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NOTÍCIAS
17. SET.2013 N.611
www.aese.pt
NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO
NOTÍCIAS PANORAMA DOCUMENTAÇÃO
Escolher a escola,
independentemente
de onde se viva
A liberdade religiosa
que Obama não
compreende
Novos traços
nas famílias
da América Latina
AGENDA
Portugal recua
para a 51ª posição
“Keynes vs. Hayek”
União de facto:
mulheres e homens
não procuram
o mesmo
Portugal é mais
conformista
do que reformista
EDP escolhe AESE
para a redação
dos seus casos
Internacionalização
das empresas
Fundação Bissaya Barreto (Coimbra), 24 de setembro de 2013
Quão competitivo
é Portugal?
Agricultura em Portugal Lisboa, 1 de outubro
Gestão de incompetentes
Lisboa, 24 de setembro de 2013
PADIS Porto Palácio Congress Hotel & Spa, 30 de setembro
GAEM Lisboa, 3 de outubro
Banca 2.0 Porto Palácio Congress Hotel & Spa, 3 de outubro
AESE faz balanço
num encontro
com as Empresas
Patrocinadoras
Os custos
da desestruturação
familiar
A performance de Portugal no In-
dex de Competitividade do World
Economic Forum foi tornada pú-
blica hoje na AESE, num evento
que resultou da parceria com a
PROFORUM e o FAE - Forum dos
Administradores de Empresas.
Segundo os dados revelados, Por-
tugal continua a descer (de 49º
para 51º) no ranking mundial de
competitividade, mantendo a ten-
dência de queda iniciada em 2005.
O Global Competitiveness Report
2013-2014 identificou a dívida pú-
blica, o acesso ao financiamento, o
incentivo ao investimento, a buro-
cracia, a carga fiscal, a solidez dos
bancos, a instabilidade política, a
política fiscal e a legislação laboral
como os pilares mais relevantes na
queda de Portugal no ranking,
constituindo obstáculos ao desen-
volvimento da vida económica.
Portugal classificou-se positivamen-
te em matéria de segurança, infra-
estruturas, acesso às tecnologias,
inovação e saúde.
A progressão no ranking de compe-
titividade de países como Casa-
quistão, Ilhas Maurícias e Indonésia
foram também um dos argumentos
apresentados para a queda de
Portugal em duas posições.
Importa recordar que, desde 2005 –
exceto em 2011 (em que se
conseguiu uma subida de 46º para
45º) - Portugal tem tido uma
tendência de queda no ranking de
22º a 51º, isto depois de, entre
2001 e 2005, o país ter conseguido
subir do 25º para o 22º lugar neste
Relatório Global de Competitivi-
dade do WEF. No quadro dos 27
países da União Europeia, Portugal
manteve o 19º lugar, com a Grécia
a ocupar a última posição.
2 CAESE setembro 2013
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Portugal recua para a 51ª posição
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GCR do World Economic Forum apresentado na AESE
Lisboa, 4 de setembro de 2013
Em Portugal coligiram-se 135 res-
postas ao Executive Opinion Sur-
vey organizado pela PROFORUM e
pelo FAE. O inquérito realizou-se
tendo por base um universo de
cerca de 15.000 inquiridos,
distribuídos pelos 148 países que
integraram este relatório (144 no
ano anterior).
Aposta nos estímulos às PME’s
Perante esta situação global negati-
va, a PROFORUM e o FAE reafir-
mam o imperativo de Portugal re-
forçar a intensidade das reformas
estruturais necessárias ao substan-
cial aumento da competitividade e
do crescimento da economia, insis-
tindo que o foco deve ser colocado
na aposta nos estímulos às suas
Pequenas e Médias Empresas
(PMEs).
Neste sentido, assume uma espe-
cial importância a concretização de
uma análise aprofundada dos fa-
tores que mais diretamente afetam
o PIB e a competitividade, isto com
o objetivo de intervir e inverter os
fatores mais críticos, como sejam a
despesa pública, o ambiente ma-
croeconómico ou a eficiência do
mercado de trabalho. Será após a
evolução positiva destes fatores
mais débeis que se tornará possí-
vel prosseguir o investimento nos
importantes aspetos que já hoje se
revelam num nível muito aceitável
de competitividade, como sejam os
casos das tecnologias, da inovação
e das infraestruturas.
Em termos gerais, o Relatório
Global de Competitividade (2013-
-2014) do WEF evidencia a subida
da Alemanha (de 6º para 4º lugar)
e dos EUA (de 7º para 5º lugar),
enquanto a queda mais pronun-
ciada nas primeira posições é da
Holanda, que desce de 5º para 9º
lugar. Os três lugares do pódio
mantiveram-se inalterados: a Suíça
à frente, seguida de Singapura e da
Finlândia.
.
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3 CAESE setembro 2013
Top 10 da Competitividade
GCI 2013 GCI 2013
Suíça 1 1 =
Singapura 2 2 =
Finlândia 3 3 =
Alemanha 4 6 >
EUA 5 7 >
Suécia 6 4 <
Hong Kong 7 9 >
Noruega 8 5 <
Japão 9 10 >
Reino Unido 10 8 <
O Global Competitiveness Report
2013-2014 revelou que Portugal se
encontra ao mesmo nível do sul e
leste da Europa comunitária, sendo
que os países nórdicos, Singapura
e Japão ocupam os lugares cimei-
ros do ranking, que coloca Portugal
na 51ª posição.
Pontos de melhoria na compe-
titividade
A melhoria das performances da
Indonésia, Maurícias e Brasil
influenciou a classificação obtida
por Portugal.
Na análise de Ilídio Ayala Serôdio,
Vice Presidente da PROFORUM, a
posição de Portugal congelou, me-
lhorando nos aspetos em que a
pontuação já havia sido franca-
mente positiva antes, piorando
inversamente nos itens de
avaliação em que o score tem sido
tendencialmente mais deficitário. As
condições do mercado laboral, o
desenvolvimento do mercado finan-
ceiro e a burocracia foram os calca-
nhares de Aquiles apontados a
Portugal, em face da capacidade
de inovação, mão de obra
qualificada, ética no trabalho,
transportes e infraestruturas em
que o país se demarcou.
Bastará “melhorarmos os indica-
dores em que estamos pior classifi-
cados” para que Portugal seja per-
cecionado pelos CEO auscultados
mundialmente como sendo mais
competitivo.
