Pedro Jurberg
Contribuição ao conhecimento da conquiliologia ,
anatomia, dados biológicos e aspectos comportamentais de Thaumastus ( Thaumastus) taunaisii ( Férussac. 1822)
( Mollusca, Gastropoda, Bulimulidae)
. Dissertação de Mestrado apresentada à
Coordenação do Curso de Pós-Graduação
Em Zoologia da Universidade Federal do
Rio de -.Janeiro.
RIO DE -.JANEIRO
197�
/'7JR
l i
~(_ '1'6,é',1')/7.f
ESTE TRABALHO FOI REALIZADO NO LABORATÕRIO
DE COMPORTAMENTO ANIMAL DO INSTITUTO
OSWALDO CRUZ E NO SETOR DE MALACOLOGIA
DO DEPARTAMENTO DE INVERTEBRADOS DO MUSEU
NACIONAL/UFRJ.
ORIENTADOR
PROF. ARNALDO CAMPOS DOS SANTOS COELHO
MUSEU NACIONAL/UFRJ
Dedico este trabalho àqueles que mais me in
fluenciaram, que orientando no sentido do tra
balhar e viver em busca da verdade, quer ten
do compreensão ante a minha formação como ser
humano.
HERMAN LENT
HUGO DE SOUZA LOPES
ARNALDO CAMPOS DOS SANTOS COELHO
JOSÉ JURBERG
e
MARISE, MÔNICA e MARITZA JURBERG
AGRADECIMENTOS AOS PROFESSORES E AMIGOS
RÉLCIO MAGALHÃES BARROS
LUIZ ANTONIO LOBATO GOMES
OTÁVIO PIERI
JOHANN BECKER
E ESPECIALMENTE À
ARNALDO CAMPOS DOS SANTOS COELHO
QUE COLABORARAM PARA A REALIZAÇÃO DESTE
TRABALHO.
S U M Â R I O
RESUMO
ABSTRACT.
INTRODUÇÃO
TÉCNICAS DE ESTUDO
RESULTADOS
Caracterizações das Entidades Taxionômica
Thaumastus ( T. ) taunaisii
Histórico
Morfologia
( Ferussac, 1822 ).
Dados Biológicos e Aspectos Comportamentais
Relações Biológicas com outros animais
DISCUSSÃO
CONCLUSÕES
BIBLIOGRAFIA
6
7
8
10
15
15
18
19
21
27
34
36
44
46
..
R E S U M O
são apresentados os resultados sobre a morfolngia da
concha e das partes moles, de distribuição geogrifica, os dados
biológicos e os aspectos comportamentais do gastropÕde terrestre
Thaumastus ( T. ) taunaisii (Férussac, 1822). Ê comentada a ca
racterizaçao da subfamília Bulimulinae. Conclui-se que a morfo
logia da concha e das partes moles caracterizam a espécie sep�
rando-a de Thaumastus ( T. ) achilles (Pfeiffer, 1852) e que o
estudo dos aspectos comportamentais fornecem subsídios para o co
nhecimento da biologia da espécie.
A B S T R A C T
Data about shell and body morphology, geographical,
distribuition, biology and behavioral aspects of the terrestrial
gastropod Thaumastus ( T.) taunaisii (Fêrussac, 1822) are given.
It is Characterization o f the sub family Bulimulinae is made.
conduded that shell and body morphology characterize the
species, separating it from Thaumastus (I�) achilles (P feiffer,
1852), and that the study o f its behavioral aspects contributes
to the knowledge o f its biology.
I N T R O D U Ç Ã O
Adotamos neste trabalho a definição de sistemática de
S IMP SON ( 197 1 : 10- 11) " Sistemática é o estudo científico das for
mas de organismos, sua diversidade e toda.e qualquer relação en
tre eles". S IMP S ON ao referir-se às relações existentes entre
. - . organismos, escreveu: "É evidente que todas as ciencias compar�
das da biologia entram na sistemática, pelo facto de
mente estudarem relações entre <liversos organismos.
necessaria
I s t o a p 1 i c a-
se de modo muito especial à anatomia, a fisiologia e a psicolo-
gia comparadas" Nesse mesmo trabalho S IMP S ON incluiu a Bioquf
mica, Citologia e Etologia que considerou de maneira
como o estudo comparado do comportamento.
imprecisa
Baseado nesta abordagem procuramos fazer um estudo em
que os critérios conquiliologicos, anatômicos e os aspectos com
portamentais sao tratados para a caracterizaçao da espécie pelos
seguintes motivos:
9 •
1. Os caracteres conquiliológicos, embora de grande va
lidade, têm suas limitações, pois, como afirmou R EZENDE (1967:1 )
"As formas das conchas muitas vezes extremamente . - . var1.ave1.s nos
diferentes grupos e até para a mesma espécie nao fornecem ponto
seguro e suficientemente definidos". LANZ I E R I (1969 ) levantou a
precariedade das classificações baseadas na morfologia da concha
atribuindo estas modificações, como por exemplo, a idade dos ani
mais e ao meio ambiente. Aos fatores externos causando modifica
çoes das conchas como foram demonstrados em outros grupos de mo
luscos marinhos (JURBE RG, 1971), podemos acrescentar os
nantes genéticos como demonstrou a resenha de F O RD (1964 )
o gastrópode terrestre Cepaea nemoralis (Linnaeus), da
determi
sobre
família
Helicidae.
2 • O estudo da anatomia relacionado à conquiliologia
para a caracterização da espécie tem como base os trabalhos clãs
sicos de P ILS BRY ( 1901 e 19 39-1946 ) e entre os dos malacologi�
tas brasileiros podemos citar LOPE S ( 1955, 1956 a-b ) com os e�
tudos sobre os Ampullariidae, PARAENS E & DE SLAND E S ( 1955 a,b e c )
com os estudos sobre Planorbidae, e o s pulmonados terrestres têm
sido pesquisados levando em conta exclusivamente estes dois as
pectos por BARRO S -ARAUJO ( 1965, 1971 a-b, 1973, 1975 a-b ).
3. Os aspectos comportamentais foram adotados neste tra
balho pois sua validade como critério sistemático e atualmente
amplamente reconhecida segundo T INBERGEN (1963), HINDE (1970 ) e
LO RENZ (1971). Considerando que o comportamento e um aspecto da
biologia do animal segundo E IBL-E IBE S FELD T (1970 ),
este tópico juntamente com os dados biológicos
levantar na natureza e no laboratório.
que
abordaremos
conseguimos
T Ê e N I e A s D E E s T u D o
Manutenção dos animais no laboratório
Os exemplares foram mantidos em terrário com estrutura
de madeira, medindo 100cm de altura, 100cm de comprimento e 70cm
de· largura, colocado sobre pés de madeira de 70cm de altura para
facilitar as observações e o manuseio. A parte frontal� de
dro transparente, removível, as laterais com duas portas e o te
to em tela. Piso de zinco galvanizado coberto por uma camada de
terra Úmida com 7cm de espessura e folhas secas. No interior fo
ram usadas placas de Petri, uma com agua e outra com alimento.
Foi construído um abrigo com placa de vidro tra�sparente dispo�
ta sobre 4 pedras e sobre ela uma placa de madeira de igual tama
nho, removível por intermédio de um fio de plástico preso à sua
borda (Fig. 1).
Filmagem
Os aspectos comportamentais foram registrados
camara cinematográfica Canon 8 14, Super 8, com "flash "
co e "interval time " acoplados, que permitia bater cada
por uma
eletrôni
fotogr�
ma com intervalos variáveis de 30 ou 60 segundos. O conjunto r�
gistrava o comportamento dos moluscos previamente marcados com
tinta esmalte, colocados numa caixa de plástico coberta com uma
vi
11.
armaçao de madeira com tela 1 contendo um relÕgio e um termômetro
acoplado a um higrômetro (P IE R I, JURBERG & RAYMUNDO, 1977) (Fig.
2)
Para observarmos e quantificarmos os comportamentos pr�
curamos de fini-los operacionalmente em forma de categorias com
portamentais conforme preconizaram CUNHA ( 1974 e 1976), HUT T &
HUTT (1974) e BE RG (1974). Utilizamos os verbos registrados no
dicionário de FERRE IRA ( 1975) para nomeá-las como aconselharam
HUTT & HUTT ( 1974).
Dissecção
Para a dissecção, sempre que possível, foram escolhidos
os exemplares c u3 a s conchas tinham o lábio externo da abertura
mais espessado, admitidos como os mais adultos.
ApÕs a limpeza, o exemplar foi colocado em recipiente
com agua levado ao aquecimento ate 609C e mantido por 2 ou 3 mi
nutos, ate a morte do animal e perda de aderência do músculo co
lumelar. Depois de retirado da concha o animal foi disposto em
placa de Petri com fundo de parafina e umedecido com soro
16gico (Na Cl a 0, 9% em solução aquosa).
fisio
Iniciamos a dissecção com um corte na reg1ao látero-dor
sal, na dobra do manto a partir do pneumÕstoma, prosseguindo com
um corte ao longo do reto ate prÕximo ao rim, com isso liberamos
o teto da câmara palial e o rebatemos para a esquerda do animal
(Fig. 3 ), deixando ver a membrana que constitui o assoalho da
câmara palial.
Com 2 cortes paralelos em direção à cabeça liberamos e
rebatemos a membrana e o tegumento externo, ficando
complexo peniano, as glândulas salivares e o bulbo
• 4' •
v1sive1s o
bucal (Eig. 4).
1 2
Em seguida a extremidade distal do complexo peniano foi
liberada da membrana (Fig. 5). A extremidade proximal situada na
cabeça junto do bulbo bucal foi liberada do tegumento juntamente
com a extemidade proximal do
gado (Fig. 6).
ovispermoduto que a ele se acha li
Voltando ao teto da camara palial realizamos dois cor
tes para a sua liberação total; um ao longo do �eto, até ultra-
passar o rim e outro paralelo, na região oposta ao reto até ul
trapassar a outra face do rim.
Em seguida a dissecção teve continuidade na genitália,
soltando-se o ovispermoduto e a espermateca da membrana envolven
te até alcançar a glândula de albumina. Da glândula de albumina
em diante cortamos com o máximo cuidado toda a porção do hepato-
pancreas que contem a vesícula seminal e ovoteste, liberando-os
posteriormente do hepatopâncreas, com o auxílio de agulhas de dis
secçao (Figs. 8 e 9).
