Zootecnia em v2n4 - UFRA - Paragominas em v2n… · P rezados leitores é com imenso prazer que...

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ZOOTECNIA Em Foco Paragominas-PA, Volume 2, n. 04, julho/agosto de 2016 EMPRESÁRIO APOSTA NO CONFINAMENTO DE BÚFALOS https://www.facebook.com/zootecnia JZ [email protected] ISSN: 2446-8398 p3 O pecuarista Nilson Gusmão apostou em confinamento de búfalos, onde já vem conquistando consumidores. São produtos diferenciados e com valor agregado. LICENCIAMENTO AMBIENTAL ESPAÇO MEIO AMBIENTE p5 ALIMENTAÇÃO NATURAL PARA PETS SISTEMA DE SUPLEMENTAÇÃO DE BEZERROS CREEP- FEEDING EM DESTAQUE p4 EMPRESÁRIO APOSTA NO CONFINAMENTO DE BÚFALOS p6 ESPAÇO ANIMAIS DE COMPANHIA ESPAÇO MANEJO ANIMAL p8 ENTREVISTA COM A ZOOTECNISTA ROBERTA ARIBONI BRANDI ESPAÇO EQUIDEOCULTURA p7 ENTREVISTA COM A ZOOTECNISTA ROBERTA ARIBONI BRANDI p9 ESPAÇO EQUIDEOCULTURA cont. p11 ZOOTECNISTA DA UFRA RECEBE PRÊMIO ESTADUAL FEIRA AGROPECUÁRIA DE PARAGOMINAS ESPAÇO BOVINOCULTURA p10 PRODUÇÃO DE CARNE DA RAÇA ANGUS NO PARÁ p12 AÇÕES ACADÊMICAS CONGRESSOS E EVENTOS

Transcript of Zootecnia em v2n4 - UFRA - Paragominas em v2n… · P rezados leitores é com imenso prazer que...

ZOOTECNIAEm Foco

Paragominas-PA, Volume 2, n. 04, julho/agosto de 2016

EMPRESÁRIO APOSTA NO CONFINAMENTODE BÚFALOS

https://www.facebook.com/zootecnia JZ [email protected]

ISSN: 2446-8398

p3O pecuarista Nilson Gusmão apostou em confinamento de búfalos, onde já vemconquistando consumidores. São produtos diferenciados e com valor agregado.

LICENCIAMENTO AMBIENTAL

ESPAÇO MEIO AMBIENTE

p5

ALIMENTAÇÃO NATURALPARA PETS

SISTEMA DE SUPLEMENTAÇÃODE BEZERROS CREEP-FEEDING

EM DESTAQUE

p4

EMPRESÁRIO APOSTA NOCONFINAMENTO DEBÚFALOS

p6

ESPAÇO ANIMAIS DE COMPANHIA ESPAÇO MANEJO ANIMAL

p8

ENTREVISTA COM AZOOTECNISTA ROBERTAARIBONI BRANDI

ESPAÇO EQUIDEOCULTURA

p7

ENTREVISTA COM AZOOTECNISTA ROBERTAARIBONI BRANDI

p9

ESPAÇO EQUIDEOCULTURA cont.

p11

ZOOTECNISTA DA UFRARECEBE PRÊMIO ESTADUAL

FEIRA AGROPECUÁRIA DEPARAGOMINAS

ESPAÇO BOVINOCULTURA

p10

PRODUÇÃO DE CARNEDA RAÇA ANGUS NO PARÁ

p12

AÇÕES ACADÊMICAS CONGRESSOS E EVENTOS

Prezados leitores é com i m e n s o p r a z e r q u e d ivu lgamos a Quar ta

edição do “Zootecnia em Foco” do ano de 2016 (patrocinado pelo Banco da Amazônia - BASA), o qual surgiu da necessidade de difundir informações técnicas aos produtores rurais e divulgar ações ligadas a Zootecnia. Dessa forma, o presente informativo se torna um elo entre o grupo de estudos e a sociedade. Assim, procuramos selecionar temas de interesses correlatos a Produção Animal.

Nessa quarta edição de 2016, trazemos para os nossos leitores temas como “Empresário aposta no confinamento de búfalos”, “Alimentação natural para PETS”, “Sistema de suplementação de bezerros creep-feeding”, “Entrevista com a zootecnista Roberta Ariboni Brandi”, “Licenciamento Ambiental”, “Produção de carne da raça Angus no Pará” e “Zootecnista da UFRA recebe prêmio estadual”, “Feira Agropecuária de Paragominas”.

