oss!veis, ou se5a, sim ou no, $o

c+u ou $os omens. ;or isso conferiram muito s+rio entre si ara encontrar um sa!$a $o $i"ema,sen$o-"es qua"quer a"ternativa uma $es'ra%a. e $issessemC @o c+u, $esertariam sobre si a 5ustacensura $e risto orque se aviam recusa$o a cr6-"o. @o outro "a$o, se $issessem que *oo noteve comissionamento $ivino, mas que s= atuou or sua r=ria autori$a$e, ento se e9oriam 8f#ria $o ovo, que, com certe/a, os ae$re5aria sem sentir o menor remorso. ;ois a maioria $o ovotina a firme ersuaso que *oo foi um rofeta, e or isso, a"icaria 5usti%a sum4ria a qua"quer ne'a$or b"asfemo $esta ver$a$e. ;or isso estes $outos "!$eres $o ovo recisaram reconecer-sevenci$os em sua ast#cia e que eram incaa/es ara reson$er. A isto *esus "es $eu a informa%o$e que sua resosta tamb+m seria a$ia$a. a ver$a$e, or+m, 54 aviam recebi$o tanto a resostacomo a refuta%o, o que tamb+m sentiram. ;recisaram a$mitir em seu r=rio !ntimoC e o batismoe o minist+rio $e *oo foi $o c+u, ento risto, cu5os mi"a'res e re'a%o o roc"amavam comoa"'u+m maior $o que *oo, teria ain$a maior autori$a$e $o que aque"a com que *oo atuava no

mun$o. otemosC @esta ist=ria aarece quo vi" se recisa reconecer a incre$u"i$a$e, at+ mesmo$o onto $e vista $a mera mora"i$a$e. :s $escrentes no o$em ne'ar o o$er $a ver$a$e,contu$o, ain$a assim se recusam $obrar ante a ver$a$e. ;or isso e"es buscam revenir a $es'ra%a,uti"i/an$o-se $e mentiras, subterf#'ios e escusas. Huan$o um cristo est4 so"i$amente basea$o naver$a$e $as Escrituras, ento nem ser4 necess4rio $e antemo conecer to$os os ar'umentos $osa$vers4rios. ;e"a cita%o sim"es $os fatos $as Escrituras e e"o sereno ermanecer nainfa"ibi"i$a$e $a O!b"ia, e"e conse'uir4 confun$ir os oositores, mesmo que no os conven%a.

A ar4bo"a $os "avra$ores maus, 7+ ?( - se1uir, passou Jesus a proferir ao povo esa par!bola: Fero #omem planou uma vin#a, arrendou.a a lavradores e ausenou.se do país por  pra*o consider!vel+ @A( o devido empo mandou um servo aos lavradores para "ue l#e dessem do fruo da vin#a/ os lavradores, por4m, depois de o espancarem, o despac#aram va*io+ @@( Em visadisso, enviou.l#es ouro servo/ mas eles amb4m a ese espancaram e, depois de o ulraarem, odespac#aram va*io+ @'( )andou ainda um erceiro/ amb4m a ese, depois de o ferirem,eHpulsaram+ Lucas $4 o come%o $esta ar4bo"a $e formas muito breve, omitin$o o re"ato $eta"a$o$a "anta%o $a vina. f. t. B1. 33-M2 c. 1B. 1-1B. *esus contou esta ar4bo"a ao ovo, mas na resen%a $e, ao menos, a"'uns $os "!$eres 5u$eus. o avia $ificu"$a$e ara enten$erem osi'nifica$o $a vina, visto que + encontra$a uma $escri%o seme"ante em Ks. Q. 1-7. : roriet4rio, ten$o feito to$os os rearos, entre'ou sua vina ao encar'o $e a"'uns viticu"tores, e"e essoa"mente, or+m, artiu em "on'a via'em, isto +, estaria ausente or "on'o temo. Enviou, or+m, servos, no temo r=rio que em ca$a ano + o $a co"eita, aos a'ricu"tores, aos quais estes$eviam $ar a arte $o fruto ou $o "ucro que ertencei ao $ono. as os maus vinateiros aviamreso"vi$o, se oss!ve", conse'uir ara si a osse $a vina, e $e fa/er com e"a o que "es a'ra$ava.. Ecumriram sua inten%o $e, a seu mo$o, $esencora5ar ao $ono. E9atamente to re'u"armente comoo atro enviou servos, e"es os cobriram $e in5#rias. Ao rimeiro bateram, "itera"mente, $eram-"euma surra. Ao se'un$o no s= bateram, mas ain$a o trataram $e mo$o muito vi", e9on$o-o 8

ver'ona erante as essoas. Ao terceiro feriram 'ravemente e ento o e9u"saram $a vina. :qua$ro $e ma"$a$e que o enor tra%ou foi to u"tra5ante, que e"e ficou $iante $os o"os $e to$osos ouvintes com 'ran$e vivi$e/ e c"are/a. :s a'ricu"tores em to$os os casos $ese$iram o servo $e bo"sos va/ios.

: au'e $a ist=ria e sua a"ica%o, 7+ @( Enão disse o dono da vin#a: 9ue farei= Enviarei o meu fil#o amado/ alve* o respeiem+ @0( 7endo.o, por4m, os lavradores, arra*oavamenre si, di*endo: Ese 4 o #erdeiro/ maemo.lo, para "ue a #erança ven#a a ser nossa+ @2( E,lançando.o fora da vin#a, o maaram+ 9ue l#es far!, pois, o dono da vin#a= @5( 7ir!, eHerminar!a"ueles lavradores e passar! a vin#a a ouros+ -o ouvirem iso disseram: Mal não aconeça& @8(

Page 132: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 132/166

 )as Jesus, fiando.os, disse: 9ue "uer di*er, pois, o "ue es! escrio: - pedra "ue os consruoresreeiaram, esa veio a ser a principal pedra, an1ular= @>( Modo o "ue cair sobre esa pedra, ficar! em pedaços/ e a"uele sobre "uem ela cair, ficar! redu*ido a p3+ A aci6ncia $o $ono $avina + ressa"ta$a com muita 6nfase. E"e em consi'o mesmo "ane5a sobre a situa%o cria$a,conc"uin$o ao fina" enviar seu r=rio e ama$o fi"o. :s vinateiros, com certe/a, no seriam tofa"tos $e quaisquer qua"i$a$es $e $ec6ncia e $e roce$imento $i'no, a onto $e mostrar $esreseito

e irrever6ncia ao fi"o $o $ono, cu5a autori$a$e s= ficava atr4s $a $o aiC ;ensava que sem $#vi$ae"es o reseitaro. as a bon$a$e no contara com a e9trema ma"$a$e $os maus a'ricu"tores. ;ois,ven$o o fi"o que ce'ava, os arren$at4rios fi/eram ime$iatamente uma consu"ta, que teve comoresu"ta$o que $eterminaram matar o er$eiro e aroriar-se $a osse $a rorie$a$e. E, a'in$o sobeste "ano erverso, e'aram o fi"o, o atiraram ara fora $a vina, e o mataram.

A e9"ica%o $a ar4bo"a $eve ter si$o aos "!$eres 5u$eus ime$iatamente c"ara. : $ono $avina + @eus. A vina, como $i/ Ksa!as em seu canto, + o reino $e @eus, que e"e "antara entre seu ovo, os fi"os $e Ksrae". @eus fi/era Ksrae" seu ovo or meio $o acor$o $o onte inai. ob seucui$a$o aterna", seu ovo no sentira qua"quer fa"ta.@eus "antara a sebe $a "ei ao seu re$or, $era-"es a torre $o reino $e @avi e o vino $a a"avra $e @eus corria em torrentes $e constantesrique/as. as os 'ran$es benef!cios que @eus fi/era cover sobre seu ovo no foram retribu!$os or e"es na mesma me$i$a. :s a'ricu"tores so os membros in$ivi$uais $a con're'a%o 5u$aica, em

esecia" os "!$eres $a na%o. Huan$o @eus "es enviou seus servos, os rofetas, eseran$o $e"es aco"eita, isto +, a obe$i6ncia que "e $eviam, estes servos foram trata$os com $esre/o e com =$iotota". o $esre/a$os, /omba$os, ma"trata$os e, at+, mortos, B.Ps. 12. 13,1M B.r. 32. 1Q,12.Ksa!as, Am=s, iqu+ias, *eremias, acarias, o fi"o $e *eoia$a, e outros foram obri'a$os a sentir o=$io assassino $os 5u$eus, Rb. 11. 32 At. 7. QB. Huan$o to$os os outros meios aviam fa"a$o,@eus enviou seu Ji"o uni'6nito. as a inimi/a$e contra e"e subiu a a"turas, at+ ento, ain$a nosenti$as. Viviam em conse"o contra e"e, a fim $e o matarem. o quiseram que, como rei $a 'ra%ae $a miseric=r$ia, reinasse sobre e"es. :s "!$eres 5u$eus queriam 'overnar o ovo a sua r=riamaneira e'o!sta e ara o seu r=rio 'ano erverso. ;or isso o assassinato $e risto foi o au'e $esua erversi$a$e.

*esus, em ve/ $e conc"uir a ar4bo"a em seu esti"o usua", queren$o $ar 6nfase, fa/ a er'unta $ireta aos ouvintes sobre o que o $ono far4 com os maus viticu"tores. E e"e mesmo se $eua resosta, $i/en$o que e"e viria e $estruiria aque"es a'ricu"tores, e que $aria a vina a outros. Estaresosta foi aoia$a or a"'uns $os resentes, ain$a que os rinciais $os sacer$otes e os escribassentissem que a ar4bo"a fora $ita ara e"es. ;or isso, a"'uns $e"es e9c"amaram em aarente orrorCKsso no acontecer4I Visto que os 5u$eus re5eitaram a risto e seu evan'e"o, o enor cumriu seu 5u!/o sobre e"es, tiran$o-"es a roc"ama%o $o seu amor e $an$o esta roc"ama%o aos 'entios, $osquais muitos aten$eram ao seu cama$o e trou9eram os frutos aroria$os ao reino $e @eus. *esus, or isso, sem se $ei9ar erturbar e"a observa%o escan$a"i/a$a $e"es, fi9ou seus o"os sobre os 5u$eus e "embrou-"es a a"avra $o rofeta, escritas no r=rio a"mo $o ra$ua" que cantavamcom tanta aar6ncia $e sinceri$a$e em suas 'ran$es festas, ". 11. BB. : ovo esco"i$o re5eitou a;e$ra esco"i$a, e or isso foi re5eita$o or @eus. risto + a ;e$ra an'u"ar $e sua i're5a, Ef. B. B0.;e"a f+ em sua e9ia%o 4 sa"va%o tanto ara 5u$eus como ara 'entios. as to$o aque"e quere5eita a sa"va%o e"o seu san'ue, esse recisa assumir as amar'as conseq?6ncias que e"e r=rio, or meio $este ato, tra/ sobre si. um 5u!/o esecia" e ara$o9o que cai sobre os oonentes $o

evan'e"o. o essoas to"as, menta"mente erturba$as e esiritua"mente ce'as, essas que queremser $onas $e suas r=rias cabe%as, usan$o o arra/oa$o $a sabe$oria umana contra a e$ra $aeterna abe$oria $e @eus. Em ve/ $e conse'uirem fa/e, no m!nimo, uma mancina na PocaEterna, v6em-se reca%a$os com as cabe%as amassa$as. ua re5ei%o, or sua ve/, reercute sobree"es, ois a ;e$ra com uma for%a esma'a$ora erfeita cai sobre e"es. E"es, 54 no temo resente,receberam sua senten%a $e con$ena%o. E $escobriro, numa eterni$a$e orr!ve", o que si'nificare5eitar a miseric=r$ia $e @eus. Estas s+rias a"avras $e a$vert6ncia, com muita rorie$a$e, o$em ser evoca$as ara muitas essoas em nossos $ias, que ensam que o mun$o u"traassou aove"o evan'e"o $a sa"va%o e"a re$en%o e"o san'ue $e *esus.

Page 133: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 133/166

Os Fonfusos Gariseus E Saduceus, Lc. B0. 1-M7.

A er'unta $os fariseus, 7+ @?( a"uela mesma #ora os escribas e os principais sacerdoes procuravam lançar.l#e as mãos, pois perceberam "ue em refer%ncia a eles dissera esa par!bola:mas emiam o povo+ 'A( Observando.o, subornaram emiss!rios "ue se fin1iam de usos para

verem se o apan#avam em al1uma palavra, a fim de enre1!.lo < urisdição e < auoridade do 1overnador+ '@( Enão o consularam di*endo: )esre, sabemos "ue falas e ensinas reamene, enão e deiHas levar de respeios #umanos, por4m ensinas o camin#o de Deus se1undo a verdade/''( 4 lício pa1ar ribuo a F4sar, ou não= :s escribas e rinciais $os sacer$otes estavam toamar'ura$os, or causa $a imie$osa franque/a $e *esus, que tentaram e9ercer, naque"e mesmomomento, vio"6ncia contra e"e. as o me$o que tiveram $o ovo os "evou a manter este assunto s=como uma on$era%o. esmo que tivessem evi$ente vonta$e $e $ar curso 8 sua ira contra *esus,visto que aviam comreen$i$o que a ar4bo"a fora roferi$a contra e"es, ain$a 5u"'aram comoconveniente no tomar me$i$as e9tremas. As essoas no temo $e *esus, no ten$o recebi$o umainstru%o a$equa$a na a"avra $e @eus, quanto a isso eram to vo"#veis como o + a maioria $as essoas $e o5e que vivem sem @eus no mun$o e so toca$os $e c4 ara "4 or ca$a vento $e$outrina, no imortan$o o "a$o $e que vem. To$avia, recisaram fa/er a"'o ara $arem va/o aos

seus sentimentos. ;or isso emre'aram vi'ias e os enviaram ara que observassem qua"quer movimento $o enor e qua"quer a"avra que fa"asse. As instru%&es $estes esias eram sim"es.@eviam simu"ar 'ran$e ie$a$e e 5usti%a. om certe/a no era coisa $if!ci" ara estes i=critassantarr&es. Tu$o, com o ob5etivo $e e'ar uma $e suas a"avras, que u$esse ser interreta$acontra e"e. esse caso os "!$eres 5u$eus queriam entre'4-"o ao re'ime e autori$a$e $o 'overna$or romano. : ro'rama $os "!$eres 5u$eus era $ar um s= mas certeiro 'o"e, fa/en$o-se assar or omens que eram sinceramente $ese5osos $e conecer e $e cumrir a ver$a$e. A in'enui$a$e $e"esem to$o este assunto se $emonstra $e"or4ve", quan$o se toma em consi$era%o e onisci6ncia $eristo. E"es, contu$o, tentam ser sinceros, quan$o se insinuam no favor $e risto or meio $e a"avras $e me"oso 'a"anteio. o tr6s os ontos que "e co"ocam, ara que no recone%a seuver$a$eiro interior ocu"to sob esta m4scara. Lison5eiam-no $e que um 5u!/o muito sa$io, oissemre $isse o certo na ocasio certa "ouvam sua imarcia"i$a$e, que no "e fa/ia $iferen%a aquem a senten%a acertasse, ara que a ver$a$e reva"ecesse $eram-"e a $evi$a $efer6ncia 8 suasinceri$a$e, $e que e"e semre $i/ia e9atamente o que ensava. as bocas $e"es tu$o isto foi a maisvi" e abomin4ve" ba5u"a%o. as o que tornou o assunto rea"mente cocante, foi o fato que ca$a a"avra que roferiram, era, no senti$o "eno $a a"avra, ver$a$e. e, ao menos, tivessem ce'a$ocom sinceri$a$e em seus cora%&es, e $e mentes francas, ento o enor teria si$o muito fe"i/ em'uiar seus assos no camino correto ara a sa"va%o $e suas a"mas. A er'unta $e"es, em suanature/a, era uma a"ternativa, se era correto, isto +, a coisa aroria$a e =bvia, a'ar tributo ou oimosto imeria" ao imera$or romano, ou no. :s fariseus eseravam "evar a me"or, nointeressan$o, se a resosta $e *esus fosse afirmativa ou ne'ativa. ;ois, se e"e se $ec"arasse, na resen%a $e a$vers4rios to coneci$os ao 'overno romano, contra o a'amento $e imosto, ento o$eriam acus4-"o ante o 'overna$or. as, caso se $ec"arasse em favor $o a'amento $e imostos,ento e"es teriam rovas $a susei%o contra e"e, $e que no era o ver$a$eiro ami'o $o ovo, masum c#m"ice $a tirania romana.

A resosta $e *esus, 7+ '( )as Jesus, percebendo.l#es o ardil, respondeu: '0( )osrai.me um den!rio+ De "uem 4 a efí1ie e a inscrição= Pronamene disseram: De F4sar+ Enão l#esrecomendou Jesus: '2( Daí, pois, a F4sar o "ue 4 de F4sar, e a Deus o "ue 4 de Deus+ '5( ão puderam apan#!.lo em palavra al1uma diane do povo/ e, admirados da sua resposa, calaram.se+*esus, o onisciente Ji"o $e @eus, rearou em sua mana, em seu $issimu"a$o ar$i", mesmo antesque fi/essem seu e$i$o. o "e fa"ta a franque/a, que rec+m aviam "ouva$o, ao "es $i/er o que$e"es ensava. Ronestamente "es $isse que conecia seus ensamentos ao rocurar tent4-"o. ;or isso "es e$iu um $en4rio, a moe$a como que, via $e re'ra, era a'o o imosto imeria" (va"en$ouns PU 0,Q0 ). Ento e$iu or informa%o quanto 8 ima'em e a inscri%o cuna$os na moe$a.

Page 134: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 134/166

 otemosC Em ve/ $e "es e9or ime$iatamente o que "es $isse $eois, fe/ com e"es "efornecessem a informa%o, confun$in$o-os e conquistan$o o ovo. Visto que a moe$a tra/ia afi'ura $o imera$or, isto era rova irrefut4ve" $e que o imera$or era quem 'overnava a na%o, ois as moe$as $um a!s estrano no so moe$a "e'a" no torro nata". ;or isso, nas circunstDnciasavi$as, a conc"uso $e *esus areceu a #nica correta, isto +, $ar as coisas $e +sar a +sar e ascoisas $e @eus a @eus. isto o que @eus or$ena. : ovo $e @eus, os cristos, acima $e tu$o, $4

semre a @eus a $evi$a onra e obe$i6ncia. E"es, em assuntos que ertencem a @eus, a a"avra $e@eus, o cu"to cristo, a f+ e a consci6ncia so submissos s= a @eus, e re5eitam qua"quer interfer6ncia $e omens. as em coisas temorais, isto +, em assuntos que s= $i/em reseito a estemun$o, como se5a, $ineiro, bens e vi$a, os cristos so obe$ientes ao 'overno $o a!s em quemoram. : Esta$o no $eve interferir nos assuntos $a i're5a, e a i're5a no se $eve meter nosne'=cios e obri'a%&es $o Esta$o. Esta resosta $e *esus, enquanto satisfe/ ao ovo, confun$iucom"etamente aos que inquiriam. o encontraram qua"quer onto em que se u$essem a'arrar, eatacar ao enor. Ao mesmo temo, que no conse'uiam rerimir certo ressentimento, foramobri'a$os a, sob re"utDncia, conce$er a$mira%o $iante $a c"ara $istin%o feita e"o enor. E foiassim que se ca"a$os se retiraram.

A er'unta $os sa$uceus, 7+ '8( F#e1ando al1uns dos saduceus, #omens "ue di*em não#aver ressurreição, '>( per1unaram.l#e: )esre, )ois4s nos deiHou escrio "ue, se morrer o

irmão de al1u4m, sendo casado, e conudo não deiHar fil#os, seu irmão case com a viBva e susciedescend%ncia ao falecido+ '?( Ora, #avia see irmãos: o primeiro casou e morreu sem fil#os/ A( o se1undo e o erceiro amb4m desposaram a viBva, @( i1ualmene os see não iveram fil#os, emorreram+ '( Por fim morreu amb4m a mul#er+ ( Esa mul#er, pois, no dia da ressurreição, de"ual deles ser! esposa= por"ue os see a desposaram+ f. t. BB. B3-33 c. 1B. 1-B7. Ten$o os rinciais $os sacer$otes e escribas fa"a$o ver'onosamente em seu ataque, os sa$uceuseseraram ter sorte me"or com uma er'unta caciosa que aviam "ane5a$o, com base numaist=ria rea" ou inventa$a ara a ocasio. A caracter!stica rincia" $os sa$uceus + referi$a e"oevan'e"ista, a saber, que ne'avam a ressurrei%o. Tamb+m ne'avam a e9ist6ncia $e an5os e serecusavam a aceitar a "ena autori$a$e $os "ivros $o Anti'o Testamento, e9ceto os cinco "ivros $eois+s. ua er'unta, enquanto feria a $outrina $a ressurrei%o $os mortos que *esus re'ava,tina como aarente reocua%o o assim cama$o casamento $o "iterato, @t. BQ. Q-10.A re'ra feita or ois+s e9i'ia que um omem casasse a vi#va $o irmo no caso que no ouvesse $escen$enteomem e os irmos morassem na mesma rorie$a$e aterna. ;ois bem, o caso aresenta$o e"ossa$uceus $i/ia reseito a sete irmos que, conforme esta re'ra, em sucesso aviam casa$o amesma mu"er, ten$o to$os morri$o sem $ei9ar $escen$ente. @eois $e to$os tamb+m a mu"er morreu. A er'unta $os sa$uceus, 5u"'a$a or e"es muito astuta, foi, neste caso, sobre os $ireitos $oesoso $eois $a ressurrei%o. :s casamentos sucessivos aviam si$o $escritos a ro=sito to itorescamente, ara que "o'o aarecesse a imensa $ificu"$a$e e o absur$o $o caso. e, ois e9istir a"'o como uma ressurrei%o $os mortos, que, como e"es $e mo$o sarc4stico in$u/iam, no o$iaaver, como o$er4 ser reso"vi$a esta $ificu"$a$eN e"a cate'oricamente inso"#ve"N :s oonentes$a ressurrei%o, como a Escritura a tra/, tentam com ar'umentos seme"antes que or+m carecem$a c"are/a $esta ist=ria, ri$icu"ari/ar a eseran%a $os cristos. R4 contu$o uma "i%o imortante naist=ria, quan$o vista como risto a abor$a.

A resosta $o enor, 7+ 0( Enão l#es acrescenou Jesus: Os fil#os dese mundo casam.

 se e dão.se em casameno/ 2( mas os "ue são #avidos por di1nos de alcançar a era vindoura e aressurreição denre os moros, não casam nem se dão em casameno+ 5( Pois não podem maismorrer, por"ue são i1uais aos anos, e são fil#os de Deus, sendo fil#os da ressurreição+8( E "ueos moros #ão de ressusciar, )ois4s o indicou no rec#o referene < sarça, "uando c#ama aoSen#or o Deus de -braão, o Deus de sa"ue e o Deus de Jac3+ >( Ora, Deus não 4 Deus demoros, e, sim, de vivos/ por"ue para ele odos vivem+  *esus, antes $e tu$o, corri'e uma i$+iacom"etamente fa"sa que a er'unta $os sa$uceus "es arecia ser $e eso ou que os $istin'uia $ascren%as $os outros. Enquanto as essoas esto no atua" mun$o f!sico, esto su5eitas 8s "eis $a roa'a%o $a ra%a umana, e esto sob a b6n%o que @eus $eu aos nossos rimeiros ais, n. 1.

Page 135: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 135/166

B7,B. E a necessi$a$e $e casar + enfati/a$a e"a ecaminosi$a$e $a nature/a umana, 1.o. 7.B.  or este motivo que as essoas casam e se $o em casamento. as aque"es que no 5u!/o $e @eussero consi$era$os $i'nos $a vi$a futura, isto +, aque"es que sero recebi$os na '"=ria $o c+u, e queobtero a rea" ressurrei%o que + a ara a vi$a, estes no mais estaro su5eitos a estas con$i%&es.;ois naque"a vi$a sero imortais e no mais $een$ero $e roa'a%o e mu"ti"ica%o. o aver4casamento no c+u, ois "4 to$as as essoas sero seme"antes aos an5os, isto +, no tero se9o. o

fi"os $e @eus, visto serem fi"os $a ressurrei%o, ou se5a, visto que se tornaram articiantes $aressurrei%o. Ento to$as as coisas anti'as que ertenciam 8 vi$a na carne estaro no assa$o etu$o ser4 novo. :s cristos tero rea"mente seus r=rios e ver$a$eiros coros, mas transfun$i$oscom a e9ist6ncia esiritua" e ce"este. Este + um $os ar'umentos. : se'un$o $i/ reseito 8 rova rea"$a Escritura sobre a ressurrei%o. *esus, muito sabiamente, s= se refere ao ;entateuco, isto +, aoscinco "ivros $e ois+s, esco"en$o seu te9to $e rova $um $estes "ivros, a fim $e enqua$rar-se nai$+ia $os sa$uceus. ois+s, muito c"aramente, in$ica na ist=ria $a sar%a ar$ente que os mortosrea"mente se "evantam novamente, E9. 3.2. ;ois aque"e te9to cama @eus o enor $e Abrao, e $eKsaque e $e *ac=. a cren%a ou"ar os atriarcas o$iam ser consi$era$os mortos, mas no o o$iam estar, visto que @eus + cama$o seu enor. E e"e no + o @eus $os mortos, mas $os vivos,visto que ara e"e to$os vivem. ;ara e"e os mortos esto vivos, e + assim que e"e os consi$era. Asa"mas $e to$os os 5ustos $e to$os os temos esto vivas e esto na resen%a $e @eus em eterna

 ben$i%o. Ksto + ver$a$e ara to$os os cristos $e to$os os temos. E esta viso e e9osi%o $e@eus + infa"!ve". Temos, or isso, a certe/a que @eus er'uer4 $o t#mu"o a to$os os que so seus,tamb+m conforme o coro, ara uma vi$a nova, ben$ita e eterna.

