REFORMA E CONTRA - REFORMA
ANTECEDENTES DA REFORMA USURA DIVERGÊNCIA ENTRE O PAPADO AVANÇO DAS CIÊNCIAS(IMPRENSA) COMPORTAMENTO DO CLERO VENDAS DE INDULGÊNCIA SIMONIA
PRECURSORES REFORMISTAS
John Wyclif (de barba branca) trabalhou na primeira tradução da Bíblia para o idioma inglês, ele entrega a tradução aos padres, que ficaram conhecidos como lolardos.
(quadro de William Frederick Yeames).
John Wyclif, um professor universitário, atacou o sistema eclesiástico, a opulência do clero e a venda de indulgências. Para ele a base da verdadeira fé era a Bíblia. Além disso ele pregava o confisco dos bens dos clérigos na Inglaterra e o voto de pobres por parte deles.
John Huss era da universidade de praga, uniu à reforma religiosa o espírito de independência nacional do Sacro Império. Ele ganhou adeptos, mas ele foi preso, condenado e queimado na fogueira em 1415, pela decisão do concílio da Constança.
REFORMA NA ALEMANHA
A Alemanha era uma região feudal e com comércio ao norte.
A igreja era dona de mais de um terço da região.
Seus clérigos não tinham um bom comportamento e os nobres tinham interesses em suas terras.
Esses fatores foram de importância para o desejo de autonomia em relação a Roma.
LUTERO
Martinho Lutero (1483- 1546 ) NÃO CONCORDAVA COM: » o interesse sobre a economia e a riqueza
feudal; » o péssimo comportamento dos clérigos,
que abusavam do seu poder; » o afastamento da doutrina, dos textos
sagrados;
Na universidade de Wittenberg,Saxônia , defendia:
» a salvação pela fé; » a bíblia pode ser interpretada livremente; » sacramentos importantes: batismo e
eucaristia; » a única verdade é a Escritura Sagrada; » proibição do celibato clerical e o culto de
imagens;
Reação de Lutero Em 1517, fixou as 95 Teses na porta da
igreja . essas teses mostravam suas críticas e a nova doutrina.
Em 1521, Lutero foi excomungado pelo Papa Leão X, por meio de uma Bula papal, onde havia a ameaça de heresia. Mas a resposta de Lutero foi bem prática: queimou a bula em praça pública!
APOIO À LUTERO Lutero, mesmo perseguido, teve apoio da
nobreza alemã. Que tinha forte interesse político e econômico na reforma. Visto que esta reforma liberaria os bens da igreja ao poder da nobreza.
O luteranismo se expandiu rapidamente. Mesmo em paises fortemente católicos, como Espanha e Itália.
LUTERANISMO Em 1530 , Lutero e o teólogo Filipe Melanchton
escreveram a confissão de Augsburgo, base da doutrina luterana. Nesta época, um quarto da Antuérpia era luterana.
Carlos V, imperador Alemão , não quis oficializar o luteranismo, os príncipes fizeram uma confederação para protestar contra essa atitude.
Por isso o nome PROTESTANTES, ou seja, os seguidores da nova doutrina cristã. Por volta de 1550, muitos alemães já eram luteranos.
ANABATISMO THOMAS MÜNTZER – Liderou uma revolta em
1524 com camponeses da região do Reno. Além de atacar a Igreja pela cobrança de dízimos, passam a reivindicar a reforma agrária e a abolição dos privilégios feudais. Ele afirmava ser Luterano.
A essas manifestações, seguiu-se uma repressão violenta, apoiada por Lutero em prol da Nobreza alemã. Müntzer foi preso e decapitado e houve o massacre de milhares de camponeses.
DOUTRINA ANABATISTA Necessidade de rebatizar os indivíduos, Separar a Igreja e o Estado, Abolir as imagens e o culto dos santos, Queriam uma igualdade absoluta entre
os homens, Viver com simplicidade, pois todos
eram inspirados pelo Espírito Santo.
REFORMA NA SUÍÇA A reforma protestante foi iniciada com Ulrich
Zwinglio ( 1489-1531), seguidor de Lutero. Suas pregações estimularam a guerra civil entre católicos e reformadores, onde ele próprio morreu. A guerra findou com a Paz de Kappel, onde cada região do país tinha autonomia religiosa.
Depois, o francês João Calvino, chega a Suíça. Em 1536, publicou a obra INSTITUIÇÃO DA RELIGIÃO CRISTÃ. Ele pede proteção para os Huguenotes,
ao rei Francisco I.
CALVINO
Sua doutrina baseava-se em:
A riqueza material era um sinal da graça divina sobre o indivíduo. Essa teoria é assimilada pela burguesia local, que justif icava não só seu comércio, como também as atividades f inanceiras e o lucro a elas associado. Ele justif ica as atividades econômicas até então condenadas pela Igreja romana.
- Grande rigidez na moral
- Questiona a Liturgia da Missa (simplif ica com o Sermão, a oração e a leitura da Bíbl ia).
- Questiona o uso das Imagens (houve quebra-quebra nas paróquias locais)
- Acaba com os jogos, dança ida ao teatro...
- “O homem que não quer trabalhar, não merece comer.” afirma. - Livre Interpretação da Bíblia; - Nega o culto aos santos e a Virgem; - Questiona a autoridade do Papa;
CALVINO DEFENDE - Defende a separação entre a Igreja e o Estado; - Questiona o Celibato do clero;
- Questiona a Transubstanciação (propõe uma presença material, o Cristo está presente, mas não materialmente).