Waldjânio O. MeloZootecnista MSc. UFRA/Paragominas

TÉCNICAS DO CAMPOEDITORIAL

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grupo de pesquisa em andrologia,inseminação ar�ficial, sanidade emelhoramento gené�co de bovinose bubalinos

Zootecnia em FocoVolume 2, n.4, julho/agosto de 2016

Realização:

Colaboração:

Editores:

Bruno C. Soares

Prof. MSc. UFRA/Paragominas

Natália da Silva e SilvaProfª Dra. UFRA/Paragominas

Núbia F. A. dos SantosProfª Dra. UFRA/Paragominas

Rinaldo B. VianaProf. Dr. UFRA/ Belém

Waldjânio O. MeloZootecnista, MSc. UFRA/Paragominas

Jane P. FelipeEngenheira Agrônoma

Everton S. Sousa

Acadêmico Curso Zootecnia UFRA/Paragominas

Janiele B. BarbosaAcadêmica Curso Zootecnia UFRA/Paragominas

Karolina B. MouraAcadêmica Curso Zootecnia UFRA/Paragominas

Marcelo C. MoraisAcadêmico Curso Zootecnia UFRA/Paragominas

Marcos Benedito C. ReisAcadêmico Curso Zootecnia UFRA/Paragominas

Ricardo Cézar Barros SantosAcadêmico Curso Zootecnia UFRA/Paragominass

Rômulo Henrique B. Holanda - Acadêmico Curso Zootecnia UFRA/Paragominas

Arte GráficaJane P.Felipe - Mestranda em Genética e Melhoramento de Plantas UENF/RJ

Contato:E-mail: [email protected]

End.: Rodovia PA 256, km 6, Nova Conquista - Paragominas-PA

Patrocínio:

EM DESTAQUE

Zootecnia em foco. Vol. 2, n.4, jul/ago 2016, Paragominas-PA

Rômulo Henrique B. Holanda Estudante de Zootecnia UFRA/PARAGOMINAS

EMPRESÁRIO APOSTA NO CONFINAMENTODE BUFALOS

Nilson Wagner Fernandes de Gusmão, natural de Governador Valadares, Minas Gerais, reside em Paragominas-PA desde 1973. Recebeu o prêmio “Bubalinocultor Paraense” do ano de 2015 pelo AGROPARÁ do Diário do Pará.

“Vim para cá em 1973, pela estrada de chão Belém-Brasília, o governo federal era um governo militar, faziam uma propaganda falando o seguinte, vamos integrar para não entregar”.

Zootecnia em foco: Qual a origem dos búfalos que o senhor produz?Nilson Gusmão: Esses animais, eu consegui de um criador chamado Nelson Prado lá em Fortaleza. Ele cria muito bem, é um dos maiores criadores do Brasil. Esses búfalos que a gente cria é da raça Murra, tem aptidão para leite e para carne. Eu comprei meu primeiro gado Nelore há 15 anos, quando a gente comprou, o gado era muito pequeno e devido à consanguinidade foi degenerando um pouco, então a gente fez um processo de melhoramento genético nas vacas, colocamos touros maiores e fomos melhorando geneticamente. Quando eu os comprei, apartava bezerro com peso médio de 160 - 170 kg, com o melhoramento genético nesses anos, a gente aparta

bezerro em média de 230 -240 kg, melhorou bastante.Há cerca de 5 anos atrás, o Armando me chamou para fazer um confinamento, como a gente sabe que todo ano tem essa dificuldade com a seca, resolvemos que quem não tiver comida para a seca vai deixar seu gado morrer, como aconteceu no ano passado em Paragominas. Então o confinamento apesar de ser muito novo para a gente, na minha visão é o futuro. O problema é que a maioria de nós seres humanos, assim como eu também, temos uma dificuldade muito grande de romper barreiras, principalmente as culturais, e o fazendeiro antigo tinha uma cultura que ele não criava boi, o boi que criava ele. Ele não dava remédio, não dava sa l mineral , não fazia melhoramento genético. Porém, com o mercado do boi de qualidade crescendo, esse fazendeiro está quebrando, aquele que não vender um animal de qualidade, não tem mercado, e hoje não tem carne de primeira e carne de segunda, o que existe é boi de primeira e boi de Segunda. Por exemplo, um búfalo que a gente abate entre 20 e 24 meses de idade, a carne é super macia, não tem fibra, mas quando você mata um boi com 4 a 5 anos, a carne é fibrosa, é dura, então até o filé dele é ruim. Assim, esse que eu crio não possui parte ruim.