A r+"ica $e *esus, 7+ ?( Enão disseram al1uns dos escribas: )esre, respondese bem+0A( Dali por diane não ousaram mais inerro1!.lo+ 0@( )as Jesus l#es per1unou: Fomo podemdi*er "ue o Friso 4 fil#o de Davi= 0'( 7iso como o pr3prio Davi afirma no livro dos Salmos: Disse o Sen#or ao meu Sen#or: -ssena.e < min#a direia, 0( a4 "ue eu pon#a os eus inimi1os por esrado dos eus p4s+ 00( -ssim, pois, Davi l#e c#ama Sen#or, e como pode ser ele seu fil#o= Aresosta $e *esus fora to convincente, que, at+, a"'uns $os escribas recisaram a$mitir que e"efa"ara o que era correto. : enor, ten$o venci$o a to$os os inimi'os que 54 no mais se atreverama er'untar-"e qua"quer coisa, $a sua arte assumiu a ofensiva. A er'unta que "es fa/ + uma $as'ran$es er'untas $e to$os os temos. ua resosta tornou-se uma e$ra $e toque ara $istin'uir os cristos $os $escrentes. omo o$em as essoas $i/er que risto + o fi"o $e @aviN Hue ensaisv=s $e ristoN $e quem + fi"oN omo concor$a o fato que e"e + cama$o fi"o $e @avicom o fato que o r=rio @avi, no ". 110.1, o cama seu enorN ;or isso, mesmo que risto +ver$a$eiramente o fi"o $e @avi, o $escen$ente $e @avi se'un$o a carne, e"e, ain$a assim, + aomesmo temo um enor, enor $e @avi, o Ji"o $e @eus. as, visto que *esus 54 $es$e ocome%o reivin$icara ara si a fi"ia%o $ivina, a er'unta $e risto + a er'unta irreson$!ve" $eto$as as eras ara to$os aque"es que no cr6em nas Escrituras ou que querem mo$ificar a O!b"ia ara que se5a conforme suas, assim cama$as, i$+ias mo$ernas. as ara ca$a um que cr6 ca$a a"avra $o anti'o evan'e"o, + e"e o ver$a$eiro @eus, nasci$o $o ;ai $es$e a eterni$a$e, e tamb+mver$a$eiro omem, nasci$o $a vir'em aria.

ma a$vert6ncia contra os escribas, 7+ 02( Ouvindo.o odo o povo, recomendou Jesus a seus discípulos: 05( Cuardai.vos dos escribas, "ue 1osam de andar com veses alares, e muioapreciam as saudaç;es nas praças, as primeiras cadeiras nas sina1o1as e os primeiros lu1ares

nos ban"uees/ 08( os "uais devoram as casas das viBvas e, para o usificar, fa*em lon1asoraç;es/ eses sofrerão uí*o muio mais severo+ *esus fe/ ecoar esta a$vert6ncia contra os escribas,$iante $os ouvi$os $e to$o o ovo, ois to$os $eviam saber a ver$a$e $os fatos. :s escribas $entreos fariseus eram os mais eri'osos $e to$os e"es, ois eram os rofessores $a "ei e $eviam ser ose9em"os ara to$o o ovo, tanto na $outrina como no viver. as, em ve/ $isso, eram os erverte$ores $o ovo no ensino e viver i=critas, f. c. 1B. 3-M0. @e cora%o amavam, quan$o asseavam, serem visto or to$os. savam, como marca $istintiva, t#nicas ou mantos quece'avam at+ os +s. entiam-se "ison5ea$os quan$o a"'u+m os reconecia em #b"ico, sau$an$o-os com a $efer6ncia $evi$a a uma essoa $e osi%o suerior. as sina'o'as e"es esco"iam

Page 136: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 136/166

invariave"mente os assentos $e onra, os "u'ares on$e sentavam os cefes $a sina'o'a, bem emfrente $o ovo. K'ua"mente nas casas," fa/iam questo $e tentar conse'uir 8 mesa os "u'aressueriores, ou se5a, a osi%o $e onra ao "a$o $o ose$eiro. Estavam, or+m, mora"mente o$res, ois se ofereciam ara fa/er intercesso e"as vi#vas em suas af"i%&es e assim reten$iam me"orar os interesses $e"as, enquanto, na rea"i$a$e, seu #nico interesse era seu r=rio enriquecimento 8scustas $estas obres e cr+$u"as mu"eres. @esta maneira iocrisia, vai$a$e e 'anDncia so as

caracter!sticas marcantes $o car4ter $os escribas. E"es, que, como rofessores, $eviam sab6-"o,recebero maior con$ena%o, maior $o que a $aque"es que ecam or i'norDncia. To$os os$isc!u"os $e risto $e to$os os temos $eviam a$vertir-se sua eserta resen%a, visto que $issonunca o$e rovir a"'o $e bom.

Resumo: *esus $efen$e sua autori$a$e, narra a ar4bo"a $os a'ricu"tores maus com a suaa"ica%o, evita a eserte/a $os fariseus, rereen$e a i'norDncia $os sa$uceus, si"encia como umar+"ica to$a sua oosi%o, e a$verte contra os escribas.

Capítulo 21

 - Doação Da 7iBva, Lc. B1. 1-M.

7+ @( Esando Jesus a observar viu os ricos lançarem suas oferas no 1a*ofil!cio+ '( 7iuamb4m cera viBva pobre lançar ali duas pe"uenas moedas/ ( e disse: 7erdadeiramene vos di1o"ue esa viBva pobre deu mais do "ue odos+ 0( Por"ue odos eses deram como ofera da"uilo "uel#es sobrava/ esa, por4m, da sua pobre*a deu udo o "ue possuía, odo o seu suseno+   *esus, rovave"mente, avia roferi$o seu #"timo $iscurso no 4tio $as mu"eres, on$e se "oca"i/avam ostre/e cofres $o tesouro, ou cai9as $e co"eta, $o tem"o, seme"antes a uma trombeta. A se'uir,er'uen$o os o"os, viu a"'o que, ao contr4rio $e ferir seu santo o"ar, enceu-o $e a"e'ria. euo"ar no foi s= casua" ou s= um re"ance $e o"o, mas e"e esqua$rinou or a"'um temo as essoas, anotan$o $e"ibera$amente sua aro9ima%o e o tamano $e suas $oa%&es. As essoas ricas"an%avam 'ran$es $oa%&es o que, ain$a assim, "es era a"'o f4ci". omas re"ativamente 'ran$es no"es reresentavam um sacrif!cio. A se'uir, or+m, sua aten%o foi atra!$a sobre uma vi#va, umamu"er obre e necessita$a. Esta mu"er, $iri'in$o-se a um $os cofres, $eositou ne"e $uas moe$as$e equeno va"or. Fma outra moe$a, tra$u/i$a moe$ina, + a moe$a 're'a lepon, Wa mi'a"aX, ouo Wboca$inoX. Joram $uas $essas moe$as que a vi#va atirou no tesouro.... @uas $e"as equiva"iam aum qua$rante. ;or isso a equena moe$ina va"ia uns PU 0,00Q reais. em $#vi$a era a menor moe$a em circu"a%oG@@). Este ato $e ver$a$eiro amor e sacrif!cio imressionou muito a risto. um sentimento emociona$o $isse a seus $isc!u"osC Em ver$a$e vos $i'o que esta obre vi#va"an%ou mais $o que to$os os $emais. : va"or rea" era, em ver$a$e, muito menor $o que as $oa%&es$os ricos. as, em comara%o 8 caaci$a$e $os outros, sua umi"$e $oa%o era to e"eva$a queno avia qua"quer oss!ve" comara%o. :s outros aviam $a$o $aqui"o que "es sobravaC em aomenos sentiram o va"or que "an%aram no cofre. @essa vi#va, contu$o, o$ia antes ser esera$o que re$isse esmo"as $o que $oar ao tesouro $o tem"o. as, ain$a assim, e"a em sua car6ncia, vistoestar raticamente riva$a $e sua r=ria subsist6ncia, $era ao enor seus #"timos centavos, tu$oo que ossu!a ara seu r=rio sustento. Aqui so e9em"ifica$os o ver$a$eiro amor e o sacrif!ciorea", e esta + a atitu$e em que $eve ser feita to$a a obra $o enor e entre'ues to$as as $oa%&es ara o seu reino. f. c. 1B. M1-MM.

 - Desruição De Jerusal4m E O Gim Do )undo, Lc. B1. Q-3.

: come%o $o $iscurso, 7+ 2( Galavam al1uns a respeio do emplo, como esava ornado debelas pedras e de d!divas/ 5( enão disse Jesus: 7edes esas coisas= Dias virão em "ue não ficar! pedra sobre pedra, "ue não sea derrubada+ 8( Per1unaram.l#e: )esre, "uando suceder! iso= e

@@ ( ) Oarton, -rc#eolo1T and #e ible, @52+

Page 137: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 137/166

"ue sinal #aver! de "uando esas coisas esiverem para se cumprir= : entar$ecer se aro9imava, e*esus estava $ei9an$o o tem"o ara ir a OetDnia, on$e se ose$ara com ami'os. as enquantosa!am e"os $iversos 4tios, a"'uns $os $isc!u"os a$mira$os observavam o tem"o, suas v4riase$ifica%&es, 4tios, vest!bu"os e aosentos, mencionan$o em esecia" as ma'n!ficas e$ras, osimensos mon="itos $e m4rmore que formavam as co"unas cor!ntias, e as $oa%&es que aviam si$oconsa'ra$as ao enor, que eram os muitos arti'os $e a$orno que o$iam ser observa$os or to$o

o tem"o. Entre as $oa%&es votivas avia a"'umas muito va"iosas, como uma mesa $o rei ;to"omeu$o E'ito, uma corrente $e Rero$es A'ria, um caco $e uvas $e ouro $e Rero$es o ran$e, que,at+ em Poma, tornaram o tem"o famoso e"a sua rique/a. *esus, contu$o, "es $isseC Huanto a tu$oo que ve$es, a imensa rique/a, a suntuosa be"e/a $o tem"o, viro $ias em que nem uma s= e$raficar4 sobre a outra que no se5a com"etamente $erruba$a em sua $estrui%o tota". Joi um an#ncioque $eve ter enci$o os $isc!u"os com a maior consterna%o e esanto. e'uiram, ta"ve/ ensativos sobre o assunto ou $iscutin$o-o entre si or a"'um temo, em sua i$a e"o va"e $oe$rom ara a subi$a $o onte $as :"iveiras. as, quan$o *esus se sentou frente 8 ci$a$e, on$ee"e e seus $isc!u"os tinam uma viso tota" $a maravi"osa constru%o, aro9imaram-se $e"ea"'uns $isc!u"os com uma $u"a er'unta. Hueriam saber o temo e9ato, e tamb+m reconecer ossinais eseciais $a cat4strofe que se avi/inava. E"es, em sua er'unta, 5untaram a $estrui%o $e*erusa"+m e $o tem"o com o fim $o mun$o. E isto est4 inteiramente $e acor$o com as rofecias

que fa/em $o 5u!/o sobre *erusa"+m o come%o e a intro$u%o $o 5u"'amento $o mun$o, t. 12.B7,B 1.Ts. B.12.inais $o fim, 7+ >( 6espondeu ele: 7ede "ue não seais en1anados/ por"ue muios virão

em meu nome, di*endo: Sou eu& e amb4m: F#e1ou a #ora& ão os si1ais+ ?( 9uando ouvirdes falar de 1uerras e revoluç;es, não vos assuseis/ pois 4 necess!rio "ue primeiro aconeçam esascoisas, mas o fim não ser! lo1o+ @A( Enão l#es disse: Levanar.se.! nação conra nação, e reinoconra reino/ @@( #aver! 1randes erremoos, epidemias e fome em v!rios lu1ares, coisasespanosas e amb4m 1randes sinais no c4u+  uma caracter!stica $a rofecia, que raramente 4uma $iviso e9ata $o temo se'un$o os a$r&es umanos, ois erante o eterno e onisciente @eusno 4 temo. e as coisas iro acontecer $aqui a mi" anos ou $entro $e oucos anos, isso noinf"uencia o temo $o enor. ;ois erante e"e to$as as coisas esto acontecen$o e ocorren$o noeterno resente. ;or isso, no caso resente, o enor fa"a $e $uas cat4strofes iminentes, a saber, a$estrui%o $e *erusa"+m e o fim $o mun$o, quase na mesma toma$a $e f<"e'o, 5untan$o-as $e ta"forma que os sinais que re$i/em a uma, $e certo mo$o, recisam ser toma$os como refer6nciatamb+m ara a outra. A rimeira a$vert6ncia $o enor + contra o en'ano. os $ias anteriores 8ca"ami$a$e que varreu *erusa"+m, sur'iram fa"sos cristos e, como tais, em nome $o ver$a$eiroristo ou $o essias. En'ana$ores $esta es+cie aareceram em muitas ocasi&es nas $+ca$as$eois $a ascenso $e risto, e, $e fato, semre acaram essoas $isostas a "es $ar ouvi$os e a 5o'ar sua sorte com a $o frau$u"ento imita$or. Assim tamb+m se mu"ti"icam, em esantosarai$e/, os fa"sos cristos e fa"sos rofetas $e nossos $ias. E"es aarecem na K're5a $a i6nciarist, no Pusse"ismo, no @oYieismo (cf. Lut. Zc".) e em $e/enas $e seitas menores araen'anar ao ovo $e @eus. : cama$o e a romessa $e"es invariave"mente +C Aqui est4 risto aquiest4 a "ena ver$a$e o temo est4 r=9imo. Peeti$as ve/es, at+, 54 fi9aram a $ata $a vin$a $eristo ara o 5u!/o. :s cristos, contu$o, no $evem $ar-"es aten%o nem se'ui-"os como seus$isc!u"os, ois so en'ana$ores. omo nos $ias antes $a $estrui%o $e *erusa"+m avia 'uerras e

"evantes or to$o o Km+rio Pomano, mas esecia"mente na ;a"estina, assim a terr!ve" 'uerramun$ia" $estes #"timos $ias e os "evantes que 4 or to$o o mun$o fa"am uma "in'ua'em forte aosque o observam. Assim, como naque"es $ias essoa se er'ueu contra essoa e reino contra reino,tornan$o necess4rio que as "e'i&es romanas estivessem semre em movimento, assim, enquantoe9istir mun$o, nem os sonos mais r=seos e nem os mais 4beis $os $i"omatas conse'uiroe"iminar a 'uerra. o mesmo instante em que, com vo/ ro'rama$a ara abafar a oosi%o, bra$am a/, tentam escon$er o e'o!smo $e seus r=rios "anos os quais reciitam o mun$o e novas'uerras. Assim como naque"es $ias ouve terremotos terr!veis em muitas artes $o mun$o, como na[sia enor, na Kt4"ia e na !ria, assim as recentes e terr!veis cat4strofes na Kt4"ia, no A"asca, em

Page 138: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 138/166

*ava e na Am+rica entra" enceram o mun$o $e orr!ve" esanto. Assim como fomes e esti"6ncias visitaram naque"es $ias v4rios a!ses, em esecia" a ;a"estina, assim a este querecentemente varreu o mun$o e, em certos asectos seus, ain$a a'ora asma a ci6ncia, e, comoesta, as fomes re"ata$as em 'ran$es 4reas $a Euroa e $a [sia, so "embretes $e @eus sobre o fim.E, como naque"es $ias, ouve fen<menos aterra$ores e ress4'ios orr!veis no c+u, $os quaisa"'uns so re"ata$os or *osefo, assim a ci6ncia $a astronomia + incaa/ $e $ar a ra/o $e muitas

coisas que o5e ocorrem no universo, e ser4 tota"mente incaa/ $iante $a manifesta%o $o #"timo e'ran$e $ia.inais que rece$em, 7+ @'( -nes, por4m, de odas esas coisas, lançarão mão de v3s e

vos perse1uirão, enre1ando.vos <s sina1o1as e aos c!rceres, levando.vos < presença de reis e 1overnadores, por causa do meu nome/ @( e iso vos aconecer! para "ue deis esemun#o+ @0( -ssenai, pois, em vossos coraç;es de não vos preocupardes com o "ue #aveis de responder/ @2( por"ue eu vos darei boca e sabedoria a "ue não poderão resisir nem conradi*er odos "uanos sevos opuserem+ @5( E sereis enre1ues a4 por vossos pais, irmãos, parenes e ami1os/ e maarãoal1uns denre v3s+ @8( De odos sereis odiados por causa do meu nome+ @>( Fonudo, não se perder! um s3 fio de cabelo da vossa cabeça+ @?( É na vossa perseverança "ue 1an#areis asvossas almas+  Aqui esto a"'uns sinais que em articu"ar $i/iam reseito aos $isc!u"os nointerva"o entre a ascenso $e risto e a $estrui%o $e *erusa"+m, mas que encontram sua a"ica%o

no trato e na sorte $os fi+is $e to$os os temos. :s inimi'os os aanariam e erse'uiriam, comorea"mente aconteceu. @es$e o come%o, com a maioria $os a=sto"os, sen$o Tia'o o rimeiro $o seumeio que sofreu o mart!rio, ten$o, 54 antes $isso, Estevo si$o ae$re5a$o. eriam entre'ues aosconse"os $as sina'o'as ara serem 5u"'a$os e sentencia$os 8 riso, como aconteceu naque"a erse'ui%o em que ;au"o, ain$a no converti$o, fora to ativo. sariam a m4quina oficia" araarrastar os confessores $e risto ante reis e 'overnantes, or causa $o nome $e risto o qua"confessaram. : r=rio ;au"o e9erimentou isso muitas ve/es, sen$o "eva$o erante Je"i9, Jesto,A'ria e Oerenice, e ero. A ist=ria $a i're5a anti'a est4 re"eta $e ist=rias que confirmam "enamente ca$a a"avra $a rofecia $o enor. E que os cora%&es $os inimi'os $o evan'e"o nomu$aram o5e, $o que em qua"quer outra +oca, tem si$o mostra$o em acontecimentos recentes emque os ataques no foram contra uma "!n'ua, mas contra uma confisso $e f+. as o conforto $eristo o5e + to soberano como o foi ento. To$as estas coisas se tornam em testemuno a favor $os fi+is e $a ver$a$e que rofessam. o s= recebem boa reuta%o e onra or causa $e suaconfisso $estemi$a, mas o seu testemuno tem o efeito que a roc"ama%o $o evan'e"o semretemC inf"uencia os cora%&es e as mentes $as essoas. : enor, or isso, $eu aos seus $isc!u"os asinstru%&es ara no "ane5arem antecia$a e caricosamente sua ao"o'ia ou $efesa. :s me"orese mais 'eniais esfor%os $a sabe$oria e $a inte"i'6ncia umana no o a"can%aro, se o r=rioenor no abre a boca $e seus confessores cristos e $o a"to "es $4 a sabe$oria a$equa$a. *esus eseu Es!rito que + o Es!rito $o ;ai, so os a"ia$os invis!veis $os ver$a$eiros fi+is, os quais comseu au9!"io o$em assumir a"e'remente a "uta $esi'ua" contra as for%as $as trevas que a'em nas essoas $os inimi'os e $etratores $o evan'e"o uro. ais uma ve/, como tamb+m mostram ose9em"os $e *oo e ;e$ro, $e ;au"o, $e ;o"icaro, $e Lutero e $e muitos outros, os inimi'os noforam caa/es ara resistir ou contra$i/er ao testemuno $os servos $e risto. To$os quantosfa/em seu o a"vo $e se oor 8 re'a%o $a ver$a$e $o evan'e"o, o$em ser venci$os e si"encia$os or meio $uma confisso sincera e inequ!voca $a ver$a$e $o evan'e"o ta" como e"a est4 conti$a

na a"avra $e @eus. ;or isso os $isc!u"os no $eviam ser $issua$i$os ou $esencora5a$os, nemmesmo e"o fato que aver4 $issens&es em fam!"ias, que os "a%os, tanto $e arentesco como $eami/a$e !ntima, sero romi$os or causa $e er'untas sobre o evan'e"o. To$os, tanto ais, comoirmos e irms, arentes r=9imos e ami'os, "eva$os e"o =$io ao evan'e"o, esquecero os$everes e as obri'a%&es $e sua osi%o. Entre'aro os cristos 8s mos $os inimi'os, e em certoscasos no $escansaro at+ que os "evem 8 morte. :s fi+is, efetivamente, sero semre o$ia$os or to$as as essoas or causa $e sua confisso $o nome $e risto. Esta + a cru/ $os cristos, e o rosecto que recisam enfrentar. o + oss!ve" comromisso nem abran$amento. @outro "a$o, or+m, em meio a estas rofecias que o$em fa/er tremer o cora%o mais ousa$o, o enor 

Page 139: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 139/166

 romete a seus $isc!u"os, $e que nem mesmo um s= fio $e cabe"o $e suas cabe%as cair4 sem a suavonta$e, t. 10.30. ;orque os cristos so in$isens4veis ara o servi%o $o enor, seus coros soinvio"4veis, e os inimi'os no os o$em tocar. E"es, or isso, sem sua resi'na%o $evem ter bomDnimo. onservaro suas a"mas or meio $uma erseveran%a fie", $uma $estemi$a continua%o naconfisso $a a"avra e $a $outrina $e risto. esmo que ercam a vi$a $e seus coros mortais,sa"varo, or meio $essa fi$e"i$a$e at+ ao fim, sua ver$a$eira vi$a que + a $a a"ma. er-"es-o

 r6mio ou tesouro '"orioso sua a"ma e a vi$a eterna $e sua a"ma, que conquistaro como eterno'o/o no c+u.ma rofecia esecia" sobre *erusa"+m, 7+ '0( 9uando, por4m, virdes Jerusal4m siiada de

eH4rcios, sabei "ue es! pr3Hima a sua devasação+ '@( Enão os "ue esiverem na Jud4ia fuam para os mones/ os "ue se enconrarem denro da cidade, reirem.se/ e os "ue esiverem noscampos não enrem nela+ ''( Por"ue eses dias são de vin1ança, para se cumprir udo o "ue es!escrio+ '( -i das "ue esiverem 1r!vidas e das "ue amamenarem na"ueles dias& por"ue #aver! 1rande aflição na erra, e ira conra ese povo+ '0( Fairão ao fio da espada e serão levadoscaivos para odas as naç;es/ e, a4 "ue os empos dos 1enios se compleem, Jerusal4m ser! pisada por eles+ Aqui 4 um conse"o va"ioso aos cristos $a *u$+ia ara o temo $a 'ran$ecat4strofe, que $eviam 'uar$ar e se'uir ao + $a "etra. :s e9+rcitos $os romanos envo"veriam aci$a$e, vin$o contra e"a $e to$os os "a$os. Este fato $evia ser o momento fina" $a$o aos cristos

 ara escaarem $a ci$a$e, ois o fato ser4, no m!nimo, uma $as manifesta%&es $o abomin4ve" $a$eso"a%o. f. t. BM. 1Q-B1 c. 13. 1M-1. : fato $a resen%a $e e9+rcitos no cerco $a ci$a$eseria o sina" c"aro e fina" $e sua $eso"a%o e $estrui%o, inc"uin$o a $estrui%o $o tem"o. aque"etemo os que estivessem na *u$+ia, os cristos que vivessem nesta re'io, $eviam fu'ir ara osmontes, visto que a fu'a seria a #nica maneira $e escae.Pestaria uma oortuni$a$e ara sa"var avi$a nos escon$eri5os $as montanas, nos vi"are5os insi'nificantes escon$i$os bem "on'e $osmovimenta$os caminos. Ju'a reciita$a tamb+m seria necess4ria ara os que estivessem naci$a$e $e *erusa"+m. ;ois, no $eviam confiar em seus muros ou $efesas fortes. K'ua"mente as essoas que vivessem na re'io suburbana ou que faci"mente u$esse ser a"can%a$a $a caita", nose $everiam sentir tenta$os a se refu'iarem na ci$a$e com o fim $e escaarem $os invasores. Estas recau%&es se mostrariam tota"mente sem senti$o nestas circunstDncias. ;ois os $ias aos quais oenor se refere so os $ias $e vin'an%a $o *ui/ $o universo. As muitas a$vert6ncias $os anti'os rofetas, as reeti$as a$moesta%&es $os re'a$ores $a 5usti%a, no aviam si$o "eva$as a s+rio, or isso a ira $e @eus seria $errama$a em to$a sua me$i$a. Joi imresso sobre a ru!na $e *erusa"+m e$o tem"o o carimbo $a retribui%o $ivina, at+ mesmo ara os o"os !mios. Este foi um caso emque o moino que m=i "ento mas to terrive"mente erfeito que nem um s= cu"a$o escaou. as ai$aque"as que estiverem ara serem mes ou se tornaram mesI : enor, com triste/a, "amenta seufa$o, visto que a con$i%o $e"as no rovocar4 comai9o, nem $a arte $e seus ami'os que o$eriam a5u$4-"as a escaar, e nem $a arte $os inimi'os os quais, imie$osamente, $estruiriam atu$o. Acabara a aci6ncia $o enor, e to$a a amar'ura $o seu 5usto vere$ito seria cumri$a sobreuma 'era%o to"a e contesta$ora. : enor $i/ e9atamente como se manifestaria a ira $e @eus.A"'uns $e"es cairiam ao fio $a esa$a, "itera"mente, seriam $evora$os e"a boca $a esa$a, que osassa"tara. :utros seriam con$u/i$os em cativeiro e $isersos entre as na%&es, como um sina" $e suarerova%o e ver'ona at+ ao fim $os temos. ais $o que um mi"o $e 5u$eus, conforme o re"ato$e *osefo, foram mortos $urante o cerco $e *erusa"+m e $eois $e sua que$a, e que noventa e sete

mi" foram "eva$os em "on'as fi"as como risioneiros, rincia"mente, ara as rov!ncias $o E'ito e$a Kt4"ia. Joi um 5u!/o $e @eus que no tem seu i'ua" na ist=ria $o mun$o. *erusa"+m, a '"=ria $eKsrae", naque"a ocasio foi ocua$a or 'entios, e or estranos foi isa$a aos +s, o que er$uraat+ aos $ias $e o5e. E isto ficar4 assim at+ que os temos $os 'entios estiverem cumri$os, at+ queo n#mero com"eto $os e"eitos $entre os 'entios tiver si$o 'ano, isto +, at+ o fim $o temo. :movimento sionista $e nossos $ias no + "eva$o a s+rio nem e"os r=rios 5u$eus. otemosC A$estrui%o $e *erusa"+m e"os 'entios + um tio $a tenta$a $estrui%o $a i're5a $e @eus e"oanticristo. : anticristo, o aa cat="ico romano, 54 foi reve"a$o. E"e tornou $eso"a$o o tem"o $e@eus, ab-ro'an$o o cu"to ver$a$eiro, estabe"ecen$o $iversos tios $e i$o"atria, encen$o a i're5a

Page 140: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 140/166

com muitas abomina%&es e escDn$a"os, e $erraman$o o san'ue $e mi"ares $e confessores $eristo. as e"e 54 foi e9osto em suas ver$a$eiras cores. A i're5a foi ur'a$a $e seus erros or meio $a obra $o 'ran$e Peforma$or, o @r. artino Lutero.

inais que acomanaro a vin$a $e risto, 7+ '2( Iaver! sinais no sol, na lua e nasesrelas/ sobre a erra, an1Bsia enre as naç;es em perpleHidade por causa do bramido do mar edas ondas/ '5( #aver! #omens "ue desmaiarão de error e pela eHpecaiva das coisas "ue

 sobrevirão ao mundo/ pois os poderes dos c4us serão abalados+ '8( Enão se ver! o Gil#o do#omem vindo numa nuvem, com poder e 1rande 1l3ria+ Aqui so enumera$os a"'uns $os sinais queintro$u/iro o 'ran$e $ia $o 5u!/o. ero revo'a$as as "eis $a nature/a, que foram estabe"eci$as e"o ria$or, e, em conseq?6ncia, o universo se $esfar4 no caos. :correro sinais incomuns enunca ouvi$os em so", "ua e estre"as, que no os $os ec"ises re'u"ares ou $e fen<menosseme"antes, to$os e"es re'i$os or "eis r+-estabe"eci$as, mas sinais que, ao irromerem, causaroconsterna%o e an'#stia nos abitantes $o mun$o, 5unto como uma er"e9i$a$e $esesera$a que,em arte, tamb+m causa$a e"o ru!$o $os va'a"&es $o mar. A $isso"u%o $os "a%os que mant6m ouniverso ser4 to in$escritive"mente aterra$or que os cora%&es $os omens fa"aro, isto +, $e me$oe e9ecta%o $as coisas que ocorrem e amea%am o mun$o, entraro em co"aso.;ois os r=rios o$eres $os c+us que sust6m no esa%o a m4quina $o vasto c+u sero movi$os e aba"a$os. E ento,em meio a este torve"ino, enquanto os catac"im4ticos tumu"tos esto sacu$in$o o mun$o e o

universo inteiro que est4 em tota" $esamaro, sim, ento e"es, to$as as essoas vero o Ji"o $oomem, o 'ran$e *ui/ $a terra, vin$o numa nuvem, com o$er e 'ran$e '"=ria. : ;rofeta $aa"i"+ia, to $esre/a$o e re5eita$o, mas mei'o e umi"$e, ento se ter4 $esi$o $e to$as asamostras $a anti'a umi"a%o, e to$as as essoas se vero for%a$as a reconec6-"o como o enor $e to$os.