- Ele cria um conselho para reger a vida religiosa em Genebra de “12 anciãos”. Eles julgavam, ditavam regras. Consistório de Genebra. - A doutrina afirma que não há certeza da salvação;
INGLATERRA Os ingleses, durante a época dos Tudor,
também criticavam os abusos da Igreja Romana, a ineficiência dos tribunais eclesiásticos e o favoritismo na distribuição de cargos públicos para membros do Clero, além de queixar-se do pagamento e do envio de dízimos para Roma. Durante o governo de Henrique VIII (1509-1547), a burguesia fazia pressão para o aumento do poder do parlamento.
REFORMA NA INGLATERRA Na Inglaterra, foi o rei Henrique VIII que
tomou a frente na revolução protestante. Essa tinha caráter político. O rei rompeu com a igreja por motivos pessoais.
Ele queria divorciar-se de Catarina de Aragão
para casar-se com Ana Bolena. O motivo da separação: ele queria ter um herdeiro para o trono inglês.
REI HENRIQUE VIII
REAÇÃO DA IGREJA CATÓLICA
O papa negou a anulação do casamento, porque Catarina era aparentada de Carlos V, imperador do Sacro Império Romano-Germânico. Logo o papa não queria ter problemas com Carlos que era seu aliado.
Por isso Henrique VIII rompeu com a igreja em 1534. publicou pelo Parlamento o ATO DE SUPREMACIA. Esse documento o fazia chefe da igreja, que logo mais ficou conhecida como Anglicana. O Papa o excomungou , e ele como rei confiscou os bens da igreja católica na Inglaterra.
Suas reformas só terminaram com Elisabeth I, sua filha com Ana Bolena que firma o culto anglicano na Lei dos 39 Artigos, em 1563
REFORMA ANGLICANA A Reforma anglicana, na prática, apresenta
poucas modificações com a Igreja romana: Questiona o Culto aos santos; A autoridade máxima é o Rei e não o papa; Questiona o culto às relíquias; Prega a popularização da leitura da Bíblia.
EXPANSÃO CALVINISTA O Calvinismo também criou raízes na
Inglaterra. Seus adeptos, os puritanos, iriam entrar em choque com os anglicanos, gerando inúmeros conflitos no século XVII, que levaram às imigrações maciças para a região da Nova Inglaterra, na América do Norte.
A Reforma na Escandinávia Na Dinamarca, a difusão das idéias de Lutero
deveu-se a Hans Tausen. Em 1536, na Dieta de Copenhaga, o rei Cristiano III aboliu a autoridade dos bispos católicos, tendo sido confiscados os bens das igrejas e dos mosteiros. A Reforma na Noruega e na Islândia será uma consequência da dominação da Dinamarca sobre estes territórios; assim, logo em 1537 ela é introduzida na Noruega e entre 1541 e 1550 na Islândia, tendo assumido neste último território características violentas.
REFORMA NA SUÉCIA Na Suécia, o movimento reformista foi liderado
pelo irmãos Olaus e Laurentius Petri. Foi em larga medida uma forma do rei Gustavo I Vasa cimentar o poder da monarquia face a um clero influente, ao qual confiscará os bens que distribui pela nobreza. O rei rompe com Roma em 1525, na Dieta de Vasteras. O luteranismo penetrará neste país de maneira lenta, tendo a Igreja reformada preservado aspectos do catolicismo, como a organização episcopal e a liturgia. Em 1593, a Igreja sueca adotará a Confissão de Augsburgo.
CONTRA-REFORMA Foi um movimento de reação ao
protestantismo. A Igreja precisava auto-reformar-se ou não sobreviveria, pois precisava, ainda, evitar que outras regiões virassem protestantes.
. Entre 1545 e 1563, foi convocado o CONCÍLIO DE TRENTO, onde houve reafirmações e mudanças. Dentre elas:
CONCÍLIO DE TRENTO
- Conserva os sete Sacramentos e confirma os Dogmas; Afirma a presença real de Cristo na Eucaristia;
- Inicia a redação de um Catecismo;
- Criação de Seminários para a formação de sacerdotes;
- Reafirma o Celibato, a veneração aos Santos e a Virgem;
- Aprova os Estatutos da Companhia de Jesus, criada antes do Concílio por Inácio de Loyola;
- Mantém o Latim como língua do Culto e tradução oficial das Sagradas Escrituras;
Confirma como texto autêntico, a tradução de São Jerônimo, no século IV;
- Fortalece a Hierarquia e, portanto a unidade da Igreja Católica, ao afirmar a supremacia do Papa como “Pastor Universal de toda a Igreja”
- Reorganizou o tribunal da Inquisição ou Santo Ofício, que fica encarregado de combater a Reforma;
- Criação do “Índex” (índice), encarregada da censura de obras impressas, lista de livros cuja leitura era proibida aos fiéis;
OUTROS CONCÍLIOS Houve o Concílio Vaticano I (08/12/1869 -
20/10/1870), convocado pelo Papa PIO IX (1846-1878), mas que foi interrompido devido à Guerra Franco-Alemã que havia iniciado.
As maiores mudanças começariam a acontecer apenas em 1962, quando o papa João XXIII convocou o Concílio Vaticano II (11/10/1962 a 07/12/1965), para redefinir as posições da Igreja e adequá-la às necessidades e desafios do mundo contemporâneo.
PAPA LEÃO X
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