Gestão eficiente dos recursos
humanos para uma melhor com-
petitividade
“Todos os países da Europa estão
à nossa frente” sublinhou Luís
Filipe Pereira, Presidente do FAE –
Fórum dos Administradores de
Empresas, que defende que a
competitividade é imprescindível:
4 CAESE setembro 2013
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Quão competitivo é Portugal?
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Lisboa, 4 de setembro de 2013
Ilídio Ayala Serôdio, PROFORUM
GCR do World Economic Forum apresentado na AESE
dela depende a resolução dos
problemas trazidos pela crise. “Não
adianta batalhar nos efeitos da
crise. A eficiência do mercado de
trabalho deve ser trabalhada em
função da gestão dos recursos
humanos, da motivação e da meri-
tocracia”, ao invés da flexibilização
laboral pela via do despedimento
mais facilitado.
No seu entender, o desenvolvimen-
to do mercado financeiro deve
passar pela acessibilidade a capital
ventures, assim como a juros com-
petitivos.
Curiosamente, é “nos pontos em
que estamos cotados acima dos 51
pontos, que pensamos ter uma per-
formance nacional pior”. Luís Filipe
Pereira referiu-se às infraestru-
turas, à inovação, à saúde e educa-
ção primária.
Deixar de temer as soluções
“O trabalho é meritório mas fica
aquém do ponto de vista técnico e
científico”, comentou Augusto
Mateus, que esperava que o Global
Competitiveness Report tivesse um
impacto quinquenal mais eficiente.
“A leitura é clara e os resultados
demonstram a eficiência dos mer-
cados e o recurso ao finan-
ciamento”, dos países abrangidos.
Temos de nos focar nos vetores
que nos ajudarão a mudar. Há uma
agenda política e de comunicação”
que para Augusto Mateus “está
profundamente errada, privile-
giando os indicadores de despesa,
políticas centradas nos recursos e
não nos resultados.” “Precisamos
de ter mais confiança nas soluções
do que na permanência dos
problemas.”
O acento tónico da inovação deve
ultrapassar o plano da investigação
e assentar nos progressos da
aplicabilidade nas empresas, na
criação de mais valor acrescen-
tado e numa maior eficiência.
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5 CAESE setembro 2013
Luís Filipe Pereira, FAE
Augusto Mateus
A associação da AESE à Proforum
e ao FAE - Fórum dos Adminis-
tradores de Empresas, para a apre-
sentação mundial dos resultados
obtidos por Portugal no Global
Competitiveness Report foi ocasião
de debate entre personalidades de
referência no mundo empresarial
português. Coube a António Pita de
Abreu, Presidente da Proforum e
Administrador da EDP, e a José
Ramalho Fontes, Diretor geral da
AESE, darem as boas vindas aos
participantes.
“Desde há três anos constituímos
uma troika que tem vindo a entro-
sar-se, cada vez mais, produzindo
comentários e desenhando ações
de sequência com o objetivo de
implementar as medidas que este
diagnóstico anual suscita.” José
Ramalho Fontes integrou esta par-
ceria como forma de capitalizar
este “persistente esforço de mu-
dança e de inovação que conduza
ao progresso da economia (e da
sociedade) portuguesa baseado na
dinâmica empresarial e na qua-
lidade da gestão dos presentes e
de muitas outras pessoas.”
Os portugueses são mais confor-
mistas do que reformistas
O financiamento, a burocracia e os
impostos praticados são os fatores
mais problemáticos patentes na
análise feita a Portugal. António
Correia, Partner da PwC, considera
que a cultura portuguesa não ajuda
na evolução da despesa pública:
“os portugueses são menos
reformistas e mais conformistas. A
confiança nas instituições em
Portugal decresceu 4 posições,
agravando assim a sua disparidade
em face da média mundial.”
A ausência de uma boa estratégia
de inovação nas empresas portu- 6 CAESE setembro 2013
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Portugal é mais conformista do que reformista
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António Correia, PwC
Lisboa, 4 de setembro de 2013
António Pita de Abreu, Proforum e EDP
GCR do World Economic Forum apresentado na AESE
guesas poderá ser um dos motivos
pelos quais o país não está entre
os líderes de inovação.
Em jeito de conclusão, António
Correia, deixou uma nota anima-
dora à assistência: apesar do oti-
mismo global estar a decrescer, o
de Portugal tem aumentado pro-
gressivamente.
Na sequência do diagnóstico da
PwC, Francisco Ferreira da Silva,
Subdiretor do Diário Económico,
moderou um painel de empresá-
rios.
Pedro Ferraz da Costa, Presidente
do Fórum para a Competitividade,
diz haver em Portugal uma cris-
talização de posições erradas. A
nossa capacidade de mudança é
muito limitada. A fraca confiança na
classe política faz com que ela
também não seja audaz. Melhorar
o ambiente de cooperação nas
empresas deve ser uma prioridade,
que não se compadece com o atual
código de trabalho.
“Nós devíamos mudar radicalmente
o sistema de contratação”: a exis-
tência de sindicatos desinteres-
sados, e a oferta de carreiras e
remunerações pouco aliciantes
para os jovens “é um caminho sui-
cida”.
Pararelamente aos desperdícios
dos dinheiros públicos, a dificulda-
de de acesso ao crédito e a fragili-
dade financeira, existem argumen-
tos que António Ramalho, Vice
Presidente da FAE e Presidente
das Estradas de Portugal, consi-
dera subestimados e que podem
contribuir significativamente para
uma melhoria da competitividade
nacional. A performance de Portu-
gal em matéria de custos em crime,
combate à violência e terrorismo, a
qualidade das estradas e das
infraestrututras contribuem para
que o país possa concorrer com um
padrão de desempenho mais van-
tajoso.
O painel contou ainda com Paulo
Barradas, Diretor geral da Blue-
pharma, que interveio no debate,
partilhando a sua visão sobre os
resultados do relatório, à luz da
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7 CAESE setembro 2013
António Ramalho, Estradas de Portugal
Pedro Ferraz da Costa, Fórum para a
Competitividade, Augusto Mateus e Paulo
Barradas, Bluepharma
sua experiência positiva na
indústria farmacêutica .
O evento terminou com a interven-
ção do Secretário de Estado Ad-
junto e da Economia. Para Leo-
nardo Mathias “os estudos têm de
ser vistos com algum cuidado dado
que são momentos. O Governo
está empenhado em desenvolver
um modelo económico sustentável.
Temos de pensar na economia
portuguesa em movimento, em
crescimento, em agilidade e não
necessariamente numa fotografia
de um relatório.