: conforto $os fi+is, 7+ '>( Ora, ao começarem esas coisas a suceder, eHulai e er1uei asvossas cabeças/ por"ue a vossa redenção se aproHima+ '?( -inda l#es propKs uma par!bola,di*endo: 7ede a fi1ueira e odas as !rvores+ A( 9uando começam a broar, vendo.o, sabeis por v3s mesmos "ue o verão es! pr3Himo+ @( -ssim amb4m, "uando virdes aconecer esas coisas, sabei "ue es! pr3Himo o reino de Deus+ '( Em verdade vos di1o "ue não passar! esa 1eração, sem "ue udo iso aconeça+ ( Passar! o c4u e a erra, por4m as min#as palavras não passarão+Huan$o ocorrer o come%o $e to$as estas coisas, ou quan$o estes sinais come%arem a ser cumri$os.:s acontecimentos, sobre os quais os fi"os $o mun$o fi9aro seu o"ar em $esesera$o terror,$eviam ser aos fi+is uma vo/ que em seus cora%&es acor$a a eseran%a e a e9ecta%o mais fe"i/.As cabe%as, que tantas ve/es se aviam curva$o sob to$a sorte $e mis+ria e erse'ui%o, a'ora$eviam ser er'ui$as em a"e're antecia%o $a re$en%o fina" e '"oriosa. *esus tenta refor%ar estaa$moesta%o or meio $uma ar4bo"a. em interessar a es+cie $e 4rvore que se esco"e comoi"ustra%o, como, or e9em"o, uma fi'ueira, va"e ara to$as e"as o mesmo fato. Huan$o aarecemas fo"as, to$as as essoas acostuma$as com 4rvores sabem ime$iatamente que o vero est4 r=9imo, e 54 no necessitam $e mais outras rovas. @a mesma forma, os fi+is, ven$o cumri$osestes sinais que rece$em a vin$a $e risto ara o 5u!/o, conc"uem e sabem "o'o que o reino $e@eus est4 r=9imo, que ocorrer4 a reve"a%o fina" $a i're5a $e risto nas '"=rias $o c+u, nas quaisos que ne"e cr6em entraro, sain$o $as rova%&es e tribu"a%&es $a i're5a mi"itante ara a ben$i%oeterna $a i're5a triunfante. F;or isso, aren$amos tamb+m n=s esta arte e nova "in'ua'em e nosacostumemos a isso, ara que se5amos caa/es $e reresentar estes sinais $e mo$o assim to

confortante ante nossos o"os, e que os o"emos e 5u"'uemos se'un$o a ;a"avra. ;ois, se se'uimosnossa ra/o e nosso saber, no o$emos fa/er na$a mais $o que aavorar-nos e fu'ir $e"es. ;ois,nossa ra/o no 'osta $e ver as coisas aarecerem $e mo$o ne'ro e $esa'ra$4ve", re"ame5an$o etrove5an$o, ru'in$o e fa/en$o baru"o, como se tu$o fosse arremessa$o cabe%a ara bai9o. mcristo, contu$o, no $eve @ar aten%o a isso, mas ae'ar-se 8 ;a"avra, com a qua" o enor $ese5aabrir nossos o"os e e9"icar o seu intento, como se nos aro9im4ssemos ao "in$o vero, e como seouvesse unicamente be"as rosas e "!rios que f"orescem ara o encanto $e nossos o"os, e que na$amais $o que s= a"e'ria e $e"eito viro $eois $o camino abomin8ve"mente mau e $o infort#nio em

Page 141: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 141/166

que nos encontramos o5e.G@'). @4-"es mais outro sina", a saber, que esta 'era%o, ou se5a, a ra%a$os 5u$eus no assar4 ou no er$er4 sua i$entifica%o como ra%a esec!fica, mas conservar4 suascaracter!sticas entre as na%&es e entre seu r=rio meio, aesar $e to$as as erse'ui%&es, at+ o fim$o temo, ou o 'ran$e $ia $o 5u!/o. E no que $i/ reseito a to$o o $iscurso, como suas amea%as ea$vert6ncias, bem como com suas romessas conforta$oras, + ver$a$eiro o que o enor $ese5a queaconte%a como sua ;a"avra como um to$oC +us e terra assaro antes que uma s= a"avra $o

enor ermane%a sem cumrimento ou caia or terra. Em meio 8 $estrui%o $os mun$os e $o r=rio universo, a a"avra $o enor ermanecer4 or to$a a eterni$a$e como a roca $a f+ e $aconfian%a ara to$os os que cr6em.

ma a$vert6ncia fina", 7+ 0( -cauelai.vos por v3s mesmos, para "ue nunca vos suceda"ue os vossos coraç;es fi"uem sobrecarre1ados com as conse"%ncias da or1ia, da embria1ue* edas preocupaç;es dese mundo, e para "ue a"uele dia não ven#a sobre v3s repeninamene, comoum laço+ 2( Pois #! de sobrevir a odos os "ue vivem sobre a face de oda a erra+ 5( 7i1iai, pois, a odo empo, orando, para "ue possais escapar de odas esas coisas "ue %m de suceder, eesar em p4 na presença do Gil#o do #omem+ 8( Jesus ensinava odos os dias no emplo/ mas <noie, saindo, ia pousar no mone c#amado das Oliveiras+ >( E odo o povo madru1ava para ir er com ele no emplo, a fim de ouvi.lo+  o + coisa f4ci" ermanecer firme na ;a"avra e na f+ nascon$i%&es como as aqui retrata$as or risto. a rea"i$a$e, nenuma essoa o$e eserar em

resistir at+ ao fim, firme e bravo, a to$os os eri'os. e'uin$o, or+m, a a$moesta%o $o enor,$a$a aqui, o imoss!ve" se torna oss!ve", e seremos caa/es a resistir a to$os os nossos inimi'os econtra to$as as tenta%&es $os $ias $o fim. @evemos recaver-nos, cui$ar com /e"o $e n=s mesmos,e no ermitir que nossa carne e seus $ese5os a"cancem a re$ominDncia. o $evemossobrecarre'ar nossos cora%&es com o eso $a '"utonaria e $a bebe$eira, ois que isto causa reocua%o e estui$e/, e torna ao cristo incaa/ ara a "uta contra as for%as $as trevas. eucora%o e mente recisam estar semre c"aros como o sino, ara que ossa reconecer os eri'os$escritos nas Escrituras e combat6-"os com as armas que o enor su'ere. as, to eri'osos comoestes, tamb+m so ao cristo os cui$a$os or esta vi$a, a ansie$a$e e reocua%o e"o futuro quesemre amea%am $ominar nossos cora%&es e e9u"sar $e"es o #"timo resto $e f+ no enor e em sua'raciosa rovi$6ncia. L4, on$e os cui$a$os se tornam a "i$eran%a, no o$e e9istir f+ mas e"e,certamente, + sufoca$a. Ja"tan$o uma reara%o correta, a vin$a $o #"timo $ia se reve"ar4 umaca"ami$a$e, e aanar4, at+ mesmo, aque"es que $e mo$o $esreocua$o rofessaram ocristianismo. ;ois, ta" como uma arma$i"a cai sobre um anima" $esreocua$o e nem semrea"erta aos sinais $e eri'o, assim o $ia $o enor vir4 sobre aque"es que abitam sobre a face $aterra. ;or isso, o enor, mais uma ve/, ara conc"uir, ur'e vi'i"Dncia constante, vi'i"Dnciaincans4ve", com ora%o incessante ao enor, ara que se5am caa/es ara escaar $e to$os oscasti'os terr!veis que eseram aos infi+is e /omba$ores, e estar em + em cor$ia" confian%a eranteo Ji"o $o omem no #"timo e 'ran$e $ia. Ksto no + coisa que $emonstre $i'ni$a$e in$ivi$ua", mas$e ser $ec"ara$o $i'no or meio $o san'ue e $os m+ritos $o a"va$or *esus risto. FAos !mios e$escrentes e"e vir4 como *ui/ e os unir4 or serem seus inimi'os essoais como tamb+m $os seuscrentes. as aos fi+is e cristos e"e vir4 como seu a"va$or. @evemos crer isto firmemente e o"ar a"e'remente ara frente ara o seu a$vento, e cui$ar que, quan$o e"e vier, como $i/ ;e$ro, se5amosencontra$os na f+ e num viver santifica$o e em a/, sem m4cu"a e irrereens!veis erante e"eG@).Lucas acrescenta uma observa%o fina" quanto 8 maneira em que risto assou seus #"timos $ias.

Ensinava o $ia to$o no tem"o, mas sa!a noite a=s noite e ousava em OetDnia, que ficava naencosta su$este $o monte $as :"iveiras. o era reciso que $ormisse a c+u aberto, como ensama"'uns comentaristas, visto que tina ami'os em OetDnia, que ficava 8 equena $istDncia $a ci$a$e.@e man, or+m, em temo semre estava na ci$a$e. ontu$o, no ce$o $emais aos o"os $o ovo, que 54 ce$o af"u!a a e"e, $ese5an$o sinceramente ouvir $e seus "4bios a a"avra $a 'ra%a. otemosC uito cristo $os nossos $ias $evia tirar uma "i%o $este ovo que ma$ru'ou e af"uiu ao

@' ( ??( Lutero, 8+ @0?>+@ ( @AA( Lutero, @b+@>2+

Page 142: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 142/166

tem"o ara ouvir ao enor, ain$a que muitos, em nossos $ias, a'em como se e"es conce$essemum favor ao enor quan$o aarecem em sua casa meia ora $eois que o cu"to come%ou.

Resumo: *esus e"o'ia a vi#va obre or seu amor $an$o seu #"timo centavo ao enor, efa/ um "on'o $iscurso sobre a $estrui%o $e *erusa"+m e o fim $o mun$o, com a$vert6ncias ea$moesta%&es que esto em "ena efic4cia em nossos $ias.

Capitulo 22

 - Preparação E - Felebração Da P!scoa,  Lc. BB. 1-B3.

:s "!$eres 5u$eus e *u$as, 7+ @( Esava pr3Hima a fesa dos pães asmos, c#amada p!scoa+'( Preocupavam.se os principais sacerdoes e os escribas em como irar a vida a Jesus/ por"ueemiam o povo+ ( Ora, Saan!s enrou em Judas c#amado scarioes, "ue era um dos do*e+ 0( Ese foi enender.se com os principais sacerdoes e os capiães de como l#es enre1aria a Jesus/ 2(enão eles se ale1raram e combinaram em l#e dar din#eiro+ 5( Judas concordou e buscava umaboa ocasião de l#o enre1ar sem umulo+ :ri'ina"mente o $ia roriamente $ito $a 4scoa era$istinto $os $ias $os es asmos. as com o assar $o temo os nomes foram usa$os sem$iscrimina%o, sen$o to$o o 1M $e nis consi$era$o com a festa $os es asmos. A 4scoa se

fun$ira na festa que a se'uia, e as $uas foram consi$era$as como uma s= festa. Esta festa estava 8s ortas e ara sua ce"ebra%o os ere'rinos, $es$e a"'um temo, af"u!am ara *erusa"+m. om oamanecer $e ca$a $ia aumentava o =$io $os rinciais $os sacer$otes e $os escribas contra *esus. a ter%a-feira 54 teriam "an%a$o, com satisfa%o, ne"e as mos assassinas, sen$o unicamente $eti$os e"o me$o que tinam $o ovo. E na quarta-feira e"es aviam toma$o a reso"u%o $e que e"e $eviaser afasta$o, que $evia morrer. as seu me$o $o ovo que ersistia em ca$a a"avra que *esus$i/ia, ime$ia-os $e quaisquer atos #b"icos $e vio"6ncia. @eci$iram que o me"or seria no tomar antes $a festa o #"timo e $ecisivo asso, mas a'arrar a rimeira oortuni$a$e favor4ve" queocorresse $eois, quan$o a maioria ou to$os os ere'rinos 54 ouvessem retorna$o 8s suas casas.f. c. 1M. B t. B2. Q. este !nterim receberam as romessa $e a5u$a $um "a$o inesera$o. ;ois,atan4s avia entra$o em *u$as, que era cama$o Kscariotes. Ain$a que este omem era um $os$o/e, e"e abrira seu cora%o ao amor $o $ineiro, e $era esa%o 8 cobi%a, tornara-se um "a$ro, ere5eitara to$as as recomen$a%&es s+rias que o enor "e $iri'ira nos #"timos $ias. : $em<nio $aavare/a $ominara tanto seu cora%o que e"e, $e"ibera$amente, se aartou $os $emais e teve umaconfer6ncia com os rinciais $os sacer$otes e $os cefes, os cabe%as $a 'uar$a $o tem"o. Entrouem ne'ocia%o com e"es, ecincan$o com e"es se'un$o + r=rio ao avarento. Estava muito certoquanto ao mo$o $a trai%o, fa"tan$o ara tanto s= o temo e o "u'ar. as ara *u$as o incentivosuerior e a recomensa eram o mais imortava. :s rinciais $os sacer$otes, mesmo na a"e'ria $o rov4ve" sucesso recoce $e seus "anos, no i'noraram a fraque/a $a cobi%a. :fereceram-"e,como re%o $a trai%o, a rata que era o re%o comum $um escravo. E foi assim que *u$as, $an$osua romessa, se comrometeu com estes inimi'os $e seu enor. E $es$e essa ora esreitou ca$aoortuni$a$e como uma boa ocasio ara "es entre'ar risto, fora $a resen%a $o ovo, isto +,num temo e em circunstDncias quan$o no ouvesse eri'o $e qua"quer interfer6ncia $a arte $asmu"ti$&es $e ere'rinos. otemosC *u$as + um tio $e muito cristo que ermite que o $iabo seaosse $e seu cora%o ara o encer $e cobi%a. um re%o triste e miser4ve" or causa $o qua"muitos confessores $e *esus ne'aram seu enor, ou se5a, uma osi%o mais va"iosa e $e maior onra erante as essoas - o favor evanescente e ef6mero $o mun$o. Ai $os que se'uem a *u$asI

:s rearativos ara a ceia asca", 7 8( F#e1ou o dia dos pães asmos em "ue imporavacomemorar a p!scoa+ >( Jesus, pois, enviou Pedro e João, di*endo: de preparar.nos a p!scoa para "ue a comamos+ ?( Eles l#e per1unaram: Onde "ueres "ue a preparemos= @A( Enão l#eseHplicou Jesus: -o enrardes na cidade enconrareis um #omem com um c$naro de !1ua/ se1ui.oa4 < casa em "ue ele enrar, @@( e di*ei ao dono da casa: O )esre manda per1unar.e: Onde 4 oaposeno no "ual #ei de comer a p!scoa com os meus discípulos= @'( Ele vos mosrara umespaçoso cen!culo mobiliado/ ali fa*ei os preparaivos+ Jora costume $o enor, como membro $a

Page 143: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 143/166

i're5a $os 5u$eus, $e ce"ebrar re'u"armente a 4scoa. ;or isso, quan$o o $ia ce'ou, em cu5oentar$ecer era ce"ebra$a a ceia asca", os $isc!u"os ce'aram a *esus com a er'unta, se $eviam roce$er assim, como estavam acostuma$os $e anos anteriores. *esus comissionou $ois $os seus$isc!u"os, ;e$ro e *oo, ara atuarem como seus reresentantes no rearo $e tu$o ara a ceia que$evia ser ce"ebra$a no entar$ecer $esta quinta-feira. @eu-"es e9"!citas orienta%&es quanto 8 sua er'unta sobre o "u'ar on$e a $eviam rearar. f. t. B2. 17-1 c. 1M. 1B-12. e'an$o 8

ci$a$e e"o "a$o $e OetDnia, rovave"mente e"a orta $as ove"as, iriam encontrar um omemvin$o ao seu encontro carre'an$o um vaso, uma morin'a ou um 5arro $X4'ua. @eviam se'ui-"o at+ 8casa on$e entrasse. Ao $ono $a casa $eviam tornar coneci$as as suas necessi$a$es, er'untan$o-o e"o "oca" $o quarto $e =se$es, a sa"a $e 5antar, on$e e"e o$eria comer a ceia asca" com seus$isc!u"os. : omem, em resosta, "es mostraria uma sa"a suerior, ou se5a, num "an%o $e esca$amais acima, equia$a $e acentos e a"mofa$as ara uma ceia como esta. L4 $eviam rearar tu$o.era"mente + assumi$o que o $ono $a casa teria si$o um ami'o, um cristo, um $isc!u"o $e *esus.Aqui so $estaca$os, tanto a autori$a$e $e *esus, como sua $ivina onisci6ncia.

A ceia asca", 7+ @( E, indo, udo enconraram como Jesus l#es dissera, e prepararam a p!scoa+ @0( F#e1ada a #ora, pKs.se Jesus < mesa, e com ele os ap3solos+ @2( E disse.l#es: Men#odeseado ansiosamene comer convosco esa p!scoa, anes do meu sofrimeno+ @5( Pois vos di1o"ue nunca mais a comerei, a4 "ue ela se cumpra no reino de Deus+ @8( E, omando um c!lice,

#avendo dado 1raças, disse: 6ecebei e repari enre v3s/ @>( pois vos di1o "ue de a1ora em dianenão mais beberei do fruo da videira, a4 "ue ven#a o reino de Deus+  E9atamente como em suaonisci6ncia *esus "es $issera, os $isc!u"os encontraram tu$o, e u$eram rearar a comi$a ara aceia asca". omraram um cor$eiro que se enqua$rava nas con$i%&es $a "ei. Levaram-no, $eois$o fim $o sacrif!cio $a tar$e, ao tem"o, on$e to$os os sacer$otes estavam a servi%o. : omem quereresentava a casa, essoa"mente, matava o anima", enquanto o sacer$ote reco"ia o san'ue e oreassava ara ser aser'i$o contra o a"tar $o o"ocausto. To$as as cerim<nias $o tem"o eramrea"i/a$as enquanto se cantava o 'ran$e a"e"uia ou "ouvor. :s $ois $isc!u"os tamb+m rovi$enciaram os es asmos, as ervas amar'as, o mo"o verme"o-ar$o, coneci$o comoc#aros#, que $evia "embrar o ovo $os ti5o"os $o E'ito. Ten$o reara$o tu$o, e"es, ou retornaram ara OetDnia, ou, mais rovave"mente, eseraram e"a vin$a $o resto $o 'ruo, erfa/en$o o tota"$os $o/e a=sto"os e mais o r=rio *esus. E"e, o enor, reara tu$o ara o seu sofrimento emorte. : "ano erverso $os 5u$eus nunca teria ti$o 69ito, se e"e no tivesse concor$a$o com e"e. o a ora que e"es aviam 5u"'a$o aroria$a, mas o $ia que e"e esco"era traria sua morte. *esus,na ora reestabe"eci$a $o entar$ecer, que era o temo em que, se'un$o o costume 5u$eu, a ceia asca" era comi$a, sentou-se no "u'ar $etermina$o, ou se5a, rec"inou-se 8 mesa, conforme ocostume orienta" que fora aceito e"os 5u$eus, e com e"e seus $isc!u"os, os $o/e a=sto"os. uas a"avras iniciais 54 mostraram que e"e estava muito comovi$o. incera e ar$entemente $ese5avacomer esta 4scoa com e"es, antes $e sua 'ran$e ai9o. ;ois 54 no ce"ebraria outras ceias festivascom e"es, at+ que fosse a"can%a$a a consuma%o $o reino $e @eus. A se'uir roferiu a b6n%ocostumeira sobre o c4"ice $e vino, que era bebi$o or to$os os articiantes $a ceia, e $eu-o a e"escom a orienta%o $e que o $ivi$issem entre si. E aqui e"e $ec"arou, $e mo$o i'ua"mente so"ene, queno mais beberia com e"es $o fruto $a vi$eira, como era cama$o o vino asca", at+ que viesse oreino $e @eus, ou se5a, at+ a reve"a%o $o reino $a '"=ria, quan$o a i're5a triunfante se reunir4 emsua festa eterna. A ceia asca", que os 5u$eus ce"ebravam em comemora%o $a "iberta%o $a

servi$o no E'ito, tamb+m foi um tio $a ceia eterna $e a"e'rias e $e"!cias no c+u, on$e o enor a"imentar4 aque"es que so os seus com o man4 ce"este e os far4 beber $o rio $e a"e'rias que "es rearou. risto, como o ver$a$eiro or$eiro asca", a'ora estava ara ser "eva$o ao mata$ouro e or meio $isso conse'uir as a"e'rias $a vi$a eterna ara to$os os eca$ores. Este foi o motivo orque tanto ansiava comer esta 4scoa com seus $isc!u"os, orque e"a rinciia seu sofrimento esua morte. E"e, como o a"va$or $os eca$ores, foi consumi$o com avi$e/ ara conse'uir sa"va%o ara to$os os eca$ores. f. t. B2. B c. 1M. BQ.