Fixação, Coloração e Diafanização
A genitália foi desenhada e fotografada quando estava
em soro fisiológico e logo apôs passada para o álcool gl�cerina-
do (álcool 709GL + glicerina, 9: 1) corada em carmim clorídrico
alcoólico por 1 hora diferenciada por 15 minutos
drico (ácido clorídrico a 5% em álcool a 809GL).
em álcool clorí
Passada para
álcool absoluto e posteriormente diafanizada em creosoto segundo
técnica descrita por LANGERON ( 1925).
O teto da câmara palial teve o mesmo tratamento, menos
quanto a diafanização que foi feita em salicilato de metila pois
este endurece a peça na posição colocada, facilitando o seu manu
seio (JU RBERG, 19 64).
...
1 3
O bulbo bucal foi fervido em hidróxido de potássio a 5%
ate a destruição das partes moles, separando-se a râdula da man
dÍbula. A mandíbula foi desidratada na série de alcoóis (709GL,
969GL e 1009GL) e mantida em creosoto. A rádula foi corada e
montada pela seguinte técnica: fervida na solução aquosa de hi
dróxido de potássio a 10% até a destruição das partes moles; la
vada em água; corada em Orange G a 1% em solução aquosa por 5 mi
nutos, adicionando 1 a 2 gotas de H Cl. Desidratada pela
de alcoóis até álcool absoluto. Colocada em uma mistura
lol 50% , benzol 25% e toluol 25% passando posteriormente
xilol. Nesta fase, a rádula foi colocada sobre uma lâmina
- . serie
de xi
para
com
uma gota de bálsamo do Canadá. S ob um microscópio estereoscôpi
co com uma luz forte incidindo sobre o bálsamo, a rádula foi es
ticada equanto o bálsamo endurecia pela evaporação do xilol. Qua�
do a rádula estava esticada, verificamos se os dentes estavam p�
ra cima, no microscópio biológico e depois com uma pinça foi co
locada em uma lâmina limpa, montada com lamínula e uma nova qua�
tidade de bálsamo (JURBE RG, 1964).
Ilustrações
As partes moles, rádulas e mandíbulas foram desenhadas
sob lupa estereoscÓpica W ILD MS e microscópio W ILD M20 com cama
ra clara acoplada, Fotografamos com A S A H I PENTAX SPO TMATIC com
lente macro Takumar e filtro de polarização.
Medidas das conchas
Com o auxílio de um paquímetro realizamos as seguintes
14.
medidas das conchas: comprimento total (AB), largura (CD), com-
primento da abertura ( EF) e largura da abertura (GH) (Fig. 20).
Orientação Sistemática e Caracterizações
Para orientação sistemática geral, nos baseamos em T H I�
LE (1931), para as caracterizações das entidades taxionômicas a
te subgênero nos baseamos nos trabalhos de P IL S BRY ( 1895 - 189 6,
1901 - 1902 e 1939 - 1948), S TR E BEL ( 19 10), TR IELE (193 1), LAM E E
RE (1936), PARODIZ (1946 a) Z ILCH ( 19 60), MO R TON & Y ONGE (1964)
HYMAN (1967) FRAN C (t9 68) e VAN M OL (1971); para a da espécie em
DE SHAYE S in FERU S S A C & D E S HAY E S (185 1), P IL S BRY ( 1895), S TR E BEL
(1910) e no material examinado.
Material examinado
Utilizamos o material depositado na Coleção de Moluscos
do Setor de Malacologia do Departamento de Invertebrados do Mu
seu Nacional/UFRJ ( Col. Mol. M. N. n9).
Col. Mol. M. N. n9 70, 73, 100, 105, 1 13, 120 e 124, sete
conchas, Grajaú, Rio de Janeiro, RJ, E. A. Martins, N. D. Santos, J.
P. Machado F9 & A. R. R. Barros cols. , 0 6/VI I/ 1944. Col. Mol. N. N. n9
3793, quatorze exemplares, Grajaú, ruínas de Vila Rica, Rio de
Janeiro, RJ. , L. C. F. Alvarenga, H. M. Barros, C. N. Ricci, L. A. L. Go
mes & P. Jurberg cols. , 24/ IX/ 1975.
li
R E S U L T A D O S
CARACTERIZAÇÕE S DAS ENT IDADE S TAX IONÔM ICA S
Subclasse Pulmonata Cuvier, 1795
Animais geralmente providos de concha helicoidal ou es
piral plana, as vezes, rudimentar, envolvida pàrcial ou totalmen
te pelo manto, raramente ausente. Cavidade palial com o teto
vascularizado que permite o funcionamento ã guisa de pulmão, com
orifício contrátil - o pneumÕstoma. Poucos com falsas brânquias.
Ordem Stylommatophora Schmidt, 1855
Pulmonâdos, de concha geralmente helicoidal, rudimentar
em alguns grupos ou totalmente ausentes. Com 2 pares de antenas,
olhos situados na extremidade do par posterior de antenas, ter
restres, vivendo sobre arvores, arbustos, no solo sob folhas se
cas e locais geralmente Úmidos.
Superfamilia Bulimuloidea Tryon, 1867
Concha helicoidal, predominantemente cônico-ovalada, p�
<lendo ser turriculada, fusi forme ou discÕide. Abertura da con
1 6.
cha com maior ou menor espessamento do lábio interno, às vezes es
treitada pela presença de lamelas ou dobras. Holopoda. Teto da
câmara palial com longa veia pulmonar e algumas vezes com veias
secundarias. Rim de forma aproximadamente triangular com o roes
mo comprimento da face do pericárdio. Sigmurethra. Complexo p�
niano tubular alongado, mandíbula pregueada, estriada ou lisa.
Radula com o dente central maior que os laterais.
Família Bulimulidae Tryon, 1867
Abertura da concha geralmente desprovida de lamelas com
dobra columelar ocasional, as vezes com espessamento do labio in
terno. Teto da câmara palial com veia pulmonar bastante calibr�
sa e numerosas ramificaç�es de menor calibre entre a veia
nar e o ureter secundário e na parte anterior, - .
proximo a
pulm�
dobra
do manto. O complexo peniano possui falo, epifalo, flagelo e
músculo retrator do pênis subterminal ou terminal. Mandíbula for
mada por placas imbricadas, verticais, convergentes ou nao.
Subfamília Bulimulinae Tryon, 1867
Concha cônico-ovalada, na maioria das vezes perfuradas
ou umbilicadas. Teto da camara palial com uma área triangular l_j.
mitada pelo conjunto da veia pulmonar, veia marginal e a veia
que liga a marginal à pulmonar. O rim, de forma aproximada a um
triângulo isósceles e disposto à esquerda do pericárdio.
bula com pregas ou placas paralelas ou convergentes.
MandÍ
- - ----------
1 7.
Gênero Thaumastus (Albers ms) Martens, 1860
Concha grande, oval, nao umbilicada, 5 a 9 voltas, na
ma1or1a das vezes de coloração castanha escura,
uma faixa espiral mais clara na Última volta.
por vezes
Protoconcha
com
com
2 1/2 a 3 voltas, com esculturas finas, na maioria das vezes on
duladas ou interrompidas, por vezes ramificadas na parte da sutu
ra inferior·. Teleoconcha com suturas marginadas na maioria das
vezes. Abertura oval com perrstoma rombo ou apenas expandido.
Complexo peniano alargando-se na junção do falo com o epifalo,
bainha do pênis musculosa. Canal da espermateca longo e estrei
tando abruptamente próximo a espermateca.
Espécie tipo: Bulimus hartwegi P fei f fer, 1846
Localidade tipo: "república Aequatoris ubi ad Catamaija"
(PFE IFFER, 1846)
Distribuição Geológica e Geográfica: América do Sul.
Eoceno: Argentina (PARODIZ (b), 1946).
(MAGALHÃE S & MEZZALIRA, 1953); Recente:
Pleistoceno: Brasil
Brasil, Chile, Colam-
bia, Equador, Peru e Venezuela (ZILCH, 1960).
S ubgênero Thaumastus s. str.
A protoconcha com escultura axial mais ou menos ondula
da, por vezes ramificada antes de atingir a sutura subsequente
Thaumastus (Thaumastus) taunaisii (Férussac, 1822)
18.
[ Helix ( Cochlostyla ) J Taunaisii Ferussac, 1821 :52, n9 331 no
men nudum apud Sherborn, 1931:6391.
[ Helix J Thaunaisii Férussac, 1822, verso da capa da explicação
das pls., pl. 113, figs. 4-6
nard, 1942:14.
"err.typ.for" Taunaisii apud Ken
B. [ ulimus] Taunaisii (Fer.) :Gray, 1825 :414.
H. [ elix J ( Cochlostyla ) Taunaisii, Fer. :Rang, 1831 :18-20.
[·Helix J (Bulimus) Taunaysii Orbigny, 1837:294-295.
Bulimus Taunaysii Fêr.: Deshayes & Milne-Edwards 1.n Lamarck, 1838:
240-241.
B. [ ulimus ] Taunaysii Ferussac:Catlow & Reeve, 1845:161.
B. [ ulimus J Taunaisii (Helix) Fêrussac: Pfeiffer, 1848:141-142.
Bulimus [ (Orphnus) J Taunaisii Fér.: Albers, 1850:146
Bulime (sic) Taunaisii, Ferussac: Deshayes in Ferussac & Deshayes,
1851:32-33, pl. 113, figs. 4-5, pl. 144, figs. 3-4, pl. 150, figs.
1-2.
B. [ulimus J [ (Orphnus)] Taunaysii Fêr.: Martens, 1860:193
Bulimus Taunaisii, Fêrussac:Hidalgo, 1870:45.
S. [ trophocheilus] [ (Thaumastus)] taunaisii Férussac :Pilsbry,
1895:48-49, pl. 25, figs. 78-79.
Thaumastus taunaisii (Fér.) :Pilsbry, 1901, p. xx1..
Thaumastus taunaisii (Fér.) Pfeiffer:Strebel, 1910:4-6, pl.I,
figs. 1-2-4-6.
Strophocheilus (Thaumastus) taunaisii Fêr. :Weber, 1925 :281.
- � ------ -
Bulinus taunaisi Fêrussac:Lopes, 19 38:926.
Bulimus taunaysi: Lopes, 1940:926, 9 35.
19.
Thaumastus taunaisi
Thaumastus taunayi
Fér.: We.bb, 1943:115, pl. 52, fig. 10.
(Fêrussac, 1821) :Marretes, 1949 :146.