Ricardo Cézar B. SantosEstudante de Zootecnia UFRA/PARAGOMINAS

Foto: Waldjanio O. Melo, 2016.

Zootecnia em foco: Qual a diferença em confinar bovinos e bubalinos?Nilson Gusmão: Olha, eu costumo dizer que o futuro é preto, tanto o búfalo quanto o Aberdeen Angus são pretos né? Então estou gostando demais dos búfalos apesar de poucos anos de experiência, tenho apenas 5 anos de experiência. O problema é que há muitos anos atrás, o búfalo foi “queimado” na região, como eu falei que o pessoal não criava búfalo, o búfalo que criava eles, então vendiam o animal com a idade muito avançada, com 5 anos em média, dessa forma a carne era dura, e o pessoal criou a imagem da carne ruim de búfalo, mas a carne é muito mais saudável e mais macia, e no futuro o búfalo vai se equiparar ao zebu.

Zootecnia em foco: Qual a raça de bubalinos que o senhor trabalha?Nilson Gusmão: Trabalho com a raça Murrah.

Zootecnia em foco: O senhor trabalha com cria, recria, ou apenas finalização?Nilson Gusmão: Eu crio recrio e engordo, todo gado deste confinamento é cria minha.

Zootecnia em foco: O que está achando do retorno financeiro da atividade com bubalinos?Nilson Gusmão: Possui o preço menor um pouco hoje no mercado por causa dessa imagem que foi criada do búfalo, mas no final ele dá a mesma coisa. Quando ele tiver um preço equiparado ao Nelore, apresentará um lucro maior.

Zootecnia em foco: Tem conhecimento de outra propriedade que confina bufalinos no Pará?Nilson Gusmão: Eu não tenho conhecimento, nem no Pará e nem em Minas Gerais que eu rodo.

Zootecnia em foco: Em relação ao mercado que absorve sua produção, é visível algum tipo de restrição ou diferenciação entre a carne de búfalo e bovinos ?Nilson Gusmão: Você sente no gosto, e é visível também porque ela possui colocação vermelha mais forte. Então existe uma diferença visível e palatável. Só que a questão do gosto, é como eu falei, a gente se acostuma com um gosto e acha que só aquilo que é bom, não gostando de romper as barreiras culturais, então às vezes a pessoa fala: “Olha, o gosto é diferente então não presta”. O gosto é diferente, mas eu por exemplo que já acostumei, gosto mais da carne de búfalo do que a carne de Nelore, além de ser mais saudável.

Zootecnia em foco: Quais são os maiores desafios para o desenvolvimento desse seguimento na atividade em nossa região?Nilson Gusmão: Olha, a gente tem muitos desafios pela frente, tem o melhoramento genético, tem as questões ambientais. Inclusive no confinamento uma coisa que eu quero que fique bem frisado é que eu com 50 hectares (ha) estou confinando 1000 bois, se estivesse na fazenda estaria usando 1000 hectares, então é uma coisa que o pessoal do meio ambiente e o governo tem que dar um incentivo, porque você verticaliza a produção. Imagina se eu sair de 1 para 20 unidade animal (UA) por ha, e fora que esses bois eu entregaria somente daqui a 14 meses, mas aqui no confinamento eu entrego com 3 meses, é uma diferença de 11 meses. Então tem muita coisa para fazer, tem muita pesquisa para ser realizada, a gente está começando agora, mas eu tenho certeza que se tiver vontade de romper barreiras iremos longe.

Zootecnia em foco. Vol. 2, n.4, jul/ago 2016, Paragominas-PA

EMPRESÁRIO APOSTA NO CONFINAMENTODE BÚFALOS

EM DESTAQUE

Foto: Waldjanio O. Melo, 2016.p4

ENTREVISTA

Zootecnia em foco. Vol. 2, n.4, jul/ago 2016, Paragominas-PA

ALIMENTAÇÃO NATURAL PARA PETS

ESPAÇO ANIMAIS DE COMPANHIA

Recentemente, muitos donos de animais de companhia tem abandonado dietas comerciais convencionais em busca de opções mais naturais.

Isso foi parcialmente influenciado por um movimento paralelo no mercado de comida humana por produtos naturais e orgânicos. Essa mudança foi, mais tarde, impulsionada pela contaminação dos produtos da empresa Menu Foods por melamina. Neste período, a agência responsável pela r e g u l a m e n t a ç ã o d e a l i m e n t o s e medicamentos nos EUA, FDA (Food and D r u g Administrat ion) , recebeu mais de 14.000 notificações s o b r e a n i m a i s domésticos com sintomas de perda de apetite, vômitos e a p a t i a , o s principais sintomas da intoxicação.

A c o n s t a n t e humanização dos cães e gatos por seus donos levou esses a se preocuparem cada vez mais com o bem-estar dos seus animais. Além disso, alguns fabricantes começaram a entender que os consumidores estão dando preferência a alimentos livres de ingredientes artificiais destinados aos seus pets, fazendo o mercado se adaptar e oferecer alternativas mais naturais.

Dentre os tipos de dietas alternativas, as mais utilizadas são a crua com ossos, a crua sem ossos e a cozida. Essas dietas contêm carnes magras, vegetais, vísceras e carboidratos, no caso da crua com ossos o carboidrato é substituído por ossos carnudos. Todos esses ingredientes devem estar em uma proporção adequada para suprir as necessidades nutricionais dos animais de acordo com seu peso, escore corporal, estado de saúde, idade e nível de atividade física.

A troca da ração para a alimentação natural trás diversos benefícios para os animais como, por exemplo, a proteção ao sistema urinário e rins, pois os alimentos naturais possuem até sete vezes mais água que a ração seca; menor carga glicêmica e fezes reduzidas, já que esse tipo de dieta não apresenta excesso de fibras grosseiras e carboidratos, além de não usar milho, soja, trigo e seus derivados, que são carboidratos de baixa digestibilidade para carnívoros.

O maior desafio com a introdução da alimentação natural para cães e gatos é a conscientização de seus tutores quanto ao balanceamento da dieta. É importante que ela seja prescrita por Zootecnistas ou Médicos Veterinários especializados que são os profissionais habilitados para trabalhar com a nutrição animal. Somado a isso, há a necessidade de deixar claro que alimentação natural não é resto de comida, os pets não podem comer tudo que seus donos comem, a comida deles não pode ser temperada da mesma forma que é temperada a comida dos humanos.

Diferente dos animais de produção, os animais de companhia vivem mais e o uso de ração por um longo tempo pode

causar doenças renais, alérgicas, hepáticas, entre outras. A alimentaçã o n a t u r a l v e m c o m o u m a alterna tiva para quem quer eliminar

conservantes, corantes e excesso de sódio ao

mesmo tempo em que utiliza ingredientes

frescos, de maior digestibilidade e palatabilidade, o f e r e c e n d o maior bem estar

animal para seus pets.

REFERÊNCIASFRANÇA, J. Alimentos convencionais versus naturais para cães adultos. Tese (Doutorado em Zootecnia) – Universidade Federal de Lavras, Lavras, 109 f. 2009.

GROOT, J.; SHREUDER, W. Biological, naturally logical. Amsterdam: AFB International, 2009. Disponível em: < w w w. a f b i n t e r n a t i o n a l.c o m / i m a g e s / u p l o a d /biological,%20naturally% 20logical.pdf>. Acesso em: 20/10/2015.

Michel K. E. Unconventional diets for dogs and cats. Vet Clin Small Anim Pract, 36:1269–1281. 2006.

SAAD, F; FRANÇA, J. Alimentação natural para cães e gatos. R. Bras. Zootec., v.39, p.52-59, 2010.

Joely ChagasZootecnista/NUTRIPET Consultoria

Zootecnia em foco. Vol. 2, n.4, jul/ago 2016, Paragominas-PA

ESPAÇO MANEJO ANIMAL

Everton S. SousaEstudante de Zootecnia UFRA/PARAGOMINAS

SISTEMA DE SUPLEMENTAÇÃO DEBEZERROS CREEP-FEEDING

Éuma t écn i ca de mane jo vo l t ada à suplementação alimentar de bezerros antes do desmame. A prática permite um ganho de

peso pré-desmame obtendo maiores desempenhos, pois e quando ocorre o máximo crescimento muscular do animal, alcançando com aproximadamente 7 meses de idade, cerca de 35% do peso final do abate.

A administração de concentrado suplementar antes do desmame é utilizado para poupar as reservas da matriz e obter bezerros mais robustos. Outras técnicas de manejo durante o aleitamento e as formas de desmama também auxiliam a elevação das taxas de fertilidade das matrizes, contudo, devem ser observados cuidados para se diminuir o estresse sobre o desenvolvimento das crias.