A institui%o $a ceia $o enor, 7+ @?( E, omando um pão, endo dado 1raças, o pariu el#es deu, di*endo: so 4 o meu corpo oferecido por v3s/ fa*ei iso em mem3ria de mim+ 'A(

Page 144: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 144/166

Semel#anemene, depois de cear, omou o c!lice, di*endo: Ese 4 o c!lice da nova aliança no meu san1ue derramado em favor de v3s+ A ceia roriamente $ita estava ce'an$o ao fim. : enor cumrira as obri'a%&es e as resonsabi"i$a$es $a anti'a "ei e $o seu cu"to. :bservara o sacramento$o Anti'o Testamento e"a #"tima ve/. A'ora, or+m, *esus instituiu uma ceia nova e maravi"osa,em que o '"orioso fruto $o seu sofrimento foi "e'a$o a seus $isc!u"os e a to$os os cristos $o ovo Testamento. Enquanto ain$a estavam 8 mesa, o enor $o o que sobrara, consa'rou-o com

uma ora%o $e a'ra$ecimento, artiu-o, e "o $eu com as a"avrasC Ksto + o meu coro que + $a$o or v=s fa/ei isto em mem=ria $e mim. Enquanto ia $e um ao outro, suas a"avras variaram mas oconte#$o, a substDncia $e suas a"avras, ermaneceu o mesmo. A se'uir e'ou um c4"ice, muito rovave"mente o terceiro c4"ice $a ceia asca", que era o c4"ice $e a'ra$ecimento, e $isseC Estec4"ice + a nova a"ian%a ou testamento em meu san'ue, que + $errama$o or v=s. : ovoTestamento + estabe"eci$o em e e"o san'ue $o a"va$or. E"e removeu e"o $erramamento $o seusan'ue a are$e $e seara%o entre o @eus santo e 5usto e o mun$o eca$or, e no sacramento$ese5a $ar os benef!cios '"oriosos $e sua e9ia%o a to$os os que cr6em ne"e. ;e"o comer e beber $e seu coro e san'ue + asse'ura$o e se"a$o o er$o $os eca$os aos que cr6em. =s cristoscremos e confessamos que o acramento $o A"tar + o ver$a$eiro coro e san'ue $e nosso enor *esus risto ara ser comi$o e bebi$o, sob o o e o vino, or n=s cristos, institu!$o or ristomesmo. ver$a$e, nossa ra/o no conse'ue enten$er como o mi"a're + oss!ve". E"a est4

inc"ina$a a crer ou na transubstancia%o $os cat="icos, conforme a qua" o o e o vino somu$a$os em coro e san'ue $e risto, ou na e9"ana%o raciona" $as i're5as reforma$as, conformea qua" o coro e san'ue $e risto no esto resentes, mas so meramente retrata$ossimbo"icamente. As a"avras $e risto, to$avia, so c"aras e ver$a$eiras, e sabemos $as Escriturasque o coro $e risto, o recet4cu"o $e sua $ivin$a$e mesmo nos $ias $e sua umi"a%o continaum ser suerior e acima $o nosso senso, *o. 3. 13, e que o risto e9a"ta$o que ascen$eu 8 mo$ireita $e @eus no est4 confina$o a um "u'ar $etermina$o no c+u, mas, como o @eus-omem, ossui a "enitu$e que ence tu$o em tu$o, Ef. 1. B3. ;or isso "evamos cativa nossa ra/o sob aobe$i6ncia $e risto e no torturamos nossos c+rebros com esta $ificu"$a$e, mas antesa'ra$ecemos ao enor e"a b6n%o $este sacramento, $o qua" recebemos semre $e novo a certe/a$o er$o $e nossos eca$os.  : trai$or 8 mesa, 7+ '@( Modavia a mão do raidor es! comi1o < mesa+ ''( Por"ue o Gil#odo #omem, na verdade, vai se1undo o "ue es! deerminado, mas ai da"uele por inerm4dio de"uem ele es! sendo raído& '( Enão começaram a inda1ar enre si sobre "uem seria denre eleso "ue esava para fa*er iso+ f. t. B2. B1-BQ c. 1M. 1-B1. *esus acabara $e estabe"ecer einstituir a ceia $e sua 'ra%a, bon$a$e e sa"va%o. as seu trai$or, $urante to$o este temo tamb+mteve sua mo na mesma mesa. : trai$or tivera a $esfa%ate/ $e conservar sua osi%o em meio aos$o/e, sen$o sua !ntima $erava%o si$o coneci$a s= e"o enor. Tamb+m a'ora o enor "e $4uma a$vert6ncia so"ene e rofun$a. : curso $o Ji"o $o omem, a maneira e"a qua" e"e cumririao eterno conse"o $e @eus, fora estabe"eci$o em to$os os $eta"esC abe-"e em tu$o e9ecutar este "ano. as seria um $ia e uma ora triste ara aque"e que foi o cu"a$o $o terr!ve" eca$o $atrai%o, $este eca$o mais ab5eto e e$ion$o. Hue, or isso, *u$as mu$asse $e i$+ia antes que fossetar$e $emaisI :s outros $isc!u"os, $e fato, neste momento se enceram $e consterna%o e orror.inceramente come%aram a inquirir e a rocurar or aque"e $entre e"es que averia $e cometer eque se re$isusera a cometer este ato to erverso. as unicamente *u$as esteve to $omina$o

 e"a ast#cia e o o$er $e atan4s que isto fe/ ouca ou nenuma imresso sobre e"e. Ta"ve/ ensasse que o enor no teria qua"quer $ificu"$a$e ara se "ivrar, mesmo se fosse entre'ue nasmos $e seus inimi'os. Esta + uma ce'ueira e uma $ure/a $e cora%o que reciita na eternacon$ena%o.

Uma Lição De Iumildade, Lc. BB. BM-30.

A $iscusso sobre ostos, 7+ '0( Susciaram amb4m enre si uma discussão sobre "ual deles parecia ser o maior+ '2( )as Jesus l#es disse: Os reis dos povos dominam sobre eles, e os

Page 145: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 145/166

"ue eHercem auoridade são c#amados benfeiores+ '5( )as v3s não sois assim/ pelo conr!rio, omaior enre v3s sea como o menor/ e a"uele "ue diri1e sea como o "ue serve+ '8( pois "ual 4maior: "uem es! a mesa, ou "uem serve= Porvenura não 4 "uem es! < mesa= Pois, no meio dev3s, eu sou como "uem serve+ '>( 73s sois os "ue endes permanecido comi1o nas min#asenaç;es+ '?( -ssim como meu Pai me confiou um reino, eu vo.lo confio, A( para "ue comais ebebais < min#a mesa no meu reino/ e vos assenareis em ronos para ul1ar as do*e ribos de

 srael+ *esus rec+m avia $ito aos a=sto"os, em conec%o com o an#ncio $o seu trai$or, que e"e seestava afastan$o. E e"es aviam come%a$o uma conversa%o sobre o assunto $o oss!ve" trai$or,mas, tamb+m fa/en$o refer6ncia a um oss!ve" sucessor em "u'ar $o estre. E, antes que seaercebessem, estavam em meio a uma a"terca%o, uma $isuta ou $ebate quente sobre quem $e"es$ava a imresso $e ser o maior. f. ca. . M2. :s ensamentos $os $isc!u"os evi$entementeestavam firmemente "i'a$os 8 vi$a atua". Era-"es imoss!ve" comreen$er a situa%o ta" como e"area"mente era. ;or isso *esus, mais uma ve/, em sua infinita aci6ncia, $eu-"es uma "i%o sobreumi"$a$e, referin$o-se, mais uma ve/, ao 'ran$e ara$o9o $o reino $e @eus. @e fato + ver$a$eque os reis $os 'entios $ominam sobre e"es, e que os que e9ercem autori$a$e sobre e"es socama$os seus benfeitores. Estas so as con$i%&es que re$ominam nos 'overnos $este mun$o. R4, or+m, uma enorme $iferen%a no m+to$o $e "i$ar com os assuntos e $e a'ir nos a!ses $o mun$o,isto +, no Esta$o, e $aque"e $e $iri'ir a i're5a. *esus $i/ enfaticamenteC V=s, or+m, no assim. :

maior $entre v=s, aque"e sobre quem cai com natura"i$a$e a onra, $evia tornar-se assim que noquisesse osto acima $o mais 5ovem, e o "i$ar $evia $istin'uir-se e"o servi%o mais umi"$e.@eviam consi$erar uma e9a"ta%o tornar-se $ia a $ia semre mais umi"$es, e consi$erar o amor ativo no servir como a suma $e sua 'ran$e/a. : enor o e9em"ifica or meio $uma refer6ncia asi mesmo. e $e $uas essoas uma est4 rec"ina$a 8 mesa $e"ician$o-se com a ceia, e a outra est4fa/en$o o traba"o $um servo "avan$o-"e os +s ou aten$en$o suas necessi$a$es, ento o rimeiro+ a maior. *esus, e"o ato $e "avar os +s aos $isc!u"os, se umi"ara ao servi%o mais umi"$e resta$o a e"es. Este fato, contu$o, em na$a mu$ara a con$i%o atua" $e ser $as coisas, a saber, quee"e era o maior entre e"es seu ato, $e fato, confirmou sua osi%o como sen$o seu suerior. A'ora,$eois $e ter ensina$o ver$a$eira umi"$a$e aos seus $isc!u"os, tamb+m "es $4 a not!ciaconfortante e anima$ora $e sua e9a"ta%o. E"es, ao menos arcia"mente, aviam articia$o em suaumi"$a$e, ou se5a, com erseveran%a a$eriram-"e em meio a to$as as suas erse'ui%&es, ocasi&esem que atan4s e aque"es 5u$eus que "e eram inimi'os se emenavam teimosamente ara afast4-"o $a tri"a $o $ever. Aqui *esus, forma"mente, fe/ com e"es um contrato in$ican$o-os ara suasfun%&es, $a mesma forma como seu r=rio ;ai "e avia aonta$o o reino. : enor transmite,neste ato, esta $isosi%o a seus a=sto"os, so"enemente os torna er$eiros $as b6n%os que aviamsi$o suas em virtu$e $e sua eterna con$i%o $e Ji"o. @eviam comer e beber 8 sua mesa em seureino, isto +, $eviam ser articiantes $e to$a sua '"=ria. E e"e "es confere a onra a$iciona" $e que$everiam sentar-se como 5u!/es ao seu "a$o, ocuan$o tronos e 5u"'an$o as $o/e tribos $a Ksrae",isto +, to$a a somo $os fi+is, ou os ver$a$eiros fi"os $o reino. er4 o ra/er e a onra $osa=sto"os rececionar os cristos ao reino eterno e comunicar aos que cristos que foram fi+is at+ao fim a comunica%o fe"i/ $a eterna re$en%o. f. t. 1. B.

 - da -o Ces%mani E - -1onia+ Lc. BB. 31-Q3.

ma a$vert6ncia a imo, 7+ @( Simão, Simão, eis "ue Saan!s vos reclamou para vos peneirar como ri1o+ '( Eu, por4m, ro1uei por i, para "ue a ua f4 não desfaleça/ u, pois,"uando e convereres, foralece os eus irmãos+ ( Ele, por4m, respondeu: Sen#or, esou prono air coni1o, ano para a prisão, como para a more+ 0( )as Jesus l#e disse: -firmo.e, Pedro, "ue#oe r%s ve*es ne1ar!s "ue me con#eces, anes "ue o 1alo cane+  *esus 4 avia $ei9a$o a sa"a $oan$ar suerior on$e ceara e com seus $isc!u"os estava, rovave"mente, a camino $o ets6mani.;e"o camino aconteceu uma conversa, $urante a qua" o enor $eu a ;e$ro esta a$vert6ncia toenf4tica. ama-o $uas ve/es $e imo, que era seu nome anti'o, ara in$icar, at+ or meio $isso,a serie$a$e $a situa%o. o"oca to$a for%a $e seu amor sa"va$or mas tamb+m a necess4ria triste/a

Page 146: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 146/166

no tom $e vo/ ara que ;e$ro sinta a 'ravi$a$e. @e mo$o 4vi$o e rea" atan4s avia tenta$oconse'uir to$os e"es ara si. o se satisfi/era com *u$as, mas $ese5ava mais conquistas. Ta" comoo tri'o, a=s a inicia" $ebu"a, era 5oeira$o e sacu$i$o numa eneira, ara searar o 'ro $a a"a,ta" como o fa/ a mo$erna ceifa$eira, assim atan4s se aossaria $os $isc!u"os ara os eneirar or meio $e af"i%&es e v4rias tenta%&es. E"e iria aroveitar-se $a ermisso $e @eus at+ aos #"timos"imites. A ai9o $o enor traria rova%o, me$o e avor tamb+m sobre e"es, e ento o $iabo faria

to$o emeno ara $esarrai'ar a f+ $e seus cora%&es. To$os os $isc!u"os $e risto $eviamrecor$ar que, em $ias $e reocua%o e sofrimento, o $iabo, seu a$vers4rio, se aroveitar4 $o fato etentar4 $evor4-"os. E foi, e9atamente, no caso $e ;e$ro que o $iabo teve sucesso, ois, s= mais um ouco a$iante, e e"e o $errotou. : enor, or+m, "o'o acrescenta que fe/ $e"e o assunto esecia"$e sua ora%o, ara que sua f+, que er$eria na tenta%o, no se er$esse ara semre. E, quan$o;e$ro ouvesse vo"ta$o $e seu imenso eca$o, ento e"e $everia forta"ecer seus irmos, os $emais$isc!u"os, firman$o-os na f+ e no amor. ;e$ro, em sua usua" temeri$a$e imetuosa, no quisa$mitir que as a"avras $o enor fossem ver$a$eiras sim"esmente no quis a$mitir que e"e, querecebera tantas rovas $o amor $o a"va$or e se sentia to se'uro, u$esse $emonstrar ser infie".Afirmou a *esusC enor, conti'o estou ronto ara ir at+ 8 riso e 8 morte. Peeti$as ve/esafirmou so"enemente sua $isosi%o, aoian$o-se com"etamente sobre sua r=ria for%a. *esus, or+m, reson$en$o, "e $isse, que o 'a"o no cantaria, isto +, que o temo usua" quan$o o 'a"o

canta no aconteceria, c. 13. 3Q, antes que e"e tivesse ne'a$o tr6s ve/es seu estre. E suane'a%o seria tota", ne'an$o at+ conec6-"o essoa"mente. ;e$ro, contu$o, no acatou aa$vert6ncia. Huan$o qua"quer cristo se a=ia sobre sua r=ria for%a e abi"i$a$e, ento e"e est4no camino mais certo ara ne'ar seu a"va$or. omente or meio $e constante umi"$a$e e $eora%o incessante e confian$o, e$in$o a for%a amara$ora $e @eus, se o$e ermanecer fie" at+ ofim.

A 'ravi$a$e $o eri'o vin$ouro, 7+ 2( - se1uir Jesus l#es per1unou: 9uando vos mandei sem bolsa, sem alfor1e e sem sand!lias, falou.vos porvenura al1uma coisa= ada, disseram eles+5( Enão l#es disse: -1ora, por4m, "uem em bolsa, ome.a, como amb4m o alfor1e/ e o "ue nãoem espada, venda a sua capa e compre uma+ 8( Pois vos di1o "ue impora "ue se cumpra emmim o "ue es! escrio: Ele foi conado com os malfeiores+ Por"ue o "ue a mim se refere es! sendo cumprido+ >( Enão l#es disseram: Sen#or, eis a"ui duas espadas+ 6espondeu.l#es: asa+Esta sec%o no + uma $i'resso, mas tem uma "i'a%o muito estreita com o que rece$e. Jora or causa $a vi'i"Dncia e so"icitu$e constantes $o enor, que seus $isc!u"os aviam si$o rote'i$osto bem e foi, rovave"mente, bem or causa $isso que ;e$ro ficara to ceio $e confian%a em simesmo. *esus, or causa $esta sua fi$e"i$a$e e cui$a$o estrema$o, a'ora er'unta aos a=sto"os,se, em a"'uma $e suas via'ens, quan$o os enviara sem bo"sa, sem a"for'e e sem fortes san$4"ias,tiveram qua"quer fa"ta $e a"'o. Ao que, com sinceri$a$e, reson$eram que nunca tiveram qua"quer fa"ta. E"e em to$os os momentos cui$ara $e"es, e a confian%a $e"es no fora em vo. otemosCesmo o5e, o cui$a$o $o enor acomana seus servos, manten$o e $efen$en$o-os em meio ato$as as $ificu"$a$es $e seu traba"oC om certe/a + uma romessa ceia $e a"!vio e conforto. Ase'uir o enor, contu$o, $i/ francamente a seus $isc!u"os, que no futuro sua resen%a e aten%of!sicas no mais iriam acoman4-"os, mas que $everiam e"es mesmos cui$ar $e si. : enor "es$i/ isto em "in'ua'em fi'urativa, afirman$o-"es que aque"e que tiver uma bo"sa, que se certifiqueque a "evou, i'ua"mente aque"e que tiver um a"for'e e quanto a uma esa$a, o$ero acar 

necess4rio ven$er sua caa, or mais in$isens4ve" que e"a ossa ser, ara comrar uma. :s$isc!u"os, $eois $o afastamento $o enor, no encontrariam uma rece%o to ami'4ve" comoantes. ;recisariam cui$ar $e sua r=ria subsist6ncia. ;recisariam eserar inimi/a$e fero/. Viriam$ias $e car6ncia e $e $ificu"$a$es, e $e rova%&es e bata"as amar'as, ara os quais $eviam estar  reara$os. : enor, quanto a si mesmo, est4 submisso ao eterno "ano $e @eus sobre a sa"va%o$as essoas. umrir-se-ia ne"e a a"avra $e Ks. Q3. 1B, bem como as $emais rofecias. ua vi$a eobra, sua morte e ressurrei%o, reresentam o fim $a rofecia $o Anti'o Testamento seu $estinoest4 c"aro. :s $isc!u"os, como semre, no cataram o rea" si'nifica$o $e *esus, mas tiveram aimresso $e que se referia a uma "uta f!sica. ;or isso "e aresentaram $uas esa$as que, $e a"'um

Page 147: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 147/166

mo$o, aviam conse'ui$o, ou que, $e temos anteriores, tra/iam consi'o. ua breve observa%o aisto foiC Oasta. A fa"ta $e comreenso que, mesmo a'ora, mostram, soa enfa$ona e $esa"enta$a,sim, quase a causar n4useas. F;ara o fim teno em vista mais $o que o necess4rio mas tamb+mteno o suficiente $e incomreenso, $e $esencanto, $e a"estras, ensinos e $a vi$a em 'era"G.

A a'onia no ets6mani, 7+ ?( E, saindo, foi, como de cosume, para o )one dasOliveiras/ e os discípulos o acompan#aram+ 0A( F#e1ando ao lu1ar escol#ido, Jesus l#es disse:

Orai, para "ue não enreis em enação+ 0@( Ele, por sua ve*, se afasou, cerca de um iro de pedra, e, de oel#os, orava, 0'( di*endo: Pai, se "ueres, passa de mim ese c!lice/ conudo, não se faça a min#a vonade, e, sim, a ua+ 0( Enão l#e apareceu um ano do c4u "ue o conforava+ 00( E, esando em a1onia, orava mais inensamene+ E aconeceu "ue o seu suor se ornou como 1oasde san1ue caindo sobre a erra+ 02( Levanando.se da oração, foi er com os discípulos e os ac#oudormindo de rise*a, 05( e disse.l#es: Por "ue esais dormindo= Levanai.vos, e orai, para "uenão enreis em enação+ *esus tina or costume ir se'ui$as ve/es ao onte $as :"iveiras, a umcerto 5ar$im cama$o ets6mani, o "u'ar $a rensa $e a/eite. E nesta noite $e intenso "uar, quan$os= a rofun$e/a $o Va"e $o e$rom estava envo"vi$o em sombras, e"e o$eria assar a"'umas roveitosas oras em ora%o. ;or isso, seus $isc!u"os no viram na$a $e estrano em sua atitu$e,mas o se'uiram como semre o fa/iam. rov4ve" que nem estranaram quan$o esco"eu tr6s$e"es como seus comaneiros ara uma camina$a ara um recanto mais $istante no 5ar$im, visto

que isto 54 avia aconteci$o anteriormente. *esus, or+m, fe/ tu$o isto, ten$o "ena comreenso $etu$o o que estava or acontecer. @isse aos seus ami'os mais r=9imos, no interior $o 5ar$im, que$eviam orar ara no entrar em tenta%o. Era bem naque"e momento que atan4s estavaarre'imentan$o suas for%as, $ison$o to$as as for%as $as trevas, ara fa/erem um #"timo ataquecontra a obra $a e9ia%o. : temor $a morte, tanto $a temora", como $a esiritua" e $a eterna,ca!ra sobre o enor. A ca$a instante aumentava o seu orror. a intensi$a$e $o sofrimento $e suaa"ma, retirou-se, ou afastou-se rai$amente $e seus tr6s $isc!u"os, ara uma $istDncia $e cerca $eum arremesso $e e$ra. Arremessou-se sobre seus 5oe"os, numa atitu$e $e s#"ica. ;e$iu e ro'ou aseu ;ai ce"esteC e tu queres, tira este c4"ice, ou ermite que e"e asse ao meu "a$o. Aque"e c4"iceque a'ora "e era esten$i$o, o rosecto $e torturas cru+is na cru/ e $a morte e"os eca$os $omun$o inteiro, nesta ora isto "e arecia $emais. *esus foi um omem ver$a$eiro e natura", e anature/a umana resiste e se $ebate contra a morte, ois a morte + a"'o no natura" e e"a $estr=i avi$a que @eus $eu, e rome os "a%os entre o coro e a a"ma. A umi"a%o $e *esus + to rofun$a,que ensa acar, se oss!ve", outra maneira ara rea"i/ar a re$en%o $o mun$o. esta ora o r=rio conse"o $e @eus que o "evou a $ei9ar seu trono $e '"=ria e vir ao va"e $e "4'rimas esteveobscuro aos seus o"os. Hue abismo esta umi"a%oI ontu$o, ain$a assim, no ouve a menor murmura%o contra o $es!'nio $e @eus. A vonta$e $e @eus $evia ser e9ecuta$a semre em rimeiro "u'ar. E"e sacrificou sua r=ria vonta$e 8 $e seu ;ai ce"este. E"e no sofrimento aren$euobe$i6ncia. E raticou submisso, tornan$o-se obe$iente at+ 8 morte, Rb. Q. J. B.. o au'e $eseu sofrer aareceu-"e um an5o $o c+u e "e ofereceu refor%o, "embran$o-o, rovave"mente, $oeterno "ano $e @eus e $o resu"ta$o fina" $e seu camino $e $or. A umi"a%o $o Ji"o $e @eusfoi to ine9rimive"mente rofun$a, que e"e, o '"orioso ria$or $o universo, aceitou assist6ncia eencora5amento $uma $as suas r=rias criaturas. Estava no au'e $e sua imensa an'#stia, e as a"avras $e sua ora%o "e vinam com 'ran$e vi'or. A "uta $o atriarca *ac= 5unto ao *aboque foras= um 4"i$o tio $esta bata"a. ;or fim, seu suor se tornou seme"ante a 'ran$es 'otas $e san'ue

que "e escorriam e"o rosto ao co. Era a a'onia e o fervor $e sua a"ma, que ar$ia no ca"or insuort4ve" $e sua tribu"a%o, que causou este fen<meno. ua for%a, or+m, triunfou'ra$ua"mente, e aos oucos os ataques $a morte e $o $iabo $iminu!ram em intensi$a$e. Esteve ronto ara receber o c4"ice $as mos $e seu ;ai ce"estia" e beb6-"o at+ 8 #"tima 'ota. Er'ueu-se $esua ro"on'a$a "uta em ora%o. as, ce'an$o aos $isc!u"os, encontrou-os $ormin$o $e triste/a.im"es carne e san'ue no aviam si$o caa/es $e testemunar a cena $esta "ancinante a'onia.Acor$ou-os $o sono, sentin$o certa triste/a sobre a incaaci$a$e $e ;e$ro ara vi'iar com e"e or,ao menos, uma ora. @isse-"es que esta no era ora ara $ormir. as, antes, $eviam "evantar-se eorar, ara que no entrassem em tenta%o. nas oras $e 'ran$e e amar'o infort#nio que, antes $e

Page 148: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 148/166

tu$o, + necess4rio estar semre a"erta e raticar a vi'i"Dncia, su"icar a @eus for%a e submisso 8sua vonta$e, e que nenuma tenta%o se5a to forte que nos roube a f+. : es!rito $os cristos o$eser "enamente $isosto, visto que + nasci$o $e @eus, mas a carne, ou se5a, a er$a$a $erava%o e ecaminosi$a$e, + e9cessivamente fraca e incaa/. omente a ora%o ersistente e rementereceber4 $o Es!rito $e @eus a for%a $e vencer e a"can%ar a vit=ria.

A trai%o, 7+ 08( Galava ele ainda, "uando c#e1ou uma mulidão/ e um dos do*e, o

c#amado Judas, "ue vin#a < frene deles, aproHimou.se de Jesus para o beiar+ 0>( Jesus, por4m,l#e disse: Judas, com um beio rais o Gil#o do #omem= 0?( Os "ue esavam ao redor dele, vendo o"ue ia suceder, per1unaram: Sen#or, feriremos < espada= 2A( Um deles feriu o servo do sumo sacerdoe, e corou.l#e a orel#a direia+ 2@( )as Jesus acudiu, di*endo: DeiHai, basa+ E, ocando.l#e a orel#a, o curou+ 2'( Enão, diri1indo.se Jesus aos principais sacerdoes, capiães do emploe anciãos "ue vieram prend%.lo, disse: Saíses com espadas e cacees como para deer um saleador= 2( Diariamene, esando eu convosco no empo, não puseses as mãos sobre mim+ Esa, por4m, 4 a vossa #ora e o poder das revas+ Enquanto *esus fa"ava, se $iri'ia ara a entra$a$o 5ar$im, a fim $e se 5untar aos outros oito $isc!u"os que $ei9ara r=9imo $a entra$a. Joi, maisou menos, neste onto que e"e encontrou a turba $e servos $os rinciais $os sacer$otes e os'uar$as $o tem"o e mais a"'uns so"$a$os, vin$o com e"es a"'uns $os caites $o tem"o e $os rinciais $os sacer$otes. *u$as, um $os $o/e, estava com e"es, como seu 'uia. FAt+ ao fim *u$as +

aonta$o com este nome, como com um esti'maG. eti$o em revo"tante iocrisia e"e searo9imou $e *esus e o bei5ou, e assim o traiu aos seus assassinos com a rova que in$ica reseitoe amor. *esus aontou to$o a $esonra e averso a este ato ver'onoso nas a"avras a$vertentes que arecem tamb+m inc"uir um tom s#"ice, como $o a"va$or que mesmo a'ora tenta ersua$ir o eca$or a vo"tar ao camino $a 5usti%aC om um bei5o trais o Ji"o $o omemN Este acontecimentotamb+m e9a"tou aos $isc!u"os, em esecia" a ;e$ro. Estavam areensivos com a se'uran%a $e seuama$o estre, e, na comreenso erra$a $e suas a"avras, ensaram que era a ora em que asesa$as "es fossem $e va"or. Antes que fa"assem a ira 54 os $ominou. ma esa$a cinti"ou e bai9ou, e cortou a ore"a $ireita $o servo $o sumo sacer$ote. Ksto foi /e"o carna". : enor no recisava $essa $efesa. As armas $e sua "uta no so carnais, mas esirituais. ;or isso *esus,ime$iatamente, camou seus $isc!u"os 8 or$em, $i/en$oC ;arem, bastaI @ei9em que os inimi'oscontinuemI o resistaisI ;ois, s= assim as Escrituras o$em ser cumri$as. E tocan$o a ore"a $oservo, curou-oC m comovente e9em"o $e bon$a$e ao inimi'o no au'e $uma crise, e que, rovave"mente, sa"vou os $isc!u"os $a morte reentina. A se'uir, or+m, o enor se vo"tou aos"!$eres $a mu"ti$o que viera ren$6-"o, isto +, aos rinciais $os sacer$otes, caites $o tem"o eaos ancios, e censurou sua a%o com a"avras $e amar'a acusa%o. Raviam sa!$o como contra um"a$ro e sa"tea$or, com esa$as e cacetes. E"e, or+m, avia esta$o $iariamente entre e"es notem"o, mas e"es, nem uma s= ve/, aviam esten$i$o as mos ara o aanarem. : comortamento$e"es ceirava 8 m4 consci6ncia e a a"'o tota"mente in$i'no aos "!$eres $o ovo. e to$os tivessemsi$o francos e onestos, o$eriam ter movi$o uma a%o #b"ica contra e"e e "e'a"mentearisiona$o. Esta, contu$o, era sua ora, o temo quan$o os inimi'os aarentemente estavamvencen$o e foi o o$er $as trevas que os movia. Estavam a servi%o $o r!ncie $as trevas. Era o r=rio atan4s quem e9ecutava sua inten%o assassina contra o enor. @eus, quanto a si, ermitiu que a erversi$a$e $as essoas e $o $iabo reinasse "ivremente, ara que as Escrituras u$essem ser cumri$as.