Thaumastus taunayi (Fér.): Jaeckel, 1952: 7
Thaumastus taunaysii (Fêrussac) :Lopes, 197 3:280.
Thaumastus taunay (Férussac, 1821) :Oliveira & Rezende, 1976:8.
Distribuição geográfica: Brasil, Rio de Janeiro, Corco-
vado (HIDALGO, 1870); Tijuca (Brown apud PILS BRY, 1895);
(LOPE S, 1938).
Grajaú
FÉRUS S A C (1821) citou "Habit le Brêsil dans les Bois
Vierges; Comm. TAUNAY" É quase certo tratar-se da Floresta da
Tijuca onde instalou-se Nicolau Taunay e sua família, num sítio
a partir de 1816 (ATALA, 196 6). Segundo DE S HAYE S (1851) F érus-
sac recebeu de um dos Taunay as informaç�es sobre o modo de vida
do animal.
Por esse motivo e pelo fato de que os autores apenas d0
puseram de conchas para identificação, devemos considerar com re
servas uma distribuição mais ampla como a indicada: Macaê, E sta
do do Rio de Janeiro (HIDALGO, 1870); Jupuruva, Iguape, E stado de
são Paulo (MORRE TE S, 1949); "Rio Gurgueia" , Estado do Piauí (WE
SER, 1925); Litoral do Estado do Espírito Santo (Oliveira & Re -
zende, 1976).
HIS TÓRICO
FÉRU S S AC (1821), no " Tableau Sistematique" apenas citou
20.
Helix (Cochlostyla) Taunaisii, - . como uma nova espec1e, sem descri
çao. No "Livraison 17" da "Histoire Naturelle· li divulg�
do em novembro de 1822, foram publicadas estampas com as respe�
tivas explicações no verso da capa da entrega, entre elas foi a
presentada a estampa 113 contendo as figs. 4 a 6 de H Taunaisii.
GRAY ( 1825), considerou a espécie no gênero Bulimus.
RANG (18 31 ), referiu a espécie ainda no gênero Helix
caracterizou a concha, apresentando 3 "variedades " bem distin
tas de tamanho, citou-as como provenientes do interior do Brasil.
ORBIGNY (18 37), citou a espécie no gênero Helix,
terizou ligeiramente a concha, esclarecendo ter recebido o
rial como procedente das montanhas de Minas Gerais.
DE S HAY E S & MILNE-E DWARD S (1838 ), citaram - . a espec1e
carac
mate
no
genero Bulimus, descreveram sucintamente a concha,
para o interior do Brasil.
referiram-na
CATLOW & R E E VE ( 1845), no " The conchologist's
nomenclator li citaram a esp écie no genero Bulimus.
PFEIFFE R ( 1848), referiu a espécie no genero Bulimus
descreveu a concha, citou como procedente do interior do Brasil.
DE S HAY E S in FÉRU S S AC & DE S HAYE S ( 1851 ), referiu a esp�
c1e no gênero Bulime (sic), descreveu minuciosamente a concha e
citou como procedente do interior do Brasil.
HIDALGO ( 1870 ), citou a espécie no genero Bulimus, refe
riu como procedente do Corcovado, Rio de Janeiro e Macaê, achan
do que os exemplares desta Última localidade eram menores a pali
dos tendo semelhança com !- Spixii Wagner.
PIL S B RY 9 1895), considerou a espêcie como incluída no
gênero Strophocheilus, admitindo Thaumastus Albers como
ro, descreveu pormenorizadamente a concha, fez menção as
subgên�
proc�
dências indicadas por HIDALGO e acrescentou a localidade Tijuca;
2 1 •
aliou - .
esta especie a T. rnagnificus. Considerou a figura de B.
Taunaysii apresentada por R E E VE 1848 pl. 3 3 sp 202 corno sendo de
B. magnificus
PILS BRY (1901), considerou a espécie no genero Thaurnas-
tus, descreveu: Órgãos paliais, genitalia, mandíbula e dentes da
radula de!· magnificus, provenientes de Piquete, São Paulo, Bra
sil, o qual considerou como variedade do T. taunaisii, e ao lis-
- . tar as especies, tratou-as como
centes ao grupo taunaisii.
- . especies separadas como
S TRE BEL (1910), considerou a espécie no genero
perten-
Thaurnas-
tus, apresentou uma descrição de concha, separando-a de!· rnagni-
ficus por características conquiliológicas, referindo-a para o
Brasil.
S HE RBORN (19 31), considerou Helix (Cochlostyla) Taunai-
sii Ferussac, 1821 como nomern nudum.
LOPE S (19 38), descreveu a larva de Charadrella rnalaco-
ph�g� (Diptera), cujo desenvolvimento foi observado em Bulinus
taunaysi (sic) com grande rnortand�de dos moluscos encontrados no
Andaraí, Rio de Janeiro, que foi a mesma localidade de coleta dos
animais estudados neste trabalho.
LOPE S (1940), divulgou o encontro e a criaçao de larvas
de varias espécies de dÍpteros em Bulirnus taunaysi (sic).
LOPE S (197 3), fazendo uma revisão de seus trabalhos en
tomologicos citou vários dÍpteros que têm relações biológicas com
T. taunaisii.
OLIVEIRA & R EZENDE (1976), -
referiram o encontro da esp�
cie no litoral do E spírito Santo.
MORFOLOGIA
CON CHA: sólida, medindo 65, 55mm a 75, 68mm de comprimen-
2 2.
to e 28,00mm a 32, 36mm de largura ( Tab. 1 e 2), oval, alongada de
coloração básica castanha, com 6 1/2 a 7 votas, - . apice truncado
(Figs. 10, 11, 12 e 1 3). A protoconcha (Fig. 14) com 2 1/2 a 3
finas estrias, voltas, de suturas bem marcadas, super ficii com
nem sempre atingindo as duas suturas, limite com a teleoconcha
pouco evidente. A teleoconcha com per fil convexo mais acentuado
nas duas Últimas voltas, suturas bem marcadas e marginadas, acom
panhadas por uma faixa de coloração mais clara do que o restante
da concha, alcançando o lábio externo na metade do comprimento
da abertura. Linhas axiais ligeiramente obliquas, interrompidas
por linhas espirais menos evidenciadas, com faixas axiais dispo�
tas oblíquas e alternadamente, em tons mais escuros e claros do
que a coloração básica da concha, mais nítidas na volta corporal.
Periôstraco bastante fino e aderido. Abertura medindo menos do
que a metade do comprimento da concha ( Tab. 1 e 2), ovalada, p�
rístoma de coloração branca leitosa, interior esbranquiçado, ca
lo do lábio interno geralmente pouco espessado e transparente, lf
bio externo com espessamento coin�idente com o fim da faixa esp�
ral colorida, calo columelar com crista acentuada.
LE SMA: de um modo geral amarelo-esverdeada, nos indiví-
duos adultos com áreas de predominio do amarelo (dobra do manto
e margem externa do pé) e areas de predominio do verde escuro (r�
gião dorsal, cabeça e tentáculos bem mais escuros). O teto da
câmara palial de coloração amarelada com pontos acinzentados, as
primeiras voltas de cor cinza.
çao geral - . e cinza.
Nos individuos jovens a colora
RÃDULA: com 46 dentes de cada lado do dente central (46--
1-4 6), dispostos com uma inclinação de 159 em relação ao dente
central (Figs. 16 a 18). Dente central, simétrico, com base em
forma de trapézio, em que a margem mais estreita é a posterior 1,
coberta pela margem anterior do dente da outra fileira.
2 3.
A mar-
gem anterior da base apresenta proJeçoes laterais que dão a for
ma geral da base. Tricúspide, com uma cúspide central, romba e
menor que a base e duas laterais curtas projetando-se para fora
do dente. O dente lateral 1 apresenta-se com 3 cúspides em que
a central ê romba e maior que a base e a cúspide lateral interna
ê menor que as demais e bem mais aguda, a cúspide externa e rom
ba, projeta-se para fora da base sendo esta base truncada na p�
sição da cÚspide interna. Os dentes de 2 ao 6 apresentam poucas
modificações, em que a base torna-se mais aguda projetando - se
mais e o tamanho do dente diminuindo gradativamente. Do dente 7
ao 20, esta diminuição ê mais acentuada. No dente 21 a cúspide
interna diminui de tamanho, desaparecendo, enquanto a cúspide e�
terna torna-se mais aguda. A cÚspide central fica numa posiçao
mais lateral começando a ocupar o lugar da cúspide interna que
desapareceu. O dente 22 tem a cÚspide central projetada para f�
ra da base ocupando a posiçao mais lateral que era ocupada pela
cúspide interna. A cúspide externa ocupa uma posição bem cen-
tral em relação à base. O dente 24 e menor e a cúspide central
ocupa a mesma posiçao que o dente 2 3 sendo mais alongada. Do den
te 24 em diante, tais características tornam-se rudimentares ha
vendo uma diminuição progressiva de tamanho (Fig. 17).
MANDÍBULA: com a margem anterior bem definida, formada
por 10 a 11 placas de tamanhos variáveis, cada placa tem um con
torno bem quitinizado na margem anterior e nas superfícies late
rais, pouco definido na margem posterior, podem estar juntas ou
separadas por pequenos espaços (Fig. 19).
TE TO DA CÂMARA PALIAL: apresenta-se transparente com a
reas com pigmento de cor castanha distribuídas mais abundantemen
te na região próxima à dobra do manto e escasseando na regiao pr_?
24.
ximal ao rim. A falta de pigmento em algumas reg1oes - . -
proximas a
dobra do manto acarreta áreas mais transparentes distribuídas em
faixas (Fig. 21 ).
Os vasos se distribuem ao longo da veia pulmonar, mais
numerosos entre a veia pulmonar e o ureter secundário, onde es
tão dispostos desde a dobra do manto ate a curva do ureter prim�
rio. Do lado oposto, dispõem-se em grande numero, anastomosados,
próximos à dobra do manto, principalmente numa região delimitada
pela veia pulmonar, veia marginal e um vaso que as interliga fo�
mando uma área triangular. Nesta região a pigmentação encontra-
se na parede dos próprios vasos. A veia pulmonar próxima ã do-
bra do manto apresenta-se com dois ramos curtos, que se unem e
correm ao longo da câmara palial ate o pericárdio, com o calibre
sofrendo pequenas variações. A veia marginal, bem visível� cor
re paralela ã dobra do manto desde o reto ate terminar a dobra
continuando ate próximo ao pericárdio. Alem destes vasos
tem inúmeros vasos esboçados tomando quase toda a superfície do
teto da câmara palial.
o ureter primaria e bem visível na face do rim oposta ao
pericárdio, bem como sua curva ate correr ao longo do reto
ureter secundário.
como
O rim é triangular, de cor cinza alguns vasos esboçados
na sua superfície.