A suplementação pré-desmama é funcional, pois estimula o desenvolvimento precoce do rúmen, induzindo os bezerros a procurarem outros alimentos além do leite, ingerindo assim uma quantidade maior de nutrientes, a nutrição dos bezerros deve ser realizada associando-se diferentes fontes energéticas na formulação dos suplementos, sejam eles concentrados, volumosos ou grãos. Este último, de preferência pouco processado, moído grosseiramente, desta forma evita-se a acidose no rúmen em desenvolvimento, fontes mais volumosas podem reduzir problemas ruminais.

No sistema de creep feeding deve-se fornecer diariamente de 0,5 a 1,0% do peso vivo do bezerro em concentrado, podendo variar de 0,6 a 1,2 kg de concentrado/animal/dia de acordo com o consumo do

animal. Em geral os suplementos fornecem 75 a 80% de Nutrientes D i g e s t í v e i s To t a i s (NDT) e de 18 a 20% de proteína bruta. Para tal, u t i l i z a - s e u m a composição semelhante a 78% de milho, 20% de farelo de soja, 2% de calcário calcítico e 1% de mistura mineral , lembrando que outras formulações podem ser u t i l i z a d a s . A r e c o m e n d a ç ã o d a composição e dos teores d e n u t r i e n t e s d o concentrado pode variar em função da taxa de

ganho de peso, da quantidade de leite produzida pelas mães e, principalmente, da quantidade de forragem disponível e da qualidade da forragem.

No entanto, se os animais permanecem no pasto após a desmama, o efeito da suplementação em geral é reduzido, podendo até assemelhar-se ao peso ao abate dos animais que não foram suplementados. Mas, o uso do creep feeding posterior inserção no confinamento, principalmente quando são animais super-precoces e precoces, gera melhor rendimento de carcaça, uniformidade e uma carne de melhor qualidade, principalmente quando os animais são de raças europeias, maior expressão do potencial genético.

Em geral, o sistema é vantajoso em programas de pré-condicionamento a confinamento, aumentando o potencial de consumo de matéria seca em 10% quando confinado, obtendo maior incremento de peso.

REFERÊNCIASNOGUEIRA, E; MORAIS, M.G; ANDRADE, V.J; ROCHA, E.D.S; SILVA, A.S; BRITO, A.T; Reprodutiva de primíparas Nelore, em pastejo. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.58, n.4, p.607-613, 2006.

OLIVEIRA, R. L.1; BARBOSA, M. A. A. F.; LADEIRA, M. M.; SILVA, M. M. P.; ZIVIANI, A. C.; BAGALDO, A. R. Nutrição e manejo de bovinos de corte na fase de cria. Rev. Bras. Saúde Prod. An., v.7, n.1, p. 57-86, 2006.

Foto: Waldjanio O. Melo, 2008.

Zootecnia em foco. Vol. 2, n.4, jul/ago 2016, Paragominas-PA

Zootecnista formada pela Univer s idade Federa l de Lavras-UFLA, MSc e Dra. também na área de Zootecnia com nutrição do cavalo atleta. P ro fe s so ra Assoc i ada da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos, FZEA USP.

Zootecnia em foco: Como se deu a escolha da Zootecnia como profissão?Roberta Brandi: Desde 6 anos de idade sou amazona clássica e sofri muito com a falta de informações sobre nutrição de equinos, pois perdi 11 cavalos por erros nutricionais.A medida que fui evoluindo como amazona da Federação Paulista de Hipismo, percebi que a alimentação e nutrição do cavalo atleta não eram explorados e muitos animais de provas mais fortes não eram alimentados adequadamente, levando-os a baixo desempenho. Resolvi então deixar as pistas para trabalhar nos bastidores.

Zootecnia em foco: A senhora se sente feliz e plenamente realizado com essa escolha? Por quê?Roberta Brandi: Sim. Com a minha escolha, consigo transmitir informações importantes para que a Equideocultura evolua. Além disso, me sinto muito contemplado com o sucesso e realização dos meus alunos e orientados.

Zootecnia em foco: Como zootecnista, a senhora atua em qual área? Qual o motivo dessa escolha?Roberta Brandi: Equideocultura. Minha paixão por cavalos vem de longe (desde 6 anos de idade). A necessidade de buscar conhecimentos me levou a abraçar esta área.

Zootecnia em foco: Qual é a importância do zootecnista na criação de equinos?Roberta Brandi: A Zootecnia é essencial na criação de equídeos. Pode atuar desde o melhoramento genético, passando pelo manejo sanitár io, reprodutivo, manejo de fases e mais enfaticamente na nutrição dos animais e na fisiologia do exercício (campos em franca expansão).

