Download - 2010-02!08!10!07!43 a Chave Dos Sonhos e a Pratica Da Rememorizacao

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A Chave dos Sonhos e a Prtica da Rememorizao http://www.filosofiaclinica.com.br/artigos/Contribui%C3%A7%C3%B5es/C%C3%A1ssia%20egina.htm !oucault se utili#a $e umte%to $e Artemi$oro &ACha'e $os sonhos&( paraa'erigua)*o $e articula)+es e m,to$os utili#a$os na maneira $e conhecer $os gregos. &Aan-lise $os sonhos fa#ia parte $as t,cnicas $e e%ist.ncia. /- 0ue as imagens $o sonoeram consi$era$as( pelo menos algumas $essas imagens( como signos $e reali$a$e oumensagens$ofuturo( $ecifr-1lastinhaumgran$e'alor: uma'i$aracional n*opo$iapoupar1se$esta tarefa.&213Comefeito( oato$esonhar esta'a relaciona$oa umenca$eamento pol4tico( o homem 'irtuoso po$eria ser reconheci$o na constitui)*o pr5pria$e seu sonho( ou se6a( o in$i'4$uo 0ue 6a# con0uista$o o e0uil4brio n*o ha'ia mais $e tersonhos $ese0uilibra$os como falta ou e%cesso( $ese6o ou me$o. 70ue 0ueremosacentuar a0ui ,0ueoci$a$*ogregoculti'a'acomoh-bitoessencial parae%ist.nciaanalisar os sonhos( por 'alores interiores( colocan$o1os em re'ista frente 8s suas pr5priase%peri.ncias. 9eira :e%peri.ncia;( , antes $e tu$o seu pr5prio testemunho. OtextodeArtemidororevelaumadiferenanomododeconhecer, mas no s, tambmuma diferenciao na maneira depromover este conhecimentocorrelacionandooser polticomoral aocuidado de si. Uma tica do sujeito ue se distancia um pouco do cuidadodesi dosesticoseepicuristas, aual !oucault trabalhanoseutextocomo sendo a poca de Ouro. "os sculos #, ##, a.$. as pr%ticas do auto&exame se estendem numa atividade de reflexo mais passiva. O cuidar desi exi'e no s um reconhecimento, mas um saber reconhecer a pato'eniano interior de si mesmo,utili(ar se de re'ras e princpios ue o auxiliemna pr%tica do auto exame, como atividade essencial para a r'ida condutano bom caminho. O racional haveria de se adeuar ao saber. ) como porironia o cuidar de si h% de ser volunt%rio, ou seja, o sujeito de vontade setorna sustentao de um aprendi(ado exterior, e com essa desenvolturaueserelacionaenuantosujeitodeconhecimento. "umapalavra, na'rade de analises v%lidas para o corpo e a alma, praticar a privao do ue considerado suprfluo ato de necessidade, era essencial a abstin*nciaemtudooconsideradoexcesso. )sse processorevela otrabalho dopensamentosobreelemesmo, nointuitodeexamina&lo, controla&lo, eencaminha&lo no bom caminho. +al postura est% relacionada com re'rasde memori(ao.Aui podemos detectar uma necessidade do desvinculamentode si, numa atitude virtuosa, memori(ar certas re'ras exteriores, e ue vocompondo ocuidar de si. Apesar de envolver omesmotermo, tra(consi'o outras caractersticas ue aos poucos se justap,em,dando umadimenso mais deslocada para o ser tico e poltico. Apr%tica darememori(aodapeda'o'ia're'atinha por objetoprincpios filosficos fundamentais, inclusive um posteriordesprendimento do educando. "a poca de ouro, esta pr%tica est%relacionada - memori(ao de re'ras de conduta ue devem permanecersempre fixas na lembrana, permitindo ao indivduo a sabedoria deescolhermeiosconvenientesparamanter oeuilbrio. )nuantouearespectiva aplicao j% na era crist da pr%tica da rememori(ao, nosentido de memori(ar no s suas faltas, mas as leis ue jul'am&nas comopecado. ) esta pr%tica est% orientada para constituio do eu sem ualuercontinuidade com o sujeito de conhecimento ou de vontade. .as antes,este jo'ode verdade est% definido pela sua correspond*ncia comarealidadeporumatend*nciaobri'acional, uepor umaforaestranhaexterior aplicasobresimesmo um/tu deves0.A rememori(aosur'ecomo adeuao a realidade das leis impostas. ) no mais com o objetivode abrir no indivduo um espao onde a verdade pudesse sur'ir e atuarcomo uma fora de vontade, atravs da presena da memria a daefici*ncia do discurso. O conhecimento ou o cuidar de si na era crist est% voltadoparaoexterior doser, aoinvs daalmavoltar sobresi mesmaparaencontrar sua nature(a 1 como em 2lato3, a ordem prender o ue seaprende comomestre nas duas mos, at ue faa parte dens, epossamos reconhec*&las como nossas verdades. +ais princpios searticulammuito relacionados ao modo de conhecer dos pa'os4 di(5*neca e 2lutarco6 /devemos voltar ao exterior em busca do discurso atfa(er dele o nosso0. Oue convmassinalar aui, a relao dedepend*ncia do discpulo em relao - seu mestre por toda vida.2ara !oucault, a paradoxalidade nas pr%ticas do auto&examee da confisso ue constituram o cuidado de si do indivduo 're'o para oda era crist fundamental para nos determos nos pontos de transfer*nciapara a constituio do eu moderno. 