OVOTE S TE: localizado no apice do hepatopâncreas e cons
tituído por 7 grupos de folículos esbranquiçados que se ligam a
través de pequenos canais até ao canal coletor, de maior
tro, branco e aproximadamente reto (Fig. 9).
diâme-
VESÍCULA S EMINAL: longa, muito enovelada, de coloração
castanha clara, esbranquiçada, na porção que se liga ao canal co
exis-
25.
letor, escura, quase negra, em todo o trajeto atê o canal herma-
frodita (Figs. 8, 9 e 22).
CANAL HERMAFRODITA: tubo de pequeno calibre, esbranqui
çado, podendo correr sem curvas atê o complexo do receptáculo ou
dar uma volta antes de encontrá-lo (Fig. 2 3 ).
COMPLEXO DO RE CE PTÁCULO: branco, tubular, terminado em
um saco curvo mais dilatado, localizado na face côncava da glâ�
dula de albumina (Fig. 2 3 ).
GLÂNDULA DE ALBUMINA: localizada na 4� volta do corpo do
animal, de tamanho variável, cor amarela clara, - . com varios lÓbu
los bem delimitados, a regiao que se liga ao ovispermoduto tem
maior volume que a extremidade livre (Fig. 24).
OVIS PERMODU TO: apresenta-se pregueado desde a
de albumina atê o termino da próstata que está incluída
glândula
em uma
das suas seçoes. Nas preparações a fresco o ovispermoduto apr�
senta-se com cor esbranquiçada próximo ã glândula de albumina e
na região mediana com cor levemente castanha devido ao maior nu
mero de pequenos pontos superficiais de pigmentação. Esses po�
tos encontram-se em todo o ovispermoduto mas sua maior concentra
çao e na região mediana (Fig. 25).
PRÓS TATA: de coloração esbranquiçada, incluída no ovis
permoduto, tem uma estrutura total e finamente sulcada (Fig. 25).
OVIDU TO: apresenta-se longo, e sua delimitação com o
ovispermoduto dá-se alem da junção com o canal da esperma teca
(Fig. 25).
CANAL DA E S PERMATE CA: com uma coloração esbranquiçada
e muito longo, maior que o ovispermoduto onde corre aderente ate
a altura da glân�ula de albumina, separando-se e correndo por
26.
A carac trás do tubo digestivo onde se localiza a espermateca.
terística morfolÕgica marcante é que ao sair do oviduto ele tem
uma pequena dilatação, depois corre com o mesmo diâmetro até 1/3
de distância da espermateca, onde so fre um abrupto estreitamento
correndo com este diâmetro até próximo à espermateca, onde sofre
ligeira dilatação (Fig. 2 6). O canal da espermateca sofre uma
di latação quando estã com o espermatÕ foro (Fig. 27).
E SPE RMATE CA: bastante volumosa, com forma ovÕide e co
loração negra (Fig. 2 6).
CANAL DEF E R ENTE: de origem bem delimitada no fim da
próstata, onde corre internamente por um trecho curto, logo apos,
torna-se externo e corre ligado à parede do oviduto até a dobra
muscular do pênis. Correndo externamente por
vre onde penetra e corre por dentro da bainha
ela até a margem li:_
com trajeto sinuo
so até a extremidade presa da bainha, dando uma volta, tornando
a correr em sentido inverso até sair pela margem livre da dobra
onde corre retilíneamente e paralelamente pelo falo ate penetrar
no epifalo onde logo desemboca (Fig. 28).
Veri ficamos que o canal deferente ao penetrar na bai-
nha muscular do pênis corre paralelo ate sua base, dando uma vol
ta para sair prÕximo ou afastado da porção onde penetrou (Fig. 28
a 30) .
COMPLEX O PEN IANO: e formado pelo músculo retrator, fla
gelo, epifalo, falo, bainha muscular do penis e apresenta-se em
toda extensão com uma coloração branca. Tendo uma dilatação a
centuada na parte mediana que se afila ao se aproximar da bainha
muscular do penis.
MÚS CULO R E T RATOR: fino, preso por uma extremidade ao
assoalho da camara palial, outra extremidade insere-se na porção ..
terminal do flagelo.
peniano.
Mede 1/6 do comprimento total do
FLAGELO: mede 1/6 do complexo peniano, tem o
27.
complexo
calibre
aumentado progressivamente a partir da metade atê a desembocadu
ra no epifalo. A luz do flagelo acompanha seu aspecto externo,
quanto ao diâmetro e tem o fundo cego.
EPIFALO: medindo 1/6 do complexo peniano, segue-se ao
flagelo, nesta região caracterizado pela desembocadura do canal
deferente. O diâmetro e maior do que o do flagelo. Na regiao
em que se liga ao falo a estrutura interna sofre uma curva, o
que promove o início de uma dilatação bem acentuada do complexo
pen1ano.
FALO: medindo externamente 2/6 do complexo peniano, a
presenta a regiao em que se liga ao epifalo bem demarcada por ter
o maior diâmetro do complexo devido ao encurvamento de sua estru
tura interna, próximo da bainha muscular do pênis diminui bastan
te o diâmetro, apresentando forma aproximadamente - .
conica. A es
trutura interna, quando vista em preparações diafanizadas, apre-
senta-se com dois aspectos morfolÕgicos distintos, pela disposi
ção das glândulas e das camadas musculares, glândulas essas
veis ate a altura do têrmino da bainha muscular do pênis.
BAINHA M U S CULAR DO PÊNIS: medindo 1/6 do complexo
. � VlSl
pen�
ano, constituída por uma capa muscular lisa ou com dobras que en
volve a extremidade do falo.
DADOS BIOLÓGIC O S E A SPECTO S COMPORTAMENTAIS
Para obtenção dos dados biológicos e para o estudo com
portamental real�zamos observações e registros tanto na natureza
.-
28.
ocasiao das coletas, como no laboratório.
Observações na Natureza
Restritas ao local da coleta, nas ruínas existentes de
conjunto arquitetônico do S éculo XVIII onde encontramos os ani
semi-enterrados entre folhas secas, em pequenos buracos e
xistentes nas paredes das ruínas (Fig. 31) ou locomovendo-se so
o solo e os arbustos (Fig. 32 ), num raio aproximado de 100 m
circunvizinhanças das ruínas e do Rio Joana.
A coleta foi sempre mais fácil após as chuvas, quando
um número maior de animais tinha suas atividades aumentadas.
Observações no Laboratório
Foram realizadas dois tipos de observações no laborató
rio: as qualitativas realizadas no terrârio, que permitiram de fi
nir as categorias comportamentais pela freqUência e relevância,
e os registros na chamada caixa de observação, através de cinema
tografia, que permitiram a quantificação das categorias.
Definições Operacionais das Categorias Comportamentais
ALIMENTAR: o animal ao comer executa movimentos late-
rais da cabeça alternadamente e muito lentos, evidenciados por
filmagem em intervalos longos ( 30 seg. ). Enquanto ocorrem es-
ses movimentos, o animal nao move o restante do corpo, permane-
cendo a concha por largo período na mesma posiçao. Um outro mo
vimento que ocorre enquanto o animal come é o da extensão do pe� .
coço, permanecendo a concha na mesma posição (Fig. 33).
29.
AGUAR: o animal entra na agua e permanece imóvel ou lo
mantendo os tentâculos distendidos, os lóbulos labiais
om pequenos movimentos em contato permanente com a agua. Não
meios que permitissem detectar se o animal ingeria o li
LOCOMOVER: o animal desloca-se lentamente, com a velo-
media de 4, 8cm/min. A cabeça faz movimentos laterais, al
ternados, de amplitude menor do que a categoria Alimentar porem
podendo ser detectados diretamente. Os tentâculos
acompanharem os movimentos laterais da cabeça rea
lizam movimentos verticais, alternados, com a extremidade quase
toca ndo o substrato, e quando um deles toca o substrato retrai-
se cerca de 1/3 do seu comprimento. Os tentâculos posteriores �
a lizam, concomitantemente, movimentos horizontais acima da cabe
ç a . A locomoção geral do animal d a-se por ondas, que percorrem
a sola do pê, da parte posterior para a anterior, realizando
portanto, locomoção por reptaçao, rítmica, retrograda e monotâxi
ca (P ELSENE E R, 19 35) .
Q U IE TAR: e a postura em que o animal permanece imóvel,
com a cabeça e os tentâculos retraídos, embora o pê esteja fora
da concha com uma reentrância na parte anterior. Esta postura o
corre quando o animal mantêm-se no interior dos abrigos ou na i
nexistên cia deles, quando o animal mantêm-se com a parte mole en
terrada.
IMOBIL IZAR: postura que ocorre no período de ativida-
de caracterizando-se por não existir movimento aparentando deslo
camento. Difere da postura de Quietar pelo fato do animal perm�
necer com a cabeça e os tentáculos distendidos.
rápidos,
DEFE CAR: categoria em que o animal permanece
na postura de Quietar.
30.
lançando
E S TIVAR: postura que o animal encolhe a cabeça e o pe
dentro da concha formando um epifragma que fecha a abertura.
Fases de Atividade e Quiescência
Consideramos como fase de atividade dos animais as se
categorias comportamentais: Alimentar, Aguar, Locomover e
como fases de quiescência as categorias: Quietar, De
e Estivar. O critério utilizado para a separaçao das duas
foi da observação da distensão ou nao da cabeça. A disten
são da cabeça ocorreu na fase de atividade e de uma maneira geral
ã noite. Na fase quiescente as categorias têm em comum a posiçao
encolhida da cabeça, em geral diurna, com exceçao da Estivação que
se passou nos dois períodos.
Observações no Terrario
NU TR r ç io: os animais foram alimentados com alface (Lac
tuca sativa L.) e cenoura (Dau cus carota L.) em raçoes renovadas
diariamente e ad libitum. O período em que os animais alimenta
vam-se foi quase sempre noturno, entretanto, durante o dia, ao as
pergirmos agua no terrario, deixavam a postura de Q uietar e proc�
ravam alimentar-se. Os animais também ingeriam carbonato de c al
cio puro.
PROTEÇÃO: os animais permeneceram no período diurno no
interior do abrigo ou enterrados até encobrir a parte mole. Nos
dois casos a postura adotada foi descrita como Q uietar.