Zootecnia em foco: Basicamente, a dieta dos equinos devem ser formuladas a partir de quais alimentos?Roberta Brandi: Volumoso- gramíneas de boa qualidade, em especial do gênero Cynodon. A

utilização de concentrados comerciais ou formulados na propriedade devem figurar como um complemento a exigência nutricional.

Zootecnia em foco: Qual a importância dos volumosos na alimentação dos equinos? E quais cuidados devem-se ter quando disponibilizados ao animal?Roberta Brandi: É a base de tudo. O volumoso deve estar disponível para o animal pelo maior tempo possível. Deve-se ter cuidado com os volumosos de preferência dos equinos pois estes são altamente seletivos. Não se deve oferecer feno de Alfafa como volumoso único para os cavalos.

Zootecnia em foco: Quais os principais cuidados que se devem ter na utilização de concentrado na alimentação dos equinos? E como devemos proceder para a escolha?Roberta Brandi: O concentrado deve ser utilizado como complemento a dieta dos equinos. Deve ser escolhido por fase de vida e atuação (exercício, tipo de exercício). Deve sempre ser adquirido de empresa idônea.

TÉCNICAS DO CAMPOESPAÇO EQUIDEOCULTURA

Marcelo C. MoraisEstudante de Zootecnia UFRA/PARAGOMINAS

ENTREVISTA COM A ZOOTECNISTAROBERTA ARIBONI BRANDI

Foto: Roberta A. Brandi, 2016.

Zootecnia em foco: Qual é a importância do zootecnista na criação de equinos?Roberta Brandi: A Zootecnia é essencial na criação de equídeos. Pode atuar desde o melhoramento genético, passando pelo manejo sanitár io, reprodutivo, manejo de fases e mais enfaticamente na nutrição dos animais e na fisiologia do exercício (campos em franca expansão).

Zootecnia em foco: Qual a importância das vitaminas e minerais na nutrição equina?Roberta Brandi: Os minerais e vitaminas são muito importantes para o desenvolvimento do equinos. Animais que consomem ração recebem aporte deste nutrientes por esta via. Animais a campo, devem ser suplementados no cocho. A escolha do sal ou premix é muito importante para ter certeza que o animal está sendo contemplado com tudo o que precisa de minerais e vitaminas.

TÉCNICAS DO CAMPOESPAÇO EQUIDEOCULTURA

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Marcelo C. MoraisEstudante de Zootecnia UFRA/PARAGOMINAS

ENTREVISTA COM A ZOOTECNISTAROBERTA ARIBONI BRANDI

Zootecnia em foco. Vol. 2, n.4, jul/ago 2016, Paragominas-PA

Foto: Roberta A. Brandi, 2016.

Foto: Roberta A. Brandi, 2016.

Olicenciamento Ambiental Rural - LAR é o procedimento administrativo destinado a permit ir a t ividades ou quaisquer

empreendimentos ut i l izadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar a degradação ambiental. Trata-se de um instrumento essencial para conciliar o meio ambiente e o desenvolvimento econômico e social – por meio do qual o órgão competente verifica a adequação de um projeto ou atividade ao meio ambiente, licenciando, em diferentes etapas, a sua implantação.

Nas licenças ambientais, são estabelecidas as condições para que o empreendedor, pessoa física ou jurídica, de direito privado ou de direito público, implante, amplie ou opere o empreendimento sob sua responsabilidade. Em nosso país, o processo de licenciamento envolve três licenças ambientais sequenciais: i) licença prévia (LP); ii) licença de instalação (LI); e iii) licença de operação (LO). O licenciamento ambiental abrange um enorme campo de iniciativas humanas, de graus de complexidade bastante diferenciados, implantadas em áreas urbanas e rurais.

As licenças ambientais, em regra, não têm caráter definitivo. Há previsão de prazo de validade para cada tipo de licença. Após a expedição de qualquer das licenças, o cumprimento das condições nela estabelecidas é, pelo menos em tese, acompanhado sistematicamente e pode ser cobrado por via administrativa ou judicial. Não sendo observados os compromissos constantes da licença ambiental, ela pode ser suspensa ou cancelada.

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade - SEMAS-PA, a qualquer momento, poderá realizar análise técnica dos dados informados no CAR-PA, para fins de licenciamento ou ordenamento ambiental.

Não será concedido licenciamento ambiental de atividades rurais de qualquer natureza para o imóvel rural que não esteja inscrito no Cadastro Ambiental Rural – CAR-PA.