Global Competitiveness report
nos media
Convidado Adrián Caldart
In ETV - Grande Jornal, 04-09-2013
Portugal perde mais dois lugares …
In Económico online, 04-09-2013
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8 CAESE setembro 2013
Lisboa, 11 de julho de 2013
A 11 de julho, a AESE organizou
um jantar convívio entre as empre-
sas patrocinadoras.
Nele participaram: José Galamba
de Oliveira (Accenture), Carlos
Jesus (Colt), António Augusto
Marques (CTT), António Pita de
Abreu (EDP), Manuel Ferreira de
Oliveira (Galp), José Luís Simões
(Grupo Luís Simões), Fritz Sacher
(Merck), Miguel Maya (Millennium-
bcp), Catarina Marcelino (Pfizer) e
José Alves (PwC).
A Direção da AESE apresentou o
balanço das atividades no ano
letivo 2012/2013, apontando os
sucessos e os desafios que a
Escola tem pela frente, encarando
a Formação de Executivos como
um investimento nas “competências
e capacidades de gestão e lide-
rança, nestes momentos de insta-
bilidade económica e de incertezas”
“É especialmente oportuna e, ao
mesmo tempo, uma resposta
inteligente ao enquadramento, pro-
porcionando aos colaboradores
(clientes e conhecidos...) os meios
adequados de contribuírem para a
competitividade das empresas,
para o seu progresso, que tem de
se ligar ao progresso dos outros...
(ao da AESE!) ou não será
sustentável.”
9 CAESE setembro 2013
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AESE faz balanço num encontro com as Empresas Patrocinadoras
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As Empresas Patrocinadoras da AESE
encontraram-se logo após a sessão de
continuidade dos Alumni da AESE,
realizada a 11 de julho, tendo como
orador Manuel Ferreira de Oliveira.
A EDP convidou recentemente um
grupo restrito de escolas de negó-
cios e consultoras para partici-
parem num concurso que visa a
seleção da entidade que elabore
seis casos sobre a empresa de
António Mexia e desenvolva com-
petências internas para a sua dis-
cussão.
Neste processo, a AESE foi a ins-
tituição escolhida pela EDP.
Investigação AESE
10 CAESE setembro 2013
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EDP escolhe AESE para a redação dos seus casos
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Programa
PADIS Porto Palácio Congress Hotel
& Spa, 30 de setembro
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Programa
GAEM Lisboa, 3 de outubro de 2013 ›
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AGENDA
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11 CAESE setembro 2013
Programas
Sessão de continuidade
Agricultura em Portugal Lisboa, 1 de outubro de 2013
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Seminário
Seminário
Gestão de
incompetentes Lisboa, 24 de setembro de
2013
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Sessões de continuidade
Sessão de continuidade
Banca 2.0 Porto Palácio Congress Hotel
& Spa, 3 de outubro de 2013
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Sessão de continuidade
Internacionalização das
empresas Fundação Bissaya Barreto
(Coimbra), 24 de setembro de
2013
Saiba mais >
AESE nos Media
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De 31 de agosto a 13 de setembro de 2013
12 CAESE setembro 2013
Portas e Maria Luís no Parlamento antes da 8ª e 9ª avaliações da 'troika In Etv 11-09-2013 Com o Prof. Jorge Ribeirinho Machado AESE explica finanças a não financeiros In Advocatus Online- 09-09-2013 Judicialização da política In Diário Económico- 09-09-2013 Convidado Adrián Caldart In ETV - Grande Jornal- 04-09-2013 CA Seguros com novo presidente In Human Resources Portugal Online- 04-09-2013 AESE com formação sobre Economia do Mar a partir de outubro In Cargo Edicões.pt- 03-09-2013 Hélder Rosalino falha prazo para entrega de declaração de rendimentos In Público- 03-09-2013
Novo presidente da CA Seguros João Pedro Borges (na foto) foi nomeado presidente do Conselho de Administração Executivo da CA Seguros In Human.pt- 02-09-2013 Futuro das TIC em destaque no Q-Day Conference 2013 In Fibra Online- 02-09-2013 Finanças para não financeiros na AESE In Diário Económico - Emprego & Universidades- 02-09- -2013 O Papel das escolas de negócios na formação de empresários In Revista Aspectos - 08-2013 Em movimento In Água & Ambiente- 01-09-2013 As Olimpíadas da Matemática In Expresso - Economia- 31-08-2013
PANORAMA
Escolher a escola, independentemente de onde se viva Para o ano letivo a iniciar, a
Comunidade (região) de Madrid
converter-se-á definitivamente (já
o tinha feito em parte no último
ano letivo) em zona escolar única,
de maneira a que os pais que não
optem por uma escola privada
possam escolher entre todos os
centros públicos e com convénios
da região, independentemente de
onde vivam.
As linhas mestras da reforma são
conhecidas desde há algum
tempo. Diversos membros do
governo regional referiram que
serão incluídas medidas para
evitar a segregação que, segundo
os críticos, trará a liberalização da
oferta escolar. Estas medidas –
como a obrigação para as escolas
de publicarem os seus resultados
nas provas externas e padroni-
zadas, o programa educativo e o
regime interno e de conduta, e os
serviços complementares ofereci-
dos – procuram evitar que as
famílias de baixos estratos socio-
económicos se envolvam menos
na escolha da escola, o que na
prática significa que muitas delas
decidem apenas por um critério de
proximidade geográfica.
A assimetria de informação (e de
interesse) entre as famílias de
maiores e menores rendimentos é
um dos argumentos para os detra-
tores das políticas “liberalizado-
ras” do mercado educativo. Na
realidade, o debate sobre este
assunto segue com muita frequên-
cia os canais (e o estilo panfletário
e pouco profundo) da discussão
política entre liberalismo ou inter-
vencionismo.
Daí, valer a pena recordar alguns
raciocínios realistas (isto é, liga-
dos à realidade das escolas) e
afastados das palavras de ordem
ideológicas. Estas abordagens
costumam reconhecer, primeiro, a
complexidade do problema: não é »»
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13 CAESE setembro 2013
ÍNDICE · NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO
fácil determinar a influência de
medidas liberalizadoras do merca-
do educativo (como a da zona
escolar única, ou os cheques
escolares) na segregação socio-
económica das salas de aula,
visto que para esta segregação
contribuem outros fatores alheios
à escola, como a política urbanís-
tica, a imigração, e até a situação
económica do país.