Friso Perane Faif!s+ - e1ação De Pedro,  Lc. BB. QM-71.

A que$a $e ;e$ro, 7+ 20( Enão, prendendo.o, o levaram e o inrodu*iram na casa do sumo sacerdoe+ Pedro se1uia de lon1e+ 22( E "uando acenderam fo1o no meio do p!io, e unos se assenaram, Pedro omou lu1ar enre eles+ 25( Enremenes uma criada, vendo.o assenado ao fo1o, fiando.o, disse: Ese amb4m esava com ele+ 28( )as Pedro ne1ava, di*endo: )ul#er, não ocon#eço+ 2>( Pouco depois, vendo.o ouro, disse: Mamb4m u 4s dos ais+ Pedro, por4m, proesava: Iomem, não sou+ 2?( E, endo passado cerca de uma #ora, ouro afirmava, di*endo:

Page 149: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 149/166

Mamb4m ese verdadeiramene esava com ele, por"ue amb4m 4 1alileu+ 5A( )as Pedro insisia: Iomem, não compreendo o "ue di*es+ E lo1o, esando ele ainda a falar, canou o 1alo+ 5@( Enão,volando.se o Sen#or, fiHou os ol#os em Pedro, e Pedro se lembrou da palavra do Sen#or, comol#e dissera: Ioe r%s ve*es me ne1ar!s, anes de canar o 1alo+ 5'( Enão Pedro, saindo dali,c#orou amar1amene+ aque"a noite no ouve $escanso nem sono no a"4cio $o sumo sacer$ote.A arti$a $o 'ruo avia causa$o 'ran$e a'ita%o na resi$6ncia to$a, e o seu retorno vitorioso

avia ocasiona$o que to$os os servos fossem "eva$os 8 maior esita%o. ;or enquanto to$os osa$etos $o risioneiro estavam sob seme"ante con$ena%o. :s servos aviam circun$a$o a *esus eo toma$o reso, e ento o con$u/iram 8 casa $o sumo sacer$ote. Aqui aareceu a nature/aimu"siva $e ;e$roC recisa ver o que vai acontecer. :s serventes aviam acen$i$o um fo'oaconce'ante no centro $o 4tio $o a"4cio, que fornecia "u/ e ca"or. ;e$ro, ten$o obti$o a$missoao corre$or, 5untou-se com os serventes ao re$or $o fo'o, ois o ar '+"i$o $a noite rimaveri"$ominava o ar. Aqui uma cria$a o viu, ven$o-o senta$o na c"ari$a$e $o fo'o. :"an$o-o fi9o, arase certificar que no se en'anava, acusou-o $e ser um se'ui$or $e *esus. E"a fe/ sua acusa%o naforma $uma afirma%o aos $emais serventesC Este omem tamb+m esteve com e"e. E ;e$ro, toma$o$e surresa, antes que u$esse ensar nas a"avras que iria roferir, $isseC u"er, no o cone%o.A=s isto, sua consci6ncia o$e t6-"o incomo$a$o um ouco, ois arece que e"e, or a"'um temo,se afastou $o fo'o. as no $urou muito, antes que fosse ataca$o $e outros "a$os, acusan$o-o no

s= as cria$as, mas tamb+m um $os omensC Tamb+m tu +s um $e"es, um membro $esse 'ruofami'era$o. ;e$ro 54 avia ne'a$o ser um se'ui$or $e *esus. A'ora, com maior 6nfase, ne'a seu$isciu"a$o. A oosi%o, or+m, no foi ca"a$a, ois ma" assara mais uma ora, quan$o outroomem afirmou mais cate'=ricoC Em ver$a$e, este omem esteve com e"e, ois + um 'a"i"eu. E;e$ro mais uma ve/ ne'ou, reten$en$o at+ no saber $o que o omem fa"ava. @esta forma a tri"ane'a%o ao enor se avia torna$o um fato, se'un$o afirma$o na rofecia $a noite anterior. estemomento o 'a"o cantou, e no mesmo instante *esus vo"tou o o"ar ara ;e$ro. Este o"ar $oa"va$or, que ;e$ro avia ma'oa$o to rofun$amente com este seu orren$o eca$o, enetroufun$o em seu cora%o. aque"e momento *esus foi "eva$o ou $os aosentos $e An4s ara os $e seu'enro, aif4s, ou a sa"a $e 5u"'amento ficara num n!ve" $o qua" se o$ia o"ar ara o 4tio. A'ora;e$ro se "embrou $e ca$a a"avra $e seu estre, e, certamente, tamb+m $a arro'Dncia com que "ereson$era. E e"e saiu $o a"4cio ara o ar "ivre e corou amar'amente. Esta foi uma triste/a e umarreen$imento sincero. ;e$ro confiou na a"avra $o evan'e"o, a romessa $e sa"va%o que tantasve/es ouvira $a boca $e seu estre, e acou er$o na for%a $esta f+.

*esus trata$o com $esre/o, 7+ 5( Os "ue dein#am Jesus *ombavam dele, davam.l#e pancadas e, 50( vendando.l#e os ol#os, di*iam: Profei*a.nos "uem 4 o "ue e baeu+ 52( E muiasouras coisas di*iam conra ele, blasfemando+ f. t. B2. 27, 2 c. 1M. 2Q. :s servos $o sumosacer$otes e os ancios, neste !nterim, tiveram seu esorte com o catura$o rofeta $a a"i"+ia, e osru$es cistes e b"asfemas /ombarias eram feitas sem serem rereen$i$os. Pi$icu"ari/aram,/ombaram e escarneceram-no. Oatiam-no, no s= na face, mas no coro. obriam seu rosto com esa$o ano e "e or$enavam que rofeti/asse quem era a essoa que "e encobria o rosto. Equan$o uma forma $e crue"$a$es 54 no mais "es a'ra$ava, ima'inavam a"'uma nova roe/a b"asfema como assa-temo. Este foi o come%o $o mart!rio $e risto, $e seu sofrimento e"os eca$os $o mun$o inteiro. Em nossos $ias + somente uma continua%o $os sofrimentos $e risto,quan$o os $escrentes, o ban$o b"asfemo $os /omba$ores, fa/em cacota $a rofecia e $a a"avra

$e risto, e bruta"mente erse'uem aos servos $e risto. as a aci6ncia $e risto + a nossasa"va%o, como tamb+m o nosso e9em"o.

Pesumo $o 5u"'amento, 7+ 55( lo1o "ue aman#eceu, reuniu.se a assembl4ia dos anciãosdo povo, assim os principais sacerdoes como os escribas, e o condu*iram ao Sin4drio, onde l#edisseram: 58( Se u 4s o Friso, di*e.nos+ Enão Jesus l#es respondeu: Se vo.lo disser, não oacrediareis/ 5>( amb4m se vos per1unar, de nen#um modo me respondereis+ 5?( Desde a1oraesar! senado o Gil#o do #omem < direia do Modo.poderoso Deus+ 8A( Enão disseram odos: Lo1o u 4s o Gil#o de Deus= E ele l#es respondeu: 73s di*eis "ue eu sou+ 8@( Flamaram, pois: 9uenecessidade mais emos de esemun#o= por"ue n3s mesmos o ouvimos da sua pr3pria boca+ f.

Page 150: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 150/166

t. B2. Q-22 c. 1M. QQ-2M. Lucas $4 um resumo $a sesso noturna rea"i/a$a na casa $o sumosacer$ote, e $a sesso matutina na qua" a senten%a $a sesso noturna foi reeti$a e confirma$a.Lo'o $e man ce$o se reuniu to$o o sin+$rio no sa"o $as e$ras o"i$as. Era necess4rio que asenten%a $e morte fosse, mais uma ve/, toma$a em consi$era%o ara que a ar=$ia $a 5usti%a fossefeita menos aarente. A $eman$a $os membros $o sin+$rio foi breve e inso"ente. @evia contar-"esse rea"mente era o risto, o essias rometi$o. enti"mente *esus "es "embra o fato que to$o seu

 5u"'amento era uma farsa e um esc4rnio, orque e"es no criam em suas a"avras nem reson$iamsuas er'untas. @isse-"es, contu$o, e com muita serie$a$e uma a"avra, a saber, que e"e, o Ji"o$o omem, se assentaria 8 mo $ireita $o o$er $e @eus. Huan$o estes seus 5u!/es o viremnovamente, ento suas osi%&es estaro troca$as. Ento e"e ser4 o *ui/, e os inimi'os $e ristorecuaro $e terror quan$o sero arrasta$os ante o trono $o 5u!/o $o enor. Ento c"amaro aosmontes que caiam sobre e"es, e aos outeiros que os cubram. E quan$o to$os e"es, se'uin$o oe9em"o $o sumo sacer$ote, e9i'iram uma $ec"ara%o curta se e"e era o Ji"o $e @eus, $eu-"es ama5estosa resostaC V=s o $i/eis, ois eu o sou. om esta $ec"ara%o ecoan$o em seus ouvi$os, acon$ena%o in5usta, feita e"o conse"o, foi na rea"i$a$e a mais com"eta vin$ica%o $a inoc6ncia e$a santi$a$e $e *esus. A ra/o, or isso, or que os 5u$eus quiseram que *esus morresse, foi orquee"e era o Ji"o $e @eus e, como ta", "es $issera a ver$a$e, rerovara suas m4s a%&es e e9usera-"es a iocrisia. =s cristos, to$avia, a'ra$ecemos ao nosso caro enor *esus risto, orque

 ermitiu que esta senten%a fosse ronuncia$a sobre e"e, e orque testemunou $este fato at+ ao fim,confirman$o com um 5uramento so"ene que e"e +, $e fato, o Ji"o $o eternamente ben$ito @eus.A'ora sabemos que estamos reconci"ia$os com @eus e"a morte $e seu Ji"o. : san'ue $e *esusristo, o Ji"o $e @eus, nos urifica $e to$o eca$o.

Resumo: Enquanto *u$as se oferece ara trair seu estre, *esus or$ena que ;e$ro e *oo rearem a ceia asca" numa casa $esi'na$a, 5anta com seus $isc!u"os, instituiu a anta Eucaristia,$4 uma "i%o $e umi"$a$e, a$verte ;e$ro contra confian%a $emasia$a em si mesmo, suorta aa'onia $o ets6mani, + tra!$o aos 5u$eus e"o bei5o $e *u$as, e + con$ena$o 8 morte na sa"a $osin+$rio, enquanto ;e$ro o ne'a tr6s ve/es.

Capítulo 23

O Jul1ameno -ne Pilaos, Lc. B3. 1-BQ.

A acusa%o, 7+ @( Levanando.se oda a assembl4ia, levaram Jesus a Pilaos+ '( E ali passaram a acus!.lo, di*endo: Enconramos ese #omem perverendo a nossa nação, vedando pa1ar ribuo a F4sar e afirmando ser ele o Friso, 6ei+ ( Enão l#e per1unou Pilaos: És u o reidos udeus= 6espondeu Jesus: Mu o di*es+ 0( Disse Pilaos aos principais sacerdoes e <smulid;es: ão veo nese #omem crime al1um+ 2( nsisiam, por4m, cada ve* mais, di*endo: Elealvoroça o povo, ensinando por oda a Jud4ia, desde a Calil4ia, onde começou, a4 a"ui+  To$a amu"ti$o $e"es se er'ueu. esmo que fosse to ce$o, os membros $o sin+$rio comareceram em b"oco, sen$o a maioria $e"es to fe"i/ que 54 no conse'uia ficar ca"a$o. Fa sesso matutina $osin+$rio fora reso"vi$o, com to$as as evi$6ncias, co"ocar a confisso $e *esus $e que e"e era oristo numa forma ta" que u$esse ser aresenta$a a ;i"atos, isto +, $e $ar-"e um car4ter o"!tico eacus4-"o que asirava ser reiG@0). A'ora o con$u/iram a ;i"atos. @esceram com e"e e"oscorre$ores $o tem"o. ;assaram or uma $as ortas $o su" ou oeste e foram at+ o outro "a$o $oVa"e Tiroeano, on$e, se'un$o os esquisa$ores mo$ernos, se situava o ret=rio $e ;i"atos. E, "o'oque ;i"atos aareceu no avimento e"eva$o $iante $o a"4cio, ime$iatamente trou9eram suasacusa%&es. Tentaram co"ocar, me$iante uma eserta maniu"a%o $a confisso $o enor, ne"as umsi'nifica$o o"!tico. Acusaram-no $e estar erverten$o a na%o, incitan$o o ovo 8 insatisfa%o e 8

@0 ( @A@( EHposiors Cree Mesamen, @+52+

Page 151: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 151/166

rebe"io, emenan$o-se ara ime$i-"os $e a'ar tributo a +sar, $i/en$o que e"e era o risto, umrei. Estas acusa%&es foram as ca"#nias mais su5as e vis que o$iam ser inventa$as or e"es,afirman$o em to$os os itens o que os "!$eres 5u$eus aviam tenta$o que *esus fi/esse, ou se5a,aqui"o que e"es queriam que e"e fi/esse, ara que tivessem motivos ara "ev4-"o ao rocura$or. Acon$uta to$a $o enor refutava as imuta%&es como sen$o acusa%&es ma"$osas e infun$a$as.*esus avia ensina$o e e9ressamente or$ena$o que as ta9as "e'ais e a obe$i6ncia recisam ser 

 a'as a um 'overnante constitu!$o. E"e se avia retira$o quan$o o ovo tentara torn4-"o rei, ouse5a, torna$o re'ente terreno. ;i"atos enten$eu que as acusa%&es no assavam $e imuta%&esinventa$as, mas, orque tina *esus em sua resen%a, reso"veu investi'ar mais em que consistia suarea"e/a e o qua", rea"mente, era seu reino. Huan$o o 'overna$or er'untou se e"e era o rei $os 5u$eus, *esus "e reson$eu afirmativamente. E, como *oo re"ata, e"e tentou e9"icar o assunto ao'entio, mas no tve sucesso. ontu$o, um mero re"ance $e o"o sobre o acusa$o convencera a;i"atos que este no era um rebe"$e ou se$icioso, e que sua rea"e/a certamente no oferecia eri'oa"'um 8 e9ist6ncia $o Km+rio Pomano. ;or isso $isse aos rinciais $os sacer$otes e 8s mu"ti$&es,"4 fora, visto que nesta ora 54 se avia reuni$o o ou"aco $e to$os os "a$os $a ci$a$e, $e queno acara fa"ta neste omem. este meio temo os "!$eres 5u$eus, or+m, no estiveram ociososmas ativamente emena$os em ati%ar a turba ao $ese5o $e san'ue. ;or isso, em face $a $ec"ara%o$o 'overna$or, os rinciais $os sacer$otes continuaram, insistin$o e ar'umentan$o com muito

ar$or $e que estavam corretos quan$o afirmaram que *esus ouvera ati%a$o o ovo 8 se$i%o,e9citan$o-o como seu ensino que esa"ara or to$a a terra $a *u$+ia. ome%an$o na a"i"+ia econtinuan$o sua obra rebe"$e, esa"ou sua $outrina nociva or to$a rov!ncia, ce'an$o at+ estaci$a$e santa. :s rinciais $os sacer$otes estavam $etermina$os a verem cumri$a a qua"quer  re%o sua vonta$e $e ena $e morte, fosse or meios "e'ais ou su5os, sen$o que uma $etura%o amais ou a menos no "es esava muito nas consci6ncias.

*esus erante Rero$es, 7+ 5( Mendo Pilaos ouvido iso, per1unou se a"uele #omem eraCalileu+ 8( -o saber "ue era da urisdição de Ierodes, esando ese na"ueles dias em Jerusal4m,l#o remeeu+ >( Ierodes, vendo a Jesus, sobremaneira se ale1rou, pois #avia muio "ueria v%.lo, por er ouvido falar a seu respeio/ esperava amb4m v%.lo fa*er al1um sinal+ ?( E de muiosmodos o inerro1ava/ Jesus, por4m, nada l#e respondia+ @A( Os principais sacerdoes e os escribasali presenes o acusavam com 1rande veem%ncia+ @@( )as Ierodes, unamene com os da sua 1uarda, raou.o com despre*o e, escarnecendo dele, f%.lo vesir.se de um mano aparaoso, e odevolveu a Pilaos+ @'( a"uele mesmo dia Ierodes e Pilaos se reconciliaram, pois anes viviaminimi*ados um com o ouro+ Lo'o que ;i"atos ouviu a a"avra a"i"+ia, ficou vivamente interessa$o.m racioc!nio ca"mo e 5u$icioso, $es$e o come%o, "e $i/ia, que *esus era inocente, mas suanature/a fraca e vaci"ante temia um "evante $os 5u$eus, que, com a ci$a$e ceia $e ere'rinos, se o$eria tornar a"'o muito s+rio. Viu aqui uma cance ara se "ivrar $e to$o este caso $esa'ra$4ve".;or isso, ime$iatamente, inquiriu e recebeu a informa%o que *esus ertencia 8 5uris$i%o $eRero$es Antias, o tetrarca $a a"i"+ia. : 'overna$or $a *u$+ia, a cu5a corte o caso fora tra/i$o e or quem $evia ser $eci$i$o enviou, sem um instante $e $emora, o risioneiro a Rero$es, quetamb+m viera 8 festa e resi$ia no suntuoso a"4cio $a fam!"ia ero$iana na arte oeste $a ci$a$e.@a arte $e ;i"atos isto foi uma covar$ia 5unta$a a sofistica%o "e'a". Tentou eva$ir-se $o caso, $eescaar $uma situa%o $esa'ra$4ve". E"e no fora to cui$a$oso na autori$a$e, quan$o fi/eramorrer aque"es outros 'a"i"eus no tem"o, ca. 13. 1. Huan$o a"'u+m $et+m um of!cio, $evia fa/er 

sua tarefa $e of!cio, mesmo quan$o, ocasiona"mente, isto + $esa'ra$4ve". a$a um, acima $e tu$o,$evia ser onesto e sincero em seu traba"o. Rero$es se a"e'rou muito, quan$o *esus "e foitra/i$o. *4 na a"i"+ia ouvira muito sobre e"e, ca. . 7-, e, $es$e muito temo, estava ansioso emv6-"o. Esta oortuni$a$e "e sur'iu a'ora, sem que e"e tivesse se emena$o or e"a. Tina $iantesi uma nova $istra%o que o conservaria ocua$o, isto +, ara "e roorcionar uma a'ra$4ve"mu$an%a na monotonia $e vi$a, visto que o risioneiro era caa/ $e encantar a e"e e a seuscortesos com a"'uns 4beis truques ou, at+, com a rea"i/a%o $um mi"a're ara o seu benef!cioesecia". ;or isso, "o'o que *esus foi tra/i$o ao seu a"4cio, enceu-o com er'untas sobre muitascoisas. as ficou re$on$amente $esencanta$o, ois, *esus no "e reson$eu nem ao menos uma

Page 152: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 152/166

 a"avra. Rero$es 54 tivera suficientes oortuni$a$es ara ouvir a ver$a$e $a boca $o $estemi$otestemuna que foi *oo Oatista, mas en$urecera seu cora%o contra a ver$a$e e matou a este re'a$or $a 5usti%a. E mesmo a'ora no era seu $ese5o e"a re'a%o $a sa"va%o que se moviane"e, mas mera curiosi$a$e. um casti'o terr!ve" $e @eus, quan$o e"e no mais se comunica e"oevan'e"o com uma essoa, mas a i'nora tota"mente. :s rinciais $os sacer$otes e os escribas,temen$o que seu caso o$eria tomar uma $ire%o $esfavor4ve", quan$o ausentes, reso"veram se'uir 

aos so"$a$os e o risioneiro ara o a"4cio $e Rero$es, e "4 renovaram suas veementes acusa%&es.Rero$es, contu$o, no $eu aten%o aos seus c"amores. ua eseran%a or entretenimento aviafa"a$o or causa $a m4-vonta$e $o reso ara reson$er. E"e e seu coro $a 'uar$a essoa", or isso, o trataram com to$os os sinais $e $esre/o, /ombaram-no, vestiram-no $um manto vistoso oucinti"ante, Frovave"mente um manto rea" seu que 54 fora 5o'a$o foraG, e ento o man$ou $e vo"ta a;i"atos. ua atitu$e mostrou que e"e consi$erou *esus um to"o imotente e irresons4ve", sim, umrei c<mico e um omem $i'no $e $eboce que no recisa ser temi$o ou uni$o. ;i"atos e Rero$es,antes $esse fato, estavam $e re"a%&es estremeci$as, rovave"mente or causa $a atitu$e vio"enta $o'overna$or estavam em inimi/a$e. as a'ora o $esacor$o foi esqueci$o. Rero$es tivera sua$istra%o, como consi$erava o caso, mas no queria tentar reso"v6-"o, or isso o $evo"veu a ;i"atoso qua" era o 5ui/ aroria$o. *esus foi o 5o'uete $e omens sem rinc!ios. a rea"i$a$e, no 4qua"quer $iferen%a no tio, se5a, se os fi"os $o mun$o acusam risto e os $isc!u"os $e risto

como rebe"$es e erverte$ores $a mora", ou se os $esre/am como to"os inofensivos. E "4 on$e ocaso $i/ reseito 8 inimi/a$e a risto, "4 anti'os inimi'os se tornam os me"ores ami'os.:utro subterf#'io $e ;i"atos, 7+ @( Enão, reunindo Pilaos os principais sacerdoes, as

auoridades e o povo, @0( disse.l#es: -presenases.me ese #omem como a1iador do povo/ mas,endo.o inerro1ado na vossa presença, nada verifi"uei conra ele dos crimes de "ue o acusais+ @2( em ão pouco Ierodes, pois no.lo ornou a enviar+ É, pois, claro "ue nada conra ele se verificoudi1no de more+ @5( Porano, ap3s casi1!.lo, sol!.lo.ei+@8( E era.l#e forçoso solar.l#es umdeeno por ocasião da fesa+ @>( Moda a mulidão, por4m, 1riava: Gora com ese& Sola.nos arrab!s& @?( arrab!s esava no c!rcere por causa de uma sedição na cidade, e amb4m por #omicídio+ Ten$o fa"a$o um esquema $e ;i"atos, quan$o quis "an%ar a resonsabi"i$a$e sobrea"'u+m outro, eserou ser bem suce$i$o se'uin$o um outro "ano. : risioneiro estava mais umave/ ante a corte $e ;i"atos, or isso e"e convocou forma"mente os acusa$ores, forma$os e"os rinciais $os sacer$otes, os "!$eres e tamb+m o ovo, cu5o n#mero aumentava a ca$a instante.Peuniu-os, ara "es comunicar as conc"us&es $e Rero$es, como tamb+m o que e"e r=rio ensavae queria. Pecaitu"ou seus ontos. A acusa%o $e"es era que *esus estava afastan$o o ovo $e suasubmisso ao imera$or romano. as e"e avia feito uma caute"osa in$a'a%o sobre o assunto, nos= em au$i6ncia riva$a, *o. 1. 33, mas tamb+m na resen%a $e"es. To$avia, nem ao menos, forauma s= acusa%o que fosse substancia$a or a"'um testemuno fi$e$i'no ou e"a confisso $o risioneiro. E nem a conc"uso $e Rero$es $iferia $a sua. *esus avia si$o envia$o ao 'overna$or $a a"i"+ia, mas na$a $i'no $e morte fora co"oca$o como acusa%o contra e"e. Joi neste onto que;i"atos cometeu seu rimeiro e nefan$o erro #b"ico, quan$o $isse ao ovo que iria a%oitar *esusantes $e so"t4-"o. e *esus era inocente, como o 'overna$or afirmara reeti$as ve/es, ento foi uma'ritante in5usti%a f"a'e"4-"o crue"mente, se'un$o costume $e ento. Ja/en$o esta roosta, e"emostrou sua fraque/a ao ovo, ois nem queria sobrecarre'ar sua r=ria consci6ncia, e nem queriaque os 5u$eus sa!ssem $ececiona$os. : a%oitamento in5usto, que comunicou 5unto com a inten%o

$e so"tar o reso, rearou o curso ara a oosi%o vio"enta $o ovo, que assou a querer san'ue esentia que o 'overna$or estava em suas mos. eu to fraco e f#ti" "ano $e a%o resu"tou numcrime orren$o. F: fanatismo aumenta com a ce$6nciaG.Era costume $e ;i"atos so"tar, or ocasio$a 4scoa, a"'um reso. as, o que, no come%o, fora um favor, se $esenvo"veu numa obri'a%o.Tina e"e a obri'a%o $e "es so"tar um reso em "i'a%o $a festa. ontu$o, antes que ;i"atos <$ee9ressar, ao menos, sua inteira su'esto, $an$o to$as as ra/&es e"as quais o ovo $everia referir a "iberta%o $e *esus 8 $e Oarrab4s, a mu"ti$o come%ou a c"amar, no com a"'umas que ecoavamaqui e aco"4, mas num 'rito #nico e imenso que, ao mesmo temo, ecoava $e to$as as 'ar'antas emvo"ume $ominante. o e$iam ou ro'avam, mas e9i'iam em atitu$e amea%a$oraC Leva este

Page 153: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 153/166

emboraC com e"e ao casti'o, 8 morteI as so"ta-nos Oarrab4s. Esta foi uma esco"a $o ovoC umcriminoso vi" e abomin4ve", um rebe"$e e um assassino, que fora "an%a$o na riso na esera $asenten%a $e morte. Joi um caso $e ce'ueira e $ure/a $a cora%o que no tem ara"e"o na ist=ria.as recor$emos que muitos $este mesmo ovo, rovave"mente, estiveram entre os que, a aenascinco $ias antes, aviam e9c"ama$o Iosana em a"ta vo/, e que, or me$o a e"es, os rinciais $ossacer$otes, a escassos tr6s $ias antes,S no se atreveram "an%ar as mos em *esusI otemosC

Huan$o qua"quer essoa est4 $isosta a onrar *esus como um 'ran$e rofeta, mas recusaarreen$er-se e crer no a"va$or, e $e "e $ar to$o seu cora%o, ento e"a est4, na ver$a$e, "on'e $esua 'ra%a e $o seu ver$a$eiro $isciu"a$o. f4ci" tais essoas serem 5o'a$as nas fi"eiras $osinimi'os.