O Licenciamento Ambiental da Atividade Rural deverá obedecer ao disposto na legislação ambiental vigente no que se refere à área de uso alternativo do solo, Área de Reserva Legal, Áreas de Preservação Permanente e Áreas Protegidas.

A SEMAS, a qualquer momento, poderá realizar análise técnica dos dados informados no CAR-PA, para fins de licenciamento ou regularização ambiental.

REFERÊNCIASMOTTA, D.M.; PÊGO, B. Licenciamento ambiental para o desenvolvimento urbano: avaliação de instrumentos e procedimentos. Rio de Janeiro: Ipea, 2013.

ESPAÇO MEIO AMBIENTE

Zootecnia em foco. Vol. 2, n.4, jul/ago 2016, Paragominas-PA

Jane P. FelipeEngenheira Agrônoma/PARAGOMINAS

TÉCNICAS DO CAMPOESPAÇO BOVINOCULTURA

PRODUÇAO DE CARNE DA RAÇAANGUS NO PARÁ

Com um rebanho de 22 milhões de cabeças de bovinos, o quinto maior do país, o estado do Pará vem descobrindo na raça

Angus uma fonte de aumento de lucratividade para a pecuária. Por meio de cruzamento industrial com zebuínos, a raça eleva produtividade e agrega qualidade ao acabamento de carcaça.

Atentos à valorização e interesse crescente por cortes Angus no Pará, frigoríficos vêm manifestando interesse em premiar carcaças de alta excelência. A carne Angus Certificada é um produto diferenciado para consumidores exigentes, de paladar apurado. Produzidas a partir dos mais rigorosos padrões de qualidade industrial, em modernas instalações frigoríficas, que garantem a segurança e inocuidade do produto e exclusivamente de novilhos jovens da raça Aberdeen Angus.

A ótima qualidade de sua carne é evidenciada através da opinião de autoridades do setor, e confirmada nos mais diferentes concursos realizados nos principais mercados produtores. O Angus produz um animal com alta qualidade de carne, apropriada não somente para o mercado interno, quanto também ao mercado externo. Algumas pesquisas na região demostra que animais meio sangue Angus, em pastagens de braquiária com suplementação, obtiveram ganho de 1,11kg/dia enquanto animais da raçaNelore, nas mesmas condições, apresentaram em média ganho de 0,75kg/dia. O Angus apresenta alta precocidade e sua carne é marmorizada (gordura entremeada na carne), o que lhe confere a já famosa maciez e sabor.

Para ganhar escala de produção e manter embarques para exportação consistentes da Carne Angus, a Associação Brasileira de Angus está trabalhando com orientação técnica aos produtores para aumentar a eficiência e o volume de animais abatidos. Há 12 anos, o Programa Carne Angus concede bonificações a criatórios que fornecem animais com alto padrão de terminação aos frigoríficos

conveniados. A Carne Angus tem garantia de qualidade e representa o sucesso do conceito “do pasto ao prato”, conquistando alta credibilidade junto ao público consumidor. Entre as vantagens da criação de bovinos no Pará está a excelente oferta de chuvas, que chega a três mil milímetros por ano em algumas regiões.

O gerente do Programa Carne Angus Certificada, Fábio Medeiros, confia no sucesso da iniciativa no Pará, principalmente como uma forma de valorizar a produção local e dar aos criadores uma opção mais lucrativa do que a exportação de gado em pé, tradicional fonte de renda da pecuária local.

REFERÊNCIASADEPARÁ. Agência de Defesa Agropecuária do Estado d o P a r á . D i s p o n í v e l e m : http://www.adepara.pa.gov.br/index.php?adepara=nav/single&topico=156. Acesso em: 10 de Julho de 2016.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ANGUS. Disponível em: http://angus.org.br/carne-angus-2/ Acesso em: 10 de Julho de 2016.

André da Silva PintoEstudante de Zootecnia UFRA/PARAUAPEBAS

Zootecnia em foco. Vol. 2, n.4, jul/ago 2016, Paragominas-PA

Foto: Waldjanio O. Melo, 2016. Foto: Waldjanio O. Melo, 2016.

Ozootecnista Waldjânio de Oliveira Melo recebeu das mãos do zootecnista Guilherme Minssen, na manhã do dia 10

de agosto, o título de Zootecnista do Ano do Estado do Pará, promovido pelo conselho Regional de Medicina Veterinária do Pará. Criado em 2004, o prêmio anual destina-se ao zootecnista paraense que desempenhou atividades que contribuíram para o desenvolvimento da Zootecnia.