A OCDE publicou vários docu-
mentos a este respeito. Num de
2012, assinalava-se que, em ge-
ral, a segregação socioeconó-
mica por tipo de centro escolar
(concentração de alunos com me-
nos rendimentos nas escolas pú-
blicas) era menor nos países que
mais financiavam a sua escola
privada. Esta tendência geral
segue a lógica de que, se um
governo propicia que todas as
escolas estejam ao alcance de
todas as famílias, a mistura de
estratos socioeconómicos nas
aulas deveria ser o normal (como
acontece, por exemplo, na Finlân-
dia e na Holanda, onde quase não
existe diferenciação socioeconó-
mica entre salas de aula privadas
e públicas). Todavia, existem ex-
ceções como a Suécia, onde a
segregação aumentou na última
década apesar da subsidiação
praticamente total da escola
privada.
Noutro relatório, de setembro de
2011, a OCDE referia alguns dos
riscos das políticas educativas
baseadas na livre concorrência
das escolas, e propunha uma
série de medidas para contrariar
os efeitos negativos. Umas desti-
nadas a facilitar a escolha dos
pais: alargar as políticas de che-
ques escolares entre as classes
mais desfavorecidas (atribuindo,
por exemplo, um dinheiro extra
para o transporte das famílias de
bairros mais pobres, para evitar
que as suas escolas se convertam
em guetos); outra medida consiste
em proporcionar mais informação
a todas as famílias, mas sobre-
tudo às que tradicionalmente se
envolvem menos nas decisões.
Entre as propostas dirigidas às
escolas, sugere-se incentivá-las
para que escolarizem os alunos
em maior perigo de exclusão
(através de um cheque escolar
mais elevado ou de benefícios
fiscais). Por último, o relatório da
OCDE, consciente da importância
de acompanhar os estímulos com
medidas coercivas, propunha a
vigilância das escolas, de modo a
não estabelecerem cr i tér ios
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14 CAESE setembro 2013
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seletivos destinados a repelir os
alunos de famílias com menores
rendimentos.
Assim, deveria, para além da
prestação de informações aos
pais, haver vigilância para as es-
colas não se aproveitarem dos cri-
térios de admissão, e premiarem
economicamente os centros esco-
lares mais abertos a todo o tipo de
alunos. Outra condição indispen-
sável para a liberdade dos pais
fazer sentido, é que a oferta das
escolas seja realmente diversa.
No seu livro “The Schools We
Need: And Why We Don’t Have
Them”, E. D. Hirsch explica as
limitações de aplicar ao âmbito
educativo o modelo económico
liberal (a maior oferta, maior con-
corrência e, portanto, mais quali-
dade do produto). Por um lado,
comenta, enquanto que na esfera
económica os clientes costumam
saber o que querem, na escolha
de uma escola não acontece o
mesmo, seja por ignorância, falta
de interesse ou incapacidade: “os
resultados da escolarização de-
moram muito tempo a ver-se.
Mesmo quando os pais sabem
que resultados pretendem a longo
prazo, raras vezes têm uma ideia
clara daquilo que desejariam que
as escolas fizessem no dia a dia
para o conseguir”.
A falta de conhecimentos pedagó-
gicos da grande maioria dos pais
(lógica, por outro lado) e a ausên-
cia de resultados imediatos são
dois importantes obstáculos para
que exista uma liberdade real na
escolha de um centro escolar.
Além disso, não são de fácil
solução. Pelo lado da procura, tu-
do o que se pode fazer, além de
disponibilizar meios económicos a
todos consoante as suas neces-
sidades, tem de haver o cuidado
de as famílias menos envolvidas
acederem a um mínimo de infor-
mação.
Por outro lado, Hirsch assinala
outra disfunção do mercado,
relacionada desta vez com a
oferta, e que tem solução possí-
vel, embora não seja fácil. Trata-
-se de as escolas oferecerem
realmente modelos pedagógicos
diferenciados. Para Hirsch, existe
uma espécie de monopólio inte-
lectual na pedagogia moderna que
uniformizou (e empobreceu inte-
lectualmente) a escola. Todo o
seu livro é uma acusação contra
esse modelo pedagógico, centra-
do mais no processo de aprender
do que na profundidade e rigor
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15 CAESE setembro 2013
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dos conteúdos ensinados: assim,
os clichés desta tendência
educativa são “o fomento da
autoestima do aluno”, o “respeito
pelo seu ritmo individual de
aprendizagem”, “a alegria de
aprender” ou a “aprendizagem
cooperativa”.
Uma das consequências deste
monopólio intelectual é que os
projetos educativos observados
pelos pais nas escolas são todos
parecidos. Por falta de propostas
pedagógicas originais, as escolas
acabam por concorrer (e os pais
por decidir) em função das instala-
ções ou das atividades extraesco-
lares. Os pais a quem estes aspe-
tos não lhes interessam em espe-
cial, acabam por escolher o centro
escolar mais próximo da sua casa.
Para Hirsch, se realmente se pre-
tende que os pais possam esco-
lher livremente, a primeira medida
deveria ser obrigar as escolas a
definir um projeto educativo sério
e centrado nos aspetos acadé-
micos.
F. R.-B.
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PANORAMA
A liberdade religiosa que Obama não compreende O Governo de Obama tentou
fechar a polémica em torno do
chamado “mandato anticoncetivo”
fazendo uma concessão às insti-
tuições religiosas. Mas a jogada
correu mal, porque os que têm
objeções pelos mesmos motivos,
sem serem organizações religio-
sas (donos de empresas familia-
res, sobretudo), não se vão retirar
da batalha jurídica e política.
Muito menos vão fazê-lo os bispos
dos EUA, pois consideram que o
mandato continua a vulnerabilizar
a liberdade religiosa dos indiví-
duos.
Fruto da lei de reforma da saúde,
o “mandato anticoncetivo” impu-
nha aos empregadores a obriga-
ção de financiar anticoncetivos, a
pílula do dia seguinte e a este-
rilização nos seguros médicos dos
seus empregados, para que estes
usassem esses serviços sem que
16 CAESE setembro 2013
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lhes custasse nada. Os emprega-
dores que se negassem a fazê-lo
seriam multados e perderiam cer-
tas deduções fiscais.
Para justificar esta carga sobre os
empregadores, o Governo de
Obama alegou razões de saúde
pública: o objetivo era reduzir o
mais possível o número de gravi-
dezes não desejadas. O acesso
gratuito aos métodos anticonce-
tivos permitiria reduzir esse núme-
ro, sobretudo entre os mais po-
bres para quem o copagamento
pode ser um obstáculo.
