Zot1028 - UNIDADE III 2 - MELHORAMENTO DE SUÍNOS

Zot1028 - UNIDADE IIIZot1028 - UNIDADE III2 - MELHORAMENTO DE SUÍNOS2 - MELHORAMENTO DE SUÍNOS

2.1 – INTRODUÇÃO2.1 – INTRODUÇÃO

O melhoramento de suínos pode realizar-se O melhoramento de suínos pode realizar-se com maior rapidez que o da maioria das espécies com maior rapidez que o da maioria das espécies domésticas, considerando a rapidez com que se domésticas, considerando a rapidez com que se reproduzem.reproduzem.

O objetivo do melhoramento em suínos, é de O objetivo do melhoramento em suínos, é de produzir carcaças bem desenvolvidas com menor produzir carcaças bem desenvolvidas com menor percentagem de gordura para atender as exigências percentagem de gordura para atender as exigências do mercado, que pede maior qualidades de carnes do mercado, que pede maior qualidades de carnes nobres por carcaça abatida.nobres por carcaça abatida.

Zot1028 - UNIDADE IIIZot1028 - UNIDADE III2- MELHORAMENTO DE SUÍNOS2- MELHORAMENTO DE SUÍNOS

2.2 – Características a serem selecionadas2.2 – Características a serem selecionadas

2.2.1 – Tamanho e peso da leitegada2.2.1 – Tamanho e peso da leitegada

2.2.2 – Peso dos leitões a desmama2.2.2 – Peso dos leitões a desmama

2.2.3 – Ganho em peso da desmama ao abate2.2.3 – Ganho em peso da desmama ao abate

2.2.4 – Economia em ganho na pós-desmama2.2.4 – Economia em ganho na pós-desmama

2.2.5 – Características de carcaça2.2.5 – Características de carcaça

2.2.6 – Tipo e conformação2.2.6 – Tipo e conformação

2.2.7 – Habilidade materna 2.2.7 – Habilidade materna


2.3 – Coeficientes de herdabilidade para as principais 2.3 – Coeficientes de herdabilidade para as principais características de importância econômicacaracterísticas de importância econômica

CaracterísticasCaracterísticas HerdabilidadesHerdabilidades CaracterísticasCaracterísticas HerdabilidadesHerdabilidades

C. do carcaçaC. do carcaça 0,40 – 0,600,40 – 0,60 Econ. ganhoEcon. ganho 0,30 – 0,500,30 – 0,50

C. das pernasC. das pernas 0,60 – 0,650,60 – 0,65 Per. gestaçãoPer. gestação 0,30 – 0,500,30 – 0,50

N. de tetasN. de tetas 0,20 – 0,400,20 – 0,40 AOLAOL 0,45 – 0,550,45 – 0,55

N. de vértebrasN. de vértebras 0,70 – 0,750,70 – 0,75 Esp. toucinhoEsp. toucinho 0,40 – 0,600,40 – 0,60

N. leitões nasc. N. leitões nasc. 0,05 – 0,150,05 – 0,15 Rend. pernilRend. pernil 0,50 – 0,600,50 – 0,60

N. leitões des.N. leitões des. 0,05 – 0,120,05 – 0,12 Rend. paletasRend. paletas 0,40 – 0,500,40 – 0,50

Peso leit. des.Peso leit. des. 0,15 – 0,200,15 – 0,20 Rend. carneRend. carne 0,25 – 0,350,25 – 0,35

P. an,. 5-6 m.P. an,. 5-6 m. 0,20 – 0,300,20 – 0,30 Pontos carcaçaPontos carcaça 0,40 – 0,500,40 – 0,50

Tx. Cresc. pd.Tx. Cresc. pd. 0,25 – 0,400,25 – 0,40 % de pernil% de pernil 0,50 – 0,650,50 – 0,65


2.3 – Coeficientes de herdabilidade para as principais 2.3 – Coeficientes de herdabilidade para as principais características de importância econômicacaracterísticas de importância econômica


2.3 – Coeficientes de correlação genética para as 2.3 – Coeficientes de correlação genética para as principais características de importância econômicaprincipais características de importância econômica


2.4 – Ajustes2.4 – Ajustes2.4.1 – Pesos para idades padrões2.4.1 – Pesos para idades padrões

Pd(56 dias) = PA * 41/ IA – 15Pd(56 dias) = PA * 41/ IA – 15Pa(156 dias) = (PA + 154) * 199 / IA + 45 – 154Pa(156 dias) = (PA + 154) * 199 / IA + 45 – 154

2.4.2 – Idade da porca ao parto2.4.2 – Idade da porca ao parto

Idade da porca (m)Idade da porca (m) N leit. Leiteg.N leit. Leiteg. Idade da porca (m)Idade da porca (m) N leit. Leiteg.N leit. Leiteg.