Waldjânio é zootecnista da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), campus de Paragominas, desenvolve trabalhos com produção de ruminantes. Dentre as atividades relevantes que vem realizando para a divulgação da profissão e formação de novos profissionais, está a fundação da empresa de Assessoria e Consultoria Junior de Zootecnia –PROCRIAR JR, a edição do informativo Zootecnia em Foco (ISSN 2446-8398) e I Encontro de Zootecnistas de Paragominas.

“Sou apaixonado pela profissão, sinto honrado em receber esse prêmio principalmente no ano em que a Zootecnia completa 50 anos de sua criação no país, só tenho a agradecer a todas as pessoas que contribuíram para que isso fosse possível. A premiação foi um reconhecimento aos trabalhos que estão sendo desenvolvidos pela Zootecnia da UFRA Paragominas. A região se destaca pela diversificação da produção,

hoje é considerada um grande polo de grãos o que favorece a intensificação da criação dos animais. Dessa forma, apresenta-se com grande potencial para atuação dos zootecnistas, pensando nisso, nossa meta é contribuir para a formação de profissionais de excelência e abertura de mercado de trabalho para a categoria”.

Waldjânio Melo é zootecnista formado pela UFRA, campus de Parauapebas (2009). Possui mestrado em Saúde e Produção Animal na Amazônia pela UFRA, campus Belém (2012), em 2014 ingressou no doutorado do mesmo programa.

Confira os ganhadores desse prêmio desde sua criação em 2004:

TÉCNICAS DO CAMPOAÇÕES ACADÊMICAS

Jaqueline Valeira de S. AraújoEstudante de Zootecnia UFRA/PARAGOMINAS

ZOOTECNISTA DA UFRA RECEBEPRÊMIO ESTADUAL

Zootecnia em foco. Vol. 2, n.4, jul/ago 2016, Paragominas-PA

Ano Ano

2004 Guilherme Minssen 2011 Maria Cristina Manno

2005

José Ribamar F. Marques

2012

Maria Cristina Manno

2006

Guilherme Minssen

2013

Francisco Gabriel Rodrigues de Azevedo

2007

Alisson Miranda

2014

Kaliandra Souza Alves

2008 José Ribamar F. Marques 2015 Juliano Modes Mendes

2009

Mário Lucena

2016

Waldjânio de Oliveira Melo

2010 Guilherme Minssen

CONGRESSOS E EVENTOS

Zootecnia em foco. Vol. 2, n.4, jul/ago 2016, Paragominas-PA

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o período de 06 a 14 de agosto ocorrera a NAGROPEC - exposição agropecuária de Paragominas, promovida pelo Sindicato

dos Produtores Rurais, prefeitura e outras entidades. A feira, evento tradicional do município, apresenta o que há de mais avançado em tecnologia, genética animal, com a exposição de animais de elite, mostrando o desenvolvimento do Agronegócio da região, bem como a importância econômica do setor para o município. Em sua 50ª edição, a feira agropecuária de Paragominas se torna palco de grandes negócios no setor agropecuário, tornando-se uma das mais importantes feiras agropecuárias do estado. O evento conta com artistas regionais e nacionais, montaria em touros e cavalos no rodeio, parque de diversões e casas de show, palestras e exposição de animais, maquinários e outros produtos.

Ufra campus Capanema em parceria com ASBCS, realizaram o II Encontro Regional de Ciência do Solo na Amazônia Oriental-

AMAZON SOIL. Serão abordados durante o evento assuntos relacionados às áreas de fertilidade do solo e nutrição mineral de plantas, matéria orgânica do solo, manejo e conservação do solo, fertilizantes e corretivos, educação em ciência do solo e poluição e discutidas as técnicas e sistemas de manejo adotados na Amazônia, visando minimizar os impactos sobre a

conservação do solo, quando submetidos direta ou indiretamente às alterações em função da adoção de sistemas de produção.

aragominas sediara o IX Simpósio PRegional IPNI Brasil sobre Boas Práticas para Uso Eficiente de Fertilizantes durante

os dias 30 e 31 de Agosto de 2016, o evento e voltado para estudantes, técnicos cientistas e produtores interessados na área.

fra promoverá de 13 a 15 de outubro de U2016 o III Congresso de Zootecnia da Amazônia, este ano o evento ocorrera no

Campus de Parauapebas, o evento trará em sua programação palestras e minicursos, abordando temas como reprodução, nutrição animal e agricultura familiar dentre outros relacionados a zootecnia.

Rafael AquinoEstudante de Zootecnia UFRA/PARAGOMINAS

FEIRA AGROPECUÁRIA DE PARAGOMINAS