Mas os oponentes ao mandato
contra-argumentaram: que o Go-
verno queira garantir para todas
as mulheres – qualquer que seja o
seu lugar de trabalho – o acesso
gratuito à contraceção, à pílula do
dia seguinte e à esterilização, não
lhe dá direito de obrigar os empre-
gadores a violar as suas consciên-
cias, forçando-os a financiar servi-
ços que vulnerabilizam as suas
convicções morais ou religiosas.
A contestação a esta norma, apro-
vada pelo Ministério da Saúde em
janeiro de 2012, foi tão forte que o
próprio Obama se viu obrigado a
modificá-la um mês depois. Em
fevereiro, apresentou a sua pri-
meira “solução de compromisso”:
isentou as instituições de inspira-
ção religiosa (hospitais, universi-
dades, escolas, organizações de
beneficência...) de financiar direta-
mente o polémico lote de serviços
e transferiu essa obrigação para
as suas seguradoras. Este ajus-
tamento não convenceu, pois não
eliminava a imposição de cobrir o
financiamento dos métodos anti-
concetivos.
A recusa do Governo de Obama
de regulamentar uma objeção de
consciência razoável (a que tinha
previsto no mandato original era
raquítica) desencadeou uma cas-
cata de queixas judiciais contra a
norma. Em maio, 43 instituições
católicas apresentaram as primei-
ras 12 nos tribunais federais. Em
dezembro, o número de queixosos
ultrapassava os 110. Às institui-
ções católicas juntaram-se donos
de empresas, assim como univer-
sidades protestantes.
Atualmente, existem 44 processos
pendentes e 130 queixosos. Os
tribunais já se pronunciaram sobre
14 casos que afetam empresas:
onze concederam medidas caute-
lares a favor dos queixosos e três
negaram-nas. O escritório de
advogados The Becket Fund de-
fende as empresas que se opõem
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17 CAESE setembro 2013
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ao mandato e publica informação
atualizada sobre os processos em
(www.becketfund.org/hhsinformati
oncentral/), a sua web.
Como a obrigação de financiar os
métodos anticoncetivos nos segu-
ros entrou em vigor a 1 de agosto
de 2012, as medidas cautelares
conseguiram que os donos das
empresas queixosas se libertem
das multas até que se decida a
legalidade do mandato.
O Governo tinha concedido mais
um ano de prazo às instituições
de inspiração religiosa, talvez para
fazer baixar a polémica em tempo
de eleições. Sobre este período,
que expirou a 1 de agosto de
2013, disse Timothy Dolan, arce-
bispo de Nova Iorque e presidente
da Conferência Episcopal dos
EUA.: “São doze meses para
aprender a violar as nossas
consciências”.
Com os 44 processos pendentes
contra o mandato, o Governo de
Obama decidiu não se arriscar e
atuar. A nova “solução de compro-
misso”, que avançou em fevereiro,
oferece às instituções religiosas o
que não se atreveu a oferecer na
primeira: isenta-as da imposição
de cobrir nos seguros dos seus
empregados anticoncetivos, a pí-
lula do dia seguinte e a esterili-
zação.
A partir de agora, as instituições
religiosas poderão oferecer ao seu
pessoal um plano de seguros sem
esses serviços. Os empregados
receberão sem quaisquer custos
uma apólice complementar que os
cubra; será fornecida por uma
seguradora e financiada pelo
Governo, embora não esteja claro
de onde vai retirar o dinheiro para
os financiar.
Dá a impressão de que, com este
ajustamento, Obama pretendia
duas coisas: blindar o mandato
contra as queixas que questionam
a infração da liberdade religiosa e,
de passagem, tirar os bispos
católicos do debate. Mas estes,
em coerência com a linha de
argumentação que avançaram até
agora, não estão dispostos a
retirar-se.
Para os bispos, instituições de
inspiração religiosa não são os
únicos titulares da liberdade reli-
giosa: as objeções que encontra-
ram aquelas na imposição de
cobrir nos seus seguros serviços
contrários às suas convicções,
podem tê-las os “indivíduos que,
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18 CAESE setembro 2013
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na sua vida diária, se esforçam
por atuar de acordo com a sua fé
e os seus valores morais”. Daí
que na nota (“Statement of
Cardinal Timothy Dolan Respon-
ding to Feb. 1 Proposal from
HHS”) publicada pelo cardeal
Dolan em nome da Conferência
Episcopal diga: “Não podemos
abandoná-los agora e deixar que
os obriguem a violar as suas
consciências”.
Em segundo lugar, os bispos
entendem que a garantia da
liberdade religiosa acolhida na
Primeira Emenda protege o direito
dos crentes a atuar de acordo
com as suas convicções em todos
os aspetos da sua vida (a
profissão incluída). O Governo de
Obama, pelo contrário, continua a
conceber essa proteção só para o
que ocorre dentro das quatro
paredes de uma igreja. Por isso, a
nota denuncia que o novo ajusta-
mento “parece estar a conceder
uma cidadania de segunda classe
às instituições católicas que se
dedicam à saúde, à educação e à
beneficência”.
J. M.
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19 CAESE setembro 2013
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PANORAMA
“Keynes vs. Hayek” “Keynes vs. Hayek”
Autor: Nicholas Wapshott
Deusto. Barcelona (2013)
400 págs.
Tradução (castelhano):
Ana García Bertrán
Nicholas Wapshott, jornalista e
escritor britânico, efetua um
interessante percurso pela época
mais recente para explicar o
confronto intelectual entre dois
gigantes da economia, cujas
doutrinas recuperaram, devido à
crise atual, um novo protago-
nismo. O leitor não iniciado na
matéria talvez encontre demasia-
das referências a economistas
daquela altura (como Robbins,
Friedman, Kahn e Knight), os
quais não precisa de conhecer.
Mas essas alusões ajudam bas-
tante a entender o contexto
político, social e pessoal no qual
se movimentaram ambos os
protagonistas.
Keynes, conforme o retrato
apresentado nestas páginas, pro-
vinha de uma família de classe
média e aos trinta anos de idade
relacionava-se já com os grandes
políticos da altura, a aristocracia e
os círculos milionários. O seu
poder sobre a opinião pública foi
enorme: todas as suas ideias
suscitavam ecos, eram discutidas
acaloradamente e acabavam por
se impor.