A senten%a $e ;i"atos, 7+ 'A( Deseando Pilaos solar a Jesus, insisiu ainda+ '@( Eles, por4m, mais 1riavam: Frucifica.o& Frucifica.o& ''( Enão, pela erceira ve*, l#es per1unou: 9uemal fe* ese= De fao nada ac#ei conra ele para conden!.lo < more/ porano, depois de ocasi1ar, sol!.lo.ei+ '( )as eles insavam com 1randes 1rios pedindo "ue fosse crucificado+ E o seu clamor prevaleceu+ '0( Enão Pilaos decidiu aender.l#es o pedido: '2( Solou a"uele "ueesava encarcerado por causa da sedição e do #omicídio, a "uem eles pediam/ e, "uando a Jesus,enre1ou.o < vonade deles+ ma essoa, $eois que $eu o rimeiro asso erra$o, + suscet!ve" a se$ei9ar "evar e"o seu r=rio est!mu"o. ;i"atos 54 no estava mais no contro"e $a situa%o. E no

estava "i$an$o com seres umanos racionais, or+m, com uma turba enfureci$a, que 54 no o$iaser mais sub5u'a$a, se no e"a vio"6ncia e9trema. o $ia em que for oss!ve" estancar um torna$ocom o sim"es er'uer $a mo, ento tamb+m ser4 oss!ve" estancar com a ra/o uma mu"ti$osan'uin4ria. ;i"atos "es fa"ou em vo/ forte, tentan$o fa/er-se ouvir no torve"ino, ois queriaso"tar *esus. as e"es, com for%a ain$a maior, bra$aram $e vo"ta, e9i'in$o que *esus fossecrucifica$o. ;i"atos, e"a terceira ve/, tentou acentuar a inoc6ncia $e risto, e que no encontravane"e qua"quer motivo ara e9ecut4-"o, e que, or isso, o a%oitaria e so"taria. as no foi oss!ve"estancar a corrente/a. Eram insistentes e e9i'entes, 'ritan$o a to$a vo/ e concomitantemente. eus'ritos ro"aram e reverberaram e"as ruas estreitas at+ que se quebraram em ecos terr!veis contra as are$es $o tem"o, e9i'in$o que risto fosse crucifica$o. E quanto mais o 'overna$or esitava,tanto mais eseran%osos ecoaram seus 'ritos e o seu tom amea%a$or aumentou $e minuto a minuto.Jina"mente o fr4'i" ;i"atos, venci$o e"o o$er $os rinciais $os sacer$otes, caitu"ou. @eci$iu e 5u"'ou conforme a vonta$e $o ovo. *4 no restou qua"quer tra%o $e $ireito e 5usti%a. otemos ocontraste e9resso or LucasC o"tou-"es aque"e que or causa $e rebe"io e assassinato fora"an%a$o na riso, ou se5a, ao criminoso obstina$o e erverso, orque e"es o quiseram mas a *esus,o a"va$or $o mun$o, que at+ mesmo neste momento estava sofren$o e"os eca$os $a mu"ti$ouivante, e"e entre'ou 8 vonta$e $e"es $eci$iu que este $eve ser crucifica$o. ;i"atos + um tio $os 5u!/es in5ustos $este mun$o, que no cumrimento $o seu $ever no se'uem a onesti$a$e e a 5usti%a, mas que, em tantas ocasi&es, so ferramentas $os inimi'os $a i're5a. E, seme"ante a;i"atos, muitos fi"os $o mun$o esitam entre a ver$a$e e a fa"si$a$e, entre a ami/a$e e ainimi/a$e a risto, at+ que na crise so venci$os e"o ma" e, $e #b"ico, erse'uem a causa $eristo.

 - Frucificação, )ore E Sepulameno De Friso, Lc. B3. B2-Q2.

A so"i$arie$a$e $as mu"eres, 7+ '5( E como o condu*issem, consran1endo um cireneu,c#amado Simão, "ue vin#a do campo, puseram.l#e a cru* sobre os ombros, para "ue a levasseap3s Jesus+ '8( Se1uia.o numerosa mulidão de povo, e amb4m mul#eres "ue baiam no peio e olamenavam+ '>( Por4m Jesus, volando.se para elas, disse: Gil#as de Jerusal4m, não c#oreis por mim/ c#orai anes por v3s mesmas e por vossos fil#os+ '?( Por"ue dias virão em "ue se dir!: em.avenuradas as es4reis, "ue não 1eraram nem amamenaram+ A( esses dias dirão aos mones:Faí sobre n3s, e aos oueiros: Fobri.nos+ @( Por"ue, se em len#o verde fa*em iso, "ue ser! nolen#o seco=  f. t. B7. 31-3M c. 1Q. B1. onforme a $eciso $e ;i"atos, *esus foi "eva$o $o ret=rio, ara um "u'ar fora $os muros, em que os ma"feitores eram crucifica$os. A cru/ $e *esus,

Page 154: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 154/166

que e"e, como um criminoso con$ena$o, fora obri'a$o a carre'ar e"o camino a fora, ficou-"e esa$a $emais. : 'ran$e esfor%o $e ener'ia $os #"timos $ias, a a'onia $a noite anterior, a vi'!"ia $anoite, as in$i'ni$a$es que foi obri'a$o a suortar, tu$o isto se 5untou e "e trou9e uma fraque/acorora" to 'ran$e que 54 no mais conse'uia suortar o eso $a cru/. ;or isso os so"$a$osatacaram, ou recrutaram ao servi%o, um certo imo $e irene, ci$a$e $a costa norte $a [frica.Este era um 5u$eu $a, assim cama$a, di!spora, e viera a *erusa"+m ara a festa. ;rovave"mente

mais tar$e, e ta"ve/ 54 neste momento, era uma $isc!u"o $e *esus, Pm. 12. 13. E assim este omemteve a onra $e carre'ar a cru/ $e risto, no "u'ar $este, e $e articiar $e a"'uns $os sofrimentos$estina$os ao a"va$or. Enquanto os so"$a$os, com risto e os $ois ma"feitores, em asso "ento assavam e"as ruas estreitas em $ire%o $o $escama$o fora $os muros, ouve um 'ran$e n#mero$e essoas e tamb+m $e mu"eres que os se'uiam. @estes, a"'uns, rovave"mente, estiveram resentes no a"4cio $o 'overna$or, outros, ta"ve/, se 5untaram or curiosi$a$e 8 rocisso, masmu"eres, se'un$o a so"i$arie$a$e umana, estavam movi$as or sincera comai9o. eusentimento, rovave"mente, teria si$o o mesmo se a essoa fosse outra. Oatiam em seu eite e o"amentavam. Evi$enciavam to$os os sinais $uma rofun$a triste/a. Estas atitu$es moveram *esus ase vo"tar ara e"as e $iri'ir-"es uma comovente a$moesta%o. ama-as $e fi"as $e *erusa"+m.Peresentavam a ci$a$e, sen$o que muitas $e"as se aviam cria$o na sombra $o ma5estoso tem"o.;or isso $eviam estar bem fami"iari/a$as com as a"avras $os rofetas. @eviam "amentar e corar 

no sobre e"e e nem or causa $e"e, mas sobre e"as mesmas e sobre seus fi"os. Kn$icou comcomreens!ve" e9ati$o o fa$o $a ci$a$e que tanto amavam, e cu5a $estrui%o fina", conforme as rofecias, era s= uma questo $e oucos anos. o as mes que, em temos $e 'ran$e triste/a ecasti'o, sofrem mais esa$amente. Vir4 o temo em que as mu"eres est+reis e sem fi"os seromais fe"i/es e afortuna$as $o que as $emais, ca. B1. B3. ois a af"i%o $aque"es $ias ser4 toorr!ve" que as essoas no sabero on$e se refu'iar, or causa $a imensi$o $o terror que "essobrev+m. "amaro aos montes e outeiros ara que caiam sobre e"es e os ocu"tem $iante $a c="era$o @eus oniotente, :s. 10. Ks. B. 1. ;ois, se at+ o 5usto e santo Ji"o $e @eus recisa sofrer $emo$o to terr!ve" sob o eso $o 5u!/o $e @eus, o que acontecer4 a to$os aque"es que so como oimuro e cu5as 5usti%as so como traos imun$osN otemosC : enor in$ica aqui que o seusofrimento + o resu"ta$o $o eca$o que e"e, o anto $e @eus, tomou sobre si, B. o. Q. B1.Tamb+mC As a"avras $e *esus mostram em que consiste a ver$a$eira so"i$arie$a$e com osofrimento $e risto, a saber, no em mera emo%o e9terna, em "4'rimas e no torcer $as mos, masem rea" arreen$imento. F@evemos aceitar essa a$moesta%o como $iri'i$a a n=s. ;ois to$os recisamos confessar que, or causa $os eca$os, somos seme"antes a 4rvores infrut!feras e secas,em que no 4 na$a $e bom, e $on$e nenum bem o$e rovir. ;or isso, o que nos caber4 fa/erN a$a $o que corar e c"amar a @eus or er$o, e resistir sinceramente 8 nature/a erversa e ecaminosa, no "e $an$o "ivre a%o. ;ois a senten%a est4 "an%a$aC Ten$o em vista que a 4rvoreinfrut!fera + trata$a $este mo$o e orque @eus ermite que sobrevenam sofrimentos to $urossobre seu r=rio Ji"o ama$o, com certe/a no $evemos sentir-nos se'uros, mas reconecer nosso eca$o, temer a c="era $e @eus e su"icar er$oG@2).

A crucifica%o, 7+ '( E amb4m eram levados ouros dois, "ue eram malfeiores, para serem eHecuados com ele+ ( 9uando c#e1aram ao lu1ar c#amado Falv!rio, ali o crucificaram,bem como aos malfeiores, um < direia, ouro < es"uerda+ 0( Fonudo Jesus di*ia: Pai, perdoa.l#es, por"ue não sabem o "ue fa*em+ Enão, reparindo as veses dele, lançaram sores+ a mesma

ocasio em que *esus era con$u/i$o ara ser crucifica$o fora $a ci$a$e, conforme a a"avra $a rofecia, mais $ois omens foram "eva$os ao mesmo "u'ar. Estes omens, contu$o, eramver$a$eiros ma"feitores, e aviam feito um ma" que merecia a morte. Estes $eviam ser "evanta$osao mesmo temo com e"e, e $eviam sofrer a morte or crucifica%o. *esus foi co"oca$o no mesmon!ve" com e"es, Ks. Q3. 1B. e'aram ao "u'ar que era cama$o a"v4rio, o "u'ar $a caveira, rovave"mente, or causa $o asecto $o morro que se asseme"ava 8 arte suerior $um crDnio. L4crucificaram o enor em meio aos ma"feitores. Abriram seus bra%os sobre as artes $a cru/,

@2 ( @A'( Lutero, @a+ 00A+

Page 155: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 155/166

fincaram re'os em suas mos e +s ara ren$er seu coro no "u'ar. Joi assim que risto sofreu ocasti'o $e nossos eca$os, assim e"e carre'ou nossos eca$os em seu r=rio coro na cru/, 1.;e.B. BM Ks. Q3. Q. A cru/ era um "eno $e ma"$i%o e i'nom!nia, Rb. 1B. B. ". 3. 13. E"e foi feri$o e"as nossas trans'ress&es e trasassa$o e"as nossas iniq?i$a$es, Ks. Q3. Q. as, ain$a assim, nocora%o $e *esus no ouve amar'ura ou ressentimento, nem mesmo contra os que e9ecutaram asenten%a que em na$a foi 'enti", ten$o em vista que a usua" crue"$a$e foi ratica$a. *esus, enquanto

seu cora%o se con$oia quanto aos que ce'amente cometiam esta ato criminoso, e9c"ama em benef!cio $as cabe%as $e seus tortura$oresC ;ai, er$oa-"es, ois no sabem o que esto fa/en$oIPo'ou e"os criminosos e e"os inimi'os que "e causaram a morte. o conecem o enor $a'"=ria, ois sua '"=ria estava ocu"ta sob a aar6ncia $um servo umi"$e. as e"es o fi/eram nai'norDncia, At. 3. 17. ;or isso, aqui o enor orou or to$os e"es, e mesmo $eois teve aci6nciacom e"es. Enviou seus a=sto"os ara que "es re'assem o evan'e"o $e sua ressurrei%o. E foi s=$eois que re5eitaram $e mo$o abso"uto e fina" a este evan'e"o, que e"e fe/ que se e9ecutassesobre e"es a senten%a $a $estrui%o. Esta rimeira a"avra $e risto $o a"to $a cru/ est4 ceia $econforto ara to$os os eca$ores. e"e temos a re$en%o e"o seu san'ue, a remisso $os eca$os,Ef. 1. 7. os so"$a$os romanos naque"e momento, or+m, no sabiam na$a $este fato maravi"oso.;ara e"es to$as estas ocorr6ncias fa/iam arte $e sua misso. a"mamente sentaram-se sob a cru/,on$e a"'uns $e"es ermaneceram como 'uar$as, e, "an%an$o sortes, $ivi$iram entre si as vestes $o

enor. ;assaram as oras, 5o'an$o. @a mesma maneira os fi"os $o mun$o, que $iariamentecrucificam risto novamente, sentam-se na sombra $e i're5as crists, e se $istraem e 5o'am fora otemo $a 'ra%a, at+ que, em muitos casos, "es + $emasia$o tar$e ara o arreen$imento.

A /ombaria $o ovo, 7+ 2( O povo esava ali e a udo observava+ Mamb4m as auoridades *ombavam e di*iam: Salvou os ouros/ a si mesmo se salve, se 4 de fao o Friso de Deus, oescol#ido+ 5( 1ualmene os soldados o escarneciam e, aproHimando.se, rouHeram.l#e vina1re,di*endo: 8( Se u 4s o rei dos udeus, salva.e a i mesmo+ >( Mamb4m sobre ele esava esaepí1rafe em leras 1re1as, romanas e #ebraicas: ESME É O 6E DOS JUDEUS+  Jora atin'i$o oantic"!ma9 $a f#ria $o ovo. Jora satisfeita sua se$e or san'ue, e foi s= mais sua curiosi$a$e queos conservou no a"v4rio. :bservaram aos so"$a$os at+ que aviam conc"u!$o sua me$ona tarefa,ou at+ que a crucifica%o fora consuma$a. as, nem ento, ermaneceram in$iferentes. o se "esoferecen$o mais outra $istra%o, 5untaram-se aos $iri'entes. ;ois estas $i'ni$a$es, que em qua"quer outro temo teriam consi$era$o uma umi"a%o misturar-se ao vu"'o, no se furtaram a a"e'ria $evir $a ci$a$e e e9ressar sua satisfa%o sobre o sucesso $e seu "ano. Torciam seus nari/es emsina" $e e9tremo $esre/o ao enor, e $eboca$amente observavamC a"vou outros sa"ve-se e"e asi mesmo, se rea"mente + o risto $e @eus, o Esco"i$o. Aqui"o que anteriormente aviam ne'a$ocom to$a a amar'ura $e seus inve5osos cora%&es, a'ora confessaram, mostran$o que, at+ no fun$o$e a"ma, eram i=critas corrutos. Raviam visto e ouvi$o um n#mero suficientemente 'ran$e $eevi$6ncias $a sua $ivin$a$e, as quais o$em satisfa/er qua"quer essoa norma", mas aquinovamente "an%am $#vi$a sobre o assunto to$o, $esafian$o-o ara $escer $a cru/ ara se sa"var, cf.". BB. 2-, 17. : enor, contu$o, no reson$eu os insu"tos na mesma moe$a. Huan$o e"e foiinsu"ta$o no reson$eu com insu"tos, quan$o sofreu, no amea%ou, 1.;e. B. B3. K'ua"mente osso"$a$os, cansa$os $o seu 5o'o $e $a$os, 5untaram-se ao $eboce, fa/en$o 'race5o, em esecia", $a$esi'na%o FPei $os 5u$eusG. ;arecia-"es o c#mu"o $o ri$!cu"o que este omem tivesse asira$oser 'overnante $os $esre/a$os israe"itas. A 5ustificativa ara usar 5ustamente este nome foi $a$a

 e"o fato que ;i"atos recisou co"ocar um sobrescrito no a"to $a cabe%a $e *esus, no a"to $a cru/,mencionan$o a causa ou ra/o $e sua con$ena%oC Este omem + o rei $os 5u$eus, ou, como re/ava"itera"menteC *esus a/areno, : Pei @os *u$eus. : sobrescrito fora re$i'i$o em 're'o, a "!n'uacomumente fa"a$a nas ruas e nos ne'=cios, em "atim, a "!n'ua oficia" $os romanos, e em ebraicoou aramaico, a "!n'ua materna $a maioria $os 5u$eus. otemosC Aqui *esus, como $i/ Lutero, setornou a roca $e ofensa $iante $o mun$o to$o, estan$o aqui reresenta$as to$as as c"asses $o'ente e as "!n'uas mais reresentativas $o mun$o. Tamb+mC ;i"atos, sem $#vi$a, quis e9ressar seu$esre/o tanto aos 5u$eus como a *esus, esco"en$o o sobrescrito $esta forma. uas a"avras,contu$o, foram abso"utamente ver$a$eiras e confortam, ain$a o5e, a to$os os que so fi"os $e

Page 156: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 156/166

Abrao no senti$o esiritua" que + o ver$a$eiro. : Pei $a 'ra%a, o Pei $a "=ria, este + o a"va$or em quem $eositamos nossa confian%a.

: ma"feitor enitente, 7+ ?( Um dos malfeiores crucificados blasfemava conra ele,di*endo: ão 4s u o Friso= Salva.e a i mesmo e a n3s amb4m+ 0A( 6espondendo.l#e, por4m, oouro repreendeu.o, di*endo: em ao menos emes a Deus, esando sob i1ual senença= 0@( 3sna verdade com usiça, por"ue recebemos o casi1o "ue os nossos aos merecem/ mas ese

nen#um mal fe*+ 0'( E acrescenou: Jesus, lembra.e de mim "uando vieres no eu reino+ 0A Jesusl#e respondeu: Em verdade e di1o "ue #oe esar!s comi1o no paraíso+ @urante a rimeira ora $atorturante a'onia $a crucifica%o, os $ois ma"feitores se aviam 5unta$o 8s mu"ti$&es u"u"antes nasin5#rias, ma"$i%&es e /ombarias ao omem susenso no meio $e"es, t. B7. MM. as o e9em"o $emaravi"osa aci6ncia, 5unto com as a"avras que rovieram $a boca $o sofre$or, "evaram'ra$ua"mente um $os criminosos ao si"6ncio. eu cora%o foi feri$o or ensamentos $e triste/a earreen$imento, isto +, e"e reconeceu *esus como o seu a"va$or. ;or isso, quan$o o outroma"feitor continuou suas ob5ur'a%&es, /ombeteiramente e$in$o a *esus que sa"vasse a si mesmo etamb+m a e"es, ento o omem $o "a$o $ireito o rereen$eu. $if!ci" afirmar a forma em que,e9atamente, e9ressou a 6nfase, mas, rovave"mente, queria $i/erC o 4 em teu cora%o, aomenos, temor ao @eus santo e 5usto, sem fa"ar $e qua"quer sentimento $e comisera%o e ie$a$eNLembrou ao outro que ambos estavam sofren$o com 5usti%a, receben$o a "ena a'a e"os eca$os

que aviam cometi$o, isto +, e9atamente o que seus atos mereciam. as s= e"es eram $esta c"asse$e 'ente ois este omem, este *esus, na$a fi/era $e anorma", na$a $e erra$o e nenum ma". Estema"feito, or isso, reconeceu sua cu"a imensa ante @eus e aceitou sua uni%o como uma a'a 5usta $a c="era $ivina. Lamentava $e cora%o seus eca$os. E esta triste/a foi su"ementa$a ecom"eta$a or f+. Vo"tan$o-se a *esus, ro'ou-"eC Pecor$a-te $e mim quan$o vieres em teu reino.Hue o enor em sua 'ra%a e miseric=r$ia ensasse ne"e e o recebesse em seu reino no temoquan$o o essias retornasse em sua '"=ria. @esta forma este obre re5eita$o fe/ uma confissoes"6n$i$a $e risto. Peconeceu ne"e o Pei $o c+u. abe que no + $i'no $a miseric=r$ia $estePei, mas + bem sobre esta miseric=r$ia que se a=ia, sua confian%a ne"a "e $4 a for%a $e fa/er esta eti%o. Esta f+ foi um mi"a're $a 'ra%a $ivina. emre + um triunfo $a 'ra%a quan$o @eusconce$e a um obre criminoso e a um e9c"u!$o $a socie$a$e umana, o qua" a vi$a inteira serviuao eca$o, 'ra%a ara o arreen$imento, ain$a que se5a na #"tima ora $e sua e9ist6ncia umana. Esobre este ma"feitor *esus $erramou a "enitu$e $e seu er$o $ivino. om 6nfase so"ene $eu-"e a'arantia, $e que naque"e mesmo $ia estaria com e"e no ara!so. o foi necess4rio eserar or a"'uma '"=ria futura. A fe"ici$a$e $o ara!so seria sua to "o'o que fecasse seus o"os na morte. :enor abriu as ortas $o ara!so a to$os os eca$ores $o mun$o inteiro, or meio $e sua vi$a,sofrimento e morte. E quem cr6 ne"e esse tem "ena sa"va%o to "o'o que morre. Este + o fruto $a ai9o $e ristoC o er$o $os eca$os, vi$a e sa"va%o.

A morte $e *esus, 7+ 00( J! era "uase a #ora seHa e, escurecendo.se o sol, #ouve revas sobre oda a erra a4 < #ora nona+ 02( E ras1ou.se pelo meio o v4u do sanu!rio+ 05( Enão Jesusclamou em ala vo*: Pai, nas uas mãos enre1o o meu espírio& E, dio iso, eHpirou+ 08( 7endo ocenurião o "ue in#a aconecido, deu 1l3ria a Deus, di*endo: 7erdadeiramene ese #omem era uso+ 0>( E odas as mulid;es reunidas para ese espe!culo, vendo o "ue #avia aconecido,reiraram.se a lamenar, baendo nos peios+ 0?( Enreano odos os con#ecidos de Jesus, e asmul#eres "ue o in#am se1uido desde a Calil4ia, permaneceram a conemplar de lon1e esas

coisas+ onforme os 5u$eus, era a se9ta ora, ou, conforme a conta'em mo$erna, era meio-$ia em onto, quan$o aconteceu o mi"a're aqui narra$o. f. t. B7. MQ-Q2 c. 1Q. 33-M1.Peentinamente, no s= na *u$+ia, mas sobre o mun$o inteiro, que bem nessa ora se $e"iciavacom a ben$ita "u/ so"ar, sobreveio uma escuri$o anorma" e ine9"ic4ve", a qua" at+ escritores a'os mencionam. : so" sim"esmente acabou sobre as essoas no mun$o inteiro. ua "u/ foiaa'a$a. A nature/a to$a estava coran$o no au'e $o sofrimento $e *esus. Esta escuri$o foi fi'ura$a escuri$o maior e mais rofun$a que caiu sobre a a"ma $o Pe$entor. E"e, "itera"mente, foi$esamara$o or @eus, e entre'ue 8s mos $os es!ritos $as trevas, ara sofrer as a'oniasin$escrit!veis $o inferno. estas tr6s oras risto teve $e carre'ar e sentir to$a a intensi$a$e e to$o

Page 157: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 157/166

o terror $a c="era $ivina sobre os eca$os $o mun$o. E"e foi reso e 5u"'a$o > e"e $erramou suaa"ma na morte > e"e suortou as a'onias $o inferno. Hue umi"a%o incomreens!ve"I : eternoJi"o $e @eus nas rofun$e/as $a morte eternaI as tamb+m isto aconteceu ara a nossa sa"va%o, ara que n=s f<ssemos res'ata$os $os casti'os $a morte e $o inferno. =s estamos res'ata$os, vistoque *esus, em meio 8 a'onia $o inferno, se ae'ou ao seu ;ai ce"este e $errotou a ira, o inferno e acon$ena%o. as quan$o estas oras terr!veis aviam assa$o, esteve 'ana a vit=ria. *esus, no

como a"'u+m que estava e9iran$o $e fraque/a, mas como a"'u+m que se roc"amava o vence$or sobre to$os os inimi'os $a umani$a$e, confiou sua a"ma nas mos $e seu ;ai ce"este. Joi assimque e"e cumriu a imensa obra $a e9ia%o e"os eca$os $o mun$o inteiro, e foi assim que e"emorreu or n=s. Joi uma morte rea". Estava romi$o o "a%o que unia a"ma e coro. as sua mortefoi seu ato essoa" e vo"unt4rio. ;e"o seu r=rio o$er sacrificou vo"untariamente sua vi$a, *o. 10.1. acrificou-se a si mesmo a @eus. orren$o, e"e, como o mais forte, $errotou a morte e a tomoucativo ara semre. risto nos amou e se $eu a si mesmo or n=s, isto +, e"e foi entre'ue e"asnossas ofensas, Ef. Q. B Pm. M. BQ. E"e, e"a sua morte, $estruiu aque"e que tem o o$er $a morte, asaber, o $iabo, e nos res'atou $a morte e $o $iabo, Rb. B. 1M-1Q.

as nem bem fecara e"e os o"os na morte, e to$a a nature/a areceu "evantar-se emreentina revo"ta ara vin'ar este crime cometi$o contra a essoa $o anto $e @eus. : maravi"osov+u ou curtina, que estava en$ura$a $iante $o ant!ssimo no tem"o, foi ras'a$o ao meio, e

ocorreram mais outros 'ran$es sinais e mi"a'res, os quais enceram $e me$o as essoas. :centurio ou o coman$ante $a 'uar$a 5unto 8 cru/ foi movi$o a $ar '"=ria a @eus. Jora convenci$oque *esus, $e fato, era o Ji"o $e @eus, e 5usto no senti$o abso"uto $a a"avra. K'ua"mente to$osaque"es que se aviam reuni$o r=9imo ao "u'ar $a crucifica%o e que aviam ermaneci$o ara resenciar o au'e $a obra $e risto, bateram em seus eitos e vo"taram 8s suas casas, estan$o tocomi$os que nem e"es r=rios o conse'uiam e9"icar. @eus fa"ara, e as essoas se enceram $e'ran$e temor. :s coneci$os $e *esus tamb+m estavam a certa $istDncia, estan$o entre e"es asmu"eres que Lucas mencionara antes em tom e"o'ioso, ca. . B,3. Estes viram a tu$o quantoaconteceu, e seus cora%&es, com certe/a, foram forta"eci$os com esta $emonstra%o $e $ivino o$er. ;ermaneceram at+ $eois $a morte $e seu estre e a=s terem ocorri$o to$os estes'ran$iosos sinais. Joi-"es $if!ci" $ei9ar o coro queri$o $e seu a"va$or.