3 1 .
DEFECAÇÃO: os animais de fecavam nos períodos diurnos
postura descrita como De fecar e suas fezes eram de coloração
rde escura , longas e cilindriformes . Q uando ingeriam carbonato
suas fezes tornavam-se esbranquiçadas.
DES OVA : encontramos dois tipos de desova: ou os ovos
encontrados dispersos na super fície do solo, no interior
abrigos ou depositados em camaras cavadas no solo (ninhos).
Os ninhos foram cavados por animais que permaneceram e�
4 8 a 77 horas ovando; findo esse período observamos animais
fecharam ou não o orifício do ninho com um ovo. Em cada ni-
foram postos cerca de 10 a 12 ovos levando , em media , 28 dias
a eclosão dos primeiros ovos. Os animais recém nascidos vi
vários dias dentro do ninho e cresceram solidificando a con
cha; quando o ninho foi obstruído por um ovo, os animais recem
nascidos escavavam um novo orifício para saírem.
brancos e de tamanho variável ( Fig. 15).
Os ovos s a o
ES T IVAÇÃO: quando os animais nao eram alimentados àia
riamente nem aspergíamos água no terrário, eles encolhiam toda a
parte mole e formavam uma fina película que obstruía a
da concha. Se o animal estivesse em contato como uma
abertura
superfi_
cie vertical, o epi fragma mantinha-os colados e sustentados nes
sa super fície.
Registros Realizados na Caixa de Observação
REG IS TRO N9 1: foram registrados os aspectos comporta-
mentais durante 48 horas , de 5 animais que tiveram ao alcance,
além de agua, alface, colocada por duas vezes. A primeira, no
32.
do registro as 8. 00h e a outra 24 horas apos.
A partir dos registros cinematogrificos obtidos� foram
5 categorias comportamentais ( Alimentar Locomover ,-
Imobilizar , Aguar ). ( Tabela 3) - O s resultados têm
seguintes valores medias: início da atividade 19. 42h ( 18. 25 h
2 1 . 20h) e término da açao 6. 14h ( 5 . 00h às 7 . 05h ), sen�o que
atividade que compreendeu as categorias Alimentar
Locomover , Imobilizar e Aguar durou 10. 32h e a de quiescência que
correspondeu à categoria descrita como Quietar durou 1 3. 28h. As
durações médias das categorias de atividade foram: Alimentar
Locomover 1. 52h; Aguar 0, 48h e Imobilizar 0, 41h. A temp�
ratura permaneceu em 2 19C e a umidade em 95%.
REGIS TRO N9 2: registramos o comportamento de 4 anima
is ( o quinto morreu ) na mesma caixa de observação em idênticas
condições de temperatura e umidade do Registro n9 1. Durante o
período de 96 horas ( 4 períodos de 24 horas ), a alimentação
(alface), foi fornecida uma Única vez. No início do registro a
alfa ce foi secando apos 24 horas, correspondendo ao início do 29
período (Tabela 4).
No 19 período as durações medias das atividades foram
as seguintes: início 19 . 1 5h ( 18. O O h às 21. O O h ) e o término 5. 45
horas ( 5. 00h as 8. 00h ). Com as açoes: Alimentar 8. 00h; Locamo
ver 2. 45h; Imobilizar 0. 15h; Aguar O. O O h, per fazendo
10. 30h de atividade e 13. 30h de quiescência.
o total
No 29 período as durações médias das atividades foram
as seguintes: Alimentar 2. 15h; Locomover 2. 5 1h; Imobilizar O. O Oh;
Aguar 0, 09h, tendo iniciado as atividades em média às 19. 20 h
( 19. 00h às 21. 00h ) e terminado 2. 20h ( O. O O h às 4. 00h ), per f�
zendo o total de 5. 15h atividade e de 18. 45h quiescência. Um
33.
), permaneceu todo o período na postura de Quietar
horas ).
No 39 período as durações medias das atividades foram
seguintes: Alimentar 0. 45h; Locomover 2. 28h; Imobilizar 3. 15h;
tendo iniciado as atividades 18. 0üh ( todos os três
emplares iniciaram na mesma hora ) e terminado às 7. 0üh (todos
t r ês terminaram na mesma hora), per fazendo o total de 6. 30 h
de 17. 30h de . . qu1.escenc 1. a. Um animal ( n9 4 ), peE._
todo o período na postura de Q uietar.
No 49 per íodo as durações medias das atividades foram
seguintes: Alimentar l. lüh; Locomover 5. lüh; Imobilizar O. O ü h;
tendo iniciado as atividades em media às 23. 00 h
às 24. 0üh ) e terminado às 7. 40h perfazendo o total de
atividade e 17. 30h de quiescência. Um animal o ( n9 2 )
permaneceu todo o perí odo na postura de Q uietar.
REGIS TRO N9 3: foi registrado o comportamento de 4 an1.
na mesma caixa de observação com a mesma temperatura e um1.
dos demais registros, durante o per íodo de 48 horas. Não
fornecido alimento nem água (Tabela 5).
No 19 per í odo de 24 horas de registro, as durações me
atividades foram as seguintes: Locomoção 4. 15h; Imobili
tendo iniciado as atividades em media as 19 . 40 horas
às 21. 0üh ) e terminado em media as 2. 20h ( 1. 00 h as
perfazendo o total de atividades de 5. 0üh e de quiescê�
19. 0üh. Um animal ( n9 4 ), permaneceu na postura de Q uie-
todo o período.
No 29 per íodo de 24 horas de registro, as durações me
dias das atividades foram as seguintes: Locomover 5. 30h; Imobili
zar 1 . 45h, tendo iniciado as atividades em media às 22. 30 horas
34.
) e terminad o às 4. 30h ( 3.00h às 6.00h )
rfa z endo o total de 7.1 5h de atividades de 16.45h de quiesce�
BIOLÔGICA S COM O U TR O S AN IMA I S
Verificamos no laboratôrio, na natureza e na bibliogr�
encontrada as relações biolÕgicas entre T. taunaisii e os se
NEMATÔDE O S : confirmando informações pessoais de H.E.B.
encontramos cistos de larvas de nematÕdeos no teto da
c âmara palial, principalmente na região mais vascularizada e com
menor freqUência sobre o reto e o ureter secundário. Também fo
encontrados junto ao anel perisofageano. Cada cisto contem
ou mais larvas ( até 5 larvas ), envoltas em uma massa amare
lada bastante pegajosa.
ÃCAR O S : encontramos no terrário, em alguns ovos de uma
vários exemplares de ácaros.
MO LU S CO S : por - . varias vezes verificamos no local de co
leta dos T. taunaisii a presença de exemplares vivos de Strepta-
x i s contusus ( Ferussac, 1821 ). L.R.Tostes em informações pe�
soais, esclareceu-nos ter tido oportunidade de observar, no mes
mo local de coleta referid o, a ação injuriosa de S . contusus so
bre o pê de exemplares de T. taunaisii, da mesma forma que encon
trou próximo, ovos das duas espécies na mesma area.
DÍPT E R O S : a relação deste grupo com!· taunaisii foi
e studada de longa data, como comentou LOPE S ( 1973 : 280 ) .
, 24.00h
3 5 .
" ln June 1937 I started to collect near a sluice, 1.n
forest, in Grajaú, a part of the Tijuca forest, 1.n
As I changed my home to Grajaú, I visited this
every Sunday, during the entire year, and most o f
O studied during this time proceeded from this very
n t eresting spot. I found 1.n Grajaú about fifty dead Thaurnastus
( Ferrussac ) ( Gastropoda, Bulirnulidae )in about one
of the forest, every one of them sheltering a big
Charadrella malacophaga Lopes, 19 38 ( Muscidae ) (LO E E �
The Mollusca were killed by the Muscid larvas and a lot
Diptera larvas were feeding on them; besides some
and Psychodidae larvas, two spec 1.es of Udamopyga ( U. )
1940 and U. malacophila Lopes, 1940
( LOPE S, 1940 ) . "
were found Lopes,
D I S C U S S Ã O
FÊ RU S S A C (1821) apenas referiu a espécie sem nenhuma
indicação, descrição ou de finição, e por isso foi considerado "no
men nudum " por S HE RBO RN (19 31). Entretanto, Ferussac em 1822 a
presentou as ilustrações acompanhadas da respectiva descrição o
que lhe pode garantir a autoria do nome específico ( I. C. Z. N.
19 61 ).
Discussão Relativa a Conquiliologia e as Partes Moles
Os exemplares examinados concordam com a figura apre-
sentada por FÊRU S S AC (1822) e com a descrição publicada por DE-
SHAYE S (1851) do mesmo material de FÊRU S S AC, menos na coloração
da lesma que foi denominada de " gris ferrugineux " e nas medi-
das da concha obtida por ele que sao maiores ( comprimento: 80mm
e largura: 34mm ).
A descrição da concha realizada por nos está de acordo
com a de P IL S B RY (1895) entretanto, as medidas apresentadas 84mm
de comprimento de 36mm de largura ultrapassam também as medidas
máximas das conchas examinadas por nos ( 75, 68mm de comprimento e
33, 12mm de largura ). P IL S BRY (1895) considerou a espécie muito
próxima a T. magnificus achando que em futuro próximo poderia m
ser consideradas - . - . uma unica especie. P IL S BRY (1895) considerou a
figura de !· taunaysii (sic) apresentada por R E E V E (1848, pl. 3 3,
sp. 202) como sendo de B. magnificus.
3 7 .
PILS BRY ( 1901) caracterizou o genero baseado em um - . uni
co exemplar de T. magni ficus proveniente de Piquete, São Paulo,
considerando-o como uma variedade de T. taunaisii, entretanto na
lista de estampas gra fou!· taunaisii. Sua descrição de camara
palial, genitãlia e as referidas figuras têm semelhança com os e
xemplares que estudamos, mas devemos ressaltar que esta
ção deva ser encarada com reservas pois o autor baseou-se
compar�
em um
Único exemplar e seus desenhos não foram muito detalhados. Qua�
to a comparação das rãdulas existem di ferenças no número de den-
tes. P IL S BRY encontrou a formula ( 44- 1-44 ) e nos encontramos
( 46-1-4 6 ) . A mandíbula descrita por P IL S BRY tinha 12 placas e
encontramos de 10 a 1 1 placas.