Tanto pelas ideias como pelo
temperamento, Hayek era o con-
trário. De origem checa e nobre, a
sua família movimentava-se no
âmbito académico. Isto fez com
que se inclinasse sempre mais
para o lado científico do que para
o protagonismo político: era um
estudioso, um erudito, e não um
homem de ação nem com inquie-
tações ativistas.
As relações entre Keynes e Hayek
foram cordiais. Keynes teve de
início mais influência que o seu
contemporâneo, sobretudo devido
à publicação da “Teoria Geral do
Emprego, do Juro e da Moeda”
em 1936. Há fatores que explicam
o seu êxito; nomeadamente, a
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20 CAESE setembro 2013
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esperança de vencer o ciclo pós-
-depressivo de 1929, e as suas
medidas de cariz mais interven-
cionista. Mas é importante assi-
nalar que também Keynes orques-
trou a receção do seu livro, com
talento e com a entusiástica ajuda
dos seus seguidores e discípulos.
Quando Keynes brilhava mais
alto, Hayek tentou criticar a sua
teoria, mas perdeu protagonismo
e mudou a orientação do seu
trabalho.
Foi em 1944 que Hayek irrompeu
com mais força graças à pu-
blicação de “Caminho para a
Servidão”, a sua obra mais conhe-
cida, onde defendeu que o
socialismo económico nem traz
prosperidade nem liberdade e que
o sistema mais eficaz para o bem-
-estar é o liberalismo. O texto,
mais político do que económico,
catapultou-o para a fama rapida-
mente e converteu-se num livro
clássico em teoría política.
Embora no livro de Wapshott fique
claro desde o começo que a visão
de ambos os autores é diferente,
também se explicam algumas das
suas semelhanças, e isto é talvez
o aspeto mais interessante da
análise. Por exemplo, os dois
sublinham a necessária presença
do Estado para a sobrevivência do
mercado, mesmo que com impor-
tantes matizes; os dois foram
brilhantes e os dois continuam a
ter seguidores atualmente, num
momento em que se debate de
novo entre intervenção ou mer-
cado.
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21 CAESE setembro 2013
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Tinham, contudo, diversas formas
de entender o homem. Keynes
considerava que o indivíduo devia
tomar medidas perante os proble-
mas, sem pensar demasiado no
amanhã; Hayek pensava que o
homem estava destinado a viver
de acordo com as leis naturais da
economia, do mesmo modo que
era obrigado a viver segundo as
restantes leis naturais, porque o
mercado tem a sua própria lógica.
A obra não clarifica quem é o
vencedor definitivo deste duelo,
talvez porque os dois, em parte,
tinham alguma razão, e nenhum
deles toda ela.
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22 CAESE setembro 2013
DOCUMENTAÇÃO
Novos traços nas famílias da América Latina Importantes alterações demográ-
ficas estão a acontecer nas
famílias latino-americanas. Como
aconteceu antes noutras regiões,
os latinos estão a aproveitar o
“dividendo demográfico”, um ciclo
histórico de aproximadamente 40
anos, que se produz quando a
população economicamente ativa
(18-65 anos) supera a população
dependente (crianças e idosos)
elevando os índices de produção
e consumo, num clima de aparen-
te prosperidade.
Queda da fecundidade
A Europa, a América do Norte e a
Ásia experimentaram o seu bónus
demográfico com a queda das
suas taxas de fecundidade, e
aproveitaram as circunstâncias
para fortalecer os seus sistemas
de Segurança Social e acelerar o
seu crescimento económico. Na
América Latina, a redução da
fecundidade produziu-se ao dobro
da velocidade que acontecera nos
países desenvolvidos. Nos anos
60, uma família latina tinha uma
média de 6 filhos e, atualmente,
este número diminuiu, em média,
para 2,2; isto enquanto alguns
países já se encontram abaixo do
nível de substituição das gerações
(2,1 filhos por mulher): é o caso
do Chile (1,9), Brasil (1,8) e Costa
Rica (1,8).
Numa reunião familiar no Peru,
por exemplo, é comum encontrar
uma bisavó que teve 8 filhos.
Estes filhos converteram-se em
pais de não mais de 4 crianças.
Estes netos, agora adultos, têm 2
filhos em média, 73% fora do
casamento, como solteiros ou em
união de facto.
Os efeitos desta mudança social
acelerada são preocupantes prin-
cipalmente na perspetiva demo-
gráfica e, sobretudo, económica.
Mas pouco se discute o impacto
social na vida familiar que terá (e
já está a acontecer) a existência
dos fenómenos relacionados com
a “segunda transição demográfi-
ca” (STD): o aumento da união de
facto, a maternidade na situação
de solteira e o divórcio, a redução
do número de casamentos e o
adiamento da paternidade.
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23 CAESE setembro 2013
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Menos casamentos
e mais uniões de facto
Embora a união de facto tenha
origens históricas e culturais que
podem encontrar-se na herança
das colónias africanas, nos cos-
tumes andinos e amazónicos de
começar uma nova família sem
formalizar juridicamente a união
conjugal, o boom da união de
facto na América Latina inicia-se
nos anos 70, segundo Teresa
Martín-Castro, investigadora do
Conselho Superior de Investi-
gações Científicas de Espanha. A
expansão da união de facto come-
çou nas classes socioeconómicas
baixas e alargou-se para as
mulheres com maiores níveis de
escolaridade, ao ponto de se
converter num quadro legítimo e
socialmente aceite para ter e criar
filhos.
Em regiões como Ásia e Médio
Oriente, onde ainda existe uma
forte cultura matrimonial, a união
de facto e a maternidade extra-
-casamento apresentam percen-
tagens mínimas. O contrário acon-
tece na América Latina. Esta
região encontra-se nos últimos
lugares no índice do número de
casamentos (casamentos realiza-
dos por cada mil habitantes) e no
topo nos níveis de união de facto
e de maternidade fora do casa-
mento, segundo o relatório “Mapa
Mundial da Família 2013”, que
inclui indicadores de 44 países.
Nesta amostra, a Colômbia ocupa
o primeiro lugar, com 35% dos
seus adultos em união de facto e
com 85% do total dos nasci-
mentos ocorridos fora do casa-
mento. Não é um caso isolado:
semelhantes indicadores mostram
Peru, Chile, Brasil, Argentina,
Bolívia e México. Enquanto no
Egito ou Indonésia se realizam
mais de 8 casamentos por cada
mil habitantes, na Colômbia e no
Peru, o índice respetivo é inferior
a 3.