: seu"tamento $e *esus,  7+ 2A( E eis "ue cero #omem, c#amado Jos4, membro doSin4drio, #omem bom e uso 2@( "ue não in#a concordado com o desí1nio e ação dos ouros,naural de -rima4ia, cidade dos udeus, e "ue esperava o reino de Deus, 2'( endo procurado a Pilaos, pediu.l#e o corpo de Jesus, 2( e, irando.o do madeiro, envolveu.o num lençol de lin#o eo deposiou num Bmulo abero em roc#a, onde ainda nin1u4m #avia sido sepulada+ 20( Era o diada preparação e começava o s!bado+ 22( -s mul#eres "ue in#am vindo da Calil4ia com Jesus, se1uindo, viram o Bmulo e como o corpo fora ali deposiado+ 25( Enão se reiraram para preparar aromas e b!lsamos+ E no s!bado descansaram, se1undo o mandameno+ f. t. B7. Q7-21 c. 1Q. MB-M7. :s cora%&es $os $isc!u"os fraque5aram nesta 'ran$e emer'6ncia escon$eram-se atr4s $e ortas tranca$as. as outros omens, que at+ ento foram t!mi$os, cora5osamente searesentaram. m $estes foi *os+ $e Arimat+ia, que era a mora$ia $e amue", 1.m. 1.1,1. Esteera um conse"eiro, um membro $o sin+$rio 5u$eu, um omem nobre e 5usto, sen$o que a osse $eto$as estas virtu$es !ntimas o comen$ava na confian%a $e seus co-ci$a$os. Lucas se aressa araa$icionar que este conse"eiro no concor$ara no conse"o e na a%o $o sin+$rio quan$o con$enou

*esus 8 morte, ou recusan$o-se a estar resente ao $eboce que camaram $e 5u"'amento, ou or ne'ar seu voto no momento quan$o os $emais c"amaram e"a con$ena%o. E"e era $isc!u"o $e*esus, eseran$o e"a reve"a%o $o reino $a '"=ria que *esus rometera 8que"es que creram ne"e.E"e se $iri'iu a ;i"atos e e$iu e"o coro $e *esus. Ten$o obti$o a ermisso, vo"tou ao a"v4rio,$esceu o coro, envo"veu-o num veste $e seu"tamento feita $e "ino, e o $eositou numa seu"turata"a$a na e$ra, a qua" era rorie$a$e sua e que ficava r=9ima. Era necess4rio ressa, visto queera se9ta-feira, o $ia $a reara%o ara o s4ba$o semana", que estava or irromer, visto que o $ia$os 5u$eus era ca"cu"a$o $e um anoitecer ao outro. :utros fatos que a recomen$avam eram, que aseu"tura era nova, no ten$o 5amais um coro si$o co"oca$o ne"e, bem como sua ro9imi$a$e e

Page 158: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 158/166

f4ci" acesso. Enquanto isto as mu"eres que aviam ermaneci$o no a"v4rio, observan$o emsi"6ncio sob a cru/ $e seu Ami'o, se'uiram a equena rocisso at+ a seu"tura. Ji9aram em suamem=ria a "oca"i/a%o $a seu"tura e a maneira em que o coro foi $eosita$o, quan$o observaramcom aten%o os omens e sua an'ustiosa tarefa. A se'uir retornaram r4i$o ara a ci$a$e ara rearar, antes $o s4ba$o, as oss!veis eseciarias e un'?entos, ois, como se'ui$oras "eais $ai're5a 5u$aica, observavam to$os os receitos $a "ei $e sua i're5a. E"as reseitaram a "ei $o s4ba$o

assim como em 'era" era enten$i$a. otemosC *esus recebeu um seu"tamento onroso. E"ereousou em seu seu"cro, e com isto consa'rou nossas seu"turas como "eitos $e $escanso. E or isso no recisamos temer nem a morte e nem a seu"tura. Aque"es que a$ormecem em risto,esses $ormem em suas seu"turas, $e mo$o tranq?i"o e se'uro, at+ que raia o 'ran$e $ia $a eterna 4scoa.

Resumo: *esus + acusa$o ante ;i"atos, envia$o or e"e a Rero$es, e $evo"vi$o ao tribuna"$e ;i"atos, + re5eita$o e"o ovo, que refere e tem so"to a Oarrab4s, + con$ena$o 8 morte or crucifica%o, $e mo$o terno rereen$e as "amentosas mu"eres $e *erusa"+m, + crucifica$o, suorta/ombaria $e to$o tio $e essoas, aceita ao ma"feitor enitente, morre na cru/, e + seu"ta$o or *os+ $e Arimat+ia.

Capítulo 24

 - 6essurreição de Friso, Lc. BM. 1-1B.

As mu"eres 5unto 8 seu"tura, 7+ @( )as, no primeiro dia da semana, ala madru1ada, foram elas aos Bmulo, levando os aromas "ue #aviam preparado+ '( E enconraram a pedraremovida do sepulcro/ ( mas, ao enrar, não ac#aram o corpo do Sen#or Jesus+ 0( -coneceu "ue, perpleHas a esse respeio, apareceram.l#e dois var;es com veses resplandecenes+ 2( Esando elas possuídas de emor, baiHando os ol#os para o c#ão, eles l#es falaram: Por "ue buscais enre osmoros ao "ue vive= 5( Ele não es! a"ui, mas ressusciou+ Lembrai.vos de como vos preveniu,esando ainda na Calil4ia, 8( "uando disse: mpora "ue o Gil#o do #omem sea enre1ue nasmãos de pecadores e sea crucificado e ressuscie no erceiro dia+ f. t. B. 1-10 c. 12. 1-. o rimeiro $ia $a semana, conforme a conta'em crist que Lucas emre'a or causa $e seus"eitores, as mu"eres, que aviam $e man bem ce$o, "itera"mente $e ma$ru'a$a, quan$o esta$ava "u'ar 8 "u/ $a man, as mu"eres, que aviam si$o menciona$as no ca!tu"o anterior,come%aram seu camino ara o seu"cro. Tra/iam as eseciarias e un'?entos que aviam reara$oantes e $eois $o s4ba$o 5u$eu, ois seu ob5etivo foi un'ir o coro $e *esus. as, nesse meiotemo, aviam ocorri$o coisas maravi"osas na seu"tura. ran$e terremoto fi/era tremer o 5ar$ime a re'io r=9ima. m an5o $o enor $escera $o c+u, e afastara a e$ra $a entra$a $o t#mu"o,on$e se a$atara erfeitamente numa fen$a, e se assentara sobre e"a. ;or isso as mu"eres, queaviam ti$o areens&es sobre essa e$ra, visto terem-se reconeci$o incaa/es ara mov6-"a, u$eram entrar no t#mu"o. as, fa/en$o-o, no encontraram o coro $o enor *esus. : t#mu"ova/io foi-"es uma surresa, e a aus6ncia $o coro $o enor uma surresa ain$a maior. omomento $e seu seu"tamento aviam observa$o c"aramente o "u'ar e como e"e fora co"oca$o not#mu"o, mas a'ora 54 no estava "4. as, enquanto estavam ara$as em $#vi$a e esita%o,com"etamente confusas, com a mu$an%a $os eventos, reentinamente $ois omens em vestes bri"antes ou came5antes, ou se5a, $ois an5os vieram a e"as ou "es aareceram. Estas obres essoas, toma$as $e me$o imenso na resen%a $estes seres $as re'i&es $a '"=ria, no conse'uiramer'uer seus o"os ara esta '"=ria, mas curvaram seus rostos 8 terra. :s an5os, or+m, tiveram arae"as uma mensa'em $e confirma%o e $e a"e'ria, $estina$a ara "es tirar $os cora%&es to$o equa"quer temor. uma mensa'em maravi"osa $e 4scoaC ;or que buscais Aque"e que vive entre osmortosN *esus + aque"e que vive. E"e + a ori'em e a encarna%o $e to$a vi$a, *o. 1. M. ;or isso este*esus $e a/ar+, que fora crucifica$o, ressuscitara $a morte. E"e fora morto na carne, mas fora

Page 159: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 159/166

revivifica$o ao terceiro $ia e"o Es!rito, e entrara tamb+m se'un$o seu coro numa vi$a nova,esiritua" e $ivina. A se'uir foi e re'ou aos es!ritos em riso, ou se5a, mostrou-se $o $iabo e ato$os os seus an5os, como tamb+m 8s a"mas $os con$ena$os como o onquista$or $a morte e $oinferno, 1.;e. 1. 1,1. Este foi o come%o $e sua e9a"ta%o. A'ora sabemos com a certe/a $aer'ui$a sobre a ;a"avra $a ver$a$e eterna, que risto, nosso Rer=i, $estruiu o o$er $o inferno earrebatou a for%a $o $iabo. *4 no estava mais na seu"tura e"e ressuscitara. E os an5os recor$aram

8s mu"eres como, isto +, em que a"avras, *esus $issera aos $isc!u"os, rovave"mente na resen%a$estas senoras, que era necess4rio ao Ji"o $o omem, ou se5a, que sobre e"e reousava aobri'a%o, conforme o ob5etivo $e sua encarna%o, $e ser entre'ue nas mos $e omens eca$orese ser crucifica$o, mas que e"e tamb+m "es $era a '"oriosa romessa $e que ressuscitaria ao terceiro$ia. To$as estas e9ressas rofecias, que naque"e temo ain$a no aviam enetra$o em sua erce%o e comreenso, se aviam cumri$o 8 vista $e"as. Tu$o era rova irrefut4ve" $aressurrei%o $o estre.

As mu"eres cr6em, os $isc!u"os no cr6em, 7+ >( Enão se lembraram das suas palavras+?( E, volando do Bmulo, anunciaram odas esas coisas aos on*e e a odos os mais "ue com elesesavam+ @A( Eram )aria )adalena, Joana, )aria mãe de Mia1o/ amb4m as demais "ue esavamcom elas confirmaram esas coisas aos ap3solos+ @@( Mais palavras l#es pareciam um comodelírio, e não acrediaram nelas+ @'( Pedro, por4m, levanando.se, correu ao sepulcro+ E,

abaiHando.se, nada mais viu senão os lenç3is de lin#o/ e reirou.se para casa, maravil#ado do "ue#avia aconecido+ Ten$o os an5os roferi$o sua mensa'em, as mu"eres recor$aram erfeitamenteas afirma%&es $e *esus. *4 no avia mais $#vi$a em suas mentes, tamb+m no qua"quer incerte/a,mas confian%a e f+ a"e're na ressurrei%o $e seu enor. risto foi ressuscita$o $entre os mortos.@eus avia ressuscita$o seu Ji"o *esus. : enor $a vi$a tirou $a morte sua vi$a. Pee$ificara emtr6s $ias o tem"o $e seu coro, que os 5u$eus aviam $estru!$o. E assim, e"a ressurrei%o $osmortos, e"e o$erosamente foi $ec"ara$o como o Ji"o $e @eus, Pm. 1.M. ;or isso, e"e tamb+m foicomrova$o como o a"va$or $o mun$o. E"e romeu as ca$eias $a morte, e $estruiu o o$er $amorte. Aos cristos 54 no resta qua"quer temor $a morte, ois o$em $i/er 5ubi"ososC eu"tura,on$e est4 a tua vit=riaN orte, on$e est4 o teu a'ui"oN 1.o. 1Q. QQ,Q7. A morte foi venci$a, e oa'ui"o $a morte, que + o eca$o, foi afasta$o, 1.o. 1Q. 1,B0. risto foi entre'ue e"as nossasofensas, e ressuscitou novamente ara a nossa 5ustifica%o, Pm. M. BQ. To$os estas $ons ertenciam e"a f+ 8s mu"eres crentes, naque"a rimeira '"oriosa man $e 4scoa. as esta mesma f+ as"evou a vo"tarem $a seu"tura e retornarem 8 ci$a$e. o foram 5untas, or+m, em $iferentes'ruos, ara, antes $e tu$o, tra/er aos on/e a=sto"os e tamb+m aos $emais $isc!u"os a mensa'em$esta ocorr6ncia maravi"osa. : n#mero $e mu"eres 5unto ao seu"cro fora consi$er4ve", noten$o si$o s= as tr6s arias, c. 12. 1, mas tamb+m *oana, ca. . 3, e outras mais. To$as e"as,mesmo que, $e in!cio, ator$oa$as e"a fe"i/ not!cia, roc"amaram-na aos se'ui$ores $o estre. :sa=sto"os, or+m, naque"a man ain$a estiveram muito mer'u"a$os na mis+ria $e sua frustra%oe na af"i%o sobre a morte $e *esus. As a"avras $as mu"eres "es areciam f4bu"as in#teis, isto +, boba'em e ta'are"ice suersticiosa, e como conversa to"a, que no o$e ser "eva$a a s+rio. omente;e$ro (e *oo, *o. B0. 3) reso"veu ver o que era e9atamente o si'nifica$o $esta conversa. E"e seer'ueu e aressa$amente correu ao t#mu"o. L4 ce'an$o, curvou-se 8 frente, mas no entrou noseu"cro, e viu a morta"a $e "ino 'uar$a$a cui$a$osamente. A evi$6ncia era inteiramentecontr4ria a um "atroc!nio $o t#mu"o e 8 a"ica%o $e for%a. A situa%o era $e ta" monta que "evou

;e$ro a ensar seriamente e a on$erar sobre o que rea"mente avia aconteci$o, enquanto retornava"entamente ara a ci$a$e. : que as mu"eres $isseram e a evi$6ncia $o t#mu"o fa"avamvi'orosamente em favor $a ressurrei%o, mas e"e ain$a no esteve ronto a crer. otemosC Aressurrei%o $e *esus + a base $a eseran%a e $a f+ $o cristo. : que + $uro a este cristo + co"ocar semre sua confian%a nesta '"oriosa ver$a$e. i'nifica em to$as as circunstDncias ae'o sim"es ein'6nuo na ;a"avra $e @eus, e este + um $om $e @eus e"o qua" $iariamente $evemos ro'ar em rece constante.

Os Discípulos De Emaus, Lc. BM. 13-3Q.

Page 160: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 160/166

: asseio a Emaus, 7+ @( a"uele mesmo dia, dois deles esavam de camin#o para umaaldeia, c#amado Emaus, disane de Jerusal4m sessena es!dios+ @0( E iam conversando arespeio de odas as coisas sucedidas+ @2( -coneceu "ue, en"uano conversavam e discuiam, o pr3prio Jesus se aproHimou e ia com eles+ @5( Os seus ol#os, por4m, esavam como "ue impedidosde o recon#ecer+ F@ois $e"esG, no $os a=sto"os, mas $o con5unto maior $e $isc!u"os. A maioria

$os comentaristas concor$a na afirma%o $e que o r=rio Lucas foi um $os $ois omens, e que e"econta sua r=ria e9eri6ncia em $eta"es to bem $e"inea$os. Emaus era uma vi"a que ficava anoroeste $e *erusa"+m, o5e em 'era" i$entifica$a com a"oni, $istante seis est4$ios $e *erusa"+m,ten$o ca$a est4$io cento e oitenta e cinco metros, sen$o to$a a $istDncia uns on/e qui"<metros. :s$ois omens conversavam sobre to$as as coisas que aviam ocorri$o nos #"timos $ias em*erusa"+m, isto +, em to$os os acontecimentos que "4 se tornaram #b"icos. ;or ve/es a $iscusso setornava anima$a, sen$o con$u/i$a com a"'uma ai9o. ;o$e ter aconteci$o que um $e"es era c+ticosobre o re"ato $a ressurrei%o, enquanto o outro estava muito roenso a cr6-"a. E, enquanto assim rosse'uiam em seu camino, tota"mente absortos $o que os ro$eava, um terceiro via5or se "es 5untou. : r=rio *esus $eci$iu camina com e"es. :s o"os $e"es, or+m, estavam conti$os, isto +,estavam ime$i$os $e reconecer seu enor, ara que or ora no o reconecessem. *esus tinasuas ra/&es ara "i$ar $esta forma com e"es. Hueria $ar-"es uma "i%o sobre o crer na ;a"avra.

FVe$e, com quanta $i"i'6ncia mostra seu interesse nestes $ois omens $e equena f+, e fa/ tu$o ara socorrer sua fraque/a e ara forta"ecer sua f+I ;orque e"e v6 e sabe que e"es, em sua af"i%o e"uto, se afastaram $os a=sto"os e no sabem o que ensar e nem em que eserar, no quer aban$on4-"os nesta $#vi$a e erturba%o, mas vem ara "es a5u$ar e se torna seu comaneiro e"a estra$a. At+ $ei9a os outros a=sto"os senta$os a s=s, ain$a que tamb+m estivessem em rofun$a triste/a e muito fracos em sua f+G @5 ).

A conversa, 7+ @8( Enão l#es per1unou Jesus: 9ue 4 isso "ue vos preocupa e de "ue idesraando < medida "ue camin#ais= E eles pararam enrisecidos+ @>( Um, por4m, c#amadoFl4opas, respondeu, di*endo: És o Bnico, porvenura, "ue, endo esado em Jerusal4m, i1noras asocorr%ncias deses Blimos dias= @?( Ele l#es per1unou: 9uais= E eHplicaram: O "ue aconeceu a Jesus, o a*areno, "ue era varão profea, poderoso em obras e palavras, diane de Deus e de odoo povo, 'A( e como os principais sacerdoes e as nossas auoridades o enre1aram para ser condenado < more, e o crucificaram+ '@( Ora, n3s esper!vamos "ue fosse ele "uem #avia deredimir a srael/ mas, depois de udo iso, 4 ! ese o erceiro dia desde "ue ais coisas sucederam+''( É verdade amb4m "ue al1umas mul#eres, das "ue conosco esavam, nos surpreenderam,endo ido de madru1ada ao Bmulo/ '( e, não ac#ando o corpo de Jesus, volaram di*endo eremido uma visão de anos, os "uais afirmam "ue ele vive+ '0( De fao al1uns dos nossos foram ao sepulcro e verificaram a eHaidão do "ue disseram as mul#eres/ mas a ele não no viram+ :s $ois$isc!u"os en9er'aram em *esus s= um comaneiro $e via'em, e to$o o roce$imento $e"e ten$iaa confirmar esta i$+ia. Knquiriu $e"es, $e mo$o muito casua", quanto aos assuntos sobre os quaisestavam trocan$o i$+ias e"o camino a fora, e sobre os quais estavam to reocua$os. @ese5aouvir $e"es o que e"e 54 sabe, e o seu tom + $e interesse 'enu!no e comreensivo. :s $ois omensficaram muito imressiona$os com o interesse $este estrano. ;araram ara encarar o rec+mce'a$o, e seus rostos re'istravam a $or rofun$o que encia seus cora%&es. Huan$o, a=s isto,retomaram a 5orna$a, com *esus em sua comania, um $os $ois, cu5o nome era "+oas, tomou a

sai a tarefa $e e9"icar ao estrano os assuntos que an'ustiavam suas mentes. uas rimeiras a"avras 54 e9ressam sua 'ran$e surresa $e que aqui est4 um ere'rino, rovave"mente, o #nico$e"es, que no sabia o que acontecera em *erusa"+m nos #"timos $ias. E, quan$o *esus, ara mov6-"os a uma maior franque/a, inter<s um surresoC FHue coisasNG, ento os $ois omens, $e mo$omuito mais anima$o, "e e9useram a causa $e to$a sua reocuante conversa. To$a esta e9osi%o+ fie" ao mo$e"o $e essoas que fa"am sob o imacto $e 'ran$e emo%o. Tocam em muitos ontos,mas no os e9"icam. isturam suas r=rias eseran%as e temores na narrativa. To$a a

@5  ( @A( Lutero, @@+555+

Page 161: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 161/166

aresenta%o e9a"ava a confuso que ento $ominava os cora%&es $e ambos. :s fatos sobre *esus$e a/ar+ fa/iam-nos sentir-se to tristes. ;ois este omem se tornara em seu meio um rofeta o$eroso, tanto em a"avras como em atos, sen$o irresistive"mente e"oq?ente em seus serm&es eimoss!ve" $e ser controverso em seus mi"a'res. Este testemuno va"e tanto erante @eus como erante to$os os omens. :s rinciais $os sacer$otes e os cefes $o ovo entre'aram a esteomem a senten%a ver'onosa $uma morte na cru/. E"e estava morto, tanto estava certo. este

 onto o $ique $a mo$era%o quase se romeu. :s $isc!u"os, com os a=sto"os no coman$o,aviam aca"enta$o a aai9ona$a eseran%a ou ansiosa e9ectativa, que e"e seria aque"e que trariasa"va%o ara Ksrae", que "ibertaria seu ovo, que so os fi"os $e Ksrae", $a servi$o $os romanos, eque iria estabe"ecer um reino temora" em *erusa"+m. A'ora, contu$o, em a$i%o a to$as estasfracassa$as eseran%as, 4 mais o $uro fato que este 54 + o terceiro $ia $es$e sua morte. Rouve, or+m, mais outro fato inquietante. ertas mu"eres $o c!rcu"o $os $isc!u"os aviam-nos erturba$o muito, e os enci$o com 'ran$e ansie$a$e e me$o, visto que ao raiar $o $ia aviamesta$o 5unto 8 sua seu"tura, e, no acan$o o coro, vieram 8 ci$a$e com as not!cias $e quetiveram uma viso $e an5os, que "es $isseram que *esus estava vivo. A se'uir v4rios omens $eseu c!rcu"o aviam sa!$o ara, se oss!ve", verificar as not!cias, e encontraram as coisas e9atamentecomo as mu"eres aviam $ito mas a e"e, a seu enor, no encontraram. Joi uma est=ria $einfort#nio triste que os $ois omens, toman$o "+oas a $ire%o $a conversa, $ese5aram nos

ouvi$os comassivos $o a"va$or. E"a mostrou quo miserave"mente fraca ain$a era sua f+ emmuitos senti$os, que suas mentes ain$a estavam re"etas $e sonos 5u$eus sobre um essiasterreno, e que as muitas conversas reserva$as e os "on'os $iscursos $e *esus no aviam ti$o oefeito esera$o. A e9eri6ncia $estes $ois $isc!u"os se reete semre $e novo em nossos $ias. =scristos, $e fato, cremos em *esus risto, nosso enor e a"va$or mas esta nossa f+ e eseran%ano ouco est4 su5eita 8 vaci"a%&es e incerte/as. Vo ocorrer oras $e fraque/as, $e an'#stia etribu"a%o, quan$o to$as as coisas que aren$emos $a Escritura no arecem mais $o que umsono ie$oso. Ento nos arece como se *esus ain$a estivesse morto, como se tiv+ssemos er$i$o$e nossos cora%&es tanto a e"e como a sua sa"va%o.

