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MANUAL DE APLICAÇÃO DE TELHAS DE CERÂMICA Cerâmica Estrela d'Alva

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Telhas

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MANUAL DE APLICAÇÃO DE

TELHAS DE CERÂMICA

Cerâmica Estrela d'Alva

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Técnica

Aplicação e Manutenção

Vantagens gerais oferecidas pela colocação dos produtos Estrela d’Alva:

Pelas suas características de design, acrescenta uma mais valia arquitectónica, valorizando de forma

significativa o ambiente paisagístico rural e urbano em que se encontra a construção.

Pelas suas características técnicas e índices de qualidade (aparência, sonoridade, permeabilidade, resistência

ao gelo e resistência mecânica), oferece ao consumidor mais exigente garantias de um produto de elevada

durabilidade.

Pelos serviços de apoio ao Revendedor (apoio comercial) e apoio ao Consumidor (apoio técnico), garante

índices de excelência na resposta às diversassolicitações do mercado.

Instruções de concepção e aplicação de telha e acessórios cerâmicos “Estrela d’Alva”:1. Concepção e Colocação em Obra

1.1. Ripado

O espaçamento do ripado (bitola) deve ser determinado da seguinte forma:

Figura 1 - Exemplo de cálculo do espaçamento do ripado 1.2. Fixações em Argamassa

A argamassa a utilizar na fixação de telhas e acessórios “Estrela d’Alva” deve obedecer aos seguintes

pressupostos:

a) deve ser a quantidade mínima indispensável para a fixação, por forma a não prejudicar a ventilação da

cobertura,

b) não devem ser empregues argamassas simples de cimento, por conduzirem a uma rigidez excessiva das

ligações, com risco de fissuração;

c) devem ser utilizadas argamassas de cal, com 250 a 350 kg de cal hidráulica por m3 de areia seca, e

argamassas bastardas com 150kg de cimento e 175 a 225 kg de cal por m3 de areia seca;

d) a cal deve ser hidráulica, natural ou artificial;

e) a areia deve ser isenta de impurezas (substâncias argilosas, sais e matéria orgânica) que prejudiquem a

sua resistência ou aspecto e que contribuam para o aparecimento de eflorescências;

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f) os corantes eventualmente utilizados devem ser compatíveis com os ligantes e a sua dosagem deve estar

compreendida entre 5% a 7% da massa de cimento.

1.3. Assentamento

Como regra elementar para a obtenção de um correcto alinhamento das fiadas de telha “Estrela d’Alva” —

para além da execução do ripado respeitando com rigor os valores — deve-se prever o início da colocação das

telhas paralelamente ao beirado ou beiral e, caso não seja possível manter o paralelismo até à linha da

cumeeira, executar aí os cortes imprescindíveis — corte mecânico e não manual — rematados tão

uniformemente quanto possível com os adequados acessórios cerâmicos “Estrela d’Alva”, em especial com os

babadouros e cumes.

A colocação em obra deve começar por baixo, à direita, de modo que cada telha recubra a anteriormente

colocada. O bom posicionamento das telhas resulta do apoio das saliências previstas para o efeito nas faces

da telha “Estrela d’Alva”(ver figura 2). A parte inferior de cada telha apoia-se superiormente na fiada inferior.

Figura 2 - Início de colocação das telhas na cobertura Acima duma inclinação de 150% e/ou se a exposição ao vento obrigar, as telhas são fixadas às ripas na proporção mínima de uma telha em cada cinco com repartição regular. Acima duma inclinaçao de 300% todas as telhas devem ser fixadas. O mesmo deve acontecer às telhas dos beirados para inclinações superiores a 100% ou em situação exposta.As primeiras telhas que vão constituir o beiral, deverão apoiar-se, na parte inferior sobre uma ripa de altura

corrente acrescida da espessura de uma telha. Os beirais deverão ser sempre realizados com telhas inteiras e

deve ser a partir das mesmas que se inicia o assentamento. Quando projectado o beirado “Estrela d’Alva” para

a obra, este deve ser assente em primeiro lugar respeitando o espaçamento lateral da telha “Estrela d’Alva”,

ou seja a distância entre os eixos dos canudos das telhas, deve ser igual à distância entre os eixos das capas

do beirado. Eventuais ajustamentos, devem ser feitos junto aos cantos do beirado (ver figura 3).

Figura 3 - Colocação das peças do canto de beirado 1.4. Ventilação

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A circulação de ar junto a face inferior da telha, em geral designada por micro-ventilação, tem diversas

funções:

No Inverno:a) contribuir para a secagem da água da chuva absorvida pela telha;

b) eliminar o vapor de água produzido no interior e que, depois de atravessar a estrutura da cobertura, pode

condensar na face inferior da telha;

c) contribuir para a durabilidade da telha, por aproximação das condições termo-higrométricas a que estão

sujeitas as duas faces (inferior e superior);

d) contribuir para a resistência da telha sob a acção do gelo;

e) assegurar uma melhor conservação do ripado, quando este é de madeira;

No Verão:a) permite diminuir o aquecimento por convecção da cobertura, provocado pela elevada temperatura que a

telha pode atingir.

Para que se verifique esta circulação de ar, é necessário que exista um espaço livre sob as telhas “Estrela

d’Alva” com 2 a 4 cm de altura (ver figura nº 6), pelo menos, o que corresponde à dimensão corrente das ripas.

Estas, por sua vez, devem ser interrompidas 2 a 3 cm em cada 3 a 4 m para permitir a circulação de ar,

também segundo a vertente, quando o respectivo suporte é contínuo (laje ou forro de madeira) (ver figura nº

5).