Albert Esteve e um grupo de
investigadores registaram o acele-
rado aumento da união de facto
entre mulheres de 25-29 anos,
grupo etário que geralmente
completou os seus estudos supe-
riores (ver tabela inserida em
“Aceprensa”, de 24.7.2013). Em
2010, esta união de facto ultrapas-
sava os 65% no Panamá, Uruguai
e Argentina. Martín-Castro acres-
centa que, na região sul do
continente, se instaurou um sis-
t e ma d u a l d e f e cun d i da d e
(matrimonial e extramatrimonial)
em todos os estratos sociais, mas
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24 CAESE setembro 2013
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com especial intensidade nas
mulheres mais jovens, de escassa
escolaridade formal e rendimen-
tos.
As taxas de divórcio são menos
fiáveis de comparar, em parte por
causa do registo defeituoso que é
feito nos países latinos. Nestes, o
índice de divórcios parece redu-
zido, pois os casais das uniões de
facto não enfrentam um divórcio,
mas sim a separação de facto,
permanente ou temporária.
Adiamento da maternidade
A instabilidade das uniões con-
jugais prejudica diretamente os
filhos, e condiciona o seu cres-
cimento sem a presença de am-
bos os pais biológicos. A África,
continente especialmente afetado
pela imigração laboral e pela
mortalidade causada pelo HIV e
pela malária, exibe os níveis mais
elevados de crianças que são
criadas por um só pai e órfãs. A
América Latina ocupa o segundo
lugar em lares monoparentais:
28% na Bolívia, 26% na Colômbia
e 24% no Peru. Embora a
emigração internacional pudesse
ser uma causa, não é a mais
relevante, pois muitos países da
região sul conseguiram reduzir
significativamente os seus níveis
de pobreza.
O adiamento do casamento e da
paternidade são acontecimentos
recentes, cuja expansão está a
suceder em sentido contrário ao
da união de facto, de cima para
baixo. Segundo Esteve, o fenó-
meno do “adiamento” começa
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25 CAESE setembro 2013
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pelos grupos com mais escolari-
dade e difunde-se pelos que têm
menos; e simultaneamente, com a
contínua redução dos nascimen-
tos nos grupos de menores
rendimentos.
Embora a decisão de formar um
lar caiba aos adultos, não se pode
minimizar o impacto que tem a
estrutura familiar no bem-estar
das crianças, apesar de existir
escassa evidência para esta re-
gião. São abundantes as investi-
gações sobre os benefícios dife-
renciais que oferece uma família
matrimonial intacta nas socieda-
des desenvolvidas, especialmente
nos EUA. As crianças com origem
neste tipo de lares têm maiores
possibilidades de se converter em
adultos produtivos e bem inte-
grados na sua comunidade.
Sobre a América Latina, as inter-
rogações que esta nova fotografia
demográfica e familiar suscita são
complexas. Não se conhece de
modo aprofundado o prejuízo no
capital humano e social provoca-
do pela instabilidade familiar. In-
vestigadores identificaram as suas
relações com os resultados edu-
cativos das crianças e a desigual-
dade socioeconómica, mas persis-
tem temas pendentes de especial
urgência, como a ligação que po-
deria haver entre a violência fami-
liar e a alarmante delinquência.
As fontes para este texto foram:
– “Mapa Mundial de la Familia
2013: Los cambios en la familia y
su impacto en el bienestar de la
niñez” (Universidad de Piura,
2013).
– Castro-Martín, Teresa; Cortina,
Clara; Martín García, Teresa;
Pardo, Ignacio (2011), “Materni-
dad sin matrimonio en América
Latina: Análisis comparativo a
partir de datos censales”, Notas
de Población 93 (37-76) (CEPAL:
Comisión Económica para Amé-
rica Latina).
– Esteve, Albert; Garcia-Roman,
Joan; Lesthaeghe, Lopez-Gay,
Antonio (2013), “The ‘Second
Demographic Transition’ Features
in Latin America: the 2010 Update”
(pro manuscripto) (Centre d’Estu-
dis Demografics, Universitat Autò-
noma de Barcelona).
G. H.
(Instituto de Ciencias para la
Familia de la Universidad
de Piura)
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26 CAESE setembro 2013
DOCUMENTAÇÃO
União de facto: mulheres e homens não procuram o mesmo Conviver juntos antes de casar-se
é encarado como um passo prévio
para se conhecer melhor e evitar
assim as uniões infelizes. Mas a
união de facto não está isenta de
surpresas: sucede muitas vezes
que, enquanto elas decidem for-
malizar a união depois de terem
vivido em união de facto, eles não
têm particular interesse em com-
prometer-se para a vida inteira.
Revela-o um estudo realizado por
dois sociólogos do think tank
RAND Corporation [Michael Pol-
lard, Kathleen Mullan Harris, “Co-
habitation and Marriage Intensity.
Consolidation, Intimacy, and Com-
mitment”, Working Papers WR-
-1001 (Rand Corporation, 2013)].
A partir de uma amostra de 2.068
homens e mulheres de 18 a 26
anos, Michael Pollard e Kathleen
Mullan Harris mostram que o nível
de compromisso dos casais que
vivem em união de facto é menor
do que o dos casados. Além
disso, é mais provável que, após
meses ou anos de união de facto,
muitos homens continuem a
rejeitar um projeto de vida em
comum permanente.
41% dos homens que vivem em
união de facto afirmam que não
estão “completamente comprome-
tidos” com as suas parceiras,
contra 26% das mulheres que
declaram o mesmo. Entre os
casados, estas percentagens são
muito mais baixas: 18% entre os
homens e 12% entre as mulheres.
As uniões de facto são as mais
pessimistas quanto ao futuro: 52%
dos homens e 39% das mulheres
que vivem desse modo, têm
dúvidas de que a sua relação seja
estável. Estas percentagens bai-
xam para 19%, tanto nos homens
como nas mulheres, entre os
casados.
A união de facto antes da
surpresa
Ao comentar o estudo em “The
Atlantic” (8.7.2013), o sociólogo
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27 CAESE setembro 2013
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norte-americano Bradford Wilcox
faz três advertências aos casais
que estão a planear viver juntos
antes de casarem:
Falar sobre o futuro. Este
conselho interessa especialmente
às mulheres, pois são elas que
têm mais probabilidade de des-
cobrir que o seu parceiro pode
não estar interessado num futuro
comum. Além disso, devem saber
que, para muitos jovens, uma
relação longa de união de facto
pode ser um obstáculo em vez de
um passo prévio para o casa-
mento ou para a decisão de
constituir uma família.