Provavelmente a espécie examinada por P IL S BRY ( 190l)se
ja T. magni ficus e nao apenas uma variedade de T. taunaisii, mas
só um f u t uro e s t u do d e maior número d e e x emplare s daq u ela espe-
cie e uma comparaçao com o nosso trabalho possa dar uma
mais definitiva sobre esta separaçao.
palavra
S TR E BEL ( 19 10) estudando o genero Thaumastus teceu uma
serie de considerações baseadas em características conquiliológi
cas para a separaçao de Thaumastus magni ficus de T. taunaisii con
cluindo que esta separação pode ser· provisória. Citou ainda que
T. taunaisii apresentou grande variação de tamanho. Tivemos opo__!
tunidade de constatar esta variação de tamanho em dois lotes exa
minados ( TABELAS 1 e 2) procedentes da mesma regiao, coletados
com 33 anos de intervalo, em que mesmo os exemplares sem prato -
concha coletados recentemente sao maiores do que os
da primeira coleta.
exemplares
No mesmo trabalho S TRE BEL citou que as di ferenças en-
tre T. taunaisii e T. achilles e sua variedade nehringi con-
siste mais no tamanho, embora tenha considerado que esta separa-
38.
çao arbitraria poi s exis tem grau s intermediário s .
Tivemos oportunidade de comparar o s exemplares de T.
taunais ii com o s de Thauma s tus (Thauma s tus) achilles (Pfeiffer,
1 8 5 2) procedentes da Re s tinga de Ponta Negra, Maricá, RJ. e con s
tatamos que exi s te um e s pe s s amento do lábio externo coincidente
com o fim da faixa e s piral colorida em !- taunai sii, não exi sten
te em T.achilles . A mandíbula de T.taunaus ii tem a s placa s com
seus limite s po s teriore s não definidos , enquanto r.achille s apr�
s enta placas com contorno bem definido. Quanto ã s parte s moles
observamos que T.achilles de um modo geral po s s u e o s Ôrgãos bem
menores, alem de pos s uir inúmeros grupos de folículos de difícil
contagem no ovote s te enquanto que para !- taunai sii contamos 7
grupos. Outra diferença foi encontrada na região do falo de T.
achilles que p o s s ui a forma aproximadamente cilíndrica, enquanto
T.taunai s ii apres enta- s e com o falo em forma aproximada
cone.
de um
Z IL CH (195 3) de screveu e figurou a s conchas , genitali
as, mandíbulas e r adulas de Thauma s tu s (Q uechua)s alteri ( Sowerby)
e Thauma s tu s ( Scholvienia) koepckei Zilch, embora seu s <les e-
nho s nao s eJam detalhados , pelas de scriçõe s notamo s que em T.sal-
t eri o canal deferente e s tá s oldado à bainha mu s cular do pen1 s
s em penetra-la e em !.koepckei o canal deferente 5e e s tende no
in t erior da bainha ante s de correr ao longo do complexo peniano
c omo acontece em T.taunai sii e T.achilles .
C onsiderações a Re s peito da s Comparaçõe s entre T.taunaisii
Bulimulinae com Di s tribuição no Bra s il
e o s
O s e s tudos mai s recentes s obre o s Bulimulinae com dis -
39.
t ribuição no Brasil tem sido realizados com critérios mais ou me
nos uniformes, isto e, foram apresentados resultados conquilioli
gicos, morfológicos, histológicos, permitindo-nos algumas comp�
raçoes de ordem geral de T. taunaisii com as espécies estudadas:
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1975.
Analisando a bibliogra fia assinalada quanto às
çoes e ilustrações observamos, con firmando comunicação
de J. L. de Barros Araújo que no teto da câmara palial
descri
pessoal
daquelas
espécies distingue-se uma região triangular limitada pela
pulmonar, veia marginal e uma veia que une as duas, estabelecen
do uma ãrea vascularizada denominada por REZENDE (19 67 e 1975)co
mo ãrea triang�lar. Encontramos esta estrutura em T. taunaisii o
40 .
q ue nos possibilita a aventar a hipótese de tratar-se de uma c a
cacteríst i c a comum aos Bulimulinae.
RE Z ENDE (1967) na introdução de seu tr abalho de
sobre D. papyr a c eus analisou comparativ amente as conchas,
tese
mandÍ
bulas, rádulas, genitálias e tetos das c âmaras paliais de B. te-
nu1ss1mus, !. c orumbaensis, f. c arlucioi, �. aurisleporis. Veri fi-
camos que o autor mostrou mais as di ferenças do que as semelhan
ças e que as estruturas analisadas comparativamente são típic as,
pelo menos, para a diferenciação de generos. Chamou atenção· p�
ra as semelhanças existentes nos tetos das c âmaras paliais das
espécies estudadas.
VAN MOLL (1971) ao estudar material de Thaumastus sp
proveniente da Ilha do Francês, ao largo de M a ceiõ, figurou um
corte do ovispermoduto em cuja descrição assinalou, como c ara cte
ristica dos Bulimulidae, a existência de uma glândula ao longoda
goteira prostátic a e da glândula de muco; "que j ' ai appelee
glande vestibulaire pre ferable selon mo1. au terme de "male flask
gland " de S M ITH (1965) qu1. fut le premier à en avo1.r formellement
reconula l ' existenc e" E sta formação também existe em T. tauna �
s11, e tinha sido assinalada e figurada por JU RBE RG (1964) em
Auris bilabiata mel anostoma (Moric a nd, 18 36).
VAN MOLL (1971) também referiu-se às semelhanças enc on
tradas na distribuição dos Õrgãos do teto da c âmara palial e uti
lizou como critério para separar as sub famílias Bulimulinae e Am
phibuliminae. Em que os Bulimulinae têm o pericárdio situado
direita do rim e nos Amphibuliminae o pericárdio loc aliza-se em
frente ao rim, alem de utilizar-se das diferenças existentes na
musculatura livre.
a
41.
Discussão sobre os Dados B iolÕgicos e Aspectos Comportamentais
Os estudos comportamentais realizados no laboratório de
vem ser encarados com reservas, pois o cativeiro pode resultar no
fracasso dos animais manifestarem alguns aspectos de suas capaci
dades comportamentais como afirma H E S S ( 1976). Entretanto, quan
do comparamos os resultados obtidos no laboratório com as obser
vaçÕes de campo, podemos tentar formular alguns mecanismos expli
cativos do que ocorre na natureza.
A espécie em questao tem sua atividade noturna ( Tabela
3, 4 e 5 ) como os demais pulmonados terrestres (HYMAN, 1967)
Sua atividade parece estar relacionada com o ritmo circadiano,e�
bora outros fatores como alimento e a chuva (aspersão de agua)
possam influenciar independentemente a atividade .
É interessante notar que os animais sem alimento e agua
nao substituíram o período da categoria de �limentar por
período de locomover a procura do alimento, e sim pela de
igual
Quie-
tar, aumentando o período de quiescência e consequentemente con
tribuindo para a menor dispersão. Alem das barreiras naturais,
talvez seja este comportamento um dos mecanismos que explique a
distribuição dos animais em uma área restrita. ( Tabela 4 e 5 )
Quando realizamos os registros, os animais foram manti
dos à mesma temperatura e umidade (embora tenha sido retirada a
água que eles bebiam), verificamos que com a ausência de
to, a atividade foi diminuindo ate a total quiescencia.
mais pelos animais assumirem a postura de Quietar mas por
alimen
Não
entra
rem em estado de estivação com formação de epifragma, permanece�
do por longos períodos neste estado, podemos supor que este seja
um outro mecanismo que evite a dispersão ampla.
Os animais no período de estivação ou em
quando molhados, iniciavam suas atividades mesmo
quiescencia
durante o dia.
..
42 .
RU S S E L-HUNTE R ( 1 9 6 4) disse que a umidade e um dos fatores de ati
vidade dos moluscos, embora a mudança de umidade não induza a
a tividade, podendo as gotas de chuva funcionarem mais como estí
mula mecânico no sentido de induzir a atividade como acontece em
Helix pomatia segundo WE L L ( 1 9 44) .
A categoria descrita como Q uietar pode ser um caso defi
nido por E DMUNDS ( 1 9 7 4) como críptico, isto ê, o animal tem seme
lhança com parte do meio de tal f orma que di ficulta os predado-
res a distingui-lo. O processo em si nao ê um simples caso de
semelhança de coloração, mas de um comportamento de proteçao (PE L
SENE E R, 1 9 3 5) que leva o animal a enterrar sua parte mole, campo�
tamento este que alem de camu flar o exemplar, protege-o no momen
to que sua parte mais vulnerável e colorida f ica enterrada. No
entanto , mesmo com estas evidincias, cumpre-nos citar TINBE RGEN
( 1 9 74) quando relatou o fato de que só experimentos podem testar
o valor da camuf lagem , visto os predadores poderem perceber as
colorações de forma diferente que nós.
Tivemos oportunidade de constatar que !. achilles apre-
sentou a categoria de Quietar, provavelmente com a mesma função
de proteção, porem de forma diferente pois os animais em vez de
enterrarem a parte mole, colocam-na nos cones das bromélias, nao
havendo, no caso, camu flagem.
BERG ( 1 9 7 4) em um estudo comparativo do comportamento
e Lambis, em Strombidae quando analisou 1 0 espécie de Strombus
concluiu que embora haja grandes diferenças de conchas em tama
nhos e formas, os seus comportamentos são similares e numa anâli
se comparativa da literatura do comportamento da família Xenoph�
ridae, mostrou a similitude das partes moles e do comportamento
deste grupo com o de Strombidae, argumentando em f avor da manu
tenção destas duas f amílias na mesma ordem e concluindo (BE RG: 11)
43 .
" I t is suggested that the spec 1.es within the Strombacea envolved
in paralel from a common aporrhaid-like stock and the behavior
has diverged less than shell form and is therefore a more
conservative character in the group ' s philogeny than is shell
shape.
The behavior of a snail can be greatly modified by the
shell di ferences in behavior between Strombus and Lambis are
a t tributed to restrictions imposed by the shell and not
differences in body movements behavior must be adapted to the
shell shape and both of course, re flect the animal's ecological
set ting"
Trabalho como este em que o autor comparou categorias
comportamentais de espécies do mesmo gênero, de gêneros da mesma
família, podem fornecer características que se nao possibilita-
rem a separação específica, pode grupar generos ou espécies pr�
xi.mas pois tanto a mor fologia como o comportamento sao expressao
do patrimônio genético em relação ao meio.
e o N e L u s õ E s
A espécie Thaumastus ( T. ) taunaisii deve ser credita
da a Férussac em 1822.
