AS TEORIAS DA ARTE
As Teorias Ocidentais da Arte segundo os seus Interesses (Harold Osborne)
1. Interesse Pragmático:
a) Arte como manufatura b) Arte como instrumento educacional ou de aperfeiçoamento c) Arte para doutrinação religiosa ou moral d) Arte como instrumento de expressão ou de comunicação
emocional e) Arte como instrumento de expansão da experiência
AS TEORIAS DA ARTE
2. Interesse como Reflexo ou Cópia:
a) Realismo: Arte como o reflexo do Real
b) Idealismo: Arte como o reflexo do Ideal
c) Ficção: Arte como Reflexo da Realidade Imaginativa
AS TEORIAS DA ARTE
3. Interesse Estético :
a) Arte como Criação Autônoma
b) Arte como Unidade Orgânica
OS LIMITES DA ESTÉTICA
Os Limites e Delimitações da Estética (Sánchez Vázquez) 1. Estética como filosofia do belo : • Sistema Metafísico: O que é o Belo • Sistema Objetivista: O que é objetivamente Belo (segundo
normas ou parâmetros) • Sistema Subjetivista: O que é subjetivamente Belo (segundo
o gosto)
Problema: O Belo como categoria única
OS LIMITES DA ESTÉTICA
2. Estética como filosofia da arte : • Desloca o problema da estética para o universo da arte, lugar
central do objeto estético propriamente dito. Problemas: • Limita a estética à obra de arte • Exclui objetos potencialmente estéticos (Natureza, artefatos
humanos e produtos extra artísticos). • Reafirma o problema do Belo como ponto central da estética
- o sistema clássico.
OS LIMITES DA ESTÉTICA
3. A Realidade como objeto de enfoque da Estética • Distinção - e não separação - entre o estético e o artístico. • Atenção ao componente sensível (aisthesis) da estética. • Extensão do território da estética a todos os processos, atos
ou objetos que, em determinadas circunstâncias possam ter qualidades estéticas.
OS LIMITES DA ESTÉTICA
“Estética é a ciência de um modo específico de apropriação
da realidade, vinculada a outros modos de apropriação humana do mundo e com as condições históricas, sociais e culturais em que ocorre.”
Sánchez Vázquez
SUJEITO E OBJETO ESTÉTICOS
A situação estética: sujeito e objeto
(Sánchez Vázquez)
1. A Situação Estética
• Objeto Concreto e Singular
• Condicionantes Objetivos e Subjetivos
2. Potencialidade e Efetividade do Objeto Estético
SUJEITO E OBJETO ESTÉTICOS
3. A Existência Física do Objeto Estético
• Constituição
• Alteração
• Destruição
SUJEITO E OBJETO ESTÉTICOS
4. Objeto Físico, Perceptual
• Qualidades concretas (cor, forma, textura)
• Qualidades ocasionais (luz, sombra, ruídos)
• Objeto construído para os sentidos (e não com outra finalidade prática)
* A Arte Conceitual e a existência física do Objeto Estético
SUJEITO E OBJETO ESTÉTICOS
5. Forma e Significado no Objeto Estético:
• Boa Forma
• Significado que excede o habitual.
• uma Forma tal que o torna significativo
• Jogos “paradigma – sintagma”
SUJEITO E OBJETO ESTÉTICOS
Tes yeux, où rien ne se révèle... De doux ni d’amer, Sont deux bijoux froids où se méle L’or avec le fer. Teus olhos que jamais traduzem Rancor ou doçura São jóias frias onde luzem O ouro e a gema impura Trecho de La Serpent qui Danse, de Baudelaire - tradução de Ivan Junqueira.
SUJEITO E OBJETO ESTÉTICOS
Campo de trigo com ciprestes– óleo s/ tela, Van Gogh, 1889.
SUJEITO E OBJETO ESTÉTICOS
Noite estrelada– óleo s/ tela, Van Gogh, 1889.
SUJEITO E OBJETO ESTÉTICOS
O Café Noturno – óleo s/ tela, Van Gogh, 1888.