Objetivos comuns. Como a
união de facto serve para obje-
tivos muito variados (um passo
prévio ao casamento, uma alter-
nativa a casar-se, uma forma de
poupar no aluguer, uma fórmula
cómoda para ter relações se-
xuais…), uma pessoa pode depa-
rar-se com a surpresa de o outro
não procurar o mesmo na relação.
Não “escorregar” para o casa-
mento. Há algo pior, diz Wilcox,
que conviver com alguém que não
sabe para onde vai, e é casar-se
com essa pessoa. Uma inves-
tigação realizada por três psicó-
logos [Scott M. Stanley, Galena
Kline Rhoades, Howard J.
Markman, “Sliding Versus Deci-
ding: Inertia and the Premarital
Cohabitation Effect”, Family
Relations 55 (2006): 499-509].
mostra que um problema frequen-
te entre os casais que vivem em
união de facto é o de “escor-
regarem” para o casamento, devi-
do à pressão da família e dos
amigos ou, simplesmente, por
inércia, em vez de o fazerem
conscientemente. Sem valores co-
muns e sem um sentido partilhado
do compromisso, estes casais são
mais propensos a divorciar-se.
Segundo esta investigação, o
risco de divórcio é 40% maior
entre os casais que vivem em
união de facto do que entre os
que se casam sem terem passado
pela união de facto. O risco
diminui se se começa a conviver
com a meta clara do casamento,
embora seja maior do que o dos
que foram diretamente ao altar.
Pensando nos casais que veem a
união de facto como um período
de teste, Wilcox conclui dizendo
que prescindir do sentido do
compromisso não é uma boa
maneira de começar a construir
um casamento estável.
(“The Atlantic”)
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28 CAESE setembro 2013
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DOCUMENTAÇÃO
Os custos da desestruturação familiar O Centre for Social Justice (CSJ)
foi fundado em 2004 pelo atual
ministro do Trabalho e Pensões
do governo de Cameron, Iain
Duncan Smith. Nos seus relatórios
sobre a sociedade britânica,
dedicou particular atenção aos
fatores sociais que provocam a
pobreza. O relatório publicado
recentemente é o que com mais
profundidade fixou o foco em
como as diferentes estruturas
familiares influem no desenvol-
vimento da sociedade.
Tendo em conta os dados deste
estudo, pode afirmar-se que a
Grã-Bretanha padece de uma
autêntica epidemia familiar, onde
é especialmente notório o pro-
gressivo desaparecimento do pai.
Alguns números ilustram esta
situação: mais de três milhões de
crianças (aproximadamente 25%
de toda a população infantil
britânica) vivem em lares mono-
parentais; a percentagem aumen-
ta à medida que a criança cresce:
aos 15 anos, a percentagem de
crianças em famílias separadas
chega aos 45%; em cerca de 90%
destes lares o pai está ausente, e
4 em cada dez crianças criadas
somente pela sua mãe (no total,
cerca de um milhão) mal contacta
o seu pai.
O relatório procura não fazer uma
avaliação moral da separação ou
do divórcio, mas recorda que as
crianças criadas em lares mono-
parentais (mães separadas ou sol-
teiras por escolha) ou com pa-
drastos, têm duas vezes mais
possibilidades de fracassar na
escola, sofrer problemas de auto-
estima e de comportamento. Tam-
bém aumenta a incidência de
gravidezes juvenis, o que por seu
turno está associado a futuras
famílias frágeis. A percentagem de
lares pobres é 2,5 vezes maior
nos monoparentais que nos estru-
turados em torno de um casa-
mento.
O auge da união de facto também
é um dado negativo para a esta-
bilidade social, visto que – segun-
do os dados do relatório – os
casais da Grã-Bretanha em regi-
me de união de facto têm três
vezes mais probabilidades do que
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29 CAESE setembro 2013
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os casais com matrimónio de es-
tarem desfeitos (inclusivamente se
mais tarde houve casamento)
quando o primeiro filho atingir os
cinco anos de idade. Os adultos
que vivem em união de facto sem
compromisso matrimonial passa-
ram de 2% em 1960, para 16%
atualmente; e este tipo de uniões
já representa uma em cada quatro
famílias com filhos.
Promessas e complexos dos
conservadores
Quando David Cameron chegou
ao poder, anunciou que o seu
governo promoveria as relações
familiares estáveis, embora tenha
preferido não falar abertamente de
casamento. O CSJ pediu-lhe que
deixasse clara a opção preferen-
cial pelo casamento sobre as
uniões de facto e que a fomentas-
se com uma política fiscal mais
favorável para as uniões com
matrimónio. No entanto, como
recorda o CSJ, três anos depois, a
promessa dos incentivos fiscais
para os matrimónios ainda não se
concretizou, embora o CSJ reco-
nheça os méritos do programa
Troubled families para ajudar
famílias em risco de desestrutu-
ração.
Muitas vezes, o partido conser-
vador deitou as culpas à falta de
apoio do seu aliado liberal demo-
crata por não ter proposto mais
reformas destinadas a favorecer o
casamento. Com a recente apro-
vação do casamento homosse-
xual, o partido conservador aca-
bou por trair a sua aposta no
modelo de família que mais bene-
fícios sociais e económicos tem
demonstrado ter.
O relatório do CSJ, embora não
mencione o casamento homosse-
xual, critica os conservadores por
se terem deixado levar pela doce
retórica dos “diversos modelos de
família”. “Dizer que o tipo de
família é irrelevante não é de todo
verdade e, no final, acaba por ser
contraproducente. Devemos ama-
durecer o nosso discurso político
sobre a família”.
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30 CAESE setembro 2013
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Falta de modelos masculinos
Um dos aspetos derivados da
epidemia familiar britânica é o
desaparecimento progressivo da
figura do pai. Em quase 90% dos
lares monoparentais, a família é
formada pela mãe e pelos filhos. À ausência do pai na família,
junta-se a falta de professores,
especialmente na escola primária.
Segundo os dados do CSJ, 25%
das escolas britânicas não têm um
único professor do sexo masculino
nos seus quadros, e 80% dos
centros públicos de ensino
primário contam com três ou
menos.
O relatório do CSJ cita numerosos
estudos que mostram a reper-
cussão negativa nos filhos da falta
de um pai no lar.
F. R.-B.
(com autorização de
www.aceprensa.pt)
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31 CAESE setembro 2013
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