A distribuição geográ fica deve ser encarada com reser
vas para áreas longínquas ã Floresta da Tijuca, Rio de Janeiro
visto não termos notícias do exame das partes moles das coletas
referidas para outras localidades.
O estudo da conquiliologia aliada ã mor fologia das pa�
tes moles nos permite separar!· taunaisii de T. achilles, entre
tanto nao fica a fastada a possibilidade de se tratar de um com
plexo especí fico, que abrangeria maior numero de nomes
cos e uma distribuição geográfica mais ampla.
específl
O estudo do teto da câmara palial evidenciou uma area
triangular, que parece ser característica para os Bulimulinae ou
Bulimulidae estrito senso.
O estudo dos aspectos comportamentais, associado com a
morfologia da concha e das partes moles, pode vir a ser um crité
rio auxiliar da S istemática.
Embora neste trabalho nao possamos ser decisivos sobre
o valor dos aspectos comportamentais por falta de dados de ou
tras espécies, impedindo a comparação, o comportamento forneceu
subsídios de alta relevância para o entendimento da biologia do
animal e especialmente uma tentativa de explicação de um dos me
canismos de dispersão da espécie.
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TAB ELA 1
ME D IDAS DE T . t aun a i s i i EM mm DAS CONCHAS COMPLETAS DOS ANIMAIS
UTIL I ZADOS PARA O ESTUDO ANATÔMICO .
EXEMPLAR
COL . MOL .
M . N .
NQ
3 79 3/2
3 7 9 3/4
3 7 9 3/5
3 7 9 3/10
CONCHA
COMPRIM . AB
7 5 , 6 8
7 1 , 7 8
7 1 , 8 2
7 2 , 92
73 ,02
LARG . CD
30 , 78
3 2 , 3 6
2 9 , 60
3 1 , 5 6
3 1 , 07
ABERTURA
COMPRIM . EF
30 , 80
2 9 , 9 2
30 , 50
2 9 , 72
30 , 2 3
LARG . GH
1 4 , 5 2
15 , 94
13 , 7 2
1 4 , 20
14 , 5 9
NQ DE
VOLTAS
6 3/6
6 3/6
6 4/6
6 3/6
TABELA 2
ME D I D AS DE T . t auna i s i i EM mm DAS CONCHAS COMPLETAS D E ANIMAIS
SEM ESTUDOS ANATÔMICOS, COLETADOS EM VII/1 944 NA MESMA REGIÃO
DOS D E ANATOMIA ESTU DADA .
EXEMPLAR C0L . M0 L .
M . N . NQ
70
73
100
105
113
120
12 4
1 3 1
X
CONCHA
COMPRIM . LARG . AB CD
6 8 , 3 5 30 , 15
6 8 , 05 2 8 , 00
6 9 , 00 2 8 , 4 5
6 8 , 6 5 30 , 05
6 5 , 5 5 2 9 , 00
71 , 9 5 3 1 , 05
7 3 , 80 30 , 4 5
6 6 , 35 30 , 40
6 8 , 96 2 9 , 6 9
ABERTURA
COMPRIM . LARG . EF GH
2 9 , 5 5 1 4 , 20
2 8 , 70 1 3 , 10
2 9 , 20 1 3 , 40
2 7 , 80 12 , 80
2 9 , 3 5 1 3 , 70
2 9 , 5 5 1 3 , 4 5
30 ,05 14 , 10
2 7 , 8 5 1 3 , 80
2 9 , 00 13 , 5 6
NQ DE
VOLTAS
6 3/6
6 4/6
6 3/6
6 3/6
6 2 /6
7
6 3/6
6 2/6
TABE L A 3
AT IV IDADE DE T . t a un a i s i i MEDIDA EM HORAS NO TERRÃRIO DURANT E 48
HORAS , COM ÁGUA E ALIMENTO RENOVADOS A CADA 24 HORAS .
PERÍODO DE AT IVIDADE
ANIMAIS INÍCIO
,e(
o , o-
,e(
o-N
1 19 . 00
2 19 . 15
3 20 . 05
4 21 . 20
5 19 . 10
xl 19 . 4 6
1 20 . 50
2 19 . 30
3 20 . 05
4 18 . 2 5
5 19 . 20
x2 19 . 3 8
x 1 9 . 4 2
TÉRMINO
6 . 00
5 . 00
6 . 00
6 . 00
6 . 40
5 . 5 6
5 . 2 5
6 . 20
7 . 05
7 . 00
6 . 45
6 . 3 1
6 . 14
TOTAL
11 . 00
9 . 50
9 . 5 5
8 . 40
1 1 . 30
10 . 1 1
8 . 3 5
10 . 50
1 1 . 00
12 . 35
1 1 . 2 5
10 . 5 3
10 . 3 2
TEMPO E M CADA ATIVIDADE
ALI- LOCOMENTAR MOVER
9 . 30 o . os
4 . 15 5 . 10
5 . 4 5 2 . 50
5 . 2 5 2 . 2 5
8 . 50 0 . 30
6 . 4 5 2 . 12
7 . os o . so
8 . 00 1 . 05
4 . 5 5 1 . 2 5
9 . 15 2 . 50
8 . 5 5 1 . 30
7 . 3 8 1 . 32
7 . 11 1 . 5 2
AGUAR
1 . 05
º · ºº
1 . 10
0 . 4 5
2 . 10
1 . 05
0 . 40
0 . 20
o . 30
o . os
0 . 5 5
0 . 30
0 . 4 8
IMOBI - QUIELI ZAR TAR
o . os 1 3 . 05
0 . 2 5 1 4 . 10
0 . 10 14 . 05
o . os 15 . 20
º · ºº 1 2 . 30
0 . 09 1 3 . 4 9
º · ºº 15 . 2 5
1 . 2 5 1 3 . 10
4 . 10 1 3 . 00
0 . 2 5 1 1 . 2 5
o . os 1 2 . 3 5
1 . 13 1 3 . 07
0 . 4 1 1 3 . 2 8
TABELA 4
AT I V I DADE DE T. taunais ii M E DIDA EM HORAS NO TE RRÃRIO DURANTE 96
H O RAS, ÁGUA E AL IMENTO FO RNE C IDO S APENAS NO INÍCIO DO REGISTR O.
PERÍODO DE A T IVIDADE TEMPO E M CADA ATIV IDADE A N I MA I S INÍ- TÉ R- AL I- LO CO- IMO BI- Q U IE-
CIO M INO T O T AL MOV E R AGUAR MENTAR L I Z AR TAR
1 20. 00 8. 00 1 2 . 00 6. 00 3. 00 0. 00 6. 00 1 2 . 00 <
2 18. 00 5. 00 1 1. 00 8. 30 2 . 30 0. 00 o . a o 1 3. 00
18. 00 5. 00 1 1. 00 10. 00 1. 00 o . a o o . a o 1 3. 00 o-� 4 2 1. 00 5. 00 8. 00 7. 30 0. 30 0. 00 0. 00 1 6. 00
-X 1
19. 15 5. 45 10. 30 8. 00 1. 45 0. 00 0. 45 1 3. 30
1 21. 00 4. 00 7. 00 4. 30 2. 2 5 o . o s 0. 00 17. 00 < 2 18. 00 º · º º 6. 00 2 . 00 4. 00 0. 00 º · º º 18. 00 o
0. 00 0. 00 0. 00 0. 00 0. 00 2 4. 00 O•
t. 19. 00 3. 00 8. 00 2. 30 5. 00 0. 30 0. 00 1 6. 00
X 2 19. 20 2. 2 0 5. 15 2. 15 2 . 5 1 0. 09 0. 00 18. 45
1 18. 00 7. 00 1 3. 00 2 . 00 7. 55 o . o s 3. 00 1 1. 00 < 2 0. 00 0. 00 0. 00 0. 00 0. 00 24. 00 o
3 18. 00 7. 00 1 3. 00 1. 00 1. 55 o . o s 10. 00 1 1. 00 O•
4 0. 00 º · º º 0. 00 0. 00 o . a o 24. 00
X J 18. 00 7. 00 6. 30 0. 45 2 . 28 0. 0 2 3. 15 17. 30
1 2 2. 00 8. 00 10. 00 3. 30 6. 25 o . o s 0. 00 14. 00
< 2 o . a o 0. 00 0. 00 0. 00 º · º º 2 4. 00 o
3 24. 00 7. 00 7. 00 0. 30 7. 2 5 o . o s 0. 00 17 . 00 O•
-::t 4 2 3. 00 8. 00 9. 00 1. 15 7. 15 0. 30 0. 00 15. 00
X 4 2 3. 00 7. 40 6. 30 1. 10 5. 10 0. 10 0. 00 17. 30
TABELA 5
A T I V I DADE DE T . t auna i s i i MEDIDA EM HORAS NO TERRÃRIO DURANTE 48
HORAS , SEM ÁGUA E ALIMENTO .
ANIMAIS
1
2
,e( 3 o o, 4 ,-f
xl
1
2
,e( 3 H
o o, 4 N
x2
PERÍODO DE ATIVIDADE
INÍCIO
2 1 . 00
20 . 00
1 8 . 00
1 9 . 40
2 4 . 00
20 . 00
18 . 00
2 3 . 00
2 2 . 30
TÉRMINO
1 . 00
1 . 00
5 . 00
2 . 20
6 . 00
6 . 00
3 . 00
3 . 00
4 . 30
TOTAL
4 . 00
5 . 00
1 1 . 00
º ·ºº
5 . 00
6 . 00
10 . 00
9 . 00
4 · ºº
7 . 15
TEMPO EM CADA ATIVIDADE
LOCOMOVER
3 . 00
4 . 00
10 . 00
º · ºº
4 . 15
4 . 00
8 . 00
6 . 00
4 · ºº
5 . 30
IMOBILIZAR
1 . 00
1 . 00
1 . 00
º · ºº
0 . 45
2 . 00
2 . 00
3 . 00
º · ºº
1 . 4 5
QUIETAR
20 . 00
1 9 . 00
13 . 00
2 4 . 00
1 9 . 00
1 8 · ºº
14 . 00
1 5 .00
20 . 00
16 . 4 5
A
AB
AU
B B
BM
e
C C
CD
CH
C N
co
C P
C S T
DM
EP
E S C T
E S P
F
FL
GA
GLS
HP
IT
MR
OSD
L I S TA DE ABR E V IA TURA S
Água
Abrigo
Aur !cula
Bulbo bucal
� . Bainha muscular do penis
Dente central
Canal coletor
Canal de ferente
Canal hermafr odita
Cisto de NematÓdeo
Alimento
Complexo peniano
Canal da espermateca
Dobra do manto
Epifalo
Estreitamento do canal da espermateca
EspermatÓfor o
Fio
Flagelo
Glândula de albumina
Glândulas salivares
Hepatopâncreas
Reto
Músculo ret rator do pênis
Ovispermoduto
Ovoteste
Falo
Pericárdio
PL Membrana do assoalho da camara palial
PR Próstata
R Rim
RS Receptáculo seminal
ST Esperma teca
URP Ureter primário
URS Ureter secundário
VE Ventrículo
VM Veia marginal
VP Veia pulmonar
VS Vesícula seminal
FIG . 1 TERRÁRIO MOSTRANDO O ABRIGO ( AB ) E A TAMPA
VÍVEL POR INTERMÉDIO DO FIO ( F ) ALÉM DO RECIPIENTE DE ÁGUA ( A )
E ALIMENTO ( CO) .