*esus, o 'enti" instrutor, 7+ Enão l#es disse Jesus: n4scios, e ardos de coração paracrer udo o "ue os profeas disseram& '5( Porvenura não convin#a "ue o Friso padecesse eenrasse na sua 1l3ria= '8( E, começando por )ois4s, discorrendo por odos os profeas,eHpun#a.l#es o "ue a seu respeio consava em odas as Escriuras+ '>( 9uando se aproHimavamda aldeia para onde iam, fe* ele menção de passar adiane+ '?( )as eles o consran1eramdi*endo: Gica conosco, por"ue ! 4 arde e o dia ! declina+ E enrou para ficar com eles+ A( E aconeceu "ue, "uando esavam ! mesa, omando ele o pão, abençoou.o, e, endo.o parido, l#esdeu/ @( enão se l#es abriram os ol#os, e o recon#eceram/ mas ele desapareceu da presençadeles+ :s $ois ere'rinos $e Emaus aviam aberto seus cora%&es ao enor, ois + $a abun$Dncia$o cora%o que fa"a o cora%o. Joi uma confisso com"eta e franca, como no ima'inaram fa/er em noventa e nove casos $e cem. as a 'enti" comreenso $este estrano convi$ava, quasecome"ia, a ter confian%a, e or isso abriram-"e os cora%&es inteiros. As rimeiras a"avras $oenor, quan$o comentou a informa%o que recebera, foram uma reso"uta censura, sem o menor mistura $e bran$ura. ama-os $e omens to"os e "er$os $e cora%o ara confiar e crer em tu$o oque os rofetas aviam $ito. E"es, rovave"mente, no aviam toma$o em consi$era%o a $escri%o$o essias, assim como os rofetas a $eram e nem aviam consi$era$o com o"os i"umina$os os

seus r=rios ensinos e mi"a'res. Jora necess4rio ara risto, ara o essias em cu5a comaniaaviam esta$o $urante to$os estes meses. ;esava sobre e"e uma obri'a%o que e"e no o$ia evitar.;rimeiro, a ai9o, $eois, a '"=ria e"a cru/ 8 coroa. emre 4 muito eca$o, to"ice e fa"ta $e f+mistura$os com a fraque/a e o "uto $os fi+is. E isto recisa ser sa"ienta$o sem estane5ar. ;ois,neste caso isto abrir4 o camino ara uma comreenso me"or. : enor $e"ibera$amentecome%ou com os "ivros $e ois+s, e, a se'uir, continuou atrav+s $os "ivros $os rofetas. Knterretouaos $ois $isc!u"os as assa'ens concernentes 8 sua essoa e obra. omarou rofecia ecumrimento. @estacou assa'ens que "es aviam si$o cai9as $e tesouros ocu"tos. @eu-se otemo $e e9"icar e9atamente ca$a a"avra, ara que fina"mente os o"os $e"es fossem abertos. Joi

Page 162: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 162/166

um $iscurso "on'o roferi$o e"a boca $o maior $os estres $e to$os os temos. omo seria bom,se o5e tiv+ssemos seu conte#$o e9atoI as, rovave"mente, no foi reserva$o a ro=sito, araque tanto mais $i"i'entemente esquisemos as Escrituras $o Anti'o Testamento. Enquanto isto, as$uas ou $uas e maia oras, necess4rias ara uma via'em tranq?i"a a Emaus, aviam-nos "eva$o 8vi"a, e *esus, a ro=sito, assumiu os ares $e a"'u+m que quer ir ara a"+m. Hueria ver se suae9"ana%o $a Escritura e sua a"ica%o aviam feito ta" imresso sobre e"es, a onto $e querer 

 ermanecer com e"e. Je"i/es so os que assim t6m risto consi'oI eu "ano teve "eno sucesso.;ois os $ois $isc!u"os insistiram com e"e, e$in$o sinceramenteC Jica, ermanece conosco, oisest4 anoitecen$o, e o $ia 54 ce'a ao fim. ua ver$a$eira ra/o, evi$entemente, foi que seuscora%&es aviam si$o to movi$os e $omina$os com a be"e/a e o o$er $e sua e9"ana%o, quequeriam ouvir mais $esta conversa encanta$ora e e$ificante. otemosC Este + semre o efeito $a$outrina $o evan'e"oC on$e este + senti$o, "4 seu autor, o eternamente ben$ito *esus, comsinceri$a$e + ro'a$o a abitar nos cora%&es. ;or isso *esus entrou ara ficar, $e ermanecer, come"es, e"o menos ara o 5antar. as quan$o com e"es se rec"inou 8 mesa, 5u"'ou que ce'ara omomento ara se "es reve"ar. este temo seus o"os foram abertos, e o reconeceram. Esteestrano no era nin'u+m outro $o que seu ami'o e estre, o mesmo que, tantas ve/es na suaqua"i$a$e $e cabe%a $o equeno 'ruo, rea"i/ava seu costumeiro traba"o. as, no e9ato momentoem que seus o"os foram i"umina$os or fe"i/ reconecimento, *esus se tornou invis!ve" $iante

$e"es, $esaareceu $iante $e seus o"os. u$ou-se erante e"es ara esta maneira invis!ve". esmoque ain$a fosse seu estre e Ami'o, e"es no mais o$iam areciar sua comania fami"iar, comoacontecia nos $ias anteriores ao seu sofrimento. *4 no $eviam estar resos 8 sua resen%a vis!ve",mas aren$er a co"ocar sua confian%a na a"avra $e seu evan'e"o que $ei9ou ara to$as as essoas.

E9resso m#tua $e a"e'ria, 7+ '( E disseram um ao ouro: Porvenura não nos ardia ocoração, "uando ele pelo camin#o nos falava, "uando nos eHpun#a as Escriuras= ( E, namesma #ora, levanando.se volaram para Jerusal4m onde ac#aram reunidos os on*e e ouros comeles, 0( os "uais di*iam: O Sen#or ressusciou e ! apareceu a Simão& 2( Enão os doisconaram o "ue l#es aconecera no camin#o, e como fora por eles recon#ecido no parir do pão+ :$esaarecimento $e risto no enceu os cora%&es $estes $ois omens com nova triste/a e temor.;ossu!am a ben$ita recor$a%o $as a"avras $e *esus que "es fa"ara e"o camino. eios $eansiosa a"e'ria reartiram um ao outro sua e9eri6ncia. uma a"avra imressionanteC euscora%&es "es ar$iam no eito. Feus cora%&es "es come%aram a queimar enquanto o estranoe9una a Escritura, e ersistiram a queimar enquanto e"e rosse'uia, inf"aman$o-se com ca$a a"avra semre mais.G : enor "es abrira tota"mente as Escrituras, em seu $iscurso e"ocamino. A'ora se conscienti/aram $e que as anti'as rofecias "es aviam si$o um "ivro se"a$o efeca$o. as a'ora este "es fora aberto, e coneciam a"'uns $e seus maravi"osos tesouros e be"e/as. Este + semre o efeito $as a"avras $e risto. Huan$o estamos tristes e fracos, quan$o$ese5amos conso"o e com a"ma se$enta ouvimos a a"avra $o enor, ento nossos cora%&es seroaqueci$os com o conforto $a sa"va%o e $o er$o $os eca$os, e a nossa f+, que estava restes a see9tin'uir, +, mais uma ve/, aviva$a at+ bri"ar como uma cama vi'orosa. ;ois o ristoressuscita$o est4 com e em sua a"avra. o risto vivo quem imrime a a"avra $o evan'e"o emnossos cora%&es, e se"a o conforto $a e9ia%o e"o san'ue $e risto em nossas a"mas. A a"e'ria$estes omens no "es ermitiu que $escansassem em Emaus. esmo que 54 fosse assa$o $as

seis oras, e"es se er'ueram ime$iatamente $a refei%o foram $e ressa a *erusa"+m e se sentiramconstran'i$os ara "evar a boa nova aos $emais. E naque"e momento encontraram a to$os e"esmuito fe"i/es. :s a=sto"os e $isc!u"os estavam to$os reuni$os num s= "u'ar, e e"es foramrecebi$os com a informa%o que o enor ressuscitara $e fato e que aarecera a imo. a"'ummomento naque"e $ia *esus encontrara a ;e$ro, rovave"mente, ara certificar ao rofun$amentecontrito a=sto"o $e seu er$o. as os $ois $isc!u"os $e Emaus no ficaram tristes que a"'u+moutro se "es anteciara ara tra/er esta a"vissareira not!cia. ;ois isto era uma confirma%o ben$ita$e sua r=ria e9eri6ncia, e os $emais se a"e'rariam muito em ouvir sua ist=ria e, $esta forma,receber confirma$a certe/a. : triste foi, que as anti'as $#vi$as "o'o retornaram aos cora%&es $a

Page 163: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 163/166

maioria $os $isc!u"os, como arcos + obri'a$o a afirmar. ristos no $evem aoiar-se $emaisem suas vi$a esiritua" sobre momentos $e euforia. o o$emos estar semre nos icos e"eva$os$e nossa e9eri6ncia crist, mas, aqui e a"i, recisamos $escer aos va"es. ua a"avra, or+m, est4conosco, at+ mesmo, no va"e $a sombra $a morte.

 - lima -parição de Friso, Lc. BM. 32-Q3.

A noite $a 4scoa, 7+ 5( Galavam ainda esas coisas "uando Jesus apareceu no meiodeles e l#es disse: Pa* sea convosco+ 8( Eles, por4m, surpresos e aemori*ados acrediavamesarem vendo um espírio+ >( )as ele l#es disse: Por "ue esais perurbados= e por "ue sobemdBvidas aos vossos coraç;es= ?( 7ede as min#as mãos e os meus p4s, "ue sou eu mesmo/apalpai.me e verificai, por"ue um espírio não em carne nem ossos, como vedes "ue eu en#o+ 0A( Di*endo iso, mosrou.l#es as mãos e os p4s+  Enquanto os $isc!u"os $e Ema#s estavamrecaitu"an$o os acontecimentos $a tar$e, $e reente, o r=rio *esus esteve $e + no meio $aassemb"+ia, sen$o sua aari%o aqui to inesera$a como o fora a"'umas oras antes sua arti$a $eEma#s. E"e os sau$ou com a sau$a%o $e a/, que os $evia tranq?i"i/ar ime$iatamente. Ta" como oaviam anuncia$o bom n#mero $e testemunas $urante aque"e $ia, sua ressurrei%o foi um fato.A'ora e"e r=rio estava vivo e !nte'ro em + $iante $os o"os $e seus $isc!u"os. ver$a$e, avia

uma $iferen%a. A'ora seu coro articiava $a nature/a esiritua". Assim e"e assara e"o t#mu"ose"a$o e e"as ortas tranca$as. *4 no estava mais su5eito 8s "eis naturais que 'overnam temo e"u'ar. E e"e "es trou9e a maravi"osa $4$iva $a a/, a/ no senti$o mais e"eva$o e me"or $otermo. E"e fe/ a a/ e"o san'ue $e sua cru/, ". 1. B0. A ira $e @eus foi satisfeita e"o seusofrimento e morte. E e"a ressurrei%o $e risto esta a/ est4 se"a$a ara to$os os fi+is. Temos a/ com @eus e"o nosso enor *esus risto. ;or mais estrano que are%a, esta aari%oreentina $e risto sob estas circunstDncias incomuns enceu os $isc!u"os $e me$o e orror ain$amaiores. esmo que, oucos minutos antes, e"es se aviam con'ratu"a$o mutuamente que e"erea"mente ressuscitara, a'ora tiveram a i$+ia $e que estavam en9er'an$o um es!rito. ;or isso *esusos rereen$e 'enti" mas sinceramente or causa $e sua incre$u"i$a$e. Hue no fossem to erturba$os, e que tais ensamentos no "es assomassem aos cora%&es. onvi$ou-os a o"arem bem $e erto suas mos e +s, que mostravam c"aramente as marcas $e sua crucifica%o. E caso as rovas $um evi$6ncia no bastarem, que tomassem os $e$os e os assassem e"o seu coro e seconvencessem que $iante $e"es no avia um es!rito, mas seu anti'o e fie" Ami'o e estre. Estavaem + $iante $e"es o mesmo *esus $e a/ar+ que nasceu $a vir'em aria, que sofreu sob ;<ncio;i"atos, que foi crucifica$o e morto. Este risto tamb+m no esta$o $a e9a"ta%o + ver$a$eiroomem, ten$o coro e san'ue, nossa carne e san'ue, e + nosso irmo or to$a eterni$a$e. Em ecom seu coro + e"e o nosso a"va$or e Pe$entor, como mostraram as feri$as $os re'os em suasmos e +s. Esta + tamb+m a nossa 'arantia $e que e"e transformar4 o nosso coro $esre/!ve" araque se5a torna$o seme"ante ao seu coro '"orioso, J. 3. B1. Esta aari%o no teve na$a a ver com o esiritismo. F;or isso imorta que saibamos que to$os os es!ritos e as vis&es fa"sos, que sovistos e ouvi$os, em esecia" coca"ar e fa/er ru!$o, no so a"mas $e essoas, mas certamente$iabos, que assim fa/em seu esorte ara que ou i"u$am as essoas com aar6ncias fa"sas ementiras, ou ara os aterrar e af"i'ir em vo.... @i'o isto, ara que se5amos sens!veis e no nos$ei9emos en'anar com estas frau$es e mentiras, assim como o $iabo ain$a a'ora tem en'ana$o e

traacea$o, sob o nome $e es!ritos, at+ mesmo essoas a$mir4veisG@8 ).;rova a$iciona" $a rea"i$a$e $o a"va$or ressuscita$o, 7+ 0@( E, por não acrediarem eles

ainda, por causa da ale1ria, e esando admirados, Jesus l#es disse: Mendes a"ui al1uma coisa "uecomer= 0'( Enão l#e apresenaram um pedaço de peiHe assado e um favo de mel+ 0( E ele comeuna presença deles+ 00( - se1uir Jesus l#es disse: São esas as palavras "ue eu vos falei, esandoainda convosco, "ue imporava se cumprisse udo o "ue de mim es! escrio na Lei de )ois4s, nos Profeas e nos Salmos+ 02( Enão l#es abriu o enendimeno para compreenderem as Escriuras/

@8  ( @A0( Lutero, @@+ 5?A+

Page 164: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 164/166

05( e l#es disse: -ssim es! escrio "ue o Friso #avia de padecer, e ressusciar denre os morosno erceiro dia, 08( e "ue em seu nome se pre1asse arrependimeno para remissão de pecados, aodas as naç;es, começando de Jerusal4m+ 0>( 73s sois esemun#as desas coisas+ 0?( Eis "ueenvio sobre v3s a promessa de meu Pai/ permanecei, pois, na cidade, a4 "ue do alo seaisrevesidos de poder+ @e tanta a"e'ria no creramC arranca$os $as rofun$e/as $o $esesero, $a$#vi$a, $a $esconfian%a e $o me$o e sen$o "eva$os ao onto mais e"eva$o $a certe/a '"oriosa, a

rea%o se reve"a $emais ara a fraque/a $os $isc!u"os. Estavam a"i num a'"omera$o confuso,a$mira$os e maravi"a$os, e no saben$o se $evessem ou no $ar cr+$ito 8 evi$6ncia que estava 8sua frente. Assim como uma "u/ intensa que $e reente irrome sobre uma essoa nas rofun$e/as$um ca"abou%o a ce'a or a"'um temo, tornan$o-a incaa/ $o uso $e seu o"ar, assim aconteceunaque"e momento com os $isc!u"os. *esus, or isso, emre'a com e"es to$a sua aciente bon$a$e,$an$o-"es, antes $e tu$o, temo ara se orientarem e ara ermitir que a ver$a$e enetrasse aos oucos em sem enten$imento. ;e$iu-"es se tinam 8 mo a"'o ara comer, e "e trou9eram um e$a%o $e ei9e co/i$o ou 're"a$o e um favo $e me". : fato que e"e comeu em sua resen%arestabe"eceu-"es o anti'o sentimento $e ro9imi$a$e, e "o'o estiveram rontos ara o ouvir. *esus assou a reetir o sermo $a tar$e, $i/en$o-"es que seu sofrimento e morte estiveram em "enoacor$o com as a"avras que "es $issera enquanto esteve com e"es, ou se5a, $urante o anti'ore"acionamento que firmara com e"es. E"e avia aonta$o, no s= uma, mas reeti$amente, a

 ro9imi$a$e $e sua ai9o, enfati/an$o tamb+m que isto ocorreria em cumrimento $as rofecias$o Anti'o Testamento, que o$iam ser encontra$as no s= nos "ivros $e ois+s, mas tamb+m nos"ivros $os rofetas e nos sa"mos. To$o o Anti'o Testamento aonta ara frente sobre a obra $e*esus na re$en%o $o mun$o. E *esus no se satisfe/ como uma afirma%o mais 'era", mas, em rosse'uimento, abriu suas mentes e enten$imento, caacitan$o-os, $esta maneira, ara atin'ir osi'nifica$o $as Escrituras. onforme as Escrituras, enfati/ou mais uma ve/ a necessi$a$e $a ai9oe $a ressurrei%o. Anteriormente e"es 54 aviam ti$o a"'uma i$+ia $esta "u/, aviam cri$o que asEscrituras eram a ver$a$eira a"avra $e @eus, e tamb+m sabiam que ne"as o essias fora rometi$o. A'ora, contu$o, aren$eram a a"icar as Escrituras ao seu enor e estre. E fi/eram aa"ica%o aroria$a $as a"avras $o Anti'o Testamento aos fatos que estavam 8 sua frente. asesta foi aenas a rimeira arte $o of!cio $o essias, sen$o sua ativi$a$e essoa" oro meio $aqua" obteve re$en%o ara to$as as essoas. A'ora esta sa"va%o tamb+m recisa ser tra/i$a 8s essoas or meio $a re'a%o $o arreen$imento e $o er$o $os eca$os. : reconecimento e aconfisso franca e tota" $os eca$os recisa vir rimeiro. A se'uir acontece o er$o 'racioso e "eno $os eca$os. E esta re'a%o $eve ser feita em to$as as na%&es, se'un$o a vonta$e e a rofecia $e @eus. A re'a%o $o evan'e"o, come%an$o em *erusa"+m, em meio ao ovo esco"i$o$e @eus, e artin$o $a"i, $evia a"can%ar to$as as na%&es e cobrir a terra to$a. : of!cio esecia" $eque e"e os incumbiu foi que servissem $e testemuna $estes fatos que e"es aviam visto e ouvi$o. Amorte e a ressurrei%o $e *esus risto so a base $a re'a%o crist. em estes t=icos comofun$amenta%o, no + oss!ve" qua"quer roc"ama%o rea" $o evan'e"o. Este minist+rio, contu$o,que $esta forma foi mais uma ve/ confia$o aos seus cui$a$os, no o$e ser e9ecuta$o quan$o seconfia na for%a $o r=rio omem. Ksto, antes $e tu$o, foi ver$a$e naque"es rimeiros $ias $oensino $o evan'e"o. Esta + a ra/o, orque *esus $4 aos a=sto"os a afirma%o, que enviar4 sobree"es a romessa $o ;ai, que e"e or4 em r4tica as rofecias que se referem e9ressamente ao envio$o Es!rito, Ks. MM. 1 *". B. B. as $eviam ermanecer sosse'a$a e acientemente em *erusa"+m,

at+ que viesse este temo, at+ que ocorresse o $erramamento esecia" $o Es!rito sobre e"es. ;ois,certamente, seriam revesti$os e envo"vi$os com o o$er $o a"to. Peceberiam o$er $o a"to numame$i$a to e9ceciona", que o o$eriam e $everiam usar como uma arma$ura na rea"i/a%o $avonta$e $o enor e no travar $e suas bata"as. Este + um conso"o que $eve servir tamb+m $econforto aos atuais re'a$ores fi+is $o evan'e"o. : Es!rito est4 na a"avra que re'am, e esteEs!rito tanto forta"ecer4 a e"es, como e9ercer4 seu o$er or meio $a a"avra re'a$a.

A ascenso, 7+ 2A( Enão os levou para e$nia e, er1uendo as mãos, os abençoou+ 2@( -coneceu "ue, en"uano os abençoava, ia.se reirando deles, sendo elevado para o c4u+ 2'( Enãoeles, adorando.o, volaram para Jerusal4m, omados de 1rande Bbilo/ 2( e esavam sempre no

Page 165: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 165/166

emplo, louvando a Deus+ Lucas, conc"uin$o seu evan'e"o, resume e $4 um breve re"ato $aascenso que ocorreu quarenta $ias $eois. esse $ia o enor, ten$o reuni$o seus $isc!u"os e"a#"tima ve/, con$u/iu-os ao onte $as :"iveiras, at+ que, ce'a$o ao "a$o oosto, tinam OetDnia 8vista. : "u'ar $a ascenso foi, rovave"mente, r=9imo ao cimo $o monte, mais ara a $esci$a 8su$este. Aqui o enor, e"a #"tima ve/, er'ueu seus bra%os sobre os $isc!u"os ara os aben%oar.E, enquanto ain$a estava a aben%o4-"os, foi seara$o $e"es, subin$o "entamente ante o o"ar 

a$mira$o $e"es. Joi assim que e"e ascen$eu ao c+u. :s $isc!u"os, contu$o, no se entristeceram or causa $esta retira$a vis!ve" $e seu meio. Ten$o-o a$ora$o como seu enor e @eus, retornarama *erusa"+m, ceios $e a"e'ria, isto +, $a a"e'ria $e omens que estavam convictos que seu enor rea"mente ressuscitara $os mortos e que fora recebi$o em '"=ria. ;or isso, continuamente, estavamreuni$os na"'um "u'ar $a imensa constru%o $o tem"o, rovave"mente na"'um $e seus 4tios,enquanto este estava aberto aos a$ora$ores, "ouvan$o e ben$i/en$o @eus or to$as asmanifesta%&es $e sua miseric=r$ia e amor que aviam e9erimenta$o, e or saberem que, emconec%o com a romessa $o Es!rito, averia 'ran$es acontecimentos. $esta forma que os fi+isem risto, co"ocan$o sua confian%a nas romessas $o estre, so caa/es $e, em to$os os temos,terem cora%&es re"etos $e uma a"e'ria que u"traassa a comreenso $os fi"os $o mun$o. A resen%a vis!ve" $o enor foi retira$a, mas e"e ain$a est4 resente com seus $ons benfa/e5os queesto na a"avra e com o seu Es!rito, com aque"es que so os seus, t. B. 1,B0.

Resumo: A ressurrei%o $e *esus, testemuna$a e"o seu"cro aberto e e"a a"avra $osan5os, no + acre$ita$a e"os a=sto"os, mas *esus aarece aos $isc!u"os $e Ema#s e ento aoson/e a=sto"os, convencen$o-os $e que e"e ressuscitou $os mortos, comissionan$o-os a serem seusministros ara a re'a%o $o evan'e"o, e fina"mente ascen$en$o $iante $e"es $o a"to $o onte $as:"iveiras.

A Necessidade da Obra da Epia!"o

 a ist=ria $o evan'e"o no 4 nenum fato mais conso"a$or e mais #ti" ara oforta"ecimento $a f+ $o cristo, $o que o $a ronti$o e vo"untarie$a$e $e *esus ara e9ecutar o "ano $ivino $a sa"va%o. e o Pe$entor tivesse fraque5a$o em a"'um instante, se a fraque/a $e suanature/a umana o tivesse "eva$o, em qua"quer momento, a no estar mais $isosto ara e9ecutar aobra $a e9ia%o, a ist=ria $o evan'e"o seria sem va"or, e seria vo o conforto $o cristo, quan$ose a=ia na satisfa%o $o sofrimento vic4rio $e risto.

Jora rofeti/a$o a reseito $o essiasC FEnto eu $isseC Eis aqui estou, no ro"o $o "ivroest4 escrito a meu reseito a'ra$a-me fa/er a tua vonta$e, = @eus meuG, ". M0. 7,. Este a'ra$oem fa/er a vonta$e $e @eus, em rea"i/ar o "ano e o conse"o $e @eus e"a sa"va%o $o omem, +um asecto roeminente e necess4rio $o minist+rio $e risto. E"e tina uma conce%o c"ara ecom"eta quanto 8 e9tenso e $a necessi$a$e $a obra que e"e viera rea"i/ar, Rb. 10. Q-10. E"e soubee9atamente em que consistia a vonta$e $e seu ;ai ce"este. FA vonta$e $e quem me enviou e estaCHue nenum eu erca $e to$os os que me $eu.... @e fato a vonta$e $e meu ;ai + que to$o omemque vir o Ji"o, e ne"e crer, tena a vi$a eternaG, *o. 2. 3, M0.

*esus, $e acor$o com esta situa%o e na "ena comreenso $e sua nature/a e escoo,semre e em rimeiro "u'ar, 'uar$ava em mente a obra $a re$en%o, isto +, buscar e sa"var o queestava er$i$o, Lc. 1. 10. *4 aos $o/e anos e"e estava "enamente c<nscio $a obri'a%o quereousava sobre e"e, quan$o $isse ara sua meC Fo sabeis que me cumria estar na casa $e meu;aiN (conforme outra tra$u%oC Wocuar-me com as coisas $e meu ;aiXN), Lc. B. M. Aos $isc!u"os,que "e er'untaram sobre o omem que nascera ce'o, e"e confessou, em a"avras breves esucintas, sua conce%o $e seu minist+rioC F necess4rio que fa%amos as obras $aque"e que meenviou, enquanto + $ia a noite vem, quan$o nin'u+m o$e traba"arG, *o. . M. Ao ansioso aqueue"e afirmaC Fe conv+m ficar o5e em tua casaG, Lc. 1. Q. Ksto fe/ arte $a sua obra, $o minist+rio$e sa"var a"mas, o que e"e, or isso, no o$ia ne'"i'enciar.

Page 166: youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

7/18/2019 youblisher.com-1100555-Coment_rio_B_blico_Kretzmann_Lucas_.pdf

http://slidepdf.com/reader/full/youblishercom-1100555-comentriobblicokretzmannlucaspdf 166/166

Huan$o ce'ou o temo em que e"e $evia entrar na '"=ria $e seu ;ai, or meio $esofrimento e morte, no vaci"ou nem tremeu, mas manifestou a intr+i$a reso"u%o no semb"ante $eir ara *erusa"+m, Lc. . Q1 c. 10. 3B,33. E"e $isse aos $isc!u"osC F necess4rio que o Ji"o $oomem sofra muitas coisasG, Lc. . BB t. 12. BB. Estava "enamente consciente $o $estino que oa'uar$ava em *erusa"+m, mas, ain$a assim, e"e anunciaC FKmorta, contu$o, caminar o5e, amane $eois, orque no se esera que um rofeta morra fora $e *erusa"+mG, Lc. 13. 33.

en$o este o caso, a saber, que o a"vo e o ro=sito rincia" $e *esus, quan$o seumi"ou, foi rea"i/ar a re$en%o $a umani$a$e or meio $o $erramamento $e seu san'ue comouma e9ia%o e"a cu"a $e to$os, e"e $eu $estaque a este um onto, e9c"uin$o, com isto, os$emais. @i/ aos seus $isc!u"os na noite antes $e sua morteC F;ois vos $i'o que imorta que secumra em mim o que est4 escritoC E"e foi conta$o com os ma"feitores. ;orque o que a mim serefere est4 sen$o cumri$oG, Lc. BB. 37. E no 5ar$im e"e rereen$e ao imu"sivo ;e$roC Fomo, ois, se cumririam as Escrituras, se'un$o as quais assim $eve suce$erNG, t. B2. QM. A mesmaver$a$e + muit!ssimo enfati/a$a em seus $iscursos $a tar$e e noite $o $ia $e sua ressurrei%o, bemcomo e"os an5os em seu rimeiro an#ncio $o mi"a're $a 4scoa. F;orventura no convina que oristo a$ecesse e entrasse na sua '"=riaN... Kmortava que se cumrisse tu$o o que $e mim est4escrito na Lei $e ois+s, nos ;rofetas e nos a"mos... Assim est4 escrito que o risto avia $e a$ecer,G Lc. BM. 7, B2, MM, M2. E estas a"avras foram roferi$as or ;e$ro no interva"o entre a

ascenso $e risto e o $ia $e entecostesC FKrmos, convina que se cumrisse a EscrituraG, At. 1.12.on$enamos, com base nestas afirma%&es, to$as as tentativas $e fa/er a obra $e risto

 arecer re"acionar-se s= com este mun$o. Jrente aos esfor%os b"asfemos $os sona$ores mi"enistas,n=s nos ae'amos firmemente ao ensino, 8 re'a%o e 8 confisso $a obra $e ristoC FHue meremiu a mim omem er$i$o e con$ena$o, me res'atou e me sa"vou $e to$os os eca$os, $a mortee $o o$er $o $iabo,... com seu santo e recioso san'ue e sua inocente ai9o e morteG.