SUJEITO E OBJETO ESTÉTICOS
carta de Vincent a Theo van Gogh em 6 de agosto de 1888:
“Hoje provavelmente eu irei começar o interior de um café
onde possuo um cômodo, à noite, sob iluminação a gas. É o
chamado ‘café de nuit’ (muito freqüentes aqui), e que fica
aberto toda a noite. Notívagos podem se refugiar quando
não tem recursos para pagar pelo pernoite ou estão
bêbados demais para serem aceitos."
SUJEITO E OBJETO ESTÉTICOS
"No meu quadro do Café à noite, tentei expressar que o café é um
lugar onde alguém pode se arruinar, enlouquecer ou cometer um
crime. Pelos constrastes das tonalidades de um rosa delicado e
vermelho-sangue e vermelho-escuro, de um verde suave Luís XV e
verde veronês contra um amarelo-esverdeado e azul-esverdeado
forte - tudo isso numa atmosfera do rubro de fogo infernal e um
amarelo baço de enxofre - quis exprimir o poder tenebroso de uma
taberna."
SUJEITO E OBJETO ESTÉTICOS
Índios da Mata. Jean Baptiste Debret, 1830.
SUJEITO E OBJETO ESTÉTICOS
Guerreiro Tambul – Nova Guiné. Irving Penn, 1970.
SUJEITO E OBJETO ESTÉTICOS
Refugiados em Korem – Etiópia. Sebastião Salgado, 1984.
SUJEITO E OBJETO ESTÉTICOS
Blue-black in Black on Brown. Jean Paul Goude, 1981.
SUJEITO E OBJETO ESTÉTICOS
6. A realidade estética – “o dormitório do artista em Arles”.
• - unidade autônoma de espaço e tempo
• - Utopia, Ucronia
SUJEITO E OBJETO ESTÉTICOS
Quarto em Arles (versão III) – óleo s/ tela, Van Gogh, 1889.
SUJEITO E OBJETO ESTÉTICOS
Dolmen na Neve – óleo s/ tela, Caspar David Friedrich, 1807.
SUJEITO E OBJETO ESTÉTICOS
Autumn Moon, the High Sierra from Glacier Point.
Ansel Adams, 1948.
SUJEITO E OBJETO ESTÉTICOS
Galeria dos Espelhos - Versalhes.
LeBrun, s.XVII.
SUJEITO E OBJETO ESTÉTICOS
7. Objeto Psíquico • Uma objetividade do ‘ser para o outro’”...
SUJEITO E OBJETO ESTÉTICOS
8. A percepção comum e o Sujeito • relação singular, sensível e imediata com um objeto. • não é apenas sensorial, mas psíquica e complexa. • o sujeito como ser concreto e social • processo de seletividade – analítico • tendência à automatização
SUJEITO E OBJETO ESTÉTICOS
9. A percepção estética e o Sujeito
• relação singular, sensível e imediata com um objeto.
• sensorial, psíquica, afetiva e complexa.
• cultural, concreta e social
• contemplação / fruição – processo sintético
• tendência à automatização
SUJEITO E OBJETO ESTÉTICOS
10. Interesse e desinteresse estéticos.
SUJEITO E OBJETO ESTÉTICOS
11. Fusão e distanciamento.
O COMPORTAMENTO ESTÉTICO
12. Origens e natureza do comportamento estético
• Diferentes relações do homem com o mundo:
• Teórico-cognoscitiva
• Prático-produtiva
• Prático-utilitária
PRODUÇÃO MATERIAL / PRODUÇÃO ESTÉTICA
FUNÇÃO UTILITÁRIA / FUNÇÃO ESTÉTICA
O COMPORTAMENTO ESTÉTICO
Como funcionam esteticamente objetos produzidos sem função estética?