FIG . 2 CAIXA .DE OBSERVAÇÃO COM UMA MÁQUINA CINEMATOGRÃ
FICA COM FLASH ELETRÔNICO E INTERVAL TIME ACOPLADOS .
REMO
REMO
( A )
' OGRÃ
1
FIG . 3 ANIMAL RETIRADO DA CONCHA MOSTRANDO O CORTE NA
DOBRA DO MANTO (DM ) E AO LONGO DO RETO ( IT ) . AS SETAS INDICAM O
SENTIDO DO CORTE.
FIG. 4 VISTA DO ANIMAL COM OS DOIS CORTES PARALELOS NO
TEGUMENTO E ASSOALHO DA CÂMARA PALIAL ATÊ A ALTURA DA CABEÇA MOS
TRANDO O COMPLEXO PENIANO (CP ) GLÂNDULAS SALIVARES ( GLS) E O BUL
BO BUCAL ( BB) .
NA
[ o
N O
) S
J L
1 cm
1 1 1 cm
. ' 1T
3
4
FIG . 5 VISTA DO ANIMAL APÕ S O CORTE CONCLU SIVO DO AS SOA
LHO DA CÂMARA PALIAL ( P�) ONDE E STÃ LIGADO O COMPLEXO PENIANO (CP) ,
O AFASTAMENTO DO COMPLE XO PENIANO PERMITE VER O B ULBO BUCAL ( B B )
O OVISPERMODUTO ( OSD) E O CANAL DA E S PERMATECA (CST) .
FIG . 6 VISTA DO ANIMAL MOSTRANDO A PARTE DA CAB EÇA ONDE
SE INS EREM O OVISPERMODUTO (OSD) E O COMPLE XO PENIANO (CP), BEM
COMO A INDICAÇÃO DO LOCAL DOS CORTE S PARA A LIBERAÇÃO DE STAS DUAS
E STRUTURAS .
' O A
C P ) .
B )
DE
EM
AS
5
1 '
05cm '
G
11cm
FIG . 7 TETO DA CÂMARA PALIAL MOSTRANDO O RE TO ( I T ) E O S
CISTOS D E NE MATÕDEOS ( CN) . AS SE TAS MOSTRAM OS SENTIDOS DOS COR
TES .
FIG . 8 GLÂNDULA DE . ALBUMINA ( GA ) COM VESÍCULA SEMINAL
( VS ) E ESPERMATECA (ST ) QUE APARECE ROMPIDA .
o s
COR
8
·�-- -ase , m
F IG . 9 VISTA DO ANIMAL MOSTRANDO O OVOTESTE ( OVT) FOR -
MADO POR 7 GRUPOS DE FOLÍCULOS , CANAL COLETOR (CC) , VESÍCULA SE
MINAL ( VS) E GLÂNDULA DE ALBUMINA ( GA) .
1 1
0,5cm
FIG. 1 O CONCHA, VISTA DA ABERTURA.
FIG. 1 1 CONCHA, VISTA DORSAL .
FIG. 1 2 CONCHA , VISTA DO CORTE LONGITUDINAL ,
TRANDO A CRISTA COLUMELAR AO LONGO DE TODO O EIXO.
FIG. 1 3 CONCHA, VISTA DO ÃPICE.
MOS-
1 0 11
�r �I
1 2 1 '3
iT
\
FIG . 14 PROTOCONCHA, MOSTRANDO AS FINAS ESTRIAS LONGITU-
DINAIS, O LIMITE COM A TELEOCONCHA E FRAGMENTO DO OVO AINDA ADE
RIDO .
0,2 c m 1 4
/
F I G . 1 5 ovo s .
1 1
1 cm 1 5
FIG . 1 6 MICROFOTOGRAFIA DA RÃDULA MOSTRANDO OS DENTES CEN
TRAIS E OS LATERAIS DIREITO E ESQUERDO ,
FIG . 1 7 MICROFOTOGRAFIA DA E XTREMIDADE DA RÂDULA MOSTRAN
DO OS DENTES RUDIMENTARES .
1<'. N
0,2 c m
17
0,2c..m
...
FIG . 1 8 RÃDULA MOSTRANDO DENTES CENTRAL E LATERAIS .
FIG . 1 9 MAND ÍBULAS MOSTRANDO AS PLACAS S EPARADAS OU JU�
TAS .
FIG . �O DESENHO SEMI-ESQUEMÃTICO MOSTRANDO COMO FORAM TO
MADAS AS MEDIDAS COMPRIMENTO DA CONCHA ( AB), LARGURA DA CONCHA
( CD), COMPRIMENTO DA ABERTURA ( EF) E LA�GURA DA ABERTURA ( GH) .
FIG . 2 1 TETO DA CÂMARA PALIAL MOSTRANDO RIM ( R), URETER
PRIMÃRIO ( URP ) , URETER SECUNDÃRIO (URS), . RETO ( IT)� U OBRA D O MAN
TO ( DM), VEIA MARGINAL · ( VM), VEIA PULMONAR ( VP), PERICÃRDIO (PE),
VENTRÍCULO ( VE) E AUR ÍCULA ( AU) .
0,2cm
' ' H �- •; .!�. ;_ �
21
24 18
J
0,1cm
. :P :I F
. •' ·'· -
FT 3: 5J rJ , ( 'LH ; :.
. : -� :: · •' . . .. ·. · · ·
Z3CJ(J(5 GCJ(J e , 2 3 4 s 6
C3 (3 15 20
(3 (y 2ê •
' · A ~. '.1 ,i:j. .. ..
FIG . 22 DETALHE DA REGIÃO DA GLÂNDULA DE ALB�'.]NA ( GA) O�
DE SE INICIA O RECEPTÃCULO SEMINAL ( RS), LIGAÇÃO COM A VES ÍCULA
SEMINAL ( VS), CANAL COLETOR (CC) E OS FOL1CULOS DO OVOTESTE ( OVT).
F I G . 23 DETALHE DO RECEPTÃCULO SEMINAL (RS) E SUA L lGAÇÃO
COM O CANAL - .ERMAFRODITA ( CH) .
FIG . 24 VISTA DA GLÂNDULA DE ALBUMINA E SUA LIGAÇÃO COM
O OVISPERMODUTO ( OSD) .
FIG . 25 GENITÃLIA MOSTRANDO A GLÂNDULA DE ALIWMINA ( tA) ,
OVISPERMODUTO (OSD), PRÕSTATA ( PR), OVIDUTO ( OD), ERU!RMATE CA ( sn ,
CANAL DEFERENTE (CD) E O COMPL� XO P ENIANO (CP) .
) .
. ? : , J. r . J : \ · .. ' í :') i1 ·� ,.c1 !Ji ;i: '.i H
0,1cm
R S
f. 23
FIG . 26 CANAL DA ESPERMATECA ( CST), REGIÃO DO ESTREITA
MENTO ( ECST) E A ESPERMATECA .
FIG . 27 ESPERMATÕFORO ( ESP) NO CANAL DA ESPERMATECA ( CST).
FIG . 28 VISTA DO COMPLEXO PENIANO MOSTRANDO O MÚSCULO RE
TRATOR (MR), FLAGELO ( FL), EPIFALO ( EP), FALO ( P), CANAL DEFEREN
TE (CD) E BAINHA MUSCULAR DO PÊNIS ( BM) .
FIGS . 29 e 3 0 DETALHES DOS TRAJETOS DO CANAL DEFERENTE .
0,5cm
27
1 0,2cm
1
, .
\___ ___ _ :
;r � ,-' .
..
• 30
í
' '
J AVi P 1
'I
F I G • .3 1 RU ÍNAS DE V I LA RI CA , GRAJAÚ , ONDE EXEMP LARE S V I
V O S F ORAM E N C O N T RAD O S , NAS T OC A S , ENTRE A S P EDRA S .
F I G . 3 2
COLE TA .
F I G . 3 3
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EXEMP LAR L O C OMOVEND O- S E S OB RE ARB U S TO N O L O C AL DE
'E XEMP LARE S N O TE RRÃRI O , A I MENTAND O - S E D E C ENOU-
30cm
3cm
33
7c m
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FIG . 3 4 DOIS ANIMA IS N O TERRÃRIO COM A MESMA POSTURA D E
AB RIGADO , PORÉ M , U M D ELES , ESTÃ COM A PARTE MOLE ENTERRADA E O
OUTRO NA SUPERF! CIE .
FIG . 3 � VISTA AMP LIADA DA .FIG . 3 4 MOSTRANDO O ANIMAL NA
POSTURA D E ABR� GADO , NOTANDO-SE QUE A CAB E Ç A E OS TENTÃCULOS ES
TÃO RETRAÍDOS .
FIG . 3 6 ANIMA I S NO TE RRÃRIO , E M· POSTURA D E ABRIGADO CAMU
FLANDO-SE COM O MEIO .
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7cm
3 c m
7 c m
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FIG . 3 7 N I NHO E NCONTRADO NO TERRÃRIO COM OVO NA RESP ECTI
VA ABERTURA . JW!A- .SE Q!Jl:: O S1U B S TRATO FOI COMPRIMIDO AO REDOR DA
ABERTURA .
FIG . 3 8 NINHO NO TERRÃRIO CUJA ABERTURA NÃO FOI FECHADA .
NOTA-SE UM OVO DO LADO EXTERNO .
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2 c m
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FIG . 3 9 ÁCAROS ENCONTRADOS NO INTERIOR DO OVO .
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