No entanto, para garantir, também uma boa conservação do ripado de madeira, deve empregar-se uma contra-

ripa com altura não inferior a 2 cm, para que a face inferior das ripas também seja ventilada (ver figura nº 6).

Para que esta micro-ventilação se produza e tenha efeito, é necessário que o ar circule, isto é, que entre e que

saia, do espaço em causa, por meios naturais. Este movimento do ar baseia-se no princípio da tiragem

térmica, em que o ar admitido numa zona mais baixa (beiral), a uma temperatura inferior (temperatura do ar

exterior), é aquecido por acção do calor perdido pela cobertura no Inverno ou pela radiação da telha no Verão,

torna-se mais leve e sobe, saindo por uma abertura mais alta (cumeeira). O vento tem, naturalmente influência

na eficácia deste tipo de ventilação (ver figura nº 4)

Figura 4 - Mecanismo de ventilação entre o beirado e a cumeeira

Figura 5 - Ripado de argamassa interrompido com cortes transversais permitindo a ventilação

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Figura 6 - Aplicação de contra-ripa e colocação do isolante

Figura 7 - Orifícios de ventilação do beirado, permitindo quer a entrada de ar, quer o escoamento de água resultante do efeito de condensação

Este mecanismo de ventilação pressupõe um beiral e uma cumeeira ventilados quepodem ser obtidos através das seguintes medidas complementares:Orifíciosa) abertura de orifícios de ventilação na zona do beirado com garantia de entrada do ar, não devendo para o efeito estarem tapados os babadouros na linha de cumeeira (ver figura 7);

Figura 8 - Efeito da colocação desencontrada de telhas de ventilação na cobertura

Telha de Ventilaçãob) utilização de telhas de ventilação, a colocar na 2ª ou 3ª fiada junto ao beiral e na penúltima, junto à cumeeira (ver figura 8).

Idêntica solução deve ser utilizada em telhados com uma água que remata superiormente numa parede, onde a inexistência de cumeeira impede a saida do ar. As telhas de ventilação devem ter uma densidade mínima de 3 por cada 10 m2. Para vertentes inferiores a 10 m2, devem colocar se igualmente três telhas de ventilação, duas na parte inferior e uma na superior. Em águas de maior dimensão devem prever-se telhas de ventilação numa ou mais fiadas intermédias.

Figura 9 - Retirada do excesso de argamassa do remate da linha de cumeeira

Cumeeirac) o seu assentamento deve fazer-se com peças especificas (cumes) assegurando o recobrimento no sentido preponderante da incidência da chuva associada ao vento, impedindo a penetração de água e permitindo a ventilação da cobertura. A fixação da cumeeira pode ser feita pelo recurso tradicional a argamassa com as suas condicionantes anteriormente apresentadas (ver figura 9) ou optando por uma argamassa de calafetagem pré-preparada e hidrofugada com acabamento à cor do material cerâmico (ver em anexo);

Rincãod) os requisitos construtivos do rincão são idênticos ao da cumeeira (ver figura 10). O corte enviesado das telhas deve ser mecânico, assegurando sobreposição suficiente com as peças de remate. As juntas podem ser efectuadas com argamassa de forma a permitir a ventilação, não devendo ser preenchido o

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Figura 10 - Pontos de argamassa para união dos remates do rincão

espaço coberto pelo cume. Nos topos, inferior junto à beira, ou superior junto à cumeeira, deverão ser utilizados o cume terminal de concha e o cume de 3 hastes.

Figura 11 - Colocação de telhões no rincão com cruzeta

Laróe) sobre a linha do laró as telhas são cortadas em viés (ver figura 11), devendo recobrir o rufo metálico de 8 cm no mínimo e este deve ter uma dobra de 2 a 4 cm (ver figura 12).

Figura 12 - Pormenor de laró com caleira nervurada

1.5. InclinaçãoPara uma boa estanquidade do telhado e uma maior eficácia do processo de micro-ventilação, as inclinações a praticar em obra deverão obedecer em cada concelho de Portugal Continental (ver em anexo) e conforme se trate de situação protegida, normal ou exposta.

...Zona 1: Interior Sul do Continente.Zona 2: Norte a Sul do Continente com altitudes inferiores a 600 m.Zona 3: Interior Norte e Centro do Continente com altitudes superiores a 600 m e faixa costeira numa extensão de 20Km. Situação Protegida: Área totalmente rodeada por elevações de terreno, abrigada face a todas as direcções de incidência dos ventos.Situação Normal: Área praticamente plana, podendo apresentar ligeiras ondulações do terreno.Situação Exposta: Área do Litoral até uma distância de 5 Km do mar, no cimo de falésias, em ilhas ou penínsulas estreitas, estuários ou baías muito cavadas. Vales estreitos (que canalizam ventos), montanhas altas e isoladas e algumas zonas de planalto.

2. ManutençãoAs coberturas carecem de manutenção regular e periódica, pelo que se deverá prever a inclusão de telhas passadeiras, em número suficiente, beneficiando também assim a ventilação no sentido de evitar o aparecimento de condensação na parte inferior da telha. Sintetizam-se no quadro II as principais acções de manutenção e a periodicidade com que deverão ser efectuadas. Na execução de todos os elementos

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complementares que interfiram com o telhado, como fixação de antenas, cabos, painéis solares, etc., devem ser adoptados princípios de construção que não comprometam as disposições construtivas referidas.

Quadro II - Periodicidade das operações de manutenção A Cerâmica Estrela d’Alva deseja-lhe um bom trabalho e reitera o compromisso com a sua total satisfação.