0909 + 1,0+ 1,0 1414 - 0,3- 0,3

1010 + 0,6+ 0,6 1515 - 0,6- 0,6

1111 + 0,3+ 0,3 1616 - 1,0- 1,0

1212 0,00,0 3636 - 1,0- 1,0


2.5 – Processos de melhoramento genético em suínos2.5 – Processos de melhoramento genético em suínos

2.5.1 – Endogamia/consangüinidade2.5.1 – Endogamia/consangüinidade


2.5 – Processos de melhoramento genético em suínos2.5 – Processos de melhoramento genético em suínos2.5.2 – Cruzamento2.5.2 – Cruzamento

A Embrapa lançou em fim de 1995, um híbrido comercial oriundo da fêmea F1 A Embrapa lançou em fim de 1995, um híbrido comercial oriundo da fêmea F1 (Landrace x Large Whire) com um macho sintético das raças Duroc, (Landrace x Large Whire) com um macho sintético das raças Duroc, Hamspshire e Pietran. (até 58% de rendimento de carne por carcaça) Hamspshire e Pietran. (até 58% de rendimento de carne por carcaça)

ESQUEMA: Landrace x Large WhiteESQUEMA: Landrace x Large White F1- LLF1- LL fêmea mestiça fêmea mestiça O cruzamento de 3 raças resulta num ganho de produtividade em torno de 10% O cruzamento de 3 raças resulta num ganho de produtividade em torno de 10%

sobre raças purassobre raças puras

Duroc ♀ x Hampshire ♂Duroc ♀ x Hampshire ♂ ↓ ↓ F1 –DH ♀ x Pietran ♂F1 –DH ♀ x Pietran ♂ ↓ ↓ F2- DHP♂ x F1- LL♀F2- DHP♂ x F1- LL♀ ↓ ↓ MS58MS58


O MS60 (EMBRAPA) - mestiço das raças Duroc, Large White e Pietran, ele é O MS60 (EMBRAPA) - mestiço das raças Duroc, Large White e Pietran, ele é livre do gene halonato (estresse no animal e depreciação da qualidade da livre do gene halonato (estresse no animal e depreciação da qualidade da carne). carne).

Obtenção do MS60. Obtenção do MS60. Duroc ♂ x Large White ♀Duroc ♂ x Large White ♀ ↓ ↓ F1 –DL X PietranF1 –DL X Pietran ↓↓ F2- PDL → F2- PDL → MS60MS60 A raça Pietran A raça Pietran tem boa conformação em largura de lombo e pernil bem tem boa conformação em largura de lombo e pernil bem

desenvolvido.desenvolvido.As raças Duroc e Large White As raças Duroc e Large White oferecem carne de qualidade e resistência ao oferecem carne de qualidade e resistência ao

estresse.estresse.Com a substituição da raça Hampshire pela Duroc, neste caso, é que se Com a substituição da raça Hampshire pela Duroc, neste caso, é que se

conseguiu a resistência ao halonato.conseguiu a resistência ao halonato.

2.5 – Processos de melhoramento genético em suínos2.5 – Processos de melhoramento genético em suínos 2.5.2 – Cruzamento2.5.2 – Cruzamento

2.4 – Processos de melhoramento genético em suínos2.4 – Processos de melhoramento genético em suínos

2.5.3 – Seleção2.5.3 – Seleção

““O objetivo da seleção é sempre escolher bons reprodutores, O objetivo da seleção é sempre escolher bons reprodutores, isto é, os indivíduos que transmitem através de gerações seus isto é, os indivíduos que transmitem através de gerações seus caracteres.”caracteres.”

Para chegar a um resultado satisfatório o trabalho seletivo deve:Para chegar a um resultado satisfatório o trabalho seletivo deve:

. procurar reprodutores que mais se aproximem do padrão . procurar reprodutores que mais se aproximem do padrão estabelecido,estabelecido,

. eliminando da reprodução todos os indivíduos que . eliminando da reprodução todos os indivíduos que apresentam defeitos ou diferenças que possam prejudicá-lo. apresentam defeitos ou diferenças que possam prejudicá-lo.

Indice de seleçãoIndice de seleção

I = 100 + 0,25(GPD – GPDM) – 30(CA – CAM)I = 100 + 0,25(GPD – GPDM) – 30(CA – CAM)

- 40(ET – ETM)- 40(ET – ETM)



2.6 – Desafios do Melhoramento Genético de suínos2.6 – Desafios do Melhoramento Genético de suínos

Atualmente, dentro dos programas de melhoramento genético Atualmente, dentro dos programas de melhoramento genético de suínos, a característica tamanho de leitegada, passou a receber de suínos, a característica tamanho de leitegada, passou a receber maior atenção, especialmente porque as características de maior atenção, especialmente porque as características de desempenho e de carcaça atingiram níveis próximos aos desempenho e de carcaça atingiram níveis próximos aos desejados/esperados, visto que, mesmo com baixas herdabilidades, o desejados/esperados, visto que, mesmo com baixas herdabilidades, o ganho esperado por seleção pode ser compensador.ganho esperado por seleção pode ser compensador.

Com a crescente sofisticação do mercado e a ampliação dos Com a crescente sofisticação do mercado e a ampliação dos conhecimentos científicos, foram agregadas mais características como conhecimentos científicos, foram agregadas mais características como objetivos de seleção e os critérios de avaliação e seleção também se objetivos de seleção e os critérios de avaliação e seleção também se tornaram mais complexos. Um dos fatores de alta importância na tornaram mais complexos. Um dos fatores de alta importância na indução destas mudanças foi a crescente participação da alimentação indução destas mudanças foi a crescente participação da alimentação no custo de produção dos suínos.no custo de produção dos suínos.



Tabela 01 – Progresso genético anual estimado para conversão alimentar, tamanho de leitegada e idade ao abate

Características Progresso genético anual

Conversão Alimentar (kg/kg)* -0,023

Tamanho de Leitegada (leitões) 0,14

Idade ao abate (dias) -2,11

* kg de ração por kg de ganho de peso

** - significa redução


Tabela 02 – Evolução da qualidade da carne suína, 1963-1994

Ano Gordura (g/100g) Calorias (kcal/100g)

1963 34,8 413

1983 13,7 237

1990 8,1 194

1994 6,2 187

% redução de 1963 a 1994

1963-1994 82,2 54,7

FONTE: NPPC (National Pork Producers Council), EUA


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