Deslocamento da função para a forma
Do consumo do objeto como meio para a noção do objeto como fim
TRANSFUNCIONALIDADE
FORMA EXCEDENTE
(Sánchez Vázquez)
O COMPORTAMENTO ESTÉTICO
Como é possível a produção sem finalidade estética de objetos que, no entanto, funcionam esteticamente?
• Preexistência ideal do produto e da relação forma-função
• Domínio crescente da matéria e da técnica
• Eficácia crescente da funcionalidade do produto
O COMPORTAMENTO ESTÉTICO
• Busca da “forma perfeita”
• Prazer vinculado ao bom trabalho e à capacidade de realização
• Contaminação entre a função utilitária e a função simbólica dos objetos
O COMPORTAMENTO ESTÉTICO
Canopos Egípcios
O COMPORTAMENTO ESTÉTICO
Artefatos astecas
O COMPORTAMENTO ESTÉTICO
Anfitrite e Netuno – ouro e ébano, Benevuto Cellini 1543.
O COMPORTAMENTO ESTÉTICO
Poltrona com elementos em negro, vermelho e azul 1917. Gerrit Rietveld.
O COMPORTAMENTO ESTÉTICO
DAR 1948. Charles & Ray Eames
O COMPORTAMENTO ESTÉTICO
Nu Reclinado, 1927. Gaston Lachaise
O COMPORTAMENTO ESTÉTICO
La Chaise 1948. Charles & Ray Eames
O COMPORTAMENTO ESTÉTICO
Poltrona Vermelha 1993. Fernando e Humberto Campana
O COMPORTAMENTO ESTÉTICO
Poltrona Favela 1993. Fernando e Humberto Campana
A EXPERIÊNCIA PRÁTICA E A ESTÉTICA
EXP PRÁTICA X EXP ESTÉTICA
FUNÇÃO FORMA
UTILIDADE PRAZER
AÇÕES ESTADOS
ANÁLISE SÍNTESE
COMUNICAÇÃO EXPRESSÃO
A EXPERIÊNCIA PRÁTICA E A ESTÉTICA
A EXPERIÊNCIA PRÁTICA E A ESTÉTICA
Campbell´s can. Andy Warhol, 1962.
A EXPERIÊNCIA PRÁTICA E A ESTÉTICA
Campbell´s cans. Andy Warhol, 1962.
ARTE, ESTÉTICA E SEUS PONTOS DE VISTA
“Para apreciar a Arte” – Antonio Costella 1. Ponto de Vista Factual 2. Ponto de Vista Expressional 3. Ponto de Vista Técnico 4. Ponto de Vista Convencional 5. Ponto de Vista Estilístico 6. Ponto de Vista Atualizado 7. Ponto de Vista Institucional 8. Ponto de Vista Comercial 9. Ponto de Vista Neofactual 10. Ponto de Vista Estético
ARTE, ESTÉTICA E SEUS PONTOS DE VISTA
A fonte
Marcel Duchamp, 1917.
ARTE, ESTÉTICA E SEUS PONTOS DE VISTA
Juicy Salif
Philippe Starck, 1991.
ARTE, ESTÉTICA E SEUS PONTOS DE VISTA
Juicy Salif
Philippe Starck, 1991.
ARTE, ESTÉTICA E SEUS PONTOS DE VISTA
Still de Casablanca, 1942. Michael Curtiz (dir)
A EXPERIÊNCIA PRÁTICA E A ESTÉTICA
O beijo do Hôtel de Ville
Robert Doisneau, 1950.
ARTE, ESTÉTICA E SEUS PONTOS DE VISTA
Couple d'amoureux sur un banc et un clochard, boulevard Saint-Jacques
Brassaï, 1932.
ARTE, ESTÉTICA E SEUS PONTOS DE VISTA
Ramses Restaurant, Madri. Philippe Starck, 2009.
ARTE, ESTÉTICA E SEUS PONTOS DE VISTA
Sanderson Hotel, Londres. Philippe Starck, 2000.
ARTE, ESTÉTICA E SEUS PONTOS DE VISTA
East West Studios, Los Angeles. Philippe Starck, 2009.
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