7i( !oucault6 /Ora atravs dessas modifica,es de temaspreexistentes pode&se reconhecer o desenvolvimento de uma arte daexist*nciadominadapelocuidadodesi. )ssaartedesimesmoj%noinsiste tanto sobre os excessos sobre os uais possvel entre'ar&se, e ueconviria dominar para exercer sua dominao sobre os outros, elasublinha cada ve( mais a fra'ilidade do indivduo em relao aos diversosmales ue a atividade sexual pode suscitar. )la tambmsublinha anecessidade de submeter esta 8ltima a uma forma universal pelo ual est%li'ado e ue para todos os humanos, se fundamenta ao mesmo tempo emnature(a e em ra(o. )la acentua i'ualmente a import9ncia emdesenvolver todas as pr%ticas e todos os exerccios pelos uais pode&semanter o controle sobre si, e che'ar no final das contas a um puro 'o(o desi. "o a acentuao das formas de interdio ue est% na ori'em dessasmodifica,es namoral sexual, odesenvolvimentodeuma artedaexist*ncia ue 'ravita em torno da uesto de si mesmo, de sua prpriadepend*ncia e independ*ncia, de sua forma universal e do vinculo ue sepodeedeveestabelecer comoutros, dosprocedimentopelosuaisseexerceseucontrolesobresi prprioedamaneirapelaual sepodeestabelecer a plena soberania sobre si.0:;< =#=>#O?@A!#A !OU$AU>+, .ichel. Aistria da 5exualidade ;. OUso dos2ra(eres. BC ed. @io de Daneiro6 ?raal,EFGH. O texto/.odifica,es0. !OU$AU>+, .ichel. Aistria da 5exualidade I. O $uidado de 5i. @io deDaneiro6 ?raal, EFGJ. O texto /A $have dos 5onhos0.:E< !OU$AU>+, .ichel. Aistria da 5exualidade I. O $uidado de 5i. @io deDaneiro6 ?raal, EFGJ. 2%'ina EH.:;< !OU$AU>+, .ichel. Aistria da 5exualidade I. O $uidado de 5i. @io deDaneiro6 ?raal, EFGJ. 2%'ina ;IH.1EK de a'osto de ;KK;37esta ve( tentaremos fa(er uma exposio mais lon'a4uin(enalmente colocaremos acontinuaodeste texto, nointuitodedesenvolver um estudo passvel de discusso.2retendemos investi'ar, ue transforma,es aconteceram, envolvendoanooartedaexistnciaenuantopossibilidade esttica epoltica,tendo como fundamentao principal o texto .odifica,es 1textoprimeiro de O Uso dos 2ra(eres3, e A $have dos 5onhos 1texto primeirode O $uidado de 5i3. ) a partir dos termosexperincia eproblematizao, privile'iar ocuidado de sienuanto atividadeformadora do sujeito tico e poltico, tendo como via o homem moderno,retomando das atividades crists at Anti'uidade 're'a.7i( !oucault6 /.as ao colocar esta uesto muito 'eral, e ao coloc%&la- cultura 're'ae 'reco&latina,pareceu&meueessaproblemati(aoestavarelacionadaaumconjuntodepr%ticasuecertamente, tiveramuma import9ncia consider%vel em nossas sociedades6 o ue se poderiachamar /artes da exist*ncia0. 7eve&se entender, comisso, pr%ticasrefletidas e volunt%rias atravs das uais os homens no somente se fixamre'ras de conduta, como tambm procuram se transformar, modificar&seem seu ser sin'ular e fa(er de sua vida uma obra ue seja portadora decertos valores estticos e responda a certos critrios de estilo. )ssas artesde existncia, essastcnicas de si,perderam, sem d8vida, certa parte desua import9ncia e de sua autonomia uando, com o cristianismo, foraminte'rados no exerccio de um poder pastoral e, mais tarde, em pr%ticas detipo educativo, mdico ou psicol'ico0.:E+, .ichel. Aistria da 5exualidade ;. O Uso dos 2ra(eres. BC ed. @iode Daneiro6 ?raal,EFGH. O texto /.odifica,es0.!OU$AU>+, .ichel. Aistria da5exualidade I. O$uidadode 5i. @iodeDaneiro6 ?raal, EFGJ. O texto /A $have dos 5onhos0.:E< !oucault( e%uali$a$e 2? 7 @so $os 9ra#eres. io $e /aneiro :A$i)+es Braal(1CDE. Fe%to: